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Informativo EUDS ADVOGADOS EDIÇÃO #012 OUTUBRO 2012 SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC VINICIUS PASCOAL De estagiário a sócio co-responsável pela área societária. PÁG.003 EUDS ADVOGADOS TEM “NOVO” SÓCIO NA ÁREA SOCIETÁRIA

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InformativoEUDS ADVOGADOS EDIÇÃO #012 ▪ OUTUBRO 2012

SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC

VINICIUS PASCOALDe estagiário a sócio co-responsável pela

área societária.

PÁG.003

EUDS ADVOGADOS TEM “NOVO”SÓCIO NA ÁREA SOCIETÁRIA

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CONTEúdO DA EDIÇÃO Nº12

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CIRCULAR SUSEP Nº 451/2012SUSEP altera e consolida instruções para

a operação do Seguro DPVAT

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃOe sua funcionalidade na Superintendência

de Seguros Privados - SUSEP

CIRCULAR SUSEP Nº 446/2012SUSEP suspende teste de adequação de passivos

para fins de elaboração das demonstrações financeiras

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃOA importância da Gestão de T.I.

na Euds Advogados

Euds Advogados tem

“novo” sócio na área

societária

SUSEP dispõe sobre o

Termo de Compromis-

so de Ajustamento de

Conduta - TAC

5

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CADASTRO DE CORRETORESRegulamentado o acesso ao cadastro

de corretores por entidades do Mercado de Seguros

RESOLUÇÃO CSNSP Nº 264/2012SUSEP veda cobrança do

custo de apólice nos contratos de seguro

COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIROPublicação de nova Lei torna mais eficiente a

persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro

002INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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EudsEditoresRenata Furtado

Sócia Administradora

Suelly Molina

Sócia

Vinicius Pascoal

Sócio

Shana Araujo

Advogada

Felipe Pretto

Advogado

José Daniel Rocha

Advogado

Lívia Lapoente Peixoto

Advogada

Luciano Soares Sampaio

Gestor Administrativo

AvisoEsta publicação destina-se exclusivamen-te para fins de informação geral e não deve servir de base nem ser usada para qualquer propósito específico.

As informações contidas ou citadas nessa publicação não constituem nem substi-tuem o aconselhamento jurídico, contábil ou profissional e não devem ser encara-das como tal.

A Euds Advogados não será responsável pela confiança depositada nas informa-ções contidas ou citadas e isenta-se espe-cificamente de qualquer responsabilidade a elas relacionadas ou decorrentes desse uso.

© 2012 Euds Furtado Adv. Associados

Informativo contatoPublicado por Euds Furtado Advogados Associados - (21)3077-3837www.eudsadvogados.com.br - [email protected]

CONTEúdO DA EDIÇÃO Nº12

MENSAGEM dOEDITOR

Desde que iniciamos nossa atividade sempre so-nhamos com este momento. O dia que um estagiário che-garia a sócio. Lutamos muito para isso. Vários passaram por aqui, em poucos identi-ficamos o perfil que querí-amos. Criamos o plano de cargos e salários e deixamos claras as “regras do jogo”.

É com grande satisfa-ção que apresentamos o Dr. Vinicius Pascoal da Rocha, para quem já não o conhece. Advogado formado pela Fa-culdade de Direito da Univer-Cidade, com Pós Graduação em Direito de Empresas pela PUC-RIO e LL.M. em Direito Societário e Mercado de Ca-pitais pelo IBMEC-RJ.

Iniciou sua carreira nas

áreas técnicas de Segurado-ras de Grande Porte, tendo sido - inclusive - certificado como Regulador de Sinistros pela FUNENSEG. Atuou em empresa de Telefonia e es-tagiou em Escritório de mé-dio porte, na área tributária, até finalmente ingressar em nosso escritório como esta-giário de Direito em 2005, na área Societária.

Em 2007, antes mes-mo da formatura, uma vez identificado como um dos talentos que queríamos re-ter, o contratamos como As-sistente Jurídico. No final de 2007, tornou-se Bacharel de Direito, tendo sido aprovado na OAB/RJ antes mesmo da conclusão do curso. Em 2008 com a criação do nos-so Comitê de Gestores, foi

logo destacado para gerir a área societária. O Comitê é para o nosso escritório o “es-tágio do futuro sócio”.

No final de 2010, Dr. Vi-nícius nos deixou para se aventurar na área de Petró-leo e Gás, tendo finalmente retornado agora em setem-bro de 2012, como sócio co--responsável pelas áreas So-cietária e de Contratos.

“Eu estava de férias no Chile quando ele me viu on line numa rede social, após batermos papo sobre vá-rios assuntos nos pegamos falando da gestão do es-critório. Foi quando me dei conta que ele estava pronto para voltar. Conversei com os demais sócios e logo em seguida fiz a proposta, para

ele se tornar sócio e assu-mir a responsabilidade de dividir a área Societária com o Dr. Euds e a de Contratos comigo. Eu, como idealiza-dora de nossa gestão, me sinto orgulhosa de ter ajuda-do na formação do Vinícius não só como advogado so-cietário, mas principalmente como gestor. Na faculdade ninguém nos ensina a ser empresários, mas muitos de nós nos vemos tendo que aprender isso com a práti-ca. Temos como meta que o escritório seja percebido como um lugar de formação de pessoas e o Vinícius é a prova de que estamos no caminho certo. Com muita dedicação e competência o Vinícius chegou lá...” conta Dra. Renata Furtado, sócia gestora do escritório.

Dr. Vinicius Pascoal da RochaDe estagiário a sócio da área societária

EDITORA: Renata Furtado

003INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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CIRCULAR SUSEPNº 451/2012 SUSEP altera e consolida instruções para a operação do Seguro DPVAT

SUSEP PUBLICA CIRCULAR SUSEP Nº451/2012, EM 19

DE OUTUBRO DE 2012, qUE ENTRARÁ EM VIGOR EM

180 (CENTO E OITENTA) DIAS.

A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, publicou em 19.10.2012, a Circular nº 451, que altera e con-solida as instruções complementares para operação do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Ve-ículos Automotores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não - Seguro DPVAT.

Na consolidação atual, onde dispõe sobre os “Ele-

mentos Mínimos Do Bilhete De Seguro DPVAT”, a Autar-quia manteve inalterados os limites máximos de indeni-zação e reembolso, por pessoa vitimada e o prazo para liquidação do sinistro, quais sejam:

-Morte - R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais)-Invalidez Permanente - até R$ 13.500,00 ( até treze

mil e quinhentos reais)-D.A.M.S - até R$ 2.700,00 ( até dois mil e setecentos

reais)- Prazo - Prazo para pagamento da indenização ou

reembolso será de trinta dias, a partir da apresentação da documentação necessária.

No entanto, uma alteração significativa ocorreu em

umas das modalidades de indenização/reembolso. O dis-positivo que dispõe sobre as Despesas de Assistência Mé-dicas e Suplementares – DAMS foi expressivamente alte-rado, no que tange a solicitação de documentação básica necessária para pedido de indenização. Esta alteração tem consonância com os inúmeros casos de golpes apurados pela SUSEP. As seguradoras poderão ainda solicitar docu-mentos complementares, nos termos do art. 20 do anexo à Resolução CNSP nº 154/2006 e do art. 5º, § 1º do anexo à Resolução CNSP nº 242/2011. (Esta última versa sobre as regras para o pagamento de indenizações referentes a despesas de assistência médica e suplementares - DAMS cobertas pelo seguro DPVAT.)

Outra alteração percebida na atual legislação, foi a

necessidade de observância dos telefones e sites atua-

lizados (DPVAT - www.dpvatseguro.com.br - 0800 022 1204 e SUSEP - www.susep.gov.br - 0800 021 8484), vi-sando a antecipação dos esclarecimentos e a determina-ção dos locais de atendimento, para quando uma pessoa somente na condição de vítima de acidente de trânsito ou de seu beneficiário, após reunir a documentação necessá-ria, se dirija a uma seguradora consorciada mais próxima, para dar entrada na solicitação da indenização do Seguro DPVAT. O dispositivo visa coibir a prática de fraude, onde o pedido de indenização do Seguro DPVAT não deve ser entregue a terceiros, podendo somente ser aberto e acom-panhado diretamente por quem tem direito à indenização.

A referida Circular consolidou os demasiados dispo-

sitivos e entrará em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação, revogando assim, a Circular SU-SEP nº 393, de 16 de outubro de 2009.

AUTOR: Daniel Rocha

DANIEL ROCHAADVOGADO

004INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO E SUA FUNCIONALIDADEna Superintendência de Seguros Privados - SUSEP

A Lei de Acesso à Informação, em vigor no país desde 18 de novembro de 2011, regula o acesso

a informações, dentre outros dispositivos, o previsto no art. 5º , XXXIII da Constituição Federal. A Lei obriga órgãos públicos a prestarem informações sobre suas atividades a qualquer cidadão interessado. O projeto é de iniciativa do Executivo e vale para todo o serviço público do país. De acordo com o texto, os órgãos e as entidades do Po-der Executivo federal têm de garantir o direito de acesso à informação, proporcionado mediante procedimentos ob-jetivos e ágeis, de configuração transparente, clara e em linguagem de simples concepção.

A Lei nº 12.527/2011, obriga órgãos públicos federais, estaduais e municipais (ministérios, estatais, governos es-taduais, prefeituras, empresas públicas, autarquias etc.) a oferecer informações relacionadas às suas atividades a qualquer pessoa que solicitar os dados. Entre os princí-pios mais importantes da Lei, está o de que a publicidade e a transparência das informações é a regra, e o sigilo, a exceção.

A Lei determina ainda, que os órgãos públicos criem centros de atendimento dentro de cada órgão chamados de SICs (Serviços de Informação ao Cidadão). Esses cen-tros precisarão ter estrutura para atender e orientar o públi-co quanto ao acesso a informações de interesse coletivo como, por exemplo, tramitação de documentos, processos de licitações e gastos públicos.

Neste seguimento, a Superintendência de Seguros Pri-vados – SUSEP, editou e publicou a Instrução nº 61, de 4 de julho de 2012, que regula o acesso a informações previsto na Lei nº 12.527, tal como, classifica informações sigilosas e disciplina os procedimentos de exame, vista e forneci-

mento de cópias de processos administrativos, no âmbito da Autarquia.

A referida instrução abarcou muitos dispositivos exa-rados pela Lei de Acesso a Informação, descritos acima, mas voltados para aplicabilidade interna da Autarquia. Teve ainda o condão de revogar a Instrução nº 15/98, que disciplinava os procedimentos de exame, vista e forneci-mento de cópias de processos administrativos no âmbito da SUSEP, tal como classificava os processos com acesso restrito, no que tange seu acompanhamento on-line, pelo sitio da Superintendência, fulminando a necessidade de acompanhamento constante de processos de interesse das Companhias.

No entanto, em que pesou a edição da norma de aces-so a informação, o Mercado de Seguros ainda padece da dificuldade do acompanhamento processual por meio ele-trônico (on-line) no site da SUSEP, tendo em vista a gama de processos cadastrados com “acesso restrito”, inerente ao interesse das companhias e que não constam na clas-sificação de sigilo editadas pela nova Instrução.

A SUSEP tem grande empenho para atender as deter-minações da nova Lei e providenciar a implantação com-pleta dos sistemas informatizados, sendo certo que, em um lapso temporal ínfimo, atenderá perfeitamente todos os interessados pertencentes ao Mercado Securitário.

Essa admirável conquista da sociedade brasileira ao acesso a informação é o coroamento de longos anos de prélio, que demandou muito esforço de amplos setores do Governo Federal, do Congresso Nacional e de muitas orga-nizações da sociedade civil brasileira.

SUSEP REGULAMENTAO ACESSO AO CADASTRO DE

CORRETORES POR ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO

MERCADO DE SEGUROS

AUTOR: Daniel Rocha

Publicada em 10 de agosto de 2012, a Circular SUSEP nº 447/2012, editada pela Superintendência de Seguros Priva-dos - SUSEP, trouxe o regulamento do acesso ao cadastro de corretores por entidades representativas do Mercado de Seg-uros, tal como, versou sobre contribuição sindical dos referi-dos corretores. Nestes termos, a norma passou a vigorar em 30 dias, a contar da data de sua publicação, realizada no Diário Oficial da União.

A norma traz uma releitura do que já aconteceu antes, acerca da parceria entre a Autarquia e a Federação Nacion-al dos Corretores – FENACOR, pois pela regulamentação, a SUSEP poderá firmar convênios com entidades representa-tivas dos mercados de seguros, capitalização, previdência

complementar aberta, resseguros ou corretagem de seguros e com entidades auto-reguladoras do mercado de corretagem, que tenham por objeto a disponibilização do acesso do ca-dastro de corretores registrados perante a autarquia.

Entre as exigências, as entidades conveniadas deverão se

comprometer a prestar informações de interesse da SUSEP. Os instrumentos de convênio disporão sobre obrigações dos conveniados, especialmente no que tange ao tratamento de informações e dados de caráter pessoal.

Outra exigência disposta no Art. 2º da aludida norma, dis-

põe que as empresas que atuam nos mercados de seguros, capitalização, previdência complementar aberta e resseguros deverão exigir dos respectivos corretores a comprovação do recolhimento da contribuição ou imposto sindical, nos termos do art. 5º, alínea b, da Lei no 4.594, de 29 de dezembro de 1964.

Em nota cabe ressaltar, que o Mercado de Seguros não recepcionou pacificamente o dispositivo referido acima, tendo em vista que o Art. 5º, “b”, da Lei no 4.594, já predispõe que o corretor, seja pessoa física ou jurídica, antes de entrar no exercício da profissão deve estar quite com o imposto sindi-cal, não necessitando que as Companhias façam tal reivindi-cação.

AUTOR: Daniel Rocha

005INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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TERMO dE COMPROMISSO dE AjUSTAMENTO dE CONdUTACIRCULAR SUSEP Nº 450/2012AUTORA: Shana Araújo

No entanto, a referida Resolução ditou regras genéricas, sendo omissa em certos aspectos,

gerando uma necessidade de complementação.

A regulamentação deu-se então através da Circular SU-SEP 450/2012, publicada no Diário Oficial de 19.10.2012, estabelecendo que a SUSEP poderá firmar com as pessoas naturais ou jurídicas que pratiquem atos inerentes às ativi-dades de seguro, capitalização, previdência complementar aberta, resseguro e corretagem, termo de compromisso de ajuste de conduta, com vistas a adequar sua conduta à legislação pertinente e às diretrizes gerais estabelecidas para o Sistema Nacional de Seguros Privados.

Importante ressaltar que o TAC terá por objeto fato ou situação que possa ser, em tese, considerado irregular pela SUSEP, sendo certo que tal fato poderá ser comunicado à Autarquia, espontaneamente, pelo ente supervisionado. Neste sentido, cabe esclarecer que não há necessidade de

se ter um processo administrativo sancionador instaurado para a celebração do instrumento.

O ente supervisionado, interessado em propor o TAC, deverá, na proposta, descrever, de forma clara e abrangen-te, o seu objeto e se comprometer a cessar a prática de atividade ou situação que possa ser, em tese, considerada irregular pela SUSEP; a sanar a irregularidade e a pagar uma prestação pecuniária e/ou a cumprir uma obrigação de fazer.

Por conseguinte, a Autarquia delimitou os elementos mínimos do TAC, no art. 5º da Circular SUSEP nº 450/2012, ou seja, estabeleceu ser indispensável a (a) qualificação completa das partes e a descrição pormenorizada dos fa-tos ou das condutas que motivaram a sua proposição, (b) proposta concreta e detalhada para a correção das práti-cas apontadas, especificando-se as obrigações de pagar, de fazer ou não fazer a serem assumidas, inclusive, o

A Resolução CNSP 243/2011 que entrou em vigor em 06/03/2012 autorizou a SUSEP a firmar

Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta - TAC com seus entes supervisionados.

006INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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ressarcimento dos prejuízos financeiros, caso este tenha ocorrido; (c) cronograma de execução e de implementação das medidas propostas, com metas a serem atingidas; (d) fixação do valor da multa a ser aplicada no caso de des-cumprimento total ou parcial do termo de compromisso; (e) vigência do termo de compromisso; (f) declaração de ciência do compromissário de que o descumprimento in-tegral ou parcial das obrigações assumidas implicará na imediata aplicação das penalidades descritas no termo; (g) foro competente para dirimir eventuais litígios entre as partes.

Lembramos que são passíveis também, de celebração de TAC, fatos que culminaram na inclusão dos entes su-pervisionados no cadastro de pendências da Autarquia, assim como o plano corretivo de solvência (PCS) e o plano de recuperação de solvência (PRS), dispostos na Resolu-ção CNSP 227/2010.

A apresentação de proposta de TAC à SUSEP interrom-pe a prescrição da pretensão punitiva do Estado, sendo certo que a assinatura do termo de compromisso implica na suspensão do respectivo processo administrativo san-cionador, caso instaurado, e não importa em confissão quanto à matéria de fato, nem o reconhecimento de ilicitu-de da conduta em apuração.

Insta ressaltar que a proposta de termo de compromis-so de ajuste de conduta será analisada pela Coordenação Geral de Julgamentos - CGJUL e, após manifestação da Procuradoria Federal junto à SUSEP, será encaminhada para aprovação do Conselho Diretor. Após firmado o TAC será divulgado no endereço eletrônico www.susep.gov.br e passará a constituir título executivo extrajudicial.

Cumpridas as obrigações assumidas no termo de com-promisso de ajuste de conduta será extinta a punibilidade e, sendo o caso, arquivado o respectivo processo adminis-trativo sancionador.

Restou estabelecido, finalmente, que o ente supervisio-nado poderá propor repactuação do TAC, dentro do prazo estabelecido para cumprimento das obrigações constan-tes do termo de compromisso, desde que o compromis-sário demonstre ter cumprido parcialmente as obrigações,

SHANA ARAUJOADVOGADA

ter se esforçado para cumprir integralmente com o dispos-to no termo e, ainda, que tem condições de fazê-lo dentro de novo prazo, não superior ao inicialmente fixado.

Vale ressaltar que o descumprimento do TAC impedirá a celebração de novo termo com qualquer das partes en-volvidas no prazo de dois anos, contados da data do ato de sua revogação.

SHANA ARAUJOADVOGADA

SUSEP VEDA COBRANÇA DO CUSTO DE APÓLICE NOS CONTRATOS DE SEGURORESOLUÇÃO CSNSP Nº 264/2012

Foi publicada no Diário Oficial da União, em 08/10/2012, a Resolução CNSP nº 264 que veda a cobrança do custo de emissão de apólice, fatura e endosso separadamen-te do prêmio de contratos de seguros.

A medida passará a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2013 e foi tomada após estudos técnicos realizados pelo Grupo de Trabalho instituído pela Autarquia, que concluiu que a referida cobrança fora do

prêmio não mais se justificava nos dias atuais.

Vale lembrar que em abril deste ano, por meio da Circular SUSEP 432, a SUSEP havia suspendido os efeitos da Circular 401/2010, que havia majorado o teto da co-brança do custo de apólice de R$ 60 para R$ 100.

Segundo a SUSEP divulgou em seu site,

a regra irá beneficiar diretamente os con-sumidores, tendo em vista que diminuirá o valor dos prêmios cobrados pelas socieda-des seguradoras, estando em consonância com a política econômica traçada pelo Go-verno Federal.

“A MEDIDA

PASSARÁ A

VIGORAR A

PARTIR DE 1º

DE JANEIRO

DE 2013”

007INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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COMBATE àLAVAGEM DE DINHEIROAUTORA: Livia Lapoente

Foi publicada no Diário Oficial da União, em 10/07/2012, a Lei nº 12.683, de 9/07/2012, que altera a Lei no 9.613, de 3 de março de 1998, para tor-nar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro.

A nova lei torna mais rigorosa a fiscalização e fixa maiores sanções para o crime de lavagem, ampliando o leque de crimes antecedentes. Consi-dera como crime antecedente à lava-gem de dinheiro, qualquer crime ou mesmo contravenção penal – como a promoção do jogo do bicho e de ou-tros jogos de azar, por exemplo. Pela regras anteriores, apenas um grupo de crimes graves, como tráfico de dro-gas, terrorismo, sequestro, eram pas-síveis de gerar denúncia por lavagem. Pelo novo texto, o dinheiro produto de qualquer crime que tenha sido “lava-do” é causa de denúncia por lavagem de dinheiro.

A referida a norma amplia também o rol de pessoas físicas e jurídicas obrigadas a informar movimentações financeiras atípicas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o COAF.

O teto da multa prevista para pes-soas físicas e jurídicas que descum-

prem a obrigação de informar ativi-dades financeiras ao COAF também subiu: de R$ 200 mil, pela lei anterior, para até R$ 20 milhões, pelas novas regras.

Um fato extremamente relevante, que nos chamou atenção, foi a inclu-

são do inciso XIV, no art. 9º, ou seja, a partir de então sujeitam-se às obriga-ções referidas nos arts. 10 e 11, quais sejam, Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros, e Comuni-cação de Operações Financeiras, pes-soas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assis-tência, de qualquer natureza, em ope-rações:

a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou in-dustriais ou participações societárias de qualquer natureza;

b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;

c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;

d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou es-truturas análogas;

e) financeiras, societárias ou imo-biliárias; e

f) de alienação ou aquisição de di-

CONCLUI-SE QUE

AS SOCIEDADES DE

ADVOGADOS NÃO ESTÃO

SUJEITAS AO MECANISMO

DE CONTROLE DO COAF E

CONSEQUENTEMENTE DA LEI

DE COMBATE AO CRIME DE

LAVAGEM DE DINHEIRO

Publicação da nova Lei torna mais eficiente a persecução penal dos

crimes de lavagem de dinheiro

008INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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reitos sobre contratos relacionados a atividades desporti-vas ou artísticas profissionais.

Inicialmente, vislumbrou conflito entre esta nova nor-ma e o previsto no Código de ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, que garante ao advogado o sigilo profissional, inclusive constitui infração disciplinar a violação deste sigilo.

Desta forma, escritórios de advocacia não podem estar obrigados a realizar comunicações ao COAF, no que tange operações financeiras.

Recentemente, a Ordem dos Advogados do Brasil se posicionou com relação a este assunto, tendo disponibi-lizado em seu site notícia, a qual segue colacionada a se-guir:

“Advogados e sociedades não se sujeitam à Lei da la-vagem de dinheiro.

A Lei 12.683/12, que alterou a 9.613/98 e trata dos cri-mes de lavagem de dinheiro, não se aplica aos advogados e às sociedades de advogados em razão dos princípios constitucionais de proteção ao sigilo profissional e da im-prescindibilidade do advogado à administração da Justiça. Esse foi o entendimento unânime ao qual chegou o Órgão Especial do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reunido em 21 de agosto de 2012. A deci-são foi anunciada ao Pleno da OAB, em sessão conduzida em Brasília pelo presidente nacional da entidade, Ophir Cavalcante.

Os conselheiros integrantes do órgão Especial enten-deram que a Lei federal 8.906/94 – Estatuto da OAB – não pode ser implicitamente revogada por lei que trata genericamente de outras profissões, como é o caso da lei da lavagem de dinheiro. “É de clareza solar que o advo-gado mereceu tratamento diferenciado na Constituição Federal, que expressamente o considerou indispensável à justiça. Assim, não parece razoável supor que uma lei genérica, que trata de ‘serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza’ possa alterar a Lei específica dos Ad-vogados para criar obrigações não previstas no estatuto, que contrariam frontalmente a essência da profissão, re-vogando artigos e princípios de forma implícita”, afirmou a conselheira federal Daniela Teixeira, relatora da matéria no Órgão Especial.

Em relação ao sigilo que o profissional da advocacia deve guardar atinente aos dados e documentos de clien-tes, a relatora o classificou como “norma fundante” da advocacia, sendo inerente à profissão. Segundo Daniela Teixeira, a desproteção da relação de confiança entre o cliente e o advogado viola o artigo 133 da Constituição e o artigo 26 do Código de Ética, que prevê que o „advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razão de seu ofício...”. “Do texto constitu-cional citado (art. 133) o que se infere é que o advogado é imprescindível para a administração da justiça, porém, não como ‘delator do seu cliente’, senão como defensor dos

interesses de quem é suspeito ou acusado de estar envol-vido em um crime”, afirmou a relatora.

O entendimento foi formulado pelo Órgão Especial ao responder consulta da Seccional da OAB de São Paulo, que em ofício datado de 13 de agosto e assinado pelo pre-sidente em exercício, Marcos da Costa, solicita estudo e manifestação da entidade sobre o tema. Na sessão ple-nária, Ophir Cavalcante afirmou de forma veemente que advogados e sociedades de advogados não devem fazer qualquer cadastro junto no Conselho de Controle de Ati-vidades Financeiras (COAF) e nem têm dever de divulgar qualquer dado sigiloso de clientes que lhe foram entre-gues e confiados no exercício profissional da atividade.”

Por fim, conclui-se que as Sociedades de Advogados não estão sujeitas aos mecanismos de controle do COAF e consequentemente da lei de combate ao crime de lava-gem de dinheiro, prevalecendo o sigilo profissional previs-to no Código de Ética e Disciplina e no Estatuto da OAB.

Recentemente, a SUSEP editou a Circular 445/12 que revogou a Circular SUSEP 380/08, inserindo modifica-ções nos critérios e determinações da Autarquia para o mercado segurador, no tocante à notificação, acompanha-mento e registros de operações suspeitas.

Com o advento da nova Lei, ora em comento, novas de-terminações poderão surgir.

CIRCULAR SUSEP Nº 446/2012

SUSEP SUSPENDE TESTE DE ADEqUAÇÀO DE

PASSIVOS PARA FINS DE ELABORAÇÃO

DAS DEMONSTRAÇõES FINANCEIRAS

O Superintendente Substituto da Superintendência

de Seguros Privados – SUSEP, através da Circular SU-

SEP n° 446/2012, de 4 de julho de 2012, publicado no

Diário Oficial da União em 05.07.2012, suspendeu os

efeitos, na apuração das demonstrações financeiras in-

termediárias referentes ao exercício de 2012, da Circular

SUSEP n° 410/2012, de 22 de dezembro de 2010, que

dispõe sobre o teste de adequação de passivos. A refe-

rida Circular entrou em vigor na data de sua publicação

Destarte, a SUSEP constitui o grupo de trabalho, com

a finalidade de revisar os normativos que regulamenta-

rão o teste de adequação de passivos para fins de ela-

boração das demonstrações financeiras, com o prazo de

90 dias para a conclusão dos trabalhos, a partir de 02 de

agosto de 2012, tendo em vista sua publicação no D.O.U.

009INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

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SEGURANçA dA INfORMAçãOA IMPORTâNCIA DA GESTÃO DE T.I.

NA EUDS ADVOGADOS

LUCIANO SAMPAIOGESTOR ADMINISTRATIVO

A inevitável necessidade de profissionalização dos Escritórios de Advocacia em um ambiente altamente competitivo, esbarra em um grande obstáculo: a defi-

ciência na gestão da Tecnologia e da Segurança da Informação.

O foco na advocacia, muitas vezes, desvia a atenção dos advogados para necessida-de de planejamento e eficiência do ambiente corporativo de TI. É patente a negligência de alguns Escritórios em relação aos seus controles de acesso, sendo estes indispensá-veis para permitir que determinadas informações somente cheguem ao conhecimento de quem realmente necessita e pode conhecê-las.

A ampliação dos investimentos em Tecnologia da Informação aponta o seu uso como um caminho para maior segurança, produtividade e economia nos negócios. Trata-se, portanto, de algo muito além de um simples modismo. Contudo, muitos são os desafios: desde encontrar profissionais capacitados até convencer os sócios de que, atualmente, TI precisa estar no centro do negócio.

O crescimento da Euds Advogados, o aumento do volume de trabalhos e, sobretudo, a responsabilidade pelas informações confidenciais de nossos clientes foram alguns dos principais sinais para esse momento transformador.

Inicialmente devemos pensar em quem realmente importa: nossos clientes. Logo, é essencial que nosso Escritório proteja os dados de maneira a resguardá-los. Há uma gama de elementos que precisam ser considerados, quando se deseja proteger informa-ções sensíveis. Infelizmente, muitos ainda equiparam segurança da informação a um antivírus atualizado, sendo certo, entretanto, que muitas outras ferramentas imprescindí-veis estão disponíveis no mercado.

Em linhas gerais, nosso Escritório promove a preservação de três requisitos básicos: a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade da informação. E isso abrange a segurança de toda e qualquer informação do Escritório, esteja ela em meios eletrônicos, papel, conversas ou, ainda, na mente dos colaboradores.

Assim, pela própria área sensível de atuação de nossos clientes, municiamos nosso Escritório com novas práticas, uma forte infraestrutura de TI e buscamos no mercado so-luções modernas e eficazes de gerenciamento, tais como: implantação de níveis acessos aos usuários, bloqueios de dispositivos externos em todas as estações, digitalização de 100% de nosso acervo, utilização de firewall e antivírus corporativos, migração de nossa plataforma de e-mails para o Microsoft Office 365 e backups diários e automatizados de todos os arquivos.

Outro item fundamental no tocante à Segurança da Informação é o que trata de um Sistema Online de Gestão e Controle Processual. Projetado e criado internamente pela nossa área de Tecnologia da Informação, nosso Sistema valoriza a eficiência e a confia-bilidade do trabalho realizado, principalmente levando em consideração uma realidade marcada pela velocidade em que as atitudes precisam ser analisadas e tomadas. Noto-riamente, para os Departamentos Jurídicos já não são suficientes apenas os resultados de suas ações.

Com melhorias e atualizações constantes, nosso Sistema permite os mais sofistica-dos filtros, fornecendo informações para a produção de relatórios gerenciais. Ou seja, muito além de advogar por nossos clientes, trabalhamos buscando assumir um papel de parceiro, cooperando na tomada de decisões e almejando, constantemente, contribuir para o Planejamento Estratégico dos mesmos. Os Departamentos Jurídicos, munidos pelos relatórios gerados pelo nosso Sistema, poderão submeter essas informações às áreas internas das Cias., de modo que eventuais problemas operacionais sejam identi-ficados, analisados e saneados. Nesta seara, tanto nosso Escritório quanto os Departa-mentos Jurídicos poderão potencializar o uso e eficácia das informações processuais.

AUTOR: Luciano Sampaio

010INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS