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[ESTUDO DO POSICIONAMENTO DOS DENTES ANTERIORES – CONTRIBUTO PARA A MONTAGEM DE DENTES EM PRÓTESE TOTAL]
Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
2011Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Ricardo Manuel da Silva Gonçalves Marques
[ESTUDO DO POSICIONAMENTO DOS DENTES ANTERIORES – CONTRIBUTO PARA A MONTAGEM DE
DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Agradecimentos :
À minha orientadora, Professora Doutora Maria Helena Guimarães Figueiral da Silva e
à minha co-orientadora, Mestre Patrícia Alexandra Barroso da Fonseca por todo o
apoio e disponibilidade que sempre me demonstraram na execução deste projecto de
investigação.
Aos meus pais por todo o apoio e compreensão.
À minha namorada por todo o tempo que lhe roubei e o apoio que sempre me deu.
Aos intervenientes do projecto de investigação sem os quais ele não se poderia
realizar.
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Resumo :
A selecção do tamanho dos dentes anteriores e dos dentes posteriores é considerada
separadamente, sendo que se considera que a nível da dentição anterior os requisitos
são eminentemente estéticos e os requisitos na dentição posterior são basicamente
funcionais.
A escolha dos dentes anteriores é, definida essencialmente pelo tamanho da face. De
acordo com o descrito na bibliografia, o tamanho dos dentes anteriores é determinado
principalmente segundo dois sistemas: um individualizado e um standard. Em ambos
os métodos começa-se por determinar a posição que canino maxilar irá ocupar
definindo-se assim o tamanho anterior da arcada. A partir daqui os métodos divergem
um pouco, ou se usam conjuntos standard consoante o espaço anteriormente
determinado ou se determina o tamanho do incisivo central (preconiza-se que o
tamanho do incisivo central maxilar é 1/16 da distância inter-zigomática).
Nas Unidades Curriculares de Prótese Removível da FMDUP determina-se a posição
do canino tendo como referência a distância inter-alar do nariz.
Este estudo tem como objectivos:
- Determinar a posição do canino maxilar numa amostra de população dentada
utilizando o método da distância inter-alar, verificar se existe alguma correlação entre
a distância inter-canina e a inter-pupilar e determinar o rácio que esta última tem com
a largura mésio-distal do incisivo central..
- Avaliar se os métodos descritos na literatura se podem aplicar de forma confiável na
população portuguesa.
Este projecto de investigação determinou que existe uma correlação de 20,4% entre a
distância inter-alar e a distância intercanina e que esta correlação apenas se encontra
no sexo feminino não sendo encontrada no sexo masculino. Este estudo também não
encontrou qualquer correlação (estatisticamente significativa) entre a distância
interpupilar e a distância intercanina.
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Como conclusão pode-se afirmar que no meio clínico se pode utilizar o método da
distância inter-alar como forma de determinação da distância inter-canina em
pacientes do sexo feminino no entanto recomenda-se o uso de outros métodos pois
como já foi referido este, apesar de ter correlação, esta é baixa.
A monografia será constituída por uma sustentação teórica com base em artigos
científicos, retirados da U.S. National Library of Medicine database - Pubmed, e uma
parte clínica de investigação, cuja finalidade será fornecer dados que possibilitem uma
análise estatística para determinar a correlação do método utilizado com a realidade.
Palavras chave :
Distância intercanina, escolha de dentes anteriores, distância inter-alar, distância inter-
pupilar
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Abstract:
The selection of the size of the anterior and posterior teeth is considered separately,
and it is considered that the requirements for the anterior dentition are eminently
aesthetic while the requirements for the posterior dentition are basically functional.
The selection of anterior teeth is defined primarily by the size of the face. According
what is described in the literature, the size of the anterior teeth is determined principally
determined by two systems: an individual and a standard. Both methods start by taking
the position that the maxillary canine will occupy thus defining the size of the anterior
arch. From here the methods differ somewhat, either standard sets can be used
depending on the space previously determined or the size of the central incisor can be
determined (it is advocated that the size of the maxillary central incisor is 1/16 of the
inter-zygomatic distance).
Curriculum Units of Removable Prosthodontics in FMDUP determines the position of
the canine with reference to the inter-alar distance of the nose.
This study aims are to:
- Determine the position of the maxillary canine in a dentate population, using the
method of inter-alar distance, see if there is some correlation between the inter-canine
distance and inter-pupil and determine the ratio that the latter has with the mesiodistal
width of the central incisor.
- Assess whether the methods described in the literature can be applied reliably in the
Portuguese population.
This research project has determined that there is a 20,4% correlation between the
interalar distance and intercanine distance, this correlation is only found in females.
This study also found no correlation between the interpupillary distance and intercanine
distance. In conclusion we can say that in a clinical setting we can use the method of
inter-alar distance as a way of determining the inter-canine distance in females
however it is recommended the use of other methods because, as already mentioned,
the correlation is low.
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The monograph will consist of a theoretical underpinning based on scientific papers,
taken from the U.S. National Library of Medicine database - Pubmed, and a practical
research, whose purpose is to provide data to enable statistical analysis to determine
the correlation of the method used to reality.
Key words :
Intercanine width, anterior teeth’s choice, inter-alar width, interpuppilary width.
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Lista de Tabelas e Gráficos:
Tabela I – Análise descritiva das variáveis consideradas ----------------------------- pag. 12
Tabela II – Análise descritiva das variáveis consideradas num intervalo de confiança
de 95% ---------------------------------------------------------------------------------------------- pag. 14
Tabela III – Análise descritiva das variáveis consideradas num intervalo de confiança
de 95% em classes de idade ----------------------------------------------------------------- pag. 17
Gráfico I – Regressão linear da totalidade da amostra --------------------------------- pag. 21
Gráfico II – Regressão linear da amostra do sexo feminino -------------------------- pag. 22
Gráfico III – Regressão linear da amostra do sexo masculino ----------------------- pag. 23
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Índice:
Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------- pag. 8
Material e Métodos ------------------------------------------------------------------------------ pag. 10
Apresentação de Resultados ----------------------------------------------------------------- pag. 12
Discussão ------------------------------------------------------------------------------------------ pag. 23
Conclusão ------------------------------------------------------------------------------------------ pag. 26
Bibliografia ----------------------------------------------------------------------------------------- pag. 27
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Introdução:
Sendo a população portuguesa proveniente de um país inserido no grupo dos países
desenvolvidos, a esperança média de vida é elevada e a população envelhecida. No
entanto, apesar de ser um país desenvolvido, Portugal não possui um programa de
Medicina Dentária preventivo o que tem como consequência a perda dentária, seja
esta por cárie dentária ou por problemas periodontais chegando por vezes a situação
de perda dentária total. Assim sendo arranjar formas de corrigir estas situações é de
suma importância. Os dentes perdidos são substituídos recorrendo a uma prótese.
Uma prótese é um substituto artificial para partes do corpo ausente, ela pode ser total
ou parcial.
O principal objectivo em prótese total é o restabelecimento das funções do sistema
estomatognático: este objectivo é atingido montando dentes artificiais numa base
protética que permita o máximo de funcionalidade e estética. Os dentes a serem
montados vão ser escolhidos consoante os seus requisitos, enquanto que a escolha
de dentes posteriores está mais relacionada com necessidades funcionais, a escolha
dos dentes anteriores está primariamente ligada à satisfação estética do paciente.
Esta escolha vai requerer um elevado conhecimento científico e capacidade artística
por parte do Médico Dentista.1 Dentes de tamanho adequado são necessários para se
obter um resultado que pareça natural. Neste projecto vamo-nos debruçar sobre a
dentição anterior.
O melhor método, amplamente reconhecido, para se determinar o tamanho mésio-
distal dos dentes anteriores é o uso de registos pré-extracção, sejam eles, moldes de
diagnóstico, radiografias, dentes extraídos ou fotografias. Uma fotografia vai muitas
vezes, fornecer informações precisas sobre a localização e largura mésio-distal
dentária sem que seja necessário recorrer a métodos estimados.2-4 No entanto nem
sempre é possível que esta situação óptima se verifique sendo então necessário
recorrer aos métodos estimados. A literatura sugere-nos uma quantidade de formas
que nos permitem determinar o tamanho mésio-distal da dentição anterior que
necessitamos. Estas formas compreendem o uso de valores médios populacionais3 a
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distância inter-zigomática,1,2,6-8 a distância entre as comissuras labiais,1,2,6,8-10 a distância
inter-pupilar,1,3,4,14 a distância inter-alar,1,3,4,6,8-10,14 e a distância intercantal.1,10
O objectivo deste estudo é verificar a veracidade da aplicação da distância inter-alar e
da distância inter-pupilar como método de determinação do tamanho mésiodistal da
dentição anterior da população portuguesa.
A determinação do tamanho mésio-distal anterior recorrendo à distância inter-alar é
um método amplamente divulgado e considerado válido por inúmeros autores no
entanto existe alguma controvérsia, existindo autores que advoguem que esta por si
só é insuficiente.2,7
Este método preconiza que a distância inter-alar seja aproximadamente igual à
distância transversal entre as cúspides caninas maxilares. Assim sendo poder-se-ia
traçar um par de rectas verticais que passassem no ponto mais externo da asa do
nariz até à placa de registo inter-maxilar superior correspondendo esse local à
localização da cúspide canina.1,2,4,5,7,10-14
O método que utiliza a distância inter-pupilar para determinar a dimensão mésio-distal
dos dentes anteriores consiste em utilizar um rácio de 1:6,6 preconizado que
representa o tamanho do incisivo central.1,7,8,10,13
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Material e Métodos :
Sessenta sujeitos, trinta do sexo masculino e trinta do sexo feminino, recrutados pelo
investigador num meio universitário, que cumpriram os seguintes critérios foram
incluídos neste estudo:
- Todos eram portugueses;
- Todos tinham dentes permanentes sem historial de tratamento ortodôntico;
- Todos os dentes eram morfologicamente normais;
- Nenhum dente superior foi sujeito a tratamento com prótese fixa;
- Todos os intervenientes eram maiores de 18 anos sendo que o crescimento facial já
estava terminado.
Os indivíduos intervenientes no estudo são de idades várias que variam entre os 20 e
os 34 anos. As medições foram realizadas pelo mesmo investigador em situações
semelhantes em todos os casos. O indivíduo a estudar estava sentado numa cadeira a
olhar em frente sendo medidas as distâncias inter-pupilar, inter-alar e inter-canina. A
medição da distância inter-alar efectuou-se com o sujeito em posição de repouso
tendo como ponto de medição as extremidades mais distais da asa do nariz.
Foram tiradas fotografias de controlo a cor utilizando uma câmara Nikon K 3000
apoiada num tripé Vivitar V-2200 (dimensões 10x53x10 mm e 998 gramas de peso)
colocados a uma distância de 56 cm da face do sujeito de estudo de forma a evitar
deformações. De acordo com a metodologia proposta por Pereira M.V em 2008. As
fotografias apresentam o indivíduo a estudar em duas situações, numa situação de
repouso e numa situação de sorriso forçado.
As medições de controlo nas fotografias foram efectuadas utilizando dois aplicativos, o
Microsoft Office Picture Manager® e o JR Screen Ruler®.
No tratamento de dados e análise estatística utilizou-se o programa estatístico SPSS
Statistics da IBM® utilizando análises descritivas para caracterizar a amostra e análises
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estatísticas utilizando o teste de correlação bi-variável intraclasses, o teste de
correlação de Pearson, o teste de Kolmorov-Smirnov, gráficos de dispersão utilizando
um marcador de regressão linear. O nível de significância considerado foi de p menor
que 0,05.
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Apresentação de Resultados :
Para se determinar o uso ou não de testes paramétricos para analisar as amostras
estas foram submetidas ao teste de Kolmogorov-Smirnov onde se verificou que p é em
todos os casos superior a 0,05 definindo as variáveis como tendo uma distribuição
normal o que permite o seu estudo usando testes paramétricos e a sua descrição pela
média e desvio padrão.
As descrições estatísticas descritivas (média, máximo, mínimo e desvio padrão) das
variáveis medidas encontram-se discriminadas na tabela I. A distância inter-alar dos
60 indivíduos observados tem uma média de 35,45mm com o máximo valor registado
de 44mm e o mínimo de 29mm. A distância inter-pupilar tem uma média de 61,12mm
com o máximo valor registado de 44mm e o mínimo de 29mm. Por seu lado a
distância inter-canina média é de 36,02mm e varia entre 29mm e 43mm. Por fim o
incisivo central tem um valor de comprimento mésio-distal médio de 8,208mm e
comprimentos máximos e mínimos de 7 e 9,5mm respectivamente.
No Tabela II apresenta-se a análise descritiva das variáveis obtidas quando
relacionados com o sexo. Vão-se obter valores médios de 59,37mm limitados
maximamente em 60,59mm e minimamente em 58,14mm de distância inter-pupilar
(máximo absoluto de 65mm e mínimo absoluto de 53mm), valores médios de
33,77mm limitados maximamente em 34,75mm e minimamente em 32,79mm de
distância inter-alar (máximo absoluto de 44mm e mínimo absoluto de 29mm), valores
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Tabela I: média, desvio padrão e alcances da distância inter-alar, inter-pupilar,
inter-canina bem como a largura mesiodistal do incisivo central.
N Minimo Maximo Média Desvio Padrão
Distancia inter-alar 60 29 44 35,45 3,306
Distancia Inter-pupilar 60 53 68 61,12 3,518
Distância Inter-canina 60 29 43 36,02 2,759
Largura IC 60 7,0 9,5 8,208 ,5469
N Valido 60
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médios de 35,80mm limitados maximamente em 36,74mm e minimamente em
34,86mm de distância inter-canina (máximo absoluto de 42mm e mínimo absoluto de
29mm), valores médios de 8,2mm limitados maximamente em 8,394mm e
minimamente em 8,006mm de largura mésio-distal do incisivo central (máximo
absoluto de 9,5mm e mínimo absoluto de 7,0mm) num intervalo de 95% de confiança
da média na população feminina. Na população masculina utilizando também um
intervalo de 95% de confiança da média obtemos valores médios de 62,87mm
limitados maximamente em 63,93mm e minimamente em 61,80mm de distância inter-
pupilar (máximo absoluto de 68mm e mínimo absoluto de 57mm), valores médios de
37,13mm limitados maximamente em 38,28mm e minimamente em 35,98mm de
distância inter-alar (máximo absoluto de 44mm e mínimo absoluto de 29mm), valores
médios de 36,23mm limitados maximamente em 37,35mm e minimamente em
35,11mm de distância inter-canina (máximo absoluto de 43mm e mínimo absoluto de
31mm), valores médios de 8,217mm limitados maximamente em 8,434mm e
minimamente em 7,999mm de largura mésiodistal do incisivo central (máximo absoluto
de 9,5mm e mínimo absoluto de 7,0mm).
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Tabela II: análise descritiva das variáveis com o sexo com um intervalo de confiança
de 95%
Sexo Estatística Desvio Padrão
Distancia Inter-
pupilar
Feminino Média 59,37 ,598
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 58,14
Limite Máximo 60,59Máximo 65Mínimo 53
Masculino Média 62,87 ,520
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 61,80
Limite Máximo 63,93Máximo 68Mínimo 57
Distancia inter-alar Feminino Média 33,77 ,479
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 32,79
Limite Máximo 34,75Máximo 44Mínimo 29
Masculino Média 37,13 ,563
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 35,98
Limite Máximo 38,28Máximo 44Mínimo 29
Distância Inter-
canina
Feminino Média 35,80 ,461
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 34,86
Limite Máximo 36,74Máximo 42Mínimo 29
Masculino Média 36,23 ,548
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 35,11
Limite Máximo 37,35Máximo 43Mínimo 31
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Largura do Incisivo
Central
Feminino Média 8,200 ,0947
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 8,006
Limite Máximo 8,394Máximo 9,5Mínimo 7,0
Masculino Média 8,217 ,1064
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 7,999
Limite Máximo 8,434Máximo 9,5Mínimo 7,0
Na Tabela III temos descriminados as variáveis analisadas quando descritas em
classes de idade.
A distância inter-pupilar, tem de média 59,60mm limitada maximamente em 62,68mm
e minimamente em 56,52mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto
de 66mm e um mínimo absoluto de 54mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem
de média 61,31mm limitada maximamente em 62,58mm e minimamente em 60,05mm
num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 68mm e um mínimo
absoluto de 53mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive.
Tem de média 62,00mm limitada maximamente em 63,58mm e minimamente em
60,42mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 66mm e um
mínimo absoluto de 59mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos
inclusive. Tem de média 61,00mm limitada maximamente em 64,17mm e
minimamente em 57,83mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto
de 64mm e um mínimo absoluto de 54mm na classe de idades superior a 29 anos.
A distância inter-alar, tem de média 35,10mm limitada maximamente em 37,59mm e
minimamente em 32,61mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto
de 41mm e um mínimo absoluto de 29mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem
de média 34,94mm limitada maximamente em 36,02mm e minimamente em 33,87mm
num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 41mm e um mínimo
absoluto de 29mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive.
Tem de média 37,60mm limitada maximamente em 39,97mm e minimamente em
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35,23mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 44mm e um
mínimo absoluto de 34mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos
inclusive. Tem de média 35,40mm limitada maximamente em 39,75mm e
minimamente em 31,05mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto
de 39mm e um mínimo absoluto de 30mm na classe de idades superior a 29 anos.
A distância inter-canina tem de média 35,80mm limitada maximamente em 38,10mm e
minimamente em 35,50mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto
de 39mm e um mínimo absoluto de 34mm na classe de idades inferior a 22 anos. Tem
de média 35,71mm limitada maximamente em 36,73mm e minimamente em 34,70mm
num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 43mm e um mínimo
absoluto de 29mm na classe de idades compreendida entre 23 e 25 anos inclusive.
Tem de média 35,80mm limitada maximamente em 37,93mm e minimamente em
33,67mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto de 43mm e um
mínimo absoluto de 29mm na classe de idades compreendida entre 26 e 28 anos
inclusive. Tem de média 37,00mm limitada maximamente em 40,17mm e
minimamente em 33,83mm num intervalo de confiança de 95%, um máximo absoluto
de 41mm e um mínimo absoluto de 35mm na classe de idades superior a 29 anos.
A largura mésio-distal do incisivo central tem de média 8,400mm limitada
maximamente em 8,682mm e minimamente em 8,118mm num intervalo de confiança
de 95%, um máximo absoluto de 9,0mm e um mínimo absoluto de 8,0mm na classe de
idades inferior a 22 anos. Tem de média 8,143mm limitada maximamente em
8,682mm e minimamente em 7,949mm num intervalo de confiança de 95%, um
máximo absoluto de 9,5mm e um mínimo absoluto de 7,0mm na classe de idades
compreendida entre 23 e 25 anos inclusive. Tem de média 8,2mm limitada
maximamente em 8,683mm e minimamente em 7,717mm num intervalo de confiança
de 95%, um máximo absoluto de 9,0mm e um mínimo absoluto de 7,0mm na classe de
idades compreendida entre 26 e 28 anos inclusive. Tem de média 8,3mm limitada
maximamente em 8,855mm e minimamente em 7,745mm num intervalo de confiança
de 95%, um máximo absoluto de 9,0mm e um mínimo absoluto de 8,0mm na classe de
idades superior a 29 anos.
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Tabela III: análise descritiva das variáveis com a idade dividida em classes com um
intervalo de confiança de 95%
Idade Estatística Desvio Padrão
Distancia Inter-
pupilar
[<22] Média 59,60 1,360
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 56,52
Limite Máximo 62,68Máximo 66Mínimo 54
[23-25] Média 61,31 ,623
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 60,05
Limite Máximo 62,58Máximo 68Mínimo 53
[26-28] Média 62,00 ,699
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 60,42
Limite Máximo 63,58Máximo 66Mínimo 59
[>29] Média 61,00 1,140
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 57,83
Limite Máximo 64,17Máximo 64Mínimo 54
Distância Inter-alar [<22] Média 35,10 1,100
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 32,61
Limite Máximo 37,59Máximo 41Mínimo 29
[23-25] Média 34,94 ,528
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 33,87
Limite Máximo 36,02Máximo 41Mínimo 29
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[26-28] Média 37,60 1,046
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 35,23
Limite Máximo 39,97Máximo 44Mínimo 34
[>29] Média 35,40 1,568
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 31,05
Limite Máximo 39,75Máximo 39Mínimo 30
Distancia Inter-
canina
[<22] Média 36,80 ,573
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 35,50
Limite Máximo 38,10Máximo 39Mínimo 34
[23-25] Média 35,71 ,501
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 34,70
Limite Máximo 36,73Máximo 43Mínimo 29
[26-28] Média 35,80 ,940
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 33,67
Limite Máximo 37,93Máximo 40Mínimo 31
[>29] Média 37,00 1,140
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 33,83
Limite Máximo 40,17Máximo 41Mínimo 35
Distância Mésio-
distal do incisivo
Central
[<22] Média 8,400 ,1247
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 8,118
Limite Máximo 8,682Máximo 9,0
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[ESTUDO DO POSICIONAMENTO DOS DENTES ANTERIORES – CONTRIBUTO PARA A MONTAGEM DE
DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Mínimo 8,0
[23-25] Média 8,143 ,0952
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 7,949
Limite Máximo 8,336Máximo 9,5Mínimo 7,0
[26-28] Média 8,200 ,2134
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 7,717
Limite Máximo 8,683Máximo 9,0Mínimo 7,0
[>29] Média 8,300 ,2000
95% Intervalo de
Confiança da Média
Limite Mínimo 7,745
Limite Máximo 8,855Máximo 9,0Mínimo 8,0
Analisou-se descritivamente o rácio obtido entre a distância inter-pupilar caracterizado
pela divisão da distância inter-pupilar pela largura mésio-distal do incisivo central
chegando-se ao valor médio de 1:7,47.
A nível de análise descritiva só falta referir que nesta amostra, a maior parte dos
indivíduos possui uma distância inter-pupilar que varia entre os 60 e 65 mm (63,3%),
uma distância inter-alar que varia de 30 a 35 mm (48,3%) e uma distância inter-canina
que varia entre 30 e 35 mm (46,7%).
Terminada a descrição analítica da amostra vamos proceder para a análise
referencial.
Na tentativa de procura de relações entre as diferentes variáveis analisadas recorreu-
se a um número elevado de testes.
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[ESTUDO DO POSICIONAMENTO DOS DENTES ANTERIORES – CONTRIBUTO PARA A MONTAGEM DE
DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Correlacionou-se os dados obtidos por medição directa com os obtidos por registo
fotográfico obtendo-se um valor de correlação bivariável de 18,3% o que define esta
correlação como estatisticamente não significante.
Utilizou-se a correlação de Pearson. Não encontramos correlação estatisticamente
significante entre a distância inter-canina e a distância inter-pupilar (p=0,206). Quando
se separa a amostra por sexo também não encontramos uma correlação
estatisticamente significativa para as duas variáveis (para a correlação masculina p=
0,296 e para a feminina p=0,611). Correlacionando os valores obtidos das medições
inter-alares com o das medições inter-caninas obtemos uma correlação
estatisticamente significativa (p=0,06). Fazendo novamente a distinção por sexo
obtemos uma correlação com significado estatístico no sexo feminino (p=0,012) mas
não obtemos essa significância no sexo masculino (p=0,114).
O gráfico de dispersão I analisa a correlação entre a distância inter-alar com a
distância inter-canina tendo como base a totalidade da amostra obtendo o resultado de
correlação em termos percentuais, através do valor de regressão linear definido no
gráfico por uma linha de oblíqua. Este valor vai ser de 12,1% que, apesar de positivo,
não vai ter relevância estatística porque toma em consideração dois grupos, o
feminino que apresenta relevância e o masculino que não apresenta relevância
estatística.
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DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Gráfico de dispersão I: Regressão linear do total da amostra
O gráfico de dispersão II vai analisar, novamente, a correlação entre a distância inter-
alar e distância inter-canina desta feita no grupo feminino. O valor de regressão linear
obtido implica uma correlação de 20,4%.
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[ESTUDO DO POSICIONAMENTO DOS DENTES ANTERIORES – CONTRIBUTO PARA A MONTAGEM DE
DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Gráfico de dispersão II: Regressão linear do grupo do sexo feminino.
O gráfico de dispersão III vai analisar, a correlação entre a distância inter-alar e
distância inter-canina desta feita no grupo masculino. Sendo que sabemos à partida
que este resultado não tem relevância estatística. O valor de regressão linear obtido
implica uma correlação de 8,7%.
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[ESTUDO DO POSICIONAMENTO DOS DENTES ANTERIORES – CONTRIBUTO PARA A MONTAGEM DE
DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Gráfico de dispersão III: Regressão linear do grupo do sexo masculino.
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DENTES EM PRÓTESE TOTAL] 19 de Julho de 2011
Discussão:
A determinação da posição canina e por consequência o tamanho mésio-distal da
dentição anterior é, como já foi referido, de suma importância na escolha dos dentes
anteriores duma prótese total. É esta a escolha que vai ter o maior impacto na estética
protética e vai ser esta a característica da prótese que os pacientes mais vão valorizar.
Pode parecer um contra-senso mas na óptica do paciente na concepção da prótese
primeiro vem a estética, em seguida a função e o conforto.6 Assim sendo esta
determinação é um passo crucial na confecção da prótese com vista a restabelecer a
forma e a função.
Boucher refere que a determinação da posição canina utilizando o método da asa do
nariz é muito tentadora2 pelo que pude verificar com este estudo, o método da asa do
nariz tem correlação com o que existe na natureza, utilizando um método de cálculo
de regressão linear verificou-se que esta situação se verifica em 12,1% dos casos da
amostra, aumentando este valor quando se refere ao sexo feminino 20,4% estes
valores vão contra as descobertas quer de Latta et all7 quer de All Wazzan et all8 que
referem não encontrar qualquer correlação entre a distância inter-canina e a distância
inter-alar. Os resultados deste estudo possuem um grau de concordância com o
estudo de Al-el-sheikh et all1 no qual é referido, tal como neste estudo, que existe
correlação da distância inter-alar com a distância inter-canina mas que quando é
efectuada uma separação da amostra consoante o sexo, o grupo correspondente ao
sexo masculino não apresenta correlação apesar de ser o contrário no sexo feminino.
Neste estudo não foi feito qualquer tipo de distinção entre grupos raciais uma vez que
na totalidade da amostra só um participante era de raça negra, sendo a maioria da
amostra de uma homogenia caucasiana. Por este motivo efectuou-se somente uma
análise diferencial de sexo não sendo possível comparar grupos raciais como fez Latta
et all7 e Varjão et all12.
Relativamente ao outro método estudado na determinação da distância inter-canina,
recorrendo à distância inter-pupilar os resultados deste estudo foram consistentes com
os de Latta et all7 e os de All Wazzan et all8 não sendo encontrada qualquer correlação
estatisticamente significativa entre ambas as distâncias.
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Contrariamente aos resultados apresentados por Cesario e Latta15 neste estudo não foi
encontrado um rácio de 1:6,6 entre a distância inter-pupilar e a distância mésio-distal
do incisivo central, neste estudo obteve-se um rácio de 1:7,47 estando em parte de
acordo com All Wazzan et all8 que não encontrou tal rácio embora os resultados do
estudo de All Wazzan não sejam iguais aos obtidos no presente estudo.
A escolha da metodologia a usar na obtenção dos registos fotográficas foi aquela
proposta por Pereira M. C. em 2008, na qual se preconiza o posicionamento da
máquina fotográfica apoiada num tripé ficando a objectiva a uma distância de 56 cm
da face do sujeito a fotografar.10 Este método usado no desenvolvimento deste estudo,
revelou-se no entanto falho, não ocorrendo uma correlação estatisticamente
significativa entre os valores obtidos por medição directa com os obtidos por medição
dos dados fotográficos. Devido a este motivo o estudo efectuado baseou-se única e
exclusivamente nos dados obtidos por medição directa por parte do investigador.
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Conclusão:
A literatura apresenta uma série de métodos que nos permitem situar o canino maxilar
na arcada superior de um desdentado total e deste modo definir o comprimento
anterior da sua arcada. Este estudo, tendo como amostra uma população jovem
portuguesa, analisou dois desses métodos e chegou às seguintes conclusões:
- A relevância estatística das correlações obtidas das medições varia de uma forma
vasta quando a amostra é divida por sexo.
- Existe uma correlação entre a distância inter-alar e a distância inter-canina, no
entanto esta correlação ocorre somente no sexo feminino e num valor não muito alto
(20,4%) o que nos permite definir este método por si só como insuficiente.
- Não existe correlação estatisticamente significante entre a distância inter-pupilar e a
distância inter-canina.
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Bibliografia:
1. Al-el-sheik, H.M., Al-athel, M.S.: The relationship of interalar width, interpupullary width and maxillary anterior teeth width in saudi population. Odontostomatol Trop. 1998 Dec;21(84):7-10.
2. Zarb, G.A., Bolender, C.L., Hickey, J.C., Carlsson, G.E.: Boucher’s prosthodontic treatment for edentulous patient (10ª ed). St.Louis. The C.V. Mosby Co. 1990; p 330-342.
3. Sellen, P.N., Jagger, D.C., Harrison, A.: The selection of anterior teeth appropriate for the age and sex of the individual. How variable are dental staff in their choice? Journal of Oral Rehabilitation. 2002 29; 853-857
4. Rai, R., Correlation of nasal width to inter-canine distance in various arch forms. J Indian Prosthodont Soc 2010 (Apr-June) 10(2):123-127
5. Lamb, D.J.: Problems and solutions in complete dentures prosthodontics. London. Quintessence Publishing Co. 1993; p 91-96
6. Halperin, Graser, Rogoff, Pekavich.: mastering the arts of complete dentures. Chicago. Quintessence Publishing Co 1988; p 107-117
7. Latta, G.H., Weaver, J.R., Conkin, J.E.: The relationship between the width of the mouth, interalar width, bizygomatic width, and interpupillary distance in edentulous patiets. Journal of Prosthetic Dentistry. 1991 65(2);250-254
8. Al Wazzan, K., Al Haidan, A., Al Mufarj, A.: The relationship between facial references and mésio-distal width of maxillary anterior teeth among Saudi patients. Journal of Prosthetic Dentistry. 2001 86(6);608-612
9. Rahn, A.O., Heartwell, C.M.: Textbook of complete dentures (5ª ed). USA. Lea & Febiger. 1993; 305-317
10. Gomes, V.L., Gonçalves, L.C., Prado, C.L., Junior, I.L., Lucas, B.L.: Correlation between facial measurements and the mesiodistal width of the maxillary anterior teeth. Journal of Restorative Dentistry. 2006 18(4);196-205
11. Neill, D.J., Nairn, R.I.: Complete denture prosthetics (3ª ed). Washington. Butterworth-Heinenman Co. 1990; p 65-69.
12. Varjão, F.M., Nogueira, S.S.: Nasal width as a guide for the selection of maxillary complete denture anterior teeth in four racial groups. Journal of prosthodontics. 2006 15(6):353-358
13. Hasanreisoglu, U., Berksun, S., Aras, K., Arslan, I.: Na analysis of maxillary anterior teeth: facial and dental proportions. Journal of prosthetic dentistry 2005 94(6);530-538
14. Brücke, W., Klemt, B.: Bases de la protesis dental. Barcelona. Ediciones doymo, S.A. 1991; p 166-188
15. Cesario, V.A., Latta, G.H.: relationship between the mesiodistal width of the maxillary central incisor and interpuppillary distance. Journal of prosthetic dentistry 1984 52:641-643
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