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SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC EUDS ADVOGADOS Lei anticorrupção Um ano após a criação, Lei 12.843/13 é regulamentada Plano de Recuperação de Solvência SUSEP passa a adotar procedimento único REGRAS PARA ARQUIVAMENTO E PUBLICAÇÃO DAS ATAS DE ASSEMBLEIAS GERAIS E REUNIÕES DE ADMINISTRAÇÃO Informativo EDIÇÃO #024 JANEIRO 2015

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SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC

EUDS ADVOGADOS

Lei anticorrupçãoUm ano após a criação, Lei 12.843/13 é regulamentada

Plano de Recuperação de SolvênciaSUSEP passa a adotarprocedimento único

REGRAS PARA ARQUIVAMENTO E PUBLICAÇÃO DAS ATAS DE ASSEMBLEIAS GERAIS E REUNIÕES DE ADMINISTRAÇÃO

InformativoEDIÇÃO #024 ▪ JANEIRO 2015

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EditoresRenata FurtadoSócia Administradora

Suelly MolinaSócia

Vinicius Pascoal da RochaSócio

Hanne Caroline de BritoAdvogada

Lívia LapoenteAdvogada

Shana AraujoAdvogada

Felipe PrettoAdvogado

Geison PinheiroAssistente Jurídico

AvisoEsta publicação destina-se exclusivamen-te para fins de informação geral e não deve servir de base nem ser usada para qualquer propósito específico.

As informações contidas ou citadas nessa publicação não constituem nem substi-tuem o aconselhamento jurídico, contábil ou profissional e não deve ser encaradas como tal.

A Euds Advogados não será responsável pela confiança depositada nas informações conti-das ou citadas e isenta-se especificamente de qualquer responsabilidade a elas relacionadas ou decorrentes de seu uso.

© 2015 Euds Furtado Adv. Associados

Informativo contatoPublicado por Euds Furtado Advogados Associados - (21) 3077-3837Produzido por Blue Comunicação - (21) 3936-2261

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Lei anticorrupçãoDecreto define critéiros da aplicação

da Lei em âmbito federal

Arquivamento e Publicação de atasSaiba mais sobre a obrigatoriedade

de publicação das atas de Assembléias Gerais

Mudança na diretoria da SUSEPConheça o perfil do novo diretor

de autorizaçãoes da SUSEP

Palestras e EventosConfira a praticipação de nossa equipe

em Eventos

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CONTEÚDO DA EDIÇÃO Nº 25

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AUTORA: Shana Araújo

Foi publicada em 26/02/2015 a CIRCULAR SU-SEP n.º 511, que dispõe sobre instruções com-plementares para o Plano de Regularização de

Solvência (PRS) e revoga a Circular SUSEP 412/2010, que dispunha sobre os Planos Corretivo de Solvên-cia e de Regularização de Solvência.

Assim sendo, para os assuntos pertinentes à re-gularização de solvência a SUSEP adotou um único procedimento denominado Plano de Recuperação de Solvência, conforme já havia sido estabelecido pela Resolução CNSP 316/2014.

Lembramos que o Plano de Regularização de Solvência visa, por meio de um plano de ação, a recomposição da situação de solvência, quando a insuficiência do Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) for de até 50% (cinquenta por cento) ou quando a so-ciedade supervisionada apresentar insuficiência de liquidez em relação ao Capital de risco (CR), por 3 meses consecutivos ou, especificamente, nos meses de junho e dezembro.

As regras, na sua maioria, permanecem as mes-mas que eram aplicadas ao Plano Corretivo e de Recuperação de Solvência. Entretanto destaca-se que o PRS deverá conter, obrigatoriamente, o pra-zo em meses para a solução da insuficiência, além de metas trimestrais de redução do percentual de insuficiência do PLA em relação ao CMR e/ou metas bimestrais no caso de redução do percentual de in-suficiência de liquidez em relação ao CR. A Circular anterior não mencionava expressamente que o pra-zo deveria ser estipulado em meses e determinava que as metas deveriam ser semestrais.

Quanto não cumprimento do PRS:

a) Quando motivado pela insuficiência de PLA em relação ao CMR:

I – PLA inferior ao CMR, ao final do prazo estabe-lecido, no correspondente plano, para a solução da

insuficiência;

II – não atingimento de redução mínima de insu-ficiência de 30% ou 60% ao final do 1.º e 2.º semestre do PRS, respectivamente;

III – não atingimento de duas metas trimestrais consecutivas de redução do percentual de insufici-ência do PLA, estabelecidas no correspondente pla-no, em relação ao CMR; e IV – PLA menos aporte de capital “em aprovação” inferior ao CMR ao final do prazo estabelecido no PRS para a solução da insufi-ciência.

b) Quando motivado pela insuficiência de liqui-dez em relação ao CR:

I – ativos líquidos, em excesso à necessidade de cobertura das provisões técnicas, inferiores a 20% (vinte por cento) do CR ao final do prazo estabele-cido, no correspondente plano, para a solução da insuficiência;

II - não atingimento de qualquer meta fixada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP para redução do percentual de insuficiência de liquidez em relação ao CR;

III – não atingimento, consecutivamente, de duas metas bimestrais de redução do percentual de in-suficiência de liquidez, estabelecidas no correspon-dente plano, em relação ao CR.

Destaca-se que nos casos em que a sociedade su-pervisionada se enquadrar nas situações de insufici-ência de PLA em relação ao CMR e de insuficiência de liquidez em relação ao CR concomitantemente, deverá ser apresentado um único PRS.

Importante mencionar, também, que quando a insuficiência de PLA, em relação ao CMR, for maior que 50% e menor ou igual a 70%, as sociedades su-pervisionadas sujeitar-se-ão ao regime especial de direção-fiscal, conforme dispõe a legislação vigente. Já se for superior a 70%, sujeitar-se-ão à liquidação extrajudicial.

PLANO DE RECUPERAÇÃO DE SOLVÊNCIA DA SUSEP

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Lei anticorrupção é regulamentada por meio do Decreto nº 8.240/15

AUTORA: Livia Lapoente

Alei 12.846/2013, chamada popularmente de Lei Anticorrupção, criada para responsabili-zar empresas pela prática de atos contra a

administração pública, completou em janeiro seu primeiro aniversário.

O Decreto 8240, publicado em 19 de março de 2015, definiu os critérios acerca da aplicação em âmbito federal. Estados e municípios esta-vam à espera do texto, para usar como subsídio, para edição de seus Decretos regulamentadores.

Foi anunciado, em 18 de março de 2015, o que a presidente Dilma Rousseff tem di-vulgado como “pacote anticorrupção”.

No pacote constou cinco medidas já anuncia-das pela presidente durante a campanha para reeleição: endurecimento da pena para enrique-cimento ilícito por servidor público; criminalizar o “caixa 2” eleitoral; extinção do domínio de pro-priedade quando o bem for fruto de corrupção; tramitação mais rápida de processos relacionados a corrupção, como as ações sobre lavagem de di-nheiro, peculato ou improbidade administrati-va; e agilização dos processos criminais abertos contra réus com prerrogativa de foro por função.

Além das medidas de campanha, tam-bém foi anunciado o decreto que regulamen-tou a Lei Anticorrupção — esperado desde que a lei entrou em vigor, em janeiro de 2014.

O decreto regulamenta diversos aspectos da lei, tais como critérios para o cálculo da mul-ta, parâmetros para avaliação de programas de compliance, regras para a celebração dos acor-dos de leniência e disposições sobre os cadas-tros nacionais de empresas punidas. Grande parte destes procedimentos estão sob a respon-sabilidade da Controladoria-Geral da União (CGU).

O texto dispõe, principalmen-te, do inciso VIII do artigo 7º da lei.

O dispositivo fala que a aplicação das punições deve levar em consideração “a existência de meca-nismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularida-des e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica”. Ficam esta-belecidos os mecanismos e procedimentos de in-tegridade, auditoria, aplicação de códigos de ética e conduta e incentivos de denúncia de irregula-ridades que devem ser adotados pela empresa e monitorados pela CGU. De acordo com o Decreto, o programa de integridade deve ser estruturado, aplicado e atualizado de acordo com as caracterís-ticas e riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica, a qual por sua vez deve garantir o constante aprimoramento e adaptação do referido programa.

A regulamentação ainda trata das formas de trâmite e julgamento dos casos de corrup-ção empresarial e fala das regras e do pro-cedimento para a assinatura do chamado

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Aspectos gerais sobre Assembleia Geral Ordinária

“acordo de leniência”. Previsto no artigo 16, o acordo permite a uma companhia colaborar com as investigações e com o processo administrativa iden-tificando outros envolvidos ou fornecendo informa-ções úteis para o processo, por exemplo.

Para celebrar o acordo de leniência, a entidade privada deve: (i) reconhecer a participação na infra-ção; (ii) identificar envolvidos na infração; (iii) repa-rar integralmente o dano causado e (iv) e cooperar com a investigação, além de fornecer documentos que comprovem a prática da infração. Cumprido o acordo de leniência, a pessoa jurídica tem direito: (i) isenção da publicação da decisão sancionadora; (ii) isenção da proibição de receber incentivos, subsí-dios, subvenções, doações de órgãos ou entidades públicas, (iii) isenção ou atenuação de punições res-tritiva ao direito de licitar e contratar e (iv) redução do valor da multa, se houver. É importante frisar que permanece a obrigação de reparação integral do dano.

Também consta do decreto a regulamentação das sanções previstas na lei. O cálculo da multa é o resultado da soma e subtração de percentuais incidentes sobre o faturamento bruto da empresa, considerando as variáveis previstas no art 7º da Lei 12.846. Os limites são de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos.

O decreto apresenta critérios de acréscimo e de diminuição destes percentuais para a definição do valor final da multa. Caso não seja possível utilizar o faturamento bruto da empresa, o valor da multa será limitado entre R$ 6 mil e R$ 60 milhões.

A lei tem um parâmetro muito importante: a pu-nição nunca será menor do que o valor da vantagem auferida.

Importante mencionar, por fim, os cadastros na-cionais de Empresas Punidas (Cnep) e de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis), que reunirão as pesso-as jurídicas que sofreram sanções com base na Lei Anticorrupção e em outras legislações, como a Lei de Licitações e Contratos. O fornecimento dos da-

dos será realizado pelos órgãos e entidades dos três Poderes e das três esferas da federação.

Apesar de seus bons propósitos, a Lei Anticor-rupção tem sido muito criticada por variadas razões, destacando-se a previsão de responsabilidade ad-ministrativa objetiva, que já é objeto de ação decla-ratória de inconstitucionalidade perante o STF, por meio da Adin nº 5261, proposta pelo Partido Social Liberal e sob a relatoria do Min. Marco Aurélio, uma vez que em nosso País em processos sancionatórios vigora a responsabilidade administrativa subjeti-va que deverá ser comprovada através da culpa ou dolo.

Em se tratando de responsabilidade objetiva, as empresas poderão ser punidas no âmbito adminis-trativo (multas, restrição para a participar em licita-ção ou contratar com o Poder Público) e civil (paga-mento de indenização por danos provocados por sua ação), mesmo sem a comprovação de ter havido dolo ou culpa em suas ações, sendo necessária ape-nas a prova do ato ou conduta ilícita e o nexo causal desta com o fato ilícito.

Ressalta-se que os dirigentes ou administradores dessas pessoas jurídicas poderão vir a ser responsa-bilizados também, como autores, coautores ou par-tícipes do ato ilícito, prevendo o §2º do art. 3º que serão responsabilizados na medida de sua culpabi-lidade.

NOTA 1: Em 25 de março de 2015, foi publicada a Portaria nº 167 do Ministério da Fazenda que de-finindo a competência para instauração de processo e apuração da responsabilidade de pessoa jurídica de que trata a Lei nº 12.846 (Lei Anticorrupção), no âmbito do Ministério da Fazenda.

Compete:

I - à Corregedora-Geral do Ministério da Fazenda, no âmbito de todo o Ministério da Fazenda, exceto os ocorridos no âmbito da Secretaria da Receita Fed-eral do Brasil e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;

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II - à Procuradora-Geral da Fazenda Nacional, no âmbito da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;

III - ao Corregedor da Secretaria da Receita Fede-ral do Brasil e aos Chefes de Escritórios da Correge-doria da Receita Federal, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, nos termos do regimento interno do órgão.

A competência para julgamento dos processos administrativos de apuração de responsabilidade da pessoa jurídica permanece com o Ministro de Esta-do da Fazenda.

NOTA 2: Em 08 de abril de 2015, foi publicada a Instrução Normativa nº 1, por meio da qual a Con-troladoria Geral da União estabelece metodologia para a apuração do faturamento bruto e dos tribu-tos a serem excluídos para fins de cálculo da multa a que se refere o art. 6º da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.

De acordo com a Instrução para o cálculo da mul-ta a que se refere o inciso I do art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013, o faturamento bruto compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977.

No entanto, para os contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tribu-tos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, o faturamento bruto compreende a receita bruta de que trata o § 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Excluem-se do faturamento bruto os tributos de que trata o inciso III do § 1º do art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977.

Os valores de que tratam os arts. 1º a 3º poderão ser apurados, entre outras formas, por meio de:

I - compartilhamento de informações tributárias, na forma do inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966; e

II - registros contábeis produzidos ou publicados pela pessoa jurídica acusada, no país ou no estran-geiro.

Esta Instrução Normativa entrou em vigor na data de sua publicação.

NOTA 3: Em 08 de abril de 2015, foi publicada a Instrução Normativa nº 2, por meio da qual a Con-troladoria Geral da União regula o registro de infor-mações no Cadastro Nacional de Empresas Inidô-neas e Suspensas – CEIS e no Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP.

O cadastro será composto de informações pres-tadas por todas as esferas de governo e todos os po-deres. Tecnicamente, a atuação da CGU é restrita ao controle de órgãos federais e à aplicação de recur-sos federais, mas o cadastro deve ser unificado, exa-tamente como prevê o art. 22 da Lei Anticorrupção.

Outro ponto importante é que serão lançadas no cadastro as decisões que impliquem restrição ao di-reito de participar em licitações ou de celebrar con-tratos com a Administração Pública.

Portanto, devem ser lançadas as decisões de-correntes da aplicação da lei de improbidade e também as penalidades que os tribunais de contas podem aplicar, como a prevista no art. 46 da Lei nº 8.443/1992, que permite ao Tribunal de Contas da União – TCU impedir uma empresa de contratar com Administração Pública por até 5 anos. Na Lei nº 8.666/93, essa limitação é de 2 anos. Todos os tri-bunais de contas do Brasil podem aplicar essa pena, com base nas respectivas leis orgânicas.

Quanto aos órgãos estrangeiros, o cadastro ainda pode ser alimentado com restrições de contratação aplicadas por organismos internacionais, agências oficiais de cooperação estrangeira ou organismos financeiros multilaterais de que o Brasil seja parte, que limitem o direito de celebração de contratos fi-nanciados com recursos daquelas organizações por pessoas físicas e jurídicas, nos termos de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional.

NOTA 4: Em 08 de abril de 2015, foi publicada a Portaria 909, por meio da qual a Controladoria Geral da União dispõe sobre a avaliação de programas de integridade de pessoas jurídicas.

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A referida Portaria estabelece os critérios para avaliação dos programas de integridade das pesso-as jurídicas como requisito para concessão de redu-ção no valor da multa pela prática de atos lesivos à administração.

O programa de integridade consiste em mecanis-mos e procedimentos internos de integridade, audi-toria e incentivo à denúncia de irregularidades, e na aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes com objetivo de detectar e sa-nar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou estrangeira, no âmbito de pessoa jurídica.

Para que seu programa de integridade seja ava-liado, a pessoa jurídica deverá apresentar relatório de perfil e relatório de conformidade do programa. As pessoas jurídicas deverão considerar as informa-ções dispostas na Portaria para que haja conformi-dade nos programas de integridade, uma vez que a norma entrou em vigor na data de sua publicação.

NOTA 5: Em 08 de abril de 2015, foi publicada a Portaria 910, por meio da qual a Controladoria Geral da União define os procedimentos para apuração da responsabilidade administrativa e para celebração do acordo de leniência de que trata a Lei 12.846, de 1º de agosto de 2013.

Segundo a portaria, a investigação preliminar será dispensável se presentes indícios de autoria e materialidade suficientes à instauração do PAR - Pro-cesso Administrativo de Responsabilização.

A Controladoria-Geral da União - CGU possui, em relação à prática de atos lesivos à administração pú-blica nacional, no âmbito do Poder Executivo fede-ral, competência:

I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e

II - exclusiva para avocar PAR instaurado para exa-me de sua regularidade ou para corrigir-lhe o anda-mento, inclusive promovendo a aplicação da penali-dade administrativa cabível.

Quanto ao acordo de leniência, este será sigiloso e o acesso a seu conteúdo restrito aos membros da comissão responsável pela condução da negocia-ção do acordo.

A qualquer momento que anteceda à celebração do acordo de leniência, a pessoa jurídica proponen-te poderá desistir da proposta ou a CGU rejeitá-la.

A celebração do acordo de leniência:

I - isentará a pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II do art. 6o e no inciso IV do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013;

II - reduzirá em até 2/3 (dois terços), nos termos do acordo, o valor da multa aplicável, prevista no in-ciso I do art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013; e

III - isentará ou atenuará, nos termos do acordo, as sanções administrativas previstas nos art. 86 a 88 da Lei nº 8.666, de 1993, ou de outras normas de lici-tações e contratos.

Os benefícios previstos no caput ficam condicio-nados ao cumprimento do acordo.

Os benefícios do acordo de leniência serão esten-didos às pessoas jurídicas que integrarem o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, desde que te-nham firmado o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas.

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AUTOR: Vinicius Pascoal

Apesar de muito usual aos que atuam na área societária, o regramento acerca do arquiva-mento e da publicação das atas das assem-

bleias gerais e das reuniões da administração, vez ou outra, suscita dúvidas, notadamente quanto à sua obrigatoriedade, que ora pretendemos dirimir, de forma prática, objetiva e sucinta.

Preliminarmente, cabe destacar que a regra ge-ral sobre o tema está contida no art. 289 da Lei das Sociedades por ações (LSA), com a definição dos pe-riódicos e dos locais onde devem se realizar as pu-blicações legais, cabendo destacar que estas devem sempre ser feitas no mesmo jornal e que qualquer alteração deve ser precedida de aviso aos acionistas.

Com relação às atas das Assembleias Gerais Ordinárias, há a obrigatoriedade expressa quan-to ao arquivamento e à publicação, segundo os ditames do art. 134, § 5º, abaixo transcrito:

“Art. 134. Instalada a assembléia-geral, proceder-se-á, se requerida por qualquer acionista, à leitura dos documentos referidos no artigo 133 e do pare-cer do conselho fiscal, se houver, os quais serão sub-metidos pela mesa à discussão e votação.

(...)

§ 5º. A ata da assembleia geral ordinária será ar-quivada no registro do comércio e publicada.”

Por outro lado, às atas das Assembleias Gerais Extraordinárias não há imposição legal para se pro-mover o seu arquivamento e publicação, com exce-ção dos casos que envolverem reforma do Estatuto Social da Companhia ou deliberações que se pre-tenda surtir efeito perante terceiros, em consonân-cia com os termos do art. 135, § 1º da LSA, in verbis:

“Art. 135. A assembléia-geral extraordinária que

tiver por objeto a reforma do estatuto somente se instalará em primeira convocação com a presença de acionistas que representem 2/3 (dois terços), no mínimo, do capital com direito a voto, mas pode-rá instalar-se em segunda com qualquer número.

§ 1º. Os atos relativos a reformas do esta-tuto, para valerem contra terceiros, ficam su-jeitos às formalidades de arquivamento e publicação, não podendo, todavia, a falta de cum-primento dessas formalidades ser oposta, pela com-panhia ou por seus acionistas, a terceiros de boa-fé.

Pela leitura do citado dispositivo legal, é de suma importância ressaltar que o arquivamento e a publi-cação destas atas são condições imprescindíveis para a sua validade perante terceiros, não sendo possível entretanto – pela falta de tal providência – se ale-gar a ineficácia das deliberações tomadas, consid-erando que estas são indeclináveis perante a Com-panhia e entre os seus acionistas, se corretamente observados os quóruns de instalação e deliberação.

A mesma linha de entendimento e sistemáti-ca procedimental deve se aplicar às atas das Reuniões do Conselho de Administração, con-forme o disposto no art. 142, § 1º da LSA, a seguir:

“Art. 142. Compete ao conselho de administração:

(...)

§ 1º. Serão arquivadas no registro do comér-cio e publicadas as atas das reuniões do conse-lho de administração que contiverem deliberação destinada a produzir efeitos perante terceiros.”

Outra similaridade entre as atas das Assembleias Gerais e das Reuniões do Conselho de Administração refere-se aos conclaves nos quais se promova a eleição de administradores da Companhia, de acordo com o

ARQUIVAMENTO E PUBLICAÇÃO DAS ATAS DE ASSEMBLEIAS GERAIS E DE

REUNIÕES DA ADMINISTRAÇÃO

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contido no § 1º do art. 146 da LSA, que se segue:

“Art. 146. Poderão ser eleitas para membros dos órgãos de administração pessoas naturais, devendo os diretores ser residentes no País.

§ 1º. A ata da assembléia-geral ou da reunião do conselho de administração que eleger administra-dores deverá conter a qualificação e o prazo de ges-tão de cada um dos eleitos, devendo ser arquivada no registro do comércio e publicada.”

No tocante às atas das Reuniões de Diretoria, como não há qualquer previsão legal quanto à obri-gatoriedade de arquivamento e publicação destas, recomenda-se que se siga o critério citado anterior-mente, qual seja, de somente arquivar no Registro do Comércio e publicar as atas que contenham deli-beração destinada a surtir efeitos perante terceiros.

Por fim, cumpre-nos salientar que não há sanção expressa em lei para a Companhia que deixar de cumprir com os procedimentos de registro e publi-

cação de seus atos societários, mas a adoção de tal providência pode evitar que situações indesejáveis sejam vivenciadas pela Sociedade como, por exem-plo, a de se colocar em situação irregular frente ao Registro do Comércio, obstaculizando o arquiva-mento de atos subsequentes e dificultando a vida social da empresa.

ALTERAÇÃO NA DIRETORIA DE AUTORIZAÇÕES DA

SUSEP

F oi publicado no Diário Oficial da União em 17 de abril de 2015 a exoneração do Sr. NELSON VICTOR LE COCQ D’OLIVEIRA do cargo de Di-

retor de Autorizações da Superintendência de Segu-ros Privados - SUSEP.

Na mesma data foi nomeado para o referido car-go, o Sr. FLAVIO GIRÃO GUIMARÃES.

Insta mencionar que o novo diretor é formado em Economia com mestrado em finanças ambos ob-tidos na Universidade de Brasília - UnB, bem como uma especialização em contabilidade internacional pela Fucape Business School - Fucape. Experiência

profissional em gestão de portfólios de renda fixa e variável, bem como controle de investimentos, obti-dos em cinco anos de trabalho na mesa de operação da Fundação dos Economiários Federais - Funcef. Atuou como auditor independente, por cinco anos, na Deloitte Touche Tohmatsu. Há três anos é servi-dor público, com passagem pelo Departamento de Normas do Sistema Financeiro, do Banco Central do Brasil - BCB. Atualmente é Coordenador-Geral de Se-guros e Previdência Complementar, da Secretaria de Política Econômica - SPE, do Ministério da Fazenda.

VINICIUS PASCOAL

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ALTERAÇÃO NA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DAS RESERVAS, DAS PROVISÕES E DOS FUNDOS DAS

SOCIEDADES SEGURADORAS, DAS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO E DAS ENTIDADES ABERTAS DE

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTARAUTORA: Shana Araújo

F oi publicado no Diário Oficial da União em 27/03/2015, a Resolução 4.402 que altera al-guns dispositivos da Resolução nº 3.308, 31

de agosto de 2005, que disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de ca-pitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos respec-tivos recursos, na forma da legislação e da regula-mentação em vigor.

Primeiramente, insta mencionar que, observadas as limitações e as demais condições estabelecidas na Resolução nº 3.308/2005, os recursos das reser-vas, das provisões e dos fundos das sociedades do mercado segurador devem ser alocados nos seguin-tes segmentos:

I - de renda fixa;

II - de renda variável;

III - de imóveis.

Quanto ao segmento de renda fixa, a Resolu-ção 4.402/2015 inseriu dispositivo que dispõe que devem ser aplicados, isolada ou cumulativamente, até 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos dos fundos de investimento especialmente constituí-dos, em operações de compra de títulos de renda fixa com compromisso de revenda, conjugado com o compromisso de recompra assumido pelo ven-dedor, para data futura preestabelecida (operação compromissada). Contudo tal limitação só será exi-gida a partir de 31/12/2015.

A Resolução 4.402/2015, alterou, também, as re-gras de enquadramento, relativas ao conjunto dos ativos de renda fixa dos fundos de investimento es-pecialmente constituídos, de uma mesma socieda-de seguradora ou entidade aberta de previdência complementar, que deverá respeitar, cumulativa-mente, o seguinte:

a) apresentar prazo médio remanescente mínimo de 1.095 dias corridos (antes eram 1.825 dias);

b) apresentar prazo médio de repactuação míni-mo de 730 dias corridos. (antes eram 1.095 dias);

Destaca-se que o prazo médio de repactuação da carteira não poderá mais ponderar os valores fi-nanceiros dos contratos de derivativos que tenham fator de risco associado à variação de taxas de juros flutuante.

Outro destaque é que entre 31 de dezembro de 2015 e 31 de dezembro de 2016, o prazo médio de repactuação deverá ser de, pelo menos, 365 dias.

Com exceção do limite de 25% introduzido no artigo 4º do anexo I da Resolução 3.308/2005, as de-mais alterações entraram em vigor na data da publi-cação da Resolução 4.402/2015.

VINICIUS PASCOAL

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ELEMENTOS MÍNIMOS QUE DEVEM CONSTAR NAS APÓLICES DE AVERBAÇÃO, VINCULADAS AOS SEGUROS

DE TRANSPORTE NACIONAL E INTERNACIONAL, DE CRÉDITO INTERNO E À EXPORTAÇÃO, E DE

RISCOS DIVERSOS.AUTORA: Livia Lapoente

E m 26 de março de 2015, foi publicada no Diário Oficial da União, a Circular SUSEP nº 513/2015, que vem estabelecer os elementos

mínimos que devem constar nas apólices de averba-ção, vinculadas aos seguros de transporte nacional e internacional, de crédito interno e à exportação, e aos seguros de riscos diversos.

Para efeito desta Circular, serão empregadas as seguintes definições:

I – Apólices de averbação ou abertas – transporte nacional ou internacional: são apólices relativas ao seguro de transporte, quando os embarques ocor-rem frequentemente ao longo da vigência da apó-lice contratada, em datas incertas e imprevisíveis, com valores segurados variáveis e igualmente im-previsíveis;

II – Apólices de averbação ou abertas – crédito interno e à exportação: são apólices relativas ao se-guro de crédito, quando as operações de concessão de crédito ocorrem frequentemente ao longo da vigência da apólice contratada, em datas incertas e imprevisíveis, com valores segurados variáveis e igualmente imprevisíveis;

III – Apólices de averbação ou abertas – riscos di-versos: são apólices relativas a coberturas não classi-ficadas em outros ramos de seguro, destinadas a co-brir bens vendidos que sejam oriundos da atividade de locação, onde a venda e a locação são feitas pelo mesmo segurado, sendo que as vendas ocorrem fre-quentemente ao longo da vigência da apólice con-tratada, em datas incertas e imprevisíveis, com valo-res segurados variáveis e igualmente imprevisíveis;

IV – Averbação: é o ato de o segurado informar, à sociedade seguradora, por qualquer meio de comu-nicação acordado entre as partes, as movimentações dos negócios do segurado (embarques, operações de concessões de crédito, ou vendas) vinculadas à apólice de averbação, durante a sua vigência;

V – Prêmio total (ou final) das apólices de aver-bação: é o somatório dos prêmios correspondentes a cada averbação das movimentações dos negócios do segurado vinculadas à apólice de averbação, ao longo da vigência contratada; este prêmio deverá ser pago na forma e nos prazos acordados nas con-dições contratuais;

VI – Prêmio inicial: é um valor de estipulação fa-cultativa, previamente acordado pelas partes, de-vido pelo segurado à seguradora por ocasião da emissão de uma apólice de averbação, e que NÃO corresponde a uma estimativa do prêmio total asso-ciado às movimentações dos negócios do segurado durante a vigência da apólice;

VII – Prêmio depósito: é um valor de estipulação facultativa, previamente acordado pelas partes, de-vido pelo segurado à seguradora por ocasião da emissão de uma apólice de averbação, correspon-dente a uma estimativa do prêmio total, calculado com base em uma previsão das movimentações dos negócios do segurado vinculadas à apólice de aver-bação, durante todo o período de sua vigência;

VIII – Prêmio de ajuste: é a diferença entre o prê-mio total e o prêmio depósito, quando o primeiro for maior que o segundo.

IX – Apólices de averbação ajustáveis: são apó-lices de averbação que preveem o pagamento de prêmio depósito;

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X – Apólices avulsas: são aquelas destinadas a um número definido de embarques ou de operações de concessão de crédito, e cujos valores segurados fo-ram previamente acordados.

Dispõe a Circular que as apólices de averbação emitidas pelas sociedades seguradoras deverão conter em seu frontispício, no mínimo, os seguintes elementos de caracterização do seguro:

I – razão social da sociedade seguradora, seu CNPJ, e o código de registro junto à SUSEP;

II – razão social da(s) sociedade(s) cossegurado-ra(s), seu(s) CNPJ, e o(s) código(s) de registro junto à SUSEP, quando for o caso;

III – identificação da proposta à qual a apólice de averbação está vinculada, na sociedade seguradora;

IV – identificação da apólice de averbação;

V – ramo(s) de seguro, com o(s) respectivo(s) có-digo(s), nos termos da legislação específica, do(s) produtos(s) de seguro vinculado(s) à apólice de averbação;

VI – número do(s) processo(s) administrativo(s) de registro junto à SUSEP do(s) produtos(s) de segu-ro vinculado(s) à apólice de averbação;

VII – nome ou razão social do segurado, no caso de contratação individual, ou do estipulante, no caso de contratação coletiva, endereço completo e respectivo CPF, se pessoa física, ou CNPJ, se pessoa jurídica; VIII – cobertura(s) contratada(s);

IX – valor monetário do limite máximo de garan-tia de cada cobertura contratada;

X – o período de vigência da apólice de averba-ção, incluindo as datas de início e término da(s) co-bertura(s) contratada(s);

XI – indicação das cláusulas contratuais que esti-pulam a metodologia de cálculo do prêmio inciden-te sobre as averbações, discriminando:

a) o valor do prêmio inicial, ou do prêmio depósi-to, quando acordados pelas partes;

b) forma de parcelamento do prêmio depósito, quando for o caso;

c) adicional de fracionamento, quando for o caso; e d) valor do IOF, quando for o caso;

XII – período de acumulação dos prêmios corres-pondentes às averbações, e prazos de pagamento, quando não houver prêmio depósito;

XIII – data da emissão da apólice;

XIV – chancela ou assinatura do representante da sociedade seguradora;

XV – nome e número de registro na SUSEP do cor-retor de seguros, se houver;

XVI – número de telefone da central de atendi-mento ao segurado e/ou beneficiário, disponibili-zado pela sociedade seguradora responsável pela emissão da apólice;

XVII – número do telefone da ouvidoria da socie-dade seguradora;

XVIII – número de telefone gratuito, de atendi-mento ao público, da SUSEP;

XIX – informação do “link”, no portal da SUSEP, onde podem ser conferidas todas as informações sobre o(s) produtos(s) de seguro vinculado(s) à apó-lice; e

XX – texto informativo, com a seguinte redação: “SUSEP – Superintendência de Seguros Privados – Autarquia Federal responsável pela fiscalização, normatização e controle dos mercados de seguro, previdência complementar aberta, capitalização, resseguro e corretagem de seguros.”.

Para fins do disposto no item VII, caso o segu-rado seja estrangeiro, poderá ser utilizado o nú-mero do passaporte, com a identificação do País de expedição, para pessoa física, ou o número de identificação no Cadastro de Empresa Estrangeira/Bacen (Cademp) para pessoa jurídica, excetuadas as universalidades de direitos que, por disposição legal, sejam dispensadas de registro no CNPJ e no Cademp.

No caso de existência de cosseguro, deverá ser informado, na apólice de averbação, o percentual de responsabilidade de cada cosseguradora.

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Dispõe a Circular que as apólices avulsas estão subordinadas à Circular SUSEP n.º 491/2014, respei-tadas as exceções previstas neste normativo.

Os documentos contratuais de que trata esta cir-cular deverão ser entregues ao segurado por ocasião da efetivação da contratação do seguro, juntamente com as condições contratuais, refletindo de forma clara todas as coberturas contratadas. Parágrafo úni-co. O disposto no caput poderá ser realizado com a utilização de meios remotos.

As disposições desta Circular prevalecem sobre aquelas da Circular SUSEP n.º 491/2014.

As disposições desta Circular, assim como aque-las da Circular SUSEP n.º 491/2014, não se aplicam aos seguintes seguros:

a) CARTA AZUL, Seguro de Responsabilidade Ci-vil do Transportador Rodoviário em Viagem Inter-nacional (RCTR – VI), internalizado pelo Decreto n.º 99.704/90, e regulado por normas específicas;

b) Seguro de Responsabilidade Civil do Transpor-tador Rodoviário em Viagem Internacional, relativo à carga transportada (RCTR-VI-C), internalizado pelo Decreto n.º 99.704/90, e regulado por norma espe-cífica;

c) CARTA VERDE, Seguro de Responsabilidade Civil do Proprietário e/ou Condutor de Veículos Ter-restres em Viagem Internacional, internalizado pelo Decreto n.º 5.637/05, e regulado por normas espe-cíficas;

d) Seguros Obrigatórios de RC dos Transportado-res Rodoviários, Aquaviários, Ferroviários e Aéreos, por danos à carga (RCTR-C, RCA-C, RCTF-C, RCTA-C), regulados por normas específicas;

e) Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil das Empresas de Transporte Rodoviário Interestadu-al e Internacional de Passageiros (RC Ônibus), regu-lado por norma específica;

f ) Seguro Facultativo de Responsabilidade Civil do Transportador por Desvio de Carga (RCF-DC), re-gulado por norma específica.

As disposições desta Circular se aplicam exclusi-vamente aos ramos Transporte Nacional, Transporte Internacional, Crédito Interno e Crédito à Exporta-ção, e Riscos Diversos, de códigos, respectivamente, 0621, 0622, 0748, 0749, e 0171, conforme codifica-ção vigente em legislação específica.

As sociedades seguradoras terão o prazo de 180 dias para se adequarem ao disposto nesta Circular, a partir da publicação desta Circular.

LIVIA LAPOENTE

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COMENTÁRIOS SOBRE A INSTRUÇÃO CVM Nº 558/15AUTOR: Antonio Carlos

Aregulamentação do exercício profissional da atividade de administração de carteira de valores mobiliários se deu, originariamente,

através da Instrução CVM nº 43/85, diploma legal que também estabeleceu critérios para a concessão de registro para a atividade de consultor de valores mobiliários.

Posteriormente, foi editada a Instrução CVM nº 82/88, em substituição à citada Instrução CVM nº 43 - no que diz respeito à administração de cartei-ra – a qual vigorou, com algumas alterações pontu-ais, até a promulgação da Instrução CVM nº 306/99.

Em 26 de março de 2015 este diploma legal foi, então, revogado, sendo substituído pela Instru-ção CVM nº 558/15, a qual, no entanto, somente produzirá efeitos a partir de 04 de janeiro de 2016.

A promulgação da Instrução 558 denota a pre-ocupação da CVM de adequar a norma a respeito de tal atividade em resposta à constante evolução do mercado objeto de sua atuação. Tanto é assim que tal norma passou a distinguir entre administra-dores e gestores de valores, uma vez que os mes-mos prestam diferentes serviços a seus clientes.

Em conseqüência, foram criadas duas catego-rias, no que concerne à figura do administrador de carteira de valores mobiliários, quais sejam: (a) o administrador fiduciário (responsável pela custó-dia, controladoria de ativos e passivos e, de manei-ra geral, pela supervisão da gestão; e (b) o gestor de recursos (responsável pela tomada de decisão de investimentos). Saliente-se que o gestor de recursos poderá exercer as atividades do admi-nistrador fiduciário, desde que cumpridas certas exigências, mas a recíproca não será verdadeira.

O enquadramento na categoria de Gestor de Recursos, além de autorizar a gestão de carteira de valores mobiliários, torna possível a prestação de serviço de consultoria de valores mobiliários.

Por outro lado, apenas, as instituições financei-ras e aquelas assemelhadas, ou pessoas jurídicas que atendam critérios específicos, poderão ser en-quadrados na categoria Administrador Fiduciário.

As principais alterações introdu-zidas com a nova norma referem-se:

1) à possibilidade de o administrador pessoa ju-rídica atuar na distribuição de cotas dos fundos de investimento dos quais seja administrador ou ges-tor, sem a contratação de instituição intermediária;

2) aos procedimentos e aos requisi-tos para registro dos administradores;

3) à obrigatoriedade de o administrador de carteira tornar disponível em sua página da internet formulá-rio de referência - a exemplo do que já fazem as com-panhias abertas – código de ética da empresa e polí-tica de gestão de riscos, dentre outros documentos.

4) à substituição da demonstração de experi-ência profissional na atividade de administração de carteiras – mantida apenas em caráter excep-cional – pela aprovação em exame de certificação;

5) à atribuição de responsabilidade a um diretor estatutário (diretor de compliance) pela implemen-tação e cumprimento da Instrução, bem como de re-gras, políticas, procedimentos e controles internos;

6) ao aperfeiçoamento das regras de conduta e aos controles internos, com destaque para a aplicação de princípios de transparência, diligência e lealdade.

Em virtude de tantas alterações na regulamenta-ção, participantes do mercado questionam o nível de detalhamento exigido pela Instrução, não obs-tante reconhecerem os avanços no que se refere à transparência das informações.

Resta claro, no entanto, que as novas exigências tornarão mais amplo o leque de informações dis-poníveis aos investidores, de modo que os mesmos possam tomar decisões mais conscientes, em rela-ção à aplicação de seus recursos.

LIVIA LAPOENTE

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COMENTÁRIOS SOBRE A INSTRUÇÃO CVM Nº 560/15AUTOR: Antonio Carlos

AInstrução CVM nº 560, de 27 de março de 2015, dispõe sobre o registro, as operações e a divulgação de informações de investidor

não residente no País, revogando, em conseqüência, as Instruções 325/00, 353/01, 419/05 e as Delibera-ções 366/00 e 532/08.

Segundo a nova norma, podem requerer registro o investidor, individual ou coletivo, as pessoas físi-cas ou jurídicas, fundo ou outra entidade de inves-timento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior. Tal registro pode ser obtido em três diferentes classes: (a) titular de conta própria, que opera apenas em seu próprio nome; (b) titular de conta coletiva, que pode operar por conta de outros investidores não residentes, registrados como parti-cipantes de conta coletiva; e (c) participante de conta coletiva, que opera por um titular de conta coletiva.

Um dos objetivos da Instrução CVM 560 foi am-pliar as hipóteses em que é autorizada a aquisição ou a alienação de valores mobiliários fora de mer-cado organizado, tais como: (a) pagamento de divi-dendos em valores mobiliários; (b) cessão gratuita ou onerosa de proventos devidos e ainda não pagos a investidor não residente que pretenda encerrar conta de custódia; (c) subscrição; (d) bonificação; (e) conversão de debêntures ou de outros títulos em ações; (f ) resgate ou reembolso, nos casos previstos em Lei, dentre outras hipóteses.

Deve ser ressaltado, ainda, que algumas outras operações não elencadas na norma poderão ser re-alizadas, desde que previamente autorizadas pela CVM.

Por outro lado, merecem destaque as alterações introduzidas no informe mensal, que deverá ser

prestado pelo representante de investidor não resi-dente, no que se refere às transações realizadas por cada um de seus representados, além da introdução de regras de transição para aplicação das normas re-lativas ao cadastro de investidor não residente e à divulgação referentes às suas operações no País.

Outras alterações importantes foram:

(a) a introdução do registro automático de inves-tidor não residente, providência que elimina a ne-cessidade de prévia autorização da CVM.

(b) a obrigatoriedade de que o representante do investidor não residente seja instituição financeira ou instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central.

ANTONIO CARLOS

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PARTICIPAÇÃO EM PALESTRAS E EVENTOS

A Euds Advogados tem o compromisso anual de investir em treinamentos de seus cola-boradores que vão ao encontro dos inte-

resses da organização e a posterior avaliação de seus impactos no desenvolvimento das rotinas do escritório.

Temos a certeza que apostar em treinamento e desenvolvimento do colaborador faz com que ele se sinta envolvido e melhor, conscientizado de que o direcionamento de sua performance aos objetivos do escritório trará resultados positi-vos e específicos e consequentemente aumento da produtividade.

Esse ano de 2015 não será diferente e já come-çou repleto de treinamentos para a nossa equipe.

Palestra sobre “o Decreto Regulamentador do Marco Civil da Internet e do Anteprojeto de Lei so-bre Proteção de Dados Pessoais”, ministrada pelo Dr. Mario Viola, em 11/02/2015, com a presença das Dras. Suelly Molina e Shana Araujo. Palestra “O Dever de Declaração inicial do risco no contrato de Seguros (Direito Português)”, em 05/03/2015, com a presença do Dr. Vinicius Pascoal da Rocha e das Dras. Renata Furtado e Suelly Mo-lina. 19º Congresso Brasileiro de Corretores de Segu-ros na Fenacor, em 11/03/2015, com a presença do Dr. Euds Furtado. Palestra em comemoração ao Dia do Ouvidor, em 16/03/2015, com a presença da Dra. Shana Araujo. Palestra de ECF - Escrituração Contábil Fiscal e BI WK, em 14/04/2015, com a presença da Dra. Rena-ta Furtado e Gustavo Kuhl.

As Dras. Renata Furtado e Shana Araujo represen-taram o escritório no IX Congresso de Direito do Seguro e Previdência da Seção Brasileira da Asso-ciação Internacional de Direito do Seguro – AIDA, realizado em São Paulo nos dias 25, 26 e 27 de mar-ço de 2015.O Congresso contou com a participação de profis-sionais do mercado e palestrantes de alto conhe-cimento que ministraram palestras como: Novas Tecnologias e Impacto no Setor de Seguros; Lei Anticorrupção e Reflexos na Atividade de Seguro; Dignidade da Pessoa Humana e sua aplicabilidade nos Contratos de Seguro.Os Grupos Nacionais de Trabalho se reuniram na parte da tarde e divulgaram as atividades de estu-do e pesquisa realizadas e debateram diversos as-suntos atuais relacionados ao mercado de seguros.

ANTONIO CARLOS

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No dia 26 de março foi lançado o livro “Aspectos Jurídicos dos Contratos de Seguro, ano III”. O livro coletivo foi elaborado pelos membros dos Grupos Nacionais de Trabalho, sendo resultado do traba-lho de pesquisa e debates realizados ao longo do ano de 2014 e contou com a coautoria da Dra. Sha-na Araujo que participa ativamente do Grupo de Direito Econômico e Regulatório.

Dr. Vinicius Pascoal da Rocha participou do Seminário Atualida-des da Arbitragem - Novo CPC e a Reforma da Lei de Arbitragem, realizado 10/04/2015,

pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA).O seminário contou com a presença dos presi-dentes da ACRJ, FIRJAN, FENASEG E CBMA além de advogados renomados que discursaram sobre o novo Código de Processo Civil e seus reflexos sobre o procedimento arbitral e reforma da Lei de Arbitragem.

As Dras. Suelly Molina e Livia Lapoente e o Dr. Euds Furtado re-presentaram o es-critório no 4º En-

contro de Resseguro do Rio de Janeiro, realizado nos dias 14/04/2015 e 15/04/2015.

Novos Clientes

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