estudos sobre os mer cados da zÂmbia e namÍbia e as ... · ... encontram-se ao longo do documento...

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ACOM ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE APOIO INSTITUCIONAL AO MINISTÉRIO DO COMÉRCIO ESTUDOS SOBRE OS MERCADOS DA ZÂMBIA E NAMÍBIA E AS OPORTUNIDADES COMPETITIVAS DOS PRODUTOS E SERVIÇOS EXPORTADOS POR ANGOLA FINANCIADO PELA UNIÃO EUROPEIA PROJECTO IMPLEMENTADO PELA IBF INTERNATIONAL CONSULTING

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ACOMAssistênCiA téCniCA de ApOiO instituCiOnAl

AO MinistériO dO COMérCiO

estudOs sObre Os MerCAdOs dA ZÂMbiA e nAMÍbiA

e As OpOrtunidAdes COMpetitivAs dOs prOdutOs e serviçOs expOrtAdOs pOr AngOlA

FinAnCiAdO pelA uniãO eurOpeiA prOjeCtO iMpleMentAdO pelAibF internAtiOnAl COnsulting

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estudOs sObre O MerCAdO dA ZÂMbiA e As OpOrtunidAdes

COMpetitivAs dOs prOdutOs e serviçOs expOrtAdOs

pOr AngOlA

ACOMAssistênCiA téCniCA de ApOiO instituCiOnAl

AO MinistériO dO COMérCiO

FinAnCiAdO pelA uniãO eurOpeiA prOjeCtO iMpleMentAdO pelAibF internAtiOnAl COnsulting

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Resumo Executivo

Ilustração 1: Mapa da Zâmbia

O presente estudo de mercado para a identificação de oportunidades de negócio para as em-presas angolanas na Zâmbia foi realizado entre os meses de Fevereiro e Março de 2017, após duas viagens, sendo uma na fronteira entre Angola e a Zâmbia, na Província de Moxico, que teve a duração de três dias, e a outra de 21 dias na Zâmbia. Como resultado da análise de fontes secundárias e do trabalho de campo, realizou-se o presente relatório que pretende, por um lado oferecer ao exportador angolano as informações práticas mais importantes para fazer negócios na Zâmbia, bem como sobre os principais sectores de actividade e as oportunidades de negócios associadas aos mesmos. Este estudo visa também servir de uma amostra de lições aprendidas e de práticas comerciais realizadas na Zâmbia que podem ser aproveitadas pelo Governo An-golano, para aprofundar o processo de diversificação da economia nacional e o fortalecimento das exportações.

Neste sentido, encontram-se ao longo do documento quadros com processos de aprendizagem que vão facilitar o cumprimento desses objectivos:

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

O documento está estruturado em quatro pontos: (1) uma aproximação metodológica para o processo de busca de oportunidades de negócios em mercados externos. (2) Um conjunto de informações gerais e contextual sobre a Zâmbia e a sua economia. (3) As informações práticas para viajar a Zâmbia. (4) Um resumo das principais necessidades de informação comercial e procedimentos para exportar para a Zâmbia e, por último, (5) uma análise dos sectores de acti-vidade com potencial para as empresas angolanas.

A Zâmbia é uma economia em franco crescimento. Durante os últimos dez anos, o mercado de bens de consumo cresceu anualmente à taxa média de 5,8%. A forte dependência do sector mineiro, responsável por 75% das suas exportações, está a levar o Governo a iniciar um pro-cesso de diversificação económica baseado na produção alimentar e no agro-processamento, consolidando um sector agrícola suficientemente produtivo, com excedentes de produção nos principais bens alimentares. No entanto, a economia zambiana é fortemente dependente das importações de todo tipo de produtos, com excepção destes produtos básicos.

Os principais países exportadores para a Zâmbia são África do Sul (33%), RDC (11%) e a China (8,8%). O mercado está amplamente aberto ao exterior e plenamente integrado na União Aduaneira da COMESA, posicionando-se como um parceiro comercial importante na região da África Austral.

Como principais conclusões do estudo, está o facto de que até o momento as trocas comerciais entre os dois países (Angola e a Zâmbia) são praticamente inexistentes devido à falta de in-fra-estruturas de comunicação que unam os dois países. A falta de estradas ou de caminhos de ferro, que conectem os dois territórios, tem como consequência uma perda de competitividade dos produtos de ambos lados, sobretudo pelos elevados custos de transporte, constituindo assim uma limitação total do comércio.

Neste sentido, a assinatura de um Acordo Bilateral de Comércio entre ambos países no ano 2016, que ainda não foi ratificado, não tem tido nem terá consequências significativas senão haver uma melhoria significativa de infra-estruturas de transporte entre os dois países. Para su-prir esta carência, ambos países, em colaboração com a RDC, estão a desenvolver o “Corredor Multimodal de Lobito” que, ao estar concluído, será sem dúvida um ponto de mudança estrutu-ral das relações entre os dois países.

Considera-se que existem grandes oportunidades de negócios, importantes para Angola, que serão melhores exploradas, no caso de serem ultrapassados as limitações ao comércio entre os dois países, começando pelo transporte dos minérios da Zâmbia para o Porto de Lobito, ajudan-do a viabilizar economicamente o Caminho de Ferro de Benguela, mas também dinamizando

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

o mercado de materiais de construção, com destaque para o ferro, aço, pedra, etc, dos quais a Zâmbia é tremendamente dependente. Além dessas vantagens, alguns produtos agro-alimenta-res, produzidos em Angola, podem também estar mais disponíveis para o mercado zambiano, nomeadamente, o peixe (tanto continental como marítimo), arroz, óleo de palma e massa ali-mentar, dinamizando assim a economia angolana.

Outra vantagem que poderá resultar de um incremento nas trocas comerciais entre os dois países, prende-se com o facto de a Zâmbia apresentar-se, também, como uma potencial fonte de lições aprendidas sobre como utilizar o comércio internacional e as diferentes ferramentas disponíveis para fomentar o processo de diversificação económica e criar sectores de actividade com potencial exportador a nível da região. Neste sentido, o governo zambiano tem combinado uma estratégia clara de facilitação e liberalização do comércio com um proteccionismo contro-lado sobre os sectores estratégicos para o país, assim como com programas de apoio à produção nacional.

A união destes três factores é a chave para entender o crescimento de alguns sectores de activi-dade e o progressivo alcance da competitividade no mercado interno, primeiro, e no mercado internacional posteriormente. Além disso, a Zâmbia tem experimentado um processo de inte-gração regional na COMESA. Toda essa experiência poderá ser capitalizada pelas autoridades angolanas nos próprios processos de tomada de decisão, para experiências similares em Angola.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Índice1. MEtodologia do Estudo dE MERcado ...................................................... 15

1.1. Passo 1: análise de fontes secundárias .................................................................... 15

1.2. Passo 2: utilização da ferramenta de análise ráPida de sectores .......................... 15

1.3. Passo 3: avaliação do Potencial de mercado Por sector de actividade .................. 17

1.4. Passo 4: estudo Profundo através do trabalho de camPo .................................... 19

2. PanoRaMa gERal do PaÍs ................................................................................... 20

2.1. Perfil Geral da zâmbia: uma visão Geral do País ................................................... 20

2.2. análise contextual da zâmbia ................................................................................. 22

2.2.1. Situação Política .................................................................................................. 22

2.2.2.  Demografia  ........................................................................................................... 23

2.2.3. Características principais da economia zambiana .............................................. 24

2.2.4. Aspectos gerais do mercado: consumo e tendências ........................................... 29

2.2.5. Investimento Directo Estrangeiro ........................................................................ 31

2.2.6. Acordos Comerciais ............................................................................................. 32

3. infoRMaçõEs PRáticas PaRa ViajaR .......................................................... 34

3.1. comunicações e conexões com anGola, incluindo o corredor do lobito ............... 34

3.2. feriados oficiais na zâmbia ....................................................................................... 34

3.3. serviços bancários e divisa ...................................................................................... 35

3.4. viaGens e hosPedaGem ............................................................................................... 36

3.5. obtenção de vistos e outra documentação necessária Para viajar ......................... 37

3.6. saúde .......................................................................................................................... 38

4. infoRMaçõEs coMERciais PaRa ExPoRtadoREs ................................... 39

4.1. Procedimentos Para as exPortações ......................................................................... 39

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

4.2. licenças de imPortação .............................................................................................. 39

4.3. imPostos sobre consumo e imPosto esPecial ............................................................... 40

4.4. estrutura das tarifas aduaneiras ........................................................................... 42

4.5. Procedimento Para o Processo aduaneiro e avaliação ........................................... 43

4.6. barreiras não tarifarias ........................................................................................... 45

4.7. análise da loGística no sector Para a imPortação e o comércio interno ................ 47

4.8. mercados de fronteira .............................................................................................. 48

4.9. relações comerciais bilaterais anGola-zâmbia ....................................................... 49

4.10. feiras e exPosições ................................................................................................... 51

5. as PolÍticas do goVERno ZaMbiano .......................................................... 53

6. o sEctoR dos bEns dE consuMo ..................................................................... 56

6.1. PrinciPais características do mercado de bens de consumo ................................. 56

6.2. breve descrição do sector aGro-alimentar ............................................................. 58

6.3. o mercado do Peixe marisco ...................................................................................... 59

6.3.1. O peixe continental ............................................................................................... 59

6.3.1.1. Gostos, preferências e preços ............................................................................ 59

6.3.1.2. Estrutura do mercado ........................................................................................ 60

6.3.2. Peixe marítimo e mariscos ................................................................................... 62

6.3.2.1. Estrutura do mercado e canais de distribuição ................................................ 63

6.3.3. Oportunidades de negócio ................................................................................... 64

6.3.4. Constrangimentos ................................................................................................. 65

6.4. o sector do arroz ...................................................................................................... 65

6.4.1. Tamanho do mercado .......................................................................................... 65

6.4.2. Gostos, preferências e preços ............................................................................... 67

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

6.4.3. Estrutura do mercado ........................................................................................... 67

6.4.4. Oportunidades de negócio ................................................................................... 68

6.4.5. Constrangimentos ................................................................................................. 69

6.5. o sector do óleo de Palma ........................................................................................ 69

6.5.1. Estrutura do mercado ........................................................................................... 72

6.5.2. Oportunidades de negócio ................................................................................... 73

6.5.3. Constrangimentos ................................................................................................. 73

6.6. o sector dos biscoitos e bolachas ............................................................................ 73

6.7. massa alimentar ........................................................................................................ 76

7. sEctoR dE MatERiais dE constRução ........................................................ 78

7.1. o sector do aço e ferro ............................................................................................. 78

7.2. indústria do cimento na zâmbia ............................................................................... 81

8. conclusõEs E REcoMEndaçõEs .................................................................... 84

9. contactos .................................................................................................................. 87

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

lista de acrónimosASYCUDA — Automated System for Customs Data (Sistema Automatizado para Dados Aduaneiros)

COMESA — Common Market for East and Southern Africa (Mercado Comum da África Oriental e Austral)

OEC — Observatory for Economic Complexity (Observatório da Complexidade Económica)

OECD — Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico

OMC — Organização Mundial do Comércio

PND — Programa Nacional de Desenvolvimento

PPP — Paridade de Poder Aquisitivo

PIB — Produto Interno Bruto

RDC — República Democrática do Congo

SADC — Southern African Development Community (Comunidade de Estados da África Austral)

ZBS — Zambia Bureau of Standards (Gabinete de Normas da Zâmbia)

ZDA — Zambian Development Agency (Agencia de Desenvolvimento Zambiano)

ZK — Kwacha Zambiano

ZRA — Zambian Revenue Authority (Autoridade de Arrecadação de Receitas da Zâmbia)

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1. Metodologia do Estudo de MercadoO presente estudo de mercado foi realizado durante os meses de Fevereiro e Março de 2017. Para a materialização do mesmo, foram realizadas duas viagens, uma na Província de Moxico, no lado angolano da fronteira e outra, de 21 dias na Zâmbia, onde foram visitadas várias zonas, com o objectivo de recolher a maior quantidade de informação possível.

A metodologia utilizada obedeceu os seguintes passos:

1.1. Passo 1: análise de fontes secundárias

Numa primeira fase e durante um período de 10 dias foram analisados diversos estudos, relató-rios e estatísticas obtidas principalmente da internet, de reputadas fontes a nível internacional, como o Economist Intelligence Unit, World Bank, CIA Factbook e nacionais, como: o Zambia Revenue Authority, Zambia Development Agency, Ministry of Trade, assim como foram anali-sadas também distintas bases de dados de comércio internacional que permitissem ter a maior quantidade de dados possível, para a posterior análise, tanto da economia zambiana como dos sectores de actividade (UN-COMTRADE, UNCTAD, OEC-MIT...).

Os principais resultados desta fase de análise são:

• Análise geral do contexto na Zâmbia. • Informação básica sobre os sectores de actividade.

1.2. Passo 2: utilização da ferramenta de análise rápida de sectores

O principal objectivo do estudo é a identificação de oportunidades de negócio para as empresas angolanas no mercado zambiano. É por isso que é crucial realizar uma análise da economia zambiana e dos diferentes sectores de actividade, para avaliar as possibilidades de as empresas atingirem esses mercados. Para isso, e tendo em conta que o número de sectores de actividade e produtos que tinham de ser analisados eram muitos, realizou-se uma primeira fase de selecção ou “screening” dos sectores de actividade, para saber se cumpriam com uma série de critérios mínimos de atractividade para empresas exportadoras. Para tal, respondeu-se basicamente à três perguntas:

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

• É um sector/produto protegido pelo governo?• Existe um superavit de produção interna?• Existem importações deste produto?

Com base nestas simples perguntas, foram catalogados por nível de atractividade os diferentes produtos com o objectivo de descartar alguns deles, aqueles que tiveram uma resposta negativa para pelo menos duas das três perguntas. E o resultado foi o seguinte:

Ferramenta de Teste Rápido de Sectores

Produtos SectorValoração

do Potencial do Mercado

Óleo de palma Agro-alimentar Arroz Agro-alimentar Banana Agro-alimentar Cebola Agro-alimentar Café Agro-alimentar Leite Agro-alimentar Bolachas Agro-alimentar Farinha de milho Agro-alimentar Batata Agro-alimentar Soja Agro-alimentar Peixe seco Agro-alimentar Peixe congelado Agro-alimentar Conservas de peixe Agro-alimentar Frango congelado Agro-alimentar Carne bovina congelada Agro-alimentar Massas Agro-alimentar Sumos Agro-alimentarRefrigerantes Agro-alimentar Fraldas e tampões Higiene Têxteis-roupas Higiene Sabão Higiene Champô e gel Higiene Papel higiénico Higiene Pneus Manufactura Ferro para construção Materiais de construção Cimento Materiais de construção

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

1.3. Passo 3: avaliação do potencial de mercado por sector de actividade

O terceiro passo de análise pretende entender o potencial de mercado dos produtos anteriormen-te analisados. Para isso, é fundamental não só conhecer se existe um mercado que procure estes produtos, mas também se este mercado é potencialmente acessível para as empresas angolanas. Com o objectivo de identificar este potencial, utilizou-se uma ferramenta de análise quantitativa e qualitativa que, de um lado observa os dados de mercado tanto a nível de importações como de produção interna; tendência das importações, tendência da produção nacional, tendência de preços em nível nacional e internacional e principais fontes de aquisição dos produtos. E de outro lado, analisa aspectos quantitativos sobre as possibilidades de as empresas angolanas atingirem este potencial.

Através de uma “folha de valor de mercado” (ver figura 1: “folha de valor de mercado”), esti-mou-se o potencial de mercado de cada produto. Este sistema é realizado através de um “SCO-RE CARD”, que é uma metodologia que permite determinar o grau de cumprimento dos ob-jectivos do potencial de mercado estimado e, por conseguinte, do potencial de exportação do produto analisado.

Resultados da Aplicação da Ferramenta do Potencial de Mercado

Peixe 87,00%

Aço e ferro 79,00%

Arroz 70,00%

Óleo de palma 64,00%

Sabão 56,90%

Massa alimentar 44,00%

Bolachas 45,00%

Produtos de higiene 46,75%

Frango congelado 46,00%

Cimento 39,00%

Sumos e refrigerantes 38,00%

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Ferramenta de valoração do mercado

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

1.4. Passo 4: Estudo Profundo através do trabalho de campo

Finalmente, na fase do trabalho de campo foram analisados todos os sectores acima menciona-dos, para entender as estruturas do mercado, os principais actores nos respectivos sectores de actividade, os canais de distribuição e os principais mercados. Tudo isso foi realizado com base em entrevistas de fundo, visitas a mercados e entrevistas com autoridades públicas.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

2. Panorama geral do País

2.1. Perfil Geral da Zâmbia: Uma visão geral do País

A Zâmbia tem uma extensão territorial de 752,618 quilómetros quadrados. Sem aceso ao mar, tem uma população de 15,510,711 habitantes. O PIB atingiu em 2016 $65.17 bilhões P.P.P. Após ter sido uma das economias de maior crescimento a nível mundial, com uma taxa média de crescimento do PIB de 6,7%, durante os últimos 10 anos, a sua economia foi abalada por uma quebra significativa no ritmo de crescimento desde o ano 2015, devido a queda do preço do cobre no mercado internacional. Os principais vectores de crescimento da economia são o consumo privado interno e as exportações. O sector dos serviços com 62%, é o que mais contribui para o PIB, seguido da indústria (29%) e da Agricultura (9%). No entanto a agricultura é a actividade que mais emprega, com 85% da população, muito à frente dos sector dos serviços e da indústria, com 9% e 6% da população, respectivamente. O principal parceiro comercial é África do Sul, responsável por 32% das importações, seguida da RDC e o Quénia.

localização: Localizado na sub-região da África Austral, a Zâmbia é um país sem acesso ao mar, cercado pela República Democrática do Congo, Tanzânia, Malawi, Moçambique, Zimba-bué, Botsuana, Angola e a Namíbia.

coordenadas: O País está situado entre a latitude 8º e 18º Este e 22º e 34º longitude Sul. A altitude média é de cerca de 1200 metros acima do nível do mar.

capital: Lusaca

superfície terrestre: 752.000 Km2

clima: A posição geográfica da Zâmbia e a sua altitude elevada tornam o país detentor de uma vegetação e condições climáticas subtropicais.

População: 13,4 milhões de pessoas, das quais 40,9% vivem em áreas urbanas. A taxa de cres-cimento anual da população é de 2,94%, com uma densidade populacional de 17,3 pessoas por quilómetro quadrado.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

cidades mais importantes: Ndola, 500.000 habitantes; Kabwe, 381.000; Kitwe, 348.000; Chingola, 161.000; Mufulira, 146.000; Luanshya, 142.000; Livinsgstone, 83.000

independência: 24 de Outubro de 1964 (do Reino Unido)

sistema Político e jurídico: Um sistema multipartidário de governo democrático com separa-ção de poderes entre os três braços do Governo: Legislativo (parlamento), Executivo (gabinete) e Judiciário (tribunais). Tanto o Presidente, que deve pertencer a um partido político registado, como os deputados, são directamente eleitos pelo povo. O presidente nomeia os ministros e oito dos deputados eleitos.

O Parlamento, presidido pelo Presidente da Assembleia Nacional, é composto por 150 mem-bros eleitos, incluindo os oito membros que o Presidente da República tem a prorrogativa de nomear. A Suprema Corte é o mais alto tribunal de apelação e é chefiada pelo Presidente da Suprema Corte.

línguas faladas: Inglês (língua oficial), outras línguas principais são Bemba, Lozi, Lunda, Luvale, Nyanja e Tonga. Há cerca de 70 outras línguas e dialectos nativos, que são falados em toda a Zâmbia.

Religião: O cristianismo é a maior religião. Os grupos religiosos minoritários são muçulmanos e os hindus. Os cultos animistas também estão muito estendidos. A Constituição da República reconhece a Zâmbia como uma nação cristã.

Recursos naturais: Cobre, cobalto, carvão, esmeraldas, ouro, água, vida selvagem e madeira.

fuso Horário: Greenwich (GMT) +2 horas

Horário: O horário comercial oficial para o governo é das 08:00 - 13:00 horas e das 14: 00-17: 00 horas entre segunda e sexta-feira. O horário de funcionamento do sector privado varia e pode incluir fins de semana para operadores do sector de serviços

Línguas oficiais: O inglês é a língua oficial, também se fala Bemba, Tonga, Ñanya, Lozi, Lun-du e outras línguas locais.

Moeda oficial: Kwacha (ZK) = 100 Ngwee.

Geografia: Zâmbia está situada no meio da África Austral, não tem saída ao mar. O relevo está

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

completamente rodeados por uma série de planaltos que variam entre 1.000 e 1.500 metros de altitude, irrigados pelo vermelho fluvial do Zambeze. A Noroeste, os planaltos estão cobertos pelos montes Muchinga (2.200 metros) que marcam a divisão das águas dos rios Congo e Zambeze. No norte se atingem alturas superiores, alcançando os 1.500 e 1.800 metros (macizo Mbala) e noroeste, os montes Mufinga e llegan alcançam os 2.100 metros.

Uma série de cavidades que correspondem a uns blocos afundados, como os de Barotse, o pân-tano do rio Kafue e de Bangueulu, no noreste do território, é a maior zona húmida e pantanosa do mundo. O Zambeze é um rio profundo com rápidos e cataratas, características que o tornam difícil de navegar. As maiores quedas são as de Victoria e Kalambo, com 220 metros de altura, na fronteira com a Tanzânia, considerada a mais alta do país.

Outros rios importantes são o Kafue (800 km) e o Luangwa (600 km). Os lagos mais impor-tantes são o Muery, no limite com a República Democrática do Congo, o Tanganica, perto da Tanzânia, e no sul, o Kariba, de 440 km2, um dos maiores lagos artificiais do mundo.

idH: 0, 586 (Posição 139/188 em 2014)

adultos alfabetizados: 63,4%

2.2. Análise Contextual da Zâmbia

2.2.1. situação Política

O território da Rodésia do Norte, actual Zâmbia, foi administrado pela antiga British South Africa Company, de 1891 até ser assumido pelo Reino Unido em 1923. Durante os anos 1920 e 1930, os avanços no sector mineiro estimularam o desenvolvimento e a imigração. O nome do país foi mudado para Zâmbia após a independência em 1964. Nos anos 1980 e 1990, a queda dos preços do cobre, a má gestão dos recursos do país e uma seca prolonga, prejudicaram a sua economia. Em 1991, com recurso ao pleito eleitoral, pôs-se fim ao período de partido único, abrindo espaço para o Movimento pela Democracia Multipartidária para o governo. Nos pleitos subsequentes, realizados entre 1996 e 2001, foram registados vários incidentes, com destaque para um crescente assédio aos partidos da oposição e o uso abusivo dos meios estatais pelo partido no poder.

Em 2001 foram realizadas eleições, marcadas por problemas administrativos, com três partes apresentando uma petição legal contestando a vitória do candidato do partido no poder Levy

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Mwanawasa. Anos depois, em 2006, Mwanawasa foi reeleito num pleito considerado livre e justo. Após a sua morte, em Agosto de 2008, foi sucedido pelo seu vice-presidente, Rupiah Banda, que venceu uma eleição presidencial especial realizada no mesmo ano.

Três anos depois, em 2011, o Movimento pela Democracia Multipartidária, liderado por Rupiah Banda, perdeu as eleições para a Frente Patriótica, encabeçada por Michael Sata. Este último, por sua vez, teve a sua presidência marcada por uma gestão desastrosa e tentativas de silencia-mento das forças políticas da oposição. À semelhança do que aconteceu com Levy Mwanawa-sa, Michael Sata acabou por morrer durante o seu mandato, isso em Outubro de 2014, tendo sido substituído pelo seu vice-presidente, Guy Scott, que dirigiu o país como presidente interi-no até as eleições especiais, realizadas em Janeiro de 2015, donde saiu como vencedor Edgar Chagwa Lungu, do partido Frente Patriótica (PF), com 50,3% dos votos, contra a sua rival mais próximo, Hakainde Hichilema, do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional (UPND), que obteve aproximadamente 48% dos votos.

No ano passado Edgar Lungu e o seu governo foram reeleitos numa corrida presidencial es-tritamente contestada, realizada a 11 de Agosto. Este pleito, realizado à luz da Constituição da República, recentemente alterada, exigia ao candidato à presidência, para vitória, o mínimo de 50% + 1 dos votos.

2.2.2. Demografia

DADOS MAIS RELEVANTES DA DEMOGRAFIA ZAMBIANA1:

taxa de crescimento da população: 2,64% (2016 est.)

taxa neta de migração:

0 migrantes/ 1.000 habitantes (2016 est.)

População urbanizada:

40,9% do total da população (2015)

taxa de urbanização: 4,32% taxa anual de câmbio (2010 – 15 est.)

A população da Zâmbia é de aproximadamente 15.510.711 habitantes. As estimativas para a Zâm-bia têm em conta os efeitos da alta taxa de mortalidade provocada pelo SIDA, resultando em me-nor expectativa de vida, maior mortalidade infantil e menores taxas de crescimento populacional, o que tem provocado mudanças significativas na distribuição da população por idade e sexo.

1 CIA The World Factbook

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A população pobre e jovem da Zâmbia é constituída principalmente por pessoas de Língua Ban-tu, que representam cerca de 70 etnias diferentes, sendo as maioritárias a Bemba (21%), Tonga (13.6%) e Chewa (7.4%).

A alta taxa de fertilidade da Zâmbia continua a impulsionar o rápido crescimento da população, com uma média anual de quase 3%. A emigração zambiana é baixa em comparação com muitos outros países africanos e é composta predominantemente de pessoas com bem qualificadas pro-fissionalmente. A pequena quantidade de fuga de cérebros, no entanto, tem um grande impacto na Zâmbia devido o seu capital humano limitado e à falta de infra-estruturas educacionais, para o desenvolvimento de profissionais qualificados em áreas-chaves. Por exemplo, a Zâmbia tem poucas escolas para formar médicos, enfermeiras e outros profissionais de saúde. A despesa em educação é baixa em comparação com outros países subsaarianos.

A religião predominante é uma mistura de crenças tradicionais e o cristianismo, distribuída da seguinte forma: Protestante com 75,3%, Católica Romana (20,2%), outros (2,7%), que inclui muçulmana, budista, hindu e bahá’í), e nenhum com 1,8% (2010 est.)

2.2.3. características principais da economia zambiana

Desde a última revisão da política comercial em 2009, a Zâmbia, que naquela altura era consi-derado como o país menos desenvolvido (PMA), registou um crescimento económico relativa-mente forte, com uma taxa média de 6,6% ao ano, até 2015. Segundo a classificação analítica do Banco Mundial, a Zâmbia passou então a ser considerado um País de Renda Média-Baixa em 2014, com uma RNB per capita de US $1.680. No entanto, após este período, o crescimento do PIB tem permanecido moderado em comparação com a meta de taxa anual de 7%, persegui-da pelo principal Plano Nacional de Desenvolvimento.

Esse desempenho foi atribuído principalmente à crescente demanda pelo cobre, principal pro-duto de exportação, e os seus efeitos em alguns outros sectores, como transporte, comunicações e comércio grossista e retalhista. Actividades como a construção flutuante e uma maior pro-dução agrícola também ajudaram. Contudo, o crescimento do PIB desacelerou-se desde 2013, devido as dificuldades técnicas no sector mineiro. Em particular, alguns problemas de manu-tenção não programadas deixaram várias minas fora de operação por vários meses. Além disso, a fraca procura pelo cobre nos mercados internacionais contribuiu negativamente no ritmo de investimentos no sector mineiro.

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A crise económica e financeira global de 2008 teve efeitos muito limitados no crescimento do PIB, uma vez que as taxas aumentaram constantemente de 7,8% em 2008 para 10,3% em 2010. Este desempenho favorável do crescimento foi atribuído à crescente procura de cobre pela China e aos seus efeitos indirectos no sector da construção, dos transportes, das comunicações, no comércio grossista e ao retalho. As actividades de construção foram também impulsiona-das pela recente estratégia de desenvolvimento infra-estrutural empreendida pelas autoridades zambianas, através de vários projectos de construção rodoviária. Além disso, o aumento da produção na agricultura ampliou o crescimento global da produção. O rápido crescimento da indústria móvel também estimulou o crescimento do PIB no país.

Por tanto, desde 2011 o crescimento do PIB da Zâmbia desacelerou-se devido a vários factores adversos registados no sector de mineiro. Na verdade, as dificuldades técnicas relatadas ante-riormente, em particular alguns problemas de manutenção não programadas, deixaram várias minas fora de operação por vários meses. Além disso, o fraco crescimento económico na China teve um impacto negativo nos investimentos no sector mineiro.

Doutro lado, a Zâmbia conseguiu reduzir a inflação anual de dois dígitos para um nível de um dígito a partir de 2010, mas manteve-se geralmente superior à meta de 6,5% do Banco da Zâm-bia, chegando mesmo a atingir 10,1% em 2015. De facto, os preços mundiais dos produtos pe-trolíferos, a eliminação dos subsídios ao consumo, a depreciação do kwacha zambiano em cerca de 50% no período de Setembro de 2014 a Setembro de 2015, e o financiamento do aumento do défice público pelo Banco da Zâmbia, contribuíram para manter a inflação elevada.

A agricultura continua a ser um importante sector na Zâmbia, proporcionando meios de subsis-tência a mais de 70% da população, contribuindo para 10% do PIB e para o total das receitas de exportação. O milho, principal alimento do país, juntamente com o algodão de semente, o sorgo, o arroz, o tabaco de girassóis, as batatas irlandesas, o trigo e os grãos de soja continuam a ser as principais culturas. O sector tem um forte potencial de crescimento, dada a grande ter-ra fértil do país e sua dotação de recursos hídricos. Na verdade, cerca de 58% da área total da Zâmbia é classificada como de médio a alto potencial de produção agrícola, mas apenas 14% das terras agrícolas são utilizadas

A manufactura permanece subdesenvolvida. É dominada pelo agro-processamento (mais de 63% da produção total), têxteis e indústrias de couro. Reconhecendo o papel fundamental do sector na estratégia de diversificação económica da Zâmbia, o Governo implementou várias medidas de apoio, tais como o estabelecimento de zonas económicas com as instalações neces-sárias para a produção (MFEZ) e parques industriais.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Os serviços, principalmente as finanças, o turismo, os transportes e as comunicações continuam a ser a espinha dorsal da economia zambiana (aproximadamente dois terços do PIB).

Principais indicadores macroeconómicos WTO. (2017)

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Perfis Sectoriais num Relance:

O perfil económico da Zâmbia abrange vários sectores da seguinte forma:

Minas: A Zâmbia é o oitavo maior produtor mundial de cobre e detém 6% das reservas mundiais deste mineral. O cobre e o cobalto, as exportações tradicionais do país, correspondem mais de 70% dos ganhos de exportação. Outros minerais incluem ouro e pedras preciosas (por exemplo, esmeraldas, água-marinha, topázio, opala, ágata e ametistas). A Zâmbia produz mais de 20% das esmeraldas do mundo. Esta extensa gama de recursos minerais, incluindo uma variedade de minerais industriais e recursos energéticos, como o urânio, carvão e hidrocarbonetos, apresenta excelentes oportunidades de investimento na extracção e processamento destes minerais no país.

Agricultura: A Zâmbia é dotada duma grande base de recursos de terras aráveis de 42 milhões de hectares, dos quais apenas 1,5 milhões de hectares são cultivados todos os anos. Possui abundantes recursos hídricos para irrigação, e o país possui 40% do recurso hídrico na Comuni-dade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Dada a vasta dotação de recursos em ter-mos de terra, mão-de-obra e água, a Zâmbia tem enorme potencial para expandir a sua produção agrícola. O país possui uma área total de 75 milhões de hectares (752.000 Km2), dividida em três grandes regiões agro-ecológicas, a saber: Regiões I, II e III - cada uma adequada a opor-tunidades de investimentos na produção de várias culturas. Além disso, a Zâmbia é limitada por oito países e é membro do Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Tem acesso ao mercado da União Europeia através da iniciativa Tudo menos Armas (EBA), acesso ao mercado dos EUA através da Lei de Oportunidades de Crescimento em África (AGOA) e acesso aos mercados chinês e japonês, através de várias iniciativas.

O clima da Zâmbia segue um padrão semelhante ao da maioria dos países da África Austral, com chuvas quando o sol está perto do seu zénite, entre Novembro a Abril. A precipitação varia de 500 a 1.400 mm (19,7 a 55,1 polegadas) por ano. A estação seca, período em que se regista a ausência de chuvas, ocorre nos meses de Junho, Julho e Agosto. A temperatura mé-dia na Zâmbia no verão é de 30 ° C e no inverno, estação mais fria, é de 5 ° C. As chuvas são trazidas pela Zona de Convergência Intertropical (ITCZ) e são caracterizadas por tempestades ocasionais severas. A ITCZ está localizada à norte da Zâmbia, na estação seca. Move-se para o sul na segunda metade do ano, e para o norte na primeira metade do ano. Em alguns anos, ela move-se para o sul da Zâmbia, levando à uma “pequena estação seca” no norte do país, por três ou quatro semanas, durante o mês de Dezembro. As chuvas mais altas são experimentadas no norte, especialmente no noroeste e no nordeste, diminuindo para o sul, com as áreas mais secas no extremo sudoeste e os vales do rio Luangwa e do meio do rio Zambeze.

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Apesar das vastas terras aráveis, da abundância de água e do facto de o sector agrícola empre-gar mais de metade da mão-de-obra total, apenas 10% das terras aráveis estão a ser cultivadas. É por esse potencial que o governo encoraja o investimento na agricultura comercial e criou grupos de fazendas para facilitar os investimentos na agricultura. Com amplas extensões de terra adequadas para a agricultura, o Governo tem se comprometido em melhorar o acesso aos insumos e financiamentos para os pequenos agricultores, como forma de diversificar a econo-mia, diminuindo a forte dependência da produção e exportação de cobre. Na maior parte do país, especialmente entre as populações rurais e peri-urbanas, a agricultura é a principal fonte de subsistência. Os rendimentos provenientes da exportação de produtos agrícolas continuam a aumentar todos os anos. E para diversificar o leque de culturas produtivas, levando os fazendei-ros a optarem por outros produtos além do milho, foram realizadas várias iniciativas. As Orga-nizações Internacionais de Desenvolvimento (IDOs), o Sindicato Nacional dos Agricultores e outras organizações agrícolas nacionais, juntamente com o Governo, têm promovido o cultivo de outras culturas como a soja, a ervilha, o amendoim, o feijão e a mandioca. Essas culturas oferecem um enorme potencial de renda, pois são de alto valor e actualmente são produzidas em pequenas quantidades. O feijão de soja também é importante como ingrediente para a ração animal. Um dos principais obstáculos ao cultivo destas culturas é a falta de informação sobre o mercado e o acesso limitado dos pequenos agricultores, uma vez que a maioria destes agricul-tores são de base rural, com pouca ou nenhuma instrução.

Indústria manufactureira: O sector manufactureiro representa cerca de 11% do PIB do país e tem crescido de forma consistente. No entanto, o sector precisa produzir uma ampla gama de produtos intermediários e finais de alta qualidade e valor agregado para os mercados de exportação.

As áreas de engenharia, têxteis, madeira e produtos de madeira, materiais de construção, ali-mentos processados, produtos químicos, couro, produtos de couro e artesanato oferecem opor-tunidades potenciais para investimentos.

Actualmente, as principais actividades industriais na Zâmbia são o subsector de alimentos, bebi-das e tabaco. Como forma de estimular o crescimento dos sectores não tradicionais, estão a ser im-plementadas algumas medidas de apoio destinadas a apoiar as empresas industriais dessas áreas.

Turismo: Com a criação de hotéis nas cidades turísticas de Livingstone e Lusaca, tem vindo a registar-se, ao longo dos últimos anos, o crescimento da indústria do turismo. O vasto potencial no sector do turismo na Zâmbia, com a sua beleza natural, incluindo as Cataratas Vitória, que é uma das mais famosas, belas e transcendentais Sete Maravilhas Naturais do Mundo, e a riqueza da vida selvagem, têm de ser totalmente exploradas. Zâmbia tem 20 parques nacionais e 34 áreas de gestão de jogo com um total de 65.000 km reservado para a conservação da vida selva-

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gem. A Zâmbia também se orgulha de várias cerimónias tradicionais que ocorrem em diferentes épocas do ano, onde o rico património cultural é exibido.

2.2.4. aspectos gerais do mercado: consumo e tendências

A contribuição do comércio de bens e serviços para o PIB, 82% em 2014, sugere que o co-mércio é importante para a economia da Zâmbia. O cobre continua a ser, de longe, o principal sector exportador, que representa mais de 70% do valor das exportações de mercadorias. As importações são mais diversificadas e consistem principalmente de máquinas, equipamentos de transporte, petróleo e produtos automotivos.

O valor das importações mais do que duplicou, passou de US $ 4 bilhões, em 2009, para cerca de US $ 10 bilhões em 2014. A ampla composição das importações permaneceu praticamente inalterada. Máquinas e equipamentos de transporte, produtos petrolíferos e produtos automoti-vos são as principais categorias de importação.

Estrutura das importações da Zâmbia, ano 2016. OEC-MIT (2017)

África é a principal fonte de importações da Zâmbia, com a África do Sul e a República De-mocrática do Congo (RDC) na liderança. Com uma média de cerca de 10% das acções de im-portações globais da Zâmbia, os países da União Europeia e Médio Oriente também ocupam uma posição de destaque entre os exportadores para Zâmbia. Durante a última década, a China tornou-se uma fonte cada vez mais importante para as importações da Zâmbia duplicando quase a sua quota, tendo passado de 4,7%, em 2009, para 9% em 2014.

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A Zâmbia está bem dotada de minas de cobre e cobalto, mais de 97% das exportações de mi-nas. A actividade mineira ainda é um pilar importante na sua economia. Nos últimos anos, este sector tem vindo a enfrentar vários desafios, incluindo constrangimentos infra-estruturais, in-certezas na tributação e baixos preços internacionais do cobre. No entanto, este sector continua a ser o principal receptor de Investimento Estrangeiro Directo (IED) no país.

Estrutura das exportações da Zâmbia em 2016. OEC-MIT (2017)

A posição externa da Zâmbia permaneceu sob pressão nos últimos dois anos. A balança de tran-sacções correntes registou um excedente durante a maior parte do tempo, entre 2008 e 2015, reflectindo um desempenho positivo das exportações, impulsionado pela forte procura de cobre no mercado internacional. No entanto, desde 2013, a queda dos preços, a procura do cobre e o aumento das importações, combinado com a desvalorização da moeda, conduziram à um leve défice da balança corrente. O saldo do comércio de serviços, tradicionalmente deficitário, re-centemente agravou-se devido ao aumento da demanda de importação de serviços de transporte.

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Balança de pagamentos da Zâmbia: em vermelho importações e em azul exportações. OEC-MIT (2017)

Fonte: The observatory of economic complexity MIT. OEC. 2017.

2.2.5. investimento directo Estrangeiro

Na Zâmbia, o Investimento Directo Estrangeiro (IDE) é regulado pela Lei da Agência de De-senvolvimento da Zâmbia. O país teve um desempenho relativamente bom na captação de In-vestimento Directo Estrangeiro: os fluxos de IDE registaram um aumento quase quádruplo de US $ 700 milhões para US $ 2,5 bilhões, de 2009 para 2014. Entretanto, o IDE é na sua maioria destinado ao sector mineiro, sobretudo pela falta de diversificação da economia. Os altos custos de fazer negócios, devido à falta de energia, o difícil acesso ao financiamento, às altas taxas de juros e às recentes incertezas macroeconómicas, resultantes das frequentes mudanças na polí-tica tributária, na volatilidade do sector e da taxa de câmbio, aumentaram as dificuldades do processo de diversificação da economia do país.

A Zâmbia implementou várias reformas destinadas a melhorar o seu ambiente empresarial e a atrair o investimento estrangeiro. Para facilitar o processo, implementou-se um sistema on-line para o registo de empresas, um “e-registo”.

De formas que os produtos industrializados da Zâmbia estivessem disponíveis nos mercados globais, o Governo desenvolveu a sua Política Nacional de Qualidade em 2011, deixando para trás os obstáculos resultantes da falta de adesão aos sistemas e normas internacionais de qua-lidade. Até 2020, o Governo pretende estabelecer uma infra-estrutura nacional de qualidade.

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2.2.6. acordos comerciais

oMc

A Zâmbia é membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), ratificou o Acordo de Faci-litação do Comércio da OMC em Dezembro de 2015, concede pelo menos o tratamento NMF a todos os seus parceiros comerciais. Não sendo signatária do Acordo sobre Tecnologia da Infor-mação (ATI), nem do Acordo sobre Contratos Públicos (ACP), a Zâmbia tem vindo a encontrar dificuldades no cumprimento das suas obrigações junto da OMC. Até o final de Setembro de 2015, tinha o registo de 21 notificações pendentes no Registo Central da OMC.

acordos regionais: coMEsa e sadc

Para além disso, a Zâmbia é membro do COMESA (Mercado Comum para a África Oriental e Austral) e da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral).

• COMESA: O Mercado Comum para a África Oriental e Austral

O Mercado Comum para a África Oriental e Austral tem funcionado, de uma forma ou de outra, desde 1981. Prevê-se que a integração económica passe da Zona de Comércio Livre para uma economia de União monetária. Por enquanto, a principal discussão é a tarifa aduaneira externa comum. A FTA da COMESA é um acordo entre os membros de não aplicar direitos aduaneiros ou encargos sobre mercadorias comercializadas entre si. As mercadorias elegíveis para trata-mento isento de direitos devem satisfazer as regras de origem acordadas. Os membros também concordam em eliminar todos os obstáculos não-tarifários ao comércio entre eles.

Os nove países membros que estão a implementar as tarifas zero são Egipto, Sudão, Quénia, Djibouti, Malawi, Madagáscar, Maurício, Zâmbia e Zimbabué. Para beneficiar das isenções, primeiro é exigido um Certificado de Origem COMESA, para cada remessa de mercadorias, que é emitido pelas autoridade fiscais nos respectivos países membros.

Além do programa de facilitação do comércio, existem também programas para a melhoria das infra-estruturas comerciais, nomeadamente: telecomunicações, energia, estradas e cami-nhos de ferro.

• SADC: A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral

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Os membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, formada por 14 países, assinaram um Protocolo Comercial, que exige a implementação de uma Área de Comércio Li-vre. Cada país negociou dois horários tarifários reduzidos. Um cronograma é aplicável somente para a África do Sul e outro horário para todos os outros membros da SADC. A implementação da oferta da Zâmbia, que entrou em vigor em 30 de Abril de 2001, é partilhada com os países que fornecem à Zâmbia com tarifário reduzido da SADC.

• Zona de Comércio Livre Tripartida

As negociações sobre uma Zona de Comércio Livre Tripartida (TFTA), entre a COMESA, a SADC e a EAC (Comunidade da África Oriental), visam a criação de uma zona de comércio livre entre os membros das três comunidades económicas regionais e abordam as inconsis-tências relacionadas com a sobreposição dos seus membros. O Acordo TFTA foi assinado em 10 de Junho de 2015, na 3 Cimeira Tripartida de Chefes de Estado e de Governo, no Egipto. Alguns trabalhos importantes no âmbito das negociações da fase I, comércio de mercadorias, continuam pendentes, como: ofertas tarifárias, regras de origem e remédio comercial.

A Zâmbia também manteve acordos comerciais preferenciais com outros países e está envolvi-da nas negociações do Acordo de Parceria Económica (APE) com a UE. Como PMA, a Zâmbia é elegível para a iniciativa Tudo menos Armas (EBA) da UE e, à luz do AGOA, tem acesso isento de direitos aduaneiros e sem quotas ao mercado dos EUA.

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3. informações Práticas para Viajar

3.1. comunicações e conexões com angola, incluindo o corredor do lobito

Sendo um país sem saída para o mar, a Zâmbia é fortemente dependente da sua rede de trans-portes que liga o país aos vários destinos de exportação e importação. A rede de transportes da Zâmbia inclui vias férreas, estradas, aeródromos, aeroportos e rotas navegáveis no interior. Em termos de transporte de passageiros e mercadorias, o rodoviário é o modo dominante.

As conexões entre Angola e Zâmbia são principalmente feitas por via aérea, sendo o avião a forma mais fácil e rápida. A TAAG tem, semanalmente, dois voos directos entre Luanda e Lu-saca, nas quartas-feiras e domingos. Existem rotas alternativas através das principais cidades e aeroportos africanos, como: Johannesburg, Nairobi, Adis Abeba, etc.

As ligações terrestres entre Angola e a Zâmbia são praticamente inexistentes; os dos países es-tão ligados por duas estradas, uma via Moxico, através do município das Bundas, que se encon-tra em condições extremamente precárias, e a outra via, na província de Cuando Cubango, atra-vés de Mavinga, também regista sérios problemas, chegando ao ponto de ficar intransitável no período de chuvas. A única conexão viável por estrada é via o corredor do Caprivi na Namíbia.

3.2. Feriados oficiais na Zâmbia

Feriados na Zâmbia

1 de Janeiro Dia de Ano Novo

8 de Março Dia Internacional da Mulher

14 de Abril Sexta-feira Santa

17 de Abril Segunda-feira de Páscoa

1 de Maio Dia do Trabalho

25 de Maio Dia da Liberdade em áfrica

3 de Julho Dia dos Heróis

4 de Julho Dia da Unidade

3 de Agosto Dia dos agricultores

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18 de Outubro Dia Nacional de Oração

24 de Outubro Dia da Independência

25 de Dezembro Natal*

* Muitas organizações fecham pouco antes do Natal para “break industrial” e reabrem após a primeira semana

de Janeiro.

3.3. serviços bancários e divisa

Na Zâmbia, de segunda a sexta-feira, os bancos abrem as portas aos clientes no período entre às 8.15 e às 14.30. A maior parte dos bancos não abre aos finais de semana, excepto no primeiro e último sábado de cada mês, que abrem das 8h15 às 11h00.

Quanto aos Serviços Bancários, a Zâmbia é servida por uma série de bancos nacionais e interna-cionais que desempenham um papel muito importante no seu desenvolvimento económico. Os bancos comerciais que operam na Zâmbia têm uma rede de sucursais bem distribuída e caixas automáticas (ATMs) em todo o país. Todos os principais cartões de crédito são aceites em áreas urbanas.

As instalações de ATM são fornecidas pelos principais bancos comerciais. Os visitantes, com cartões VISA, podem levantar dinheiro dos ATM’s VISA na Zâmbia. Cheques de viagem (Tra-vel Cheques) e notas de moeda forte podem ser descontados em bancos, grandes hotéis ou casas de câmbio, tendo como pré-requisito a comprovação de compra de TCs para o recebimento desses pontos.

A Moeda do Sistema Monetário é o Kwacha Zambiano (ZMW), equivalente a 0,102 USD. Não há restrições à importação de moeda estrangeira para a Zâmbia, mas todos os cheques em dinheiro e travel cheques (TC) devem ser declarados no Formulário Aduaneiro T2, que podem ser obtidos junto dos agentes da alfândega, na fronteira de entrada. O Kwacha zambiano flutua livremente contra as principais moedas mundiais, incluindo o dólar americano, libra esterlina, euro e o rand sul-africano. Não há restrições sobre as negociações em moeda estrangeira, bas-tando a apresentação da prova de compra do travel cheques, e pode ser alterado no balcão, em qualquer banco e nas casas de cambio. As maquinas ATM estão localizadas fora dos bancos e nalguns Centros Comerciais.

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3.4. Viagens e Hospedagem

Linhas aéreas: Dos principais aeroportos do mundo, existem voos directos internacionais para Lusaca, com destaque para Joanesburgo, Dubai, Amesterdão, Nairobi, Adis Abeba, Windhoek, Harare, Luanda, Gaborone e Lilongwe. Ndola está bem conectada com Joanesburgo e Nairobi, por sua vez, a cidade turística de Livingstone tem voos directos para Joanesburgo e vice-versa. Uma taxa de partida do aeroporto de US $ 20 para viagens internacionais e US $ 8 para viagens domésticas, deve ser paga antes do check-in para o voo. Na maioria dos casos, a taxa está in-cluída na tarifa do bilhete de avião.

Aluguer de carros: Há um número de empresas de aluguer de automóveis, que oferecem carros de luxo, incluindo veículos de tracção nas quatro rodas, na cidade e nos aeroportos.

Condução: Condução é do lado esquerdo da estrada. A idade legal de condução é de 18 anos e todos os motoristas estrangeiros devem possuir uma permissão internacional de condução.

Hotéis: Zâmbia tem hotéis de padrão internacional, que oferecem instalações de primeira classe e condições para conferências. A Zâmbia tem um bom número de hotéis de cinco estrelas e qua-tro estrelas em Lusaca, Copperbelt, Livingstone e Chipata, com preços que variam de US $ 120 a US $ 300 por noite. Outra opção é usar casas de hóspedes ou alojamentos para curtas, médias ou longas estadias, com ou sem sala de estar e cozinha, com preços que variam entre US $ 70 e US $ 150 por noite, dependendo das condições oferecidas.

Hotel intercontinental lusaka é o hotel mais utilizado pelos estrangeiros que se deslocam ao país, para fazer negócios, devido à localização e aos serviços que oferece. A qualidade dos serviços é alta e o preço é de acordo com a mesma, variando entre 250 e 200 USD a diária.

Haile Selassie (200 quartos, 21 suites) Av, PO Box 32201, Lusaca 10101; Tel: +265 1 250000/250600; fax: 01 251880; Email: [email protected]; www.intercontinental.com

gran Palace Hotel é um hotel de boa relação qualidade e preço, situado no centro da cidade, numa das áreas mais transitadas e perto de hotéis e centros comerciais. A qualidade dos serviços é boa à um preço aceitável, entre 100 e 140 USD a diária.

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PLOT 35376, Thabo Mbeky Road, PO Box, Lusaka, ZAMBIA. Tel: +260-211251014, +260-971257676,+260-211251010,+260-211251014,+260-211251028 Fax: +260-0211250972 Email: [email protected] Web: www.grandpalacez.com

3.5. obtenção de vistos e outra documentação necessária para viajar

A) Pedidos de visto:A obtenção de visto é geralmente simples, desde que toda a documentação necessária esteja disponível. Os nacionais do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA) e os países membros da Commonwealth, geralmente não lhes é exigido visto para visitar a Zâmbia. No entanto, os nacionais de alguns países da Commonwealth requerem vistos, como é o caso da Gâmbia, Gana, Índia, Paquistão, Papua Nova Guiné, Sri Lanka e Reino Unido. Os vistos podem ser obtidos em qualquer Alta Comissão e Embaixada da Zâmbia no exterior. Também é possível obter um visto na Zâmbia, nos pontos de entrada para alguns nacionais de países estrangeiros, como, por exemplo, o Reino Unido e os EUA.

Além disso, os potenciais investidores podem obter um visto no ponto de entrada, solicitando ZDA para aplicar em seu nome, devendo, para o efeito, enviar uma cópia digitalizada do seu passaporte mostrando a imagem e os detalhes do titular do passaporte. Importa sublinhar que uma autorização de trabalho é necessária para qualquer estrangeiro poder estar empregado na Zâmbia. Todos os expatriados residentes devem obter permissão de Reingresso antes de sair da Zâmbia. A autorização pode ser obtida no escritório de imigração e é válida por 90 dias.

B) Vacinas: No caso de o passageiro for proveniente de uma zona contaminada, lhe é exigido a vacina contra a cólera. No caso da vacina da Febre Amarela, é requerida apenas aos passageiros que, uma semana antes da chegada à Zâmbia, estiverem numa zona infectada. Por sua vez, a vacina contra a malária é altamente recomendada aos visitantes, antes de chegarem à Zâmbia. Por isso, é muito importante entrar em contacto com uma autoridade médica competente no país de ori-gem, para receber o aconselhamento adequado.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

C) Embaixada da República da Zâmbia em Angola:

Rua Rei Katyavala No. 106/108, Maculusso, P.O. Box 1406, Luanda Tel 00244-222-447491, Fax: 00244-444-441-763 Email: [email protected] e Consulate General of the Repu-blic of Zambia, 41

Rua Command ante Ernesto Velhina, Luena Tel: 00244-284-260090 Fax: 00244-284-260087 Email: [email protected], [email protected]

D) Embaixada de Angola na Zâmbia:

Plot No. 6660, Mumana Road, P.O Box 31595 Lusaka Tel: +260-211-266422/291142; Email: [email protected]

3.6. saúde

Zâmbia está situada no planalto a 1.280 metros acima do nível do mar, é um lugar bastante saudável para viver. A água da torneira em pousadas e hotéis é tratada, mas como medida de precaução, antes de beber, deve ser fervida ou tratada com cloro. Existem muitas boas clínicas privadas e hospitais na maioria das cidades, incluindo boas clínicas dentárias para problemas de saúde ordinários. Os centros de saúde especializados estão a ser desenvolvidos e promovidos.

• Fairview Hospital. Stand 30079 Cnr. Church & Chilubi Rd , Lusaka 10101 , Zambia. Tel.: +260 211 373000

• Lancet Lab Lusaka. Plot 2404 Kaabelenga Rd , Lusaka , Zambia. Tel.: +260 211255588

• Lusaka Trust Hospital. Nsumbu Road , Woodlands , Lusaka , Zambia. Tel.: +260 1 252 190

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

4. informações comerciais para exportadores

4.1. Procedimentos para as exportações

Com vista a facilitação do comércio internacional, o Governo decidiu em 2015, eliminar a ins-pecção pré-embarque.

4.2. licenças de importação

Na Zâmbia, para a realização de importações e exportações, as empresas devem estar regis-tadas e obter um número de identificação de contribuinte. Actualmente, todas as declarações aduaneiras e permissões devem ser feitas por agentes licenciados. Os agentes de compensação aduaneira devem ser empresas registadas como contribuintes com número pessoal, certificado e experiência em desalfandegamento, e devem estar licenciadas pelas autoridades aduaneiras. As comissões dos despachantes aduaneiros são determinadas pelo mercado. As autoridades têm indicado que estão a considerar autorizar a autoliquidação no futuro próximo, mas esta medida ainda não tem sido implementada

A Zâmbia implementa ASYCUDA World e todas as declarações alfandegárias são realizadas electronicamente. Neste âmbito, existem quatro canais de desalfandegamento: verde (libera-ção da carga sem exame), amarelo (liberação da carga após validação documental posterior), vermelho (liberação da carga após um exame físico) ou azul (ao controle). Dados fornecidos pelas autoridades indicam que, em 2015, 33,4% dos bens entraram na Zâmbia através do canal amarelo, 32,6% através do canal verde, 21% pelo canal vermelho e 13% pelo canal azul.

A Zâmbia ratificou o Acordo de Facilitação do Comércio da OMC a 16 de Dezembro de 2015 e notificou seus compromissos de categoria A, B e C em Janeiro de 2016. De acordo com os Indicadores de Facilitação de Comércio da OCDE, a Zâmbia tem obtido melhores resultados do que a média da África Subsaariana, nos países de rendimento elevado, nos domínios da dis-ponibilidade de informação, do envolvimento da comunidade comercial, dos procedimentos de recurso e da automatização.

Segundo a Administração Aduaneira, o valor para efeitos de direitos de importação é o valor transaccional das mercadorias importadas. As autoridades indicam que a credibilidade das fac-turas declaradas é principal dificuldade encontrada pela administração aduaneira na aplicação do sistema de avaliação. A administração aduaneira indicou que segue os métodos prescritos

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

pelo Acordo sobre o Valor Aduaneiro da OMC, prova disso, é que mantém um banco de dados de valores para os veículos em segunda mão.

As regras de origem não preferenciais e preferenciais para as mercadorias importadas para a Zâmbia são administradas pela Alfândega. Elas são aplicadas no mercado COMESA e simples-mente estabelecem que deve ser considerado como o país de origem aquele o último em que a mercadoria foi manufacturada. Considera-se isto quando um produto tem sido completamente manufacturado ou sofrido uma modificação substancial, devendo o valor local fixar-se em me-nos de 35%. Para isso deve ser expedido uma certidão de origem no país exportador.

No caso da SADC, as normas de origem são mais complexas e estão adaptadas a cada produto. Para mais informação veja a tabela que se segue

Regras de origem SADC

4.3. impostos sobre consumo e imposto especial

O sistema tributário na Zâmbia é regulado pela Lei do Imposto sobre o Rendimento, pela Lei das Alfândegas e Impostos Especiais e pela Lei do Imposto sobre o Valor Acrescentado. A re-ceita tributária tem aumentado rapidamente desde 2012 e foi equivalente a cerca de 16,5% do PIB em 2015. Os principais tipos de impostos são o imposto sobre o rendimento, o IVA e os impostos aduaneiros e de consumo. A receita tributária dos royalties de extracção aumentou rapidamente durante a última década.

De acordo com o Banco Mundial, a Zâmbia classificou-se na posição 46 em 189 economias para pagar impostos em 2016, acima de 81 em 2015, este posicionamento é muito melhor do que a média regional (131 para a África subsaariana). Em média, as empresas pagam 26 im-postos por ano, gastam 157 horas por ano a arquivar, preparar e a pagar impostos, que podem chegar no total em 18,6% do lucro.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

imposto sobre o Valor acrescentado:

O IVA é cobrado em 16%, mas alguns bens e serviços específicos estão isentos. A inscrição para fins de IVA é obrigatória para todos os revendedores ou fornecedores de bens e serviços normais, com ou sem pontuação, definidos na Lei do IVA de 4 de 1995, que substituiu o imposto sobre as vendas. O registo voluntário é aceite para os concessionários cujo volume de negócios seja inferior ao volume de negócios mínimo estipulado. O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de 16% aplica-se a bens e serviços, de produção nacional e àqueles que são importados. O IVA é cobrado sobre a CIF mais a pauta aduaneira.

As isenções do IVA incluem serviços sociais como saúde, educação e serviços funerários. Os fornecedores ou distribuidores registados são obrigados a apresentar as declarações de IVA mensalmente, no prazo de 21 dias, a contar do período contabilístico prescrito, excepto se tive-rem sido autorizados a optarem pelo período de imposto alargado.

Os atrasos ou falhas em enviar as devoluções, incluindo as devoluções nulas, são susceptíveis de penalidades. E o IVA a montante pode ser reclamado no prazo de três anos, a contar da data da factura fiscal ou de outros documentos comprovativos.

O imposto especial de consumo é igualmente cobrado sobre as mercadorias produzidas no país e as importadas, sendo-lhes aplicadas as mesmas taxas e bases equivalentes. A base para o imposto sobre produtos importados é a CIF mais a tarifa de importação. As taxas do imposto especial de consumo são as seguintes:

A. Cerveja: 60% para cerveja clara, e K 0,15 por litro para cerveja opaca;B. Vinhos e bebidas espirituosas: 60%;C. Cosméticos (por exemplo, loções, perfumes): 20%;D. Produtos de tabaco: 145%, ou K 200 por milha, o que for maior;E. Óleos de petróleo: diesel (K 0,62 / litro), gasolina (K 1,14 / ltr), fuelóleo pesado (K 0,87 / ltr),

LPG (K 0,45 / kg), aguardentes brancas (15%) e outros óleos leves );F. Sacos plásticos: 20%;G. Tempo de antena: 15%;H. Electricidade: 3%; eI. Veículos a motor: 10%.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

4.4. Estrutura das tarifas aduaneiras

O Departamento de Alfândegas e Impostos Especiais da Autoridade de Receitas da Zâmbia (ZRA) é responsável pela administração aduaneira. Desde o reexame de 2009, o Governo juntou esforços para racionalizar os procedimentos aduaneiros, nomeadamente através da criação de um sistema mundial SYDONIA, baseado na Internet e na criação de centros centralizados para o proces-samento de documentos de importação e exportação. A implementação do ASYCUDA World reduziu o tempo do processo aduaneiro para os comerciantes, permitindo a apresentação on-line de declarações alfandegárias. Todos os postos aduaneiros designados para despachar remessas comerciais são automatizados e todas as declarações são electrónicas.

A Zâmbia aplica tarifas sobre CIF (Custo, Seguro e Frete), e estas tarifas aduaneiras são calcu-ladas com base no valor tributável, com base no Acordo da OMC sobre Valorização Aduaneira. A maioria das tarifas são ad valorem, mas subsistem algumas tarifas específicas. A Zâmbia utiliza o sistema harmonizado internacional. O seu tarifário está estruturado em torno de quatro níveis: taxas de direitos de 0%, 5%, 15% e 25%.

Praticamente todas as matérias-primas e a maioria das máquinas industriais ou produtivas estão dentro das categorias tarifárias de 0% e 5%,, enquanto a maioria dos bens intermediários impor-tados estão sujeitos a 15%, e os produtos finais importados são classificados em 25%. A tarifa média simples de importação da Zâmbia é de cerca de 14%.

isenções e suspensões tarifárias:

As tarifas das mercadorias importadas isentas são descritas da seguinte forma:

A. Equipamentos de mineração; B. Efeitos pessoais e domésticos dos novos residentes (qualquer pessoa que venha a residir na

Zâmbia pela primeira vez e qualquer pessoa que regresse à Zâmbia depois de ter permanecido no exterior por pelo menos dois anos);

C. Mercadorias para missões diplomáticas e pessoal; D. Produtos para organizações aprovadas; E. Nos termos da lei ZDA (Zâmbia Development Agency), as tarifas são isentas para indústrias

prioritárias designadas, sobretudo no sector transformador, tais como a taxa zero em todas as máquinas e equipamentos durante cinco anos;

F. Isenções pautais para as mercadorias importadas para as zonas económicas multi-instalações (MFEZ) durante cinco anos.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

tarifas preferenciais:

Como membro da COMESA, a Zâmbia concede isenções de direitos aduaneiros para as mer-cadorias importadas de países membros. Os produtos importados dos membros da COMESA FTA estão isentos de direitos aduaneiros, enquanto as importações dos outros membros da COMESA podem estar sujeitas a tarifas baixas não nulas. As autoridades afirmaram que, desde 2012, a Zâmbia aplicou uma taxa zero sobre as mercadorias importadas dos outros membros da SADC, incluindo a África do Sul, desde que as mesmas possuíssem o certificado de origem.

4.5. Procedimento para o Processo aduaneiro e avaliação

Documentos necessários para import/export na Zâmbia

Procedimentos de importação Procedimentos de exportação

tempo custe por consignação tempo custe por

consignaçãoProcedimentos

em fronteira 139 horas 380 USD 136 horas 370 USD

Procedimentos documentais 134 horas 170 USD 130 horas 200 USD

Documentos necessários

• Bill of lading (BL)• Factura comercial• Customs Import Declaration

(CE 20 Declaration)• Prova de pagamento das

alfandegas. • Packing List• Ordem de liberação • Documentos de trânsito

• Bill of lading (BL)• Factura comercial• Customs Export Declaration

(CE 20 Declaration)• EUR 1 Certificado. • Packing List• Ordem de liberação. • Documentos de trânsito.

O relatório do Doing Business do Banco Mundial classificou a Zâmbia na posição 152 na posi-ção 152, em 2016, entre 189 economias, em termos de facilidades de negociação transfronteiri-ça, de 110 em 2015, mas perto do ranking de 153 em 2009. A classificação da Zâmbia indica um desempenho inferior ao da média regional para a África subsaariana em termos de processos aduaneiros, que é a posição 136.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Para despachar mercadorias através da Alfândega, o importador deve apresentar os documentos comerciais usuais:

• Conhecimento de embarque (B/L)• Factura comercial• Formulário de Declaração de Importação, usado para fins estatísticos. (Declaração CE 20)

da Autoridade de Receitas da Zâmbia (ZRA). Não é necessário pagar nenhuma taxa por isto• Lista de embalagem (Packing list)• Manifesto de estrada• Documentos de trânsito• Comprovativo de pagamento das taxas e direitos aduaneiros• Ordem de entrega

A Zâmbia está a usar o Sistema Automatizado de Dados e Gestão Aduaneira (SIDUNEA), por meio desta plataforma o processo aduaneiro pode ser realizado em questão de horas, mas os formulários incompletos e outras dificuldades, como por exemplo, a falta de documentos de suporte, podem resultar em atrasos substanciais.

aprendizagem: o impacto dos “one stop borders” na tramitação documental nas fronteiras.

Neste sentido, testemunhou-se que os processos aduaneiros reais, praticados por importa-dores experimentados, são muito mais rápidos nos tempos estabelecidos na classificação do “Doing Business” naqueles postos fronteiriços onde foram instalados os sistemas de “one stop border” com uma única janela para a tramitação dos procedimentos. As duas fronteiras mais transitadas: Kasumbalessa, na RDC, e ao Katima Mulilo, os tempos de es-pera não atingem, em nenhum dos casos, às 24 horas, se os documentos tiverem sido trata-dos com antecedência no sistema electrónico. No entanto, eventualmente podem encontrar problemas com o sistema informático que apresenta dificuldades para alguns importadores e que por vezes não consegue dar resposta às necessidades dos mesmos.

A maior parte dos atrasos nas fronteiras não se devem ao processo de desalfandegamento e liquidação de taxas, mas à verificação de questões sanitárias e fitossanitárias pelas dife-rentes agências envolvidas no processo.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Comparativo de procedimentos em fronteira para negócios, segundo o Doing Business (2016)

Os mecanismos de determinação dos preços de importação de referência são avaliados em primeiro lugar com base no custo de transacção, posteriormente se aplicam os seguintes meca-nismos de valoração em caso de que se considere uma taxação fraudulenta:

• Custos de transacção de bens idênticos• Custos de transacção de bens similares• Método dedutivo• Método computado• Rejeição da importação

4.6. barreiras não tarifarias

Existem certas barreiras não tarifarias implementadas para gerar protecção aos bens produzidos no país. Neste sentido, e apesar de que tem se identificado uma diminuição progressiva das mesmas, se podem identificar as seguintes barreiras não tarifarias:

Restrições à importação: as proibições de importação são mantidas por razões ambientais, de saúde e de segurança. O licenciamento de importação é necessário para a maioria dos produtos agrícolas e os bens alimentares. A Zâmbia não aplica actualmente sanções comerciais específicas, mas controla assiduamente a emissão destas licenças, de formas a limitar a importação de produ-tos e proteger o mercado interno. Apesar de não serem exigidos certificados de importação para a importação geral de mercadorias, os produtos agrícolas não transformados exigem uma licença de importação e um certificado SPS. No período de realização desse estudo não estavam a ser emitidas licenças de importação para peixes, mariscos e derivados de carne, estando a ser estuda-da uma limitação da importação de certos vegetais e frutas. Neste sentido, o governo utiliza estes

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

licenciamentos como um controlo “de facto” das entradas de produtos por períodos de tempo determinados, inclusive em períodos sazonais.

Neste sentido, o Governo pode restringir as exportações de milho de tempo em tempo, por razões de segurança alimentar. Os impostos de exportação aplicam-se a uma série de produtos, incluindo minérios e concentrados, resíduos, sucata de metais e alguns produtos derivados de madeira.

Segundo as autoridades, isso é para incentivar a agregação de valor dentro do país, desenco-rajando o roubo de cobre. As proibições de exportação aplicam-se, nomeadamente, a couros e peles de animais brutos, toros e carvão vegetal.

Regulamento Sanitário e Fitossanitário: As regulamentações sanitárias e fitossanitárias são apli-cadas às importações de animais vivos, plantas e sementes. Como um pré-requisito para a emis-são da licença veterinária, é exigido um certificado sanitário do país de origem (exportador) e as importações de alimentos devem satisfazer as disposições da Lei de Alimentos e Drogas, de Setembro de 1978, que exige o requisito de embalagem e rotulagem dos alimentos e normas para a produção do milho, arroz e pão.

O Gabinete de Normas da Zâmbia (ZBS), a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), os ministérios responsáveis pela agricultura, pecuária e pescas e os ministérios encar-regados da energia e dos recursos naturais estão todos envolvidos na implementação de TBT e SPS, inspecções e procedimentos de licenciamento na fronteira. O Governo está a preparar um projecto de lei sobre a gestão das fronteiras, que poderá reduzir o número de agências presentes na fronteira.

Os padrões de qualidade na Zâmbia têm sido tradicionalmente utilizados como barreiras não tarifarias. Actualmente, os padrões de qualidade estabelecidos para a carne, tem levantado um conflito na COMESA, devido à limitação de importação de carne proveniente do Quénia, que não cumpre com os padrões estabelecidos pela ZBS.

Os veículos a motor e o açúcar para uso doméstico, para fortificação com vitamina A, estão sujeitos a licenças de importação por motivos TBT. A importação de produtos farmacêuticos requer uma licença e a importação de açúcar doméstico não-fortificado também requer uma licença, ambas emitidas pelo Ministério da Saúde, por razões de segurança do consumidor.

As regras de origem: A verificação das regras de origem de certos produtos manufacturados em segundos países tem criado também situações de limitação do comercio na Zâmbia. Actual-mente, estão limitadas as importações de óleo de palma provenientes do Quénia, isso porque a

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Zâmbia não reconhece a percentagem mínima de processamento realizada no Quénia, sobretu-do dos produtos exportadores para a Zâmbia, o que levou as autoridades zambianas a taxarem, com tarifas aduaneiras, estas importações.

4.7. análise da logística no sector para a importação e o comércio interno

Caminhos de Ferro, Estradas e Infra-estruturas de Aviação: A rede ferroviária continua a ser o modo de transporte dominante (83,4%) para as mercadorias nas rotas locais e internacionais. A linha ferroviária principal, que liga a Zâmbia e a Tanzânia, é de propriedade conjunta dos go-vernos dos dois países e é gerida pela Autoridade Ferroviária Tanzânia-Zâmbia (TAZARA). A Ferrovia de Chipata-Mchinji está em construção, e está previsto ligar a Zâmbia, Malawi e Mo-çambique. Além disso, existem mais de 130 aeródromos, dos quais um terço são de propriedade do Estado, enquanto o resto é de propriedade privada. Os aeroportos internacionais, Kenneth Kaunda e Harry Nkumbula, são os principais aeroportos da Zâmbia que ligam o país à região e ao resto do mundo. Além destes, existem os aeroportos de menores dimensões, que incluem Ndola, na província de Copperbelt e Mfuwe, no Parque Nacional Luangwa.

A rede rodoviária é a espinha dorsal do sistema de transportes da Zâmbia, chegando às zonas remotas do país. Destinado a reabilitar e ampliar a rede rodoviária do país, o Governo da Zâm-bia iniciou recentemente um programa nacional de construção, denominado Link Zâmbia 8.000 (Accelerated National Roads Construction Program).

Este projecto visa igualmente contribuir para a redução dos custos e do tempo de transporte de bens e mercadorias em toda a Zâmbia. Para tal, o Governo tem vindo a encorajar uma maior aposta no sector rodoviário, tendo proposto a participação de entidades privadas na implemen-tação do Link Zâmbia 8.000 Road Project, uma empreitada prioritária que prevê a construção de 8.000 quilómetros de estrada de alta qualidade, estando prevista construção de duas faixas em todo o país.

Como a segunda maior produtora de cobre da África, a Zâmbia depende fortemente da sua rede rodoviária para transportar insumos e as exportações de minas para o exterior, através de seus oito países vizinhos. Os países vizinhos também usam as estradas da Zâmbia para fornecer um caminho confiável e mais curto aos portos africanos. O Projecto Link Zâmbia 8.000 deverá durar pelo menos cinco anos e estima-se que custará mais de US $ 31 bilhões.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

De formas a melhor os acessos e, por sua vez, tornar estas rotas sustentáveis, o Governo convi-dou o sector privado a considerarem a construção de estradas, estando-lhes reservados os direitos de cobranças de portagem. Estas rotas de portagem, pela qualidade da estradas, poderão atrair a maior parte do tráfego, constituindo assim a espinha dorsal da rede rodoviária nacional da Zâmbia. Como um produtor de minerais ligados à terra, os corredores de comércio são vitais para sustentar a sua actividade económica. A Zâmbia possui seis importantes corredores de comércio, nomea-damente, Corredor do Sul, que liga a Zâmbia ao Porto de Durban, na África do Sul, o Corredor Walvis Bay, que liga a Zâmbia ao Porto de Walvis Bay, na Namíbia. Só com o Moçambique, a Zâmbia está ligada através de três corredores, nomeadamente, Corredor de Maputo, que chega até o Porto de Maputo, o Corredor da Beira, que chega até à Beira e o Corredor de Nacala, que chega até Nacala. Finalmente, o Corredor de Tazarra liga a Zâmbia e a Tanzânia, em Dar es Salaam.

Energia: Com os seus vastos recursos hídricos e reservas de carvão, a Zâmbia oferece abun-dantes oportunidades de investimentos para a geração, fornecimento e distribuição de energia eléctrica e hidroeléctrica. O país possui mais de 1.890 MW de capacidade de geração hidroe-léctrica. E as reservas de carvão comprovadas excedem as 30 milhões de toneladas e satisfazem 9% da procura de energia. Existe um enorme potencial para o investimento do sector privado na produção, transporte e distribuição de energia hidroeléctrica e fornecimento de produtos petrolíferos, incluindo biocombustíveis. Actualmente, a energia hidroeléctrica é essencialmente fornecida e distribuída pela estatal Zâmbia Electricity Supply Corporation (ZESCO).

Telecomunicações: A Zâmbia tem acesso ao cabo Sat-3 da costa oeste africana à Europa, atra-vés de uma ligação de fibra óptica com a Namíbia, que por sua vez se liga à rede sul-africana de fibra óptica, alcançando a Cidade do Cabo. Actualmente, a Zâmbia Electricity Supply Corpora-tion (ZESCO), a Copperbelt Energy Corporation (CEC) e a ZAMTEL (Zâmbia Telecommuni-cations Company) estão autorizadas a operar redes de fibra óptica e existem três (3) serviços de telefonia móvel, nomeadamente a Airtel Zâmbia, MTN e Zamtel.

4.8. Mercados de fronteira

No mundo globalizado de hoje, é cada vez mais importante para os negócios as facilitações no comércio entre as economias. A utilização excessiva de documentos em papel, procedimentos aduaneiros onerosos, operações portuárias ineficientes e infra-estruturas inadequadas levam a cus-tos adicionais e atrasos para os exportadores e importadores, o que sufoca o potencial comercial.

A Zâmbia, como país sem acesso ao mar, atribui grande importância aos mercados fronteiriços, prova disso são os esforços do Governo no sentido de facilitar as trocas comerciais o que, de

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

facto, resultou num grande dinamismo na fronteira com a Namíbia (Katima Mulilo) e a RDC (Kasumbalessa), o que não aconteceu em mercados similares nas fronteiras com Tanzânia e Malawi, onde prevalecem grandes entraves ao comércio.

No caso de Angola, a falta de ligações rodoviárias tem feito com que este dinamismo transfron-teiriço não tenha surgido nestas áreas, verificando-se uma falta absoluta de mercados nos postos fronteiriços com Angola.

4.9. Relações comerciais bilaterais Angola-Zâmbia

As trocas comerciais entre ambos países são muito reduzidas devido principalmente à falta de ligações rodoviárias e ferroviárias de qualidade. No entanto, em Janeiro de 2016, os dois países assinaram um acordo bilateral de livre comércio, para potenciar as interacções entre os dois países. Por enquanto, este acordo não tem sido ratificado pelo Parlamento Angolano e está à espera da sua entrada em funcionamento. As exportações angolanas para a Zâmbia, excluindo os equipamentos militares, totalizam menos de 300.000 USD por ano. O posto fronteiriço mais utilizado é o Katima Mulilo, no Caprivi (Namíbia). Os produtos mais exportados são peças de motorizadas e outras peças de maquinaria. No último ano, registou-se um comércio inter-fron-teiriço de materiais de construção, principalmente cimento e ferro. Mas esta troca, por motivos desconhecidos, não fica registada nas alfândegas. Além destes produtos, regista-se também um comércio de pequeno porte de hortícolas e frutas.

Do lado das exportações zambianas para a Angola, os principais produtos exportados são bens alimentares processados, como bolachas, sumos, refrigerantes, e não processados, com desta-que para o milho, arroz e soja.

Relações comerciais Angola-Zâmbia

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

o corredor multimodal de lobito:

Há vários anos, os governos de Angola, Zâmbia e a RDC estão de acordo sobre a revitalização do antigo “corredor de Lobito”, para dinamizar as trocas comerciais regionais. Este corredor multimodal teria como objectivo principal dar aceso ao oceano Atlântico à produção mineral do Copper Belt na Zâmbia e de Katanga na RDC. De outro lado, este corredor poderá também dinamizar outros sectores de actividade ao longo do seu percurso por Angola.

Inicialmente o corredor pretende criar:

• Um caminho de ferro, o Caminho de Ferro de Benguela, que liga o Porto de Lobito e as fronteiras da RDC e da Zâmbia, e posteriormente até as áreas de produção mineira.

• Uma rede de estradas que acompanhem o caminho de ferro e permitam o transporte rodo-viário.

• Uma rede de entrepostos logísticos ao longo do caminho de ferro que crie as condições para a promoção do comércio nas regiões onde passa o corredor.

• Um aeroporto internacional (o Aeroporto de Catumbela). • A ampliação do porto de Lobito.

Até o momento o caminho de ferro está concluído até o Luau, na fronteira com RDC, mas está por terminar o ramal que o liga Angola e a Zâmbia, uma distância de cerca de 175km. Por en-quanto, a estrada termina na Província do Bié, estando por concluir cerca de 750 Km de estrada. Por sua vez, os trabalhos no Aeroporto de Catumbela e a ampliação do Porto de Lobito estão concluídos, estando também na recta final os entrepostos logísticos.

Do lado da RDC, ainda falta por realizar todo o projecto do caminho de ferro e a melhoria das estradas. No caso da Zâmbia, depois de muitos esforços e incertezas sobre o futuro do projec-to, o Governo finalmente conseguiu criar um consorcio, numa Parceria Público-Privada com

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

a empresa North Western Railway Ltda, para construir a ligação entre Lusaca e o Corredor de Lobito, propriamente com o Caminho de Ferro de Benguela.

4.10. feiras e exposições

Várias feiras e exposições, que atraem milhares de visitantes, acontecem todos os anos na Zâm-bia, organizadas para que as empresas de indústrias específicas mostrem os seus produtos e ser-viços mais recente. É importante considerar que muitos desses eventos fornecem oportunidades de negócios com pessoas e instituições que actuam em áreas de interesse. Nesta secção vamos detalhar algumas das feiras e exposições mais importantes na Zâmbia.

Feira Internacional da Zâmbia

A Feira Internacional da Zâmbia (ZITF) realiza-se anualmente, entre finais de Junho e início de Julho, em Ndola. A ZITF é uma exposição comercial abrangente, que atrai mais expositores de produtos de todo o mundo.

Exposição Agrícola e Comercial

A Mostra Agrícola e Comercial da Zâmbia (ZACS) é uma exposição internacional de produtos agrícolas, equipamentos e bens manufacturados. É um evento anual realizado em Lusaca no início de Agosto. Como o ZITF, a ZACS atrai um grande número de expositores locais e estran-geiros do sector agrícola e agro-alimentar.

Exposição Mineira e Agrícola de Kitwe

Este evento acontece normalmente, todos os anos, no mês de Maio, constitui uma amostra de equipamentos do sector mineiro e agrícola, dirigida a potenciais compradores locais, regionais e internacionais.

Exposição de Tecnologia Agrícola da Zâmbia

É uma plataforma business-to-business que acontece normalmente no mês de Abril, dirigida a profissionais da agricultura, desde pequenos agricultores a empresas comerciais, de formas a incentiva-los a realizarem parecerias e negócios com alguns dos principais fornecedores da indústria agrícola a nível do mundo. A Agritech Expo é o único evento de negócios que atende às necessidades de toda a cadeia de valor agro-pecuário na Zâmbia e nos países vizinhos, desde

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

ensaios de culturas vivas e demonstrações de máquinas, até oficinas técnicas e práticas para agricultores emergentes e salões de negócios VIP para actores comerciais.

Exposição de Energias Sustentáveis da Zâmbia

Esta exposição é um evento de 3 dias que acontece normalmente em Lusaca, durante o mês de Junho. Durante o certame são apresentados produtos com o meio ambiente, gestão de resíduos, energia e energias renováveis.

Zâmbia International Building, Construction and Interiors Exhibition

Este é um evento de 3 dias que acontece normalmente durante o mês de Novembro em Lusaca, onde, entre as várias actividades ao longo do evento, realiza-se uma exposição comercial, uma série de workshops, encontros B2B, actividades com delegações de áreas específicas e visi-tantes de sectores público e privado, com objectivo de promover o potencial de negócios nas áreas de interesse e as empresas, almejando um crescimento industrial mais rápido. Durante a sua última edição, conseguiu-se estabelecer uma plataforma para as empresas internacionais de construção, permitindo-lhes comercializar seus produtos e serviços. Além disso, representou uma oportunidade para a criação redes de contactos e o fortalecimento de relações comerciais.

Intermodal África do Sul

O Intermoda África do Sul é um evento com duração de 2 dias, que acontece todos os anos no mês de Outubro, no Mulungushi International Conference Center, em Lusaca. Durante o certame são realizadas apresentações de serviços de terminal, serviços ferroviários e serviços de equipamentos portuários, transporte e logística global, serviços de carga, linhas marítimas, serviços de frete e serviços de logística, muito utilizados na logística, transporte e indústria.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

5. as políticas do governo Zambiano A forte dependência do sector dos minérios, mais concretamente do cobre, assim como as con-tínuas flutuações dos preços no mercado internacional, tem feito com que a economia zambiana seja muito vulnerável a choques externos, situações essas que estão fora do seu controlo. Este factor, juntando à forte dependência das importações, que exige a obtenção de grandes quanti-dades de divisas para, tem forçado o governo a acelerar um processo de diversificação da sua economia, através do fomento dos sectores agro-alimentar e industrial, vinculado à construção. Essas intenções são visíveis através de uma série de políticas adoptadas, com vista a consoli-dação do processo de integração regional, facilitação e liberalização do comércio, ao mesmo tempo que, com algumas políticas proteccionistas, fomenta a produção interna.

O governo da Zâmbia está em vias de finalizar o 7º Plano Nacional de Desenvolvimento para o período compreendido entre 2017 e 2021 (PND), que deverá promover estratégias práticas de implementação que resultarão no cumprimento dos objectivos do Governo de alcançar a transformação económica, através de uma abordagem integrada que ligue os sectores-chave. Por exemplo, aproveitando o potencial conjunto da agricultura e do turismo, o Governo pode estimular a diversificação noutros sectores vinculados aos serviços de apoio e a indústria auxi-liar que estes dois sectores necessitam para o seu sucesso. O objectivo do governo é capitalizar os sectores pujantes da economia para criar externalidades que permitam a outros sectores ad-jacentes se desenvolverem aproveitando o dinamismo destes.

O PND prioriza os objectivos do governo com vista a redução da pobreza e o fortalecimento dos vínculos entre orçamentação e o planeamento, considerando-se que o mesmo (PND) repre-senta uma parte do sistema de planeamento em cascata, que começou com a Visão Nacional 2030 preparada no ano 2005, e chega até os planos anuais. O Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Nacional foi criado para liderar o desenvolvimento nacional e têm uma forte capacidade de consolidar e fiscalizar os planos anuais estabelecidos ao nível ministerial e des-centralizado.

São vários os desafios que a Zâmbia enfrenta, as autoridades recentemente implementaram pla-nos estratégicos para o seu desenvolvimento a longo prazo. Em 2013, como instrumento opera-cional da visão de longo prazo da Zâmbia 2030, foi desenvolvido um Sexto Plano Nacional de Desenvolvimento (R-SNDP) revisto para abranger o período 2013-16. Este Plano identificava, nas entre linhas, o desenvolvimento de competências, a ciência e a tecnologia e o desenvolvi-mento de infra-estruturas, considerando-os como os principais motores para a realização dos objectivos de desenvolvimento rural e a criação de emprego. O comércio internacional de bens e serviços é claramente considerado como uma ferramenta ideal para a geração de renda, a

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

criação de empregos decentes, a promoção da diversificação económica, bem como uma opor-tunidade para superar as limitações de capital e habilidades.

aprendizagens sobre o fomento da economia nacional:

Ao longo deste documento podem-se observar diferentes estratégias adoptadas pelo Governo Zambiano com vista a potenciar alguns dos sectores locais. Este processo de fomento baseia-se num complexo uso estratégico dos diferentes instrumentos de políticas públicas que combinam: (1) o fomento da competitividade dalguns sectores de actividade, (2) a liberalização e dinami-zação dos serviços de apoio a estes sectores e (3) a protecção dos mesmos para lhes garantir mercado até atingir a maturidade.

Deste difícil processo podem ser extraídas algumas lições que o consultor considera importantes:

• As ferramentas para a protecção de um mercado são muitas, mas a essa protecção ape-nas deve ser feita após uma análise pormenorizada das futuras possíveis consequências destas políticas, com base na construção de cenários possíveis. Proteger um mercado ou um sector de actividade é sempre uma tentação para qualquer governo, devido às pres-sões dos produtores locais e a necessidade de criação de negócios locais para o fomen-to do emprego e o desenvolvimento económico local. No entanto, estas medidas têm consequências a vários níveis, que devem ser analisadas e avaliadas para que o impacto resultante seja mais positivo do que negativo. Por exemplo, a protecção de um mercado sobre um determinado produto, em que o país possui uma capacidade incipiente de pro-dução nacional, pode colocar em risco a própria estrutura do sector, por expor o sector nacional a níveis de procura em quantidade e qualidade que não pode satisfazer. Neste caso corre-se o risco de provocar um aumento crescente dos preços, que pode obrigar ao governo a reavaliar as medidas e voltar à situação original de liberalização, gerando efeitos negativos para a própria industria nacional que provavelmente esteja menos pre-parada ainda para enfrentar a concorrência externa. Logo, ao implementar medidas de protecção de mercado recomenda-se a avaliação da temporalidade das mesmas, o nível de produção nacional, o potencial efeito nos preços após a medida. Há medidas inter-médias que, sem proibir a importação de um determinado produto, podem fomentar o crescimento de uma industria, como veremos no seguinte ponto.

• Muito mais importante do que proteger um sector e fomentar a sua competitividade, uma medida proteccionista deve ter como objectivo principal o fomento da competitividade da industria e não o contrario. Isto pode parecer contraditório, mas é importante pensar que uma medida proteccionista não deve apenas garantir um mercado para uma indústria nacio-

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nal, mas também aumentar a escala da mesma e, por conseguinte, reduzir os seus custos de produção, assim como acelerar a curva de aprendizagem no sector. A Zâmbia tem fomen-tado processos de melhoria da competitividade de alguns sectores através de programas públicos de apoio à formação num determinado sector, bancos de desenvolvimento bem estruturados para o financiamento de actividades específicas, liberalização e facilitação do comércio para a importação de produtos e serviços de apoio a determinados sectores.

• É importante sublinhar que proteger não é só proibir importações, pois há muitas outras medidas que podem ir de encontro a protecção ou fomento do mercado nacional, como barreiras não tarifarias, padrões, licenças de importação e leis sobre o conteúdo local. Deste modo, pode-se deduzir que cada instrumento deve ser utilizado de maneira estratégica e adaptada a cada sector de actividade que se pretende promover.

• A retórica de que a “Zâmbia é uma das economias mais liberalizadas de África” tem uma importância vital, e esta frase tem antecedido qualquer política comercial no país. E assa ideia de fomentar a competitividade colocando à frente a manta da “protecção do mercado” garante uma maior aceitação das medidas. Por exemplo, uma estratégia seguida pela Zâm-bia para proteger determinado sector tem sido o aproveitamento do levantamento de salva-guardas por diferentes motivos, como escândalos por questões sanitárias ou fitossanitárias e problemas de fiscalização de um sector. A partir destas medidas temporais, tem estruturado, de um lado, medidas de protecção do mercado e, de outro, medidas para melhorar a compe-titividade do sector, estabelecendo um diálogo com os diferentes actores envolvidos.

• As ligações com o sector privado são fundamentais para o sucesso destas medidas, porque ambos serão favorecidos, devendo comprometerem-se formal ou informalmente em inves-tir os potenciais lucros em melhorias de competitividade, em ampliar a produção e melho-rar os processo produtivos, como com aqueles que podem ser afectados pela medida, deve existir um processo de diálogo e negociação para não ser criada uma resistência às medidas, bem como a criação de consensos na tentativa de serem encontradas soluções conjuntas aos problemas que podem surgir.

• A protecção de um mercado pode ter consequências seriamente negativas:

◦ Em termos de monopólios ou oligopólios, existe o risco de essas tendências de mercado serem reforçadas gravemente, com as consequências que acarreta aos níveis de qualida-de e preço. Na Zâmbia muitos sectores económicos estão dominados por uma ou várias empresas que tem reforçado o seu poder de mercado através de medidas proteccionistas.

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◦ Se uma determinada indústria se considera completamente a salvo da concorrência ex-terna, pode-se favorecer do abuso nos preços e queda na qualidade.

◦ Os agentes económicos buscam alternativas, espaços e medidas para proteger e manter a sua posição no mercado. Estas medidas, legais e ilegais, podem ter consequências ne-gativas tanto a nível do sector como na arrecadação de receitas do Estado.

6. o sector dos bens de consumoA análise dos seguintes sectores tem sido priorizada em função das pontuações recebidas por cada um deles, com base na ferramenta de valoração do potencial de mercado. Porém, isso não descarta a possibilidade de outros sectores, eventualmente, gerarem oportunidade de negócio para as empresas angolanas. Esses dados, apenas apontam que os sectores mais pontuados são os mais atractivos para as companhias angolanas.

De outro lado, tem se realizado um breve estudo do sector da distribuição de bens de consumo, já que estes canais de distribuição podem ser utilizados por uma multidão de produtos de ori-gem angolana, tanto para o mercado formal como o informal.

6.1. Principais características do Mercado de bens de consumo

O mercado Zambiano de bens de consumo cresce anualmente à uma taxa do 5,8%, com grande participação do mercado formal, responsável por 9,8% deste crescimento, à frente do merca-do informal com uma taxa média de 4,1%. De acordo com dados do Ministério do Comércio, entre 65% e 70% do comércio neste sector é produzido no mercado informal, muito à frente do formal, responsável por, entre 30% e 35%, deste comércio, através dos canais formais de distribuição.

Os canais de distribuição estão fortemente concentrados, com grandes empresas a controlarem os processos de importação. Apesar de existirem grandes companhias, devidamente estabe-lecidas nesta actividade, as Alfândegas calculam que existem cerca de 50 intermediários que importam, em média, até 150 camiões por mês, de diferentes produtos de higiene e bens alimen-tares, provenientes da África do Sul.

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Estrutura do mercado de Bens de Consumo

Como podemos ver no gráfico anterior, existem três grandes blocos de origem das importações destes alimentos, nomeadamente, a África do Sul, para todos aqueles alimentos elaborados com maior valor agregado, a produção local para aqueles produtos com menor grau de processamento e mero valor acrescentado, e outros países terceiros com muito pouca presença em termos gerais, mas com um importante fluxo em alguns produtos específicos, como poderemos ver a seguir.

Os produtos entram no país directamente por três vias:

• Grandes importadores ou importadores especialistas, dominados por cinco grandes importa-dores que controlam a maioria da importação de produtos e bens de consumo, e que distribuem tanto no mercado formal, como no informa, nomeadamente, a GATBRO, INNSCOR, PANA-FRICA, Horizon Distribuition, e a Gold África. A principal fonte de fornecimento é África do Sul, inclusive os bens que são produzidos em países terceiros, que são importados primeiro para as grandes plataformas logísticas, como é o caso da África do Sul e posteriormente envia-do para a Zâmbia. Este domínio em termos de oligopólio do mercado deriva duma realidade na qual o mercado antigamente era muito pequeno e muito complexo de operar. Nesse perío-do, até a primeira década dos anos dois mil, estes grandes importadores dominaram o merca-do. Com a expansão das grandes cadeias de distribuição eles continuaram a crescer, tanto na distribuição formal quanto na informal. Seguidamente, o elo da cadeia de distribuição são os armazéns de pequeno e médio porte, que distribuem aos mercados HORECA e a pequenos comerciantes. Três destes grandes distribuidores possuem também distribuição directa para

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

pequenos comerciantes, através de plataformas logísticas com camiões que entram nas gran-des áreas de comércio informal de Lusaca e Ndola, para fornecer directamente aos mercados informais. Em certos produtos, sobre os quais tem obtido a representação exclusiva, fornecem também aos grandes supermercados.

• Grandes cadeias de distribuição ao retalho, com bases de fornecimento na África do Sul, constituem outro canal importante por serem as grandes operadores do sector formal, como a Shoprite, Pick´s and Pay, Spar, Food Lovers. Durante os últimos anos, o dinamismo deste canal é muito forte na Zâmbia, com a abertura de novas lojas, com destaque para o Spar que abrirá seis novas lojas em 2017, Shoprite, cinco novos grandes supermercados, e o Food Lo-vers prevê abrir oito lojas. Estas cadeias possuem geralmente dois canais de fornecimento:

◦ Os seus centros próprios de distribuição da África do Sul, que são abastecidos de entre 60% e o 80% dos produtos que oferecem nas suas lojas.

◦ A aquisição local de certos produtos por três motivos, nomeadamente, a concorrência do mercado local, a natureza de alguns produtos frescos e a exclusividade de alguns distribuidores para marcas reconhecidas. Neste sentido os supermercados adquirem a maioria dos produtos frescos na Zâmbia, sobretudo carne, frutas, verduras e alguns pro-dutos processados, como sumos, refrigerantes e bolachas.

• Importadores informais nas fronteiras concorrem com os grandes distribuidores no mercado informal, fornecendo seus produtos ao mesmo tipo de clientes, que são pequenos armazéns e postos nos mercados informais. O que diferencia é a sua estrutura, considerada mais dinâmica, mas também mais instável.

6.2. breve descrição do sector agro-alimentar

O sector agro-alimentar é fortemente protegido pelo governo zambiano. De facto, o país tem estabelecido uma política de protecção do mercado interno que se consolida através de elevadas taxas aduaneiras, as máximas possíveis aceites pela OMC, barreiras não tarifárias, e inclusive proibições às importações de determinados bens. Além disso, o mercado local é extremamente competitivo na produção das principais commodities alimentares, tendo superavit nas princi-pais culturas, como o milho, a soja e a mandioca, e elevados níveis de produção em hortícolas, com destaque para a batata, tomate e couves, principalmente. Também existem limitações à importação de carne de bife e peixe tilápia. Devido essas restrições, o sector agro-alimentar é considerado como aquele que oferece as principais oportunidades de negócios, sobretudo em

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

produtos como o arroz, óleo de palma, frango congelado e peixe, nas variedades diferentes da tilápia. A massa alimentar também é atractiva, mas o mercado é ainda muito reduzido. Para cada processo individual de importação destes produtos é necessário obter uma certidão emitida pelo Ministério de Comércio, e estas emissões têm sido recorrentemente suspensas temporaria-mente, em função das necessidades do mercado local.

6.3. o mercado do peixe marisco

Valoração ferramenta de potencial de mercado 87%

breve informação:

Mercado em crescimento com grande potencial para a exportação de produtos de origem angolana. O mercado da distribuição é dominado por um número reduzido de empresas e a rede de frio e conservação ainda deficitária nas zonas rurais.

Alfândegas: taxas aduaneiras 25%

barreiras não tarifarias

A emissão de certidões de importação para cada uma das importações está a ser aplicada de facto como instrumento de limitação das importações. No período do estudo não estavam a ser emitidas certidões.

O peixe na Zâmbia constitui a principal fonte de proteínas da alimentação da população, à fren-te da carne e das proteínas vegetais. O mercado do peixe, durante os últimos cinco anos, cresceu à uma taxa média de 2,5%. O mercado está dividido em duas partes, sendo uma o peixe conti-nental, que incluiu aquicultura como de captura, destinado na sua maioria ao mercado informal, e a parte do peixe marítimo, destinado principalmente ao mercado formal.

6.3.1. o peixe continental

6.3.1.1. Gostos, preferências e preços

Este mercado está dominado pela cultura da Tilápia e da Brema (“Bream”), dois peixes do rio (água doce) que se adaptam muito bem aos processos de aquicultura. Nos últimos anos, este sector tem experimentado um forte crescimento, tanto em termos de produção interna, como de importações. Actualmente a produção local consegue satisfazer apenas 40% das necessidades do mercado, ficando a outra parte coberta pelas importações, principalmente da China, que produz o 70% da produção mundial de Tilápia.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Tradicionalmente o peixe tem sido consumido seco (kapenta) ou fumado, mas nos últimos dez anos a demanda por peixe fresco tem aumentado consideravelmente. Nos principais centros urbanos o peixe seco encontra-se em menor quantidade, contrariamente a tendência nas zonas rurais, onde o défice de infra-estruturas de transporte e conservação estimula o consumo de peixe seco.

Os tamanhos preferidos pelo mercado são os médios, que chegam a pesar entre 0,3 e 0,5 kg, isso quando vendidos, devido ao baixo peso, adquirem-se maiores quantidades do que quando têm um peso maior.

Os preços aproximados de aquisição da Tilápia na Zâmbia para os importadores e distribui-dores são:

Proveniente da Zâmbia: 2, 2 USD/Kg

Proveniente da China: 1,7 USD/Kg

Sem distinção da origem (nacional ou importado), os preços no mercado variam entre os 2,7 USD/Kg e os 3 USD/Kg.

6.3.1.2. Estrutura do mercado

O mercado da produção nacional está dominado por três empresas, nomeadamente, Yalelo Fish, Kafue fisheries e Lake Harvest, que controlam 80% da produção nacional de peixe, deixando o resto para pequenos produtores e para a pesca continental. Na classe dos importadores, o prin-cipal operador é a Capital Fisheries, empresa nacional, e Deep Catch, de origem Namibiana que importa principalmente a Tilápia proveniente da China.

Além destes importadores, existe um grande número de importadores informais, cerca de 150 que importam de maneira mais desestruturada, a partir dos principais postos fronteiriços do país.

A Zâmbia é também um país de exportação em trânsito com a fronteira de RDC, de facto o posto fronteiriço de Kasumbalessa é um dos principais destinos da Tilápia, com um mercado transfronteiriço de grandes dimensões.

Uma vez produzidos ou importados, o peixe passa para o mercado informal através de dois canais principais, que são: a grande rede de distribuição criada e estabelecida pela empresa Ca-pital Fisheries, que mantem uma rede de frio ao longo de todo o país e que fornece a pequenos

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

vendedores do mercado informal, como pequenos postos e restaurantes, ou directamente, atra-vés de pequenos intermediários que possuem contentores refrigerados nos principais mercados informais da cidade de Lusaca e em alguns pontos do país.

Mercado perto da vila de Kafue

Os dois principais factores que impedem a competitividade da produção nacional frente às im-portações são:

• O preço e a disponibilidade da ração para os peixes no mercado nacional. • A escala dos produtores ainda não é suficiente para atingir baixos custos de produção. • É um sector de actividade relativamente novo, no qual os operadores nacionais ainda não

têm escalado na curva da experiência para diminuir custos de produção.

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aprendizagem: as medidas de protecção do mercado nacional e os seus efeitos inesperados

O Governo Zambiano decidiu estabelecer uma medida não tarifaria para a protecção da produção nacional de peixe. Para cada importação de peixe no país é necessário obter uma permissão do Ministério de Comércio. O primeiro passo foi emitir menos licenças com o objectivo de limitar as importações e promover a compra no mercado nacional. Isto provocou um aumento significativo do preço do peixe, de 2,4 a 3 USD, e a escassez dos produtos em alguns mercados. Para contrapor esta situação, o Governo tinha estabelecido um forte programa de promoção da aquicultura com pequenos produtores em todas as províncias do país. No entanto, os operadores internos, importadores e distribuidores que estavam a perder mercado devido à medida estabelecida pelo Governo, criaram uma estra-tégia alternativa para importar o peixe de outros mercados, em vez de declarar mercadorias para o mercado da Zâmbia, as licenças de exportação eram tratadas na RDC solicitando às alfandegas uma permissão de mercadoria em trânsito, para posteriormente deixarem estes fretes de peixe no mercado nacional, ignorando a medida do Governo de limitar as impor-tações, constituindo assim um problema maior, pelo facto de, entre outras irregularidades, constituir fuga ao fisco.

Como consequência o Governo Zambiano, decidiu suspender, em Fevereiro de 2017, a emissão das certidões de importação de todos os produtos relacionados com peixe e o ma-risco, proibindo de facto a entrada de produtos estrangeiros no país.

6.3.2. Peixe marítimo e mariscos

Por outra, a importação de peixe marítimo está a crescer ao ritmo do crescimento do comércio formal, onde os principais canais de distribuição são os “cash and carry” e o canal HORECA.

O mercado é liderado pelo consumo de “cabala” e o “calamar” e dificilmente encontram-se no mercado peixes diferentes. Sobre os mariscos, geralmente encontram-se nos mercados gambas e camarões. Todo o produto vem congelado, limpo e geralmente processado em filetes. O mer-cado é relativamente novo e está a ser liderado pela empresa Capital Fisheries, que mantém um quase monopólio do sector. as primeiras importações constantes destes produtos foram realiza-das no ano 2008. Esta empresa controla 80% do peixe e marisco que chega ao mercado, estando a importar em vários países, principalmente na Namíbia e China, transportando-os através do Porto de Walvis Bay e Daar es Salam, para posteriormente serem distribuídos aos supermerca-dos, hotéis e restaurantes.

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Capital Fisheries em Lusaka

Os preços praticados variam de acordo as diferentes cadeias de supermercados, mas, o kg de cabala ronda os 5,5 USD em supermercados como a Shoprite ou Pick´s and Pay. O Kg de ca-marões varia entre os 12 e os 20 USD/Kg.

6.3.2.1. Estrutura do mercado e canais de distribuição

A estrutura de distribuição do peixe é similar, está controlada pelos mesmos actores, tanto no peixe continental como no marítimo. Os principais distribuidores são a Capital Fisheries e a Deep Catch, que concorrem com uma grande quantidade de comerciantes informais nas fron-teiras. Estes distribuidores fornecem a todos os canais: tanto formal, como cash and carry e HO-RECA, quanto informal, como pequenos postos e restaurantes. Os produtores locais também fornecem directamente ao sector informal, sem passar pela Capital Fisheries.

Por outro lado, a Capital Fisheries tem criado também uma rede de armazenamento e distribui-ção de peixe ao longo dos principais centros urbanos do país, através de contentores de frio que vendem directamente a retalho.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Estrutura do mercado de peixe na Zâmbia

6.3.3. oportunidades de negócio

Na pesca continental apresentam-se varias oportunidades de negócio:

• O mercado regista uma grande procura de ração para a aquicultura, que resulta do crescimento da produção de peixe e a escassez de fábricas de ração. Esta situação está a provocar um au-mento significativo dos preços, sobretudo porque estes produtos, com destaque para a ração, são importados da Namíbia, constituindo assim um mercado potencialmente atractivo para empresas angolanas.

• A crescente procura de Tilápia nas zonas rurais do país e a dificuldade de aceder à elas devido à escassez da cadeia de frio, apresenta-se como uma oportunidade de mercado para abastecer a todas as áreas mais isoladas do país através da fronteira.

• O crescimento da procura de peixe marítimo pode ser uma oportunidade para introduzir novas variedades de peixe produzidas em Angola, nomeadamente, a sardinha e a garoupa.

• A Capital Fisheries tem manifestado interesse de diversificar as suas fontes de fornecimento e Angola é um mercado que está a ser observado para a aquisição de peixe.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

6.3.4. constrangimentos

• O governo considera o sector da agricultura como um dos sectores prioritários para a promo-ção da produção interna nos próximos anos, o que pode acarretar limitações às importações de peixe.

• A necessidade de um certificado de importação para cada processo de importação de peixe, faz com que a importação regular seja complexa e possa estar sujeita às modificações regula-tórias do sector.

• O facto do mercado estar a ser controlado por uma só empresa faz com que os mínimos pe-didos sejam de um volume muito grande que, por enquanto, as empresas angolanas não tem sido capazes de satisfazer.

• O mercado compete em preço e Angola está longe de concorrer com outros mercados, como a China, no domínio do peixe continental ou Namíbia no peixe marítimo.

6.4. o sector do arroz

ferramenta de avaliação do Potencial de Mercado:

70%

breve informação:

Regista-se uma procura crescente no mercado zambiano e os canais de distribuição muito abertos, com grande presença de mercados na fronteira. As variedades e gostos estão de acordo com a produção angolana.

Alfândegas: taxas aduaneiras 15%

barreiras não tarifarias Não se tem constatado barreiras não tarifarias na importação de arroz.

6.4.1. tamanho do mercado

O consumo de arroz tem aumentado de maneira exponencial no mercado zambiano, devido ao incremento da classe média e do poder aquisitivo. No entanto, a produção nacional não tem tido a capacidade de satisfazer o mercado que tem sido abastecido através de importações prove-nientes da Tanzânia e do leste de Ásia, principalmente do Paquistão e Índia.

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O mercado informal de arroz movimenta entre 7.000 e 12.000 toneladas, todos os anos. O resto, ao redor de 30.000 toneladas, cerca 75% do total, vende-se no mercado formal. Devido à factores meteorológicos, estima-se uma quebra na produção na campanha 2015 e 2016 que previsivelmente faça aumentar as importações.

Como pode-se observar nos dois gráficos, de produção e importações e de consumo per capita de arroz, a tendência do mercado é claramente positiva.

Mercado do arroz Zâmbia. UN COMTRADE (2016)

Tendência de consumo de arroz na Zâmbia. Rice World Review 2017

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

6.4.2. gostos, preferências e preços

As variedades mais procuradas pelo mercado são o arroz basmati, proveniente do sudeste asiáti-co, e o arroz Nakonde, proveniente da Tanzânia, Malawi e de produção local. Encontram-se de maneira diferente no mercado formal e informal, sendo que no primeiro é mais comum e tem uma maior quota de mercado o arroz de proveniência asiática, diferente do mercado informal, onde o arroz Nakonde tem mais saída.

A qualidade do arroz tem que ser 5% quebrado, de cor branca, completamente limpo e de forma uniforme. A média de pedidos feitos pelos principais distribuidores atingem quantidades de 120 toneladas, por mês.

Os preços (ver a tabela) oscilam ente os 3,3 e 3,5 USD no mercado formal e 2,65 e 4,4USD no mercado informal. Por sua vez, 2 kg de Nakonde, da variedade Basmati, paga-se, em média, entre 2,65USD no mercado formal e 1,75 USD no mercado informal.

Preços do arroz na Zâmbia. (2017)

2kg Mercado formal informal

nakonde US$3.30 - US$3.50 US$2.65 - US$4.40 thai branco US$2,65 US$1.75 Mongu (Zambia) US$3.40 - US$3.60

6.4.3. Estrutura do mercado

A distribuição de arroz está dividida em partes iguais, entre os maiores importadores e os que embalam, adquirido geralmente na fronteira com Tanzânia e importadores de grão a granel.

O comércio informal está dominado pelo arroz proveniente da Tanzânia, vendido a granel aos comerciantes zambianos transfronteiriços, para posteriormente serem directamente encaminha-dos aos mercados das duas principais cidades, com uma maior presença nos mercados de Sowe-to e City Market, na cidade de Lusaca. De outro lado, existem também grossistas que importam directamente o arroz da Tanzânia e o introduzem nos mesmos mercados.

O mercado formal é dominado pelas grandes empacadoras ou “cash and carries”, que importam directamente o arroz empacado desde diferentes proveniências asiáticas.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Os principais actores no mercado são:

• Empacadores: Mother-s Pride, National Milling Company and Superior Milling Company

• Wholesalers: Nymba Investments Ltd, Rahmna Rawuf Wholesalers Ltd, Tanish Enterprises Limited and African Kawonde.

• Comerciantes de grão: Zdenakie e TDG Ltd

Estrutura do mercado do arroz

6.4.4. oportunidades de negócio

O mercado de arroz apresenta certas oportunidades para os exportadores angolanos, sobretudo porque:

• A procura crescente permite a entrada de novos operadores neste mercado.

• As áreas fronteiriças com Zâmbia são regiões com um grande potencial de produção de arroz, tanto de sequeiro como de rega.

• As variedades cultivadas em Angola têm saída no mercado zambiano.

• O mercado fronteiriço é extremamente dinâmico neste sector, o que pode representar uma oportunidade para os exportadores angolanos.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

• A necessidade de sistemas de rega, para a produção industrial de arroz, limita a expansão da produção local.

• A maioria das cadeias de distribuição adquire localmente este produto, o que pode tornar mais fácil a entrada do arroz angolano no mercado.

6.4.5. constrangimentos

• O governo zambiano criou um Plano Nacional para a Promoção do Arroz, que pretende po-tenciar a produção interna e classifica esta fileira com uma das mais importantes, com maior potencial para a exportação.

• As dificuldades de transporte impedem, por enquanto, o arroz angolano de ser competitivo no mercado zambiano.

6.5. o sector do óleo de palma

ferramenta de avaliação do Potencial de Mercado: 64%

breve informação:

Existe uma procura crescente, devido ao cres-cimento do agro processamento. O sector con-ta com presença recente de um grande produtor local que pode abastecer o mercado. Há possi-bilidade de ser protegido pelo Governo.

Alfândegas: taxas aduaneirasLivre para óleo em cru 5% para óleo para outros processamentos25% para oleína.

barreiras não tarifarias

As regras de origem têm constituído um pro-blema para a aplicação das taxas aduaneiras de COMESA para o óleo de palma produzido em Kenya.

O óleo de palma é um dos sectores de maior crescimento do sector agro-industrial na economia zambiana. Actualmente o país consome 120.000 toneladas de óleo para cozinhar, e o mercado interno só consegue produzir entre o 20 e o 30% desta procura. No caso do óleo de palma, a

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

situação é ainda mais grave, uma vez que o país importa todos os anos um valor de 70 milhões de dólares americanos.

Apesar do défice, o sector conta apenas com uma produção em grande escala, que entrará em pro-dução em finais de 2017 (Zampalm na foto embaixo). O resto do sector está a ser liderado por pe-quenas explorações familiares. Neste sentido o governo zambiano está a impulsar uma política de substituição das importações, mas a médio prazo, o país continuará dependente das importações.

Plantação da Zampalm na província de Muchinga

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Importações de óleo de palma na Zâmbia. UN COMTRADE (2016)

Outra grande questão prende-se com o facto de o processamento local de óleo cru importado não estar a ser competitivo, em termos de preço, em relação ao processado, o que tem reduzido as importações de óleo cru nos últimos anos.

O óleo de cozinha mais consumido na Zâmbia é o óleo de soja, mas a alta concorrência em termos de preços tem feito com que o óleo de palma misturado com girassol seja muito com-petitivo no mercado graças ao preço internacional do óleo de palma, que está a descer desde o ano 2010, devido ao forte crescimento da produção na Asia. Os preços de referência do óleo de palma são estabelecidos a nível internacional (ver quadro).

Preço internacional do óleo de palma em US nominais e reais. (2016)

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

6.5.1. Estrutura do mercado

A estrutura de mercado é relativamente complexa, consiste numa combinação entre produtores locais, importadores de óleo em cru, que processam localmente, importadores a granel que engarrafam localmente e importadores de óleo produzido e engarrafado no exterior. Por en-quanto, a produção nacional de óleo alimentar está dominada pela soja, produzida localmente. Nos últimos anos, as mesmas processadoras decidiram começar a produzir também a partir de óleo de palma.

O maior investimento neste sentido tem sido realizado pela empresa Zampalm, pertencente ao grupo Zambeef, um dos grupos empresariais mais importantes do país, que tem investido na criação de uma fazenda de 2.873 hectares de palmeiras, destinados a produção de óleo de palma na Província de Muchinga. A plantação prevê crescer até as 20.000 hectares, nos próximos dez anos. A serem cumpridas estas previsões, a empresa será capaz de substituir todas as impor-tações e iniciar produção para exportações, aproximadamente no ano 2022, de acordo com a Zambian Development Agency.

Os canais de comercialização de óleo são os mesmos que os bens gerais de consumo, através dos cinco grandes distribuidores, que actuam na venda directa aos Cash and Carry e no mercado informal. Estes têm quase monopólio do mercado, sendo que 70% da comercialização do óleo alimentar ocorre no mercado informal e os restantes 30% no formal.

O óleo de palma, sublinha-se, é um ingrediente importante na indústria do agro-processamento, com o que o seu potencial de crescimento a caminhar em paralelo com o crescimento deste sector.

barreira não tarifaria: a utilização das regras de origem para frenar as importações de óleo de palma do Quénia.

Nos últimos anos, a COMESA tem registado um caso importante de utilização de barreiras não tarifarias no sector do óleo de palma. Desde o ano 2015, a Zâmbia não reconhece o óleo de palma produzido no Quénia como manufacturado neste país, devido o não cumprimento das regras de origem estabelecidas pela COMESA, segundo as autoridades zambianas. No entanto, o Quénia tem apresentado várias análises e estudos que atestam que, a pesar de o óleo de palma bruto ser importado, o processamento e o engarrafamento do mesmo ocorre no Quénia, uma participação substancial, superior a 35% do processo. Até o momento, a Zâmbia não aceitou os resultados e continua a aplicar tarifas à importação do mesmo.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

6.5.2. oportunidades de negócio

• A demanda do óleo alimentar baseado em óleo de palma está a crescer consideravelmente no mercado zambiano tanto em importações a granel como em garrafa.

6.5.3. constrangimentos

• O crescimento da empresa Zampalm poderá eventualmente cobrir todas as necessidades de óleo de palma do mercado zambiano, provocando um efeito “crowding out” sobre os outros produtores.

• O fomento da produção nacional pode provocar também medidas proteccionistas do sector com o fim de ganhar competitividade em relação à produção exterior.

6.6. o sector dos biscoitos e bolachas

ferramenta de avaliação do Potencial de Mercado:

45%

breve informação:

O sector é altamente competitivo em termos de preços, com a produção nacional, com capacidade exportadora, e com empresas sul-africanas de qualidade. É muito difícil abrir canais de distribuição neste mercado, por ser controlado por empresas da África do Sul.

Alfândegas: taxas aduaneiras 25%

barreiras não tarifarias Não se tem constatado barreiras não tarifarias na importação de bolachas.

A Zâmbia é uma economia próspera na produção de açúcar e trigo, ambos ingredientes são essen-ciais para a fabricação de biscoitos. Isso torna a produção de biscoitos uma boa oportunidade para as indústrias locais. Por enquanto, a Zâmbia tem apenas dois fabricantes de biscoitos certificados, nomeadamente, a Musa Biscoitos Limited e a Swiss Bake Limited. Os biscoitos de ambas as em-presas são vendidos principalmente nos sectores informais e, ocasionalmente nos supermercados locais. Quando se trata da indústria formal, é um desafio para as empresas concorrer contra as conhecidas marcas sul-africanas, que são vendidas principalmente nos grandes supermercados. A penetração no mercado formal e a obtenção de uma maior quota de mercado provaram ser difíceis para a maioria dos fabricantes locais devido à popularidade das reconhecidas marcas sul-africanas e dos padrões de qualidade das mesmas, que até hoje não atingiram os níveis internacionais.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Além da importação de biscoitos da África do Sul, a Zâmbia importa biscoitos do Zimbabwe e do Malawi. No entanto, ao longo dos últimos anos, a Zâmbia exportou muito mais para o Zimbabué e para o Malawi do que importou destes países. O fabricante local de biscoitos Swiss Bake Ltd expandiu a sua exportação de biscoitos para a RDC, Malawi, África do Sul e Zimbabwe, através das suas próprias redes de distribuição no exterior. Isto se explica pelo o facto destes mercados concorrerem mais com base no factor preço do que na qualidade, o que tem permitido este posi-cionamento da produção zambiana nos mercados da região.

Canal de distribuição da Swiss Bake Ld.

O que isso significa para Angola?

A penetração no mercado formal será difícil devido o facto de que a maior parte do sector é controlado por empresas que têm os canais de distribuição baseados na África do Sul, como Shopprite, Pick n Pay, Food Lovers Market e Spar. A melhor possibilidade para a entrada dos biscoitos angolanos no mercado zambiano é no sector informal. Mas para isso, será necessário melhorar a competitividade dos biscoitos angolanos, em termos de preço, muito afectado pelos custos, tanto de produção, devido o facto de a maior parte dos insumos serem importados, como também os custos de transporte.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Importações de bolachas da Zâmbia, US $, 2011-2015. UN COMTRADE (2016)

sum of trade Value (us$)

2011 2012 2013 2014 2015

south africa 4,574,498 5,955,390 5,541,081 6,503,143 5,346,540 Zimbabwe 271,640 150,623 84,955 124,990 147,537 Malawi 432,086 250,241 14,995 34,103 19,525 india 246,404 156,050 59,044 59,867 29,715 Egypt 108,793 73,204 116,497 united arab Emirates 99,940 89,395 37,504 10,691 32,248

united Kingdom 54,452 13,998 16,327 17,256 152,989 turkey 24,018 117,122 110,597 541 Mauritius 85,008 145,395 denmark 171 3,720 89,620 93,276

Exportações de biscoitos da Zâmbia, US $, 2011-2015. UN COMTRADE (2016)

sum of trade Value (us$) 2011 2012 2013 2014 2015united Rep. of tanzania 122,185 34,085,906 156,234 49,295 Zimbabwe 6,725,038 5,034,862 4,605,758 5,069,788 1,813,799 dem. Rep. of the congo 699,033 681,383 1,069,341 3,930,866 2,581,041 Malawi 9,833 6,783 195,440 492,857 612,648 south africa 12,115 382 73,002 98,419 Mozambique 61,921 12,925 12,007 switzerland 65,913 angola 5,858 6,928 522 botswana 6,840 4,990 Kenya 5,703 uganda 2,008

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

6.7. Massa alimentar

ferramenta de avaliação do Potencial de Mercado 44%

breve informação:

Regista-se baixo nível de consumo devido a dife-rentes hábitos alimentares e a presença de produtos importados de vários países, como destaque para marcas italianas e moçambicanas. Existe baixa pre-sença nos canais e mercados informais.

Alfândegas: taxas aduaneiras 25%

barreiras não tarifariasNão se tem constatado barreiras não tarifarias na importação de massa alimentar.

A cultura alimentar da Zâmbia é predominantemente baseada no consumo de milho, arroz, raí-zes amiláceas e legumes. Um estudo sobre os padrões de consumo das famílias urbanas revelou que 17% dos alimentos consumidos são carne e ovos, entre 10 e12% vegetais, 7 e 11% peixe, 7,6 e 11% de produtos derivados do milho e, entre 6 e 10, 5% são produtos derivados do trigo.

Em comparação com outros países, a maioria dos zambianos não consomem muita massa. Uma pesquisa de consumo urbano realizada em 2012, conforme consta na tabela seguinte, mostra que apenas 5,3% da população pesquisada em Lusaca e 3,5% em Kitwe opta por comprar espar-guete ou macarrão, quando o preço do grão de milho aumenta ou quando o grão de milho está indisponível. Assim, pode-se concluir que a procura de massa é baixa.

Substitutos dos alimentos básicos quando o grão de milho não está disponível ou é caro demais 2007

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Importações de massa: A Zâmbia importa principalmente massa da África do Sul, Egito e Na-míbia, de acordo com os dados da tabela seguinte. Em termos de produção local, apenas um pequeno número de empresas está actualmente a fabricar massa localmente. A maior parte da massa disponível nos supermercados locais, como Shoprite, Pick n Pay e Spar é importada. Para exportar massa para a Zâmbia, os exportadores devem pagar uma tarifa de 25%.

Importações de massa (US $), 2011-2015. UN COMTRADE (2016)

sum of trade Value (us$) 2011 2012 2013 2014 2015south africa 3,661,894 3,511,587 3,923,959 2,929,063 2,833,847 Egypt 746,943 1,047,994 1,044,267 1,009,021 792,793 namibia 123,551 583,075 1,636,460 1,792,071 italy 56,876 85,783 139,256 173,612 135,884 china 2,753 65,029 133,291 164,307 175,566 Mauritius 114,738 134,641 113,501 106,503 turkey 45,432 204,906 155,809 16,292 2,479 united arab Emirates 25,719 39,517 23,616 47,819 13,182 Mozambique 92,335 Kenya 12,917 59,001 united Kingdom 3,483 1,705 12,148 3,581 36,751 thailand 3,765 5,772 6,059 14,216 12,517

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

7. sector de materiais de construçãoO sector da construção na Zâmbia é liderado pela demanda do sector mineiro, centros comerciais, o desenvolvimento das infra-estruturas pelo sector público e o negócio imobiliário privado. De acordo com a ZDA, este sector cresceu a um ritmo do 10% entre os anos 2013 e 2016, posicionan-do-se como um dos maiores receptores de Investimento Externo, a rondar os mais de 3,5 bilhões de USD por ano.

Este sector, diferente da actividade industrial, destacou-se nos últimos como sendo um dos mais importantes, sobretudo pelo impulso gerado pelo compromisso do Governo de reabilitar as in-fra-estruturas rodoviárias, um crescimento que está a aumentar a procura por materiais de cons-trução, especialmente de aço, que registou, entre 2014 e 2016, um crescimento de 200.000 para 300.000 toneladas. O cimento é outro produto que está a ser fortemente impulsionado pelo cresci-mento registado no sector da construção. No ano de 2014, a sua contribuição ao PIB foi de 27,5%.

7.1. o sector do aço e ferro

ferramenta de Valoração do Potencial de Mercado: 79%

breve informação:

É um sector que regista grande crescimento da procura e escassa produção local, com uma de-pendência absoluta dos materiais de base para a produção. O mercado é muito aberto, com um nú-mero elevado de importadores, ainda que forte-mente dominado por empresas sul-africanas.

Alfândegas: taxas aduaneiras 25%

barreiras não tarifariasNão se tem constatado barreiras não tarifarias na importação de aço.

O mercado de aço na Zâmbia é o que mais cresce em toda a região austral, de acordo com o Ministério da Construção. Estima-se que o potencial do mercado interno atingirá um milhão de toneladas por ano até 2022. Desde 2011, tem crescido a uma média anual de12%, impulsado pelos sectores da construção e os minérios, o que está a provocar um aumento da procura de au-mento da procura de chapas onduladas, produtos processados de aço, barras de ferro e tubagens. Com o objectivo de satisfazer esta demanda, empresas locais têm aumentado a importação de aço em todas as suas variedades.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Por outro lado, as fábricas locais de aço estão a enfrentar uma série de constrangimentos, tais como a necessidade de indústrias de apoio de sub-materiais e peças de sobressalentes, necessá-rias às maquinaria do sector. Além disso, existe uma percepção no mercado de que a produção nacional não cumpre com os padrões internacionais de qualidade. Por último, as fábricas de produção de aço, a partir de sucata, estão a encontrar enormes dificuldades no fornecimento da mesma, o que tem provocado sérias falhas na produção.

Importações de aço na Zâmbia. UN COMTRADE (2016)

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

A indústria do aço na Zâmbia é um dos sectores que pode ser de interesse para Angola. O po-tencial do mercado de aço na Zâmbia é mais do que 1 milhão de toneladas por ano, com um consumo actual de ferro e aço entre 50.000 a 70.000 toneladas por ano. Nos últimos cinco anos, a Zâmbia registou um crescimento rápido do sector da construção civil. Como resultado, os fabricantes de aço assistiram uma crescente procura de produtos, como as chapas onduladas, produtos derivados do aço, barras de ferro, tubos e outros acessórios. A fim de atender esta de-manda, as siderurgias domésticas aumentaram a importação de matérias-primas, como bobinas de processamento e uma vasta gama de outros produtos acabados, provenientes de países como a África do Sul, China e Tanzânia. O fluxo de matérias-primas para produtos acabados pode ser visto no esquema seguinte.

Fluxo do mercado do aço na Zâmbia

Fonte: JICA Peritos, 2011

Os produtos acabados de aço são predominantemente importados da África do Sul. No entanto, desde 2015, as importações de aço da África do Sul diminuíram enquanto as importações da China aumentaram, conforme dados disponíveis na Figura 1. A maior parte do aço importado, excepto o aço sul africano, é transportado através da fronteira com a Tanzânia, usando os Ca-minhos de Ferro TAZARA ou caminhões pesados. O maior produtor local de tetos, coberturas em aço, planos e longos é a MM Integrated Steel, que importa principalmente matérias-primas

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

do Japão, Coreia, Índia, África do Sul e Tanzânia. Uma vez expandidas as suas operações, a MM Integrated Steel planeia exportar produtos acabados para os mercados regionais, como o Uganda, República Democrática do Congo, Malawi e Zimbabwe, que resultará no aumento da procura por matérias-primas, num futuro previsível.

Os fabricantes de aço da Zâmbia estão a enfrentar vários desafios nesta indústria, sobretudo por-que não há indústrias de apoio, que garantem o fornecimento de peças de reposição e sub-mate-riais para o sector do aço e do ferro. Por exemplo, há uma grande procura de materiais, como tijolo refractário, lingotes de cal e de zinco, os quais são exemplos de sub-materiais necessários. Outra questão que constitui um grande desafio prende-se com o facto de haver um entendimento errado sobre os produtos zambianos, considerando-os de menor qualidade do que produtos siderúrgicos importados.

Os produtos siderúrgicos importados da África do Sul são vistos como produtos que cumprem os rigorosos requisitos de qualidade do Bureau Sul-Africano de Normas. Há uma visão errada de que os produtos de aço fabricados localmente não cumprem as normas exigidas pelo consumidor, consequentemente, reforça-se a ideia de que os importados são de qualidade superior.

Outro problema resulta do deficit de sucata no mercado zambiano. O maior fabricante de aço da Zâmbia, a Universal Mining and Chemical Industries Ltd, depende de materiais de sucata para produzir os seus principais produtos acabados, seja ângulos, flats e barras de ferro. Todos estes desafios podem ser vistos como uma oportunidade para Angola.

7.2. Indústria do Cimento na Zâmbia

ferramenta de avaliação do Potencial de Mercado:

39%

breve informação:O sector tem um grande crescimento da procura mas também capacidade produtiva local. O governo tem protegido fortemente o mercado para tornar competitiva a produção da Zâmbia.

Alfândegas: taxas aduaneiras 5%

barreiras não tarifarias

Durante períodos determinados o governo tem proibido a importação de cimento com o objectivo de criar o mercado para as empresas locais.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

A indústria de construção na Zâmbia é um dos sectores que mais cresce, isso porque, em par-te, regista-se um rápido crescimento dos projectos de infra-estrutura residencial, comercial e pública. Consequentemente, a procura de cimento aumentou consideravelmente nos últimos anos e para atender essa demanda, os produtores de cimento aumentaram significativamente os níveis de produção de 797,902 toneladas métricas em 2013 para 1,783,815 toneladas métricas em 2016.

Produçao de Aço na Zâmbia. Central Statistical Office Zambia (2017)

Fonte: Gabinete Central de Estatística da Zâmbia, 2017

A Zâmbia tem três empresas principais que operam na indústria de cimento. A partir de 2015, a Lafarge Zâmbia Plc possuía cerca de 62% da quota de mercado, enquanto o recém-chega-da, Cangote Cemente Plica possuía aproximadamente 28% da quota de mercado. A Zambeze Portland Cimento possui 6% da quota de mercado, enquanto as importações de cimento repre-sentam cerca de 4% do mercado.

O sector lucrativo da construção está a ser dominado pelos mais recentes operadores do merca-do. A entrada da Cangote Cemente no mercado, em 2015, causou a queda dos preços do cimen-to, de K66 para K52 por saco. A Cangote Cemente e outros investidores chineses têm planos para expandir os seus níveis de produção, para isso, duas novas fábricas de cimento estão a ser construídas em Lusaca, o que vai resultar no aumento da oferta local de cimento,, contribuindo significativamente para a sustentabilidade da indústria da construção. Posteriormente, alcança-dos estes objectivos, é expectável que os preços dos materiais de construção caíam, acelerando deste modo o processo de construção de infra-estruturas da Zâmbia.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Planos de exportação da Zâmbia: Uma revisão dos relatórios anuais das empresas locais de cimento sugere que estão em curso planos para aumentar as exportações de cimento, devido os desafios de manter a competitividade local. A Lafarge Plc está a mudar o seu foco para exportar para a RDC, Malawi, Tanzânia e Zimbábue. Eles formaram parcerias com a Zâmbia Railways para aumentar o fluxo de produtos ferroviários para mercados estrangeiros.

Importações de cimento: A importação de cimento tem vindo a diminuir nos últimos anos de-vido à competitividade da indústria do cimento no local. A tabela seguinte mostra a queda da importação de cimento em 72,8% de 2013 a 2015. A queda em 2015 pode ser atribuída a entrada de novos operadores como a Dangote Cemente, que iniciou as suas operações de fabricação de cimento neste ano.

Importações de cimento na Zâmbia. UN COMTRADE (2016)

(us$) 2011 2012 2013 2014 2015south africa 583,828 851,052 878,542 280,989 205,627 Malawi 142,500 218,527 764 united arab Emirates 7,495 19,214 33,529 123,616 india 6,939 10,506 65,478 81,706 china 5,170 33,413 14,903 270 Egypt 14,808 united Rep. of tanzania 6,407 Mozambique 305 namibia 81 grand total 603,737 1,037,471 1,211,472 402,901 330,088

O que isso significa para Angola?

Exportar cimento para a Zâmbia será um grande desafio, já que a indústria de cimento local se está tornando mais competitiva. A expansão dos níveis de produção está a causar a queda dos preços do cimento. Além disso, o custo do transporte de cimento para a Zâmbia será grande, de-vido à falta de infra-estrutura que liga Angola à Zâmbia. No entanto, a oportunidade de investir numa fábrica de cimento pode produzir melhores retornos, pelo facto de o clima de investimen-to do país ser caracterizado por um ambiente macroeconómico estável. Cerca de metade da po-pulação da Zâmbia vive em centros urbanos. Na verdade, há uma grande escala de urbanização que exige grandes investimentos em infra-estruturas, para coincidir com a taxa de crescimento. Assim, a demanda de materiais de construção está projectada para subir.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

8. conclusões e recomendações Zâmbia é um mercado em expansão com um grande potencial de negócio, tanto em bens de consumo como industriais. O crescimento da economia nos últimos dez anos está a criar oportunidades de negócio, tanto para empresas nacionais como estrangeiras. Além disso, as similaridades entre o mercado Zambiano e o mercado Angolano, tanto em termos de pro-dução como de consumo, poderão representar oportunidades de negócios para empresas de ambos países, embora a falta de infra-estruturas de comunicação limite as trocas comerciais com os países vizinhos. Actualmente, é praticamente inexistente a presença de produtos zam-bianos no mercado angolano.

Para o mercado zambiano se constituir uma oportunidade é necessário o seguinte:

1. A finalização do “Corredor multimodal de Lobito”, com conexões tanto de caminho de ferro, como de estrada e as ligações com a região do Copper Belt. As construções destas infra- estruturas criarão as condições necessárias para baixar os custos de transporte entre ambos países e gerar um retorno favorável à promoção das importações e exportações entre os dois países. No entanto, as infra-estruturas físicas do corredor não são as únicas que devem ser melhoradas, para a correcta dinamização do mesmo, é necessário reforçar os pontos fronteiriços, melhorar os procedimentos aduaneiros, facilitar e apoiar a criação de entrepostos logísticos e clusters de produção ao longo do corredor.

2. A ratificação e entrada em vigor do Acordo de Livre Comércio Bilateral entre ambos países. A assinatura deste acordo e as negociações posteriores podem também criar um retorno de negócio favorável para o comercio regional.

Se isto não acontecer, as possibilidades de trocas comerciais significativas entre os dois paí-ses são praticamente nulas.

Por outro lado, a economia zambiana possui características muito similares com a angolana, que podem ser aproveitadas. Em primeiro lugar, a nível macro, a Zâmbia é uma economia extremamente dependente dos recursos naturais, principalmente do cobre, que é responsável por 75% das suas exportações. Os dois principais parceiros comerciais são a África do Sul e a China, que praticamente cobrem todas as importações de bens consumidos no país. Com este panorama, há anos atrás, o Governo zambiano iniciou um processo de diversificação económica, baseado no reforço da agricultura e do agro-processamento, que tem gerando um forte crescimento da indústria de construção. Com uma combinação de medidas temporais de protecção da produção nacional e programas de reforço da competitividade, assim como um empresariado nacional relativamente dinâmico, o país tem obtido excedentes de produção

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

alimentar nos principais produtos, substituindo alguns dos produtos processados mais bási-cos e alcançando progressos na produção de alguns bens industriais. Embora este processo de diversificação económica esteja longe de ser consolidado, e que a Zâmbia deixe de importar praticamente todos os produtos alimentares básicos, o inicio do mesmo representa algumas lições que podem perfeitamente ser aproveitadas por Angola na sua estratégia de diversifica-ção da economia e de fortalecimento da produção nacional.

Zâmbia é uma economia muito dependente da produção, processamento e exportação do co-bre. Os contínuos choques e a volatilidades dos preços no mercado internacional desta com-modity fizeram com que o Governo zambiano desse início a uma estratégia de diversificação económica, baseada na necessidade de obtenção de divisas externas. Para isso, iniciou uma estratégia baseada no fortalecimento da produção nacional para a substituição de importações daqueles produtos em que o sector privado zambiano tem potencial, podendo vir a ser compe-titivo, com vista a redução de gastos com divisa para as importações. E, numa segunda fase, a potenciação das exportações daqueles produtos que, além cresceram em produção nacional e conseguiram níveis de competitividade suficiente para atingir mercados regionais. Estas características fazem da Zâmbia um parceiro estratégico para processo de aprendizagem dos seus sucessos e erros no âmbito da diversificação económica.

Por tudo isso recomenda-se:

• Aprofundar as negociações regionais para ratificar e colocar em execução o acordo de livre comércio entre os dois países, através da consolidação do programa de reabilitação do Corre-dor de Lobito como eixo fundamental das relações comerciais entre os dois países.

• Fomentar a troca de experiências entre os membros do Ministério de Comércio de Angola e o seu homólogo na Zâmbia para analisar tanto as políticas comerciais internas como aquelas praticadas no Âmbito da COMESA no processo de integração regional numa área de livre comércio.

• Potenciar as missões comercias bilaterais no futuro, para familiarizar aos empresários angola-nos com o mercado zambiano e com as potencialidades e oportunidades do mesmo.

• Fazer uma análise da competitividade dos sectores angolanos com potencial de exporta-ção para avaliar quais são os factores chave que limitam a sua concorrência no mercado nacional e em mercados externos, para poder oferecer medidas e programas adaptadas a estas necessidades.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

• Abrir o processo de diálogo com o sector produtivo nacional para construir estratégias con-juntas de fortalecimento das capacidades destes sectores e ganhar competitividade em nível internacional.

• No caso de ser concluído o Corredor de Lobito, recomenda-se:

◦ Aprofundar o estudo dos sectores seleccionados neste estudo.

◦ Oferecer ao empresariado nacional ferramentas de apoio para o estudo e análise de mer-cados externos, assim como acompanhamento no processo.

◦ Trabalhar conjuntamente com os operadores do Corredor de Lobito para criar uma base de parcerias público privadas para as infra-estruturas necessárias para o fomento e inclu-são dos sectores de actividade nacional.

◦ Realizar um estudo sobre cadeias de valor inter-regionais entre a Zâmbia, Angola e a RDC com o objectivo de tentar construir sinergias entre as economias de ambos países.

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

9. contactosMinistry of commerce, trade and industryProgramme: Department of foreign tradeName: LynnPostition: Secretary of the National DirectorPlace: LusakaAdress: Nasser Road New Government Complex 9th floorContact: Telemóvel: +260 (0)955887496Fixo: +260 (0) 211224115

Ministry of commerce, trade and industryProgramme: Department of foreign tradeName: Lillian S. BwalyaPostition: National DirectorPlace: LusakaAdress: Nasser Road New Government Complex 9th floorContact: +260 (0) 211 224 115 / 953880285E-mail: [email protected]

Ministry of commerce, trade and industryProgramme: IndustryName: Hans YambaPostition: Senior Economist Place: LusakaAdress: Nasser Road New Government Complex 9th floorContact: +260 (0) 969993895E-mail: [email protected]

Zambian development agencyProgramme: Director GeneralName: LydiaPostition: Secretary of the DirectorPlace: LusakaAdress: Privatisation House Nasser Road, P.O. Box 30819, Lusaka, ZambiaContact: Telemóvel: +260 (0)978953686Fixo: +260 (0) 211221417

Zambian development agencyProgramme: Trade and investment promotionName: Obby BandaPostition: Development officerPlace: LusakaAdress: Privatisation House Nasser Road, P.O. Box 30819, Lusaka, ZambiaContact: 260 (0) 0977455867E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Zambia chamber of commerceProgramme: **Represents Private sector’s interests (EDIT)Name: John NsakanyaPostition: Research DirectorPlace: LusakaAdress: Lusaka Showgrounds P.O. Box 30844 Lusaka, ZambiaContact: +260 (0) 974000069E-mail: [email protected]

Central Statistical Office of ZambiaProgramme: Industrial ProductionName: Nkandu KabibwaPostition: Head of divisionAdress: Natinoalist Road

coMEsaProgramme: Infrastructure DepartmentName: Jean Baptiste MutabaziPostition: DirectorPlace: LusakaAdress: COMESA Ben Bella Road P. O. Box 30051 Lusaka - ZAMBIAContact: +260 (0) 211225118 / 0867101091E-mail: [email protected]

coMEsaName: Malama ChileshePostition: Energy EconomistPlace: LusakaAdress: COMESA Ben Bella Road P. O. Box 30051 Lusaka - ZAMBIAContact: +260 (0) 211 229 725E-mail: [email protected]

coMEsaProgramme: Trade, Customs and Monetary Affairs DivisionName: Zerezghi Kelete KidanePostition: Senior Customs Affairs OfficerAdress: COMESA Ben Bella Road P. O. Box 30051 Lusaka - ZAMBIAContact: +260 (0) 978058102E-mail: [email protected]

coMEsaProgramme: Trade and Customs DivisionName: Tasara MuzororiPostition: Senior Trade OfficerAdress: COMESA Ben Bella Road P. O. Box 30051 Lusaka - ZAMBIAContact: +260 (0) 977137289E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

sadcName: Ikayi MushingePostition: SADC National Contact Point, Permanent Secretary Place: LusakaAdress: Ministry of Foreign Affairs Lusaka, Zambia Independence Avenue P O Box 50069 Lusaka, ZambiaContact: +260 (0) 960157502

sadcName: Lubasi MungandiPostition: SADC National Contact Point, Permanent Secretary Place: LusakaAdress: Ministry of Foreign Affairs Lusaka, Zambia Independence Avenue P O Box 50069 Lusaka, ZambiaContact: +260 (0) 969529847

Ministry of agricultureProgramme: Permanent SecretariatName: CatherinePostition: Secretary of the Permanent SecretariatPlace: LusakaAdress: Mulungushi House, Independence Avenue Lusaka 10101 ZambiaContact: +260(0) 211254645

Ministry of agricultureProgramme: Permanent SecretariatName: Julius J. ShawaPostition: Permanent Secretary

Minstry of fisheries and livestock Programme: Veterinary ServicesName: Francis MulengaPlace: LusakaAdress: Mulungushi House, Independence Avenue Lusaka 10101 ZambiaContact: +260 (0) 966 920 731

Ministry of fisheries and livestockProgramme: Livestock DepartmentName: Chibwe KaomaPostition: Chief of DeparmentAdress: Mulungushi House, Independence Avenue Lusaka 10101 ZambiaContact: +260 (0) 979960755E-mail: [email protected]

Ministry of fisheries and livestockAdress: Mulungushi House, Independence Avenue Lusaka 10101 ZambiaContact: +260 (0) 977676415E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Ministry of fisheries and livestockProgramme: Permanent SecretariatName: Martha ChongoloPostition: Secretary of the PSPlace: LusakaAdress: Mulungushi House, Independence Avenue Lusaka 10101 ZambiaContact: +260 (0) 211 251379E-mail: [email protected]

Ministry of fisheries and livestockProgramme: Fisheries DepartmentPostition: Secretary of the DirectorPlace: LusakaAdress: Mulungushi House, Independence Avenue Lusaka 10101 ZambiaContact: 260 (0) 211256679

Zambian association of ManufacturersName: Lewis ChimfwembePostition: Acting Chief Executive OfficerPlace: LusakaAdress: E891, ,Mandahill,lusaka,LusakaContact: +260 (0) 977 159 546E-mail: [email protected]

Zambian bureau of standardsE-mail: http://www.zabs.org.zm

Zambian Revenue authorityProgramme: Commission for CustomsName: Dingani C. BandaPostition: Comissioner for Customs and ServicesPlace: LusakaAdress: Kalambo Road P.O Box 35710 Lusaka Contact: +260 (0) 977806 363E-mail: [email protected]

Zambian Revenue authorityProgramme: CustomsName: Alex SiyengoPostition: Assistant Commissioner- DMIPlace: LusakaAdress: Revenue House, P.O. Box 35710 Lusaka, ZambiaContact: +260 211 382 405/ +260 955 737 379E-mail: [email protected]

Zambian Revenue authorityProgramme: CustomsName: Mazuba SimalabbePostition: Senior Collector Place: LusakaAdress: Revenue House, P.O. Box 35710 Lusaka, Zambia

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Contact: +260 977 531 286/ +260211 382407E-mail: [email protected]

suPERMaRKEt

shopriteProgramme: Sales DepartmentSectors: SupermercadoName: Mr. Lucky Ng´anduPostition: Procurement ManagerPlace: LusakaContact: +260 (0) 211255706E-mail: [email protected]

Pick n PayProgramme: Procurement departmentSectors: SupermercadoName: NancyPostition: Procurement ManagerPlace: LusakaContact: +260 (0) 979662565 / 211260717 / 211261390

sparProgramme: Procurement departmentSectors: SupermercadoName: Renata AvicaPostition: Procurement ManagerPlace: LusakaAdress: Spar Arcades StoreContact: +260 (0) 211257916 / 211257918E-mail: [email protected]

sparProgramme: Procurement departmentSectors: SupermercadoName: Ennie Soko AongolaPostition: Senior Buyer / promotionsPlace: LusakaAdress: Spar Arcades StoreContact: +260 (0) 968313524E-mail: [email protected]

Zdenakie ltdProgramme: procurement departmentSectors: Arroz e grâosPlace: LusakaAdress: Kachidza Rd, Lusaka, ZambiaContact: 211288180

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Export trading co. ltd (Etg)Sectors: Arroz e grâosPlace: LusakaAdress: Plot No 8087, Chinika. Off Mumbwa Rd.Contact: 260 (0) 979789040 / 955488820E-mail: info@[email protected]

grain Zambian axxociationSectors: Arroz e grâosName: Jacob MwalePlace: LusakaAdress: Plot number 12600 Mwembeshi RoadContact: 260-977-988897E-mail: [email protected]

Proto tradingProgramme: Procurement departmentSectors: Distribuidor bens de consumoName: Munir SamebalePostition: Procurement ManagerPlace: LusakaContact: +260 (0) 977780204E-mail: [email protected]

gatbroProgramme: DirectionSectors: Gran distribuidor de bens de consumoName: Jamil MithaPostition: Managing DirectorPlace: LusakaAdress: Off Mwembsehi Road. Chinika Industrial AreaContact: 260 (0) 979865977E-mail: [email protected]

gatbroProgramme: Procurement departmentSectors: Gran distribuidor de bens de consumoName: Abdul Rashid KhanatPostition: Procurement and LogisticsPlace: LusakaContact: +260 (0) 964031255 / 977747508E-mail: [email protected]

innscoRProgramme: DirectionSectors: Gran distribuidor de bens de consumoName: Mr George Roberts Postition: INNSCOR MANAGERPlace: LusakaAdress: Mukwa Road.Woodlands

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Contact: 260 (0) 21124353314E-mail: www.capitalfisheries.com

Panafrica distribution Sectors: Gran distribuidor de bens de consumoPlace: Lusaka

gold africa distributionSectors: Gran distribuidor de bens de consumoPlace: Lusaka

Horizon distributionSectors: Gran distribuidor de bens de consumo

Place: LusakaAdress: Great North Road. EmmasdaleContact: 260 (0) 211244218E-mail: [email protected]

nElt (soap distributor - exclusive for s. c. johnson)Sectors: SabãoPlace: Lusaka

uMcilProgramme: Sales DepartmentSectors: Aço (produtor e importador)Postition: Sales TeamPlace: LusakaAdress: Universal Mining and Chemical Industries Ltd PO BOX 30824 Lusaka, ZambiaContact: +260211289735E-mail: [email protected]

MM intergrated steel ltdSectors: Aço (produtor e importador)Name: Mr Alam ShaharePostition: Sales Manager Place: LusakaAdress: Stand No 8643, off Mumbwa RoadContact: 0971281436/7, +260211846098E-mail: [email protected]

Safintra Zambia LtdSectors: Aço (produtor e importador)Place: LusakaAdress: 7239 Mukatasha Road, Light Industrial Area, Lusaka, ZambiaContact: +260 211 288 155 / 156

lna import and ExportSectors: Aço (produtor e importador)Place: Lusaka

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

Zambian breweriesSectors: Cerveias e refrigerantesPlace: Lusaka

capital fisheriesProgramme: DirectionSectors: Importador de peixeName: Timothy D. KennyPostition: General ManagerPlace: LusakaAdress: Katanga Road, Chinika Industrial AreaContact: +260 (0) 969 111 775

Yalelo fishProgramme: Commercial DepartmentSectors: Produtor de peixeName: Tionge NyirendaPostition: Commercial ManagerPlace: LusakaAdress: Plot 6981. Mukwa and Lumumba RoadContact: +260 (0) 971066151

Kango fisheries and seafoodProgramme: Commercial DepartmentSectors: Produtor/importador de peixePlace: LusakaAdress: 4/397, Unit 1, Kafue Road, P.O. Box: 39333, Lusaka, ZambiaContact: +260 966 761 842

Musa biscuits ltdSectors: Produtor de bolachasPlace: LusakaAdress: Nampundwe Rd Chinika Area, Lusaka, Zambia PO Box 30960, Lusaka Main, Lusaka, ZambiaContact: +260 21 128 6683E-mail: [email protected]

swiss bake ltdSectors: Produtor de bolachasPlace: LusakaAdress: PLOT NO.12097 NAMPUNDWE RD. LUSAKA, ZAMBIAContact: +260 211 287 267/8E-mail: [email protected]

Zampalm ltd Kopa Palm PlantationSectors: Produtor de óleo de palmaPlace: LusakaAdress: MpikaContact: 260 214370390

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Análise de mercAdo: ZÂmBiA

cargill Sectors: Productor /importador de óleo alimentarPlace: LusakaAdress: Nasser Street, PO Box 510274, Chipata, ZambiaContact: Tel: +260 216 221 790E-mail: www.cargill.com

Cargill RefinerySectors: Productor /importador de óleo alimentarPlace: LusakaAdress: Plot 500, 1 Mumbwa Road. Lusaka . Contact: Tel: +260 211 286 /448/450/ 460

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estudO sObre O MerCAdO dA repÚbliCA de nAMÍbiA e As OpOrtunidAdes COMpetitivAs

dOs prOdutOs e serviçOs expOrtAdOs pOr AngOlA

Elaborado pEla consultora intErnacionalbEttina balmEr

ACOMAssistênCiA téCniCA de ApOiO instituCiOnAl

AO MinistériO dO COMérCiO

FinAnCiAdO pelA uniãO eurOpeiA prOjeCtO iMpleMentAdO pelAibF internAtiOnAl COnsulting

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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sumário executivo A Namíbia, que faz fronteira com Angola na parte sul, representa na região um pequeno mer-cado bem organizado com um elevado nível de exigências. Uma democracia sólida, uma boa governação e uma estabilidade política e social com um impacto positivo directo no clima empresarial. A boas infra-estruturas, canais de distribuição eficientes, segurança jurídica e pro-tecção constituem condições consideradas boas para as empresas.

A Namíbia é um mercado aberto, bem ancorado na região. O país é membro de várias organi-zações de comércio internacional como a SADC, a SACU (União Aduaneira da África Austral, a mais antiga união aduaneira), AGOA (Lei de Crescimento e Oportunidades em África), SPG (Sistema de Preferências Generalizadas), OMC e um Acordo de Comércio Preferencial com o Zimbabué.

No entanto, com 2,3 milhões de habitantes, a Namíbia continua a ser um mercado limitado, que mantém fortes ligações com a África do Sul. E não é uma surpresa observar a alta penetração das empresas sul-africanas através de investimentos directos, mais especificamente na distribui-ção de alimentos e materiais de construção.

Além disso, a Namíbia adopta políticas proteccionistas para promover a sua indústria nascente, bem como a sua agricultura, com esquemas e mecanismos, compatíveis com os seus compro-missos internacionais. Mas essas restrições dificultam o acesso ao mercado.

Devido às suas boas infra-estruturas e ao actual desenvolvimento logístico, a Namíbia também deve ser considerada um país importante para o trânsito para a África do Sul, especialmente para as empresas do Sul de Angola que podem encontrar uma vantagem em posicionarem nos mercados do Sul.

Até ao momento, poucos bens angolanos entraram no país, entre 2,4 e 31,5 milhões Euros por ano, durante o período compreendido entre 2011 e 2015, fluxos que não podem ser considera-dos como um resultado comercialmente consistente, tendo em conta o potencial de negócios entre os dois países.

Pode ser um mercado onde as empresas sul-africanas estejam bem estabelecidas, diminui-se as possibilidades das empresas angolanas serem competitivas. No entanto, nessas condições, é muito difícil alcançar a economia de escala. Mas ainda assim, ao invés de apostarem nas vanta-gens competitivas, as empresas angolanas, ao decidirem entrar no mercado Namibiano, devem antes considerar as vantagens comparativas.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Finalmente, importa referir que neste pequeno mercado pode-se fazer uma diferenciação entre o norte, que representa um quarto da Namíbia e o resto do território. As semelhanças com An-gola, na cultura e nos padrões de consumo, são mais visíveis nas províncias do norte que do sul.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

Índice1. Visão gERal do PaÍs ............................................................................................ 107

2. infoRMaçõEs PRáticas do MERcado ........................................................ 113

3. iMPoRtaçõEs ........................................................................................................... 114

3.1. Balança comercial ................................................................................................ 114

3.2. exportações para mercados-chave ....................................................................... 116

3.3. principais produtos de exportação ..................................................................... 117

3.4. comércio exterior de peixe ................................................................................. 118

3.5. principais produtos de reexportação ................................................................... 119

3.6. importações de mercados-chave ........................................................................... 120

3.7. principais produtos de importação ....................................................................... 122

3.8. importações pelo modo de transporte ................................................................. 123

3.9. comércio Bilateral ................................................................................................ 125

3.10. comércio informal na fronteira do norte (cunene e moxico) ..................... 133

3.10.1. background .................................................................................................... 133

3.10.2. Principais conclusões ..................................................................................... 134

3.10.3. Comparação do comércio formal e informal (fluxos) ................................. 135

3.10.4. fluxos de comércio informal por postos fronteiriços ................................ 136

3.10.5. direcção do comércio informal ................................................................... 138

3.10.5.1. Comércio Informal exports ............................................................................ 138

3.10.5.2. Importações informais ................................................................................... 138

3.10.6. Principais produtos informais: importações da namíbia em postos fronteiri-ços com angola (cunEnE e Moxico) ...................................................... 139

3.10.6.1. Conclusões Principais ................................................................................... 139

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

3.10.6.2. Principais importações informais da Namíbia via postos fronteiriços de Oshikan-go .................................................................................................................. 140

3.10.6.3. Principais importações informais da Namíbia via posto fronteiriço Omaeneno. ......................................................................................................................... 141

3.10.6.4. Principais importações informais da Namíbia via posto transfronteiriço de Ca-lai ................................................................................................................... 142

3.10.7. Namíbia como país de trânsito entre a África do Sul e Angola .................. 142

4. REgiME das iMPoRtaçõEs ................................................................................ 145

4.1. visão geral ............................................................................................................. 145

4.2. configuração de tarifas ........................................................................................ 145

4.3. documentos e procedimentos de importação .................................................... 147

4.4. logística ................................................................................................................. 148

5. análisE PoR PRoduto ......................................................................................... 150

5.1. regulamento de acesso ao mercado .................................................................. 150

5.1.1. Medidas de Restrição de acesso ao Mercado ................................................ 150

5.1.2. Órgãos de regulação ......................................................................................... 152

5.1.2.1. Conselho Agronómico da Namíbia ................................................................. 152

5.1.2.2. Agência de Agro-Comercialização (ACC) ..................................................... 153

5.1.2.3. O Conselho de Carnes de Namíbia ................................................................ 154

5.1.3. trigo ................................................................................................................... 155

5.1.3.1. Condições de Exportação ............................................................................... 155

5.1.3.2. Milho ............................................................................................................... 155

5.1.3.3. Millet de Peróla (Mahangu) ............................................................................ 157

5.1.3.4. Trigo ................................................................................................................ 158

5.1.3.5. Arroz ................................................................................................................ 160

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

5.1.4. Produtos Hortícolas frescos ........................................................................... 160

5.1.5. gado e produtos à base de carnes .................................................................. 163

5.1.5.1. Sobre criação de gado ..................................................................................... 163

5.1.5.2. Zonas Veterinárias na Namíbia ....................................................................... 166

5.1.5.3.  Surtos recentes de doenças, questões e desafios actuais  ................................. 170

5.3. canais de distriBuição .......................................................................................... 171

5.3.1. Visão geral ....................................................................................................... 171

5.3.2. fMcg canais de distribuição ........................................................................ 171

5.4. material de construção ........................................................................................ 173

5.4.1. Oportunidade de mercado na Namíbia para produtos Angolanos ........................................................................................................................... 174

6. conclusõEs ............................................................................................................ 182

7. anExos ........................................................................................................................ 185

7.1. anexo 1: actos da namíBia (interesse - selecção) .............................................. 185

7.2. anexo 2: lista de contactos ................................................................................. 188

7.3. anexo 3: lista de materiais de construção e importadores de material de ferragem ............................................................................................................... 197

7.4. anexo 4: lista dos processadores de grãos ......................................................... 199

7.5. anexo 5: lista dos importadores de produtos frescos ....................................... 209

7.6. anexo 6: outros contactos úteis ......................................................................... 232

7.7. anexo 7: procedimentos normativos de exploração dos permisos agronómicos ................................................................................................................................... 234

7.7.1. descrição ........................................................................................................... 234

7.7.2. Permitos de importação para horticultura e grão ......................................... 234

7.7.2.1. Horticultura permissão de importação (frutas e legumes frescos) ................. 234

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

7.7.2.2. Permissão de importação de grão (milho, trigo e trigo perolado) ................. 237

7.7.3. outros produtos agrícolas que exigem uma licença ...................................... 240

7.7.4. Pequena escala de importadores de produtos frescos e grão ....................... 241

7.8. anexo 8: formulário de pedido de importação .................................................. 244

7.9. anexo 9: feiras namiBianas do comércio para 2017 ............................................ 246

7.10. anexo 10: no posto fronteiriço de santa clara (cunene, angola) e oshikango (namíBia) .......................................................... 252

7.11. anexo 11:comerciantes na região centro-norte .............................................. 257

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

abreviaturas e siglasAMTA — Agro-Marketing and Trade Agency CET — Common External TariffDVS — Directorate of Veterinary ServicesEU — European UnionFMD — Foot & Mouth DiseaseGSP — Generalised System of PreferencesIIP — Infant Industry ProtectionIPPC — International Plant Protection ConventionITAC — South African International Trade Administration CommissionMAWF — Ministry of Agriculture, Water and ForestryMFN — Most Favoured NationMSP — Market Share PromotionMITSD — Ministry of Trade, Industrialisation and SME DevelopmentNAB — Namíbia Agronomic BoardNCA — Northern communal areasNCCI — Namíbia Chamber of Commerce & IndustryNSA — Namíbia Statistic AgencyNSI — Namíbian Standard InstituteNTF — Namíbia Trade ForumSACU — Southern Africa Custom UnionSADC — Southern Africa Development CommunitySAFEX — South African Futures ExchangeOIE — Office International des Epizooties (World Organisation for Animal Health)VCF — Veterinary Cordon FenceSPS — Sanitary and PhytosanitaryWBCG — Walvis Bay Corridor GroupWTO — World Trade Organisation

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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1. Visão geral do país

Demografia: A Namíbia é um dos três países menos povoados de África, de tal modo que foi apelidado de espaço vazio e tranquilo. Tem uma densidade populacional média de apenas 2,6 habitantes por quilometro quadrado e um total estimado em 2.280.000, segundo as projecções de 2015, dos quais cerca de 16% reside na capital, Windhoek. 60% da população está localizada na parte norte da Namíbia, cerca de 1,35 milhões de habitantes.

organização do País: A Namíbia está situada na costa sul-ocidental de África, faz fronteira com o Oceano Atlântico, a oeste com o Botswana, o Zimbabwe a leste, com a África do Sul a sul, Angola faz fronteira a norte e a Zâmbia a nordeste. A Namíbia conquistou a sua inde-pendência em Março de 1990, estando no governo, desde essa altura, a Organização Sudoeste Africano Popular (SWAPO Party).

A Namíbia possui um território de 824.000 km², que consistem em regiões áridas e desérticas no sul e do sudoeste, e áreas férteis superabundantes no norte e nordeste, enquanto a parte oriental

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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do país é semi-árido. A zona húmida na costa ocidental, a sul de Walvis Bay, reúne condições propícias para viveiros de vários tipos de aves migratórias, incluindo flamingos.

O clima da Namíbia é árido, semi-árido e sub-tropical. Os meses mais quentes são Janeiro e Fevereiro, com temperaturas médias máximas a variar entre 20 e 35 °C. No inverno, a tempe-ratura média diárias é de 10 °C.

2016 2017 (previsão)Pib nominal 146,5 biliões NAD 161,3 biliões NAD

taxa de crescimento do Pib (real) 1.6% 3.4%

Inflação 6.7% 6.5%

Estrutura Económica:

Em resumo:

• Sectores: mineração, pesca, turismo e agricultura• Maior empregador: agricultura (46%)• Sector de rápido crescimento: turismo• Mineração: diamante, urânio, cobre, chumbo, zinco, magnésio, cádmio, arsénio, piritas,

prata, ouro, minerais de lítio, pedras de dimensão (granito, mármore, sodalita azul) e mui-tas pedras semi-preciosas.

A economia da Namíbia tem resistido com sucesso às crises internacionais, e só tem conseguido isso porque possui uma arquitectura macroeconómica sólida, muito em função da governação democrática adoptada por este país.

A economia da Namíbia é altamente dependente da extracção e processamento de minerais para exportação. A actividade mineira representa 8% do PIB, mas é responsável por mais de 50% dos ganhos cambiais. Os ricos depósitos de diamantes aluviais fazem da Namíbia uma fonte primária de diamantes de boa qualidade. A Namíbia é o quarto maior exportador africano de minerais não-combustíveis, o quinto maior produtor mundial de urânio e produtor de grandes quantidades de chumbo, zinco, estanho, prata e tungsténio. O sector mineiro emprega apenas cerca de 3% da população, enquanto cerca de metade da população depende da agricultura de subsistência (CIA 2009).

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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A Namíbia normalmente importa cerca de 50% das suas necessidades de cereais, e esta de-pendência cria grandes problemas nas zonas rurais, sobretudo em anos de seca a escassez de alimentos.

comércio: A Namíbia é membro de várias organizações internacionais de comércio

• agoa: Crescimento Africano e Oportunidade, assinado em Maio de 2000 - duty free e livre de exportação de têxteis e vestuário quota para os EUA.

• acordo de comércio Preferencial entre a namíbia e o Zimbabwe, acordo regido pelo Estado de origem, entrou em vigor em 17 de Agosto 1992).

• sacu (Southern Africano União Aduaneira): A Namíbia tornou-se membro em 1990, tendo como outros membros a África do Sul, Lesoto, Suazilândia e o Botswana, prevê a livre circu-lação de mercadorias entre os membros. O artigo 2º do acordo impede que os membros impo-nham direitos ou restrições quantitativas aos bens produzidos ou fabricados na zona comum. Os direitos são cobrados sobre as mercadorias na entrada no espaço aduaneiro comum mas, uma vez dentro da zona comum, não são cobradas taxas adicionais.

Os principais itens do acordo SACU 2002 são: ◦ Livre circulação de mercadorias entre Estados-Membros ◦ Pauta aduaneira comum sobre as importações de terceiros ◦ Receita compartilhada de impostos aduaneiros e impostos especiais de consumo ◦ Políticas alfandegárias e de impostos especiais de consumo harmonizadas

• oMc: Organização Mundial do Comércio• sadc: Comunidade de Desenvolvimento Africano Sul, incluindo a Área de Livre Comér-

cio criada em 2008, através do Protocolo Comercial• gsP: Sistema Geral de Preferências para determinados países desenvolvidos

sistema político: A Constituição da Namíbia, a lei mãe do país, consolida a democracia multi-partidária, bem como os direitos fundamentais e liberdades. A Constituição estabelece a divisão de poderes entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. o Presidente, que é eleito por voto popular directo, para um período de cinco ano, podendo ser reeleito para um segundo mandato, é chefe do governo.

Desde a independência, a Namíbia tem construído uma forte base democrática. Todas as insti-tuições necessárias para assegurar a governação democrática foram estabelecidas, prova disso

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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é que as eleições presidenciais e autárquicas são realizadas regularmente. O Poder Judiciário opera com independência total, enquanto o escritório do Auditor-Geral ganhou estatura como um fiscal sobre a conduta de gestão financeira. Além disso, os escritórios do Provedor de Jus-tiça e da Comissão Anti-Corrupção funcionam efectivamente. Nos últimos 25 anos, a Namíbia manteve um ambiente propício à existência de de um de uma oposição livre e actuante. Igual-mente, o governo também manteve-se firme no seu compromisso para o sistema económico de mercado livre, atribuindo grande importância ao sector privado, como uma demonstração de reconhecimento do seu papel no processo de desenvolvimento.

sistema legal: Por razões históricas, a lei da Namíbia está baseada na legislação sul-africana e nos seus princípios legais. A lei da Namíbia foi fundado num sistema conhecido como direito romano-holandês, um direito que constitui a pedra angular da maioria dos sistemas jurídicos modernos na Europa. A lei comum na África do Sul é composta pelos textos dos juristas holan-desas do século 17 e 18, conhecidos como os glosadores e é conhecido como a lei comum da África do Sul. O direito romano-holandês foi levado para a África do Sul pelos colonizadores holandeses, alcançando todo sudoeste africano, que sofreu uma forte pressão da África do Sul. Com a sua independência em 1990, A Constituição da Namíbia foi escrita e adoptada como lei fundamental da República da Namíbia.

ao fazer negócios na namíbia1: principais conclusões do relatório do Banco Mundial são da-das abaixo. O relatório completo e mais detalhado pode ser encontrado no seguinte endereço: http://www.doingbusiness.org/reports

• A Namíbia ficou em nº 108 º em termos de facilidades para se fazer negócios (7 lugares em comparação com 2016 figuras). Angola: 182 º (das 189 economias)

• Em termos de cumprimento de contratos classificados, ficou em 98º, com 6,5 para o índice de qualidade dos processos judiciais (sobre uma gama de índices de 0 a 18), 460 dias e de 35,8% dos custos (% da reivindicação). Angola: 186 º

• A Namíbia ficou em 170 º na criação de um negócio. Para configurar um processo de negó-cios 10 passos precisam ser seguidos e pode demorar até 66 dias. Angola: 144 º com proce-dimentos 8, 36 dias.

• Em termos de facilidade do processo de obtenção de crédito, a Namíbia classificou 62 na posição.

1 Fonte : Banco Mundial, www.doingbusiness.org/reports (2017 com os dados a partir de 01 junho de 2016 )

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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• A Namíbia ficou em 127 º para a facilidade de negociação através das fronteiras, tendo Angola ficado em 183 º

• Na Namíbia, leva-se em média cerca de 210 horas e USD 1.093 por contentor a ser exportado.

• Para importar bens, leva-se uma média de 9 horas e custa USD 208 por contentor.

Classificações e rankings seleccionados 2

• transparência internacional: 1º em África para a liberdade de imprensa• fórum Económico Mundial: 2º melhor infra-estrutura de transportes em África• fraser internacional: 2º destino mais favorável para a actividade mineira em África• organização Regional do turismo da áfrica austral: 4º melhor destino turístico em

África• fórum Económico Mundial: 22 instituições bancárias

Política de comércio com angola: O Ministério das Finanças, no quadro de despesas de médio prazo 2017/18 - 2018/19, apresentado em Março de 2017, menciona dois pontos relacionados a iniciativas de desenvolvimento e comerciais ligadas à Angola:

“Desenvolvimento de Cadeias de Valor Regionais (RVC): Ajudando as empresas locais a desenvolverem a sua capacidade para expandir o seu conhecimento do mercado, a preparação para as exportações e as relações comerciais, bem como criar um ambiente empresarial favorável, são os elementos-chave para o desenvolvimento do comércio intra-africano e das cadeias de valor regionais. As iniciativas de RVC devem ser apoiadas. Acordos de cooperação industrial com a África do Sul, Zâmbia e Angola tem sido um foco importante durante o período de 2015/16 estabelecendo assim as bases para começar a finalizar estes acordos e que se deslocam no sentido de implementar as nossas ambições bilaterais de desenvolvimento de cadeias de valor “. [Página 199]

E

2 Fonte: Guia Comercial da Namíbia 2017

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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“Construção de Centros de Negócios: o principal objectivo desta actividade é o de aumentar o volume, valor e variedade de produtos e serviços Namibianos que são exportados, bem como garantir mercados externos e as condições de acesso ao mercado preferencial para os produtos locais nos mercados regionais e globais . Neste sentido, o Ministério deu início a um programa para a construção dos Centros Comerciais da Namíbia em Angola e República Democrática do Congo.

A Namíbia adquiriu um terreno de 3619,84 m² em Talatona, Luanda Sul, para a construção do Centro de Comércio da Namíbia. O Centro vai oferecer aos fabricantes da Namíbia, reta-lhista e prestadores de serviços a oportunidade de expandir os seus negócios para o lucrativo mercado angolano. O terreno no sul de Luanda foi cercado e registado em nome de uma entidade Namibiana em Angola.

Saída esperada

• Desenvolver e diversificar o mercado de exportação para os produtos fabricados local-mente

• Aumentar o comércio bilateral com Angola• Aprofundar as relações comerciais da Namíbia com Angola• Reforçar a cooperação bilateral e a integração regional• Um ambiente seguro e propício para a Namíbia, empresários e prestadores de serviços,

tanto na criação de um tipo de “One Stop Shop” entre a Namíbia e o seu homólogo, quanto no resto da África.

• Diversificação de mercados e melhorar o comércio entre a Namíbia e o resto de África.• Ajudar os agricultores comunais, especialmente no norte da linha vermelha, para ter

acesso ao mercado de exportação da sua carne.• Estimular oportunidades de emprego para os namibianos e crescimento para a econono-

mia nacional.• Aumentar a contribuição do sector exportador no PIB [página 209]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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2. informações Práticas do Mercado• Moeda: Dólar namibiano (NAD), a par com o Rand Sul Africano (ZAR)• capital: Windhoek (365 000 habitantes, cerca de 16% da população total)• outras cidades principais: Rundu (63 400 habitantes, em 2011), Walvis Bay (62 100 ha-

bitantes), Oshakati, Swakopmund, Katila Mulilo, Grootfontein, Rehoboth.• idioma: Inglês é a língua oficial. Outras línguas faladas: Oshiwambo, Afrikaans, Herero,

KhoeKhoegowab, Nama / Damara, alemão, Silozi, Rukwangali e Setswana. As línguas San também são faladas por diferentes grupos da população.

• Horário comercial: Os estabelecimentos estão abertos entre às 8h00 e 17h00, de segunda a sexta-feira, enquanto os bancos estão abertos das 9h00 às 15h30 durante a semana e, aos sábados, das 8h30 as 12h00.

• comunicação: ◦ telefones fixos: cobertura em todo o país, com instalações de discagem directa para mais

de 220 países ◦ Sistema de comunicação móvel está disponível em todo o país. Também é possível alu-

gar celulares e telefones por satélite no Aeroporto Internacional de Windhoek, ou com-prar facilmente cartões SIM locais.

• feiras: há cerca de 40 feiras anuais na Namíbia, em Windhoek e em outras cidades, mais ou menos especializados. Ver o anexo para mais detalhes.

• Hotéis: como a Namíbia é orientada para o desenvolvimento do turismo, o país goza de uma boa oferta hoteleira, tanto na capital, bem como nas principais cidades do país, desta-cando-se os lodges para safaris.

• Visto: fazer negócios na Namíbia é exigido um visto. Para mais detalhes, consulte: http://www.mha.gov.na/visas

• os bancos comerciais: a Namíbia possui 6 bancos comerciais, segundo a tabela a seguir

nome do banco contatos

Banco BIC +264 83 330 900www.bankbic.na

Banco de Windhoek +264 61 299 1200www.bankwindhoek.com.na

Primeiro Banco Nacional da Namíbia +264 61 299 2111www.fnbNamíbia.com.na

NedBank da Namíbia Ltd +264 61 295 2222www.nedbank.com.na/home

Banco de PME +264 61 430 1000www.smebancom.na

Banco Standard da Namíbia + 264 61 294 2126/36www.standarbank.com.na

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3. importações3

3.1. balança comercial

Durante a última década, a Namíbia registou uma balança comercial negativa desde 2009. Em 2015, o país continuou a registar uma balança comercial desfavorável, com 2015 a registar o défice comercial mais elevado de NAD 39.2 mil milhões em dez anos, desde 2006. O défice comercial Aumentou 43,1% para NAD 39,2 biliões em 2015 em comparação com um valor revisado de 2014, em que o déficit foi estimado em NAD 27,4 biliões. O défice aumentou à medida que as despesas com as importações aumentaram na ordem dos 6%, enquanto que as receitas de exportação diminuíram na ordem de 9,8%.

A balança comercial na Namíbia atingiu, em média, um défice de 11 mil milhões de NAD de 2006 a 2015, atingindo um nível histórico com um excedente de NAD 2.6 mil milhões em 2006 e um nível recorde com um défice de NAD 39.2 mil milhões durante o período em análise .

Namíbia balança comercial 2006 – 2015

Fonte: NSA

3 Fonte: NSA 2015: Relatório de Comércio, salvo indicação em contrário

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Em 2015, os maiores défices foram registados com a África do Sul (NAD50.7 biliões), China (NAD4.3 biliões), Bahamas (NAD2.1 biliões), Índia (NAD1.6 biliões) e Alemanha (NAD1.2 biliões).

Os maiores excedentes comerciais foram registados com o botswana (NAD10.8 biliões), suíça (NAD6.5 biliões), Espanha (NAD2.3 biliões), angola (NAD2.2 biliões) e frança (NAD1.3 biliões).

As despesas com as importações aumentaram para NAD 97,6 mil milhões, de NAD 92,1 mil milhões no ano passado, uma vez que as despesas com combustíveis minerais, máquinas eléc-tricas, minérios de cobre e artigos de ferro ou aço melhoraram.

Por outro lado, o valor global das exportações caiu para NAD 58,4 biliões em relação a NAD 64,7 biliões no ano anterior, principalmente devido à quebra nas venda de minerais, como o mi-nério de cobre e o zinco. Além disso, as vendas de veículos também afectaram negativamente a receita geral das exportações.

Namíbia balanço comercial 2010 – 2016

Fonte: Relatório Trimestral do PIB, NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3.2. Exportações para mercados-chave

Durante o ano de 2015, as exportações totais da Namíbia diminuíram de NAD 6,3 biliões, ou 9,8%, para NAD 58,4 biliões, em comparação com NAD 64,7 biliões registados em 2014, devido principalmente à contracção da procura externa de bens nacionais principalmente por Angola, EUA , Canadá e Alemanha. A maior parte das exportações, avaliadas em NAD 38,6 biliões, foram destinadas ao Botswana, África do Sul, Suíça, Espanha e Angola (gráfico 1). As receitas de exportação derivadas desses países cresceram 12,6%, para NAD 38,6 biliões, quan-do comparadas com NAD34,3 biliões registadas no ano anterior. Além disso, estes mercados representaram 66% do total das receitas de exportação da Namíbia, ante 53% no ano anterior.

O Botswana superou o destino de exportação da Namíbia com NAD 13.1 biliões, que se traduz em aumento de 21.5%, em relação aos NAD 10.7 bilhão obtidos um ano antes, como resultado do aumento da procura do Botswana por diamantes, combustíveis minerais e óleos. A África do Sul ficou na segunda posição com (19,5%), depois a Suíça com (15,3%) e finalmente a Espa-nha com 4,3%. No entanto, as exportações para Angola caíram 44,7% para NAD 2,6 biliões de NAD 4,7 biliões há um ano. Além disso, as exportações para os EUA diminuíram 52,1%, Mo-çambique (42,4%), Canadá (29,8%), Alemanha (27,7%) e Singapura (69,5%). As exportações para a Zona de Processamento de Exportação (EPZ) também prejudicaram os ganhos globais de exportação da Namíbia.

Namíbia exportacoes a mercados-chave

Fonte: NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3.3. Principais Produtos de Exportação

Os cinco principais produtos de exportação principais da Namíbia em 2015, foram os diaman-tes, catodos de cobre, peixes, minérios de cobre e zinco (ver tabela seguinte). Os rendimentos globais de exportação gerados por essas commodities aumentaram 9,7%, para 42,4 biliões de dólares americanos, contra 38,4 biliões de dólares obtidos no ano anterior, fazendo com que essas commodities respondessem por 72% das receitas totais de exportação no ano em análise, ante 59%, em relação ao ano anterior.

O diamante continua a dominar o mercado de exportação. Em 2015, representou 33% das exportações totais e aumentou 18,3% em relação ao ano anterior devido à alta demanda do Botswana e da África do Sul. Em contrapartida, as exportações de diamantes para a Zona de Processamento de Exportação (EPZ), Bélgica, EUA e Suíça contraíram. O maior crescimento das exportações entre as commodities acima mencionadas foi observado no valor dos cátodos de cobre, que subiu para NAD 8 biliões, de NAD 3,5 biliões no ano anterior, como resultado do aumento da procura externa da Suíça, que cresceu mais do que o dobro, de NAD 3,5 Para a NAD 7,5 biliões em 2015. Além disso, a grande procura externa de cátodos de cobre pela Itália, Coreia do Norte, China, RSA, Arábia Saudita e Alemanha também foi a causa de um aumento relativamente forte no valor total do cátodo de cobre exportado, que posteriormente subiu três lugares para ocupar o segundo lugar como principal produto exportado da Namíbia em 2015.

Por outro lado, o maior declínio nas exportações reflectiu-se no valor dos veículos, zinco e minérios de cobre. As receitas totais provenientes das exportações derivadas dos referidos pro-dutos diminuíram 35%, representando NAD 9,1 mil milhões em 2015, contra os 14 mil milhões de dólares no ano anterior. Além disso, o declínio nas receitas de exportação também se deveu à queda das vendas de caldeiras (declínio de 38%), máquinas e equipamentos eléctricos (declínio de 12,6%), sal e cimento (declínio de 17,5%) e embarcações.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Namíbia TOP 5 de Exportações

Fonte: NSA

3.4. comércio Exterior de Peixe

A Namíbia é um país exportador líquido de peixe. Assim, o peixe continua a ser o principal fornecedor de receitas de exportação da Namíbia em termos de produtos alimentares. Em geral, o peixe faz parte dos cinco maiores produtos de exportação. A tabela seguinte apresenta uma tendência crescente das exportações de peixe ao longo de um período de dez anos. A receita de exportação da Namíbia, gerada a partir do peixe, atingiu a média de NAD 5.4 biliões durante o período de 2006 a 2015, atingindo um máximo histórico de NAD 7.1 biliões em 2014, e um recorde de baixa de NAD 3.2 biliões, abaixo da média em 2006. O crescimento mais forte nas exportações de peixe foi registado em 2008 e 2013, onde as exportações de peixe cresceram 32,6% e 22,8%, respectivamente.

Em 2010, 2011 e 2015, registaram-se ligeiras reduções das exportações de peixe. Em 2015, as exportações de peixe diminuíram apenas 1% para 7 mil milhões de NAD, contra 7,1 mil milhões registados no ano anterior. Este declínio pode ser atribuído à baixa procura externa de peixe por Angola, Alemanha, Holanda, Moçambique, Itália e RDC, enquanto as exportações de peixe para a África do Sul e para a Zâmbia aumentaram.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

119

Namíbia comércio exterior da pesca

Fonte: NSA

3.5. Principais produtos de reexportação

As reexportações são exportações de mercadorias estrangeiras, que foram previamente importa-das para a Namíbia por diferentes razões. O valor total das commodities reexportadas diminuiu em 2015 em 27,8% para NAD 9,6 biliões, quando comparado aos NAD 13,3 biliões registados no ano anterior. Cátodos de cobre, diamantes, veículos, caldeiras e minérios de cobre (tabela seguinte) foram as mercadorias mais re-exportadas em 2015. Além disso, o valor total destas commodities aumentou de NAD3,8 biliões no ano passado para NAD7,4 biliões em 2015, e isso representa um crescimento de 96%. Além disso, as mercadorias acima mencionadas repre-sentaram 77% da reexportação total em 2015, contra 28,5% no ano anterior.

Os cátodos de cobre subiram dois lugares para ocuparem a primeira posição, destacando-se como a principal mercadoria de reexportação da Namíbia, saindo da terceira posição ocupada no ano pas-sado. Este produto foi principalmente reexportados para a Suíça. Por outro lado, a reexportação de navios foi a principal causa do declínio no valor global das reexportações, uma vez que caiu 96,6% para NAD 0,3 biliões, quando comparado aos NAD 9 biliões registados no ano passado.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

120

namíbia: toP 5 re-exportações

Fonte: NSA

3.6. importações de mercados-chave

Durante o ano de 2015, as mercadorias importadas para a Namíbia aumentaram NAD 5,5 bi-liões, para NAD 97,6 biliões, de NAD9 2,1 biliões um ano antes. A África do Sul, a China, a Suíça, o Botswana e as Bahamas foram os principais fornecedores de bens para a Namíbia durante o período em análise (gráfico 3). O valor total das importações destes países aumentou 21,5%, traduzido-se em NAD 75,1 biliões, em comparação aos NAD 61,8 biliões registados no ano de 2014. Estes mercados representaram 77% das importações totais em 2015, em compara-ção com 67% no ano passado.

O maior crescimento no valor das importações foi observado principalmente na Zâmbia, Peru e China. As importações totais desses mercados cresceram para NAD 9,5 biliões, em compa-ração com NAD 4,5 biliões registados no ano passado, como resultado de uma maior procura doméstica por cátodos de cobre, cereais e açúcar da Zâmbia, minérios de cobre do Peru, artigos de ferro ou aço da China.

A Namíbia continua a depender da África do Sul como uma das principais fontes de importa-ções, uma vez que a factura de importação desse país continua a crescer.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Em 2015, o projecto de lei de importação aumentou 19,8%, representando NAD 62 biliões, em comparação aos NAD 57,8 biliões no ano anterior. Registaram-se aumentos substanciais no va-lor das importações provenientes da Suíça, com 66,5%, Botswana, 19,4% e Índia, com 12,7%. No caso da Suíça, o aumento foi principalmente causado por minérios de cobre, caldeiras e veículos, por outro lado, diamantes, veículos, produtos farmacêuticos e combustíveis e óleos minerais influenciaram o aumento do valor das importações provenientes do Botswana. Curio-samente, a Namíbia registou um aumento no valor global das importações da Índia, mas desta vez as importações de peixe influenciaram o crescimento das importações desse país.

O valor das importações da Namíbia em alguns mercados diminuiu, a queda mais acentuada foi observada principalmente na Alemanha (35,8%), nas Bahamas (30,6%) e na RDC (22,6%).

namíbia principais fontes das importações

Fonte: NSA

Globalmente, a África do Sul continua a ser o principal parceiro da Namíbia: segundo merca-do de exportação e o primeiro país importação. No entanto, a diferença entre importação e exportação está a se expandir, como mostra o gráfico a seguir.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Namíbia comércio com África do Sul

Fonte: www.tradingeconomics.com

3.7. Principais produtos de importação

Em 2015, combustível e óleos minerais, veículos, caldeiras, máquinas eléctricas e minérios de cobre dominaram a lista de importações para a Namíbia (gráfico 7). O valor total das importa-ções aumentou 6%, uma vez que a procura interna de bens estrangeiros aumentou em 2015 para NAD 97.6 mil milhões, de NAD92.1 mil milhões registado um ano antes. Essas mercadorias representaram 44,8% do total das despesas de importação em 2015, comparado com 38,8% em relação ao ano anterior. Além disso, a factura global das importações dos produtos acima men-cionados subiu 22,4% para NAD43,7 mil milhões, Ano anterior.

O maior crescimento das importações foi observado no valor dos combustíveis e óleos minerais importados, que aumentaram 143% para NAD 14,2 biliões, de NAD 5,8 biliões obtidos há um ano. Subsequentemente, o combustível mineral e os óleos moveram-se acima de três lugares para ocupar a primeira posição como a principal mercadoria da importação da Namíbia. Além disso, as importações de minérios de cobre também aumentaram substancialmente, enquanto o aumento na importação de máquinas eléctricas foi mínimo.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Apesar do aumento geral do projecto de lei de importação, a Namíbia registou uma queda nas importações de commodities como veículos, caldeiras, navios e diamantes. O maior declínio reflectiu-se no valor das embarcações importadas, que caíram 66,2% (de NAD 12 para NAD 4 biliões) e diamantes em 32,5% (de NAD 3,9 biliões para NAD 2,6 biliões).

Namíbia TOP 5 Importações

Fonte: NSA

Namíbia TOP 5 Importações

Fonte: NSA

3.8. importações pelo modo de transporte

A maior parte das importações para a Namíbia foi transportada por via rodoviária, pelo que as importações por transporte rodoviário aumentaram 6%, representando NAD 57,9 mil milhões,

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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em comparação com NAD 54,5 mil milhões registados em 2014 (ver quadro seguinte). O valor das importações via rodoviária representou 59% das importações totais para a Namíbia, o que é semelhante à sua contribuição de percentagem em 2014.

Além disso, o valor total das importações pelo mar aumentou 5%, representando assim NAD 34,6 biliões em 2015, quando comparado aos NAD 33 biliões registados em 2014.

O valor dos bens importados via aérea foi o que mais cresceu 8%, contabilizando cerca NAD 4,6 biliões, contra os NAD 4,3 biliões registados no ano anterior. Além disso, a contribuição do transporte aéreo manteve-se constante, em 4,7% do total das importações durante os anos em análise.

Namíbia importações por modo de transporte

Fonte: NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3.9. comércio bilateral

A Namíbia continua a ser um exportador líquido para Angola, como apresenta o gráfico seguin-te, e a diferença entre exportação e importação está a aumentar.

Comércio da Namíbia com Angola

Fonte: www.tradingeconomics.com

Como mostra a tabela a seguir, segundo a Agência de Estatística da Namíbia, nos últimos cinco anos, o saldo comercial entre ambos os países regisgou um superávit de vários biliões de NAD.

Evolução do comércio bilateral (milhões de NAD)

importar (de angola)

Exportar (para angola)

balanço

2011 55 3 616 +3 5602012 32 4 134 +4 1032013 35 4 309 +4 2752014 138 4 723 + 4 5852015 452 2 615 + 2 163

Fonte: NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Evolução do comércio bilateral Namíbia / Angola - Mio Nad

Fonte: NSA

Seguem os principais pontos a ter em conta sobre os fluxos de mercadorias entre os dois países e podem ser resumidos da seguinte forma:

1) balança comercial: saldo da balança comercial é a favor da Namíbia com uma relação que vai de 1: 5 a mais de 1: 100 durante os últimos anos

2) Exportar para angola: o valor das exportações mostra uma diminuição importante devido à queda do preço do combustível. Especialmente no posto fronteiriço principal (Oshikango), a atividade caiu drasticamente a partir de 2014, atingindo um nível muito baixo, impactando directa ou indirectamente em toda a economia regional.

3) Produtos importados:

As importações da Namíbia provenientes de Angola são:

• globalmente reduzido em termos de valor em comparação com as exportações da Namíbia para Angola e em comparação com o total das importações da Namíbia em geral.

• composta principalmente de equipamentos pesados, veículos de construção e seus com-ponentes: os veículos foram (provavelmente) utilizados para a construção de locais em Ango-la, geridos por empresas de engenharia da Namíbia. Foram exportados para Angola, por essas

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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empresas e, posteriormente, com a conclusão dos trabalhos, repatriados para o país de origem das empresas. Esses movimentos foram registados como exportação e importação, mas difi-cilmente podem ser considerados como fluxos comerciais.

• não é consistente em termos de conteúdo, a menos para um produto que é farinha de peixe, utilizada na alimentação animal. Mas neste caso, trata-se de uma transferência interna entre empresas-irmãs do grupo Bidvest.

• Aumentou durante os últimos dois anos mas pontualmente, não devido a um fluxo consistente de novos negócios.

• Composto em menor extensão de bens de consumo rápido (FMCG), a saber: ◦ Água ◦ Sumos

Às vezes, peixes congelado, camarões e óleo de fígado de peixe.

Mas esses fluxos são muito baixos para serem notáveis nas principais cadeias de supermercados onde os produtos sul-africanos dominam, de longe.

• Madeira regista importações pontuais

As tabelas seguintes dão a composição das mercadorias importadas de Angola, de 2011 a 2015. Em azul claro, encontram os principais produtos que devem ser considerados como importa-ções de mercadorias “reais” de Angola.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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2011: 10 Produtos angolanos importados pela Namíbia

Produtos e código aduaneiro Valor - nad % / total

23012000: Farinhas, pós e “pellets” de peixe, etc., impróprios para alimentação humana 39,005,353 70,3

49070077: Notas de banco usadas [Repatriação / propósito Export somente] 4,749,256 8,6

49070010:--selos postais, selos fiscais e notas de banco 3,280,130 5,984264110:- Caminhões de obras equipados com guindaste e projectados para o manuseio de contêineres 1,700,673 3,1

Sucos de frutas (∑ 20099010 + 20098010 + 20093100) 698,014 1,3

39231000:-Boxes, estojos, grades e semelhantes, de plásticos 571,860 1,0

41012090:- outros couros e peles não superior a 8 kg quando simples seco, 10 kg quando salgadas seco. 551,545 1,0

73084090: outro andaimes, confrangem, equipamentos sustentando / poço 498,177 0,9

84305000: automotor terra de terraplanagem, escavação máquinas 358,000 0,6

87032390:Outros veículos de cilindrada superior 1500cmcb mas não exc 3000cmcb 331,400 0,6

total 55,487,411 100Fonte: análise de especialistas baseada em estatísticas NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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2012: TOP 10 produtos angolanos importado pela Namíbia

Produtos e código aduaneiro Valor - nad % / total

23012000: Farinhas, pós e “pellets” de peixe, etc., impróprios para alimentação humana 20,125,210 63,0

15041000: óleos de fígado de peixe, e respectivas fracções 2,605,000 8,2Máquinas de sondagem ou perfuração + suas partes (∑ of 84304900 + 84314300 + 84314300 + 84314990) 1,587,074 5,0

84682000: máquinas que funcionam com gás e aparelhos para soldar, brasagem 1,497,232 4,7

49070010:-- selos postais, selos fiscais e notas de banco 893,510 2,8

Sucos de frutas (∑ of 20097900 + 20098950 + 20099010) 810,605 2,5

Água (∑ of 22011000 + 22021010 + 22021090) 409,205 1,372041000:- Desperdícios e resíduos de ferro fundido 408,189 1,385255090:-- Outros aparelhos de transmissão 340,000 1,184689000: Peças de solda, solda ou máquinas de soldagem e aparelhos 271,700 0,9

total 31,937,142 100Fonte: análise do perito com base em estatísticas NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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2013: Top 10 produtos angolanos importado pela Namíbia

Produtos e código aduaneiro Valor - nad % / total

23012000: Farinhas, pós e “pellets” de peixe, etc., impróprios para alimentação humana 16,066,009 46,6

90158000: Instrumentos e aparelhos para propósitos meteorológicos 5,370,513 15,6

87032390: Outros veículos de cilindrada superior 1500cmcb mas não exc 3000cmcb 87042290: outros veículos para bens com GVM superior a 5t de diesel, mas não superior a 20t nes

1,752,171 5,1

84622990: Outras máquinas de flexão, dobragem, alisamento ou nivelamento 84629100: prensas hidráulicas para o trabalho dos metais ou carbonetos metálicos

1,553,150 4,5

Água (∑ of 22011000 + 22021010) 1,124,672 3,3

Madeira (∑ of 44031000 + 44041000 + 44039900 + 44071000 + 44091000) 799,137 2,3

68091900:outras placas de gesso ou de composições à base de gesso 733,282 2,1

20099010: SUCOS de frutas ou misturas de sucos 656,143 1,984144000: compressores de ar montados sobre chassis com rodas e rebocáveis 646,794 1,9

84183090: Outros congeladores do tipo de caixa, que não excedam a capacidade de litros 800L 540,669 1,6

total 34,511,217 100Fonte: análise do perito com base em estatísticas NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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2014: Top 10 produtos angolanos importado pela Namíbia

Produtos e código aduaneiro Valor - nad % / total

Partes de veículos ( Σ de classe produto n ° 87; produtos principais: 87042390: Outros veículos a motor de GVM superior a 20t de diesel por cerca de 18,8 milhões de NAD + 87100000: tanques e outros veículos de combate blindados, se ou não equipado com armas e peças para 9,1 milhões de NAD)

37,478,041 27,2

23012000: Farinhas, e pellets de peixe, etc, impróprios para consumo humano 32,610,902 23,7

03061690:- Outros camarão de água fria 14,040,274 10,2

90301000: Instrumentos e aparelhos para medida ou detecção de radiações ionizantes +90318000: Instrumentos, aparelhos e máquinas de medida ou controlo

13,533,677 9,8

90159000: Partes e acessórios de levantamento ... instrumentos / aparelhos de 90,15 12,357,923 9,0

15041000: óleos de fígado de peixe, e respectivas fracções 15042000: gorduras de peixe, óleos de peixe e fracções (excl. Óleos de fígado de peixe)

6,489,691 4,7

84314300: Peças para máquinas de sondagem ou perfuração da subposição 8430.41 ou 8430.49 4,787,359 3,5

Peixe congelado ( Σ de 03035300 sardinhas / congeladas (Sardina pilchardus, sardinops spp), sardinelas, espadilhas + 03038900)

2,324,276 1,7

Água (∑ of 22011000 + 22021010) 1,549,402 1,186090000: Contentores especialmente concebidos e equipados para transporte por um ou mais meios de transporte

1,116,743 0,8

total 137,834,835 100Fonte: análise do perito com base em estatísticas NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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2015: Top 10 produtos angolanos importado pela Namíbia

Produtos e código aduaneiro Valor - nad % / total

89019000: Embarcações para o transporte de bens e pessoas e de mercadorias 197,844,641 43,7

49070010: selos postais, selos fiscais e notas de banco 132,446,057 29,3Auto equipamentos propulsionado ( Σ 8.426-8.430 - máquinas principalmente compactadores, tractores, escavadoras)

49,836,271 11,0

89040000: rebocadores e empurradores 23,972,649 5,3Peixe congelado (∑ 0303 class of products) 19,246,255 4,323012000: Farinhas, e pellets de peixe, etc, impróprios para consumo humano 4,670,834 1,0

84791000: Máquinas e aparelhos para obras públicas, construção com função própria 3,500,260 0,8

40119410: outros pneus para a construção de máquinas / industrial, de aro> 61 centímetros: Rim de <91 cm 1,825,630 0,4

84743100: Misturadores de concreto ou argamassa 1,742,719 0,4Água (∑ 22011000, 22021010, 22021090) 1,263,961 0,3total 452,400,824 100

Fonte: análise do perito com base em estatísticas NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

133

3.10. comércio informal na fronteira do norte (cunene e Moxico)

3.10.1. background

O comércio informal entre a Namíbia e Angola é importante, isso porque a extensão da frontei-ra entre os dois países facilita essas trocas. Diz-se que em África, cerca de 41% do PIB é gerado pelo comércio informal. A Namíbia realizou, em Setembro de 2015, um segundo inquérito so-bre o comércio informal. Este estudo foi publicado em Setembro 20164.

A pesquisa foi realizada a partir de cinco postos fronteiriços mais movimentados, nomeada-mente oshikango , omahenene , Wenela , ariamsvlei , noordoewe e um posto fronteiriço em Ungazetted, calai. A selecção dos locais pesquisados foi baseada na importância dos fluxos comerciais através dos postos fronteiriços ..

oshikango , omahenene , calai (Rundu) são pontos de entrada com Angola como Ariams-vlei e Noordoewer são pontos de entrada para a África do Sul e Wenela para a Zâmbia.

Questionários físicos foram usadas como uma ferramenta fundamental para a recolha de dados. O questionário foi concebido de uma forma que permitisse a captura de informações referentes à data transaccional, a direcção do fluxo de comércio, nome da mercadoria, país de origem e destino, valor da mercadoria (NAD) e o peso (kg). A informação acima mencionada foi reco-lhida por recenseadores de comerciantes, com a ajuda de funcionários aduaneiros. Os recensea-dores foram posicionados em pontos estratégicos para garantir que as informações de todos os comerciantes fosse capturada.

Algumas limitações ocorreram, como:

• Alguns postos de fronteira foram excluídos do estudo devido a limitação de recursos• O comércio informal que ocorre durante a noite é para além do tempo estipulado de moni-

toramento (oito horas - cinco horas). • Dificuldades em estimar as quantidades de alguns itens negociados especialmente onde

bens diversos foram realizados em um único pacote • Problema de estimativa onde os itens foram transportados em pacotes não transparentes.

4 Estatísticas do Comércio Fronteira Informal Cruz - setembro 2015 / NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Postos fronteiriços pesquisados em 2015

Fonte: Relatório de comércio transfronteiriço informal 2015 / NSA

3.10.2. Principais conclusões

O estudo mostrou, em maior medida que há um grande volume de comércio transfronteiriço informal entre a Namíbia e países vizinhos, através dos postos fronteiriços pesquisados. A ba-lança comercial entre a Namíbia, Angola e a Zâmbia, de acordo com dados oficiais está subes-timado. Como resultado da pesquisa, identificou-se que há um elevado volume de comércio transfronteiriço informal, em particular as exportações da Namíbia para Angola e Zâmbia, pelo que não passam pela alfândega e, portanto, não fazem parte das estatísticas oficiais. Além disso, a maioria dos comerciantes angolanos e zambianos localizados perto das fronteiras da Namí-bia estão a comprar quase todos os seus bens da Namíbia, por isso os produtos Namibianos não declarados são exportados para Angola e Zâmbia. O comércio informal entre a Namíbia e Zâmbia está a ser realizado num único ponto, no posto de fronteira de Wenela. Por outro lado, o comércio informal entre a Namíbia e Angola ocorre através Oshikango, Omahenene e Calai ,

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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enquanto o comércio informal entre a Namíbia e RSA é prevalecente nas duas fronteiras meri-dionais, nomeadamente Ariamsvlei e Noordoewer.

Os principais resultados podem ser resumidos da seguinte forma:

• Diminuição das exportações informais em 2015, devido a um declínio significativo nas expor-tações para Angola. As exportações informais foram estimadas em NAD 11.999 milhões, o que representa uma queda de 2‰, tendo como referência os NAD 12.258 milhões registados em 2014.

• As importações informais foram estimados em NAD 1.384 milhões, o que representa um aumento de 535‰ ao ano, a partir NAD 218.000 registados um ano atrás, devido o aumento significativo das importações informais de países vizinhos, como Angola, África do Sul e Zâmbia.

• As exportações informais por todos os parceiros comerciais aumentaram, excepto Angola, que registou uma diminuição de 10‰ em 2015. No entanto, Angola manteve sua posição como o principal destino das exportação para a Namíbia. Da mesma forma, Angola ocupou a primeira posição como principal fonte de importações informais da Namíbia.

• As principais mercadorias informais de exportação incluem peixe, materiais de construção, produtos de higiene, peças de veículos, bicicletas, roupas e jóias em que respectiva ordem. Por outro lado, bebidas alcoólicas, hortícolas, milho, arroz e massas, electrônicos e aparelhos eléctricos dominaram a lista das importações informais de produtos da Namíbia, em 2015.

• O principal posto de fronteira de saída para as exportações informais foram Oshikango, Wene-la e Omahenene, com uma quota de mercado de 95‰ do total das exportação. Oshikango foi o ponto de entrada principal para as importações em 2015, representando uma quota de 38‰ do total de importação informal.

• Os quatro postos de fronteira nas regiões norte e leste do país registaram saldos comerciais fa-voráveis, enquanto que os restantes dois postos de fronteira no sul do país registaram défices.

3.10.3. Comparação do comércio formal e informal (fluxos)

Durante o período em análise, o conjunto das receitas de exportação, formais e informais, to-talizou NAD 769.857 milhões, dos quais, as exportações formais representam o valor de NAD 757.858 milhões, enquanto que as exportações informais representaram NAD 11.999 milhões.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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No geral, o peso das exportações informais caiu 2,1‰ em Setembro de 2015, de NAD 859.422 registado em Novembro de 2014. No entanto, as receitas de exportação informais representa-ram uma mera participação de 1,56‰ do total das exportações, acima dos 1,43 por cento em Novembro de 2014, enquanto as exportações formais representou um escalonamento 98,44‰ do total exportado.

O valor total das importações, formais e informais, foi de NAD 2.660 biliões, dos quais, a maior parte dos NAD 2.659 eram importações formais, enquanto o valor de importações informais foi de NAD 1.384 milhões. Além disso, as importações informais representaram 0,05 por cento das importações, totais acima de 0,01 por cento relatado no ano passado, em Novembro. No en-tanto, a conta de importação cresceu significativamente em 536‰, saindo de NAD 217.000 re-gistados em Novembro do ano passado. Em Setembro de 2015, o comércio formal registou um défice de NAD 1.901 biliões, em comparação a um comércio informal que registou superávit da ordem dos NAD 10.615 milhões. Embora o comércio informal tenha registado um excedente, não foi suficiente para compensar o défice comercial formal, levando o défice comercial geral, formal e informal, num montante de NAD 1.891 biliões.

Fluxos Comerciais Formais e Informais

Fonte: Relatório de Comércio Transfronteiriça Informal 2015 / NSA

3.10.4. fluxos de comércio informal por postos fronteiriços

No geral, o comércio informal de mercadorias, importações e exportações, registado em todos os postos fronteiriços pesquisados ascendeu os NAD 13,383 milhões, em Setembro de 2015. Isto é 7% mais elevado do que NAD 12.476 milhões registados um ano antes. Em 2015, as exportações informais representaram a maior parcela, de 89,7% do comércio total. Por outro lado, as importações foram relativamente baixas e representaram apenas 10,3%, o que se traduz em NAD 1.384 milhões do comércio global. Posteriormente, o comércio informal na Namíbia

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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registou um saldo comercial favorável no valor de NAD 10,615 milhões, como indica o quadro seguinte. Santa Clara (Província de Cunene) e Oshikango e registou o maior superávit comer-cial, seguido por Wenela, Omahenene e Calai, respectivamente. Por outro lado, Ariamsvlei e Noordoewer registaram défices. Oshikango Wenela e Omahenene representaram a maior parte do comércio informal global, com Oshikango a liderar com 66,‰ do total, Wenela (14,6‰) e Omahenene com 9‰. Os outros três postos fronteiriços restantes representavam apenas 9,5% do total do comércio informal.

Défices /Excedentes de Comércio Informal por Postos Fronteiriços

Fonte: Relatório de Comércio Tranfronteiriça Informal 2015 / NSA

Os pormenores relativos às importações, Oshikango, Ariamsvlei e Calai foram os principais pontos de entrada para as importações informais em Setembro de 2015, representando em conjunto cerca de 76% das importações totais (quadro 5). Em particular, apenas a Oshikango representa a maior parte das importações informais com um valor de NAD 528.000 de mer-cadorias que atravessam essa fronteira. Isso representa 38% das importações informais totais, acima de NAD 4.000 (2%) em relação a 2014. O posto fronteiriço Ariamsvlei foi responsável por NAD 271.000, com19,6%, o que representa uma melhora significativa quando comparado aos NAD 50.000 registados em 2014. Calai ocupa o terceiro o terceiro lugar, com uma parcela de NAD 252.000, representa 18,2‰, acima de NAD 31.000 (14‰) registado um ano antes. A Noordoewer ficou em quarto lugar, com importações no montante de NAD 128.000, com 9‰ da quota de importação total. As importações informais, por meio desses postos de fronteira, cresceram 65‰, de NAD 77.000 registado um ano antes. Os dois postos fronteiriços restantes, Omahenene e Wenela somavam cerca de NAD 205.000, 15‰ da contribuição total. Curiosa-mente, todos os postos fronteiriços registaram um aumento significativo das importações infor-mais em comparação com 2014.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Importações Informais por Postos Fronteiriços

Fonte: Relatório informais de Comércio Transfronteiriço 2015 / NSA

3.10.5. direcção do comércio informal

3.10.5.1. Comércio Informal exports

Angola continuou a ser o principal destino informal de exportação para os produtos da Namíbia em 2015. Os resultados apresentados no quadro 6 mostram que os rendimentos informais de exportação desse país ascenderam aos NAD 9.967 milhões (83‰), inferior a NAD 11.144 mi-lhões (90.9‰) registados e assim sendo, a receita de exportações informais de Angola diminuiu 10,6% em relação ao ano anterior. A Zâmbia ficou em segundo lugar, com ganhos de exporta-ção de NAD 1.847 milhões (15‰), acima de NAD 1.088 milhões (9‰) registados em 2014, posteriormente, as receitas de exportação informal desse país subiram 69,7‰. A África do Sul seguiu com NAD 185.000 (1,5‰) das exportações informais, que é superior a NAD 26.000 (0,2‰) registado em 2014. Porem, isto ilustra que foi registado um aumento significativo das exportações informais para a África do Sul.

3.10.5.2. Importações informais

Angola emergiu como a principal fonte de importações informais para a Namíbia em 2015 (Tabela 6). As importações informais provenientes de Angola ascenderam aos NAD 883.000, representan-do 63,8‰ do total das importações em 2015, contra NAD 43.000, 20‰ do total das importações informais registadas em 2014. Assim, a factura de importação informal de Angola cresceu signi-ficativamente a partir do ano passado. A África do Sul ficou em segundo lugar, com importações no valor de NAD 399.000 (28,9‰), comparado com NAD 126.000 (58,2‰) registado no ano passado, uma melhoria significativa nas importações informais totais desse país. As importações informais provenientes da Zâmbia também aumentaram significativamente em 113,9‰, para NAD 101.000, de NAD 47.000 registadas em 2014. Além disso, as importações informais provenientes da Zâmbia representaram 7‰ das importações totais em 2015, face aos 21,7‰ em 2014.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Comércio Informal por país

Fonte: Relatório de Comércio Transfronteiriço Informais 2015 / NSA

3.10.6. Principais produtos informais: importações da namíbia em postos fronteiriços com angola (cunEnE e Moxico)

3.10.6.1. Conclusões Principais

As importações informações da Namíbia, a partir dos postos de fronteira Oshikango, Omahene-ne e Calai, são detalhados nos próximos parágrafos:

Principal porta de entrada formal de Angola para a Namíbia, Oshikango, é também o principal posto de importação informal com um valor estimado em torno de NAD 527.000, em 2015, seguindo-se o Calai com cerca de NAD 252.000 e Omahenene com aproximadamente NAD 103.000.

Os três postos de fronteira não registam os mesmos tipo de produtos que entram na Namíbia:

• Oshikango: 55% das importações informais consistem em bebidas alcoólicas, milho e farinha de mahangu. Os produtos frescos representam 11%.

• Calai: os vegetais representam cerca de 34% de todas as importações, seguidos de arroz e massas, 15%, electrodomésticos, 14%, milho e farinha de mahangu, 10%.

• Omahene: cerca de 32% de todas as importações informais são compostas de frutas e vegetais, uma vez que os produtos farmacêuticos representam 20% e os peixes cerca de 18%.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3.10.6.2. Principais importações informais da Namíbia via postos fronteiriços de Oshikango

As principais produtos importados de forma informal através do posto fronteiriço de Oshikango durante 2015 foram bebidas alcoólicas e tabaco, milho e farinha de mahangu, legumes, roupas e jóias, além de frutas (tabela seguinte). Em conjunto, estas mercadorias representaram NAD 374.000, cerca de 70,9‰ da factura total de importação. A categoria bebidas alcoólicas e ta-baco, isoladamente, foi responsável pela maior parcela, com 42,8%, seguida pela farinha de milho e mahangu com 12,7% de participação e legumes com 7% da importação total, através do posto fronteiriço de Oshikango. Além disso, o vestuário e joalharia, bem como frutas, em conjunto representaram uma participação combinada de 8‰ das importações totais, através O posto fronteiriço de Oshikango. Os detalhes de outras commodities importadas via Oshikango constam na tabela abaixo

Os produtos informais mais importados via Oshikango por postes transfronteiriços

Fonte: Relatório de Comércio Transfronteiriço Informal 2015 / NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3.10.6.3. Principais importações informais da Namíbia via posto fronteiriço Omaeneno.

Durante 2015, as hortícolas, produtos farmacêuticos, peixe, açúcar e açúcar de confeitaria, bem como frango foram os principais produtos importados através do posto fronteiriço Omaene-no, conforme mostra a próxima tabela. Os produtos acima mencionados representaram NAD 80.000, cerca de 76% do total das importações. Os legumes representaram a maior parte com NAD 28.000, 26,7‰, seguido pelos produtos farmacêuticos com 20,5‰ e peixes com 18,5‰ no total das importações. O açúcar e produtos de confeitaria, bem como a galinha ficaram em quarto e quinto lugar com 5,8‰ e 5,4‰ no total das importações realizadas através do pos-to fronteiriço Omaeneno. Por outro lado, os alimentos processados, arroz e massas, bebidas alcoólicas e tabaco, produtos de higiene pessoal, bebidas não alcoólicas, camas e colchões, bem como óleo de cozinha representaram a menor participação das importações totais através do posto fronteiriço Omaeneno. Juntas, estas mercadorias representaram NAD 5.000, apenas 4,9‰ das importações totais, através do posto fronteiriço Omaeneno.

Principais produtos informais importados por posto transfronteiriço

Fonte: Relatório Informal sobre o Comércio Transfronteiriço 2015 / NSA

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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3.10.6.4. Principais importações informais da Namíbia via posto transfronteiriço de Calai

Durante 2015, os produtos hortícolas, arroz, massa alimentar e peixe seco foram os principais produtos importados via Calai.

10 Principais importações informais de produtos via o posto fronteiriço de Calai

Fonte: Relatório Informal sobre o Comércio Transfronteiriço 2015 / NSA

3.10.7. Namíbia como país de trânsito entre a África do Sul e Angola

Se o mercado interno for reduzido, a Namíbia serve como um país de trânsito para os países sem mar, como o Botswana, RDC e a Zâmbia, e para o comércio bilateral entre Angola e a África do Sul. Angola exporta até 160 vezes mais para a África do Sul do que para a Namíbia. A África do Sul, na verdade, representa o oitavo destino de exportação de Angola. A balança comercial é positiva para Angola, na medida que o país exporta mais para a África do Sul do que o contrário, como mostra a tabela seguinte. Os principais produtos de exportação de Angola para a África do Sul foram óleos de petróleo bruto valorizados em ZAR22bn, representando 99% de todas as importações de Angola, seguido dos diamantes, não fixados (ZAR83m).

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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A África do Sul é o destino principal dos produtos angolanos, em trânsito por camião através da Namíbia, sendo que mais de 60% das exportações angolanas para a África do Sul desembarcam nesta região (ver tabela seguinte).

O principal produto de exportação de Angola para a África do Sul foram óleos de petróleo bru-to valorizados em ZAR14.4bn, representando 99,9%. Muito à frente dos restantes, entre os 10 principais produtos importados pela África do Sul, a madeira pode ser observado, com 332,6 milhões de ZAR em 2015 (veja a seguir)

Cabo Ocidental principais 10 importações de Angola (2015)

Product Value (Mio ZaR)1. Óleos de petróleo 14 400,02. Discos e bandas 452.5

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3. Mecanismo de combustão 335.24. Instrumentos de medição 293.45. Madeira serrada 184.76. Antiguidades 180.87. Partes de maquinas e acessórios 148.58. Madeira 147.99. Compassos 84.810. Maquinas de tratamento dos dados 71.7

Fonte: Wesgro

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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4. Regime das importações

4.1. Visão geral

• Os direitos de importação e impostos são devidos ao importar mercadorias para a Namíbia, seja por um particular ou uma entidade comercial. O método de avaliação é FOB (Free on Board), o que significa que os direitos de importação e os impostos a pagar são calculados exclusivamente sobre o valor das mercadorias importadas. Determinados produtos de luxo, ou não essenciais, podem estar sujeitos a impostos especiais de consumo e algumas mercadorias podem estar sujeitas ao cumprimento de regras anti-dumping.

• As taxas de aduaneiras na Namíbia variam de 0% a 45%, mas existe uma taxa média do di-reitos, que ronda os 18,74%. Alguns bens não estão sujeitos a direitos, como por exemplo, computadores portáteis, guitarras eléctricas e outros produtos electrónicos.

• O IVA é cobrado sobre as importações à uma taxa forfetária de 15% sobre a soma do valor CIF (ou seja, valor do produto acrescido dos custos de transporte e de seguro), impostos e outros impostos, se aplicáveis.

• Não há um limite mínimo na Namíbia, isto é, direitos, IVA e outros impostos, quando aplicá-vel, são aplicados independentemente do valor de importação.

• Os impostos especiais de consumo aplicam-se aos produtos de tabaco e álcool.

• Podem aplicar-se direitos anti-dumping a determinados produtos.

4.2. Configuração de tarifas5

É pago um imposto de 15% sobre o valor acrescentado, sobre o preço de venda dos bens e ser-viços produzidos localmente e sobre todas as importações, estabelecida com base nos preços fixados mais 10% sobre este valor. No caso das frutas e hortícolas, deve ser pago um imposto de 6,4% AMTA (Agro-marketing and Trade Agency) sobre o valor da factura, 5% sobre as impor-tações hortofrutícolas, bem como uma taxa de compra geral de 1,4% paga pelos comerciantes, fixadas a 31 de Dezembro de 2014. Os impostos especiais de consumo cobrados nos termos das

5 Fonte: Relatório ‘Análise do APE UE-SADC: Aproveitamento das oportunidades apresentadas pelo Acordo de Acesso aos Mercados e Facilitação do Comércio – Resumo Nacional: Namíbia’ 2016

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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alíneas a e b da Lista 1 sobre as respectivas leis aduaneiras e de impostos especiais de consumo, são fixados anualmente em conformidade com o artigo 21º do Acordo da SACU de 2002. Os impostos especiais de consumo nos países da SACU não são necessariamente específicos para cada país. Os direitos de emissões de carbono sobre determinados veículos e os direitos am-bientais, que seriam aplicados na produção dos sacos plásticos e luz incandescente, estão em discussão (OMC 2015b: p. 221-222), pelo que não existem faixas tarifárias.

A TEC é determinada caso a caso e implementada sob recomendação da Comis-são Sul Africana de Administração de Comércio Internacional (ITAC), que actualmen-te actua como Conselho de Tarifas da SACU. Contudo, o Acordo da SACU prevê a criação de um Conselho Supranacional de Tarifas na SACU, apoiado por organismos nacionais em cada um dos cinco Estados-Membros. A Junta Comercial da Namíbia, que está em vias de ser criada, será responsável pelas tarifas, salvaguardando os direitos antidumping, compensa-tórios e procedimentos de importação e exportação. Esperava-se que no início de 2015 fosse nomeado um director interino da Junta de Comércio. O Projecto de Lei de Comércio Interna-cional que criará a Junta de Comércio devia ser finalizado em Dezembro de 2015 (OMC 2015b: p.215). Contudo, devido os atrasos no programa de trabalho da SACU, estes processos ainda não estão concluídos. Os trabalhos de criação deste Conselho de Tarifários prosseguem e, até ao momento em que o Conselho de Tarifas da SACU foi estabelecido, o Conselho de Ministros da SACU mandatou o ITAC para actuar como o Conselho de Tarifas da SACU. O facto de a ITAC estar a trabalhar dentro do ambiente legal sul-africano, sob a égide das leis sul-africanas, está a criar muitos desafios, isso porque os outros Estados-Membros da SACU são considera-dos apenas como “partes interessadas” em qualquer aplicação ou matéria que a ITAC esteja a a trabalhar. O Governo da Namíbia e os operadores económicos Namibianos não têm qualquer legitimidade jurídica nesta estrutura e são forçados a aceitar as decisões tomadas pela África do Sul, sobre fixação de tarifas, soluções comerciais e questões conexas, e isso está a criar um vazio legal.

• como angola não assinou o Protocolo de comércio da sadc, o comércio entre a na-míbia e angola é feito sob o regime de nação Mais favorecida (nMf)

Antigamente havia um comité de comércio Namíbia-Angola em Windhoek, mas não muito ac-tivo agora. Outra iniciativa do passado que visou superar a questão das trocas, aplicada durante 6 meses, há dois anos, visou facilitar o câmbio do Kwanza no Norte da Namíbia, uma acção que incentivou muitos angolanos a comprarem mercadorias na fronteira. Mas, com a crise no sector petrolífero, esta iniciativa teve que ser suspensa, sobretudo por causa da desvalorização do Kwanza.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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4.3. documentos e Procedimentos de importação

Os documentos básicos necessários para importar na Namíbia são os seguintes:

• Conhecimento de embarque interno • Factura Comercial • Declaração de Importação Aduaneira (DIA 500) • Lista de Embalagem • Formulário de Adiamento do IVA VAT Deferral form

Os produtos vegetais e derivados de animais devem cumprir as medidas sanitárias e fitossanitá-rias, de acordo com o acordo da OMC. Assim, são necessários certificados sanitários e licenças de importação, bem como licenças de importação para produtos controlados entregues pela Agro-Marketing e Agência de Comércio (AMTA-ver capítulo seguinte)

Tempo de importação e custo para Namíbia

Fonte: Banco Mundial / Fazendo Negócios 2017 / Namíbia

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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4.4. logística

infra-estruturas físicas:

• Estradas: 5,450 km asfaltado, 37,000 km cascalho• Portos: Walvis Bay, Lüderitz• Aeroportos principais: Hosea Kutako Aeroporto Internacional, Aeroporto Eros (Win-

dhoek, para vôos internacionais), 46 pistas de pouso• Rede ferroviária: 2,382 km calibre estreito

A Namíbia é um actor importante na região, sobretudo no que diz respeito à facilitação do comércio, uma vez que os seus dois principais portos, nas cidades de Walvis Bay e Lüderitz, servem de principal porta de entrada e saída de mercadorias da região da África Austral. A Namíbia pretende tornar-se um hub logístico na região, e planeia, durante o período do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND4), modernizar e expandir as infra-estruturas necessárias para suportar o crescimento dos fluxos comerciais na região. Um dos principais projectos de infra-estrutura é a expansão do porto de Walvis Bay para suportar a classe ocean-liner de navios porta-contentores e reduzir o seu tempo de resposta para 24 horas. As ligações ferroviárias com Angola, Botswana e Zâmbia estão a ser aperfeiçoadas ou desenvolvidas. O Governo pretende prosseguir os acordos internacionais e bilaterais sobre a criação de balcões únicos, para asse-gurar que o fluxo do comércio transfronteiriço seja o mais eficiente possível, resolvendo os problemas de cabotagem.

O Governo da Namíbia está focado no desenvolvimento e manutenção de corredores de trans-porte, a fim de assumir uma posição de liderança na África Austral. Quatro corredores são actualmente administrados:

• TRANS KALAHARI : Botswana, Africa do Sul, Zimbábue • TRANS CAPRIVI (Walvis Bay-Ndola-Lubumbashi): Zâmbia, Zimbábue, Malawi, RDC• TRANS ORANJE : Província do Cabo Norte• TRANS CUNENE : Angola

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Trans Cunene corridor: distância e tempo de Trânsito

País local Distância de Walvis bay

tempo de Trânsito

Angola Lubango 1,551 km 4 days

Namíbia

Tsumeb 575 km 1 dayWindhoek 384 km 1 dayOshikango 892 km 2 days

actualizações rodoviárias e ferroviárias

Para promover a utilização do Corredor Walvis Bay (GCWB), uma parceria público-privada estabelecida em 2000, que visa promover a utilização deste corredor, estão em actualização os seguintes projectos:

• Portos secos: Botswana, Zimbábue & Zâmbia• Fronteiras de uma paragem e paradas de caminhões• Actualizações rodoviárias e ferroviárias • Expansão do Porto Port (2018)• Expansão do Aeroporto• Via Ferroviária Trans Kalahari • Via Ferroviária Trans Caprivi ( Zambia)• Novo Porto de Gateway da SADC

Após os corredores de transporte, a aposta futura serão os corredores econômicos. Portanto, o WBCG estará focado no desenvolvimento de hubs ao longo das seguintes rotas:

• Eixo Costeiro: Walvis Bay - Swakopmund• Eixo Capital: Walvis Bay - Okahanja • Eixo interior: otavi – tsumeb - grootfontein como ponto estratégico para dois cor-

redores para o norte, o trans caprivi eo trans cunene.• Hubs de satélite, entre outros, na fronteira norte com angola: ondangwa (que con-

duz ao posto fronteriço de oshikango) e Rundu• Locais para acomodar a migração urbana, novos investimento • Planos Inter- Regionais e planos Inter-Urbanísticos

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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5. análise por produto

5.1. Regulamento de acesso ao Mercado

5.1.1. Medidas de Restrição de acesso ao Mercado

A Namíbia não produz tudo o que o país consome. No entanto, a Namíbia protege partes da sua indústria de transformação, no caso as indústrias em crescimento, bem como a sua agricultura local, com as medidas de protecção, através de tarifas ou restrições quantitativas, designadas como quotas de importação ou proibição de importação, nos casos extremos.

Os esquemas descritos a seguir são fornecidos sob o artigo 26 do novo acordo SACU 2002 (ver adiante), que reconhece a Namíbia como um país em vias de desenvolvimento, que precisa instituir tais medidas para promover a indústria nacional em ascensão. Apesar disso, como tal, não violam obrigações internacionais.

novo acordo sacu 20026: artigo 26 Protecção de indústrias em ascensão

1. O Governo do Botsuana, do Lesoto, da Namíbia ou da Suazilândia pode, a título tem-porário, cobrar direitos adicionais sobre as mercadorias importadas para a sua área, a fim de permitir que as indústrias em surgimento, na sua área, para que estejam altu-ra da concorrência com outros produtores ou fabricantes da Área Aduaneira Comum, Cobrados igualmente sobre os produtos cultivados, produzidos ou fabricados noutras partes da zona aduaneira comum e os produtos similares importados de fora dessa zona, independentemente de estes últimos serem importados directamente ou da área de outro Estado-Membro e sujeitos ao pagamento dos direitos aduaneiros, direitos aplicáveis a essas mercadorias aquando da importação para a Área Aduaneira Comum.

2. Indústria em fase inicial: uma indústria que tenha sido estabelecida na área de um Esta-do-Membro por um período não superior a oito (8) anos.

3. A protecção concedida a uma indústria na fase inicial nos termos do nº 1 é de oito (8) anos, salvo decisão em contrário do Conselho.

4. O Conselho pode impor outros termos e condições que julgue apropriados.

6 http://www.sacu.int/show.php?id=566

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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As legislações nacionais, como a lei de importação/exportação, também dão à Namíbia dispo-sições legais para instituir tais medidas, como é o caso das aves de capoeira. Finalmente, todas as licenças para produtos agronómicos e hortícolas controladas são emitidas de acordo com a Lei da Indústria Agropecuária (Lei 20 de 1992), nos termos da secção 10, e a lista de produtos controlados em termos do Anúncio do Governo (Nº.2802) de 30 de Agosto de 2002.

1. Proibição de importação de farinha, a não ser para produtos de nicho de mercado, como grãos orgânicos, que representam volumes muito pequenos para serem processados no país, esta medida foi tomada para proteger a indústria local de moagem. E apenas os moleiros têm o direito de importar grãos. 2. Programa de promoção das quotas de mercado de produtos frescos (MSP). A fim de estimular a comercialização dos produtos locais, os retalhistas são obrigados a comprar 44% do volume de negócios total de frutas e hortícolas, taxa que deverá aumentar em 2017, da sua oferta na Namíbia, antes de obter o direito de importação. Este regime é regulado através de licenças de importação.

2. Regra do limite de tempo de fronteira (sem licença de importação ou emissão parcial da li-cença de importação): não são emitidas licenças ou licenças de importação parciais durante a produção máxima da Namíbia. Esta regra aplica-se aos grãos (milho branco, trigo e mahangu) e a alguns produtos frescos sob um regime específico: cebola, batata, a partir de Novembro de 2016, nogueira-do-mato e repolho. Durante 2017, serão considerados outros produtos: toma-te, batata doce, cenoura, pimentão verde, beterraba e alface.

3. Programa de Promoção de Participação no Mercado de Carne de Porco: foi implementado a 1 de Outubro de 2012. O objectivo do regime é estabelecer uma intervenção provisória para o crescimento da indústria suína, garantir a viabilidade económica e a futura coexistência dos sectores da produção e transformação de suínos, e proteger os agricultores contra influências externas, como importações de baixo preço. Isto é feito através de uma proporção de produtos comprados localmente versus importações, expressas por quilogramas e de acordo com a épo-ca do ano. Assim, o regime de aplicação de uma restrição quantitativa à importação de cortes ou carcaças de suínos frescos ou congelados impõe actualmente uma relação de 1: 3 (compras locais por quilograma).

4. Quota de carne de aves de capoeira: em Maio de 2013, a Namíbia introduziu uma quota de importação de carne de aves de capoeira. As importações não devem exceder 1500 toneladas por mês, o que corresponde aproximadamente a 50% do consumo total. Mas com o recente surto da doença de Newcastle no norte (ver adiante), Angola deixou de ter permissão para exportar para a Namíbia.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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5. Cimento (cimento Portland e outros - n ° de encomenda: 252321 e 252329): IIP de 2012 a 2018 através de uma tarifa. Para 2017, a tarifa é de 24% e cairá para 12% no último ano da medida PII.

Massas alimentares e produtos lácteos utilizados para beneficiar das medidas PII (até 40% de tarifa para as massas alimentares e as tarifas do contingente de importação de produtos lácteos durante 8 anos), mas é mais agora.

5.1.2. Órgãos de regulação

Alguns produtos alimentares agrícolas são regulados na Namíbia, a fim de proteger e desenvol-ver a produção local. Três organizações são piores a serem mencionadas aqui para entender o sistema de regulação em vigor:

• O Conselho Agronómico da Namíbia (NAB)• O Conselho de Carnes• Agência Agro-Comercializadora e Comercial (AMTA).

A NAB e a Meat Board regulam os mecanismos de grãos controlados, produtos frescos e carne; A AMTA foi nomeada para controlar os produtos frescos e os regimes de cereais.

5.1.2.1. Conselho Agronómico da Namíbia

O Conselho Agronómico da Namíbia (NAB) entrou em vigor como um órgão estatutário no dia 1 de Abril de 1985, nos termos da Proclamação Agronómica da Indústria AG 11 e AG 12 de 1985. Em 1992, essas Proclamações foram substituídas pela Acto Agronómico da Indústria, Lei 20 de 1992, definindo os poderes e obrigações do Conselho de Administração. Nos termos do artigo 9º da Lei da Indústria Agronómica, os objectivos de promover a indústria agronómica e facilitar a produção, comercialização e transformação de produtos controlados na Namíbia.

O mecanismo financeiro, administrativo e operacional diário do NAB é realizado pelo Secreta-riado do NAB, cujas principais funções são:

• Facilitar a comercialização de culturas agronómicas controladas e regular o ambiente de mercado;

• Promover as culturas agronómicas produzidas no mercado interno, promovendo e melho-

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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rando o mercado de todas as culturas e produtos declarados através do seu agente Agro-Marketing and Trade Agency (AMTA)

• Manter um quadro regulamentar para as culturas controladas e os seus produtos, recomen-dando culturas para produção, manutenção dos padrões de qualidade e monitorização das culturas agrónomas controladas e seus produtos;

• Gerir o ambiente de comércio interno e facilitar o desenvolvimento dos mercados de grãos e hortícolas para garantir que os seus clientes não sejam expostos a práticas comerciais desleais;

• Desenvolver projectos e fontes de financiamento para melhorar a produção e comerciali-zação de produtos agrícolas de pequena escala;

• Fazer recomendações e aconselhar o Ministério da Agricultura, Água e Florestas (MAWF) sobre todas as questões relacionadas com a indústria agronómica.

A NAB está encarregada de controlar quatro culturas:

• Produtos hortícolas frescos• Mahangu (milho de pérola)• Milho branco (para consumo humano)• Trigo

5.1.2.2. Agência de Agro-Comercialização (ACC)

A AMTA foi criada na sequência de uma decisão do Governo de 7 / 10.05.11 / 015, na qual foi aprovado o estabelecimento da AMTA como agência especializada do Ministério da Agricultu-ra, Água e Florestas (MAWF), para coordenar e gerir a comercialização de produtos Agrícolas na Namíbia. A AMTA está operacional a partir de 2013. O mandato da AMTA inclui a gestão da infra-estrutura de HFP (Fresh Produce Business Hubs) e a Reserva Nacional de Alimentação Estratégica (NSFR), visando a segurança alimentar. Ao desempenhar seu papel, a AMTA traba-lha em estreita colaboração com a AgriBusDev e o Conselho Agronómico da Namíbia (NAB).

national strategic food Reserve:

Operating in Katima Mulilo, Rundu, Okongo, Omuthiya and Tsandi. Current capacity 18900 MT future expansion plan is 68 000MT.

Hubs de negócio para Produtos frescos:

Rundu e Ongwediva, 5000m² cada.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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O Centro de Negócios de Produtos Frescos de Windhoek está em construção e será de 10.000 m², o centro terá um Laboratório para realizar testes físicos, biológicos e químicos.• Estabelecerão escritórios satélites

Os Hubs foram construídos porque a indústria de horticultura da Namíbia tinha falta de insta-lações nas seguintes áreas:• Instalações frigoríficas a granel• Instalações de marketing• Instalações logísticas para pequenos agricultores• Instalações de processamento

5.1.2.3. O Conselho de Carnes de Namíbia

A Meat Board da Namíbia, fundada em 1935, facilita a exportação de animais, carne e produtos de carne processada para os países importadores. Todas as principais partes interessadas da in-dústria de carne da Namíbia estão representadas no Conselho de Administração.

Está devidamente equipado para auxiliar o comércio de carne de gado, com informações re-levantes, suporte técnico e administrativo. Em termos de acesso ao mercado, os objectivos da fileira de carne são:• Acompanhar a evolução do acesso ao mercado da carne.• Manter e defender as condições de acesso ao mercado de carnes e o desenvolvimento dos

mercados existentes.• Divulgar informações de marketing de exportação• Ajudar na criação e promoção de uma marca forte nos mercados de exportação• Desenvolver novos sistemas para facilitar a informação estratégica de mercado nacional e

internacionalmente• Identificar oportunidades de adição de valor na indústria de carne• Desenvolver um sistema de facilitação do comércio

◦ Acompanhar a evolução do acesso ao mercado da carne. ◦ Manter e defender as condições de acesso ao mercado de carnes e o desenvolvimento

dos mercados existentes. ◦ Divulgar informações de marketing de exportação ◦ Ajudar na criação e promoção de uma marca forte nos mercados de exportação ◦ Desenvolver novos sistemas para facilitar a informação estratégica de mercado nacional

e internacional ◦ Identificar oportunidades de adição de valor na indústria de carne ◦ Desenvolver um sistema de facilitação do comércio

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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5.1.3. trigo

5.1.3.1. Condições de Exportação

Somente os moleiros podem importar grãos controlados (milho branco, trigo e perol) e estão autorizados a solicitar uma licença de importação (menos de 40 empresas, ver lista em anexo). E apenas os moleiros estão autorizados a vender para as lojas. Não há intermediário na cadeia de suprimentos do lado da Namíbia.

Se Angola quiser competir nesses mercados regulamentados, as empresas devem ter em conta os actuais países exportadores, bem como os preços internacionais ou SAFEX para o milho e o trigo.

5.1.3.2. Milho

O milho branco e o mahangu (milho perolado) continuam a ser as fontes mais importantes de alimento básico na Namíbia.

O milho branco é cultivado exclusivamente como alimento básico e é plantado sob condições de irrigação e chuva. O consumo líquido de milho branco é de cerca de 150.000 toneladas, 200.000 toneladas em anos de seca, mas não é coberto pela produção local. Mais detalhes sobre o saldo são apresentados na próxima tabela.

consumo doméstico de milho namibiano

Fonte: NAB

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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NAB assegura um preço de produtor de piso que a fórmula é descrita abaixo.

Preço do produtor de piso de milho branco (preço mínimo)

1) A fórmula de preço do milho branco para o preço-base escalonado é baseada em uma mé-dia de 5 anos do preço spot real SAFEX, inteiramente ajustado pela inflação, mais:

• Um diferencial de transporte ex Bloemhof desembarcou em uma usina de moagem no nor-te ou sul de uma mediana sendo Otjiwarongo, e;

• Um prémio de 8% sobre os OGM

Caso o preço à vista da SAFEX suba para além da média dos 5 anos, será aplicável o seguinte:

2) 2) Um preço mínimo sem escalonamento com base numa média ponderada de duas sema-nas do preço à vista real SAFEX, acrescido de:

• Um diferencial de transporte ex Douglas pousou em uma usina de moagem norte ou sul de uma mediana sendo Otjiwarongo, e;

• Um prémio de 8% sobre os OGM

Durante o período de comercialização do milho branco, a AMTA não concede licenças de im-portação. Isso impede que o grão produzido no país seja substituído pelo milho importado de países onde é subsidiado ou por vezes vendido abaixo do custo de produção. Durante este pe-ríodo, o grão produzido localmente é vendido dentro dos parâmetros do Acordo de Comercia-lização, mutuamente acordado entre os produtores organizados, como a Agronomy Producer’s Association, Likwama Regional Farmer’s Union e processadores organizados que formam a Namíbian Grain Processors ‘Association (NGPA) . O Acordo prevê o mecanismo de comercia-lização ordenada e preço mínimo garantido baseado na média de 5 anos da Bolsa de Futuros da África do Sul (SAFEX).

O milho amarelo é cultivado e importado apenas para alimentação animal. Esta mercadoria é importada e exportada apenas por meio de licenças para fins estatísticos.

a namíbia importa milho branco principalmente da áfrica do sul e esporadicamente da Zâmbia. as importações de farinha são proibidas na namíbia.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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5.1.3.3. Millet de Peróla (Mahangu)

O mahangu, também conhecido como milho-pérola, é uma colheita de cereais de subsistência, que é o principal alimento básico para mais de 50% da população da Namíbia.

Por recomendação do NAB, o mahangu foi declarado oficialmente uma cultura controlada a partir de 15 de Maio de 2008, através do boletim governamental n. ° 109. Este mandato garante que a partir de 1 de Julho de cada ano não são concedidas licenças para a importação e expor-tação de mahangu até ao total das necessidades locais, garantindo um mercado livre dentro dos limites da Namíbia. Durante este tempo, o mahangu é comercializado e vendido em linha com um custo de produção e os preços mínimos.

Durante bons anos, a produção foi de 50.000 a 60.000 toneladas. O mahangu é quase 100% auto-consumido. O comércio formal inclui importações, principalmente da Índia, até 5.000 toneladas por ano. Uma pequena quantidade proveniente de Angola atravessa a fronteira de forma informal.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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namíbia mahangu production and market

Source: NAB

5.1.3.4. Trigo

Com um consumo médio a variar entre 80.000 e 90.000 toneladas, e um nível médio de produ-ção de 15.000 toneladas, a Namíbia é um importador líquido de trigo. O trigo é obtido de acordo com os preços do mercado mundial. as importações de farinha são proibidas na namíbia.

Na Namíbia, o trigo é uma cultura de inverno e só pode ser produzido sob irrigação. Como re-sultado, esta cultura não é afetada pela precipitação errática da Namíbia. O trigo é normalmente plantado durante Junho e Julho e colhido entre meados de Novembro e início de Dezembro de cada ano.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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namíbia produção e Mercado

Fonte: NAB

Preço do mínimo do produtor de trigo

O preço mínimo do trigo é determinado pelos seguintes princípios, segundo um acordo de co-mercialização, assinado entre moleiros e produtores.As fórmulas são:

fÓRMula a

Uma média de 5 anos, do preço spot SAFEX real, ajustado pela inflação, acrescido de:• 30% da paridade de importação ex Upington desembarcou em Windhoek e,• 70% do preço médio do trigo para Hard Red Winter (HRW) ex EUA, via Walvis Bay, de-

sembarcaque em Windhoek

Ou

fÓRMula b

A média do preço à vista SAFEX real para todo o mês de Outubro, acrescido de:• 30% da paridade de importação ex Upington desembarcado em Windhoek e,• 70% do preço médio do trigo para Hard Red Winter (HRW) ex EUA, via Walvis Bay, de-

sembarcaque em Windhoek

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A importação de trigo é controlada pela AMTA durante o período de comercialização. Licen-ças de importação só são emitidas uma vez que todo o grão é vendido. Os produtores têm até 31 de Janeiro para comercializar o seu grão sob o preço mínimo, após este período é aplica-do um preço normal de paridade das importações. O Acordo de Comercialização, conforme mutuamente acordado entre os moleiros e os produtores, fornece as orientações de marketing necessárias.

5.1.3.5. Arroz

O arroz não é controlado na Namíbia, isso porque o país é um importador líquido de arroz: tem uma necessidade muito acima das suas capacidade, produz apenas entre 5 e 10 toneladas e consome mas de 30.000 toneladas todos os anos. O consumidor prefere muito arroz parboiled (como a produção local não é parboiled).

5.1.4. Produtos Hortícolas frescos

Em 2002, o Governo da República da Namíbia, em parceria com a NAB, iniciou a Iniciativa Nacional de Desenvolvimento da Horticultura, com o objectivo primordial de aumentar a pro-dução local de frutas e legumes e reduzir a dependência de hortícolas frescas importadas. O objectivo foi substituir a importação de frutas e legumes frescos por produtos cultivados local-mente que cresçam no clima da Namíbia.

No último trimestre de 2005, foi implementada a Promoção da Participação de Mercado da namíbia (PPMN). O PPMN exige que todos os importadores de hortícolas frescas adquiram uma certa percentagem mínima de produtos agrícolas da Namíbia num determinado trimestre ou que as suas importações sejam reduzidas. Os importadores precisam solicitar uma licença de importação para a AMTA.

Inicialmente, essa percentagem obrigatória era de 5%, mas aumentou constantemente para seu nível actual de 44%. Estima-se que esta percentagem poderá aumentar para 60% a longo prazo, isso porque há sinais de um potencial aumento da produção local na indústria de horticultura.

É importante notar que o MSP nunca pode atingir 100%. Isto é porque commodities tais como as maçãs, que não podem ser cultivadas na Namíbia, devido às condições climáticas desfavorá-veis, serão importadas sempre.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Em países como a África do Sul, onde as condições climáticas e as temperaturas favoráveis para o cultivo de certas culturas variam ao longo do ano por causa da localização geográfica, existe a possibilidade de um fornecimento contínuo de certas mercadorias. Isto é particularmente rele-vante, por exemplo, para culturas como o tomate. Não existe essa variação sazonal na Namíbia, o que exige a importação de produtos de uma região produtora da África do Sul, numa altura em que não pode ser cultivada na Namíbia.

Em 2011, a NAB iniciou o desenvolvimento de uma base de dados abrangente sobre o que estava a ser importado e produzido localmente no domínio das hortícolas e frutas frescas. No passado, todas as importações foram introduzidas na base de dados por valor e peso da cultura, enquanto que para as culturas produzidas localmente, uma estimativa não científica da colheita foi registada sem registos de preços. Agora, pela primeira vez, a NAB é capaz de comparar preço e peso por cultura igualmente para as importações e bem como para a produção nacional.

Em Novembro de 2011, por resolução do Conselho, foi adoptado um regime especial da bata-ta e cebola no âmbito do programa de promoções de participação de mercado. Todos os impor-tadores são obrigados a obter uma percentagem mínima das suas compras junto dos produtores locais de frutas e hortícolas frescas, em conformidade com as regras e regulamentos de promo-ção das partes de mercado da horticultura da Namíbia, especificamente no que se refere à res-trição das importações, obrigando assim os retalhistas, grossistas e fornecedores a comprarem a batata e cebola dos produtores locais. O regime aplica-se a todos as hortícolas, juntamente com a percentagem MSP actual. Somente quando o suprimento local de batata e cebola estiver esgo-tado, as licenças de importação para batatas e cebolas visam atender a procura pelo consumidor.

O regime prevê a não concessão de licenças de importação ou autorizações de importação par-cial de batatas e cebolas apenas durante os períodos em que os níveis de produção no mercado interno tenham atingido o pico. Durante esse período, os comerciantes devem comprar batatas e cebolas cultivadas na Namíbia, mesmo que seja apenas a percentagem obrigatória, de 44% de produtores locais.

A implementação bem sucedida do regime de batata e cebola levará à identificação e inclusão de outras hortícolas neste regime, no futuro. Dois novos produtos já foram incluídos recente-mente, a partir de 1 de Novembro de 2016, o repolho e o butternuts são também especialmente controlados juntamente com as batatas e as cebolas, no âmbito deste regime. Assim, se houver disponibilidade suficiente desses produtos, especialmente controlados, haverá uma restrição à importação dos mesmos. Durante 2017, o tomate, batatas doces, cenouras, pimentas verdes, beterrabas e alface poderão entrar neste regime.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Fonte: NAB

Principais 20 produtos frescos locais versus importações (2012/13)

Fonte: Conselho Agronómico da Namíbia (CAN)

No dia 1 de agosto de 2014, conforme o Boletim do Governo nº 247, a AMTA foi nomeada agente para auxiliar da NAB na implementação de suas atribuições. Estes deveres incluem a implementação do MSP e a correspondente emissão de licenças e requisitos de controle de fronteiras.

Em matéria de MSF, a Namíbia segue a Convenção Internacional para a Protecção de Plantas (IPPC). E assim, o monitoramento da mercado da fruta é feito.

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Até à data, não foi feita nenhuma importação formal de produtos frescos de Angola, devido à várias razões, como a falta de oferta consistente, à falta de contactos entre empresas de ambos os lados da fronteira, uma cultura empresarial demasiado diferente, etc.

Por outro lado, há um interesse crescente pelas frutas tropicais (como a banana) que não são produzidas na Namíbia, mas importadas da África do Sul à um custo elevado, quando se trata de entregar na parte norte do país, até Windhoek. As bananas são vendidas até 30 NAD por quilograma nos supermercados da Namíbia.

No entanto, a mosca-das-frutas presente em Angola constitui um problema SPS grave que difi-culta os fluxos de importação de frutas. Nada pode ser feito, pelo menos para abacate, manga, mamão sem resolver este problema.

Durante a redacção do presente relatório, estava em curso um processo com banana verde de Angola. Como a banana não está madura (deve ser rasgada em Windhoek), não está sujeito à mosca da fruta, pelo menos não é considerado como tal pelas autoridades namibianas.

5.1.5. gado e produtos à base de carnes

5.1.5.1. Sobre criação de gado7

Na Namíbia, 76% do PIB agrícola total é predominantemente gerado pelo sector pecuário. De acordo com o censo da Direcção dos Serviços Veterinários (DVS) de 2015, foram encontrados um total de 6,5 milhões de animais em todo o país, dos quais:• 2,8 milhões de bovinos• 1,9 milhões de ovinos• 1,8 milhões de cabras

A Namíbia exporta para a África do Sul e Europa.Internamente, o mercado formal é fornecido a mais de 50% por carne e gado do Sul e cada vez mais os comerciantes que vendem aos mercados informais também compram seu gado no sul. Assim, apesar do elevado número de animais, o norte é importador líquido de gado e carne.

A Namíbia é cortada em dois, quando se trata de sistemas de criação de gado e situação sanitária ligada ao sector.

7 Source: partly CBRLM (Community-Based Rangeland and Livestock Management) Marketing Report – May 2014, unless for updated data & figures

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Há uma grande diferença entre os sistemas de cultivo no norte e no sul. Aproximadamente, o sul (3/4 do território, ver mapa, próximo §) concentra grandes fazendas comerciais de gado, em conformidade com a OIE e requisitos sanitários para poder exportar para a Europa.

No Norte, o gado é mantido principalmente por razões de status e tradicionais e não motivações comerciais. Além disso, ao tratamento dos animais está longe da qualidade exigida na Europa.

As medidas sanitárias, entre elas, as regulamentações veterinárias com vista a redução da pro-pagação das doenças dos animais (ver a seguir) tornam impossível, no momento, a comerciali-zação de gado e carne entre as duas zonas.

No norte, o actual off-take é acreditado para ser de 11% a 12%, que é principalmente um resul-tado do auto-consumo (casamentos e funerais). O off-take é entre 1.2% (fonte: placa de carne) e 3.7% (IPA 2011), este último é assumido para ser mais preciso. A taxa de remoção formal é de cerca de 0,7% (MeatCo). Isto implica que 3,0% é off-take sobre as vendas no mercado informal e no mercado angolano. Dos 11% de off-take total registados, dois terços de take-take é auto-consumo, enquanto um terço está em vendas off-take.

A produtividade do setor pecuário nas Zonas Rurais do Norte (NCA) é muito menor do que a das áreas comerciais. Isto é demonstrado por:

• A taxa é de 11% nas ANC versus 25% nas áreas comerciais.

• A taxa de parto é de cerca de 35% a 40% nas ANC, em comparação com 60% a 80% nas áreas comerciais, e a taxa de desmame é de cerca de 80% nas ANC, em comparação com 95% no sul. Isso significa que a produtividade natural é de 2,2 vezes mais nas áreas comerciais do que na NCA, sem considerar a estrutura do rebanho e as perdas de animais. Este valor corresponde à taxa de saída também, sendo 2,2 vezes maior nas áreas comerciais.

Além disso, com o dinheiro gerado fora do sector agrícola e a extensa disponibilidade de água, o número de bovinos nas ANCs, particularmente nas 4 regiões Centro-Norte, mais do que du-plicou na última década para cerca de 1,4 milhão. Dadas as actuais práticas de gestão, esses números não são sustentáveis e levaram a um nível alarmante de degradação da terra.

Apesar destes números elevados de gado, as ANCs são um importador líquido de carne e gado. Um número cada vez maior de bovinos e de produtos de carne bovina entrou nas NCAs da SVCF em 2013, o equivalente a 22.772 bovinos, o que representa 2 vezes o volume das ex-portações da NCA. Esta é uma situação paradoxal, dado que mais bovinos e caprinos residem

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na NCA. Uma parte desconhecida dos bovinos provenientes do sul é ainda exportada para An-gola. O comércio legal para Angola foi 7.878 bovinos em 2013, considerada uma alta devido à moratória de proibição de exportação em situação de seca. Supõe-se que o número de bovinos ilegalmente exportados para Angola seja superior ao valor oficial.

O fluxo para Angola também se deve à dois factores principais:

• Realidade social: as famílias vivem em ambos os lados da fronteira e cruzam-se facilmente para se encontrarem. Existe homogeneidade comunitária e fortes laços familiares.

• Durante as estações secas, os bovinos atravessam facilmente a fronteira, como fazem as pes-soas, para encontrar melhores áreas de pastagem em Angola. Diz-se que cerca de 200.000 bovinos em Angola pertencem a alguns agricultores da NCA, na sua maioria da região de Ohangwena, que levam o seu gado a Angola para melhor pastagem, até 60 km da fronteira. Todos os animais voltam? É tão difícil de estimar como o número de bovinos expatriados, pois esses fluxos são informais e pouco seguidos. Acredita-se, de facto, que um número considerá-vel de bovinos são exportados ilegalmente para Angola todos os anos.

Durante o projecto CBRLM, foram realizadas duas missões de marketing para encontrar mais produtos para a carne originária do Norte da Namíbia, uma em Angola e outra no Zimbabué. Foi feito um teste de exportação para o Zimbabué em 2013. Angola é importador líquido de carne bovina a um nível de 75.000 toneladas, em 2013, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA. A discussão com um funcionário em Angola, numa missão realizada no Lubango, Benguela, Huambo e Luanda, concluiu-se que o sector privado não conduz a negócios e não se identifica os compradores angolanos confiáveis. Além disso, o preço de desembarque da carne bovina brasileira em Angola é mais barata do que o preço da carne do Norte da Namíbia, já que os custos de produção e custo de transporte brasileiros (transporte por contentor em relação ao transporte terrestre) são mais baixos.

Infra-estrutura de matadouros no Norte da Namíbia:

• 3 grandes matadouros: Oshakati, Katima Mulilo e Rundu (em construção, que deverão abrir em 2017)

• 4 médio• Mais de 10 matadouros municipais

A MeatCo fechou a sua actividade no Norte em 2016 em dois matadouros, uma vez que a empresa perdeu muito dinheiro por uma qualidade de carne que é finalmente mais baixa do

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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que no sul do país. Naquela época, a carne do norte podia ser exportada para a África do Sul, o que não é mais o caso. A Meatco mantém uma pequena actividade no norte para atender o mercado regional.

5.1.5.2. Zonas Veterinárias na Namíbia8

A Namíbia é dividida em norte e sul por uma Cerca de Cordão Veterinário (CCV), que é uma barreira de animais selvagens e de dupla vedação, erguida em 1962 para o controlo de doenças animais, que abrange a fronteira do Botswana, na parte oriental da Namíbia, e um ponto no deserto do Namibe, a oeste.

A Namíbia é dividida em 3 zonas de controlo da Febre Aftosa (FA)

FA zona Namíbia

Fonte DSV/CBRL Relatório de Marketing

• Zona infectada: os quase 140.000 bovinos desta zona por área são vacinados a cada três anos, com a vacina trivalente contra a febre aftosa; SAT 1, 2, 3 (sorotipos 1, 2 e 3 dos territórios da África Austral). A área tem população residente de búfalos infectados com febre aftosa.

8 Fonte : CBRLM Marketing Report

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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• Zona de protecção: a população bovina nesta zona é de 1,45 milhões (ver quadro seguinte). Não há búfalos residentes. O abate formal de gado é feito no matadouro de exportação de Oshakati. Grande parte desta zona de protecção foi historicamente livre da febre aftosa, du-rante cerca de 40 anos, antes de um surto em 2015 (ver §§).

• Zona livre: esta zona é livre da febre aftosa e não há vacinação. Uma cerca de cordão separa a zona livre da zona de protecção. Esta zona abriga cerca de 1,32 milhões de gados.

Distribuição Pecuária

gado ovelhas cabras total

norte Vcf 1 447 685 55 898 998 471 2 502 054

sul Vcf 1 322 860 1 917 495 792 384 4 032 7392015 Census de Agricultura – MAWF

outras doenças: há surtos esporádicos de pleuro-pneumonia contagiosa bovina (PCBB) nas Zonas Rurais do Norte. Outras doenças incluem antraz, blackleg, botulismo, raiva, pele grumosa e pasteu-rellosis. Estas doenças são bem controladas e não representam uma ameaça para o marketing.

implicação do zoneamento:

• Não são permitidos animais com cascos no norte do VCF ao Sul do VCF, excepto para ovi-nos e caprinos submetidos a uma quarentena de 90 dias em uma instalação de quarentena do gestão ao norte da Cerca de Cordão Veterinário (NVCF) e outros 90 dias em quarentena de gestão nas Instalação SVCF.

• Nenhuma carne bovina pode ser transferida para a SVCF da Zona de Protecção, a menos que tenha sido desossada, congelada por menos 21ºC por mais de 21 dias, embalada à vácuo e proveniente de bovinos abatidos cujo local de origem tenha sido submetido a vigilância 21 dias após o abate.

Esta transformação obrigatória da carne de bovino resulta na diminuição dos preços do gado e reduz a propensão dos agricultores para o mercado, concomitantemente na diminuição off-take das vendas. Se as NCAs (pelo menos a Zona de Protecção) tivessem o estatuto de FMD aprova-do pela OIE (Instituto Internacional de Epizootias), estes regulamentos de marketing rigorosos não seriam aplicáveis.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Nca fMd e Projecto de liberdade de doença Pulmonar

As Zonas Rurais do Norte da Namíbia estão actualmente excluídas da produção e comercia-lização principalmente do gado, devido à presença formal de doenças animais. As principais doenças que preocupam são a febre aftosa e a doença pulmonar. As oportunidades limitadas de comercialização levam à subutilização dos recursos pecuários, a redução do rendimento dos animais e aumentam a pobreza e a vulnerabilidade nas ANC.

O governo da República da Namíbia, através do Ministério da Agricultura Água e Florestas, e outras partes interessadas têm o objectivo de declarar as ANC livres da febre aftosa e da doença pulmonar. A autoridade competente, a Direcção de Serviços Veterinários (DVS), tem um plano de implementação com os seguintes resultados preconizados:

• Estabelecer uma zona imune da febre aftosa do tipo CBPP, utilizando práticas intensivas de vigilância e gestão, para separar animais susceptíveis de áreas de alto risco. Isto será feito para todas as regiões de NCA, excepto Zambezi e a parte oriental de Kavango e regiões orientais.

• As restrições actuais relacionadas ao VCF são removidas

• Realização de oportunidades de comercialização de animais e produtos pecuários das NCA são realizados por agricultores.

• Negociar novos mercados com base em intervenções veterinárias que atenuem os riscos de doenças animais.

Para garantir a libertação da FAF e da CBPP, declarada pela OIE para as ANC (com excepção do Zambeze e parte oriental das regiões de Kavango East), a nova zona livre de doença deve ser protegida por uma barreira dupla à prova de existências ao longo da fronteira angolana-na-mibiana. Onde a fronteira é um rio (rios Kavango e Cunene), deve haver medidas de controle aceitáveis. As medidas de controle de importação, avaliadas pelo risco e a ausência documen-tada de búfalos, também devem estar em vigor.

Outras actividades de apoio incluirão políticas de actualização e regulamentações de apoio, implementação substancial da reestruturação DVS, melhoria da monitorização e controlo de movimentos de animais, bem como intensificação dos sistemas de comunicação DVS.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Proposta de dupla barreira à prova de existências ao longo da fronteira Angolana-namibiana

Fonte: DVS/CBRLM relatorio

O governo acredita que, uma vez que o plano estratégico e a sua implementação sejam apro-vados pela OIE e o estatuto de liberdade da FMD-CBPP resultante, as condições actualmente prevalecentes associadas ao processamento da carne no matadouro de exportação em Oshakati serão desnecessárias. Estas condições impedem o acesso dos produtos animais da NCA aos mercados europeus. Os requisitos obrigatórios são a desossagem da carne bovina, a congelação da carne bovina para menos de 21 ° C durante mais de 21 dias, a embalagem à vácuo e uma vi-gilância pós-abate de 21 dias no local de origem da febre aftosa. Os custos dessas demandas de processamento existentes são colocadas sobre os agricultores das NCA e serão dispensados pela conquista do status de liberdade da FMD-CBPP. Quando isso acontece, os fundos que pagam as actividades obrigatórias de processamento de carne bovina devem beneficiar os agriculto-res. Isso, por sua vez, deve aumentar a disposição dos fazendeiros para comercializar animais, aumentando assim a retirada de gado das vendas nas ANCs mencionadas. No momento, as qualidades de carne bovina geradas no NCA não atendem aos padrões de qualidade na maioria dos mercados de exportação.

Além dos melhores retornos económicos previstos para os agricultores, o aumento da retirada resultará na redução da pressão do gado sobre os já devastados recursos de pastagens.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Prevê-se que a montagem da vedação seja iniciada no ano de 2015. Até à data, foi realizado o estudo de viabilidade e técnico, mas, à data, faltavam fundos para esta vedação de pelo menos 700 km.

5.1.5.3. Surtos recentes de doenças, questões e desafios actuais

Desde o projecto CBRLM, a Namíbia enfrentou dois surtos de doenças devido os fluxos ilegais de animais vivos provenientes de Angola:

• Em 2015, a febre aftosa pode ter origem em Angola, isso porque um gado namibiano po-derá ter pastado em Angola (e voltou com a doença). Durante 40 anos, o norte estava livre da febre aftosa, mas esse surto deveria fortalecer o controle do SPS no lado da Namíbia. O surto de febre aftosa foi contido através de uma vasta operação de vacinação, em ambos os lados da fronteira.

• Em 2016, a doença de Newcastle em aves de capoeira, que está agora sob controlo, registou vários surtos, descobertos numa fazenda de aves de corral no quintal da região norte, Provín-cia de Omusati. Acredita-se que os focos terão origem no movimento ilegal de animais, de acordo com a autoridade veterinária, que emitiu os relatórios à Organização Mundial da Saúde para Animais (OIE).

Uma vez que Angola não é reconhecida pela OIE, livre da febre aftosa e da CBPP, será difícil imaginar qualquer fluxo formal de bovinos e de carne de Angola para a Namíbia.

Logo, é crucial reforçar as medidas sanitárias e fitossanitárias em Angola, com vista o alcance dos objectivos de exportação. Deve ser estabelecido um sistema de rastreamento consistente, bem como um eficiente sistema de informação, prevenção e controle.

Conclusão idêntica à dos produtos frescos: as questões sanitárias e fitossanitárias são um pon-to-chave que a muito tempo dificulta a criação de um comércio formal e sério com a Namíbia.

5.2.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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5.3. canais de distribuição

5.3.1. Visão geral

Se considerarmos a lista de produtos definida nos termos de referência deste presente estudo de mercado, podemos classificar os produtos em três famílias principais, a saber:

• Grão• fMcg: produtos alimentares e não alimentares• Materiais de construção

Neste pequeno mercado, os canais de distribuição são bastante curtos, com presença limitada de intermediários por diferentes razões:

• grão: como já mencionado, apenas os moleiros têm o direito de importar grãos, isso porque que são controlados.

• Produtos frescos: Pelo mesmo motivo acima referido, esses produtos são controlados, por-tanto, apenas as empresas registadas podem importar (e comprar localmente). As principais cadeias de supermercados importam, por vezes, através de uma filial dedicada que tem os meios para lidar com esses produtos delicados ou através de agentes. Ver em anexo a lista de empresas registadas.

• fMcg e materiais de construção: os canais de distribuição normalmente desempe-nham o papel de importador, grossista, distribuidor e retalhista e devem ser considerados importantes para o fluxo consistente de bens de consumo e materiais de construção. De forma independente, há grossistas que atendem essas necessidades com alguns produtos específicos, de acordo com sua infra-estrutura de distribuição, nomeadamente, produtos secos, frutas e vegetais. Há alguns importadores-grossistas que atendem as cadeias de supermercados, bem como o sector da restauração e os lodges. Alguns deles têm a exclu-sividade na distribuição de alguns produtos.

5.3.2. fMcg canais de distribuição

As cadeias de supermercados representam mais de 75% da distribuição de bens de consumo no país. A percentagem restante é feita por lojas independentes de retalho. No Norte da Namíbia, as lojas independentes têm uma maior quota de mercado do que no resto do país.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Principais cadeias de supermercados para FMCG (e também importadores)

nome número de lojas e observaçõesWoERMann & bRocK

Grupo namibiano. 40 supermercados e grossistas. Primeira cadeia de supermercados no país com o Grupo Shopprite.

sHoPRitE gRouP

Parte de Shoprite & Damas (África do Sul). 18 Shoprite supermercados + 24 Shoprite U Salvar supermercados. A Freshmark é a subsidiária de importação / distribuição de produtos frescos.

PicK n PaY Franquias baseadas no modelo sul-africano. 23 lojas, 2300 pessoasWoolWoRtH Parte de Woolworth África do Sul. 2 lojas (e em breve um terço)

sPaR

Franquia: 30 lojas de varejo (2015). A SPAR International e a SPAR África do Sul conciliaram um acordo de licença para a Namíbia, iniciado em 1 de Janeiro de 2004. O apoio às operações de retalho é assegurado pelo Centro de Distribuição Western Cape na África do Sul, Operam no país

oK foods / gRocER 13 lojas. Sul Africano grupo (parte de Shoprite Damas)

food loVER’s MaRKEt Sul Africano cadeia.

MEtRo HYPER and MEtRo casH & caRRY

Subsidiária da empresa Sefalana (Botswana)

Paralelamente às cadeias de supermercados, existem supermercados e lojas de alimentação independentes, das quais algumas são detidas por pessoas de origem portuguesa. Nessas lojas, a probabilidade de encontrar o produto angolano é mais elevada, mas este mercado representa um segmento muito limitado.

As cadeias de supermercados de origem sul-africana têm um vínculo duradouro com as empre-sas-mãe do país vizinho. As cadeias de supermercados formais centralizaram suas compras na matriz local, em Windhoek quando não dependem directamente da sede do grupo sul-africano. Além disso, devem seguir a gestão corporativa estabelecida pela matriz, com suas orientações. Por exemplo, no campo dos produtos frescos, os requisitos de qualidade da Shopprite Checkers, para citar pelo menos uma cadeia, são criados na África do Sul para todo o grupo, em toda África.

Outro ponto que deve ser destacado, prende-se com o facto de, para alcançar todo o mercado namibiano, deve ter em mente que o registo do fornecedor deve ser feito centralmente, na sede nacional, em geral com sede na capital, Windhoek. Para franquias, os detentores de lojas têm geralmente um pouco mais de margem para aceitar fornecedores locais ou de países vizinhos.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Finalmente, mesmo as importações são centralizadas em Windhoek para produtos frescos (e outros FMCG): os produtos são geralmente importados da África do Sul para um armazém central na capital antes de serem despachados para as lojas. Este sistema permite centralizar também o controle de qualidade, que é um ponto chave para essas empresas.

Poderão ser identificados potenciais nichos de mercado específicos para os produtos angolanos, mas permanecem estreitos:

1. lojas portuguesas (chamadas de pequenas lojas vizinhas, detidas por pessoas de língua portuguesa)

2. a região norte, na fronteira onde os padrões de consumo são os mesmos que do Sul de Angola. O que é vendido no Sul de Angola pode encontrar mercado no norte da Namíbia

3. Mercado potencial (nicho): cidadão angolano que vive em Windhoek por razões de saúde ou estudo, mas o número não pôde ser validado.

4. Mercado potencial (nicho): comunidade de língua portuguesa (que saiu de Angola durante a guerra)

Os canais de importação não puderam ser realmente identificados nesta fase.

5.4. Material de construção

Assim como para o alimento, a Namíbia é dependente das importações para uma grave varie-dade de materiais de construção. Os produtos são importados principalmente da África do Sul, Europa e Brasil, para casas de banho, equipamentos de cozinha. A partir da China são importa-dos produtos como o ferro, aço e materiais de alumínio.

A partir de 2007, a empresa alemã Schwenk Zement KG Since estabeleceu a primeira fábrica de cimento de última geração na Namíbia, Ohorongo Cement, certificada ISO 14001: 2015 e ISO 9001: 2015 (sob outras auditorias). O primeiro saco de cimento foi produzido no final de 2010. A produção excede 700.000 toneladas por ano, utilizadas para o consumo interno e para a exportação.

Uma nova fábrica de cimento deverá ser construída em Otjiwarongo, com previsão de início de actividade em 2020, será resultado de um investimento de 350 milhões de dólares está previsto ter a capacidade de produção de 1,5 milhões de toneladas por ano. Whale Rock Cement (Whale Rock) é o parceiro local no projecto, juntamente com a China Asia e África Business Manage-ment (Xian) Company. Deve vender o cimento na Namíbia e também em outros países. Nessa perspectiva, parece difícil para o cimento angolano encontrar um lugar no mercado da Namíbia.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Os canais de distribuição para materiais de construção e hardware são dominados por cadeias de retalho da África do Sul que normalmente importam de sua empresa-mãe. Uma cadeia local, parte do grupo Pupkewitz, desempenha o papel de grossista e cadeia de retalho.

Materiais principais e materiais de construção cadeias de retalho (e também importadores)

nome número de lojas e observaçõesPUPKEWITZ MEGABUILD & BUILDER’S WAREHOUSE 16 Lojas. A maior cadeia nesta actividade.

BUILD IT8 lojas na Namíbia. Grupo voluntário de retalhistas independentes, especializados em materiais de construção e hardware. A Build é uma divisão do Grupo SPAR Limited.

TIMBER CITY - PENNYPINCHERS

Cadeia de franquia de origem sul-africana: 4 lojas na Namíbia.

CASHBUILD Principal empresa sul-africana de materiais de construção: 8 lojas na Namíbia.

BUILDERS WAREHOUSE Cadeia sul-africana. Poucas lojas na Namíbia

Muitos armazéns independentes vendem ferro, aço e alumínio. As empresas chinesas também estão activas em materiais de construção, especialmente em Oshikango, o principal posto fron-teiriço com Angola ou como empreiteiros.

No Norte da Namíbia, durante uma entrevista numa franquia de materiais de construção, o de-tentor da loja disse-nos que podia aceitar em uma percentagem limitada novos fornecedores de Angola sem passar pela sede da África do Sul, se não entrassem em concorrência com a cadeia. Neste caso, a abordagem deve ser feita, loja por loja.

5.4.1. Oportunidade de mercado na Namíbia para produtos Angolanos

Como resumo, são apresentados nas próximas tabelas o resultado da análise de campo realizada em Março de 2017 para os produtos seleccionados, conforme definido nos termos de referência. Sob o termo «potencial», entendemos, do ponto de vista comercial, em termos de uma possível quota de mercado futura na Namíbia, mas tendo em conta os obstáculos reais ao acesso ao mer-cado ligados ao RPU: 0 significa «proibido à data»; 1 * a 5 *: baixo a alto potencial

Mesmo que a Namíbia importe uma grande quantidade de mercadorias não produzidas no país, as oportunidades são limitadas em volume e devido às elevadas vantagens competitivas da África do Sul.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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as frutas tropicais representam a melhor oportunidade comercial, mas, infelizmente, são li-mitadas por casa da emissão de um SPS em Angola devido à peste relacionada com a mosca da fruta.

a farinha de sardinha para a alimentação animal encontra mercado na Namíbia, mas graças a uma transferência interna. Este sector deve aprofundar, para a África do Sul, também, bem como óleo de fígado de peixe.

A Namíbia depende da importação de grãos para cobrir seu consumo, especificamente milho branco e arroz. A concorrência internacional e os preços são a regra neste mercado.

os produtos típicos angolanos (cerveja, água, sumos de fruta, feijão enlatado, etc.) conse-guem encontrar uma saída na comunidade angolana e portuguesa que vive na Namíbia. Mas este segmento continuará a ser um nicho de mercado.

Há uma procura por madeira, provavelmente mais na África do Sul do que na Namíbia. Mas o padrão ea qualidade devem ser melhorados.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Oportunidades de mercado na Namíbia para potenciais produtos selecionados de Angola (1)

Produto Potencial Mercado e bottlenecksPeixes congelados e camarão

* O sector das pescas da Namíbia é um dos que mais contribui para a economia, depois do sector mineiro em termos de exportações. Talvez possam existir algumas pequenas oportunidades como complemento para serem reexportadas. Para para acabamentos, mas os padrões de qualidade exigidos para a exportação são elevados.

Subprodutos de peixe

*** De acordo com as estatísticas de importação da Namíbia, um dos três principais produtos que são importados é a farinha de peixe (de sardinela) utilizada para alimentação (imprópria para consumo humano). Mas, como já mencionado, neste caso, é um fluxo de comércio internacional entre duas empresas do mesmo grupo (transferência interna). Aprofundar a fim de encontrar talvez outros canais de distribuição e oportunidades de mercado.

Peixe Seco * Pequeno mercado no norte, nos tradicionais mercados ao ar livre, foi visto no mercado fronteiriço de Oshikango algum peixe secos de Angola, mas propriamente no comércio informal que não é controlado (questão SPS?)

Carne de aves 0 Produto controlado. Proibição de importação de Angola, devido ao surto de doença de Newcastle em 2016 (edição SPS). Além disso, as importações estão restritas desde Maio de 2013 através de quotas ao abrigo da medida PII. A Namíbia Poultry Industry (NPI) é a principal empresa de carne de aves doméstica da Namíbia, com um nível de produção mensal de 2 000 toneladas para consumo local. A indústria local é recente, uma vez que a NPI iniciou sua atividade em 2012. Somente produtos básicos não produzidos localmente podem entrar no país. Estes incluem produtos congelados, como asas, frango bebê e filetes de peito, enquanto os produtos individuais de Congelamento Rápido (IQF), como aves frescas inteiras, são impedidos de entrar na Namíbia. A Namíbia importa principalmente carne de frango da África do Sul e do Brasil. A competição é dura.

Carne de bovina 0 A Namíbia desenvolveu um mercado de exportação de carne de alta qualidade para a Europa e, mais recentemente, para os EUA ea China. A Proibição de importação de Angola deveu-se à um surto de febre aftosa em 2015 (edição SPS - ver mais adiante). A Namíbia importou 1 560 toneladas de carne bovina em 2016 (e exportou 10 850 toneladas no mesmo ano).

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Produto Potencial Mercado e bottlenecksCarne de porco * Produto controlado. A Namíbia importa cerca de 30%

do seu consumo em carne de porco, principalmente da África do Sul e tenta ser auto-suficiente neste sector. Assim, o governo implementa o Programa de Promoção de Acções de Mercado de Suínos para promover a produção local, com quotas de importação regulamentadas por meio de licenças de importação. Há cerca de 600 produtores de suínos no país, enquanto mais de 500 deles são pequenos agricultores, alguns com apenas três a dez porcos. Os produtores de suínos podem ser encontrados em todo o país, mas principalmente em áreas onde há plantações como milho de onde os porcos podem ser alimentados. Nenhum dos porcos produzidos localmente é exportado. Com relação às importações de suínos, foram importadas 3 710 toneladas em 2016, 2 734 toneladas em 2014 e 2 383 toneladas em 2013.

Massa * Existem produtores locais de massas (Bokomo, Namib Mills) + importações da África do Sul. A competição é dura.

Pastelarias e biscoitos

* O padrão de consumo desses produtos é globalmente orientado para o alemão (em termos de tipo & gosto). Talvez oportunidades no Norte do país (para ser validado).

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Oportunidades de mercado na Namíbia para potenciais produtos selecionados de Angola (2)

Produto Potencial Mercado e bottlenecksFarinha de grãos (milho, trigo, milheto)

0 Proibição de importação de farinha (com excepção de farinhas de nicho de mercado como a orgânica). Para proteger a indústria de moagem da Namíbia, só o grão pode ser importado.

Milho branco *** Produto controlado. A Namíbia é importadora líquida de milho branco: entre 60 000 a 170 000 toneladas são importadas anualmente, de acordo com a produção local. O preço das importações baseia-se na SAFEX (South African Futures Exchange). A Namíbia importa principalmente da África do Sul e da Eslováquia e mais esporadicamente da Zâmbia, quando o país abre a fronteira para a exportação. Somente os moleiros registados têm o direito de solicitar licenças de importação. Regra de encerramento do período de fronteira: nenhuma licença de importação é entregue durante a produção da Namíbia.

Pearl millet (Mahangu)

** Produto controlado. A Namíbia é um importador líquido de milho perolado quando se trata de milho comercializado, mas isso representa pequenos volumes. Competição: Índia. O milho é principalmente auto-consumido e não comercializado. Assim, o produto comercializado representa de 2 a 5 000 toneladas por ano. Regra de encerramento do período de fronteira: nenhuma licença de importação é entregue durante a produção da Namíbia.

Trigo *** Produto controlado. A Namíbia é um importador líquido de trigo a um nível de cerca de 70 a 85 000 toneladas por ano. Somente os moleiros registados têm o direito de solicitar licenças de importação. Preço: de acordo com a cotação do mundo; A Namíbia compra no mercado mundial. Regra de encerramento do período de fronteira: nenhuma licença de importação é entregue durante a produção da Namíbia.

Arroz *** Muito pouca produção no país, mas com menos aceitação como o arroz local não é parboiled. A Namíbia importa a maior parte do seu arroz. Há uma oportunidade se o arroz é parboiled e competitivo de encontro ao arroz do sudeste. Este produto não é controlado na Namíbia.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Produto Potencial Mercado e bottlenecksFruta tropical 0/*** Produto controlado (como todo o sector de produtos

frescos). Namíbia não produz frutas tropicais Há um potencial para banana, abacaxi, manga, mamão. Outros produtos potenciais: abacate, granadilla, mesmo pimenta. Nenhuma importação formal data (Março de 2017) foi feita a partir de Angola. Há uma edição de SPS em algumas frutas (mosca da fruta). Este problema deve ser resolvido para ir mais longe. Banana verde deve ser OK como a mosca da fruta não atacá-lo.

Batata, cebola, repolho, butternuts (tomate, batata doce, pimenta verde, cenoura beterraba e alface)

0/* Produto controlado (como todo o sector de produtos frescos). Regra de encerramento do período de fronteira: nenhuma licença de importação é entregue durante a produção da Namíbia. Parece que Angola tem o mesmo calendário de produção de batata e cebola como Namíbia (a validar). Se for confirmado, o potencial é reduzido a zero. Repolho e butternuts foram introduzidas neste esquema em novembro de 2016, os outros produtos devem seguir durante o ano de 2017, o que deverá tornar mais difícil o acesso ao mercado da Namíbia, como é agora.

Café *** Todo o café é importado na Namíbia (principalmente da Alemanha e da África do Sul). O café angolano costumava ser muito apreciado na Namíbia por algumas pessoas. Mas o Estado agora está mais orientado para o padrão alemão.

Azeite de dendê * Pequeno mercado potencial, mais no Norte, onde este óleo é usado como óleo tradicional para cozinhar. Principalmente óleo de girassol é consumido na Namíbia. O óleo de palma proveniente de Angola (mas produzido na Malásia) foi visto no mercado aberto de Oshikango, na fronteira com Angola, mas não pode ser encontrado (ou quase nada) nas cadeias de supermercados de Windhoek.

Azeite *** Esses produtos foram mencionados durante uma reunião como sendo de bom potencial (a ser validado)

Outros produtos alimentares

* Mercado de nicho local talvez no Norte e distribuição através de lojas portuguesas. Tudo o que é vendido no sul de Angola, deve encontrar um mercado no norte da Namíbia, como o padrão de consumo nesta região é o mesmo. Em geral, uma concorrência demasiado elevada dos produtos sul-africanos e da produção local, se for o caso.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Oportunidades de mercado na Namíbia para potenciais produtos selecionados de Angola (3)

Produto Potencial Mercado e bottlenecksBebidas não alcoólicas

* A Coca-Cola Namíbia Bottling Company (CCNBC) tem duas plantas de engarrafamento na Namíbia para cobrir todo o país: em Windhoek e Oshakati no Norte. Além disso, outras bebidas são importadas da África do Sul. No entanto é parece que uma pequena quantidade de bebidas (sucos de frutas e água) está entrando de Angola. Forte competição.

Cerveja * Duas fábricas de cerveja estão compartilhando o mercado de cerveja da Namíbia: a Namíbia Breweries Ltd (NBL) liderando o mercado doméstico de cerveja (várias fábricas) e a SABMiller Namíbia (grupo de cervejarias sul-africanas) com uma planta aberta em 2014. Duas marcas de cerveja angolanas dificilmente podem ser encontradas na Namíbia : Cuca e N’Gola. Forte competição.

agua ** Várias marcas produzidas localmente e importadas da África do Sul partilham o mercado da água na Namíbia. Duas marcas angolanas de água dificilmente podem ser encontradas na Namíbia: Pura (em Windhoek) e Chela (Região Norte). Forte competição.

FMCG não alimentar * Mercado local talvez no Norte e para lojas portuguesas. Tudo o que é vendido no Sul de Angola, pode encontrar um mercado no Norte da Namíbia, como o padrão de consumo nesta região é o mesmo. Em geral, uma concorrência demasiado elevada dos produtos sul-africanos e da produção local, se for o caso.

Cimento * Produto controlado. Produção e protecção locais com uma tarifa de 24% em 2017 (12% em 2018). Boa qualidade do produto local e muito bom atendimento, de acordo com os gerentes especializados da cadeia de varejo (Build It e PennyPinchers / Timber City entrevistados durante a missão de campo). Difícil competir considerando a alta burocracia na fronteira (nenhuma previsão sobre o tempo de permanência no posto fronteiriço, do lado angolano) ea ausência de garantia de qualidade do cimento angolano. Além disso, está em construção outra fábrica (destinada ao mercado local e à exportação).

Outros materiais de construção

* Não foram vistos no mercado outros materiais de construção e ferragens de Angola. Alta concorrência dos produtos sul-africanos e chineses (produtos de alumínio na fronteira norte). Difícil ser competitivo diante desses dois países onde a economia de escala é uma realidade.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Produto Potencial Mercado e bottlenecksEquipamento de casa de banho

* Alguns desses produtos são importados do Brasil (se não da Europa). Devido às relações privilegiadas entre Angola e o Brasil, a reexportação de Angola poderia ser talvez uma oportunidade.

Madeira e madeira serrada

** Mercado de nicho pequeno actualmente para Kiaat (ou Dolf - Pterocarpus Angolensis) e teca de Zambezi (Baikiaea plurijuga). As tábuas angolanas foram vistas em Windhoek no mercado ao ar livre para a fabricação do furniture do ofício (o “pareado caminhão”). Mas essas tábuas são mão-serrada, irregular em comprimento e largura. Assim, eles não cumprem os requisitos de qualidade das cadeias de varejo de materiais de construção que pedem cortes padrão (e regulares), facilmente fornecidos a partir (ou através) da África do Sul.O comércio da madeira exige licenças (licenças de importação e de comercialização se vendidas na Namíbia e autorização de trânsito para ir para a África do Sul) e medidas SPS (fumigação para ficar livre de erros).

Mármore * O granito e as rochas ornamentais de Angola têm potencial comercial no sector da construção na Namíbia.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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6. conclusões São dadas abaixo as principais conclusões do estudo de mercado sob a forma de uma análise SWOT adaptada (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), com base no feedback das empresas privadas. É relevante diferenciar o mercado da Namíbia do Norte do território nacio-nal, uma vez que as empresas angolanas podem achar mais fácil focalizá-lo, devido à proximi-dade cultural e padrões de consumo próximos.

o MERcado naMibiano: oPoRtunidadEs PaRa as EMPREsas angolanas

namíbia global:

• Fundamentos sólidos para a democracia, boa governação, paz e estabilidade• Mercado muito bem organizado• Bom clima de negócios• Seguro• Boas infra-estruturas • Logística eficiente• Canais de distribuição organizados• Elevado poder de compra (ao nível de Western Cape, na África do Sul)

namíbia do norte:

• 60% da população total • Relações culturais e familiares comuns entre os dois países• Fluxo de pessoas em ambos os lados da fronteira: migração fácil, formal ou informal• Área de “Comércio natural”

o MERcado naMibiano: aMEaças E liMitaçõEs PaRa as EMPREsas angolanas

namíbia do norte:

• Mercado limitado em tamanho: 2,28 milhões de pessoas• Sistema comercial baseado no Inglês (jurídico, linguístico, cultural)• Barreira linguística para negociação e contratos. Além disso, a rotulagem deve ser feita em

inglês para ser vendida na Namíbia.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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• Influência predominante da África do Sul ◦ Devido à história ◦ Links comerciais confiáveis e estáveis: por que mudar para outro país onde o clima de

negócios é pior e os negócios menos seguros? ◦ Cultura de comércio comum ◦ Linguagem comum (inglês, africâner) ◦ Mercado comum e união aduaneira: ambos os países são membros da SACU ◦ Mesma área monetária: 1: 1 ZAR / NAD ◦ Meios logísticos desenvolvidos para a África do Sul ◦ Fornecimento constante de qualidade e quantidade

• Emissão de taxa de câmbio: USD negociam com Angola = risco para empresas namibia-nas

• Custos de transporte reduzidos se comparados com os fornecimentos da África do Sul como distância reduzida para o mercado (para Windhoek, a capital)

• País centralizado em termos de comércio: concentração dos negócios na capital e, em se-gundo lugar, em torno do porto de Walvis Bay.

• Mercado limitado: 1,35 milhões de pessoas

Pontos foRtEs dE angola coMo PaÍs dE ofERta PERcEbido / MEncionado PoR PaRcEiRos naMibianos duRantE o Estudo dE MERcado

namíbia global:

• Globalmente, na agricultura, Angola tem vantagens comparativas como: boa terra (de so-bra), água, bom clima para cultivar potencialmente muitos produtos que poderiam compe-tir com os sul-africanos.

• Produtos frescos: nível de qualidade pode ser encontrado (banana, manga, abacaxi, pimen-tão)

• Madeira: pode ser encontrada em Windhoek para processamento adicional de artesanato (nicho de mercado), mas não comercializada nas principais cadeias de varejo de materiais de construção, já que o produto não é padronizado.

• Mercado de nicho a nível de lojas portuguesas para a comunidade portuguesa e angolana que vive na Namíbia.

namíbia do norte:

• Tudo o que pode ser vendido no Sul de Angola pode ser vendido no Norte da Namíbia: mesmas necessidades e demanda, padrões de consumo idênticos, proximidade cultural.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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• Redução dos custos de transporte em comparação com os fornecimentos da África do Sul à medida que a distância é reduzida para o mercado regional.

dEbilidadEs dE angola coMo PaÍs foRnEcEdoR, MEncionadas PElos coMERciantEs naMibianos EntREVistados PoR EstE Estudo dE MERcado

• Mau ambiente empresarial em Angola: falta de confiança nas práticas comerciais• Ausência de um sistema legal eficiente (em caso de arbitragem)• Burocracia elevada nos postos fronteiriços angolanos• Procedimentos alfandegários demasiado longos a nível angolano: 3 horas para ir da África do

Sul para a Namíbia contra pelo menos 3 dias para passar a fronteira angolana, se não mais: até 3 semanas foram mencionadas por empresas privadas, o que é insuportável para colocar No lugar um fluxo de comércio sério!

• Alteração das regras de procedimentos de exportação / importação no lado de Angola (fron-teira de Oshikango): dificuldades para o sector privado namibiano seguir os procedimentos.

• Acompanhamento fraco dos procedimentos e documentação SPS.• Falta ou fraqueza de rastreabilidade para animais e carne.• Dúvida sobre a qualidade e os padrões do produto: cimento, materiais de construção, etc. As

normas da Namíbia são baseadas nas normas sul-africanas. O nível de requisitos é elevado e deve ser a este nível para entrar em negócios sérios com a Namíbia.

• Mau conhecimento da oferta de Angola

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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7. anexos

7.1. anexo 1: actos da namíbia (interesse - selecção)

agricultura• Abattoir Industry Act, Lei n.º 54 de 1976• Lei do Banco Agrícola de Namíbia, Lei n.º 5 de 2003• Lei de Pestilhas Agrícolas, Lei Nº 3 de 1973• Lei da Indústria Agronómica, Lei nº 20 de 1992• Lei de Comercialização de Exportação de Frutas em Conserva, Lei Nº 100 de 1967• Controle da Lei de Importação e Exportação de Derivados de Leite e Derivados de Produ-

tos Lácteos, Lei nº 5 de 1986• Lei da Indústria de Lacticínios, Lei nº 30 de 1961• Fertilizantes, Alimentos para Fazendas, Remédios Agrícolas e Acção de Remédios, Ato 36

de 1947• Lei Karakul sobre Peles e Lãs, Lei n.º 14 de 1982• Lei do Regime da Terra, Lei n.º 32 de 1966• Lei de Melhoria do Gado, Lei n.º 25 de 1977• Ato de Marketing, Lei Nº 59 de 1968• Lei da Sociedade de Carnes da Namíbia, Lei n.º 1 de 2001• Lei da Indústria da Carne, Lei n.º 12 de 1981• Lei das Marcas de Acções, Lei nº 24 de 1995• Lei do Açúcar, Lei n.º 28 de 1936

animais• Lei sobre as Doenças e Parasitas dos Animais, Lei n.º 13 de 1956• Lei de Protecção dos Animais, Lei n.º 71 de 1962• Lei de Protecção dos Animais, Lei n.º 24 de 1935• Lei de prevenção de resíduos indesejáveis na carne, Lei n.º 21 de 1991• Lei das Marcas de Acções, Lei nº 24 de 1995

arbitragem• Lei de Arbitragem, Lei Nº 42 de 1965

Empresas• Lei das Sociedades por Grosso, Lei N ° 26 de 1988

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• Lei das Sociedades Comerciais, Lei n.º 28 de 2004• Namíbia Wildlife Resorts Company Act, Lei n.º 3 de 1998• Lei de Governança das Empresas Estatais, Lei Nº 2 de 2006

Moeda• Lei de Moedas e Intercâmbios, Lei n.º 9 de 1933• Lei de Prevenção da Contrafacção de Moedas, Lei n.º 16 de 1965• Alfândega e Impostos Especiais• Lei de Alfândega e Impostos Especiais, Lei n.º 20 de 1998

importar e exportar• Lei de Re-seguro de Crédito à Exportação e Investimentos Estrangeiros, Lei nº 78 de 1957• Lei de Controlo de Importação e Exportação, Lei n.º 30 de 1994

Recursos marinhos e de água doce• Lei da Aquicultura, Lei n.º 18 de 2002• Lei dos Recursos Pesqueiros do Interior, Lei n.º 1 de 2003• Lei dos Recursos Marinhos, Lei n.º 27 de 2000• Lei Nacional da Pesca da Namíbia, Lei n.º 28 de 1991

Estradas e estradas de transporte• Lei relativa ao roubo de veículos automóveis, Lei n.º 12 de 1999• Lei do Fundo de Acidentes de Veículos a Motor, Lei n.º 10 de 2007• Lei de Sociedades de Empreiteiros Rodoviários, Lei n.º 14 de 1999• Lei da Autoridade de Estradas, Lei n.º 17 de 1999• Lei de Administração de Fundos Rodoviários, Lei Nº 18 de 1999• Lei de Trânsito e Transportes Rodoviários, Lei n.º 22 de 1999

Remessa• Lei da Marinha Mercante, Lei n.º 57 de 1951• Lei do Trânsito Marítimo, Lei n.º 2 de 1981• Lei da Autoridade dos Portos da Namíbia, Lei n.º 2 de 1994• Lei de Naufrágio e Salvamento, Lei n.º 5 de 2004

Propostas• Lei do Conselho de Licitação da Namíbia, Lei 16 de 1996.• Comércio e indústria• Lei de Casinos e Casas de Jogo, Lei Nº 32 de 1994

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• Lei da Concorrência, Lei n.º 2 de 2003• Lei sobre Produtos e Comércio de Animais Selvagens Controlados, Lei n.º 2 de 2003• Lei das Zonas de Processamento de Exportações, Lei n.º 9 de 1995• Lei de Investimentos Estrangeiros, Lei Nº 27 de 1990• Lei de Desenvolvimento Industrial, Lei Nº 22 de 1940• Lei Nacional de Aquisições de Suprimentos, Lei Nº 89 de 1970• Lei de Controle de Preços, Lei nº 25 de 1964• Lei de bens de segunda mão, Lei n.º 23 de 1998• Lei das Práticas Comerciais, Lei Nº 76 de 1976

transporte• Lei sobre o Conselho Consultivo dos Transportes da Namíbia, Lei n.º 23 de 1991• Lei da Sociedade Nacional de Serviços de Transporte, Lei n.º 28 de 1998

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7.2. anexo 2: lista de contactos

durante a visita à namíbia (de 6 a 24 de março de 2017)

dElEgação da união EuRoPEia À REPÚblica da naMÍbiaJana HYBASKOVA, Head of Delegation, AmbassadorTel.: + 264 61 202 6000 - 6201Europe House, 2 Newton Street – PO Box 24 443 [email protected] www.delnam.eeas.europa.eu

Giancarlo MONTEFORTE, Attaché, Development CooperationTel.: + 264 61 202 6000 – 6249Cell.: +264 81 48 35 [email protected]

giZ (deutsche gesellschaft für internationale Zusammenarbeit gmbh)Bernd SCHMIDT - Promotion of Competitiveness (ProCOM)Implementation of Industrial PolicyTel.: +264 61 302 902Cell.: +264 81 147 [email protected]

Daniel BAGWITZ, Team Leader, Promotion of Competitiveness Programma (ProCOM)Tel.: + 264 61 411 424Cell.: +264 81 122 [email protected] Schweringsburg StreetPO Box 8016, Windhoek, Namíbia

MinistÉRio do coMÉRcio E da indÚstRia (Mci)Mr.Petrus HAUFIKU, Chief Trade Policy Analyst – Directorate of International Trade – Division: Trade AgreementsTel.: 264 61 283 [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Ms. Priska NAIMHWAKA, Policy Analyst – Directorate of International Trade – Division: Trade [email protected] ; [email protected] Tel.: + 264 61 283 7111Cell.: +264 81 339 5252Brendan Simbwaye Square, Block B Cnr Uhland & Goethe StreetPrivate Bag 13340, Windhoek Namíbia

Mr. Nicky SINDANO IITULA, Trade Promotion Officer – Market Research & Export Product AdaptationTel.: + 264 61 283 7392Cell.: +264 81 124 [email protected] ; [email protected] Brendan Simbwaye Square, Block B Cnr Dr. Kenneth Kaunda & Goethe StreetPrivate Bag 13340, Windhoek Namíbia

fÓRuM coMERcial da naMÍbia (fcn)Maria IMMANUEL, Senior Tarde & Investment AnalystTel.: + 264 61 235 327Cell.: + 264 81 148 [email protected] 15 Eugene Maris Street – NTF HousePO Box 5342 Auaspannplatz, Windhoek

Rodney HOAEB, [email protected] Tel.: + 264 61 235 327Cell.: + 264 81 61 33 023

Robert SIMON – Policy Analyst: Trade & InvestmentTel.: + 264 61 235 327Cell.: + 264 81 299 [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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MinistÉRio das finançasAlfândega e Impostos Especiais de Consumo / Estatísticas e Verificação de Dados ComerciaisMrs.Helvi IIYAMBO, Senior Custom OfficerTel.: + 264 61 209 2731-2Cell. : + 264 81 273 [email protected] Fiscus Building, John Meinert Str.10P.Bag 13185, 3rd Floor West, Room 334, Windhoek, Namíbia

MinistÉRio da agRicultuRa, da água E da floREstadirecção de Extensão e serviços de Engenharia

Subdivisão: Fitossanidade e Biossegurança - Secção: fitossanidadeMr. Eddie HASHEELA, Chief Agricultural Scientific [email protected].: + 264 81 158 1063Government Office Park – Luther Street – Private Bag 13184, Windhoek, Namíbia

Mr. George B.RHODES, Chief Agricultural Extension TechnicianTel.: + 264 61 20 87 464Cell.: + 264 81 128 [email protected]

Dr. Johannes SHOOPALA, Deputy Chief Officer – Animal Disease ControlTel.: + 264 61 208 7506Cell.: + 264 81 124 [email protected] : [email protected]

directorate of forestryT.N. SHILUNGA, Directorate of Forestry (permits, resource assessment) Tel.: + 264 61 20 87 349Cell.: + 264 81 252 [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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agRo-MaRKEting & agÊncia coMERcial (aMac)Fidelis N.MWAZI, Senior Manager Strandards & TradeTel.: + 264 61 202 3313Cell.: + 264 81 162 5991Erf 209, Industrial Road – Lafrenz Industrial AreaPO Box 350, Windhoek, Namíbia

Gilbert MULONDA, Manager: Market Promotion and AdvisoryTel: +264 61 2023365Cell: + 264 81 1257592Fax: +264 61 236380E-mail: [email protected]: www.amta.na

consElHo dE caRnE dE naMÍbia(same physical address as NAB, see further)Goliath TUJENDAPI, Manager: Trade & strategic marketingTel.: + 264 61 275 836Cell.: + 264 81 129 [email protected]

Maria NAMUKWAMBI, chief: information systems (statistics)Tel.: + 264 61 275 854Cell.: + 264 81 147 [email protected]

consElHo agRonoMo dE naMÍbia (can)Christof BROCK, CEOTel.: + 264 61 379 500Cell.: + 264 81 128 [email protected] 30 David Meroro Street - PO Box 5096 Ausspannplatz Windhoek, Namíbia

Ms Manjo KRIGE, Temporary Horticulture SpecialistTel: +264 61 379 501Cell.: +264 81 129 [email protected] www.nab.com.na

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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naMÍbia logistics associationHarald SCHMIDT, General Secretary Tel.: + 264 61 41 11 [email protected] PO Box 90546, Windhoek, Namíbia

naMÍbian standaRd institutEJohn SCHEFFERS, Manager publication, marketing, sales and informationTel.: + 264 61 386 400 - 449Cell. : + 264 81 470 [email protected] PO Box 26364, 1st Floor Suite 115, Forum (Old Samal) Building 11-17 Dr. Frans Indongo Street, Windhoek, Namíbia

associação dE ManufatuRistas namíbiana (aMn)Ronnie VARKEVISSER, CEOTel.: + 264 61 308 053Cell. : + 264 81 248 9626PO Box 3325, Windhoek, Namíbianma@nmaNamíbia.com

naMÍbia cÂMaRa dE coMÉRcio E indÚstRia (ncci)Mr.Tarah N.SHAANIKA, CEOTel.: + 264 61 22 88 09Cell. : + 264 81 128 0176PO Box 9355, Church Street, Windhoek, Namí[email protected] www.ncci.org.na

Leonard KAMWI, Public Policy AdvisorTel.: + 264 61 22 88 09Cell. : + 262 81 127 [email protected]

WalVis baY coRRidoR gRouPClive M. SMITH, Project Manager Logistics HubTel.: + 264 61 251 669Cell. : + 264 81 612 0799

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Muhammed Avenue, Eros, Windhoek, Namí[email protected]

Gilbert BOOIS, Project Manager: Spatial Development InitiativesTel.: + 264 61 251 669Cell. : + 264 81 287 [email protected]

dEEP catcHJared-Dwight GEYSER, Group Sales, Marketing & Procurement DirectorTel.: + 264 61 304 710Cel. : + 264 81 124 518533, 35 & 37 Nickel Street, Prosperita, Windhoek, Namí[email protected]

namíbian fisHERiEs – bidVEst gRouPMrs. Patience RABI+ 264 64 21 99 [email protected]

obEcoStephen RECHHOLTZ, Marketing managerTel.: + 264 61 276 333Cell. : + 264 81 143 8570PO Box 5042, Windhoek, Namí[email protected] www.obeco.com.na

tRansWoRld caRgoNorbert LIEBICH, directorTel.: + 264 61 371 101Cell. : + 264 85 337 [email protected] Von Braun Street – PO Box 6746, Windhoek, Namíbia

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afRican MaRKEting (PtY) ltdSoeren SAUK, Operations ManagerTel.: + 264 61 383 833Cell. : + 264 81 653 [email protected] PO Box 9097, Eros, Windhoek, Namíbia

fREsHMaRK – sHoPRitE cHEcKERs gRouPJan SMIT, Branch ManagerTel.: + 264 61 26 3005Cell. : + 264 81 3299 0124 Tommie Muller Street, Northern Industrial Area, Windhoek, Namíbia

fREsH PRoducE MaRKEtLeon NELTel.: + 264 61 377 150Cell. : + 264 81 127 [email protected] Fruit & Veg City Namíbia - Corner Mandume Ndemufayo & Fidel Castro Street, Windhoek, Namíbia

contactos na REgião do noRtE

Customs Office at Oshikango border post

Mr. MARENGA, customs chief officerTel.: + 264 81 28 35 516+ 264 65 26 46 13/4

Andrea JESATA WILLEM, forestry technician from the Ministério de of Agricultura, Water and Forestry in OmafoCell.: + 264 81 30 38 762

Paulina NAMPWEYA – AMTA border inspector at the border post of OshikangoTel.: + 264 65 26 54 94Cell.: + 264 81 28 39 [email protected]

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Jeremia KUUME - AMTA border inspector at the border post of OshikangoCell.: + 264 81 40 50 [email protected]

Dr.SCHOOMBE - Veterinary chief at the border post of OshikangoCell.: + 264 81 32 25 74 91

Erkki MOOMBOLA – Veterinary inspector at the border post of OshikangoCell.: + 264 81 34 90 799

bREnnER fRuit osHiKangoShakier BRENNER, CEOCell.: + 264 81 166 00 [email protected]

iPcl intERnational coMMERcial PtY ltdAli Hallal, Logistics & sales ManagerTel.: + 264 65 26 46 20 – 26 46 41Cell.: + 262 81 128 [email protected] Oshikango Bonded WarehouseNam OS 656 - PO Box 2020, Oshikango

fYsal fREsHTel.: + 264 65 264 804Cell.: + 264 81 [email protected] ERF 4/5 Main RoadPO Box 2096 - Oshikango, Namíbia

fl inVEstMEntsFrieda Linda SHIKANGALA , [email protected]: +264 81 249 3213 (mtc) , +264 85 5926 447 (leo) +244 946 699 461 (unitel)

Teofilus SIMON, NCCI deputy chair for OshikangoCell.: + 264 81 77 99 783

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naMÍbia cÂMaRa dE coMÉRcio E indÚstRia (ncci) – noRtHERn officEHertha MUNKUNDI-UUSHONA, Administration OfficerP/Bag 5509, Oshakati, NamíbiaOngwediva Trade Fair [email protected] or [email protected] Tel. +264 65-230234/230569Cell.: +264 81 8014008

oMHalanga MillsMr.James MILLO, General ManagerPO Box 3399, Ongwedia, NamíbiaExtension 12, Industrial Area, Plots 5523-5524, OngwediwaTel.: + 264 65 232148Cell.: + 262 81 33 88 [email protected]

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7.3. anexo 3: lista de materiais de construção e importadores de material de ferragem

afRican building suPPliEs (PtY) ltdSr. Klaus FISCHERTel .: + 264 61 31 1400Móvel: + 264 (0) 81 124 1618PO Box 9891, Windhoek, Namí[email protected] de fábrica para fabricantes sul-africanos (fechaduras, portas, controles e produtos similares)

alPRo WElWitcHia ccMr.Izak Johannes VisserTel.: + 264 61 311 400Mobile: + 264 (81) 253 2982PO Box 9891, 42 Schlager StreetSwakopmund, Namíbia, Namí[email protected]ção e venda de portas e janelas

august tWEntY six constRuction (PtY) ltdMr.John NamolohTel.: +264 61 243 325Mobile: + 264 (0)81 128 3996PO Box 81581, Erf RE/31/B Street: B2 Leopards ValleyOlympia, Windhoek, Namí[email protected] Construção, manufatura, civil, importação, locação e consultoria em aço

bcs ccMr. Walter J MarkoTel.: + 264 67 304 397Mobile: + 264 81 124 6554PO Box 326 Otjiwarongo, NamíbiaPortion 20 of Townlands [email protected]ércio e fabricação de tijolos e pavers

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

198

j s HaRWaRE & HobbYMr.Jürgen SoethTel. + 264 61 238 380PO Box 6957, Windhoek , Namí[email protected] Varejo / atacado de hardware do construtor, cortinas e toldos, portas de segurança e lareiras.

M PuPKEWitZ & sons (PtY) ltdMr. Danie du ToitTel. : + 264 (0) 61 29 16 701PO Box 5087, Windhoek, Namí[email protected] Builders merchant6

o bEHREns & co (PtY) ltdMr. Werner MargullTel : 264 (0) 61 27 63 00PO Box 5042, Windhoek, Namí[email protected] Importação e comercialização de canalizações, azulejos e louças sanitárias.

outsPan WHolEsalE ccMr. Gerhard StraemkeTel. : + 264 (0) 62 50 17 12Cell.: + 264 (0) 81 24 54 852PO Box 725, Okahandja, Namí[email protected] Hardware e materiais de construção fornecimentos; Revendedor geral (wholesale)

stEEl foRcE ccMr. Gunter HenleTel. : + 264 (0) 61 33 1000Cell.: + 264 (0) 81 12 84 500PO Box 11734 Van der Bijl Street, Northern Industrial, Windhoek, NamíbiaFornecedor de aço, fabricação ou aço de vergalhão / reforço: fabricação de portas francesas e janelas de aço; Fornecimento de aço ao público e ao

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

199

7.4. anexo 4: lista dos processadores de grãos(Fonte: AMTA ; nota: como apenas os moleiros têm o direito de importar, esta lista é também a lista dos importadores de grãos da Namíbia )

PRoduto: MilHo bRanco

Região Karas:MOLHOS DE ESCOLHA DO SULEndereço: Box 1233, K/HOOTelefone: 063-225422Fax: 063-223884E-mail: [email protected]: Mr. E von Schauroth

Região Kavango-East:KAVANGO MILLSEndereço: Box 492, RUNTelefone: 066- 255635Fax: 066- 267114E-mail: [email protected]: Mr. T Perreira

Região Kavango-West:MOINHOS DE ESTUFAEndereço: Box 67, RUNDUTelefone: 0813152998/0817757389Fax: 066-256356E-mail: [email protected]: Ms. S. Muremi

TYNO MILLSEndereço: Box 21729,WHKTelefone: 061-410108/0811222509Fax: 061-250007E-mail: [email protected]: Mr. C. Markus

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

200

USURA WETU MILLING CCEndereço: Box 79, RUNDUTelefone: 066-256355/0811248052Fax: 066-258820E-mail: [email protected]: Mr. L. K. Mbangu

Região Khomas:BOKOMO NamíbiaEndereço: Box 96388, WHKTelefone: 061-264466Fax: 061-264334E-mail: hhamm@bokomoNamíbia.co.zaContacto: Mr. H. Hamm

NAMIB MILLS-WINDHOEKEndereço: Box 20276, WHKTelefone: 061-2901000Fax: 061-262678E-mail: [email protected]: Mr. I. Collard

Região Kunene:PLANO DE IRRIGAÇÃO DE ETUNDAP/Bag 503, RUACTelefone: 065-258828Fax: 065-258704E-mail: [email protected]: Mr. S. Thobias

Região ohangwena:OHANGWENA MILLSEndereço: Box 353, OHANGTelefone: 065-260177/0812631850Fax: 065-260177E-mail: [email protected]: Mr.S-B Nghiwewelekwa

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

201

Região okavabgo-East:PROJETO DE IRRIGAÇÃO DE SHADIEndereço: Box 5219, RUNDUTelefone: 066-259312Fax: 066-258363E-mail: [email protected]: Mr. D. Marais

Região omaheke:MILHO OMAFEEndereço: Box 624, GOBSTelefone: 062-568719/0812898013E-mail: [email protected]: Mr. F.J. Pretorius

Região omusati:MOINHOS DE MILHO ELANDEndereço: Box 1424, OSHTelefone: 065-258149/0811287171Fax: 065-258262E-mail: [email protected]: Mr. J. Kambwela

MOINHOS DE MILHO ONAWAP/Bag 552, OMBATelefone: 065-251014Fax: 065-251059E-mail: [email protected]: Ms. J. Haindongo

Região oshana:OKAHAO MILLS (M)Endereço: Box 1549, OSHTelefone: 0608015230/0812481285E-mail: [email protected]: Rev. A. Iita

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

202

OMHALANGA MILLS CCEndereço: Box 3399, ONGWTelefone: 065-232148/0811223322Fax: 065-232195E-mail: [email protected]: Mr. V.K. Nghipondoka

Região otjikoto:GOAL MAIZEEndereço: Box 1361,TSUMTelefone: 067-220726Fax: 067-221359E-mail: [email protected]: Mr. G.J.A. Mans

Região otjozondjupa:HUTTENHOF EXPLORAÇÃO AGRÍCOLAEndereço: Box 21, OTAVITelefone: 067-234327/0812749500Fax: 067-234327E-mail: [email protected]: Mr. R. von Maltzahn

MOINHOS DE MILHO MAKALANIEndereço: Box 561, GRTFTelefone: 067-243651/0601104482E-mail: [email protected]: Mr WN Gagiano

NAMIB MILLS-OTAVIEndereço: Box 86,OTAVITelefone: 067-234024Fax: 067-234295E-mail: [email protected]: Mr. C. le Roux

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

203

Região Zambezi:AGRIMILLEndereço: Box 2189 KMTelefone: 264 811 600 564E-mail: [email protected]: Mr. B. Mbeha

FABRICANTES DE ALIMENTOS NUSRIASEndereço: Box 1952, KMTelefone: 066-252525/252624066-252626E-mail: [email protected]: Mr. S. Bhamjee

MOINHOS BEMMEndereço: Box 2202, KMTelefone: 264 813 86 86 9328E-mail: [email protected]: Mr. B. M Kulobone

MOINHOS DE KAMUNUEndereço: Box 1786, KMTelefone: 066-253786/253914Fax: 066-253915E-mail: [email protected]: Mr. S Bhamjee

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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PRoduto: MadEiRas dE tRigo

Região Karas:MOLHOS DE ESCOLHA DO SULEndereço: Box 1233, K/HOOTelefone: 063-225422Fax: 063-223884E-mail: [email protected]: Mr. E von Schauroth

Região Kavango-East:KAVANGO MILLSEndereço: Box 492, RUNDUTelefone: 066-255635Fax: 066-25502E-mail: [email protected]: Mr. T Perreira

Região Khomas:BOKOMO NamíbiaEndereço: Box 96388, WHKTelefone: 061-264466Fax: 061-264334E-mail: hhamm@bokomoNamíbiaContacto: Mr. H. Hamm

NAMIB MILLS-WINDHOEKEndereço: Box 20276, WHKTelefone: 061-2901000Fax: 061-262678E-mail: [email protected]: Mr. I. Collard

Região Kunene:PLANO DE IRRIGAÇÃO DE ETUNDAP/Bag 552, OMBATelefone: 065-258820Fax: 065-258704

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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E-mail: [email protected]: Mr. S. Thobias

Região otjozondjupa:HUTTENHOF EXPLORAÇÃO AGRÍCOLAEndereço: Box 21, OTAVITelefone: 067-234327/0812749500Fax: 067-234327E-mail: [email protected]: Mr. R. von Maltzahn

PRoduto: MaHangu MillERs

Região Erongo:OSHIPE MILLSEndereço: Box 310, KaribibTelefone: 817331643E-mail: [email protected]: D. Kumar

Região Kavango-East:KAVANGO MAHANGU CCEndereço: Box 1721, RunduTelefone: 0812981651/0812066129Fax: 88642895E-mail: [email protected]: I. Kamalanga

Região Kavango-West:USURA WETU MILLING CCEndereço: Box 79, RUNDUTelefone: 066-256355/0811248052Fax: 066-256828E-mail: [email protected]: L.K.Mbangu

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Região Khomas:OKAWA TRADING CCEndereço: Box 98227, WhkTelefone: 813242507Fax: 062-540195E-mail: [email protected]: M. Shikukutu

SHIPALULA COMÉRCIOTelefone: 0814319723/081251330E-mail: [email protected]: Rev. M. Kangunga

Região ohangwena:OHANGWENA MILLSEndereço: Box 353, OHANGTelefone: 812631850Fax: 065-260177E-mail: [email protected]: S-B. Nghiweweleka

OKADIVA TRADING ENTERPRISESTelefone: 811271747E-mail: [email protected]: S. Nepunda

ONAWA MAHANGU MILLSTelefone: 811296011Contacto: Petrus Moses

TUPA FARMING MAHANTelefone: 812753686E-mail: [email protected]: O. Naudope

Região omusati:NAMUNGELO FOOD SUPPLIESTelefone: 0814654786/0812560757

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E-mail: [email protected]: S. Iingwapha

OKAHAO MILLSEndereço: Box 1549, OSHTelefone: 814759948E-mail: [email protected]: Rev. A. Iita

OMPANGONA MAHANGUTelefone: 0811700617/0814277040Contacto: T. Niinkoti

Região oshana:COSDEC ONDANGWATelefone: 065-241220E-mail: [email protected]: E. Kaluhoni

KWIIMA MAHANGUTelefone: 0811242459/0812235874E-mail: [email protected]: P.I. Athingo

OKUTSA MAHANGU CRUSHEREndereço: Box 7227, OshTelefone: 812787984E-mail: [email protected]: J. Mutilitha

ONYAANYA MAHANGU MADEIRAEndereço: Box 78, OndTelefone: 0811270789/0813412748Fax: 065-240778E-mail: [email protected]: J. Kambonde

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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OPOTO MAHANGU CRUSHEREndereço: Box 136, OshTelefone: 811566552Fax: 065-242366E-mail: [email protected]: F.N. Inkono

Região oshikoto:SHAMBES MAHANGUTelefone: 812521930Fax: 065-244061Contacto: P.M. Nambali

Região otjozondjupa:NAMIB MILLS - OTAVIEndereço: Box 86, OTAVITelefone: 067-234024Fax: 067-234148E-mail: [email protected]: C. le Roux

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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7.5. anexo 5: lista dos importadores de produtos frescos(Fonte: AMTA)

áREa caPRiVi:

Kamunu WholesalersContacto: Suhail/AquilaTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1786Cidade: Katima MuliloTelefone: 066-253786Fax: 066-253915Telemóvel: 811274786E-mail: [email protected]/[email protected]

Rings Kalinki supermarketContacto: ShakirTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 2370Cidade: Katima MuliloTelefone: 066-253643Fax: 066-253152Telemóvel: 816946388E-mail: [email protected]

áREa KaVango:

Kavango supermarketContacto: Jose/StevenTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1509Cidade: RunduTelefone: 066-255229Fax: 066-255123

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Telemóvel: 811249724/0814053519E-mail: [email protected]

oceano atlantico tradingContacto: Joerge Tipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 2078Cidade: RunduTelefone: 066-255646Fax: 066-256901Telemóvel: 811246406/0811294634E-mail: [email protected] / [email protected]

check-in-storesContacto: RonnyTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 6125Cidade: NkurenkuruTelefone: 066-264804Fax: 066-264803Telemóvel: 811282465E-mail: [email protected]

iihape Marketing & Promotions ccContacto: Oscar ElagoTipo de Negócio: Market Agent Rundu FBHEstatuto comercial: LocalP.O Box: 10384Cidade: KhomasdalTelemóvel: 817 220 553E-mail: [email protected] / [email protected]

ilongwa investmentsContacto: Simon N SimonTipo de Negócio: Market Agent Rundu FBHEstatuto comercial: Local

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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P.O Box: 98165Cidade: WindhoekTelemóvel: 814 558 237E-mail: [email protected]

Vendors Vegie’s HeavenContacto: Amon NgaveteneTipo de Negócio: Market Agent Rundu FBHEstatuto comercial: LocalP.O Box: 25962Cidade: KatuturaTelemóvel: 851 412 442E-mail: [email protected]

ondjamba Market agencyContacto: Nalexandria NortjeTipo de Negócio: Market Agent Rundu FBHEstatuto comercial: LocalP.O Box: 32133Cidade: PioneersparkTelemóvel: 815 743 717E-mail: [email protected]

Vena trading EnterpriseContacto: Samuel KandjimiTipo de Negócio: Market Agent Rundu FBHEstatuto comercial: LocalP.O Box: 6040Cidade: NkurenkuruTelemóvel: 814 646 907E-mail: [email protected]

Rundu sPaRContacto: Alberto Felisberto/AltaTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 941Cidade: Rundu

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

212

Telefone: 066-255570Fax: 066-256927Telemóvel: 811297774E-mail: [email protected]/[email protected]

áREa KaRstland:

Erongo foods Production Contacto: Stoffel RothmannTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 314Cidade: OutjoTelefone: 067-313119 Fax: 067-313619Telemóvel: 811 493 090E-mail: [email protected]/[email protected]

free namibia cateresContacto: Christie MentzTipo de Negócio: Catering Estatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1497Cidade: TsumebTelefone: 067-220604Fax: 067-221623Telemóvel: 811245420/1E-mail: [email protected]

j & b tradingContacto: AndroetteTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 847Cidade: OtjiwarongoTelefone: 067-302249Fax: 886516289Telemóvel: 812564980

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

213

E-mail: [email protected]

grootfontein sPaRContacto: Gene de JagerTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 3Cidade: GrootfonteinTelefone: 067-242061Fax: 067-243503Telemóvel: 812522372E-mail: [email protected]

otavi sPaRContacto: Carola BlumeTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 212Cidade: OtaviTelefone: 067-234141Fax: 067-234107Telemóvel: 814063954E-mail: [email protected]

otjiwarongo sPaRContacto: Theo BortslapTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 464Cidade: OtjiwarongoTelefone: 067-303187Fax: 067-302983Telemóvel: 811414000E-mail: [email protected]

tsumeb sPaRContacto: Bennie DavidsTipo de Negócio: Retailer

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Estatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 498Cidade: TsumebTelefone: 067-222840Fax: 067-222857Telemóvel: 814693870E-mail: [email protected]

tigerverge ccContacto: MoistaTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1296Cidade: GrootfonteinTelefone: 067-243143Fax: 067-243143Telemóvel: 608016977E-mail: [email protected]

áREa cEntRal noRtE:

brenner fruit & VegContacto: Monica DawidTipo de Negócio: Wholesaler/Retailer/ExporterEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 2373Cidade: OshikangoTelefone: 065-264810Fax: 065-264638Telemóvel: 811440004/0813676688E-mail: [email protected]

champ style tradingContacto: David ErastusTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 849Cidade: Outapi

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Telefone: 065-251044Telemóvel: 816212676E-mail: [email protected]

samco import & ExportContacto: Lydia and SuhailTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 15701Cidade: OshikangoTelefone: 065-264784Fax: 065-264784Telemóvel: 0812890440/811288786E-mail: [email protected]

Eland general MarketContacto: AsteriaTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1424Cidade: OutapiTelefone: 065-258262/272014Fax: 065-258260Telemóvel: 811287171E-mail: [email protected]

fysal fresh ProduceContacto: Ben/BafiliaTipo de Negócio: Wholesaler/Retailer/ExporterEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 2096Cidade: OshikangoTelefone: 065-264804Fax: 065-264805Telemóvel: 818505888E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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okapana service stationContacto: TanyaTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 643Cidade: OndangwaTelefone: 065-240310Fax: 065-240310Telemóvel: 812129772E-mail: [email protected]

ongwediva sPaRContacto: Charles WaltersTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 6Cidade: OngwedivaTelefone: 065-232037/9Fax: 065-232028Telemóvel: 811289924E-mail: [email protected]

oshakati sPaRContacto: Jupy van der MerweTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 7009Cidade: OshakatiTelefone: 065-220331Fax: 065-221788Telemóvel: 811279943E-mail: [email protected]

nam Market agentsContacto: Cobus Swanepoel\Paula MiguelTipo de Negócio: Market Agent Ongwediva FBHEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 9675

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217

Cidade: WindhoekTelefone: 065 232 5032 / 232 5030 Fax: 065 232 5049 / 061 400 047Telemóvel: 813102794/ 0812600963E-mail: [email protected] \ [email protected]

stampriet farmers MarketContacto: Terence HartyTipo de Negócio: Market Agent Ongwediva FBHEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: No postal addressCidade: WindhoekTelefone: 061 - 245 352Telemóvel: 0855 224 773 E-mail: [email protected]

lindsay Eleven investmentContacto: Matias IipumbuTipo de Negócio: Market Agent Ongwediva FBHEstatuto comercial: LocalP.O Box: No postal addressCidade: OngwedivaTelemóvel: 081 7485 792 E-mail: [email protected]

áREa cEntRal:

beukes sPaR Contacto: Elrico BeukesTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 10430Cidade: WindhoekTelefone: 061-211407Fax: 061-211408Telemóvel: 811242892E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

218

central Wholesaler ccContacto: PW CotzeeTipo de Negócio: WholesalerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1047Cidade: OkahandjaTelefone: 062-501399/504399Fax: 062-502997Telemóvel: 811298087E-mail: [email protected]

citi ProduceContacto: Jose Gomes/GladysTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 5351Cidade: WindhoekTelefone: 061-233076Fax: 061-224399Telemóvel: 811295351/0812387559E-mail: [email protected]

die gronte MandjieContacto: R du PlessisTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 40Cidade: Gobabis/WitvleiTelefone: 062-564255Fax: 062-564289Telemóvel: N/AE-mail: [email protected]

freshmark namíbia Contacto: Sunita RoodtTipo de Negócio: Distribution CenterEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1787

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

219

Cidade: WindhoekTelefone: 061-263005Fax: 061-260403Telemóvel: 811 248 533E-mail: [email protected]

flM fruit & Vegetables (PtY) ltdContacto: Leon NelTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 86252Cidade: WindhoekTelefone: 061-377150Fax: 061-272514Telemóvel: 811277032E-mail: [email protected]

gobabis sPaRContacto: Piere VenterTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1545Cidade: GobabisTelefone: 062-562703Fax: 062-562749Telemóvel: 812473436E-mail: [email protected] / [email protected]

Mathews fresh ProduceContacto: Mathews/TweniTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 62447Cidade: WindhoekTelefone: 061-212055Fax: 061-212550Telemóvel: 813007910E-mail: [email protected]/[email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

220

Maerua super sPaRContacto: Robert VoightTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 62Cidade: WindhoekTelefone: 061-383000Fax: 061-383030Telemóvel: 811495060E-mail: [email protected]

nabeel fresh ProduceContacto: GillmoreTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 10154Cidade: WindhoekTelefone: 061-232148Fax: 061-232088Telemóvel: 811287869E-mail: [email protected]

natural foods falueContacto: Ockie van WykTipo de Negócio: Distribution CenterEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 2200Cidade: WindhoekTelefone: 061-223866Fax: 061-223849Telemóvel: 855944440E-mail: [email protected]

namibia fresh Produce MarketContacto: Hannes Van Der BergTipo de Negócio: WholesaleEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 86252

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

221

Cidade: WindhoekTelefone: 061-377176Fax: 061-377167Telemóvel: 811245041E-mail: [email protected]

okuryangava fresh ProduceContacto: Frank SteffenTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 35454Cidade: WindhoekTelefone: 061-265558Telemóvel: 811240882E-mail: [email protected]

acto fresh ProduceContacto: Thabo KeleboniTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 35287Cidade: WindhoekFax: 886557327Telemóvel: 0813603625/0817230829E-mail: [email protected]

game discount World namibia (Pty) ltdContacto: Marleze BeukesTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 9008Cidade: WindhoekTelefone: 061-428900Fax: 061-428999Telemóvel: 814173993E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Hallie investment Contacto: Adri PienaarTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 50421Cidade: WindhoekFax: 88637860Telemóvel: 813332943E-mail: [email protected]

Kingpin Properties ccContacto: Aaron/MicrodeTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 81274Cidade: WindhoekFax: 061-401353Telemóvel: 0817614803/0813252936E-mail: [email protected]

spar okahandja Contacto: Koos BlaauwTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 459Cidade: OkahandjaTelefone: 062-501035Fax: 062-503125Telemóvel: 812492088E-mail: [email protected]

spar omaruru Contacto: Bobby GriebelTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 383Cidade: OmaruruTelefone: 064-570209

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Fax: 064-570452Telemóvel: 811281718E-mail: [email protected]

spar WestlaneContacto: Arthur StephanusTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 62Cidade: WindhoekTelefone: 061-427400Fax: 061-427430Telemóvel: 812226096E-mail: [email protected]

spar HochlandContacto: Robert VoightTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 32228Cidade: WindhoekTelefone: 061-421600Fax: 061-231864Telemóvel: 811495060E-mail: [email protected]

R & P fresh ProduceContacto: Pietie van WykTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 10384Cidade: WindhoekTelefone: 061-401553Fax: 061-304045Telemóvel: 811600959E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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stampriet farmers MarketContacto: Cornell/AntoinetteTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 31605Cidade: WindhoekTelefone: 061-245352Fax: 061-245351E-mail: [email protected]

the Market PlaceContacto: Mrs. Cornelessen / RiaanTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 2120Cidade: WindhoekTelefone: 061-225653Fax: 061-225672Telemóvel: 811299017E-mail: [email protected]

djissa investments ccContacto: Ndapwa BednazTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 22504Cidade: WindhoekTelemóvel: 816660272E-mail: [email protected]

Woermann brockContacto: Lenhardt /Zia Tipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 86Cidade: WindhoekTelefone: 061-376113Fax: 061-376129

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

225

E-mail: [email protected]/[email protected]

Yengeni fresh ProduceContacto: HangoTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 96174Cidade: WindhoekTelefone: 061-213103Fax: 061-213108Telemóvel: 813665917E-mail: [email protected]

Woolworths namibia Contacto: Satyajit DasTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 25210Cidade: WindhoekTelefone: 061-220905Fax: 061-221419Telemóvel: 812698849E-mail: [email protected]

coastal aREa:

bay fruit & VegContacto: Jose de OliveraTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 3881Cidade: Walvis BayTelefone: 064-200545Fax: 064-200544Telemóvel: 811297045E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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go freshContacto: Anna NarisTipo de Negócio: Wholsaler/DCEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 4810Cidade: SwakopmundTelefone: 064-402581Fax: 064-402571Telemóvel: 814 232 367E-mail: [email protected]

Hentiesbay sPaRContacto: Johan AgenbagTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 191Cidade: HentiesbayTelefone: 064-500130Fax: 064-500807Telemóvel: 812878490E-mail: [email protected]

Kuiseb fresh ProduceContacto: Edgar YonTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 392Cidade: Walvis BayTelefone: 064-202083Fax: 88619676 / 0886515606Telemóvel: 812273788E-mail: [email protected]

namibia ship chandlersContacto: BeiraTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 198

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

227

Cidade: Walvis bayTelefone: 064-214717Fax: 064-202591E-mail: [email protected]

ocean view sPaRContacto: Ryno du PreezTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 8393Cidade: SwakopmundTelefone: 064-419140Fax: 064-419141Telemóvel: 811279943E-mail: [email protected]

oranjemund sPaRContacto: Mike&MichelleTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 96Cidade: OranjemeundTelefone: 063-232006Fax: 063-232156Telemóvel: 0811293182/1E-mail: [email protected]

swakopmund sPaRContacto: Does du PreezTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 982Cidade: SwakopmundTelefone: 064-415400Fax: 064-415401Telemóvel: 811274760E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

228

Walvis bay sPaRContacto: Boetie FullerTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1107Cidade: Walvis BayTelefone: 064-202648Fax: 064-206744Telemóvel: 813381200E-mail: [email protected]

trust MarketContacto: JillianTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1324Cidade: Walvis BayTelefone: 064-204246Fax: 064-207810Telemóvel: 811242530E-mail: [email protected]/[email protected]

Zaheer tradersContacto: ZaheerTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 4241Cidade: SwakopmundTelemóvel: 811428707E-mail: [email protected]

soutHERn aREa:

aranos sPaRContacto: Jan SchreuderTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 16

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

229

Cidade: AranosTelefone: 063-272016Fax: 063-272224Telemóvel: 811291800E-mail: [email protected]

aussenkehr sPaRContacto: Wynand SaaymanTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 702Cidade: AussenkehrTelefone: 063-297094Fax: 063-297096Telemóvel: 816864844E-mail: [email protected]

Karas fruit & VegContacto: Bertus OlivierTipo de Negócio: Wholesaler/RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 1089Cidade: KeetmanshoopTelefone: 063 225436 /223218Fax: 063-224445Telemóvel: 812750525E-mail: [email protected]

Keetmanshoop sPaRContacto: Kobus StraussTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 458Cidade: KeetmanshoopTelefone: 063-222500Fax: 063-222499Telemóvel: 812702769E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

230

Karasburg sPaRContacto: Johan van RooyenTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 18Cidade: KarasburgTelefone: 063-270001Fax: 063-270239Telemóvel: 813341782E-mail: [email protected]

oK gochcasContacto: van WykTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 100Cidade: GochasTelefone: 063-250003Fax: 063-250049E-mail: [email protected]

Mariental sPaRContacto: Ria de Lange/JohanTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 7Cidade: MarietnalTelefone: 063-240344/5/6Fax: 063-240538Telemóvel: 811279039E-mail: [email protected]

Rehoboth sPaRContacto: Tony BenadeTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 3091Cidade: Rehoboth

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Telefone: 062-522055Fax: 062-522751Telemóvel: 811272470E-mail: [email protected]

Roadhouse trading EnterpriseContacto: Eureka/Andra HusselmanTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 3943Cidade: RehobothTelefone: 062-523523Telemóvel: 815616337E-mail: [email protected]

Rosh Pinah sPaRContacto: Bennie van der HovenTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 209Cidade: Rosh PinahTelefone: 063-274870Fax: 063-274893Telemóvel: 811481088E-mail: [email protected]

luderitz sPaRContacto: Johan van RooyenTipo de Negócio: RetailerEstatuto comercial: Importer/LocalP.O Box: 437Cidade: LuderitzTelefone: 063-202608Fax: 063-203098Telemóvel: 813341782E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

232

7.6. anexo 6: outros contactos úteis

EMbaixada angolana na naMÍbiaDr Agostinho Neta Road, Windhoek+ 264 61 227 535

MinistÉRio da industRialiZação, coMÉRcio E dEsEnVolViMEnto das PMEwww.mti.gov.na

naMÍbia tRadE foRuM+ 264 61 23 53 27www.ntf.org.na

naMÍbia cÂMaRa dE coMÉRcio / ncci & indÚstRia+ 264 61 22 8809www.ncci.org.na

MinistÉRio da agRicultuRa, da água E da floREsta+ 264 61 208 711www.mawf.gov.na

naMÍbian agRonoMic boaRd+ 262 61 379 [email protected]

aMta (agRo-MaRKEting E agÊncia coMERcial)+ 264 61 202 3000www.amta.na

Placa dE caRnE dE naMÍbia+ 264 61 275 830www.namic.com.na

MinistÉRio das PEscas E dos REcuRsos MaRinHos+ 264 61 233 286www.mfmr.gov.na

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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sacu (união aduanEiRa da áfRica sul)+ 264 61 295 8000www.sacu.int

naMÍbia logistics association+ 264 61 411 100www.nla.na

associação naMÍbian ManufactuRing+ 264 61 308 053www.nmanamíbia.com

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234

7.7. anexo 7: Procedimentos normativos de exploração dos permisos agronómicos

(Fonte: AMTA ; extract)

7.7.1. descrição

As autorizações agronómicas / hortícolas são emitidas em conformidade com a alínea o) do ponto 10 da Lei relativa à indústria agronómica de 1992 (Lei 20 de 1992), com base na lista de culturas controladas publicadas no Aviso Gubernativo n. ° 146, de 8 de Agosto de 2002; Gaze-tte (No 2802) de 30 de Agosto de 2002. As licenças são emitidas pela AMTA, nomeada como agente do Conselho Agronómico da Namíbia. Este documento fornece os procedimentos opera-cionais padrão para todas as licenças agronómicas actualmente emitidas AMTA de acordo com a Lei acima mencionada, avisos do governo e gazettement. Serão igualmente emitidas licenças para outras culturas / produtos não registados no registo oficial, apenas para estatísticas, apro-vadas pelo Ministério da Agricultura, das Águas e das Florestas (ver anexo).n only, as approved by the Ministry of Agriculture, Water and Forestry (See attached).

7.7.2. Permitos de importação para horticultura e grão

7.7.2.1. Horticultura permissão de importação (frutas e legumes frescos)

• Misto Frutas e legumes e as licenças especiais de importação são emitidos separadamente para produtos hortícolas, mas ainda faz parte dos requisitos MSP.

• A licença especial de importação está actualmente a ser emitida para a batata e cebola apenas, em linha Patata e Onion Marketing Scheme / acordo que garante um período de fronteira próxima durante a oferta suficiente de batatas e cebolas (Ver anexo Batata e Cebola Acordo).

• As licenças de importação de frutas e produtos hortícolas mistos e de importação especial só são emitidas aos importadores registados, em conformidade com as regras aplicáveis aos novos im-portadores de produtos frescos constantes dos documentos de regras e procedimentos do MSP.

• Em uma base mensal antes do dia 10 de cada mês, os importadores / comerciantes são obriga-dos a apresentar os seus retornos mensais para os produtos frescos provenientes de produtores locais e importados, capturados na MSP excel folha com o objetivo de calcular MSP%.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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• Uma lista de importadores qualificados para a horticultura deve ser comunicada trimestralmente à divisão de saúde vegetal do MAWF pelo pessoal da AMTA, para que os importadores possam obter uma autorização de importação emitida pela divisão de saúde das plantas do MAWF.

• Uma vez calculado o valor de importação admissível, um importador receberá uma licença de importação de quarto, indicando o valor qualificado para importação.

• O importador é obrigado a dividir o valor total de importação permitido para esse trimestre específico em licenças por remessa através de um formulário de aplicação enviado por fax, e-mail ou entregue em mão à sede da AMTA. (Ver formulário de pedido de importação de horticultura em anexo).

• Ao preencher os formulários de candidatura, os clientes podem escolher uma data futura de que ele / ela gostaria que a licença fosse válida, e isso não precisa ter que ser a data de aplica-ção. Isso é para torná-lo flexível para o cliente para ser capaz de trazer sua remessa dentro do período de validade estipulado antes da licença expira.

• O pessoal deve registar o formulário de candidatura preenchido na folha de registo do pedido de autorização.

• O pessoal deve verificar com a divisão de Finanças se o cliente específico está em conformi-dade com o pagamento de taxas agronómicas.

• Não são permitidas taxas de custo aplicáveis às culturas controladas publicadas, ao contrário das licenças de importação de grãos.

• Nenhuma das colheitas controladas hortícolas com registo oficial está sujeita a um custo de permissão de NAD37,00, sujeito a ajuste anual de inflação.

• Depois de ter registado o formulário de candidatura recebido e de verificar as contas junto da Divisão de Finanças, será emitida uma licença de importação no prazo máximo de 3 dias úteis a contar da data de candidatura, uma vez que esta esteja em conformidade.

• Os importadores devem ser informados telefonicamente e / ou por e-mail, uma vez que as licenças estão prontas para a colecta.

• Note-se que, é da responsabilidade dos importadores para recolher as autorizações da sede da AMTA, quer pessoalmente ou através de uma empresa de courier.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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• Os importadores são responsáveis pelo custo da expedição das licenças, quando aplicável.

• Os importadores são aconselhados a sempre certificar-se de que a licença e os detalhes do produto são os mesmos tanto na licença de comércio de importação AMTA e MAWF Sanitária e Fitossanitária (SPS) licença de autorização de importação.

• A licença de importação de frutas e vegetais mistos é válida por 90 dias ou 3 meses e é emitida por remessa, enquanto a licença especial de importação de batata e cebola é válida por 30 dias um (1) mês e é válida por remessa.

• A licença especial para batata e cebola está sujeita à disponibilidade de suprimento local tanto em quantidade quanto em qualidade.

• No porto de entrada, os funcionários fronteiriços da AMTA solicitarão as licenças de importa-ção originais e os documentos de apoio, isto é, as facturas.

• Cada licença de importação deve ser acompanhada de uma factura original para efeitos de controlo e como prova da importação efectiva, tanto para as imposições legais como para as estatísticas.

• Para efeitos de controlo, não será permitida a ultrapassagem do valor da permissão e da tone-lagem e os importadores são encorajados a planear as suas encomendas antes de obterem uma autorização, a fim de evitar atrasos na fronteira.

• Cópias da licença de importação original e as facturas serão feitas e mantidas pelos funcioná-rios da AMTA fronteira, enquanto um recibo de fronteira será emitido pela AMTA.

• As licenças e facturas originais serão devolvidas ao importador.

• Uma vez por semana, todas as cópias de licenças de importação de produtos frescos com có-pias de recibo da autorização e todas as cópias das facturas justificativas anexadas, tal como são recolhidas no porto de saída ou de entrada, serão enviadas para a cédula principal para efeitos das taxas legais. Finanças) e para estatísticas (captura de dados) através da Unidade de Promoção e Assessoria de Mercado.

• Uma vez que todos os dados tenham sido capturados, as licenças devem ser devidamente preenchidas e armazenadas no armazém para manutenção segura.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

237

• Todas as caixas de permissão armazenadas devem estar claramente marcadas ou rotuladas com; Tipo de licença, Mês do recebimento da permissão, classificação por nome (A-Z) e Data de preenchimento e Nome do pessoal.

• Uma folha de registo de enchimento / loja deve ser preenchida pelo pessoal para cada caixa armazenada no armazém para referência futura.

7.7.2.2. Permissão de importação de grão (milho, trigo e trigo perolado)

• Esta autorização é estritamente emitida em conformidade com o mecanismo de comerciali-zação de cereais para o milho branco, o trigo e o milheto, pelo que, durante um período de comercialização determinado pela NAB, não são emitidas licenças de importação aos impor-tadores até ao momento em que o milho local é vendido.

• Embora o Trigo de Trigo e Pérola não conste da lista de culturas / produtos controlados, tra-ta-se de culturas / produtos controlados pelo facto de estarem sujeitos a imposições gerais, de acordo com a Comunicação do Governo nº 36 de 12 de Fevereiro de 2015 / Government gazette no 5681 of 27 de Fevereiro de 2015.

• De acordo com o Conselho Agronómico da Namíbia, não será permitida a importação de pro-dutos de grãos (milho branco, trigo branco e milho perolado) provenientes da trituração, ou moagem, a não ser que esses produtos não possam ser fabricados ou produzidos por moleiros locais.

• As licenças de importação de grão (milho branco, trigo branco e milheto perolado) só são concedidas aos moleiros registados que possuam uma licença de moagem emitida pela AMTA (Unidade de Inspecção de Explorações e Instalações).

• Uma vez registado como um moleiro, os importadores são obrigados a preencher e enviar o formulário de solicitação de importação enviá-lo para AMTA via fax, e-mail ou entregar à mão para consideração (veja o formulário de inscrição de importação anexado).

• O comprovativo do pagamento por formulário de candidatura deve ser incluído no pedido de AMTA (se aplicável).

• O pessoal deve fazer cópias das autorizações originais emitidas e submetê-las à divisão de Finanças para facturação de taxas agronómicas.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

238

• Os importadores são aconselhados a sempre certificar-se de que a licença e detalhes do pro-duto são os mesmos tanto na licença de comércio de importação AMTA e permissão de auto-rização de importação SPS MAWF.

• Ao preencher os formulários de candidatura, os clientes podem escolher uma data futura de que ele / ela gostaria que a licença fosse válida, e isso não precisa ter que ser a data de aplica-ção. Isso é para torná-lo flexível para o cliente para ser capaz de trazer sua remessa dentro do período de validade estipulado antes da licença expira.

• O custo de cada licença é NAD37.00 (nenhum reembolsável uma vez que as licenças foram emitidas), e está sujeito ao ajuste anual da inflação e é emitido por remessa.

• O formulário de candidatura preenchido deve ser registado na folha de registo do pedido de autorização

• Verifique se todos os clientes estão em boas condições com a Divisão de Finanças antes de emitir licenças.

• A AMTA emitirá a autorização aquando da recepção do formulário de candidatura, num prazo máximo de 3 dias úteis a contar da data do pedido.

• Os importadores serão informados telefonicamente e / ou por e-mail assim que as licenças estiverem prontas para serem colectadas.

• Note-se que, é da responsabilidade dos importadores para recolher as autorizações da sede da AMTA, quer pessoalmente ou através de uma empresa de courier.

• Os importadores são responsáveis pelo custo das licenças, quando aplicável.

• A licença de importação é válida por 90 dias ou 3 meses e é emitida por remessa (Sujeito à condição do mecanismo de comercialização de grãos durante um período de fronteira próxima).

• Os importadores podem solicitar licenças com antecedência, desde que não haja um período de fronteira fechada esperado durante esse período.

• as licenças de importação de alimentos para animais, tais como milho amarelo, farelo de trigo, hominy chop, mistura de milho, só exigem uma autorização da aMta, mas nenhuma exigência de registo para uma licença de moagem e, portanto, um cliente só

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

239

deve preencher um formulário de pedido neste caso. Esta licença não deve ser sujeita a quaisquer taxas agronómicas, mas apenas nad37,00 permitir o custo por licença / re-messa, válido por 90 dias.

• No porto de entrada, os funcionários fronteiriços da AMTA solicitarão a licença de importação original e os documentos de apoio, isto é, as facturas.

• Cada licença de importação deve ser acompanhada de uma factura original como prova de importação, para efeitos de imposição legal e estatística.

• Para efeitos de controlo, não será permitida a ultrapassagem do valor da permissão e da tone-lagem e os importadores são encorajados a planear as suas encomendas antes de obterem uma autorização, a fim de evitar atrasos na fronteira.

• Cópias da licença de importação original e as facturas serão feitas e mantidas pelos funcioná-rios da AMTA fronteira, enquanto um recibo de fronteira será emitido pela AMTA.

• As licenças e facturas originais serão devolvidas ao importador.

• Uma vez por semana, todos os grãos (milho branco, milho-de-trigo e milheto-perol), cópias das autorizações de importação, com cópias de recibo da autorização e todas as notas fiscais anexas, tal como são recolhidas no porto de saída ou entrada, serão enviadas para a sede cen-tral. A finalidade dos impostos legais (Divisão de Finanças) e para a estatística (captura de dados) através da Unidade de Promoção e Assessoria de Mercado.

• Uma vez que todos os dados tenham sido capturados, as licenças devem ser devidamente preenchidas e armazenadas no armazém para manutenção segura.

• Todas as caixas de permissão armazenada devem ser

• Uma folha de registo de enchimento / loja deve ser preenchida pelo pessoal para cada caixa armazenada no armazém para referência futura.

(....)

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

240

7.7.3. outros produtos agrícolas que exigem uma licença

Serão emitidas autorizações para a importação, exportação e intransitação dos produtos / cul-turas hortofrutícolas / culturas horticultura não mencionadas abaixo, de acordo com a comu-nicação ministerial de 14 de Dezembro de 2014. Essa licença para esses produtos será emitida apenas para fins estatísticos e não será sujeita a Quaisquer encargos agronómicos, mas sim um custo de autorização de NAD37.00 para importações e exportações, NAD75.00 para intransit mais as taxas normais de inspecção intransita e de transbordo, quando aplicável. As licenças serão emitidas por remessa e válidas por 21 dias no que diz respeito às exportações e intransitas, 90 dias para as licenças de importação. Semanalmente, todas as autorizações, recibos e facturas recolhidos no porto de saída ou de entrada serão enviados por correio ou devolvidos à sede para a Unidade de Promoção do Mercado e Assessoria para estatísticas (captura de dados).

nome comun Nome botânico1. Cevada / Malte Hordium Vulgare 2. Arroz Oryza sativa 3. Sorgo Sorghum vulgare 4. Feijão (Todas as variedades) Phaseolus vulgaris 5. Flores (Corte e em vasos) Todas as espécies6. Amendoim Arachis hypogaea 7. Noz Todas as espécies 8. Plantas de viveiro Todas as espécies 9. Materiais de plantio (tais como tubérculos de batata, estacas de batata doce.) Todas as espécies

10. Lucern Medicago sativa

11. Processamento primário (Pecuária) Todos os tipos: como milho amarelo, farelo de trigo, costeleta, mistura de milho, etc.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

241

7.7.4. Pequena escala de importadores de produtos frescos e grão

Todos os pequenos importadores de grãos e produtos frescos devem cumprir as seguintes regras e procedimentos:

• Qualquer pessoa que importe entre 200 kg e 1000 kg de produtos frescos por mês deve ser classificada como pequena importadora.

• Por conseguinte, todas as importações de produtos frescos com menos de 200 kg por mês são consideradas como destinadas ao consumo próprio e as autorizações serão emitidas apenas para fins de controlo e estatística, sem encargos agronómicos, mas com um custo de autoriza-ção de NAD37,00, por permitir.

• As licenças para o pequeno importador serão emitidas em todos os postos fronteiriços activos, Noordoewer, Ariamsvlei, Trans-Kalahari, Oshikango, Katwitwi, Muhembo, Ngoma e Wenela.

• Qualquer pessoa importando produtos frescos com mais de 1000kg por mês deve obter a au-torização de importação AMPM AMP normal para produtos frescos e cumprir com todos os requisitos.

• Qualquer importação superior a 200 kg por mês, mas destinada ao consumo próprio, deve ser aprovada pelo gestor orçamental responsável e será exigida uma declaração policial neste caso. E os inspectores do interior da AMTA devem monitorar esses clientes para se certificar de que esse produto não acaba no mercado.

• Caso o produto declarado para consumo próprio acabe no mercado interno, esses indivíduos serão suspensos da importação por um período de três (3) meses.

• Além disso, de acordo com a resolução do Conselho da NAB, nenhuma importação de milho branco, trigo e grão de milheto é permitida, seja para consumo próprio ou para venda, a menos que seja registada como moleiro.

• A importação de milho branco, trigo e milho painço primário de produtos transformados, como a farinha de milho, não será importada para a Namíbia, seja para consumo próprio ou para venda, conforme deliberado pelo Conselho da NAB.

• A importação de produtos frescos durante o período de estreita fronteira tam-bém não é permitida, o que está em conformidade com os acordos da indústria.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

242

6.10 Por conseguinte, qualquer pequeno importador de produtos frescos de 200kg a 1000kg por mês deve seguir os procedimentos abaixo para obter uma licença de importação:

◦ O importador deve preencher um formulário que pode ser obtido nos escritórios da AMTA situados no porto de entrada acima mencionado.

◦ O inspector de fronteira da AMTA deve revisar o pedido de correcção e precisão antes de emitir uma licença de importação.

◦ Uma vez verificado e aprovado o formulário de candidatura preenchido, o oficial da AMTA deve emitir uma licença de importação.

◦ O importador é obrigado a pagar uma taxa de importação de 5% e um imposto de venda de 1,4% aquando da emissão da licença de importação e uma factura será emitida pelo funcionário da fronteira em serviço para confirmar a recepção do pagamento.

◦ A taxa agronómica será calculada com base no custo de aquisição (preço de venda acrescido de 10% do custo de transporte) sem IVA.

◦ No ponto de entrada, o importador deve apresentar a autorização original juntamente com a factura original na qual os direitos serão calculados e pagos.

◦ A verificação das quantidades e do valor dos produtos importados será realizada pelo funcionário da AMTA.

◦ A ultrapassagem do valor da permissão e da arqueação não é permitida.

◦ E, uma vez que o importador de pequena escala ultrapassou a quantidade de importação mensal admissível de 1000 kg, não serão emitidas licenças até aos meses subsequentes.

◦ Todas as licenças emitidas e recebidas devem ser registadas claramente em modelo de folha de excel e encaminhadas à Divisão de Finanças e à Divisão de Promoção do Mer-cado e Assessoria mensalmente.

◦ A Promoção do Mercado e Assessoria, licenças de subunidades e captura de dados se-rão responsáveis pela distribuição de todos os livros de permissão de importação para pequenos importadores e pela guarda de livros de permissão usados para estatísticas.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

243

◦ A unidade de controle de fronteiras será responsável por assegurar que todas as licenças e cadernos de recebimento usados para o custo de permissão e as taxas sejam enviados mensalmente à divisão de Finanças

◦ A divisão de finanças será responsável pela recepção, cheque e saldos das receitas arre-cadadas contra as licenças emitidas.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

244

7.8. anexo 8: formulário de pedido de importação (fonte: AMTA)

iMPoRt PERMit aPPlicatioFOR/MPA/01

EffEctiVE datE:

17/02/2016

APPLICATION FOR A PERMIT FOR THE IMPORTATION OF CONTROLLED AGRONOMIC PRODUCTS IN TERMS OF THE AGRONOMIC INDUSTRY ACT, 1992 (ACT NO 20 OF 1992).

A. Please Tick import permit type/Product Category:

B. grain: Mixed fruits & Veg: special import permit: animal feed: other (specify): ………………..

Name of importer or Company: ……………………………………………………………… Postal address: ……………………………………………………………………………………………………………………...………………...………………...………………..………… Physical address: …………………………………………………………………………………………………………………………………...……………………...….........………….... Tel number: ….……………………………...… Fax number: ……………...……………… Email Address: …………………………………………

I, the undersigned, hereby apply for a permit in terms of section 10(o) of the Agronomic Indus-try Act, 1992 (Act No 20 of 1992), to import the controlled products of which the particulars appear hereunder, into Namíbia.

Product (specify where applicable) Grade Size Est.Tonnage Est. Value (n$)

Total estimate:

C. Total Number of permits required for this application:Town and Country of origin: ……………………...………………..………………………… Port of entry: …………………...……………………...………………………......................... Purpose of Importation: ………………..……...………………………...……………………

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

245

Mode of transport: ……………............………………………………………………...…….. Off-loading point: ……………………...………………...……………….....………………… Validity of Permit: From: ………………......…… To: ……….....…………………………... Name of applicant: ……………………………………………..

Signature: …………...…………......…….. Date …………………………..........……

NOTE: The Mixed Fruits & Veg and Special Import Permit is subject to MSP rules and proce-dures. The Grain (maize, pearl millet and wheat) Import Permit is subject to prior registration as a miller. Exceedance of permit value and tonnage shall not be allowed. “other permit” is issued for planting materials, nursery plants, flowers, dry beans and all nuts.

ValiditY: The Special Import Permit is valid for 30 days. The Mixed Fruits & Veg, Grain and Animal Feed and Other Import Permits are all valid for 90 days but issued per consignment.

PERMit fEE: The permit fee for Grain, Animal Feed and Other Import Permits is N$37 per permit, subject to an annual inflationary adjustment. No permit fee is payable for Special Im-port Permits or Mixed Fruits & Veg Import Permits.

AMTA BANKING DETAILS: AGRO-MARKETING AND TRADE AGENCY, STANDARD BANK, MAIN BRANCH (WINDHOEK), ACCOUNT NUMBER 241 026 113, BRANCH CODE: 082372

Please scan and email proof of payment.

Send applications for Mixed Fruits & Veg, and Special Import Permits to: Mr. Sindano Iipinge: [email protected] Send applications for Grain, Animal Feed and other import permits to: Mrs. Hileni David: [email protected]

Tsumeb office: send applications for all permits to: Ms. Paulina Sheehama: [email protected], Cell phone: 081 300 3320

D. For office use only

ApprovedDeclined

ManagerMPa unit datE staMP

Version: 1 Issue Nō: 2 Page 1 of 1Date Issued: 01/02/2017

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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7.9. anexo 9: feiras namibianas do comércio para 2017(Fonte: Ministério da Industrialização, Comércio e Desenvolvimento das PME)

nome e contacto dos organizadores cidade data Responsável oficial

OMUSATI BUSINESS EXPO Contact persons: Mr. Chrisch/Mr Immanuel Levi/Ms Jenny Ekandjo/Ms. Elaine Tel: +264 61 401064 Fax: +264 61 400695 Mobile: +264 816237997/+264 812787822 Email: [email protected]

Outapi30 March a 09 April 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

OTJINENE ANNUAL EXPO Contact person: Ms. Elsie Tjipitekera Tel: +26462-567534 Fax: +26462-567501 Mobile: +264 813462681 E-mail: [email protected]

Otjinene25 a 30 April 2017

Ms. Lingy Haipinge Tel: +264 612837365/7331 E-mail: [email protected]

OTAVI INVESTMENT EXPO & FESTIVAL Contact persons: Mr. Kaunda Utale/Mr. R. Muranda Tel: +264 67 234022 Mobile: +264 817356088/0811288498

Otavi26 a 29 April 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

LUDERITZ CRAY FISH FESTIVAL Contact person: Ms. Marth Blockstein Tel: +264 63 207800 E-mail: [email protected]

Luderitz27 April a 02 May 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331E-mail: [email protected]

ONDANGWA TRADE FAIR Contact person: Ms. R. Hardley Tel: +264 65-240101 Fax: +264 65-240453

Ondangwa28 April a 06 May 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected]

OKAHANDJA TOURISM & TRADE EXPO Contact person: Maggy Sheya Tel: +264 62-505121 E-mail: [email protected]

Okahandja 03 a 06 May 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

CORRIDOR 13 EXPO Contact persons: Mr. Brix Muatjie-+264816434259 Ms. Ali Mason-+264816044603 E-mail: [email protected]

Corridor 13 03 a 06 May 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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nome e contacto dos organizadores cidade data Responsável oficial

OPUWO TRADE FAIR Contact persons: Ms. Vicky Nghipondoka/Mr. Sean Makono Tel: +264 65- 273007 Mobile: +264 813455864/0813116515 Fax: +264 65-273250 [email protected]

Opuwo29 May a 03 Jun 2017

Ms. Lingy Haipinge Tel: +264 612837365/7331 E-mail: [email protected]

KARIBIB TRAVEL & TOURISM FAIR Contact persons: Ms. Melody Gontes/Mr Erikson Mwanyekange Tel: +264 64 550016 Fax: +264 64 550032 E-mal: [email protected] [email protected]

Karibib31 May a 03 June 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331 E-mail: [email protected]

OKAMATAPATI TRADE & TOURISM EXPO Contact person: Ebenhard Mbaotama Karita Mobile: +264 813395118 Email: [email protected]

Okamatapati31 May a 03 June 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

KARASBURG TRADE FAIR & FESTIVAL Contact person: Mr. Eberthardt Kaitjindi P.O. Box 33, Karasburg Tel: +264 63 – 270 032 Fax: +264 63- 270 440 E-mail: [email protected]

Karasburg 1 a 3 June 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected]

FOOD Namíbia TRADE EXPO & CONFERENCE Contact person: Mr. Manfried K. Likoro Tel: +264 61 308214 Fax: +264 61 251095 Email: [email protected]

Rundu, Kavango East

07 a 10 June 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

KHORIXAS AGRICULTURAL & TOURISM EXPO Contact person: Mrs. Ester //Nanus Tel: +264 67-331119/057 Fax: +264 67 – 331886 Email: [email protected]/[email protected]

Khorixas26 June a 01 Jul 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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nome e contacto dos organizadores cidade data Responsável oficial

OMATAKO EXPO Contact persons: Mrs. Ursula Tizaa Tjipueja-Kapuuo/Mr Caleb Majooka Tel: +264 62682140 Fax: +264 682141 Mobile: 264 812108773/+264 - 814434864/+264 818733635 Email: [email protected]

Okandjira27 June a 02 July 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

NKURENKURU EXPO Contact persons: Mr. Sindimba/Mr. Charles Kakuru Tel: 066-258089 Fax: 066-258091 Email: [email protected] [email protected]

Nkurenkuru28 June a 02 July 2017

Ms. Lingy Haipinge Tel: +264 612837365/7331 E-mail: [email protected]

EENHANA TRADE FAIR AND BUSINESS EXPO Contact person: Mr. N. Mwandingi Tel: +264 65-290618 Mobile: +264 81 1486616 [email protected]

Eenhana 24 a 29 July 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected]

KATUTURA EXPO Contact persons: Ms. Esmarelda Katjimune/ Ms. Tjario Katjimune Tel: +264 61 423000 Mobile:+264 812050538 Mr Ambrosius Kandjii Mobile: +264 812955330

Windhoek31 a July a 06 Aug 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

SAMORA MACHEL INDUSTRIAL EXPO Contact persons: Mr. Moses Shikongo/Mr. David Namalenga Mobile: +264 814247722/811275866 E-mail: [email protected]

Windhoek31 Jul a 05 August 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331 E-mail: [email protected]

OUTJO TOURISM & TRADE EXPO Contact person: Mr. Marius Sheya Tel: +264 67 313013 Fax: +264 67 313065 Cell: +264 812211112 E-mail: [email protected]

Outjo02 a 06 August 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

ZAMBEZI BREAM FESTIVAL & CULTURAL EXPO Contact person: Mr. Eustace Ntonda Tel: +264 66-261500/16 Cell: +264 811492034 E-mail: [email protected]

Katima Mulilo7 a 12 August 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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nome e contacto dos organizadores cidade data Responsável oficial

OLUFUKO FESTIVAL Contact person: Ms. Elizabeth Ekandjo Tel: +264 65-251191 Mobile: +264 812485193 E-mail: [email protected]

Outapi21 a 30 August 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

ONGWEDIVA ANNUAL TRADE FAIR Contact persons: Ms. Ruth Uusiku/Ms Salome Shidute Tel: +264 65 – 230 191/233714 Mobile: +246 0812787946

Ongwediva25 Aug a 02 Sep. 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected]

OKAKARARA ANNUAL TRADE FAIR Contact person: Mr. Elia Kandjii Okakarara Trade Fair Society Mobile: +26481 2411966 Tel: +26467 317011/317256 Fax: +088620363 E-mail: [email protected] [email protected]

Okakarara 5 a 10 Sep. 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

KEETMANSHOOP AGRICULTURAL & INDUSTRIAL SHOW Contact person: Mrs. Marais Mobile: +264 813102965 E-mail: [email protected]

Keetmanshoop 13 a 16 Sep. 2017

Ms. Lingy Haipinge Tel: +264 612837365/7331 E-mail: [email protected]

GROOTFONTEIN AGRICULTURAL AND INDUSTRIAL SHOW Contact persons: Mr. Johanna Van Heerden/Mrs Ilse Steyn/Mrs Alta Scott Tel: +264 67 243100 Mobile: +264 811247617/0812686513/0815744004

Grootfontein 20 a 22 Sep. 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331 E-mail: [email protected]

REHOBOTH TRADE EXPO Contact person: Mr. Andres Steyn Tel: +264 62 522527/8 Mobile: +264 811222882 Email: [email protected]

Rehoboth 21 a 23 Sep. 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

SWAKOPMUND INTERNATIONAL BUSINESS EXPO (SWAITEX) Contact person: Lischen Khachas Tel: +264 64 406687 Fax: +264 406687 Mobile: +264 812455787/0815681800/0818573797 Email: [email protected]

Swakopmund 21 a 23 Sep. 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

250

nome e contacto dos organizadores cidade data Responsável oficial

TRANS-KALAHARI TRANSPORT,INVESTOR EXPO Contact person: Mr. Operu Murangi Tel: +264 62 54602 Mobile: +264 812175196 E-mail: [email protected]

Trans-Kalahari Border Post

25 a 27 Sep. 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

OTJIWARONGO AGRICULTURAL SHOW Contact person: Dr. Fearika Botha Mobile: +264 812585770 E-mail: [email protected]

Otjiwarongo 25 a 27 Sep. 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331 E-mail: [email protected]

OMAHEKE TRADE FAIR Contact persom: Mr. Levy Katire Tel: +264 62 563032 Mobile: +264 814175953 Email: [email protected]

Gobabis 25 a 30 Sep. 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

GOBABIS AGRICULTURAL SHOW Contact person: Mr. Floris van Niekerk Tel: +264 62 562300 Fax: +264 62 565300 Cell: +264 811270327/0811570913 Fax to email: 0886551053 Email: [email protected]

Gobabis 26 a 28 Sep. 2017

Ms. Lingy Haipinge Tel: +264 612837365/7331 E-mail: [email protected]

OKONDJATU EXPO & TALENT SHOW Contact person: Mr. Augustinus Ripunda Mobile: +264 81 3580982 [email protected]

Okondjatu27 Sep. a 01 Oct 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected] Ms. Lingy HaipingeTel: +264 612837365/7331E a mail: [email protected]

OMARURU OASIS FESTIVAL Contact person: Mr. Elifas Amunyela Tel: +264 64 570180 Mobile: +264 813071044 [email protected]

Omaruru28 Sep. a 01 Oct 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

WINDHOEK INDUSTRIAL & AGRICULTURAL SHOW Contact persons: Ms. Loide Armas/ Ms. Mari Tirtirau Tel: +264 61 - 224 748 Mobile: +264 812426606/+264 812426664 Email: [email protected]

Windhoek Show Grounds

29 Sep. a 07 Oct 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

251

nome e contacto dos organizadores cidade data Responsável oficial

MARIENTAL AGRICULTURAL SHOW Contact person: Mr. Linus Sinvula Tel: +264 63-245600 Mobile: +264 814277001 Email: [email protected]

Mariental26 a 28 October 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331 E-mail: [email protected]

HELAO NAFIDI BUSINESS EXPO Contact person: Ms. Selma Shekuza Tel: +264 65-261916/+264 811479401 Email: [email protected]

Helao Nafidi27 Oct a 05 Nov 2017

Ms. Ndinelao Heitha-Ndingoya Tel: +264 612837252/7331 E-mail: [email protected]

WALVISBAY NAMPORT ERONGO BUSINESS & TOURISM EXPO Contact persons: Mr. E. Stevens/Ms. Vanessa Erasmus Tel: +264 61 – 257 416 +264 811287038/+264 81 2852980 Email: [email protected]

Walvis Bay Not yet confirmed

Ms. Lingy Haipinge Tel: +264 612837365/7331 E-mail: [email protected]

KAVANGO TRADE FAIR Contact person: Mr. Simon Shivale Mobile: +264 813979833

Rundu30 Oct – 04 Nov 2017

Mr. Muzire Murangi Tel: +264 612837394/7331 E-mail: [email protected]

TSUMEB COPPER FESTIVAL Contact person: Mr. Julius Gaeseb Tel: +264 67 221056/+264 811460166 Email: [email protected]

Tsumeb31 Oct a 04 Nov 2017

Mr. John Upindi Tel: +264 612837327/7331 E-mail: [email protected]

ORANJEMUND DIAMOND FESTIVAL Contact person: Ms. Hertha Tawii Tel: +264 63 233500 Mobile:+264 814285106 [email protected]

Oranjemund27 Nov a 02 Dec 2017

Ms. Karape Katjivive Tel: +264 612837362/7331 Email: [email protected]

HENTIES BAY DEVELOPMENT EXPO Contact person: Ms. Grace Noarises Mobile: +264 811401157/ +264 81277087 Fax: +264 64502001 Email: [email protected]

Henties Bay29 Nov a 02 Dec 2017

Ms. Elizabeth Kambala Tel: +264 612837283/7331 E-mail: [email protected]

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

252

7.10. anexo 10: no posto fronteiriço de santa clara (cunene, angola) e oshikango (namíbia)

Durante a missão de campo, foi organizada uma visita ao posto fronteiriço de Oshikango (que representa 80% de todos os fluxos entre a Namíbia e Angola) com reuniões com partes inte-ressadas públicas e privadas, tanto na Namíbia, em Oshikango como na região ( Ondagwa, Ongwediwa, Oshakati).

Em Oshikango, há um mercado aberto que um lugar é ocupado pelo povo angolano. Alguns produtos comercializados informalmente podem ser vistos, tais como:

• Óleo de palma (ver imagem)• Massas (feitas na Turquia)• Farinha de milho• Farinha de trigo (marca Nacional)• Açúcar• Frutas e legumes• Peixes secos (ver foto): na verdade, este peixe pode vir do rio Kunene (que faz a fronteira

entre os dois países)• Feijões secos• Corte de frango descongelado (sem corrente de frio, vendido no chão)• Camarão descongelado (sem corrente de frio)• Em dois bares, foram encontrados:• Cuca cerveja• Cerveja N’Gola• Água Chela (a marca Pura pode ser encontrada em Windhoek)

Oshikango teve uma atividade vibrante até há dois anos com os angolanos que vêm comprando todo o tipo de produtos na Namíbia. Desde dois anos, com a crise do petróleo, a atividade caiu tremendamente para deixar atrás de uma cidade muito tranquila.

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Peixe seco no mercado

Peixe seco no mercado

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Cimento angolano rejeitado (não conformes com as normas da Namíbia)

O mercado angolano em Oshikango na área do mercado aberto

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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O mercado angolano em Oshikango na área do mercado aberto

Pequeno importador de farinha

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Pequeno importador de farinha

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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7.11. anexo 11:comerciantes na região centro-norteFonte: NCCI – Escritório de Oshakati

Ms. Elizabeth K. aupindiEmpresa: Bado Mapambano TradingTipo de mercado: Import Permit FacilitiesBOX /BAG: Box 2362Cidade: OshakatiTelefone: 065-221366Telemóvel: 081 2558076E-mail: [email protected]: Oshikango

Mr. tarek/bassem sbeitiEmpresa: Byblos Trading CCTipo de mercado: Export of used & new carsBOX /BAG: Box 2095Cidade: OshikangoTelefone: 065-265000Telemóvel: 081 3649222Fax: 065-265044E-mail: [email protected]: Oshikango

Mr. Raed/ayman HijaziEmpresa: International Commercial (Pty)LtdTipo de mercado: Import & ExportBOX /BAG: Box 2020Cidade: OshikangoTelefone: 065-264620Telemóvel: 081 1299299Fax: 065-264688E-mail: [email protected]: Oshikango

Ms. connie H. snyders brunidoEmpresa: Nani Import and Export ccTipo de mercado: Import and Export

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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BOX /BAG: Box 1806Cidade: OshakatiTelefone: 065-264617Telemóvel: 081 1294182Fax: 065-264601E-mail: [email protected]: Oshikango

Mr. Mohammad Rafagat chohanEmpresa: Chohan Trading ccTipo de mercado: Hard wear & Building MaterialBOX /BAG: Box 2098Cidade: OshikangoTelefone: 065-265463Telemóvel: 085 5924545Fax: 065-265463E-mail: [email protected]: Oshikango

Mr. fysal brennerEmpresa: Fysal Fresh ProduceTipo de mercado: Retail, wholesale & Export (Fruits)BOX /BAG: Box 2096Cidade: OshikangoTelefone: 065-264860Telemóvel: 0 81 1287866 Ismail DavidsFax: 065-264805E-mail: [email protected] / [email protected]: Helao Nafindi

Mr. joseph MandumeEmpresa: Joman Investment ccTipo de mercado: Retail & WholesaleBOX /BAG: Box 143Cidade: OshikangoTelefone: 065-266775Telemóvel: 0 81 1274287Cidade: Helao Nafindi

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Mr. shakeel ahmedEmpresa: JP Nismo Cars CCTipo de mercado: Import & Export VehiclesBOX /BAG: Box 2163Cidade: OshikangoTelefone: 065-264757Fax: 065-264783E-mail: [email protected]: Helao Nafindi

Mr. Haitange-omwene MhandaEmpresa: Countrywide Investment CCTipo de mercado: Construction, marketing agency and Board ClearingBOX /BAG: Box 354Cidade: OhangwenaTelemóvel: 081 6661244 / 081 2539218Fax: 065-265303E-mail: [email protected]: Oshikango

Ms. Martha K negumboEmpresa: Eudafano Women Marula ManufacturingTipo de mercado: Processing Marula Oil & Melon OilBOX /BAG: Box 3602Cidade: OngwedivaTelefone: 065-240068Telemóvel: 081 1422706Fax: 065-240320E-mail: [email protected]: Ondangwa

Mr. diamond bhandiEmpresa: Ezzy Import & Export CCTipo de mercado: Export, Import & General TradingBOX /BAG: Box 2037Cidade: OshikangoTelefone: 065-264935Telemóvel: 081 1245034

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Fax: 065-264785/853E-mail: [email protected]: Oshikango

Ms. frieda natangwe shikangalaEmpresa: F.L. Investments ccTipo de mercado: Cleaning agentBOX /BAG: Box 2152Cidade: OshikangoTelefone: 065-264952Telemóvel: 0 81 2493213Fax: 065-264951E-mail: [email protected]: Helao Nafindi

Mr. Mohamed n nawashEmpresa: KDG Autolink CCTipo de mercado: Import & Export of Automobiles & partsBOX /BAG: Box 2077Cidade: OshikangoTelefone: 065-265043Telemóvel: 081 1470420Fax: 065-265045E-mail: [email protected]: Oshikango

Ms. june Elizabeth smutsEmpresa: Kuma Trading Enterprises CCTipo de mercado: Trade in Fresh Produce + Retail Import & ExportBOX /BAG: Box 24676Cidade: WindhoekTelemóvel: 081 1483933E-mail: [email protected] / [email protected]: Helao Nafidi

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

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Mr. steve biko nghiwewelekwaEmpresa: Ohangwena MillsTipo de mercado: Mahangu & maize mealsBOX /BAG: Box 353Cidade: OshikangoTelefone: 065-260177Telemóvel: 081 2631850Fax: 08 86547867E-mail: [email protected]: Helao Nafidi

Mr. johannes shihepoEmpresa: Onambango Wholesale & DepotTipo de mercado: Retail & WholesaleBOX /BAG: Box 788Cidade: OshikangoTelefone: 065-264700Telemóvel: 081 1292931Fax: 065-264842E-mail: [email protected]: Helao Nafidi

Mr. alfaz ViraniEmpresa: Sanzi Import & Export CCTipo de mercado: Import & ExportCidade: OshikangoTelefone: 065-265085Telemóvel: 081 1497860Fax: 065-265083E-mail: [email protected]: Oshikango

Mr. david nghipundukaEmpresa: Peace Garden GroupTipo de mercado: Building MaterialsSuppliersBOX /BAG: Box 122Cidade: OhangwenaTelefone: 065-264705

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Análise de mercAdo: nAmíbiA

262

Telemóvel: 081 1291148Fax: 065-264847E-mail: [email protected]: Helao Nafidi

Mr. Eltayeb ibrahim ElaminEmpresa: Sunam Import & Export CCTipo de mercado: Import & ExportBOX /BAG: Box 2277Cidade: OshikangoTelemóvel: 081 8980870E-mail: [email protected]: Helao Nafidi

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