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Eventos naturais de risco – desastres humanos Cláudio José Ferreira Ciclo de Palestras Museu Geológico São Paulo, 26 de agosto de 2012

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Page 1: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Eventos naturais de risco – desastres humanos

Cláudio José Ferreira

Ciclo de Palestras Museu GeológicoSão Paulo, 26 de agosto de 2012

Page 2: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ROTEIRO

Conceitos de risco e desastres

Estratégias para gerenciamento

de risco

Exemplo de aplicação

mapeamento de risco

Situação no Estado de São Paulo

Page 3: Eventos naturais de risco - desastes humanos

CONCEITOS

● Risco

● Probabilidade● Predição● Previsão● Prognose● Estimativa

● Desastre

● O que já ocorreu● Acontecido

Conceitos de risco e desastres

Page 4: Eventos naturais de risco - desastes humanos

RISCO VS DESASTRES E ETAPAS DE GESTÃO

Reconstrução e retomada ou melhoria das condições prévias ao desastre

Recuperação Recuperação

Assistência emergencial durante ou logo após o desastre

Resposta Resposta Prevenção Prevenção

Evitar a instalação de situações de risco

Preparação Preparação

Conviver com os riscos

RISCO DESASTRES

Mitigação/Adaptação Mitigação/Adaptação

Reduzir ou remediar os possíveis impactos

Conceitos de risco e desastres

Page 5: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Do fenômeno à tragédia

Conceitos de risco e desastres

Page 6: Eventos naturais de risco - desastes humanos

DO FENÔMENO À TRAGÉDIA

10 ou mais pessoas mortas;

100 ou mais pessoas afetadas;

Estado de emergência ou calamidade pública;

Chamado para assistência internacional.

http://www.unisdr.org/disaster-statistics/introduction.htm

I – Desastre de pequeno porte ou acidente: < 5% do PIB;

II – Desastre de médio porte: 5 -10% do PIB;

III – Desastre de grande porte: 10 – 30% do PIB;

IV – Desastre de muito grande Porte: > 30%.

Fonte: CODAR

Conceitos de risco e desastres

Page 7: Eventos naturais de risco - desastes humanos

CONCEITOS DE RISCO

Política Nacional de Defesa Civil - 1995

Estratégia Internacional para Redução de

Desastres – ONU - 2009

ISO 31000 Gerenciamento de Risco - 2009

Medida de danos ou prejuízos potenciais

Relação existente entre uma ameaça com o grau de

vulnerabilidade do sistema receptor a seus efeitos

Combinação da probabilidade de ocorrência

de um evento e suas consequências negativas

Efeito da incerteza sobre objetivos

Conceitos de risco e desastres

Page 8: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO RISCO

R = f ( Evento, Vulnerabilidade, Consequências)

Política Nacional Ameaça Vulnerabili-

dadeDano, Perda,

Prejuízo

ISDR- ONU Perigo Vulnerabili-

dade Exposição

ISO - 31000

Fontes Controle Consequência

R = P * V *D

Conceitos de risco e desastres

Page 9: Eventos naturais de risco - desastes humanos

PERIGO

Política Nacional de Defesa Civil -

1995

Estratégia Internacional para

Redução de Desastres – ONU -

2009

ISO 31000 Gerenciamento de

Risco - 2009

Ameaça: estimativa de ocorrência e magnitude de um evento adverso, expressa em termos de probabilidade estatística de concretização do

evento e da provável magnitude de sua manifestação

Perigo: fenômeno, substância, atividade humana ou condição perigosa que pode causar perda de vidas, ferimentos ou outros impactos

na saúde, danos a propriedades, perda de meios de subsistência e serviços, interrupção

social e econômica ou danos ambientais

Fonte de risco: elemento que sozinho ou em combinação tem o potencial intrínseco de gerar

risco

Conceitos de risco e desastres

Page 10: Eventos naturais de risco - desastes humanos

VULNERABILIDADE

Política Nacional de Defesa Civil -

1995

Estratégia Internacional para

Redução de Desastres – ONU -

2009

ISO 31000 Gerenciamento de

Risco - 2009

Vulnerabilidade: condição intrínseca ao corpo ou sistema receptor que, em interação com a magnitude do evento ou acidente, caracteriza

os efeitos adversos.

Vulnerabilidade: características e circunstâncias de uma comunidade, sistema ou bem que a fazem suscetível ao efeitos de um

perigo.

Controle: medida que modifica o risco. Inclui qualquer processo, política, equipamento, prática ou outra ação que modifica o risco

Vulnerabilidade: Relação existente entre a magnitude da ameaça, caso ela se concretize, e

a intensidade do dano consequente.

Conceitos de risco e desastres

Page 11: Eventos naturais de risco - desastes humanos

DANO/EXPOSIÇÃO

Política Nacional de Defesa Civil -

1995

Estratégia Internacional para

Redução de Desastres – ONU -

2009

ISO 31000 Gerenciamento de

Risco - 2009

Dano: intensidade das perdas humanas, materiais ou ambientais, induzidas às pessoas,

comunidades, instituições, instalações e/ou ecossistemas, como consequência de um

desastre.

Exposição: pessoas, propriedades, sistemas ou outros elementos presentes em zonas

perigosas que estão portanto sujeitas a danos potenciais.

Consequência: resultado de um evento que afeta os objetivos.

Conceitos de risco e desastres

Page 12: Eventos naturais de risco - desastes humanos

VARIAÇÕES DO CONCEITO DE RISCO

Em quais locais a probabilidade de ocorrência de eventos perigosos é maior?

R = P

Em quais locais a ocorrência de eventos perigosos tem maior probabilidade de causar danos?

R = P * V

Em quais locais os danos tem maior probabilidade de serem mais significativos?

R = P*V*D

Conceitos de risco e desastres

Page 13: Eventos naturais de risco - desastes humanos

DESASTRES NADA NATURAIS

“Se vocês me permitirem, eu diria que os desastres naturais foram extintos quase ao mesmo tempo que os dinossauros” Joaquin Toro http://blogs.worldbank.org/latinamerica/comment/reply/529, junho 2011

Os desastres aparentam ser cíclicos, mas há um continuum de desigualdade social, de obsolescência planejada, de indiferença e indisposição política, de recusa à renúncia de privilégios e de desencorajamento para a mudança social que os tornam não apenas permanentes, mas recrudescidos. Norma Valencio, dezembro de 2010

Não existem desastres naturais, somente perigos naturais. Desastres frequentemente seguem eventos naturais. ISDR – ONU http://www.unisdr.org/who-we-are/what-is-drr Conceitos de risco e desastres

Page 14: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Mortes Desastres Afetados Mortes homicídios dolosos

SITUAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Situação no Estado de São Paulo

Page 15: Eventos naturais de risco - desastes humanos

1 - Inundações e alagamentos

São Luiz do Paraitinga, 2010

Rua Venâncio Aires, Pompéia, 2010 Est

ad

ão

Valores em % Período 2000 - 2011

DESASTRES Total de 2680

MORTES Total de 345

Situação no Estado de São Paulo

Page 16: Eventos naturais de risco - desastes humanos

2 - Temporais (raios, tempestades)

São Paulo, 2011

Indaiatuba, 2006

MORTES Total de 345

Valores em % Período 2000 - 2011

DESASTRES Total de 2680

Situação no Estado de São Paulo

Page 17: Eventos naturais de risco - desastes humanos

3 - Escorregamentos ou deslizamentos

KM 42 Via Anchieta 1999

MORTES Total de 345

Valores em % Período 2000 - 2011

DESASTRES Total de 2680

Situação no Estado de São Paulo

Page 18: Eventos naturais de risco - desastes humanos

4 - Erosão (solo, fluvial, costeira)

São Paulo, 2011

Avaré, 2010

Iguape, 2006

Valores em % Período 2000 - 2011

Caraguatatuba2010N

ey Ik

eda

DESASTRES Total de 2680

Situação no Estado de São Paulo

Page 19: Eventos naturais de risco - desastes humanos

5 - Subsidência (dolinas, recalque, colapso solos arenosos)

Dolina - Cajamar, 1986 Colapso solos arenosos - Ilha Solteira, 2009

Dolina - Guapiara, 2010 Recalque solo argiloso - Ubatuba

Situação no Estado de São Paulo

Page 20: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Inundações Escorregamentos Temporais Outros Totais

929

10

48

27227

2947 3824

350

34348

R$ 46.293.950

R$ 9.080.000

R$ 1.648.400R$ 4.640.000

R$ 61.662.350

Mortes Afetados Prejuízos

CONSEQUÊNCIAS POR TIPOS DE EVENTO – 379 registros – 01/12/2010 – 30/09/2011

Situação no Estado de São Paulo

Page 21: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Inundações

Alagamentos

Escorregamentos

Subsidências

Erosões lineares

Erosão fluvial

Temporais

Ressacas

Incêndios Florestais

35,1%

23,0%

19,3%

2,1%

0,8%

0,8%

17,2%

1,6%

0,3%

379 registros – 01/12/2010 – 30/09/2011

Situação no Estado de São Paulo

Page 22: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Mapeamento de risco- 74 municípios Mapeamento de risco- 74 municípios mapeados – 2005 a 2012mapeados – 2005 a 2012

Situação no Estado de São Paulo

Page 23: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ESTRATÉGIAS PARA GERENCIAMENTOHyogo 2005- Mundo PNPDEC 2012-Brasil PEPDNRR 2011 - SP

Prioridade nacional e local com um forte base institucional

Atuação articulada entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

Sistematizar ações institucionais

Identificar, avaliar e monitorar riscos a desastres e melhorar os sistemas de alerta

Planejamento com base em pesquisas e estudos

Promover o diagnóstico atualizado dos perigos e de riscos

Usar conhecimento, inovação e educação para construir uma cultura de resiliência

Participação sociedade civil Capacitação, treinamento e disseminação do conhecimento

Reduzir os fatores de risco indiretos

Priorizar ações preventivas Planejamento de uso e ocupação do solo

Fortalecer a preparação a desastres

Abordagem sistêmica das ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação

Monitoramento e fiscalização em áreas de risco e sujeitas a perigos geológicos

Adoção da bacia hidrográfica como unidade de análise das ações relacionados a corpos d’água;

Page 24: Eventos naturais de risco - desastes humanos

MODELO DE GESTÃO DE RISCO

Modificado ISO 31000

Estabelecimento do contexto

Identificação

Análise

Apreciação

Tratamento do risco

Comunicação & Tomada de

DecisãoMonitoramento

Avaliação de Risco

Prevenção Preparação Mitigação

Page 25: Eventos naturais de risco - desastes humanos

MODELO DE GESTÃO DE RISCO

Modificado ISO 31000

Estabelecimento do contexto

Identificação

Análise

Apreciação

Tratamento do risco

Comunicação & Tomada de

DecisãoMonitoramento

Avaliação de Risco

Prevenção Preparação Mitigação

Manter os tomadores de decisão a par do andamento e resultados do plano de gerenciamento de risco.

Page 26: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ATORES SOCIAIS ENVOLVIDOSArranjo InstitucionalArranjo Institucional

CCEEAANNTTEECC

DAEE

Plano Plano ContingênciaContingência

Vale RibeiraVale Ribeira

SAISPSAISP

PPDC PPDC

Serra do MarSerra do Mar

Planos de Planos de ContingênciaContingência

Escorregamentos Escorregamentos e Inundaçõese Inundações

Áreas de RiscoÁreas de Risco

CEDEC

IG IPT

COMDECREDEC

CETESB

Plano Plano ContingênciaContingência

Polo IndustrialPolo IndustrialCubatãoCubatão

CCEERRSSMM

NUDEC

ONGsVoluntários

Page 27: Eventos naturais de risco - desastes humanos

MODELO DE GESTÃO DE RISCO

Modificado ISO 31000

Estabelecimento do contexto

Identificação

Análise

Apreciação

Tratamento do risco

Comunicação & Tomada de

DecisãoMonitoramento

Avaliação de Risco

Prevenção Preparação Mitigação

1. controle da eficiência e eficácia das medidas;

2. novas informações;

3. tirar lições de acidentes;

4. detectar mudanças no contexto;

5. identificar novos riscos.

Page 28: Eventos naturais de risco - desastes humanos

MODELO DE GESTÃO DE RISCO

Modificado ISO 31000

Estabelecimento do contexto

Identificação

Análise

Apreciação

Tratamento do risco

Comunicação & Tomada de

DecisãoMonitoramento

Avaliação de Risco

Prevenção Preparação Mitigação

- Ordenamento territorial;- Políticas habitacionais;- Mapeamento de risco;- Cultura de risco e resiliência.

- Planos de contingência;- Treinamento;- Capacitação.

- Obras;- Planos de contingência.

Page 29: Eventos naturais de risco - desastes humanos

MODELO DE GESTÃO DE RISCO

Modificado ISO 31000

Estabelecimento do contexto

Identificação

Análise

Apreciação

Tratamento do risco

Comunicação & Tomada de

DecisãoMonitoramento

Avaliação de Risco

Prevenção Preparação Mitigação

Define quais riscos precisam de “tratamento” e a prioridade para sua implementação

Page 30: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ANÁLISE DE RISCO

Unidade de paisagem: intersecção de plano de informação do substrato geológico-geomorfológico (UBC) com o plano de informação do uso e cobertura da terra (UHCT).

UTB

UHCTUBC

Nível Regional

Page 31: Eventos naturais de risco - desastes humanos

1 MDE

2 Rede Hidrográfica

3 Sub-bacias

Imagens Landsat

4 UBC – substrato e atributos

5 UHCT - cobertura urbana e não urbana

e atributos

Spot, RapidEye ou melhor

6 UTB e índices

Altimetria 50k, SRTMASTER

7 Mapas temáticos

Page 32: Eventos naturais de risco - desastes humanos

NATUREZA DOS ATRIBUTOS

Resoluções temporais

Dados estáticos

Dados dinâmicos

Substrato

Cobertura

Chuva

Intervenções humanas

106anos

horas

Page 33: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ATRIBUTOS DO SUBSTRATO

Declividade

Altimetria

Drenagem

Lineamentos

Excedente Hídrico

Page 34: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ATRIBUTOS DO USO E COBERTURA

Densidade de OcupaçãoEstágio de OcupaçãoOrdenamento Urbano

Page 35: Eventos naturais de risco - desastes humanos

ATRIBUTOS DO USO E COBERTURA

Coleta de EsgotoAbastecimento de ÁguaDestinação do LixoRendaAlfabetizaçãoPopulação

Descrição das variáveis IBGEPolígonos Setores Censitários

Page 36: Eventos naturais de risco - desastes humanos

GERAÇÃO DE MATRIZ E CÁLCULO DE MÉDIAS ZONAIS

Geração de Pontos Amostrais

Interpolação

Page 37: Eventos naturais de risco - desastes humanos
Page 38: Eventos naturais de risco - desastes humanos
Page 39: Eventos naturais de risco - desastes humanos

APLICAÇÕES MAPEAMENTO REGIONAL

Define número de áreas de risco na região de estudo;

Define prioridades para mapeamento de detalhe;

Aplicação em instrumentos de planejamento territorial: zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias hidrográficas e planos diretores municipais;

Escala com maior disponibilidade de dados.

Define número de áreas de risco na região de estudo;

Define prioridades para mapeamento de detalhe;

Aplicação em instrumentos de planejamento territorial: zoneamento ecológico-econômico, planos de bacias hidrográficas e planos diretores municipais;

Escala com maior disponibilidade de dados.

Page 40: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Áreas/setores de risco escala 1:3.000

Áreas de risco escala 1:50.000

Page 41: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Mapeamento de Risco LocalMapeamento de Risco Local

Gestão das áreas de risco; Plano municipal de redução de risco (PMRR); Planos preventivos de defesa civil; Identificação de áreas críticas para

intervenções; Monitoramento das áreas de risco.

Gestão das áreas de risco; Plano municipal de redução de risco (PMRR); Planos preventivos de defesa civil; Identificação de áreas críticas para

intervenções; Monitoramento das áreas de risco.

Page 42: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Identificação dos processos geológico-geotécnicos presentes

ou potenciais na área

Inventário de eventos

Investigação de campo

Caracterização geológico-geotécn

ica e da vulnerabilidade

das áreas de risco

SETORES DE RISCOCaracterização e Registro em fichas

padronizadasDelimitação em mapa/imagens/fotos

de sobrevooQualificação do risco (grau de risco)

Estimativa das conseqüências com levantamento de moradias

ameaçadas

Recomendações de medidas de intervenção

Page 43: Eventos naturais de risco - desastes humanos

MODELO DE INFORMAÇÕES CADASTRAISMODELO DE INFORMAÇÕES CADASTRAIS

Page 44: Eventos naturais de risco - desastes humanos

CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO

Page 45: Eventos naturais de risco - desastes humanos

CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO

Page 46: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Maior gravidade

CRITÉRIOS DE CAMPOCRITÉRIOS DE CAMPO

Page 47: Eventos naturais de risco - desastes humanos

SETORIZAÇÃO DE ÁREA DE RISCOSETORIZAÇÃO DE ÁREA DE RISCOGIS interface

R1

R2

R3

R4

Page 48: Eventos naturais de risco - desastes humanos

Muito obrigado

Cláudio José Ferreira

[email protected]