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1 ETNOMUSICOLOGIA TEMBÉ TENETEHAR: AS CANTURIAS 1 COMO PRÁTICA DE (RE) AFIRMAÇÃO ÉTNICA. 2 Luiz Carlos Cruz Cunha PPLSA/UFPA RESUMO: Este ensaio etnofotográfico é resultado de minhas observações sobre a relação do povo Tembé com a musicalidade no contexto da Festa da Moça na aldeia Itaputyr nos anos de 2017 e 2018. Os Tembé, subgrupo étnico do Povo Tenetehar, pertencente ao tronco linguístico tupi, está localizado geograficamente no nordeste do Estado do Pará. Um dos traços marcantes da resistência indígena frente ao descaso do Estado está intimamente ligado a todas as formas de manifestação cultural desse povo, as canturias. Elas estão presentes em praticamente todos os momentos da vida cotidiana, sejam em situações que envolvam a educação formal, religião, política ou ocasiões festivas. São nas manifestações culturais que as canturias se projetam com maior potencial, elas ganham eco nas vozes de crianças, jovens, adultos e pessoas de mais idade, estes últimos, geralmente, responsáveis pela transmissão desses valores culturais, e a oralidade opera como a estratégia mais eficaz na (re)afirmação desses conhecimentos. Assim, o canto é o instrumento que permite a mediação entre o céu e a terra. As canturias são transmitidas de geração em geração, e reforçam o sentimento de identidade atrelada à cosmologias no sentido de afirmar e reafirmar esse método como contínuo no terreno das representações tradicionais, práticas sociais e de eventos festivos do patrimônio cultural e imaterial do povo Tembé Tenetehar. Palavras-chave: Etnomusicologia Tembetenetehar. Festa da Moça. Tradição. Para os Tembétenetehar a etnomusicologia assume papel de grande destaque devido seu uso nos mais variados contextos sociais. Ela está presente em rituais religiosos, na ligação com suas raízes ancestrais, em magias, nos momentos de cura, no ensino e aprendizagem das crianças por meio das canturias no dia a dia, em atos coletivos que exigem direitos cerceados pelo poder político e em várias outras situações. A música indígena, ou narrativa cantada como costumo chamar, nesse contexto, representam um instrumento de autoafirmação cultural. Uma ferramenta de resistência que dá vida e prosseguimento a experiências e conhecimentos milenares, uma linguagem poderosa que oxigena e impulsiona os Tembé em direção ao futuro. A luta pela afirmação étnica e combate ao colonialismo reforça o civismo indígena em estratégias de resistência cuja bandeira, muitas vezes, se sustenta no 1 Termo escrito conforme a pronúncia da palavra entre os Tembé. 2 Trabalho apresentado no III Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os dias 19 e 21 de setembro de 2018, Belém/PA.

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Page 1: ETNOMUSICOLOGIA TEMBÉ TENETEHAR: AS CANTURIAS1 COMO · 2020. 3. 15. · 1 ETNOMUSICOLOGIA TEMBÉ TENETEHAR: AS CANTURIAS1 COMO PRÁTICA DE (RE) AFIRMAÇÃO ÉTNICA.2 Luiz Carlos

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ETNOMUSICOLOGIA TEMBÉ TENETEHAR: AS CANTURIAS1 COMO

PRÁTICA DE (RE) AFIRMAÇÃO ÉTNICA.2

Luiz Carlos Cruz Cunha – PPLSA/UFPA

RESUMO: Este ensaio etnofotográfico é resultado de minhas observações sobre a

relação do povo Tembé com a musicalidade no contexto da Festa da Moça na aldeia

Itaputyr nos anos de 2017 e 2018. Os Tembé, subgrupo étnico do Povo Tenetehar,

pertencente ao tronco linguístico tupi, está localizado geograficamente no nordeste do

Estado do Pará. Um dos traços marcantes da resistência indígena frente ao descaso do

Estado está intimamente ligado a todas as formas de manifestação cultural desse povo,

as canturias. Elas estão presentes em praticamente todos os momentos da vida

cotidiana, sejam em situações que envolvam a educação formal, religião, política ou

ocasiões festivas. São nas manifestações culturais que as canturias se projetam com

maior potencial, elas ganham eco nas vozes de crianças, jovens, adultos e pessoas de

mais idade, estes últimos, geralmente, responsáveis pela transmissão desses valores

culturais, e a oralidade opera como a estratégia mais eficaz na (re)afirmação desses

conhecimentos. Assim, o canto é o instrumento que permite a mediação entre o céu e a

terra. As canturias são transmitidas de geração em geração, e reforçam o sentimento de

identidade atrelada à cosmologias no sentido de afirmar e reafirmar esse método como

contínuo no terreno das representações tradicionais, práticas sociais e de eventos

festivos do patrimônio cultural e imaterial do povo Tembé Tenetehar.

Palavras-chave: Etnomusicologia Tembetenetehar. Festa da Moça. Tradição.

Para os Tembétenetehar a etnomusicologia assume papel de grande destaque

devido seu uso nos mais variados contextos sociais. Ela está presente em rituais

religiosos, na ligação com suas raízes ancestrais, em magias, nos momentos de cura, no

ensino e aprendizagem das crianças por meio das canturias no dia a dia, em atos

coletivos que exigem direitos cerceados pelo poder político e em várias outras situações.

A música indígena, ou narrativa cantada como costumo chamar, nesse contexto,

representam um instrumento de autoafirmação cultural. Uma ferramenta de resistência

que dá vida e prosseguimento a experiências e conhecimentos milenares, uma

linguagem poderosa que oxigena e impulsiona os Tembé em direção ao futuro.

A luta pela afirmação étnica e combate ao colonialismo reforça o civismo

indígena em estratégias de resistência cuja bandeira, muitas vezes, se sustenta no

1 Termo escrito conforme a pronúncia da palavra entre os Tembé. 2 Trabalho apresentado no III Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os

dias 19 e 21 de setembro de 2018, Belém/PA.

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exercício vocal. As canturias surgem então como um dos primeiros aspectos da

expressão cultural do povo Tembé, acompanhada das pinturas corporais e artesanatos

em geral.

A maioria das manifestações artísticas ou políticas dessa etnia é quase sempre

precedida pelo canto e dança. Isso demonstra a importância dessas narrativas cantadas

nos mais variados contextos, revelando maior aproximação às raízes ancestrais e às

memórias e cosmologias que atravessam gerações e se perpetuam em práticas

cotidianas.

A Festa da Moça, realizada na aldeia Itaputyr, localizada no município de Santa

Luzia do Pará, nordeste do Estado do Pará, é uma das maiores expressões culturais do

povo indígena Tembé, por isso tornou-se a base para esse ensaio. A aldeia possui

aproximadamente 10 famílias e está situada à margem esquerda do Rio Guamá.

Sobrevive basicamente da produção da roça, pesca e caça. Outra fonte de renda é a

admissão de indígenas nos quadros da saúde e educação escolar. Uma aldeia pequena

em relação a tantas outras da Terra Indígena do Alto Rio Guamá, mas que possui grande

visibilidade em termos culturais, inclusive midiático, pela tradição em realizar o maior

evento da cultura Tembetenetehar, a Festa da Moça ou Festa do Moqueado. O cacique

Pedro Teófilo Tembé é o grande líder dessa aldeia e guardião maior desse evento que

consiste num ritual de passagem das moças Tembé para a fase adulta mediante a

primeira menstruação. O cerimonial tem duração de uma semana. Dividido em três

períodos diários, manhã, tarde e noite. Cada fase com suas próprias canturias. Daí a

importância do pajé como grande maestro no palco das práticas culturais, da

espiritualidade e contato com as divindades indígenas evocadas pelas canturias.

A festa acontece na ramada que é uma construção artesanal indígena. Um

barracão feito de varas e coberto por palhas. Uma estrutura relativamente grande e

engenhosamente edificada sem sustentação central para que o vão interior fique livre,

sem obstrução ás práticas artísticas ocorridas em seu interior. Um espaço utilizado

essencialmente para eventos de cunho cultural, porém, também serve a outras

finalidades como reuniões e outras situações que envolvem a comunidade Tembé. A

ramada está situada estrategicamente na área central da aldeia.

Na parte interna da ramada, em uma das laterais, fica o banco dos cantadores.

Lugar reservado aos indígenas de mais experiência e maior domínio sobre o repertório

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musical. É também momento de aprendizagem para os mais jovens que desejam saber

um pouco mais sobre essas narrativas cantadas.

A presença de crianças em festas tradicionais é uma prática comum entre os

Tembé. Esse encontro de gerações é a garantia da continuidade dessa tradição por meio

do incentivo dos pais. As crianças Tembé não só assistem como também participam de

forma efetiva dos rituais indígenas. Ela empunha maracá, instrumento musical indígena,

feito à sua medida, ou seja, bem menor que os utilizados pelos adultos. Uma prática

comum entre as famílias e que também é reproduzida no dia a dia das aldeias.

Entre cantos e danças, o maracá assume função importante no contexto musical

indígena brasileiro. Em rituais xamanísticos, por exemplo, é o pajé quem o utiliza. É por

intermédio do uso do maracá aliado as canturias que os Tembé se conectam com o

universo transcendente, com o mundo sagrado. A confecção desse instrumento também

obedece a regras de respeito aos materiais utilizados: cuias, penas, sementes e resinas

naturais para tingir o instrumento em fase de acabamento.

Outro elemento importante no contexto da Festa da Moça é o tawarizeiro, uma

árvore cuja casca fornece matéria para fazer o cigarro do tawari. Dessa casca se extrai

uma fibra bem fina, semelhante ao papel, que em seguida é recheada por tabaco e uma

pequena quantidade de breu, uma resina aromática coletada do tronco de uma árvore de

nome pau de breu. Sua função principal é de proteger as pessoas que participam das

festas tradicionais de maus espíritos que por ventura estejam próximos a ramada

atraídos pela força das canturias que evocam espíritos das águas e florestas ao som dos

maracás.

O repertório musical dos cantadores mais experientes se amplifica a muitas

outras vozes dentro da ramada. O ritmo é marcado pelo maracá e também pela batida

forte e sincronizada dos pés no chão. As meninas e os meninos que fazem parte do ritual

da Festa da Moça vão na frente enquanto que os demais indígenas, não-indígenas e

demais convidados seguem atrás. Pois,

em Guamá o ritual do kaé-kaé consiste em canturias e danças realizadas de

dois em dois, ou de três em três, ao compasso da música, em sentido circular,

"pulando", homens e mulheres, para voltar ao início sem nunca chegar a

fechar o círculo. (ALONSO, 1996, p. 156)

A beleza do canto, o artesanato, as pinturas corporais, o grafismo em suas mais

variadas formas de expressão, além de belíssimos adornos de penas, são atrativos aos

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olhos dos elementos externos a aldeia. Não raro é a presença de políticos e

personalidades públicas que ajustam suas agendas às datas do calendário cultural

indígena. Pesquisadores de instituições públicas e privadas também são frequentes.

Emissoras de TV, rádios e agentes anônimos que simpatizam de alguma forma com o

evento ajudam a expandir midiaticamente as práticas culturais do povo Tembé.

Escolas da esfera municipal e estadual de municípios vizinhos também se

programam para fazer visitas nos períodos festivos e aproveitam a oportunidade para

promover trocas de experiências que vão desde a escuta da narrativa de um mito por

intermédio um índio mais velho até o aprendizado de cantos e danças. Momento

importante de interação dessas pessoas com os povos originários.

O espaço da ramada nem sempre comporta a grande quantidade de pessoas em

determinados momentos da festa. Isso tem relação direta com a canturia que está sendo

executada e da orientação do pajé que está à frente o ritual. Nesse momento se faz

necessário o uso do espaço externo à ramada para que todos possam cantar e dançar, ou

pular, como dito por muitos indígenas, de forma mais livre.

O sol forte aliado ao calor amazônico exige cuidados com a garganta dos

principais cantadores já que o ritual tem duração de uma semana. Entre uma música e

outra é comum a presença de uma indígena servindo água em cuias para o pajé e demais

cantadores que retornam do centro da ramada ao banco reservado a eles. Momento de

hidratar as cordas vocais tão exigidas ao longo do rito. Outra contribuição das mulheres

indígenas nesse contexto está intimamente ligada às canturias. Elas são responsáveis

pela segunda voz. A voz aguda. Aquela que se destaca em oposição a voz grave dos

homens conferindo maior beleza fônica às narrativas cantadas. Pelas regras ritualísticas,

elas se posicionam sempre atrás do banco dos cantadores enquanto que as moças que

estão submetidas ao ritual, assumem o papel central da cerimônia.

Uma importante parte da memória do povo Tembé está preservada em narrativas

musicadas. Em 2017, por exemplo, a convite da UFPA campus Bragança, os Tembé

participarem do evento e ao final, como forma de agradecimento, executaram uma

canturia na Praça da Bíblia daquele município. Uma atitude simples, poorém carregada

de simbolismo para os indígenas. É um momento de afirmação e resistência da própria

cultura em território alheio. Uma forma de externar seus valores e tradições para

ratificar sua identidade face à cultura não-indígena.

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Nesse caso, nos afirma Fernandes,

Sabe-se que a identidade é parte do processo de perpetuação das tradições,

pois a identidade é a série simbólica que caracteriza certa cultura, como um

cardápio de ações, práticas, valores e características que enformam um dado

ethos que marca determinado grupo social face aos demais grupos sociais. Ou seja, a

identidade é uma construção porque não existe isoladamente, ela se configura

como relacional e processual: minha identidade só existe em relação ao Outro

(FERNANDES, 2015, p.125).

Os povos indígenas sempre lutaram e ainda lutam por reconhecimento e

respeito às suas tradições milenares. A cobiça do grande capital por suas terras e

riquezas minerais existentes nesses territórios, sempre geraram e ainda geram conflitos.

Com os Tembé não é diferente. A dinâmica social desse povo tem exigido cada vez

mais proximidade com a sociedade envolvente. O direito a diferença se faz necessário

assim como a proteção e manutenção de seu estilo de vida tradicional. São evidentes as

mudanças socioculturais porque passa essa etnia que enfrenta um acelerado e complexo

processo de transformação social. É necessário que se busque alternativas que garantam

sua sobrevivência física e cultural para continuação das gerações futuras. E é nesse

contexto que os Tembé lançam mão das canturias como forma de resistência e

(re)afirmação étnica em contraposição ao colonialismo imposto pela sociedade

hegemônica. É a etnomusicologia Tembetenetehar como instrumento que reforça a

identidade e demarca territórios de disputa política.

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REFERÊNCIAS

ALONSO, S. Os Tembé de Guamá: processo de construção da cultura e identidade

Tembé. PPGAS/UFRJ, RJ, 1996. Dissertação (Mestrado)

FERNANDES, J. 400 anos ou A invenção da tradição bragantina. In: Interculturalidade

e saberes: os diversos na contemporaneidade da Amazônia. Org.: FERNANDES, J.

JUNIOR, F. 1ª Ed. Paka-Tatu. Belém. 2015. p. 124-134.