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ESTUDOS LITERÁRIOS 1 Secretaria de Cultura do Amazonas Biblioteca Virtual do Amazonas Autor da obra: Abguar Bastos Autor do Estudo: João Batista Gomes Terras de Icamiaba NOTA BIOGRÁFICA Paraense de Belém Abguar Bastos Damasceno nasceu em Belém, em 1913. Faleceu em 1996. Direito em São Paulo Apesar de formado em Direito pela Universidade de São Paulo, Abguar Bastos dedicou-se ao jornalismo e à política. Jornalista e político Elegeu-se deputado federal em 1934, passando a fazer parte da Aliança Nacional Libertadora ANL. Participou da insurreição de 1935 e foi preso em pleno exercício do mandato parlamentar. Voltou à política em 1945 e elegeu-se novamente deputado federal pelo PTB. Primeira obra Estreou na Literatura Brasileira em 1932, com o romance Amazônia que ninguém sabe. Dois anos depois, fez publicar nova edição do livro com o título definitivo: Terra de Icamiaba (1934). Outras Obras Abguar Bastos produziu, além de Terra de Icamiaba, mais dois romances: Certos Caminhos do Mundo (1935) e Safra (1937). Contexto político Abguar Bastos era comprometido com os ideais da Aliança Nacional Libertadora ANL movimento nacional fundado por estudantes e operários que pregava um "governo popular nacional revolucionário", sob a orientação de Luís Carlos Prestes. O lema da ANL era "Pão, Terra e Liberdade". Pregava reforma agrária, salário mínimo e diminuição da jornada de trabalho. Getúlio

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ESTUDOS LITERÁRIOS

1

Secretaria de Cultura do Amazonas Biblioteca Virtual do Amazonas

Autor da obra: Abguar Bastos Autor do Estudo: João Batista Gomes

Terras de Icamiaba

NOTA BIOGRÁFICA Paraense de Belém

Abguar Bastos Damasceno nasceu em Belém, em 1913. Faleceu em 1996.

Direito em São Paulo

Apesar de formado em Direito pela Universidade de São Paulo, Abguar Bastos dedicou-se ao jornalismo e à política. Jornalista e político

Elegeu-se deputado federal em 1934, passando a fazer parte da Aliança Nacional

Libertadora – ANL. Participou da insurreição de 1935 e foi preso em pleno exercício do mandato parlamentar. Voltou à política em 1945 e elegeu-se novamente deputado federal pelo PTB.

Primeira obra

Estreou na Literatura Brasileira em 1932, com o romance Amazônia que ninguém sabe. Dois anos depois, fez publicar nova edição do livro com o título definitivo: Terra de Icamiaba (1934).

Outras Obras

Abguar Bastos produziu, além de Terra de Icamiaba, mais dois romances: Certos

Caminhos do Mundo (1935) e Safra (1937).

Contexto político

Abguar Bastos era comprometido com os ideais da Aliança Nacional Libertadora – ANL – movimento nacional fundado por estudantes e operários que pregava um "governo popular nacional revolucionário", sob a orientação de Luís Carlos Prestes. O lema da ANL era "Pão, Terra e Liberdade". Pregava reforma agrária, salário mínimo e diminuição da jornada de trabalho. Getúlio

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ESTUDOS LITERÁRIOS

2

Vargas extinguiu-a em 1935. Os líderes militares do movimento, numa atitude de protesto, iniciaram, nos quartéis, uma conspiração: a Intentona Comunista de 1935.

Sob a repressão do governo Vargas

Abguar Bastos, em pleno exercício de um mandato popular (deputado federal), foi preso por

ser membro da Aliança Nacional Libertadora. A ordem de Vargas era torturar não apenas os participantes da Intentona Comunista, mas também representantes da oposição democrática.

Terra de Icamiaba: comprometido com idéias esquerdistas

Foi sob o calor de idéias esquerdistas, com intuito de denunciar o descaso das autoridades

constituídas para com o destino da Amazônia, que Abguar Bastos escreveu Terra de Icamiaba. A exploração da Amazônia por aventureiros, quase sempre estrangeiros que enriqueciam à custa da miséria do homem ribeirinho, é a denúncia maior que o livro contém.

Abguar: papel destacado na imprensa nacional

Abguar Bastos teve a glória, como jornalista, de dirigir A Gazeta, de São Paulo. Dentro do

Jornal do Brasil, exerceu todos os cargos importantes. Dados Técnicos Classificação da Obra UM ROMANCE DE IDÉIAS

Terra de Icamiaba é um romance de idéias. A idéia básica é a "defesa da revolução social realizada pelo povo, sob a liderança de heróis nacionais autênticos". A defesa da Amazônia, na década de 30, vivendo a crise da borracha, é a defesa de um paraíso em decadência econômica, política e social. O romance representa a fé em novos modelos de vida social. O autor e, por extensão, seu herói Bepe acreditam no destino revolucionário da Amazônia.

Estrutura da Obra CAPÍTULOS

O romance Terra de Icamiaba compõe-se de 11 capítulos. TEMPO

A época histórica retratada pelo autor vai do auge do Ciclo da Borracha à decadência econômica da Região Amazônica, com a falência do sistema extrativista.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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Vargas extinguiu-a em 1935. Os líderes militares do movimento, numa atitude de protesto, iniciaram, nos quartéis, uma conspiração: a Intentona Comunista de 1935.

Sob a repressão do governo Vargas

Abguar Bastos, em pleno exercício de um mandato popular (deputado federal), foi preso por

ser membro da Aliança Nacional Libertadora. A ordem de Vargas era torturar não apenas os participantes da Intentona Comunista, mas também representantes da oposição democrática.

Terra de Icamiaba: comprometido com idéias esquerdistas

Foi sob o calor de idéias esquerdistas, com intuito de denunciar o descaso das autoridades

constituídas para com o destino da Amazônia, que Abguar Bastos escreveu Terra de Icamiaba. A exploração da Amazônia por aventureiros, quase sempre estrangeiros que enriqueciam à custa da miséria do homem ribeirinho, é a denúncia maior que o livro contém.

Abguar: papel destacado na imprensa nacional

Abguar Bastos teve a glória, como jornalista, de dirigir A Gazeta, de São Paulo. Dentro do

Jornal do Brasil, exerceu todos os cargos importantes. Dados Técnicos Classificação da Obra UM ROMANCE DE IDÉIAS

Terra de Icamiaba é um romance de idéias. A idéia básica é a "defesa da revolução social realizada pelo povo, sob a liderança de heróis nacionais autênticos". A defesa da Amazônia, na década de 30, vivendo a crise da borracha, é a defesa de um paraíso em decadência econômica, política e social. O romance representa a fé em novos modelos de vida social. O autor e, por extensão, seu herói Bepe acreditam no destino revolucionário da Amazônia.

Estrutura da Obra CAPÍTULOS

O romance Terra de Icamiaba compõe-se de 11 capítulos. TEMPO

A época histórica retratada pelo autor vai do auge do Ciclo da Borracha à decadência econômica da Região Amazônica, com a falência do sistema extrativista.

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ESTUDOS LITERÁRIOS

3

O começo da narrativa é fixado em 1877, quando os Assunções abandonaram suas terras, no Ceará, e vieram para o Pará. CENÁRIO

BELÉM – A história desenvolve-se dentro do cenário Amazônico. O herói foi seminarista em Belém. Conviveu, pois, com a realidade citadina.

AMAZONAS – Depois, já adulto, escolheu o local de vivência natural, o lago de Badajós,

localizado no Amazonas, muito acima da boca do Rio Negro. OPOSIÇÃO CAMPO-CIDADE

O herói, Bepe, primeiro experimentou a vida citadina: cresceu e absorveu suas crenças e filosofias em Belém. Desencantado com a cidade grande, para ele habitada por figuras superficiais e medíocres, resolveu viver no lago de Badajós, no interior do Amazonas. FOLCLORE

LENDAS AMAZÔNICAS – O autor descreve várias lendas da Região Amazônica: do boto, do curupira, da cobra-grande, da mandioca, do urubuquara, da muiraquitã. Para ele, Jurupari tem poderes sobrenaturais. FOCO NARRATIVO

NARRADOR ONISCIENTE – O foco narrativo é de terceira pessoa, ou seja, a história é narrada pelo próprio autor. O narrador é, pois, onisciente. As preocupações limitam-se ao mundo exterior das personagens, sem a análise psicológica. ESTILO DE ÉPOCA

VERDE-AMARELISMO E ANTROPOFAGIA – Publicado em 1932, o livro é inegavelmente modernista. Está vinculado a duas tendências opostas dentro do Modernismo: Verde-Amarelismo (conservadora e nacionalista) e Antropofagia (rebelde, com idéias libertárias). LINGUAGEM

METÁFORAS EXPRESSIVAS – A força da linguagem de Abguar Bastos, em Terra de Icamiaba, vem das metáforas expressivas. Eis algumas características visíveis:

a) Vocabulário preciso, às vezes erudito, até com palavras científicas, dificultando a

compreensão do leitor. b) Frases curtas, tornando a leitura ágil, vibrante. c) Uso de metáforas inéditas, criativas, pasmando o leitor sensível.

FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras mais usadas são:

a) Metáfora: comparação sutil entre elementos afins.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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O começo da narrativa é fixado em 1877, quando os Assunções abandonaram suas terras, no Ceará, e vieram para o Pará. CENÁRIO

BELÉM – A história desenvolve-se dentro do cenário Amazônico. O herói foi seminarista em Belém. Conviveu, pois, com a realidade citadina.

AMAZONAS – Depois, já adulto, escolheu o local de vivência natural, o lago de Badajós,

localizado no Amazonas, muito acima da boca do Rio Negro. OPOSIÇÃO CAMPO-CIDADE

O herói, Bepe, primeiro experimentou a vida citadina: cresceu e absorveu suas crenças e filosofias em Belém. Desencantado com a cidade grande, para ele habitada por figuras superficiais e medíocres, resolveu viver no lago de Badajós, no interior do Amazonas. FOLCLORE

LENDAS AMAZÔNICAS – O autor descreve várias lendas da Região Amazônica: do boto, do curupira, da cobra-grande, da mandioca, do urubuquara, da muiraquitã. Para ele, Jurupari tem poderes sobrenaturais. FOCO NARRATIVO

NARRADOR ONISCIENTE – O foco narrativo é de terceira pessoa, ou seja, a história é narrada pelo próprio autor. O narrador é, pois, onisciente. As preocupações limitam-se ao mundo exterior das personagens, sem a análise psicológica. ESTILO DE ÉPOCA

VERDE-AMARELISMO E ANTROPOFAGIA – Publicado em 1932, o livro é inegavelmente modernista. Está vinculado a duas tendências opostas dentro do Modernismo: Verde-Amarelismo (conservadora e nacionalista) e Antropofagia (rebelde, com idéias libertárias). LINGUAGEM

METÁFORAS EXPRESSIVAS – A força da linguagem de Abguar Bastos, em Terra de Icamiaba, vem das metáforas expressivas. Eis algumas características visíveis:

a) Vocabulário preciso, às vezes erudito, até com palavras científicas, dificultando a

compreensão do leitor. b) Frases curtas, tornando a leitura ágil, vibrante. c) Uso de metáforas inéditas, criativas, pasmando o leitor sensível.

FIGURAS DE LINGUAGEM

As figuras mais usadas são:

a) Metáfora: comparação sutil entre elementos afins.

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ESTUDOS LITERÁRIOS

4

b) Prosopopéia: consiste em dar vida a seres inanimados. A personificação da natureza é recurso comum em Terra de Icamiaba. c) Hipérbole: exagero de expressão e de idéias. As hipérboles dão à obra um caráter negativo. PERSONAGENS

As personagens criadas por Abguar Bastos são planas, lineares ou esteriotipadas. Não há preocupação com aspectos psicológicos. Sobressaem em todas elas os caracteres físicos. Bepe HERÓI ÉPICO – Bepe é o protagonista, o herói, construído dentro dos moldes épicos: é forte, belo, inteligente, revolucionário. Nasceu no Pará, mas não é filho de nativos da região. O nome é indígena: homenagem do seu padrinho a um famoso chefe tariano. É descrito pelo autor como "o gênio do lugar". Lucas CEARENSE – Pai de Bepe. Imigrante nordestino, morreu em Badajós. No Ceará, brigou com a seca. No Pará, com as águas grandes. No Amazonas, com o mato, com o impaludismo, com a ganância do regatão. Morreu endividado. Carolina Mãe de Bepe. Filha de José Bastos com Florência, paraguaia, descendente de guaranis. Reginaldo Reginaldo, poeta lírico, foi o primeiro amigo de Bepe em Belém. Era mórbido, gostava de mulheres magras. Morreu jovem. Jeremias Segundo amigo de Bepe em Belém. Era poeta romântico. Morreu no Acre, vítima de febre. Calazar Regatão judeu. Vivia explorando o povo ribeirinho. Tornou-se inimigo de Bepe ao prejudicar Julião Cosme. Morreu no castanhal. Julião Cosme Amigo de Bepe. Chefe dos Cosmes; homem correto, trabalhador, cumpridor dos seus compromissos; pai de Sonsa. Sonsa Filha de Julião Cosme. Foi vítima de Amar com quem se envolveu e para quem perdeu a virgindade. Lazaril Holandês expatriado que fugira para o Brasil. Inimizou-se com Bepe quando tentou tomar-lhe as terras. Morreu no meio do castanhal, vítima dos ouriços que lhe deformaram o crânio.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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b) Prosopopéia: consiste em dar vida a seres inanimados. A personificação da natureza é recurso comum em Terra de Icamiaba. c) Hipérbole: exagero de expressão e de idéias. As hipérboles dão à obra um caráter negativo. PERSONAGENS

As personagens criadas por Abguar Bastos são planas, lineares ou esteriotipadas. Não há preocupação com aspectos psicológicos. Sobressaem em todas elas os caracteres físicos. Bepe HERÓI ÉPICO – Bepe é o protagonista, o herói, construído dentro dos moldes épicos: é forte, belo, inteligente, revolucionário. Nasceu no Pará, mas não é filho de nativos da região. O nome é indígena: homenagem do seu padrinho a um famoso chefe tariano. É descrito pelo autor como "o gênio do lugar". Lucas CEARENSE – Pai de Bepe. Imigrante nordestino, morreu em Badajós. No Ceará, brigou com a seca. No Pará, com as águas grandes. No Amazonas, com o mato, com o impaludismo, com a ganância do regatão. Morreu endividado. Carolina Mãe de Bepe. Filha de José Bastos com Florência, paraguaia, descendente de guaranis. Reginaldo Reginaldo, poeta lírico, foi o primeiro amigo de Bepe em Belém. Era mórbido, gostava de mulheres magras. Morreu jovem. Jeremias Segundo amigo de Bepe em Belém. Era poeta romântico. Morreu no Acre, vítima de febre. Calazar Regatão judeu. Vivia explorando o povo ribeirinho. Tornou-se inimigo de Bepe ao prejudicar Julião Cosme. Morreu no castanhal. Julião Cosme Amigo de Bepe. Chefe dos Cosmes; homem correto, trabalhador, cumpridor dos seus compromissos; pai de Sonsa. Sonsa Filha de Julião Cosme. Foi vítima de Amar com quem se envolveu e para quem perdeu a virgindade. Lazaril Holandês expatriado que fugira para o Brasil. Inimizou-se com Bepe quando tentou tomar-lhe as terras. Morreu no meio do castanhal, vítima dos ouriços que lhe deformaram o crânio.

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ESTUDOS LITERÁRIOS

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Amar Regatão marroquino; levou o pai de Bepe, Lucas, à falência. Tomou-lhe as terras e o rebanho. Lucas definhou e morreu. O castigo para Amar foi a morte, também no castanhal, sob ouriços assassinos. Coronel Epifânio Autoridade na vila próxima a Badajós. Tem fama de desonesto. Quando superintendente, roubou os cofres públicos. É gordo e poderoso. Rival político ferrenho do major Telesforo. Major Telesforo Também autoridade na vila próxima a Badajós. Representa o político honesto. Une-se a Bepe na batalha contra Epifânio, Lazaril, Calazar e Amar. Mauro Ex-empregado de Lucas. Quando o patrão morreu, mudou-se para Tefé. Ali, praticou um roubo: arrombou o cofre de um convento. Com medo de castigo, voltou para Badajós à procura de Bepe. Um dia, voltou e devolveu o dinheiro roubado. Mano Solia Conta uma história fantástica: como ganhou, de uma Icamiaba, a muiraquitã que exibe no peito. Alia-se a Bepe na revolta e segue com ele rumo à terra prometida. Mãe-Perera Velha mandingueira, pôs feitiço em Mussa, sobrinho de Amar. Ele deixou de ser homem: perdeu a potência sexual. Mussa Sobrinho de Amar. Acompanhava o marroquino nas viagens pelo interior do Amazonas. Tirou a virgindade de Sonsa e, por isso, foi vítima da bruxaria de Mãe-Perera. Viriato Antes de Mauro, Viriato assaltou o cofre do convento em Tefé. Apaixonou-se por Milica, filha de um cearense muito ciumento que, ao descobrir o caso de amor, cortou a mão de Viriato. Milica Filha de um cearense muito ciumento. Casou-se com Viriato.

RESUMO DA OBRA

Badajós

O romance começa com uma descrição lírico-poética do cenário: a região em que se localiza

o lago de Badajós, para onde o herói, Bepe, vai-se mudar depois de desencantar-se com a cidade grande.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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Amar Regatão marroquino; levou o pai de Bepe, Lucas, à falência. Tomou-lhe as terras e o rebanho. Lucas definhou e morreu. O castigo para Amar foi a morte, também no castanhal, sob ouriços assassinos. Coronel Epifânio Autoridade na vila próxima a Badajós. Tem fama de desonesto. Quando superintendente, roubou os cofres públicos. É gordo e poderoso. Rival político ferrenho do major Telesforo. Major Telesforo Também autoridade na vila próxima a Badajós. Representa o político honesto. Une-se a Bepe na batalha contra Epifânio, Lazaril, Calazar e Amar. Mauro Ex-empregado de Lucas. Quando o patrão morreu, mudou-se para Tefé. Ali, praticou um roubo: arrombou o cofre de um convento. Com medo de castigo, voltou para Badajós à procura de Bepe. Um dia, voltou e devolveu o dinheiro roubado. Mano Solia Conta uma história fantástica: como ganhou, de uma Icamiaba, a muiraquitã que exibe no peito. Alia-se a Bepe na revolta e segue com ele rumo à terra prometida. Mãe-Perera Velha mandingueira, pôs feitiço em Mussa, sobrinho de Amar. Ele deixou de ser homem: perdeu a potência sexual. Mussa Sobrinho de Amar. Acompanhava o marroquino nas viagens pelo interior do Amazonas. Tirou a virgindade de Sonsa e, por isso, foi vítima da bruxaria de Mãe-Perera. Viriato Antes de Mauro, Viriato assaltou o cofre do convento em Tefé. Apaixonou-se por Milica, filha de um cearense muito ciumento que, ao descobrir o caso de amor, cortou a mão de Viriato. Milica Filha de um cearense muito ciumento. Casou-se com Viriato.

RESUMO DA OBRA

Badajós

O romance começa com uma descrição lírico-poética do cenário: a região em que se localiza

o lago de Badajós, para onde o herói, Bepe, vai-se mudar depois de desencantar-se com a cidade grande.

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ESTUDOS LITERÁRIOS

6

Bepe: o gênio do lugar

Ainda no primeiro capítulo, o narrador apresenta o herói, Bepe: "altaneiro, compacto, brônzeo". "Ensina os que não sabem ler e consola os que não têm remédio".

Já reside em Badajós, não mora sozinho. Tem um cão, um macaco, um papagaio. Há, na cabana, um gramofone: coisa da cidade grande.

Os Assunções fogem do Ceará

Depois do corte inicial, o autor conta a história em linha reta. A família Assunção foge da

seca do Ceará. Destino: Pará. Lucas, ainda solteiro, vai trabalhar na construção de uma ferrovia. Chega a feitor e a chefe de linha.

Lucas e Carolina conhecem-se

Foi numa festa, em casa de Pedro Patrício, telegrafista. A voz de Lucas (sabia cantar)

impressionou Carolina. A admiração terminou em casamento. O casamento trouxe Bepe, o herói.

Lucas perde o emprego

Terminada a construção da ferrovia, Lucas perdeu o emprego. Tentou a vida como regatão. Fracassado, pensou em voltar para o Ceará. Assistindo, na mata, a uma luta entre um camaleão e uma cascavel, em que o primeiro, fadado a morrer, saiu vitorioso, resolveu insistir. Mudou-se com mulher e filho para o lago de Badajós, no interior do Amazonas. Adquiriram terras e montaram uma fazenda.

Bepe estuda em Belém, no seminário

Chegada a idade da escola, Lucas levou Bepe para Belém. Queria que o filho estudasse.

Internou-o no seminário. A inteligência do herói é algo espantoso. "Entre a ciência e a arte, prefere a última". Já adulto, ganha a consciência de brasilidade. Cansa-se da cidade grande.

Os amigos na cidade grande

Reginaldo, poeta lírico-amoroso, foi o primeiro amigo de Bepe. Era mórbido, gostava de mulheres magras. Morreu jovem.

O segundo amigo de Bepe foi um poeta romântico: "o Jeremias. Na intimidade, Jê". Fez sucesso com a segunda namorada: Gadi. Ela arranjou um amante rico e passou a sustentar o Jê. O amante descobriu e deu um tiro em Gadi. Jê foi morrer no Acre, não de amor, mas de febre.

ESTUDOS LITERÁRIOS

6

Bepe: o gênio do lugar

Ainda no primeiro capítulo, o narrador apresenta o herói, Bepe: "altaneiro, compacto, brônzeo". "Ensina os que não sabem ler e consola os que não têm remédio".

Já reside em Badajós, não mora sozinho. Tem um cão, um macaco, um papagaio. Há, na cabana, um gramofone: coisa da cidade grande.

Os Assunções fogem do Ceará

Depois do corte inicial, o autor conta a história em linha reta. A família Assunção foge da

seca do Ceará. Destino: Pará. Lucas, ainda solteiro, vai trabalhar na construção de uma ferrovia. Chega a feitor e a chefe de linha.

Lucas e Carolina conhecem-se

Foi numa festa, em casa de Pedro Patrício, telegrafista. A voz de Lucas (sabia cantar)

impressionou Carolina. A admiração terminou em casamento. O casamento trouxe Bepe, o herói.

Lucas perde o emprego

Terminada a construção da ferrovia, Lucas perdeu o emprego. Tentou a vida como regatão. Fracassado, pensou em voltar para o Ceará. Assistindo, na mata, a uma luta entre um camaleão e uma cascavel, em que o primeiro, fadado a morrer, saiu vitorioso, resolveu insistir. Mudou-se com mulher e filho para o lago de Badajós, no interior do Amazonas. Adquiriram terras e montaram uma fazenda.

Bepe estuda em Belém, no seminário

Chegada a idade da escola, Lucas levou Bepe para Belém. Queria que o filho estudasse.

Internou-o no seminário. A inteligência do herói é algo espantoso. "Entre a ciência e a arte, prefere a última". Já adulto, ganha a consciência de brasilidade. Cansa-se da cidade grande.

Os amigos na cidade grande

Reginaldo, poeta lírico-amoroso, foi o primeiro amigo de Bepe. Era mórbido, gostava de mulheres magras. Morreu jovem.

O segundo amigo de Bepe foi um poeta romântico: "o Jeremias. Na intimidade, Jê". Fez sucesso com a segunda namorada: Gadi. Ela arranjou um amante rico e passou a sustentar o Jê. O amante descobriu e deu um tiro em Gadi. Jê foi morrer no Acre, não de amor, mas de febre.

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ESTUDOS LITERÁRIOS

7

Morrem os pais de Bepe

Com a morte dos pais (a mãe, Carolina, morreu primeiro; o pai fracassou, endividado), Bepe abandona a cidade grande e muda-se para o lago de Badajós. Queria continuar o trabalho do pai, reconquistar as terras, provar que o homem pode viver bem em harmonia com a natureza.

Aprendizado com a natureza

Bepe, em Badajós, passa por um período de aprendizagem. A mestra: mãe-natureza.

Conhece os povos e os bichos do lugar. O regatão, normalmente estrangeiro, manda na região, explorando o ribeirinho. Lucas, seu pai, morreu vitimado por essa praga. Bepe passa a odiar os regatões. Paga a dívida do pai, recupera as terras, começa a pregar justiça social. Seus amigos são simples. Não sabem ler nem escrever. Mas acreditam na vitória do bem contra o mal.

Os Cosmes

Bepe faz uma visita aos seus amigos pescadores, lavradores e castanheiros: os Cosmes. O

chefe, Julião, tem caráter firme, nunca deveu a ninguém. Agora, por caiporismo, está com tudo em atraso. O principal credor é Calazar, um regatão judeu. Bepe ouve toda a história de Julião e conclui que o judeu é ladrão.

Bepe e Calazar digladiam

Bepe toma as dores de Julião. Questiona os métodos desonestos e mentirosos de Calazar.

Agride-o e põe-no para correr da casa dos Cosmes. Calazar jura vingança. Nasce a inimizade entre os dois.

Calazar atira em Bepe

Na escuridão, quando Bepe estava voltando para casa, ouve-se um tiro: era a vingança de

Calazar. Por sorte, a bala passou de raspão.

Mauro volta para Badajós

Mauro, ex-empregado do pai de Bepe, volta para Badajós. Está com ar de medo e fracasso. Vive agitado, escondendo as mãos, meio perturbado. O motivo é um roubo que praticou num convento em Tefé. O Viriato, seu comparsa, contou-lhe que teve a mão decepada por um espírito. Mauro precisa de trabalho e de proteção. Bepe acolhe-o.

Mussa estupra Sonsa

Mussa, sobrinho de Amar, estuprou Sonsa, filha de Julião. Primeiramente, a moça pôs a

culpa no boto. Depois, contou a verdade. Mãe-Perera, velha mandingueira, pôs feitiço no encalço do rapaz. Ele voltou e queria morar com Sonsa, sem se casar. O pai não permitiu. A feiticeira

ESTUDOS LITERÁRIOS

7

Morrem os pais de Bepe

Com a morte dos pais (a mãe, Carolina, morreu primeiro; o pai fracassou, endividado), Bepe abandona a cidade grande e muda-se para o lago de Badajós. Queria continuar o trabalho do pai, reconquistar as terras, provar que o homem pode viver bem em harmonia com a natureza.

Aprendizado com a natureza

Bepe, em Badajós, passa por um período de aprendizagem. A mestra: mãe-natureza.

Conhece os povos e os bichos do lugar. O regatão, normalmente estrangeiro, manda na região, explorando o ribeirinho. Lucas, seu pai, morreu vitimado por essa praga. Bepe passa a odiar os regatões. Paga a dívida do pai, recupera as terras, começa a pregar justiça social. Seus amigos são simples. Não sabem ler nem escrever. Mas acreditam na vitória do bem contra o mal.

Os Cosmes

Bepe faz uma visita aos seus amigos pescadores, lavradores e castanheiros: os Cosmes. O

chefe, Julião, tem caráter firme, nunca deveu a ninguém. Agora, por caiporismo, está com tudo em atraso. O principal credor é Calazar, um regatão judeu. Bepe ouve toda a história de Julião e conclui que o judeu é ladrão.

Bepe e Calazar digladiam

Bepe toma as dores de Julião. Questiona os métodos desonestos e mentirosos de Calazar.

Agride-o e põe-no para correr da casa dos Cosmes. Calazar jura vingança. Nasce a inimizade entre os dois.

Calazar atira em Bepe

Na escuridão, quando Bepe estava voltando para casa, ouve-se um tiro: era a vingança de

Calazar. Por sorte, a bala passou de raspão.

Mauro volta para Badajós

Mauro, ex-empregado do pai de Bepe, volta para Badajós. Está com ar de medo e fracasso. Vive agitado, escondendo as mãos, meio perturbado. O motivo é um roubo que praticou num convento em Tefé. O Viriato, seu comparsa, contou-lhe que teve a mão decepada por um espírito. Mauro precisa de trabalho e de proteção. Bepe acolhe-o.

Mussa estupra Sonsa

Mussa, sobrinho de Amar, estuprou Sonsa, filha de Julião. Primeiramente, a moça pôs a

culpa no boto. Depois, contou a verdade. Mãe-Perera, velha mandingueira, pôs feitiço no encalço do rapaz. Ele voltou e queria morar com Sonsa, sem se casar. O pai não permitiu. A feiticeira

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ESTUDOS LITERÁRIOS

8

aconselhou que deixassem o infeliz ir embora. Nunca mais buliria com outra moça. Espalhou-se logo a notícia de que Mussa não era mais homem: perdera a potência sexual.

Mauro devolve o dinheiro roubado

Bepe adiantou uma certa quantia a Mauro. Ele voltou a Tefé e devolveu o dinheiro roubado

do cofre do convento. Ficou aliviado. Viriato, o que perdera a mão, apareceu no Badajós e contou a verdade a Mauro: a mão não

foi cortada pelos espíritos. Quem a cortou foi o pai da Milica, o cearense ciumento. Viriato vingara-se do velho: casou-se com a filha dele.

Briga com Lazaril

Bepe recebe a notícia de que Lazaril, holandês expatriado que fugira para o Brasil,

requisitou, na justiça, o título definitivo das terras que fora de Lucas, pai do herói. O boato espalhou-se pelo castanhal. Os empregados inflamaram-se. Um engenheiro apareceu para demarcar as terras por ordem da justiça. Bepe não permitiu e expulsou-o.

O juiz está com Lazaril

O juiz da vila mais próxima de Badajós é inimigo do major Telesforo. Está do lado de

Lazaril e contra Bepe na questão das terras.

Telesforo alia-se a Bepe

O major Telesforo, em conversa com Bepe, promete-lhe apoio e homens, se houver um confronto no Badajós. Incentiva Bepe a reagir. Cria-se o clima de guerra. De um lado, a justiça (juiz, coronel Epifânio, major Lazaril, Calazar, Amar); do outro, Bepe e sua gente do Badajós, major Telesforo e seus homens.

A casa de Lazaril é atacada

Bepe, com muitos homens e barcos, vai até a vila, de surpresa, à noite, e arranca Lazaril de

sua casa, colocando-o no fundo de um batelão. No porto dos Cosmes, Calazar e Amar já estão amarrados e são atirados ao barco, fazendo companhia a Lazaril.

Morte no castanhal

Os três prisioneiros (Calazar, Amar e Lazaril) são levados para o meio do castanhal, de olhos

vendados, ao anoitecer, e abandonados à própria sorte. É o castigo que Bepe lhes preparou. Principia a tempestade. Os ouriços começam a cair. O perigo é iminente. A vingança da

floresta concretiza-se: os três são mortos com pancadas de ouriços que lhes deformam as cabeças.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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aconselhou que deixassem o infeliz ir embora. Nunca mais buliria com outra moça. Espalhou-se logo a notícia de que Mussa não era mais homem: perdera a potência sexual.

Mauro devolve o dinheiro roubado

Bepe adiantou uma certa quantia a Mauro. Ele voltou a Tefé e devolveu o dinheiro roubado

do cofre do convento. Ficou aliviado. Viriato, o que perdera a mão, apareceu no Badajós e contou a verdade a Mauro: a mão não

foi cortada pelos espíritos. Quem a cortou foi o pai da Milica, o cearense ciumento. Viriato vingara-se do velho: casou-se com a filha dele.

Briga com Lazaril

Bepe recebe a notícia de que Lazaril, holandês expatriado que fugira para o Brasil,

requisitou, na justiça, o título definitivo das terras que fora de Lucas, pai do herói. O boato espalhou-se pelo castanhal. Os empregados inflamaram-se. Um engenheiro apareceu para demarcar as terras por ordem da justiça. Bepe não permitiu e expulsou-o.

O juiz está com Lazaril

O juiz da vila mais próxima de Badajós é inimigo do major Telesforo. Está do lado de

Lazaril e contra Bepe na questão das terras.

Telesforo alia-se a Bepe

O major Telesforo, em conversa com Bepe, promete-lhe apoio e homens, se houver um confronto no Badajós. Incentiva Bepe a reagir. Cria-se o clima de guerra. De um lado, a justiça (juiz, coronel Epifânio, major Lazaril, Calazar, Amar); do outro, Bepe e sua gente do Badajós, major Telesforo e seus homens.

A casa de Lazaril é atacada

Bepe, com muitos homens e barcos, vai até a vila, de surpresa, à noite, e arranca Lazaril de

sua casa, colocando-o no fundo de um batelão. No porto dos Cosmes, Calazar e Amar já estão amarrados e são atirados ao barco, fazendo companhia a Lazaril.

Morte no castanhal

Os três prisioneiros (Calazar, Amar e Lazaril) são levados para o meio do castanhal, de olhos

vendados, ao anoitecer, e abandonados à própria sorte. É o castigo que Bepe lhes preparou. Principia a tempestade. Os ouriços começam a cair. O perigo é iminente. A vingança da

floresta concretiza-se: os três são mortos com pancadas de ouriços que lhes deformam as cabeças.

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Soldados contra os revoltosos

Vieram soldados para a vila, com metralhadoras e canhões. No primeiro ataque, vitória de Bebe e seus homens. Surge a idéia de fuga para a Terra das Icamiabas. Aflora o sonho de Bepe: fundar uma cidade justa, sem ódio, sem exploradores. Sonho de começar uma nova civilização na Amazônia.

Mano Solia e a muiraquitã

Mano Solia contava que, certa vez, a índia Miranha, cabocla de rosto redondo como cuia,

salvara-o da morte. Metera-lhe na mão uma rãzinha verde, feita de pedra: era a muiraquitã. Dava sorte, evitava doenças e mordidas de cobras. Por causa disso, o pai de Miranha agredira-o e tomara-lhe a pedra mágica. Mano Solia lutou, com forças advindas de outros mundos, derrotou Tinimbu, o pai de Miranha, e recuperou a pedra preciosa. Contava a história e exibia a pedrinha verde no peito. Certo dia, concluiu que a muiraquitã estaria melhor no peito de Bepe.

Bepe marcha rumo à terra prometida

Bepe empreende a caminhada rumo à terra prometida. Muitos o seguem. Ninguém quer

saber do passado. Todos querem começar vida nova. Alguém lhe pergunta o nome da nova terra. Ele, então, contando a história das icamiabas, jovens guerreiras da tribo das Amazonas, deu nome à localidade: Terra de Icamiaba. LITERATURA TESTES

01. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) A personagem central do romance, Bepe, é um herói-épico: forte, culto, cheio de aspirações sociais, indigna-se contra as injustiças e luta pelos mais fracos. 2. ( ) O livro contém idéias para a criação de uma Amazônia socialista e revolucionária. 3. ( ) Lucas e Carolina são os pais de Bepe. Ele proveio do Ceará; ela é descendente de guaranis. 4. ( ) Reginaldo e Jeremias são dois poetas com quem Bepe conviveu em Belém. 02. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O cenário principal do livro é o lago Badajós, localizado no Pará. 2. ( ) A narrativa é em primeira pessoa: Bepe é o herói-narrador. 3. ( ) O herói, apesar de não ter estudado na cidade, é doutor em solidariedade e em preservação ambiental. 4. ( ) Bepe, por ser homem culto, incompatibiliza-se com os ribeirinhos do Lago de Badajós. Disto advém a revolta que culminou com a fuga do herói para a lendária Terra de Icamiaba.

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Soldados contra os revoltosos

Vieram soldados para a vila, com metralhadoras e canhões. No primeiro ataque, vitória de Bebe e seus homens. Surge a idéia de fuga para a Terra das Icamiabas. Aflora o sonho de Bepe: fundar uma cidade justa, sem ódio, sem exploradores. Sonho de começar uma nova civilização na Amazônia.

Mano Solia e a muiraquitã

Mano Solia contava que, certa vez, a índia Miranha, cabocla de rosto redondo como cuia,

salvara-o da morte. Metera-lhe na mão uma rãzinha verde, feita de pedra: era a muiraquitã. Dava sorte, evitava doenças e mordidas de cobras. Por causa disso, o pai de Miranha agredira-o e tomara-lhe a pedra mágica. Mano Solia lutou, com forças advindas de outros mundos, derrotou Tinimbu, o pai de Miranha, e recuperou a pedra preciosa. Contava a história e exibia a pedrinha verde no peito. Certo dia, concluiu que a muiraquitã estaria melhor no peito de Bepe.

Bepe marcha rumo à terra prometida

Bepe empreende a caminhada rumo à terra prometida. Muitos o seguem. Ninguém quer

saber do passado. Todos querem começar vida nova. Alguém lhe pergunta o nome da nova terra. Ele, então, contando a história das icamiabas, jovens guerreiras da tribo das Amazonas, deu nome à localidade: Terra de Icamiaba. LITERATURA TESTES

01. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) A personagem central do romance, Bepe, é um herói-épico: forte, culto, cheio de aspirações sociais, indigna-se contra as injustiças e luta pelos mais fracos. 2. ( ) O livro contém idéias para a criação de uma Amazônia socialista e revolucionária. 3. ( ) Lucas e Carolina são os pais de Bepe. Ele proveio do Ceará; ela é descendente de guaranis. 4. ( ) Reginaldo e Jeremias são dois poetas com quem Bepe conviveu em Belém. 02. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O cenário principal do livro é o lago Badajós, localizado no Pará. 2. ( ) A narrativa é em primeira pessoa: Bepe é o herói-narrador. 3. ( ) O herói, apesar de não ter estudado na cidade, é doutor em solidariedade e em preservação ambiental. 4. ( ) Bepe, por ser homem culto, incompatibiliza-se com os ribeirinhos do Lago de Badajós. Disto advém a revolta que culminou com a fuga do herói para a lendária Terra de Icamiaba.

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5. ( ) Amar, um regatão marroquino, assassinou o pai de Bepe. Para vingar-se, o herói abandonou o assassino no meio de um casta 03. Opte pela afirmativa falsa sobre Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos: a) A idéia básica do romance é a "defesa da revolução social realizada pelo povo, sob a liderança de heróis nacionais autênticos". b) O autor e, por extensão, seu herói Bepe acreditam no destino revolucionário da Amazônia. c) A história desenvolve-se dentro do cenário Amazônico. O herói nasceu na selva amazônica e jamais conviveu com a realidade citadina. d) Desencantado com a cidade grande, para ele habitada por figuras superficiais e medíocres, o herói resolveu viver no lago de Badajós, no interior do Amazonas. e) O livro está vinculado a duas tendências opostas dentro do Modernismo: Verde-Amarelismo (conservadora e nacionalista) e Antropofagia (rebelde, com idéias libertárias). 04. Há uma afirmativa incorreta sobre Terra de Icamiaba. Identifique-a: a) O foco narrativo do romance é de primeira pessoa. O narrador é o herói da história. b) A vingança da floresta concretiza-se: os três vilões são mortos com pancadas de ouriços que lhes deformam as cabeças. c) Todas as personagens do romance são esteriotipadas, planas, lineares. d) A obra mistura temática urbana e regionalista. Retrata a tentativa de se criar, dentro da Amazônia, uma terra prometida. e) O livro conjuga a utopia social com a utopia cultural. O narrador mostra-se solidário às idéias do seu personagem e crê no destino revolucionário da Amazônia. 05. Relacione corretamente: a) Bepe b) Lucas c) Carolina d) Reginaldo e) Jeremias

1. ( ) Nasceu no Pará, mas não é filho de nativos da região. O nome é indígena: homenagem do seu padrinho a um famoso chefe tariano. É descrito pelo autor como "o gênio do lugar". 2. ( ) Mãe do protagonista. Filha de José Bastos com Florência, paraguaia, descendente de guaranis. 3. ( ) Poeta romântico. Morreu no Acre, vítima de febre. 4. ( ) Poeta lírico, foi o primeiro amigo de Bepe em Belém. Era mórbido, gostava de mulheres magras. Morreu jovem. 5. ( ) No Ceará, brigou com a seca. No Pará, com as águas grandes. No Amazonas, com o mato, com o impaludismo, com a ganância do regatão estrangeiro. Morreu endividado. 06. Relacione corretamente: a) Calazar b) Julião Cosme c) Lazaril

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5. ( ) Amar, um regatão marroquino, assassinou o pai de Bepe. Para vingar-se, o herói abandonou o assassino no meio de um casta 03. Opte pela afirmativa falsa sobre Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos: a) A idéia básica do romance é a "defesa da revolução social realizada pelo povo, sob a liderança de heróis nacionais autênticos". b) O autor e, por extensão, seu herói Bepe acreditam no destino revolucionário da Amazônia. c) A história desenvolve-se dentro do cenário Amazônico. O herói nasceu na selva amazônica e jamais conviveu com a realidade citadina. d) Desencantado com a cidade grande, para ele habitada por figuras superficiais e medíocres, o herói resolveu viver no lago de Badajós, no interior do Amazonas. e) O livro está vinculado a duas tendências opostas dentro do Modernismo: Verde-Amarelismo (conservadora e nacionalista) e Antropofagia (rebelde, com idéias libertárias). 04. Há uma afirmativa incorreta sobre Terra de Icamiaba. Identifique-a: a) O foco narrativo do romance é de primeira pessoa. O narrador é o herói da história. b) A vingança da floresta concretiza-se: os três vilões são mortos com pancadas de ouriços que lhes deformam as cabeças. c) Todas as personagens do romance são esteriotipadas, planas, lineares. d) A obra mistura temática urbana e regionalista. Retrata a tentativa de se criar, dentro da Amazônia, uma terra prometida. e) O livro conjuga a utopia social com a utopia cultural. O narrador mostra-se solidário às idéias do seu personagem e crê no destino revolucionário da Amazônia. 05. Relacione corretamente: a) Bepe b) Lucas c) Carolina d) Reginaldo e) Jeremias

1. ( ) Nasceu no Pará, mas não é filho de nativos da região. O nome é indígena: homenagem do seu padrinho a um famoso chefe tariano. É descrito pelo autor como "o gênio do lugar". 2. ( ) Mãe do protagonista. Filha de José Bastos com Florência, paraguaia, descendente de guaranis. 3. ( ) Poeta romântico. Morreu no Acre, vítima de febre. 4. ( ) Poeta lírico, foi o primeiro amigo de Bepe em Belém. Era mórbido, gostava de mulheres magras. Morreu jovem. 5. ( ) No Ceará, brigou com a seca. No Pará, com as águas grandes. No Amazonas, com o mato, com o impaludismo, com a ganância do regatão estrangeiro. Morreu endividado. 06. Relacione corretamente: a) Calazar b) Julião Cosme c) Lazaril

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d) Amar e) Sonsa

1. ( ) Holandês expatriado. Inimizou-se com Bepe quando tentou tomar-lhe as terras. Morreu no meio do castanhal, vítima dos ouriços que lhe deformaram o crânio. 2. ( ) Chefe dos Cosmes, homem correto, trabalhador, cumpridor dos seus compromissos. 3. ( ) Filha de Julião; foi estuprada por Mussa, sobrinho de Amar. 4. ( ) Regatão judeu. Vivia explorando o povo ribeirinho. Tornou-se inimigo de Bepe ao prejudicar Julião Cosme. Morreu no castanhal. 5. ( ) Regatão marroquino; levou o pai de Bepe à falência ao tomar-lhe as terras e o rebanho. 07. Relacione corretamente: a) Coronel Epifânio b) Major Telesforo c) Viriato d) Mauro e) Mano Solia

1. ( ) Roubou o cofre de um convento em Tefé. Depois, com medo de um espírito cortar-lhe a mão, devolveu todo o dinheiro roubado. 2. ( ) Teve a mão cortada pelo pai de Milica. Como vingança, casou-se com a moça. 3. ( ) Representa o político honesto. Une-se a Bepe na batalha contra Epifânio, Lazaril, Calazar e Amar. 4. ( ) Representa o político desonesto. Une-se aos vilões da história contra Bepe e o povo de Badajós. 5. ( ) Contava que ganhara, certa vez, uma muiraquitã. Dava sorte, evitava doenças e mordidas de cobras. 08. Relacione corretamente: a) Mãe-Perera b) Mussa c) Viriato. 1. ( ) Velha mandingueira, pôs feitiço em Mussa, sobrinho de Amar. Ele deixou de ser homem: perdeu a potência sexual. 2. ( ) Vítima do feitiçaria, perdeu a potência sexual. 3. ( ) Quis reparar o erro, juntando-se com Sonsa, mas o pai dele, Julião, não permitiu. 4. ( ) Casou-se com Milica. 09. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Bepe herdou, de seu pai, as terras onde trabalhava. Lazaril, com a conivência do juiz da vila, usurpou-as. Nasceu, então, a revolta do herói e da gente que o admirava. 2. ( ) O aspecto nacionalista está presente no livro e no herói: Bepe ama o Brasil, a Amazônia e detesta os estrangeiros.

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d) Amar e) Sonsa

1. ( ) Holandês expatriado. Inimizou-se com Bepe quando tentou tomar-lhe as terras. Morreu no meio do castanhal, vítima dos ouriços que lhe deformaram o crânio. 2. ( ) Chefe dos Cosmes, homem correto, trabalhador, cumpridor dos seus compromissos. 3. ( ) Filha de Julião; foi estuprada por Mussa, sobrinho de Amar. 4. ( ) Regatão judeu. Vivia explorando o povo ribeirinho. Tornou-se inimigo de Bepe ao prejudicar Julião Cosme. Morreu no castanhal. 5. ( ) Regatão marroquino; levou o pai de Bepe à falência ao tomar-lhe as terras e o rebanho. 07. Relacione corretamente: a) Coronel Epifânio b) Major Telesforo c) Viriato d) Mauro e) Mano Solia

1. ( ) Roubou o cofre de um convento em Tefé. Depois, com medo de um espírito cortar-lhe a mão, devolveu todo o dinheiro roubado. 2. ( ) Teve a mão cortada pelo pai de Milica. Como vingança, casou-se com a moça. 3. ( ) Representa o político honesto. Une-se a Bepe na batalha contra Epifânio, Lazaril, Calazar e Amar. 4. ( ) Representa o político desonesto. Une-se aos vilões da história contra Bepe e o povo de Badajós. 5. ( ) Contava que ganhara, certa vez, uma muiraquitã. Dava sorte, evitava doenças e mordidas de cobras. 08. Relacione corretamente: a) Mãe-Perera b) Mussa c) Viriato. 1. ( ) Velha mandingueira, pôs feitiço em Mussa, sobrinho de Amar. Ele deixou de ser homem: perdeu a potência sexual. 2. ( ) Vítima do feitiçaria, perdeu a potência sexual. 3. ( ) Quis reparar o erro, juntando-se com Sonsa, mas o pai dele, Julião, não permitiu. 4. ( ) Casou-se com Milica. 09. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) Bepe herdou, de seu pai, as terras onde trabalhava. Lazaril, com a conivência do juiz da vila, usurpou-as. Nasceu, então, a revolta do herói e da gente que o admirava. 2. ( ) O aspecto nacionalista está presente no livro e no herói: Bepe ama o Brasil, a Amazônia e detesta os estrangeiros.

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3. ( ) O folclore regional é outro traço marcante do livro. O autor conta lendas do boto, do curupira, da mandioca, da pedra do urubuquara, da muiraquitã. 4. ( ) À maneira de Iracema, as personagens tiram lições da natureza e a ela são comparadas. 5. ( ) Desencantado com a cidade grande, para ele habitada por figuras superficiais e medíocres, o herói resolveu viver no interior do Amazonas. 10. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O fluxo narrativo é quebrado constantemente para devaneios filosóficos do narrador, tornando a leitura cansativa. 2. ( ) A história obedece a uma seqüência linear, sem recuos ou avanços no tempo. 3. ( ) A linguagem, em algumas passagens, é lírico-poética, cheia de metáforas e prosopopéias. 4. ( ) Não há preocupação com aspectos psicológicos. Sobressaem em todas as personagens os caracteres físicos. 5. ( ) O vocabulário, em alguns capítulos, é preciso, às vezes erudito, até com palavras científicas, dificultando a compreensão do leitor. 6. ( ) O fim do livro é trágico: os vilões são mortos vítimas dos ouriços que caem das castanheiras; o herói morre no confronto com os soldados do Coronel Epifânio.

11. "Aqui não há tribunais nem repartições públicas. Deus é tudo. É tribunal e repartição pública. Tribunal é a consciência de cada um. Repartição pública é a terra. O sol é o livro de pontos." Trecho da obra: a) Iracema b) Vidas Secas c) Terra de Icamiaba d) Senhora e) Quincas Borba 12. "A história é construída como uma espécie de êxodo, em que há um deslocamento do plano da realidade (civilização) para o plano da magia". Referência à obra: a) Iracema b) Grande Sertão: Veredas c) Quincas Borba d) Viva o Povo Brasileiro e) Terra de Icamiaba 13. A seguinte afirmativa: "Os personagens são planos ou lineares, ou seja, não possuem densidade psicológica nem evoluem durante a narrativa", vale para as obras: a) Iracema e Terra de Icamiaba. b) Terra de Icamiaba e Quincas Borba. c) Iracema e A Hora da Estrela. d) Terra de Icamiaba e Dom Casmurro. e) Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.

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3. ( ) O folclore regional é outro traço marcante do livro. O autor conta lendas do boto, do curupira, da mandioca, da pedra do urubuquara, da muiraquitã. 4. ( ) À maneira de Iracema, as personagens tiram lições da natureza e a ela são comparadas. 5. ( ) Desencantado com a cidade grande, para ele habitada por figuras superficiais e medíocres, o herói resolveu viver no interior do Amazonas. 10. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. ( ) O fluxo narrativo é quebrado constantemente para devaneios filosóficos do narrador, tornando a leitura cansativa. 2. ( ) A história obedece a uma seqüência linear, sem recuos ou avanços no tempo. 3. ( ) A linguagem, em algumas passagens, é lírico-poética, cheia de metáforas e prosopopéias. 4. ( ) Não há preocupação com aspectos psicológicos. Sobressaem em todas as personagens os caracteres físicos. 5. ( ) O vocabulário, em alguns capítulos, é preciso, às vezes erudito, até com palavras científicas, dificultando a compreensão do leitor. 6. ( ) O fim do livro é trágico: os vilões são mortos vítimas dos ouriços que caem das castanheiras; o herói morre no confronto com os soldados do Coronel Epifânio.

11. "Aqui não há tribunais nem repartições públicas. Deus é tudo. É tribunal e repartição pública. Tribunal é a consciência de cada um. Repartição pública é a terra. O sol é o livro de pontos." Trecho da obra: a) Iracema b) Vidas Secas c) Terra de Icamiaba d) Senhora e) Quincas Borba 12. "A história é construída como uma espécie de êxodo, em que há um deslocamento do plano da realidade (civilização) para o plano da magia". Referência à obra: a) Iracema b) Grande Sertão: Veredas c) Quincas Borba d) Viva o Povo Brasileiro e) Terra de Icamiaba 13. A seguinte afirmativa: "Os personagens são planos ou lineares, ou seja, não possuem densidade psicológica nem evoluem durante a narrativa", vale para as obras: a) Iracema e Terra de Icamiaba. b) Terra de Icamiaba e Quincas Borba. c) Iracema e A Hora da Estrela. d) Terra de Icamiaba e Dom Casmurro. e) Quincas Borba e Memórias Póstumas de Brás Cubas.

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14. (UA-AM-98) Assinale a opção em que estão caracterizados, respectivamente, o assunto, o personagem central, o tipo de linguagem e o lugar (espaço) do romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos: a) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Lazaril, linguagem realista, Amazônica. b) Revolta contra a natureza amazônica, Lazaril, linguagem poética, Amazônia. c) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Bepe, linguagem poética, Amazônia. d) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Bepe, linguagem realista, Nordeste. e) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Bepe, linguagem poética, Nordeste. 15. Há uma afirmativa incorreta a respeito de Terra de Icamiaba. Identifique-a: a) As preocupações do narrador limitam-se ao mundo exterior das personagens, sem a análise psicológica. b) Publicado em 1932, o livro é inegavelmente modernista. Está vinculado a duas tendências opostas dentro do Modernismo: Verde-Amarelismo (conservadora e nacionalista) e Antropofagia (rebelde, com idéias libertárias). c) A força da linguagem de Abguar Bastos vem das metáforas expressivas. d) O herói da história é construído dentro dos moldes épicos: é forte, belo, inteligente, revolucionário. e) Toda a trama do livro constrói-se a partir da morte do pai de Bepe. A vingança do herói deixa-o cego. 16. Classifique os itens seguintes de verdadeiros ou falsos, tendo por base Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos. Opte, depois, pela letra correta: 1. Quando a história se inicia, Bepe já reside em Badajós. Tem um cão, um macaco, um papagaio. Há, na cabana, um gramofone: coisa da cidade grande. 2. Lucas, ainda solteiro, vai trabalhar na construção de uma ferrovia, no Pará. Chega a feitor e a chefe de linha. 3. Lucas e Carolina conheceram-se numa festa, em casa de Pedro Patrício, telegrafista. A voz de Lucas (sabia cantar) impressionou Carolina. A admiração terminou em casamento. O casamento trouxe Bepe, o herói. a) Todos os itens são verdadeiros. b) Todos os itens são falsos. c) Só o item 1 é verdadeiro. d) Só o item 2 é verdadeiro. e) Só o item 3 é verdadeiro. 17. Classifique os itens seguintes de verdadeiros ou falsos, tendo por base Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos. Opte, depois, pela letra correta: 1. Na cidade grande, Bepe teve dois grandes amigos: Reginaldo, poeta lírico-amoroso, e Jeremias, poeta romântico. 2. Quando Mussa, sobrinho de Amar, estuprou Sonsa, filha de Julião, a moça, primeiramente, pôs a culpa no boto.

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14. (UA-AM-98) Assinale a opção em que estão caracterizados, respectivamente, o assunto, o personagem central, o tipo de linguagem e o lugar (espaço) do romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos: a) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Lazaril, linguagem realista, Amazônica. b) Revolta contra a natureza amazônica, Lazaril, linguagem poética, Amazônia. c) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Bepe, linguagem poética, Amazônia. d) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Bepe, linguagem realista, Nordeste. e) Revolução social e fundação de uma sociedade comunitária, Bepe, linguagem poética, Nordeste. 15. Há uma afirmativa incorreta a respeito de Terra de Icamiaba. Identifique-a: a) As preocupações do narrador limitam-se ao mundo exterior das personagens, sem a análise psicológica. b) Publicado em 1932, o livro é inegavelmente modernista. Está vinculado a duas tendências opostas dentro do Modernismo: Verde-Amarelismo (conservadora e nacionalista) e Antropofagia (rebelde, com idéias libertárias). c) A força da linguagem de Abguar Bastos vem das metáforas expressivas. d) O herói da história é construído dentro dos moldes épicos: é forte, belo, inteligente, revolucionário. e) Toda a trama do livro constrói-se a partir da morte do pai de Bepe. A vingança do herói deixa-o cego. 16. Classifique os itens seguintes de verdadeiros ou falsos, tendo por base Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos. Opte, depois, pela letra correta: 1. Quando a história se inicia, Bepe já reside em Badajós. Tem um cão, um macaco, um papagaio. Há, na cabana, um gramofone: coisa da cidade grande. 2. Lucas, ainda solteiro, vai trabalhar na construção de uma ferrovia, no Pará. Chega a feitor e a chefe de linha. 3. Lucas e Carolina conheceram-se numa festa, em casa de Pedro Patrício, telegrafista. A voz de Lucas (sabia cantar) impressionou Carolina. A admiração terminou em casamento. O casamento trouxe Bepe, o herói. a) Todos os itens são verdadeiros. b) Todos os itens são falsos. c) Só o item 1 é verdadeiro. d) Só o item 2 é verdadeiro. e) Só o item 3 é verdadeiro. 17. Classifique os itens seguintes de verdadeiros ou falsos, tendo por base Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos. Opte, depois, pela letra correta: 1. Na cidade grande, Bepe teve dois grandes amigos: Reginaldo, poeta lírico-amoroso, e Jeremias, poeta romântico. 2. Quando Mussa, sobrinho de Amar, estuprou Sonsa, filha de Julião, a moça, primeiramente, pôs a culpa no boto.

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3. Os três prisioneiros (Calazar, Amar e Lazaril) são levados para o meio do castanhal, de olhos vendados. Bepe, numa prova de bom coração, deixou que os três voltassem para casa sem agredi-los. a) Todos os itens são verdadeiros. b) Todos os itens são falsos. c) Só o item 1 é verdadeiro. d) Só o item 3 é falso. e) Só o item 2 é falso.

RESPOSTAS

01. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V)v3. (V) 4. (V) 02. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) 3. (F) 4. (F) 5. (F) 03. Resposta: C. 04. Resposta: A. 05. Relacione corretamente: 1. (a) 2. (c) 3. (e) 4. (d) 5. (b) 06. Relacione corretamente: 1. (c) 2. (b) 3. (e) 4. (a) 5. (d) 07. Relacione corretamente: 1. (d) 2. (c) 3. (b) 4. (a) 5. (e) 08. Relacione corretamente: 1. (a) 2. (b) 3. (b) 4. (c) 09. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (V) 4. (V) 5. (V) 10. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) 3. (V) 4. (V) 5. (V) 6. (F) 11. Resposta: C. 12. Resposta: E. 13. Resposta: A. 14. Resposta: C. 15. Resposta: E. 16. Resposta: A. 17. Resposta: D.

ESTUDOS LITERÁRIOS

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3. Os três prisioneiros (Calazar, Amar e Lazaril) são levados para o meio do castanhal, de olhos vendados. Bepe, numa prova de bom coração, deixou que os três voltassem para casa sem agredi-los. a) Todos os itens são verdadeiros. b) Todos os itens são falsos. c) Só o item 1 é verdadeiro. d) Só o item 3 é falso. e) Só o item 2 é falso.

RESPOSTAS

01. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V)v3. (V) 4. (V) 02. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) 3. (F) 4. (F) 5. (F) 03. Resposta: C. 04. Resposta: A. 05. Relacione corretamente: 1. (a) 2. (c) 3. (e) 4. (d) 5. (b) 06. Relacione corretamente: 1. (c) 2. (b) 3. (e) 4. (a) 5. (d) 07. Relacione corretamente: 1. (d) 2. (c) 3. (b) 4. (a) 5. (e) 08. Relacione corretamente: 1. (a) 2. (b) 3. (b) 4. (c) 09. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (V) 3. (V) 4. (V) 5. (V) 10. Sobre o romance Terra de Icamiaba, de Abguar Bastos, classifique as afirmativas de verdadeiras ou falsas: 1. (V) 2. (F) 3. (V) 4. (V) 5. (V) 6. (F) 11. Resposta: C. 12. Resposta: E. 13. Resposta: A. 14. Resposta: C. 15. Resposta: E. 16. Resposta: A. 17. Resposta: D.