estudo das interacoes da cadeia de turismo e cultura rmr

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TURISMO E CULTURA NA RMR Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Turismo e Cultura da Região Metropolitana do Recife Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra Thiago Suruagy de Melo

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TURISMO E CULTURA NA RMR

Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Turismo e Cultura

da Região Metropolitana do Recife

Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra

Thiago Suruagy de Melo

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Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / www.pe. sebrae.com.br

Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

Conselho Deliberativo – Pernambuco

Associação Nordestina da Agricultura e Pecuária – Anap

Banco do Brasil – BB Banco do Nordeste – BNB

Caixa Econômica Federal – CEF

Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco – Faepe

Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco – Facep

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco – Fecomércio

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe

Instituto Euvaldo Lodi – IEL

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco – SDEC

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/PE

Universidade de Pernambuco – UPE

Presidente

Josias Albuquerque

Diretor Superintendente

José Oswaldo de Barros Lima Ramos

Diretora Técnica

Ana Cláudia Dias Rocha

Diretora Administrativo-financeira

Adriana Tavares Côrte Real Kruppa

Comissão de Editoração Sebrae Pernambuco

Angela Miki Saito

Carla Andréia Almeida

Eduardo Jorge de Carvalho Maciel Fábio Lucas Pimentel de Oliveira

Janete Evangelista Lopes

Jussara Siqueira Leite

Unidade de Setores Econômicos

Alexandre Alves (gerente)

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo (analista) Maria das Graças Alves Bezerra (analista) Thiago Suruagy de Melo (analista) Thaís Fonteles de Azevêdo Dias (estagiária) Twanny Emmanuelly Gomes de Oliveira (estagiária)

Projeto gráfico e diagramação

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo - Unidade de Setores Econômicos

Consultoria

CEDES – Consultoria e Planejamento Ecio de Farias Costa (diretor)

©2016. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Pernambuco – Sebrae/PE. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

Informações e contato

Sebrae/ PE – Unidade de Setores Econômicos

Rua Tabaiares 360 – Ilha do Retiro – Recife

Fone: +55 81 2101.8400 / Fax: +55 81 2101.8500

Internet: www.sebrae.com.br www.pe.sebrae.com.br

ALVES, Alexandre Rodrigues [et al] TURISMO E CULTURA: Estudo das interações entre os

pequenos negócios na Cadeia de Valor de Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife / Alexandre Rodrigues Alves, Ecio de Farias Costa, Evelyne Labanca Corrêa de Araújo, Maria das Graças Alves Bezerra, Thiago Suruagy de Melo – Recife: Sebrae, 2016. 60 p.

ISBN 000-00-00000-00-0

1. Cadeia de Valor. 2. Território. 3. Pequenos negócios. 4. SEBRAE. I Alves, Alexandre Rodrigues. II Costa, Ecio de Farias. III Araújo, E. L. C. IV Bezerra, Maria das Graças Alves. V Melo, Thiago Suruagy.

CDD 000.00

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios, o SEBRAE Pernambuco apresenta um estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife (RMR). Para efeito de análise, definiu-se como área de estudo o território de abrangência da Unidade de Negócios da RMR do SEBRAE PE, com alguma variação de municípios em relação à territorialização definida pelo Governo de Pernambuco e outros órgãos oficiais.

O estudo aborda questões relativas à segmentação das atividades da Cadeia de Valor, desde a produção de insumos agrícolas e outras matérias primas, passando pelo beneficiamento de produtos, distribuição, comercialização, e prestação de serviços. Ainda, este estudo revela a concentração dessas empresas por município de Pernambuco, permitindo uma compreensão da especialização territorial.

Nesse sentido, o trabalho foi desenvolvido a partir de um escopo metodológico simples e objetivo, com base nas seguintes atividades:

Pesquisas nas bases de dados da Receita Federal, do IBGE, das associações empresariais e de classe, DIEESE, Agência CONDEPE/ FIDEM, e demais órgãos e instituições relacionados à Cadeia de Valor de Turismo e Cultura (como centros de pesquisas, sindicatos, entre outros), visando consolidar um retrato das atividades do Turismo e Cultura no contexto nacional, regional e principalmente local, do território em questão;

Entrevistas a atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor do Turismo e Cultura como governos, associações, sindicatos, entidades e lideranças empresariais, formais e informais dos diversos segmentos, buscando identificar a percepção desses atores sobre os seus negócios, suas perspectivas de atuação e de crescimento, suas potencialidades, lacunas de desenvolvimento e capacidade de interação no território;

Incorporação dos conhecimentos e aprendizagem dos projetos do SEBRAE para as atividades da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura.

Este documento é dividido em cinco partes, mais Apêndice.

A parte 1 conceitua o que o SEBRAE Pernambuco entende por Cadeia de Valor do Território. A parte 2 trata da caracterização da Cadeia do Turismo e Cultura. São aqui explorados dados econômicos e espacialização das atividades, com ênfase na Região Metropolitana do Recife, finalizando com uma análise da Cadeia de Valor realizada com suporte da metodologia SWOT.

Cadeia de Valor do TURISMO E CULTURA

Região Metropolitana do Recife

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

A parte 3 traz um conjunto de diretrizes de atuação para a Cadeia de Valor de Turismo e Cultura no território da Região Metropolitana do Recife. Cada uma dessas diretrizes é desdobrada em um subconjunto de recomendações diretas, categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente impactado – ambiente empresarial, ambiente setorial e ambiente sistêmico – sendo identificados também potenciais parceiros, para pautar a atuação integrada na Cadeia de Valor. De modo a concluir o estudo, a parte 4 traz as considerações finais, sintetizando questões reveladas ao longo do trabalho, e a parte 5 reúne as principais referências bibliográficas utilizadas.

Os apêndices trazem (i) um conjunto de mapas com a espacialização dos pequenos negócios de Turismo e Cultura em Pernambuco, inclusive por camada de agregação de valor, e (ii) um formulário de questionário para ser aplicado anualmente com os pequenos negócios visando o acompanhamento da evolução da Cadeia de Turismo e Cultura.

Com esse estudo, o SEBRAE Pernambuco tem satisfação de se colocar mais uma vez como parceiro dos brasileiros, dentro de sua missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, fomentando o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional.

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SUMÁRIO

1 O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco? 7

2 A Cadeia de Valor do Turismo e Cultura 11

2.1 A Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife em números 12

2.2 Matriz SWOT da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife 22

3 Diretrizes e recomendações para melhoria da interação entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife

28

3.1 Difusão e expansão da comercialização do artesanato como expressão da cultura local 29

3.2 Fortalecimento da diversidade da produção do artesanato 30

3.3 Melhoria do processo de distribuição e logística e o desenvolvimento de embalagens 31

3.4 Identificação e otimização dos mecanismos e sistemas de gestão financeira dos pequenos negócios 31

3.5 Difusão dos mecanismos de informação sobre os equipamentos turísticos e capacitação dos guias turísticos 32

3.6 Melhoria da mobilidade do turista no território 33

3.7 Necessidade de reestruturação e modernização do Centro de Convenções de Pernambuco (CECON-PE), além da criação de novos minicentros

34

3.8 Utilização da internet para comercialização e divulgação 35

3.9 Fortalecimento do turismo de eventos no território 36

3.10 Estimulo à maior interação entre o polo gastronômico da RMR e o turismo da região 36

3.11 Apoio a Intensificação do turismo médico na Região Metropolitana do Recife 37

3.12 Apoio à presença digital dos pequenos negócios do Turismo 38

3.13 Difusão dos canais de comunicação com os pequenos negócios relacionados à música, cinema e audiovisual locais

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

3.14 Apoio a Intensificação do turismo de compras na Região Metropolitana do Recife 40

3.15 Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura 41

4 Considerações finais 43

5 Referências 45

Apêndices 46

I CNAE que compõem a Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife, por Camada de Agregação de Valor, em março de 2016.

47

II. Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife

50

III. Questionário para aplicação com pequenos negócios da do Turismo e Cultura 55

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1. O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco?

Para efeitos desse estudo, o SEBRAE Pernambuco adota como entendimento de Cadeia de Valor do Território um conjunto de atividades econômicas fortemente relacionadas (incluindo empresas, setores e segmentos afins), constituído a partir da geração de valor para os pequenos negócios nele localizado1. Essas diversas atividades econômicas se articulam de modo integrado, em uma lógica produtiva, indo desde o fornecimento da matéria prima, passando pela transformação, distribuição, comercialização até a prestação de diversos serviços relacionados às várias fases de produção até o produto acabado.

O que diferencia essa abordagem de outras duas frequentemente utilizadas pelo Sistema SEBRAE (Arranjo Produtivo Local e Encadeamento Produtivo), é a maneira como essas diversas atividades se relacionam e inserem sua dinâmica, competitividade e sustentabilidade no território. (Quadro 1).

Arranjo Produtivo Local (APL) Encadeamento Produtivo Cadeia de Valor do Território

Aglomeração de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como governos, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Estratégia de promoção da inserção de pequenos negócios em cadeias produtivas de grandes empresas, por meio de relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes, que tem como estratégia aumentar à competitividade, a cooperação, a competência tecnológica e de gestão das empresas.

Conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas ou insumos, fornecedores de componentes ou serviços, produção (fabricação ou serviços), distribuição e varejo, consumo, atividades de pós-vendas, como assistência técnica e manutenção, até a coleta, eventual reciclagem de materiais e a destinação final.

QUADRO 1: Síntese dos conceitos de Arranjo Produtivo Local (APL), Encadeamento Produtivo e Cadeia de Valor, segundo entendimento do Sistema SEBRAE.

Fonte: SEBRAE, Arranjo Produtivo Local (2016). SEBRAE, Programa Nacional de Encadeamento Produtivo (2016). SEBRAE. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas (2016).

1 Baseado em Porter (1989).

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Na Cadeia de Valor do Território, as possibilidades de agregação de valor aos pequenos negócios devem ser desenvolvidas considerando três fatores:

(i) A interação física – a proximidade desempenhando papel relevante para os pequenos negócios, permitindo que eles atuem conjuntamente tanto para comprar e vender, mas também para agregar outras instituições, públicas ou privadas, de ensino, pesquisa e fomento, de modo a preencher lacunas de desenvolvimento que por ventura existam no território em questão.

(ii) A interação produtiva – o que é produzido nesse território, e como esses insumos e produtos podem primeiramente circular entre eles, diminuindo distâncias, otimizando custos e processos e, principalmente, gerando aprendizado a partir do conhecimento dos requisitos específicos de cada segmento e estágio de produção.

(iii) A interação social – quem produz e quem consome nesse território, como aproximar essas pessoas dentro de uma lógica de diminuição das distâncias entre oferta e demanda, inclusive identificando as lacunas para novos serviços e suprindo mercados existentes ainda não explorados.

Ou seja, na abordagem de Cadeia de Valor do Território, destaca-se a interação entre os agentes produtivos como aspecto mais relevante a ser tratado, primeiramente dentro de uma mesma Cadeia de Valor, mas também observando as potenciais relações com outras. Essa abordagem permite mudar o paradigma de territórios viáveis para territórios colaborativos, integrados, competitivos e, cada vez mais, sustentáveis.

A percepção da oportunidade de se trabalhar sob essa abordagem partiu de um estudo de localização das atividades econômicas dos pequenos negócios realizado pelo SEBRAE Pernambuco em 2015. Foram seis as Cadeias de Valor identificadas, cujo estudo foi desenvolvido a partir de uma estrutura metodológica simples e clara, descrita a seguir.

1ª. Etapa: Primeiro, foi feito um enquadramento preliminar dos municípios por região de atuação do SEBRAE/ PE, de modo a facilitar tanto na análise como nas recomendações de atuação territorial do SEBRAE e parceiros.

2ª. Etapa: Em seguida, foi realizada uma identificação das empresas optantes pelo SIMPLES na base da Receita Federal, considerando o CNAE da atividade econômica predominante desses pequenos negócios.

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3ª. Etapa: Nessa etapa, foi feita uma seleção das atividades econômicas mais relevantes no território, com maior número de empresas, de modo a permitir um retrato da base produtiva desses pequenos negócios no estado.

4ª. Etapa: Feito isso, foi realizada uma análise dessas atividades de modo a identificar aquelas que, por afinidade, se agregam em torno de grandes áreas temáticas de mercado, as chamadas Cadeias de Valor. A ideia é compreender, para fins dessa agregação, todo o processo de produção de insumos, de distribuição e transformação desses insumos em produto beneficiado, de comercialização e uso, bem como os serviços inerentes a cada etapa produtiva, inclusive de manutenção e engenharia reversa. Assim, seis Cadeias de Valor foram identificadas em Pernambuco, passíveis de serem trabalhadas de modo diferenciado pela relevância das atividades no território, e pela quantidade de empresas envolvidas. São elas: (i) Alimentos e Bebidas, (ii) Automotiva, (iii) Bem Estar, (iv) Construção Civil, (v) Moda e Confecção, e (vi) Turismo e Cultura.

5ª. Etapa: Identificados e selecionados o quantitativo de pequenos negócios por atividade econômica e por município nas Cadeias de Valor, foi realizado o enquadramento por faixas de quantidade de empresas, seguido do georreferenciamento dessas atividades econômicas por município. O resultado foram 36 mapas temáticos, seis por Cadeia, com a quantidade total de pequenos negócios optantes pelo Simples em Pernambuco, por município em cada Cadeia de Valor, compreendendo as atividades econômicas (CNAE) predominantes a cada uma delas relacionadas.

6ª. Etapa: Uma vez sintetizados os resultados revelados por esse mapeamento, por território de abrangência das unidades regionais do SEBRAE em Pernambuco em cada uma das camadas de agregação de valor, foi possível a elaboração de estudos específicos de Cadeias de Valor por territórios de abrangência das Unidades Regionais do SEBRAE Pernambuco.

Isso posto, a Cadeia de Valor de Turismo e Cultura na RMR é objeto deste documento. Para sua priorização, foram considerados os seguintes critérios na análise:

(i) Existência de pequenos negócios nas atividades relacionadas ao de Turismo e Cultura na RMR;

(ii) Grande potencial de agregação de valor a esses pequenos negócios pela rica cultura local, potencializando o capital cultural da região;

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(iii) Grande potencial de desenvolvimento tecnológico, inovação e renovação constante da cena cultural local, podendo refletir em diversos produtos e serviços correlatos às experiências turísticas no território;

(iv) Transversalidade e complementaridade do tema de Turismo e Cultura com as demais Cadeias de Valor identificadas;

(v) Forte conexão e impacto de suas atividades produtivas com questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

Por fim, com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios de Pernambuco, a Cadeia de Valor de Turismo e Cultura na RMR é discutida a seguir.

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2. A Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

A Cadeia do Turismo e Cultura pode ser compreendida como um ciclo contínuo de interação de atividades econômicas no território, visando ao desenvolvimento e entrega de produtos e serviços. Essas atividades são compreendidas em cinco Camadas de Agregação de Valor, reveladas pela natureza das atividades em questão – seja de extração e/ou produção de insumos (matéria prima), de transformação, de distribuição de bens, produtos e serviços, de comercialização de produtos acabados, e também de prestação de serviços específicos. Ou seja, constituem um ciclo contínuo de interação entre os cinco grupos de atividades econômicas análogas e predominantes no território, relacionando-se de modo direto entre si. Ainda, possuem grande poder de integração local, potencializando a inovação e sustentabilidade tanto da própria Cadeia de Valor como do local onde ela se insere.

Esse ciclo é ilustrado de modo simplificado a seguir.

FIGURA 1: Diagrama síntese da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura. Fonte: Elaboração dos autores.

território

Distribuição de produtos

Comercialização de produtos

Beneficiamento de produtos

Extração/ produção in

natura

Serviços especializados

sustentabilidade

ino

vaçã

o

inte

raçã

o

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As Camadas de Agregação de Valor compreendem as atividades econômicas predominantes, descritas resumidamente da seguinte forma:

Extração/ produção in natura: Predominância de produção de matéria prima para artesanato e instrumentos musicais, tais como: barro; fibras e sementes; madeiras; e atividades semelhantes.

Beneficiamento de produtos: Predominância de atividades industriais e de transformação, tais como: tecelagens; olarias; fabricação de instrumentos e equipamentos musicais; e atividades semelhantes.

Distribuição de produtos: Predominância de atividades de distribuição e logística, tais como: comércio atacadista; representações comerciais; distribuidoras; e atividades semelhantes.

Comercialização de produtos: Predominância de atividades de comercialização de produtos acabados, tais como: obra de arte; equipamentos musicais; e atividades semelhantes.

Serviços de Turismo e Cultura: Predominância de atividades de serviços de hospedagem e culturais, tais como: receptivos turísticos; agências de viagem; produção audiovisual e musical; artes cênicas; restauro e conservação de obras de arte; discotecas; casas de espetáculos.

2.1. A Cadeia de Valor de Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife (RMR) em números

Em Pernambuco, são 6.902 pequenos negócios Optantes pelo Simples Nacional na Cadeia de Valor de Turismo e Cultura. A Região Metropolitana do Recife possui uma grande importância relativa nesse contexto, sendo responsável por mais da metade de todos os empreendimentos desse porte no estado.

A distribuição da quantidade de empresas por camadas de agregação de valor revelou também o peso da prestação de serviços que, sozinha, corresponde a 98,5% de toda a Cadeia na RMR e mais da metade em relação ao total desta no estado (Tabela 1).

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

Tabela 1: Quantidade de pequenos negócios por camada de agregação de valor da Cadeia de Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Camadas de agregação de valor

Quantidade de pequenos negócios

PE RMR % do

estado

Extração/ produção in natura 0 0 -

Beneficiamento de produtos 55 38 69,0

Distribuição de produtos 3 0 -

Comercialização de produtos 121 66 54,5

Prestação de serviços turísticos e culturais 11.148 6.798 60,0

Total 11.327 6.902 60,9

As atividades relacionadas ao Turismo e a Cultura, isoladamente, não se configuram como das com mais quantidade de pequenos negócios da Região do RMR. No entanto, elas se relacionam de forma direta com outras cadeias que desempenham papeis de grande importância na região, como a de Alimentos e Bebidas, e Construção Civil, por exemplo. (Gráfico 1).

Fonte: SEBRAE/ PE (2016), com informações da Receita Federal (2016).

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

TURISMO E CULTURA

1.965

2.009

2.241

2.319

2.359

2.569

3.171

3.196

3.242

3.245

3.677

3.874

4.897

8.007

11.749

1.737

967

1.952

1.991

2.057

2.455

3.050

3.127

2.796

1.551

3.157

2.253

3.564

7.276

9.655

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

15. Atividades de Estética e outros serviços de cuidadoscom a beleza

14. Comércio varejista de materiais de construção emgeral

13. Instalação e manutenção elétrica

12. Reparação e manutenção de computadores e deequipamentos periféricos

11. Serviços de organização de feiras, congressos,exposições e festas

10. Obras de alvenaria

9. Fornecimento de alimentos preparadospreponderantemente para consumo domiciliar

8. Serviços ambulantes de alimentação

7. Comércio varejista de cosméticos, produtos deperfumaria e de higiene pessoal

6. Restaurantes e similares

5. Comércio varejista de bebidas

4. Comércio varejista de mercadorias em geral, compredominância de produtos alimentícios -…

3. Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares

2. Cabeleireiros, manicure e pedicure

1. Comércio varejista de artigos do vestuário eacessórios

Gráfico 1: Principais atividades econômicas da Região Metropolitana do Recife- 2016.

Fonte: Receita Federal (2016).

MEI Optantes pelo Simples (MEI, ME e EPP)

MODA E CONFECÇÃO

BEM ESTAR

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS

E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

BEM ESTAR

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS

E BEBIDAS

CONSTRUÇÃO CIVIL

SERVIÇOS

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

BEM ESTAR

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

Além de ser a maior metrópole do Nordeste, a Região Metropolitana do Recife (RMR) é um dos maiores referenciais turísticos do Brasil. Recife e Olinda formam um grande acervo turístico do estado de Pernambuco, porque possuem um repertório turístico e cultural dinâmico. Esse repertório inclui praias, reservas históricas, museus, oficinas de arte, culinária própria, e festas massivas como o carnaval e as festas juninas.

A Região Metropolitana do Recife conta com 141 atrações entre igrejas, capelas, casas de engenho, museus, fortalezas, sítios históricos e estações ferroviárias (Fundarpe, 2016). As Cidades de Recife e Olinda juntas compreendem mais de 70% desse patrimônio. Grande parte das atrações turísticas possui mais de um século de existência e, devido à ação de depreciação natural, precisa de investimentos para conservação e manutenção.

A Região dispõe também de atrativos ambientais, são mais de 20 diferentes reservas ecológicas, parques, jardins e cachoeiras, além de belíssimas praias ao longo do litoral. Para o desenvolvimento cultural, a RMR conta com mais 64 projetos culturais de entidades voltadas à disseminação da história e da cultural local.

Apesar de todos os atrativos turísticos da região, Pernambuco ainda se encontra na nona posição entre os estados brasileiros mais visitados pelos turistas estrangeiros, segundo Ministério do Turismo (2016). A Capital do Estado de Pernambuco trouxe apenas 1,05% do total de turistas estrangeiros que chegaram ao Brasil em 2015 (Tabela 1). Vale destacar a representatividade do Porto do Recife, onde 17,11% dos estrangeiros que chegaram ao Brasil por via marítima, aportaram em Pernambuco, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (56,15%). Outro fato relevante é a importância do modal marítimo em relação ao total de turistas que desembarcaram no estado de Pernambuco (14,43%), efeito de um grande número de transatlânticos que tem escolhido o Estado de Pernambuco como destino.

Do total de estrangeiros que chegaram ao Estado de Pernambuco, 70,9% são europeus de origem alemã, italiana, portuguesa e francesa. Em seguida, Argentinos e Americanos são os que mais vistam o Estado de Pernambuco, com 12,5% e 8,7%, respectivamente. Em 2014, houve um acréscimo de estrangeiros oriundos de países como o México, Estados Unidos e Itália devido à Copa do Mundo sediada no Brasil, fato este por consequência de que o Estado de Pernambuco sediou jogos das seleções desses países durante a Copa do Mundo de 2014 (Tabela 2).

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

Tabela 2: Chegadas de turistas ao Brasil por vias de acesso, segundo as principais Unidades da Federação.

Unidades da Federação

Chegadas de Turistas

Total Vias de acesso

Aérea Marítima Terrestre Fluvial

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015

(%) Pernambuco/ Brasil

1,21% 1,05% 1,36% 1,31% 24,88% 17,11% 0 0 0 0

Brasil 6.429.852 6.305.838 4.540.509 4.318.429 65.572 55.879 1.795.612 1.870.626 64.159 60.904

São Paulo 2.219.917 2.219.735 2.219.735 2.248.242 182 569 - - - -

Rio de Janeiro 1.597.153 1.375.978 1.569.611 1.344.599 27.542 31.379 - - - -

Rio Grande do Sul

907.669 1.080.478 97.226 77.600 - 1.674 769.782 960.726 40.661 40.478

Paraná 837.046 758.973 55.300 56.305 - 50 781.746 701.810 - 808

Santa Catarina 156.976 149.133 69.277 69.302 14.634 217 73.065 79.614 - -

Bahia 145.660 151.660 142.501 142.249 3.159 9.411 - - - -

Distrito Federal

100.063 107.208 100.063 107.208 - - - - - -

Ceará 85.025 78.711 82.413 75.903 2.612 2.808 - - - -

Pernambuco 78.075 66.232 61.762 56.670 16.313 9.562 - - - -

Mato Grosso do Sul

61.999 56.601 - 609 - - 61.999 55.429 - -

Minas Gerais 50.916 47.929 50.916 47.929 - - - - - -

Amazonas 50.032 50.290 40.344 42.264 - - 9.688 8.026 - -

Rio Grande do Norte

38.014 28.580 36.885 28.517 1.129 63 - - - -

Pará 14.813 20.708 12.075 19.932 - - - - 2.738 776

Fonte: Receita Federal (2016).

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Tabela 3: Chegadas de turistas ao Brasil por vias de acesso, segundo continentes e países de residência permanente,

2014-2015.

Continentes e países de residência permanente

Chegadas de turistas

Total Vias de acesso

Aérea Marítima

2014 2015 2014 2015 2014 2015

Total 78.075 66.232 61.762 56.670 16.313 9.562

África 285 627 253 590 32 37

Angola 105 26 105 26 - -

África do Sul 12 29 6 20 6 9

Cabo Verde 5 419 5 419 - -

Outros países da África 163 153 142 125 26 15

América Central e Caribe 1.741 1.057 1.732 1.049 9 8

Costa Rica 579 146 579 146 - -

Panamá 352 259 351 253 1 6

Cuba 190 314 190 313 - 1

Guatemala 280 95 280 95 - -

Outros países da América Central e Caribe 340 243 802 242 8 1

América do Norte 17.177 6.949 14.647 6.665 2.530 284

Estados Unidos 10.527 5.788 8.314 5.600 2.213 188

México 5.487 734 5.483 728 4 90

Canadá 1.163 427 850 337 313 6

América do Sul 4.445 9.730 2.530 8.812 1.915 918

Argentina 2.792 8.345 977 7.493 1.815 852

Colômbia 624 474 622 472 2 2

Venezuela 581 213 581 209 - 4

Outros países da América do Sul 448 698 350 638 98 60

Ásia 959 605 857 501 102 104

Japão 366 112 363 105 3 7

Israel 165 144 127 88 38 56

China 92 59 57 53 35 6

Outros paises da Ásia 336 290 310 255 26 35

Europa 53.242 46.995 41.566 38.957 11.676 8.038

Alemanha 12.564 8.823 9.647 7.330 2.917 1.493

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Itália 9.747 8.660 7.721 7.579 2.026 1.081

Portugal 7.849 8.175 7.716 8.037 133 138

França 4.587 5.075 3.484 3.882 1.103 1.193

Suíça 3.976 3.174 2.726 2.607 1.250 567

Espanha 3.500 2.938 2.296 2.371 1.204 567

Inglaterra 2.962 3.441 1.905 1.578 1.057 1.863

Outros paises da Europa 8.057 6.709 6.071 5.573 1.986 1.136

Oceania 226 269 177 96 49 173

Austrália 186 228 145 69 41 159

Nova Zelândia 40 41 32 27 8 14

Outros países da Oceania - - - - - -

Fonte: Ministério do Turismo (2016).

O papel do segmento de hotelaria na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura é fundamental para a consolidação da RMR na rota turística do País. Segundo dados de 2014 disponibilizados pelo Ministério do Turismo (2016), Pernambuco é o 9º maior estado na quantidade de leitos disponíveis em toda rede hoteleira (Tabela 4).

Tabela 4: Oferta hoteleira, cadastrada no Ministério do Turismo, segundo as grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2013-2014.

Grandes Regiões e Unidades da Federação

Oferta hoteleira (Leitos)

2013 2014

Brasil 835.747 955.557

Norte 51.793 53.982

Acre 5.609 6.326

Amapá 1.200 859

Amazonas 17.044 20.212

Pará 15.266 15.386

Rondônia 4.474 4.067

Roraima 1.252 1.186

Tocantins 6.948 5.946

Nordeste 219.765 257.890

Alagoas 20.955 25.202

Bahia 68.129 86.101

Ceará 29.069 35.550

Maranhão 14.799 13.454

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Paraíba 16.062 12.315

Pernambuco 30.006 35.800

Piauí 6.797 6.049

Rio Grande do Norte 26.081 35.135

Sergipe 7.867 8.284

Sudeste 278.896 339.261

Espírito Santo 27.701 25.439

Minas Gerais 55.601 73.501

Rio de Janeiro 87.553 91.353

São Paulo 108.041 148.968

Sul 166.246 173.865

Paraná 56.463 58.864

Rio Grande do Sul 62.775 69.995

Santa Catarina 47.008 45.006

Centro-Oeste 119.047 130.559

Distrito Federal 12.835 28.263

Goiás 60.640 53.597

Mato Grosso 20.069 21.553

Mato Grosso do Sul 25.503 27.146

Fonte: Ministério do Turismo (2016).

O chamado turismo de negócios tem parcela fundamental no aumento da quantidade de leitos ofertados no Estado. O Estado de Pernambuco tem forte representação nesta modalidade turística. Nos últimos dois anos, o Estado de Pernambuco ultrapassou os estados do Rio Grande do Sul e Espírito Santo, alcançando a 10º posição na quantidade de empresas organizadoras de eventos cadastradas no Ministério do Turismo (Tabela 5).

Tabela 5: Organizadoras de eventos (congressos, convenções e congêneres) cadastradas no Ministério do Turismo, segundo Grandes Regiões e Unidades da Federação.

Grandes Regiões e Unidades da Federação

Organizadoras de eventos

2012 2013 2015 Var. 12/15 Var. 13/15

Brasil 1.498 1.957 2.285 52,5% 16,8%

São Paulo 159 211 329 106,9% 55,9%

Rio de Janeiro 140 185 220 57,1% 18,9%

Minas Gerais 151 189 205 35,8% 8,5%

Distrito Federal 116 151 176 51,7% 16,6%

Ceará 89 135 158 77,5% 17,0%

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Paraná 126 156 133 5,6% -14,7%

Santa Catarina 107 106 131 22,4% 23,6%

Goiás 95 141 130 36,8% -7,8%

Bahia 75 92 129 72,0% 40,2%

Pernambuco 53 66 94 77,4% 42,4%

Rio Grande do Sul 57 68 83 45,6% 22,1%

Espírito Santo 67 96 74 10,4% -22,9%

Mato Grosso do Sul 40 50 59 47,5% 18,0%

Pará 31 35 50 61,3% 42,9%

Maranhão 26 29 41 57,7% 41,4%

Amazonas 15 34 40 166,7% 17,6%

Sergipe 20 30 37 85,0% 23,3%

Paraíba 20 31 33 65,0% 6,5%

Rio Grande do Norte 28 30 33 17,9% 10,0%

Alagoas 15 23 32 113,3% 39,1%

Mato Grosso 33 34 29 -12,1% -14,7%

Piauí 9 14 17 88,9% 21,4%

Amapá 10 12 15 50,0% 25,0%

Acre 5 8 14 180,0% 75,0%

Roraima 3 20 12 300,0% -40,0%

Tocantins 6 8 8 33,3% 0,0%

Rondônia 2 3 3 50,0% 0,0%

Fonte: Ministério do Turismo (2016).

“Pernambuco desponta neste mercado, mas precisa descontruir algumas práticas. Abandonar alguns modelos retrógrados para adotar novos conceitos, treinando a mão de obra operacional e gerencial também. O estado tem tudo para competir de igual para igual com outros destinos já consolidados no segmento do turismo de negócios”, considera Edmundo Monteiro de Almeida – vice-presidente da Associação de Marketing Promocional (AMPRO) em entrevista concedida.

O Recife Convention & Visitors Bureau (RCVB) vem fazendo a promoção do Estado de Pernambuco, conquistando de forma constante maiores parcelas do market share do Nordeste para o turismo de negócios e eventos. “O trabalho que estamos fazendo é de longo prazo e foi dividido em cinco etapas. Nossa meta é mostrar que Pernambuco tem infraestrutura e credibilidade para sediar eventos de vários tamanhos e em segmentos diversos. Fizemos uma pesquisa detalhada de mercado, seguida pela indicação de empresas com potencial de realização

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de eventos e congressos, produzimos um material completo de divulgação, incluindo detalhamento de cada equipamento turístico e agora convidamos estas pessoas a conhecerem melhor o que o estado tem a oferecer”, detalhou Tatiana Menezes, diretora-executiva do Recife Convention & Visitors Bureau (RCVB) em entrevista concedida.

No início de 2016, a companhia Azul Linhas Aéreas anunciou a instalação de um novo Hub no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife (Diário de Pernambuco, 2016). Com 08 novos voos diários adicionais e ligações sem escala para 12 novos destinos, Recife passou a ser assim, a única capital do Nordeste que possui conexões diretas para todas as capitais dos demais estados do Nordeste. Desta forma, o Estado passa a vislumbrar novas oportunidades no desenvolvimento de seu turismo e de toda a Cadeia de Valor de Turismo e Cultura, que está diretamente interligada. Este impacto é sentido, principalmente, no turismo de negócios – já que a Azul ligará outros grandes centros urbanos do Brasil, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.

A RMR possui uma das melhores e mais atrativas praças turísticas do Nordeste. Os problemas internos de mobilidade e falta de especialização da mão-de-obra são fatores negativos para o crescimento da Cadeia de Valor, porém com esforços voltados para resolver esses gargalos, o mercado coloca Pernambuco entre as principais rotas Nacionais para turistas locais e estrangeiros.

É importante enfatizar que o turismo é o principal elemento catalizador de oportunidades para os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura. Através do desenvolvimento do turismo, novos clientes e oportunidades surgem para a expressão cultural, novas demandas são desenvolvidas para o investimento nesses segmentos. Sabe-se que a população local da RMR é grande consumidora de produtos de cultura e lazer, mas a valorização é, muitas vezes, acentuada pelos turistas que visitam nosso estado. Por conta disso, muitas das informações e estatísticas aqui apresentadas são direcionadas para o turismo. Além disso, dados estatísticos, principalmente, sobre cultura e lazer são mais difíceis de serem obtidos, por sua própria natureza

Por fim, é sempre importante ressaltar que a busca pela integração dos diversos segmentos da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura é uma oportuna abordagem para diminuição ou solução dos gargalos, gerando ganhos significativos e deixando o legado da nova forma de se relacionar com fornecedores, concorrentes e clientes, fortalecendo o território em questão.

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2.2. Matriz SWOT da Cadeia de Valor da Turismo e Cultura da RMR

A análise SWOT2, conceito desenvolvido para o planejamento na administração de empresas, pode também ser utilizado para o estudo de Cadeia de Valor do território, como este em questão. Em geral a análise é apresentada a partir de uma matriz, onde as forças e fraquezas são pontos que devem ser analisados para o ambiente interno da empresa, e as oportunidades e ameaças são externas, dependem da conjuntura econômica externa e de outros fatores impossíveis de serem abordados apenas no âmbito do negócio em questão.

Ressalta-se que, para fins desse trabalho, e de modo a guardar coerência com os princípios de atuação do SEBRAE Pernambuco, analisa-se o ambiente interno como todas as questões que são diretamente compreendidas pela atividade empresarial propriamente dita, interiores à empresa. Já no ambiente externo, busca-se a perspectiva de aspectos setoriais, ou seja, externo à empresa, mas comum ao coletivo delas, e sistêmicos, onde os pontos a serem mitigados e/ ou potencializados ultrapassam a mobilização empresarial individual e coletiva, envolvendo outros fatores e atores para além da atividade empreendedora.

Isso posto, os dados secundários apresentados neste estudo, as entrevistas realizadas com atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor do Turismo e Cultura, as pesquisas em bases de dados da Receita Federal, IBGE e outras fontes, juntamente com informações sobre o comportamento da Economia Brasileira e das políticas macroeconômicas e setoriais vigentes, bem como a expertise do SEBRAE Pernambuco, permitiram elaborar uma Matriz SWOT para o planejamento estratégico dos agentes envolvidos nessa Cadeia de Valor.

A referida Matriz é apresentada e descrita a seguir (Quadro 2).

2 A Sigla SWOT significa Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats – em português, Forças,

Fraquezas, Oportunidades, Ameaças, que juntas fazem a Matriz FOFA, na versão brasileira. Portal do Administrador (2016) e Kotler (2012).

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Quadro 2: Matriz SWOT – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife.

AJUDA ATRAPALHA

a. Forças (Strengths) b. Fraquezas (Weaknesses)

Org

aniz

ação

Inte

rna

Atrativos naturais e climáticos favoráveis; Cultura rica e diversificada; Estrutura portuária e aeroportuária próxima

e moderna; Polo atrativo para o turismo de negócios, de

compras e médico; Boa receptividade aos turistas; Cadeia de Valor interligada, com segmentos

diversificados e potencialmente complementares, inclusive com outras Cadeias de Valor (como Alimentos e Bebidas e Construção Civil).

Má formação e escassez de mão de obra; Problemas com embalagens e logística de

produtos culturais; Falta de profissionalismo e predominância

de empresas informais; Má gestão financeira dos negócios da

Cadeia de Valor; Baixa conexão entre os diversos segmentos

da Cadeia de Valor; Baixa qualidade dos pontos de

comercialização de produtos.

c. Oportunidades (Opportunities) d. Ameaças (Threats)

Am

bie

nte

Ext

ern

o

Mercado turístico diversificado para lazer, negócios, compras, médico, eventos, entre outros;

Expansão para mercados nacionais e internacionais dos produtos culturais;

Interação entre agentes para facilitar a comunicação e acesso a informações ao turista;

Uso de meios digitais para venda de produtos da cultura pernambucana;

Novos investimentos na mobilidade territorial;

Investimentos em aparelhos turísticos.

Crise econômica acentuada pela incerteza reduzindo a renda das famílias e o consumo;

Logística complicada para venda de produtos culturais;

Incertezas quanto a incentivos para a cultura;

Segurança pública precária para os turistas; Poucos incentivos para a atração de turistas

estrangeiros; Oferta local de atrativos turísticos sem

manutenção.

Fonte: Elaboração dos autores, a partir das entrevistas, pesquisa de dados secundários e análise da conjuntura econômica (2016).

a. Forças

As forças desta Cadeia de Valor estão apresentadas no primeiro quadrante da matriz, representando suas aptidões mais fortes e suas vantagens competitivas. Destacam-se como forças:

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A RMR e seu entorno dispõem de uma diversidade de atrativos naturais favoráveis ao turismo, com praias, rios, áreas de preservação ambiental e um clima muito agradável durante o ano inteiro.

Recife e Olinda são cidades históricas, muito antigas, com um acervo cultural vasto e disponível para a visitação. Esta cultura rica e diversificada atrai turistas e colabora para que a cultura e o lazer sejam apreciados.

A RMR dispõe de um porto navegável, com instalações renovadas e atrativos turísticos, culturais e de lazer para que novos turistas possam conhecer nossa cultura a partir de viagens de transatlântico. Ao mesmo tempo, turistas que cheguem à RMR por via aérea dispõem de um aeroporto renovado, que foi considerado um dos melhores do Brasil recentemente, e que está dentro da cidade do Recife, reduzindo custos com deslocamentos para a rede hoteleira.

O turismo de Recife é diversificado, pois atrai turistas para os atrativos naturais e culturais, mas também se desenvolveram novos polos de atratividade, como os turismos de negócios, médico e de compras.

O cidadão da RMR, apesar de sua dinâmica de metrópole, tem o hábito de receber bem os turistas, o que proporciona uma abertura para o incentivo em novos negócios para não somente o turismo, como também a cultura e o lazer.

O turismo na RMR é diversificado, como já mencionado, mas também diretamente interligado com os demais pequenos negócios desta Cadeia de Valor. Ainda, as Cadeias de Valor de Alimentos e Bebidas e da Construção Civil são fortemente relacionadas ao Turismo e Cultura, seja pelos bares, restaurantes e oportunidades de vivenciar o turismo rural em locais de produção de alimentos, como pela necessidade de qualificar o design de interiores e demais projetos de arquitetura urbanismo e paisagismo de equipamentos turísticos, visando a aumentar a sua atratividade.

b. Fraquezas

As fraquezas no segundo quadrante indicam as aptidões que inexistem ou são de baixa qualidade, atrapalhando o amplo desenvolvimento da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura, baseando-se na sua organização interna. Foram identificados como principais fraquezas os seguintes pontos:

Apesar de o cidadão pernambucano ser muito amigável e receptivo aos turistas que visitam a RMR, a mão de obra dos pequenos negócios da Cadeia de Valor do Turismo e

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Cultura é pouco qualificada, podendo causar má impressão e avaliações fracas em portais que avaliam esses tipos de negócios.

Os produtos culturais da RMR são frágeis e muitos clientes de outras regiões e estado compram localmente ou tentam comprar à distância. Este tipo de venda é comprometido pela baixa qualidade das embalagens e falta de apoio logístico.

Os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura são, em muitos casos, voltados para a prestação de serviços. Esta característica faz com que haja uma predominância de empresas informais que leva a uma percepção de falta de profissionalismo.

A informalidade já mencionada é grande responsável pela má gestão financeira observada em muitos dos pequenos negócios desta cadeia de valor, principalmente nos negócios culturais e de lazer.

Embora visto que os negócios de turismo, cultura e lazer na RMR tem um grande potencial de interligação, de fato observa-se que esta conexão é baixa, que poderia ser mais explorada.

Alguns dos pequenos negócios da Cadeia de Valor, principalmente dos negócios culturais estão localizados em instalações precárias, dificultando o acesso e fazendo com que o valor dos produtos seja diretamente afetado.

c. Oportunidades

As oportunidades desta Cadeia de Valor do Turismo e Cultura são apresentadas no terceiro quadrante da matriz e representam fatores externos que influenciam positivamente os seus pequenos negócios. Não existe um controle direto sobre estes fatores que podem ocorrer de diversas formas e serem oriundos de outros atores econômicos. Dessa forma, as principais oportunidades são:

O Mercado de Turismo na RMR tem uma diversificação já mencionada que inclui lazer, negócios, compras, médico, eventos, entre outros, que representam possibilidades de desenvolvimento para atender esta demanda diversificada.

Os produtos culturais da Cadeia de Valor têm aceitação e reconhecimento nacionais e até mesmo internacionais, representando uma oportunidade para expansão de novos clientes.

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A proximidade entre diversos prestadores de serviços bem qualificados gera oportunidades para a facilitação da comunicação e disponibilidade de informações para o turista.

Os meios digitais estão disponíveis para a comercialização de produtos culturais. Muito pouco é explorado e o crescimento deste tipo de negócio é considerável.

Novos investimentos na mobilidade territorial, com melhorias nas estradas que contornam a RMR e investimentos no porto e aeroporto de Recife trarão mais demanda turística para a Cadeia de Valor e mais oportunidades para os pequenos negócios.

O investimento em aparelhos turísticos por parte do setor público vem se tornando uma realidade ao longo dos anos recentes. A crise econômica atual tem dificultado novos investimentos, mas ainda assim há oportunidades de investimentos futuros.

d. Ameaças

Ao contrário das oportunidades, as ameaças são fatores externos que influenciam negativamente a Cadeia de Valor do Turismo e Cultura e seus pequenos negócios.

Crise econômica acentuada pela incerteza reduzindo a renda e o consumo das famílias. Este fato traz consequente redução em todos os seguimentos, inclusive para os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura.

Os produtos culturais da RMR tem grande aceitação fora da região, mas a logística, que engloba a embalagem e o transporte destes produtos, é muito complicada.

A crise econômica atual e a falta de uma política continuada voltada à cultura tem sempre trazido incertezas para os incentivos em cultura, dificultando a continuidade de iniciativas locais.

A violência na RMR tem aumentado nos últimos tempos e representa um forte entrave para a vinda de novos turistas.

A promoção internacional da RMR para a atração de turistas internacionais é muito pouco incentivada, resultando em números muito baixos.

O desgaste natural e o vandalismo dos atrativos turísticos na RMR necessitam uma permanente atuação para a conservação destes bens públicos. Diversas reclamações são feitas da falta de conservação destes bens.

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Importante reforçar a necessidade de compreender, de “ler” o ambiente externo sob os aspectos setoriais e sistêmicos. Algumas oportunidades e ameaças podem ser aproveitadas e resolvidas no ambiente setorial, onde é beneficiado o coletivo de empresas, por exemplo, com o suporte de entidades de representação empresarial e de classe, associações e cooperativas, entre outras. Já outras oportunidades e, principalmente, ameaças, precisam ser tratadas num aspecto mais abrangente no que tange o envolvimento de órgãos públicos e privados, exigindo uma análise de ambiente externo sistêmico.

A análise do alcance desses ambientes e, como consequência, dos impactos de intervenções direcionadas ao ambiente setorial ou sistêmico, é importante para definir que tipos de ações e – fundamental – respectivas parcerias institucionais precisam ser conquistadas.

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3. Diretrizes e recomendações para melhoria da interação dos pequenos negócios na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura da Região Metropolitana do Recife

Para a construção das diretrizes de atuação na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife, optou-se por adotar um escopo metodológico simples e objetivo, de modo a permitir maior compreensão e potencial difusão do estudo para o maior número de pequenos negócios e parceiros possível. Assim, considerou-se um conjunto de diretrizes e respectivos subconjuntos de recomendações específicas e assertivas para abordagem de melhoria da competitividade e integração da Cadeia de Valor em questão.

As entrevistas e pesquisas realizadas, bem como o conhecimento adquirido pelo SEBRAE Pernambuco ao longo dos anos em projetos de diversos segmentos componentes da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura auxiliaram na compreensão da atual realidade dos pequenos negócios. Mais ainda, permitiram a elaboração de recomendações de atuação para o SEBRAE e outros agentes importantes para melhorar a competitividade dos seus principais segmentos. As recomendações foram categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente mais impactado, como segue:

Impacto no Ambiente Empresarial Essas recomendações e ações delas decorrentes são voltadas diretamente para as empresas da Cadeia de Valor, eventualmente envolvendo algum parceiro institucional. No entanto, são as empresas as principais impactadas pelos resultados advindos de tais ações.

Impacto no Ambiente Setorial Essas recomendações e ações a partir delas são organizadas pelo SEBRAE e parceiros institucionais, sendo direcionadas a coletivos de empresas, representações setoriais e suas lideranças, podendo envolver ações de fomento ao desenvolvimento de novas associações, bem como a criação de condições para o aprimoramento da representação setorial já existente, dentre outras.

Impacto no Ambiente Sistêmico As recomendações e ações que impactam o ambiente sistêmico são bastante abrangentes para serem desenvolvidas somente com empresas e/ou associações. Elas são indicadas e desenvolvidas para que o SEBRAE articule-se com instituições dos setores público e privado que formulam legislações, códigos de conduta, dentre outras mudanças sistêmicas para cada Cadeia de Valor.

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Por fim, foram priorizadas 15 diretrizes, com um total de 45 recomendações para atuação na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura. Importante ressaltar que elas podem impactar um ou mais ambientes, seja ele empresarial, setorial ou sistêmico. Esse ambiente de impacto orienta, principalmente, as parcerias institucionais que serão necessárias para atuação assertiva de todos, visando reduzir as lacunas de desenvolvimento da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura.

3.1. Difusão e expansão da comercialização do artesanato como expressão da cultura local

Contexto: A Região Metropolitana conta hoje com o Centro de Artesanato de Pernambuco, Unidade Móvel de Comercialização e a FENEARTE. Juntos, estes três compõem os principais pontos de comercialização dos artesãos da região. Todos esses centros e feiras divulgam o trabalho, em média, de sessenta e cinco mestres artesãos. Segundo informações da AD/Diper, Pernambuco concentra em torno de 10 mil associações e artesãos autônomos cadastrados, dentre os quais 30% estão localizados na RMR e apenas 10% fazem parte dos principais pontos de venda de Pernambuco. Fica evidente que os mecanismos criados para a comercialização das peças de artesanato não conseguem atender a todos os profissionais do Estado, sendo hoje o principal gargalo para o segmento na Região.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Ampliar a quantidade de feiras de artesanato, com periodicidade trimestral ou semestral em outras cidades do território, distribuindo o foco nas cidades de Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Igarassu.

Melhorar a qualidade dos pontos de comercialização do artesanato, inclusive como pontos móveis e fixos em locais estratégicos da região.

Capacitar os artesãos com relação aos meios digitais de divulgação, comercialização e atendimento ao cliente.

Principais parcerias institucionais: AD/Diper, Governo do Estado, SEBRAE, Associações e Sindicatos.

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3.2. Fortalecimento da diversidade da produção do artesanato

Contexto: Os pontos de comercialização do artesanato na RMR são concentrados em centros e feiras, porém esses pontos atendem apenas a uma pequena parcela do total de artesãos da RMR. Alguns artesãos comercializam suas obras apenas nesses pontos, ficando limitados à demanda que frequenta esses locais. O apoio gerencial a novos pontos de vendas, principalmente em destinos que já são rotas turísticas, além das vendas e-commerce, é necessário para ampliação do processo produtivo e consequente escoamento da produção. Além desses pontos citados, o trabalho sob demanda do artesanato de Pernambuco está cada vez mais apreciado, inclusive com parceria para redes gastronômicas e hoteleiras. Segundo entrevista feita com Ana Andrade, coordenadora do Imaginário Pernambucano (UFPE), um exemplo de trabalho sob demanda, é o trabalho que os artesãos do Centro de Artesanato do Cabo de Santo Agostinho fazem para hotéis de pequeno, médio e grande porte e que vem obtendo sucesso desde a criação desta nova proposta de interação comercial.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Mapear e qualificar artesãos das zonas rurais do território que possuem dificuldade de deslocamento, como os artesãos de Igarassu.

Fortalecer a identidade cultural do artesanato local por meio de ações de capacitação, mapeamento da iconografia local e autenticidade dos materiais, entre outras.

Trabalhar a inserção do artesanato local em equipamentos turísticos e na arquitetura de interiores (como exemplo do Programa Cara Brasileira e de mostras de artesanato em lojas de decoração), visando aproximar os profissionais da decoração, os equipamentos turísticos e os artesãos.

Principais parcerias institucionais: Governo de Pernambuco, Associações e Sindicatos, SEBRAE, AD/Diper, Imaginário Pernambucano, Universidades.

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3.3. Melhoria do processo de distribuição e logística e o desenvolvimento de embalagens

Contexto: O processo logístico do artesanato em Pernambuco, para atender a demanda de outros estados e regiões brasileiras, é praticamente inexistente. Empresas logísticas no país não costumam trabalhar com esse tipo de produto. Este fato é agravado por não existir um trabalho associado entre artesãos e as empresas de logística, que poderia ajudar a formatar processos que levem em consideração a fragilidade dos produtos, sua principal característica. Além disso, as embalagens são feitas de forma improvisada pelos próprios artesãos e muitas vezes não conseguem atender as exigências impostas pelas empresas de logística para a fragilidade que estes tipos de produtos, peças artísticas, representam.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Disseminar a importância da produção de embalagens do artesanato, para os artesãos e transportadoras abordando questões como design, sustentabilidade, cuidado com o manuseio.

Mapear e capacitar empresas produtoras de embalagens no território abordando o design, sustentabilidade, cuidado com o manuseio.

Capacitar empresas de transporte e logística no transporte do artesanato, que necessita de manuseio e cuidado específico.

Principais parcerias institucionais: Governo de Pernambuco, SEBRAE, Associações e Sindicatos de Classe, Instituições de Ensino e ABRE.

3.4. Identificação e otimização dos mecanismos e sistemas de gestão financeira dos pequenos negócios

Contexto: Um dos principais problemas dos pequenos negócios desta Cadeia de Valor é a gestão financeira e a utilização dos sistemas informatizados de gestão. O SEBRAE e outras

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instituições parceiras disponibilizam cursos com foco na gestão financeira, porém os empresários sentem dificuldade em por em prática o aprendizado, necessitando de um acompanhamento posterior aos cursos. Outra problemática atrelada à dificuldade na área financeira é a utilização efetiva dos sistemas informatizados da gestão. Muitas empresas adquirem sistemas informatizados de gestão, mas não conseguem inseri-los no cotidiano da empresa.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Capacitar as empresas para criação de planos de gerenciamento financeiro que as auxiliem na organização do seu fluxo de caixa, contas a pagar e a receber, gestão de estoque, e planos de investimentos, entre outros aspectos relacionados à saúde financeira da empresa.

Promover capacitações, consultorias e orientações em gestão financeira para os pequenos negócios da Cadeia de Valor, em parcerias com outras instituições, que abordem a precificação dos produtos.

Capacitar artesãos com relação aos sistemas gerenciais específicos para o negócio já disponíveis no mercado (por exemplo, sob a forma de aplicativos de celular).

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, SENAC, CESAR, Porto Digital, instituições de pesquisa e consultores parceiros.

3.5. Difusão dos mecanismos de informação sobre os equipamentos turísticos e capacitação dos guias turísticos

Contexto: A informação disponível ao turista é pouco visível, quando disponível. A RMR possui um patrimônio histórico de relevância internacional, mas é pouquíssimo explorado. Os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura podem se beneficiar da aproximação entre si para fornecer informações precisas e oportunas aos turistas em locais turísticos. A capacitação é fundamental para que os prestadores de serviços divulguem bem o patrimônio cultural e artístico que detemos.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Capacitar Condutores locais e Guias de Turismo sobre o patrimônio histórico local, além de boas práticas de abordagem e receptivo.

Equipar os locais turísticos com informações oficiais sobre a existência de ofertas turísticas no território como: polo gastronômico, curiosidades, cultura, lazer e roteiros com sugestões de visitação por tempo de hospedagem, mantendo o turista informado.

Apoiar a interação dos pequenos negócios do turismo (transporte, receptivo, restaurantes, agências de viagem e outros), para prestar serviços integrados aos turistas.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, Faculdades e Universidades, Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado de Pernambuco, EMPETUR, ABIH, ABRASEL, Grande Recife, Secretaria de Defesa Social.

3.6. Melhoria na mobilidade do turista no território

Contexto: A RMR conta com pouco mais de 4,5 mil estacionamentos legais, porém não há registro sobre quantos estacionamentos são destinados a veículos de grande porte, como as vans e os ônibus, por exemplo. O aumento da quantidade de veículos de forma exponencial nos últimos anos faz com que a população das cidades da RMR tenha muitas dificuldades em estacionamento. O que ainda pode ser mais crítico é quando os operadores de turismo precisam compartilhar essas vagas, já insuficientes, com a população local, fazendo com que procurem locais menos movimentados para estacionar veículos de grande porte em locais inapropriados, atrapalhando o fluxo de veículos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Criar estacionamentos exclusivos para veículos de grande porte em locais estratégicos ao turismo, como em vias que passam por praias, próximos a pontos históricos e centros culturais.

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Estudar e apoiar a criação de rotas e novas formas de deslocamentos até os equipamentos e atrativos turísticos.

Cadastrar e direcionar com apoio da Guarda Municipal de cada Município para prioridades e segurança de grandes veículos com turistas.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, DNIT, DETRAN, AD/Diper, Secretarias de Governo do Estado de Pernambuco.

3.7. Necessidade de reestruturação e modernização do Centro de Convenções de Pernambuco (CECON-PE), além da criação de novos minicentros

Contexto: O Centro de Convenções de Pernambuco, localizado entre os municípios de Olinda e Recife, é a principal referência em organização de eventos regionais e nacionais. Conta com uma estrutura de teatros, auditórios, setores, pavilhões, salas, dentre outros itens, que proporcionam a execução de eventos simultâneos. Já é perceptível, porém, a ação do tempo sobre sua estrutura, além de falta de conservação em pontos críticos, como os banheiros e as áreas de convívio. Como se trata do principal canal de ligação do turismo nacional e internacional de Pernambuco, a modernização de sua estrutura é imprescindível. Visando escoar e diversificar a demanda local, a criação de novos minicentros de articulação cultural em outros municípios da RMR faria com que eventos de pequeno porte também pudessem ser realizados com menor custo e maior mobilidade para interesses locais.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Reestruturar e modernizar o Centro de Convenções de Pernambuco.

Criar novos minicentros espalhados por regiões estratégicas da Região Metropolitana do Recife, para que haja o escoamento dos eventos do Centro de Convenções de Pernambuco e atender a demanda reprimida de eventos de pequenos e médios portes.

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Desenvolver parcerias institucionais com o setor privado para o patrocínio de novos minicentros.

Principais parcerias institucionais: Secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Turismo do Estado de Pernambuco, AD/Diper, Empresas de Grande Porte, EMPETUR, EMBRATUR, SEBRAE.

3.8. Utilização da internet para comercialização e divulgação

Contexto: O turismo na RMR tem fortes vínculos com a cultura, com a história e com a gastronomia como já mencionado neste estudo, por diversas vezes. Esta interação entre os diversos segmentos da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura deve ser evidenciada por meio da divulgação em conjunto de todo este potencial existente na RMR.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Promover cursos, workshops e palestras que desenvolvam a integração entre os meios de hospedagem e gastronômico, com as empresas que promovem eventos culturais e apresentações artísticas de forma sistemática em seus estabelecimentos.

Desenvolver estudos que façam a vinculação entre a cultura, a gastronomia, a história e o lazer na RMR para servir de produto para os turistas.

Criar agendas culturais para os diferentes tipos de turismo que a Região tem a oferecer, fazendo assim um calendário de programação para que o turista saiba quais são e quando os eventos acontecem.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos da cadeia de valor, SEBRAE, Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado de Pernambuco, Universidades, EMPETUR.

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3.9. Fortalecimento do turismo de eventos no território

Contexto: O turismo de eventos e negócios vem crescendo ano após ano em todo Brasil, o faturamento chegou a R$ 6,95 bilhões no primeiro semestre de 2015, um crescimento de quase 8% em relação a 2014, segundo dados do Ministério do Turismo. A RMR possui um excelente potencial, são mais de duas mil empresas optantes pelo Simples Nacional na RMR com foco em turismo de eventos e negócios. Como elemento agregador, a Recife Convention & Visitors Bureau (RCVB, 2016) desde 2001 faz o trabalho de atrair novas oportunidades de negócios para a RMR. Porém vem encontrando barreiras pela forte concorrência dos estados vizinhos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar fóruns e comitês de turismo de negócios para discutir novas estratégias e meios de captar o Market Share de turismo de eventos do Nordeste.

Realizar palestras, encontros empresariais, seminários e outras capacitações visando sensibilizar para a criação de pacotes de lazer e cultura que complementem o turismo de eventos no território.

Desenvolver parcerias para a facilitação e a logística de apoio a eventos na RMR, trazendo diferenciais aos interessados em realizar eventos na RMR.

Principais parcerias institucionais: Governo do Estado de Pernambuco, Prefeituras Municipais, SEBRAE, RCVB.

3.10. Estimulo à maior interação entre o polo gastronômico da RMR e o turismo da região

Contexto: O Nordeste possui vantagens gastronômicas por ter, em seu cardápio, rica variedade de pratos – onde alguns são encontrados apenas na Região. Pernambuco é referência no Nordeste por ter em sua capital, Recife, o terceiro mais importante polo gastronômico do Brasil, segundo dados da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado de Pernambuco, favorecendo de forma natural o turismo gastronômico da região. Apesar

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de todos os atrativos que a região possui, ainda são poucos os trabalhos direcionados hoje para desenvolver a gastronomia da região enquanto atrativo turístico-cultural. Muitos turistas ainda não encontram informações, nas hospedagens e da própria população local, de lugares para visitar a apreciar a culinária local.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Qualificar de modo continuado as empresas de alimentos e bebidas para atender os requisitos de qualidade do mercado do turismo, sobretudo aqueles estabelecimentos com o apelo cultural do território.

Promover campanhas e outras ações de divulgação por meio de folhetos e cartilhas para distribuição em pontos turísticos, contendo bares e restaurantes do território.

Promover agendas colaborativas entre agentes e associações dos polos gastronômico e turístico, juntamente com o setor público, para discutir oportunidades de agregação de valor.

Parcerias institucionais: ABIH, ABRASEL, SEBRAE, CDL, Secretarias de Turismo, Esporte e Lazer do Estado de Pernambuco e dos Municípios da RMR.

3.11. Apoio a Intensificação do turismo médico na Região Metropolitana do Recife

Contexto: O reconhecimento nacional da RMR como Polo Médico tem atraído não somente pacientes de outras regiões do Nordeste, ou do Brasil, mas também de outros países. Estes pacientes fazem parte de uma modalidade de turismo em franca expansão no mundo dos negócios de turismo. Eles procuram um tratamento médico altamente especializado, aliado a preços competitivos, que hoje são uma oportunidade para a Cadeia de Valor por conta da atual desvalorização cambial do Real, e aos atrativos turísticos da região que visitam. Esta oportunidade para os pequenos negócios pode ser explorada permitindo, inclusive, a cobrança de valores mais competitivos.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar a representação dos pequenos negócios em reuniões com as Secretarias de Turismo, Esporte e Lazer e de Saúde do Estado de Pernambuco, para assegurar a inserção dessas empresas na rota do turismo médico e de bem estar.

Apresentar ações integradas entre diversos prestadores de serviços da Cadeia de Valor para desenvolver programas específicos para turistas em busca de serviços médicos e de bem estar.

Promover o alinhamento com agentes e representações de turismo oficiais a divulgação de catálogos de prestadores de serviços, credenciais, programas de bem estar e eventos específicos, dentre outras ações.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, Secretarias de Desenvolvimento Econômico; de Turismo, Esporte e Lazer; e, de Saúde do Estado de Pernambuco, Associações e Sindicatos, EMPETUR, EMBRATUR.

3.12. Apoio à presença digital dos pequenos negócios do Turismo

Contexto: O mercado de turismo é fortemente relacionado com os meios digitais para facilitação de consumo, representado hoje por ferramentas chamadas de book engines (motores de reserva). Estas ferramentas geram mais negócios que agentes operadores, pois o primeiro lugar a se olhar quando o assunto é viagem é a internet, onde em questões de poucos cliques, se consulta preços, locais, passagens aéreas e vagas para hospedagem. Para atrair os clientes, é preciso estar nesse meio também. O cliente se sente mais à vontade no sofá de sua casa navegando entre datas mais convenientes, quartos melhores para sua necessidade e preços mais acessíveis. Para os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura, se cadastrar em um book engine é como se colocar no mapa, estando mais visível e disponível para seus clientes em potencial, de forma local, nacional e até mesmo internacional. Com isso, a ocupação tende a aumentar e se uniformizar ao longo do tempo, trazendo retornos positivos.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Sensibilizar os empresários para as oportunidades e funcionamento do mercado do Turismo na internet (principais book engines: Booking.com, TripAdvisor, Trivago, etc.)

Apoiar as empresas no desenvolvimento de conteúdos específicos para inserção dos equipamentos turísticos nas principais book engines.

Capacitar por meio de cursos, consultorias, orientações técnicas para cadastramento, gerenciamento, marketing de relacionamento digital e monitoramento da presença digital do equipamento turístico.

Principais parcerias institucionais: Porto Digital, SEBRAE, CDL, ABIH, Empresas de motores de reserva, Consultores especializados em marketing digital.

3.13. Difusão dos canais de comunicação com os pequenos negócios relacionados à música, cinema e audiovisual locais

Contexto: A cultura pernambucana é reconhecidamente uma das mais ricas no Brasil. Muitos turistas visitam a RMR em busca de atrativos culturais e de lazer que promovam esta imersão nos produtos da cultura pernambucana. O acesso a este conteúdo é muito limitado, pois faltam canais de comunicação que criem uma identidade com a música, o cinema e o audiovisual pernambucanos. A descontinuidade de ações positivas do passado, como o “Livro Música Limitada”, deixam os artistas locais desamparados e os turistas frustrados.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Ampliar a quantidade de consultores credenciados especializados nos segmentos supracitados, dando suporte em plano de negócios, precificação de shows, eventos, entre outras metodologias.

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Promover mais canais de comunicação que criem identidade com a música, cinema, audiovisual, tais como palestras, eventos, shows, entre outros.

Retomar os eventos já realizados pelo SEBRAE com os pequenos negócios dos segmentos, a exemplo do "Livro Música Limitada", eventos, palestras e outros.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos da cadeia de valor, Secretarias de Turismo, Esporte e Lazer; e, de Cultura, do Estado de Pernambuco, SEBRAE.

3.14. Apoio a Intensificação do turismo de compras na Região Metropolitana do Recife

Contexto: O turismo de compras tem a capacidade de envolver diversas atividades econômicas da cadeia de valor. Ele pode ser vinculado ao passeio turístico, através da compra de souvenirs, produtos típicos da região visitada, alimentos da região ou objetos curiosos. Desta forma, diversos pequenos negócios da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura podem se beneficiar. Além desse tipo de compras, outro tipo de relação é o turismo de compras, propriamente dito. Nele, a principal motivação é comprar, onde o estímulo é de conseguir produtos exclusivos ou únicos, produtos artísticos ou tecnológicos, culinários e de moda que não se encontram no lugar de origem dos turistas ou cujo preço seja mais baixo, promovendo um status social aos compradores. A RMR pode ser considerada uma capital de moda para muitos turistas que vem do interior do estado de Pernambuco, de outros estados do Nordeste, de outras regiões do país ou até mesmo de fora do Brasil. Estas oportunidades precisam ser apresentadas aos turistas de forma acessível e organizadas.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Apoiar o desenvolvimento de ações que desenvolvam o turismo de compras na RMR, com material de marketing, visitas programadas a centros de compras, descontos para turistas, entre outros.

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Desenvolver eventos de cultura e lazer associados aos momentos de compras para turistas de outras regiões.

Capacitar os pequenos negócios da Cadeia de Valor voltados para o apoio ao turismo de compras, como receptivos, agentes de turismo, hotéis, dentre outros, para que possam criar oportunidades de parcerias com os centros comerciais da RMR.

Principais parcerias institucionais: CDL, FECOMÉRCIO, SEBRAE, Secretaria de Turismo do Estado de Pernambuco.

3.15. Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Contexto: Com base em estudos e entrevistas anteriores, identificou-se a necessidade de realizar pesquisa quantitativa para atualização e ampliação dos padrões de oferta e demanda dos pequenos negócios no território. Aspectos mercadológicos, institucionais, organizacionais e de inovação precisam estar sempre sendo caracterizados para permitir a maior assertividade dos diversos agentes que atuam para o desenvolvimento da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Realizar pesquisa com aplicação de questionários padronizados junto a empresas da Cadeia de Valor, com amostragem de confiabilidade de 90% do total de pequenos negócios da Cadeia de Valor no território, preferencialmente no segundo semestre do ano corrente.

Tratar dados, analisar e divulgar os resultados obtidos na pesquisa quantitativa junto a parceiros institucionais e empresas da Cadeia de Valor.

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A partir dos resultados, reorientar atuação das instituições na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Federações e SEBRAE.

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4. Considerações finais

O presente estudo da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura indica que esse conjunto de atividades possuem grande complexidade e diversificação na economia pernambucana, gerando valor, renda e empregos. A explicação vem, em grande parte, da cultura rica e diversificada da região, dos atrativos naturais e clima favorável e, também, da ótima receptividade que o pernambucano tem com os turistas.

De maneira geral, o estudo permitiu destacar também na Região Metropolitana do Recife outras três grandes categorias de atividades: Turismo de negócios, Turismo de compras e Turismo médico. Há uma série de oportunidades relacionadas a esses três tipos de turismo e podem ser exploradas para um maior desenvolvimento da Cadeia de Valor.

Em termos de infraestrutura de apoio, as estruturas portuária e aeroportuária ajudam bastante, pois são equipamentos que estão muito bem localizados e passaram por processos de modernização recentes. Já o acesso pelo modal viário está precisando de investimentos, sendo um entrave para o turismo que vem do interior do estado ou de outros estados.

Por outro lado, o estudo também apresenta que problemas internos à cadeia precisam ser resolvidos. Há poucos materiais de divulgação das atividades de turismo e cultura pernambucanas que apresentem informações sobre compras, atributos culturais, negócios, lazer e outros atrativos turísticos. Esta falta de conexão entre os agentes compromete a agregação de valor que poderia existir e deixa o turista, seja local ou de fora, pouco informado sobre o potencial da RMR

Ainda, a informalidade de muitos contribui para a má gestão financeira e falta de profissionalismo dos pequenos negócios da Cadeia de Valor. Os produtos culturais são vendidos em estabelecimentos muitas vezes de baixa qualidade, com problemas de embalagens e logística para a entrega. Por fim, a mão de obra pouco qualificada também compromete o atendimento ao cliente.

O cenário cambial atual traz, de certa forma, oportunidades para a Cadeia de Valor de Turismo e Cultura. Os turistas brasileiros estão trocando destinos internacionais por destinos nacionais e os turistas estrangeiros agora tem um poder de compra mais elevada por conta do câmbio estar mais favorável para quem detém dólar, como moeda. Há, também, diversos projetos de melhorias na mobilidade do território e investimentos em aparelhos turísticos que irão trazer novas opções para os turistas.

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Por outro lado, a crise econômica tem consequências sobre a renda das famílias, que pode significar, também, reduções futuras no consumo de produtos e serviços relacionados à Cadeia de Valor do Turismo e Cultura. Além disso, a segurança pública tem sofrido uma deterioração, trazendo más avaliações da RMR como destino turístico.

É Importante destacar, porém, que muitas ações precisam ser desenvolvidas, a exemplo das diretrizes que foram listadas neste estudo, para que gargalos e problemas como a baixa atratividade de turistas estrangeiros; a informalidade dos pequenos negócios que gera falta de profissionalismo; os problemas de embalagens e logísticos dos produtos culturais; dentre outros da Cadeia de Valor de Turismo e Cultura, venham a ser resolvidos.

Por fim, ao apresentar esse estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura da Região Metropolitana do Recife, o SEBRAE Pernambuco tem a satisfação de contribuir aqui com o objetivo institucional de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios.

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5. Referências

Diário de Pernambuco. Caderno de Economia. Azul Escolhe Pernambuco como Hub do Nordeste. <http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2016/01/25/internas_economia,623301/azul-escolhe-pernambuco-como-hub-do-nordeste.shtml>. Acesso em Abril, 2016.

Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). <http://www.cultura.pe.gov.br/patrimonio/>. Acesso em Abril, 2016.

Kotler, Philip e Keller, Kevin Lane. Administração de Marketing. Ed. 14. Pearson Education, 2012.

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), <https://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/paginas/home/home.xhtml>. Acesso em Março, 2016.

Ministério do Turismo. Dados e Fatos. <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/home.html>. Acesso em Maio, 2016.

Portal Administração. Análise SWOT Conceito e Aplicação. <http://www.portal-administracao.com/2014/01/analise-swot-conceito-e-aplicacao.html>. Acesso em Abril, 2016.

Porter, M.E. Vantagem Competitiva. Criando e Sustentando um Desempenho Maior. Ed. Campus, 27ª. Ed. 1989.

Receita Federal do Brasil. Estatísticas do SIMPLES Nacional. <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ATBHE/estatisticasSinac.app/>. Acesso em Março, 2016.

Recife Convention & Visitors Bureau. <http://www.recifecvb.com.br/>. Acesso em Maio, 2016.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Arranjo Produtivo Local – Série Empreendimentos Coletivos. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Arranjo-produtivo-local-%E2%80%93-S%C3%A9rie-Empreendimentos-Coletivos>. Acesso em Abril, 2016

_________________. Programa Nacional de Encadeamento Produtivo. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Programa-Nacional-de-Encadeamento-Produtivo>. Acesso em Abril, 2016.

_________________. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas. <http://www.encadearsebrae.com.br/Apresentacao.asp>. Acesso em Abril, 2016.

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APÊNDICES

Apêndice I - Relação, quantidades e descrição dos CNAE que compõem a Cadeia de Valor do Turismo e Cultura na Região Metropolitana do Recife, por camada de agregação de valor, em março de 2016.

Apêndice II - Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura em Pernambuco (totais por município, e totais por camadas de agregação de valor), onde:

Mapa 1: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Mapa 2: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Produção de Matéria-prima na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Mapa 3: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Beneficiamento na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Mapa 4: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Distribuição na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Mapa 5: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Comercialização na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Mapa 6: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Prestação de Serviços na Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

Apêndice III - Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor do Turismo e Cultura

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Cadeia de Valor de TURISMO E CULTURA - RMR

CNAE QUE COMPÕEM A CADEIA DE VALOR DO TURISMO E CULTURA NA REGIÃO

METROPOLITANA DO RECIFE, POR CAMADA DE AGREGAÇÃO DE VALOR, EM MARÇO DE 2016.

1 – PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Não há. - 0

TOTAL 0 CNAE 0

2 – BENEFICIAMENTO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Fabricação de instrumentos musicais, peças e acessórios 3220500 24

Fabricação de artefatos para pesca e esporte 3230200 12

Fabricação de mesas de bilhar, de sinuca e acessórios não associada à locação 3240002 2

TOTAL 3 CNAE 38

3 – DISTRIBUIÇÃO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Não há. - 0

TOTAL 0 CNAE 0

4 – COMERCALIZAÇÃO DE PRODUTOS ACABADOS

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio varejista especializado de instrumentos musicais e acessórios 4756300 66

TOTAL 1 CNAE 66

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5 – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais e artísticas 7490105 4

Agências de viagens 7911200 800

Albergues, exceto assistenciais 5590601 36

Aluguel de fitas de vídeo, DVDs e similares 7722500 63

Aluguel de palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário, exceto andaimes 7739003 111

Apart-hotéis 5510802 2

Artes cênicas, espetáculos e atividades complementares não especificados anteriormente

9001999 112

Atividades de exibição cinematográfica 5914600 4

Atividades de gravação de som e de edição de música 5920100 43

Atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental

9103100 1

Atividades de pós-produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão não especificadas anteriormente

5912099 234

Atividades de produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão não especificadas anteriormente

5911199 88

Atividades de produção de fotografias aéreas e submarinas 7420002 19

Atividades de sonorização e de iluminação 9001906 224

Atividades de televisão aberta 6021700 2

Campings 5590602 5

Casas de bingo 9200301 1

Casas de festas e eventos 8230002 308

Clubes sociais, esportivos e similares 9312300 10

Discotecas, danceterias, salões de dança e similares 9329801 14

Distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de televisão 5913800 4

Ensino de arte e cultura não especificado anteriormente 8592999 326

Ensino de artes cênicas, exceto dança 8592902 33

Ensino de dança 8592901 7

Ensino de música 8592903 124

Escafandria e mergulho 7490102 5

Estúdios cinematográficos 5911101 20

Exploração de jogos de sinuca, bilhar e similares 9329803 4

Filmagem de festas e eventos 7420004 234

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Gestão de espaços para artes cênicas, espetáculos e outras atividades artísticas 9003500 7

Gestão de instalações de esportes 9311500 10

Hotéis 5510801 207

Laboratórios fotográficos 7420003 16

Motéis 5510803 62

Operadores turísticos 7912100 144

Organização de excursões em veículos rodoviários próprios, intermunicipal, interestadual e internacional

4929904 1

Outras atividades esportivas não especificadas anteriormente 9319199 11

Outros alojamentos não especificados anteriormente 5590699 111

Parques de diversão e parques temáticos 9321200 11

Pensões (alojamento) 5590603 32

Produção de espetáculos circenses, de marionetes e similares 9001904 2

Produção de espetáculos de dança 9001903 8

Produção de espetáculos de rodeios, vaquejadas e similares 9001905 3

Produção de filmes para publicidade 5911102 19

Produção e promoção de eventos esportivos 9319101 24

Produção musical 9001902 855

Produção teatral 9001901 101

Restauração de obras de arte 9002702 28

Serviços de dublagem 5912001 2

Serviços de mixagem sonora em produção audiovisual 5912002 5

Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas 8230001 2.158

Serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados anteriormente 7990200 99

Transporte aquaviário para passeios turísticos 5099801 14

Tratamentos térmicos, acústicos ou de vibração 4329105 30

TOTAL 54 CNAE 6.798

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Questionário Aplicável ao Setor de Turismo, Artesanato e Cultura da

Região Metropolitana do Recife

1 - Em que cidade está localizado o seu negócio?

2 - Qual é o tipo de atividade do negócio? (Marcar ao lado e sublinhar as atividades

correspondentes)

3 - Qual o enquadramento do porte da empresa?

4 - A compra dos produtos ou a contratação dos serviços, para fabricação, revenda de

mercadorias ou serviços é feita na Região Metropolitana do Recife (Recife e entorno)?

5 - Porque compra (ou contrata) fora da Região Metropolitana do Recife? (Caso não compre

produtos ou contrate serviços na Região ou compre/contrate pouco) - Escolher uma ou mais

opções.

Recife

Jaboatão dos Guararapes

Olinda

Outro. Qual? _______________________________________________

Paulista

Produção de matéria prima para artesanatoque utilizam barro, fibras e sementes, madeiras e afins.

Tecelagem/ olaria/ fabricação de instrumentos e equipamentos musicais.

Distribuição e logística/ representações comerciais/ comércio atacadista.

Comercialização de produtos acabados como obras de arte, equiamentos musicais e afins.

Serviços de hospedagem/ receptivos turísticos/ agências de viagem/ produção audiovisual e musical/ artes cênicas/ restauro e conservaçãode obras de arte/ discotecas/ casas de espetáculos e treatros.

Microempreendedor Individual

Microempresa

Empresa de Pequeno Porte

Sim, totalmente. Citar Municípios: _______________________________________________________Sim, mais da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: ________________________________

Sim, menos da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: _______________________________

Sim, mas apenas poucos produtos/serviços. Citar Municípios: _________________________________

Não, toda minha matéria prima (ou todos os meus serviços) é/são comprada(os) fora da região Metropolitana do Recife, mas em outras regiões de Pernambuco. Citar Municípios: _________________________________________________________________________________

Não, toda minha matéria prima ou todo serviço que contrato é comprado ou contratado fora de Pernambuco. Outros países: __________________________________________________

A região não possui o(s) produto(s)/serviço(s) que preciso comprar.

O preço, do produto ou do serviço local, é elevado.

O fornecedor local não conseguiria atender a quantidade que preciso.

O produto ou serviço local é de baixa qualidade.

A entrega não é feita de forma adequada.

Outro motivo. Qual? _________________________________________________________________

Não conheço ninguém possa me fornecer o que preciso na localidade.

A contratação de outros serviços deve ser obrigatoriamente feita fora da região Metropolitana do Recife devido a especificidade do serviço. Ex.: Translado, passagens aéreas.

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5.1 - Compraria ou voltaria a comprar se houvesse melhoria desses fornecedores locais? (Caso

seja possível contratá-los na região)

6 - Quais são os tipos de turismo que a sua empresa atua? (Escolher uma ou mais opções)

7 - Você conhece quem são seus concorrentes locais?

8 - Há trocas de informações entre Você e seus concorrentes?

9 - Em relação a comunicação e desenvolvimento, cite as principais instituições que lhe apoiam:

(Responder até TRÊS opções)

10 - De que forma Você acha que poderia conseguir maior mercado? (Escolher uma ou mais

opções)

Sim.

Não. Por que? ____________________________________________________________

Talvez. Por que? __________________________________________________________

Turismo de Negócios

Turismo Rural

Turismo Desportivo

Turismo Gastronômico

Turismo Estudantil/ Intercâmbio

Ecoturismo

Turismo Religioso

Turismo Fotográfico

Outros: ___________________________________

Sim, todos.

Sim, alguns.

Não.

Sim, Trocamos informações sobre:

Não troco informações com meus concorrentes.

Mercado geral e local

Fornecedores/ Parcerias

Clientes

Custo das(os) mercadorias/serviços e outros custos

Precificação das mercadorias ou dos serviços que prestamos

Outros: _______________________________________________

Turismo de Aventura

Fecomércio Pernambuco

SenacSenai Empetur

Associações e Sindicatos. Cite: ____________________________________________________________

Governo do Estado

Secretaria do Turismo

Sebrae

Porto Digital

UFPE/ IFPE/ UPE

Acredito que com maior investimento em marketing e propaganda, na localidade em que atuo

Através de uma participação mais ativa em associações, grupos empresariais em entidades de classe, que reúnam empresas do setor

Com maior apoio do sistema S (SEBRAE, Senai e Senac) para novos cursos de inserção em vendas diretas e indiretas, gestão financeira e gestão de pessoas.

Criação de E-commerce (Vendas online) e maior exposição da minha marca nas mídias socias.

Outros: _____________________________________________________________________________

Acredito que já sou percebido pelo mercado.

Fazendo parcerias com outras empresas para ampliação de visibilidade da minha marca.

Melhorando meus processos internos e também no atendimento ao cliente, que é primordial.

Gostaria de investir mais em marketing e mídias sociais para conseguir mercado fora da região Metropolitana do Recife e também em outros estados.

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11 - Você acredita que a informalidade atrapalha seu negócio?

12 - Você conhece as Rodadas de Negócios que o SEBRAE apoia em algumas regiões com o

intuito de reunir empresários que demandam e ofertam produtos e serviços?

12.1 - (Caso respondeu Não ou Sim, mas nunca participou) Gostaria de participar?

13 - Existe qualificação suficiente da mão-de-obra local? (Marcar ao lado e sublinhar as

atividades correspondentes)

13.1 - Existem órgãos que qualifiquem e certifiquem a mão-de-obra da região?

14 - Você conhece quem são seus clientes? (Escolher uma ou mais opções)

14.1 - Os clientes conseguem avaliar os serviços prestados ou os produtos comprados em sua

empresa?

15 - Você enxerga oportunidades para o desenvolvimento da atividade em que você atua, dentro

da cadeia de valor de turismo e lazer, na Região Metropolitana do Recife?

Sim. Porquê? ________________________________________________________________________

Não, acredito que não há informalidade nas atividades do meu segmento.

Não, a informalidade existe, mas não afeta o rendimento do meu segmento.

Sim, já participei.Sim, mas nunca participei.

Não.

Sim.

Não.

Sim, já participei.Sim, mas nunca participei.

Não.

Sim.

Não.

Sim.

Não. Citar o(s) segmento(s) carente(s): Atendimento ao público:Venda/ pós-venda/ agentes de viagem

Outros: __________________________________________

Guia turístico

Funcionários bilíngue. Citar Área: _______________________________________________________

Turismólogo

Hoteleiro

Sim, quais? _________________________________________________________

Não.

Sim, são pessoas da região Metropolitana do Recife. Citar onde:___________________________________________________________________________

Sim, são pessoas de outras regiões do Estado ou fora do Estado. Citar onde: __________________________________________________________________________

Não conheço as características do meu cliente.

Sim, através dos meus funcionários que me repassam a informação ou direto à mim.

Sim, através de diversos canais que disponibilizo, como por exemplo nas mídias sociais, site próprio, pesquisas de satisfação.

Sim, temos todos os mecanismos necessários para avaliar a satisfação do cliente em todas os canais deacesso à empresa, inclusive com funcionários de pós-venda.

Não, a rotatividade dos clientes é muito alta e não tenho condições de fazer esse tipo de trabalho.

Não.

Sim, quais? _________________________________________________________________________

Não. Por que? _______________________________________________________________________

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16 - A situação política e econômica do Brasil está afetando seu negócio?O preço dos produtos e/ou dos serviços que compro/contrato dos meus fornecedores aumentou, com isso o preço dos meus produtos e/ou dos meus serviços também aumentou.

O custo das demais despesas ligadas ao meu produto aumentou, com isso o valor cobrado pelo meu produto e/ou meu serviço aumentou. Ex.: Aumento no Combustível, Luz e Água, impostos, passagens, etc.

Houve redução do meu faturamento devido a quantidade de clientes, que diminuiu.

Demiti funcionários e creio que outros também demitiram no meu tipo de atividade.

Percebi o fechamento de empresas no meu tipo de atividade.

Outros: ____________________________________________________________________________

Venho acompanhando o que está acontecendo, porém não acredito que me afetou diretamente.

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