estudo de auditoria
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Estudo de Auditoria
1. Conceito:
Auditoria Contábil é uma técnica da contabilidade que visa confirmar a exatidão dos atos e fatos administrativos, dos registros contábeis e, consequentemente, das demonstrações contábeis.
2. Normatização:
3. A Auditoria está normatizada pela NBCT 11 – Norma Brasileira de Contabilidade Técnica, que conceitua a auditoria independente como sendo o conjunto de procedimentos técnicos necessários à emissão de parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis, consoante aos princípios da cantabilidade, às normas brasileiras de contabilidade e, no que for pertinente, à legislação específica.
4. Divisões:
4.1. Quanto ao campo de atuação:
a) Pública ou Governamental – Aplicável aos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, em todos os poderes e esferas do governo.
b) Privada – Aplicável às empresas e entidades privadas.
4.2. Quanto à forma de execução:
a) Interna – Desenvolvida por profissional (ou equipe) pertencente à instituição auditada;
b) Externa ou Independente – Desenvolvida por profissional (ou equipe) externa à instituição auditada.
4.3. Quanto aos objetivos:
a) Conformidade legal – Contábil ou financeira;
b) Operacional – de desempenho ou de otimização de recursos.
5. Objetivos:
Confirmar a exatidão dos atos e fatos administrativos, dos registros contábeis e das demonstrações contábeis, de forma a substanciar a emissão de parecer técnico, por parte do auditor, sobre a exatidão (ou não exatidão) dessas informações.
6. Auditoria Interna:
6.1. Conceito:
Atividade independente e objetiva que presta serviços de avaliação e de consultoria e tem como objetivos adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Auxilia a organização a alcançar os seus objetivos adotando uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controle e governança corporativa.
Meu conceito: Conjunto de procedimentos devidamente estruturados executado por pessoa competente e com autonomia profissional, sobre processos e ações internas da instituição, visando assessorar a administração no atingimento de seus objetivos e metas.
6.2. Pode ser executada por um funcionário da empresa ou profissional autônomo (a exemplo do contador);
6.3. Trabalha com mais profundidade sobre atividades corriqueiras da instituição;
6.4. Avalia controles internos, programa de gerenciamento de riscos, sistemas informatizados;
6.5. Apresenta sugestões e recomendações que possam agregar valor para a instituição;
6.6. Deve ser subordinada diretamente à alta administração da instituição.
6.7. No âmbito do poder executivo da administração pública é atribuição da CGU – Controladoria Geral da União.
7. Auditoria Independente:
7.1. CFC – Conselho Federal de Contabilidade: responsável pela fiscalização da qualidade e do zelo profissional do auditor contábil, ou seja, do contador;
7.2. CVM – Comissão de Valores Mobiliários: responsável pela normatização e fiscalização dos profissionais que atuam no mercado de capital. A CVM determina a obrigatoriedade de auditoria externa nas sociedades anônimas de capital aberto.
7.3. BCB – Banco Central do Brasil: Normatiza e regula as ações de fiscalização nos bancos comerciais e de investimento, instituições financeiras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, corretoras de câmbio, sociedade de arrendamento mercantil, sociedade de crédito imobiliário e cooperativas de crédito.
7.4. SUSEP – Superintência de Seguros Privados: acompanha a execução e regula as ações das companhias e sociedades seguradoras;
7.5. Agências Reguladoras: regulam e fiscalizam os serviços prestados pelas concessionárias de serviços públicos, sendo muitas vezes, exigida a auditoria independente.
7.6. Além das obrigatoriedades, as empresas podem solicitar uma auditoria independente por motivos próprios, como por exemplo:
a) Para controle interno de acionistas, proprietários ou administradores;
b) Para obtenção de empréstimos junto à bancos;
c) Por imposição de um fornecedor;
d) Para atendimento de exigências do estatuto ou contrato social da companhia;
e) Para efeito de incorporação, fusão e cisão da empresa.
7.7. Características exigidas do auditor independente:
a) Competência técnica-profissional: O auditor deve ser um contador registrado no CRC e deve se manter informado acerca dos princípios e das normas brasileiras de contabilidade. Deve se manter atualizado também sobre a legislação específica referente à entidade auditada;
Antes de aceitar um trabalho, o auditor deve obter conhecimento prévio sobre a entidade a ser auditada, bem como sobre sua área de atuação, a fim de se auto-avaliar quanto a capacidade técnica de executar o trabalho.
b) Independência: o auditor deve ser independente em relação à entidade auditada, não se deixando influenciar por pessoas ligadas a entindade. Nem mesmo por sua mais alta administração, devendo fazer o seu trabalho de forma completamente imparcial.
Exemplo de situações que caracterizam a perda de independência:
Interesse financeiro na auditada;
Operações de crédito e garantias com a auditada;
Relacionamentos comerciais com a auditada;
Relacionamentos familiares e pessoais com pessoas da auditada;
Atuação como administrador ou diretor da auditada.
c) Responsabilidade nos trabalhos de auditoria: Responsabilidade legal. O auditor responderá por danos que venha a causar em função de sua atuação e de sua opinião como profissional de auditoria. Incluídos os prejuízos causados por culpa ou dolo e aqueles causados por sua equipe de trabalho.
d) Papéis de Trabalho (Guarda da documentação): Conjunto de documentos que embasam a opinião do auditor e comprovam a execução da auditoria. São gerados ao longo da execução dos trabalhos, preparados pelo auditor, ou fornecidos pela auditada.
Os papéis de trabalho devem ser guardados pelo auditor pelo período de 5 anos, contados da data de emissão de seu parecer. São de propriedade exclusiva do auditor independente, podendo ser disponibilizados a terceiros ou à auditada a seu critério.
Papéis de trabalho permanentes se referem à documentos da entidade auditada e recebem esse nome por se prestarem a outros ciclos de auditoria (atas de assembléias, contratos, estatutos, livros contábeis, etc.).
e) Sigilo: O auditor deve manter sigilo sobre as informações obtidas na empresa durante a auditoria, somente podendo divulgá-las quando autorizado expressamente pela administração da empresa.
Desde que autorizado, quando solicitado, por escrito de forma fundamentada, pelo CFC e CRC, bem como pelos órgãos reguladores e fiscalizadores de atividades específicas, quando o trabalho estiver sujeito ao controles destes, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho.
Quando previamente autorizado por escrito pela auditada, o auditor deverá fornecer as informações que julgar necessárias ao auditor que irá sucedê-lo.
7.8. Normas para a execução do trabalho:
7.8.1.Supervisão e controle de qualidade – o auditor deve estabelecer as regras de supervisão de controle de qualidade e disponbilizá-las ao CFC, para que este possa efetuar a fiscalização;
7.8.2.Carta proposta de auditoria – é o documento onde o auditor formaliza a aceitação do trabalho, estabelece o valor e a forma de pagamento pelo serviço apresenta o escopo do trabalho solicita os documentos necessários ao planejamento da auditoria.
7.8.3.Planejamento da auditoria – Fase fundamental para o êxito do trabalho. Compreende:
Conhecer detalhadamente as práticas contábeis adotadas pela auditada e as alterações em relação ao período anterior;
No caso de ocorrência de práticas não previstas nas normas, adotar as práticas já consagradas pela profissão contábil;
Conhecer o sistema contábil e de controle interno da auditada, bem como seu grau de confiabilidade;
Conhecer a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados;
Tomar conhecimento da existência de entidades associadas, filiais, partes relacionadas;
Verificar a necessidade do trabalho de outros auditores e do auditor interno.
7.9. Controle Interno:
Formalizado ou não, tem o objetivo de auxiliar a administração no atingimento de suas metas e objetivos. Traduz-se no plano de organização e conjuntos de métodos e procedimentos adotados pela empresa na proteção de seu patrimônio, promoveno a confiabilidade e tempestividade de seus registros e demonstrações contábeis, bem como de sua eficácia operacional.
Para o auditor, quanto melhor o controle interno mais segurança ele terá em relação aos exames que irá efetuar.
Pode ser divido em:
Controle interno contábil
Controle interno administrativo
Atividade independente e objetiva que presta serviços de avaliação e de consultoria e tem como objetivos adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. Auxilia a organização a alcançar os seus objetivos adotando uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de controle e governança corporativa.
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