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1 Consórcio GITEC / IP/ CODEX REMOTE Contrato SEPLAG-RJ n o 9/2013 para Serviços de Consultoria CONCEPÇÃO DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL PARA A GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Produto 05 PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL 14 de maio de 2014

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Consórcio GITEC / IP/ CODEX REMOTE

Contrato SEPLAG-RJ no 9/2013 para Serviços de Consultoria

CONCEPÇÃO DO ARRANJO INSTITUCIONAL E

OPERACIONAL PARA A GESTÃO DE RISCO DE

DESASTRES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Produto 05

PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL

E OPERACIONAL

14 de maio de 2014

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PROPRIEDADES

Título

CONCEPÇÃO DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL PARA A

GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PRODUTO 05

PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E

OPERACIONAL

Data de Criação 28/04/2014

Última alteração 14/05/2014

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Sumário de Figuras

FIGURA 1: NÍVEIS DA PROPOSIÇÃO: (A) INSTITUIÇÕES CENTRAIS, (B) MACROPROCESSOS DE GDR E (C) SISTEMA DE GDR ............. 7

FIGURA 2: MEDIDAS INSTITUCIONAIS E OPERACIONAIS COMO AGENTE TRANSFORMADOR DA SITUAÇÃO ATUAL PARA A SITUAÇÃO

DESEJADA E ABRANGÊNCIA DA PROPOSIÇÃO ........................................................................................................... 8

FIGURA 3: REDESENHO DA REDE DE PROCESSOS DO INEA ............................................................................................... 18

FIGURA 4: SOBREPOSIÇÃO DA ATUAL REGIONALIZAÇÃO DA SEDEC E DA REGIONALIZAÇÃO ORIENTADA PELA HIDROGRAFIA (MEDIDA I9)

.................................................................................................................................................................. 23

FIGURA 5: REDESENHO DA REDE DE PROCESSOS DA SEDEC ............................................................................................. 24

FIGURA 6: REDESENHO DA REDE DE PROCESSOS DO DRM ............................................................................................... 27

FIGURA 7: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP5....................................................................................................... 34

FIGURA 8: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP6....................................................................................................... 38

FIGURA 9: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP8....................................................................................................... 39

FIGURA 10: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP7..................................................................................................... 40

FIGURA 11: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP9..................................................................................................... 41

FIGURA 12: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP1..................................................................................................... 45

FIGURA 13: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP2..................................................................................................... 46

FIGURA 14: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP3..................................................................................................... 52

FIGURA 15: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP4..................................................................................................... 53

FIGURA 16: REDESENHO DO MACROPROCESSO MP10................................................................................................... 56

FIGURA 17: INTERDEPENDÊNCIA DAS MEDIDAS CONSTANTES DA PROPOSIÇÃO ................................................................. 63

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Sumário de Tabelas

TABELA 1: DESCRIÇÃO DAS CONEXÕES POTENCIAIS ENTRE PROCESSOS INSERIDOS NO MP3 .................................................... 47

TABELA 2: VIABILIDADE FINANCEIRA PARA IMPLEMENTAÇÃO DOS MACROPROCESSOS ........................................................... 57

TABELA 3: COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS ESTADUAIS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES FIM (OBJETIVOS DA PNPDEC)

INDICADAS EM CINZA ...................................................................................................................................... 60

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6

2. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................ 9

3. PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL DA GDR DO ERJ ............................................................................................................... 15

A. Instituições centrais de GdR ............................................................................15

A1. INEA .................................................................................................................................... 15

A2. SEDEC ................................................................................................................................... 19

A3. DRM .................................................................................................................................... 25

A4. Núcleo de Ordenamento Territorial ..................................................................................... 27

B. Macroprocessos de GdR ..................................................................................28

B1. Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Geohidrometeorológicos (MP5) ........... 29

B2. Preparação para resposta em âmbito estadual (MP6) ........................................................ 32

B3. Ações coordenadas de resposta (MP8) ................................................................................ 35

B4. Apoio à preparação local (MP7) .......................................................................................... 36

B5. Apoio à resposta local (MP9) ............................................................................................... 41

B6. Sistemas de informações sobre riscos geohidrometeorológicos e desastres no ERJ (MP1) . 41

B7. Mapas de riscos geohidrometeorológicos (MP2) ................................................................. 43

B8. Planejamento e articulação de ações de prevenção (MP3) ................................................. 47

B9. Ações de redução de riscos (MP4) ....................................................................................... 49

B10. Apoio em ações locais de recuperação (MP10) ................................................................. 54

C. Sistema de Gestão de Riscos de Desastres ......................................................57

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 62

APÊNDICE - Matriz de competências dos órgãos estaduais considerados em relação às atividades fim (objetivos da PNPDEC) ...................................................................... 65

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1. INTRODUÇÃO

O presente produto de consultoria apresenta a PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL, que corresponde à Etapa C do TdR. Seu objetivo é propor um conjunto de medidas que resultem na ampliação da capacidade de atuação e na superação das deficiências das instituições técnico-científicas envolvidas na gestão de risco de desastres e, principalmente, na melhoria do desempenho do arranjo por elas constituído.

A PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL se fundamenta integralmente no diagnóstico das instituições técnico-científicas envolvidas na gestão de risco de desastres no Estado do Rio de Janeiro, que se estende ao longo do Produto 2 - CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS ENVOLVIDAS NA GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES NO ERJ (etapa B.1), do Produto 3 - CAPACIDADE DE ATUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (etapa B.4), e do Produto 4 - AVALIAÇÃO GLOBAL DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL DAS INSTITUIÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS PARA A GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES (etapas B.2 e B.3) desta Consultoria, notadamente nas Considerações finais do Produto 4, que sintetizam o diagnóstico realizado, e de outras considerações que incrementam o diagnóstico. Todos estes fundamentos desta PROPOSIÇÃO são contextualizadas no próximo capítulo.

De acordo com os Termos de Referência para a CONCEPÇÃO DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL PARA A GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, a proposição de melhorias no arranjo institucional e operacional deve atender os seguintes requisitos:

C.1. Melhorias do arranjo institucional

A contratada deverá propor alternativas de rearranjo institucional que garantam o aprimoramento da gestão integrada de risco de desastres e que venham a minimizar ou excluir possíveis lacunas, sobreposições e conflitos preexistentes identificados no item B.2. Dentre as possíveis alterações propostas, a empresa deverá, minimamente:

Estabelecer, alterar ou aprimorar as relações (parceria, subordinação, apoio técnico, cooperação técnica) entre as instituições;

Estabelecer, alterar ou aprimorar as funções e responsabilidades de cada órgão na gestão de risco;

Definir a criação ou fortalecimento de instâncias institucionais para a articulação das entidades e atores;

Desenvolver protocolos entre as instituições técnico-científicas.

C.2 Melhorias no arranjo operacional

A contratada deverá propor alternativas de redesenho de processos (intra e interinstitucionais) que garantam a integração e a melhoria do desempenho

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operacional das instituições técnico-científicas na gestão de riscos e desastres com foco nos processos relacionados à identificação, análise, monitoramento e resposta aos desastres geohidrometeorológicos, identificados no item B.3.

No redesenho de processos, a contratada deverá contemplar minimamente:

Identificação e seleção de possibilidades de melhoria do processo e seleção de processos prioritários (oportunidades e ameaças críticas) para redesenho;

Análise de oportunidades de ganhos e eliminação de lacunas de eficiência nos processos atuais;

Análise de oportunidades de ganhos de qualidade dos produtos dos processos;

Análise da viabilidade política, econômica e técnica da intervenção nos processos;

Plano de implantação do redesenho de processos.

Com as possíveis alterações propostas pelo redesenho de processos, a contratada deverá minimamente promover:

Adequação do fluxo da informação e aprimoramento da comunicação entre as instituições técnico-científicas;

Eliminação de perdas com inconsistências, gargalos, retrabalho, duplicidade de atividades e atividades que não agregam valor e/ou resultado;

Estabelecimento de responsabilidade pelos processos, redução da fragmentação das atividades e promoção da integração entre as instituições-técnico científicas.

Em conformidade com os resultados do Produto 4, a PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL é estruturada em três níveis, representados na Figura 1.

Figura 1: Níveis da Proposição: (A) Instituições centrais, (B) Macroprocessos de GdR e (C) Sistema de GdR

A base do esquema, o primeiro nível de análise, é formada pelas instituições centrais (A); o segundo nível são os macroprocessos de GdR de Desastres (B), através dos quais essas instituições atuam em conjunto para atingir objetivos comuns; e o terceiro nível é o arranjo

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operacional e institucional de GdR (C), que congrega as instituições e os macroprocessos de GdR.

Isto significa que a PROPOSIÇÃO contém, no nível A, um conjunto de medidas para fortalecer o INEA, a SEDEC e o DRM, medidas essas cuja adoção se dá internamente a cada uma das instituições centrais. Às três instituições centrais é acrescentada uma quarta, o Núcleo de Ordenamento Territorial, cuja proposta de criação esta neste documento. No nível B, a proposição considera as medidas necessárias para aprimorar e consolidar, um a um, os Macroprocessos de GdR. Estas são, com poucas exceções, medidas as serem tomadas coletivamente por duas ou mais instituições centrais, e por vezes também correlatas. A implementação do nível C, o do Sistema de Gestão de Riscos, é praticamente o corolário da PROPOSIÇÃO, consubstanciado por algumas medidas institucionais.

Embora atenda aos requisitos do TdR, a PROPOSIÇÃO não trata de um arranjo institucional e de um arranjo operacional concebidos de forma separada. Ela considera uma série de medidas institucionais e operacionais interdependentes, que visam a consolidar, no nível A, as instituições técnico-científicas, e no nível B, diversos arranjos, um para cada Macroprocesso, até compor o Sistema de Gestão de Riscos do ERJ, que vem se estruturando desde 2011 por iniciativa das instituições centrais INEA, SEDEC e DRM.

Do ponto de vista metodológico, a PROPOSIÇÃO pode ser entendida com base no esquema da Figura 2. A intenção é transformar a situação atual, caracterizada pelo diagnóstico e sintetizada pelas redes de processos e macroprocessos, na situação desejada (o vir a ser). O caminho para esta transformação é representado pelo triângulo amarelo e consiste nas medidas institucionais e operacionais propostas. Ao passo em que estas medidas forem sendo adotadas, a situação desejada vai sendo pouco a pouco concretizada, isto é, os redesenhos das redes institucionais de processos e dos macroprocessos vão sendo implementados. A PROPOSIÇÃO formulada neste Produto 5, indicada pelo retângulo pontilhado na Figura 2, abrange tanto os redesenhos das redes institucionais de processos e dos macroprocessos como as medidas institucionais e operacionais para atingir a efetivação destas redes.

Figura 2: Medidas institucionais e operacionais como agente transformador da situação atual para a situação desejada e abrangência da proposição

Situação atual

Diagnóstico das instituições de GdR e Redes de Processos e

Macroprocessos

Situação desejada

Redes de Processos e Macroprocessos

redesenhados

Medidas institucionais e

operacionais

Proposição

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Para facilitar a compreensão das medidas institucionais e operacionais propostas, o Capítulo 2, sob o título Contextualização, descreve brevemente o conhecimento sobre a situação atual, adquirido nas etapas anteriores desta Consultoria. Em seguida passa-se à apresentação da PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL DA GDR DO ERJ, no Capítulo 3, subdividido em três seções, uma para cada um dos níveis A, B e C indicados na Figura 1. O Capítulo 4 traz algumas considerações finais sobre a PROPOSIÇÃO.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

Esta contextualização visa prover aos leitores deste documento as informações mínimas sobre como se chegou a este Produto 5. Visa ainda embasar os atores que não tenham sido envolvidos no mapeamento dos processos e na sua análise, e que não estão familiarizados com os produtos anteriores desta consultoria, para que se situem em relação ao estudo CONCEPÇÃO DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL PARA A GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Ou seja, este Capítulo tem por objetivo permitir que gestores, técnicos, políticos e demais interessados que venham a analisar este documento (bem como o PLANO DE AÇÃO - Produto 6) possam ter pleno entendimento dos objetivos e da importância da PROPOSIÇÃO contida neste Produto 5, seja para fins de acompanhamento do projeto, de aprovação dos financiamentos necessários à implementação das medidas propostas (através dos projetos a serem apresentados no Produto 6) ou da decisão sobre a equipe a ser alocada para esta implementação. A apropriação das medidas aqui propostas é fundamental, uma vez que constituem o resultado de uma análise participativa que envolveu dezenas de técnicos e gestores das instituições técnico-científicas INEA, SEDEC e DRM. Serão, portanto, brevemente comentados os Produtos 2, 3 e 4, bem como uma lacuna institucional e operacional da GdR não analisada previamente, qual seja, o ordenamento territorial.

O Produto 2, intitulado CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS ENVOLVIDAS NA GDR DE DESASTRES NO ERJ, é considerado um inventário das atividades de GdR e das instituições que as desenvolvem. A metodologia de análise partiu do pressuposto de que uma organização é tão efetiva quanto forem os seus processos, e se baseou em três conjuntos de informação: processos de GdR desenvolvidos, características institucionais (histórico, estrutura, recursos humanos e materiais) e competências legais das instituições para realizar os processos identificados. Neste sentido, cerca de setenta documentos legais foram analisados. Paralelamente foram estudadas as instituições correlatas da GdR, estaduais e federais. Ou seja, o Produto 2 apresenta uma caracterização das instituições de GdR norteada pelos processos que elas realizam.

Entender como funcionam os processos é importante para determinar como eles devem ser gerenciados para a obtenção do melhor resultado possível. Para isso eles devem ser mapeados. O mapeamento de processos é uma ferramenta gerencial, analítica e de comunicação, essencial para que as organizações promovam melhorias, e ganha importância por sua função de registro e documentação histórica da organização: uma vez que o

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aprendizado é construído com base em conhecimentos e experiências passadas dos indivíduos, a organização não pode se arriscar, em função de seus funcionários migrarem para outro emprego ou se aposentarem, a perder lições e experiências conseguidas ao longo de muitos anos. A descrição de cada processo inclui informações relativas a atores, atividades, fluxo, sequência, entradas, saídas, início, finalização e pontos de decisão.

O mapeamento resultou ao todo em trinta e sete processos consolidados, dos quais dez no INEA, vinte e três na SEDEC e quatro no DRM. Enquanto os processos do INEA se enquadram majoritariamente na GERAÇÃO DE CONHECIMENTOS, na MITIGAÇÃO e na PREPARAÇÃO para desastres; os da SEDEC se enquadram na RESPOSTA e na PREPARAÇÃO e os do DRM na GERAÇÃO DE CONHECIMENTOS. Estas diferenças no enquadramento dos processos têm origem nos diferentes campos de atuação das instituições, o que leva, por vezes, a tropeços na articulação de atividades afins.

O Produto 3, intitulado AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ATUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA GESTÃO DE RISCO DE DESASTRE, apresenta basicamente o resultado de uma pesquisa da qual participaram oitenta e dois municípios. O intuito foi saber como os municípios se articulam no Sistema Estadual de Defesa Civil, como se relacionam com as demais entidades, e como repartem atribuições e funções no desempenho das atividades de PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO, PREPARAÇÃO, RESPOSTA e RECUPERAÇÃO.

Com os dados obtidos foram caracterizados e quantificados os três eixos da atuação municipal, a saber, (1) as ações de proteção e defesa civil realizadas pelos municípios, (2) a estrutura técnica e administrativa dos órgãos municipais de Defesa Civil, e (3) a articulação e a participação na prática dos órgãos municipais de Defesa Civil. Entre os três eixos, o melhor desempenho encontra-se na estrutura técnica e administrativa, o que permite inferir que o estágio atual dos órgãos municipais de DC do ERJ é de investimento na capacidade técnica e administrativa. O desempenho mais baixo encontra-se na articulação e na participação, que são menos desenvolvidas do que as demais atividades inerentes à Política de Proteção e Defesa Civil. Percebe-se que os municípios não se sentem fazendo parte de um Sistema Estadual de Defesa Civil e que a participação é vista ainda como a possibilidade de aumentar a capacidade de trabalho.

A título de síntese foi formulado o Índice de Gestão Municipal de PDEC, segundo o qual vinte e dois municípios são classificados no nível “Bom”. Observou-se, também, que as iniciativas municipais de proteção e defesa civil são independentes dos riscos a que o município está sujeito.

O Produto 3 conclui com recomendações para aperfeiçoar a atuação municipal em gestão de risco e para valorizar o papel dos municípios no Sistema Estadual de Defesa Civil. Estas recomendações abrangem cinco tópicos, os quais, na medida de possível, devem ser considerados no Produto 5:

a) Definição da Política Estadual de Proteção e Defesa Civil e do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil;

b) Criticidade dos municípios para desastres de natureza geohidrometeorológica; c) Apoio aos municípios;

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d) Sistemas de monitoramento e alerta, e e) Estabelecimento do “sistema de monitoramento” do Sistema Estadual de Proteção e

Defesa Civil.

O Produto 4 tratou da AVALIAÇÃO GLOBAL DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL PARA GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES, a partir do estudo dos processos e das competências disponível no Produto 2. Na prática, o Produto 4 é uma continuação do Produto 2.

A avaliação do arranjo operacional consistiu no desenho e na análise das redes de processos do INEA, da SEDEC e do DRM, e da rede de processos interinstitucional, considerando respectivamente as conexões intrainstitucionais e as interinstitucionais. Foram apontadas diversas lacunas no INEA e na SEDEC que se referem a processos que existem de fato, porém não foram apontados como processos de GdR. Na SEDEC, a rede de processos aponta falta de conexões entre processos interligados na prática. A avaliação também apontou as condições operacionais da gestão de risco em cada uma das instituições.

A rede de processos interinstitucional de GdR aponta intensa atividade em termos de PREPARAÇÃO e de RESPOSTA, ausência de atividades de PREVENÇÃO, e pouca atividade de MITIGAÇÃO e de GERAÇÃO DE CONHECIMENTO, mostrando que a transformação da Gestão de Desastres para a Gestão de Riscos ainda está em curso. Ampliada pela inclusão de instituições correlatas cujas atividades/processos tinham sido previamente identificados, a rede interinstitucional de processos tem incrementadas as atividades de PREVENÇÃO e de PREPARAÇÃO. Verificou-se, ainda, que as conexões interinstitucionais normalmente são insatisfatórias.

Finalmente, a rede interinstitucional é desmembrada em dez macroprocessos. Um macroprocesso é integrado, quase sempre, por processos de várias instituições, que em conjunto visam cumprir uma única finalidade da Política de Proteção e Defesa Civil. O Macroprocesso mais em evidência no Rio de Janeiro atualmente é o Monitoramento e Alerta de desastres geohidrometeorológicos (escorregamentos, enxurradas e inundações), para o qual contribuem a SEDEC, o INEA e o DRM.

Desta forma, a questão de aprimorar o arranjo operacional foi desdobrada em duas questões: a de fortalecer cada uma das instituições e a de aprimorar cada um dos dez Macroprocessos.

A avaliação do arranjo institucional contempla as funções, responsabilidades e atribuições das instituições para a execução dos processos. Esta avaliação confronta os processos com as competências atribuídas às respectivas instituições, apontando uma série de pontos de atenção. Contempla também os padrões de cooperação nas conexões identificadas nos macroprocessos. Estas conexões, das quais três integram o Macroprocesso de Monitoramento e Alerta, mostram fragilidades que constituem um aspecto crucial das medidas institucionais aqui propostas, pois um arranjo institucional mais robusto prioriza relações formalizadas no âmbito dos Macroprocessos, de forma a garantir sua perenidade enquanto processo independente de mudanças políticas.

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Finalmente, seguindo a Lei no 12.608/12, que estabelece que a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil deve ser executada em articulação com diversas outras políticas, a avaliação institucional considerou outros atores da GdR com competências afins à GdR de desastres geohidrometeorológicos no Estado do Rio de Janeiro.

A partir dos resultados da avaliação global do arranjo institucional e operacional, o Produto 4 reuniu os pontos de atenção a serem considerados na PROPOSIÇÃO, organizados em três níveis: (a) pontos de atenção relativos às instituições centrais de GdR, (b) pontos de atenção relativos aos macroprocessos de GdR, e (c) pontos de atenção relativos ao sistema estadual de GdR. Cada um destes três níveis interdependentes congrega aspectos operacionais e institucionais. As bases do esquema, o primeiro nível de análise, são as instituições centrais; o segundo nível são os macroprocessos de GdR de Desastres, através dos quais essas instituições atuam em conjunto para atingir objetivos comuns; e o terceiro nível é o arranjo operacional e institucional de GdR, que congrega as instituições e os macroprocessos de GdR.

Uma lacuna adicional no arranjo institucional e operacional da GdR, não considerada no Produto 4, refere-se ao ordenamento territorial. Em que pese a existência de diversos processos associados à PREVENÇÃO, percebe-se uma fragilidade na articulação entre o planejamento (setorial) no nível estadual e o planejamento no nível municipal. No nível estadual o planejamento da prevenção é realizado por diversas instituições, com diferentes finalidades, resultando em planos que podem influenciar a realidade ou o planejamento municipal, ou gerar subsídios para o planejamento municipal. Constatou-se que diversas instituições estaduais produzem planos ou estudos para os municípios.

No nível municipal, a prevenção deve ser (ou é) explicitada no Plano Diretor, na atividade de fiscalização da ocupação (loteamentos), no Plano de Drenagem Urbana, e nas práticas do Serviço Público de Limpeza Urbana. Fazer com que as ações e orientações em âmbito estadual possam ser integradas entre si e incorporadas às do âmbito dos municípios exige uma coordenação e uma sistematização de informações e dados não disponível em nenhuma das instituições técnico-científicas, nem das instituições correlatas de GdR identificadas. Sem dúvida, esta carência é um obstáculo para o planejamento e adoção de ações preventivas nos âmbitos microrregional e municipal, calcadas, sobretudo, no ordenamento territorial. Deve ser lembrado que a Lei 12.608/12 estabelece que a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil deve se articular com outras políticas, inclusive as de ordenamento territorial.

Porém, inexiste no Brasil uma política pública que aborde especificamente a temática do ordenamento territorial. O grande agente da produção do espaço é o Estado, por meio de suas políticas territoriais. É ele o dotador dos grandes equipamentos e das infraestruturas, o construtor dos grandes sistemas de engenharia, o guardião do patrimônio natural e o gestor dos fundos territoriais. Por estas atuações, o Estado é o grande indutor da ocupação do

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território, um mediador essencial, no mundo moderno das relações sociedade-espaço e sociedade-natureza (MORAES, 20051).

De acordo com Moraes (2005), cabe diferenciar de imediato ordenamento territorial de regulamentação do uso do solo, pois se trata de proposições escalares distintas, que se referem a diferentes competências legislativas e executivas. O ordenamento territorial diz respeito a uma visão macro do espaço, enfocando grandes conjuntos espaciais (biomas, macrorregiões, redes de cidades, etc) e espaços de interesse estratégico ou usos especiais (zonas de fronteira, unidades de conservação, reservas indígenas, instalações militares). Trata-se de uma escala de planejamento que aborda o território nacional, estadual ou regional em sua integridade, atentando para a densidade da ocupação, as redes instaladas e os sistemas de engenharia existentes (de transporte, comunicações, energia, etc). Interessam a ele as grandes aglomerações populacionais (com suas demandas e impactos) e os fundos territoriais (com suas potencialidades e vulnerabilidades), numa visão de contiguidade que se sobrepõe a qualquer manifestação pontual no território.

O ordenamento territorial busca, portanto, captar os grandes padrões de ocupação, as formas predominantes de valorização do espaço, os eixos de penetração do povoamento e das inovações técnicas e econômicas e a direção prioritária dos fluxos (demográficos e de produtos). Enfim, ele visa estabelecer um diagnóstico geográfico do território, indicando tendências e aferindo demandas e potencialidades de modo a compor o quadro no qual devem operar de forma articulada as políticas públicas setoriais com vistas a realizar os objetivos estratégicos do governo (MORAES, 2005).

A meta do ordenamento territorial é a compatibilização de políticas em seus rebatimentos no espaço, evitando conflitos de objetivos e contraposição de diretrizes no uso dos lugares e dos recursos. Pensa-se o Estado como agente regulador e harmonizador, e não como gerador de impactos negativos. O ordenamento territorial é um instrumento de articulação transetorial e interinstitucional, que objetiva um planejamento integrado e espacializado da ação do Poder Público (MORAES, 2005).

A CF/88 adota o princípio da ação cooperada entre os níveis de governo, cabendo à União a elaboração de diretrizes gerais nas várias matérias consideradas no texto constitucional. Nesse sentido, no que toca ao ordenamento territorial, a atribuição do Governo Federal é o estabelecimento de macroestratégias de ocupação do espaço, instalação de equipamentos e infraestruturas, gestão dos fundos territoriais e utilização dos recursos naturais, além de medidas de defesa da soberania e das fronteiras, e de ações especiais em áreas críticas ou prioritárias. A operacionalização de tais diretrizes se realiza pela implementação das próprias

1 MORAES, A. C. R. Ordenamento territorial: uma conceituação para o planejamento estratégico. In: Para

pensar uma política nacional de ordenamento territorial: anais da oficina sobre política nacional de ordenamento territorial, Brasília, 13-14 de novembro de 2003. Ministério da Integração Nacional, SDR. Brasília: MI, 2005, p.43-48.

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políticas federais, por estímulo e indução das políticas estaduais e municipais e por convencimento e legitimação da sociedade (MORAES, 2005). No entanto, segundo Amendola2 (2011), Estados e municípios encontram-se despreparados e sem apoio político da sociedade para o planejamento integrado. Por sua vez, os instrumentos urbanísticos encontram-se compartimentados e desconexos de um objetivo comum de ordenamento territorial urbano.

Um exemplo disso é o ordenamento territorial urbano do Rio de Janeiro que, como técnica administrativa, ação política eminentemente pública e científica, na própria complexidade de conciliar conflitos políticos de diversos atores, foi aos poucos reduzido à imposição dos interesses dos grupos sociais mais influentes no contexto de uma geopolítica maior, com significativa restrição da participação da sociedade nas decisões políticas. Os resultados das políticas de ordenamento territorial reforçam o quadro de despreparo político, administrativo, econômico, cultural, ambiental e social do governo em lidar com os novos desafios de ordenação territorial (AMENDOLA, 2011).

Nesse sentido, uma consulta na íntegra à publicação do Ministério da Integração Nacional, sobre como pensar uma Política Nacional de Ordenamento Territorial (PNOT), possibilita uma visão abrangente da importância dessa política pública na GdR, que é considerada tema estratégico para o desenvolvimento sustentável e pode ser bastante útil para a prevenção e mitigação de desastres.

Analisando a legislação do Estado do Rio de Janeiro, não foi possível identificar um órgão específico com competência para cuidar do ordenamento territorial do Estado. Entretanto, foram identificadas três Secretarias de Estado que desenvolvem atividades relacionadas ao tema, que são a SEPLAG (por meio da Subsecretaria de Planejamento), a SEOBRAS e a SEDRAP.

Sendo assim, a PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL, objeto do Produto 5, se fundamenta no Produto 2 - CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS ENVOLVIDAS NA GDR DE DESASTRES NO ERJ, no Produto 3 - AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ATUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES e no Produto 4 - AVALIAÇÃO GLOBAL DO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL DAS INSTITUIÇÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS PARA A GDR DE DESASTRES, acrescida das considerações feitas sobre a necessidade de criação de um setor dedicado ao Ordenamento Territorial.

2 AMENDOLA, M. Uma avaliação do ordenamento territorial no processo de planejamento governamental:

estudo do Rio de Janeiro. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana, do Departamento de Geografia, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2011.

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3. PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL DA GDR DO ERJ

A proposição consiste num elenco de medidas institucionais e de medidas operacionais, identificadas respectivamente por “In” e “Op”, e numeradas sequencialmente de modo independente uma da outra.

A. Instituições centrais de GdR

A1. INEA

A avaliação institucional e operacional mostrou, em poucas palavras, que (1) a rede de processos do INEA aparenta um forte entrosamento entre os processos, mas falta buscar uma maior integração para contemplar uma visão do todo desenvolvido pela instituição no âmbito da GdR; (2) várias ações decorrentes das políticas públicas de meio ambiente e de recursos hídricos executadas pelo INEA podem ser consideradas como ações de GdR, e hão que ser oportunamente estudadas e detalhadas para descrição completa dos processos; (3) o INEA deve adotar uma ferramenta de gerenciamento de projetos/ações e investimentos para que haja mais clareza, objetividade e transparência na proposição e execução dos trabalhos de GdR; (4) em relação às responsabilidades e atribuições, há que ser tomada alguma medida institucional nos processos P03, P32 e P53. Dessa avaliação decorre a proposição das seguintes medidas:

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In01. Instituição de um Grupo de Trabalho de GdR no INEA, como instância articuladora interdiretorias, para promover (1) a implementação das medidas In02 a In04, e Op01 a Op07 ora apresentadas e (2) a coordenação permanente das ações de GdR do INEA. Dessa forma, coloca-se a GdR dentre as atividades do INEA. Sugere-se que este GT esteja ligado diretamente a Presidência e que seja composto por representantes de todas as diretorias que participam da GDR no Inea.

In02. Consideração do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGREH) como parte integrante do Sistema de Gestão de Riscos de Desastres Geohidrometeorológicos, principalmente no que se refere às instâncias deliberativas. Dessa forma, busca-se integrar a temática do gerenciamento dos recursos hídricos a gestão de risco de desastres.

In03. Estabelecimento de convênio com os municípios para realizar o apoio técnico aos processos municipais de realocação de famílias em áreas de risco de inundação (P03 – REALOCAÇÃO DE FAMÍLIAS EM ÁREAS DE RISCO DE INUNDAÇÃO) em conformidade com a legislação.

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In04. Inclusão de ações referentes ao P53 – CAPACITAÇÃO, COMUNICAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO PARA GESTÃO DO RISCO À INUNDAÇÃO nas atribuições da Gerência de Educação Ambiental, no Regimento do INEA.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op01. Operacionalização do GT instituído (In01), provendo a integração das ações de GdR como diretriz do INEA, por meio de protocolo interno (recebimento, tratamento, armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos, e de disponibilização/ cessão/intercâmbio), de definição e repasse das metodologias cujos produtos são utilizados por outras instituições de GdR, e da definição de metodologias para GdR (diagnóstico e monitoramento) e de técnicas e ferramentas tecnológicas a ser adotadas. Com isso, busca-se promover internamente a integração das setores do Inea em torno da GdR, assim como dar transparência as diversas atividades desenvolvidas pelo Instituo que podem ser consideradas importantes para a GdR.

Op02. Aprimoramento do sítio do INEA na internet para facilitar consulta aos dados no âmbito da GdR.

Op03. Implantação do P31 - ESTRUTURAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÕES E EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS para aprimorar o P04 - ALERTA DE CHEIAS e o P07 – ARMAZENAMENTO E DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS3.

Op04. Implantação do P06 - DESENVOLVIMENTO DE INTELIGÊNCIA HIDROMETEOROLÓGICA (desenvolvimento de modelos de previsão hidrológica) para subsidiar o P04 - ALERTA DE CHEIAS.

Op05. Consideração do Planejamento de Recursos Hídricos como processo de GdR, enquadrado na PREVENÇÃO.

Op06. Consideração da coordenação do SEGREH (articulação e apoio ao Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, realizado pelo INEA) como processo de GdR, enquadrado na PREVENÇÃO.

Op07. Consideração da aplicação de diversos instrumentos da política ambiental como processo de GdR, enquadrados na PREVENÇÃO. Essas “medidas ambientais” são (1) a consideração das áreas de risco no Licenciamento Ambiental, (2) a demarcação das Faixas Marginais de Proteção e sua fiscalização, e (3) a criação de APP/ parques fluviais em área de risco.

Op08. Implantação de uma ferramenta de gerenciamento de projetos de GdR e outros incluindo aspectos orçamentários e de execução física.

3 Já existe um projeto aprovado e com recursos alocados no INEA para implementar o P31. Aliás, foi por causa

da existência deste projeto que surgiu o processo P31. Considerando que sua execução ainda não iniciou, e que sua importância para o aprimoramento do Sistema de Alerta é vital, ele está sendo incorporado a esta PROPOSIÇÃO.

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A adoção destas medidas leva ao redesenho da rede de processos do INEA, como mostra a Figura 3. Nesta figura, os processos consolidados são representados por caixinhas de fundo azul claro e os processos novos por caixinhas de fundo azul mais escuro. Eles estão dispostos de acordo com a Diretoria do INEA à qual estão vinculados e ordenados de acordo com o componente da GdR no qual se enquadram: GERAÇÃO DE CONHECIMENTO, PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO, PREPARAÇÃO, RESPOSTA e RECUPERAÇÃO, assinalados pelos ícones ao lado esquerdo da figura.

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Figura 3: Redesenho da rede de processos do INEA

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As caixinhas indicativas de processo que têm moldura verde, apresentam, ao lado direito, uma letra em vermelho, que indica as instituições (demais atores) que participam de alguma forma do processo em questão. Na base da figura constam todas as instituições parceiras do INEA na execução dos processos. As letras abaixo do nome de cada instituição informam em que processos dito ator têm parte. As caixinhas indicativas de processos que não têm moldura verde (P05, P06 e P31) representam os processos dos quais não participam atores externos, ou que são novos, e por isso não dispõem ainda das informações sobre atores e fluxos. As setas pretas no corpo da figura indicam fluxo de dados/informações e, desta forma, a dependência entre processos.

A2. SEDEC

A avaliação institucional e operacional da SEDEC mostrou um vasto leque de potenciais melhorias. São elas: (a) o conceito de GdR ainda não está totalmente incorporado à Defesa Civil do ERJ, tanto que alguns funcionários não se apropriam totalmente das novidades que estão ocorrendo na instituição; (b) a SEDEC usa uma regionalização do território estadual diferente das outras instituições; (c) a Defesa Civil não tem quadro próprio e nem plano de carreira, seus funcionários são militares cedidos (bombeiros); (d) a rede de processos da SEDEC conta com um grande número de processos de RESPOSTA desarticulados entre si; (e) os processos de monitoramento precisam ser detalhados e revistos; (f) é necessário que a SEDEC encontre uma ferramenta de gerenciamento de projetos/ações e investimentos; (g) o Sistema de Informações sobre Desastres do Estado do Rio de Janeiro – SINDERJ, o Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil – PEPDEC e a Coordenação do GRAC são ações que devem ser completamente descritas e consideradas processos; (h) para que o PEPDEC consiga atender plenamente as demandas da GdR é necessário o desenvolvimento de uma visão mais sistêmica do risco e das ações em gestão de risco de desastres; (i) não existe um Protocolo para eventos hidrológicos; (j) quanto às responsabilidades e atribuições para a execução dos processos, há, na rede da SEDEC, nove processos que tratam de competências que são, em princípio, dos municípios (P10, P11, P12, P14, P21, P22, P25, P36, P72); (k) o processo P13 tem equívoco no nome e (l) as competências para os processos P15, P16, P17, P18 e P73 não estão suficientemente definidas nas normas estaduais. As medidas a seguir apresentadas têm a finalidade de superar estas fraquezas.

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In05. Instituição de grupo de coordenação de GdR na SEDEC, como instância articuladora entre setores (SUOP, DGDEC, EsDEC, CEstAD), para promover (1) a implementação das medidas In06 a In12, e Op8 a Op18 ora apresentadas e (2) a coordenação permanente das ações de GdR da SEDEC.

In06. Estabelecimento de protocolo de acionamento da SEDEC pelos municípios para

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execução dos processos P10 - IMPLANTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE ESTOQUE PARA AJUDA HUMANITÁRIA, P12 - ABRIGO DE PESSOAS, P22 - AÇÕES SOCIAIS, P25 - EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO e P26 - ISOLAMENTO, INTERDIÇÃO E REMOÇÃO DE ESCOMBROS (de RESPOSTA) e P14 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS AFETADAS POR DESASTRES (de RECUPERAÇÃO).

In07. Estabelecimento de convênio com os municípios para instalação e operação de P15 - SISTEMA DE ALERTA E ALARME e P72 - GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE PROTEÇÃO COMUNITÁRIA (UPC).

In08. Estabelecimento de protocolo de solicitação de execução dos processos P11 - CADASTRO DE ABRIGOS POTENCIAIS e P36 - PREPARAÇÃO DAS COMUNIDADES EM ÁREAS DE RISCO (PREPARAÇÃO) e P21 - RECONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURA (RECUPERAÇÃO).

In09. Revisão da regionalização da Defesa Civil (Resolução SEDEC Nº 026/12), considerando as regiões hidrográficas instituídas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Resolução CERHI-RJ Nº 107/13), conforme sugere a Figura 4.

In10. Alteração do Decreto 43.599/12 prevendo o órgão do SIEDEC responsável pelo uso do Cartão de Pagamento da Defesa Civil e regulamentando seu uso (P73 - USO DO CARTÃO DE PAGAMENTO DE DEFESA CIVIL).

In11. Alteração do Decreto 43.599/12 prevendo a obrigatoriedade de elaboração de Plano de Contingência para as organizações integrantes do GRAC.

In12. Criação de um curso de especialização, um curso superior e um curso técnico em Proteção e Defesa Civil, na EsDEC (em convênio com uma Universidade, a exemplo da UFF), para formar, dentro do Corpo de Bombeiros do ERJ, um quadro permanente de pessoal de Defesa Civil dentro do plano de carreira do CBMERJ. Os mesmos cursos devem servir também para formar quadros para os órgãos municipais de Proteção e Defesa Civil.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op09. Qualificação do efetivo no conceito de GdR, para permitir a promoção da integração, por parte do GT instituído, das ações de GdR, por meio de protocolo interno (recebimento, tratamento, armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos, e de disponibilização/ cessão/intercâmbio), de definição e repasse das metodologias cujos produtos são utilizados por outras instituições de GdR, e da definição, em conjunto, de metodologias para GdR (diagnóstico e monitoramento) e de técnicas e ferramentas tecnológicas a ser adotadas.

Op10. Aprimoramento do sítio na internet (SEDEC e DGDEC) para facilitar consulta aos dados no âmbito da GdR.

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Op11. Alteração dos processos P15 - SISTEMA DE ALERTA E ALARME, P72 - GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE PROTEÇÃO COMUNITÁRIA (UPC), P11 - CADASTRO DE ABRIGOS POTENCIAIS, P36 - PREPARAÇÃO DAS COMUNIDADES EM ÁREAS DE RISCO, P21 - RECONSTRUÇÃO DE INFRAESTRUTURA, P10, P23 - ATIVAÇÃO DO GABINETE DE CRISE, P12 - ABRIGO DE PESSOAS, P22 - AÇÕES SOCIAIS, P25 - EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO, P26 - ISOLAMENTO, INTERDIÇÃO E REMOÇÃO DE ESCOMBROS e P14 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS AFETADAS POR DESASTRES em função do acionamento da SEDEC pelos municípios, de convênios ou de solicitações de executivos municipais, e da revisão de conexões internas.

Op12. Alteração do nome do P13 - DECRETAÇÃO DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (SE) E DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA (ECP) para “Constatação de SE e ECP”.

Op13. Revisar a rede de processos da SEDEC considerando que os processos de RESPOSTA (P24 - BUSCA, RESGATE E SALVAMENTO, P20 - RESTABELECIMENTO DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS, P43 - PROTEÇÃO CIVIL EM DESASTRES, P73 - USO DO CARTÃO DE PAGAMENTO DE DEFESA CIVIL e P13 - DECRETAÇÃO DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (SE) E DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA (ECP)) são subordinados ao P23 - ATIVAÇÃO DO GABINETE DE CRISE.

Op14. Criação do processo de coordenação do GRAC, definição da sua conexão com o P23 - ATIVAÇÃO DO GABINETE DE CRISE, e eventual ajuste deste P23.

Op15. Avaliação da unificação dos processos P17 - MONITORAMENTO DE EVENTOS GEOHIDROMETEOROLÓGICOS e P18 - MONITORAMENTO METEOROLÓGICO e redesenho resultante.

Op16. Criação do processo do SINDERJ e aprimoramento do registro tendo em vista a qualidade dos dados.

Op17. Desenvolvimento de protocolos para eventos hidrológicos, em associação com o P04 - ALERTA DE CHEIAS do INEA e o P17 - MONITORAMENTO DE EVENTOS GEOHIDROMETEOROLÓGICOS com P18 - MONITORAMENTO METEOROLÓGICO redesenhado.

Op18. Criação de curso na EsDEC (P67) sobre gerenciamento de risco geológico, a ser ministrado pelo DRM (após implementação do Macroprocesso 2).

Op19. Adoção de uma ferramenta de gerenciamento de projetos de GdR, incluindo aspectos orçamentários e de execução física, tal como o INEA.

Op20. Criação de processo do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil e revisão deste Plano, após a implementação da Proposta de Rearranjo Institucional e Operacional em curso.

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A medida In09 implica em ajustes na composição das REDECs, como mostra a Figura 4. Uma vez adotadas as medidas descritas, a rede de processos da SEDEC ficará redesenhada de acordo com a Figura 5.

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Figura 4: Sobreposição da atual regionalização da SEDEC e da regionalização orientada pela hidrografia (Medida In09)

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Figura 5: Redesenho da rede de processos da SEDEC

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Nesta Figura 5, os processos consolidados são representados por caixinhas de fundo cor-de-rosa claro e os processos novos por caixinhas de fundo cor-de-rosa mais escuro. Todos estão dispostos de acordo com o componente da GdR no qual se enquadram: GERAÇÃO DE CONHECIMENTO, PREVENÇÃO, PREPARAÇÃO, RESPOSTA e RECUPERAÇÃO, assinalados pelos ícones ao lado esquerdo da figura. As caixinhas indicativas de processo que têm moldura verde contém, ao lado direito, uma letra em vermelho, que indica as instituições (demais atores) que participam de alguma forma do processo em questão. Algumas caixinhas indicativas de processos não têm moldura verde. Elas representam os processos dos quais não participam atores externos ou que são novos, e por isso ainda não foram descritos. Na base da figura constam todas as instituições parceiras da SEDEC na execução dos processos. As letras abaixo do nome de cada instituição informam em que processos ela tem parte.

As setas indicam fluxo de dados/informações, e desta forma a dependência entre processos. Os processos novos ainda não estão conectados por setas, porque não foram descritos. As linhas pontilhadas indicam fluxos potenciais.

Destaca-se, na Figura 5, um grupo de onze processos inserido num subquadro intitulado “Municípios”. Trata-se de processos realizados em distintas formas de parceria com os municípios.

A3. DRM

A avaliação institucional e operacional do DRM mostrou que: (a) os produtos gerados e disponibilizados pelo DRM são subutilizados; (b) há problemas de georreferenciamento dos produtos ou de integração parcial dos dados/informações a outras bases de dados; (c) a eficácia da atuação do DRM depende do aprimoramento das suas interfaces com seus potenciais usuários; (d) o sítio do DRM deve repassar os dados de forma a assegurar a sua permanência e utilização; (e) em termos das responsabilidades e atribuições, existe um ponto de atenção no processo P49. Sendo assim, as medidas propostas são:

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In13. Investimento em infraestrutura de hardware, software e capacitação de recursos humanos, para apoiar o crescimento do NADE.

In14. Formalização do DRM como Serviço Geológico Estadual.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op21. Promoção de capacitação de técnicos e gestores municipais de Defesa Civil na aplicação dos produtos do DRM, por meio da EsDEC (após implementação do Macroprocesso 2).

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Op22. Ampliação do uso dos produtos cartográficos do DRM mediante a possibilidade de associação com outros sistemas e bases de dados (após implementação do Macroprocesso 2).

Op23. Criação de processo de assessoria aos municípios para elaboração de Plano de Redução de Riscos de Escorregamento (MITIGAÇÃO).

Op24. Aprimoramento do sítio na internet para facilitar consulta aos dados úteis para a Gestão de Riscos de desastres geohidrometeorológicos.

Op25. Adoção de ferramenta de gerenciamento de projetos de GdR, incluindo aspectos orçamentários e de execução física, tal como o INEA e a SEDEC.

No caso do DRM não há necessidade de instituir um grupo de coordenação de GdR, pois o próprio NADE cumpre esta função. Cabe a ele promover a implementação das medidas In13, e Op19 a Op23. Ressalta-se que as medidas Op19 e Op20 devem ser precedidas pela implementação do Macroprocesso 2.

Com as medidas propostas o desenho da rede do DRM é pouco alterada, como mostra a Figura 6. Nesta figura, os processos consolidados são representados por caixinhas de fundo verde claro e o processo novo por verde mais escuro. Todos estão ordenados de acordo com o componente da GdR no qual se enquadram: GERAÇÃO DE CONHECIMENTO, PREVENÇÃO, PREPARAÇÃO e RESPOSTA, assinalados pelos ícones ao lado esquerdo da figura. Ao lado direito de cada caixinha indicativa de um processo, com exceção do processo novo, encontra-se uma letra em vermelho, que representa as instituições (demais atores) que participam do respectivo processo. Na base da figura constam as instituições parceiras do DRM na execução dos processos. As letras abaixo do nome de cada instituição informam em que processos elas têm parte. As setas pretas no corpo da figura indicam o fluxo de dados/informações, e desta forma a dependência entre processos.

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Figura 6: Redesenho da rede de processos do DRM

A4. Núcleo de Ordenamento Territorial

A avaliação mostrou que a ausência de ordenamento territorial impede o bom desenvolvimento da GdR, mormente em termos da PREVENÇÃO. Há que ser criado, pois, um Núcleo de Ordenamento Territorial, para constituir a quarta instituição técnico-científica de GdR. Entre as três Secretarias de Estado que desenvolvem atividades relacionadas ao tema, que são a SEPLAG (por meio da Subsecretaria de Planejamento), a SEOBRAS e a SEDRAP, há que ser escolhida aquela que deve abrigar o Núcleo de Ordenamento Territorial. As medidas a serem adotadas para que a instituição esteja apta a contribuir na GdR são as seguintes:

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MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In15. Investimento em infraestrutura de hardware, software e recursos humanos para criar o Núcleo de Ordenamento Territorial.

In16. Instituição do Núcleo de Ordenamento Territorial por meio de Decreto.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op26. Constituição de base de dados espacializada e estruturada sobre o território do ERJ, a partir de dados do INEA, como cobertura vegetal e uso da terra, base topográfica, espacialização da legislação (principalmente ambiental), dados de interesse da GdR oriundos do INEA, da SEDEC, do DRM, da CPRM, e dos Zoneamentos dos Planos Diretores municipais (a maioria dos quais não está espacializada), que possa fundamentar ações de planejamento e de ordenamento territorial.

Op27. Desenvolvimento de estratégias de planejamento de uso e ocupação do solo, ordenamento territorial e planejamento ambiental, com vistas à promoção de uma adequada ocupação do território.

Op28. Integração de estratégias para monitoramento e fiscalização de áreas de risco efetivo e/ou potencial, de forma a evitar sua ampliação e estabelecimento, respectivamente.

Em relação ao conjunto de medidas institucionais e operacionais propostas para as instituições reais envolvidas na GdR, fica evidente que a efetivação das mesmas está diretamente ligada à vontade política das instituições em executá-las e da disponibilidade e compromisso do corpo técnico envolvido em desenvolvê-las e realizá-las. Cabe ressaltar que em algumas medidas incide também o componente financeiro relativo ao aporte de investimentos para sua realização, como nas medidas In13, In15, Op02, Op08, Op09, Op10, Op16, Op19, Op22, Op24, Op25 e Op26, e potenciais investimentos para realização das medidas In12, Op18 e Op21.

B. Macroprocessos de GdR

No Produto 4 a rede interinstitucional de processos de GdR foi desmembrada em dez macroprocessos. São eles:

MP1 - Sistema de Informações sobre riscos geohidrometeorológicos e desastres

MP2 - Mapas de riscos geohidrometeorológicos

MP3 - Planejamento e articulação de ações de PREVENÇÃO

MP4 - Ações de redução de riscos

MP5 - Sistema de monitoramento e alerta de desastres geohidrometeorológicos

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MP6 - PREPARAÇÃO para resposta em âmbito estadual

MP7 - Apoio na PREPARAÇÃO local

MP8 - Ações coordenadas de RESPOSTA

MP9 - Apoio em ações locais de RESPOSTA

MP10 - Apoio em ações locais de RECUPERAÇÃO

A relevância de cada Macroprocesso ou a urgência em aprimorá-lo é associada à quantidade de instituições e de processos que o integram e à interdependência destes processos, determinada pelas conexões identificadas. Os investimentos feitos são um fator adicional que indicam a prioridade que as instituições conferem a determinados processos. Assim, por exemplo, o MP5 é atualmente o macroprocesso prioritário tanto para a SEDEC como para o INEA. Já o MP3 é o macroprocesso que menos recebe atenção. Adotando tais critérios, obteve-se a ordem decrescente de importância dos Macroprocessos, que se encontra refletida nos conjuntos de medidas para o aprimoramento dos Macroprocessos a seguir apresentados.

As redes que representam os Macroprocessos são desenhadas segundo o mesmo modo das redes de processos das instituições centrais. As cores das caixinhas permanecem as mesmas. As diferenças são: (a) a rede se enquadra em apenas um ou dois componentes da GdR e (b) normalmente há caixinhas de diferentes cores, devido à participação de mais de uma instituição no Macroprocesso. Os processos do Núcleo de Ordenamento Territorial e os de instituições correlatas são representados por caixinhas de cor cinza. As conexões interinstitucionais são representadas por linhas verdes, que são descontínuas no caso de conexões potenciais.

B1. Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Geohidrometeorológicos (MP5)

O MP5 é composto por:

Processos P04 - ALERTA DE CHEIAS, P05 - MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO, P06 - DESENVOLVIMENTO DE INTELIGÊNCIA HIDROMETEOROLÓGICA, P31 - ESTRUTURAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÕES E EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS do INEA;

Processos P15 - SISTEMA DE ALERTA E ALARME, P16 - IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE MONITORAMENTO E ALERTA DE DESASTRES NATURAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, P17 - MONITORAMENTO DE EVENTOS GEOHIDROMETEOROLÓGICOS, P18 - MONITORAMENTO METEOROLÓGICO e o protocolo para eventos hidrológicos da SEDEC;

Processos P51 - PESQUISA E ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DE CHUVA E ESCORREGAMENTO e P71 - PROGRAMA DE MAPEAMENTO DE RISCO IMINENTE DE ACIDENTES ASSOCIADOS A ESCORREGAMENTOS do DRM;

Conexão A [P04 (INEA) → P18 (SEDEC)];

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Conexão C [P04 (INEA) → P17 (SEDEC)]; e

Conexão E [P71 (DRM) + P51 (DRM) → P15 (SEDEC)].

Pré-requisitos para implementação do MP5:

Melhorias operacionais dos processos do INEA e da SEDEC que integram este MP, que correspondem às medidas:

o Op03 [Implantação do P31 - ESTRUTURAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÕES E EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS para aprimorar o P04 - ALERTA DE CHEIAS e o P07 – ARMAZENAMENTO E DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS];

o Op04 [Implantação do P06 - DESENVOLVIMENTO DE INTELIGÊNCIA HIDROMETEOROLÓGICA (desenvolvimento de modelos de previsão hidrológica) para subsidiar o P04 - ALERTA DE CHEIAS].

o Op15 [Avaliação da unificação dos processos P17 - MONITORAMENTO DE EVENTOS GEOHIDROMETEOROLÓGICOS e P18 - MONITORAMENTO METEOROLÓGICO e redesenho resultante].

o Op17 [Desenvolvimento de protocolos de resposta para eventos hidrológicos, em associação com o P04 - ALERTA DE CHEIAS do INEA e o P17 - MONITORAMENTO DE EVENTOS GEOHIDROMETEOROLÓGICOS com P18 - MONITORAMENTO METEOROLÓGICO redesenhado].

Melhoria institucional da SEDEC, que corresponde à medida o In09 [Revisão da regionalização da Defesa Civil (Resolução SEDEC Nº 026/12),

considerando as regiões hidrográficas instituídas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Resolução CERHI-RJ Nº 107/13)].

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In17. Instituição conjunta, por portaria INEA e SEDEC, de GT para estabelecer, em prazo determinado, as conexões A - entre P04 (INEA) e P18 (SEDEC) - e C – entre P04 e P17 (SEDEC).

In18. Instituição conjunta, por portaria SEDEC e DRM, de GT para estabelecer, em prazo determinado, as conexões C e E entre os processos P17 (SEDEC) e P71 (DRM), e entre P15 (SEDEC) e P51 e P71 (DRM), respectivamente.

In19. Estabelecimento de funções e responsabilidades na operação do MP5 e, em decorrência, alteração do Decreto 43.599/12, prevendo os órgãos responsáveis do SIEDEC pelo monitoramento geohidrometeorológico.

In20. Formalização, por meio de Portaria interinstitucional INEA, SEDEC e DRM, do protocolo de ação conjunta do Macroprocesso 5 - Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Geohidrometeorológicos, incluindo instituição de grupo de

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acompanhamento do Macroprocesso.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op29. Promoção, pelo GT instituído pela medida In17, da análise e da definição pela SEDEC e pelo INEA, separadamente e conjuntamente, das questões a seguir listadas, para efetivar os processos ligados pelas Conexões A e C, bem como da conexão entre o P04 e o Desenvolvimento de protocolo para eventos hidrológicos (SEDEC):

o Como os dados de interesse produzidos pelo INEA estão estruturados e armazenados?

o Existe alguma exigência da SEDEC em seu processo quanto à estrutura dos dados do INEA para serem utilizados?

o Como os dados serão estruturados e armazenados na SEDEC? o Qual é a função real do monitoramento efetuado pela SEDEC (P18) e pelo INEA

(P05 processo associado ao P04)? Existe alguma sobreposição entre os mesmos? o Como se dará a integração metodológica de dados e informações entre as

instituições reais no âmbito da GdR, nesta relação? o Como se dará a efetivação de Protocolo de disponibilização/ cessão/ intercâmbio

de dados pelas instituições reais envolvidas nesta relação? o Como se dará a efetivação de Protocolo interno para recebimento, tratamento,

armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos? o Como podem ser gerados dados e informações de interesse da GdR para

monitorar (incluso geração de dados e informações ainda não contemplados) os eventos de interesse e respectivas funções e responsabilidades das instituições reais nesta questão?

o Como se dá a integração de dados e informações oriundas das diversas fontes (metodologias - técnicas/equipamentos - de obtenção)?

o Como são gerados e armazenados diferentes dados/informações utilizados?

Op30. Promoção, pelo GT instituído pela medida In18, da análise e da definição pela SEDEC e pelo DRM, separadamente e conjuntamente, das informações necessárias para efetivar os processos conectados pelas Conexões C e E.

Op31. Promoção, por INEA, SEDEC e DRM, dos ajustes nos processos envolvidos, quando necessário.

Op32. Formulação, pelos GTs instituídos, de protocolos de troca de dados para a operação do Macroprocesso MP5.

Adotadas as medidas supradescritas, a rede do Macroprocesso MP5 assume o redesenho da Figura 7.

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B2. Preparação para resposta em âmbito estadual (MP6)

O MP6 é composto por:

Processo P32 - GESTÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA INSTITUCIONAL do INEA;

Processo P40 – APOIO NA CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAIS e Coordenação do GRAC da SEDEC;

Processo P49 – DEFINIÇÃO E OPERAÇÃO DE PLANOS DE CONTINGÊNCIA DO DRM;

Conexão D [P49 (DRM) + P32 (INEA) → Coordenação do GRAC] centrada no repasse dos Planos de Contingência do INEA e do DRM ao GRAC;

Planos de Contingência de instituições correlatas; e

Conexão entre instituições correlatas e Coordenação do GRAC para repasse de seus planos de contingência.

Pré-requisitos para o aprimoramento do MP6:

Melhorias institucionais e operacionais relacionadas com processos vinculados a este MP, que correspondem às medidas:

o In01 [Instituição de grupo de coordenação de GdR no INEA, como instância articuladora interdiretorias, para promover (1) a implementação das medidas In02 a In04, e Op01 a Op08 ora apresentadas e (2) a coordenação permanente das ações de GdR do INEA];

o Op01 [Operacionalização do GT instituído (In1), provendo a integração das ações de GdR como diretriz do INEA, por meio de protocolo interno (recebimento, tratamento, armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos, e de disponibilização/ cessão/intercâmbio), de definição e repasse das metodologias cujos produtos são utilizados por outras instituições de GdR, e da definição de metodologias para GdR (diagnóstico e monitoramento), de técnicas e ferramentas tecnológicas a ser adotadas e do aprimoramento do sítio na internet para facilitar consulta aos dados no âmbito da GdR];

o In05 [Instituição de grupo de coordenação de GdR na SEDEC, como instância articuladora entre setores (SUOP, DGDEC, EsDEC, CEstAD), para promover (1) a implementação das medidas In6 a Ini12, e Op9 a Op20 ora apresentadas e (2) a coordenação permanente das ações de GdR da SEDEC];

o In11 [Alteração do Decreto 43.599/12 prevendo a obrigatoriedade de elaboração de Plano de Contingência para as organizações integrantes do GRAC];

o Op09 [Qualificação do efetivo no conceito de GdR, para permitir a promoção da integração, por parte do GT instituído, das ações de GdR, por meio de protocolo interno (recebimento, tratamento, armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos, e de disponibilização/ cessão/intercâmbio), de definição e repasse das metodologias cujos produtos são utilizados por outras instituições de GdR, e da definição, em conjunto, de metodologias para GdR (diagnóstico e monitoramento) e de técnicas e ferramentas tecnológicas a ser adotadas]; e

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o Op14 [Criação de processo de coordenação do GRAC, definição da sua conexão com o P23 – ATIVAÇÃO DO GABINETE DE CRISE, e eventual ajuste deste P23].

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Figura 7: Redesenho do Macroprocesso MP5

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MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In21. Estabelecimento formal do vínculo de cada instituição com a Coordenação do GRAC. Isto vale para todas as instituições integrantes do GRAC, não só INEA, DRM e SES (Secretaria de Estado da Saúde).

In22. Estabelecimento de regimento interno do GRAC, determinando rotina de trabalho, elaboração de matriz de responsabilidades, conteúdo mínimo de Planos de Contingência institucionais e elaboração de “Plano de Ação de Resposta para Desastres Geohidrometeorológicos do ERJ”.

In23. Formalização da matriz de responsabilidades por meio de portaria da SEDEC.

In24. Estabelecimento de protocolos de entrega/recebimento dos Planos de Contingência das instituições integrantes do GRAC.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op33. Implantação de rotina de trabalho do GRAC.

Op34. Revisão periódica da matriz de responsabilidades do GRAC (após sua aplicação em desastres).

Op35. Discussão/divulgação dos Planos de Contingência institucionais no âmbito do GRAC.

Op36. Elaboração do Plano de Ação de Resposta para Desastres Geohidrometeorológicos do ERJ a partir da articulação dos Planos de Contingência Institucionais.

Após a ocorrência de um novo desastre, deve ser adotada:

Op37. Avaliação da atuação na resposta e proposição de melhorias na matriz de responsabilidades do GRAC e no Plano de Ação de Resposta para Desastres Geohidrometeorológicos do ERJ.

A instância responsável para promover a implementação das medidas acima descritas para o MP6 é a Coordenação do GRAC. Uma vez implementada, a rede do Macroprocesso MP6 fica redesenhada como apresenta a Figura 8.

B3. Ações coordenadas de resposta (MP8)

O MP8 é composto por:

Processo P32 - GESTÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA INSTITUCIONAL do INEA;

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Processos P13 - DECRETAÇÃO DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (SE) E DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA (ECP), P20 - RESTABELECIMENTO DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS, P23 - ATIVAÇÃO DO GABINETE DE CRISE, P27 - LOGÍSTICA PARA A RESPOSTA A DESASTRES, P24 - BUSCA, RESGATE E SALVAMENTO, P43 - PROTEÇÃO CIVIL EM DESASTRES, P73 - USO DO CARTÃO DE PAGAMENTO DE DEFESA CIVIL da SEDEC;

Processo P49 – DEFINIÇÃO E OPERAÇÃO DE PLANOS DE CONTINGÊNCIA DO DRM do DRM;

Conexão F [P49 (DRM) + P32 (INEA) → P23 (SEDEC)] entre as instituições INEA e DRM e o Gabinete de Crise;

Planos de Contingência das instituições correlatas que integram o GRAC; e

Conexão informal destes Planos de Contingência com o Gabinete de Crise.

Pré-requisitos:

Melhorias institucionais e operacionais relacionadas com processos vinculados a este MP, que correspondem às seguintes medidas da SEDEC:

o In10 [Alteração do Decreto 43.599/12 prevendo o órgão do SIEDEC responsável pelo uso do cartão de pagamento da Defesa Civil e regulamentando seu uso (P73 - USO DO CARTÃO DE PAGAMENTO DE DEFESA CIVIL)].

o Op12 [Alteração do nome do P13 - DECRETAÇÃO DA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA (SE) E DE ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA (ECP) para “Constatação de SE e ECP”].

o Op13 [Revisar a rede de processos da SEDEC considerando que os processos de RESPOSTA (P24, P43, P73 e P13 são subordinados ao P23].

Implantação dos Macroprocessos MP5 e MP6, por meio da adoção das medidas institucionais e operacionais anteriormente apresentadas (subseções B1 e B2).

Uma vez atendidos os pré-requisitos, as operações de resposta, coordenadas pelo Gabinete de Crise (P23), serão mais eficientes. Não há outras medidas a serem adotadas antes ou durante desastres. O Macroprocesso MP8, cuja rede é apresentada na Figura 9, pode sofrer melhorias a partir da vivência do próximo desastre, tarefa que cabe ao GRAC, dentro do Macroprocesso MP6.

B4. Apoio à preparação local (MP7)

O MP7 é composto pelos processos P40 – APOIO NA CONSTRUÇÃO DE PLANOS DE CONTINGÊNCIA MUNICIPAIS, P15 - SISTEMA DE ALERTA E ALARME, P72 - GERENCIAMENTO DE UNIDADES DE PROTEÇÃO COMUNITÁRIA (UPC), P11 - CADASTRO DE ABRIGOS POTENCIAIS e P36 - PREPARAÇÃO DAS COMUNIDADES EM ÁREAS DE RISCO da SEDEC, todos dirigidos aos municípios.

Pré-requisitos:

Adoção das seguintes medidas da SEDEC:

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o In07 [Estabelecimento de convenio com os municípios para instalação e operação de P15 e P72];

o In08 [Estabelecimento de protocolo de solicitação de execução dos processos P11 e P36 ...]; e

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Figura 8: Redesenho do Macroprocesso MP6

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Figura 9: Redesenho do Macroprocesso MP8

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o Op10 [Alteração dos processos P15, P72, P11, P36, .... em função do acionamento da SEDEC pelos municípios, de convênios ou de solicitações de executivos municipais, e da revisão de conexões internas].

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op38. Inclusão, no processo P40, dos seguintes procedimentos: (a) a solicitação anual, aos municípios, de realização de audiência pública do Plano de Contingência, em conformidade com a Lei 12.340/10, Art. 3-A, § 6º; (b) a consideração dos processos P15, P72, P11 e P36 na elaboração e/ou revisão dos Planos de Contingência de Proteção e Defesa Civil, bem como dos protocolos de acionamento da SEDEC para execução dos processos P10, P12, P22, P25 e P26 (RESPOSTA) e P14 (RECUPERAÇÃO), revistos nas medidas Op08 e Op9; (c) a realização de Oficinas de Elaboração de Plano de Contingência; (d) o conteúdo mínimo dos Planos de Contingência (protocolos de prevenção e alerta para a(s) tipologia(s) de evento(s) de maior probabilidade de ocorrência, orientação da população e das autoridades municipais).

Op39. Oferta de capacitação aos municípios para captação de recursos, estruturação de um sistema local de alerta e alarme, mapeamento de riscos, elaboração e preparação de exercícios simulados.

Como a única instituição envolvida no Macroprocesso MP7 é a SEDEC, as medidas correspondentes são implantadas diretamente pelo DGDEC. A rede redesenhada do Macroprocesso está na Figura 10.

Figura 10: Redesenho do Macroprocesso MP7

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B5. Apoio à resposta local (MP9)

O MP9 é composto pelos processos P23 - ATIVAÇÃO DO GABINETE DE CRISE, P10 - IMPLANTAÇÃO E GERENCIAMENTO DE ESTOQUE PARA AJUDA HUMANITÁRIA, P12 - ABRIGO DE PESSOAS, P22 - AÇÕES SOCIAIS, P25 - EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO e P26 - ISOLAMENTO, INTERDIÇÃO E REMOÇÃO DE ESCOMBROS da SEDEC, majoritariamente dirigidos aos municípios.

Pré-requisitos:

Adoção da medida In06 pela SEDEC [Estabelecimento de protocolo de acionamento da SEDEC pelos municípios para execução dos processos P10, P12, P22, P25, P26 e P14]; e

Implantação dos Macroprocessos MP7 e MP8.

O Macroprocesso MP9 deve ser implantado pelo DGDEC, em articulação com as REDEC. A rede redesenhada do Macroprocesso MP9 consta da Figura 11.

Figura 11: Redesenho do Macroprocesso MP9

B6. Sistemas de informações sobre riscos geohidrometeorológicos e desastres no ERJ (MP1)

O MP1 é composto pelos processos:

P05 - MONITORAMENTO HIDROMETEOROLÓGICO e P07 – ARMAZENAMENTO E DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS e pelo Gerenciamento de Projetos de GdR do INEA,

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SINDERJ e Gerenciamento de Projetos de GdR da SEDEC,

P51 - PESQUISA E ANÁLISE DA CORRELAÇÃO DE CHUVA E ESCORREGAMENTO do DRM, e

Base de dados territoriais do Núcleo de Ordenamento Territorial.

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In25. Instituição, por portaria, de um Grupo de Trabalho Interinstitucional INEA, SEDEC, DRM e Núcleo de Ordenamento Territorial, para estabelecer, em tempo determinado, uma articulação entre as bases de dados e sistemas de informação de Recursos Hídricos e de Desastres geohidrometeorológicos do ERJ, bem como entre os sistemas de Gerenciamento de Projetos de GdR.

In26. Portaria interinstitucional que publica o protocolo de ação conjunta, incluindo instituição de grupo de acompanhamento do Macroprocesso MP1.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op40. Promoção da análise e da definição pelo INEA, pela SEDEC, pelo DRM e pelo Núcleo de Ordenamento Territorial, separadamente e conjuntamente, das questões a seguir listadas, para efetivar a conexão entre as bases de dados ou sistemas de informação pelos quais são responsáveis (SIRHERJ, SINDERJ e o sítio do DRM/NADE), bem como da conexão entre os sistemas de gerenciamento de projetos, visando a integração de informações relevantes para a gestão de riscos de desastres:

o Qual a relevância dos sistemas de informação para a GdR no ERJ e funções e responsabilidades das instituições reais sobre eles?

o Como os dados de interesse produzidos pelas instituições estão e/ou deverão ser estruturados e armazenados?

o Existe alguma exigência de SEDEC/INEA/DRM em seu processo quanto à estrutura dos dados das outras instituições para serem utilizados?

o Existe alguma sobreposição entre os mesmos? o Como se dará o alinhamento de dados e informações dos sistemas? o Como serão repassadas metodologias cujos produtos são utilizados por outras

instituições de GdR? o Qual a relevância dos sistemas de gerenciamento de projetos para a GdR no ERJ e

funções e responsabilidades das instituições reais sobre eles? o Como os dados sobre projetos devem ser estruturados e armazenados? o Como será possível acessar e integrar dados e informações dos sistemas de

gerenciamento de projetos de GdR?

Op41. Promoção dos ajustes nos processos envolvidos, quando necessário.

Op42. Formulação de protocolos para a operação do Macroprocesso MP1, que tratem de

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(a) comunicação entre os sistemas de informação de recursos hídricos e de desastres do ERJ e entre os sistemas de gerenciamento de projetos de GdR do INEA e da SEDEC; e (b) compromisso das instituições com a alimentação dos sistemas.

A implementação do MP1 por meio das medidas acima listadas é condicionante para, ou pelo menos articulada com, a execução das medidas Op03 e Op08 do INEA; Op16 e Op19 da SEDEC; e Op24 e Op25 do DRM, e ainda para a medida Op26 do Núcleo de Ordenamento Territorial, a seguir reapresentadas:

Op03 [Implantação do P31 para aprimorar o P04 e o P07];

Op08 [Implantação de ferramenta de gerenciamento de projetos de GdR, incluindo aspectos orçamentários e de execução física];

In09 [Revisão da regionalização da Defesa Civil considerando as regiões hidrográficas instituídas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos];

Op16 [Criação de processo do SINDERJ e aprimoramento do registro tendo em vista a qualidade dos dados];

Op19 [Adoção de ferramenta de gerenciamento de projetos de GdR, incluindo aspectos orçamentários e de execução física, tal como o INEA];

Op24 [Aprimoramento do sítio na internet para facilitar consulta aos dados úteis para a Gestão de Riscos de desastres geohidrometeorológicos]; e

Op25 [Adoção de ferramenta de gerenciamento de projetos de GdR, incluindo aspectos orçamentários e de execução física, tal como o INEA e a SEDEC].

Op26 [Constituição de base de dados espacializada e estruturada sobre o território do ERJ, a partir de dados do INEA, como cobertura vegetal e uso da terra, base topográfica, espacialização da legislação, dados de interesse da GdR oriundos do INEA, da SEDEC, do DRM, da CPRM, e dos Zoneamentos dos Planos Diretores municipais, que possa fundamentar ações de planejamento e de ordenamento territorial.]. Esta base de dados passará a integrar o Macroprocesso.

A execução destas ações consolida o Macroprocesso cujo redesenho é apresentado na Figura 12. Uma ação que pode ser realizada com certa facilidade após a implantação do MP1 é a consolidação de uma escala de criticidade dos municípios para desastres de natureza geohidrometeorológica, assunto que foi tratado na etapa AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ATUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NA GESTÃO DE RISCO DE DESASTRE e que integra as recomendações daquele Produto 3.

B7. Mapas de riscos geohidrometeorológicos (MP2)

O MP2 é composto por

Processos P02 do INEA,

Processo P67 da SEDEC e

Processos P71 e P63 do DRM.

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MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In27. Instituição, por portaria, de um grupo de trabalho interinstitucional INEA, SEDEC e DRM, para estabelecer, em tempo determinado, uma forma de integração/articulação dos dados de risco geológico e de risco hidrológico na escala municipal, para instrumentar a revisão de planos diretores, planos de drenagem urbana e projetos de mitigação de desastres geohidrometeorológicos.

In28. Portaria interinstitucional que publica o protocolo de integração de dados sobre riscos de desastres geohidrometeorológicos na escala municipal, incluindo instituição de grupo de assessoria aos municípios para uso desses dados, como resultado do Macroprocesso MP2.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op43. Promoção da análise e da definição pela SEDEC, pelo DRM e pelo INEA, conjuntamente, das questões a seguir listadas, tendo em vista facilitar o uso dos produtos (cartas de risco) pelo usuário final (município):

o Como as diversas modalidades de cartas de risco são produzidas? É necessário discutir sobre o gerenciamento de risco geológico, seus objetivos, metas e metodologias (utilizadas e potenciais) com vistas a especificidades do ERJ, e da mesma forma sobre o gerenciamento de riscos hidrológicos.

o Existe alguma sobreposição espacial entre áreas de risco? Se existir, como se dará a integração das informações?

o É possível, e como, produzir uma única carta abrangendo os diversos tipos de risco na escala municipal?

Op44. Formulação de protocolo de integração de dados sobre riscos de desastres geohidrometeorológicos na escala municipal.

A implementação do MP2, por meio das medidas acima listadas, é condicionante para, ou pelo menos articulada com a execução das medidas Op18 da SEDEC e Op21 e Op22 do DRM, a seguir reapresentadas:

Op18 [Criação de curso na EsDEC (P67) sobre gerenciamento de risco geológico, a ser ministrado pelo DRM];

Op21 [Promoção de capacitação de técnicos e gestores municipais de Defesa Civil na aplicação dos produtos do DRM, por meio da EsDEC]; e

Op22 [Ampliação do uso dos produtos cartográficos do DRM mediante a possibilidade de associação com outros sistemas e bases de dados].

Desta forma, consolida-se o Macroprocesso MP2, representado na Figura 13.

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Figura 12: Redesenho do Macroprocesso MP1

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Figura 13: Redesenho do Macroprocesso MP2

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B8. Planejamento e articulação de ações de prevenção (MP3)

O MP3 é composto pelos processos:

Plano Estadual de Recursos Hídricos, Coordenação do SEGREH, Medidas ambientais de prevenção e P28 do INEA;

Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil da SEDEC;

P63 do DRM;

Atividades do Núcleo de Ordenamento Territorial;

Atividades de várias instituições estaduais correlatas;

Atividades de atribuição municipal, e

Potenciais conexões entre essas atividades e processos, tais como as descritas na Tabela 1.

Tabela 1: Descrição das conexões potenciais entre processos inseridos no MP3

Conexão Identificação

W P28 (INEA) + P63 (DRM) + Projetos de contenção de encostas (SEOBRAS) + Projetos de contenção de cheias (SEA) → Revisão de Planos Diretores + Planos de drenagem urbana (MUNICÍPIOS)

Planejamento de uso e ocupação do solo ↔ Revisão de planos diretores + Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil + Plano Estadual de Recursos Hídricos + P28 + Medidas ambientais de prevenção + Projetos de contenção de cheias + Projetos de contenção de encostas + Política de Habitação + P63

Y Projetos de contenção de cheias (SEA) ↔ Coordenação do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (INEA)

Z Plano Estadual de Recursos Hídricos (INEA) + Educação para prevenção de desastres (SEEDUC) + Política de Habitação (SEH) ↔ Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil (SEDEC)

Pré-requisitos do MP3:

Adoção das seguintes medidas pelo INEA; o In02 [Consideração do SEGREH como parte integrante do Sistema de Gestão

de Riscos de Desastres Geohidrometeorológicos, principalmente no que se refere às instâncias deliberativa];

o Op05 [Consideração do Planejamento de Recursos Hídricos como processo de GdR, enquadrado na PREVENÇÃO];

o Op06 [Consideração da coordenação do SEGREH (articulação e apoio ao Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, realizado pelo INEA) como processo de GdR, enquadrado na PREVENÇÃO];

o Op07 [Consideração da aplicação de diversos instrumentos da política ambiental como processo de GdR, enquadrado na PREVENÇÃO].

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Implantação dos Macroprocessos MP1 e MP2.

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In29. Instituição, por portaria, de um grupo de trabalho interinstitucional constituído por INEA, SEDEC, DRM, pelas instituições estaduais correlatas SEOBRAS, SEA, SEH, SEEDUC e por uma representação municipal por região hidrográfica para estabelecer, em tempo determinado:

Definição, em conjunto, de ações e metodologias para PREVENÇÃO de desastres geohidrometeorológicos;

Identificação de atividades ou atribuições legais de GdR das instituições correlatas, como, por exemplo, Projetos de contenção de cheias da SEA; Projetos de contenção de encostas, da SEOBRAS; Política de Habitação, da SEH; Educação para Prevenção de Desastres, da SEEDUC; e dos municípios, como Revisão de Plano Diretor, Plano de Drenagem Urbana, Fiscalização de Loteamentos e Serviço Público de Limpeza Urbana;

Desenho dos processos correspondentes às atividades e/ou atribuições de GdR;

Identificação e esclarecimento das conexões entre tais processos, a exemplo das citadas na Tabela 2, e com os Macroprocessos MP1 e MP2, considerando aspectos tais como: o Como os dados de interesse produzidos pelas instituições estão e/ou

deverão ser estruturados e armazenados? o Existe alguma exigência de cada uma das instituições em seu processo

quanto à estrutura dos dados das outras instituições para serem utilizados?

o Existe alguma sobreposição entre os mesmos? o Como se dará o alinhamento de dados e informações dos processos? o Como serão repassadas metodologias cujos produtos são utilizados por

outras instituições de GdR? o São necessários protocolos para intercâmbio de dados/informações?

Verificação da necessidade de formalização das conexões.

In30. Portaria interinstitucional para formalização das conexões entre processos de PREVENÇÃO de desastres geohidrometeorológicos e instituição de grupo de acompanhamento do Macroprocesso MP3. Com esta medida considera-se o MP3 implantado.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op45. Promoção da análise e da definição, pelas instituições centrais e correlatas, separadamente e conjuntamente, das questões a seguir listadas:

o Quais as atividades desenvolvidas e/ou atribuições legais (responsabilidades) da instituição que contribuem à prevenção de desastres geohidrometeorológicos?

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o Existe processo definido para execução destas atividades/atribuições? (Caso não haja, a instituição responsável deverá providenciar sua elaboração.)

o Quais os dados/informações necessários para os processos de PREVENÇÃO e que metodologias são utilizadas para gerar os produtos?

o Como esses produtos são utilizados por outras instituições de GdR? o Existe alguma sobreposição entre os mesmos? o Quais as conexões existentes entre processos de diferentes instituições? Como se

dá a integração metodológica de dados e informações entre as instituições, em cada uma destas conexões?

o As conexões são satisfatórias e estão formalizadas? o Há necessidade de efetivação de protocolo de disponibilização/cessão/

intercâmbio de dados pelas instituições envolvidas nas conexões? o Há necessidade de efetivação de protocolo interno para recebimento,

tratamento, armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos?

Op46. Formulação de protocolos de intercâmbio de dados para a operação do Macroprocesso MP3, de PREVENÇÃO de desastres geohidrometeorológicos.

Uma vez implantado o Macroprocesso MP3 (Figura 14), pode ser executada a medida Op20 [Criação de processo do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil e revisão deste Plano].

B9. Ações de redução de riscos (MP4)

O MP4 é composto por

Processos P03, P28 e P53 do INEA;

Assessoria aos municípios para elaboração de Plano de Redução de Riscos de Escorregamento do DRM; e

Atividades da SEA e da SEOBRAS.

Pré-requisito:

Adoção das medidas In03 [Estabelecimento de convênio com municípios para realizar o P03 em conformidade com a legislação] e In04 [Inclusão de ações referentes ao P53 nas atribuições da Gerência de Educação Ambiental, no Regimento do INEA] pelo INEA;

Adoção da medida Op23 [Criação de processo de assessoria aos municípios para elaboração de Plano de Redução de Riscos de Escorregamento (MITIGAÇÃO)] pelo DRM.

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In31. Instituição, por portaria, de um grupo de trabalho interinstitucional constituído por

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INEA, DRM, SEDEC, SEOBRAS e SEA para estabelecer, em tempo determinado:

Identificação das ações de MITIGAÇÃO de desastres geohidrometeorológicos desenvolvidas pelas instituições no âmbito da GdR;

Definição de critérios para sistematização das informações sobre os projetos/obras executados, em execução ou a executar, para serem incluídos no Sistema de Informações de Desastres (MP1), levando em consideração a escala municipal e da bacia hidrográfica;

Definição de metodologias para elaborar Plano de Redução de Riscos previsto pela Lei 12.340/10, incluindo medidas anteriormente implantadas;

Propor atividade de capacitação, no âmbito da EsDEC, para formulação de Plano Municipal de Redução de Riscos de Desastres geohidrometeorológicos.

In32. Regulamentação, pelo Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil, da metodologia para elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos geohidrometeorológicos.

In33. Termo de cooperação técnica entre SEDEC, INEA e DRM para realização de capacitação para a elaboração de Plano Municipal de Redução de Riscos de Desastres geohidrometeorológicos.

In34. Resolução do Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil, sobre a obrigatoriedade do fornecimento de informações sobre obras de mitigação de riscos de desastres geohidrometeorológicos ao Sistema de Informações de Desastres do ERJ (SINDERJ) e instituição de um grupo permanente para acompanhamento do MP4, de Ações de Redução de Riscos (MITIGAÇÃO). Uma vez adotada esta medida, considera-se implantado o Macroprocesso MP4 (Figura 15).

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op47. Definição, por parte do GT instituído, de critérios para sistematização das informações sobre os projetos/obras de MITIGAÇÃO executados, em execução ou a executar, levando em consideração a escala municipal e da bacia hidrográfica, para serem incluídos no Sistema de Informações de Desastres (MP1). (A implantação deste componente do Sistema de Informações de Desastres fica a cargo do GT do MP1.)

Op48. Formulação de resolução sobre a obrigatoriedade do fornecimento de informações sobre obras de mitigação de riscos de desastres geohidrometeorológicos ao Sistema de Informações de Desastres do ERJ (SINDERJ).

Op49. Definição, por parte do GT instituído, de metodologias para elaborar Plano de Redução de Riscos previsto pela Lei 12.340/10, considerando sempre a multiplicidade de riscos a que o território municipal está sujeito, incluindo ainda as obras de redução de riscos anteriormente implantadas.

Op50. Proposição, por parte do GT instituído, de atividade de capacitação, a ser gerenciada pela EsDEC e ministrada pelo DRM e pelo INEA, para formulação de Plano Municipal de Redução de Riscos de Desastres geohidrometeorológicos.

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Uma vez adotadas as medidas propostas, o redesenho do Macroprocesso MP4 será o apresentado na Figura 15.

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Figura 14: Redesenho do Macroprocesso MP3

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Figura 15: Redesenho do Macroprocesso MP4

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B10. Apoio em ações locais de recuperação (MP10)

O MP10 é composto por:

Processos P28 do INEA;

Processos P23, P73, P14 e P21 da SEDEC, e

Conexão B [P28 (INEA) → P21 (SEDEC)] entre o INEA e a SEDEC.

Pré-requisitos:

Adoção das medidas In06 e In08: o In06 [Estabelecimento de protocolo de acionamento da SEDEC pelos

municípios para execução dos processos ... P14]; o In08 [Estabelecimento de protocolo de solicitação de execução dos processos

.... P21].

MEDIDAS INSTITUCIONAIS

In35. Instituição, por portaria, de um Grupo de Trabalho interinstitucional constituído por INEA e SEDEC para estabelecer, em tempo determinado, uma articulação entre INEA, SEDEC e MUNICÍPIOS em ações de recuperação de desastres geohidrometeorológicos. Este Grupo de Trabalho interinstitucional pode incluir ainda a SEOBRAS, cuja atuação em ações de recuperação é reconhecida.

In36. Portaria interinstitucional para formalização da conexão entre processos de RECUPERAÇÃO de desastres geohidrometeorológicos (P28 e P21).

In37. Regulamentação, pelo Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil, dos critérios técnicos propostos pelo GT instituído, para diferenciar ações cuja finalidade é exclusiva de recuperação, de ações que tenham, também, caráter de mitigação.

MEDIDAS OPERACIONAIS

Op51. Definição, por parte do GT instituído, de diversas questões que visam melhorar a relação entre INEA e SEDEC em atividades de recuperação:

o Como se dá o planejamento e a efetivação das atividades desenvolvidas no subprocesso 2 do P28 e no P21, para que se otimizem os esforços e investimentos realizados no âmbito da GdR?

o Quais informações produzidas pelo INEA interessam à SEDEC em ações de Recuperação? Especificamente, quais dados/informações produzidos nos estudos do subprocesso 1 do P28 podem servir de subsídio para atividades desenvolvidas no P21?

o Os dados/informações gerados pela metodologia adotada pelo INEA servem para as atividades desenvolvidas pela SEDEC ou pelos MUNICÍPIOS no âmbito

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da GdR? o Como esses dados/informações estão estruturados e armazenados? o Existe alguma restrição da SEDEC quanto à estruturação dos

dados/informações do INEA de interesse a serem utilizados pela SEDEC? o Se e como se dará a integração metodológica de dados/informações entre as

instituições reais no âmbito da GdR, nesta relação? o Como se dará a efetivação de Protocolo de disponibilização/ cessão/

intercâmbio de dados pelas instituições envolvidas nesta relação? o Como se dará a efetivação de Protocolo interno para recebimento,

tratamento, armazenamento e uso dos dados obtidos/recebidos? o Como serão os procedimentos/processos de intercâmbio e fluxo de dados e

informações entre as instituições INEA e SEDEC, nesta relação? o Haverá protocolo de intercambio de dados e informações entre as instituições

identificadas nesta relação?

Op52. Formulação de protocolo de intercâmbio de dados/informações para a operação do Macroprocesso MP10, de apoio a ações locais de recuperação.

Op53. Definição de critérios técnicos, por parte do GT instituído, para diferenciar ações cuja finalidade é exclusiva de RECUPERAÇÃO, de ações que tenham, também, caráter de MITIGAÇÃO, isto é, de reduzir riscos.

Op54. Definição, pelo GT instituído, de procedimento para (a) promover atualização do Plano (Municipal) de Redução de Riscos em função das medidas de RECUPERAÇÃO e/ou MITIGAÇÃO executadas e (b) modo de sua aplicação.

Op55. Repasse, pelo GT instituído, dos produtos da medida operacional o54 e das medidas institucionais In35 a In37, ao grupo permanente para acompanhamento do Macroprocesso MP4, de Ações de Redução de Riscos (MITIGAÇÃO). Este grupo passa a acompanhar também o Macroprocesso MP10. Adotada esta medida, o MP10 é considerado implantado (Figura 16).

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Figura 16: Redesenho do Macroprocesso MP10

Todas as medidas propostas são tecnicamente viáveis, resultando em melhor articulação institucional e operacional. Algumas medidas de caráter técnico, associadas a sistemas de informação, também implicam em tecnologias amplamente dominadas.

A viabilidade política em princípio existe, na medida em que a proteção e defesa civil forem consideradas prioridade pelo Governo do Estado. Mesmo assim, o trabalho em cooperação, como proposto nestas medidas, pode sofrer obstáculos de natureza política que devem ser cuidadosamente contornados pela coordenação da proposta.

As considerações sobre a viabilidade financeira das medidas propostas para os Macroprocessos estão sintetizadas na Tabela 2. Elas indicam a necessidade ou não de alocação de recursos para a implantação das medidas. Os investimentos mencionados, embora requisitados para implantação dos macroprocessos, são de fato necessários para prover as instituições centrais – INEA, SEDEC e DRM – de recursos técnicos de que carecem atualmente. Cabe destacar que parte dos processos integrantes dos macroprocessos aqui apresentados está em andamento (projetos) e conta com verba alocada para sua execução, e parte corresponde a atividades de rotina. A novidade da proposição reside na articulação entre as instituições, promovendo uma melhoria no arranjo operacional, possibilitado por ajustes no arranjo institucional.

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Tabela 2: Viabilidade financeira para implementação dos Macroprocessos

MP Viabilidade financeira

01 Requer investimentos para o desenvolvimento / aprimoramento dos sistemas de informação previstos / existentes (SIRHERJ e SINDERJ), para o sistema de comunicação / integração entre os sistemas e para os sistemas de gerenciamento de projetos de GdR, investimentos estes a serem feitos em parte no INEA, em parte na SEDEC e em parte no DRM.

02 Requer investimentos para o desenvolvimento de metodologia em ambiente SIG para integração de dados/informações existentes (nas três esferas envolvidas na GdR) e geração de novas metodologias de análise espacial; investimentos a serem feitos parte no INEA e parte no DRM.

03 Custos operacionais (recursos humanos) para promover o arranjo institucional e o planejamento previstos.

04 Custos operacionais (recursos humanos) para promover o arranjo institucional e operacional.

05 Principalmente INEA e SEDEC estão fazendo investimentos importantes em monitoramento e alerta. A implantação do MP5 não implica em novos investimentos, apenas na execução do que já está aprovado, à exceção da mudança na regionalização da SEDEC, que terá algum custo operacional.

06 Custos operacionais (recursos humanos) para realizar o trabalho organizativo e de articulação interinstitucional do SIEDEC.

07 Custos operacionais (recursos humanos) para promover o arranjo institucional e operacional, e para promover a capacitação dos municípios.

08 Sem custos

09 Sem custos

10 Custos operacionais (recursos humanos) promover o arranjo institucional e operacional.

C. Sistema de Gestão de Riscos de Desastres

Uma vez implantadas todas as medidas arroladas e, desta forma, alcançado o aprimoramento do arranjo interno das instituições centrais (nível A) e o dos macroprocessos (nível B), inclusive com a participação de instituições correlatas, estarão criadas as condições de instituir a Política Estadual de Proteção e Defesa Civil, alinhada à Lei Federal nº 12.608/12.

Para isso, há que se voltar à Lei Federal nº 12.608/12, que em seu art. 3º, parágrafo único, estabelece que a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil deve integrar-se a outras políticas setoriais, tais como as políticas ambientais, de saúde, infraestrutura, habitação e educação. Objetivando atender essa orientação, procurou-se, por meio da matriz de competências, evidenciar as ações dos órgãos estaduais relacionadas à implantação das referidas políticas que poderiam contribuir para a GdR. Um resumo deste quadro de

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competências é apresentado na Tabela 3, em que a existência de alguma competência é indicada pela cor cinza. O significado da célula cinza pode ser lido no APÊNDICE.

Na formulação da Política Estadual de Proteção e Defesa Civil e no desenho do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, há que se definir as atribuições específicas de cada um dos órgãos estaduais que tem competências relativas a um ou outro componente da GdR, e que já estarão envolvidos na operação dos Macroprocessos (Nível B desta Proposição). As dificuldades de articulação entre os entes, que impedem, muitas vezes, o desenvolvimento e o sucesso de ações estratégicas de grande efeito na redução dos riscos, terão sido superadas mediante as estratégias adotadas no nível B.

Neste sentido, esta última medida, de instituição da Política e do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, constitui o corolário da presente Proposição. Uma condição essencial para o seu sucesso é que o arcabouço institucional que dá sustentação ao Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil conte com o apoio do centro de decisão do Estado, para viabilizar a interação dos diferentes setores envolvidos, inclusive a articulação com os Municípios.

INSTITUCIONAIS

In38. Formulação da Minuta de uma Política Estadual de Proteção e Defesa Civil, que inclua a definição das atribuições específicas de cada um dos órgãos estaduais que tem competências relativas a um ou outro componente da GdR, e que já estarão envolvidos na operação dos Macroprocessos, a ser discutida com todos os GTs criados para execução do PROGRAMA DE APRIMORAMENTO DA GESTÃO DE RISCO DE DESASTRES.

In39. Encaminhamento da Minuta da Política para aprovação do Conselho Estadual de Defesa Civil, e posteriormente para o Gabinete do Governador, para ser submetida à ALERJ.

In40. Implantação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil.

A implementação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil pode ser facilitada por diversas ações complementares, como:

Criação do Fórum Estadual de Proteção e Defesa Civil, com encontros anuais, para o compartilhamento de experiências e boas práticas sobre prevenção de desastres e redução de riscos a partir de medidas de sucesso adotadas pelos municípios fluminenses, fortalecendo assim a cultura de prevenção de riscos no ERJ;

Fortalecimento da produção de conhecimento técnico-científico relacionado ao tema dos desastres geohidrometeorológicos, de forma a fazer com que a informação produzida seja devidamente apropriada pela gestão pública;

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Implantação da gestão do conhecimento em Gestão de Riscos de Desastres, tanto nas instituições como no nível dos macroprocessos, visando dar sustentação a um processo interno de melhoria contínua da GdR.

Uma vez implantado, convém também estabelecer um “sistema de monitoramento” do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, conforme recomendação do Produto 3.

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Tabela 3: Competências dos órgãos estaduais considerados em relação às atividades fim (objetivos da PNPDEC) indicadas em cinza

Pro

cess

os

Gd

R Esfera

administrativa Órgãos estaduais Município Colegiados estaduais e por bacia hidrográfica

Órgãos Ações Fim (Art. 5º - objetivos da PNPDEC)

INEA SEDEC DRM SEOBRAS SEA4 SEH SEEDUC SES MUNICÍPIO CONEDEC GRAC CERHI CBHs

VII - Identificar e avaliar ameaças ...

? ?

XV - Integrar informações

? ?

IV - Incorporar redução riscos ...

? ? .

VI – Estimular cidades resilientes

? ?

X – Estimular ordenamento ...

? ?

XII - Estimular moradia ..

? ?

XIV - Orientar comportamento ..

? ?

I - Reduzir riscos de desastres

? ?

XI - Combater ocupação áreas ...

? ?

XIII - Desenvolver ? ?

4 Em virtude da dificuldade de se encontrar no sítio oficial do ERJ, leis ou atos do executivo (decretos) que estabelecem as competências da SEA e da SES, optou-se por assinalar as colunas

relativas a esses dois órgãos com um ponto de interrogação, pois embora na prática executem ações voltadas à GdR, não foi possível encontrar as referências normativas que justifiquem essa atuação.

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Pro

cess

os

Gd

R Esfera

administrativa Órgãos estaduais Município Colegiados estaduais e por bacia hidrográfica

Órgãos Ações Fim (Art. 5º - objetivos da PNPDEC)

INEA SEDEC DRM SEOBRAS SEA4 SEH SEEDUC SES MUNICÍPIO CONEDEC GRAC CERHI CBHs

consciência ...

IX - Produzir alertas ....

? ?

VIII - Monitorar eventos

? ?

XIV - Orientar comportamento ..

? ?

II - Prestar socorro e assistência

III - Recuperar áreas afetadas

? ?

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após três anos (2011-2014) de mudanças significativas e da consolidação de iniciativas adotadas pelas três instituições centrais, o Rio de Janeiro se encontra em um momento importante de aprofundamento do conhecimento de gestão de risco de desastres. Estes esforços, aliados às medidas aqui previstas, podem conduzir o Estado ao alcance de um sistema eficaz de gestão de riscos e de desastres, passando a ser uma referência nacional.

A PROPOSIÇÃO DE MELHORIAS NO ARRANJO INSTITUCIONAL E OPERACIONAL DA GDR DO ERJ aqui apresentada é composta de noventa e cinco medidas, das quais quarenta são institucionais e cinquenta e cinco são operacionais, assim distribuídas:

Das quarenta medidas institucionais, dezesseis atuam no nível A (das instituições técnico-científicas), vinte e uma atuam no nível B (dos Macroprocessos) e três no nível C (do Sistema como um todo);

Das cinquenta e cinco medidas operacionais, vinte e oito atuam no nível A (das instituições técnico-científicas) e vinte e sete no nível B (dos Macroprocessos).

Das quarenta e quatro medidas que atuam no nível A, doze atuam no INEA, vinte na SEDEC, sete no DRM e cinco no Núcleo de Ordenamento Territorial.

Das quarenta e oito medidas que atuam no nível B, cinco atuam no MP1, quatro no MP2, quatro no MP3, oito no MP4, oito no MP5, nove no MP6, duas no MP7 e oito no MP10.

A leitura da PROPOSIÇÃO evidencia uma forte interdependência das medidas que é sintetizada na Figura 17. Esta é a “rede” da PROPOSIÇÃO que, se implementada, vai viabilizar a transformação das redes atuais nas redes redesenhadas, e implementar, aos poucos, a Política Estadual de Proteção e Defesa Civil.

Observa-se, na Figura 17, que as propostas de implantação dos Macroprocessos aparentemente se articulam em dois grupos. O primeiro, o de cima, trata dos Macroprocessos que são considerados prioritários e que atualmente recebem muita atenção. O segundo é o dos Macroprocessos que ainda não recebem atenção sistemática. São indicadas também as medidas que condicionam e que são condicionadas por cada Macroprocesso, bem como quais instituições integram cada Macroprocesso. O encadeamento das medidas constitui a base para a elaboração do Plano de Trabalho para implantação da Proposição (Produto 6).

Certamente a elaboração do Plano de Ação (Produto 6) vai acrescentar mais algumas medidas ao conjunto, relativas à facilitação da implementação.

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Figura 17: Interdependência das medidas constantes da PROPOSIÇÃO

Vale lembrar que a PROPOSIÇÃO levou em consideração as recomendações feitas no Produto 3, que dizem respeito ao fortalecimento da atuação municipal na GdR. Neste sentido, o tópico (a) Definição da Política Estadual de Proteção e Defesa Civil e do Sistema

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Estadual de Proteção e Defesa Civil corresponde às medidas do Nível C; o tópico (b) Criticidade dos municípios para desastres de natureza geohidrometeorológica é sugerido ser tratado no âmbito do MP1; o tópico (c) Apoio aos municípios, é tratado no MP7; o tópico (d) Sistemas de monitoramento e alerta, corresponde ao MP5; e o tópico (e), Estabelecimento de um “sistema de monitoramento” do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, que é uma medida complementar do nível C.

Por fim, pode-se afirmar que os fatores mais importantes para o êxito do aprimoramento da GdR estão voltados à estruturação do arranjo institucional focado na GdR, ao compromisso político de execução das medidas propostas e ao efetivo envolvimento das instituições e seu corpo técnico no desenvolvimento e realização das atividades afetas à execução das medidas propostas. O diferencial no ERJ será a elaboração e realização de medidas em conjunto e não isoladas em cada instituição. Esta postura perpassa desde a integração das atividades e metodologias existentes até a proposição de novas metodologias e atividades, a serem desenvolvidas no âmbito da GdR, que considerem a integração escalar entre as três esferas de ação envolvidas - federal, estadual e municipal.

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APÊNDICE - Matriz de competências dos órgãos estaduais considerados em relação às atividades fim (objetivos da PNPDEC)

(nas próximas páginas)

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Pro

cess

os

Gd

R

Esfera administrativa

Órgãos estaduais Município Colegiados estaduais e por bacia hidrográfica

Órgãos Ações Fim

INEA SEDEC DRM SEOBRAS SEA1 SEH SEEDUC SES MUNICÍPIO CONEDEC GRAC CERHI CBHs

Ger

ar c

on

he

cim

ento

s

VII - Identificar e avaliar ameaças, suscetibilidades e vulnerabilidades a desastres, de modo a evitar ou reduzir sua ocorrência

Lei Estadual nº 5.745/10, art.3º, Lei Estadual nº 6.442/13, art. 3º, par.único e art. 7º.

Decreto Estadual nº 43.599/12, Art. 10, III e VIII.’.

Decreto Estadual nº 28.417/01, art. 22, I e IV e art. 24, I, II e III ; Lei Estadual nº 5.745/10, art.3º, Lei Estadual nº 6.442/13, art. 3º, par.único e art. 7º.

? ? Lei Estadual nº 6.442/13, art. 3º. Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, IV.

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 45, X e Decreto Estadual nº 44.115/13, art. 3º, VI.

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 55, II e III.

XV - Integrar informações

Lei Estadual nº 3.239/99, 32, I, art. 40, III e Decreto Estadual nº 41.628/09, art. 27.

Decreto Estadual nº 43.599/12, Art. 10, IV e XIV.

Decreto Estadual nº 40.923/07 Art. 1º e segs.

? ? Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, XIV.

Decreto Estadual nº 43.599/12 Art. 13, II

Pre

ven

ção

IV - Incorporar redução riscos na gestão territorial e no planejamento setorial

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 5º, I e III e Lei Estadual nº 5.101/07, art. 2º.

Decreto Estadual nº 43.599/12, Art. 10, VI.

Decreto Estadual nº 28.417/01, art. 22, I e art. 24, I (mapas de aptidão urbana).

? Lei Estadual nº

4.962/06, art. 2º , V e art. 7º, VI.

Decreto Estadual nº 41.347/08,

art. 1º, Anexo I, 1

(elaboração e execução Política Est. Educação)

e Lei Estadual nº

? Lei Estadual nº 6.442/13, art. 2º. Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, III.

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 45, X e Decreto Estadual nº 44.115/13, art. 3º, VI.

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 55, II e III.

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Pro

cess

os

Gd

R

Esfera administrativa

Órgãos estaduais Município Colegiados estaduais e por bacia hidrográfica

Órgãos Ações Fim

INEA SEDEC DRM SEOBRAS SEA1 SEH SEEDUC SES MUNICÍPIO CONEDEC GRAC CERHI CBHs

4.528/05, art. 67

(Plano Est. Educação).

VI – Estimular cidades resilientes

? ?

X – Estimular ordenamento uso solo, tendo em vista proteger vegetação, água e vidas humanas

Lei Estadual nº 5.101/07, art. 5º, I e VI.

? ? Lei Estadual nº 3.239/99, art. 55, XII.

XII - Estimular moradia em lugar seguro

? ?

XIV - Orientar comportamento prevenção

Decreto Estadual nº 28.417/01, art. 22, I e IV e art. 24, I, II e III.

? ? Decreto Estadual nº 43.599/12, art. 9º, III e VII.

Mit

igaç

ão

I - Reduzir riscos de desastres

Lei Estadual nº 5.107/07, art. 5º, XVII e Decreto Estadual nº 41.628/09, art. 26.

Decreto Estadual nº 43.599/12, Art. 10, VIII.

? ? Lei Fed 12.651/12 Art. 61-A, §17.

Decreto Estadual nº 43.599/12, art. 9º, III, VII e VIII.

Lei Fed 12.651/12 Art. 61-A, §17.

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Consórcio GITEC / IP/ CODEX REMOTE

Pro

cess

os

Gd

R

Esfera administrativa

Órgãos estaduais Município Colegiados estaduais e por bacia hidrográfica

Órgãos Ações Fim

INEA SEDEC DRM SEOBRAS SEA1 SEH SEEDUC SES MUNICÍPIO CONEDEC GRAC CERHI CBHs

XI - Combater ocupação áreas risco e promover realocação

Lei Estadual nº 5.107/07, art. 5º, II.

? Lei Estadual nº

5.745/10, art. 1º e Lei Estadual nº 6.442/13,

art. 8º.

? Lei Estadual nº 6.442/13, art. 8º. Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, V e VII.

XIII - Desenvolver consciência riscos desastres

Decreto Estadual nº 43.599/12 art. 10, VII.

? Lei nº 3.970/02 Art. 2º,

par.único. Lei Fed. nº 9.394/96,

art. 26, §7º.

? Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, IX.

Pre

par

ação

IX - Produzir alertas antecipados

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 40, VI e Lei Estadual nº 5.101/07, art. 5º.

? ? Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, IX e XIV.

VIII - Monitorar eventos

Lei Estadual nº 3.239/99, 32, I, art. 40, III e Decreto Estadual nº 41.628/09, art. 27.

Decreto Estadual nº 43.599/12 art. 10, XV.

? ?

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Consórcio GITEC / IP/ CODEX REMOTE

Pro

cess

os

Gd

R

Esfera administrativa

Órgãos estaduais Município Colegiados estaduais e por bacia hidrográfica

Órgãos Ações Fim

INEA SEDEC DRM SEOBRAS SEA1 SEH SEEDUC SES MUNICÍPIO CONEDEC GRAC CERHI CBHs

XIV - Orientar comportamento resposta

Decreto Estadual nº 43.599/12 art. 10, X, XI, XV e XVI.

? ? Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, VI, IX, X , XI e XV.

Decreto Estadual nº 43.599/12, art. 9º, VI .

Decreto Estadual nº 43.599/12 Art. 13, IV e V.

Res

po

sta

II - Prestar socorro e assistência

Lei Estadual nº 3.239/99, art. 40, VI e Lei Estadual nº 5.101/07, art. 5º.

Decreto Estadual nº 43.599/12 art. 10, I e IX.

Decreto Estadual nº 43.599/12, art. 15. Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º,VIII, XII , XIV e XVI.

Decreto Estadual nº 43.599/12, art. 9º, VI .

Decreto Estadual nº 43.599/12 Art. 13, I, III, IV e V

Rec

up

e-ra

ção

III - Recuperar áreas afetadas

? ? Decreto Estadual nº 43.599/12, art. 15. Lei Fed. nº 12.608/12, art. 8º, XIII.

Decreto Estadual nº 43.599/12 art. 9º, VII.

1 Em virtude da dificuldade de se encontrar no sítio oficial do ERJ, leis ou atos do executivo (decretos) que estabelecem as competências da SEA e da SES, optou-se por assinalar as colunas

relativas a esses dois órgãos com um ponto de interrogação, pois embora na prática executem ações voltadas à GdR, não foi possível encontrar as referências normativas que justifiquem essa atuação.