estudo socioeconomico 2004 areal

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 2004 AREAL OUTUBRO 2004 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TE C Secretaria-Geral de Planejamento RJ

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Estudo Socioeconomico 2004 Areal

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ESTUDOSOCIOECONMICO2004AREALOUTUBRO 2004 TRIBUNALDECONTASDOESTADODORIODEJANEIROT E CSecretaria-Geral dePlanejamentoRJTRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROCORPO DELIBERATIVOPresidente - Conselheiro JOS GOMES GRACIOSAVice-Presidente - Conselheiro MARCO ANTONIO BARBOSA DE ALENCARConselheiro SERGIO F. QUINTELLAConselheiro ALUISIO GAMA DE SOUZAConselheiro JOS LEITE NADERConselheiro JOS MAURCIO DE LIMA NOLASCOConselheiro JONAS LOPES DE CARVALHO JUNIORMinistrio PblicoProcuradora Vera de Souza Leite (Representante do Procurador-Geral de Justia)Procurador Jlio Lambertson RabelloProcurador Horcio Machado MedeirosProcuradora Delja Marucia Palhares Ruthnio de PaivaProcurador Carlos Antnio da Silva NavegaProcurador Cezar Romero de Oliveira SoaresProcurador Levi de Azevedo QuaresmaProcurador Renato FranaSecretaria-Geral de PlanejamentoSecretrio-Geral: Horcio de Almeida AmaralSecretaria-Geral de Controle ExternoSecretria-Geral: Maria Luiza Bulco BurrowesSecretaria-Geral de AdministraoSecretrio-Geral: Carlos Csar Sally FerreiraSecretaria-Geral das SessesSecretrio-Geral: Mauro Henrique da SilvaInstituto Serzedello CorraDiretor-Geral: Hormindo Bicudo NetoProcuradoria-Geral do TCE-RJProcurador-Geral: Sylvio Mario de Lossio BrasilCoordenadoria de Comunicao Social, Imprensa e EditoraoPraa da Repblica, 70/2 andar20211-351 - Rio de Janeiro - RJTels.: (21) 3231 5359 / (21) 3231 [email protected] ESTUDO SOCIOECONMICO 2004AREAL3 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004APRESENTAOO Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro apresenta a quarta edio dosEstudos Socioeconmicos dos Municpios Fluminenses, abrangendo o perodo de 1998a2003.Nossoobjetivoapresentarodesempenhodediversasreassociaisedegoverno em cada municpio fluminense. O administrador tem aqui maiores subsdios paraquesejamtomadasmelhoresdecisesnoatendimentosnecessidadesdapopulao.Servem,tambm,comorefernciaparapolticos,tcnicos,pesquisadores,estudantesetodososquetenhaminteresseemconhecerummunicpioespecfico,umadeterminadaregio de nosso Estado, ou todo o seu conjunto.Emrelaoeconomianacional,oanode2003foimarcadoporestagnao,caracterizadoporcrescimentolocalizadonosetorexportador,naagroindstriaenasinstituiesfinanceiras,contrareduodasdemaisatividades.OPIBnacionalrecuou0,2%, enquanto a economia do estado do Rio de Janeiro teve queda maior, de 1,4%. Paraefeito de melhor compreenso do desempenho da economia fluminense no ano passado,verificou-sequesomenteaindstriaextrativamineraleaadministraopblicativeramcrescimento.Todososdemaissetoresdecaram.Aagropecuria,poucorepresentativanoPIBfluminense,recuou1,4%.Osquatrosubsetoresqueformamaindstriaecorrespondema,aproximadamente,48%doPIBestadualtiveramdesempenhoruim,mesmo considerando a atividade de petrleo e gs. A indstria extrativa mineral cresceuapenas0,7%,amenordesde1995.Aindstriadetransformaocaiucercade3%;aconstruo civil teve desempenho negativo de 8,6%; e os servios industriais de utilidadepblica decaram 2,3%. O comrcio varejista tevevolumedevendasreduzidoemquase7% em 2003; comunicaes caram3,5%e,transportes,6,2%.Osetordeservios,querepresenta25%doPIBestadual,tambmsofreuretraoestimadaem0,5%.Aadministraopblica,porsuavez,correspondea20%doprodutoestadual,etevecrescimento estimado em 1,3%.As conseqncias da conjuntura econmica nacional e local contriburam para umfraco desempenho das economias municipais, com reduo do volume de investimentos efragilizaodasadefinanceirapblicadeavassaladoramaioriadosmunicpiosfluminenses. A total dependncia de transferncias da Unio e do Estado realidade emmaisde95%dosmunicpiosfluminenseseasconseqnciasdapolticamacroeconmica austera de 2003 propiciaram reduo real desses repasses.Osroyalties,porsuavez,soumaoportunidadeparaqueosmunicpiosmaisaquinhoadospromovaminvestimentosquetragamdinamismoeconomialocal.Mesmoaquelesdemaismunicpiosforadopolgonodopetrleotambmestosendobeneficiados pelo repasse legal que o Estado executa sobre os seus royalties. Em muitosdeles, tais cifras so representativas e devem ser utilizadas em polticas pblicas de longoprazo visando sustentabilidade no futuro, e no para simples elevao de despesas decusteio.Existe hoje, no Brasil, um consenso em relao necessidade de a administraopblicamelhorarsubstancialmenteseugerenciamento.Asdiferenassociaisdopasexigem dos governos um nvel de resultados bem superior ao apresentado atualmente. Aadministraopblicapodeedeveseinspirarnomodelodegestoprivada,semnuncaperderaperspectivaquantorealizaodesuafunosocial,quedeveseralcanadaAREAL4ESTUDO SOCIOECONMICO 2004com melhor qualidade na prestao de servios e tambm com maior efetividade. No sepode,contudo,ignorararelevnciadasquestesrelacionadasaeconomicidade,eficincia, eficcia e tica na poltica.OgovernodosculoXXIdevesercentradonocidado,eaarquiteturasugeridaquesealinhacomessavisoumanicaestruturanaponta,fazendoainterfacedocidadocomosgovernos.Atransparnciaearesponsabilidadefiscalso,hoje,pautadiria de todos os gestores. Os legisladores criaram mecanismos de controle de receitas,despesaseendividamento,estabeleceramagestofiscalpautadanoaumentodaarrecadao,nocontroledosgastos,nousoadequadodosrecursosenaprestaodecontas feita em linguagem acessvel a qualquer cidado.Oplanejamentopassaaserumprocessopermanente,obedecendoaprincpiostcnicos,comvistasaodesenvolvimentoeconmicoesocialecontnuamelhoradascondies de vida da populao, gerando transformaes positivas. Programas passarama ser a unidade bsica de organizao do PPA e o mdulo de integrao do Plano com ooramento.Osprogramas,porsuavez,devemreferir-sesoluodeproblemasprecisamenteidentificados,comseusprodutosestabelecidos,emetasecustosquantificados.Suaexecuodevesermonitoradaeseusresultadosavaliadosmedianteindicadoresespecificamenteconstrudos,umavezquespossvelavaliaroquesepode medir.A profissionalizao dos servidores pblicos, portanto, deve substituir a tradicionalrelaodetutelapelaavaliaodedesempenho.Acapacitaoeconscientizaocontinuadadopessoalexistenteeacontrataodenovosquadrosdevepropiciarasmudanasnecessriasculturaorganizacionalepoder,ainda,garantiracontinuidadeadministrativasalternnciaspolticasqueocorremacadanovomandato.TaismudanasestoocorrendodesdeaUnio,passandopelosEstados,alcanandoosmunicpiosmaiores,echegandoaosmenores.questodetempo,poistalavanoinexorvel.Continuamos com o firme propsito de evidenciar a necessidade de se estabelecerumconjuntodeindicadoressobreasdiversasreassociaisedegoverno,demodoaorientarprioridades,objetivoseprogramasnoPPA,naLDO,naLOAenassuasalteraesposterioresatravsdoscrditosadicionais,ajustando-seosinstrumentosdeao para alcanar melhores resultados junto populao.ApresentecoleodenoventaeumestudosdecadamunicpiojurisdicionadoaesteTribunaldeContasfoielaboradapeloNcleodeEstudosSocioeconmicosdestaSecretaria-Geral,coordenadoporMarceloFrancadeFariaMello,cujaequipeformadapor Elisabeth Maria Cianella Lopes e Rosa Maria Chaise. Colaboraram Luana FigueiredoFerreira Ls de Sousa, Marcelo Garcia Valpassos e Ricardo Jos De Podest.SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTOOutubro 2004AREAL5 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004SUMRIOI. Histrico................................................................................................... 6II. Caracterizao do Municpio ................................................................... 7Aspectos Tursticos..................................................................................... 10Aspectos Ambientais ................................................................................... 12Uso do Solo...................................................................................... 12Saneamento Bsico e Resduos Slidos.......................................... 16III. Indicadores Sociais ................................................................................. 20Desenvolvimento Humano ........................................................................... 22Educao ..................................................................................................... 25Excluso Digital ........................................................................................... 43Sade........................................................................................................... 46Mercado de Trabalho no Estado................................................................. 55Mercado de Trabalho na Regio Metropolitana.......................................... 57Informalidade.............................................................................................. 59Educao, Trabalho e Renda ...................................................................... 60Necessidades Habitacionais e sua Evoluo entre 1991 e 2000................ 62IV. Potencialidades dos Municpios ............................................................. 66V. Indicadores Econmicos.......................................................................... 71VI. Indicadores Financeiros.......................................................................... 84VII. Concluso............................................................................................. 98Referncias Bibliogrficas............................................................................ 100AREAL6ESTUDO SOCIOECONMICO 2004I - HISTRICO 1AorigemdosmunicpiosdeArealeComendadorLevyGasparianencontra-seligadadeTrsRios,municpioaoqualpertenciamatrecentemente,comosedesdistritais.A origem do nome Areal vem de uma localidade situada na margem esquerda doRioPiabanha,ondehaviaumlocalemqueostropeirosfaziamatrocadosanimaiseabasteciam-se de gneros para a viagem que, poca, estava ligada ao ciclo do ouro. OmovimentofoiintensificadoquandobandeirantesefaiscadoresatingiramafozdoRioParaibuna,quenasceemMinasGerais,noRioParabadoSul,regiodeTrsRios.Outros colonizadores, partindo da localidade ento chamada de Trs Barras, seguiram ocursodoRioPiabanha,passandoaocupargradativamenteoseuvaleatchegarembarra do Rio Preto.NasprimeirasdcadasdosculoXVIII,verifica-seaformaodealgunsncleosnarea,comoodeNossaSenhoradeMonteSerrat,quepassouadesempenharimportante papel no estabelecimento do registro, com a finalidade de evitar o contrabandodeouroediamantesearrecadarosdireitosreaisdepassagem.Noentanto,oncleoinicial de Areal foi a fazenda de So Silvestre do Rio Preto, a qual pertencia ao Sargento-Mor Jos Vieira Afonso.Outros ncleos tambm se desenvolveram na regio, como os de Nossa SenhoradeBempostaeSoSebastiodeEntreRios,aglomeradospopulacionaisincentivadospelo fato dessa zona constituir o acesso entre Rio de Janeiro e Minas Gerais.Oprocessodedesenvolvimentoeconmicodaregiooperou-segraasintroduo da cultura do caf no sculo XIX. Com a decadncia da cafeicultura, porm, asterrasforamocupadasparaagriculturadesubsistnciaepecuriadecorte,posteriormente transformada em pecuria leiteira.ApartirdainauguraodarodoviaUnioeIndstria,em1858,alocalidadedeEntreRiospassouaserbeneficiadaporvriosmelhoramentos,convertendo-seemgrandecentrocomercial.Em1867,foiimplantadaaEstradadeFerroD.PedroII,comcruzamento da estrada de rodagem no local, tornando o ncleo de Entre Rios importanteentroncamento rodoferrovirio.Apesardoprogressoexperimentado,somenteapsaRepblica,em1890,foicriado o distrito de Entre Rios que, juntamente com Monte Serrat, Areal e Bemposta, faziapartedomunicpiodeParabadoSul.Em1938,essesdistritosforamdesmembradosdaquele municpio e constituramomunicpiodeEntreRios,mudadoparaTrsRiosem1943.ComoadventodaLeiEstadualn.1986,de10deabrilde1992,foicriadooMunicpio de Areal, com instalao em 1 de janeiro do ano seguinte.

1 - Fontes:Estudos para o Planejamento Municipal SECPLAN/FIDERJ 1978, Abreu, A.Municpios e Topnimos Fluminenses Histrico e Memria. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1994 e stio www.turisrio.rj.gov.br/minisite/destino.asp.AREAL7 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004II - CARACTERIZAO DO MUNICPIOArealpertenceRegioCentro-SulFluminense,quetambmabrangeosmunicpiosdeComendadorLevyGasparian,EngenheiroPaulodeFrontin,Mendes,Miguel Pereira, Paraba do Sul, Paty do Alferes, Sapucaia, Trs Rios e Vassouras.Omunicpiotemumareatotal 2de110,5quilmetrosquadrados,correspondentes a 3,6% da rea da Regio Centro-Sul Fluminense.A rodovia BR-040 a principal via de acesso ao municpio, que acessa Petrpolis,aosuleTrsRios,aonorte.ARJ-134seguerumonordesteparaSoJosdoValedoRioPreto.Faz-senecessrio 3,naBR-040RioBeloHorizonte,amelhoriadosacessosdaRefinariaDuquedeCaxiaseconstruodenovoacessoligandooPloPetroqumico junto Reduc BR-040; recapeamento e conteno de encostas na SerradePetrpolis;substituiodeguard-railspormuretasdeconcreto;melhoriadasegurana, do sistema de comunicao e da fiscalizao ao longo da via, que passa porDuque de Caxias, Petrpolis, Areal, Trs Rios e Comendador Levy Gasparian. Da mesmaforma, na RJ-134, prope-se sinalizao e reestudo dos quebra-molas entre So Jos doValedoRioPretoeTerespolis;melhoriadaseguranaedafiscalizao.Esseumtrecho coincidente com a BR 492, que sai de Areal, passa por Posse, no municpio dePetrpolis, serve So Jos e alcana a BR 116, na fronteira noroeste de Terespolis.

2 - IBGE/CIDE 2002.3 - FIRJAN Agenda Brasil 2003 Temas Prioritrios.AREAL8ESTUDO SOCIOECONMICO 2004De acordo com o censo de 2000, Areal tinha uma populao de 9.899 habitantes,correspondentesa3,9%docontingentedaRegioCentro-SulFluminense,comumaproporo de 98,2 homens para cada 100 mulheres. A densidade demogrfica era de 93habitantes por km2, contra 86 habitantes por km2 de sua regio. Sua populao estimadaem 2003 4 de 10.419 pessoas.O municpio apresentou 5umataxamdiageomtricadecrescimento,noperodode 1991 a 2000, de 2,08% ao ano, contra 1,19% na regio e 1,30% no Estado. Sua taxade urbanizao corresponde a 90,5% da populao, enquanto que, na Regio Centro-SulFluminense, tal taxa corresponde a 83,1%.Arealtemumcontingentede7.395eleitores 6,aproximadamente71%dapopulao.Omunicpiotemumnmerototalde3.116domiclios 7,comumataxadeocupao de 84%. Dos 492 domiclios no ocupados, 40% tm uso ocasional.AdistribuiodapopulaonaregiodomunicpioenoEstado,deacordocomoCenso 2000, dava-se conforme grficos a seguir:

4 - IBGE.5 - Fundao CIDE.6 - TSE Dados de junho 2004.7 - IBGE Censo 2000.AREAL9 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Distribuio da populaoRM sem a capital34%Capital41%Regio NoroesteFluminense2%Regio Norte Fluminense5%Regio Serrana5%Regio das BaixadasLitorneas4%Regio do Mdio Paraba5%Regio Centro-SulFluminense2%Regio da Costa Verde2%Distribuio da populao na Regio Centro-Sul FluminensePaty do Alferes10%Paraba do Sul15%Miguel Pereira9%Engenheiro Paulo deFrontin5%Comendador LevyGasparian3%Areal4%Vassouras12%Trs Rios28%Sapucaia7%Mendes7%Apopulaoresidentenonicodistrito-sede,porgruposdeidade,apresentadano quadro abaixo, em comparao com a regio do municpio e o Estado:Distribuio da Populao0% 5% 10% 15% 20% 25%0 a 4 anos5 a 9 anos10 a 19 anos20 a 29 anos30 a 39 anos40 a 49 anos50 a 59 anos60 anos ou maisAreal Regio Centro-Sul Fluminense EstadoAREAL10ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Ao examinarmos o grfico, percebemos que a faixa etria predominante encontra-seentreos10e39anos,equeidososrepresentam9%dapopulaodomunicpio,contra 19% de crianas entre 0 e 9 anos.Apresentamos, a seguir, as distribuies de cor ou raa da populao do municpio,assim como por religio:ArealPreta12,1%Amarela0,0%Parda26,9%Branca59,9%Sem declarao1,0%Indgena0,1%ArealSemreligio7%Outras11%Evanglicas16%CatlicaApostlicaRomana66%Percebe-sequehumapredominnciadepessoasquesedeclarambrancas,representando 59,9% da populao, contra 39% de afrodescendentes e que o nmero decatlicos, 66%, superior a soma dos praticantes de outras religies.Arealpossuiumaagnciadecorreios 8,umaagenciabancria9e2estabelecimentoshoteleiros 10.Quantoaosequipamentosculturais 11,omunicpionodispe de cinema, teatro nem museu mas, tem 1 biblioteca.!Aspectos Tursticos 12Oturismoproporcionadiversosbenefciosparaacomunidade,taiscomogeraodeempregos,produodebenseserviosemelhoriadaqualidadedevidadapopulao.Incentiva,tambm,acompreensodosimpactossobreomeioambiente.Asseguraumadistribuioequilibradadecustosebenefcios,estimulandoadiversificaodaeconomialocal.Trazmelhorianossistemasdetransporte,nascomunicaeseemoutrosaspectosinfra-estruturais.Ajuda,ainda,acustearapreservaodosstiosarqueolgicos,dosbairroseedifcioshistricos,melhorandoaauto-estimadacomunidadelocaletrazendoumamaiorcompreensodaspessoasdediversas origens.ACompanhiadeTurismodoEstadodoRiodeJaneiro,aTurisrio,apresentaospotenciaistursticosdoEstadodivididosemtrezeregiesdistintas,conformesuascaractersticas individuais.

8 - ECT 2003.9 - BACEN 2003.10 - MTE-RAIS 2002.11 - SEBRAE 2000.12 - Para maiores informaes, consulte www.ivt-rj.net e www.turisrio.rj.gov.br.AREAL11 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Regies tursticas:Costa VerdeAgulhas NegrasVale do ParabaVale do Ciclo do CafMetropolitanaBaixada FluminenseSerra TropicalSerra Verde ImperialBaixada LitorneaCosta do SolSerra NorteNoroeste das guasCosta DoceAreal,ComendadorLevyGasparian,ParabadoSul,SoJosdoValedoRioPreto, Sapucaia e Trs Rios pertencem regio turstica Serra Tropical.Atraes Naturais!Represa da Barragem do Piabanha, cujos melhoreslocaisdeapreciaosoaponte da barragem e a BR-040. No seu entorno destacam-se algumas rvores frutferas.Atraes Culturais!IgrejadeSoSilvestre,construdanolocaldaantigacapelaquepertenciaaocemitrio da Fazenda So Silvestre, repete o estilo singelo das construes coloniais.!UsinasdaCERJ-AusinadePiabanha,deCompanhiadeEletricidadedoEstado do Rio de Janeiro - CERJ, est localizada no municpio de Trs Rios. JuntamentecomasusinasArealeFagundes,formamocomplexodeAlbertoTorres.localparafazer um passeio por suas ruas arborizadas, casas com jardins bem cuidados e a estaode trem no centro dessa pequena vila.AREAL12ESTUDO SOCIOECONMICO 2004! Ponte Alberto Torres, de estrutura metlica, construda em 1861.! PrdiodaPrefeituraMunicipaledaCmara,situadonoantigoHotelValladas,inaugurado em 1897.Em seu calendrio de eventos destacam-se a festa do aniversrio do Municpio, em10 de abril e a festa da padroeira Nossa Senhora das Dores, em 15 de setembro.!Aspectos Ambientais!Uso do SoloEm maio de 2003, a Fundao Centro de Informaes e Dados do Rio de Janeiro CIDE publicou o IQM Verde II, seqncia do primeiro estudo, lanado em julho de 2001.Amboscomparamasreascobertaspelosremanescentesdacoberturavegetalcomasocupadas pelos diversos tipos de uso do solo, criando, desta forma, o ndice de QualidadedeUsodoSoloedaCoberturaVegetal(IQUS).Omonitoramentodosdiferentesambientes fitoecolgicos pode servir de guia para o estabelecimento de polticas pblicasconfiveis. As informaes do mapeamento digital tm base em dados coletados em 1994(primeiro IQM) e em 2001 (segundo estudo).NoEstadodoRiodeJaneiroomapeamentodeusodosoloecoberturavegetalteve a seguinte evoluo:Uso do solorea em km2(1994)%rea em km2(2001)%Pastagens 19.556 44,5 21.669 49,4Florestas ombrfilas densas(formaes florestais)7.291 16,6 4.211 9,6Capoeiras( vegetao secundria 13 )6.814 15,5 8.071 18,5rea agrcola 4.135 9,4 4.167 9,5Restingas, manguezais, praias evrzeas (formaes pioneiras)1.900 4,3 1.579 3,6rea urbana 1.846 4,2 2.763 6,3Corpos dgua 995 2,3 921 2,1No sensoriado 586 1,3 0 0,0rea degradada 506 1,2 132 0,3Afloramento rochoso e camposde altitude241 0,5 175 0,4Outros 39 0,1 132 0,3Total 43.910 100 43.864 100

13-DeacordocomaResoluoCONAMAn010,de01/10/93,avegetaosecundriaresultantedeprocessosnaturaisdesucesso,apssupressototalouparcialdavegetaonaturalporaesantrpicasoucausasnaturais,podendoocorrerrvoresremanescentes da vegetao primria.AREAL13 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Sorelevantesasmudanasocorridasemumperododeapenasseteanos,durante os quais, campos e pastagens cresceram 11%, sem que isso signifique aumentodaproduopecuria.Asformaesflorestaisforamreduzidasem42%desuareaoriginal,enquantoavegetaosecundriacrescia19%.Nohouveexpressividadenoaumentodeumpontopercentualemreaagrcola.Asformaespioneirasforamreduzidas em 16% e reas urbanas aumentaram seu tamanho em 50%.EmumaprimeiraanlisedoconjuntodoEstadonoanode2001,podemosdestacar que:!Quarentaeoitomunicpiosfluminensestinhammaisde50%desuareaocupada por campo/pastagem, destacando-se os municpios de Italva, So Jos de Ub,Santo Antnio de Pdua, So Fidlis, Itaocara, Itaperuna e Aperib, com mdia de 90%.!Cinqentaetrsmunicpiostinhammenosde1%desuareacobertoporflorestas.EmtodooEstado,srestam19%dereascomflorestasprimriasousecundriasantigasemestgioavanado,restingasarbreasesavanaestpica.Seforconsideradaareadeflorestasecundriadeinicialamdioestgioderegeneraonatural,acoberturaarbreaatinge28%doterritrio,ouseja,12.400quilmetrosquadrados.Caberessaltarque64%dasflorestasdoRioestolocalizadosemunidadesde conservao da Unio e do Estado.!Com relao a vegetao secundria, vinte e dois municpios tm mais de 30%de seu territrio com esse tipo de coberturado solo. Cordeiro, Terespolis e EngenheiroPaulo de Frontin atingiram a mdia de 50%.!A agricultura no desenvolvida em trinta municpios, e outros vinte e sete tmmenosde1%dereaplantada.Nessaatividade,destacam-seasproporesdereaplantadapelareatotaldosmunicpiosdeSoFranciscodeItabapoana,CamposdosGoytacazes, Carapebus, Cabo Frio e Quissam.!As formaes pioneiras so destaque em So Joo da Barra, com 80% de seuterritrioocupadoporrestingas,manguezais,praiasevrzeas.Cinqentaenovemunicpios no tm formaes pioneiras remanescentes.!MunicpioscomcomplexoslagunaresdasRegiesNorteedasBaixadasLitorneas so os que detm maiores reas de corpos dgua.!Omunicpiodacapitalapresentouestabilidadeemformaesflorestais,tomando 8% do seu territrio, e em formaes pioneiras, que ocupam outros 8%. A reade campo/pastagem reduziu-se metade dos 11% medidos em 1994, assim como a reaagrcolacaiude3,4para2,7%em2001.Asreasdegradadascresceramde5,0para5,6%.Foiexpressivooaumentodamanchaurbanacarioca,queevoluiude37,9para56,7%.Emtermospercentuais,acapitalsuperadaemreaurbanasomenteporSoJoodeMeriti,BelfordRoxo,SoGonaloeNiteri;entretanto,os680km2daurbecarioca equivalem ao dobro da soma desse tipo de uso do solo nestes quatro municpios,ou a 25% das reas urbanas totais do Estado.!CardosoMoreiraeSoFidlis,daRegioNorte,etodososmunicpiosdaRegioNoroestetmumciclodesecamaiorqueoitomesesporanoeapresentamexpressivosnveisdedesmatamento,oquecontribuiparaaextinodenascentesdeAREAL14ESTUDO SOCIOECONMICO 2004pequenosrioseriachos,observando-seaumentodefreqnciadevalescomleitossecos.Os municpios do Estado do Rio de Janeiro foram classificados segundo os ndicesde Qualidade de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal IQUS abaixo:IQUS CaractersticasRodeioMaiorpercentualdepastagens;presenadepequenasmanchasurbanas;pequena influncia de formaes originais e de reas agrcolasRuralMaior percentual de formaes originais e de reas agrcolas; presena de reasurbanas,degradadasedevegetaosecundria;quasenenhumainflunciadepastagensNativoMaioresreasdeformaesoriginaisedepastagens;presenadevegetaosecundria e reas agrcolas; pouca influncia das reas urbanas e degradadasVerdeGrandesreasdeformaesoriginaise/oudevegetaosecundria;menoresvalores percentuais de reas urbanas, agrcolas, de pastagem ou degradadasMetrpole Maior percentual de reas urbanasAreal,combasenolevantamentode1994,tinhasuareadistribudadaseguintemaneira:50%devegetaosecundriae44%depastagens.OmunicpioseencaixavanoclusterL1-VERDE/RODEIO,agrupamentocompredomniodereasdepastagenscom rea relevante de vegetao secundria.Jem2001,ocorreugrandereduodevegetaosecundriapara28%doterritriomunicipal,contraexpressivoaumentodecampo/pastagem,ocupando68%.Areaurbanaduplicou,de0,5para1,0%.Osegundoestudoclassificou-ocomopertencenteaoclusterB2-RODEIO/VERDEI,caracterizadoporaltospercentuaisdecampo/pastagem, mdia de 58% do territrio, e de vegetao secundria, ocupando reamdiade35%.Dentreaslocalidadesdesteagrupamento,constamtrsmunicpiosdaRegioCentro-SulFluminense-Areal,MendeseSapucaia;outrosnovedaRegioSerrana,doisdasBaixadasLitorneas,doisdoMdioParaba,doisdaRegioMetropolitana, trs da Noroeste e dois da Regio Norte.OIQMVerdeidentifica,ainda,osCorredoresPrioritriosparaaInterligaodeFragmentos Florestais (CPIF), ou Corredores Ecolgicos, como foram denominados maisrecentemente,paraescolhadereasdereflorestamento.Devidosatividadesdohomem,atendnciadosecossistemasflorestaiscontnuos,comoasflorestasdacostaatlntica brasileira, de fragmentao. O processo de fragmentao florestal rompe comos mecanismos naturais de auto-regulao de abundncia e raridade de espcies e leva insularizaodepopulaesdeplantaseanimais.Numambienteilhado,ocorremaiorpressosobreosrecursosexistentes,afetandoacapacidadedesuportedosambientesimpactados, aumentando-se o risco de extino de espcimes da flora e da fauna.Areversodafragmentaoapia-se,fundamentalmente,noreflorestamentodossegmentosqueunamasbordasdosfragmentosdefloresta,vegetaosecundriaesavana estpica. Esses eixos conectores so denominados corredores. Alm de viabilizarAREAL15 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004atrocagenticaentrepopulaes,elespossibilitamaintegraodosfragmentosnumamancha contnua, alavancando a capacidade de suporte da biodiversidade regional.Omodelodegeraodecorredoresprioritriosparaainterligaodefragmentosflorestais CPIF possibilitou, no primeiro estudo, a identificao de 21.271 corredores emtodo o Estado, totalizando 3.286 km2.OIQMVerdeIIevoluiunametodologiaeverificouquediversosfragmentosflorestaisforamreduzidosounovamentefragmentados,tendosidoconsideradoscomobarreiras para implantao doscorredoresecolgicosasreasurbanas,asrepresas,aslagoas e os grandes cursos dgua. Outro fator considerado foi sua extenso mxima dedoismilmetros.Comoocorreramsignificativasalteraesdeusodosolo,foramidentificadosapenas13.114corredorescomviabilidadefsico-ambientaleeconmica.Eles teriam uma extenso mdia de 837 metros e uma largurade 100 metros para cadaladodocorredor,totalizandoumareade2.094km2,oquecorrespondea4,8%doterritrio fluminense.Arealnecessitariaimplantar1.585hectares 14decorredoresecolgicos,oquerepresenta 14,4% da rea total do municpio.Afiguraaseguir,geradaapartirdoprogramadoCD-ROMdoIQM-VerdeII,apresenta os tipos de uso do solo no territrio municipal, estando marcados em vermelhoos corredores sugeridos.OIQMVerdeIIprosseguecomaanlisedecustodeimplantaodessescorredores;comacomparaodotipodeusoecoberturadosolodefotosrealizadasentre1956e1975ealtimacoletneade2001;comumaoutraanliseporbacia

14 - Cada hectare corresponde a 10.000 metros quadrados, ou 0,01 quilmetro quadrado.AREAL16ESTUDO SOCIOECONMICO 2004hidrogrficaecomplexolagunar;comestudossobreasvariaesclimticasnasltimastrsdcadas,manejodeflorestas,avaliaodeestoquedecarbonoeoutros,configurando-se intrumento essencial para melhor conhecimento do elemento terra e suautilizao em nosso Estado, e das aes possveis para sua recuperao e preservao acurto, mdio e longo prazos.!Saneamento Bsico e Resduos SlidosA gua um valioso elemento promotor do desenvolvimento e do progresso. Ela sepresta a mltiplas utilizaes da maior importncia econmica e social: abastecimento daspopulaesedasindstrias;irrigaodasculturas,meiodetransporte;produodeenergia; fator de alimentao, com o desenvolvimento da pesca; ambiente para o esporte,o turismo e o lazer. Tambm um recurso finito. Para que o mundo continue tendo guapotvel, necessrio que os mananciais sejam preservados. Isso depende tanto da aoindividual quanto da ao do governo, com a criao de leis e programas.De acordo com a Agncia Nacional de gua, em 2002, a agricultura foi responsvelpor 59% do consumo de gua no pas; a indstria, por 19%; e o abastecimento respondepor22%.Amesmafonteapontaque80%dosmunicpiosbrasileirostmrededeabastecimento de gua, contra apenas 46% que possuem rede de coleta de esgotos, dosquais somente 15% so tratados.A Organizao Mundial de Sade - OMS - define o saneamento como o controle detodososfatoresdomeiofsicodohomemqueexercem,oupodemexercer,efeitosnocivossobreasade,includasasmedidasquevisamaprevenirecontrolardoenas,sejamelastransmissveisouno.AmesmaOMSapurou,recentemente,que65%dosleitosdoshospitaisdopassoocupadosporpacientescomproblemasdesaderelacionadosfaltadesaneamento.Sistemasdeabastecimentodegua,deesgotossanitrios, de coleta e destinao adequada de resduos slidos urbanos, especiais e dasreasruraisesto,porconseguinte,diretamenteligadosqualidadedevidadapopulao.Aestreitarelaodasadecomaprovisodemedidassanitriasbastanteconhecida,principalmentenoqueserefereguadeabastecimentodomsticoeaodestinodedejetos.Cercade80%dasdoenasdepasesemdesenvolvimentocomooBrasilsoprovenientesdaguadequalidaderuim.Asenfermidadesmaiscomunsquepodemsertransmitidaspelaguaso:febretifide,disenteria,clera,diarria,hepatite,leptospirose e giardase.Otratamentodoesgotosanitrioconstituiumadasmaisimportantesmedidaspreventivasdeenfermidades.Apesardasempresasdesaneamentobsicoexercerematividadesconsideradasnobres,elassoresponsveisporimpactosambientaissignificativos,sentidosnosnasobrasdeimplantaodetaissistemas,mas,principalmente, na operao destes.Atpoucotempoatrs,programasdesaneamentoprivilegiavamsomenteaesnoscamposdeabastecimentodeguaedecoletadeesgotossanitrios.Oesgotoeraconduzidoaumcorpodguae,neste,lanadoinnatura.muitocomumver-seautilizao de galerias pluviais como pontos de descarga de esgotos. Usual, ainda, a faltade manuteno de elevatrias de esgoto que, quando paralisadas, simplesmente desviamAREAL17 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004os dejetos para a rede pluvial. Verifica-se, atualmente, problemas graves e generalizadosdepoluioemrios,lagoasemares,geradosporesgotosdomsticoseindustriais.Quanto mais poluda for a gua bruta captada para tratamento, mais caro este se tornar,podendo sua utilizao tornar-se invivel tcnica e economicamente.Asoluoparaosesgotossanitriosdecomunidadesmenores,quandonohrede coletora de esgotos, a utilizao de fossas spticas, cuja obrigatoriedade deve serexigidapelaAdministraolocal.Josesgotosdomsticoscoletadosprecisamsertratadosparaestabilizaodesuamatriaorgnica,tornando-aestveleincua,sendoobrigao das concessionrias ou do poder pblico o seu tratamento.O ano de 2003 foi marcado por um dos maiores acidentes ambientais do pas. Em29 de maro do ano passado, rejeitos qumicos vazaram de um reservatrio da IndstriaCataguazesdePapeleFlorestalCataguazes,emMinasGerais,paraoRioPomba,afluentedoRioParabanaRegioNoroesteFluminense.Somados,foram180quilmetrosdetrechofluvialfluminenseatingidos.Construdohmaisde15anos,oreservatrio rompeu-se, lanando 1,2 bilho de litros dgua contaminada naquele rio comaltatoxicidadedeprodutos,comocloroativoesodacustica.Miracema,SantoAntniodePdua,Aperib,Itaocara,Cambuci,SoFidlis,CamposdosGoytacazeseSoFranciscodoItabapoanaforamseveramenteprejudicadosemseuabastecimento.Suasatividadeseconmicas,dependentesdousodaguadeambososrios,foraminterrompidaspordiasousemanas,comprejuzosparaasubsistnciademuitosquesobrevivem da agricultura, da pecuria, da indstria, da pesca e do turismo. Centenas depoos artesianos foram implementados para fornecer gua para a populao afetada. Nafoz do Rio Paraba do Sul, o vento e as correntes marinhas levaram boa parte da manchatxicaparaomanguezaldeGargaelagoasdeSoFranciscodoItabapoana,comprometendo-osporprazoindeterminado,chegandoaobalneriocampistaFaroldeSo Tom, quilmetros a sul da foz do rio, e a Maratazes, a norte, no Esprito Santo.AfaunaeafloradabaciadoRioParabadoSul,naqueletrecho,poderoficarcomprometidas pela contaminao qumica por pelo menos cinco anos. Projetos como oPiabanha,lanadoem1998,quetrabalhacomascomunidadesribeirinhasnorepovoamento dos rios Pombae Paraba do Sul com milhes de alevinos de piabanhas,surubinsdoParaba,pirapitingasecurimatsforamseriamenteafetados,tendosidodizimados 2,5 milhes de peixes anilhados. A nica rea no afetada foi o trecho do RioParaba a montante da confluncia dos dois rios, entre Carmo e Itaocara.DadosdaCOPPE/UFRJde2002apontamque,nabaciadoRioParabadoSul,55% da populao no atendida por rede coletora de esgotos. Daqueles que tm rede,92% do esgoto coletado no so tratados. O Rio de Janeiro vtima de descaso histricoem relao bacia do Rio Paraba do Sul. No trecho do rio em So Paulo, ocorre poluioorgnica de esgotos das cidades de Jacare, So Jos dos Campos e Taubat. No ValedoParabapaulista,hconcentraodeatividadesindustriaisquecontribuemparaolanamentoderesduosqumicostxicos.NotrechodeResende,Itatiaia,PortoReal,BarraMansaeVoltaRedondaprosseguemosdespejosdeprodutostxicosdesiderrgicaseindstriasqumicas,almdapoluioorgnicadecorrentedafaltadetratamentodeesgotosanitrio.SeguindoocursodoParaba,Pinheiral,BarradoPira,Vassouras,ParabadoSuleTrsRiosnotmtratamentodeseusdejetos.ORioParaibunatrazdespejosdeindstriasqumicas,delaticniosetecelagensdeJuizdeAREAL18ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Fora,almderesduosorgnicostambmdeComendadorLevyGasparian;oRioPiabanha vem carregado de resduos orgnicos de Petrpolis e Areal; Terespolis e NovaFriburgotambmcontribuemcomapoluioorgnicaeindustrialnosriosPaquequer,Bengala,DoisRioseGrande.OprprioRioPombatrazdejetosdePdua,AperibeItaocara.JdevoltaaoRioParaba,CambucieSoFidlistampoucotratamseusesgotos.OafluenteRioMuriajchegaaoParaba,nomunicpiodeCampos,compoluio da Zona da Mata Mineira; do Rio Carangola, que banha Porcincula e Natividadee recebe seus esgotos, somando-os aos de Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira j no leitodoRioMuria.Prximodesuafoz,oParabareceberesduosorgnicosedaagroindstriadacana-de-acar,emCampos,eesgotosdomsticoseurbanosdeSoJoo da Barra.DoisterosdavazodoRioParaba,naalturadeBarradoPira,sodesviadosatravsdedutosparaarepresadaLight,emPira,cujaguaseguepeloRioGuanduparaaestaodetratamentodaCEDAEqueabasteceamaiorpartedaRegioMetropolitana.AprpriabaciadoGuandu,emseutrechodeJaperi,QueimadoseNovaIguau,recebefortecargaderesduosqumicoseindustriaisqueencarecemsobremaneiraecomprometemaqualidadecontinuadadaguatratadaservidapopulao.Ascausasestruturaispersistemnadegradaodomeioambienteesetraduzememirresponsabilidade,impunidade,fiscalizaoprecria,processosdelicenciamentoimprevidentes,burladalegislao,sonegaodeinformaessobreriscos,permissividadeambientaldeagnciaspblicasetc.Acontaminaonodeveserconsideradacomoummalnecessriododesenvolvimentonosdiasatuais.Alega-secontinuadamente que empregos precisam ser criados e receitas pblicas geradas atravsdaimplantaooudacontinuidadedeempreendimentospoluidores,comcomplacncia,tolernciaouindulgnciadeautoridades,eapoiodaspopulaesignorantesdesuasconseqncias.tempodeinvestimentosmaciosnaprofilaxiaenotratamentodosefluentes urbanos e industriais.Dados apurados no ano 2000 15 apresentam o seguinte panorama do municpio:!Notocanteaoabastecimentodegua,Arealtem61,1%dosdomiclioscomacesso rede de distribuio, 35,8% com acesso gua atravs de poo ou nascente e3,1%tmoutraformadeacessomesma.Ototaldistribudoalcana2180metroscbicospordia,dosquaisatotalidadepassaportratamentoconvencional,comapenas1% sem tratamento (provavelmente gua de fonte).!A rede coletora de esgoto sanitrio chega a 40,7% dos domiclios do municpio;outros4,8%tmfossasptica,9,3%utilizamfossarudimentar,12,3%estoligadosauma vala, e 32,8% so lanados diretamente em um corpo receptor (rio, lagoa ou mar). Oesgoto coletado no passa por tratamento e lanado no rio.!Areal tem 95,1% dos domiclios com coleta regular de lixo, outros 0,4% tm seulixojogadoemterrenobaldiooulogradouro,e3,8%oqueimam.Ototalderesduosslidoscoletadossomava14toneladaspordia,cujodestinoera1aterrocontroladoe1aterro de resduos especiais.

15 - Fontes:Sistema Nacional de Indicadores Urbanos SNIU do Ministrio das Cidades dados coletados nos dias3 e 4 de junhode 2003 referentes ao ano 2000 e IBGE Pesquisa Nacional de Saneamento Bsico 2000. As diferenas para alcanar os 100% dosdomiclios no foram identificadas na fonte de dados.AREAL19 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Faz-seurgentequeagestodosrecursoshdricosseefetuedeformamaiscompetente e eficaz do que vem sendo feita at hoje. necessrio administrar a aberturae bombeamento de poos, monitorar o rebaixamento do lenol fretico, o aterramento debrejais,lagoaselotesouaobstruoparcialdadrenagemsuperficialesub-superficial,bemcomoaaberturaelimpezadefossas,acontaminaodofretico,aszonasdedespejo de esgoto e lixo etc. A realizao de investimentos e aes de desenvolvimentotecnolgico, resultar na implantao de projetos mais eficientes e menos impactantes naqualidadedoscorposhdricos,enareutilizaodossubprodutosdostratamentosdegua, esgoto e lixo.AREAL20ESTUDO SOCIOECONMICO 2004III - INDICADORES SOCIAISAExclusoSocialsemanifestasobvriasformas,especialmentenospasesemdesenvolvimento. Alm da pobreza, da fome e dos altos ndices de analfabetismo, outrasmaneirasdeexclusoganhamdestaque,associadascontinuadadesigualdadederenda, precarizao do mercado de trabalho (desemprego e informalidade), expansoda violncia urbana e ao aumento de epidemias, como a intensa desnutrio e o avanoda Aids. Paralelamente, emerge uma novssima forma de excluso, relacionada falta deacesso a informaes fornecidas por um novo padro tecnolgico a excluso digital.Cadavezmais,tornam-seimprescindveisestudosecorrelaescomomaiornmeroediversidadedeindicadoresparaanlisedascondieseconmicas,sociaisepolticasdospases.Assim,pertinentedizerqueumasvarivelinsuficienteparaexplicar a complexidade do fenmeno da excluso social.OndicedeDesenvolvimentoHumano(IDH)indicadorcriadonombitodoProgramadasNaesUnidasparaoDesenvolvimento(Pnud/ONU)constitui-senacomposiodetrsndices-expectativadevidaaonascer,alfabetizaoetaxadematrculabrutae,finalmente,rendapercapita-querefletedimensesbsicasdavidahumana.Traz,comograndecontribuio,apossibilidadedecomparaoentreosdiversospases,segundoascondieseconmicas,polticasesociaisdosseushabitantes. A idia de que, para se verificar o avano de determinado territrio, no sedeveconsiderarsomenteascaractersticaseconmicasepolticas,mastambmascaractersticas sociais e culturais vivenciadas por sua populao. DeacordocomosdadosmaisrecentesdoPnud16oBrasilpermanece,praticamente,namesmaposiodorankingdoIDHdesde2000,ocupandoo72lugarentre os 177 pases analisados.AtabelaaseguirapresentaaposiogeralnoIDHeadiferenaentreosindicadores:Indicador PontuaoPosio no rankingdos 177 pasesEducao 0,88 62Longevidade 0,72 111Renda 0,73 63IDH 0,77 72

16 - Dados divulgados em julho de 2004 usando estatsticas de 2002.AREAL21 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Foi na Educao que atingimos o melhor desempenho com uma marca superior mdialatino-americanae,proporcionalmente,maisprximadosvaloresdospasesdesenvolvidos. No conjunto dos 177 pases, o Brasil ocupa a 62 posio.Mesmo assim, o avano insuficiente. O pas continua levando uma dcada paraque seus estudantes tenham 1 ano a mais de escolaridade. O tempo mdio de estudo dobrasileiro de 6,2 anos, ou seja, nem o ensino fundamental completo, o que daria 8 anosde estudo.A questo que o IDH est medindo a taxa de alfabetizao e o nmero de alunosmatriculados,emtodososnveis,priorizandooaspectoquantitativo.Entretanto,seriafundamentalsaberquantosalunosconcluramosrespectivoscursos,ecomquequalidade de ensino.NaSade,aocontrriodaEducao,osdadosbrasileirosnosofavorveis.Aesperana de vida aumentou, mas continuou ruim. Passou de 66 anos, em 1995, para 68anosem2002.OBrasiltmo111lugarentreospases,emtermosdeexpectativadevida ao nascer, posio muito pior que a sua classificao geral no IDH, 72 lugar, e que absolutamente incompatvel com um pas que tem a 15 economia do mundo.Mas,semdvida,ograndeproblemabrasileirocontinuasendoasuarendapercapita. Primeiro, ela ainda muito baixa: somos o 63 colocado no ranking da renda entretodosospasesanalisados:US$7.700aoano,inferioraArgentina,Chile,UruguaieMxico.Segundo,onmerodepobrespermanecemuitoelevado:22,4%dosbrasileirosestovivendoabaixodeumalinhadepobreza,definidapeloPnudcomosendodeatUS$ 2 por dia, em torno de R$ 180 ao ms,ou 70% do atual valor do salrio mnimo. Adesigualdade brasileira se revela fortemente na distribuio de renda, onde os 10% maispobres tm apenas 0,5% da renda nacional, enquanto que os 10% mais ricos tm 47% darenda17.Nestecontexto,importanteressaltaraexistnciadoAtlasdaExclusoSocial,18quedisponibilizainformaeseanlisessobreofenmenodaexclusosocialnopasusandotrsindicadores:VidaDigna,dimensoqueverificaobem-estarmaterialdapopulaodedeterminadolugar,resultantedendicesdepobreza,desempregoedesigualdade; Conhecimento, voltado avaliao do acmulo cultural de cada populaocompostoporndicesdealfabetizaoedeescolarizaosuperior;e,Vulnerabilidade,preocupadaemmostraroriscoaqueestexpostaumaparceladapopulaodevidoasituaesdeviolncia,analisandoosndicesdehomicdioseapresenadapopulaoinfantil.A partir das anlises do Atlas, conclui-se que:!De cada 100 brasileiros, cerca de 24 vivem at com 2 dlares/dia, ou seja, somiserveisoupobres;emcada100pessoaseconomicamenteativas,10pessoasestoprocurandotrabalho.Emrelaoaototaldedesempregadosdomundo,decada100deles, 5 esto em solo brasileiro.!Brasil, quinto pas mais populoso do mundo, um dos mais desiguais. Nele, emmdia,paracada1dlarrecebidopelos10%maispobres,os10%maisricosrecebem

17 - O Pas do futuro parou no incio do milnio. O Globo. Rio de Janeiro, 15 jul. 2004.Caderno de Economia, p. 19.18 - Ver Pochmann. M. e Amorim.. R(Orgs.) Atlas da Excluso Social no Brasil So Paulo, Editora Cortez, 2002.AREAL22ESTUDO SOCIOECONMICO 200465,8 dlares, ou seja, os mais ricos obtm uma renda quase 66 vezes maior do que a dospobres.!Com relao a alfabetizao, de cada 100 pessoas maiores de 15 anos, 87 soalfabetizadas, mas somente 7 possuem o nvel superior de ensino.!Brasiltem29%dasuapopulaocomat14anosendicesmuitoaltosdeviolncia19,nafaixaetriados15aos24anos,associadosafaltadeacessoaosbenefcios sociais bsicos.OBrasilsedesenvolveucomacaractersticadanoincorporaodegrandesparcelasdapopulaoaossetoresmodernosdaeconomia,dasociedadeedosistemapoltico.Dadosestatsticosrecentesmostramqueosindicadoresrelativosaeducao,sade e consumo de bens durveis vm aumentando consideravelmente, todavia, a partirde bases iniciais bastante restritas. Hoje temos uma populao com mais de 175 milhesdehabitantes,agrandemaioriaconvivendonoscentrosurbanosecomumaeconomiapercapitaquesesituaprximasdoMxicoedoChile.Socialmente,entretanto,osnveisdeexclusoededesigualdadesoimensos,estandoentreospioresdomundo.Um dos exemplos mais expressivos o dficit habitacional.Diantedessarealidade,pertinentedizerqueaexclusosocialremetenoconcretizaodacidadania,umavezque,apesardepolticaspblicasexistentes,umagrande quantidade de indivduos no pertence efetivamente a uma comunidade poltica esocial: as pessoas convivem em um mesmo espao, contribuem economicamente para amesmasociedade,masnotmacessoaoconsumodebensemeiosdecidadania.Emboraalegislaolhesasseguredireitos,talgarantianosetraduzemseurealusufruto.Pode-sedizerqueopascontinuademonstrandodificuldadedetransformarsuasriquezas em bem-estar e melhores condies de vida para a populao.!ndice de Desenvolvimento Humano IDH 20OndicedeDesenvolvimentoHumano-IDH,apresentadonastrsprimeirasediesdosEstudosSocioeconmicosdosMunicpiosdoEstadodoRiodeJaneiro,foicriadooriginalmenteparamedironveldodesenvolvimentohumanodospasesapartirde indicadores de educao, longevidade e renda. O primeiro uma combinao da taxadematrculabrutanostrsnveisdeensinocomataxadealfabetizaodeadultos,osegundomedidopelaexpectativadevidadapopulao,eoterceirodadopeloPIBpercapitamedidoemdlar-PPC(ParidadedoPoderdeCompra),calculadopeloBancoMundial.OIDHvariadezeroaumeclassificaospasescomndicesconsideradosdebaixo, mdio ou alto desenvolvimento humano, respectivamente nas faixas de 0 a 0,5; de0,5a0,8;ede0,8a1.Quantomaisprximode1foroIDH,portanto,maioronveldedesenvolvimento humano apurado.

19 - De acordo com o Mapa da Violncia IV da UNESCO, 2004, os homicdios praticados contra os jovens na faixa de 15 a 24 anoscresceram 87% entre 1993 a 2002.20 - Fonte: IPEA/FJP/ PNUD/IBGE e Relatrio das Contas de Gesto do Governador Exerccio 1999 TCE/RJ.AREAL23 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004O Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada IPEA, a Fundao Joo Pinheiro doGovernodoEstadodeMinasGeraisFJP/MGeoPNUDdivulgaram,emdezembrode2002, o Novo Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, com dados relativos ao Censode2000,cujoquestionriomaisdetalhadoaplicadoa12%douniversorecenseadotevesua amostra expandida para efeito de clculo dos componentes do ndice.Embora meam os mesmos fenmenos, os indicadores levados em conta no IDH-Municipal(IDH-M)somaisadequadosparaavaliarascondiesdencleossociaismenores.Nadimensoeducao,consideram-seataxadealfabetizaodepessoasacimade15anosdeidadeeataxabrutadefreqnciaescola 21.Adimensolongevidade apura a esperana de vida ao nascer, sintetizando as condies de sade esalubridade locais. Para avaliar a dimenso renda, ao invs do PIB, o critrio utilizado arendamdiadecadaresidentedomunicpio,transformadaemdlar-PPCutilizando-seescalalogartmicaparacorrigirasdistoresnosextremosdascurvasderenda.Nessaconceituao, o IDH-M do Brasil alcanou a mdia 0,764 no ano 2000.Os cinco estados com maior IDH-M no pas so, pela ordem, Distrito Federal, SoPaulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro; respectivamente com ndices0,844 para o primeiro, 0,814 para o segundo, 0,809 para o terceiro, 0,806 para o quarto; e0,802paraonossoestado,oquintoentedafederaoemdesenvolvimentohumano.Essestambmsoosnicosestadosquejalcanaramoinciodafaixadealtodesenvolvimentohumano.Todososdemais22estadostmmdioIDH-M,sendoospiores os de Alagoas (0,633), Maranho (0,647), Piau (0,673), Paraba (0,678) e Sergipe(0,687).Apredominnciadeestadosdasregiesnorteenordestecommenordesenvolvimentohumanoprossegueatodcimo-primeirocolocado,MinasGerais,superado,pelaordem,porEspritoSanto,MatoGrosso,MatoGrossodoSul,GoiseParan, alm dos cinco primeiros j citados.Dos 5.507 municpios brasileiros avaliados no Novo Atlas, dentre os 100 primeiroscolocados, apenas 3 no pertencem s regies sul e sudeste: Fernando de Noronha (PE)eduaslocalidadesagrcolasnocentro-oeste.SoCaetanodoSul,noABCpaulistaoqueapresentamelhorIDH-M,de0,919.Dosnoventaeummunicpiosfluminenses(Mesquita foi instalado somente em 2001 e no consta do Novo Atlas), Niteri aparece emterceiro lugar e a capital Rio de Janeiro em sexagsimo.Essas duas cidades mantiveram-se em primeiro e segundo lugar no ranking internodo nosso estado desde 1970. Acima da mdia estadual, de 0,802 em 2000, esto tambmVolta Redonda, Nova Friburgo, Resende, Barra Mansa e Petrpolis. Dentre os oito nicosmunicpios com alto desenvolvimento humano, inclui-se ainda Itatiaia, com exatos 0,800.OutrostrintaecincomunicpiosestonafaixadeIDH-Msuperiormdiabrasileira.Todos os 43 que se enquadram nessa elite de nosso estado esto marcados em verdeno mapa a seguir.Os 48 municpios restantes tiveram seu IDH-M abaixo de 0,764, ficando Varre-Saicom a menor marca, de 0,679. Esses foram assinalados em vermelho no mesmo mapa.

21-Somatriodepessoas,independentementedaidade,quefreqentamoscursosfundamental,secundrioesuperior,inclusivecursos supletivos, classes de acelerao e de ps-graduao universitria, dividido pela populao na faixa etria de 7 a 22 anos nalocalidade.AREAL24ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Pode-seobservardesigualdadesinterregionais,comotambmintra-regionais.Narealidade,omapadesvendaumaestratificaoporfaixasgeogrficasquesealternamentre menor e maior desenvolvimento humano.Os municpios que tiveram maior taxa de crescimento de IDH-M entre 1991 e 2000foramjustamenteaquelesqueapresentaramesteindicadorabaixode0,600em1991,destacando-se So Joo da Barra, Silva Jardim, Trajano de Morais e Laje do Muria, queavanaram mais de 30% nesses nove anos e, mesmo assim, continuam no vermelho.Uma outra anlise, por populao dos municpios no ano 2000, tambm revela umacorrelao entre essa caracterstica e o nvel de desenvolvimento humano:!Dentre os quatro municpios com mais de 500 mil habitantes, dois esto acimada mdia brasileira (faixa verde) e dois esto abaixo (faixa vermelha);!Dosdezessetemunicpiosentre100e500milhabitantes,dozeestonafaixaverde e cinco na vermelha;!Onze municpios tinham entre 50 e 100 mil habitantes, dos quais sete esto nafaixa verde e quatro na vermelha;!Entre as vinte e cinco municipalidades entre 20 e 50 mil habitantes, treze estona faixa verde e doze na vermelha;!So vinte e quatro localidades entre 10 e 20 mil muncipes, das quais sete estona faixa verde e dezessete na vermelha;!das dez restantes, com menos de dez mil habitantes, duas esto na faixa verdee oito na vermelha.AREAL25 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Verifica-se que, dos seis municpios emancipados na dcada de 80, apenas Itatiaiae Arraial do Cabo esto na faixa verde, enquanto Quissam, Italva, So Jos do Vale doRio Preto e Paty do Alferes encontram-se na faixa vermelha. J dos vinte e um municpiosquesurgiramnadcadade90,seteestonafaixaverde(IguabaGrande,Pinheiral,ArmaodosBzios,Quatis,RiodasOstras,MacucoeAreal)equatorzenavermelha(Seropdica,Aperib,Comendador LevyGasparian,PortoReal,BelfordRoxo,Carapebus, Guapimirim, Queimados, Japeri, Tangu, So Jos de Ub, e os trs ltimoscolocados: Cardoso Moreira, So Francisco de Itabapoana e Varre-Sai).O municpio em anlise ocupava a 43 posio no estado em 2000, com IDH-M de0,766. Como Areal um municpio novo, cabe apresentar a evoluo de seu municpio deorigem, Trs Rios, que estava na 22 posio em 2000.Evoluo Comparativa do IDH-M0,4500,5000,5500,6000,6500,7000,7500,8000,8500,9000,9501,0001970 1980 1991 2000Estado Capital Trs RiosComrelaoaoscomponentesdondice,ArealapresentouIDH-MEducaode0,853,50noestadoepontuou0,751noIDH-MEsperanadeVida,26posiodentreosnoventaeummunicpiosanalisados.SeuIDH-MRendafoide0,692,noqualomunicpio ficou em 43 lugar no estado.!EducaoAeducaoassumeopapel,desdeasltimasdcadasdosculoXX,dereferencial para perspectivas concretas de crescimento econmico e competitividade nosmercadosglobalizados.Nosatuaiscenrios,ondeaqualidadedoconhecimentodapopulaoconstituiumfatordiferenciador,terindivduosqualificadosepreparadosacademicamentecertamentesignificarcaminhosabertosparaoavanotecnolgico,econmico e social. A educao pode ser uma estratgia para diminuir as desigualdades,namedidaemque,aogerarmelhoresqualificaes,aumentaasoportunidadesnomercadodetrabalho.Nohdvidadeque,comoadventodaglobalizaoeconseqentemente, o aumento dos nveis de competitividade mundial, a permanncia naescola certamente contribuir para uma insero no mercado de trabalho no futuro.Aeducao,comasolidificaodeprocessosabrangentesdeensinoeaprendizagem,instrumentodetransformaosocialqueabrecaminhoparaainclusoAREAL26ESTUDO SOCIOECONMICO 2004socialeparaaesquepodemencaminharconstruodeummundomaishumano.Cada vez mais a oferta de ensino de boa qualidade requisito para que se possa pensaremjustiasocial,dandocondiesparaqueosindivduospossamcompetiremgraussemelhantes de igualdade.Em nvel nacional, a partir do final da dcada de 90, o acesso educao teve umagrandemelhora.OEstadodoRiodeJaneiroacompanhouestemovimento.Hoje,oatendimentoparatodasascrianasnaeducaofundamentalquasequetotal.Osoutrosnveisdeensinotambmcrescerameducaoinfantil,ensinomdioeensinosuperior.Comoprodutoinquestionveldoingressodascrianasnaescola,observa-seque a educao mdia da populao aumentou e o quantitativo de analfabetos diminuiu.Entretanto, o desafio ainda a melhoria da qualidade de ensino oferecido nas instituiesescolares.Muitascrianaseadolescentesabandonamaescola,principalmenteapartirdos14anos,quandopersistemaltastaxasderepetnciaedeatrasoescolar.Asavaliaes confirmam que muitos continuam freqentando a escola, mas no aprendem oque deveriam. 22O Estado do Rio de Janeiro apresenta importantes diferenas econmicas e sociaiscriandoumagrandediversidadenosindicadoreseducacionaisentreosseusmunicpios.Emalgumascidades,comoacapital,Niteri,Petrpolis,Terespolis,NovaFriburgo,VoltaRedonda,ResendeeBarraMansa,osndicesdeanalfabetismodapopulaosobastante baixos, inferiores a 8%. Em outros municpios, como Silva Jardim, So Franciscode Itabapoana e Trajano de Morais, os ndices continuam muito altos, em torno de 20% a30%.Noensinofundamental,verifica-sequealgunsmunicpiosaindapossuemndicesbaixos de freqncia, em torno de 82% a 87%, como Rio Claro, So Joo da Barra e SoFranciscodeItabapoana.necessrioconcentrarmaioresesforos,nosentidodequetodasascrianasentre7e14anosestejamnaescola.Comoexemplodeumafortepoltica de incluso e de investimentos em educao, o municpio de Quissam, que tinhaum dos percentuais mais altos de analfabetismo do Estado, em 1991, no Censo de 2000apresentou um percentual de crianas no ensino fundamental acima de 90%.Com relao ao ensino mdio, voltado para adolescentes entre 15 e 17 anos, e oacesso ao ensino superior, observa-se que algumas cidades como Rio de Janeiro, Niteri,CamposeVoltaRedonda,aparecemcomoasprincipaisopesparaosalunosquepretendemcontinuarestudando,oquepodeacarretarumefeitonegativonacapacidadedas redes de ensino dos demais municpios de formarem e reterem um quadro de futurosprofissionais mais qualificados.Demaneiraopostauniversalizaodoensinofundamental,aescolarizaoemnvelsuperiornoBrasilaindamuitopequena.Apercentagemdejovensentre18e24anosdeidadequefreqentainstituiesdenvelsuperioraumentoude4%para7%,entre 1991 e 2000, em todo o Pas. No Estado do Rio de Janeiro ela foi de 7% para 10%,ouseja,somente10%dapopulaonessafaixaetriatmacessoaoensinouniversitrio.A taxa bruta de matrcula no ensino superior aumentou de 7% para 13% entre 1991e 2000, no Pas e, no Estado do Rio de Janeiro, cresceu de 12% para 18%, o que ainda

22 - Ver ltimos exames ENEM, SAEB e PISA.AREAL27 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004muito pouco. A tabela a seguir apresenta os principais indicadores de educao apuradosno Censo 2000 dos municpios do Rio de Janeiro com mais de cem mil habitantes.MunicpioPopulao doMunicpio%analfabetosde 15 anose mais% de 7 a14 anos noensinofundamental% de 15 a17 anos noensinomdio% de 18 a24 anos noensinosuperiorRio de Janeiro 5.807.904 4,4 90,7 47,4 15,7Nova Iguau 920.599 7,2 88,4 31,5 4,3So Gonalo 891.119 5,8 89,9 40,1 5,8Duque de Caxias 775,456 8,0 88,5 30,0 3,9Niteri 459.451 3,6 92,3 53,5 26,2So Joo de Meriti 449.476 5,7 90,4 35,8 3,7Belford Roxo 434.474 8,0 87,2 25,4 2,2Campos dos Goitacazes 405.959 10,1 89,5 31,2 7,7Petrpolis 285.537 6,4 88,3 37,8 9,4Volta Redonda 242.053 5,1 92,9 45,4 12,6Mag 205.830 9,9 89,4 27,8 2,3Itabora 187.479 10,8 87,0 24,5 2,5Nova Friburgo 173.418 7,4 92,5 37,4 10,6Barra Mansa 170.753 6,4 92,8 41,4 7,0Nilpolis 153.712 3,8 92,1 40,5 7,7Terespolis 138.081 10,4 91,3 33,4 8,3Maca 132.451 7,9 91,2 41,1 6,2Cabo Frio 125.828 8,3 88,2 28,5 4,1Queimados 121.933 9,3 86,4 21,0 1,4Angra dos Reis 119.247 8,9 89,0 30,1 3,8Resende 104.549 6,9 96,4 37,7 10,4Fonte: IETS23OEstadodoRiodeJaneiro,noanode2003,teveumtotalde2.470.264alunosmatriculados no ensino fundamental, dos quais 81% estavam em escolas pblicas. DadosdisponibilizadospeloSistemadeEstatsticasEducacionais 24apresentamoseguintepanorama da educao no Estado.Ocontingentedapopulaoestudantilquerecorresescolaspblicastambmapresentou crescimento nos ltimos anos, como demonstra a tabela a seguir:

23-Schwartzman,Simon.AeducaonoRiodeJaneiro,terceirocaptulodoestudoAnlisedoRiodeJaneiroapartirdoAtlasdeDesenvolvimento Humano no Brasil, disponvel em http://www.iets.org.br.24 - http://www.edudatabrasil.inep.gov.br/02/07/04.AREAL28ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Percentual do total de alunos matriculados no Estado no ensino fundamentalDep.Administrativa1999 2000 2001 2002 2003Federal 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4%Estadual 27,4% 27,1% 26,1% 25,6% 24,2%Municipal 52,7% 54,0% 55,2% 55,3% 56,1%Particular 19,5% 18,6% 18,4% 18,7% 19,2%N total de alunos 2.474.649 2.472.017 2.463.074 2.474.530 2.470.264Observa-se, no perodo acima, uma constncia no total de alunos matriculados noensinofundamental,tendoocorridoaumentodoatendimentopelasredesmunicipais,contra reduo do mesmo pelas redes estadual e particular.O ano de 2003 teve, em nosso Estado, um total de 763.817 alunos matriculados noensino mdio, dos quais 78,6% estavam em escolas pblicas estaduais.Centoevinteeduasmilnovasvagasforamabertasparaoensinomdioentre1999 e 2003 no nosso Estado, aumentando o nmero de matrculas em escolas pblicas,particularmente da rede estadual,quecresceusignificativamentesuaparticipao,comodemonstra a tabela a seguir:Percentual do total de alunos matriculados no Estado no ensino mdioDep.Administrativa1999 2000 2001 2002 2003Federal 2,9% 2,4% 2,0% 1,7% 1,6%Estadual 64,3% 71,1% 75,7% 78,2% 78,6%Municipal 2,7% 1,9% 1,7% 1,5% 1,7%Particular 30,1% 24,6% 20,6% 18,6% 18,1%N total de alunos 641.308 675.369 707.486 746.234 763.817Asquatrocentasedozemilvagasoferecidaspelaredeestadual,em1999,cresceram para seiscentas mil em 2003, um aumento de mais de 45%, o que configuragrandemigraodealunosdeoutrasredesparaaredegeridapelogovernodoEstado.Em um breve resumo sobre a situao da estrutura educacional no Estado do Riode Janeiro, pode-se dizer que, em relao a anos anteriores, houve crescimento tanto nonmerodeestabelecimentosescolares,quantonodematrculasoferecidas.Comreferncia ao ano de 200325, verifica-se que:1) Com relao ao quantitativo de escolas:

25 - Dados colhidos no site www.edudatabrasil.inep.gov.br.AREAL29 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004-dos2.070estabelecimentosdecreche,aredepblicaresponsvelpor32%deles. A pr-escola soma 6.141 estabelecimentos, sendo que a rede pblica responde porcercade49%.Das2.881unidadesdeclassedealfabetizao,apenas3%pertencemrede pblica;-oensinofundamentaldisponibilizadoem8.067escolas,dasquais,aproximadamente, 64% so pblicas;-oensinomdioencontradoem2.048escolas,sendoquecercade57%pertencem rede pblica;-aeducaodejovenseadultosoferecidaem1.362estabelecimentos,sendoque 75% so pblicos;-naeducaoespecial,oEstadodispede666escolas,sendoque84%delasso pblicas.2)Aquasetotalidadedasescolasencontra-seemreaurbana.Comrelaoaototal de estabelecimentos, 5% das creches e 16% das pr-escolas esto na zona rural. Damesmaforma,19%dasunidadesdeensinofundamental,3%deensinomdioe8%deensino de jovens e adultos.3) No que diz respeito ao nmero de matrculas iniciais:-aeducaoinfantil 26disponibilizou460milmatrculas.Cursamaredepblica43% do total de alunos de creche e 60% de pr-escola;-Asclassesdealfabetizaosomaram73milvagas,sendo8%emescolaspblicas;-no ensino fundamental, o total de matrculas foi de 2,47 milhes, das quais 56%referem-seaoprimeirosegmento(da14sries)e44%aosegundo.Destetotaldematrculas, 81% so de responsabilidade da rede pblica;-dototaldeummilhoenovecentasmilmatrculasnoensinofundamentaldasescolas pblicas, 107 mil so referentes ao turno noturno;-no ensino mdio, o total de matrculas foi de 764 mil, 82% feitas na rede pblica;-do total de 334 mil alunos do ensino mdio que estudam noite, 326 mil so darede pblica;-naeducaodejovenseadultos,ototaldematrculasfoide276mil,79%narede pblica;-aeducaoespecialteve,aproximadamente,24milmatrculas,58%naredepblica.ParamelhorvisualizaraevoluodonmerodematrculasnoensinobsicodetodooEstado,ogrficoaseguirbastanteilustrativosobreostrspontoscrticosde

26 - Educao Infantil: Trata-se da primeira etapa da educao bsica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criana atseis anos de idade, em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade. Aeducao infantil oferecida em creches, ou entidades equivalentes, epr-escolas. Classe de Alfabetizao (CA): conjunto de alunosquesoreunidosemsaladeaulaparaaprendizagemdaleituraedaescrita,duranteumsemestreouumanoletivo.Asclassesdealfabetizao formalmente no pertencem ao ensino infantil, tampouco ao ensino fundamental.AREAL30ESTUDO SOCIOECONMICO 2004estrangulamento do sistema, que ocorrem nas 1 e 5 sries do ensino fundamental, e na1 do ensino mdio:Total de matrculas nos ensinos fundamental e mdio - RJ0100.000200.000300.000400.000500.000600.0001 Srie 2 Srie 3 Srie 4 Srie 5 Srie 6 Srie 7 Srie 8 Srie 1 SrieMdio2 SrieMdio3 SrieMdio1999 2000 2001 2002 20034) Quanto funo docente, o Estado dispe de 234 mil professores em todas asredes de ensino 27. Deste total, 30 mil lecionam na educao infantil, 5 mil em classes dealfabetizao, 133 mil no ensino fundamental, 48 mil no ensino mdio, 15 mil na educaode jovens e adultos, e 3,5 mil na educao especial.Apresentamos,aseguir,osindicadoresdisponveisdomunicpioemestudo 28.Areal apresenta o seguinte quadro relativo escolaridade da populao, em comparaocom o Estado 29:

27 - O mesmo docente pode atuar em mais de um nvel de ensino e em mais de um estabelecimento.28 - Nmeros de matrculas, professores e escolas de 1998 a 2001 SEE/CIDE.Todos os demais dados foram tabulados a partir doSistemadeEstatsticasEducacionaisEdudatabrasil,doInstitutoNacionaldeEstudosePesquisasEducacionaisAnsioTeixeira(Inep/MEC).29 - Sistema Nacional de Indicadores Urbanos SNIU/Ministrio das Cidades.AREAL31 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Anos de estudo por populao acima de 10 anos de idade- IBGE - Censo 2000 -0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%Sem instruoe menos de 1 ano1 a 3 anos4 a 7 anos8 a 10 anos11 a 14 anos15 anos ou maisNo determinadosEstado ArealOsdadosdoslevantamentoscensitriosdasltimasdcadasapresentamfortereduonataxadeanalfabetismodapopulaobrasileira.Em2000,opasaindatinha14% de analfabetos na populao com 15 anos ou mais. No Estado do Rio, a mdia caipara 7% e, em Areal, apresentou a seguinte evoluo:Evoluo do percentual da populao analfabeta acima de 15 anos0123456789101970 1980 1991 2000Censo IBGE - Compilao SNIU%ArealUm dos indicadores para avaliao da qualidade do ensino est no rateio de alunosporprofessorque,noperodoanalisadode1998a2003,sofreuinmerasvariaesnoestado. Quanto menor o nmero de alunos por professor, haver melhor ateno a cadaumdosestudantes.Aoocorrerreduo,portanto,talrateiomelhora.Emgeral,houveaumento de alunos matriculados e de professores. Quando h aumento de matrculas e,AREAL32ESTUDO SOCIOECONMICO 2004tambm, maior nmero de docentes, o rateio de alunos por professor pode ser alterado. Aproporcionalidadedecrescimentodasmatrculaspodetersidomaioroumenorqueoaumentodoquadrodocorpodocente.Naavaliaodaevoluodecadacomponente:matrculaseprofessores,seridentificadoseocrescimentodonmerodedocentesfoiproporcionalmentemaior,igual,oumenorqueoaumentodematrculas.Omesmoseravaliado quando ocorrer a situao inversa, ou seja, reduo de ambos: se a reduo donmerodeprofessoresfoiproporcionalmentemaiorqueareduodonmerodematrculas,terhavidopioradoindicador.Seosdocentesforamreduzidosemmenornmeroqueonmerodematrculas,havermelhoranorateio.Emcondiesdeaumentooudiminuioeqivalenteproporcionalentrenmerodematrculaseprofessores, ser denotado igual na evoluo do quadro de docentes.Outrosindicadoresavaliadosdizemrespeitoformaodosprofessores,aonmero mdio de alunos por sala de aula, distoro srie-idade, taxa de aprovao eao nmero de concluintes por rede, em cada um dos estgios da educao bsica.Onmerototaldematrculasnaclassedaalfabetizaoenosensinosinfantil,fundamentalemdiodeAreal,em2002,foide3.303alunos,tendoevoludopara3.278em 2003, apresentando reduo (0,8%) no nmero de estudantes.Emummaiornveldedetalhamento,apresentamosabaixooquadrosobretodosos estabelecimentos de ensino infantil 30, que engloba creche e pr-escola:AnoN deUnidadesN deprofessores31N dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor noEstado98 11 23 340 15 1699 10 25 359 14 1500 11 30 434 14 1501 11 29 445 15 15No ano de 2002, existiam 2 creches e 9 pr-escolas. Quanto s matrculas iniciais,asmesmasalcanaram373estudantes,assistidospor26professores,oquepropiciouum rateio de 14 alunos por professor.No ano de 2003, no houve alterao no quantitativo de creches e de pr-escolas..Quantosmatrculasiniciais,asmesmasalcanaram384estudantes,assistidospor26professores, o que propiciou um rateio de 15 alunos por professor. Verificamos evoluode 13% no nmero de matrculas no perodo de 1998 a 2003, acompanhada por variaode, tambm, 13% no quadro do corpo docente das escolas.Com relao qualificao do corpo docente do ensino infantil, os grficos a seguirilustram a qualificao dos professores da rede pblica:

30 - Ensino Infantil: Trata-se da primeiraetapa da educao bsica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da crianaatseis anos de idade, em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade. AClasse de Alfabetizao (CA) um conjunto de alunos que so reunidos em sala de aulapara aprendizagem da leitura e da escrita,duranteumsemestreouumanoletivo.Asclassesdealfabetizaoformalmentenopertencemnempr-escola,nemaoensinofundamental.Das 72.568 crianas matriculadas em CA no Estado, 92% eram em escolas privadas e apenas 8% em escolas pblicas,no tendo sido consideradas no texto.31 - O mesmo docente pode atuar em mais de um nvel/modalidade de ensino e em mais de um estabelecimento.AREAL33 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Formao dos professores da rede muni cipalde ensi no infanti l - Creche - 20031 grau 2 grau 3 grauFormao dos professores da rede muni cipalde ensi no infanti l - Pr-escol a - 20031 grau 2 grau 3 grauFormao dos professores da rede muni cipalde ensi no infanti l - Pr-escol a - 20031 grau 2 grau 3 grauEspecificamente da rede municipal, responsvel por 95% das matrculas do ensinoinfantil em 2003, o quadro que se apresenta o seguinte:AnoN deUnidadesN deprofessoresN dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor da redemunicipal noEstado98 9 13 218 17 2099 8 16 223 14 1800 9 22 322 15 1801 9 21 375 18 1702 10 23 347 23 2203 10 23 366 16 17No perodo de 1998 a 2003 houve alteraono nmero de unidades escolares. Onmerodematrculasaumentou.Comrelaoaocorpodocenteocorreucrescimentoproporcionalmentemaior.Observa-sereduonosndicesdorateioaluno/professornomunicpio.Areal apresenta o panorama a seguir para o ensino fundamental:AREAL34ESTUDO SOCIOECONMICO 2004AnoN deUnidadesN deprofessores32N dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor no Estado98 13 118 1.932 16 2399 13 117 2.157 18 2000 13 145 2.363 16 1901 13 116 2.413 21 1902 12 112 2.403 21 1903 12 120 2.381 20 19Houve aumento no nmero de alunos do ensino fundamental, tendo havido menorincremento no quadro de docentes, com piora do rateio de alunos por professor.Especificamenteemrelaoredeestadual,queteve19%dosalunosmatriculados de 2003, o quadro que se apresenta o seguinte:AnoN deUnidadesN deprofessoresN dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor da redeestadual noEstado98 1 18 232 13 2299 1 15 328 22 2200 1 46 497 11 2001 1 14 472 34 1902 1 24 488 20 1803 1 26 462 18 19Ocorreuaumentononmerodealunosnaredeestadualdoensinofundamental,acompanhadopormenorincrementonoquadrodedocentes,compioradorateiodealunos por professor. A rede estadual no oferece ensino no primeiro segmento do ensinofundamental(14srie)etem,emmdia,38,5alunosporsaladeaulanosegundosegmento (5 8 srie).Jnaredemunicipal,com75%dovolumedematrculasem2003,osdadosseguem na tabela:AnoN deUnidadesN deprofessoresN dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor da redemunicipal noEstado98 10 66 1.380 21 2399 10 68 1.507 22 2300 10 71 1.600 23 2201 10 73 1.719 24 2202 10 77 1.769 23 2203 10 80 1.774 22 21

32 - O mesmo docente de ensino fundamental pode atuar da 1 4 srie e da 5 8 srie.AREAL35 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Observa-se,noperodo,aumentononmerodealunosnaredemunicipaldoensinofundamental,acompanhadopormenorincrementonoquadrodedocentes,compiora do rateio de alunos por professor. A rede municipal tem, em mdia, 24,3 alunos porsaladeaulanoprimeirosegmentodoensinofundamental(14srie)e36,5nosegundo segmento (5 8 srie).O indicador de distoro de srie por idade foi implementado desde 1999 e permiteverificaropercentualdeestudantescomidadeacimadoadequadoparaasrieemestudo. Os grficos a seguir apresentam o nvel mdio de distoro por srie entre 1999 e2003porredeescolardomunicpioemcomparaocomamdiadoEstadonoanode2003:Evoluo da taxa de distoro srie-idade total - Ensino fundamental0102030405060701999 2000 2001 2002 2003Percentual dos alunosAreal 1 Srie 2 Srie 3 Srie 4 Srie 5 Srie 6 Srie 7 Srie 8 SrieOpicodataxada5srieocorreuentre2000e2001,apresentandoreduoaofinaldoperodo.importanteressaltarqueasltimassriestiveramumgrandecrescimento em 2003, atingindo ndices muito elevados.Taxa de distoro srie-idade por rede de ensino fundamental - 200301020304050607080901001 Srie 2 Srie 3 Srie 4 Srie 5 Srie 6 Srie 7 Srie 8 SriePercentual dos alunosAreal Estadual Municipal Privada Total Mdia do EstadoAREAL36ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Pode-se observar que a rede privada tem taxas inferiores s redes pblicas, sendoaestadualaquelaqueapresentamaiorestaxasnoseqencialdassriesdosegundosegmento.Adecorrnciaprincipaldadistorosrie-idadeumelevadonmerodealunosmatriculados que tm acima de 14 anos, como ilustra o grfico a seguir:Faixa de idade por srie do Ensino Fundamental - 2003 - Total0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%Matrcula com mais de 14 anos 0 1 3 16 93 140 172 185Matrcula de 7 a 14 anos 322 356 243 272 213 146 97 42Matrcula com menos de 7 anos 80 0 0 0 0 0 0 01 Srie 2 Srie 3 Srie 4 Srie 5 Srie 6 Srie 7 Srie 8 SrieNo Brasil, em 1991, a percentagem de crianas, entre 10 e 14 anos, com mais deum ano de atraso escolar era de 58%. Em 2000 esta percentagem diminuiu para 36%, oque ainda um ndice muito alto. No Estado do Rio de Janeiro seguiu-se, praticamente, amesmaproporo:em1991erade51%e,em2000,representava32%.Almdeprejudicaroalunoque,desmotivadocomoinsucesso,podeperderointeressepelaescola,arepetnciatemumcustomuitoaltoparaopoderpblico.Paraabrigartantascrianaseadolescentesestudandoforadassriesindicadasparaaidade,osistemaeducacional tem que se expandir mais do que deveria.importanteressaltarque,aindaquehajaumndiceelevadodecrianasnaescola, no possvel deixar de apontar que o atraso escolar, a entrada tardia na escolae,principalmente,arepetnciaaindasoproblemasmuitogravesaseremenfrentados.Astaxasderepetnciafuncionamcomoforteinstrumentodeexclusodecrianasedeadolescentesqueso,emgeral,oriundosdefamliasdeclassesmaisdesfavorecidas.Segundo levantamento feito pelo INEP, em 2002, o ndice de repetncia na 1 srie, 32% o maior de todo o ensino fundamental, seguido pelo ndice referente 5 srie, em tornode 24%.Ocomparativodosindicadoresdeaprovaoporrededeensino,entre1999e2003soapresentadosnosgrficosaseguir,sendobastanteilustrativos,ondepode-seobservarahegemoniadeaprovaonaredeparticulareobaixorendimentodaredepblica.AREAL37 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Evol uo da taxa de aprovao da rede estadual304050607080901001 2 3 4 5 6 7 81999 2000 2001 2002Evol uo da taxa de aprovao da rede muni ci pal304050607080901001 2 3 4 5 6 7 81999 2000 2001 2002Evol uo da taxa de aprovao da rede pri vada304050607080901001 2 3 4 5 6 7 81999 2000 2001 2002Evol uo da taxa de aprovao das redes em conj unto304050607080901001 2 3 4 5 6 7 81999 2000 2001 2002Ogrficoaseguirapresentaonmerodealunosqueconcluramocursofundamental, no perodo de 1998 a 2002:Concluintes no ensino fundamental0204060801001201401601998 1999 2000 2001 2002Areal Rede estadual Rede municipal Rede privada TotalOsgrficosaseguirmostramaformaodosprofessoresdasredespblicasnoano de 2003:AREAL38ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Formao dos professores da rede estadualde ensi no fundamental5 8 srie - 20031 grau 2 grau 3 grauNocasodosprofessoresestaduaisnoensinofundamental,observa-sepredominnciadeprofessorescomgraduaoparaosegundosegmento.Noquadrodeprofessoresmunicipais,verifica-seapredominnciadonmerodedocentescomformao no segundo grau para o primeiro segmento e a quase totalidade de professorescom graduao para o segundo segmento.Formao dos professores da rede muni cipalde ensi no fundamental 1 4 srie - 20031 grau 2 grau 3 grauFormao dos professores da rede muni cipalde ensi no fundamental 5 8 sri e - 20031 grau 2 grau 3 grauOacessoeducaodejovensentre15a17anosnoensinomdiocresceudeformasignificativa.NoEstadodoRiodeJaneiro,verifica-seque36%dosjovensdestafaixaetriaencontram-sefreqentandooensinomdio.Aindaumpercentualmuitobaixo, mas superior ao ndice Brasil (33%), e vem evoluindo desde o final dos anos 90.Com relao ao ensino mdio, Areal apresenta o panorama abaixo:AREAL39 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004AnoN deUnidadesN deprofessoresN dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor noEstado98 2 23 325 14 1699 2 21 346 16 1600 2 37 456 12 1501 2 40 470 12 1502 2 44 527 12 1503 3 38 497 13 16Oaumentononmerodematrculasfoiacompanhadopormaiorincrementonoquadro de docentes, propiciando melhora do rateio de alunos por professor. importante salientar que, no ano de 2003, 34% dos estudantes do ensino mdiofreqentaram o turno da noite. No h escolas municipais oferecendo o ensino mdio nomunicpio.Especificamentedaredeestadual,predominantenovolumedematrculas,com82% do total de 2003, o quadro que se apresenta o seguinte:AnoN deUnidadesN deprofessoresN dematrculasRateio aluno/professor nomunicpioRateio aluno/professor da redeestadual noEstado98 1 13 185 14 2099 1 9 213 24 2100 1 20 334 17 1901 1 16 387 24 1802 1 23 421 18 1803 1 15 409 27 20Nota-seaumentononmerodealunosdoensinomdioemescolasdoEstado,acompanhadopormenorincrementonoquadrodedocentes,compioradorateiodealunosporprofessor,superioraoobservadonoEstado.Oturnodanoitefreqentadopor 170 estudantes, 42% dos matriculados na rede estadual que atendeu o municpio em2003. A rede estadual tem, em mdia, 34,1 alunos por sala de aula no ensino mdio.Por causa do atraso escolar, muitos jovens nessa faixa etria, que deveriam estarcursandooensinomdio,aindaestonoensinofundamental,criandosituaesdeinchaonosistemaescolareexigindomaioresinvestimentosdasorganizaesgovernamentais.Tambmimportanteressaltarque,assimcomohmuitosjovensdessafaixaetria que ainda esto no ensino fundamental, muitos dos que estonoensinomdiojdeveriam ter concludo este nvel de ensino e estar cursando o ensino superior, inseridosno mercado de trabalho, ou fazendo as duas coisas. Pode-se comprovar essa afirmaopelataxabrutadematrculanoensinomdioque,noEstadodoRiodeJaneiro,noAREAL40ESTUDO SOCIOECONMICO 2004perodoentre1991e2000,subiude51%para89%.Issoquerdizerqueosistemadeensino mdio no Estado tem tamanho suficiente para atender a quase 90% da populaode jovens entre 15 e 17 anos.Ogrficoaseguirrevelaqueopercentualdefreqnciadosjovensnestafaixaetria, nos diversos municpios do Estado do Rio de Janeiro, bastante diversa.Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil - PNUD/IPEA/FJPOs grficos a seguir apresentam o nvel mdio de distoro por srie entre 1999 e2003 e a comparao de cada rede escolar do municpio com a mdia do Estado no anode 2003:Evoluo da taxa de distoro srie-idade total - Ensino mdio010203040506070801999 2000 2001 2002 2003Percentual dos alunosAreal 1 Srie 2 Srie 3 SrieAREAL41 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004Astaxasoscilarameapresentaramdiminuioem2003,principalmentenasduasprimeiras sries, mesmo que ainda que permaneam muito altas.Taxa de distoro srie-idade por rede de ensino mdio - 2003010203040506070801 Srie 2 Srie 3 SriePercentual dos alunosAreal Estadual Municipal Privada Total Mdia do EstadoPode-se observar que a rede privada tem taxas inferiores na distoro srie-idade.Ocomparativodosindicadoresdeaprovaoporrededeensino,entre1999e2002apresentado nos grficos a seguir, sendo bastante ilustrativos:Evol uo da taxa de aprovao da rede estadual304050607080901001 Srie 2 Srie 3 Srie1999 2000 2001 2002Evol uo da taxa de aprovao da rede privada304050607080901001 Srie 2 Srie 3 Srie1999 2000 2001 2002Evol uo da taxa de aprovao das redes em conj unto304050607080901001 Srie 2 Srie 3 Srie1999 2000 2001 2002AREAL42ESTUDO SOCIOECONMICO 2004Ogrficoseguinteapresentaonmerodealunosqueconcluramocurso,noperodo de 1998 a 2002:Concluintes no ensino mdio0204060801001201401998 1999 2000 2001 2002Areal Rede estadual Rede municipal Rede privada TotalA formao especfica do corpo docente da rede pblica apresentada no grfico aseguir:Formao dos professores da rede estadualde ensi no mdio - 20031 grau 2 grau 3 grauQuantoaoensinoespecial,omunicpiodispede1estabelecimento,com16alunos matriculados em 2002 (no h dados disponveis de 2003).Noensinodejovenseadultos,em2003,Arealtemumtotalde93matrculas,sendo 100% para o primeiro segmento do ensino fundamental.O municpio de Areal no tem instituies de ensino superior.AREAL43 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004!Excluso DigitalAsnovastecnologiasdainformao(TI)edastelecomunicaespossibilitaramacriao de um novo espao social para as relaes humanas oportunizando novas formasde comunicao que possam levar a uma sociedade mais igualitria. Os grandes avanosdaTIalteraramanaturezadotrabalhoeoexercciodacidadania,pressionandoaeducaoadarmelhoresemaiorescondiesdeaprendizadoparaascrianaseadolescentes,transformandooobjetoeaformadoaprender,pelaspossibilidadesdeexpresso criativa, de realizao de projetos e de reflexo crtica.Essastecnologiassofundamentaisporquecriamnovosprocessosdeaprendizagemedetransmissodoconhecimentoatravsderedes,comotambmexigemnovashabilidadesdeaquisiodeoutrasinformaes.NohdvidaqueaInclusoDigital(ID)umforteindicadorparaquepossamosvencerascondiestodesiguais impostas pelo mundo moderno.A democratizao do acesso informao permite a todos os diversos segmentosdasociedade,poderolharoseupas,asuacidadeemesmooseubairro,desdeumaperspectivaindividual,desenvolvendo,atravsdeumaleituramacroatchegarasuasnecessidades mais especficas, uma maior participao social. cada vez maior a procura de dados e informaes que possam subsidiar estudose pesquisas na produo de indicadores sociais, mais especificamente, das condies depobreza e de acesso informao, ou seja, includos ou excludos digitais. importanteressaltaroestudoMapadaExclusoDigitalresultantedeumaparceriaentreoComitpara Democratizao da Informtica (CDI), a Sun Microsystems, a USAID 33 e o Centro dePolticasSociaisdoInstitutoBrasileirodeEconomiadaFundaoGetlioVargas(CPS/IBRE/FGV), que juntas formam o Grupo de Ao para a Incluso Digital (GAID). Otrabalhoreneumacervodispersodeinformaessobreainclusodigitalepropeoestabelecimento de uma plataforma para anlise de aes e proporcionar perspectivas deatuao integrada entre os diversos nveis de Governo e a sociedade civil.OMapadaExclusoDigitalpermiteaosgestoresdepolticaspblicastraaropblicoalvodasaesdeinclusodigital;eaocidadocomum,interessadonotema,enxergar o seu meio social com uma viso prpria.Em 2000, a populao brasileira com acesso domstico ao computador, chamadosdeincludosdigitaisdomsticos,erade16.209.223,oquerepresenta9,5%dototaldapopulaobrasileirade169.872.850.Ototaldeexcludosdigitais,porsuavezerade153.663.627, ou seja, 90,5%.SegundooMapaaescolaridademdiadaspessoasincludasdigitalmentede8,72anoscompletosdeestudo,contraamdiade4,4anosdeestudodosexcludosdigitais.Amdiadapopulaobrasileirade4,8anosdeestudo.Almdagrandediferenadeescolaridademdiaentreosincludoseosexcludosdigitais,importantedestacar a grande discrepncia entre a renda mdia, favorvel aos primeiros, em torno de1677reaismensais,contracercade452reais.Arendamdiadosbrasileirosde569reais mensais.

33 -The United States Agency for Internacional Development.AREAL44ESTUDO SOCIOECONMICO 2004OMapaanalisandoosdadosdoCenso2000referentesscaractersticassociaisobserva que o Estado do Rio de Janeiro aparece entre as 5 unidades da Federao queapresentamosmaioresndicesdeinclusodigital,segundooscritriosdeacessoaomicrocomputador. A proporo entre os que o utilizam, e o total de moradores em tornode15,5%.TambmoMapadestacaquearendamdiadapopulaodoEstadofiguraentreas5maiores,estabelecendoumarelaodiretaentreonveldeescolaridadeeagerao de renda, e a importncia de ambas as variveis na incluso digital.Vemos na tabela a seguir os municpios mais e menos includos:MunicpioProporo da populao com aceaso a computador (%)Os 5 maisNiteri 34Rio de Janeiro 24Volta Redonda 28Resende 16Petrpolis 15Os 5 menosSo Sebastio do Alto 3Sumidouro 2So Jos de Ub 2Varre-Sai 2So Francisco de Itabapoana 1Fonte: SEE/CIDE 2001Omunicpiofluminensecommaiorproporodeindivduoscomacessoaocomputador,Niteri,temescolaridademdiade10,5anosdeestudoerendamdiaemtorno de 2.021 reais.Atravs do Mapa da Excluso Digital como de outras pesquisas e estudos pode-seconcluirqueumadasmelhoresmaneirasdecombateraexclusodigitaloforteinvestimentonasescolas,demodoqueosalunospossamteracessodesdecedosnovastecnologias.Nohdvidaqueainclusodigitalpodeprovocarmelhoriassubstanciais, tanto no desempenho escolar, como uma possvel insero futura no mundodo trabalho.Aescolaconstituiumcanalfundamentaldeinclusodigitalparacrianaseadolescentes. Os dados do Censo Escolar 2001 mostram que do total de alunos no pas,matriculadosnoensinofundamental,em1997,apenas10,8%estavamemescolascomlaboratriosdeinformticae,em2001,essenmeroaumentoupara24%.Noensinomdio, em 1997, 29% dos alunos estavam em escolas com laboratrios de informtica eem2001estenmerosubiupara56%,ouseja,maisdametadedosalunosdoensinoAREAL45 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004mdio tm acesso a laboratrios de informtica desde 2001. importante destacar que ofato da escola ter laboratrio de informtica no significa que tenha acesso a Internet.O Estado do Rio de Janeiro est entre os cinco estados do Brasil que apresentamescolascommaiorgraudeinclusodigital.Noensinofundamental,em2001,34%dosalunos matriculados estavam em escolas com laboratrios de informtica.MunicpioNmero de escolas comaplicao da informticaem laboratrio (%)Os 5 maisVolta Redonda 59Niteri 42So Gonalo 39Armao dos Bzios 35Nilpolis 31Os 5 menosPira 3Cambuci 2Silva Jardim 2Bom Jardim 2So Francisco de Itabapoana 2Fonte: SEE/CIDE 2001Semdvidaastecnologiasdeinformaoedecomunicaorepresentamumaforadeterminantedemudananoprocessosocial,surgindocomoferramentaimprescindvel para uma sociedade mais democrtica e igualitria.Ogrficoaseguirapresentaainfra-estruturadeinformticanaredeestadualnoano de 2002.05101520253035404550RedelocalInternet Linha telefnicaexclusiva paraInternetAplicaoda informticaem LaboratrioAplicaoda informticaem sala de aulaAplicao daInformticaem outros usos05101520253035404550RedelocalInternet Linha telefnicaexclusiva paraInternetAplicaoda informticaem LaboratrioAplicaoda informticaem sala de aulaAplicao daInformticaem outros usosFonte: SEE/CIDEAREAL46ESTUDO SOCIOECONMICO 2004!Sade AConstituiode1988assegurouoacessouniversaleequnimeaservioseaesdepromoo,proteoerecuperaodasade.Destacam-senaviabilizaoplena desse direito as chamadas Leis OrgnicasdaSade,n 8.080/90en8.142/90,eas Normas Operacionais Bsicas NOB. O Sistema nico de Sade SUS opera tantoem nvel federal, quanto nas esferas estadual e municipal.Apartirde1999,houve,emnossoEstado,umdeclniosignificativodehospitaisprprios do INAMPS e federais, reduzidos a apenas seis em 2003. O mesmo ocorreu comhospitais contratados, que passaram de 172, em 1997, para 109 em 2003. O nmero totalde hospitais caiu de 401, em 1997, para 317 em 2003. Por conta disso, o nmero de leitoscontratadoscaiude60milpara43,7milnosltimosseteanos.Asredesestadualefilantrpicatambmapresentaramreduononmerodeleitosofertados.Aredeuniversitriamanteve-sepraticamenteconstanteeoshospitaismunicipaisforamosnicos que aumentaram sua oferta.Emanosrecentes,oMinistrioeasSecretariasEstaduaiseMunicipaisdeSadedesencadearamdiversasatividadesdeplanejamentoedeadequaodeseusmodelosassistenciaisedegesto,ponderandocriticamenteosavanoseosdesafiosquenovasdiretrizesorganizativastrariamparasuarealidade.Emfevereirode2002,foipublicadaaNormaOperacionaldaAssistnciaSadeNOAS-SUS01/2002,queampliaasresponsabilidadesdosmunicpiosnaAtenoBsica;estabeleceoprocessoderegionalizao como estratgia de hierarquizao dos servios de sade e de busca de maioreqidade; cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gesto do Sistema nicode Sade e procede atualizao dos critrios de habilitao de estados e municpios.A gesto da sade extremamente complexa, como se pode verificar pela sntesedosprincipaisproblemasidentificadospelaSecretariadeEstadodeSadeSES,em2000, e considerados como desafios a superar.Os problemas foram classificados em sete reas de interveno:1.Poltica InstitucionalFalta de entrosamento entre os diversos setores; mecanismos de interao entre aequipededirigentesineficientes;imprecisonadeterminaodefunesexecutivas;insuficinciageralderecursosfinanceiros;imageminstitucionalfrgiljuntoaosfuncionrios; e falta de articulao e reconhecimento do papel do controle social.2. Estrutura GerencialBaixaqualificaodoapoioadministrativo;morosidadenosprocessosinternos;ausnciadeindicadoresgerenciais;dificuldadedeacessoinformao;controle,avaliao e auditoria funcionando precariamente.3. Gesto de Recursos HumanosBaixossalrios;poucaqualificaodoquadrotcnico;desmotivaodosfuncionrios;ausnciadefontederecursosespecficosparadesenvolvimentoderecursos humanos; disparidades salariais entre servidores pblicos e pessoal terceirizado;einsuficinciadeaesdirecionadasparaodesenvolvimentoderecursoshumanosvoltado para o SUS.AREAL47 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 20044. Gesto da Rede de ServiosBaixaresolutividadedaredehospitalar;insuficinciaderecursosfinanceirosparaoshospitais;faltadearticulaocomoshospitaismunicipais;sistemasdecontroleeavaliaodosserviosineficientes;einexistnciadedescentralizaofinanceirapelaSES para a rede de servios.5. Compra de Produtos e ServiosNo-abastecimentodarede;dbitoscomfornecedores;einexistnciadeumsistema de anlise de custos.6. Gesto da Ateno Sade no EstadoDificuldadesparagarantiracessodapopulaoaosserviosdemdiaealtacomplexidade;dificuldadesparagarantiracessodapopulaoamedicamentos;baixaintegraodarededeservios;ineficincianasaesdeacompanhamento,controleeavaliao;dificuldadesnaimplementaodeaesmaisabrangentesdevigilnciaepidemiolgicaesanitria;eelevadoatendimentonaemergnciadedemandaambulatorial.7. Assistncia FarmacuticaFaltadeumapolticadeassistnciafarmacutica;fragmentaodomedicamentono mbito da SES; viso departamental hospitalocntrica; ausncia de anlise, avaliaoecontroledosmedicamentos;edesconhecimento,internamenteSES,daimportnciada assistncia farmacutica.Naocasio,foielaboradoextensoplanodeao,contemplando,tambm,aintegrao com os municpios na rea de sade em um programa de descentralizao deunidadescomperfilmunicipal.Oobjetivogeralfoiodegarantireqidadenoacessoatenoemsade,deformaasatisfazerasnecessidadesdetodososcidadosdoEstado, avanando na superao das desigualdades regionais e sociais.Osobjetivosespecficosabrangemaparceriaentreosgestorespblicospararealizaratividadesconjuntasreferentespromoo,proteoerecuperaodasade,viabilizandoaimplantaoeoperacionalizaodeserviosdesadedemdiaealtacomplexidade; ampliar a oferta de servio de alta complexidade, atravs da maximizaodosrecursosparaomelhoramentodoacessoaosusurios;definirestratgiasdecompetnciadoEstadoparareduzir/eliminarcontratosprecriosnosmunicpios,adotandocritriosderepassederecursosquetenhamcomorequisitoaadmissodeprofissionaisatravsdeconcursopblico;asseguraraformaodefrunsregionaisdeintegrao dos conselhos municipais de sade; descentralizar e regionalizar, com nfasenoprocessodeintegraodasredesdeserviosmunicipais,ampliandoaofertadeservioscomdescentralizaoderecursoseinvestimentonaredeprpriadoEstadoedosmunicpios,deformaafortaleceragestolocalcomprioridadeparaaatenobsica.Visando reverter o panorama geral de desigualdades regionais existente no Estadoe facilitar o acesso de todo cidado fluminense a todos os servios do SUS, inclusive osdemaiorcomplexidade,algumasestratgiaseinstrumentosforampensadoseexecutados:plenaadoodaProgramaoPactuadaeIntegradaPPIdaassistnciaambulatorial e hospitalar, via implantao de centrais de regulao para ordenar a ofertaAREAL48ESTUDO SOCIOECONMICO 2004deservioseagilizaroatendimentoaospacientes;assessoriaspactuaesintermunicipaisdeserviosreferenciados,porintermdiodeapoiodiretoaosgestoresmunicipais; e apoio consolidao de fruns regionais permanentes de negociao.Esteprocessopossibilitoumaiortransparncianaalocaoderecursosemcadamunicpioresponsvelpelaassistnciaaosseusmuncipeseaosvizinhos,garantindooacesso aos pacientes residentes em cidades que no possuem servios mais complexos(oncologia,hemoterapia,tomografias,diliseetc),deformaqueosmesmosestejamacessveis em cada regio do estado.Paracontemplaraperspectivaderedistribuiogeogrficaderecursostecnolgicosehumanos,foielaboradooPlanoDiretordeRegionalizaodoEstado 34,representado pelo seguinte mapa:A Regio Centro-Sul possui onze municpios, representando 2% da populao totaldo Estado. A regio foi subdividida em duas microrregies. Os municpios de Trs Rios eVassourasdevematuarcomoplospararefernciasespecializadas.Aregulaodosfluxosderefernciaecontra-refernciaintermunicipaldeveserfeitaporumaCentraldeRegulao, localizada em Trs Rios.Asprioridadesdeintervenonaregioso:assistnciafarmacutica,atenomaterno-infantil,expansoeinteriorizaodaredeestadualpblicadehemoterapiae

34 - Para maiores informaes, consulte o site www.saude.rj.gov.br/gestor/Plano_diretor.shtml.AREAL49 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIROT E CSecretaria-Geral de PlanejamentoESTUDO SOCIOECONMICO 2004hematologia,integraocomosmunicpiosnareadesade,sadedafamlia,promoo e vigilncia em sade e qualificao dos profissionais.SadedireitodetodocidadoecabeaoPoderPblicoagarantiadeumatendimento de qualidade. Um grande nmero de doenas que acometem os indivduos evitvelporaespreventivasjconhecidasecomprovadamenteeficazes.,portanto,fundamentalquetodososcidadostenhamacessoprevenodestasdoenas,pormeio de aes bsicas de sade.OtrabalhodesenvolvidopeloProgramaSadedaFamliaPSF,edosAgentesComunitrios de Sade (cidados da prpria comunidade que so treinados para realizarvisitas domiciliares e orientar as famlias) - PACS, busca levar a cada domiclio o acessoaotratamentoeprevenodasdo