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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA Unidade de atendimento hospitalar Rua Mariz e Barros, nº 550 – Santa Rosa Abril de 2016

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ESTUDODEIMPACTODEVIZINHANÇAUnidade de atendimento hospitalar Rua Mariz e Barros, nº 550 – Santa Rosa

Abrilde2016

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV ii

Sumário

1. CONSIDERAÇÕESINICIAIS............................................................................................1-1

1.1. Apresentação..............................................................................................................1-1

1.2. Finalidadedoestudo..................................................................................................1-1

1.3. Estruturadotrabalho.................................................................................................1-2

1.4. Identificaçãodoempreendedor.................................................................................1-2

1.5. Identificaçãodoresponsáveltécnicopelaelaboraçãodoprojeto.............................1-2

1.6. Identificaçãodoresponsáveltécnicopelaexecuçãodaobra....................................1-2

1.7. IdentificaçãodoresponsáveltécnicopelaelaboraçãodoEIV....................................1-2

2. QUALIFICAÇÃODOEMPREENDIMENTO.......................................................................2-3

2.1. Localização..................................................................................................................2-3

2.2. Aspectosgeraisdoempreendimento.........................................................................2-5

2.3. Demandaporenergiaerecursosambientais.............................................................2-9

2.3.1. DemandaporEnergiaElétrica.............................................................................2-9

2.3.2. DemandaporGásNatural...................................................................................2-9

2.4. Demandaporáguapotável........................................................................................2-9

2.5. Permeabilidadedosoloedrenagemdeáguaspluviais..............................................2-9

2.6. Resíduossólidoseefluenteslíquidos.........................................................................2-9

2.6.1. Geraçãoderesíduossólidos..............................................................................2-10

2.6.2. Geraçãodeefluentessanitários........................................................................2-11

2.6.3. Geraçãodeefluentesnãosanitários.................................................................2-11

2.7. Emissõesatmosféricas..............................................................................................2-11

2.8. Emissõesderuídos...................................................................................................2-11

3. DIAGNÓSTICODEÁREADEVIZINHANÇA...................................................................3-12

3.1. CaracterizaçãodaestruturaurbanadeNiterói........................................................3-12

3.2. Aspetosgeraisdasocioeconomia.............................................................................3-15

3.3. Caracterizaçãodaáreadevizinhança.......................................................................3-18

3.3.1. Centro................................................................................................................3-19

3.3.1. Cubango.............................................................................................................3-21

3.3.2. Icaraí..................................................................................................................3-23

3.3.3. SantaRosa.........................................................................................................3-26

3.3.4. SãoFrancisco.....................................................................................................3-28

3.3.5. Viradouro...........................................................................................................3-31

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV iii

3.3.6. VitalBrasil..........................................................................................................3-32

3.4. Levantamentodosusosevolumetriadetodososimóveiseconstruçõesexistentesnoentornoimediato................................................................................................................3-34

3.5. Indicaçãodalegislaçãodeusoeocupaçãodosolo..................................................3-35

3.6. Indicaçãodosbenstombadospatrimoniais,edificadosenaturais..........................3-37

3.7. Avaliaçãodavalorizaçãoimobiliária.........................................................................3-39

3.8. Indicaçãodoscursosd’águanoentornodoempreendimento................................3-42

4. IMPACTOSDURANTEAFASEDEOPERAÇÃO..............................................................4-43

4.1. Impactodecorrentedoadensamentopopulacional................................................4-43

4.2. Impactonavegetaçãoearborizaçãourbana............................................................4-45

4.3. Impactonainfraestruturaurbana............................................................................4-47

4.3.1. Capacidadedainfraestrutura............................................................................4-47

4.3.2. Equipamentosurbanosecomunitários.............................................................4-51

4.4. Impactonosistemaviário........................................................................................4-55

4.5. Impactosobreamorfologiaurbana.........................................................................4-55

4.6. Impactosobreomicroclima.....................................................................................4-59

5. IMPACTOSDURANTEAFASEDEIMPLANTAÇÃO........................................................5-66

5.1. Açõesprevistasparafasedeobraseinstalação......................................................5-66

5.1.1. Demolição..........................................................................................................5-66

5.1.2. LimpezadoTerreno,SupressãoeReposiçãodeVegetação..............................5-67

5.1.3. MovimentodeTerra..........................................................................................5-67

5.1.4. InstalaçãodoCanteirodeObras........................................................................5-67

5.1.5. Interferêncianosistemaviário..........................................................................5-68

5.1.6. ConstruçãodasEdificações...............................................................................5-68

5.1.7. DisposiçãodeResíduosSólidos.........................................................................5-69

5.1.8. Produçãoenívelderuído..................................................................................5-70

5.1.9. InstalaçãodeRededeDrenagemdeÁguasPluviais.........................................5-71

5.1.10. InstalaçãodasredesdeÁguaeEsgotoeGeraçãodeEsgotos........................5-71

5.1.11. InstalaçãodeEnergiaElétricaeIluminaçãoeDemandadeEnergiadaObra.5-71

5.1.12. InstalaçãodoSistemadeCombateaIncêndio................................................5-72

5.1.13. Qualidadedoar...............................................................................................5-72

6. MATRIZDEIMPACTOS...............................................................................................6-73

7. CONSIDERAÇÕESFINAIS............................................................................................7-78

7.1. Equipetécnica..........................................................................................................7-78

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV iv

8. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS..................................................................................8-79

ANEXOS............................................................................................................................8-80

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV v

LISTADEFIGURAS

Figura2.1-ÁreaurbanadaRMRJem2007(destaqueemvermelho).....................................2-3Figura2.2-BairroseRegiõesdePlanejamento........................................................................2-4Figura2.3-LocalizaçãodoempreendimentonobairrodeSantaRosa....................................2-4Figura2.4-Mapadelocalizaçãodoempreendimento.............................................................2-5Figura3.1-ÁreaurbanadeNiteróiem1975..........................................................................3-12Figura3.2-ÁreaurbanadeNiteróiem2007..........................................................................3-13Figura3.3-Mapadedensidadedemográfica.........................................................................3-14Figura3.4-Mapadeevoluçãopopulacional..........................................................................3-15Figura3.5-DensidadedemográficadosmunicípiosdaRMRJ................................................3-16Figura3.6-Pessoasemidadeativacomrendimentonominalmensalsuperiora5SM(%)..3-17Figura3.7-Áreadevizinhançadoempreendimento.............................................................3-19Figura3.8-FotoaéreadobairroCentro................................................................................3-20Figura3.9-FotoaéreadobairroCubango.............................................................................3-22Figura3.10-FotoaéreadobairroIcaraí.................................................................................3-25Figura3.11-FotoaéreadobairroSantaRosa........................................................................3-27Figura3.12-FotoaéreadobairroSãoFrancisco....................................................................3-30Figura3.13-FotoaéreadobairroViradouro.........................................................................3-32Figura3.14-FotoaéreadobairroVitalBrasil........................................................................3-34Figura3.15-DistribuiçãodosbenstombadosnobairroCentro............................................3-37Figura3.16-DistribuiçãodosbenstombadosnosbairrosIcaraíeSantaRosa......................3-38Figura3.17-DistribuiçãodosbenstombadospatrimoniaisnobairroSãoFrancisco............3-38Figura3.18-Distribuiçãodosbenstombadosemumraiode300m.....................................3-39Figura3.19-VariaçãonopreçodeimóveisemNiterói(mar/2015emar/2016)...................3-39Figura3.20-Variaçãodopreçodom²emStaRosaenoCentro(mar/15emar/16)............3-40Figura3.21-Variaçãodopreçodom²emStaRosaeemIcaraí(mar/15emar/16)..............3-40Figura3.22-Variaçãodopreçodom²emStaRosaenoVitalBrasil(mar/15emar/16)......3-41Figura3.23-Indicaçãodoscursosd’águanumraiode100mdoempreendimento..............3-42Figura4.1-VistadaRuaSantaRosa.......................................................................................4-45Figura4.2-VistadaRuaMarizeBarros.................................................................................4-46Figura4.3-Mapadesituaçãodoempreendimento...............................................................4-46Figura4.4-Volumetriaprojetadaemrelaçãoaoexistentenoentornoimediato.................4-56Figura4.5-Volumetriaprojetadaemrelaçãoaoexistentenoentornoimediato.................4-56Figura4.6-InexistênciadevistaspúblicasnohorizontevisualdaRuaMarizeBarros..........4-57Figura4.7-InexistênciadevistaspúblicasnohorizontevisualdaRuaMarizeBarros..........4-57Figura4.8-TemperaturasentreJaneiroeJunho...................................................................4-59Figura4.9-TemperaturasentreJulhoeDezembro...............................................................4-60Figura4.10-Direçãopredominantesdosventossegundoestaçãodoano...........................4-61Figura4.11-Velocidadespredominantesdosventossegundoestaçãodoano....................4-62Figura4.12-Trajetóriasolar...................................................................................................4-63

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV vi

LISTADETABELAS

Tabela2.2.1-Aspectosdoimóvel............................................................................................2-5Tabela2.2.2-ParâmetrosurbanísticosdaFraçãoUrbanaSR-05.............................................2-6Tabela2.2.3-Quadrodeáreas.................................................................................................2-7Tabela3.2.1-Evoluçãodapopulaçãoentre1991e2010......................................................3-16Tabela3.2.2-Pessoasde10anosoumaisdeidadecomrendimentonominalmensal........3-17Tabela3.2.3-CarregamentodosprincipaiseixosdeNiterói.................................................3-18Tabela3.3.1-PopulaçãodoCentronosanosde1970,1980,1991,2000e2010.................3-20Tabela3.3.2-PopulaçãodoCubangonosanosde1970,1980,1991,2000e2010..............3-22Tabela3.3.3-PopulaçãodeIcaraínosanosde1970,1980,1991,2000e2010....................3-24Tabela3.3.4-PopulaçãodeSantaRosanosanosde1970,1980,1991,2000e2010...........3-26Tabela3.3.5-PopulaçãodeSãoFrancisconosanosde1970,1980,1991,2000e2010......3-29Tabela3.3.6-PopulaçãodoViradouronosanosde1970,1980,1991,2000e2010............3-31Tabela3.3.7-PopulaçãodoVitalBrasilnosanosde1970,1980,1991,2000e2010...........3-33Tabela3.7.1-Valormédiodom²nosbairrosdaáreadevizinhançaemmarçode2014.....3-41Tabela4.1.1-Dinâmicapopulacionaldosbairrosdaáreadevizinhança(1970e2010).......4-43Tabela4.1.2-Participaçãodosbairrosdaáreadevizinhançanapopulaçãomunicipal........4-44Tabela4.1.3-Densidadeurbanabrutadaáreadevizinhança...............................................4-44Tabela4.3.1-Abastecimentodeáguanaáreadevizinhança................................................4-47Tabela4.3.2-Disponibilidadedecoletadeesgotonaáreadevizinhança.............................4-48Tabela4.3.3-Disponibilidadedecoletadelixonaáreadevizinhança..................................4-49Tabela4.3.4-Abastecimentodeenergiaelétricanaáreadevizinhança...............................4-50Tabela4.3.5-Estabelecimentosdeeducaçãonaáreadevizinhança....................................4-52Tabela4.3.6-Unidadesdesaúdenaáreadevizinhança.......................................................4-54Tabela4.6.1-Projeçãodosombreamentoduranteosmesesdeverãoeoutono.................4-64Tabela4.6.2-Projeçãodosombreamentoduranteosmesesdeinvernoeprimavera.........4-65Tabela5.1.1-Armazenamentoedestinaçãoderesíduosgeradosnaconstruçãocivil..........5-69Tabela5.1.1-AvaliaçãodeImpacto.......................................................................................6-74

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV vii

GLOSSÁRIO

Ambiente urbano: relações da população e das atividades humanas, organizadas peloprocessosocial,deacesso,apropriaçãoeusoeocupaçãodoespaçourbanizadoeconstruído;

EstudodeImpactodeVizinhança(EIV):documentoqueapresentaoconjuntodosestudoseinformaçõestécnicasrelativasàidentificação,avaliação,prevenção,mitigaçãoecompensaçãodos impactos na vizinhança de um empreendimento ou atividade, de forma a permitir aanálisedasdiferenças entre as condiçõesqueexistiriam coma implantaçãodomesmoe asqueexistiriamsemessaação;

Impacto de vizinhança: significa repercussão ou interferência que constitua impacto nosistema viário, impacto na infraestrutura ou impacto ambiental e social, causada por umempreendimento ou atividade, em decorrência de seu uso ou porte, que provoque adeterioração das condições de qualidade de vida da população vizinha, requerendo estudosadicionais para análise especial de sua localização, que poderá ser proibida,independentementedocumprimentodasnormasdeusoeocupaçãodosoloparaolocal;

Impacto na infraestrutura urbana: demanda estrutural causada por empreendimentos ouatividades, que superem a capacidade das concessionárias nos abastecimentos de energia,água,telefonia,esgotamentosanitáriooupluvial.

Impacto no sistema viário: interferências causadas em decorrência de suas atividades e/ouporte de suas edificações, quando atraem ou produzem grande número de viagens e/outrânsito intenso, gerando conflitos na circulação de pedestres e veículos em seu entornoimediato,requerendoanáliseespecial;

Impacto sobre a morfologia urbana: edificações cuja forma, tipo ou porte, implique emconflitocomamorfologianaturalouedificadalocal;

Medidascompatibilizadoras:destinadasacompatibilizaroempreendimentocomavizinhançanosaspectosrelativosàpaisagemurbana,edeserviçospúblicoseinfraestrutura;

Medidascompensatórias:destinadasacompensarimpactosirreversíveisquenãopodemserevitados;

Medidasmitigadoras:destinadasaprevenir impactosadversosouareduziraquelesquenãopodemserevitados;

Vizinhança:imediaçõesdolocalondesepropõeoempreendimentoouatividade,consideradaaáreaemqueoempreendimentoexerceráinfluência.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 1-1

1. CONSIDERAÇÕESINICIAIS

1.1. Apresentação

EsteEstudode ImpactodeVizinhança–EIV– temporobjetivoavaliaros impactosa seremgeradospeloempreendimentohospitalara ser implantadonaRuaMarizeBarros,nº550–SantaRosa,ematendimentoàorientaçãodadapelaInstruçãoTécnicanº01/2016,expedidapelaSecretariaMunicipaldeUrbanismoseMobilidadeem13demarçode2014,oriundadoprocesso de construção 080/001215/2016, e tem por objetivo concessão de licença deconstrução.

CabeobservarqueareferidainstruçãotécnicaorientaaelaboraçãodoEstudoeRelatóriodeImpactodeVizinhançaemobservaçãoàLeiMunicipalnº2.551/2008.

O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança – EIV é um dos instrumentos de política urbanaprevistos no Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, em seuCapítuloII,SeçãoI–Dosinstrumentosemgeral,incisoVIEstudoPréviodeImpactoAmbiental(EIA)eEstudoPréviodeImpactodeVizinhança(EIV).

1.2. Finalidadedoestudo

OEIVtemporfinalidadeinstruireasseguraraoPoderPúblicodacapacidadedomeiourbanopara comportar determinado empreendimento, com vistas a evitar o desequilíbrio nocrescimento urbano e garantir condições de mínimas de ocupação dos espaços habitáveis,avaliando as repercussõesde sua implantaçãoe adequandoo empreendimento aomeiodoqual ele fará parte. Fundamenta-se na função fiscalizatória, de prevenção e precaução, quegaranteaavaliaçãodasobrasedasatividadesquepossam,potencialmente, causardanoaomeioambiente.OEIV,portanto,deveapontarosaspectospositivosenegativosreferentesàsuaimplantaçãodentrodaáreadevizinhança,orientadopelaInstruçãoTécnica(IT)einformarseus impactos positivos e negativos na qualidade de vida urbana, apontando medidasmitigadorasoucompensatóriasquandoforemnecessárias.

Osempreendedores,porsuavez,deverãoagircomcomprometimentoparaqueosresultadosdoEIVsejamosmaispróximosdarealidade.

A fimdedaratendimentoaoprocessoadministrativo,opresenteestudosedesenvolvepelaanálisedosdiversoselementosformadoresdoespaçourbanonoqualoempreendimentoseinsere,considerandoasituaçãoatualeoseventuaisimpactosfuturosaseremgeradosapartirda implantação do projeto proposto. Os dados apresentados neste documento foramfornecidos pela empresa responsável e profissionais autores dos referidos projetos dearquitetura e os projetos e estudos complementares. Outros documentos constantes ecomplementares desse estudo são gráficos, tabelas, mapas, fotos, obtidos por meio depesquisasaosórgãospúblicos,publicações,pesquisasemsites,vistoriasdecampo.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 1-2

1.3. Estruturadotrabalho

Aestruturadestetrabalhoécompostaporoitocapítulos,atendendoaodispostonaInstruçãoTécnicasupramencionada,alémdeconterdocumentaçãoanexaecomplementar.Ocapítulo2apresenta as informações gerais sobre o empreendimento. O capítulo 3 contempla adelimitação e diagnóstico da área de vizinhança, elaborado com base em informaçõesextraídasdedadossecundárioseemvisitastécnicasdecampo.Emseguida,oscapítulos4e5identificamedescrevemosimpactospositivosenegativosqueoempreendimentotraráparaaárea de vizinhança durante, respectivamente, suas fases de implantação e operação. Ocapítulo6apresentaamatrizdeimpactos.Jáocapítulo7trazasconsideraçõesfinais.Porfim,ocapítulo8trazabibliografiabásicautilizadanosestudoseaequipetécnicaenvolvida.

1.4. Identificaçãodoempreendedor

SoterSociedadeTécnicadeEngenhariaS/AR.DrBormann,43/12ºandar,Niterói-RJ,24020-320,Brasil

1.5. Identificaçãodoresponsáveltécnicopelaelaboraçãodoprojeto

AnaMariaSalamondeTituloProfissional:ArquitetaeUrbanistaRegistroProfissional:A81319-2CAU

1.6. Identificaçãodoresponsáveltécnicopelaexecuçãodaobra

RaymundoLuizdeSáTituloProfissional:EngenheiroCivilRegistroProfissional:134808/DCREA-RJ

1.7. IdentificaçãodoresponsáveltécnicopelaelaboraçãodoEIV

DaviMeloDiasTituloProfissional:ArquitetoeUrbanistaRegistroProfissional:A73925-1CAUARQUATROARQUITETURA

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-3

2. QUALIFICAÇÃODOEMPREENDIMENTO

2.1. Localização

Oempreendimento,objetodeanálisedopresenteEstudodeImpactodeVizinhança–EIV–,selocalizanaRuaMarizeBarros,Nº550,nobairrodeSantaRosa–Niterói-RJ.

OMunicípiodeNiteróiéumdos19municípiosintegrantesdaRegiãoMetropolitanadoRiodeJaneiro(RMRJ)esesituaaolestedaBaíadaGuanabara,ondeseencontraconurbadocomosmunicípiosdeSãoGonçalo,MaricáeItaboraí(verFigura2.1).

Figura2.1-ÁreaurbanadaRMRJem2007(destaqueemvermelho)

Fonte:PlanoDiretordeTransportesUrbanosdaRMRJ-PDTU/RJ(2014).

OMunicípiodeNiteróicompreendeumterritóriode133,2km²(CIDE,2007)eumapopulaçãode487.562(IBGE,2010).AFigura2.2mostraquesuadivisãoadministrativasedápormeiode52bairrosreunidosem5RegiõesdePlanejamento(conformeoPlanoDiretordacidade,Lein°1.157/1992),quaissejam:PraiasdaBaía,Norte,Leste,PendotibaeOceânica.

O empreendimento está geograficamente localizado na Região das Praias da Baía, que selimita ao norte com a Região Norte, ao sul com a Região Oceânica, a leste pela Região dePendotibaeaoesteBaíadeGuanabara.Emfunçãodaproximidadecomaáreacentraledebairrosresidenciaisconsolidadosedealtaqualificaçãoambiental,estaáreapossuilocalizaçãoestratégicaparaousoresidencialpelainfraestruturaurbanadisponíveleofertadecomércioeserviços existentes. Além da proximidade da área central, possui fácil acesso a importanteseixosdetransporteintramunicipaiseintermunicipais.

Niterói

São Gonçalo

Itaboraí

Maricá Cidade do Rio de Janeiro

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-4

Figura2.2-BairroseRegiõesdePlanejamento

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU.

A Figura 2.3mostra a localização do empreendimento dentro do bairro de Santa Rosa, quepossuilimitescomosbairrosdoCubango,PéPequeno,Icaraí,VitalBrasil,ViradouroeViçosoJardim.

Figura2.3-LocalizaçãodoempreendimentonobairrodeSantaRosa

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU.Foto:GoogleEarth.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-5

2.2. Aspectosgeraisdoempreendimento

Oempreendimentosesituaemumlotecujaáreacorrespondea3.576,98m²,identificadopelonº550daRuaMarizeBarros,sendoquetambémpossuitestadaparaaRuaSantaRosa,comodemonstrado na Figura 2.4. O lote atualmente está edificado. Desta maneira, a Tabela, aseguir,apresentaalgunsaspectosatuaisdaáreaemquestão.

Tabela2.2.1-Aspectosdoimóvel

Descrição Valor

Áreatotaldoterreno 3.576,98m²

ÁreaTotalConstruídaExistente 0,00m²

ÁreaaDemolir 0,00m²

Figura2.4-Mapadelocalizaçãodoempreendimento

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-6

DeacordocomoPlanoUrbanísticoRegionaldasPraiasdaBaía–Lei1.967,de04deabrilde2002 – o empreendimento se situa na Região Praias da Baía, Sub-região de Santa Rosa, emáreacaracterizadacomoZonaUrbana–ZU,conformeozoneamentodefinidoporesteplano.Está inserido na Fração urbana SR-05 e possui seus parâmetros urbanísticos definidosconformeTabela2.2.2,aseguir.

Tabela2.2.2-ParâmetrosurbanísticosdaFraçãoUrbanaSR-05

Parâmetro Valor

Cotamínimadedensidade 05

Taxamáximadeocupação 50%

Taxamáximadeimpermeabilização N/A

Afastamentomínimofrontal 7,00m

Afastamentomínimolateralefundos 4,50m

Gabaritomáximodalâmina 14pav.

Gabaritomáximodoembasamento 02pav.

Cotadereferênciadegabarito Meiofio

Segundo dados constantes do projeto de aprovação, o empreendimento compreende aconstruçãodeumblocodeedificaçãosobreembasamento,destinadoaedificaçãohospitalar,somando 36.662,66m² de Área Total de Construção e que respeita o gabarito máximopermitido pela legislação em vigor, em consonância com o processo de verticalização queocorrenaRegiãodasPraiasdaBaía.

O projeto se caracteriza pela construção de 01 pavimento subsolo, 01 pavimentosemienterrado,01pavimentotérreo,01jirau,e16(dezesseis)pavimentosdelâmina,alémdoaproveitamento da cobertura segundo o permitido em lei. Não constam unidadesindividualizadasnoprojetodeaprovação.Oprojetoaindasecaracterizaporpossuir casademáquinasetelhado.

O projeto prevê a distribuição de 120 vagas de garagem pelo pavimento subsolo e pelosemienterrado.Oprojetoaindaprevêreservatóriodeacumulaçãoeretardodeáguadechuva,bem como a instalação de hidrômetros individuais. A Tabela 2.2.3, a seguir, apresenta oquadrodeáreasdoempreendimento.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-7

Tabela2.2.3-Quadrodeáreas

Oprojetosedistribuiverticalmenteconformedemonstradonoconjuntopranchasdoprojetoarquitetônicoemanexo,comasplantas,cortesefachadasdoempreendimento.

PavimentoSubsolo:Estacionamentocom85vagas.

Pavimento semienterrado: Estoque almoxarifado, administração,materiais especiais, códigode barras, recebimento, energias, pátio de carga e descarga, vestiários, roupa suja, resíduoinfectante,cadáveres,estarfamiliareseestacionamentocom35vagas.

PavimentoTérreo:Informações,loja,concierge,hallsocial,internação,backoffice,tesouraria,coordenação,administração,espera,sanitários,resíduoscomuns,resíduosquímicos,boxesdeatendimento, laboratórios, medicação, salas de pronto atendimento, raio-x e casas demáquinas.

Jirau:Vestiários,guardapertences,segurançaemóveis.

2º pavimento: Salas de exames, auditório, restaurante, cozinha industrial, rouparia e salasadministrativas.

3ºpavimento:11salasdeatendimento,guardadematerialdeesterilizaçãoedescanso.

4ºpavimento:Pavimentotécnicoefarmácia.

5ºpavimento:Pavimentotécnico.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-8

6º ao 8º pavimentos: Recepção, 28 leitos, sala de estar para pacientes e acompanhantes,rouparia,guardadeequipamentos,postodeenfermagem,isolamentoeCentrodeTratamentoeTerapiaIntensiva.

9ºao14ºpavimentos:Postodeenfermagem,quartos,quartosdeisolamentoeapoios.

15ºpavimento:Postodeenfermagem,quartos,quartosdeisolamento,apoiosecaixasd’água.

16ºpavimento:Postodeenfermagem,quartos,quartosdeisolamentoeapoios.

Pavimentocobertura:Pavimentotécnico.

Aanálisedosdesenhosdoprojetodeaprovaçãomostraquesetratadeumempreendimentohospitalardegrandeporte, localizadoemum lotede formatotrapezoidal,comtestadaparadois diferentes logradouros. Dessemodo, a tipologia de edificação resulta em um bloco deperpendicularà testadaprincipal,ondeumapresenta fachadasvoltadasparadoisdiferenteslogradouros.A taxadeocupaçãoprojetadaéde41,95%,cercade16%menorquea taxadeocupaçãomáximapermitidaporlei,de50%.

O projeto segue o partido arquitetônico de outras edificações da região, com pavimentotérreo, um (jirau) mezanino e um segundo pavimento de embasamento. As plantas dessespavimentosevidenciamagrandecomplexidadedoprogramahospitalar.

O pavimento subsolo ocupará parcialmente a área do lote, descontados os afastamentosfrontais das duas testadas. Esse pavimento cumpre a função exclusiva de guarda deautomóveis.Emumdeles,selocalizaoreservatórioparacaptaçãodeáguadechuvaevisitaaoreservatóriodeáguatratada.

Nopavimento térreo se localizaaentradadoempreendimento, sendooacessoprincipalnaesquina das ruasMariz e Barros e Santa Rosa. Ainda no pavimento térreo estão localizadosacessos ao estacionamento no subsolo; a pessoas com necessidades especiais; acesso deemergênciacomvagaparaduasambulâncias;acessodeserviçoeaosemienterrado;easaídadematerial sujo. O pavimento de jirau ocupará parcialmente a área do lote, na porção defundosdo lote, cumprindoa funçãoexclusivadevestiáriode funcionários.Com isso,grandepartedopavimentotérreoterápédireitode5,50metros.

Acima dos pavimentos que constituem o embasamento, os pavimentos-tipo apresentamvariaçõesemformaetipologiadecompartimentosquebuscamomelhoraproveitamentodopotencialconstrutivodoloteemfunçãodeseuformato.

Localizado em uma área valorizada da cidade, a implantação da edificação busca garantirmáximoaproveitamentoconstrutivo,bemcomoocumprimentodasnormasdeafastamento,emum lote trapezoidal. Logo, verifica-se variaçãona formados pavimentos, comoito tiposdiferentesdeplantasbaixasemumtotalde14pavimentos.

OobjetivodoprojetodohospitalpropostoéodeampliararededeatendimentohospitalardeNiterói, hoje com deficiência quantitativa e buscando melhorar cobertura e assistênciamédico-hospitalardacidade.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-9

2.3. Demandaporenergiaerecursosambientais

2.3.1. DemandaporEnergiaElétrica

O fornecimento de energia elétrica é viabilizado junto à concessionária Ampla, por ligaçãoexclusiva ao imóvel. O consumomédio será calculado em função do projeto de elétrica daedificaçãoeapresentadoàconcessionária.

2.3.2. DemandaporGásNatural

O fornecimentodeGásNatural é viabilizado junto à concessionária local – CEGGásNaturalFenosa.Oconsumomédioserá feitopor fogõese fornoseaquecedordepassagemasereminstaladosnasáreasdeserviçoecozinhaindustrial.

2.4. Demandaporáguapotável

Oabastecimentodeáguaparaconsumohumanonofuncionamentodoempreendimentoserárealizadopela concessionáriaÁguasdeNiterói, atravésda redepública,pormeiode ligaçãoexclusiva. Para funcionamento do hospital, o projeto deverá atender as condicionantesexigidaspelaconcessionária.

2.5. Permeabilidadedosoloedrenagemdeáguaspluviais

Osistemadedrenagemdeáguaspluviaisdaedificaçãoserádotadoporcalhas,ralosegrelhaspara a coleta das águas provenientes do telhado e áreas impermeáveis externas e seráexecutado conforme legislação em vigor, sendo as águas encaminhadas para o sistema dedrenagempúblico.

2.6. Resíduossólidoseefluenteslíquidos

No que diz respeito aos resíduos de serviços de saúde (RSS), todo o recolhimento de lixohospitalardeve,obrigatoriamente,obedecerànorma306/2004,daANVISA(AgênciaNacionalde Vigilância Sanitária). Conforme resolução do CONAMA 283/2001 e a Resolução RDC nº306/2004 da ANVISA, o tratamento e disposição dos resíduos fica a cargo do gestor doHospital, sendonecessárioumPGRSS–PlanodeGerenciamentodeResíduosdeServiçosdeSaúdequeincluacoleta,transporte,tratamentoedisposiçãofinaladequada.

De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos de serviços de saúde (RSS) sãoclassificadoscomo:

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-10

• Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos queapresentemriscodeinfecção.Ex.:bolsasdesanguecontaminado;

•GrupoB(químicos) -quecontenhamsubstânciasquímicascapazesdecausarriscoàsaúdeou ao meio ambiente, independente de suas características inflamáveis, de corrosividade,reatividadee toxicidade.Porexemplo,medicamentospara tratamentode câncer, reagentesparalaboratórioesubstânciaspararevelaçãodefilmesdeRaio-X;

•GrupoC(rejeitosradioativos) -quaisquermateriaisresultantesdeatividadeshumanasquecontenham radionuclídeos (átomos com núcleos instáveis, que emitem radiação) emquantidadessuperioresaoslimitesdeisençãoespecificadosnasnormasdaComissãoNacionaldeEnergiaNuclear(CNEN)eparaosquaisareutilizaçãoéimprópriaounãoprevista.

• Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo que não tenha sido contaminado ou possaprovocaracidentes,comogesso,luvas,gazes,materiaispassíveisdereciclagemepapéis;

• Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, comolâminas,bisturis,agulhaseampolasdevidro.

2.6.1. Geraçãoderesíduossólidos

A área é devidamente atendida por coleta de resíduos sólidos e exigirá o requerimento deviabilidadedecoletaàClin,comdevidoarmazenamentodosresíduosemcontêineres.

Segundoespecificaanorma,todoomaterialprovenientedestacadocomolixohospitalardeveser classificado e colocado em embalagens diferentes e específicas e sua destinação deverespeitar as especificações da norma. Os resíduos hospitalares podem ser identificados eclassificadosdaseguinteforma:

A) Resíduos infecciosos: São os materiais provenientes de isolamentos, contendo sanguehumano,materialpatológico,materiaisperfurantesecortantes,resíduosdediagnósticos,debiopsiasedeamputações,assimcomoresíduosdetratamentoscomogazes,sondasedrenos,dentreoutros.

B)Resíduosespeciais:Compreendidopormateriaisradioativos,farmacêuticosequímicos.

C)Resíduoscomunsougerais:Sãoosmateriaisprovenientesdeáreasadministrativaseáreasexternas,comosucatas,embalagensreaproveitáveis,resíduosalimentares,etc.

O acondicionamento e a destinação dos resíduos hospitalares deve proceder da seguinteforma:

Grupo1–materiaisperfurocortantesemcaixasdepapelãoespecíficasparaestafinalidade.Osdemaisresíduosdevemseralocadosemsacosplásticosbrancos,sempreidentificadoscomosímbolodematerialinfectante.Destino:incineraçãoouaterrosanitárioatravésdesistemadecoletaespecial;

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 2-11

Grupo 2 – materiais radioativos dispõem de uma legislação própria do CNEN (ComissãoNacionaldeEnergiaNuclear)edevemprocederdeacordocomessaespecificação, sendooshospitaisosresponsáveisporsuadestinaçãofinal.Osmateriaisfarmacêuticossãodevolvidosaosfabricantes,sendoessesosresponsáveisporsuadestinação.

Grupo 3 – papel, papelão, vidros, plásticos, metais e demais materiais recicláveis recebemembalagens próprias de acordo com o tipo de material, e sua destinação é a reciclageminternaouaentrega,oumesmovenda,comosucata.

2.6.2. Geraçãodeefluentessanitários

Os efluentes gerados pelo hospital serão coletados e afastados para tratamento pela redepúblicagerenciadapelaconcessionáriaÁguasdeNiterói.Resíduosinfectantesnãopoderãoserdispostosnomeioambientesempréviotratamentooureciclados.

2.6.3. Geraçãodeefluentesnãosanitários

O empreendimento não possui previsão de geração de efluentes não sanitários na redepública durante a fase de operação. Portanto, não se espera impactos significativos navizinhançaporessemotivo.Resíduosinfectantesnãopoderãoserdispostosnomeioambientesempréviotratamentooureciclados.

2.7. Emissõesatmosféricas

Oempreendimentopossuiprevisãodeutilizaçãoemergencialdegeradoresduranteafasedeoperaçãoapenasemcasodeinterrupçãodefornecimentodeenergiae,portanto,apenasdeforma esporádica. Assim, não estão previstos impactos significativos na vizinhança por essemotivo.

2.8. Emissõesderuídos

Durante a operação do empreendimento hospitalar espera-se ruído apenas no interior daedificação.Espera-sequeosníveisderuídogeradospelotrânsitofuturosejampróximosaosatuais.Entretanto,duranteaoperação,oaumentoderuídopoderáserpercebidoemfunçãodo movimento de ambulâncias. Portanto, esperam-se incômodos na vizinhança por essemotivo,emrazãodeeventualruídoparaforadoslimitesdapropriedade.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-12

3. DIAGNÓSTICODEÁREADEVIZINHANÇA

Estecapítulotemporobjetivoapresentaroslevantamentosreferentesàáreadevizinhançadoempreendimento.AInstruçãoTécnicanº01/2016descreveaáreadevizinhançacomoaquelaqueincluiosbairrosSantaRosa,Viradouro,Icaraí,Centro,VitalBrasileSãoFrancisco.

3.1. CaracterizaçãodaestruturaurbanadeNiterói

O Município de Niterói teve seu crescimento urbano acelerado a partir de 1974, com aaberturadaPonteRio-Niterói.Em1975,umanoapósainauguraçãodaPonte,aáreaurbanadeNiteróicorrespondiaa24,2km².AFigura3.1mostraqueem1975aocupaçãourbanizadaseconcentravanaRegiãodasPraiasdaBaíaeempartedaRegiãoNorte.OsdadosdoCensoDemográfico realizado em 1970 mostram que a população de Niterói era de 324.246habitantes.

Figura3.1-ÁreaurbanadeNiteróiem1975

Fonte:Elaboraçãoprópria.

Demodogeral,apartirdadécadade1970,osbairrosdeocupaçãomaisantiganocentrodacidadesofreramumprocessodedegradaçãoeabandonopeloPoderPúblico,queresultouemumcrescimentobaixoouatémesmonodecréscimodapopulação.Aclassemédiaealta,queantes ocupava essa área, se mudou para as áreas litorâneas, a partir de Boa Viagem, emdireçãoaIcaraíeàsPraiasOceânicas,sendoaáreacentraldeixadaaumapopulaçãodemenorpoder aquisitivo. Neste mesmo período, a cidade sofreu outro impacto em sua estruturaeconômica.Aleicomplementarn.º20de1974efetivariaafusãodosestadosdaGuanabarae

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-13

Riode Janeiro, retirandodeNiteróiacondiçãodecapital.A implantaçãodonovoEstadodoRio de Janeiro ocorreu em 1975. A fusão trouxe o inevitável esvaziamento econômico dacidade,situaçãoquesemodificoucomaconclusãodaPonteRio-Niterói,poisestaintensificaaproduçãoimobiliárianasáreascentraisebairroslitorâneosconsolidadosdaZonaSul(IcaraíeSanta Rosa), além de redirecionar a ocupação para áreas expansivas da cidade, como asregiõesOceânicaedePendotiba.

O que se verifica nas décadas seguintes é a forte expansão da malha urbana de formaespontânea e ao longo dos principais eixos rodoviários. Houve um incremento dosinvestimentospúblicosobjetivandoaexpansãourbanaparafavoreceromercadoimobiliário,oque exigiu a adequação e ampliação da infraestrutura básica existente. A Ponte Rio-Niteróitambémredirecionouaocupaçãoparaáreasexpansivasdacidade.Niteróiassumiu,apartirdeentão,umperfilmaisresidencial,atrativoparatrabalhadoresdacidadedoRiodeJaneiroporconta da acessibilidade fornecida pela nova ponte. Isto faz com que o deslocamento diárioterrestreouporbalsassejaintensoatéosdiasatuais.

Aexpansãourbanainiciadanadécadade1970sedeucommaiorintensidadenadireçãodasregiões Oceânica e de Pendotiba. A Figura 3.2 mostra que 35 anos mais tarde, em 2007,Niterói já possuía 55,6km² de área urbana, com uma população de 487.562 habitantes em2010. Isso significa que enquanto a população cresceu 50% emumperíodo de 40 anos (de1970a2010),oterritóriourbanocresceuem130%nos32anosapósaconstruçãodaPonteRio-Niterói.Ouseja,aformadeexpansãoterritorialverificadaemNiteróireduziuadensidadedemográficadaáreaurbanade13.400hab./km²para8.800hab./km².

Figura3.2-ÁreaurbanadeNiteróiem2007

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoPlanoDiretordoArcoMetropolitanoRJ.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-14

Adicionalmente, tem-se o fato de que durante todo o período de expansão a ênfase dosinvestimentosemtransportesemprefoidadapormeiodepropostasrodoviaristas,comfoconotransporteindividualdebaixacapacidade(automóvelparticular).

A análise da densidade demográfica segundo dados dos setores censitários do IBGE,apresentadapelaFigura3.3,mostraqueatualmenteaáreamunicipal se tornamaisdensaapartir do bairro de Icaraí e Santa Rosa, na Região das Praias da Baía, e segue em médiasdensidadesemdireçãoaosbairrosdoFonsecaedoBarreto,naRegiãoNorteeemdireçãoaovetordaRegiãodePendotiba.Porfim,asáreasdeexpansãomaisrecentenaRegiãoOceânicaapresentambaixadensidadepopulacional.

Figura3.3-Mapadedensidadedemográfica

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

Pormeioda Figura3.4, a seguir, percebe-sequeosbairros commenordensidade foramosqueapresentarammaiorcrescimentopopulacionalentreosanosde2000e2010,refletindoadireçãodosvetoresdeexpansãodaRegiãoOceânicaedaRegiãodePendotiba.Poroutrolado,osbairrosdasregiõesdemaiordensidadecomeçamaapresentarmenorritmodecrescimentopopulacional e algumas chegam a apresentar taxas negativas, como em alguns bairros daRegião das Praias da Baía e da Região Norte. Assim, verifica-se movimento dedescompactação,donúcleocentralparaosbairrosperiféricosdomunicípio.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-15

Figura3.4-Mapadeevoluçãopopulacional

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdosCensosDemográficos2000e2010.

Asalteraçõesmanifestadasnaestruturaurbanamunicipalemetropolitana, juntamentecomas mudanças socioeconômicas caracterizadas a seguir, além da falta de investimento emmodos coletivos estruturantes, hoje repercutem negativamente na qualidade e na baixaeficiênciadosistemadecirculaçãourbanadomunicípio.Niteróiatualmentesecaracterizaporser um município de baixa densidade urbana e que sofre com os impactos negativos doespraiamentourbano:Infraestruturadealtocusto,necessidadededeslocamentosdiáriosporautomóveisparaviagenspendularesparacumprirdistânciascadavezmaisafastadasepressãosobreáreasdepreservação,entreoutros.

3.2. Aspetosgeraisdasocioeconomia

Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE, o Município de Niterói atingiu, no ano de2010,onúmerode487.562habitantes,ou4,1%dapopulaçãodaRegiãoMetropolitanadoRiodeJaneiro-RMRJ(11.835.708habitantes),sendoque100%doshabitantesmoramemáreasurbanas.

Em termosdedensidadedemográfica, enquantoo EstadodoRio de Janeiro apresentaumapopulação de 15.989.929 habitantes em uma área territorial de 43.780 km² e a RMRJ11.835.708 habitantes em uma superfície de 5.326 km², Niterói possui uma população de487.562habitantesemumterritóriomunicipalde133,2km².Issorepresentaque,enquantooestado do Rio de Janeiro apresenta uma densidade de 365 habitantes por km² e a RMRJcompreende uma densidade de 2.221 habitantes por km², Niterói apresenta densidade de3.660habitantesporkm². AFigura3.5mostraqueentreos19municípiosquecompõema

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-16

RegiãoMetropolitana, Niterói é o sétimo em densidade, atrás domunicípio vizinho de SãoGonçaloedequatrooutrosqueselocalizamnaBaixadaFluminense.

Figura3.5-DensidadedemográficadosmunicípiosdaRMRJ

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

Osdadosdoscensosedascontagensdepopulaçãomostramqueentreosanos1991e2010apresentadospelaTabela3.2.1,aseguir,mostramqueocrescimentodapopulaçãodeNiteróiaconteceuataxasmenoresqueasdoBrasil,asdoestadodoRiodeJaneiroeasdaRMRJ.

Tabela3.2.1-Evoluçãodapopulaçãoentre1991e2010

1991 1996 2000 2007 2010Variação1991-2010

Taxamédiacrescimento

(a.a)

Brasil 146.825.475 157.070.163 169.799.170 183.987.291 190.732.694 29,9% 1,4

EstadodoRio 12.783.761 13.406.308 14.367.083 15.420.375 15.989.929 25,1% 1,2

RMRJ 9.796.649 10.172.201 10.869.255 11.542.364 11.835.708 20,8% 1,0

Niterói 436.155 450.364 459.451 474.002 487.562 12,3% 0,6

Fonte:IBGE,censosde1991,2000e2010econtagemdapopulaçãode1996e2007.Elaboraçãoprópria.

AanálisedarendamostraqueNiteróiapresentaumexpressivocontingentedepessoascujarendapessoalultrapassa5saláriosmínimos (SM).OsnúmerosapresentadosnaTabela3.2.2revelaqueenquantosuapopulaçãode10anosoumaiscorrespondea4,2%daRMRJ,Niteróiconcentracercade10%dapopulaçãoacimade10anoscomrendasuperiora5SMdaRMRJ.Poroutrolado,apopulaçãoacimade10anoscomrendainferiora1SMéproporcionalmentemenor em Niterói que na Região Metropolitana. Enquanto na primeira este número

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000

Guapimirim-RJ

Paracambi-RJ

Maricá-RJ

Itaboraí-RJ

Japeri-RJ

Queimados-RJ

Niterói-RJ

Mesquita-RJ

BelfordRoxo-RJ

SãoJoãodeMerix-RJ

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-17

representacercade46%daspessoasde10oumais,naRMRJesta faixaderendasuperaos56%dototal.

Tabela3.2.2-Pessoasde10anosoumaisdeidadecomrendimentonominalmensal

Total até½SM maisde½a1SM

maisde1a2SM

maisde2a5SM

acimade5SM

TotaldaRMRJ 10.343.061 3.995.783 1.864.579 2.158.784 1.431.412 892.503

Niterói 436.814 143.331 58.649 72.928 74.152 87.754

Fonte:IBGE,censode2010.

AFigura3.6mostraadistribuiçãodapopulaçãodealtarendanoMunicípiodeNiterói.Amaiorconcentraçãodepessoasemidadeativacomrendimentonominalmensalsuperiora5SMsedánosbairrosde Icaraí,SãoFrancisco, IngáeSantaRosa–naRegiãodasPraiasdaBaía–eItaipú,CamboinhaseItacoatiara–naRegiãoOceânica.

Figura3.6-Pessoasemidadeativacomrendimentonominalmensalsuperiora5SM(%)

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

ATabela3.2.3, a seguir, apresentaos resultadosdas contagens volumétricas realizadaspelaPrefeitura deNiterói entre os anos de 2010 e 2012.O levantamento realizado pormeio deequipamentoseletrônicosapresentao resultadodocarregamentomédiomensaldeveículosnos 10 principais eixos de circulação da cidade, um aumento contínuo e progressivoanualmente.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-18

Tabela3.2.3-CarregamentodosprincipaiseixosdeNiterói

Principaiseixos 2010 2011 2012 Níveldeserviço(2012)

AlamedaSãoBoaVentura 1.074.497 1.092.129 1.115.327 D

Av.MarquêsdoParaná 973.525 988.976 1.078.239 D

Av.RobertoSilveira-Centro 959.147 962.629 978.156 C

Av.FranklinRoosevelt 576.447 588.261 613.924 C

RuaMárioVianna 508.329 526.973 556.292 B

Av.JansendeMello 501.997 507.853 514.987 C

Est.FranciscoCruzNunes(sentidoCentro) 433.292 476.024 518.430 C

Av.RuyBarbosa 326.582 344.126 367.982 B

Av.EwertonXavier 237.813 251.092 267.341 C

IreneLopesSodré 207.548 211.115 272.326 C

Totaldos10eixos 5.801.187 5.951.189 6.285.016 -

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdecontagemvolumétricadaNittrans.

Osdadosdatabelaacimademonstramquenoanode2012cercade6,28milhõesdeveículoscircularam por mês nessas vias. De acordo com os dados, os três eixos com maiorcarregamentode veículos são vias de acesso à PonteRio-Niterói, quais sejam:Alameda SãoBoaVentura,Av.MarquêsdoParanáeAv.RobertoSilveira.As trêspossuemmovimentaçãocomcercade1milhãodeveículosmês.Comoresultado,dos10principaiseixos,apenasduasviasoperamcomníveldeserviço,sendoquetodasasoutrascomeçamaapresentarsaturaçãoaolongodeumdiainteiro.

3.3. Caracterizaçãodaáreadevizinhança

Segundo a IT nº 01/2016, a área de vizinhança do empreendimento inclui os bairros SantaRosa,Viradouro,Icaraí,Centro,VitalBrasileSãoFrancisco.Esteconjuntodebairrosfazparteda ocupação de tecido urbano tradicional, a partir do qual a cidade se originou e que hojeconforma a área central em termos demográficos do município, mesmo com a perda paraoutras regiões de participação na população municipal, observada nas últimas décadas. AFigura3.7,a seguir, apresentaoconjuntodebairrosqueconformamaáreadevizinhançaequeserãocaracterizadosnaspróximassubseções,ondeépossívelobservarqueosbairrosquecompreendem a área de vizinhança pertencem a uma mesma região de planejamento deNiterói,aRegiãodasPraiasdaBaía.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-19

Figura3.7-Áreadevizinhançadoempreendimento

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

APrancha01-Mapadaáreadevizinhança,emanexo,mostraqueoempreendimentosesituaemáreadeentornoimediatosesituamnocentrogeográficodobairrodeSantaRosa.Parafinsdeavaliaçãodosimpactosdecorrentesdaimplantaçãodoempreendimento,considerar-se-áoentorno imediato ao empreendimento, definido pela área compreendida no raio de 500metros a partir do perímetro do empreendimento, conforme determinação da InstruçãoTécnica.APrancha02,emanexo,apresentaoMapadeentornoimediato.

3.3.1. Centro

SegundodadosdoIBGE(2010),obairroCentroabrangeumaáreade2,06Km²epossuiumapopulaçãode19.349habitantes.TemcomolimitesosbairrosdePontadaAreia,SãoLourenço,SãoDomingos,Fátima,PéPequeno,MorrodoEstadoeIcaraí,alémdaBaíadeGuanabara.

OCentroéobairroquerecebeuoprimeiroplanourbanísticodacidade,em1820,equeviriaaoriginar o traçado urbano do atual Centro deNiterói.O plano previa a construção de cincoruasparalelasaomareoitoperpendiculares,cruzandoemânguloretocomváriaspraças.

Em termos populacionais, o Centro vem perdendo participação no total de habitantes domunicípiodesdeadécadade1970.ATabela3.3.1,aseguir,apresentaasériehistóricaondeseobserva a variação populacional entre os anos de 1970 e 2010. Enquanto o município deNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos,oCentroviusuaparticipaçãoserreduzidade7,01%em1970para3,97%em2010.Emoutraspalavras,obairroobservouumareduçãode43%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-20

Tabela3.3.1-PopulaçãodoCentronosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

Centro 22.729 22.528 21.632 18.487 19.349 -14,87%

Participação(%) 7,01% 5,67% 4,96% 4,02% 3,97% -43,39%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

Noqueserefereàofertadeinfraestruturabásica,oCentropossuiboaofertadeserviços.OsdadosdoIBGE(2010)mostramquedeseus8.032domicíliosparticularespermanentes,98,2%possuíamabastecimentodeágua,99,0%esgotamento sanitárioe100%coletade lixo.Alémdisso,em100%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

Com relação à tipologia urbana, embora agregue 40% da área comercial do município,predominanobairrocertamisturaentreusos,tantocomercialcomoresidencial.Ocomércioésetorizado para algumas atividades, como o comércio de tintas localizado ao longo da RuaBarãodoAmazonas.OcomérciodemóveisnaRuaMarechalDeodoro.Ocentrocomercialdobairrolocaliza-seemsuagrandeparteaolongodaAvenidaErnanidoAmaralPeixoto.

A Figura 3.8mostra que o bairro se estrutura sobre umamalha reticulada emumabaixadalitorânea, que apresenta heterogeneidade de ocupação, com granulometria de lotes quevariamdesdeconjuntosdelotesdesobrados,emseumiolo,atégrandeslotesindustriais,noaterradoSãoLourenço,evaziosdeocupação,noaterradoNorte.

Figura3.8-FotoaéreadobairroCentro

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

Uma das características do Centro de Niterói é a existência, até nossos dias, de váriasedificações que datam do final do séc. XIX e coexistem com prédios novos, construídos,

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-21

sobretudo, no pós-guerra. Herança dos primeiros planos urbanísticos, o Centro é dotadotambémdepraçasimportantescomoadoRink,adaRepúblicaeoJardimSãoJoão.

Nãoexistemnestebairroprédiosresidenciaisdealtopadrãoconstrutivo.Asmoradias,emsuamaioria, estão localizadas em pequenas vilas, prédios residenciais antigos. Atualmente, oinvestimento para requalificação urbana da área central vem trazendo novos investidoresimobiliários.Obairroémuitobemservidoportransportepúblico,apartirdeondeépossívelacessartodoomunicípiodeNiterói,quantomunicípiosvizinhos.

3.3.1. Cubango

SegundodadosdoIBGE(2010),obairrodoCubangoabrangeumaáreade1,42Km²epossuiumapopulaçãode11.374habitantes.TemcomolimitesosbairrosdeeSantaRosa,Fonseca,ViçosoJardim,Ititioca,FátimaePéPequeno.

A denominação "Cubango" deriva do Indígena u-bang, cujo significado seria "terrasescondidas".Comopassardotempoveioadominaçãoportuguesa,quetransformouo localem ponto de comercialização de escravos negros onde hoje é a localidade conhecida como"Venda das Mulatas", no limite com Viçoso Jardim. Presume-se que os escravos seriamprovenientes de Angola e adaptaram o indígena u-bang para Cubango, nome de um riodaquelepaís,ficandoassimnominadoolugarapartirdeentão.

Antes de ser loteado, já no presente século, o bairro era composto por quatro fazendasprodutorasdehortaliças.Segundoosmoradoresmaisantigos,notava-sequeaté1950haviaumapredominânciadepopulaçãonegra,sendooCubangoumbairrooriginalmenteproletário,onde sedestacavamosoperáriosque trabalhavamnas indústriasdoBarreto, SantanaenosestaleirosdaPontaD’Areia.

Nadécadade50obairroeraservidoporumalinhadebondeecomeçouareceberalgumasmelhoriascomoágua,esgoto,asfaltoe,posteriormente,iluminaçãoavapor.

A partir dos anos 70, o Cubango passou a arregimentar uma população cada vezmaior declasse média, fruto da provisão de habitantes pelo Sistema Financeiro (antigo BNH). Esteprocesso vemmodificando gradualmente o perfil do bairro. Nos dias de hoje são erguidosprédios modernos em meio ao casario mais antigo; o comércio está diversificando-se ecomeçam a aparecer alguns tipos de serviços voltados para a população de melhor poderaquisitivo.

Em contrapartida, surgiramnúcleos de favelização como osmorros do Arroz, do Serrão, doAbacaxiedoQuerosene.Nestasáreasashabitações,emborasejamdealvenaria,possuemumpadrãoconstrutivoconsideradoprecário,comausênciadeinfraestruturabásica.

Em termos populacionais, o bairro do Cubango vem ganhando participação no total dehabitantesdomunicípiodesdeadécadade1970.ATabela3.3.6,aseguir,apresentaasériehistóricaondeseobservaavariaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.EnquantoomunicípiodeNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos,Cubangoviusua

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-22

participaçãoaumentarde1,67%em1970para2,33%em2010.Emoutraspalavras,obairroobservouumincrementode40%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

Tabela3.3.2-PopulaçãodoCubangonosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

Cubango 5.406 8.735 11.222 10.643 11.374 110,40%

Participação(%) 1,67% 2,20% 2,57% 2,32% 2,33% 39,92%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

Noqueserefereàofertadeinfraestruturabásica,obairrodoCubangopossuirazoávelofertade serviços. Os dados do IBGE (2010) mostram que de seus 1.352 domicílios particularespermanentes,98,2%possuíamabastecimentodeágua,93,0%esgotamentosanitárioe77,7%coletadelixo.Alémdisso,em99,9%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

Com relaçãoà tipologiaurbana, a Figura3.13, a seguir,mostraqueobairrodoCubango seestrutura sobre um vale, com um tipo de ocupação do solo espontânea, composto porloteamentosunifamliaresapartirdaRuaNoronhaTorrezão,ondeo comérciodobairroqueatendeàsnecessidadesbásicasdapopulaçãoseconcentra.

Figura3.9-FotoaéreadobairroCubango

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

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3.3.2. Icaraí

SegundodadosdoIBGE(2010),obairrodeIcaraíabrangeumaáreade1,88Km²epossuiumapopulação de 78.715 habitantes. Tem como limites os bairros de Ingá, Morro do Estado,Centro,SantaRosa,VitalBrazil,SãoFrancisco,alémdaBaíadeGuanabara.

A palavra Icarahy, em tupi-guarani, subdivide-se em I (água ou rio) e Carahy (sagrado oubento). Icarahy significa água ou rio sagrado. Por ser o bairromais populoso e o demaiordensidadedemográficadeNiterói,Icaraíexerceumafunçãopolarizadora.FazlimitecomIngá,Morro do Estado, Centro, Santa Rosa, Vital Brasil, São Francisco e as águas da Baía deGuanabara.AorigemdobairroremontaàFreguesiadeSãoJoãodeCarahy,parteintegrantedaSesmariadosÍndios,concedidaaAraribóiaem1568.

Localizavam-seemsuaáreaduasgrandesfazendasconhecidascomoaFazendadeIcaraí,cujodonoera Estanislau Teixeira daMata; e a FazendadoCavalão, do TenenteCoronelAntonioJosé Cardoso Ramalho. O escoamento da produção era feito pormar, através do porto deatracaçãodeCarahy;eporterra,atéaestradadoCalimbá,emdireçãoàPraiaGrande.

Nofinaldoséc.XIX,ficouconcluídaaobradoJardimIcaraí,entreasruasdaConstituiçãoedaIndependência.Estejardimpassouporsucessivastransformaçõesnodecorrerdesuahistória,sendo que no ano de 1940 recebeu o busto do Presidente Getúlio Vargas e passou adenominar-sePraçaGetúlioVargas.

LocalizadoemfrenteaPraçaGetúlioVargas,noanode1932,éinauguradooHotelBalneárioCasino Icarahy,ocupandoopalacete construídoem1916porEugenUrban. Esteprédio,umdos mais bem planejados de Niterói segundo o padrão "Art Deco" em voga na época, foidemolidoem1939.Deu lugar ao edifício atual, inauguradopela entãoprimeira-damaDarcyVargas. O Casino Icarahy funcionou até 30 de abril de 1946, data da proibição do jogo noBrasil.Fechadoocassino,oprédiofoivendidoepassoufuncionarcomohotel-restaurante.Em1952, depois de algumas reformas, surge o Teatro Cassino Icaraí. Na década de 60,funcionaramneleoCineGrilleoCineCassino,nosespaçosanteriormenteocupadospeloGrill-Room e pelo salão de jogos. Em 1964, o prédio passa a ser propriedade do Ministério daEducação e Cultura, vindo a abrigar a Reitoria da UFF, a partir de 1967, um dos maisimportantespolosculturaisdacidade.

Apraia de Icaraí erao grande atrativoda cidade. Em1936/37, a Prefeitura, a imprensa eoClube de Regatas Icaraí construíram em concreto armado um trampolim no meio da praiaprojetadopeloArquitetoLuisFossati.Otrampolimfoidinamitadonofinaldadécadade60poroferecerperigoaosbanhistas.

Aconstruçãodeedificaçõesmultifamiliaresfoiasoluçãoadotadapelocapitalimobiliárioparaatender à nova classe social imbuída do desejo de morar à beira-mar. O boom imobiliárioatravessadécadasetevecomofacilitadorosfinanciamentosdoBancoNacionaldaHabitação(BNH)apartirdofinaldadécadade60.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-24

Na década de setenta, com a construção da Ponte Rio-Niterói, o bairro consolida-se comocentrourbanopolarizadoredegrandeimportânciaparaacidade,comforteconcentraçãodecomércio,deserviçosedeatividadesdelazer.AbelezadeIcaraísempreserviudeinspiraçãoparapintores,poetasemúsicosaolongodahistóriadobairro.

Emtermospopulacionais,obairrodeIcaraíobservaumaexplosãodemográfica,nasdécadasde1970,quandooincrementofoinaordemde55%emdezanos,e1990,comincrementode20% em nove anos. A Tabela 3.3.3 mostra o ritmo de crescimento populacional acima damédiamunicipal, que se reflete no aumento de participação populacional entre os anos de1970e2010.EnquantoomunicípiodeNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos, Icaraí viu sua participação aumentar de 12,32%, em 1970, para 16,14% em 2010. Emoutraspalavras,obairroobservouumaumentode31%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

Tabela3.3.3-PopulaçãodeIcaraínosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

Icaraí 39.940 61.843 62.494 75.127 78.715 97,08%

Participação(%) 12,32% 15,57% 14,33% 16,35% 16,14% 31,07%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

No que se refere à oferta de infraestrutura básica, o bairro de Icaraí possui boa oferta deserviços. Os dados do IBGE (2010) mostram que de seus 30.915 domicílios particularespermanentes,99,8%possuíamabastecimentodeágua,99,4%esgotamentosanitárioe99,9%coletadelixo.Alémdisso,em100%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

AFigura3.10,aseguir,mostraqueobairrodeIcaraíseestruturasobreumamalhareticulada,sobre uma área de baixada litorânea, que apresenta homogeneidade de ocupação. Comrelação à tipologia urbana, omodelo de ocupação se caracteriza pela substituição de casasisoladasedeprédiosdepoucospavimentosportipologiasdeedificaçõesmaioresemaisaltas,intensificando-se, especialmente, a partir da orla, onde o valor da terra atinge maiorvalorização,diminuindoovalordosimóveisàmedidaqueasquadrasseinteriorizam.Prédiosluxuosos,dealtopadrãoconstrutivo,sãoverificadosnaorlaeprédiosdepadrãointermediáriosão observados no interior do bairro, expressando relativa diversidade social. Relevantetambéméapresençadeaglomeradosubnormal(favela)nasencostasdosmorrosdoCavalãoedaCotia,ocupadosporpessoasdebaixarenda.Aescassezevalorizaçãodosterrenosdobairrotêmlevadoconstrutorasasedeslocaremparabairrospróximos.

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Figura3.10-FotoaéreadobairroIcaraí

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

Bairroresidencialcomforteconcentraçãodeserviços, Icaraíaglutinaatividadesdecomércio,prestaçãodeserviçosedosetorinformal(ambulantes/camelôs).Adistribuiçãoespacialdessesserviços concentra-se principalmente nas ruas Coronel Moreira César, Miguel de Frias,Presidente Backer, Pereira da Silva e Lopes Trovão. Lá são encontrados shoppings centers,galerias, lojas,restaurantes,barese lanchonetes,entreoutros.NaRuaGaviãoPeixotoestáocoração financeiro do bairro, com grande concentração de agências bancárias, além decomércio expressivo. Nesse sentido, Icaraí é um centro polarizador em relação a outrosbairros,etambémimportantecorredordecirculação(AvenidaGovernadorRobertoSilveiraePraia de Icaraí), tornando-se bem servido de transportes coletivos, de demandas intra eintermunicipal.

Existemduas grandes áreas de lazer: o Campode SãoBento, com suas frondosas árvores eaprazível jardim,atraindo, sobretudocriançase idosos;eaPraiade Icaraí, comextensãodequase2km,palcodeumadiversidadedepráticasdesportivasdesdeasprimeirashorasdodiaaté o final da noite é considerada o “quintal da cidade”. Bemequipada, é umelemento deestreitamentodasrelaçõessociais,contribuindotambémparaaurbanidadedobairro.Várioseventos—comootradicionalréveillon,festejoseshowsmusicais—acontecemoanointeironapraia.

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3.3.3. SantaRosa

SegundodadosdoIBGE(2010),obairroseSantaRosaabrangeumaáreade3,06Km²epossuiuma população de 30.701 habitantes. Tem como limites os bairros de Icaraí, Fátima, PéPequeno,Cubango,Ititioca,Viradouro,VitalBrasileSãoFrancisco.

Deocupaçãoantiga, SantaRosadevea suadenominaçãoà antiga Fazenda SantaRosa (séc.XVIII) que dominava vasto território. A sua história confunde-se com a de Icaraí, sendo, naverdade,umaextensãodaocupaçãodestebairro.Oqueseviu,apósapartilhadasfazendasquedominavamaregião,foiumaocupaçãoprimeiramenteconcentradaaolongodapraiadeIcaraí,expandindo-seemseguidaparaointeriorpróximo,emdireçãoaSantaRosa.

NoséculoXIX,SantaRosaviupassarporsuasestradastropasdemulasvindasdointeriorquedesciam dos caminhos do Viradouro, Atalaia e Cubango em direção ao Centro. As suasprincipaisvias,àépoca,eramaRuaSantaRosaeaEstradadoCalimbá(atualDr.PauloCésar).Diversas chácaras surgiram da partilha da Fazenda Santa Rosa e para elas foram atraídasfamílias de poder econômicomais elevado. Com o retalhamento e loteamento de algumaschácaras, e o aterro de áreas alagáveis e capinzais, abriram-se novas ruas, facilitando oprolongamentodasviasquepartiamdeIcaraí.

No ano de 1883, com a fundação do Colégio Salesiano, o bairro tornou-semais conhecidoainda. Ao lado do Colégio instalou-se a Basílica e, nas proximidades, no alto do Morro doAtalaia, o Monumento a Nossa Senhora Auxiliadora, inaugurado em 1900. Atualmenteencontra-seinstaladonaBasílicaumórgãode11.130tubos,omaiordaAméricaLatina.

No final do século passado e início deste, aconteceram importantes melhorias no bairro.Diversasruasforamsaneadas,calçadaseiluminadas,sendoservidasporlinhasdebondesdetração animal e,mais tarde, debondes elétricos.O crescimento recentede SantaRosa temseguidoosmesmospadrõesdeIcaraí.Apartirdaescassezdeterrenosnobairrovizinho,SantaRosapassaaverasubstituiçãodesuascasaseprédiosbaixosporedifíciosdeapartamentos.

Emtermospopulacionais,contudo,obairrodeSantaRosavemperdendoparticipaçãonototaldehabitantesdomunicípiodesdeadécadade1970.ATabela3.3.4,aseguir,apresentaasériehistóricaondeseobservaavariaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.EnquantoomunicípiodeNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos,SantaRosaviusuaparticipaçãoserreduzidade9,97%em1970para6,30%em2010.Emoutraspalavras,obairroobservouumareduçãode37%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

Tabela3.3.4-PopulaçãodeSantaRosanosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

SantaRosa 32.338 34.254 43.174 27.038 30.701 -5,06%

Participação(%) 9,97% 8,63% 9,90% 5,88% 6,30% -36,86%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-27

Noqueserefereàofertadeinfraestruturabásica,SantaRosapossuiboaofertadeserviços.OsdadosdoIBGE(2010)mostramquedeseus8.032domicíliosparticularespermanentes,98,7%possuíamabastecimentodeágua,95,8%esgotamentosanitárioe99,8%coletade lixo.Alémdisso,em99,9%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

AFigura3.11,aseguir,mostraqueobairrodeSantaRosaseestruturaapartirdaocupaçãodobairrode Icaraí, seestendendopormeiodedois vales:umemdireçãodobairroViradouro,outroentreosmorrosdoAtalaiaedaItitioca.

Figura3.11-FotoaéreadobairroSantaRosa

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

Comrelaçãoàtipologiaurbana,obairroapresentacaracterísticasdeumbairroresidencialdeclassemédia,dispondodeumarededeserviçossatisfatóriaedeumcomérciodiversificado,localizado,sobretudonassuasprincipaisviasdecirculação,asruasSantaRosa,Dr.PauloCesare Noronha Torrezão; e também no Largo do Marrão. As demais ruas apresentam-se maistranquilas,commenorvolumedecirculação.Entreosestabelecimentoscomerciaisdobairrodestacam-se aqueles voltados ao comércio de vizinhança, tais como mercados, lojas demateriaisdeconstruçãoereparos,padarias,farmáciasebares,entreoutros.Comrelaçãoaotransporte coletivo, há diversas linhas que servemaobairro, cujos ônibus trafegamemboapartedesuasruas,nãohavendograndesreclamaçõesporpartedosmoradores.

Osbonsindicadoresdeinfraestrutura,somadosàescassezdeterrenosdisponíveisaomercadoimobiliárionobairrode Icaraí, têmlevadoobairrodeSantaRosaaobservarofenômenodareedificação vivenciado no bairro vizinho. São observados diversos empreendimentos demédio emédio-alto padrãonobairro, normalmente residenciais com tipologia verticalizada.IssoserefletenonúmerodedomicíliosparticularesdeSantaRosa,queatualmenteapresentaocupaçãoespacialheterogênea,onde63,10%sãodeocupaçãovertical;31,10%representamcasasisoladase5,66%ocupaçãoemfavelas.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-28

Merece destaque a grande quantidade de escolas existentes, sejam públicas ou privadas,atendendo aos estudantes do 1º e 2º graus, não só do bairro, mas também de todo omunicípioeatédemunicípiosvizinhos.Também, localiza-seemSantaRosaumaunidadedaUniversidadeFederal Fluminense-UFF, a Faculdadede Farmácia.Os tradicionais colégiosdobairro também dispõem de uma importante estrutura desportiva, contando com piscinas eginásios cobertos,nosquais sãoprogramadasdiversas competições, sendoalgumasdenívelnacional.

3.3.4. SãoFrancisco

Segundo dados do IBGE (2010), o bairro de São Francisco abrange uma área de 2,76 Km² epossuiumapopulaçãode9.712habitantes.TemcomolimitesosbairrosdeIcaraí,VitalBrasil,SantaRosa,Viradouro,Cachoeira,CafubáeCharitas,alémdaBaíadeGuanabara.

Asprimeirasreferênciasencontradasna literaturaenascartasgeográficassobreobairrodeSãoFranciscodatamdoséc.XVIIedizemrespeitoàcapeladeSãoFranciscoXavier.Aenseada(Saco)deSãoFranciscopodeserobservadanaCartaTopográficade1833,ondeencontra-seassinaladatambémalocalizaçãodaestradaquecortavaIcaraíesubiaoMorrodoCavalão.

Posteriormente,em1836,umcroquialápismostravaacontinuaçãodessaestradaqueseguiapróximaapraiadoSacoeatravessavaafozdorioSantoAntônio,pontoconhecidoatépoucasdécadasatráscomoBocadoRio.OSantoAntôniocorrehojenocentrodaAvenidaPresidenteRoosevelt—canalizado—emtodaaextensãodaavenida.Nessecroquitambéméassinaladaa presença de outro rio, o Tabuatá ou Taubaté, hoje, também canalizado, cuja fozdesembocavaaoladodoMarcodasTerrasdosJesuítas.Bemperto,nosdiasatuais,doiníciodaEstradadaCachoeira(AvenidaRuiBarbosa).

EmfrenteaestemarcoaestradaquevinhadeIcaraí,atravésdoMorrodoCavalão,bifurcava-se:parteseguiaparaointerior,rumoLeste,atravessandoaFazendadeSãoFranciscoXaviereoMorrodaViraçãoatéadescida,quaseabrupta,emPiratininga.AoutrapartecontornavaabasedomorrodavelhacapeladeSãoFranciscoXaviereatingiaapraiadeCharitas.

Quemprecisasse irde IcaraíaSãoFrancisco,naquelestemposremotos,certamentepreferiafazê-lopormar.Aestradaentãoexistenteerapéssimaeutilizá-laimplicavaemriscosdiversos.Sendo,dopontodevistada formaçãodo relevo,umgrandevale,obairrodeSãoFranciscoteve as suas terras inicialmente ocupadas pelos jesuítas. Através de escravos eles extraíammadeirada florestaeaembarcavamparaa sededa congregação,noRiode Janeiro.Comaexpulsãodos Jesuítas,a fazendaondeestavam instalados foidesmembradaeumdosnovosproprietários das terras daí surgidas foi a famíliaMenezes Fróes. A Estrada Fróes, custeadapelomajorLuisJosédeMenezesFróes,foiconstruídaparafacilitaroescoamentodaproduçãoda fazenda no Saco de São Francisco. A estrada significou nova e importante ligação comIcaraí.

Porvoltade1940,obairrodeSãoFranciscoerapoucohabitado,comumapaisagemtípicaderestingaevegetaçãoabundantenasencostas.Osbondeselétricos,porestaépoca,alcançavam

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-29

o bairro através da estrada Fróes. O Lido, restaurante e hotel, era o local preferido pelosmoradoresdobairroe tambémpelosniteroiensesamantesde sossegoedebompapo,nosmomentosdedescontraçãoelazer.

Em termos populacionais, o bairro de São Francisco vemperdendo participação no total dehabitantesdomunicípiodesdeadécadade1970.ATabela3.3.5,aseguir,apresentaasériehistóricaondeseobservaavariaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.EnquantoomunicípiodeNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos,SãoFranciscoviusuaparticipaçãoserreduzidade2,83%em1970para1,99%em2010.Emoutraspalavras,obairroobservouuma reduçãode30%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

Tabela3.3.5-PopulaçãodeSãoFrancisconosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

SãoFrancisco 9.177 9.442 9.620 9.654 9.712 5,83%

Participação(%) 2,83% 2,38% 2,21% 2,10% 1,99% -29,62%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

Noqueserefereàofertadeinfraestruturabásica,SãoFranciscopossuiboaofertadeserviços.Os dados do IBGE (2010)mostram que de seus 3.340 domicílios particulares permanentes,94,3%possuíamabastecimentodeágua,99,4%esgotamentosanitárioe100%coletade lixo.Alémdisso,em100%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

A Figura3.12, a seguir,mostraqueobairrodeSãoFrancisco seestrutura sobreuma tramareticulada,comruasparalelaseperpendicularesadoiseixosprincipais:aAvenidaRuiBarbosa,tambémconhecidacomo“EstradadaCachoeira”,eaAvenidaPresidenteRoosevelt,a“RuadoCanal”. Com relação à tipologia urbana, o bairro de São Francisco, com suas residênciasunifamiliares (quase sempre com quintais) apresenta uma configuração urbana nãoencontrada emoutros bairros domunicípio.Napaisagemde São Francisco, predominamascasas,sejamisoladasoudecondomínio(79,08),masverifica-se,ainda,umexpressivonúmerodeapartamentos(20,88%).SegundodadosdoIBGE,nãoexistemfavelasnobairro.OcomércioestácircunscritoàAvenidaRuiBarbosa,apresentando-sevariadonoatendimentoàsprimeirasnecessidades.Ascasasnoturnas—bares,restauranteseboates—concentram-senaAvenidaQuintinoBocaiúva,ouseja,emsuaorla.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-30

Figura3.12-FotoaéreadobairroSãoFrancisco

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

Obairropossuialgumasescolas,crechesejardinsdeinfânciaparticularesderenomeaíestãosediados, contando também com uma grande escola pública estadual. A maternidadeexistente no bairro é particular, prestando serviços hospitalares a entidades conveniadas.Quanto ao lazer, com uma enseada privilegiada, o bairro é intensamente procurado parapráticas náuticas, principalmente vela e motonáutica, contando com vários clubesespecializadosnessasmodalidadesesportivas,aolongodaEstradaFróes,principalmente.

Osacessosatuaismaisusadosatravessamdois túneiscavadosnoMorrodoCavalão,criadoscomoalternativaaestradaFróes.

Aindacomolocaldelazer,hádeseassinalarapresençadoParquedaCidade,situadonapartemais alta do Morro da Viração, entre os bairros de São Francisco, Charitas, Piratininga eMaceió. O parque tem ummirante a 260 metros de altitude e reúne algumas ruínas que,especula-se,fizerampartedeumpostodeguardaportuguêsconstruídoporvoltadoséc.XVI.Sua beleza cênica, as rampas de voo-livre, as provas esportivas e um lugar tranquilo parapasseios, fizeram com que o Parque fosse apontado pelo Plano Diretor de Niterói comounidade de conservação, visto que a cobertura vegetal que reveste os morros da cidadefunciona também como refúgio para inúmeras espécies animais e vegetais típicas,comprimidasnessesespaçospeloavançourbano.

Localiza-senobairro, numouteiro, umdosprincipais pontoshistórico-turísticodeNiterói: aigrejinha de São Francisco Xavier, constituída pelos jesuítas nos primeiros tempos dacolonização.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-31

3.3.5. Viradouro

SegundodadosdoIBGE(2010),obairrodoViradouroabrangeumaáreade0,89Km²epossuiuma população de 4.562 habitantes. Tem como limites os bairros de Santa Rosa, Largo daBatalha,CachoeiraeSãoFrancisco.

Constituídocomobairroem1986,oViradouroéumprolongamentodeSantaRosa.AruaDr.MárioViana,principalartériadeSantaRosa,eraconhecidacomoruadoViradouronotrechopróximoaGarganta,nomepopulardasubidadoMorrodaUnião.

Localizadoentredoismorros,odoAfricanoeodaUnião,obairroédeocupaçãorecente.Nosanos40e50viviamnolocalumaspoucasfamílias.Fatointeressantedestaépocaeraaformade grilagem que acontecia lá: como os terrenos eram de posse, havia um proprietário dearmazém, Sr. José Lopes, mais conhecido como José do Lápis, que anotava a dívida,principalmente, de gêneros alimentícios das famílias residentes. Estas dívidas, conforme seavolumavam,eramtrocadaspelapossedasterraseatédasbenfeitorias,fazendocomqueocomerciantesetransformasseemgrandeproprietáriodeterras.

No período do pós-guerra, sobretudo nos anos 60/70, o Viradouro viu a sua populaçãomultiplicar.Asuaáreafavelizadaeaprópriaexpressãoespacialdobairromaterializouacrisehabitacionalbrasileira.As residênciasquenopassadoeramde taipa, foramsubstituídasporalvenaria,comarquiteturaprópria.Nofinaldosanos70éfundadaaAssociaçãodeMoradoresdoViradourocomáreadeabrangêncianoMorrodaUnião,AfricanoeAlaricodeSouza.HojeassociadaaFederaçãodasAssociaçõesdeMoradoresdeNiterói(FAMNIT),aassociaçãolocalébastanteatuante,destacando-seprincipalmentenalutapelatitulaçãodaterra.

Nos anos 80, com o agravamento da crise econômica brasileira e com o processo deurbanizaçãoacelerado,ocorrea intensificaçãodapobrezaedaviolênciaurbana.Os reflexosdessasituaçãosefizeramsentirtambémnoViradouro.

Em termos populacionais, o bairro do Viradouro vem perdendo participação no total dehabitantesdomunicípiodesdeadécadade1970.ATabela3.3.6,aseguir,apresentaasériehistóricaondeseobservaavariaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.EnquantoomunicípiodeNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos,Viradouroviusuaparticipaçãoserreduzidade1,24%em1970para0,94%em2010.Emoutraspalavras,obairroobservouumareduçãode25%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

Tabela3.3.6-PopulaçãodoViradouronosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

Viradouro 4.024 4.662 2.898 3.516 4.562 13,37%

Participação(%) 1,24% 1,17% 0,66% 0,77% 0,94% -24,61%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-32

Noqueserefereàofertadeinfraestruturabásica,obairrodoViradouropossuirazoávelofertade serviços. Os dados do IBGE (2010) mostram que de seus 1.352 domicílios particularespermanentes, 98,5% possuíam abastecimento de água, mas apenas 57,1% esgotamentosanitárioe78,3%coletadelixo.Alémdisso,em99,6%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

AFigura3.13,aseguir,mostraqueobairrodoViradouroseestruturasobreumvale,entreoAtalaiaeaCachoeira,comumtipodeocupaçãodosoloespontâneaapartirdaRuaDr.MárioVianaecontacomsignificativapartedasmoradiaslocalizadasemáreaderisco,especialmentenoMorrodoAfricano,deformaçãogeológicasedimentar.Comrelaçãoàtipologiaurbana,obairro doViradouro apresenta habitações, em suamaioria, sob a forma de autoconstrução,típicas de favelas— possuindo canalização interna ligada à rede geral de água. O lixo temcoleta regular e o bairro experimentou alguns melhoramentos graças a intervençõesmunicipais como os projetos de mutirão "Vida Nova no Morro" e "Gari Comunitário", e ainstalação de um módulo do programa "Médico de Família". O bairro possui uma EscolaMunicipal,queatendeda1ªa4ªsériedo1ºgrau;umpostodesaúdeeumagrandeinstituiçãoligadaaIgrejaCatólicaquefuncionacomocrecheeatendeàscriançasdavizinhança.

Figura3.13-FotoaéreadobairroViradouro

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

Apesar da violência urbana, osmoradores têm relaçõesde solidariedadeede vizinhança.Oconvívionobairroéalegresendo, inclusive,berço,damaiorescoladesambadeNiterói—aUnidosdoViradouro,quetemhojeasuaquadradeensaiossituadanoBarreto.

3.3.6. VitalBrasil

SegundodadosdoIBGE(2010),obairrodoVitalBrasilabrangeumaáreade0,5Km²epossuiuma população de 3.299 habitantes. Tem como limites os bairros de São Francisco, SãoFrancisco,IcaraíeSantaRosasendoumprolongamentodestesdoisúltimos.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-33

AáreadoVitalBrasilcompreendepequenaplanície(partedovalesituadoentreosmorrosdoCavalãoeAlaricodeSouza),cortadaporumrioeseuafluentequedesembocamnorioIcaraí;eporencostasdoMorrodoCavalão.Apartemaisbaixaeraalagadiça,formandocharcos,atéqueacanalizaçãoeretificaçãodosriostornoupossívelconstruiredificaçõesnolocal.

Esta áreapertenceu às fazendas SantaRosa eCavalão, sendoque ao longodo tempoessasterrasforamvendidaseparceladas,datandodofinaldaprimeirametadedoséc.XXoprocessodeocupaçãoeformaçãodobairro.

OfatoresponsávelpeladenominaçãodolugarfoiatransferênciadoInstitutoVitalBrasil,quefuncionava em Icaraí, para "instalações melhores" no bairro, numa grande área ondefuncionara uma olaria (1919). O trabalho de referência desenvolvido pelo Instituto sempreteveapoiodosgovernosestadualemunicipal,noqueserefereainstalaçõeseequipamentos.InicialmenteoInstitutolimitava-seaproduzirprodutosparausohumano(sorosantiofídicosevacinaantirrábica),masapartirde1931jápreparavavacinaantirrábicaparausoveterinárioeoutros produtos do gênero. Em 1943 foram inauguradas as atuais instalações do Instituto,contribuindoparaadiversificaçãodesuasatividadese reconhecimento internacionaldoseutrabalho.AnexoaoInstitutofoicriadaaFaculdadedeVeterinária,hojepertencenteàUFF.

A expansãodas edificações, principalmentemoradias, sedána segundametadedo séc. XX,intensificando-se nas últimas décadas, sobretudo pela ação de loteamentos (como porexemplo, o Jardim Icaraí) e pela cessão de terras do Instituto aos funcionários, para queconstruíssem suas moradias. Até alguns anos atrás as poucas casas do bairro eramentremeadasporinúmerosterrenosbaldios.

Em termos populacionais, o bairro do Vital Brasil vem perdendo participação no total dehabitantesdomunicípiodesdeadécadade1970.ATabela3.3.7,aseguir,apresentaasériehistóricaondeseobservaavariaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.EnquantoomunicípiodeNiteróiteveumincrementopopulacionalde50%em40anos,VitalBrasilviusuaparticipaçãoserreduzidade1,07%em1970para0,68%em2010.Emoutraspalavras,obairroobservouumareduçãode37%naparticipaçãopopulacionalentreosanosde1970e2010.

Tabela3.3.7-PopulaçãodoVitalBrasilnosanosde1970,1980,1991,2000e2010

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

VitalBrasil 3.484 3.769 3.560 3.064 3.299 -5,31%

Participação(%) 1,07% 0,95% 0,82% 0,67% 0,68% -37,03%

Fonte:IBGE,censosde1970,1980,1991,2000e2010.Elaboraçãoprópria.

Noqueserefereàofertadeinfraestruturabásica,oVitalBrasilpossuiboaofertadeserviços.Os dados do IBGE (2010)mostram que de seus 1.249 domicílios particulares permanentes,99,9%possuíamabastecimentodeágua,98,5%esgotamentosanitárioe99,8%coletadelixo.Alémdisso,em100%dosdomicíliosexistiaenergiaelétrica.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-34

AFigura3.14,aseguir,mostraqueobairrodoVitalBrasilseestruturasobreumvaleentreosmorrosdoAtalaiaedoCavalão,epossuiumamalhaurbanacujaocupaçãoseestendeapartirdobairrodeIcaraí.Comrelaçãoàtipologiaurbana,aáreaocupadapeloVitalBrasiléumadasmenoresdeNiterói, sendoqueparte situa-senasencostasdoMorrodoCavalão.Comosuaocupaçãoérecente,apartirdeIcaraíeSantaRosa(emalgunspontoscomestesseconfunde),apresenta padrão construtivo que se assemelha a eles. Com muitas casas de construçãorecenteedealtopadrão,edifíciosdeapartamentos, alémdeáreaocupadaporaglomeradosubnormal.

Figura3.14-FotoaéreadobairroVitalBrasil

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdaSMU/PMN.FotoáreaGoogleEarth.

Naáreaocupadapelaclassemédia—partebaixaeencostasdoJardimIcaraí—asruassãopavimentadas e arborizadas, o quedá ao local umaspecto agradável. Amaior preocupaçãodosmoradoresestárelacionadaàsquestõesligadasàviolênciaurbana.Naoutraparte(MorrodoVitalBrazil)asreivindicaçõesdosmoradoresestãorelacionadasàurbanização,saneamentobásico, fornecimento de água e luz elétrica e equipamentos educacionais. Uma crecheexistente no local émantida pela Amovibra. No bairro estão localizados: o Clube Pioneiros,alguns poucos estabelecimentos comerciais, escolas particulares e o Centro de Saúde SantaRosa,importanteunidadedesaúdedacidade,alémdeumapequenapraça.

3.4. Levantamentodosusosevolumetriadetodososimóveiseconstruçõesexistentesnoentornoimediato

Os mapas referentes ao uso e ocupação do solo, a seguir, foram elaborados a partir dolevantamentodedadosemcampo.

APrancha03-Mapadeusoeocupaçãodosolo,emanexo,mostraapredominânciadousoresidencial no entorno imediato, com poucas edificações destinadas aos usos comercial,

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-35

institucionaledeserviços,esendoqueselocalizamemmaiorpartenaRuaDr.MartinsTorres.Adespeitodatransformaçãomorfológicaobservadanobairro,asnovasedificaçõesmantêmacaracterística de uma região sem grande variação de usos, com ampla predominância deedificaçõesresidenciais.

Já a Prancha 04 - Mapa de volumetria no entorno imediato, em anexo, apresenta grandeamplitudecomrelaçãoaogabaritodasedificações,variandode1a15pavimentos.Omapajáobserva a mudança na morfologia do bairro de Santa Rosa, onde ainda predominamedificaçõesde1e2pavimentosemdiversas ruas,mascomalgumasonde jápredominamatipologia de edifícios multifamiliares com mais de 10 pavimentos, especialmente nas ruasVereadorDuqueEstradaeDoutorPauloCésar.Alémdisso,verifica-sesignificativaquantidadede edificações multifamiliares em construção, confirmando a tendência de modificação damorfologia. As edificações em construção podem ser verificadas em diversos logradouros,sendoencontradasemmaiornúmeronas ruasDoutor Sardinha,ProfessorOtacílioeDoutorMartinsTorres.

3.5. Indicaçãodalegislaçãodeusoeocupaçãodosolo

DeacordocomoPlanoUrbanísticoRegionaldasPraiasdaBaía–Lei1.967,de04deabrilde2002 – o empreendimento se situa na Região Praias da Baía, Sub-região de Santa Rosa, emáreacaracterizadacomoZonaUrbana–ZU,conformeozoneamentodefinidoporesteplano.APrancha05-MapadeZoneamentoUrbano,emanexo,mostraqueestáinseridonaFraçãourbanaSR-05.A legislação contidanesta seção serviude referênciaparaaelaboraçãodesterelatório e é abordada nos âmbitos federal, estadual e municipal, bem como leis e outrasnormasdasesferasestadualefederal,quaissejam:

LegislaçãoMunicipal

⎯ Leinº1.157,de29dedezembrode1992–InstituioPlanoDiretordeNiterói.⎯ Lei2.123,de03defevereirode2004–EstabeleceaatualizaçãodosInstrumentosdo

EstatutodaCidadeaoPlanoDiretor.⎯ Lei1.967,de04deabrilde2002–DispõesobreoPlanoUrbanísticodaRegião(PUR)

dasPraiasdaBaía,seuzoneamentoambiental,aimplementaçãodepolíticassetoriais,aaplicaçãodeinstrumentosdepolíticaurbanaeaordenaçãodousoedaocupaçãodosolonaRegião,especialmenteosartigos:

o Art. 107.Na Sub-Região Santa Rosa somente são permitidos embasamentoscomerciaisnasRuasLopesTrovão,SetedeSetembro,MárioViana,SantaRosaeMartinsTorres.

o Art. 108.As frações urbanas SR 05 e SR 07 são abrangidas pela Área deEspecial Interesse Urbanístico para ligação da Av. Ary Parreiras com a RuaMárioVianaedeverãoatender,alémdasdisposiçõesespecíficasparaafraçãourbana,àsdisposiçõesdequetratamosartigosdoCapítuloIV,TítuloIII,destaLei.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-36

o Art.110.NaRuaSetedeSetembro,notrechopertencenteàfraçãourbanaSR01, o gabarito estabelecido para a lâmina poderá ser acrescido de umpavimento.

⎯ Lei 1.470, de 11 de dezembro de 1995 – Dispõe sobre o uso e ocupação do solourbanonoMunicípiodeNiteróiedáoutrasprovidências.

⎯ Lei2.602,de02deoutubrode2008–InstituioCódigoMunicipalAmbientaldeNiteróiedáoutrasprovidências.

⎯ Lei n° 2.856, de 25 de julho de 2011– Estende as obrigações da lei n° 2.630/2009,instituindomecanismosdeestímulosà instalaçãodesistemadecoletae reutilizaçãodaságuasservidasemedificaçõespúblicaseprivadas.

⎯ Lei 2.730de 05demaiode 2010– Institui o Plano IntegradodeGerenciamentodeResíduosdaConstruçãoCivil.

⎯ Lei nº 2.630, de 07 de janeiro de 2009 – Disciplina os procedimentos relativos aoarmazenamento de águas pluviais para reaproveitamento e retardo da descarga naredepública.

⎯ Lei n° 2.340, de 06 de junho de 2006 – Estabelece, para projetos de edificaçõescoletivas,aexigênciadelocalizaçãodehidrômetroparamediçãodoconsumodeáguadecadaunidadeautônoma.

⎯ Lei n° 1.649, de 18 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre a política de proteção,controle e conservação domeio ambiente e da qualidade de vida noMunicípio deNiterói,edáoutrasprovidências.

⎯ Leinº1.282,de13demaiode1994–Disciplinaosserviçosdeterraplenagemparaaexecuçãodeobrasparticulares.

⎯ Lein°1.212,de21desetembrode1993(ModificaçõesdadaspelasLeisn°1588,de16dejulhode1997,en°1661,de09dejunhode1998)–InstituíoCódigoMunicipaldeLimpezaUrbana.

⎯ Resolução 01/2010 – Cria procedimentos internos para acondicionamento, coleta,transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos com característicassimilares aos resíduos domésticos, não tóxicos, de origem comercial, consideradosexcedentes/extraordináriogeradonoMunicípiodeNiterói;

LegislaçãoEstadual

⎯ Decreto n° 42.159, de 02 de dezembro de 2009 – Dispõe sobre o sistema delicenciamentoambiental–SLAMedáoutrasprovidências.

⎯ Decreto 41.084, de 20 de dezembro de 2007 – Regulamenta a Lei 4191, de 30 desetembrode2003,quedispõesobreapolíticaestadualderesíduossólidos.

⎯ Lei nº 4.393, de 16 de setembro de 2004 - Dispõe sobre a obrigatoriedade dasempresasprojetistasedeconstruçãocivilaproverosimóveisresidenciaisecomerciaisdedispositivoparacaptaçãodeáguasdachuvaedáoutrasprovidências;

⎯ LeiEstadualn°4.191,de30desetembrode2003-DispõesobreaPolíticaEstadualdeResíduosSólidosedáoutrasprovidências;

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-37

⎯ Lei Estadual n° 3.467, de 14 de setembro de 2000 - Dispõe sobre as sançõesadministrativasderivadasdecondutas lesivasaomeioambientenoEstadodoRiodeJaneiroedáoutrasprovidências;

⎯ Deliberação CECA n° 3.327, de 29 de novembro de 1994 - Aprova a DZ 1.311.R-4 -DiretrizdeDestinaçãodeResíduos;

⎯ Lein°2.011,de10dejulhode1992-Dispõesobreaobrigatoriedadedeimplantaçãode Programa de Redução de Resíduos Sólidos; Constituição do Estado do Rio deJaneirode1989-DispõesobreomeioambientedoEstado;

⎯ Lein°1.356,de03deoutubrode1988-Dispõesobreosprocedimentosvinculadosàelaboração,análiseeaprovaçãodosEstudosdeImpactoAmbiental;

⎯ Decreto-Lein°134,de16dejunhode1975 -DispõesobreaprevençãoeocontroledapoluiçãodomeioambientenoEstadodoRiodeJaneiroedaoutrasprovidências.

LegislaçãoFederal

⎯ Resolução CONAMA n° 412/09, que institui procedimento uniforme e simplificadoparaolicenciamentoambiental,paraempreendimentosaté100ha.

⎯ Lein°11.428,de22dedezembrode2006 -Dispõe sobreautilizaçãoeproteçãodavegetaçãonativadoBiomaMataAtlântica.

3.6. Indicaçãodosbenstombadospatrimoniais,edificadosenaturais

Naáreadevizinhança,foramidentificadosbenstombados,nas instânciasfederal,estadualemunicipal.AFigura3.15,aseguir,apresentaadistribuiçãodestesbensnobairrodoCentro.JáaFigura3.16apresentadistribuiçãodosbens tombadosnosbairros IcaraíeSantaRosa.Porfim, a Figura 3.17 mostra a distribuição dos bens tombados patrimoniais no bairro SãoFrancisco.

Figura3.15-DistribuiçãodosbenstombadosnobairroCentro

Fonte:DepartamentodePreservaçãodoPatrimônioCultural–DePAC(www.depac.com.br).

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-38

Figura3.16-DistribuiçãodosbenstombadosnosbairrosIcaraíeSantaRosa

Fonte:DepartamentodePreservaçãodoPatrimônioCultural–DePAC(www.depac.com.br).

Figura3.17-DistribuiçãodosbenstombadospatrimoniaisnobairroSãoFrancisco

Fonte:DepartamentodePreservaçãodoPatrimônioCultural–DePAC(www.depac.com.br).

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-39

Seguindo determinação da IT nº 01/2016, foi realizado levantamento dos bens tombadospatrimoniais,edificadosenaturaisnasesferasmunicipal,estadualefederalnaáreadeestudo,especialmentena fraçãourbananaqual se insere–SR-05–eno raiode300mcontadosdoperímetro do imóvel. Contudo, conforme apresentado na Figura 3.18, a seguir, o resultadoobtido verificou existência de um bem protegidos dentro desse raio: A Basílica de NossaSenhoraAuxiliadoradoColégioSalesiano.

Figura3.18-Distribuiçãodosbenstombadosemumraiode300m

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoDepartamentodePreservaçãodoPatrimônioCultural–DePAC.

3.7. Avaliaçãodavalorizaçãoimobiliária

Apósopicodevalorizaçãoemdezembrode2014,omunicípiodeNiteróipassouaobservarumprocessoderetraçãonospreçosdeimóveiscomoumtodo.AFigura3.19,aseguir,mostraqueavariaçãoacumuladanopreçodeimóveisparavendanomunicípioéde-2,6%noperíodoentremarçode2015emarçode2016,índicesemelhanteaodaCidadedoRio(-2,5%).

Figura3.19-VariaçãonopreçodeimóveisemNiterói(mar/2015emar/2016)

300mBasílicadeNossaSenhoraAuxiliadoradoColégioSalesiano(BTM)

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-40

Fonte:ÍndiceFIPEZAPdePreçosdeImóveisAnunciados.

Entreosbairrosdaáreadevizinhança,obairrodeSantaRosaapresentavaloresdem²imóveissuperiores apenas ao bairro Centro. Ainda assim, o ritmode valorização doCentrode 2,9%entremarçode2015emarçode2016,superioraodeSantaRosa,-0,6%nomesmoperíodo,fazcomqueessadiferençatenhadiminuídonosúltimos12meses,conformeapresentadonaFigura3.20aseguir.

Figura3.20-Variaçãodopreçodom²emStaRosaenoCentro(mar/15emar/16)

Fonte:ÍndiceFIPEZAPdePreçosdeImóveisAnunciados.

AcomparaçãocomosoutrosbairrosdaáreadevizinhançamostraqueSantaRosaapresentavalores de m² imóveis inferiores ao restante dos bairros e ritmo de variação infeperior.ConformeapresentadonasFigura3.21eFigura3.22aseguir,Icaraíapresentouvariação-1,6%entremarçode2015emarçode2016,eVitalBrasil3,0%.CabemencionarqueosbairrosdoCubango,ViradouroeSãoFrancisconãopossuíamamostraparaoíndicedepreçosdeimóveisoficial.

Figura3.21-Variaçãodopreçodom²emStaRosaeemIcaraí(mar/15emar/16)

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-41

Fonte:ÍndiceFIPEZAPdePreçosdeImóveisAnunciados.

Figura3.22-Variaçãodopreçodom²emStaRosaenoVitalBrasil(mar/15emar/16)

Fonte:ÍndiceFIPEZAPdePreçosdeImóveisAnunciados.

Assim,aTabela3.7.1mostraqueobairrodeSantaRosaemmarçode2014apresentavalormédiodem²devendadeR$6.475.Emcomparaçãocomimóveisdeoutrosbairrosdaáreadevizinhança,representavalorsuperioraoCentro(+6,4%)einferioraosbairrosdeIcaraí(-21,7%)eVitalBrasil(-5,0%).

Tabela3.7.1-Valormédiodom²nosbairrosdaáreadevizinhançaemmarçode2014

BairroValormédio

dometroquadradoComparaçãodovalor

comobairroSantaRosaTamanhodaamostra

SantaRosa R$6.475 - 1.016

Centro R$6.082 6,4% 284

Icaraí R$8.275 -21,7% 3.770

VitalBrasil R$6.815 -5,0% 105Fonte:ÍndiceFIPEZAPdePreçosdeImóveisAnunciados.

O ritmo de variação apresentado por Santa Rosa, inferior aos bairros demaior preço e demenor preço, mostram uma estabilidade nos preços de Santa Rosa em relação aos outrosbairrosdaáreadevizinhançadoempreendimento.

Ademandaporimóveisemdeterminadolocaltemavercomaestruturaeserviçosoferecidos,tais como, acessibilidade, segurança, presença de supermercados, escolas, lojas, hospitais ecomércios em geral. Historicamente sabe-se que a implantação de empreendimentos,principalmente no setor da saúde, oferece uma oportunidade de desenvolvimento social eeconômico do seu entorno direto. Principalmente com a instalação de novos comércios eprestadoresdeserviços.

Para seperceberdemodomaisobjetivoo impactoda implantaçãodoempreendimentoemseu entorno, deve-se decompor o conceito de desenvolvimento em suas componentesessenciais, a saber: renda, educação e saúde. O local é atualmente ocupado por um

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 3-42

estacionamento, uso que não cumpre a função social da propriedade. O cumprimento dafunção social da propriedade traz mudança evidente e a sua implantação deve afetarpositivamente o nível de desenvolvimento econômico e social no entorno doempreendimento.Estedeve,emessência,proporcionarum incrementona infraestruturadesaúdeparaapopulaçãodaregião,permitindoumamelhoranoacessoaatendimentomédicohospitalar.

Portanto,pode-seafirmarquea implantaçãodoempreendimento traráumciclopositivodevalorização dos imóveis do entorno do mesmo. Em curto prazo, a valorização imobiliáriaprovocadapelaimplantaçãodeumequipamentodesteporte,podegerarumefeitorefreadorna tendência de retração, contribuindo para a manutenção da estabilidade dos preços evalorizando a região a partir dos efeitos multiplicadores de melhoria urbana podem seresperadosemfunçãodestavalorização.

3.8. Indicaçãodoscursosd’águanoentornodoempreendimento

A Figura 3.23, a seguir, apresenta a indicação dos cursos d’água no entorno doempreendimento. Não foi identificada a existência de corpos d’água nas cercanias doempreendimento.

Figura3.23-Indicaçãodoscursosd’águanumraiode100mdoempreendimento

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-43

4. IMPACTOSDURANTEAFASEDEOPERAÇÃO

Esseitemapresentaaidentificaçãoeavaliaçãodosimpactosnaáreadevizinhançaduranteasfasesdeimplantaçãoeoperação.

4.1. Impactodecorrentedoadensamentopopulacional

Emtermospopulacionais,Niteróiéummunicípiodemédioporte. SegundodadosdoCensoDemográfico2010,suataxadecrescimentopopulacionalentreosanosde2000e2010éde0,6%a.a.,consideradabaixaparaospadrõesbrasileiros.

ATabela4.1.1,aseguir,apresentaadinâmicapopulacionaldosbairrosdaáreadevizinhançaentreosanosde1970e2010.Nela,épossívelobservarqueobairrodeSantaRosaéumdosbairrosqueperdeupopulaçãoentreadécadade1970e2010,cercade-5%.Naúltimadécada,SantaRosavemmudandoatendênciadereduçãopopulacional,sendoosegundobairroqueapresentou maior variação em termos relativos, ou 13,5% de incremento populacional noperíodo 2000-2010. Em termos absolutos, o bairro é o que apresenta a segunda maiorpopulação,com30.701habitantes.

Tabela4.1.1-Dinâmicapopulacionaldosbairrosdaáreadevizinhança(1970e2010)

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 324.246 397.123 436.155 459.451 487.562 50,37%

Áreadevizinhança 111.692 136.498 143.378 136.886 146.338 31,02%

Centro 22.729 22.528 21.632 18.487 19.349 -14,87%

Icaraí 39.940 61.843 62.494 75.127 78.715 97,08%

SantaRosa 32.338 34.254 43.174 27.038 30.701 -5,06%

SãoFrancisco 9.177 9.442 9.620 9.654 9.712 5,83%

Viradouro 4.024 4.662 2.898 3.516 4.562 13,37%

VitalBrasil 3.484 3.769 3.560 3.064 3.299 -5,31%Fonte:ElaboradoapartirdedadosdosCensosDemográficos1970,1980,1991,2000e2010.

Comrelaçãoaparticipaçãonapopulação,aTabela4.1.2,a seguir,mostraqueoconjuntodebairrosdaáreadevizinhançaperdeu12,87%daparticipaçãonapopulaçãomunicipalentreosanosde1970e2010.IssoseexplicapelocrescimentodasáreasdeexpansãodaNiterói,paraonde parcela significativa da populaçãomigrou, sobretudo, entre os anos de 1990 e 2010.Nesse contexto, o bairro de Santa Rosa foi um dos que viu sua população reduzir frente oconjuntodebairrosdaáreadevizinhançaefrenteaomunicípio.Em40anos,SantaRosaviusuaparticipaçãonapopulaçãomunicipal variar -36,86%, enquantoo conjuntodebairros daáreadevizinhançavariouemritmomenor,ou-12,87%.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-44

Tabela4.1.2-Participaçãodosbairrosdaáreadevizinhançanapopulaçãomunicipal

População 1970 1980 1991 2000 2010 1970-2010

Niterói-RJ 100%

Áreadevizinhança 34,45% 34,37% 32,87% 29,79% 30,01% -12,87%

Centro 7,01% 5,67% 4,96% 4,02% 3,97% -43,39%

Icaraí 12,32% 15,57% 14,33% 16,35% 16,14% 31,07%

SantaRosa 9,97% 8,63% 9,90% 5,88% 6,30% -36,86%

SãoFrancisco 2,83% 2,38% 2,21% 2,10% 1,99% -29,62%

Viradouro 1,24% 1,17% 0,66% 0,77% 0,94% -24,61%

VitalBrasil 1,07% 0,95% 0,82% 0,67% 0,68% -37,03%Fonte:ElaboradoapartirdedadosdosCensosDemográficos1970,1980,1991,2000e2010.

Com relação à densidade demográfica, a Tabela 4.1.3, a seguir, mostra que o conjunto debairros da área de vizinhança possui 13.124 habitantes por Km², ou baixa densidaderesidencial. Isso se explica pelo fato de que, embora Icaraí seja um dos bairros da área devizinhança com densidade urbana muito alta, mais de 40 mil hab/Km², os bairros de SãoFrancisco,ViradouroeVitalBrasilapresentambaixadensidadeurbana,commenosde10milhab/Km². Nesse contexto, o bairro de Santa Rosa surge com 10.033 hab/Km², consideradomédiadensidadeurbana.

Tabela4.1.3-Densidadeurbanabrutadaáreadevizinhança

PopulaçãoPopulação(hab.)

Área(Km²)

Densidadebruta(hab/Km²)

Classificaçãodadensidadebruta

Niterói-RJ 487.562 133,91 3.641 Muitobaixa

Áreadevizinhança 146.338 11,15 13.124 Baixa

Centro 19.349 2,06 9.393 Baixa

Icaraí 78.715 1,88 41.870 Muitoalta

SantaRosa 30.701 3,06 10.033 Baixa

SãoFrancisco 9.712 2,76 3.519 Muitobaixa

Viradouro 4.562 0,89 5.126 Muitobaixa

VitalBrasil 3.299 0,5 6.598 MuitobaixaFonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

Por se tratar de um hospital, o empreendimento em questão não gera atração de novosresidentespermanentesparaoempreendimento.Tampoucogeraatraçãodiretasignificativaparaempreendimentosresidenciaisnoentornoimediato.Oaumentonolocalédepopulaçãoflutuante, decorrente dos funcionários e fluxo de pacientes. O que ocorre, na prática, é odeslocamento de pessoas na busca por atendimento hospitalar eventual, no caso dospacientes, e na relação casa x trabalho, em se tratando dos profissionais que trabalhamnolocal.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-45

Segundooempreendedor,seuquadrodefuncionáriostemhoráriosdiversificadosdeacordocom seu setor e função. O hospital possui 346 leitos e o número médio estimado deatendimentos pormês, após a instalação do empreendimento, é de 16.280 pacientes/mês.Além disso, o empreendimento irá gerar 1.140 empregos diretos. Portanto não haverá umacréscimoefetivonapopulaçãoresidentedobairroe,portanto,nadensidadepopulacional.

4.2. Impactonavegetaçãoearborizaçãourbana

AexpansãourbanaverificadanasúltimasdécadasemNiteróitemgeradofortepressãosobreasáreasverdesdomunicípio.Comoespraiamentourbano,Niteróiviusuaáreaurbanacrescer130% em35 anos, o que, consequentemente, representou a redução das áreas naturais domunicípio.Comcrescimentopopulacionalmundialobservadonasúltimasdécadas,nascidades– principal lócus de vivência do homem – o ambiente urbano ganha destaque no cenáriointernacional.

Nessecontexto,aadiçãodeelementosarbóreosaoecossistemamodificadoantropicamente,típico do ambiente das cidades, traz inúmeros benefícios. Logo, torna-se fundamentalarborizar as cidades, salientando a importante função que a vegetação urbana tem comoamenizadoradapoluição,alémdasfunçõesambientais,energéticasepaisagísticas,demodoaalcançarumequilíbrioeumasignificativamelhorianaqualidadedevida.

Aáreadoentornodoempreendimentoatualmenteapresentabaixadensidadedevegetação,especialmenteespéciesmédioegrandeporte.AFigura4.1eaFigura4.2,aseguir,mostramque as ruas do entorno, sejam com maior ou menor densidade construtiva apresentamgrandestrechossemarborização.

Figura4.1-VistadaRuaSantaRosa

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-46

Figura4.2-VistadaRuaMarizeBarros

A Figura 4.3, a seguir, mostra que o terreno onde será construído o empreendimento éatualmente ocupado por um estacionamento coberto, que em sua maioria não possuicobertura vegetal ou que apresenta quintais. Portanto, o empreendimento está situado emáreaurbanaconsolidada,demodoquenãoseverifica interferêncianavegetaçãonaturaloupressãosobreáreasdepreservação.

Figura4.3-Mapadesituaçãodoempreendimento

Avaliaçãodoimpacto:

Considerando que a implantação do empreendimento não acarretará em subtração denenhuma espécie vegetal significativa no ambiente urbano, entende-se que não haveráimpactosnegativosnavegetaçãoearborizaçãourbana.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-47

4.3. Impactonainfraestruturaurbana

Diretamente correlacionado à instalação do empreendimento, o incremento do número deresidentes e transeuntes na área de vizinhança impactará os serviços públicos e coletivosexistentesnosbairros.Dentrodestadinâmica,oempreendimentocriaráumanovademandapor infraestrutura de saúde, saneamento, água, energia, comunicação, limpeza, comércio eserviços. Nesse sentido, um empreendimento pode vir a comprometer a qualidade dosserviços ofertados caso seja implantado sem a devida capacidade de suporte, podendo, emcondiçõesextremas,levaraocolapsoporsaturaçãodosserviçospúblicoecoletivos,colocandoemriscoobemestardapopulaçãoeaqualidadedomeioambiente.

4.3.1. Capacidadedainfraestrutura

Paradeterminaracapacidadedesuportedeinfraestruturadoempreendimento,foirealizadaconsulta aos órgãos responsáveis e/ou às concessionárias de serviços públicos com vistas àdeterminação da viabilidade de abastecimento de água, de coleta de esgotos, de lixo, detelefonia, energia elétrica e gás. As Pranchas 06A, 06B e 06C, em anexo, apresentam omapeamentodasredesdeinfraestruturaexistentesnoentornoimediato.

Abastecimentodeágua

SegundodadosdoCensoDemográficode2010,omunicípiodeNiteróipossuimaisde97%dosseusdomicíliosatendidospelaredegeraldeabastecimentodeágua.ATabela4.3.1,aseguir,mostraqueosbairrosdaáreadevizinhançadoempreendimentopossuemquaseatotalidade,ou99,0%,deseusdomicíliosatendidos.ObairrodeSantaRosa,especificamente,possui98,7%deseusdomicílioscomabastecimentod’água.

Tabela4.3.1-Abastecimentodeáguanaáreadevizinhança

ÁreadeVizinhança

Domicílios

TotalAtendidospeloserviço

(und.) (%)

Centro 8.032 7.890 98,2%

Icaraí 30.915 30.846 99,8%

SantaRosa 11.151 11.002 98,7%

SãoFrancisco 3.340 3.149 94,3%

Viradouro 1.352 1.332 98,5%

VitalBrasil 1.249 1.248 99,9%

Total 56.039 55.467 99,0%

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-48

O abastecimento de água potável se dará pela rede pública municipal de acordo com asdiretrizes de fornecidas pela concessionária Águas de Niterói. A Prancha 06B, em anexo,mostraomapeamentodasredesdeabastecimentod´águaexistentesnoentornoimediatodoempreendimento. Com relação ao empreendimento, a concessionária informou sobre aviabilidade de abastecimento do empreendimento por meio de certidão de viabilidade,apresentadaemanexo.

Coletadeesgotos

SegundodadosdoCensoDemográficode2010,omunicípiodeNiteróipossui cercade87%dos seus domicílios atendidos pela rede geral de esgotamento sanitário. A Tabela 4.3.2, aseguir,mostra que os bairros da área de vizinhança do empreendimento possuem quase atotalidade,ou97,6%,deseusdomicíliosatendidos.ObairrodeSantaRosa,especificamente,possui95,8%deseusdomicíliosatendidospelaredegeraldeesgotamentosanitário.

Tabela4.3.2-Disponibilidadedecoletadeesgotonaáreadevizinhança

ÁreadeVizinhança

Domicílios

TotalAtendidospeloserviço

(und.) (%)

Centro 8.032 7.955 99,0%

Icaraí 30.915 30.735 99,4%

SantaRosa 11.151 10.686 95,8%

SãoFrancisco 3.340 3.319 99,4%

Viradouro 1.352 772 57,1%

VitalBrasil 1.249 1.230 98,5%

Total 56.039 54.697 97,6%

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

Avaliaçãodoimpacto:

Está prevista a realização da ligação do esgotamento sanitário predial à respectiva redepública, de coleta e afastamento, gerenciado pela concessionária Águas de Niterói eposteriormente encaminhada para tratamento na Estação de Tratamento de Esgotos – ETE,operadapelaconcessionária.APrancha06C,emanexo,mostraomapeamentodasredesdecoleta de esgoto existentes no entorno imediato do empreendimento. Com relação aoempreendimento, a concessionária informou sobre a viabilidade de coleta de esgoto doempreendimentopormeiodecertidãodeviabilidade,apresentadaemanexo.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-49

Portanto, a possibilidade de alteração da qualidade das águas superficiais pela geração deefluentessanitáriosépoucosignificativa.

Coletadelixo

SegundodadosdoCensoDemográficode2010,omunicípiodeNiteróipossui83%dos seusdomicílioscomcoletade lixodomiciliarpromovidapeloserviçode limpeza.ATabela4.3.3,aseguir,mostra que os bairros da área de vizinhança do empreendimento possuem quase atotalidade,ou90,5%,deseusdomicíliosatendidos.ObairrodeSantaRosa,especificamente,possui90%deseusdomicílioscomcoletadelixodomiciliarpromovidapeloserviçodelimpeza.

Tabela4.3.3-Disponibilidadedecoletadelixonaáreadevizinhança

ÁreadeVizinhança

Domicílios

TotalAtendidospeloserviço

(und.) (%)

Centro 8.032 7.345 91,4%

Icaraí 30.915 28.538 92,3%

SantaRosa 11.151 10.026 89,9%

SãoFrancisco 3.340 3.218 96,3%

Viradouro 1.352 483 35,7%

VitalBrasil 1.249 1.079 86,4%

Total 56.039 50.689 90,5%

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

Avaliaçãodoimpacto:

Como a coleta e destinação final dos resíduos sólidos urbanos são realizadas pela CLIN e oempreendimentoserádotadodasinstalaçõesprediaisnecessáriasparadispororesíduoparaacoleta. Com relação ao empreendimento, a concessionária informou sobre a viabilidade decoleta de esgoto do empreendimento pormeio de certidão de viabilidade, apresentada emanexo.

Portanto, a possibilidade de alteração da qualidade das águas superficiais pelo manejo deresíduossólidosurbanosépoucosignificativa.Recomenda-seaelaboraçãoe implantaçãodePlano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, com orientação para realização da coletaseletivanoempreendimento.

Energiaelétrica

SegundodadosdoCensoDemográficode2010,omunicípiodeNiteróipossui99,9%dosseusdomicílios atendidospor energia elétrica.A Tabela 4.3.4, a seguir,mostraqueosbairrosdaáreadevizinhançadoempreendimentopossuematotalidade,ou100,0%,deseusdomicílios

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-50

atendidos.ObairrodeSantaRosa,especificamente,possui99,9%deseusdomicíliosatendidosporenergiaelétrica.

Tabela4.3.4-Abastecimentodeenergiaelétricanaáreadevizinhança

ÁreadeVizinhança

Domicílios

TotalAtendidospeloserviço

(und.) (%)

Centro 8.032 8.031 100,0%

Icaraí 30.915 30.915 100,0%

SantaRosa 11.151 11.145 99,9%

SãoFrancisco 3.340 3.339 100,0%

Viradouro 1.352 1347 99,6%

VitalBrasil 1.249 1.249 100,0%

Total 56.039 56.026 100,0%

Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCensoDemográfico2010.

Com relação ao empreendimento, a concessionária informou sobre a disponibilidade defornecimentoelétricodoempreendimentopormeiodecertidãodeviabilidade,apresentadaemanexo.

Serviçosdetelefonia

Comrelaçãoàcomunicação,omunicípiodeNiteróiéatendidopelasoperadorasdetelefoniamóvel e também pelas operadoras de telefonia fixa. De acordo com a Agência Nacional deTelecomunicações (Anatel), existem 194.583 terminais telefônicos em serviço e 3.766telefonespúblicosinstaladosnacidade.Caberessaltarqueessesnúmerossãomenoresdoqueos dos anos de 2008 e 2009. Isso se explica pelo crescimento da telefoniamóvel, devido àconveniência,mobilidadeeàfacilidadenaaquisiçãodeaparelhosoferecidospelasempresas.Esse fenômenotambémpodeserobservadosegundoosdadosdoCensoDemográfico2010,quemostramque91,3%dosdomicíliosdomunicípiopossuemtelefonecelular,aopassoqueapenas 77,7% deles possuem telefone fixo. Os bairros da área de vizinhança doempreendimento possuem disponibilidade desses serviços de comunicação, principalmenteporserembairroscentraise,alguns,dealtarendadomiciliar.

Com relaçãoaoempreendimento, a concessionária informou sobrea viabilidadedeserviçosdetelefoniadoempreendimentopormeiodecertidãodeviabilidade,apresentadaemanexo.

Abastecimentodegás

Segundo dados da companhia distribuidora de Gás (Gás Natural Fenos), atualmente sãoatendidosmaisde30mildomicíliosdomunicípioebuscaexpandirsuaredecomoobjetivodeabastecermaisdoismilclientesporano.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-51

Comrelaçãoaoempreendimento,aconcessionáriadeveráinformarasobreadisponibilidadedeabastecimentoporgásdoempreendimentopormeiodecertidãodeviabilidade.

Drenagem

ConformedeterminaçãodaLeiMunicipalnº2.630,de07de janeirode2009,asedificaçõesque tenham área impermeabilizada superior a quinhentos metros quadrados deverão serdotadasdereservatórioparaacaptaçãoedetençãodeáguaspluviais,coletadasportelhados,coberturas,terraçosepavimentosdescobertos,emlotes,edificadosounão,quetenhamáreaimpermeabilizada superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados). Sendo assim, acapacidadedoreservatóriodeacumulaçãofoicalculadacombasenaseguinteequação:

V=KxAixh,onde:

V=Volumedoreservatórioemmetroscúbicos;

K=CoeficientedeAbatimento,correspondentea0,15;

Ai=Áreadotelhado,emmetrosquadrados;

h=Alturapluviométrica,correspondentea0,06metros.

Assim, o volume total da caixa de detenção deverá ser de 16,07 m³, em atendimento aomínimodeterminadopelaequaçãoaseguir:

(V=0,15x1.785,90x0,06x1,ousejaV=16,07m3)

O empreendimento apresenta, em anexo, a declaração da Secretaria Municipal deConservaçãoeServiçosPúblicos–SECONSER–danecessidadeounãodeexecuçãodeobrasdedrenagemnoentornodoempreendimento.

Avaliaçãodoimpacto:

Oempreendimentoprevêaimplantaçãodesistemadedrenagemdeáguaspluviaisdotadodereservatório de detenção provisória. Essa medida praticamente elimina a contribuição doimóvel nos picos de chuva, diminuindo as ocasiões ou intensidade de cheias dos rios ecórregosdaregião.Nesteitem,osimpactossãoconsideradaspoucosignificativos.

4.3.2. Equipamentosurbanosecomunitários

Estabelecimentosdeeducação

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira –INEP, vinculado aoMinistério da Educação, o conjunto de bairros da área de vizinhança doempreendimentoconta102estabelecimentosematividadedeeducaçãodosensinosinfantil,fundamental e médio. A Tabela 4.3.5, a seguir, mostra que existem 84 estabelecimentosprivados,8estaduaise10municipais,sendo28estabelecimentosnobairrodeSantaRosa.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-52

Tabela4.3.5-Estabelecimentosdeeducaçãonaáreadevizinhança

Escola Dependênciaadministrativa

Bairro

CERAULVIDAL ESTADUAL CENTROCENTROEDUCADSJDESCMEUPEQMUNDO PRIVADA CENTROCENTROEDUCACIONALMENDONCALTDA PRIVADA CENTROCENTROEDUCACIONALSHALON PRIVADA CENTROCOLEGIOMAIAMARQUES PRIVADA CENTROCOLEGIOPLINIOLEITE PRIVADA CENTROCOLEGIOSAOLUCASSCLTDA PRIVADA CENTROCRECHECOMUNITROSALDAPAIM-UFF PRIVADA CENTROCRECHEJOIASDECRISTO PRIVADA CENTROEMDRALBERTOFRANCISCOTORRES MUNICIPAL CENTROASSOCDASDAMASDECARIDADDESAOVICENTEDEPAULO PRIVADA ICARAIASSOCEDUCMIRAFLORES PRIVADA ICARAIASSOCIACAOEDUCACIONALMIRASCLTDA PRIVADA ICARAIASSOCIACAOEDUCACIONALSOARESALMEIDASC PRIVADA ICARAICASTELOTURMAMIUDA PRIVADA ICARAICEBALTAZARBERNARDINO ESTADUAL ICARAICEJOAQUIMTAVORA ESTADUAL ICARAICEMANUELDEABREU ESTADUAL ICARAICENTROEDUCALZIRABITTENCOURT PRIVADA ICARAICENTROEDUCESTACAODOAPRENDER PRIVADA ICARAICENTROEDUCACIONALCIRANDINHA PRIVADA ICARAICENTROEDUCATIVOINFANTILSAOJOSE PRIVADA ICARAICENTROMODERNOALZIRABITTENCOURT PRIVADA ICARAICLARALUZCRECHEEESCOLA PRIVADA ICARAICOLINSTSAOJOSE PRIVADA ICARAICOLSAOVICENTEDEPAULO PRIVADA ICARAICOLVITALBRASIL PRIVADA ICARAICOLEGIOARGUMENTO PRIVADA ICARAICOLEGIOARYPARREIRAS PRIVADA ICARAICOLEGIOCASTELODOSABER PRIVADA ICARAICOLEGIOECURSOMIGUELCOUTO-ICARAI PRIVADA ICARAICOLEGIOECURSOPONTODEENSINO PRIVADA ICARAICOLEGIOECURSOPONTODEENSINO PRIVADA ICARAICOLEGIOESCREVENDOOFUTURO-EXCOLEGIOGRAFITE PRIVADA ICARAICOLEGIOGRAFITE-COLEGIOSALADEEDUCARLTDA-ME PRIVADA ICARAICOLEGIOLASALLEABEL PRIVADA ICARAICOLEGIOMVIICARAI PRIVADA ICARAICOLEGIOPH PRIVADA ICARAICRECHECOMUNITARIAMEDALHAMILAGROSA PRIVADA ICARAICURSOMARLYCURY PRIVADA ICARAIEMPROFESSORPAULODEALMEIDACAMPOS MUNICIPAL ICARAIESCNSDOSAGRADOCORACAO PRIVADA ICARAIESCOLADALULUZINHASOCIEDADECIVILLIMITADA PRIVADA ICARAIESCOLADIVINAPROVIDENCIA PRIVADA ICARAIESCOLAMARLYCURYLTDA PRIVADA ICARAIESCOLAMUNICIPALJULIACORTINES MUNICIPAL ICARAIESCOLAMUNICIPALPROFESSORAELVIRALUCIAESTEVESDEVASCONCELOS MUNICIPAL ICARAI

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Escola Dependênciaadministrativa Bairro

INSTITUTOEDUCACIONALDAHER PRIVADA ICARAITEMPODEAPRENDER PRIVADA ICARAIVIVINFANCIACRECHEPREESCOLAALFABETIZACAO PRIVADA ICARAIVOLTAIRECOLEGIOEVESTIBULARES PRIVADA ICARAIASSOCIACAODEASSISTENCIASOCIALCORACAODEJESUS PRIVADA SANTAROSAASSOCIACAOEDUCACIONALCOMECODEVIDA PRIVADA SANTAROSACEGUILHERMEBRIGGS ESTADUAL SANTAROSACEICENTROEDUCACIONALINFANTIL PRIVADA SANTAROSACENTROEDUCPROAPRENDER PRIVADA SANTAROSACENTROEDUCSTAHELENA PRIVADA SANTAROSACENTROEDUCACIONALGOULART PRIVADA SANTAROSACENTROEDUCATIVOEDEPROMOCAOLASALLE-CEPLAS PRIVADA SANTAROSACENTRORECREATIVOCOMECODEVIDA PRIVADA SANTAROSACOLEGIOITAPUCA-SANTAROSA PRIVADA SANTAROSACOLEGIOKATTENBACH PRIVADA SANTAROSACOLEGIOSALESIANOSANTAROSA PRIVADA SANTAROSACRECHECOMCRISTOVIVE PRIVADA SANTAROSACRECHECOMUNITARIAALARICODESOUZA PRIVADA SANTAROSACRECHECOMUNITARIAANALIAFRANCO PRIVADA SANTAROSAEMPADRELEONELFRANCA MUNICIPAL SANTAROSAEESAODOMINGOSSAVIO ESTADUAL SANTAROSAESCOLINHADAMONICALTDA PRIVADA SANTAROSAFLORESTINHAEDUCACAOINFANTILEENSINOFUNDAMENTALLTDA-ME PRIVADA SANTAROSA

INSTMAIAVINAGRE PRIVADA SANTAROSAINSTITUTOMAIAVINAGRE PRIVADA SANTAROSAINSTITUTOSAOBENTODENITEROI PRIVADA SANTAROSAISBENEDUCACAOECULTURA PRIVADA SANTAROSAJARDIMESCOLASEL PRIVADA SANTAROSAJDESCLOBINHOCOLLOBOTORRES PRIVADA SANTAROSARECANTOCASAESCOLA PRIVADA SANTAROSAUMEISENADORVASCONCELOSTORRES MUNICIPAL SANTAROSAUNIDADEMUNICIPALDEEDUCACAOINFANTILGERALDOMONTEDONIOBEZERRADEMENEZES MUNICIPAL SANTAROSA

ASSOCEDUCDENITEROI PRIVADA SAOFRANCISCOCECIZINIOSOARESPINTO ESTADUAL SAOFRANCISCOCEDUQUEDECAXIAS ESTADUAL SAOFRANCISCOCENTRODEEDUCACAOTEMPOBOM PRIVADA SAOFRANCISCOCOLEGIONOSSASENHORADAASSUNCAO PRIVADA SAOFRANCISCOCRECHEBETANIA PRIVADA SAOFRANCISCOCRECHECOMUNITARIADOMORIONE PRIVADA SAOFRANCISCOCRECHECOMUNITARIAIRMACATARINA PRIVADA SAOFRANCISCOCRECHEJDFAZENDINHALTDA PRIVADA SAOFRANCISCOEMHELENAANTIPOFF MUNICIPAL SAOFRANCISCOEMPROFMªANGELAMOREIRAPINTO MUNICIPAL SAOFRANCISCOGERACAOFORUMCULTURAL PRIVADA SAOFRANCISCOINSTITUTOGAYLUSSAC-ENSFUNDAMENTALEMEDIO PRIVADA SAOFRANCISCOINSTITUTOGAYLUSSAC-JARDIM PRIVADA SAOFRANCISCOPRIMEIROSPASSOSESCOLAMATERNAL PRIVADA SAOFRANCISCO

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-54

Escola Dependênciaadministrativa Bairro

UNIDADEMUNICIPALDEEDUCACAOINFANTILPROFESSORAMARGARETHFLORES MUNICIPAL SAOFRANCISCO

CRECHECOMUNITARIACRIANCAESPERANCA PRIVADA VITALBRASILCRECHEESCOLATEMPODEAPRENDERLTDAME PRIVADA VITALBRASILEQUIPEMONTESSORIDEENSINO PRIVADA VITALBRASILGRUPOATTRIUMDEENSINO PRIVADA VITALBRASILJARDIMESCOLASERFELIZ PRIVADA VITALBRASILSEMPREVIVAESPACODEEDUCACAOINFANTILLTDA PRIVADA VITALBRASILJDESCREBECAGUIMARAESLTDA PRIVADA VITALBRASILFonte:ElaboradoapartirdedadosdoDataEscolaBrasil.

Unidadesdesaúde

SegundodadosdoCadastroNacionaldeEstabelecimentosdeSaúde–CNES,doMinistériodaSaúde,oconjuntodebairrosdaáreadevizinhançadoempreendimentocontacomunidadesde saúde da rede pública pertencentes às esferas Federal, Estadual e Municipal. A Tabela4.3.6, a seguir, mostra que existem 22 estabelecimentos de saúde pública na área devizinhança,sendodoisFederais,cincoEstaduaise14Municipais.

Tabela4.3.6-Unidadesdesaúdenaáreadevizinhança

UnidadesFederaisUnidade Endereço

CAITUFF RUAOUTEIRODESAOJOAOBATISTAS/NCENTRO-CEP-24038900

HOSPITALUNIVERSITARIOANTONIOPEDRO RUAMARQUESDOPARANA303CENTRO-CEP-24033900

UnidadesEstaduaisUnidade Endereço

AMBULATORIOIASERJNITEROI RUAPROFHEITORCARRILHO53CENTRO-CEP-24030230HOSPITALPOLICIAMILITARNITEROI RUAMARTINSTORRES245SANTAROSA-CEP-24240700SEAPDESIPEAMBINSTPENALROMEIRONETO AVMALCASTELOBRANCOS/NCENTRO-CEP-24030260

SEAPRJAMBULATORIOINSTITUTOPENALEDGARDCOSTA RUASAOJOAO372CENTRO-CEP-24030260

SEAPRJHOSPITALDECUSTETRATPSIQUIATRICOHENRIQUEROXO RUAPROFHEITORCARRILHOS/NCENTRO-CEP-24030230

UnidadesEstaduaisUnidade Endereço

CAPSHERBERTDESOUZA RUAMARQUESDEOLINDA104CENTRO-CEP-24030170

CERESTMETROII1RJ AVENIDAERNANIDOAMARALPEIXOTO169CENTRO-CEP-24020200

DEVIC RUASAOJOAO190CENTRO-CEP-24020071LABCENTRALDESAUDEPUBDENITEROIMIGUELOTEVIANA PRACAVITALBRASILS/NVITALBRASIL-CEP-24230260

POLICLINICACOMUNITARIADRSERGIOAROUCA PRACAVITALBRAZILS/NVITALBRAZIL-CEP-24230265

POLICLINICADEESPECIALIDADESSYLVIOPICANCO

AVERNANIDOAMARALPEIXOTO169CENTRO-CEP-24020070

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-55

POLICLINICADEESPEMATASAUDEDAMULHERMALUSAMPAIO RUAVISCONDEDEURUGUAI531CENTRO-CEP-24030078

UNIDADEBASICADESAUDEDOCENTRO RUAVISCONDEURUGUAI531CENTRO-CEP-24030077USFCAMILOCIENFUEGOSPMFVIRADOURO

RUANOSSASENHORADASGRACAS474SANTAROSA-CEP-24240380

USFCARLOSJFINLAYPMFVITALBRASIL RUAJOAODALOSSI8SANTAROSA-CEP-24230000USFDROMARMARINHOVIEIRAPMFALARICO ESTRADADOALARICOS/NSANTAROSA-CEP-24315000

USFFRANKPAISGARCIAPMFCAVALAO ALAMEDAPARISS/NSAOFRANCISCO-CEP-24360010USFJOSEANTONIOECHEZERRIAPMFSOUZASOARES RUALIONSCLUBE37SANTAROSA-CEP-24230520

USFJOSEMARTIPMFGROTA RUAALBINOPEREIRAS/NSAOFRANCISCO-CEP-24365170Fonte:ElaboradoapartirdedadosdoCadastroNacionaldeEstabelecimentosdeSaúde.

Avaliaçãodoimpacto:

Verificou-sequeoempreendimentonãoacarretaráimpactossobreaofertadeequipamentospúblicoseprivadosnoensino infantil, fundamentalemédio.Alémdisso,aregiãoestámuitopróxima de bairros centrais onde existem opções de escolas públicas e privadas com fácilacessoportransportecoletivo.

Adicionalmente, verificou-se que o empreendimento irá aumentar a oferta de unidades desaúdepúblicaparaatendimentodademanda.Alémdisso,oequipamentoestámuitopróximode bairros centrais, podendo servir como opção de atendimento de saúde privada. Oequipamentopossuifácilacessopormeiodetransportecoletivoeestáamenosde5kmdosbairroscentrais.

4.4. Impactonosistemaviário

A avaliação da interferência do tráfego na via estrutural e de conflitos na circulação depedestreseveículosnoentornoimediatoduranteafasedeoperaçãodoempreendimentoéobjetodeRelatóriode Impacto sobreoSistemaViário (RISV)específico, conforme instruçãotécnicaaseremitidapelaNITTRANS.

No RISV consta indicação de entradas e saídas de veículos do empreendimento, além deestudossobreageraçãodeviagensedistribuiçãonosistemaviário,demandaportransportepúblico e identificação do sistema de transporte coletivo existente, além de medidasmitigadorasditadaspelaNITTRANS.

4.5. Impactosobreamorfologiaurbana

Aáreadeentornoimediatoapresentagrandevariedadequantoàmorfologiaurbana.Naáreadevizinhança,ovetordecrescimentosegueemdireçãoaobairrodeSantaRosa,queverificaumprocessodetransformaçãourbanaondecomeçamadespontaredificaçõesmultifamiliarescomgabaritovariandoentre1e16pavimentos,criando,assim,umnovoaspectomorfológico.Nessecontexto,aFigura4.4eaFigura4.5,aseguir,mostramqueoempreendimentoseguirá

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-56

opadrãodatransformaçãomorfológica,juntamentecomoutrosempreendimentosdemesmavolumetriaquevêmsendoconstruídosnesteentornoimediato.

Figura4.4-Volumetriaprojetadaemrelaçãoaoexistentenoentornoimediato

Figura4.5-Volumetriaprojetadaemrelaçãoaoexistentenoentornoimediato

Para avaliação dos impactos sobre a morfologia urbana, o estudo utiliza o disposto na LeiMunicipalnº1.470,de11dedezembrode1995,especialmenteemsuaSeçãoV–DoImpactosobre aMorfologia Urbana – e incisos, que definem como as que causam impacto sobre amorfologia urbana aquelas edificações cuja forma, tipo ou porte, impliquem conflito com amorfologianaturalouedificadalocal.

Avaliaçãodoimpacto:

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-57

I -obstrução de vistas públicas notáveis que se constituam em horizonte visual de ruas epraças,tantonaturais,comoemorlasdemar,lagoaefranjasdemorros,quantoedificadascomonocasodemarcosdereferêncialocal.

O empreendimento propõe um bloco que respeita o gabarito permitido pela legislaçãomunicipaldeusoeocupaçãodosolo.Adicionalmente,aedificaçãonãoseencontrapróximade horizonte visual de ruas e praças, sejam naturais, em orlas de mar ou lagoa. ComodemonstradonoconjuntodeFigurasaseguir,emboraselocalizepróximaaumbemtombado,mesmonocenárioatual,ondeasedificaçõesexistentessãodeumoudoispavimentosoudemuros, não se verifica existência de vistas públicas notáveis, não causando, assim,interferênciasignificativanocampovisualdebenstombadosoureferenciaisoude interessecultural.

Figura4.6-InexistênciadevistaspúblicasnohorizontevisualdaRuaMarizeBarros

Figura4.7-InexistênciadevistaspúblicasnohorizontevisualdaRuaMarizeBarros

II-desertificaçãodepasseiosporextensãoexcessivademuroseparedescegas,superioresa30,00m (trinta metros), e consequente perda de vitalidade urbana, ou empobrecimento

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-58

estéticodapaisagemdaruaedesuaambiênciaurbana,excetuadososmurosdearrimooudevedaçãoporsegurançainstitucional.

A implantaçãodoprédioécaracterizadapelaconstruçãodeumblocoqueserádispostoemcentro de terreno, de forma ortogonal, atendendo a conformação poligonal do terreno emantendotodososafastamentosexigidosemlei.Noníveldopasseio,serãoimplantadosseisdiferentes acessos, o que criará fachadas ativas, evitando a desertificação por extensãoexcessivademuroseparedescegas.

III -interrupção significativa do alinhamento com outras edificações, que se constitua emexceçãoàsituaçãodominante,resguardadaaoportunidadedeseupapelcontrastantecomomarcodereferencialocal.

A regiãopossui urbanização consolidada e, nesse contexto, a existência demuros junto aoslimites dos lotes não significa conformaçãodeumalinhamento, uma vezque as edificaçõesexistentes por trás deles observamdiferentes distâncias do alinhamento da via. Portanto, aobservânciadoafastamentofrontalexigidoemleinãoirárepresentarinterrupçãosignificativado alinhamento existente por parte do empreendimento, mas representará tão somente oatendimentoaonovoalinhamentoprevistopelalegislaçãourbana.

IV-contrasteostensivodevolumeemrelaçãoàescaladominantenamassaedificadalocal,provocando conflito de proporções com outras edificações, com a rua ou a praça,resguardada a oportunidade de seu papel como marco de referência, para o qual suasproporçõesdeverãoseradequadas.

Este itemdeve ser avaliado dentro da compreensão de que o entorno do empreendimentoatualmente passa por uma fase de transformação de sua morfologia. O fato de oempreendimento prever um bloco vertical significa um aspecto positivo, uma vez que talprocessodetransformaçãoiráaderiraosobjetivosdalegislaçãourbanademaneiraintegrada.

V -criação de vazios desproporcionais à massa edificada local ou que provoquem suadescontinuidade, interrompendo a típica contiguidade urbana da rua, com exceção danecessidadede se abriremoude semanter espaços para observaçãode vistas notáveis aqueserefereoitemI.

Nocasoemquestão,nãoseobservaaocorrênciadevaziosdesproporcionais.

VI -edificações coletivas situadas em vias cuja distancia entre as testadas formenor que9,00m (nove metros), que, quando superiores a 4 pavimentos podem provocar umaambiênciaopressivapeloefeitovisualdetúnel.

Tanto a RuaMariz e Barros quanto a Rua SantaRosa, para ondeo empreendimentopossuitestadas,possuem6,00mdelarguraentremeio-fios.Alémdisso,oempreendimentoobservaoafastamentofrontalprevistoemleide7,00mdatestadadolote.Nestecaso,adistânciaentreastestadasserásuperiora9,00metros,evitando,assim,umaambiênciaopressiva.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-59

VII -edificações que não possam ser contidas em um quadrado de 50,00m (cinquentametros)deladoque,porultrapassaremestasdimensões,poderãoprovocarnovasrelaçõesentreasfachadasquecompõemocenáriourbanolocal.

Estacondiçãonãoocorre,emfunçãodaimplantaçãodoprédioedascaracterísticasmétricasdo terreno e de sua relação entre testada e profundidade, não se verificando alteraçãosignificativaentreasfachadasquecompõemapaisagemurbanadolocal.

Assim, verifica-se que o empreendimento não causará impacto negativo significativo namorfologiaurbana,vistoquetodoseuentornoéedificado,eacompanhaomesmopadrãodeconstrução e volumetria observadasnoprocessode transformaçãodamorfologia verificadonaregião.

4.6. Impactosobreomicroclima

OclimadeNiteróié tropicaldo tipoAwdentrodaClassificaçãoclimáticadeKöppen-Geiger,comverõesquenteseinvernosmoderados.AFigura4.8eaFigura4.9,aseguir,mostramquesua temperatura média é de 22,6°C, sendo 20,2°C a temperatura média do mês mais frio(julho) e 25,6°C do mês mais quente (fevereiro). A pluviosidade tem média de 1.093 mmanuais.Nãoháestaçãosecanomunicípio,apenasumareduçãonoregimedechuvasduranteoinverno.

Figura4.8-TemperaturasentreJaneiroeJunho

Fonte:LambertseMaciel(2006)

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-60

Figura4.9-TemperaturasentreJulhoeDezembro

Fonte:LambertseMaciel(2006)

Noinverno,compreendidoentrejunho,julho,agostoesetembro,apresençadefrentesfriasoriundasdoavançodemassaspolaresocasionamquedasbruscasdetemperatura,amenizadaspelamaritimidade.Nesteperíodoaestiagemébastantecomum,podendoficarsemanassemchoverdevidoaessapresençademassassecasdeorigempolareseuscentrosdealtapressãoatmosféricaque,porsuavez,divergemosventosedificultamaformaçãodenuvensdechuva.

Noverão,compreendidoentredezembro, janeiro, fevereiroemarço,a influênciademassasequatoriais e dos ventos provenientes da Amazônia formam um canal de umidade entre oNorteeoSudeste,determinandooclimaquenteeúmidodestaépocadoanocomsuastípicastempestades vespertinas. As manhãs costumam ser calorosas e abafadas, durante a tardecostuma-seterformaçãodetempestadescomventosfortesepelanoiteotempovoltaaabrir.Hápicoscomunsde30°Ce,devidoàaltaumidade,sensaçõestérmicassuperiores.

O outono, entre março e junho, é marcado por dias limpos de céus azuis e temperaturasfrescas, principalmente pela manhã. As massas polares começam a atingir a região comsignificânciaeastemperaturascaemprogressivamente.

Aprimavera,compreendidaentreosmesesdesetembro,outubro,novembroedezembro,échuvosa,poisaindasãosentidasfrentesfriastardiasdeixadaspeloinverno,atemperaturanãosobemuito, até se aproximar dezembro (verão). Asmassas úmidas equatoriais oriundas daamazônia também começam a agir, causando uma forte instabilidade atmosférica, sendo otempomodificadováriasvezesemummesmodia.

Asduasestaçõesacimasãomeramentedetransição,sentidasapenaspeloshabitantes(quedadetemperaturanooutonoeaumentotérmiconaprimavera),porémraramentepelasplantas.Écomumveralgumasplantasperderamfolhasouflorescerememtodasasestaçõesdoano,

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-61

embora a vegetação dominante em Niterói (Mata Atlântica) seja uma floresta comcaracterísticastropicais,ouseja,éperenifólia(nãocostumaperdersuasfolhas).

CondiçõesdeAeraçãoeVentilação

AFigura4.10,aseguir,mostraqueadireçãopredominantedosventoséasudestenamaiorparte do ano. Durante a Primavera, aumenta a predominância de ventos da direção Sul,tornando-se menos frequente ao longo do ano, até o inverno. Os ventos predominam dasdireçõessulesudesteentre30%e50%dasvezesnoano.JáaFigura4.11,adiante,mostraquea velocidade média dos ventos fica entre 2m/s e 4 m/s. Nesse contexto, os ventosdirecionadosdosul,emboramenosfrequentesqueosdesudeste,possuemvelocidademédiade6m/s.

O empreendimento constituído por um bloco segue os afastamentos das divisas frontais,lateraisede fundosprevistosem lei.Assim,aaeraçãoeaventilaçãonãoserão impactadas,uma vez que os afastamentos projetados não impedem a circulação direta dos ventospredominantes.

Nesteaspecto,todososimpactosrelacionadossãoconsideradospoucosignificativos.

Figura4.10-Direçãopredominantesdosventossegundoestaçãodoano

Fonte:LambertseMaciel(2006)

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-62

Figura4.11-Velocidadespredominantesdosventossegundoestaçãodoano

Fonte:LambertseMaciel(2006)

Qualidadedoar

Asalteraçõesdaqualidadedoarnormalmentesãogeradasapartirdedeterminadosimpactos,tais como alteração da qualidade do ar pela queima de combustíveis fósseis – óleo diesel;alteraçãodaqualidadedoarpelaqueimadecombustíveisfósseis–gásnatural;oualteraçãodaqualidadedoarpelaemissãodematerialpulverulento.Hádeseconsiderarqueaemissãoexclusiva pelo empreendimento, seja durante as obras como na sua operação é reduzida esozinha não altera a qualidade do ar. Entretanto, contribui para a poluição na região emfunçãodasdemaisfontespresentesnoambienteurbano,lembrandoqueaprincipalfontedeemissãoatmosféricanoBrasiléafrotadeveículosepossuicaráterdifuso.

Nesteaspecto,todososimpactosrelacionadossãoconsideradospoucosignificativos.

Sombreamento

Oempreendimentoselocalizaemumanfiteatroformadoporumacordilheiradecolinasdesdea direção noroeste até a direção sudeste, a partir da região do Pé-Pequeno, passando pelaItitioca até a região doAtalaia. Por isso, durante boa parte do ano, especialmente entre osmesesdeabrilejulho,aregiãosofresombreamentonaturaldosmorrosdoentornoduranteatarde.Paraavaliaçãodo sombreamento, teve-se comométricade cálculoa Latitude22°53'54.1" S e a Longitude 43° 5' 43.5" W, dentro do fuso de Brasília (GMT-3), e declinaçãomagnéticanegativa.AFigura4.12,aseguir,apresentaoexemplodográficodetrajetóriasolarparaaRegiãoMetropolitanadoRiodeJaneiro.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-63

Figura4.12-Trajetóriasolar

Fonte:LambertseMaciel(2006)

A Tabela 4.6.1, a seguir,mostra o efeito do sombreamento do empreendimento durante oano.Pode-seobservarquenamaiorpartedoanoasombra irásemanterdentrodopróprioquarteirão do empreendimento durante o período da manhã, sendo os meses de verão omomentodemaiorefeitodesombranoentorno.

Duranteoperíododatarde,oempreendimentodeverásemantersobefeitodassombrasdeoutrosedifíciosdoentornoduranteoperíododeabrila julho.Seuefeitodesombreamentoserámaispercebidonosmesesdeverão,quandoosoldatardeproduzmáximocalor.Dessemodo,osombreamentoproduzidopeloempreendimentopoderábeneficiarasedificaçõesdaRuaSantaRosa,asquaispoderãoverificarmenorcalornosmesesdeverão.

Nesteaspecto,todososimpactosrelacionadossãoconsideradospoucosignificativos.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-64

Tabela4.6.1-Projeçãodosombreamentoduranteosmesesdeverãoeoutono 9h00 16h00

21dejane

iro

21defevereiro

21demarço

21deab

ril

21demaio

21dejunh

o

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 4-65

Tabela4.6.2-Projeçãodosombreamentoduranteosmesesdeinvernoeprimavera 9h00 16h00

21dejulho

21deagosto

21desetembro

21deou

tubro

21deno

vembro

21dede

zembro

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-66

5. IMPACTOSDURANTEAFASEDEIMPLANTAÇÃO

Oempreendimentoécompostoporumblocodeatendimentohospitalar,comÁreaTotaldeConstruçãode36.662,66m².APrancha07,emanexo,mostraolevantamentoplani-altimétricodoterrenoondeoempreendimentoseráconstruído.Asaçõesprevistasparaaconstruçãodoedifício ocorrerão estritamente dentro dos limites do imóvel, incluindo a instalação docanteirodeobras.Asprincipaisaçõesaseremexecutadas,encontram-selistadasaseguir:

⎯ Demolição;⎯ Limpezadoterreno,SupressãoeReposiçãodevegetação;⎯ Movimentodeterra;⎯ Instalaçãodecanteirodeobras⎯ Construçãodasedificações;⎯ Instalaçãodaredededrenagemdeáguaspluviais;⎯ Instalaçãodas redesde águae esgotoedemandade águae geraçãodeesgotosna

fasedeobra;⎯ Instalaçãodarededeenergiaelétricae iluminaçãopredialedemandadeenergiana

obra;⎯ Instalaçãodosistemadecombateaincêndio;⎯ Disposiçãoderesíduossólidos;⎯ Emissõesatmosféricaseruídos.

Suaconstruçãoseráiniciadapelaescavaçãodesolo.Aseguirserãoexecutadasasfundações,onde serão utilizadas ferragens adquiridas de empresas especializadas que fornecem ovigamentoprontoa seremcolocadosnas formas. Seráutilizado concretoarmadodeacordocomasnormasespecíficasAssociaçãoBrasileiradeNormastécnicas-ABNT.Apartehidráulicaseguirá além de normas ABNT, os requisitos da concessionária Águas de Niterói, e a parteelétrica,alémdenormasABNT,requisitosdaconcessionáriaAmpla.Aalvenariaeosmateriaisdeacabamentoserãoexecutadosconformememorialdescritivodoempreendimento.

5.1. Açõesprevistasparafasedeobraseinstalação

5.1.1. Demolição

AvaliaçãodoImpacto:

A área a ser demolida corresponde à área de piso impermeável de existente no lote. Asconstruções existentes são feitas de alvenaria, com existência de janelas de madeira emetálicas. Será realizada primeiramente uma demoliçãomanual para retirada de eventuaismateriais perigosos e dos materiais recicláveis (classes B e D). Após esse procedimento asestruturasdeconcretoserãodemolidasmecanicamentecomageraçãoderesíduosdeclasseA.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-67

MedidasMitigadorasPropostas:

Os resíduos deverão ser aproveitados ou encaminhados para destinos adequados. Dessemodo,recomenda-seaelaboraçãoea implantaçãodeProjetodeGerenciamentoeResíduosdaConstrução–PGRCC,nostermosdaLeiMunicipalnº2.730,de05dejulhode2010,eemconformidade com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307/02, estabelecendoprocedimentos específicos da obra para omanejo e destinação ambientalmente adequadosdosresíduos.

Este projeto tem caráter mitigatório e de controle e deve ser implantado na fase delicenciamentopréviodoempreendimento.

5.1.2. LimpezadoTerreno,SupressãoeReposiçãodeVegetação

AvaliaçãodoImpacto:

Nãoseránecessáriorealizarserviçosde limpezadoterreno.Nãoforamencontradasárvores,oucomponentesdearborização/paisagismo.Nestecasonãoforamidentificadosimpactos.

5.1.3. MovimentodeTerra

AvaliaçãodoImpacto:

Paraaconstruçãodosubsolodoempreendimento,seránecessárioprocederàescavaçãodosolo.Omaterialaserescavadodeveráserdestinadoparalocaisapropriados.

MedidasMitigadorasPropostas:

Os resíduos deverão ser aproveitados ou encaminhados para destinos adequados. Dessemodo, recomenda-se a elaboração e a implementação de Projeto de Gerenciamento eResíduos da Construção – PGRCC, nos termos da LeiMunicipal nº 2.730, de 05 de julho de2010,eemconformidadecomasdiretrizesdaResoluçãoCONAMAnº307/02,estabelecendoprocedimentos específicos da obra para omanejo e destinação ambientalmente adequadosdosresíduos.

Este projeto tem caráter mitigatório e de controle e deve ser implantado na fase delicenciamentopréviodoempreendimento.

5.1.4. InstalaçãodoCanteirodeObras

AvaliaçãodoImpacto:

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-68

Ainstalaçãodocanteirodeobrasserárealizadanolocaldasobraseminstalaçõesprovisóriasespecíficas. Inicialmente está prevista utilização de contêineresmodulados ou equipamentosimilar, e, posteriormente os escritórios e banheiros serão construídos com chapascompensadasdemadeira.

A instalação do canteiro será planejada de forma a atender as normas de medicina esegurança de trabalho, onde será disponibilizada, sala de mestre de obras e apontadores,almoxarifados, refeitório, vestiário. As instalações serão desativadas imediatamente após otérmino das obras e as áreas afetadas serão recuperadas com a implantação das obrascomplementares,conformeprojeto.

Nesteitem,osimpactossãoconsideradospoucosignificativos.

5.1.5. Interferêncianosistemaviário

AvaliaçãodoImpacto:

A fase de implantação do empreendimento causará impactos à vizinhança gerados pordemolições e circulação de veículos pesados, tais como caminhões e transporte demaquinário,quepassarãoacircularcommaisfrequêncianasviasprincipalesecundária.Esteaumentoseacentuaránafasedosserviçosqueenvolvemaretiradadosresíduosprovenientesda demolição e domaterial a ser escavado, gerando interferências sobre o sistema viário econflitoscompedestres.

MedidasMitigadorasPropostas:

Comrelaçãoaosimpactosgeradoscomospedestes,asentradasesaídasdaobradeverãosersinalizadas, alertando sobre a circulação dos veículos e deverão ser respeitados os horáriospara cargaedescargadefinidospela legislação.Complementando,deverá serelaboradoumplanodecirculaçãoqueserápreviamenteapresentadoaNittrans.

O impacto sobre o sistema viário foi tratado do RISV onde estão previstas medidas decompensaçãocommelhoriasnosistemaviário.

Este projeto tem caráter mitigatório e de controle e deve ser implantado na fase deimplantaçãodoempreendimento.

5.1.6. ConstruçãodasEdificações

AvaliaçãodoImpacto:

Aconstruçãodoempreendimentoserá iniciadapelaescavaçãodesolo.Serãoexecutadasasfundações, onde serão utilizadas ferragens adquiridas de empresas especializadas quefornecemovigamentoprontoaseremcolocadosnasformas.SeráutilizadoconcretoarmadodeacordocomasnormasespecificasAssociaçãoBrasileiradeNormastécnicas-ABNT.ApartehidráulicaseguiráalémdenormasABNT,osrequisitosdaconcessionáriaÁguasdeNiterói,ea

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-69

parte elétrica, além de normas ABNT, requisitos da concessionária Ampla. A alvenaria e osmateriais de acabamento serão executados conforme memorial descritivo doempreendimento.

Nesteitem,osimpactossãoconsideradaspoucosignificativos.

5.1.7. DisposiçãodeResíduosSólidos

AvaliaçãodoImpacto:

AdisposiçãoderesíduossólidosdeconstruçãocivilgeradosnaobraserágerenciadaconformeResoluçãoCONAMANº307,de05de Julhode2002,segundoProjetodeGerenciamentodeResíduosdaConstruçãoCivil–PGRCCelaboradoparaoempreendimento.

ATabela5.1.1,aseguir, indicaas formasdearmazenamentoedestinação finaldos resíduosgeradosnaconstruçãocivil.

Tabela5.1.1-Armazenamentoedestinaçãoderesíduosgeradosnaconstruçãocivil

Resíduo ArmazenamentoeDestinação

Entulho(areia,pedra,cimento,madeiranãoimpregnada,concreto,tubulações,armações,vidro,discodecorteusado,eletrodosusados)

Acondicionadosegregado;reutilizaçãooureciclagem,conformeclassesdeentulhoexistentes,atendendoaResoluçãoCONAMA307/02queestabelecediretrizes,critérioseprocedimentosparaagestãodosresíduosdaconstruçãocivil.

Papel,papelão(embalagensnãoimpregnadas) Acondicionamentosegregado;destinadoparavenda/reciclagemexterna.

Plástico(embalagensnãoimpregnadas) Acondicionamentosegregado;destinadoparavenda/reciclagemexterna.

Materialimpregnadoportintas,óleos,solventes(embalagensdiversas,estopas,panos)

Classificadocomoresíduoperigoso;acondicionamentosegregado;destinadoparaaterroClasseI,co-processamentoouincineração.

RestosdealimentoAcondicionamentosegregado,emrecipientefechado,evitandoaçãodevetoresdedoenças(insetos,ratos);destinadoparaaterrosanitário.

Resíduosanitário(papel) Acondicionamentosegregadoemsacosplásticos;destinarparaaterrosanitário.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-70

Resíduo ArmazenamentoeDestinação

Lâmpadasfluorescentes

Classificadascomoresíduoperigoso;quandoquebradas,devemseracondicionadasemtambores,providosdearoeanelparafixaçãodatampanorecipiente,emáreasegregadadotadadepisoimpermeabilizadoecobertura;DestinaçãoparaaterroClasseI.Quandonãoquebradas,deverãosermantidasacondicionadasnomesmolocal,segregadas,protegidascontraimpactosfísicosedestinadasparareciclagem.

Metálico Armazenadoereutilizadooucomercializadocomosucata.

ÓleolubrificanteusadoAcondicionadoconformeresíduoClasseI;Destinadoparareciclagem(re-refino),atendendoResoluçãoCONAMA362/05.

Equipamentosdeproteçãoindividualusados Classificadocomoresíduodiversonãoperigoso(ClasseII).Destinadoparaaterrosanitário.

MedidasMitigadorasPropostas:

Conforme previsão da Resolução CONAMA 307, bem como normas NBR 15.112/2004 e15.113/2004,oconstrutordeveráestabelecerasformaspelasquaisvaigerenciarosresíduos,desdeasegregaçãoinicial,acondicionamento,armazenagemetransporteatédestinaçãofinal.A classificação dos resíduos obedecerá critérios de identificação, conforme a natureza dosprodutosutilizadosesãodivididosem4classes.ClasseA–sãoresíduosagregadosquedevemserpreferencialmentereciclados;ClasseB–sãoresíduos,taiscomometais,plásticos,papéis,etc, que devem ser recicláveis; Classe C – são resíduos, tais como sacarias de cimento, quedevemser reciclados,masnãohá tecnologiaeconomicamenteviável localatéomomentoeClasseD–quesãoresíduosconsideradosperigososporsuascaracterísticas.

Este projeto tem caráter mitigatório e de controle e deve ser implantado na fase delicenciamentopréviodoempreendimento.

5.1.8. Produçãoenívelderuído

AvaliaçãodoImpacto:

No que diz respeito à emissão sonora, os maiores níveis de ruído esperados para oempreendimento estão na fase de obras e possuem caráter provisório. Dentre os

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-71

equipamentosaseremutilizadosnaobraequedevemcausarmaiornívelderuídoestãobate-estacabetoneira, escavadeira, retro escavadeira, serra elétrica,marteletes e geradormóvel.Estes devem gerar níveis de ruído próximo a 90 decibéis. No que diz respeito ao ruídoproduzidoporserras,estasdeverãoserutilizadasduranteamaiorpartedaobra.

MedidasMitigadorasPropostas:

Oconstrutordeverádesenvolvereimplantarprojetodetratamentoacústicoparautilizaçãodeserras.

Este projeto tem caráter mitigatório e de controle e deve ser implantado na fase delicenciamentopréviodoempreendimento.

5.1.9. InstalaçãodeRededeDrenagemdeÁguasPluviais

AvaliaçãodoImpacto:

Possibilidade de alteração da qualidade da água dos cursos d’água pelo carreamento dematerialparticulado.

MedidasMitigadorasPropostas:

Recomenda-secomomedidamitigadoraaadoçãodesistemaprovisóriodedrenagemduranteasobrasdoempreendimento,comaprevisãodecaixadedecantaçãodemateriaissólidoseposterior encaminhamento das águas à rede pública de drenagem de águas pluviais, comlançamentonomeio-fio.

5.1.10. InstalaçãodasredesdeÁguaeEsgotoeGeraçãodeEsgotos

AvaliaçãodoImpacto:

O abastecimento de água da obra será realizado pela concessionária Águas de Niterói, porredepública.

Oesgotogeradonaobrateránaturezadeesgotodoméstico.SerãocoletadoseafastadospararedepúblicagerenciadapelaconcessionáriaÁguasdeNiterói.

Nesteitem,osimpactossãoconsideradaspoucosignificativos.

5.1.11. InstalaçãodeEnergiaElétricaeIluminaçãoeDemandadeEnergiadaObra

AvaliaçãodoImpacto:

O projeto de rede elétrica do empreendimento será executado de acordo com as normasABNT e com as diretrizes expedidas pela concessionária Ampla. A iluminação predial será

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 5-72

realizadaestritamentenaáreadeusodoempreendimento,segundonormasdeluminotécnicapertinentes.

Nesteitem,osimpactossãoconsideradospoucosignificativos.

5.1.12. InstalaçãodoSistemadeCombateaIncêndio

OprojetodosistemadeemergênciaeproteçãocontraincêndiosseráprojetadoatendendoalegislaçãopertinenteeseráaprovadoefiscalizadopeloCorpodeBombeiros.

5.1.13. Qualidadedoar

Asemissõesatmosféricasduranteaobraseresumemàquelasprovenientesdotransportedemateriaiseresíduosepelousodemáquinaseequipamentosqueutilizamóleodieselparaseufuncionamento. Em dias muito secos pode haver a dispersão atmosférica de solosprovenientesdasescavaçõesedemateriaispulverulentosnasoperaçõesdecargaedescarga.

Nesteitem,osimpactossãoconsideradospoucosignificativos.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 6-73

6. MATRIZDEIMPACTOS

ATabela5.1.1-AvaliaçãodeImpacto,aseguir,apresentaaspossíveisocorrênciasimpactantesidentificadas no EIV e define as medidas mitigadoras, compatibilizadoras e compensatóriasrecomendadasparaoselementosimpactados.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 6-74

Tabela5.1.1-AvaliaçãodeImpacto

Componente

Possibilidadedeocorrência Previsãodeimpacto Medidas Observações

RecursoHídricoSuperficial

1Possibilidadedealteraçãodaqualidadedaáguadoscursosd’águapelocarreamentodematerialparticulado

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seaimplantaçãodesistemaprovisóriodedrenagemduranteasobras,comadoçãodecaixaparasedimentaçãodemateriaissólidos.

2Possibilidadedealteraçãodaqualidadedaságuassuperficiaispelageraçãodeefluentessanitários

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Oempreendimentoprevêarealizaçãodaligaçãodoesgotamentosanitáriopredialàrespectivaredepública.

Coletaeafastamentodoesgotosanitáriosãorealizadospelaconcessionáriaeoempreendimentoserádotadodasinstalaçõesprediaisnecessárias.

3Possibilidadedealteraçãodaqualidadedaságuassuperficiaispelomanejoderesíduossólidosurbanos

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-secomomedidamitigadoraaelaboraçãoeimplantaçãodePGRCC–PlanodeGerenciamentodeResíduosSólidosduranteafasedeimplantaçãoedoPGRSS–ProgramadeGerenciamentodeResíduosdeServiçodeSaúdeparaafasedeoperação,comorientaçãopararealizaçãodacoletaseletiva.

Coletaeafastamentodoesgotosanitáriosãorealizadospelaconcessionáriaeoempreendimentoserádotadodasinstalaçõesprediaisnecessárias.

4Possibilidadedealteraçãodaqualidadedaságuassuperficiaispelomanejodosresíduosdademoliçãoedaconstruçãocivil

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seocontroledosresíduosdademoliçãoedaconstruçãoatésuadestinaçãofinalconformeestabelecidonalegislaçãopertinente.

5 Alteraçãonavelocidadedeescoamentodeáguassuperficiais

Oimpactorelacionadoésignificativo

Oempreendimentoprevêaimplantaçãodesistemadedrenagemdeáguaspluviaisdotadodereservatóriodedetençãoprovisória,bemcomoacriaçãodenovasáreaspermeáveisesemipermeáveis.

Oimpactofoiclassificadocomopositivoemfunçãodenãohavernenhumamedidaderetençãonoestacionamentoqueatualmenteocupaolocal.

6 Incrementonoconsumodeáguapotávelnaregião

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

Arededeabastecimentodeáguaéoperadapelaconcessionáriaeoempreendimentoteráinstalaçõesprediaisaptasparaligaçãoàredepública.

RecursoHídricoSubterrâneo

7 Manutençãodosatuaispadrõesdeinfiltraçãodeáguasnosolo

Oimpactorelacionadoésignificativo

Oempreendimentoprevêaimplantaçãodesistemadedrenagemdeáguaspluviaisdotadodereservatóriodedetençãoprovisória.

8 Interferêncianoregimedoaquífero Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seadocumentaçãodocontroledasobrasdecontençãoedrenagemsubsuperficialduranteafasedeobras.

Solo

9 Aumentonataxadeerosão Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seaimplantaçãodesistemaprovisóriodedrenagemduranteasobras,comadoçãodecaixaparasedimentaçãodemateriaissólidos.

10Possibilidadedealteraçãodaqualidadedosolopelomanejoinadequadodosresíduossólidosurbanos

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-secomomedidamitigadoraaelaboraçãoeimplantaçãodePlanodeGerenciamentodeResíduosSólidos,comorientaçãopararealizaçãodacoletaseletiva.

11Possibilidadedealteraçãodaqualidadedosolopelomanejodosresíduosdademoliçãoedaconstruçãocivil

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seocontroledosresíduosdademoliçãoedaconstruçãoatésuadestinaçãofinalconformeestabelecidonalegislaçãopertinente.

12 Comprometimentodevolumedeaterroemáreadebotafora

Significativoporserirreversíveleenvolvergrandevolumedesolo

Recomenda-seocontroledosresíduosdademoliçãoedaconstruçãoatésuadestinaçãofinalconformeestabelecidonalegislaçãopertinente.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 6-75

Componente

Possibilidadedeocorrência Previsãodeimpacto Medidas Observações

13Comprometimentoderecursosnaturaisminerais,comopedraeareiae,madeiraparaconstruçãodoedifício

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seadocumentaçãodofornecimentodematérias-primasminerais,bemcomodamadeirautilizada,comrastreabilidadedeorigem,comoformadecontroleparaobtençãodedosmateriaisdefontesambientalmentelegalizadas.

14 Alteraçãodorelevo(perfildoterreno) Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seadocumentaçãodocontroledasobrasdecontençãoedrenagemsubsuperficialduranteafasedeobras.

Ar

15 Alteraçãodaqualidadedoarpelaqueimadecombustíveisfósseis–óleodiesel

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seadocumentaçãodaverificaçãodaemissãodefumaçapretadeveículosdieselpormeiodaEscaladeRingelmannreduzida.

16 Alteraçãodaqualidadedoarpelaqueimadecombustíveisfósseis–gásnatural

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Combustívelconsideradolimpo.Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

17 Alteraçãodaqualidadedoarpelaemissãodematerialpulverulento

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-seadoçãodemedidasparaevitaradispersãodomaterialpulverulentoduranteasobras,

18 Alteraçãodosníveisderuído Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Paraafasedeimplantação,oconstrutordeverádesenvolvereimplantarprojetodetratamentoacústicoparautilizaçãodeserras.Duranteaoperaçãodoempreendimentomultifamiliarespera-seruídoapenasnointeriordasedificações,comaumentoderuídodesirenesapenaseventualparaforadoslimitesdapropriedade.Portanto,nãoseesperaincômodossignificativosnavizinhançaporessemotivo.

Energia

19 Incrementodeconsumodeenergiaelétricaparafuncionamentodoempreendimento

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

20 Incrementonoconsumodecombustíveisfósseis–óleodiesel

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

21 Incrementonoconsumodecombustíveisfósseis–gásnatural

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

VegetaçãoeFauna

22 Alteraçãonacoberturavegetal–rasteira(supressão)Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Recomenda-seaelaboraçãoeimplantaçãodeprojetopaisagísticodecanteirosejardins.

Oimpactofoiclassificadocomopositivoemfunçãodenãohavernenhumacoberturavegetalsobreoestacionamentoqueatualmenteocupaolocal.

23 Alteraçãonacoberturavegetal–arbóreo Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Recomenda-seaelaboraçãoeimplantaçãodeprojetopaisagísticodecanteirosejardins.

Oimpactofoiclassificadocomopositivoemfunçãodenãohavernenhumacoberturavegetalsobreoestacionamentoqueatualmenteocupaolocal.

24 Alteraçãonaqualidadedavegetaçãocomrecomposiçãodavegetação–Paisagismo

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Sugere-seadocumentaçãodaimplantaçãodopaisagismo.

25 AlteraçãonadisponibilidadeeabrigoefontesdealimentoparafaunaOimpactorelacionadoépoucosignificativo Sugere-seadocumentaçãodaimplantaçãodopaisagismo.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 6-76

Componente

Possibilidadedeocorrência Previsãodeimpacto Medidas Observações

Paisagemurbanaemorfologia 26

Alteraçãonaqualidadedapaisagem,considerandoseuselementosnaturaiseartificiais

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

Infraestruturaurbana

27 SobrecargadaredepúblicadeabastecimentodeáguaOimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

Aredeéoperadapelaconcessionáriaeoempreendimentoteráinstalaçõesprediaisaptasparaligaçãoàredepública.Oempreendimentoapresentoudeclaraçãodeviabilidadedaconcessionária.

28 Sobrecargadaredepúblicadeesgotamentosanitário

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

Aredeéoperadapelaconcessionáriaeoempreendimentoteráinstalaçõesprediaisaptasparaligaçãoàredepública.Oempreendimentoapresentoudeclaraçãodeviabilidadedaconcessionária.

29Sobrecargadosistemadecoleta,tratamentoedisposiçãofinalderesíduossólidosurbanos

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo

Recomenda-secomomedidamitigadoraaelaboraçãoeimplantaçãodePGRCC–PlanodeGerenciamentodeResíduosSólidosduranteafasedeimplantaçãoedoPGRSS–ProgramadeGerenciamentodeResíduosdeServiçodeSaúdeparaafasedeoperação,comorientaçãopararealizaçãodacoletaseletiva.

30 Incrementodedemandanaredededistribuiçãodeenergiaelétrica

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

31 Incrementodedemandanarededetelefonia

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

32 Incrementodedemandanaredededistribuiçãodegásnatural

Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

33 Sobrecargadosistemadedrenagemurbana Oimpactorelacionadoésignificativo

Oempreendimentoprevêaimplantaçãodesistemadedrenagemdeáguaspluviaisdotadodereservatóriodedetençãoprovisória.

Oempreendimentoteráinstalaçõesprediaisaptasparaligaçãoàredepública.OempreendimentoapresentoudeclaraçãodeviabilidadedaSeconser.

Microclima

34 Condiçõesdeaeração Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

35 Condiçõesdeventilação Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

36 CondiçõesdesombreamentoOimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoháprevisãodemedidas.

Adensamentopopulacional 37 Aumentodadensidadeurbana

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoháprevisãodemedidas.Adensidadeurbanapromovidapeloempreendimentopermitirámaiordinamismonaofertadeserviçoslocaisdequalidade.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 6-77

Componente

Possibilidadedeocorrência Previsãodeimpacto Medidas Observações

Economia

38 Incrementodevagasdeempregotemporário

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Recomenda-sepriorizaracontrataçãodepessoasedeserviços,bemcomoacomprademateriaisnoMunicípio.

39 Incrementodevagasdeempregopermanente

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Recomenda-sepriorizaracontrataçãodepessoasedeserviços,bemcomoacomprademateriaisnoMunicípio.

40 IncrementonomercadodaconstruçãoOimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Recomenda-sepriorizaracontrataçãodepessoasedeserviços,bemcomoacomprademateriaisnoMunicípio.

41 IncrementododesenvolvimentoEconômicoLocal

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Recomenda-sepriorizaracontrataçãodepessoasedeserviços,bemcomoacomprademateriaisnoMunicípio.

42 VariaçãonovalordosimóveisOimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoháprevisãodemedidas.

43 Criaçãodenovasalternativaseconômicasesustentabilidadedaeconomialocal

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoháprevisãodemedidas.

FinançasPúblicas 44Alteraçãonosvaloresgeradosdeimpostospeloexercíciodaatividadeepeloprédioconcluído.

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoháprevisãodemedidas.

SistemaViário 45 Alteraçãodefluxodeveículosepessoas Oimpactorelacionadoésignificativo

EsteimpactofoiconsideradosignificativoedevesertratadodoRISV,ondeestãoprevistaseventuaismedidasdecompensaçãocommelhoriasnosistemaviário.

Equipamentospúblicos

46 Demandaporvagaseducacionais Oimpactorelacionadoépoucosignificativo Nãoháprevisãodemedidas.

Osimpactosforamclassificadoscomopoucosignificativosemfunçãodenãogerardemandadiretasobreainfraestruturaeducacionalnaregião.

47 OfertadeequipamentosdesaúdeOimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoestáprevistamedidamitigadoraoucompensatória.

QualidadedeVida 48 Incrementonaofertadenovosleitos

hospitalareseatendimentomédico

Oimpactorelacionadopossuicaráterpositivoefoiconsideradosignificativo

Nãoháprevisãodemedidas.

Legenda

00 Impactopositivo 00 Impactonegativo

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 7-78

7. CONSIDERAÇÕESFINAIS

O diagnóstico da área de vizinhança permite observar que o empreendimento apresentacondições favoráveis para sua implantação, por se localizar em área urbana existente e,especialmente,consolidadaecomboaofertadeinfraestrutura.

Foram identificados48 impactosdevizinhança, sendo16positivose32negativos.Agrandemaioria dos impactos negativos está associada às ações combinadas para a construção doempreendimento, durante a fase de instalação, sendo facilmente controladas ou mitigadascommedidasquepossuemaltaeficáciaecontroletotaldoempreendedor.

Aavaliaçãodeimpactopermiteconcluirqueasfunçõessociaisdapropriedadeestarãosendocumpridas conformepreconizaoEstatutodasCidadeseoPlanoDiretordeNiterói, estandoemconsonânciacomalegislaçãoaplicável.

Ressalte-sequemedidaspreconizadasparaevitar,controlare/oumitigaros impactossãodealtaeficácia,umavezqueresultamdedecisõesquasesempreconcentradasnoempreendedorouconstrutor,nãodependendodeinterfacesquepossamprejudicarprazosouobjetivos.

Portanto, pelo exposto, conclui-se que não há obstáculos para implantação doempreendimento,sendosua instalaçãoeoperaçãoviáveldopontodevistadaavaliaçãodosimpactosurbanísticos.

7.1. Equipetécnica

CoordenaçãoGeraleResponsabilidadeTécnica

DaviMeloDias–ArquitetoeUrbanista–A73925-1CAU

Levantamento

RenatoWerlangCorrêadaSilva–ArquitetoeUrbanista–A98807-3CAU

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 8-79

8. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004), NBR 10.004: Classificação deresíduossólidos,RiodeJaneiro.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente (1990), Resolução nº. 03: Dispõe sobrepadrõesdequalidadedoar,previstosnoPRONAR.,Brasília.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente (2002), Resolução nº. 307: Estabelecediretrizes,critérioseprocedimentosparaagestãodosresíduosdaconstruçãocivil,Brasília.

GovernodoEstadodoRiodeJaneiro(2005),PlanoDiretordeTransportesUrbanosdaRegiãoMetropolitanadoRiodeJaneiro,RiodeJaneiro.

Governo do Estado do Rio de Janeiro (2007),Plano Diretor do ArcoMetropolitano, Rio deJaneiro.

Governo do Estado do Rio de Janeiro (2007), Zoneamento Ecológico Econômico, Rio deJaneiro.

IBGE - InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística (2000),CensoDemográfico2000,RiodeJaneiro.

IBGE - InstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística (2010),CensoDemográfico2010,RiodeJaneiro.

INEPAC - Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, disponível em: <http://www.inepac.rj.gov.br/index.php/bem_procurado>,Acessoemjunhode2014.

IPHAN-InstitutodoPatrimônioHistóricoeArtísticoNacional(2013),ListadosBensCulturaisInscritosnoLivrodoTombo(1938-2012),RiodeJaneiro.

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EstudodeImpactodeVizinhança-EIV 8-80

ANEXOS

I. Prancha01-MapadaáreadevizinhançaII. Prancha02-MapadeentornoimediatoIII. Prancha03-MapadeusoeocupaçãodosoloIV. Prancha04-MapadevolumetrianoentornoimediatoV. Prancha05-MapadeZoneamentoUrbanoVI. Prancha 06A - Mapeamento das redes de infraestrutura existentes no entorno

imediatoVII. Prancha 06B - Mapeamento das redes de infraestrutura existentes no entorno

imediato–RededeáguaVIII. Prancha 06C - Mapeamento das redes de infraestrutura existentes no entorno

imediato–RededeesgotoIX. Prancha07-Levantamentoplani-altimétricodoterrenoX. DeclaraçãodePossibilidadedeAbastecimentodeÁguaXI. DeclaraçãodePossibilidadedeEsgotamentoSanitárioXII. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoIXIII. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoIIXIV. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoIIIXV. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoIVXVI. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoVXVII. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoVIXVIII. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoVIIXIX. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoVIIIXX. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoIXXXI. DeclaraçãodePossibilidadedeColetadeLixoXXXII. CertidãodeViabilidadeTécnica–Telefonia