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ESTUDO NACIONAL DE SOBREVIVÊNCIA EM CRIANÇAS (MENORES DE 13 ANOS DE IDADE) COM SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - 1999 A 2002 Projeto estratégico financiado pelo Ministério da Saúde Programa Nacional de DST e Aids Secretaria de Vigilância em Saúde Elaboração do Relatório apresentado ao PN: Luiza H. Matida (Coord.); Alberto Novaes Ramos Júnior (Assist.Coord.), Adriana Sañudo, Jörg Heukelbach, Maria Cecília Goi Porto Alves, Norman Hearst. Grupo Brasileiro do Estudo de Sobrevida da Criança com AIDS

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ESTUDO NACIONAL DE SOBREVIVÊNCIA EM CRIANÇAS (MENORES DE 13 ANOS DE IDADE)

COM SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA -1999 A 2002

Projeto estratégico financiado pelo Ministério da Saúde

Programa Nacional de DST e Aids

Secretaria de Vigilância em Saúde

Elaboração do Relatório apresentado ao PN: Luiza H. Matida (Coord.); Alberto Novaes Ramos Júnior (Assist.Coord.), Adriana Sañudo, Jörg Heukelbach,Maria Cecília Goi Porto Alves, Norman Hearst.

Grupo Brasileiro do Estudo de Sobrevida da Criança com AIDS

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Equipe Técnica do Estudo II: Alberto Novaes Ramos Junior, Heloisa Helena

Souza Marques, Jörg Heukelbach, Luiza Harunari Matida (Coordenadora), Marinella

Della Negra, Norman Hearst, Regina Célia de Menezes Succi.

Estudo II - Profissionais Participantes:

Adélia de Araújo Bispo; Adriana Sañudo; Adriana Valeria Assunção Ramos; Alberto

Novaes Ramos Junior; Alberto Enildo de O. M. da Silva; Ana Silvia da Paixão

Gibbons; Aparecida Helena Utuni Facuri; Arlete Cecília Martins Dias; Aroldo

Prohmann de Carvalho; Bianca Rezende Lucarevschi; Carlos Alberto Correa;

Carmem Lúcia Oliveira da Silva; Dalel Haddad; Denise Aparecida Rocha; Eduardo

Caminada Junior; Elizabete Pires Yamaguti; Fátima Sumaya; Heloisa Helena de

Souza Marques; Jorge Pinto; Jória Viana Guerreiro; Katharine Santos de Freitas;

Leidiane Valente da Silva; Lílian de Mello Lauria; Luiza Harunari Matida; Maly

Albuquerque; Márcia Maria Ferreiro Janini Dal Fabbro; Maria Iracema Saraiva

Heyr; Maria Cecília Goi Porto Alves; Maria Cristina Seixas Barbosa; Maria de Jesus

Freitas de Alencar; Maria do Carmo Ferreira; Maria Helena Serpa Teixeira;

Marinella Della Negra; Marion Burger; Mylva Fonsi; Neuza Uchiyama; Olinda Keiko

Mizuta; Regina Succi; Rosangela Mendes Coelho; Roseane Elena Martello; Sandra

Fagundes Moreira Silva; Simone Garcia Bernardes; Sirlene Caminada; Sueny da

Silva Martins; Suzane Cerutti Kummer; Teresa Maria Isaac Nishimoto; Wedja

Sparinger.

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Estudo II - Serviços Envolvidos:

Alagoas: Centro de Referência de Doenças Tropicais (Maceió); Posto de Atendimento Médico Salgadinho (Maceió); Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (Maceió) – Amazonas: Fundação de Medicina Tropical de Manaus (Manaus) – Amapá: Serviço de Assistência Especializada de Macapá (Macapá) – Bahia: Centro de Referência em DST/HIV/AIDS de Feira de Santana (Feria de Santana); Centro de Referência Estadual de Aids da Bahia (Salvador); Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Salvador); Centro de Referência em DST/AIDS de Vitória da Conquista (Vitória da Conquista) – Ceará: Hospital São José de Doenças Infecciosas (Fortaleza); Centro de Referência Francisco Luiz da Costa (Sobral) – Distrito Federal: Centro de Saúde de Brasília nº 01 - Hospital Dia (Brasília); Hospital Regional de Taguatinga (Brasília); Hospital Regional da Asa Sul (Brasília); Unidade Mista de Brasília (Brasília) – Espírito Santo: Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (Vitória) – Goiás: Hospital Anuar Adad / Hospital de Doenças Tropicais (Goiânia) –Maranhão: Hospital Universitário - Unidade Materno Infantil da Universidade Federal do Maranhão – Minas Gerais: Centro de Treinamento e Referência e Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte); Policlínica Carlos Espírito Santo - Alto São João (Montes Claros); Policlínica Municipal de São Lourenço (São Lourenço); Hospital Escola da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Uberaba) – Mato Grosso do Sul: Centro Regional de Atendimento Especializado de Aquidauana (Aquidauana); Clínica Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias de Campo Grande (Campo Grande); Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande (Campo Grande); Hospital Adventista do Pênfigo (Campo Grande); Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campo Grande); Centro de Especialidade Médicas de Tiyokaio Oshiro (Nova Andradina) – Mato Grosso: Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade de Mato Grosso (Cuiabá); Hospital Universitário Júlio Müller da Universidade Federal de Mato Grosso (Cuiabá); Centro de Saúde Jardim Guanabara de Rondonópolis (Rondonópolis) – Pará: Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente (URE-MIA) (Belém); Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (Belém); Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (Casa Dia) (Belém) – Paraíba:Hospital Clementino Fraga (João Pessoa) – Pernambuco: Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira (Recife) – Piauí: Hospital Infantil Lucídio Portella (Teresina); Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (Teresina) – Paraná: Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (Curitiba); Centro Regional de Especialidades Metropolitano (Curitiba); Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba); Unidade de Saúde Mãe Curitibana (Curitiba); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Ponta Grossa (Ponta Grossa) – Rio de Janeiro: Hospital Municipal Miguel Couto (Rio de Janeiro); Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gesteira (Rio de Janeiro); Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro); Hospital Municipal Jesus (Rio de Janeiro); Hospital da Lagoa (Rio de Janeiro); Hospital Escola São Francisco de Assis (Rio de Janeiro); Instituto Fernandes Figueira (Rio de Janeiro); Hospital Municipal Raphael de Paula Sousa (Rio de Janeiro); Hospital Cardoso Fontes (Rio de Janeiro); Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (Rio de Janeiro); Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro); Hospital dos Servidores do Estado - Rio de Janeiro (Rio de Janeiro); Hospital Municipal Souza Aguiar (Rio de Janeiro) – Rio Grande do Norte: Hospital Giselda Trigueiro (Natal) – Rondonia: Serviço de Assistência Especializada de Porto Velho (Porto Velho); Centro de Medicina Tropical de Rondônia – CEMTRON (Porto Velho) – Roraima: Serviço de Assistência Especializada de Boa Vista (Boa Vista); Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (Boa Vista) – Rio Grande do Sul: Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Gravataí (Gravataí); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Lajeado (Lajeado); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Novo Hamburgo (Novo Hamburgo); Centro Municipal de Atendimento em DST/Aids de Porto Alegre (Porto Alegre); Hospital da Criança Santo Antônio (Porto Alegre); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Partenon (Porto Alegre); Hospital de Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre); Hospital da Criança Conceição (Porto Alegre); Hospital Universitário de Santa Maria da Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Sapucaia do Sul (Sapucaia do Sul); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Uruguaiana (Uruguaiana) – Santa Catarina: Ambulatório de DST/AIDS de Blumenau (Blumenau); Hospital Infantil Joana de Gusmão (Florianópolis); Centro de Referência em Doenças Infecciosas de Itajaí (Itajaí) – Sergipe: Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Aracaju) – São Paulo: Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Campinas); Hospital e Maternidade Celso Pierro da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Campinas); Hospital Municipal Dr. Mário Gatti (Campinas); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Franca (Franca); Ambulatório da Criança de Guarulhos (Guarulhos); Unidade Hospitalar de Peruíbe (Peruíbe); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Pirassununga (Pirassununga); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Praia Grande (Praia Grande); Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto); Seção Núcleo Integrado de Atendimento à Criança de Santos (Santos); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de São Carlos (São Carlos); Centro de Referência em Moléstias Infecciosas de São José dos Campos (São José dos Campos); Instituto de Infectologia Emílio Ribas (São Paulo); Centro de Atendimento da Disciplina de Infectologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (São Paulo); Centro de Referência e Treinamento DST/Aids de São Paulo (São Paulo); Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (São Paulo); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids da Lapa (São Paulo); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Jardim Mitsutani (São Paulo); Centro de Referência em DST/Aids de Santo Amaro (São Paulo); Ambulatório de Especialidades Ceci (São Paulo); Centro de Referência em DST/Aids de Nossa Senhora do Ó (São Paulo); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Cidade Líder II (São Paulo); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Fidélis Ribeiro - São Miguel (São Paulo); Serviço de Assistência Especializada em DST/Aids de Santana (São Paulo); Centro de Referência em DST/Aids da Penha (São Paulo) – Tocantins: Hospital de Doenças Tropicais do Tocantins (Araguaína).

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Objetivo geral do estudo:

Caracterizar o tempo de sobrevivência em crianças (de 0 a 12 anos de idade) entre os casos diagnosticados no período de 01 de Janeiro de 1999 a 30 de Dezembro de 2002 com AIDS e notificados ao SINAN-AIDS-crianças no Brasil e acompanhadas ambulatorialmente até 2007.

Justificativa do estudo:

O conhecimento dos tempos de sobrevivência dos pacientes com Aids além de ser fundamental para o dimensionamento das necessidades das unidades do Sistema Único de Saúde que prestam assistência a essa população e do estabelecimento de políticas públicas, é fundamental para a avaliação das estratégias de intervenção que visam o aumento do tempo e da qualidade de vida desses pacientes.

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Desenho do Estudo - Trata-se de uma coorte histórica, onde

foram selecionados casos de aids em crianças menores de 13

anos de idade, de todas as Unidades Federativas do Brasil, da

base de dados de aids do Sistema de Informação de Agravos

de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde do Brasil, com

datas de diagnóstico compreendidas entre 01 de Janeiro de

1999 e 31 de Dezembro de 2002 e acompanhadas

ambulatorialmente até 2007.

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Análise:

� Descritiva das variáveis;

� Curvas de sobrevivência, utilizando-se o método Kaplan-Meier;

� As comparações das curvas de sobrevivência segundo estados,

regiões, sexo e ano do diagnóstico realizadas por meio do

teste log-rank ou teste de Breslow;

� Em toda análise estatística será adotado nível de significância

de 0,05, ou seja, serão considerados significantes resultados

que apresentaram valor de p inferior a 0,05.

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Estudo de Sobrevida: Casos de Aids em menores de 13 anos

diagnosticados entre 1999 e 2002,

em municípios com mais de dois casos, por região.

Região Casos Municípios

número % Número %

Norte 120 3,3 7 4,8

Nordeste 363 10,0 16 11,0

Centro Oeste 190 54,1 6 4,1

Sudeste 1964 27,3 73 50,3

Sul 992 5,2 43 29,7

Total 3629 100,0 145 100,0

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Estudo de Sobrevida: Partição da amostra no país,menores de 13 anos, diagnóstico 1998-2002.

Região Notificações Tamanho inicial Correções

n/0,90

N/CO 310 243 311*

NE 363 243 326

SE 1964 396 512

S 992 334 425

Total 3629 1574

* total de notificações

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Número de Casos de AIDS Notificados no SINAN em Crianças (Menores de 13 Anos de Idade), Segundo Região de Residência por Ano de Diagnóstico – Brasil – 1984-2007* (em Destaque, o Período do Estudo de Sobrevida)

FONTE: TABNET - MS/SVS/PN-DST/AIDS - *Casos notificados no SINAN até 30/06/2007 - POPULAÇÃO: MS/SVS/DATASUS - IBGE

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Coeficiente de Incidência (por 100.000 habitantes) de Casos de AIDS Notificados no SINAN em Crianças (Menores de 13 Anos de Idade), Segundo Região de Residência por Ano de Diagnóstico – Brasil – 1984-2007* (em Destaque, o Período do Estudo de Sobrevida)

FONTE: TABNET - MS/SVS/PN-DST/AIDS - *Casos notificados no SINAN até 30/06/2007 - POPULAÇÃO: M

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FONTE: TABNET - MS/SVS/PN-DST/AIDS - *Casos notificados no SINAN até 30/06/2007

Proporção de Casos de AIDS Notificados no SINAN em Crianças (Menores de 13 Anos de Idade), Segundo Categoria de Exposição, por Ano de Diagnóstico – Brasil – 1984-2007*

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Estudo de Sobrevida: Classificação dos 1574 casos de AIDS

Brasil, menores de 13 anos, diagnóstico 1998-2002(*).

CLASSIFICAÇAO N %

Total: 1574 100

AMOSTRA 974 61,88

NAO LOCALIZADOS 429 27,26

Outros: 171 10,86

CASOS EXCLUÍDOS - ANÁLISE DO BANCO DE DADOS (duplicidades) 46 2,92

CASOS EXCLUÍDOS APÓS AVALIAÇÃO DOS PRONTUÁRIOS:

a. SOROREVERSÃO (não infectadas por HIV) 32 2,03

b. INFECÇÃO POR HIV (sem AIDS definida) 4 0,25

c. CASOS FORA DO PERÍODO DO ESTUDO 66 4,19

d. PERDA DE SEGUIMENTO 23 1,46

*Dados sujeitos à revisão

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo de Sobrevida: Categorias de exposição ao HIV,

Brasil, menores de 13 anos, diagnóstico 1998-2002(*).

CATEGORIA NÚMERO % DO TOTALVertical 945 97,5

Indeterminada 6 0,6

Ignorada 7 0,7

Sexual 3 0,3

Transfusão sangue/componentes

8 0,9

Total 969 100,0

3 casos sem informação da categoria na base de dados

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Estudo de Sobrevida: Distribuição quanto ao ano de diagnóstico de AIDS,

Brasil, menores de 13 anos, 1998-2002.

ANO DO DIAGNÓSTICO % DO TOTAL

1999 27,1

2000 24,0

2001 24,0

2002 24,9

Total 100,0

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo: Curva de sobrevida em anos após o diagnóstico de AIDS,

Brasil, menores de 13 anos, 1998-2002(*).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Anos diagnóstico

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0Pr

obab

ilida

de

85%

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo: Curva de sobrevida em anos após o diagnóstico de AIDS segundo a categoria de exposição ao HIV, Brasil,

menores de 13 anos, 1998-2002(*).

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Anos do diagnóstico

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

Prob

abili

dade

Categoria de

Exposição

Indeterminado/ Ignorado

Sexual ou Transfusão

Vertical

Log-rank: p=0,002

86%

54%

40%

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo: Curva de sobrevida em anos após o diagnóstico de AIDS

segundo sexo da criança, Brasil,

menores de 13 anos, 1998-2002(*).

.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Anos do diagnóstico

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

Pro

babi

lidad

e

Sexo

Feminino

Masculino

Log-rank: p=0,383

87%

84%

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo de Sobrevida: Número de óbitos ocorridos,

de acordo com o ano de diagnóstico de AIDS, Brasil,

menores de 13 anos, 1998-2002(*).

ANO DO DIAGNÓSTICO

ÓBITO

TOTAL

SIM NÃO

199939 225

264

200044 189

233

200135 198

233

200225 217

242

Total143 829

972

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Coeficiente de Mortalidade (por 100.000 habitantes) Padronizado por AIDS em Crianças (Menores de 13 Anos de Idade), Segundo Região e Ano de Ocorrência do Óbito –Brasil – 1984-1995*

FONTE: MS/SVS/ DASIS/ Sistema de Informações sobre Mortalidade - POPULAÇÃO: MS/SVS/DATASUS – IBGEPadronização pelo Método Direto Tomando como Referência a População Brasileira

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Coeficiente de Mortalidade (por 100.000 habitantes) Padronizado por AIDS em Crianças (Menores de 13 Anos de Idade), Segundo Região e Ano de Ocorrência do Óbito –Brasil – 1996-2006*

FONTE: MS/SVS/ DASIS/ Sistema de Informações sobre Mortalidade - POPULAÇÃO: MS/SVS/DATASUS – IBGEPadronização pelo Método Direto Tomando como Referência a População Brasileira

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo de Sobrevida: Classificação clínica na data do diagnóstico, de acordo com o ano de diagnóstico de AIDS, Brasil,

menores de 13 anos, 1998-2002(*).

ANO DO DIAGNÓSTICO

CLASSIFICAÇÃO

TOTAL

N A B C IGNORADO

19996,8 20,1 29,9 41,3 1,9 100,0

20005,6 28,3 26,6 36,5 3,0 100,0

20015,2 25,3 29,6 37,8 2,1 100,0

20026,6 29,3 36,8 26,5 0,8 100,0

Total6,1 25,6 30,8 35,6 1,9 100,0

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo de Sobrevida: Classificação clínica atual,

de acordo com o ano de diagnóstico de AIDS,

Brasil, menores de 13 anos, 1998-2002(*).

.

ANO DO DIAGNÓSTICO

Classificação Clínica Atual

TOTAL

N A B C IGNORADO

199919,7 31,4 17,8 25,8 5,3 100,0

200016,7 32,2 22,8 23,6 4,7 100,0

200122,7 30,4 21,5 21,5 3,9 100,0

200222,3 42,2 18,2 16,1 1,2 100,0

Total20,4 34,0 20,0 21,8 3,8 100,0

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Estudo: Curva de sobrevida em anos após o diagnóstico de AIDS

segundo classificação clínica inicial de AIDS, Brasil,

menores de 13 anos, 1998-2002(*).

0 2 4 6 8 10

Anos do diagnóstico

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0Pr

obab

ilida

de

Classificação

Clínica Inicial

A

B

C

N

Log-rank: p<0,001

69%

93%91%

98%

*Dados sujeitos à revisão

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Estudo: AIDS por transmissão vertical- tipo de TARV

de acordo com o ano de diagnóstico de AIDS,

Brasil, menores de 13 anos, 1998-2002(*).

ANO DO DIAGNÓSTICO

TIPO DE TARV

TOTAL

Mono Dupla Tripla Quádrupla Quíntupla Nenhuma

19998 172 196 24 4 15 419

20001 122 167 20 1 19 330

20015 98 173 13 0 16 305

20021 80 189 10 0 18 298

Total15 472 725 67 5 68

*Dados sujeitos à revisão

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Estudo: Curva de sobrevida em anos após o diagnóstico de AIDS

segundo a realização de terapia anti-retroviral,

Brasil, menores de 13 anos, 1998-2002(*).

0 2 4 6 8 10

AIDS_anos

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

Prob

abili

dade

Terapia

Não

Sim

90%

71%

Log-rank: p<0,001

*Dados sujeitos à revisão

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Estudo Sobrevida: Características Gerais dos casos de AIDS em crianças por transmissão vertical, Brasil, diagnóstico 1999-2002 (*)

IDADE MATERNA MÉDIA 25,6 anos DP = 5,7

PRÉ-NATAL Nº %

SIM 468 49,6

NÃO 161 17,1

IGNORADO 314 33,3

Total 943 100,0

DIAGNÓSTICO do HIV Nº %

Pré-natal 55 5,8

Parto 21 2,2

Após este parto 658 69,8

Antes desta gravidez 56 5,9

IGNORADO 153 16,2

Total 943 100,0

PROFILAXIA na Gestação Nº %

SIM 47 5,0

NÃO 738 78,4

IGNORADO 156 16,6

Total 941 100,0

PROFILAXIA no Parto Nº %

SIM 54 5,7

NÃO 723 76,8

IGNORADO 164 17,4

Total 941 100,0Cont.

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PROFILAXIA para o RN Nº %

SIM 87 9,2

NÃO 694 73,8

IGNORADO 160 17,0

Total 941 100,0

PARTO VAGINAL Nº %

SIM 498 52,8

NÃO 196 20,8

IGNORADO 250 26,4

Total 944 100,0

PARTO CESARIANA Nº %

SIM 197 20,9

NÃO 487 51,6

IGNORADO 260 27,5

Total 944 100,0

ALEITAMENTO MATERNO Nº %

SIM 552 58,5

NÃO 136 14,4

IGNORADO 255 27,0

Total 943 100,0

Estudo Sobrevida: Características Gerais dos casos de AIDS em crianças por transmissão vertical,

Brasil, diagnóstico 1999-2002 (*)

*Dados sujeitos à revisão

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AnoDiagnóstico

Número de Casos

Probabilidade de

SobrevivênciaIC de 95%

Antes de 1988 66 0,246 0,150 – 0,356

1988 a 1992 378 0,329 0,281 – 0,377

1993 a 1994 232 0,473 0,405 – 0,537

1995 a 1996 246 0,583 0,509 – 0,650

1997 a 1998 232 0,605 0,521 – 0,680

1999 a 2002 945 0,863 0,841 – 0,885

*Dados sujeitos à revisão

Probabilidade de sobrevida aos 60 meses após o diagnóstico de AIDS,

por ano-diagnóstico no Brasil em crianças expostas ao HIV por transmissão vertical,

nos 2 estudos nacionais.

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0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

Antes 1988 1988 a 1992 1993 a 1994 1995 a 1996 1997 a 1998 1999 a 2002

Ano Diagnóstico

Pro

bab

ilid

ad

e d

e s

ob

reviv

ên

cia

*Dados sujeitos à revisão

Probabilidade de sobrevida aos 60 meses após o diagnóstico de AIDS,

por ano-diagnóstico no Brasil em crianças expostas ao HIV por transmissão vertical,

nos 2 estudos nacionais.

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*Dados sujeitos à revisão

Estudo 1999-2002: Probabilidade de sobrevida após o diagnóstico de AIDS

para crianças expostas ao HIV por transmissão vertical.

Tempo Sobrevida IC 95%

6 meses 0,924 0,907 0,941

1 ano 0,908 0,889 0,926

2 anos 0,890 0,869 0,910

3 anos 0,876 0,854 0,897

4 anos 0,871 0,850 0,893

5 anos 0,863 0,841 0,885

6 anos 0,858 0,835 0,880

7 anos 0,855 0,833 0,878

8 anos 0,856 0,833 0,878

9 anos 0,856 0,833 0,878

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� Necessidade de potencialização da implementação das

recomendações técnicas e organizacionais do Programa Nacional

de DST/AIDS. O desafio é o alcance da melhoria não apenas

quantitativa mas também qualitativa da assistência à saúde.

� Apesar da redução da transmissão vertical do HIV no Brasil,

observam-se ainda oportunidades perdidas de detecção da

infecção pelo HIV no pré-natal e de tratamento oportuno.

� Em função do aumento do tempo de sobrevida das crianças, elas

estão iniciando sua fase de adolescência e de vida adulta,

havendo necessidade de informações preventivas e de assistência

especializada.

CONCLUSÕES.......DESAFIOS

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A análise da experiência brasileira é importante,

pois demonstra que é possível para um país

em desenvolvimento, com tal dimensão

geográfica, estabelecer um sistema efetivo

para disponibilizar acesso gratuito e universal

à TARV e assistência. Também demonstra

que tal cuidado, até em um país que

apresenta dificuldades regionais para a

organização de uma infra-estrutura ideal de

saúde, pode ter como resultado uma

diferença significativa na sobrevivência.