evangelho do ceu vol2

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  • 8/12/2019 Evangelho Do Ceu Vol2

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    EVANGELHO DO CU VOL. II

    ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA

    EDITORA LUXORIENS

    Revisado em novembro de 2005

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    Evangelho do Cu Vol. II

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    Lux Oriens Editora Ltda

    Rua Itapicuru, 849 - PerdizesSo Paulo - SP - Cep. 05006-000

    Forte:(0xxll) 3675-6947Webpage: http://www.lux-oriens.com.br

    E-mail: [email protected]: outubro de 2002

    ISBN n 85-88311-07-0Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)01-5332

    Sama, Meishu, 1882-1955.Evangelho do Cu / Meishu Sama ; traduo Minoru Nakahashi.

    So Paulo : Lux Oriens, 2001.Ttulo original: Tengoku no fukuin

    1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I. TtuloCDD-299.56

    ndices para catlogo sistemtico:1. Sama, Meishu: Doutrina Messinica: Religio 299.56

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    NDICE

    PREFCIO DO PRIMEIRO VOLUME ..................................................................................... 8

    INTRODUO....................................................................................................................... 11

    SABEDORIA ......................................................................................................................... 14

    CAPTULO 1 - POR QUE E COMO ADQUIRIR SABEDORIA ............................................. 16

    1-POR QUE A SABEDORIA NECESSRIA? ................................................................................. 161.1-PARA DESPERTAR A ALMA ............................................................................................... 16

    1.1.1 - Primeiro Johrei ......................................................................................................................... 161.1.2 - Luz atravs da leitura dos Ensinamentos ............................................................................. 16

    1.2-PARA APRIMORAR A ALMA............................................................................................... 171.2.1 - Formas de aprimoramento...................................................................................................... 171.2.2 - Fortalecimento da alma........................................................................................................... 17

    1.3-PARA CRIAR FELICIDADE................................................................................................. 181.3.1 - Falta de tie ................................................................................................................................ 18

    1.4PARA DESEMPENHAR CORRETAMENTE O TRABALHO NA OBRA DIVINA..................................... 18

    1.4.1 - Aprimoramento dos mamehito............................................................................................... 181.4.2 - Respeito liberdade do semelhante..................................................................................... 19

    2-COMO ADQUIRIR SABEDORIA? .............................................................................................. 212.1-PELA ELIMINAO DAS MCULAS ATRAVS DO JOHREI ........................................................ 21

    2.1.1 - Johrei e felicidade.................................................................................................................... 212.2-PELA LEITURA DOS ENSINAMENTOS .................................................................................. 21

    2.2.1 - Purificao das mculas ......................................................................................................... 212.2.2 - Importncia das publicaes messinicas ............................................................................ 22

    2.3-PELA ORAO ................................................................................................................ 232.3.1 - Sentido da orao.................................................................................................................... 23

    2.4-PELA DEDICAO ........................................................................................................... 232.4.1 - Cem por um .............................................................................................................................. 232.4.2 - Canalizao do Johrei ............................................................................................................. 24

    2.5-PELA PRTICA DO TINKON............................................................................................... 252.5.1 O que ?................................................................................................................................... 25

    2.6-PELA ELEVAO ESPIRITUAL ............................................................................................ 252.6.1 - Superioridade da alma ............................................................................................................ 252.6.2 - Sabedoria conforme o nvel espiritual ................................................................................... 252.6.3 - Elevao da alma ..................................................................................................................... 262.6.4 - Posio da alma....................................................................................................................... 262.6.5 - Esprito fraco............................................................................................................................. 27

    CAPTULO II - FORMAS DE MANIFESTAO DA SABEDORIA ...................................... 28

    1-CONHECIMENTO DAS LEIS DE DEUS ....................................................................................... 281.1-IMPORTNCIA................................................................................................................. 28

    1.1.1 - Deus e Sua Lei ......................................................................................................................... 281.1.2 - Essncia da verdade............................................................................................................... 28

    1.2-PRINCIPAIS LEIS ............................................................................................................. 301.2.1 - Purificao ................................................................................................................................ 301.2.1.1 - Lei da Purificao.............................. ................................. ............................... ............. 301.2.1.2 - Causa dos sofrimentos................................................................................................. 30

    1.2.2 - Tempo ....................................................................................................................................... 311.2.2.1 - Importncia do tempo................................................................................................... 311.2.2.2 Tempo certo....................................................................................................................... 321.2.2.3 - Solues rpidas............................................................................................................ 331.2.2.4 - Tempo divino................................................................................................................... 34

    1.2.3 - Ordem........................................................................................................................................ 341.2.3.1 - Lei da Ordem ................................................................................................................... 341.2.3.2 - Ocupao correta dos lugares.................................................................................... 351.2.3.3 - Importncia da ordem................................................................................................... 361.2.3.4 - Primazia da ordem ......................................................................................................... 371.2.3.5 - Posio dos objetos no ambiente .............................................................................. 37

    1.2.4 - Precedncia do esprito ........................................................................................................... 381.2.4.1 - Esprito precede a matria........................................................................................... 38

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    1.2.4.2 - Influncia das mculas................................................................................................. 391.2.5 - Causa e efeito .......................................................................................................................... 40

    1.2.5.1 - Misso do homem.......................................................................................................... 401.2.5.2 - Justia e Lei do Karma.................................................................................................. 40

    1.2.6 - Harmonia................................................................................................................................... 401.2.6.1 - Lei da Harmonia.............................................................................................................. 40

    1.2.7 - Inverso..................................................................................................................................... 42

    1.2.7.1 - Lei da Inverso............................. ................................. ................................. ................. 421.2.8 - Identidade ................................................................................................................................. 44

    1.2.8.1 - Remdios e mculas ..................................................................................................... 441.2.9 - Efeito Contrrio ........................................................................................................................ 45

    1.2.9.1 - Resultados insatisfatrios ........................................................................................... 451.2.9.2 - Ocorrncia de efeitos contrrios................................................................................ 46

    1.2.10 - Sintonia ................................................................................................................................... 471.2.10.1 - Lei da Sintonia.............................................................................................................. 471.2.10.2 - Afinidades...................................................................................................................... 47

    2-IDENTIFICAO DA VERDADE................................................................................................ 482.1-NVEIS DE VERDADE........................................................................................................ 482.2-DVIDAS E NUVENS ESPIRITUAIS ...................................................................................... 492.3-SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE...................................................................................... 492.4-MISERICRDIA DE DEUS................................................................................................. 502.5-PERDA DE TEMPO ........................................................................................................... 502.6-DISCERNIMENTO ............................................................................................................ 512.7-PERCEPO CORRETA .................................................................................................... 513-TRANSMISSO POR REFLEXO ................................................................................................ 533.1-SURGIMENTO NATURAL DO TIE ......................................................................................... 533.2-F E SABEDORIA............................................................................................................ 533.3-MANUTENO DA PUREZA MENTAL ................................................................................... 543.4-APRIMORAMENTO DO TIE................................................................................................. 543.5-POLIMENTO DO "ESPELHO" .............................................................................................. 554-TRANSCENDNCIA .............................................................................................................. 554.1-TIESHOKAKU .................................................................................................................. 554.2-RAPIDEZ ....................................................................................................................... 565-CONCRETIZAO................................................................................................................ 575.1-ELEVAO DO YUKON ..................................................................................................... 575.2-SALVAO E TIE............................................................................................................. 575.3-FACILIDADE E SACRIFCIO ................................................................................................ 595.4-AGIR COM LGICA .......................................................................................................... 605.5-ORIENTAO DISTNCIA ............................................................................................... 615.6-CONSERTOS .................................................................................................................. 615.7-TAREFAS DIVERSIFICADAS ............................................................................................... 625.8-SALDAR DVIDAS ESPIRITUAIS.......................................................................................... 625.9-EXPANSO DO PLANO DIVINO .......................................................................................... 635.10-AUTODEPRECIAO ...................................................................................................... 645.11-INTERCALAO DE ATIVIDADES...................................................................................... 645.12-GUEDATSU.................................................................................................................. 65

    CAPTULO III - PRINCPIOS DO HOMEM SBIO ................................................................. 671-DESAPEGO ...................................................................................................................... 671.1-RELAO ENTRE JOHREI E APEGO................................................................................... 671.2-APEGO A BENS MATERIAIS ............................................................................................... 671.3-APEGOS EMOCIONAIS ..................................................................................................... 681.4-APEGO VIDA ................................................................................................................ 681.5-ENVOLVIMENTOS FAMILIARES.......................................................................................... 701.6-APEGO E NUVENS ESPIRITUAIS ......................................................................................... 701.7-SINGELEZA NO AGIR....................................................................................................... 711.8-EGOCENTRISMO ............................................................................................................. 722-F ................................................................................................................................... 732.1-PARA ADQUIRIR A VERDADEIRA F .................................................................................... 73

    2.2

    -

    SABOR DA F

    ................................................................................................................. 74

    2.3-COMENTRIOS DE MEISHU SAMA SOBRE O ENSINAMENTO F E LIBERDADE.......................... 752.4-PENSAMENTOS COERENTES ............................................................................................ 78

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    2.5-IMPEDIMENTO EXPANSO DA MESSINICA...................................................................... 792.6-EFEITOS DO JOHREI....................................................................................................... 803-GRATIDO ....................................................................................................................... 813.1-OHOMEM DEPENDE DO PRPRIO SOONEN........................................................................ 813.2-GRATIDO PELO JOHREI................................................................................................. 813.3-MCULAS E DOAES ..................................................................................................... 83

    3.4-DVIDAS CSMICAS ......................................................................................................... 843.5-FUNO DO DINHEIRO..................................................................................................... 853.6-POUPAR DOANDO ........................................................................................................... 853.7-VIGILNCIA NO AGRADECER ............................................................................................. 863.8-IMPORTNCIA DO AGRADECIMENTO.................................................................................. 863.9-GRATIDO E RESSENTIMENTO .......................................................................................... 874-DISCERNIMENTO ENTRE BEM E MAL................................................................................. 874.1-OPAPEL DO BEM E DO MAL ............................................................................................. 874.2-DISTINGUIR A VERDADE ................................................................................................... 884.3-VENCER O MAL EM SI MESMO ........................................................................................... 894.4-SATISFAO E INSATISFAO .......................................................................................... 904.5-ODESTINO HUMANO ....................................................................................................... 914.6-BOATOS ........................................................................................................................ 92

    4.7-QUALIFICAO DIVINA ..................................................................................................... 935-ACEITAO DA VONTADE DE DEUS ................................................................................... 935.1-ENTREGAR-SE A DEUS .................................................................................................... 935.2-POSTURA INADEQUADA ................................................................................................... 945.3-EQUILBRIO ENTRE VERTICAL E HORIZONTAL ...................................................................... 955.4-HODO,O DOURADO CAMINHO DO MEIO .............................................................................. 955.5-IZUNOME....................................................................................................................... 966-ORAO ......................................................................................................................... 976.1IMPORTNCIA DO GUENREI............................................................................................. 976.2OGUENREI DAS SETENTA E CINCO VOZES......................................................................... 976.3-FORA DA PALAVRA ........................................................................................................ 986.4-PODER DA ORAO ........................................................................................................ 996.5-INFLUNCIA DO MAU GUENREI.......................................................................................... 99

    6.6-MANEIRA CORRETA DE ORAR ......................................................................................... 1007-VIRTUDES ...................................................................................................................... 1017.1-ALEGRIA...................................................................................................................... 1017.2-ATITUDE SBIA ............................................................................................................. 1027.3-AMELHOR ESTRATGIA ................................................................................................. 1047.4-SERVIR EM SEGREDO .................................................................................................... 1057.5-UM PRINCPIO DE JUSTIA ............................................................................................. 1057.6-JUSTIA E REPURIFICAO ............................................................................................ 1067.7-HONESTIDADE ............................................................................................................. 1078-COMPORTAMENTO ......................................................................................................... 1088.1-OHOMEM PRIMITIVO ..................................................................................................... 1088.2-ENFRAQUECIMENTO DA VITALIDADE HUMANA ................................................................... 1098.3-MUDANAS NECESSRIAS ............................................................................................. 110

    8.4-CHEGADA DO MUNDO DE MIROKU .................................................................................. 1108.5-RESPEITO AOS SEMELHANTES....................................................................................... 1118.6-POSTURA "REDONDA" ................................................................................................... 1138.7-MANIFESTAO DA BELEZA NO COMPORTAMENTO ............................................................ 1148.8-VIDA DE ISOLAMENTO ................................................................................................... 1158.9-CONDUTA HUMANA ....................................................................................................... 1169-SOONEN ......................................................................................................................... 1169.1-OQUE ? .................................................................................................................... 1169.2-IMPORTNCIA............................................................................................................... 1169.3-EXPANSO .................................................................................................................. 1189.4-SOONENE COMUNICAO ............................................................................................. 1199.5-SOONENE JOHREI ........................................................................................................ 1199.6-SOONENE MAKOTO ...................................................................................................... 120

    9.7-SOONENNEGATIVO ...................................................................................................... 1229.8-SOONENE APEGO ........................................................................................................ 122

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    9.9-SOONENE TRANQILIDADE ............................................................................................ 1239.10-SOONENE BOM SENSO ............................................................................................... 1239.11-SOONENE PODER DIVINO ............................................................................................ 1249.12-ESPONTANEIDADE ...................................................................................................... 1259.13-APRIMORAMENTO DAS OPINIES .................................................................................. 1279.14-REINO DO CU NO CORAO ....................................................................................... 127

    9.15-PERSONALIDADE DO IMPERADOR GODAIGO DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL..................... 1279.16-INTENO VERDADEIRA ............................................................................................... 1299.17-PODER DE DEUS E PENSAMENTO HUMANO .................................................................... 12910-PROCEDIMENTO DAIJOE SHOJO....................................................................................... 13010.1-DIFERENA ENTRE ATITUDES DAIJOE SHOJO ................................................................. 13010.2-JULGAMENTOS ........................................................................................................... 13110.3-OBJETIVO CORRETO ................................................................................................... 13210.4-VISO AMPLA ............................................................................................................. 13310.5-COMPORTAMENTO DAIJO E SHOJO ................................................................................ 13410.6-ATITUDE DAIJO ........................................................................................................... 13511-PONTO FOCAL ............................................................................................................... 13611.1-IDENTIFICAO DO PONTO FOCAL ................................................................................. 13611.2-SABEDORIA E PONTO FOCAL ........................................................................................ 137

    11.3-MANEIRA CORRETA DE OBSERVAR ................................................................................ 13812-VISO CIENTFICO-DIVINA ................................................................................................ 13812.1-LUZ IRRADIADA PELA MO ............................................................................................ 13812.2-CINCIA DIVINA .......................................................................................................... 13912.3-PODER DE KASSO ....................................................................................................... 14112.4-SIGNIFICADO DOS NMEROS ........................................................................................ 14212.5-SIMBOLOGIA NUMRICA ............................................................................................... 14312.6-SONS VOCLICOS ....................................................................................................... 14413-VIGILNCIA PERMANENTE ............................................................................................... 14413.1-FIRMEZA DE ATITUDES ................................................................................................ 14413.2-AO DOS JASHIN...................................................................................................... 14513.3-PRESUNO .............................................................................................................. 145

    PROPOSIO FINAL ......................................................................................................... 147

    ADENDO ............................................................................................................................. 148

    GLOSSRIO ....................................................................................................................... 150

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    PREFCIO DO PRIMEIRO VOLUME

    Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamentos que Lhe foram

    revelados por Deus atravs de publicaes em jornais e revistas

    da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para mamehitoe

    ministros. Nessas ocasies, abordava assuntos variados que

    abrangiam no s o campo religioso, moral ou filosfico, mas

    tambm cincia, especialmente a Medicina, Poltica, Educao, Arte,

    Histria, Agricultura, alm de outros temas diversos, tais como: ordem

    social, sabedoria, Mundo Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer

    ocorrncia que, direta ou indiretamente, interferisse no

    comportamento humano.

    De um modo geral, os artigos ou mesmo o contedo das

    palestras analisavam, de uma s vez, as mais diversas questes,

    todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente inovador,

    tendo por base a revelao divina, bem como experincias vividas e

    pesquisas realizadas por Meishu Sama, cuja finalidade era formar o

    homem para viver na Nova Civilizao, que se iniciaria no presente

    sculo XXI.

    De outra parte, todos os princpios contidos nos

    Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo

    com as necessidades do momento. Assim, muitos deles

    constituram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e

    seguidores da Messinica. Da tambm o outro motivo de, numa

    mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem

    tratadas questes diversas sem a centralizao especfica de umtema nico.

    Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de

    se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos, a fim

    de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e

    tambm para todas as pessoas interessadas em estud-los. Dessa

    forma, tornar-se-ia mais fcil visualizar, na sua totalidade,preciosssimas lies de inestimvel valor.

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    Entretanto, desde 1955 (Goshoten1de Meishu Sama) at hoje,

    nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar

    sistematicamente os Ensinamentos, separando-os de acordo com os

    diversos assuntos tratados pelo Mestre.

    Sentindo, ento, a urgncia de iniciar uma sistematizao,

    nosso esforo visou, na medida do possvel, atingir esse objetivo.

    Numa primeira etapa, o trabalho consistiu na separao dos

    textos que, depois, foram reunidos e remontados de forma

    esquemtica, colocando sempre em evidncias pontos bsicos

    considerados indispensveis a quem deseja trilhar o caminho da

    salvao. Sob esse aspecto, foi uma atividade semelhante daconstruo de uma casa, na qual a primeira etapa corresponde ao

    estabelecimento do alicerce para, em seguida, serem levantadas

    as colunas, paredes e telhado, sendo finalmente concluda com os

    arremates e acabamento para, mais tarde, ser acrescida dos ltimos

    retoques da decorao, feita com valiosas obras de arte das mais

    variadas tendncias. Em outras palavras, quero dizer que Meishu

    Sama deixou, nos Ensinamentos, todo o material para a edificao

    da nova morada da humanidade. A ns cabe apenas a misso dedistribu-lo, colocando cada mensagem, cada preceito, cada

    orientao no seu exato lugar. Dessa forma, os leitores podero

    obter uma idia mais concreta, numa viso tridimensional, da beleza

    desta nova casa, planejada por Deus, para todos os Seus filhos.

    Tendo, ento, como linha mestra o aspecto construtivo

    ascendente, tomamos como base, na elaborao deste livro, o

    processo da Iniciao como uma primeira etapa a ser transposta nocaminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase inicial, o que se

    destaca a necessidade da purificao, entendida como umrecurso irrefutvel de limpeza das mculas do esprito e das toxinas

    presentes no corpo fsico.

    1Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).

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    Uma vez vencida a fase da iniciao, o praticante, um pouco

    mais livre de impurezas, tem condies de discernimento e vai, assim,

    adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contnuo de

    aprimoramento espiritual. Da que, para atender a esse objetivo,

    a segunda parte desta Obra contm exclusivamente Ensinamentos

    referentes Sabedoria.Atravs deles, o leitor vai poder orientar-se

    na busca do seu prprio desenvolvimento espiritual. Assim, passo

    a passo, ir conseguindo escalar pontos cada vez mais altos, at

    atingir a Comunho Perfeita com Deus.

    Ento, o contedo da terceira parte constitudo de

    Escritos Sagrados que tm como objetivo mostrar o poder da Luzatravs da qual cada um de ns, seguindo o exemplo de Meishu

    Sama, poder atingir o grau de Kenshinjitsu.

    Foi tambm considerando todas as colocaes at aquiexpostas que dividimos o presente livro Evangelho do Cu

    em trs volumes, a saber: I -Iniciao, II - Sabedoria e III - ReinoDivino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitao para a

    humanidade inteira, onde cada um poder cultuar a Beleza,praticar a Virtude e vivenciar plenamente a Verdade absoluta.

    Minoru Nakahashi

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    INTRODUO

    Embora seja comum as pessoas falarem simplesmente de

    sabedoria, h categorias distintas a serem observadas: umasbem superficiais, outras mais profundas. Dessa forma, possvel

    destacar a existncia de trs nveis superiores, a saber: shinchi, asabedoria divina, zenchi ou forma de manifestao do Bem, e eichi,

    inteligncia do sbio.

    Esses trs primeiros estgios de discernimento brotam nas

    pessoas que tm o corao repleto de makoto e, ao mesmo tempo,

    aceitam a presena de Deus. Cada ser humano deve, contudo,procurar aperfeioar, o mximo possvel, as formas mais elevadas desabedoria atravs do aprimoramento da f.

    Se procurarem, ento, estabelecer as normas de ao por

    meio da prtica de zenchi e mant-las em contnuo aperfeioamento,

    jamais ocorrero malogros e a verdadeira felicidade poder ser

    conquistada em plenitude.

    De outra parte, atitudes oriundas de atos de maldade geram

    uma forma de inteligncia denominada kanchi que se fundamentaem princpios de esperteza e astcia. tambm da mesma origem

    a maneira de agir identificada como saichi, que tem por base asagacidade enganosa, bem como aquela que se compraz na prtica

    de malvadezas, chamadajachi. Esta ltima est presente na vida detodos os criminosos e fraudadores, os quais a possuem desenvolvida

    em alto grau.

    Num sentido amplo, pode-se afirmar que, desde os tempos

    antigos, os heris e todos os detentores de sucessos passageiros, na

    verdade, tiveram apenas uma inteligncia malfica de maior

    tamanho.

    A partir da constatao dos desmandos cometidos pelos maus,d, portanto, para entender o quanto profunda a sabedoria do

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    Bem, comparada superficialidade das inteligncias perversas. Tal

    fato pode ser notado desde as mais remotas pocas. Basta observar o

    caminho percorrido pelos homens maldosos. Ainda que seus

    desregramentos sejam planejados com habilidade, sempre

    apresentam alguma falha que os leva infalivelmente runa advinda

    do malogro de seus planos.

    Eis a razo de eu continuar a insistir: se desejarem prosperidade

    no apenas momentnea, mas eterna, aperfeioem a sabedoria

    profunda que nasce do poderoso makoto.

    Concluindo ento: se quiserem ser verdadeiras pessoas de f,precisam, antes de mais nada, ser corretas. Entendendo essa lgica,

    no ser nada difcil resolver os males que afligem a sociedade atual.

    A realidade, porm, quando atentamente observada,

    evidencia, em toda parte, a superficialidade de pensamento do

    homem moderno. Os polticos, por exemplo, imediatistas ao

    mximo, ficam todos muito atrapalhados ao enfrentarem um

    problema que surge de repente. Nesse aspecto, se parecembastante com os tratamentos alopticos da medicina: procurando

    eliminar os sintomas, no vo em busca das causas. Na verdade,

    acontece que, por terem apenas uma inteligncia superficial, no

    conseguem enxergar o futuro e, por isso, torna-se impossvel para

    eles estabelecer metas polticas autnticas, capazes de resolver os

    problemas sociais.

    A falta de tie profundo sempre impede, portanto, a conquistade uma vida feliz. Ocorre algo mais ou menos semelhante ao que

    acontece nos jogos de go 2 e shoogui3 . Os mestres dessasmodalidades enxergam, de um modo geral, de cinco a dez passos

    frente e, por isso, vencem com facilidade. J os iniciantes

    conseguem atingir somente dois ou trs, motivo que os conduz

    infalivelmente derrota.

    2Go -jogo parecido com o de dama3Shoogui - jogo semelhante ao xadrez

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    Tomando, ento, como base a habilidade dos mestres do go

    e shoogui, os seres humanos devem aperfeioar, o mais possvel,a sabedoria do Bem. Caso contrrio, nada conseguiro.

    Para atingir to alto grau de discernimento, ou seja, ir

    busca de uma vida norteada pelos princpios da divina sabedoria,

    preciso cultivar e manter constantemente, atravs da f, um

    corao repleto de makoto.

    Meishu Sama

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    SABEDORIA

    Luz, caminho,

    Gratido, f,Conscincia divina.

    SABEDORIA

    Shinchi

    Luz da suprema sabedoria

    Relmpago misterioso!Esclarece repentinamente o corao daqueles

    Que tm misso muito especialdentro do plano divino

    Nunca te afastes destes escolhidos especiais

    Myochi

    Sabedoria misteriosa de KannonCapacidade de compreenso,

    Acima do Bem e do Mal!Abre a porta de pedra dos coraes humanos.

    Preenche o mundo com teu poder.

    Eichi

    To raro tieshokaku nos dias de hoje!Luz a guiar a inteligncia dos sbios.

    Afasta deles a crescente perversidade de idiasQue, cada vez mais, est dificultando

    A presena do discernimento na humanidade.

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    CAPTULO 1 - POR QUE E COMO ADQUIRIR SABEDORIA

    1 - Por que a sabedoria necessria?

    1.1 - Para despertar a alma

    1.1.1 - Primeiro Johrei

    importante oferecer o jornal Eiko 4 (Glria) e a revista

    Tijyotengoku (Reino do Cu na Terra) para as pessoas lerem, poisassim entendero o significado dos Ensinamentos e recebero Luz.

    Mesmo que o assunto seja esquecido, a leitura deixa na alma

    um poder de purificao. Em outras palavras, seria como se fosse

    plantada, no corao, uma pequena semente que, mais tarde, vai

    crescer e frutificar.

    Muito louvvel, pois, dar aos que nos procuram explicaes

    sobre os princpios messinicos; se, entretanto, nessas ocasies, lhes

    forem oferecidas algumas publicaes sobre o assunto, ao lerem, jestaro no s recebendo o primeiro Johrei, como tambm

    conseguindo, de imediato, efeitos inesperados.

    1.1.2 - Luz atravs da leitura dos Ensinamentos

    Pela leitura dos Ensinamentos, as nuvens espirituais mais

    profundas so eliminadas em primeiro lugar e, como resultado, a

    alma se expande. por esse motivo que eu insisto: na leituraconstante dos Ensinamentos est a maneira correta para despertar

    a alma, porque purifica-lhe as impurezas e, ao mesmo tempo, a

    fortalece.

    4Eiko e Tijyotengoku so publicaes messinicas da poca em que Meishu Sama

    escreveu este Ensinamento. Atualmente no esto mais em circulao.

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    1.2 - Para aprimorar a alma

    1.2.1 - Formas de aprimoramento

    A finalidade da f consiste em polir a alma e purificar o

    corao. Para alcanar esse objetivo, existem trs meios:

    Primeiro: praticar o ascetismo e a penitncia, ou padecerinfortnios.

    Segundo: acumular virtudes pela prtica de atos bons.

    Terceiro: aprimorar a alma atravs da apreciao de obras

    de arte de alto nvel.

    1.2.2 - Fortalecimento da alma

    Quando uma pessoa recebe Johrei, purificada de forapara dentro, mas a leitura dos Ensinamentos age de dentro para

    fora. Quer dizer, embora a centelha divina de cada um seja em sipura, quando envolta por nuvens, fica encolhida e adormecida.

    Pela leitura dos Ensinamentos, entretanto, essas impurezas so

    dissipadas e a alma desperta repentinamente. Assim, ento,

    dependendo das circunstncias, at mesmo pessoas ms podem

    tornar-se bondosas.

    A partcula divina do homem , portanto, dotada de pureza

    absoluta e, por isso, no muda. Pode, contudo, ser afetada porinfluncias externas, ficando recoberta de nuvens que a levaro a

    encolher-se.

    Da a importncia de todos pedirem a Deus a expanso e o

    fortalecimento da alma.

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    1.3 - Para criar felicidade

    1.3.1 - Falta de tie

    Felicidade ou infelicidade dependem essencialmente do

    soonen. Quem se acha infeliz possui, de fato, uma cabea ruim.Dentre estes, os piores so os homens maus, pois se iludem,

    julgando poderem alcanar felicidade atravs de prticas ilcitas.

    Jamais percebem que o verdadeiro sucesso no pode ser atingido

    se cometerem atos escusos. Por essa razo, os maldosos no

    tm capacidade alguma de discernimento. Posso tambm afirmar

    que no existe correspondncia entre maldade e nvel social;qualquer pessoa pode ser famosa ou ilustre, mas, se estiver

    cometendo aes ilcitas, sentir-se- extremamente infeliz.

    Outro aspecto importante a ser observado o seguinte:

    mesmo entre aqueles de cabea ruim, h nveis diferentes: em

    alguns, o problema se apresenta mais acentuado; em outros,

    menos. Assim, por exemplo, eu no posso dizer que algum ilustre

    revele sempre muita bondade, mas tambm no posso afirmarque seja to mau porque, se o fosse, no conseguiria tanto

    destaque.

    1.4 Para desempenhar corretamente o trabalho na Obra Divina

    1.4.1 - Aprimoramento dos mamehi to

    Pergunta de ministro: Eu tenho notado que muitosmembros no vm com regularidade aos cultos nem esto

    recebendo bastante Johrei. Gostaria de que eles melhorassem

    mais nesses pontos para poderem cumprir melhor a vontade de

    Deus. O que devo fazer?

    Resposta de Meishu Sama: Toda essa preocupao

    significa a sua falta de f ao orientar os membros, pois voc noest confiando no Pai Supremo. Precisa muito aprimoramento para

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    se chegar compreenso de que Deus quem age; ns somos

    apenas instrumentos. Pensar, por isso, a partir de um ponto

    simplesmente humano gera sempre grande sofrimento. Eu, por

    exemplo, quando enfrento qualquer problema para os quais no

    encontro soluo adequada, entrego-os inteiramente a Deus e

    no me preocupo com quem est fazendo alguma coisa errada.

    Deixo-os agir com liberdade, porque no adianta dar conselhos s

    pessoas que j decidiram por um determinado caminho. Mesmo

    que a gente as julgue incorretas, no despertam. Normalmente,

    s vo perceber que caram no erro ao se encontrarem num beco

    sem sada.

    Pergunta de ministro: Como podemos saber se estamos

    num beco sem sada?

    Resposta de Meishu Sama: Muito fcil! Quando nosencontramos numa situao embaraosa ou sempre que

    estivermos sofrendo, sinal de que no temos possibilidade de

    resolver os problemas com os quais nos defrontamos. Nessas

    condies, ento, a melhor atitude consiste em entregar-nos aDeus que, vendo as nossas aflies, se dispe a ajudar-nos. Ao nos

    colocarmos inteiramente em Suas mos, ser criada, da nossa

    parte, uma condio favorvel para que Deus nos possa socorrer.

    1.4.2 - Respeito liberdade do semelhante

    Quando observo as pessoas que trabalham comigo

    fazendo coisas erradas, eu nunca lhes chamo a ateno, masentrego tudo a Deus. Se realmente no esto agindo certo, Ele as

    julgar. Muitas vezes, porm, embora paream erradas aos olhos

    humanos, so criaturas teis do ponto de vista do Senhor

    Supremo, existindo, por isso, alguma necessidade delas no meu

    trabalho.

    Certa vez aconteceu de um determinado colaborador tentarde vrias maneiras prejudicar a Obra Divina. Todos os demais

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    auxiliares estavam bastante preocupados e constantemente me

    alertavam sobre isso. Eu sempre lhes recomendava calma, dizendo-

    lhes que Deus estava olhando e deixei-o continuar agindo. Logo,

    porm, ficou mal e precisou ser internado num hospital onde

    morreu.

    Analisando detalhadamente as atitudes maldosas e os fatos

    relacionados vida desse dedicante, sou ainda bastante grato a

    ele, pois, apesar de tudo, realizou bons trabalhos, contribuindo

    assim para o desenvolvimento da Obra Divina. No instante, porm,

    em que poderia prejudicar, ficou impedido de ir adiante. Posso,

    ento, afirmar que foi til num determinado momento, dentro doinfinitamente profundo plano divino. Nessas situaes, o grandioso

    Deus no enxerga, como os olhos humanos, o Bem e o Mal das

    pessoas, mas somente a funo a ser exercida por elas.

    Com o passar do tempo, todos vo entender que a

    concretizao do Reino do Cu aqui na Terra assemelha-se a um

    grande teatro do qual fazem parte os Trs Reinos: o Divino, o

    Espiritual e o Material. Trata-se, pois, de um empreendimentoonde cada pessoa tem um papel a desempenhar, seja como vilo,

    seja como bom. O importante, porm, que assim a Obra de Deus

    vai-se desenvolvendo e expandindo neste mundo ainda dominado

    pelo mal.

    Faz-se necessrio tambm todos permanecerem atentos

    porque, mesmo dentro da igreja, os jashin penetram e ficam na

    mira dos adeptos. Pode haver, portanto, falhas e cada um deveficar bem decidido, firme.

    Embora, de vez em quando, aconteam alguns infortnios

    em conseqncia da atuao dos jashin, esses sofrimentos devemser encarados como uma ao purificadora, sem a qual no se

    consegue aprimorar.

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    mesmas impurezas, diminui de tamanho. Ento, ao ser canalizado

    Johrei, queimam-se as mculas que a envolvem na parte mais

    exterior, perifrica. Ao lerem, porm, os Ensinamentos, acontece o

    inverso, isto , as nuvens das camadas mais interiores, mais prximas

    da partcula divina, so eliminadas em primeiro lugar. Em

    conseqncia, a capacidade de discernimento aflora, tornando-se

    mais fcil a compreenso da verdade.

    2.2.2 - Importncia das publicaes messinicas

    Todos os artigos so, de fato, muito bons; no apresentam

    ponto algum passvel de contestao. Como, porm, os escritosmessinicos constituem um obstculo poderoso ao dos jashin,

    eles fazem de tudo para impedir que sejam divulgados. Alm

    disso, essas entidades malignas tm um enorme temor ao

    sofrimento que lhes causa a leitura de qualquer assunto referente

    Messinica.

    Freqentemente, pessoas vtimas de encostos confessam,

    aps terem sido libertadas, que no gostavam de ler osEnsinamentos.

    Um bom mtodo, portanto, para testar se algum com

    problemas tem ou no encosto de jashin, consiste em deixar aspublicaes messinicas num lugar bem visvel, dentro da casa.

    Se a pessoa as pegar e ler, sinal de que est livre; caso as

    ignore, no cometo erro algum em afirmar que est sendo

    influenciada pela ao desses seres malignos.

    De outra parte, percebo tambm que os jashin estotravando uma luta constante, numa guerra invisvel e diria,

    desde que comecei a escrever a Criao da Civilizao. Como um livro profundamente temido por essas entidades, elas mesmas

    colocam inmeros impedimentos para que eu no possa

    complet-lo; da a razo de me considerar um soldado num campode batalha.

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    At pessoas da minha famlia, embora no tenham a

    inteno, me atrapalham, pois so usadas pelosjashin para obstruiro meu trabalho. Recentemente ocorreu uma pequena melhora, mas,

    no comeo, no encontrava meios para fugir desses obstculos.

    Como Deus no quer os Seus filhos vivendo num ambiente

    de discrdia, mas deseja para todos a verdadeira felicidade e muita

    sabedoria, com certeza, vou ter condies de completar a Criaoda Civilizao, que juntamente com as demais publicaes

    messinicas, trar grandes benefcios para toda a humanidade.

    2.3 - Pela orao

    2.3.1 - Sentido da orao

    Quando rezamos, pedimos a Deus a purificao das

    mculas e o fortalecimento de nossa partcula divina. Da a

    importncia da orao sincera para alcanar sabedoria.

    2.4 - Pela dedicao

    2.4.1 - Cem por um

    O ideal seria que cada pessoa de f formasse outras cem.

    Quando um membro da Messinica consegue ministrar

    Johrei regularmente, ou divulgar as publicaes e, desse modo,

    formar um novo adepto, fica, em geral, muito contente. Essa boaao, entretanto, significa apenas que ele teve condies de fazer

    alguma pessoa adentrar ao porto da casa. preciso, ainda,

    conduzi-la para dentro e mostrar-lhe todos os aposentos da residncia

    a fim de ser verdadeiramente possvel afirmar que mais um membro

    foi conseguido. Quem j passou por experincias semelhantes

    sabe o que estou querendo dizer. O novo adepto s ser,

    portanto, um perfeito seguidor da Messinica quando, do fundo do

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    corao, entender e aceitar a nova maneira de viver que lhe est

    sendo proposta.

    Se, pois, algum tiver fora e capacidade de fazer um

    membro bem firme, com sabedoria suficiente para compreender os

    Ensinamentos, no ter dificuldade de conseguir mais cem. Estes,

    por sua vez, faro outros cem. Assim, sucessivamente, de maneira

    simples e natural, vai surgir um nmero surpreendente de

    verdadeiros propagadores do Evangelho do Cu, quer dizer, de

    pessoas sbias.

    2.4.2 - Canalizao do Johrei

    Na Messinica, o princpio da dedicao deve ser entendido

    de maneira muito peculiar, pois trata-se de uma verdade

    fundamentada num poder impossvel de ser comparado ao das

    outras religies: baseia-se na prtica do Johrei, mtodo sem

    precedentes, que exerce uma espantosa ao sobre as doenas.

    A maioria das pessoas, entretanto, ainda no consegue dar-lhe

    crdito irrestrito. Quem j recebeu Johrei uma vez pode entenderbem o que estou dizendo a respeito dos surpreendentes

    resultados da Luz de Deus no restabelecimento de enfermos.

    Na verdade, existem outros meios de impedir, pela f, o

    avano de algumas enfermidades. So, contudo, graas

    advindas indiretamente de Deus. Podem tambm resultar do

    emprego de fora mental. Ambos esses processos eram possveis e

    aceitveis no mundo da Noite, onde a Luz Divina s se manifestavaat certo grau. Agora, porm, com a chegada da Era do Dia, o poder

    vir diretamente de Deus Supremo e se tornar visvel, de modo

    absoluto, atravs do Johrei. Essa verdade pode ser comprovada pelo

    fato de todos os demais segmentos religiosos defenderem a

    existncia de hospitais, enquanto a Messinica no precisa se

    preocupar com tais instituies.

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    2.5 - Pela prtica do t inkon

    2.5.1 O que ?

    Tinkon, palavra japonesa que significa ato de acalmar a

    alma, uma prtica que serve para trazermos o nosso esprito de

    volta, ou seja, sairmos do estado de disperso. Tambm pode ser

    utilizada para dominarmos a irritao e conseguirmos um estado

    de maior serenidade. At mesmo em casos de insnia, o tinkon

    nos deixa mais tranqilos e o sono vem facilmente.

    O estado de serenidade conseguido atravs da prtica dotinkon conduz a um grau maior de discernimento que trar, como

    resultado, comportamentos reveladores de muita sabedoria.

    2.6 - Pela elevao espiritual

    2.6.1 - Superioridade da alma

    Ministro Os pensamentos negativos devem seeliminados?

    Meishu Sama No. No correto querer tir-los da

    mente, pois quem sente essa necessidade est, de fato,

    mostrando que os possui, mesmo que sejam poucos. Caso

    contrrio, no seria preciso se preocupar com eles.

    2.6.2 - Sabedoria conforme o nvel espiritual

    Estando no Reino do Cu, dependendo do nvel espiritual

    em que se encontra, o esprito adquire automaticamente

    sabedoria suficiente para desempenhar sua misso.

    De outra parte, quanto mais alto for o estgio de elevao,

    no haver, inclusive, necessidade do uso de palavras. Em nveissuperiores do Reino de Deus, as almas comunicam-se atravs

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    dos olhos. Em graus ainda mais acima, a troca de informaes dar-

    se- somente por meio do corao e do soonen.

    Ao atingir esse plano ultra-superior de perfeio, tambm os

    seres humanos tero condies de saber distinguir, com preciso,

    os mais distantes lugares e conhecer o futuro de dez ou de

    centenas de anos frente.

    2.6.3 - Elevao da alma

    Para se conseguir a elevao da alma, preciso acumular

    virtudes, pois quem tem soonen negativo no consegue sintonizarcom a vontade de Deus. Nessa situao, sempre malogra, mas,

    por outro lado, o sofrimento advindo dos insucessos diminui e

    elimina as mculas que foram a causa do soonen negativo. Como

    resultado desse processo, a alma se eleva e pode assim

    corresponder vontade divina, obtendo, por conseguinte,

    resultados maravilhosos.

    No mundo, freqentemente, vem-se exemplos de pessoasque fracassaram inmeras vezes e depois se tornaram grandes

    vencedoras. Tal ocorrncia se deve ao fato de terem, a partir de

    experincias frustrantes, mudado a sua maneira de agir.

    2.6.4 - Posio da alma

    A alma nunca est numa posio fixa. Ao contrrio, ora

    sobe, ora desce, dependendo do prprio peso ou leveza, estadosambos diretamente relacionados ao do Bem ou do Mal.

    Assim, quem cultiva a bondade acumula virtudes e diminui as

    mculas; portanto, torna-se leve. Por sua vez, os que praticam

    maldades concentram grande nmero de pecados. Com isso,

    aumentam cada vez mais as nuvens espirituais e,

    conseqentemente, o peso da alma. , portanto, muito vlida a

    expresso "peso do pecado", citada desde os tempos antigos.

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    Concluindo, pode-se afirmar com segurana que tanto as

    palavras e atos do Bem quanto do Mal chegam at Deus atravs

    dos fios espirituais. Se cada um de vocs entender essa lgica,

    saber que no existe outra alternativa a no ser tornar-se uma

    pessoa virtuosa.

    2.6.5 - Esprito fraco

    De um modo geral, as pessoas que tm esprito fraco vivem

    se preocupando muito com as direes a seguir, tais como lugares

    para onde devem mudar-se, local exato da entrada e sada das

    casas, horscopos, signos do ano. Se essa for a principal fonte deapreenso, nada poder dar certo, pois quem vive inquieto cria

    para si mesmo a m sorte.

    Ento, sempre que o poder do esprito entra em

    decadncia, surgem temeridades de toda espcie. Acontece algo

    semelhante sade fsica. H algumas pessoas cheias de

    vitalidade e outras bastante debilitadas. Da mesma forma, os

    medrosos tm, na verdade, esprito fraco.

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    CAPTULO II - FORMAS DE MANIFESTAO DA SABEDORIA

    1 - Conhecimento das Leis de Deus

    1.1 - Importncia

    1.1.1 - Deus e Sua Lei

    Deus amor. Se o homem, entretanto, no estiver vivendo

    de acordo com a lgica5, nada poder ser feito para ajud-lo. Muitas

    vezes, o Criador quer conceder s pessoas inmeras graas;

    falta-lhes, contudo, qualificao para receb-las.

    Mesmo em se tratando de dinheiro, quase sempre, Deus se

    dispe a coloc-lo em abundncia nos nossos bolsos. No pode,

    porm, faz-lo, porque h neles muitas impurezas, as quais

    devem, em primeiro lugar, ser eliminadas, para que se criem

    condies favorveis ao recebimento do auxlio do Cu. S assim

    que o Supremo Senhor poder conceder graas sem fim.

    Se o homem quiser, ento, ter a vida salva, dever fazer a

    sua parte. Caso contrrio, Deus no poder agir, pois existem leis

    imutveis, as quais nem Ele prprio transgride.

    1.1.2 - Essncia da verdade

    Para encontrar e compreender claramente a essncia das

    Leis que regem a vida humana e tambm o Universo, preciso, emprimeiro lugar, despreender-se dos detalhes. Agindo assim, o ser

    humano torna-se capaz de expandir o pensamento com muita

    rapidez e, ao mesmo tempo, passa a no negligenciar as

    verdadeiras aes, centrando-se mais na essncia dos fatos. Com

    isso, prospera rapidamente.

    5Princpio ou a Lei de Deus.

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    Uma mentalidade estreita impede, por conseguinte, a expanso

    da conscincia, tornando as pessoas obstinadas. Como resultado,

    elas criam, ao redor de si, um clima de constrangimento. Com

    essa atitude, a liberdade mental, geradora de estados emocionais

    tranqilos, desaparece, deixando-as desprovidas de serenidade,

    elemento essencial para que se estabelea uma atmosfera de

    progresso e bem-estar, tanto fsico quanto espiritual.

    O mais comum entre a maioria dos seres humanos, no

    entanto, a busca exclusiva da prpria felicidade. Sempre se

    esquecem de que viver em consonncia com as Leis Divinas tem

    suma importncia para se atingir um grau mais elevado de perfeio,no s na parte fsica mas tambm espiritual.

    Nunca se deve, ento, ficar ligado ao reconhecimento humano,

    uma vez que raramente o valor da virtude entendido na sua

    essncia, embora advenha de uma rdua dedicao. Importa,

    por conseguinte, apenas o esforo de cada um para viver de

    acordo com a vontade divina. Dessa forma, a recompensa vem de

    Deus, a quem nunca h possibilidade de enganar.

    Em ltima anlise, faz-se necessrio abandonar os

    preconceitos, os julgamentos superficiais e convencionais

    fundamentados no falso juzo, o que, de fato, uma atitude muitoperigosa.

    Para o Criador, no conta a preocupao em agradar aos

    homens. Vale somente agir de acordo com a essncia da Lei.Procurem, portanto, realizar apenas o que Deus aprova; coloquem

    sempre em evidncia os valores divinos, elementos fundamentais

    para uma vida repleta de bnos.

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    1.2 - Principais Leis

    1.2.1 - Purificao

    1.2.1.1 - Lei da Purificao

    Pela Lei da Purificao, onde quer que se acumulem mculas,

    surgir uma atividade natural para elimin-las, restabelecendo-se

    assim o equilbrio vital e o estado de pureza.

    Quando, por exemplo, algum enriquece por meios

    desonestos, acumula uma fortuna que ter forosamente de serpurificada. Esse mesmo fato pode comprovar tambm que

    ladres, assassinos, assaltantes, batedores de carteira, so

    gerados pelos prprios praticantes do Mal, em conseqncia da

    necessidade de aes purificadoras constantes. Ento, do ponto de

    vista daijo, se existem malfeitores, por que eles so necessrios.

    De modo anlogo, quando se acumulam toxinas no

    organismo, estas tero de ser inevitavelmente eliminadas. Paraefetuar esse processo de limpeza do corpo, aparecem bactrias

    nocivas, as quais muitas vezes acabam contaminando outras

    pessoas. Assim, como num crculo vicioso, o prprio ser humano

    cria tudo aquilo que o prejudica. Por isso, quaisquer infortnios,

    sejam doenas, vrus, bactrias, ladres, desastres, constituem

    instrumentos naturais de purificao das impurezas acumuladas

    pelo homem.

    1.2.1.2 - Causa dos sofrimentos

    Deve ficar bem claro que a infelicidade que atinge as

    pessoas em geral no gerada pela natureza. Origina-se da prpria

    conduta humana. No compensa, pois, a ningum lamentar-se de

    seus sofrimentos. Ao contrrio, cada um precisa tomar

    conscincia do Mal que causou a si mesmo.

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    Conservem, portanto, com firmeza, nas suas mentes, este

    princpio de justia: a causa de todos os males est no corao dos

    homens. So eles os responsveis pelas inmeras desgraas que

    lhes advm. Nunca atribuam, ento, a culpa dos prprios erros aos

    outros. No digam que a sociedade m, nem responsabilizem o

    governo, a poltica, a educao, o sistema ou a situao do mundo

    pelos insucessos pessoais.

    Embora o comportamento normal das pessoas, na atualidade,

    seja imputar aos outros a causa dos fracassos, os homens de f

    devem agir de maneira mais consciente. Vivendo sempre a

    lamentar-se, s podero acumular um nmero ainda maior demculas e, como conseqncia, provocar mais sofrimentos para

    purific-las, alm de criar motivos para queixas freqentes. Esse

    modo de viver bastante errado levar certamente a desgraas

    irreparveis.

    Sendo criaturas banhadas pela Luz de Deus, meditem

    profundamente sobre essas verdades e as guardem no fundo do

    corao.

    1.2.2 - Tempo

    1.2.2.1 - Importncia do tempo

    Muito importante o tempo. Mesmo realizaes que, com

    certeza, tero sucesso por estarem bem planejadas, se estiverem

    sendo executadas antes do tempo adequado, trazemconseqncias inesperadas. Notem, porm, que tal atitude no

    significa estarmos cometendo erros; apenas falta ainda o

    momento propcio. Para prever o fator "tempo certo", temos de

    possuir tieshokaku bastante evoludo.

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    1.2.2.2 Tempo certo

    Em todos os setores da sociedade, existem pessoas

    malsucedidas em seus empreendimentos por terem

    negligenciado o fator tempo adequado.

    Geralmente so malogros que se estendem a toda famlia e,

    s vezes, afetam tambm os demais parentes e at os amigos.

    Adversidades de tamanha proporo mostram claramente no se

    tratar apenas de um mal resultante de erros ou falta de sorte. Na

    verdade, em muitos casos, passam a representar um problema

    social. A causa de tanto insucesso est na inadequao do fatortempo certo.

    Para se entender melhor essa questo, convm observar

    atentamente o comportamento dos homens, ao iniciarem a

    elaborao de seus planos. Em geral, nos preparativos

    necessrios, todos so cuidadosos. Mas, quando se dispem a

    execut-los, percebem que as realizaes no correm de acordo

    com as expectativas. Normalmente surgem impedimentosinesperados e muitos ficam sem saber como reagir. Esse , via de

    regra, o caminho do fracasso, cuja causa reside na ignorncia do

    fator tempo certo, princpio absoluto para a execuo de qualquer

    tarefa. Ainda que todas as condies sejam favorveis, fora da

    poca adequada, bons resultados tornam-se impossveis.

    Um outro exemplo pode ser encontrado na Natureza, que

    tambm mostra ao homem a importncia do tempo como umacondio bsica para a obteno do sucesso em qualquer

    empreendimento. Notem que todos os produtos agrcolas tm o seu

    perodo exato de semeao, de crescimento, de transplantao de

    mudas determinado, claro, pelo clima e a regio de cultivo. Assim,

    plantando-se um bulbo no Outono, florescer na Primavera.

    Semeadas na Primavera, as flores desabrocham do Vero at o

    Outono. Tambm as frutas tm poca exata de sazonamento. Colhidas

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    prematuramente, no podero ser aproveitadas; maduras, entretanto,

    constituem alimentos saborosos.

    Pode-se, ento, afirmar que a Grande Natureza revela, em seu

    aspecto real, a verdade com relao ao tempo certo, e o homem deve

    tom-la como exemplo para qualquer trabalho que venha a

    empreender.

    1.2.2.3 - Solues rpidas

    Pergunta de mamehito: Quando o Senhor escreve,

    pensa antes sobre o assunto?

    Resposta de Meishu Sama: No preciso, pois eu tenho

    at dificuldade em assimilar todas as idias, porque se

    manifestam uma aps outra. Mesmo no caso de uma construo,

    quase nunca procuro pensar qual seja a melhor maneira de

    execut-la. Simplesmente, ao chegar o tempo adequado, surgede repente, na minha cabea, aquilo que deve ser feito. Por

    isso, quando vou ao local onde estou construindo o modelo doReino do Cu na Terra (Tijyotengoku), digo simplesmente o que

    e como deve ser feito em cada lugar, em cada ponto. Se algumadificuldade permanece sem o esclarecimento imediato, deixo-a de

    lado e no me preocupo mais com o assunto.

    Agora, por exemplo, j tenho na minha cabea, concludo, o

    Templo. At mesmo o desenho da cortina est pronto.

    Por isso, reafirmo: sempre que, ao pensarem na maneira

    como resolver um problema, no sendo encontradas idias claras,

    deixem-no assim mesmo. Chegando o tempo, aparece

    rapidamente a soluo exata.

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    adianta elevarmos preces a Deus aps termos realizado as tarefas

    corriqueiras, porque, neste caso, o trabalho tornou-se a atividade

    principal, tendo a divindade sido relegada a um plano secundrio. O

    mesmo se aplica s pessoas que vo receber Johrei. Devem,

    primeiro, ir ao Templo para depois se dedicarem s demaisatividades.Agindo assim, percebero os efeitos benficos da Luz

    de Deus com muito mais rapidez.

    1.2.3.2 - Ocupao correta dos lugares

    Na construo das casas japonesas, frequentemente

    observamos que o primeiro andar destinado ao quarto dos filhos eo trreo, para os pais.

    Analisando esse fato, percebemos que os filhos passam a

    ocupar um plano superior em relao aos pais e, por esse motivo,

    muitas vezes, no lhes ouvem as recomendaes. Situao idntica

    pode ser percebida no caso de patres e empregados.

    Precisamos, portanto, estar sempre atentos a esses pequenos

    detalhes.

    Embora no parea importante, tambm ao sentarmo-nos

    numa sala, convm obedecermos ordem. Assim, o dono da casa

    dever ocupar o lugar superior, seguido da esposa, do filho

    primognito, dos demais filhos e das filhas. Quando a famlia segue

    esse princpio, cria-se um ambiente de paz e harmonia. Caso

    contrrio, facilmente surgem atritos ou incidentes desagradveis.

    Muitas vezes, ao participar de uma reunio, eu percebia, logo

    ao entrar na sala, algo estranho no ambiente. Observando os

    detalhes, verificava que as pessoas no estavam sentadas de

    acordo com a Lei da Ordem. fundamental, pois, entendermosbem esse princpio.

    Para determinao do lugar correto de cada um, podemosconsiderar como inferior o plano mais prximo entrada de qualquer

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    local, e como superior, o mais afastado. Nas casas de estilo japons,

    todos sabem que a posio principal fica em frente ao tokonoma,(parte do assoalho um pouco mais alta, geralmente com diferena

    de um degrau). Conhecendo-se, portanto, a localizao do tokonoma,pode-se estabelecer, com muito bom senso, o lugar exato de cada

    pessoa.

    Outra considerao importante diz respeito s laterais. A

    esquerda corresponde ao esprito, por isso superior. A direita

    est relacionada ao corpo; por conseguinte, inferior. Nas suas

    atividades dirias, o homem emprega, na maioria das vezes, a fora

    fsica, da a razo pela qual utiliza mais o brao direito, quecorresponde ao corpo.

    1.2.3.3 - Importncia da ordem

    A ordem fundamental. Pela lgica, as nossas aes

    deveriam trazer sempre um resultado satisfatrio, mas, s vezes,

    algum episdio atrapalha. Quando isso acontece, meditando um

    pouco, veremos que estvamos trabalhando fora da ordenaometdica a ser seguida para que um empreendimento seja

    realizado com sucesso. Se, a partir desse princpio, descobrirmos

    qual deva ser a nossa atitude, tudo correr normalmente.

    Portanto, ter o tieshokaku desenvolvido significa sermos capazes deperceber, com facilidade, o fator ordem, que exerce grande

    influncia na nossa vida.

    Para termos certeza de que estamos agindo dentro daseqncia natural dos acontecimentos, o exemplo mais simples

    est na constatao de que, s vezes, mesmo ministrando Johrei,no obtemos curas, algo at meio estranho. Insistindo na

    observao, verificamos que estvamos fora do ponto focal ou da

    ordem, a qual precisa estar sempre de acordo com a lgica.

    Havendo, ento, por exemplo, muitas pessoas contrrias aoJohrei para um doente, ou mesmo se o pensamento do prprio

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    paciente no o aceita, quer dizer que no existe coerncia.

    Conseqentemente, nada corre bem e a cura no acontece.

    Portanto, quando vocs observarem casos em que os resultados

    so insatisfatrios, iro descobrir a razo do insucesso,

    considerando apenas a questo da ordem.

    1.2.3.4 - Primazia da ordem

    A Lei da Ordem de Deus preside a tudo. Em qualquer tipo de

    atividade, existe sempre uma sucesso harmoniosa de aes e um

    tempo certo a serem seguidos.

    Por exemplo, quando eu quis comprar um terreno vizinho ao

    nosso, os proprietrios no se dispuseram a vend-lo. Percebi,

    ento, que foi devido ao fato de no ser necessria a compra

    naquela poca. Quando chegou a hora certa e havia,

    evidentemente, necessidade de t-lo, os proprietrios o

    ofereceram a mim e pude, ento, compr-lo com facilidade.

    O caminho divino se nos apresenta, na realilade,maravilhoso, e a Lei da Ordem de Deus, misteriosa e fascinante,

    pois deixa evidente que tudo funciona de acordo com o tempo certo.

    Para colecionar obras de arte, por exemplo, procedo de acordo com

    esse princpio. Ao pensar casualmente sobre alguma delas em

    especial, pretendendo obt-la, muitas vezes, reconheo que, a

    princpio, quase impossvel realizar o meu desejo. Aps algum

    tempo, entretanto, na hora certa, a referida obra vem a mim de

    maneira natural.

    So realmente infinitas as maravilhas da Lei da Ordem!

    1.2.3.5 - Posio dos objetos no ambiente

    Quando fao a decorao da uma sala ou de um quarto,

    coloco nas posies mais elevadas os objetos de nvel superior; osde padro inferior, disponho nos lugares mais baixos. Dessa forma,

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    ao entrar num desses ambientes, qualquer pessoa, mesmo no

    sendo membro da famlia, sentir-se- bem. Tal situao decorre

    do fato de o esprito do objeto encontrar-se, no plano espiritual do

    quarto, na ordem correta.

    Ter, ento, conhecimento dos pormenores relativos

    disposio correta dos objetos num ambiente, bastante

    importante para que o estado de harmonia e bem-estar seja

    sentido por todos que a ele adentrarem.

    Freqentemente, quando um grande nmero de pessoas est

    reunida numa sala, surgem, de sbito, conflitos que podem chegar, svezes, grande violncia, com troca de socos, por exemplo. Nesses

    casos, quando se observa a posio de quem est sentado,

    percebe-se que a ordem no era a mais adequada.

    Na verdade, a desorganizao do nvel espiritual de um

    ambiente gera confuses, as quais se refletem naqueles que se

    encontram no local. Ento, se algum, logo ao chegar, j se sente mal,

    porque no h coerncia lgica nas posies ocupadas peloscircunstantes, ou seja, pessoas superiores esto sentadas em

    lugares inferiores ou vice-versa. Assim, devido desordem

    reinante, qualquer um pode irritar-se por nada e o clima se torna

    propcio a discusses. Na vida cotidiana acontecem muitas vezes

    fatos como esses, os quais se prolongam indefinidamente.

    1.2.4 - Precedncia do esprito

    1.2.4.1 - Esprito precede a matria

    A Lei segundo a qual o esprito precede a matria rege o

    Universo, e o ser humano tambm est subordinado a ela. Ento,

    dependendo da posio espiritual, a pessoa mesma determina a sua

    prpria felicidade ou desgraa. Eis a grande verdade.

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    Pode-se, pois, deduzir com muito discernimento que, se cada

    ser humano obedecer lei da precedncia, no ser difcil tornar-se

    completamente feliz.

    Outra concluso evidente que, se o esprito no tiver mrito

    para ocupar um lugar no Cu, mesmo que se julgue agraciado, ser

    estado aparente e temporrio. Ocorrendo, porm,aprimoramento e

    a conseqente elevao espiritual, de repente, tudo poder ser

    mudado, quer dizer, as pessoas voltam ao nvel em que se encontra

    agora o seu esprito no mundo imaterial.

    Grande importncia tem, por isso, a prtica de virtudes, debons atos, e a permanente disposio para ajudar na salvao dos

    semelhantes. Dessa forma, ainda que algum esteja infeliz, poder

    elevar o seu nvel atravs dos merecimentos resultantes de uma

    dedicao consciente, transformando-se, assim, num ser pleno de

    vida verdadeira.

    1.2.4.2 - Influncia das mculas

    Como uma forma de conhecimento necessrio a todos que

    desejam elevar-se, bom saber que o esprito fica sujeito a subidas

    e descidas, de acordo com as mculas nele acumuladas. Estas o

    tornam pesado e o impedem de atingir um plano mais alto.

    Portanto, quanto menor for a quantidade de nuvens

    espirituais, maior ser a elevao e, em consequncia, mais intensa a

    felicidade do ser humano. Quer dizer que todo o bem-estar ou osinfortnios vividos pelas pessoas esto relacionados diretamente

    intensidade de suas mculas.

    Ao saber desse fato, qual seja, a constante mobilidade do

    esprito determinada por maior ou menor nmero de mculas, o ser

    humano j est de posse de uma grande verdade. Ao mesmo

    tempo, comea a fazer parte do grupo dos felizes. Tal princpioconstitui uma lei imutvel e perene no Mundo Espiritual.

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    1.2.5 - Causa e efeito

    1.2.5.1 - Misso do homem

    O homem ao nascer recebeu a misso de efetuar a sua parte

    na concretizao de condies ideais de vida na Terra, de acordo

    com o Plano Csmico. Quando ele vive e age em consonncia com

    esse objetivo, a sade, a felicidade e a paz se integram ao seu

    cotidiano. Dessa forma, passa a fazer parte de um princpio

    universal preconizado na seguinte Lei: "Cada um colhe aquilo que

    planta".

    1.2.5.2 - Justia e Lei do Karma

    H problemas bastante profundos relacionados ao lado

    espiritual, resultantes da intensificao do esprito do fogo. Como

    nunca foi minha inteno provocar mal-entendidos entre membros

    e freqentadores, poucas vezes tenho-me pronunciado a respeito

    desse assunto; agora, porm, chegado o momento. Atualmente

    um grande nmero de pessoas sofre repurificaes, devido ao fatode todas as ocorrncias obedecerem Lei da Sintonia. Quer dizer,

    tudo acontece de acordo com o princpio da justia que, na sua

    essncia, engloba a Lei do Karma, ou seja, a relao entre causa e

    efeito.

    Essa verdade pode ser exemplificada nas expresses de

    Sakiyamuni que traduzem claramente a ideia das aes e suas

    conseqncias: "Quem vive, est fadado a morrer; aqueles quese encontram, um dia, vo separar-se".

    1.2.6 - Harmonia

    1.2.6.1 - Lei da Harmonia

    Muito se fala sobre harmonia, mas a questo bem maiscomplexa do que parece. primeira vista, quando se ouve esse

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    termo, aparentemente, o seu significado parece lgico e positivo.

    Nesse aspecto, o conceito de harmonia est sendo interpretado

    apenas de modo superficial.

    Num sentido mais profundo, porm, a idia do que seja

    harmonia est ligada, em primeiro lugar, distribuio natural e

    lgica de todas as criaturas de Deus dentro do Grande Universo. A

    partir desse ponto de vista, pode-se entender que nada se encontra

    ou se coloca desarmoniosamente no Cosmos.

    Analisando, entretanto, a questo sob outro ngulo,

    percebe-se que, na natureza, nem tudo continua no seu devidolugar. Se, entretanto, algum componente no est ocupando a

    posio que lhe foi determinada pelo Criador, porque aes anti-

    naturais praticadas pelos homens, com o intuito de reorganizar ou

    recompor a ordem natural, assim o determinaram.

    Ento, quem, de fato, desarmoniza o Universo so os seres

    humanos, quando tentam desestruturar a ordem natural da Criao,

    achando serem as aes pessoais as responsveis peloestabelecimento da rigorosa e verdadeira harmonia. Se, em lugar de

    destruir, as criaturas simplesmente obedecessem Lei do Cu e daTerra, tudo correria dentro da normalidade do plano de grandioso

    equilbrio estabelecido por Deus.

    Portanto, a desarmonia surge no momento em que as

    pessoas interferem na ordenao metdica e peculiar da Grande

    Natureza para modific-la.

    Mesmo em situaes nas quais a desorganizao se torna

    evidente, faz-se necessria a clara conscincia de que na Criao

    divina jamais haver desarmonia. Ento, aquilo que

    momentaneamente possa aparentar desordem, com o passar do

    tempo, volta a ocupar o seu exato lugar, obedecendo rigorosa Lei da

    Harmonia presente no Universo.

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    Olhar o mundo e interpretar a verdade, tendo por base a

    harmoniosa organizao universal, significa ter um pensamento

    daijo.

    1.2.7 - Inverso

    1.2.7.1 - Lei da Inverso

    Seria gratificante se, diante dos vrios problemas com os

    quais se defronta no curso de sua vida, o ser humano encontrasse

    solues adequadas para cada situao. Na verdade, porm, no

    fcil descobri-las, mesmo que se tente de vrias formas. Nessescasos, ento, convm lembrar da atitude determinada por

    gyakute, ou seja, aquela fundamentada nas regras da inverso.Eu, muitas vezes, me utilizo desse princpio, e sempre com bons

    resultados.

    Para melhor compreenso do conceito de gyakute, vouexplic-lo atravs de exemplos.

    a. Certa vez, uma jovem de boa famlia me procurou,

    dizendo que o pai mantinha relaes com uma viva s

    escondidas. Na verdade, ningum de sua casa sabia do fato. Ela

    era a nica a ter conhecimento do que ocorria, mas no estava mais

    disposta a ficar calada. Pensava, por isso, em resolver a situao

    definitivamente, contando tudo me e ao irmo mais velho. Queria

    desmascarar o pai. Antes, porm, desejava ouvir a minha opinio.

    Como o problema me pareceu bastante srio, decidi ensinar

    jovem a Lei da Inverso (gyakute). Para tanto, aconselhei-a que norevelasse a ningum o segredo nem tentasse impedir aquela

    relao. Sugeri-lhe fazer de conta nada ter visto. Tal atitude

    causaria boa impresso em seu pai e assim ela teria tempo de

    pensar em outro plano.

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    Alm disso, expliquei-lhe que nas relaes entre homem e

    mulher, quanto maiores forem os obstculos que se interpuserem,

    mais se inflamar a paixo. Nessas condies, se uma das partes

    tiver seu procedimento sigiloso descoberto, fica desesperada e os

    resultados so muitas vezes imprevisveis, podendo at resultar em

    tragdia.

    A jovem seguiu o meu conselho e o caso se resolveu

    rapidamente, de uma maneira muito melhor do que ela esperava.

    b. Outro exemplo a clebre histria do pintor Ookyo

    Maruyama. Um dia, tendo-se dirigido a um famoso restaurante deKyoto, logo ao entrar, percebeu que havia algo de anormal, pois o

    proprietrio mostrava-se muito preocupado.

    Ao perguntar o que estava acontecendo, o dono do

    restaurante contou-lhe que os negcios no andavam bem nos

    ltimos tempos e, por isso, pensava em encerrar suas atividades.

    Ookyo, tentando ajudar o proprietrio, disse-lhe que tinhauma idia. Retirou-se em seguida, voltando mais tarde com o

    desenho de um vulto feminino, na realidade, uma assombrao.

    Logo em seguida, a tela foi colocada numa moldura e o quadro

    afixado no tokonoma.

    Diante da atitude de Ookyo, a preocupao do dono do

    restaurante tornou-se bem maior, pois achava que a pintura

    representando um fantasma ia afugentar ainda mais os clientes.Ookyo, porm, recomendou-lhe que ficasse tranqilo, deixasse

    problema por sua conta e continuasse apenas observando os

    resultados.

    Com o passar dos dias, o inusitado quadro comeou a ficar

    famoso; muita gente aflua para v-lo e o restaurante voltou a

    prosperar mais do que antes.

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    Na verdade, Ookyo empregou a Lei da Inverso, segundo a

    qual no momento em que yin atinge o ponto mximo, muda parayang e vice-versa.

    Da mesma forma, grande parte dos problemas com os quais

    os seres humanos se defrontam no mundo reside no fato de no

    haver possibilidade de existir uma soluo, ou seja, inverter-se a

    situao, enquanto o auge da questo no tiver sido atingido. Na

    maioria das vezes, contudo, tenta-se mudar a direo dos

    acontecimentos no meio do caminho, atitude totalmente errada,

    pois somente protela o encontro da soluo correta.

    1.2.8 - Identidade

    1.2.8.1 - Remdios e mculas

    Como resultado do uso de remdios, o sangue torna-se

    impuro e, ao mesmo tempo, nuvens so geradas no esprito.

    Portanto, qualquer droga, quando ingerida, debilita o organismo e,

    pela Lei da Identidade entre Esprito e Corpo, surgem asmculas. No h, pois, coisa mais temvel que os medicamentos.

    Por conseguinte, quem os toma est aumentando o peso

    espiritual e, conseqentemente, colaborando para a descida do

    prprio esprito a nveis inferiores, podendo mesmo chegar a um

    plano infernal. Da a razode muitas pessoas que se encontram

    nessas condies praticarem atos horrendos. Alm disso, com o

    aumento gradativo do nmero de vidas assim, mais forte vai

    ficando o mundo das doenas, da pobreza e dos conflitos.

    Em sntese, a causa fundamental da infelicidade do ser

    humano so os remdios e as drogas. Antes de tudo, preciso

    tir-los de circulao. Meu alerta, porm, procurou apenas mostrar

    o mal que eles geram.

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    1.2.9 - Efeito Contrrio

    1.2.9.1 - Resultados insatisfatrios

    Quando uma pessoa no obtm resultados satisfatrios a

    despeito de todos os seus esforos, mesmo pensando estar

    agindo corretamente, porque desconhece a regra dos efeitos

    contrrios. Em outras palavras, ela no percebe a razo que

    transcende lgica dos fatos. Vou explicar, ento, essa lei

    bastante til para quem a emprega de maneira adequada, atravs

    de algumas observaes que podero facilitar o entendimento de

    verdade to fundamental.

    H, por exemplo, determinados ministros e dirigentes

    espirituais da Igreja que assumem ares de importncia, julgando-

    se detentores de especial grandeza. Contudo, quanto mais se

    exaltam, mais diminudos se apresentam aos olhos dos outros. Na

    verdade, atitudes de discrio e reserva so posturas muito

    valorizadas por quem est observando de fora. Inversamente,

    exibicionismo e ostentao soam desagradveis a ouvidosatentos. Sempre merece maior respeito quem relata os fatos da

    maneira como acontecem, sem exager-los nem diminu-los.

    Os que se propem a trabalhar na Obra Divina devem, pois,

    tomar cuidado para no alardear o favor que esto prestando

    nem desejar aparecer como benfeitores, atitude que s deprecia a

    gratido advinda daquele que recebeu ajuda.

    Resultados insatisfatrios nunca podero causar, por

    conseguinte, estranheza a quem desrespeita a Lei dos Efeitos

    Contrrios.

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    1.2.9.2 - Ocorrncia de efeitos contrrios

    preciso saber que em todos os acontecimentos podem

    ocorrer efeitos contrrios. Levar, portanto, esse ponto em

    considerao, sempre traz muitos benefcios.

    Alguns fatos da minha vida comprovam o que lhes digo.

    Certa vez, a pedido de conhecidos meus, no tive outra alternativa

    seno receber uma pessoa que insistia em me entrevistar e a quem

    eu vinha evitando, h tempo.

    Logo de incio perguntou-me quem era o Deus daMessinica. Respondi-lhe simplesmente que no sabia. Em seguida

    me fez outra indagao querendo saber se eu previa tudo o que iria

    acontecer. Disse-lhe que de nada poderia ter certeza porque no era

    Deus.

    Minhas respostas parecem t-lo decepcionado, pois esse

    entrevistador nunca mais voltou a me procurar.

    Outro fato ocorrido comigo diz respeito compra de um

    terreno. Quando indaguei a respeito do preo, o dono, tentando

    aproveitar-se da situao, pediu-me uma quantia exorbitante, o que me

    levou a no tocar mais no assunto. Passado algum tempo, o

    proprietrio, ansioso, procurou-me querendo saber se eu ainda estava

    interessado na compra. Respondi-lhe que no. Ento, acreditando no

    que eu lhe dissera, baixou o preo para uma importncia bastante

    razovel e o negcio se concretizou.

    Era freqente, em outras pocas, pessoas tentarem extorquir-me

    dinheiro. Quando apareciam, antes de abrirem a boca, eu lhes

    perguntava se conheciam algum que me pudesse conceder um

    emprstimo. De imediato, se retiravam sem nada dizer.

    Mesmo agora, se percebo que algum vai ser muito til paraa nossa Igreja no futuro, trato-o propositadamente com indiferena.

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    Evangelho do Cu Vol. II

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    estabelecidas, nenhuma ao, quer seja boa ou m, fica solta;

    inevitavelmente traz conseqncias.

    2 - Identificao da verdade

    2.1 - Nveis de verdade

    Mesmo em se tratando de algo verdadeiro, devem ser

    considerados trs nveis: superior, mdio e inferior.

    Muitas vezes aquilo que o ser humano admite como verdade

    pode ser um conhecimento extremamente inferior, embora, claro, indique que a alma j est um pouco mais purificada do

    que na fase anterior. Nesse estgio, as incertezas comeam a

    diminuir pouco a pouco, visto que o poder de discernimento vai

    aumentando dia a dia. Continua, entretanto, impossvel

    extinguirem-se ainda totalmente as dvidas; at pessoas ilustres

    as tm e muitas. A nica