evangelhos sinóticos aula 2

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Pr. Moisés Sampaio de Paula IBBC - Aula 2 Evangelhos Sinóticos Contexto Cultural

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Page 1: Evangelhos sinóticos aula 2

Pr. Moisés Sampaio de PaulaIBBC - Aula 2

Evangelhos SinóticosContexto Cultural

Page 2: Evangelhos sinóticos aula 2

É um perído de cerca de 400 anos, entre o antigo e o novo testamento. Abrangendo desde Malaquias até o

surgimento de Cristo

Período Interbíblico - Relembrando

Pr. Moisés Sampaio de Paula2

Malaquias Jesus400 anos

Page 3: Evangelhos sinóticos aula 2

O período interbíblico é estudado sobre 3 contextos:1. Contexto Histórico2. Contexto Religioso3. Contexto Cultural

Pr. Moisés Sampaio de Paula3

Período Interbíblico - contextos

Page 4: Evangelhos sinóticos aula 2

Pr. Moisés Sampaio de Paula4

Contexto Religioso Relembrando

Page 5: Evangelhos sinóticos aula 2

1. Fariseus2. Saduceus3. Escribas4. Essênios5. Zelotes6. Herodianos7. Zadoqueus8. Samaritanos9. Publicanos

Pr. Moisés Sampaio de Paula5

Contexto Religioso e Político - Relembrando

Page 6: Evangelhos sinóticos aula 2

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FARISEUS

Ensinavam que a alma era imortal, que haveria um arrebatamento, uma ressurreição corporal e julgamento futuro com galardão ou castigo.

Acreditavam na existência de seres celestiais e aguardavam o Messias (At 23.8).

Tinham duas escolas doutrinárias: Hillel (liberal) e Shamai (conservadora).

Seguiam rigorosamente a Lei de Moisés, as tradições e costumes (Mt 23.25-28).

Foi o único partido que sobreviveu à destruição do templo em 70 d.C., são os genitores espirituais do judaísmo.

Jesus não criticou sua doutrina e sim a sua prática hipócrita (Mt 23:1-7);

Contexto Religioso - Fariseus

Page 7: Evangelhos sinóticos aula 2

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SADUCEUS

Eram a elite sacerdotal, política e social. Negavam a ressurreição, o juízo final, a existência de anjos e

espíritos e a vinda do Messias. Não se davam com os Fariseus (At 23.6-8). Enfatizavam a liberdade da vontade humana, rejeitando o

determinismo e o azar. Tinham a Torah como única fonte de fé e prática. Diziam-se descendentes do Sumo-Sacerdote Zadoque (1Rs

2:35, 2 Sm.15:24); o nome Saduceu vem do hebraico tzadokim = “descendentes de Zadoque”.

Enquanto os fariseus eram nacionalistas os saduceus iam na direção da filosofia e cultura gregas.

Com a destruição do Templo, em 70 d.C., o partido se extinguiu.

Contexto Religioso - Saduceus

Pr. Moisés Sampaio de Paula7

Page 8: Evangelhos sinóticos aula 2

Uma comparação entre Fariseus e Saduceus :

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Fariseus:a- Constituíram o núcleo da aristocracia religiosa e acadêmica.b- Ensinavam que a alma era imortal, que havia uma ressurreição corporal ejulgamento futuro com galardão ou castigo.c- Acreditavam na existência de anjos e espíritos bons e maus.d- Predestinatários, mas aceitaram que o homem tinha livre arbítrio e responsávelmoralmente.e- Coordenaram a tradição e a Lei escrita numa massa de regras de fé e a prática evoluindo com os tempos.

Saduceusa- Constituíram o núcleo da aristocracia sacerdotal, política e social.b- Ensinaram que não há nem galardão nem castigo.c- Negaram a existência de espíritos e anjos.d- Enfatizaram a liberdade da vontade humana, rejeitando o determinismo e o azar.e- Mantinham que a Torah era única fonte infalível de fé e prática.

Page 9: Evangelhos sinóticos aula 2

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Tinham rigorosa observância da lei, mas consideravam o sacerdócio do templo corrupto, rejeitavam boa parte do rito e do sistema sacrificial.

Acrescentaram ritos ( por ex, cabala, castas de anjos,...).O termo vem do aramaico essenoi e do latim esseni, ambos

com o significado de “médico”;No período hasmoneu, foram perseguidos e passaram a viver

no deserto da Judéia;Muitos aceitam que a comunidade de Qumran, onde foram

encontrados os rolos do mar Morto, era de essênios. Vestiam-se de branco, não se casavam e aboliram a

propriedade privada.

Contexto Religioso - Essênios

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Page 10: Evangelhos sinóticos aula 2

Escribas

Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão.

Eram, em primeiro lugar, copistas da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às

Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino.

Sua linha de pensamento era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem frequentemente associados no N.T.

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Page 11: Evangelhos sinóticos aula 2

Herodianos

Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa, e criam que os melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos, porém sem se submeterem diretamente a eles. Essa cooperação “indireta” aconteceria através do reinado títere da dinastia herodiana. Seu nome foi tirado de Herodes I, o Grande.

A opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do tempo” (Gálatas 4.4)

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O nome do hebraico qanna: “zeloso” ou “devoto”; Finéias foi o modelo dos zelotes (Nm 25:10 a 13);Partido extremista com origem no final do sec. I a.C, eram

conhecidos como “sicários”, pois usavam uma adaga (sicca) contra os seus adversários;

Legalistas e intolerantes contra o jugo de Israel pelos romanos, não aceitavam o pagamento de impostos;

Um dos discípulos de Jesus, cognominado Simão, o Zelote, pertencia a esse partido (Lc 6:15);

Lideraram a revolta contra Roma, em 66 d.C., que levou à Lideraram a revolta contra Roma, em 66 d.C., que levou à destruição de Jerusalém e do Templo;destruição de Jerusalém e do Templo;

Sua última fortaleza, Massada, caiu em 73 d.C. e o partido se extinguiu.

Zelotes

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Page 13: Evangelhos sinóticos aula 2

ORGANIZAÇÃO SOCIAL NA ÉPOCA DE JESUS

SUMO SACERDOTESUMO SACERDOTE

SACERDOTESSACERDOTES

ESCRIBASESCRIBAS

POVOPOVO

MULHERES, ENFERMOS, PECADORES…

MULHERES, ENFERMOS, PECADORES…

SADUCEUSSADUCEUS

FARISEUSFARISEUS

ZELOTESZELOTES

ESSÊNIOSESSÊNIOS

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Page 14: Evangelhos sinóticos aula 2

Samaritanos

Após diversas rebeliões de Israel (como, após a divisão causada pelo filho de Salomão, era chamado o Reino do Norte), o rei da Assíria Salmaneser tomou a capital, Samaria, em 722 aC. e deportou a população para outras regiões do seu império.

Ao mesmo tempo trouxe para Israel populações de outras regiões. Todos esses acontecimentos são relatados em II Reis 17. De acordo com o relato, estes povos aprenderam a servir ao Senhor, Deus de Israel, porém continuaram a servir os seus próprios deuses.

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Page 15: Evangelhos sinóticos aula 2

Samaritanos

Os “samaritanos” mencionados no Novo Testamento são a população resultante da miscigenação desta população, e certamente incluía alguns Israelitas que escaparam à deportação.

Sua inimizade com os Judeus era decorrente de seu culto e de sua origem mistos, e da oposição que, liderados por um homem chamado Sambalate, fizeram aos judeus durante a reconstrução das muralhas de Jerusalém (Neemias 4.1-3; 6.1-9.

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Page 16: Evangelhos sinóticos aula 2

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Os tributos

Estando direta ou indiretamente submissos ao governo romano, os judeus deviam pagar tributos ao império.

Esses tributos eram de duas espécies: 1.os que eram cobrados sobre propriedades

(tributum agri) ou 2.Sobre pessoas (tributum capitis) e os

demais ingressos do estado (vectigalia).

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Os tributos

Entre os “Vectigalia”, entre outros, destaca-se o “portório”, que era o imposto cobrado pelo trânsito de mercadorias pelo império, e que era o correspondente romano de três impostos modernos:

1. o alfandegário, cobrado pela introdução de mercadorias no território ou pela saída delas,

2. o de consumo, cobrado pelo trânsito de mercadorias dentro do território,

3. e o pedágio, cobrado pelo trânsito de pessoas e mercadorias por determinadas regiões (pontes ou estradas, por exemplo).

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Os tributos

Em Roma, já em 212 aC existia uma classe de oficiais que se encarregavam de uma série de contratos oficiais – a “ordo publicanorum”.

Posteriormente, com o aumento do império, passaram a atuar em diversas províncias onde suas atividades incluíam a cobrança de impostos.

Sempre foram considerados como dados a abusos e malversação dos recursos obtidos, e mencionados como “gatunos e aproveitadores”.

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Os tributos - ordo publicanorum

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Os Publicanos

A palavra “publicano” foi aplicada não apenas aos membros da “ordo publicanorum”, mas a todos os contratados por esta para trabalharem na cobrança de impostos para o império.

O desprezo de que os publicanos eram alvo por parte dos judeus vinha de duas razões principais, sempre aliadas à revolta pelos abusos cometidos:

1. Eles eram considerados “imundos”, por causa do constante contato com os romanos, gentios e pagãos. Os escritos dos rabinos não apenas os declaravam impuros, mas até mesmo transmissores de impureza pela simples presença.

2. Eles eram considerados traidores e agentes da dominação estrangeira.

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Elementos na preparação para a vinda de Cristo:

Judaicos, Helenos e Romanos

Page 22: Evangelhos sinóticos aula 2

Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Judaicos

a- Um povo divinamente preparadob- Um povo escolhido para ser testemunha entre as

naçõesc- Escrituras proféticas predizendo a vinda do

Messiasd- A dispersão dos judeus em todo o mundo

conhecidoe- Sinagoga onde se estudava as Escrituras que

forneceriam local para a pregação do evangelhof- Proselitismo que trouxe muitos gentios para o

judaísmoPr. Moisés Sampaio de Paula22

Page 23: Evangelhos sinóticos aula 2

2- Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Judaicosg- Era o povo do Livro, Interessado na prática da religião e na

busca da salvação

h- Uma esperança da vinda do Messias foi oferecida pelos judeus a um mundo de religiões pagãs. Também o judaísmo ofereceu , pela parte moral da Lei Judaica, o sistema de ética mais puro do mundo. Mas o mais importante é que os judeus prepararam o caminho para vinda de Cristo pelo fornecimento de um Livro Sagrado, o Velho Testamento.

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Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Judaicos

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a- A filosofia grega que se aproximava do monoteísmo, tendência para a imortalidade, ênfase sobre a consciência e dignidade humana e liberalismo de pensamento.

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Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Helena

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b- A língua grega, tradução do A . Testamento, para a pregação do evangelho e a escrita do N.T. junto com os termos adotados por Paulo e outro pregadores do Novo Testamento para explicar o evangelho. No primeiro século os romanos cultos conheciam grego e também latim. O dialeto grego usado no quinto século a. C. , na época da glória de Atenas, tornou-se o dialeto “Koiné” ( comum ) do primeiro século . O dialeto da literatura clássica de Atenas foi modificado e enriquecido pelas mudanças que sofreu nas conquistas de Alexandre Magno no período entre 338 e 146 a .C. . O NT. Foi escrito nesse dialeto vulgar ( comum ).Pr. Moisés Sampaio de Paula25

Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Helena

Page 26: Evangelhos sinóticos aula 2

c- A cultura helenística em geral com seu espírito cosmopolita, transcendendo as barreiras, o judeu helenizado que serviria como ponte entre o judeu e gentio e a busca da salvação do mundo romano.

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Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Helena

Page 27: Evangelhos sinóticos aula 2

a- Cristo veio ao mundo época do Império Romano. Todo o mundo ficou sob um governo único, uma lei universal, era possível obter cidadania romana, ainda que a pessoa não fosse romana. O império Romano mostrou as tendência de unificar os povos de raças diferentes numa organização política.

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Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Romana

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b- Havia paz na terra quando Cristo nasceu . Os soldados romanos asseguravam a paz nas estradas da Ásia, África e Europa.

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Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Romana

Page 29: Evangelhos sinóticos aula 2

c- Construíram excelentes estradas ligando Roma a todas as partes do Império. As estradas principais foram construídas de concreto. As estradas romanas e as cidades estratégicas localizadas nos caminhos eram indispensáveis a evangelização do mundo no primeiro século.

Pr. Moisés Sampaio de Paula29

Elementos na preparação para a vinda de Cristo: Romana

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As estrada Romanas

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Contexto Cultural

Page 32: Evangelhos sinóticos aula 2

1. Helenismo2. A lingua Grega3. A literatura Judaica4. Autores seculares – filosofia e

ciências antigas5. Autores judeus6. Autores latinos

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Contexto Cultural

Page 33: Evangelhos sinóticos aula 2

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Contexto Cultural Helenismo

Page 34: Evangelhos sinóticos aula 2

Contexto Cultural - Helenismo

Os gregos não chamam sua pátria de Grécia, mas de Hellás e a si mesmos de helenos, nome derivado de uma tribo que, na época das migrações indo-européias, se estabelece em parte da Tessália.

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Page 35: Evangelhos sinóticos aula 2

O período conhecido como helenístico foi um marco entre o domínio da cultura grega e o advento da civilização romana.

Os sopros inspiradores da Grécia se disseminaram, nesta época, por toda uma região exterior conquistada por Alexandre Magno, rei da Macedônia.

Com suas investidas bélicas ele incorporou ao universo grego o Egito, a Pérsia e parte do território oriental, incluindo a Índia.

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Contexto Cultural - Helenismo

Page 36: Evangelhos sinóticos aula 2

Filosofia : as mais importantes doutrinas filosóficas helenísticas foram o estoicismo e o epicurismo

Os estócios, criado por Zenon, afirmavam que:1. o homem não é senhor do seu destino, só

encontrando a felicidade na aceitação do destino que lhe está reservado.

2. Negavam a existência de diferenças sociais e 3. pregavam que todos os homens são irmãos, pois

são filhos do mesmo deus.

Pr. Moisés Sampaio de Paula36

Contexto Cultural - Helenismo

Page 37: Evangelhos sinóticos aula 2

Os epicuristas, criado por Epicuro, afirmavam que:

1. a alma é matéria, 2. que o universo age por si só e que 3. as questões humanas não sofrem intervenção dos

deuses.4. Faziam a apologia dos prazeres. Não apenas dos

prazeres gastronômicos e sexuais, mas também dos prazeres intelectuais. Diziam que o mais alto prazer consiste na serenidade da alma, na ausência completa da dor física e moral.Pr. Moisés Sampaio de Paula37

Contexto Cultural - Helenismo

Page 38: Evangelhos sinóticos aula 2

Ceticismo (derivado do verbo grego σκέπτομαι, transl. sképtomai, "olhar à distância", "examinar", "observar")

1. É a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da verdade,

2. o que implica uma condição intelectual de questionamento permanente e na

3. inadmissão da existência de fenômenos metafísicos, religiosos e dogmas.

Pr. Moisés Sampaio de Paula38

Contexto Cultural - Helenismo

Page 39: Evangelhos sinóticos aula 2

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Contexto Cultural A lingua Grega

Page 40: Evangelhos sinóticos aula 2

O Veículo fundamental de difusão do modo de vida grego no Oriente é a língua grega, conhecida neste período sob a forma de koiné.

Koiné significa "comum", e designa a língua única, comum a todos, que substitui, após as conquistas de Alexandre Magno, a pluralidade dos dialetos gregos.

Esta língua, mais simples do que o grego clássico e mais flexível na absorção de elementos novos, torna-se instrumento indispensável para a comunicação dos povos tão diferenciados que constituem as monarquias helenísticas.

Pr. Moisés Sampaio de Paula40

Contexto Cultural - A lingua Grega

Page 41: Evangelhos sinóticos aula 2

Qual é a origem da koiné?No fim do III milênio ou começo do II milênio a.C.

tribos vindas do norte introduzem o indo-europeu na Grécia. Embora os gregos falassem vários dialetos, quando é criado o império ateniense no século V a.C. acontece uma tendência unificadora com predominância do dialeto ático.

Com a conquista macedônia adota-se um dialeto único, baseado no ático, que é a koiné diálektos, a koiné do mundo helenístico.

Pr. Moisés Sampaio de Paula41

Contexto Cultural - A lingua Grega

Page 42: Evangelhos sinóticos aula 2

A importância da koiné como instrumento de helenização:Os modos de circulação da koiné são os jogos, as artes

(poetas, músicos, atores), o comércio, a ciência, a filosofia, o exército, a administração...

Os mercadores gregos negociavam nela [na koiné], tanto na Báctria, nas fronteiras da Índia, quanto em Marselha;

As leis eram promulgadas nela e os tratados elaborados segundo determinado esquema;

Era a língua do diplomata e do homem de letras; e qualquer um que almejasse respeitabilidade social ou apenas a reputação de ser um homem educado deveria ter um impecável conhecimento dela.

Pr. Moisés Sampaio de Paula42

Contexto Cultural - A lingua Grega

Page 43: Evangelhos sinóticos aula 2

Septuaginta – maior legado para o cristianismo

Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para o grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século a.C. em Alexandria.

Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego.

A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a história, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.

A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega 1 e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.

Pr. Moisés Sampaio de Paula43

Page 44: Evangelhos sinóticos aula 2

Pr. Moisés Sampaio de Paula44

Contexto Cultural A literatura Judaica

Page 45: Evangelhos sinóticos aula 2

Muitas obras foram escritas no período interbíblico entre 200 a.C e 200 d.C.

A tradição oral recebeu a forma escrita.

História, ficção, sabedoria e lit. Apocaliptica foram escritas.

Os escritos foram classificados como: Talmude, Apócrifos e PseudepígrafosPr. Moisés Sampaio de Paula45

Contexto Cultural - A literatura Judaica

Page 46: Evangelhos sinóticos aula 2

Talmude (Talmud) É o Livro Sagrado dos judeus , um registro das discussões rabínicas que

pertencem à lei, ética, costumes e história do judaísmo.

É um texto central para o judaísmo rabínico.

Pr. Moisés Sampaio de Paula46

Contexto Cultural - Talmude

Page 47: Evangelhos sinóticos aula 2

O Talmude tem dois componentes: 1. a Mishná (c. 200 d.C.), o primeiro compêndio escrito

da Lei Oral judaica; e 2. o Guemará (c. 500 d.C.), uma discussão da Mishná e

dos escritos tanaíticos que frequentemente abordam outros tópicos, e são expostos amplamente no Tanakh.

Os termos Talmud e Guemará são utilizados frequentemente de maneira intercambiável. A Guemará é a base de todos os códigos da lei rabínica, e é muito citada no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é chamado frequentemente de Shas - as "seis ordens" da Mishná.

Pr. Moisés Sampaio de Paula47

Contexto Cultural - Talmude

Page 48: Evangelhos sinóticos aula 2

O termo hebraico Midrash (em hebraico:plural midrashim, "história" de "investigar" ou "estudo")

Eram comentários so bre a Lei e outras escrituras do AT

A primeira foi compilada pelos escribas no IV século a.C.

É dividida em:1. HALACHOTH – Regras baseadas no Pentateuco e 2. HAGADOTH - baseada nas escirutas como um

todo.Pr. Moisés Sampaio de Paula48

Contexto Cultural – Talmude - Midrash

Page 49: Evangelhos sinóticos aula 2

Os Livros apócrifos (grego: απόκρυφος; latim: apócryphus; português: oculto ), também conhecidos como Livros Pseudo-canônicos,

São os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo e, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico.

O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que não foram inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon.

Pr. Moisés Sampaio de Paula49

Contexto Cultural – Livros Apócrifos

Page 50: Evangelhos sinóticos aula 2

Destes fazem parte os livros: I e II Esdras, Tobias, Judite, I e II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico (também chamado Sirácide ou Ben Sirá), Baruc (ou Baruque) e Epistolas de Jeremias Oração de Azarias, Oração de Manasses também as adições em Ester e em Daniel - nomeadamente os

episódios da História de Susana e de Bel e o dragãoPr. Moisés Sampaio de Paula50

Contexto Cultural – Livros Apócrifos

Page 51: Evangelhos sinóticos aula 2

Pseudepigrafia (do grego ψευδεπιγραφία) é o estudo dos pseudepígrafos ou pseudo-epígrafos, que são textos antigos, aos quais é atribuída falsa autoria.

I e II EnoqueII e III BaruqueTestamento de JóVida de Adão e Eva e etc.

Pr. Moisés Sampaio de Paula51

Contexto Cultural – Livros Pseudepígrafos

Page 52: Evangelhos sinóticos aula 2

Pr. Moisés Sampaio de Paula52

Contexto Cultural Autores seculares – filosofia e ciências

antigas

Page 53: Evangelhos sinóticos aula 2

Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.) (em grego Σωκράτης, Sōkrátēs) foi um filósofo ateniense e um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental.

Aristóteles de Estagira, 384 a.C. – 322 a.C. filósofo grego, um dos maiores pensadores de todos os tempos e considerado o criador do pensamento lógico, nasceu em Estagira, na Calcídica, território macedônico.

Epicuro de Samos, filósofo grego do período helenístico. Epicuro nasceu em Atenas, em 341 a.C. e morreu em em 270 a.C.

Platão de Atenas, 428/27 a.C. - 347 a.C., filósofo grego. Plutarco de Queroneia (45-120 ?), filósofo e prosador grego do

período greco-romano, estudou na Academia de Atenas (fundada por Platão).

Pr. Moisés Sampaio de Paula53

Contexto Cultural - Autores seculares – filosofia e ciências antigas

Page 54: Evangelhos sinóticos aula 2

Tales de Mileto (em grego Θαλής ο Μιλήσιος) foi o primeiro filósofo ocidental de que se tem notícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia, por volta de 625/4 a.C. e faleceu aproximadamente em 558/6 a.C..

Antístenes de Atenas (Atenas, c 444 a.C. — id., 365 a.C.). Filósofo grego, foi o fundador do cinismo e mestre de Diógenes.

Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. - 460 a.C.) nasceu em Eléia, hoje Vélia, Itália. Foi o fundador da escola eleática.

Pr. Moisés Sampaio de Paula54

Contexto Cultural - Autores seculares – filosofia e ciências antigas

Page 55: Evangelhos sinóticos aula 2

Heráclito de Éfeso (datas aproximadas: 540 a.C. - 470 a.C. em Éfeso, na Jônia), filósofo pré-socrático, recebeu o cognome de "pai da dialética".

Empédocles (Agrigento, 483 a.C. — Peloponeso, 430 a.C.) foi um filósofo, médico, legislador, professor, místico além de profeta, foi defensor da democracia e sustentava a idéia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.

Anaxágoras de Clazômenas (Clazômenas, c. 500 a.C. - Lâmpsaco, 428 a.C.), filósofo grego do período pré-socrático. Nascido em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do pensamento filosófico e científico que era desenvolvido nas cidades gregas da Ásia.

Pr. Moisés Sampaio de Paula55

Contexto Cultural - Autores seculares – filosofia e ciências antigas

Page 56: Evangelhos sinóticos aula 2

Pr. Moisés Sampaio de Paula56

Contexto Cultural Autores judeus

Page 57: Evangelhos sinóticos aula 2

Fílo de Alexandria foi um filósofo judeo-helenista (25 a.C. —50 d.C) que viveu durante o período do helenismo.

Tentou uma interpretação do Antigo Testamento à luz das categorias elaboradas pela filosofia grega e da alegoria. Foi autor de numerosas obras filosóficas e históricas, onde expôs a sua visão platónica do judaísmo.

Surge como o primeiro pensador a tentar conciliar o conteúdo bíblico à tradição filosófica ocidental. Neste sentido, é mais conhecido por sua doutrina do logos, sobre a qual ainda se encontram à espera de solução inúmeras controvérsias.

Pr. Moisés Sampaio de Paula57

Contexto Cultural - Autores judeus

Page 58: Evangelhos sinóticos aula 2

Flávio Josefo, ou apenas Josefo (em latim: Flavius Josephus; 37 ou 38 d.C. a 100 d.C. ), também conhecido pelo seu nome hebraico Yosef ben Matityahu (José, filho de Matias") e, após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo (latim: Titus Flavius Josephus),

Foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I.

Pr. Moisés Sampaio de Paula58

Contexto Cultural - Autores judeus

Page 59: Evangelhos sinóticos aula 2

Flávio Josefo - Suas duas obras mais importantes são Guerra dos Judeus (c. 75) e Antiguidades Judaicas (c. 94).

O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica contra Roma (66-705 ),

O segundo conta a história do mundo sob uma perspectiva judaica.

Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como sobre o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo e as origens da Dinastia Flaviana, que reinaria de 69 a 96.

Pr. Moisés Sampaio de Paula59

Contexto Cultural - Autores judeus

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Contexto Cultural Autores latinos

Page 61: Evangelhos sinóticos aula 2

Públio (Caio) Cornélio Tácito (em latim Publius (Gaius) Cornelius Tacitus) ou simplesmente Tácito, (55 — 120) foi um historiador, orador e político romano. Ocupou os cargos de questor, pretor (88), cônsul (97) e procônsul da Ásia (aproximadamente 110-113).

É considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Suas obras principais foram os Annales ("Anais") e as Historiae ("Histórias"), que tinham por tema, respectivamente, a história do Império Romano no primeiro século, desde a morte de Augusto e a chegada ao poder do imperador Tibério até à morte de Nero (Annales), e da morte de Nero à de Domiciano (Historiae).

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Contexto Cultural - Autores latinos

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Caio Plínio Cecílio Segundo (em latim: Caius Plinius Caecilius Secundus; Como, 61 ou 62 — Bitínia?), também conhecido como Plínio, o Jovem, o Moço ou o Novo, foi orador insígne (Panegírico de Trajano, 100), jurista, político, e governador imperial na Bitínia (111-112).

Sobrinho-neto de Plínio, o Velho, que o adaptou, estava com o mesmo no dia da grande erupção do Vesúvio (79 d.C.), mas não o acompanhou na viagem de barco até o vulcão em erupção que se revelaria mortal. Seus escritos sobre esse dia, no qual Pompeia se afogou em cinzas, são o principal documento escrito que versam a respeito de como sucedeu tal erupção. Hoje, as erupções desse tipo são chamadas de erupções plinianas.

Pr. Moisés Sampaio de Paula62

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Seus escritos abordam o tema do cristianismo, um dos primeiros documentos não neotestamentários sobre a igreja primitiva. Eles disse:

“...[os cristãos] têm como hábito reunir-se em um dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição...” (Plínio, Epístola 96).

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Caio Suetónio Tranquilo (em latim: Gaius Suetonius Tranquillus, ou simplesmente SuetónioPE ou SuetônioPB; Roma, 69 — ca. 141) foi um escritor latino.

Suetónio se situa num vasto escalão intermediário da literatura latina. Não teve a grandeza dos autores do apogeu, como Virgílio, Horácio, Cícero, Ovídio, Tito Lívio, aos quais foi posterior. Nem de um Juvenal, que lhe foi posterior. Foi amigo de Plínio.

Filho de um tribuno da décima-terceira legião, dedicou-se às armas e às letras. Escreveu as Vidas dos Doze Césares, tendo sido contemporâneo na idade adulta apenas do último de seus biografados, Domiciano. Viveu a era dos cinco bons imperadores (Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio e Marco Aurélio).

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