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EVANGELHO DO CU VOL. II

ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMAEDITORA LUX ORIENSRevisado em novembro de 2005

Evangelho do Cu Vol. II

EVANGELHO DO CU VOL. II

ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMAEDITORA LUX ORIENS

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Evangelho do Cu Vol. II

Revisado em novembro de 2005Lux Oriens Editora Ltda Rua Itapicuru, 849 - Perdizes So Paulo - SP - Cep. 05006-000 Forte:(0xxll) 3675-6947 Webp age: http://www.lux-oriens.com.br E-mail: [email protected] 1a edio: outubro de 2002 ISBN n 85-88311-07-0 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 01-5332 Sama, Meishu, 1882-1955. Evangelho do Cu / Meishu Sama ; traduo Minoru Nakahashi. So Paulo : Lux Oriens, 2001. Ttulo original: Tengoku no fukuin 1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I. Ttulo CDD-299.56 ndices para catlogo sistemtico: 1. Sama, Meishu: Doutrina Messinica: Religio 299.56

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Evangelho do Cu Vol. II

"Uma leitura minuciosa dos meus Ensinamentos conduz, de fato, ao aprimoramento do tie. Nenhuma bno maior, nem graa mais elevada existe, seno a verdade advinda do Supremo Deus". Meishu Sama

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Evangelho do Cu Vol. II

NDICE.....................................................................................................................................................1 ...................................................................................................................................................1 EVANGELHO DO CU VOL. II....................................................................................................2 ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA........................................................................................2 EDITORA LUX ORIENS..............................................................................................................2 REVISADO EM NOVEMBRO DE 2005......................................................................................................3 NDICE.........................................................................................................................................5 PREFCIO DO PRIMEIRO VOLUME...........................................................................................9 INTRODUO............................................................................................................................12 SABEDORIA..............................................................................................................................15 CAPTULO 1 - POR QUE E COMO ADQUIRIR SABEDORIA....................................................17 1 - POR QUE A SABEDORIA NECESSRIA?..........................................................................................17 1.1 - PARA DESPERTAR A ALMA ........................................................................................................171.1.1 - Primeiro Johrei........................................................................................................................................... 17 1.1.2 - Luz atravs da leitura dos Ensinamentos................................................................................................... 17

1.2 - PARA APRIMORAR A ALMA.........................................................................................................181.2.1 - Formas de aprimoramento......................................................................................................................... 18 1.2.2 - Fortalecimento da alma.............................................................................................................................. 18

1.3 - PARA CRIAR FELICIDADE ..........................................................................................................191.3.1 - Falta de tie.................................................................................................................................................. 19

1.4 PARA DESEMPENHAR CORRETAMENTE O TRABALHO NA OBRA DIVINA.....................................................191.4.1 - Aprimoramento dos mamehito................................................................................................................... 19 1.4.2 - Respeito liberdade do semelhante........................................................................................................... 20

2 - COMO ADQUIRIR SABEDORIA?.......................................................................................................22 2.1 - PELA ELIMINAO DAS MCULAS ATRAVS DO JOHREI......................................................................222.1.1 - Johrei e felicidade...................................................................................................................................... 22

2.2 - PELA LEITURA DOS ENSINAMENTOS ............................................................................................222.2.1 - Purificao das mculas............................................................................................................................. 22 2.2.2 - Importncia das publicaes messinicas.................................................................................................. 23

2.3 - PELA ORAO........................................................................................................................242.3.1 - Sentido da orao....................................................................................................................................... 24

2.4 - PELA DEDICAO ...................................................................................................................242.4.1 - Cem por um................................................................................................................................................ 24 2.4.2 - Canalizao do Johrei................................................................................................................................ 25

2.5 - PELA PRTICA DO TINKON ........................................................................................................262.5.1 O que ?..................................................................................................................................................... 26

2.6 - PELA ELEVAO ESPIRITUAL......................................................................................................262.6.1 - Superioridade da alma................................................................................................................................ 26 2.6.2 - Sabedoria conforme o nvel espiritual....................................................................................................... 26 2.6.3 - Elevao da alma........................................................................................................................................ 27 2.6.4 - Posio da alma.......................................................................................................................................... 27 2.6.5 - Esprito fraco.............................................................................................................................................. 28

CAPTULO II - FORMAS DE MANIFESTAO DA SABEDORIA.............................................29 1 - CONHECIMENTO DAS LEIS DE DEUS...............................................................................................29 1.1 - IMPORTNCIA ........................................................................................................................291.1.1 - Deus e Sua Lei........................................................................................................................................... 29 1.1.2 - Essncia da verdade................................................................................................................................... 29

1.2 - PRINCIPAIS LEIS ....................................................................................................................311.2.1 - Purificao ................................................................................................................................................. 31 1.2.1.1 - Lei da Purificao............................................................................................................................... 31 1.2.1.2 - Causa dos sofrimentos........................................................................................................................ 31 1.2.2 - Tempo........................................................................................................................................................ 32 1.2.2.1 - Importncia do tempo......................................................................................................................... 32 1.2.2.2 Tempo certo.......................................................................................................................................... 33

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Evangelho do Cu Vol. II1.2.2.3 - Solues rpidas................................................................................................................................. 34 1.2.2.4 - Tempo divino...................................................................................................................................... 35 1.2.3 - Ordem ........................................................................................................................................................ 35 1.2.3.1 - Lei da Ordem...................................................................................................................................... 35 1.2.3.2 - Ocupao correta dos lugares............................................................................................................. 36 1.2.3.3 - Importncia da ordem......................................................................................................................... 37 1.2.3.4 - Primazia da ordem.............................................................................................................................. 38 1.2.3.5 - Posio dos objetos no ambiente........................................................................................................ 38 1.2.4 - Precedncia do esprito ............................................................................................................................. 39 1.2.4.1 - Esprito precede a matria.................................................................................................................. 39 1.2.4.2 - Influncia das mculas....................................................................................................................... 40 1.2.5 - Causa e efeito............................................................................................................................................. 41 1.2.5.1 - Misso do homem............................................................................................................................... 41 1.2.5.2 - Justia e Lei do Karma....................................................................................................................... 41 1.2.6 - Harmonia ................................................................................................................................................... 41 1.2.6.1 - Lei da Harmonia................................................................................................................................. 41 1.2.7 - Inverso...................................................................................................................................................... 43 1.2.7.1 - Lei da Inverso................................................................................................................................... 43 1.2.8 - Identidade................................................................................................................................................... 45 1.2.8.1 - Remdios e mculas........................................................................................................................... 45 1.2.9 - Efeito Contrrio.......................................................................................................................................... 46 1.2.9.1 - Resultados insatisfatrios................................................................................................................... 46 1.2.9.2 - Ocorrncia de efeitos contrrios......................................................................................................... 47 1.2.10 - Sintonia ................................................................................................................................................... 48 1.2.10.1 - Lei da Sintonia.................................................................................................................................. 48 1.2.10.2 - Afinidades......................................................................................................................................... 48

2 - IDENTIFICAO DA VERDADE .........................................................................................................49 2.1 - NVEIS DE VERDADE.................................................................................................................49 2.2 - DVIDAS E NUVENS ESPIRITUAIS.................................................................................................50 2.3 - SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE..................................................................................................50 2.4 - MISERICRDIA DE DEUS...........................................................................................................51 2.5 - PERDA DE TEMPO...................................................................................................................51 2.6 - DISCERNIMENTO.....................................................................................................................52 2.7 - PERCEPO CORRETA..............................................................................................................52 3 - TRANSMISSO POR REFLEXO ........................................................................................................54 3.1 - SURGIMENTO NATURAL DO TIE....................................................................................................54 3.2 - F E SABEDORIA.....................................................................................................................54 3.3 - MANUTENO DA PUREZA MENTAL..............................................................................................55 3.4 - APRIMORAMENTO DO TIE...........................................................................................................55 3.5 - POLIMENTO DO "ESPELHO"........................................................................................................56 4 - TRANSCENDNCIA .....................................................................................................................56 4.1 - TIESHOKAKU..........................................................................................................................56 4.2 - RAPIDEZ...............................................................................................................................57 5 - CONCRETIZAO........................................................................................................................58 5.1 - ELEVAO DO YUKON..............................................................................................................58 5.2 - SALVAO E TIE.....................................................................................................................58 5.3 - FACILIDADE E SACRIFCIO..........................................................................................................60 5.4 - AGIR COM LGICA...................................................................................................................61 5.5 - ORIENTAO DISTNCIA.........................................................................................................62 5.6 - CONSERTOS..........................................................................................................................62 5.7 - TAREFAS DIVERSIFICADAS.........................................................................................................63 5.8 - SALDAR DVIDAS ESPIRITUAIS.....................................................................................................63 5.9 - EXPANSO DO PLANO DIVINO....................................................................................................64 5.10 - AUTODEPRECIAO...............................................................................................................65 5.11 - INTERCALAO DE ATIVIDADES..................................................................................................65 5.12 - GUEDATSU..........................................................................................................................66 CAPTULO III - PRINCPIOS DO HOMEM SBIO......................................................................68 1 - DESAPEGO...............................................................................................................................68 1.1 - RELAO ENTRE JOHREI E APEGO..............................................................................................68 1.2 - APEGO A BENS MATERIAIS.........................................................................................................68 1.3 - APEGOS EMOCIONAIS...............................................................................................................69 1.4 - APEGO VIDA........................................................................................................................69

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Evangelho do Cu Vol. II 1.5 - ENVOLVIMENTOS FAMILIARES......................................................................................................71 1.6 - APEGO E NUVENS ESPIRITUAIS...................................................................................................71 1.7 - SINGELEZA NO AGIR.................................................................................................................72 1.8 - EGOCENTRISMO......................................................................................................................73 2 - F ........................................................................................................................................74 2.1 - PARA ADQUIRIR A VERDADEIRA F...............................................................................................74 2.2 - SABOR DA F.........................................................................................................................75 2.3 - COMENTRIOS DE MEISHU SAMA SOBRE O ENSINAMENTO F E LIBERDADE..........................................76 2.4 - PENSAMENTOS COERENTES.......................................................................................................79 2.5 - IMPEDIMENTO EXPANSO DA MESSINICA...................................................................................80 2.6 - EFEITOS DO JOHREI................................................................................................................81 3 - GRATIDO................................................................................................................................82 3.1 - O HOMEM DEPENDE DO PRPRIO SOONEN....................................................................................82 3.2 - GRATIDO PELO JOHREI...........................................................................................................82 3.3 - MCULAS E DOAES..............................................................................................................84 3.4 - DVIDAS CSMICAS..................................................................................................................85 3.5 - FUNO DO DINHEIRO..............................................................................................................86 3.6 - POUPAR DOANDO....................................................................................................................86 3.7 - VIGILNCIA NO AGRADECER.......................................................................................................87 3.8 - IMPORTNCIA DO AGRADECIMENTO..............................................................................................87 3.9 - GRATIDO E RESSENTIMENTO.....................................................................................................88 4 - DISCERNIMENTO ENTRE BEM E MAL...............................................................................................88 4.1 - O PAPEL DO BEM E DO MAL.....................................................................................................88 4.2 - DISTINGUIR A VERDADE............................................................................................................89 4.3 - VENCER O MAL EM SI MESMO....................................................................................................90 4.4 - SATISFAO E INSATISFAO.....................................................................................................91 4.5 - O DESTINO HUMANO................................................................................................................92 4.6 - BOATOS...............................................................................................................................93 4.7 - QUALIFICAO DIVINA..............................................................................................................94 5 - ACEITAO DA VONTADE DE DEUS.................................................................................................94 5.1 - ENTREGAR-SE A DEUS.............................................................................................................94 5.2 - POSTURA INADEQUADA.............................................................................................................95 5.3 - EQUILBRIO ENTRE VERTICAL E HORIZONTAL...................................................................................96 5.4 - HODO, O DOURADO CAMINHO DO MEIO.........................................................................................96 5.5 - IZUNOME...............................................................................................................................97 6 - ORAO..................................................................................................................................98 6.1 IMPORTNCIA DO GUENREI........................................................................................................98 6.2 O GUENREI DAS SETENTA E CINCO VOZES....................................................................................98 6.3 - FORA DA PALAVRA.................................................................................................................99 6.4 - PODER DA ORAO...............................................................................................................100 6.5 - INFLUNCIA DO MAU GUENREI...................................................................................................100 6.6 - MANEIRA CORRETA DE ORAR...................................................................................................101 7 - VIRTUDES..............................................................................................................................102 7.1 - ALEGRIA.............................................................................................................................102 7.2 - ATITUDE SBIA.....................................................................................................................103 7.3 - A MELHOR ESTRATGIA..........................................................................................................105 7.4 - SERVIR EM SEGREDO.............................................................................................................106 7.5 - UM PRINCPIO DE JUSTIA.......................................................................................................106 7.6 - JUSTIA E REPURIFICAO......................................................................................................107 7.7 - HONESTIDADE......................................................................................................................108 8 - COMPORTAMENTO ...................................................................................................................109 8.1 - O HOMEM PRIMITIVO..............................................................................................................109 8.2 - ENFRAQUECIMENTO DA VITALIDADE HUMANA................................................................................110 8.3 - MUDANAS NECESSRIAS.......................................................................................................111 8.4 - CHEGADA DO MUNDO DE MIROKU............................................................................................111 8.5 - RESPEITO AOS SEMELHANTES..................................................................................................112 8.6 - POSTURA "REDONDA"............................................................................................................114 8.7 - MANIFESTAO DA BELEZA NO COMPORTAMENTO..........................................................................115 8.8 - VIDA DE ISOLAMENTO.............................................................................................................116 8.9 - CONDUTA HUMANA................................................................................................................117

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Evangelho do Cu Vol. II 9 - SOONEN................................................................................................................................117 9.1 - O QUE ?...........................................................................................................................117 9.2 - IMPORTNCIA.......................................................................................................................117 9.3 - EXPANSO..........................................................................................................................119 9.4 - SOONEN E COMUNICAO.......................................................................................................120 9.5 - SOONEN E JOHREI................................................................................................................120 9.6 - SOONEN E MAKOTO...............................................................................................................121 9.7 - SOONEN NEGATIVO................................................................................................................123 9.8 - SOONEN E APEGO.................................................................................................................123 9.9 - SOONEN E TRANQILIDADE......................................................................................................124 9.10 - SOONEN E BOM SENSO.........................................................................................................124 9.11 - SOONEN E PODER DIVINO......................................................................................................125 9.12 - ESPONTANEIDADE...............................................................................................................126 9.13 - APRIMORAMENTO DAS OPINIES.............................................................................................128 9.14 - REINO DO CU NO CORAO.................................................................................................128 9.15 - PERSONALIDADE DO IMPERADOR GODAIGO DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL......................................128 9.16 - INTENO VERDADEIRA.........................................................................................................130 9.17 - PODER DE DEUS E PENSAMENTO HUMANO................................................................................130 10 - PROCEDIMENTO DAIJO E SHOJO ................................................................................................131 10.1 - DIFERENA ENTRE ATITUDES DAIJO E SHOJO..............................................................................131 10.2 - JULGAMENTOS....................................................................................................................132 10.3 - OBJETIVO CORRETO.............................................................................................................133 10.4 - VISO AMPLA.....................................................................................................................134 10.5 - COMPORTAMENTO DAIJO E SHOJO...........................................................................................135 10.6 - ATITUDE DAIJO...................................................................................................................136 11 - PONTO FOCAL.......................................................................................................................137 11.1 - IDENTIFICAO DO PONTO FOCAL............................................................................................137 11.2 - SABEDORIA E PONTO FOCAL..................................................................................................138 11.3 - MANEIRA CORRETA DE OBSERVAR...........................................................................................139 12 - VISO CIENTFICO-DIVINA.........................................................................................................139 12.1 - LUZ IRRADIADA PELA MO.....................................................................................................139 12.2 - CINCIA DIVINA...................................................................................................................140 12.3 - PODER DE KASSO...............................................................................................................142 12.4 - SIGNIFICADO DOS NMEROS..................................................................................................143 12.5 - SIMBOLOGIA NUMRICA.........................................................................................................144 12.6 - SONS VOCLICOS................................................................................................................145 13 - VIGILNCIA PERMANENTE ........................................................................................................145 13.1 - FIRMEZA DE ATITUDES..........................................................................................................145 13.2 - AO DOS JASHIN...............................................................................................................146 13.3 - PRESUNO......................................................................................................................146 PROPOSIO FINAL..............................................................................................................148 ADENDO..................................................................................................................................149 GLOSSRIO............................................................................................................................151

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Evangelho do Cu Vol. II

PREFCIO DO PRIMEIRO VOLUME Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamen tos que Lhe foram revelados por Deus atravs de publicaes em jornais e revistas da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para mamehito e ministros. Nessas ocasies, abordava assuntos va riados que abrangiam no s o campo religioso, moral ou filosfico, mas tambm cincia, especialmente a Medicina, Poltica, Educao, Arte, Histria, Agricultura, alm de outros temas diversos, tais como: ordem social, sabedoria, Mundo Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer ocorrncia que, direta ou indiretamente, interferisse no comportamento humano. De um modo geral, os artigos ou mesmo o contedo das palestras analisavam, de uma s vez, as mais diversas questes, todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente inovador, tendo por base a revelao divina, bem como experincias vividas e pesquisas realizadas por Meishu Sama, cuja finalidade era formar o homem para viver na Nova Civilizao, que se iniciaria no presente sculo XXI. De outra parte, todos os princpios contidos nos Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo com as necessidades do momento. Assim, muitos deles constituram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e seguido res da Messinica. Da tambm o outro motivo de, numa mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem tratadas questes diversas sem a centralizao especfica de um tema nico. Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos, a fim de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e tambm para todas as pessoas interessadas em estud-los. Dessa forma, tornar-se-ia mais fcil visualizar, na sua totalidade, preciosssimas lies de inestimvel valor.9

Evangelho do Cu Vol. II

Entretanto, desde 1955 (Goshoten 1 de Meishu Sama) at hoje, nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar sistematicamente os Ensinamen tos, separando-os de acordo com os diversos assun tos tratados pelo Mestre. Sentindo, ento, a urgncia de iniciar uma sis tematizao, nosso esforo visou, na medida do possvel, atingir esse objetivo. Numa primeira eta pa, o trabalho consistiu na separao dos textos que, depois, foram reunidos e remontados de forma esquemtica, colocando sempre em evidncias pon tos bsicos considerados indispensveis a quem deseja trilhar o caminho da salvao. Sob esse as pecto, foi uma atividade semelhante da construo de uma casa, na qual a primeira etapa corresponde ao estabelecimento do alicerce para, em seguida, serem levantadas as colunas, paredes e telhado, sendo finalmente concluda com os arremates e aca bamento para, mais tarde, ser acrescida dos ltimos retoques da decorao, feita com valiosas obras de arte das mais variadas tendncias. Em outras pala vras, quero dizer que Meishu Sama deixou, nos Ensinamentos, todo o material para a edificao da nova morada da humanidade. A ns cabe apenas a misso de distribu-lo, colocando cada mensagem, cada preceito, cada orientao no seu exato lugar. Dessa forma, os leitores podero obter uma idia mais concreta, numa viso tridimensional, da bele za desta nova casa, planejada por Deus, para todos os Seus filhos. Tendo, ento, como linha mestra o aspecto construtivo ascendente, tomamos como base, na elaborao deste livro, o processo da Iniciao como uma primeira etapa a ser transposta no caminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase inicial, o que se destaca a necessidade da purificao, entendida como um recurso irrefutvel de limpeza das mculas do esprito e das toxinas presentes no corpo fsico.

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Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).

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Evangelho do Cu Vol. II

Uma vez vencida a fase da iniciao, o praticante, um pouco mais livre de impurezas, tem con dies de discernimento e vai, assim, adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contnuo de aprimoramento espiritual. Da que, para atender a esse objetivo, a segunda parte desta Obra contm exclusivamente Ensinamentos referentes Sabedo ria. Atravs deles, o leitor vai poder orientar-se na busca do seu prprio desenvolvimento espiritual. Assim, passo a passo, ir conseguindo escalar pon tos cada vez mais altos, at atingir a Comunho Perfeita com Deus. Ento, o contedo da terceira parte consti tudo de Escritos Sagrados que tm como objetivo mostrar o poder da Luz atravs da qual cada um de ns, seguindo o exemplo de Meishu Sama, poder atingir o grau de Kenshinjitsu. Foi tambm considerando todas as colocaes at aqui expostas que dividimos o presente livro Evangelho do Cu em trs volumes, a saber: I -Iniciao, II - Sabedoria e III - Reino Divino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitao para a humanidade inteira, onde cada um poder cul tuar a Beleza, praticar a Virtude e vivenciar plena mente a Verdade absoluta. Minoru Nakahashi

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Evangelho do Cu Vol. II

INTRODUO Embora seja comum as pessoas falarem sim plesmente de sabedoria, h categorias distintas a serem observadas: umas bem superficiais, outras mais profundas. Dessa forma, possvel destacar a existncia de trs nveis superiores, a saber: shinchi, a sabedoria divina, zenchi ou forma de manifestao do Bem, e eichi, inteligncia do sbio. Esses trs primeiros estgios de discernimen to brotam nas pessoas que tm o corao repleto de makoto e, ao mesmo tempo, aceitam a presena de Deus. Cada ser humano deve, contudo, procurar aperfeioar, o mximo possvel, as formas mais ele vadas de sabedoria atravs do aprimoramento da f. Se procurarem, ento, estabelecer as normas de ao por meio da prtica de zenchi e mant-las em contnuo aperfeioamento, jamais ocorrero malo gros e a verdadeira felicidade poder ser conquista da em plenitude. De outra parte, atitudes oriundas de atos de maldade geram uma forma de inteligncia denomi nada kanchi que se fundamenta em princpios de esperteza e astcia. tambm da mesma origem a maneira de agir identificada como saichi, que tem por base a sagacidade enganosa, bem como aquela que se compraz na prtica de malvadezas, chamada jachi. Esta ltima est presente na vida de todos os criminosos e fraudadores, os quais a possuem desenvolvida em alto grau. Num sentido amplo, pode-se afirmar que, desde os tempos antigos, os heris e todos os de tentores de sucessos passageiros, na verdade, tive ram apenas uma inteligncia malfica de maior tamanho. A partir da constatao dos desmandos come tidos pelos maus, d, portanto, para entender o quanto profunda a sabedoria do12

Evangelho do Cu Vol. II

Bem, comparada superficialidade das inteligncias perversas. Tal fato pode ser notado desde as mais remotas pocas. Basta observar o caminho percorrido pelos homens maldosos. Ainda que seus desregramentos sejam planejados com habilidade, sempre apresentam al guma falha que os leva infalivelmente runa ad vinda do malogro de seus planos. Eis a razo de eu continuar a insistir: se dese jarem prosperidade no apenas momentnea, mas eterna, aperfeioem a sabedoria profunda que nas ce do poderoso makoto. Concluindo ento: se quiserem ser verdadeiras pessoas de f, precisam, antes de mais nada, ser cor retas. Entendendo essa lgica, no ser nada difcil resolver os males que afligem a sociedade atual. A realidade, porm, quando atentamente ob servada, evidencia, em toda parte, a superficialidade de pensamento do homem moderno. Os polticos, por exemplo, imediatistas ao mximo, ficam todos muito atrapalhados ao enfrentarem um problema que surge de repente. Nesse aspecto, se parecem bastante com os tratamentos alopticos da medici na: procurando eliminar os sintomas, no vo em busca das causas. Na verdade, acontece que, por terem apenas uma inteligncia superficial, no conseguem enxergar o futuro e, por isso, torna-se im possvel para eles estabelecer metas polticas autnticas, capazes de resolver os problemas sociais. A falta de tie profundo sempre impede, por tanto, a conquista de uma vida feliz. Ocorre algo mais ou menos 2 semelhante ao que acontece nos jo gos de go e shoogui 3. Os mestres dessas modalida des enxergam, de um modo geral, de cinco a dez passos frente e, por isso, vencem com facilidade. J os iniciantes conseguem atingir somente dois ou trs, motivo que os conduz infalivelmente derrota.2 3

Go - jogo parecido com o de dama Shoogui - jogo semelhante ao xadrez

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Evangelho do Cu Vol. II

Tomando, ento, como base a habilidade dos mestres do go e shoogui, os seres humanos devem aperfeioar, o mais possvel, a sabedoria do Bem. Caso contrrio, nada conseguiro. Para atingir to alto grau de discernimento, ou seja, ir busca de uma vida norteada pelos prin cpios da divina sabedoria, preciso cultivar e man ter constantemente, atravs da f, um corao repleto de makoto. Meishu Sama

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Evangelho do Cu Vol. II

SABEDORIA Luz, caminho, Gratido, f, Conscincia divina. SABEDORIA Shinchi Luz da suprema sabedoria Relmpago misterioso! Esclarece repentinamente o corao daqueles Que tm misso muito especial dentro do plano divino Nunca te afastes destes escolhidos especiais Myochi Sabedoria misteriosa de Kannon Capacidade de compreenso, Acima do Bem e do Mal! Abre a porta de pedra dos coraes humanos. Preenche o mundo com teu poder. Eichi To raro tieshokaku nos dias de hoje! Luz a guiar a inteligncia dos sbios. Afasta deles a crescente perversidade de idias Que, cada vez mais, est dificultando A presena do discernimento na humanidade.

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Evangelho do Cu Vol. II

Saichi Formas, aparncias, superficialidades, falhas! Infalveis e mltiplas desconfianas! No permitas, oh! Kannon, Que tantos males levem os homens A perder a confiana no invisvel! Kanchi Grande astcia, capacidade maldosa! Intelectuais e dirigentes, Quantas vezes fingistes realizar algo Em benefcio dos menos favorecidos! Tantas artimanhas a impedir Que a sociedade prospere verdadeiramente! Aniquila oh! Kannon Comportamentos to malignos! Desperta nos homens A crena na existncia de Deus! Intensifica o aprimoramento espiritual e material! Cria na Terra uma vida harmoniosa e plena de felicidade!

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Evangelho do Cu Vol. II

CAPTULO 1 - POR QUE E COMO ADQUIRIR SABEDORIA 1 - Por que a sabedoria necessria? 1.1 - Para despertar a alma 1.1.1 - Primeiro Johrei importante oferecer o jornal Eiko 4 (Glria) e a revista Tijyotengoku (Reino do Cu na Terra) para as pessoas lerem, pois assim entendero o significa do dos Ensinamentos e recebero Luz. Mesmo que o assunto seja esquecido, a leitura deixa na alma um poder de purificao. Em outras palavras, seria como se fosse plantada, no corao, uma pequena semente que, mais tarde, vai crescer e frutificar. Muito louvvel, pois, dar aos que nos procu ram explicaes sobre os princpios messinicos; se, entretanto, nessas ocasies, lhes forem oferecidas algumas publicaes sobre o assunto, ao lerem, j estaro no s recebendo o primeiro Johrei, como tambm conseguindo, de imediato, efeitos inespe rados. 1.1.2 - Luz atravs da leitura dos Ensinamentos Pela leitura dos Ensinamentos , as nuvens es pirituais mais profundas so eliminadas em primei ro lugar e, como resultado, a alma se expande. por esse motivo que eu insisto: na leitura constante dos Ensinamentos est a maneira correta para des pertar a alma, porque purifica-lhe as impurezas e, ao mesmo tempo, a fortalece.

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Eiko e Tijyotengoku so publicaes messinicas da poca em este Ensinamento. Atualmente no es to mais em circulao.

que Meishu Sama escreveu

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Evangelho do Cu Vol. II

1.2 - Para aprimorar a alma 1.2.1 - Formas de aprimoramento A finalidade da f consiste em polir a alma e corao. Para alcanar esse objetivo, exis tem trs meios: Primeiro: praticar o ascetismo e a penitncia, ou infortnios. purificar o

padecer

Segundo: acumular virtudes pela prtica de atos bons. Terceiro: aprimorar a alma atravs da apreciao de arte de alto nvel. 1.2.2 - Fortalecimento da alma Quando uma pessoa recebe Johrei, purifi cada de fora para dentro, mas a leitura dos Ensina mentos age de dentro para fora. Quer dizer, embora a centelha divina de cada um seja em si pura, quan do envolta por nuvens, fica encolhida e adormeci da. Pela leitura dos Ensinamentos, entretanto, essas impurezas so dissipadas e a alma desperta repentinamente. Assim, ento, dependendo das circuns tncias, at mesmo pessoas ms podem tornar-se bondosas. A partcula divina do homem , portanto, do tada de pureza absoluta e, por isso, no muda. Pode, contudo, ser afetada por influncias externas, fican do recoberta de nuvens que a levaro a encolher-se. Da a importncia de todos pedirem a Deus a fortalecimento da alma. expanso e o de obras

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1.3 - Para criar felicidade 1.3.1 - Falta de tie Felicidade ou infelicidade dependem essencial mente do soonen. Quem se acha infeliz possui, de fato, uma cabea ruim. Dentre estes, os piores so os homens maus, pois se iludem, julgando poderem alcanar felicidade atravs de prticas ilcitas. Jamais percebem que o verdadeiro sucesso no pode ser atingido se cometerem atos escusos. Por essa razo, os maldosos no tm capacidade alguma de discernimento. Posso tambm afirmar que no exis te correspondncia entre maldade e nvel social; qualquer pessoa pode ser famosa ou ilustre, mas, se estiver cometendo aes ilcitas, sentir-se- extre mamente infeliz. Outro aspecto importante a ser observado o seguinte: mesmo entre aqueles de cabea ruim, h nveis diferentes: em alguns, o problema se apre senta mais acentuado; em outros, menos. Assim, por exemplo, eu no posso dizer que algum ilustre revele sempre muita bondade, mas tambm no posso afirmar que seja to mau porque, se o fosse, no conseguiria tanto destaque. 1.4 Para desempenhar corretamente o trabalho na Obra Divina 1.4.1 - Aprimoramento dos mamehito Pergunta de ministro: Eu tenho notado que muitos membros no vm com regularidade aos cultos nem esto recebendo bastante Johrei. Gosta ria de que eles melhorassem mais nesses pontos para poderem cumprir melhor a vontade de Deus. O que devo fazer? Resposta de Meishu Sama: Toda essa preo cupao significa a sua falta de f ao orientar os membros, pois voc no est confiando no Pai Su premo. Precisa muito aprimoramento para19

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se chegar compreenso de que Deus quem age; ns somos apenas instrumentos. Pensar, por isso, a par tir de um ponto simplesmente humano gera sempre grande sofrimento. Eu, por exemplo, quando en frento qualquer problema para os quais no encontro soluo adequada, entrego-os inteiramente a Deus e no me preocupo com quem est fazendo alguma coisa errada. Deixo-os agir com liberdade, porque no adianta dar conselhos s pessoas que j decidiram por um determinado caminho. Mesmo que a gente as julgue incorretas, no despertam. Normalmente, s vo perceber que caram no erro ao se encontrarem num beco sem sada. Pergunta de ministro: Como podemos saber se estamos num beco sem sada? Resposta de Meishu Sama: Muito fcil! Quando nos encontramos numa situao embara osa ou sempre que estivermos sofrendo, sinal de que no temos possibilidade de resolver os problemas com os quais nos defrontamos. Nessas condies, ento, a melhor atitude consiste em entregar-nos a Deus que, vendo as nossas aflies, se dispe a aju dar-nos. Ao nos colocarmos inteiramente em Suas mos, ser criada, da nossa parte, uma condio favorvel para que Deus nos possa socorrer. 1.4.2 - Respeito liberdade do semelhante Quando observo as pessoas que trabalham comigo fazendo coisas erradas, eu nunca lhes cha mo a ateno, mas entrego tudo a Deus. Se realmen te no esto agindo certo, Ele as julgar. Muitas vezes, porm, embora paream erradas aos olhos humanos, so criaturas teis do ponto de vista do Senhor Supremo, existindo, por isso, alguma neces sidade delas no meu trabalho. Certa vez aconteceu de um determinado cola borador tentar de vrias maneiras prejudicar a Obra Divina. Todos os demais20

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auxiliares estavam bastante preocupados e constantemente me alertavam sobre isso. Eu sempre lhes recomendava calma, dizendolhes que Deus estava olhando e deixei-o continuar agindo. Logo, porm, ficou mal e precisou ser internado num hospital onde morreu. Analisando detalhadamente as atitudes maldosas e os fatos relacionados vida desse dedican te, sou ainda bastante grato a ele, pois, apesar de tudo, realizou bons trabalhos, contribuindo assim para o desenvolvimento da Obra Divina. No instante, porm, em que poderia prejudicar, ficou impedi do de ir adiante. Posso, ento, afirmar que foi til num determinado momento, dentro do infinita mente profundo plano divino. Nessas situaes, o grandioso Deus no enxerga, como os olhos huma nos, o Bem e o Mal das pessoas, mas somente a fun o a ser exercida por elas. Com o passar do tempo, todos vo entender que a concretizao do Reino do Cu aqui na Terra assemelha-se a um grande teatro do qual fazem parte os Trs Reinos: o Divino, o Espiritual e o Mate rial. Trata-se, pois, de um empreendimento onde cada pessoa tem um papel a desempenhar, seja como vilo, seja como bom. O importante, porm, que assim a Obra de Deus vai-se desenvolvendo e expandindo neste mundo ainda dominado pelo mal. Faz-se necessrio tambm todos permanece rem atentos porque, mesmo dentro da igreja, os jashin penetram e ficam na mira dos adeptos. P ode haver, portanto, falhas e cada um deve ficar bem decidido, firme. Embora, de vez em quando, aconteam al guns infortnios em conseqncia da atuao dos jashin, esses sofrimentos devem ser encarados como uma ao purificadora, sem a qual no se consegue aprim orar.

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2 - Como adquirir sabedoria? 2.1 - Pela eliminao das mculas atravs do Johrei 2.1.1 - Johrei e felicidade Aparentemente o Johrei tem como finalidade a eliminao das doenas. Possui, contudo, um ob jetivo muito mais amplo. Em sntese, uma manei ra de criar felicidade. Em termos simples, o Johrei cura as enfermi dades porque dissipa a sua causa, que so as nuvens espirituais. Ao queimar as mculas do corpo espiritual, elimina tambm simultaneamente todos os sofrimentos causados por doenas, pobreza e conflitos. Dentre os infortnios que atingem o ser humano, o principal a doena, porque afeta a pr pria vida. Resolvido esse problema, os demais tam bm o sero. Aqui reside o princpio da felicidade. Pode-se, portanto, concluir que a causa de to das as aflies e angstias humanas so as mculas espirituais acumuladas. E a maneira mais simples e decisiva de dissip-las est na prtica do Johrei, cujo objetivo vai alm da cura das doenas. Mantendo, ento, o esprito livre de mculas e o corpo sem toxinas, o ser humano tem condies de adquirir sabedoria. 2.2 - Pela leitura dos Ensinamentos 2.2.1 - Purificao das mculas Para entender bem este ponto, precisamos, primeiro, lembrar que nossa alma, por ser partcu la divina, sempre tem luz. Entretanto, devido s muitas mculas acumuladas, encontra-se envolta por camadas de impurezas que se vo concentrando ao redor dela, no corpo espiritual. Por essa razo, eu digo que a alma se acha num estado dormente e, pela influncia exterior dessas22

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mesmas impurezas, diminui de tamanho. Ento, ao ser canalizado Johrei, queimam-se as mculas que a envolvem na parte mais exterior, perifrica. Ao lerem, porm, os Ensinamentos, acontece o inverso, isto , as nuvens das camadas mais interiores, mais prximas da par tcula divina, so eliminadas em primeiro lugar. Em conseqncia, a capacidade de discernimento aflo ra, tornando-se mais fcil a compreenso da verdade. 2.2.2 - Importncia das publicaes messinicas Todos os artigos so, de fato, muito bons; no apresentam ponto algum passvel de contestao. Como, porm, os escritos messinicos constituem um obstculo poderoso ao dos jashin, eles fazem de tudo para impedir que sejam divulgados. Alm disso, essas entidades malignas tm um enorme temor ao sofrimento que lhes causa a leitura de qualquer assunto referente Messinica. Freqentemente, pessoas vtimas de encostos confessam, aps terem sido libertadas, que no gos tavam de ler os Ensinamentos. Um bom mtodo, portanto, para testar se al gum com problemas tem ou no encosto de jashin, consiste em deixar as publicaes messinicas num lugar bem visvel, dentro da casa. Se a pessoa as pegar e ler, sinal de que est livre; caso as ignore, no cometo erro algum em afirmar que est sendo influenciada pela ao desses seres malignos. De outra parte, percebo tambm que os jashin esto travando uma luta constante, numa guerra invisvel e diria, desde que comecei a escrever a Criao da Civilizao . Como um livro profun damente temido por essas entidades, elas mesmas colocam inmeros impedimentos para que eu no possa complet-lo; da a razo de me considerar um soldado num campo de batalha.23

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At pessoas da minha famlia, embora no tenham a inteno, me atrapalham, pois so usadas pelos jashin para obstruir o meu trabalho. Recente mente ocorreu uma pequena melhora, mas, no come o, no encontrava meios para fugir desses obstculos. Como Deus no quer os Seus filhos vivendo num ambiente de discrdia, mas deseja para todos a verdadeira felicidade e muita sabedoria, com cer teza, vou ter condies de completar a Criao da Civilizao, que juntamente com as demais publi caes messinicas, trar grandes benefcios para toda a humanidade. 2.3 - Pela orao 2.3.1 - Sentido da orao Quando rezamos, pedimos a Deus a purifica o das mculas e o fortalecimento de nossa part cula divina. Da a importncia da orao sincera para alcanar sabedoria. 2.4 - Pela dedicao 2.4.1 - Cem por um O ideal seria que cada pessoa de f formasse outras cem.

Quando um membro da Messinica consegue ministrar Johrei regularmente, ou divulgar as pu blicaes e, desse modo, formar um novo adepto, fica, em geral, muito contente. Essa boa ao, entre tanto, significa apenas que ele teve condies de fazer alguma pessoa adentrar ao porto da casa. preciso, ainda, conduzi-la para dentro e mostrar-lhe todos os aposentos da residncia a fim de ser verda deiramente possvel afirmar que mais um membro foi conseguido. Quem j passou por experincias semelhantes sabe o que estou querendo dizer. O novo adepto s ser, portanto, um perfeito segui dor da Messinica quando, do

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fundo do corao, entender e aceitar a nova maneira de viver que lhe est sendo proposta. Se, pois, algum tiver fora e capacidade de fazer um membro bem firme, com sabedoria suficien te para compreender os Ensinamentos, no ter di ficuldade de conseguir mais cem. Estes, por sua vez, faro outros cem. Assim, sucessivamente, de maneira simples e natural, vai surgir um nmero surpreendente de verdadeiros propagadores do Evangelho do Cu, quer dizer, de pessoas sbias. 2.4.2 - Canalizao do Johrei Na Messinica, o princpio da dedicao deve ser entendido de maneira muito peculiar, pois tra ta-se de uma verdade fundamentada num poder impossvel de ser comparado ao das outras religies: baseia-se na prtica do Johrei, mtodo sem precedentes, que exerce uma espantosa ao sobre as doenas. A maioria das pessoas, entretanto, ainda no consegue dar-lhe crdito irrestrito. Quem j recebeu Johrei uma vez pode entender bem o que estou dizendo a respeito dos surpreendentes resultados da Luz de Deus no restabelecimento de enfermos. Na verdade, existem outros meios de impe dir, pela f, o avano de algumas enfermidades. So, contudo, graas advindas indiretamente de Deus. Podem tambm resultar do emprego de for a mental. Ambos esses processos eram possveis e aceitveis no mundo da Noite, onde a Luz Divina s se manifestava at certo grau. Agora, porm, com a chegada da Era do Dia, o poder vir diretamente de Deus Supremo e se tornar visvel, de modo absoluto, atravs do Johrei. Essa verdade pode ser com provada pelo fato de todos os demais segmentos religiosos defenderem a existncia de hospitais, enquanto a Messinica no precisa se preocupar com tais instituies.

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2.5 - Pela prtica do tinkon 2.5.1 O que ? Tinkon, palavra japonesa que significa ato de acalmar a alma, uma prtica que serve para tra zermos o nosso esprito de volta, ou seja, sairmos do estado de disperso. Tambm pode ser utilizada para dominarmos a irritao e conseguirmos um estado de maior serenidade. At mesmo em casos de insnia, o tinkon nos deixa mais tranqilos e o sono vem facilmente. O estado de serenidade conseguido atravs da prtica do tinkon conduz a um grau maior de discernimento que trar, como resultado, compor tamentos reveladores de muita sabedoria. 2.6 - Pela elevao espiritual 2.6.1 - Superioridade da alma Ministro eliminados? Os pensamentos negativos de vem se

Meishu Sama No. No correto querer tir-los da mente, pois quem sente essa necessidade est, de fato, mostrando que os possui, mesmo que sejam poucos. Caso contrrio, no seria preciso se preocupar com eles. 2.6.2 - Sabedoria conforme o nvel espiritual Estando no Reino do Cu, dependendo do nvel espiritual em que se encontra, o esprito ad quire automaticamente sabedoria suficiente para desempenhar sua misso. De outra parte, quanto mais alto for o estgio de elevao, no haver, inclusive, necessidade do uso de palavras. Em nveis superiores do Reino de Deus, as almas comunicam-se atravs26

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dos olhos. Em graus ainda mais acima, a troca de informaes darse- somente por meio do corao e do soonen. Ao atingir esse plano ultra-superior de perfei o, tambm os seres humanos tero condies de saber distinguir, com preciso, os mais distantes lugares e conhecer o futuro de dez ou de centenas de anos frente. 2.6.3 - Elevao da alma Para se conseguir a elevao da alma, preci so acumular virtudes, pois quem tem soonen negativo no consegue sintonizar com a vontade de Deus. Nessa situao, sempre malogra, mas, por outro lado, o sofrimento advindo dos insucessos diminui e elimina as mculas que foram a causa do soonen negativo. Como resultado desse processo, a alma se eleva e pode assim corresponder vontade divina, obtendo, por conseguinte, resultados maravilhosos. No mundo, freq entemente, vem-se exem plos de pessoas que fracassaram inmeras vezes e depois se tornaram grandes vencedoras. Tal ocor rncia se deve ao fato de terem, a partir de experin cias frustrantes, mudado a sua maneira de agir. 2.6.4 - Posio da alma A alma nunca est numa posio fixa. Ao contrrio, ora sobe, ora desce, dependendo do pr prio peso ou leveza, estados ambos diretamente relacionados ao do Bem ou do Mal. Assim, quem cultiva a bondade acumula virtudes e dimi nui as mculas; portanto, torna-se leve. Por sua vez, os que praticam maldades concentram grande n mero de pecados. Com isso, aumentam cada vez mais as nuvens espirituais e, conseqentemente, o peso da alma. , portanto, muito vlida a expresso "peso do pecado", citada desde os tempos antigos.

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Concluindo, pode-se afirmar com segurana que tanto as palavras e atos do Bem quanto do Mal chegam at Deus atravs dos fios espirituais. Se cada um de vocs entender essa lgica, saber que no existe outra alternativa a no ser tornar-se uma pessoa virtuosa. 2.6.5 - Esprito fraco De um modo geral, as pessoas que tm esp rito fraco vivem se preocupando muito com as dire es a seguir, tais como lugares para onde devem mudar-se, local exato da entrada e sada das casas, horscopos, signos do ano. Se essa for a principal fonte de apreenso, nada poder dar certo, pois quem vive inquieto cria para si mesmo a m sorte. Ento, sempre que o poder do esprito entra em decadncia, surgem temeridades de toda esp cie. Acontece algo semelhante sade fsica. H algumas pessoas cheias de vitalidade e outras bas tante debilitadas. Da mesma forma, os medrosos tm, na verdade, esprito fraco.

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CAPTULO II - FORMAS DE MANIFESTAO DA SABEDORIA 1 - Conhecimento das Leis de Deus 1.1 - Importncia 1.1.1 - Deus e Sua Lei Deus amor. Se o homem, entretanto, no estiver vivendo de acordo com a lgica 5, nada pode r ser feito para ajud-lo. Muitas vezes, o Criador quer conceder s pessoas inmeras graas; falta-lhes, contudo, qualificao para receb-las. Mesmo em se tratando de dinheiro, quase sempre, Deus se dispe a coloc-lo em abundncia nos nossos bolsos. No pode, porm, faz-lo, porque h neles muitas impurezas, as quais devem, em primeiro lugar, ser eliminadas, para que se criem condies favorveis ao recebimento do auxlio do Cu. S assim que o Supremo Senhor poder con ceder graas sem fim. Se o homem quiser, ento, ter a vida salva, dever fazer a sua parte. Caso contrrio, Deus no poder agir, pois existem leis imutveis, as quais nem Ele prprio transgride. 1.1.2 - Essncia da verdade Para encontrar e compreender claramente a essncia das Leis que regem a vida humana e tam bm o Universo, preciso, em primeiro lugar, despreender-se dos detalhes. Agindo assim, o ser humano torna-se capaz de expandir o pensamento com muita rapidez e, ao mesmo tempo, passa a no negligenciar as verdadeiras aes, centrando-se mais na essncia dos fatos. Com isso, prospera rapi damente.

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Princpio ou a Lei de Deus.

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Uma mentalidade estreita impede, por conseguinte, a expanso da conscincia, tornando as pes soas obstinadas. Como resultado, elas criam, ao redor de si, um clima de constrangimento. Com essa atitude, a liberdade mental, geradora de esta dos emocionais tranqilos, desaparece, deixando-as desprovidas de serenidade, elemento essencial para que se estabelea uma atmosfera de progresso e bem-estar, tanto fsico quanto espiritual. O mais comum entre a maioria dos seres hu manos, no entanto, a busca exclusiva da prpria felicidade. Sempre se esquecem de que viver em consonncia com as Leis Divinas tem suma impor tncia para se atingir um grau mais elevado de per feio, no s na parte fsica mas tambm espiritual. Nunca se deve, ento, ficar ligado ao reconhe cimento humano, uma vez que raramente o valor da virtude entendido na sua essncia, embora advenha de uma rdua dedicao. Importa, por conseguinte, apenas o esforo de cada um para viver de acordo com a vontade divina. Dessa forma, a recom pensa vem de Deus, a quem nunca h possibilidad e de enganar. Em ltima anlise, faz-se necessrio abando nar os preconceitos, os julgamentos superficiais e co nvencionais fundamentados no falso juzo, o que, de fato, uma atitude muito perigosa. Para o Criador, no conta a preocupao em agradar aos homens. Vale somente agir de acordo com a essncia da Lei. Procurem, portanto, realizar apenas o que Deus aprova; coloquem sempre em evidncia os valores divinos, elementos fundamen tais para uma vida repleta de bnos.

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1.2 - Principais Leis 1.2.1 - Purificao 1.2.1.1 - Lei da Purificao Pela Lei da Purificao, onde quer que se acu mulem mculas, surgir uma atividade natural para elimin-las, restabelecendo-se assim o equil brio vital e o estado de pureza. Quando, por exemplo, algum enriquece por meios desonestos, acumula uma fortuna que ter forosamente de ser purificada. Esse mesmo fato pode comprovar tambm que ladres, assassinos, assaltantes, batedores de carteira, so gerados pelos prprios praticantes do Mal, em conseqncia da necessidade de aes purificadoras constantes. En to, do ponto de vista daijo, se existem malfeitores, por que eles so necessrios. De modo anlogo, quando se acumulam toxi nas no organismo, estas tero de ser inevitavelmen te eliminadas. Para efetuar esse processo de limpeza do corpo, aparecem bactrias nocivas, as quais muitas vezes acabam contaminando outras pessoas. Assim, como num crculo vicioso, o prprio ser humano cria tudo aquilo que o prejudica. Por isso, quaisquer infortnios, sejam doenas, vrus, bactrias, ladres, desastres, constituem instrumentos naturais de pu rificao das impurezas acumuladas pelo homem. 1.2.1.2 - Causa dos sofrimentos Deve ficar bem claro que a infelicidade que atinge as pessoas em geral no gerada pela nature za. Origina-se da prpria conduta humana. No compensa, pois, a ningum lamentar-se de seus so frimentos. Ao contrrio, cada um precisa tomar conscincia do Mal que causou a si mesmo.

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Conservem, portanto, com firmeza, nas suas mentes, este princpio de justia: a causa de todos os males est no corao dos homens. So eles os respon sveis pelas inmeras desgraas que lhes advm. Nunca atribuam, ento, a culpa dos prprios erros aos outros. No digam que a sociedade m, nem responsabilizem o governo, a poltica, a educao, o sistema ou a situao do mundo pelos insucessos pessoais. Embora o comportamento normal das pessoas, na atualidade, seja imputar aos outros a causa dos fracassos, os homens de f devem agir de maneira mais consciente. Vivendo sempre a lamentar-se, s podero acumular um nmero ainda maior de mculas e, como conseqncia, provocar mais sofri mentos para purific-las, alm de criar motivos para queixas freqentes. Esse modo de viver bas tante errado levar certamente a desgraas irreparveis. Sendo criaturas banhadas pela Luz de Deus, meditem profundamente sobre essas verdades e as guardem no fundo do corao. 1.2.2 - Tempo 1.2.2.1 - Importncia do tempo Muito importante o tempo. Mesmo realiza es que, com certeza, tero sucesso por estarem bem planejadas, se estiverem sendo executadas antes do tempo adequado, trazem conseqncias inespera das. Notem, porm, que tal atitude no significa es tarmos cometendo erros; apenas falta ainda o momento propcio. Para prever o fator "tempo certo", temos de possuir tieshokaku bastante evoludo.

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1.2.2.2 Tempo certo Em todos os setores da sociedade, existem pessoas malsucedidas em seus empreendimentos por terem negligenciado o fator tempo adequado. Geralmente so malogros que se estendem a toda famlia e, s vezes, afetam tambm os demais parentes e at os amigos. Adversidades de tamanha proporo mostram claramente no se tratar ape nas de um mal resultante de erros ou falta de sorte. Na verdade, em muitos casos, passam a representar um problema social. A causa de tanto insucesso est na inadequao do fator tempo certo. Para se entender melhor essa questo, convm observar atentamente o comportamento dos homens, ao iniciarem a elaborao de seus planos. Em geral, nos preparativos necessrios, todos so cuidadosos. Mas, quando se dispem a execut-los, percebem que as realizaes no correm de acordo com as expectativas. Normalmente surgem impedimentos inesperados e muitos ficam sem saber como reagir. Esse , via de regra, o caminho do fracasso, cuja causa reside na ignorncia do fator tempo cer to, princpio absoluto para a execuo de qualquer tarefa. Ainda que todas as condies sejam favor veis, fora da poca adequada, bons resultados tor nam-se impossveis. Um outro exemplo pode ser encontrado na Natureza, que tambm mostra ao homem a impor tncia do tempo como uma condio bsica para a ob teno do sucesso em qualquer empreendimento. Notem que todos os produtos agrcolas tm o seu perodo exato de semeao, de crescimento, de t ransplantao de mudas determinado, claro, pelo clima e a regio de cultivo. Assim, plantando-se um b ulbo no Outono, florescer na Primavera. Semeadas na Primavera, as flores desabrocham do Vero at o Outono. Tambm as frutas tm poca exata de sazonamento. Colhidas

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prematuramente, no pode ro ser aproveitadas; maduras, entretanto, constituem alimentos saborosos. Pode-se, ento, afirmar que a Grande Nature za revela, em seu aspecto real, a verdade com relao ao tempo certo, e o homem deve tom-la como exemplo para qualquer trabalho que venha a empreender. 1.2.2.3 - Solues rpidas Pergunta de mamehito: pensa antes sobre o assunto? Quando o Senhor escreve,

Resposta de Meishu Sama: No preciso, pois eu tenho at dificuldade em assimilar todas as idias, porque se manifestam uma aps outra. Mes mo no caso de uma construo, quase nunca procu ro pensar qual seja a melhor maneira de execut-la. Simplesmente, ao chegar o tempo adequado, surge de repente, na minha cabea, aquilo que deve ser feito. Por isso, quando vou ao local onde estou construindo o modelo do Reino do Cu na Terra (Tijyotengoku), digo simplesmente o que e como d eve ser feito em cada lugar, em cada ponto. Se al guma dificuldade permanece sem o esclarecimento imediato, deixo-a de lado e no me preocupo mais com o assunto. Agora, por exemplo, j tenho na minha cabe a, concludo, o Templo. At mesmo o desenho da cortina est pronto. Por isso , reafirmo: sempre que, ao pensarem na maneira como resolver um problema, no sendo encontradas idias claras, deixem-no assim mesmo. Chegando o tempo, aparece rapidamente a solu o exata.

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1.2.2.4 - Tempo divino O tempo de Deus muda a cada mil ou deze nas de mil anos, embora para Ele, o Criador, esse espao corresponda apenas a uma frao de segun do, ou at menos que isso. No obstante, para o ser humano que conse gue, quando tem vida longa, chegar, no mximo, perto dos cem anos, imaginar que milhares deles correspondem a fraes de segundo na mente divi na fica extremamente complicado e confunde-lhe muito o pensamento. 1.2.3 - Ordem 1.2.3.1 - Lei da Ordem Deus Ordem. Ento, quando se desrespeita to profundo princpio, especialmente no campo das relaes sociais, nada corre bem. Diante desse fato, torna-se fundamental termos conscincia da Lei da Ordem. A fim de entender melhor esse processo de prioridade, atentem para o seguinte: de acordo com um provrbio chins, existe uma distino entre os membros de um casal e ainda uma linha de prece dncia dos velhos em relao aos jovens, fato que leva ao estabelecimento de estreita ligao entre or dem e cortesia. Observando tambm a Natureza, poderemos notar que nada deixa de obedecer a um esquema bem preciso. Primavera, Vero, Outono e Inverno sempre se sucedem na mesma seqncia. Processo semelhante ocorre com o despontar dos dias e das noites e com o crescimento das plantas. As cerejei ras, por exemplo, jamais florescem antes das amei xeiras. Idntica postura de precedncia dever nortear a maneira correta de agir no que diz respeito nossa prtica religiosa. De nada35

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adianta elevarmos preces a Deus aps termos realizado as tarefas corriqueiras, porque, neste caso, o trabalho tornou-se a atividade principal, tendo a divindade sido relegada a um plano secundrio. O mesmo se aplica s pessoas que vo receber Johrei. Devem, primeiro, ir ao Templo para depois se dedicarem s demais atividades. Agindo assim, percebero os efeitos benfi cos da Luz de Deus com muito mais rapidez. 1.2.3.2 - Ocupao correta dos lugares Na construo das casas japonesas, frequente mente observamos que o primeiro andar destinado ao quarto dos filhos e o trreo, para os pais. Analisando esse fato, percebemos que os filhos passam a ocupar um plano superior em relao aos pais e, por esse motivo, muitas vezes, no lhes ouvem as recomendaes. Situao idntica pode ser perce bida no caso de patres e empregados. Precisamos, portanto, estar sempre atentos a esses pequenos detalhes. Embora no parea importante, tambm ao sentarmo-nos numa sala, convm obedecermos or dem. Assim, o dono da casa dever ocupar o lugar superior, seguido da esposa, do filho primognito, dos demais filhos e das filhas. Quando a famlia se gue esse princpio, cria-se um ambiente de paz e har monia. Caso contrrio, facilmente surgem atritos ou incidentes desagradveis. Muitas vezes, ao participar de uma reunio, eu percebia, logo ao entrar na sala, algo estranho no ambiente. Observando os detalhes, verificava que as pessoas no estavam sentadas de acordo com a Lei da Ordem. fundamental, pois, entendermos bem esse princpio. Para determinao do lugar correto de cada um, podemos considerar como inferior o plano mais prximo entrada de qualquer36

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local, e como superior, o mais afastado. Nas casas de estilo japons, todos sa bem que a posio principal fica em frente ao tokonoma, (parte do assoalho um pouco mais alta, geralmente com diferena de um degrau). Conhec endo-se, portanto, a localizao do tokonoma, pode- se estabelecer, com muito bom senso, o lugar exato de cada pessoa. Outra considerao importante diz respeito s laterais. A esquerda corresponde ao esprito, por isso superior. A direita est relacionada ao corpo; por conseguinte, inferior. Nas suas atividades dirias, o homem emprega, na maioria das vezes, a fora fsica, da a razo pela qual utiliza mais o bra o direito, que corresponde ao corpo. 1.2.3.3 - Importncia da ordem A ordem fundamental. Pela lgica, as nos sas aes deveriam trazer sempre um resultado sa tisfatrio, mas, s vezes, algum episdio atrapalha. Quando isso acontece, meditando um pouco, vere mos que estvamos trabalhando fora da ordenao metdica a ser seguida para que um empreendi mento seja realizado com sucesso. Se, a partir des se princpio, descobrirmos qual deva ser a nossa atitude, tudo correr normalmente. Portanto, ter o tieshokaku desenvolvido significa sermos capazes de perceber, com facilidade, o fator ordem, que exerce grande influncia na nossa vida. Para termos certeza de que estamos agindo dentro da seqncia natural dos acontecimentos, o exemplo mais simples est na constatao de que, s vezes, mesmo ministrando Johrei, no obtemos cu ras, algo at meio estranho. Insistindo na observa o, verificamos que estvamos fora do ponto focal ou da ordem, a qual precisa estar sempre de acordo com a lgica. Havendo, ento, por exemplo, muitas pessoas contrrias ao Johrei para um doente, ou mesmo se o pensamento do prprio37

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paciente no o aceita, quer dizer que no existe coerncia. Conseqentemente, nada corre bem e a cura no acontece. Portanto, quando vocs observarem casos em que os resultados so insatisfatrios, iro descobrir a razo do in sucesso, considerando apenas a questo da ordem. 1.2.3.4 - Primazia da ordem A Lei da Ordem de Deus preside a tudo. Em qualquer tipo de atividade, existe sempre uma su cesso harmoniosa de aes e um tempo certo a se rem seguidos. Por exemplo, quando eu quis comprar um ter reno vizinho ao nosso, os proprietrios no se dispuseram a vend-lo. Percebi, ento, que foi devido ao fato de no ser necessria a compra naquela po ca. Quando chegou a hora certa e havia, evidente mente, necessidade de t-lo, os proprietrios o ofereceram a mim e pude, ento, compr-lo com facilidade. O caminho divino se nos apresenta, na reali lade, maravilhoso, e a Lei da Ordem de Deus, mist eriosa e fascinante, pois deixa evidente que tudo funciona de acordo com o tempo certo. Para colecion ar obras de arte, por exemplo, procedo de acordo com esse princpio. Ao pensar casualmente sobre alguma delas em especial, pretendendo obt-la, muitas vezes, reconheo que, a princpio, quase impossvel realizar o meu desejo. Aps algum tem po, entretanto, na hora certa, a referida obra vem a mim de maneira natural. So realmente infinitas as maravilhas da Lei 1.2.3.5 - Posio dos objetos no ambiente Quando fao a decorao da uma sala ou de um quarto, coloco nas posies mais elevadas os objetos de nvel superior; os de padro inferior, dis ponho nos lugares mais baixos. Dessa forma,38

da Ordem!

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ao entrar num desses ambientes, qualquer pessoa, mesmo no sendo membro da famlia, sentir-se- bem. Tal situao decorre do fato de o esprito do objeto encontrar-se, no plano espiritual do quarto, na ordem correta. Ter, ento, conhecimento dos pormenores relativos disposio correta dos objetos num am biente, bastante importante para que o estado de harmonia e bem-estar seja sentido por todos que a ele adentrarem. Freqentemente, quando um grande nmero de pessoas est reunida numa sala, surgem, de sbi to, conflitos que podem chegar, s vezes, grande violncia, com troca de socos, por exemplo. Nesses casos, quando se observa a posio de quem est sentado, percebe-se que a ordem no era a mais adequada. Na verdade, a desorganizao do nvel espiri tual de um ambiente gera confuses, as quais se re fletem naqueles que se encontram no local. Ento, se algum, logo ao chegar, j se sente mal, porque no h coerncia lgica nas posies ocupadas pe los circunstantes, ou seja, pessoas superiores esto sentadas em lugares inferiores ou vice-versa. As sim, devido desordem reinante, qualquer um pode irritar-se por nada e o clima se torna propcio a discusses. Na vida cotidiana acontecem muitas vezes fatos como esses, os quais se prolongam inde finidamente. 1.2.4 - Precedncia do esprito 1.2.4.1 - Esprito precede a matria A Lei segundo a qual o esprito precede a ma tria rege o Universo, e o ser humano tambm est subordinado a ela. Ento, dependendo da posio espiritual, a pessoa mesma determina a sua prpria felicidade ou desgraa. Eis a grande verdade.

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Pode-se, pois, deduzir com muito discerni mento que, se cada ser humano obedecer lei da prec edncia, no ser difcil tornar-se completamente feliz. Outra concluso evidente que, se o esprito no tiver mrito para ocupar um lugar no Cu, mesmo que se julgue agraciado, ser estado aparente e temporrio. Ocorrendo, porm, aprimoramento e a conseqente elevao espir itual, de repente, tudo poder ser mudado, quer d izer, as pessoas voltam ao nvel em que se encontra agora o seu esprito no mundo imaterial. Grande importncia tem, por isso, a prtica de virtudes, de bons atos, e a permanente disposi o para ajudar na salvao dos semelhantes. Des sa forma, ainda que algum esteja infeliz, poder elevar o seu nvel atravs dos merecimentos resul tantes de uma dedicao consciente, transforman do-se, assim, num ser pleno de vida verdadeira. 1.2.4.2 - Influncia das mculas Como uma forma de conhecimento necess rio a todos que desejam elevar-se, bom saber que o esprito fica sujeito a subidas e descidas, de acor do com as mculas nele acumuladas. Estas o tornam pesado e o impedem de atingir um plano mais alto. Portanto, quanto menor for a quantidade de nuvens espirituais, maior ser a elevao e, em con sequncia, mais intensa a felicidade do ser humano. Quer dizer que todo o bem-estar ou os infortnios v ividos pelas pessoas esto relacionados direta mente intensidade de suas mculas. Ao saber desse fato, qual seja, a constante mobilidade do esprito determinada por maior ou menor nmero de mculas, o ser humano j est de posse de uma grande verdade. Ao mesmo tempo, comea a fazer parte do grupo dos felizes. Tal prin cpio constitui uma lei imutvel e perene no Mundo Espiritual.40

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1.2.5 - Causa e efeito 1.2.5.1 - Misso do homem O homem ao nascer recebeu a misso de efetuar a sua parte na concretizao de condies ideais de vida na Terra, de acordo com o Plano Csmico. Quando ele vive e age em consonncia com esse ob jetivo, a sade, a felicidade e a paz se integram ao seu cotidiano. Dessa forma, passa a fazer parte de um princpio universal preconizado na seguinte Lei: "Cada um colhe aquilo que planta". 1.2.5.2 - Justia e Lei do Karma H problemas bastante profundos relacionados ao lado espiritual, resultantes da intensificao do esprito do fogo. Como nunca foi minha inten o provocar mal-entendidos entre membros e freqentadores, poucas vezes tenho-me pronunciado a respeito desse assunto; agora, porm, chegado o momento. Atualmente um grande nmero de pesso as sofre repurificaes, devido ao fato de todas as oco rrncias obedecerem Lei da Sintonia. Quer dize r, tudo acontece de acordo com o princpio da justia que, na sua essncia, engloba a Lei do Karm a, ou seja, a relao entre causa e efeito. Essa verdade pode ser exemplificada nas ex presses de Sakiyamuni que traduzem claramente a ideia das aes e suas conseqncias: " Quem vive, est fadado a morrer; aqueles que se encontram, um dia, vo separar-se ". 1.2.6 - Harmonia 1.2.6.1 - Lei da Harmonia Muito se fala sobre harmonia, mas a questo bem mais complexa do que parece. primeira vista, quando se ouve esse41

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termo, aparentemente, o seu significado parece lgico e positivo. Nesse aspecto, o conceito de harmonia est sendo interpre tado apenas de modo superficial. Num sentido mais profundo, porm, a id ia do que seja harmonia est ligada, em primeiro lugar, distribuio natural e lgica de todas as criaturas de Deus dentro do Grande Universo. A partir desse ponto de vista, pode-se entender que nada se encon tra ou se coloca desarmoniosamente no Cosmos. Analisando, entretanto, a questo sob outro ngulo, percebe-se que, na natureza, nem tudo con tinua no seu devido lugar. Se, entretanto, algum componente no est ocupando a posio que lhe foi determinada pelo Criador, porque aes antinaturais praticadas pelos homens, com o intuito de reorganizar ou recompor a ordem natural, assim o determinaram. Ento, quem, de fato, desarmoniza o Univer so so os seres humanos, quando tentam desestrut urar a ordem natural da Criao, achando serem as aes pessoais as responsveis pelo estabelecimento da rigorosa e verdadeira harmonia. Se, em lugar de destruir, as criaturas simplesmente obedecessem Lei do Cu e da Terra, tudo correria dentro da nor malidade do plano de grandioso equilbrio estabelecido por Deus. Portanto, a desarmonia surge no momento em que as pessoas interferem na ordenao metdi ca e peculiar da Grande Natureza para modific-la. Mesmo em situaes nas quais a desorganizao se torna evidente, faz-se necessria a clara con scincia de que na Criao divina jamais haver desarmonia. Ento, aquilo que momentaneamente possa aparentar desordem, com o passar do tempo, volta a ocupar o seu exato lugar, obedecendo rigo rosa Lei da Harmonia presente no Universo.

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Olhar o mundo e interpretar a verdade, ten do por base a harmoniosa organizao universal, significa ter um pensamento daijo. 1.2.7 - Inverso 1.2.7.1 - Lei da Inverso Seria gratificante se, diante dos vrios proble mas com os quais se defronta no curso de sua vida, o ser humano encontrasse solues adequadas para cada situao. Na verdade, porm, no fcil desc obri-las, mesmo que se tente de vrias formas. Nesses casos, ento, convm lembrar da atitude determinada por gyakute, ou seja, aquela funda mentada nas regras da inverso. Eu, muitas vezes, me utilizo desse princpio, e sempre com bons resultados. Para melhor compreenso do conceito de explic-lo atravs de exemplos. gyakute, vou

a. Certa vez, uma jovem de boa famlia me procurou, dizendo que o pai mantinha relaes com uma viva s escondidas. Na verdade, nin gum de sua casa sabia do fato. Ela era a nica a ter conhecimento do que ocorria, mas no estava mais disposta a ficar calada. Pensava, por isso, em resol ver a situao definitivamente, contando tudo me e ao irmo mais velho. Queria desmascarar o pai. Antes, porm, desejava ouvir a minha opinio. Como o problema me pareceu bastante srio, decidi ensinar jovem a Lei da Inverso (gyakute). Para tanto, aconselhei-a que no revelasse a nin gum o segredo nem tentasse impedir aquela relao. Sugeri-lhe fazer de conta nada ter visto. Tal atitude causaria boa impresso em seu pai e assim ela teria tempo de pensar em outro plano.

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Alm disso, expliquei-lhe que nas relaes entre homem e mulher, quanto maiores forem os obstculos que se interpuserem, mais se inflamar a paixo. Nessas condies, se uma das partes tiver seu procedimento sigiloso descoberto, fica desespe rada e os resultados so muitas vezes imprevisveis, podendo at resultar em tragdia. A jovem seguiu o meu conselho e o caso se resolveu rapidamente, de uma maneira muito me lhor do que ela esperava. b. Outro exemplo a clebre histria do pin tor Ookyo Maruyama. Um dia, tendo-se dirigido a um famoso restaurante de Kyoto, logo ao entrar, percebeu que havia algo de anormal, pois o proprie trio mostrava-se muito preocupado. Ao perguntar o que estava acontecendo, o dono do restaurante contou-lhe que os negcios no andavam bem nos ltimos tempos e, por isso, pensava em encerrar suas atividades. Ookyo, tentando ajudar o proprietrio, disse- lhe que tinha uma idia. Retirou-se em seguida, voltando mais tarde com o desenho de um vulto feminino, na realidade, uma assombrao. Logo em seguida, a tela foi colocada numa moldura e o qua dro afixado no tokonoma. Diante da atitude de Ookyo, a preocupao do dono do restaurante tornou-se bem maior, pois a chava que a pintura representando um fantasma ia afugentar ainda mais os clientes. Ookyo, por m, recomendou-lhe que ficasse tranqilo, deixasse problema por sua conta e continuasse apenas observando os resultados. Com o passar dos dias, o inusitado quadro comeou a ficar famoso; muita gente aflua para v- lo e o restaurante voltou a prosperar mais do que antes.

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Na verdade, Ookyo empregou a Lei da In verso, segundo a qual no momento em que yin atinge o ponto mximo, muda para yang e vice-versa. Da mesma forma, grande parte dos problemas com os quais os seres humanos se defrontam no mundo reside no fato de no haver possibilidade de existir uma soluo, ou seja, inverter-se a situao, enquanto o auge da questo no tiver sido atingido. Na maioria das vezes, contudo, tenta-se mudar a direo dos acontecimentos no meio do caminho, atitude totalmente errada, pois somente protela o encontro da soluo correta. 1.2.8 - Identidade 1.2.8.1 - Remdios e mculas Como resultado do uso de remdios, o san gue torna-se impuro e, ao mesmo tempo, nuvens so geradas no esprito. Portanto, qualquer droga, quando ingerida, debilita o organismo e, pela Lei da Identidade entre Esprito e Corpo, surgem as mculas. No h, pois, coisa mais temvel que os medicamentos. Por conseguinte, quem os toma est aumentando o peso espiritual e, conseqente mente, colaborando para a descida do prprio esp rito a nveis inferiores, podendo mesmo chegar a um plano infernal. Da a razo de muitas pessoas que se encontram nessas condies praticarem atos horrendos. Alm disso, com o aumento gradativo do nmero de vidas assim, mais forte vai ficando o mundo das doenas, da pobreza e dos conflitos. Em sntese, a causa fundamental da infelici dade do ser humano so os remdios e as drogas. Antes de tudo, preciso tir-los de circulao. Meu alerta, porm, procurou apenas mostrar o mal que eles geram.

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1.2.9 - Efeito Contrrio 1.2.9.1 - Resultados insatisfatrios Quando uma pessoa no obtm resultados satisfatrios a despeito de todos os seus esforos, mesmo pensando estar agindo corretamente, porque desconhece a regra dos efeitos contrrios. Em outras palavras, ela no percebe a razo que transcende lgica dos fatos. Vou explicar, ento, essa lei bastante til para quem a emprega de maneira adequada, atravs de algumas observaes que pode ro facilitar o entendimento de verdade to funda mental. H, por exemplo, determinados ministros e dirigentes espirituais da Igreja que assumem ares de importncia, julgandose detentores de especial grandeza. Contudo, quanto mais se exaltam, mais dimi nudos se apresentam aos olhos dos outros. Na verdade, atitudes de discrio e reserva so postur as muito valorizadas por quem est observando de fo ra. Inversamente, exibicionismo e ostentao soam desagradveis a ouvidos atentos. Sempre m erece maior respeito quem relata os fatos da maneira como acontecem, sem exager-los nem dimi nu-los. Os que se prope m a trabalhar na Obra Divina devem, pois, tomar cuidado para no alardear o favor que esto prestando nem desejar aparecer como benfeitores, atitude que s deprecia a gratido advinda daquele que recebeu ajuda. Resultados insatisfatrios nunca podero causar, por conseguinte, estranheza a quem desres peita a Lei dos Efeitos Contrrios.

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1.2.9.2 - Ocorrncia de efeitos contrrios preciso saber que em todos os acontecimen tos podem ocorrer efeitos contrrios. Levar, portan to, esse ponto em considerao, sempre traz muitos benefcios. Alguns fatos da minha vida comprovam o que lhes digo. Certa vez, a pedido de conhecidos meus, no tive outra alternativa seno receber uma pessoa que insistia em me entrevistar e a quem eu vinha evitando, h tempo. Logo de incio perguntou-me quem era o Deus da Messinica. Respondi-lhe simplesmente que no sabia. Em seguida me fez outra indagao querendo saber se eu previa tudo o que iria acontecer. Disse-lhe que de nada poderia ter certeza porque no era Deus. Minhas respostas parecem t-lo decepciona do, pois esse entrevistador nunca mais voltou a me procurar. Outro fato ocorrido comigo diz respeito compra de um terreno. Quando indaguei a respeito do preo, o dono, tentando aproveitar-se da situao, pediu-me uma quantia exorbitante, o que me levou a no tocar mais no assunto. Passado algum tempo, o proprietrio, ansioso, procurou-me querendo saber se eu ainda estava interessado na compra. Res pondi-lhe que no. Ento, acreditando no que eu lhe dissera, baixou o preo para uma importncia bas tante razovel e o negcio se concretizou. Era freq ente, em outras pocas, pessoas tenta rem extorquir-me dinheiro. Quando apareciam, antes de abrirem a boca, eu lhes perguntava se conheciam algum que me pudesse conceder um emprstimo. De imediato, se retiravam sem nada dizer. Mesmo agora, se percebo que algum vai ser muito til para a nossa Igreja no futuro, trato-o pro positadamente com indiferena.47

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Se, ao invs de desanimar devido minha aparente insensibilida de, realizar trabalhos excelentes, dedicando-se de corpo e alma, confio-lhe ento tarefas de grande responsabilidade. Eu poderia citar muitos outros exemplos, mas creio que estes bastam. Lembrem-se, portanto, da Lei dos Efeitos Contrrios, pois ela lhes poder ser muito til. 1.2.10 - Sintonia 1.2.10.1 - Lei da Sintonia Convm, ainda, ficar bem claro para todos que o destino das pessoas depende da quantidade de nuvens acumuladas no decorrer da vida. Assim, sero mais afligidos por sofrimentos, mesmo no os querendo, aqueles que carregam muitas mculas. a Lei da Sintonia aplicada indistintamente a todos os seres humanos. Embora esses infortnios pare am injustos, na verdade, so formas de dissipar as nuvens espirituais; por isso, devem ser aceitos com alegria e sentimento de gratido. Cada um precisa tambm ter absol