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SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC EUDS ADVOGADOS Informativo EDIÇÃO #030 SETEMBRO 2016 NOVO SISTEMA ELETRÔNICO DA SUSEP Padronização da elaboração dos atos administrativos CONVENÇÃO DE HAIA Entrou em vigor em agosto a Convenção da Apostila de Haia RESOLUÇÃO CNSP 243/2011 SUSEP e CRSNSP proferem decisões em processos instaurados sob a égide da referida Resolução

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Page 1: Padronização da elaboração dos atos administrativos NOVO ... Euds... · Amanda de Mello Advogada Aviso Esta publicação destina-se exclusivamen- ... Quanto a “Recomendação”,

SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC

EUDS ADVOGADOS

InformativoEDIÇÃO #030 ▪ SETEMBRO 2016

NOVO SISTEMAELETRÔNICO DA SUSEP

Padronização da elaboração dos atos administrativos

CONVENÇÃO DE HAIAEntrou em vigor em agosto a Convenção da Apostila de Haia

RESOLUÇÃO CNSP 243/2011SUSEP e CRSNSP proferem decisões em processos

instaurados sob a égide da referida Resolução

Page 2: Padronização da elaboração dos atos administrativos NOVO ... Euds... · Amanda de Mello Advogada Aviso Esta publicação destina-se exclusivamen- ... Quanto a “Recomendação”,

EditoresRenata FurtadoSócia Administradora

Suelly MolinaSócia

Hanne Caroline de BritoAdvogada

Lívia LapoenteAdvogada

Shana AraujoAdvogada

Amanda de Mello Advogada

AvisoEsta publicação destina-se exclusivamen-te para fins de informação geral e não deve servir de base nem ser usada para qualquer propósito específico.

As informações contidas ou citadas nessa publicação não constituem nem substi-tuem o aconselhamento jurídico, contábil ou profissional e não deve ser encaradas como tal.

A Euds Advogados não será responsável pela confiança depositada nas informações conti-das ou citadas e isenta-se especificamente de qualquer responsabilidade a elas relacionadas ou decorrentes de seu uso.

© 2016 Euds Furtado Adv. Associados

Informativo contatoPublicado por Euds Furtado Advogados Associados - (21) 3077-3837Produzido por Blue Comunicação - (21) 3936-2261

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Convenção de HaiaEntrou em vigor esse ano

a Convenção da Apostila de Haia

Atos Administrativos SUSEPPadronização da elaboração dos atos administrativos

para a implementação do sistema eletrônico

Horas ExtrasSTJ julga a impossibilidade de reflexo no complemento

de aposentadoria por indenização por horas extras

TreinamentosParticipação da Euds Advogados

em congressos e palestras

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CONTEÚDO DA EDIÇÃO Nº 30

002INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

Page 3: Padronização da elaboração dos atos administrativos NOVO ... Euds... · Amanda de Mello Advogada Aviso Esta publicação destina-se exclusivamen- ... Quanto a “Recomendação”,

A Superintendência de Seguros privados (SU-SEP) e o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados (CRSNSP),

órgãos julgadores dos processos sancionadores, já vêm proferindo decisões em processos instau-rados sob a égide da Resolução CNSP nº 243, de 07/12/2011, que entrou em vigor em março de 2012.

Em 1ª instância, a SUSEP vem decidindo, na maio-ria dos casos, aplicar penalidade ao Diretor da Com-panhia, apontado como agente responsável pela infração, em razão do cargo que ocupa na empre-sa, independentemente de se comprovar a culpa-bilidade deste, ou seja, se agiu com dolo ou culpa, aplicando, equivocadamente, ao processo adminis-trativo sancionador o princípio da responsabilidade objetiva.

Quanto a dosimetria da pena, a SUSEP vem ana-lisando, de forma discricionária, a aplicabilidade de circunstâncias administrativas tais como: a gravida-de da infração, a capacidade econômica do infrator, os antecedentes, os ganhos obtidos com o ato ilícito e as circunstâncias agravantes e atenuantes.

No que tange à aplicação da penalidade mais branda existente na norma de penalidades, qual seja, a “Advertência”, a Autarquia vem entendendo

por aplicá-la, quando a infração é de pouca gravida-de, por se basear no princípio da proporcionalidade, privilegiando o aspecto pedagógico das sanções, estimulando os supervisionados a exercerem suas funções de modo diligente e efetiva.

Quanto a “Recomendação”, por não ser conside-rada como uma penalidade, a SUSEP, para aplicá-la, vem analisando o potencial ofensivo da conduta in-frativa. Se mínimo, caberá uma Recomendação, caso contrário, não.

Em 2ª instância, o CRSNSP, por sua vez, vem en-tendendo que a imputação de responsabilidade à pessoa natural, calcada exclusivamente na presença de seu nome em base cadastral da SUSEP, indican-do-o como responsável por determinada área, cons-titui equívoco grave a exigir a reforma da decisão condenatória proferida em 1ª. instância.

AUTORAS: Shana Araujo e Lívia Lapoente

SUSEPDecisões em processos

instaurados sob a égide da Resolução CNSP 243/2011

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Aspectos gerais sobre Assembleia Geral Ordinária

AUTORA: Hanne de Brito

E ntrou vigor, em 14.08.2016, a Convenção da Apostila de Haia, que é um acordo interna-cional que tem por objetivo agilizar e simpli-

ficar a legalização de documentos entre os países signatários, permitindo o reconhecimento mútuo de documentos brasileiros no exterior e estrangei-ros no Brasil.

A Convenção da Apostila de Haia aplica-se a documentos públicos lavrados e apresentados em um dos países signatários, sendo eles:

a) Os documentos provenientes de uma autori-dade ou de um agente público vinculados a qual-quer jurisdição do Estado, inclusive os documen-tos provenientes do Ministério Público, de escrivão judiciário ou de oficial de justiça;

b) Os documentos administrativos;

c) Os atos notariais; e

d) As declarações oficiais apostas em documen-tos de natureza privada, tais como certidões que comprovem o registro de um documento ou a sua existência em determinada data, e reconhecimen-tos de assinatura.

Tal Convenção, no entanto, não se aplica a do-cumentos emitidos por agentes diplomáticos e/ou consulares, bem como a documentos administrati-vos vinculados a operações comerciais e aduanei-ras.

A adesão do Brasil à Convenção da Apostila traz vantagens expressivas, pois além de reduzir custos e tramites burocráticos, aperfeiçoará as transações comerciais e jurídicas entre empresas brasileiras e investidores estrangeiros.

Convenção da aspostilade

Haia

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Critérios adicionais para atendimento ao disposto no §4º do art. 14 da Resolução CNSP nº 168/2007

F oi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 22/09/2016, a Resolução Normativa (RN) nº 411/2016 que institui a comunicação ele-

trônica entre a Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) e as operadoras de planos privados de assistência à saúde.

Essa comunicação se dará por:

I - documento digital: informação registrada, co-dificada em dígitos binários, acessível e interpretá-vel por meio de sistema computacional, podendo ser documento nato-digital ou documento digitali-zado;

II - meio eletrônico: qualquer forma de armaze-namento ou tráfego de documentos e arquivos di-gitais;

III - transmissão eletrônica: toda a forma de co-municação a distância com a utilização de redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores;

IV - assinatura digital: forma de identificação ine-quívoca do signatário baseada em certificado digital emitido por autoridade certificadora credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil); e

V - protocolo eletrônico: transmissão eletrônica de documentos realizada por meio de aplicativo disponibilizado pela ANS com o uso de assinatura digital.

Insta mencionar que a instituição do protocolo eletrônico não extinguirá a possibilidade de envio de documentos por serviço postal ou sua entrega presencial no Protocolo da ANS.

Os documentos nato-originais e assinados digi-talmente para todos os efeitos legais, serão conside-rados originais. Todavia, os documentos digitaliza-dos enviados pelas operadoras serão considerados como cópia simples.

A comunicação será considerada realizada na data em que a operadora realizar o download do documento, sendo certo que os prazos para a prá-tica de atos processuais começarão a correr no pri-meiro dia útil seguinte àquele em que se considerar realizada a comunicação.

ANSComunicação eletrônica com

as operadoras de planos privados de assistência

à saúde

SHANA ARAÚJO- ADVOGADA

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E m 01.08.2016 entrou em vigor a Deliberação SUSEP nº 180 de 28 de julho de 2016, que dispõe sobre os atos administrativos edita-

dos pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), a qual revoga as Instruções SUSEP nº 51 de 15.03.2011 e nº 68 de 22.08.2013.

A edição da norma visa a padronização da elabo-ração dos atos administrativos, com vistas à atender a implementação do novo sistema de Processos Ele-trônicos.

Os atos administrativos classificam-se em: Nor-mativos (Deliberação), Ordinatórios (Carta Circular, Circular, Despacho, Edital, Instrução, Memorando, Ofício, Ofício Circular e Portaria), Enunciativos (Carta Homologatória, Certidão, Parecer, Parecer de Orien-tação, Relatório, Tabela de Deficiências, Termo de Julgamento e Voto) e Punitivos (Auto de Infração e Representação).

Destaca-se, ainda, a preocupação por parte da SUSEP em conceituar cada um dos atos administra-tivos, já editados por ela, fazendo constar como ane-xo, os conceitos de cada ato descrito. São eles:

I. Auto de Infração: Ato lavrado por servidor da Susep objetivando a instauração de processo admi-nistrativo sancionador, durante as atividades de fis-calização in loco, realizado em conformidade com a regulamentação em vigor. Sequencialmente nume-rado, por área e por ano civil;

II. Carta circular: Estabelece procedimentos a serem observados pelas entidades que integram os mercados supervisionados pela Susep no âmbito de sua competência, ou esclarece quanto ao cumpri-

mento de normas a elas aplicáveis. Sequencialmen-te numerada, por área e por ano civil;

III. Carta homologatória: Comunica decisão concernente a pedidos de aprovação que, por sua natureza ou previsão normativa, não exijam a pu-blicação de portaria no Diário Oficial da União, tais como, pedidos de aprovação prévia de atos societá-rios previstos nos normativos em vigor, aprovação de produtos e de notas técnicas de carteira, defe-rimento de atualização e alterações cadastrais de resseguradores admitidos e eventuais. Sequencial-mente numerada, por área e por ano civil;

IV. Certidão: Ato comprobatório referente a em-presa ou profissional integrante do mercado super-visionado pela Susep por meio do qual se afirma, por escrito, a existência de um fato ou de uma situação registrada nos assentamentos da Susep. Sequencial-mente numerado, por área e por ano civil;

V. Circular: Ato normativo que regulamenta as resoluções editadas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP e os dispositivos legais relativos às atividades supervisionadas pela Susep. Datada, assinada e continuamente numerada em sequência única;

VI. Deliberação: Ato normativo que torna pú-blica as decisões do Conselho Diretor referentes às suas atribuições regimentais, tais como definição de programas, projetos e políticas institucionais. Data-da, assinada e continuamente numerada em sequ-ência única;

VII. Despacho: Ato preponderantemente utiliza-do para remessa dos autos a terceiros, com proposta de adoção de providências, ou ainda para prestação

SUSEPDeliberação nº 180/2016AUTORA: Amanda de Mello e Patrícia Santa Rosa

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de informações tais como a juntada de documen-tos ou o fornecimento de vistas às partes inte-ressadas. Quanto emitido pelo DOCS-RTF, exclu-sivamente para utilização em processos físicos, não conterá numeração, já quando emitido no SEI, terá acrescentado o sufixo “Eletrônico” em sua denominação. Dessa forma, os “Despachos Ele-trônicos” gerados nesse Sistema serão sequen-cialmente numerados, por área e por ano civil;

VIII. Edital: Dá publicidade sobre processos aber-tos à participação do público, interno ou externo, tais como concursos, licitações, consultas e audiên-cias públicas, ou intimam pessoa física ou jurídica sobre atos e termos de processo administrativo. Se-quencialmente numerado, por área e por ano civil;

IX. Instrução: Ato normativo, de efeito exclusiva-mente interno, que disciplina de forma geral a execu-ção dos serviços ou rotinas de trabalho, podendo ser editado conjuntamente quando as mesmas envol-verem simultaneamente mais de uma área. Datada, assinada e continuamente numerada em sequência única, por área de competência. Quando assinado pelo Superintendente, será aplicável a todos os ser-vidores e, quando assinado por gestores dos demais níveis hierárquicos, aplicar-se-á apenas aos seus su-bordinados e terá a especificação da respectiva área;

X. Memorando: Ato avulso de comuni-cação interna com numeração única da área responsável, tendo por objetivo solicitar pro-vidências e transmitir informações ou dados ro-tineiros, de maneira simples e direta. Sequen-cialmente numerado, por área e por ano civil;

XI. Ofício: Comunicação oficial dirigida a ci-dadãos, entidades privadas e entidades públi-cas para reportar assunto de interesse restri-to, com o objetivo de agradecer, apresentar, convidar, informar, solicitar, notificar ou intimar, assinada pelo chefe da área responsável. Sequen-cialmente numerado, por área e por ano civil;

XII. Ofício circular: Série de ofícios, com idênti-

co teor e numeração única, expedida a diferentes destinatários, visando reportar assunto de interes-se geral, excetuados aqueles pertinentes à expedi-ção de Carta Circular, ou requerer informações. Se-quencialmente numerado, por área e por ano civil;

XIII. Parecer: Manifestação destinada a orientar ou fundamentar tomada de decisão, que expressa um ju-ízo sobre questão técnica, jurídica ou administrativa. Sequencialmente numerado, por área e por ano civil;

XIV. Parecer de orientação: Ato administrativo por meio do qual o Conselho Diretor homologa manifestação técnica, jurídica ou administrativa, padronizando o entendimento da Susep sobre matéria de competência da Autarquia. Datada, as-sinada e continuamente numerada em sequência única. Na hipótese de revelar situação alcançada por sigilo em regulamentação da Autarquia, deve-rá, após aprovado, ser redigido de modo a sinteti-zar a orientação para conhecimento de terceiros;

XV. Portaria: Ato administrativo de caráter de-cisório. Será datada, assinada e continuamente numerada em sequência única, por área de com-petência e que dentre outras finalidades poderá:

a) conceder, cancelar ou suspender a autorização para funcionamento de so-ciedades supervisionadas pela Susep;

b) aprovar deliberações de assembleias e atos so-cietários das sociedades supervisionadas pela Susep;

c) promover nomeações, exonerações, punições, reintegrações, substituições e demais atos de pessoal;

d) constituir ou alterar gru-pos de trabalho, comitês e comissões;

e) estabelecer delegações de competência:

f ) aprovar pedidos de transferência de carteira entre sociedades supervisionadas pela Susep; ou

g) aprovar o ingresso de socieda-des nos consórcios do seguro DPVAT;

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XVI. Relatório: Conjunto de informações reunidas em um documento, com a finalidade de descrever atividades realizadas em um dado período, repor-tando os respectivos resultados parciais ou totais obtidos, e propondo a adoção de providências, se for o caso. Sequencialmente numerado, por área e por ano civil. Quando se tratar de grupo de trabalho, será datado e assinado, sem numeração - na forma definida no Sistema Eletrônico de Informações - SEI;

XVII. Representação: Ato mediante o qual servidor da Susep comunica a existência de indícios de infração ao responsável pela instauração do res-pectivo processo administrativo sancionador. Se-quencialmente numerado, por área e por ano civil;

XVIII. Tabela de deficiência: Documento por meio do qual são relacionadas deficiências e/ou fragilidades de procedimentos de controles internos das sociedades e entidades supervisionadas pela Susep, identificadas a partir de ações de fiscalização. Sequencialmente numerada, por área e por ano civil;

XIX. Termo de julgamento: Visa a registrar de-cisão de autoridade julgadora acerca de proces-sos administrativos no âmbito da Susep. Sequen-cialmente numerado, por área e por ano civil; e

XX. Voto: Manifestação de integrante do Con-selho Diretor da Susep, que visa a subsidiar o julgamento de processos administrativos, rela-tivamente à aprovação de minutas de atos norma-tivos, deferimento de pleitos, provimento de re-cursos ou subsistência de sanções, dentre outros. Sequencialmente numerado, por área e por ano civil.

No que tange à publicidade dos atos elencados, estes serão classificados como de caráter interno e externo, conforme publicação ou não no Diário Ofi-cial da União (DOU), boletim pessoal ou, ainda, di-vulgação no sítio da SUSEP, sem prejuízo de outras formas de publicidade, observando, no que cou-ber, a Lei nº 12.527/11 (Lei de acesso à informação).

A Informática vem ocupando papel cada vez mais relevante em todos os setores. Por isso, os agentes econômicos procuram utilizá-la, cada vez mais, na realização de suas tarefas, com o ob-jetivo, dentre outros, de obter maior eficiência.

Assim sendo, a Comissão de Valores Mobiliá-rios – CVM - decidiu implantar o seu Protocolo Di-gital, utilizando o que a tecnologia pode propor-cionar no que se refere à celeridade processual e à redução dos custos de tramitação dos processos.

Outro aspecto a ser ressaltado é que, com o passar do tempo, os documentos em papel dei-xarão de ocupar uma grande área física, já que os processos físicos irão desaparecendo, grada-tivamente, o que abrirá a possibilidade de utili-zação mais eficiente de um espaço de alto valor.

Aparentemente, tal fato é de pequena mon-ta, dentro de um contexto mais amplo, mas tem um efeito multiplicador relevante não só para o público específico da CVM, mas também para outras entidades bem como para o meio am-biente, na medida em que menos árvores te-rão de ser utilizadas para a fabricação de papel.

Com esta ferramenta, os agentes que es-tão sob a órbita de fiscalização da Au-tarquia, bem como os investidores em geral, poderão encaminhar arquivos, materiais, do-cumentos, reclamações e denúncias com maior ra-pidez, segurança e simplicidade e com menor custo.

Implantação do Protocolo Digital

CVMAUTOR: Antonio Carlos

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I mportante notícia em matéria de previdência complementar diz respeito ao aguardado julga-mento do RESP nº 1.312.736/RS. O recurso em

questão – de relatoria do Ministro Luis Carlos Ferrei-ra - fora há poucos dias afetado para julgamento no regime dos recursos repetitivos (Art. 1036 do Código de Processo Civil) pela 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça. Com isso haverá pacificação definitiva do tema no âmbito daquela Corte.

O recurso versa sobre a impossibilidade de refle-xo no complemento de aposentadoria decorrente de indenização por horas extras obtida em ação judicial pretérita movida pelo empregado na Justiça do Tra-balho contra seu empregador.

Tratam-se de duas ações judiciais distintas. A pri-meira, proposta pelo empregado exclusivamente contra seu empregador pugnando a concessão de horas extras. A segunda, proposta pelo participante do plano de benefícios exclusivamente contra a en-tidade de previdência complementar cuja patrocina-dora é justamente a empresa na qual fora imposta a condenação trabalhista. A primeira ação transitou em julgado na Justiça do Trabalho, ao passo que a se-gunda ação tramita na Justiça Comum.

O reflexo pretendido pelos participantes das refe-ridas ações repercutem em sérios danos à entidade de previdência complementar e sua própria massa de assistidos, porquanto: (i) pleiteia a concessão de

benefício previdenciário complementar em caráter extra-regulamentar – isto é – visa garantir conces-são alheia às verbas que compõem o salário de par-ticipação do regulamento do plano de benefícios da entidade de previdência (ao menos na maior parte dos planos de benefícios das entidades de previdên-cia complementar do país), (ii) viola a matriz consti-tucional e legal para a concessão de benefícios pre-videnciários complementares, na medida em que os exige sem a prévia formação da fonte de custeio (Art. 202 e Art. 195 §5º da CRFB/88, Art. 18 da LC 109/01, normas do regulamento do plano de benefícios de cada entidade de previdência quando inexistente a previsão de horas extras no salário de participação – e – quando aplicável a espécie o Art. 3º Parágrafo único e Art. 6º da LC 108/01), (iii) Mesmo quando de-terminada a formação da fonte de custeio nos pró-prios autos do processo – seja pela sentença do juízo de piso, seja pelo acórdão do tribunal de origem - na grande e esmagadora maioria das vezes tal imposi-ção não é feita em atendimento a recomposição da reserva matemática de benefícios a conceder, (iv) por consequência dos itens anteriores ocorrerá a natural sobrecarga do mutualismo do plano de benefícios, na medida em que a totalidade da massa (em planos de modelagem BD e CV) terá de arcar com o custo das condenações judiciais havidas nas ações ingres-sadas tão somente por alguns participantes da enti-dade de previdência complementar.

AUTOR: Guilherme Barcelos (parceiro)

RESP 1.312.736/RS

Afetado à 2ª Seção do STJ pelo re-

gime de julgamento dos Recursos

Repetitivos (Art. 1.036 do CPC)

Previdência Complementar

009INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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A soma de todos os ativos garantidores (con-tribuições vertidas ao plano de benefícios por participantes, assistidos e patrocinadores + resul-tados de investimentos) do plano de benefícios corresponde as receitas necessárias para fazer frente aos compromissos de longo prazo (bene-fícios previdenciários) pactuados nos contratos previdenciários (regulamentos dos planos). O re-sultado final desta equação representará a solvên-cia das obrigações previdenciárias e por conse-quência o equilíbrio financeiro e atuarial de cada plano de benefícios isoladamente considerado.

Aguarda-se que a 2ª Seção do Superior Tribu-nal de Justiça endosse o argumento de que as horas extras deferidas em ação reclamatória tra-balhista pretérita não detém o condão de alterar a natureza transitória e não habitual dessa verba; de modo que sua concessão pela justiça obreira não guarda qualquer vínculo com a relação previ-denciário-complementar. Do contrário, terá sido fomentado um cenário de inversão da equação acima formula – qual seja – de desequilíbrio finan-ceiro-atuarial e insolvência do plano de benefícios.

DR. GUILHERME DE CASTRO BARCELLOS

Com imenso prazer, o escritório Euds Furtado Advogados Associados comunica o ingresso, do Dr. Guilherme Barcellos, como Consultor Parceiro na Área de Contencioso Judicial.

Advogado formado pela Pontifícia Universidade Católica do RS (PUC-RS), com Pós Graduação em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), Pós Graduação em Direito Empresarial pela Universidade Federal do Rio Gran-de do Sul (UFRGS), destacamos que de 2000 a 2008, trabalhou em Banca de Advocacia Empresarial de grande porte em Âm-

bito Nacional, tendo Coordenado e Gerenciado a unidade deste escritório no Rio de Janeiro, de 2005 a 2008.

Em 2008 fundou o escritório Castro Barcellos Advogados, com foco de atuação exclusivo no Atendimento Jurídico do Regimes Mutualistas, como Entidades de Previdência Complementar, Seguros e Planos de Saúde.

O Escritório atua na área de Contencioso Judicial e Consultoria Jurídica para os operadores desses Regimes Mutualistas em Âmbito Nacional, conduzindo carteira de Contencioso Judicial superior a 10.000 processos.

Destacamos que o Dr. Guilherme Barcellos é membro integrante do Comitê de Previdência Complementar da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ) e Parti-cipante e Palestrante em Congressos e Seminários para o Regime de Previdência Complementar.

Em razão de sua grande experiência e atuação, com ênfase e dedicação para o Mercado Se-gurador, celebramos a parceria com ele. Em razão dessa parceria, nosso escritório passará a pres-tar serviços de excelência no contencioso judicial às empresas supervisionadas pela SUSEP.

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Treinamentos

- Nos dias 10, 11 e 12 de agosto, a Dra. Renata Beiriz Furtado participou do 7º Congresso Brasi-leiro de Sociedades de advogados, realizado em São Paulo, que teve por objetivo reunir os mais renomados profissionais para debater questões atuais, melhores práticas e pontos críticos que afetam diretamente o exercício do Direito e a ges-tão estratégica das sociedades de advogados.

- Em 05/07/2016, a Dra. Suelly Molina parti-cipou do Evento promovido pela CNseg – Pa-lestra “Questões sobre o novo CPC”, minis-trada pelo Des. Alexandre Freitas Câmara.

- Em 08/07/2016, nosso escritório minis-trou Workshop sobre o Processo Adminis-trativo Sancionador para seus funcionários.

- Participação da Dra. Renata Furtado na reunião do mês de julho do Grupo Nacional de Trabalho de Direito Econômico, Regulatório e Societário da AIDA.

- Participação da Dra. Suelly Molina na reunião do mês de agosto do Grupo Na-cional de Trabalho de Resseguro da AIDA.

- Em 25/08/2016, as Dras. Livia Lapoente e Hanne de Britto participaram da Palestra Lloyds - Líder mundial do mercado de seguros e resse-guros em produtos especializados e suas ope-rações no Brasil, na Escola Nacional de Seguros.

- Participação da Dra. Shana Araujo nas reuni-ões dos meses de julho e agosto do Grupo Nacio-nal de Trabalho de Direito Econômico, Regula-tório e Societário da AIDA, na qual é Presidente.

- As Dras. Suelly Molina e Livia Lapoen-te estão participando do Curso de Exten-são em Direito Ressecuritário e Práticas de Resseguro, na Escola Nacional de Seguros.

- Em 13/07/2016, teve o Lançamento do vol.4 da Revista Jurídica de Seguros da CN-Seg que contou com a participação do Dr. Euds Furtado e da Dra. Hanne de Brito.

No último dia 9 de setembro homenageamos o Dr Felipe Pretto

Nesse dia Felipe comemoraria 30 anos. Felipe começou como estagiário e atuou no Societário, Back Office e Contencioso Regu-latório. Advogado polivalente, colaborador extremamente pro ativo, um excelente ges-tor, sempre preocupado com sua equipe.

A placa que batiza a principal sala de reuniões do Escritorio com seu nome, foi inaugurada com a presença da espo-sa, amigos e familiares. Foi sem dúvida um dia emocionante em nosso Escritório.

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