estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

150
MARCELLO SALLOUME SEMAAN ESTUDO DAS ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS E DENTÁRIAS SAGITAIS E VERTICAIS, DECORRENTES DA DISTALIZAÇÃO DOS MOLARES SUPERIORES COM O APARELHO PENDULUM MODIFICADO ASSOCIADO À ANCORAGEM ESQUELÉTICA MARÍLIA 2005

Upload: duongcong

Post on 07-Jan-2017

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

MARCELLO SALLOUME SEMAAN

ESTUDO DAS ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS EDENTÁRIAS SAGITAIS E VERTICAIS, DECORRENTES

DA DISTALIZAÇÃO DOS MOLARES SUPERIORES COMO APARELHO PENDULUM MODIFICADO ASSOCIADO

À ANCORAGEM ESQUELÉTICA

MARÍLIA2005

Page 2: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

MARCELLO SALLOUME SEMAAN

ESTUDO DAS ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS EDENTÁRIAS SAGITAIS E VERTICAIS, DECORRENTES

DA DISTALIZAÇÃO DOS MOLARES SUPERIORES COMO APARELHO PENDULUM MODIFICADO ASSOCIADO

À ANCORAGEM ESQUELÉTICA

Dissertação apresentada àFaculdade de Ciências da Saúdeda Universidade de Marília(UNIMAR), como parte dosrequisitos para obtenção do títulode Mestre em ClínicaOdontológica área deConcentração em Ortodontia.

Orientador:Prof.Dr.Acácio Fuziy

MARÍLIA2005

Page 3: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central “Zilma Parente de Barros”

Semaan, Marcello SalloumeS471e Estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

decorrentes da distalização dos molares superiores com o aparelhoPendulum modificado associado á ancoragem esquelética/ MarcelloSalloume Semaan . – Marília : UNIMAR. 2005.150 f.

Dissertação (Mestrado). – Faculdade de Ciências da Saúde,Universidade de Marília, 2005.

1. Ortododontia 2. Distalização 3. Ancoragem esquelética 4.Movimentação dentária 5. Classe II I. Semaan, Marcello SalloumeII. Estudo das alterações dentárias sagitais e verticais decorrentes dadistalização dos molares superiores com o aparelho Pendulum associado àancoragem esquelética.

CDD – 6 17.643

Page 4: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Universidade de Marília – UNIMARReitor Dr. Márcio Mesquita Serva

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoPró-Reitora Profa Dra. Suely Fadul Villibor Flory

Faculdade de Ciências da SaúdeDiretor Prof. Dr. Armando Castello Branco Jr.

Programa de Pós-Graduação em ClínicaOdontológica

Área de Concentração em OrtodontiaCoordenador Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti

OrientadorProf. Dr. Acácio Fuziy

Page 5: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Universidade de Marília – UNIMAR

NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

MARCELLO SALLOUME SEMAAN

ESTUDO DAS ALTERAÇÕES ESQUELÉTICAS EDENTÁRIAS SAGITAIS E VERTICAIS, DECORRENTES

DA DISTALIZAÇÃO DOS MOLARES SUPERIORES COMO APARELHO PENDULUM MODIFICADO ASSOCIADO

À ANCORAGEM ESQUELÉTICA

MARÍLIA, 12 DE AGOSTO DE 2005

Banca Examinadora

Prof. Dr. Acácio FuziyAvaliação Assinatura:

Prof. Dr. Paulo César TukasanAvaliação Assinatura:

Prof. Dr. Adilson Luiz RamosAvaliação Assinatura:

Page 6: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

DEDICATÓRIA

Page 7: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

DEDICATÓRIA

À minha esposa Maralice, pelo incontestável apoio com o qual sempre

me amparou principalmente nos momentos mais difíceis. Que Deus a

abençoe, assim como já nos iluminou com a chegada de nosso filho

Henrique.

Page 8: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

AO MEU FILHO

Ao meu querido filho Henrique, peço desculpas pelos momentos

ausentes, agradeço pela força que transmitia por meio de seus inúmeros

sorrisos e abraços com os quais sempre me recebe quando retorno pra casa.

Page 9: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

AOS PAIS

Aos meus pais Moussa e Wahida Semaan por sua inestimável

insistência para com os filhos, na busca pelo conhecimento. Espero que

possam transmitir ao meu filho, essa vontade de crescer, sempre respeitando o

próximo.

Page 10: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

AGRADECIMENTOS

Page 11: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

AOS PROFESSORES

Agradeço ao professor orientador Dr Acácio Fuziy, pela disponibilidade,

valorosa colaboração e elevado grau de conhecimento na condução deste

trabalho;

Ao professor Dr Paulo César Tukasan por sua maneira ponderada de

observar, criticar construtivamente e transmitir seus conhecimentos;

Ao professor Dr Sebastião Marcos de Carvalho por sua ajuda e

disponibilidade sempre que necessário;

AOS AMIGOS

Ao amigo Fabrício que com muita paciência ajudou todos os integrantes

desta pesquisa a aprender as artimanhas dos computadores, e que nesses

dois anos de convivência se tornou um parceiro de inestimável valor;

Ao amigo Clóvis que com muito vigor se mostrou sempre apto e

disponível para ajudar o desenrolar deste trabalho;

Ao amigo Caricatti que sempre nos forneceu alegria e material didático

de muito valor para o mestrado;

Ao amigo Bigarela que com sua experiência didática nos passou senso

crítico e facilidades para dar aulas;

Ao amigo Décio que com seu jeito oriental e paciência milenar nos

mostrou que para ser professor temos que ter muita perseverança e vontade

de corrigir as dificuldades;

Ao amigo professor Doutor Adilson Luiz Ramos por seu apoio,

incontestável, disponibilidade e pelas palavras sempre encorajadoras;

À amiga Olga que sempre se mostrou útil no seu tempo vago;

À amiga Raquel que por muitas vezes me ajudou no consultório;

À minha irmã Mona que teve muita paciência, na minha ausência do

consultório;

Aos primos Júnior e Fabiana pela valorosa ajuda;

Page 12: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Ao amigo Paulo Roberto Brunett que foi meu maior incentivador pelo

amor à Odontologia;

Ao amigo Júlio que me forneceu suporte quando necessário.

ÀS SECRETÁRIAS

As secretárias Andréa e Regina, que com muita vontade e

disponibilidade nos atenderam para as diversas dificuldades que tivemos no

decorrer desses dois anos;

AOS PACIENTES

Aos pacientes minha eterna gratidão.

Page 13: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

RESUMO

Page 14: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

RESUMO

O propósito deste estudo foi avaliar as alterações esqueléticas e

dentárias sagitais e verticais, decorrentes da distalização dos molares

superiores com o aparelho pendulum com molas removíveis associado à

ancoragem esquelética, em pacientes portadores de má oclusão de Classe II,

divisão 1. Foram realizadas telerradiografias em norma lateral convencional

iniciais e finais de 13 pacientes sendo 10 do gênero feminino e 3 do masculino,

com idade média de 14,4 anos. Os procedimentos cirúrgicos de implantação

foram realizados por um único profissional especialista em implantodontia,

sendo que o acesso foi transmucoso e os implantes foram posicionados 6 a

9mm do forame incisivo, 3 a 6mm paramediana à sutura palatina e com

inclinação de 45º a 60º com o plano oclusal e espinha nasal anterior. A

confecção do aparelho Pendulum com molas removíveis seguiu os passos

descritos por Almeida et al., (1999), porém com a variação da eliminação dos

grampos de apoio oclusal. A fixação do aparelho aos implantes foi executada

com resina acrílica. As molas e as ativações das mesmas obedeceram às

recomendações de Fuziy (2001), sendo que, num período de 7 meses obteve-

se a correção da relação molar. As médias iniciais e finais das variáveis foram

avaliadas pelo teste t para dados pareados, sendo verificados: a) a média de

distalização dos molares superiores foi de 6mm com uma inclinação distal de

20,6º e intrusão de 1mm, b) os pré-molares distalizaram 3mm com inclinação

para distal de 4,9º e extrusão de 0,4mm, c) os incisivos centrais superiores

sofreram 1mm de movimento para lingual, com inclinação de 2,6º para o

mesmo sentido e extrusão de 0,4mm. O perfil facial dos pacientes não sofreu

alterações significantes. Os resultados deste estudo sugerem que a utilização

do aparelho Pendulum com molas removíveis associado a implantes palatinos

foi efetiva na distalização dos molares superiores, promovendo a

movimentação necessária sem provocar a perda de ancoragem.

UNITERMOS: Ancoragem com implantes. Aparelhos mínima cooperação.

Pendulum. Movimentação dentária. Distalização.

Page 15: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

ABSTRACT

Page 16: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

ABSTRACT

The purpose of this study was evaluate the sagittals and verticals,

skeletal and dental alterations caused by the distalization of the uper molars

using the modified Pendulum appliance by removable springs associated with

the skeletal anchorage, in Class II, division 1 patients. Initial and final

teleradiografies of 13 patients, 10 female and 3 male, average 14,4 years old

were obtained the implantation surgical procedures of were realized by one

implantology professional, using a transmucosal approach, and the implants

were located 6 to 9 mm from the foramen incisive, 3 to 6 mm paramedian from

palatal suture, with inclination of 45º to 60º with occlusal plane and anterior

nasal spine. The Pendulum appliance was built with removable springs followed

the steps described by Almeida et al., (1999), however without of the occlusal

support`s clips. The appliance fixation to the implants was enforced with acrylic

resin. Class I relationship of the molars was achieved after 7 months, following

activations abide by Fuziy`s (2001) recommendations. The initial and final

averages of the changeable were evaluated by the t test for pair data. It was

checked: a) the average distalization of the upper molars was 6mm,

accompanied by a mean distal inclination of 20,6º and intrusion of 1mm. b) the

premolars distalized 3mm accompanied by mean a distal inclination of 4,9º and

extrusion of 0,4mm. c) the upper central incisors 1mm of movement to lingual

occurred , with inclination of 2,6º to the same side and extrusion of 0,4mm. The

facial profile of the patients did not demonstrade significant alterations. The

present study suggests that Pendulum appliance with removable springs

associated to palatal implants is highly recommended to distalization of the

upper molars, promoting a necessary movement without arouse the

anchorage’s loss.

UNITERMS: Skeletal anchorage. Non compliance appliance. Pendulum.

Dental movement. Distalization.

Page 17: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

SUMÁRIO

Page 18: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

SUMÁRIO

RESUMO......................................................................................................................................xiABSTRACT.................................................................................................................................xiiiLISTA DE FIGURAS..................................................................................................................xviiLISTA DE TABELAS...................................................................................................................xxLISTA DE SÍMBOLOS..............................................................................................................xxiiiLISTA DE ABREVIATURAS.....................................................................................................xxv1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................12 REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................................43 PROPOSIÇÃO.........................................................................................................................344 MATERIAL E MÉTODO...........................................................................................................364.1 AMOSTRA.............................................................................................................................374.2 MÉTODO...............................................................................................................................404.2.1 Tratamento Ortodôntico.....................................................................................................404.2.1.1 Implantação do Sistema de Ancoragem Esquelética......................................................404.2.1.2 Construção do Aparelho..................................................................................................414.2.2 Método Radiográfico..........................................................................................................554.2.3 Elaboração dos Cefalogramas em Norma Lateral Convencional......................................554.2.3.1 Desenho Anatômico........................................................................................................564.2.3.2 Pontos Cefalométricos de Interesse...............................................................................584.2.3.3 Linhas e Planos...............................................................................................................614.2.3.4 Grandezas Cefalométricas..............................................................................................634.2.4 Controle do Erro.................................................................................................................744.2.5 Análise Estatística..............................................................................................................794.2.6 Ética...................................................................................................................................795 RESULTADOS.........................................................................................................................806 DISCUSSÃO............................................................................................................................886.1 CONSIDERAÇÃO SOBRE A AMOSTRA.............................................................................906.2 SISTEMA DE FORÇA...........................................................................................................916.3 ANCORAGEM ESQUELÉTICA POR IMPLANTES..............................................................936.3.1 Método de Avaliar a Posição dos Implantes Palatinos......................................................936.3.2 Tamanhos dos Implantes Realizados................................................................................946.4 ALTERAÇÕES SAGITAIS DA MAXILA................................................................................956.5 ALTERAÇÕES SAGITAIS DA MANDÍBULA........................................................................966.6 ALTERAÇÕES NO PADRÃO DO ESQUELETO CEFÁLICO...............................................976.7 ALTERAÇÕES NA RELAÇÃO MAXILO MANDIBULAR.....................................................986.8 ALTERAÇÕES DENTÁRIAS DECORRENTES DA DISTALIZAÇÃO DOS MOLARES.......996.8.1 Alterações Dentárias Sagitais............................................................................................996.8.2 Alterações Dentárias Verticais.........................................................................................1026.8.3 Perda de Ancoragem.......................................................................................................1036.8.4 Taxa de Distalização Mensal Média................................................................................1056.8.5 Alterações do Perfil Facial...............................................................................................1067CONCLUSÕES......................................................................................................................108REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................110ANEXOS.................................................................................................................................. 117ANEXO 1 - CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.....................................................118ANEXO 2 - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA......................................................................120APÊNDICE...............................................................................................................................122

Page 19: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

LISTA DE FIGURAS

Page 20: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Fotografias extrabucais iniciais de uma paciente pertencente à

amostra..............................................................................................................38

FIGURA 2 – Fotografia frontal intrabucal inicial, de uma paciente pertencente à

amostra..............................................................................................................38

FIGURA 3 – Fotografia intrabucal lateral esquerda inicial.................................39

FIGURA 4 – Fotografia intrabucal lateral direita inicial......................................39

FIGURA 5 – Fotografia intrabucal oclusal superior inicial.................................39

FIGURA 6 – Fotografia intrabucal oclusal inferior inicial...................................39

FIGURA 7 – Fotografia intrabucal para verificação clínica da disponibilidade de

osso do lado direito............................................................................................39

FIGURA 8 – Fotografia intrabucal para verificação clínica da disponibilidade de

osso do lado esquerdo.......................................................................................39

FIGURA 9 – Parafuso de titânio da marca MDT, com 14 mm de comprimento e

2,7 mm de diâmetro...........................................................................................40

FIGURA 10 – Parafusos implantados ao palato................................................41

FIGURA 11 – Moldagem do arco superior com a impressão dos parafusos e

das bandas dos primeiros molares....................................................................42

FIGURA 12 – Modelo obtido com as bandas posicionadas e os implantes

realizados...........................................................................................................42

FIGURA 13 – Construção do botão palatino de Nance com os tubos

telescópicos.......................................................................................................43

FIGURA 14 – Botão palatino e tubos telescópicos finalizados..........................43

FIGURA 15 – Confecção do helicóide com 4 mm de diâmetro.........................44

FIGURA 16 – Confecção da alça com 4mm de altura e 4mm de largura..........44

FIGURA 17 – Contorno da mola para melhor adaptação ao palato..................45

FIGURA 18 – Dobra para confecção do segmento intra-tubo passivo.............45

FIGURA 19 – Simetria entre as molas...............................................................46

FIGURA 20 – Ativação da mola em 90º, conforme preconizado por Hilgers....47

FIGURA 21 – Dobra de anti-inclinação de 15º..................................................48

Page 21: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

FIGURA 22 – Levante de resina composta na face oclusal dos pré-molares...48

FIGURA 23 – Fotografia intrabucal lateral direita após a distalização dos

molares superiores............................................................................................49

FIGURA 24 – Fotografia intrabucal lateral esquerda após a distalização dos

molares superiores............................................................................................49

FIGURA 25 – Fotografia oclusal superior pós-distalização...............................50

FIGURA 26 – Fotografias frente e perfil de um paciente antes do tratamento.51

FIGURA 27 – Fotografia frontal inicial...............................................................51

FIGURA 28 – Fotografias lateral direita e esquerda iniciais..............................52

FIGURA 29 – Fotografia frontal inicial...............................................................52

FIGURA 30 – Fotografia oclusal inicial.............................................................52

FIGURA 31 – Fotografias frente perfil ao final da distalização..........................53

FIGURA 32 – Fotografia frontal ao final da distalização....................................53

FIGURA 33 – Fotografias laterais direita e esquerda ao final da distalização..54

FIGURA 34 – Fotografia frontal final..................................................................54

FIGURA 35 – Fotografia oclusal ao final da distalização...................................54

FIGURA 36 – Fotografia de uma telerradiografia lateral convencional inicial...56

FIGURA 37 – Fotografia de uma telerradiografia lateral convencional final......56

FIGURA 38 – Desenho das estruturas anatômicas de interesse......................57

FIGURA 39 – Pontos cefalométricos de interesse............................................60

FIGURA 40 – Linhas e planos de interesse.......................................................62

FIGURA 41 – Posição ântero-posterior da maxila.............................................64

FIGURA 42 – Posição ântero-posterior da mandíbula......................................66

FIGURA 43 – Relação maxilomandibular..........................................................67

FIGURA 44 – Padrão do esqueleto cefálico......................................................69

FIGURA 45 – Alterações dentárias....................................................................72

FIGURA 46 - Alterações no tecido mole............................................................73

Page 22: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

LISTA DE SÍMBOLOS

Page 23: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

LISTA DE SÍMBOLOS

% - Porcentagem

“ - Polegada

º - Graus

mm - Milímetro

cm - Centímetro

g - Gramas

gf - Grama força

Kg - Quilograma

CN - Centinewton

Page 24: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

LISTA DE ABREVIATURAS

Page 25: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

LISTA DE ABREVIATURAS

MDT MDT materiais para implantes, São Carlos, São Paulo,Brasil.

GAC GAC international products INC, Central Islyp, NY, USA.DFL DFL indústria e comércio ltda, Rio de Janeiro, Brasil.ORMCO ORMCO INC, Glendora, CA, USA.TMA Titânio Molibdênio (ORMCO)NiTi Níquel –Titânio (liga metálica)

Page 26: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

INTRODUÇÃO

Page 27: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

1 INTRODUÇÃO

A má oclusão de Classe II foi definida por Angle em 1899 como sendo:

“o relacionamento mesiodistal anormal entre os arcos dentários superior e

inferior, sendo que o arco inferior encontrava-se posicionado dorsalmente em

relação ao superior, caracterizando-se pelo desequilíbrio na região anterior e

na estética facial” (ANGLE, 1899).

Esta anomalia ocorre, segundo Silva Filho et al., (1989), em 42% das

crianças, com idade entre 7 e 11 anos, sendo que esta prevalência é

responsável pelo grande número de estudos que tentam evidenciar os

componentes craniofaciais e dentários determinantes para a má oclusão e suas

formas alternativas de tratamento.

Para a elaboração do plano de tratamento adequado é de suma

importância a execução de um diagnóstico estrutural para que todos os

componentes envolvidos sejam determinados, pois os resultados favoráveis

somente são alcançados quando o profissional é capaz de definir os fatores

etiológicos do problema.

A má oclusão de Classe II dentária, também decorrente da protrusão da

maxila pode ser tratada com extrações dentárias ou com a distalização de

molares superiores.

A distalização de molares superiores no contexto histórico da ortodontia

foi inicialmente utilizada com o emprego do aparelho extrabucal (APUD;

MOYERS, 1980). Na seqüência podemos citar abordagens alternativas para a

distalização de molares superiores, tais como: aparelhos removíveis, cursores,

elásticos de Classe II e ativador bimétrico de Wilson. Porém são sistemas

terapêuticos que dependem da cooperação dos pacientes, e sabemos que este

é um fator que limita a correção e o índice de sucesso no tratamento.

Na década de 90 surgiram as modalidades de distalizadores

denominados aparelhos de cooperação mínima e, portanto, independiam da

colaboração dos pacientes ampliando os horizontes para os profissionais com

a possibilidade do sucesso no tratamento.

Em 1992, Hilgers propôs uma inovação na distalização de molares, por

meio de seus aparelhos denominados Pendulum/ Pendex que por serem

Page 28: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

aparelhos monomaxilares e compostos por molas construídas com fio de titânio

molibdênio de .032” de diâmetro e que produziam força distalizadora leve e

contínua, assegurava uma boa motivação e aceitação pela terapia por parte

dos pacientes. Entretanto, estas molas quando necessitassem de reativações,

os procedimentos eram complexos de serem efetuados, pois eram realizados

na cavidade bucal e com riscos de injúrias em tecido mole. Desta forma

Almeida et al., (1999) apresentaram uma modificação, no aparelho descrito por

Hilgers (1992), em que as molas passariam a ser removíveis facilitando nas

ativações e controle dos movimentos dentários.

Todos os sistemas distalizadores intrabucais dependem do botão

palatino de Nance como sistema de ancoragem, e os efeitos deletérios

provenientes da perda de ancoragem se tornaram evidentes.

Visando neutralizar os efeitos indesejáveis da perda de ancoragem,

Bernhart et al., (2001) foi o primeiro a utilizar parafusos rosqueáveis no palato

como ancoragem esquelética, tendo observado o bom controle dos dentes e da

unidade de ancoragem, associado à grande distalização dos molares

superiores. Com isso, o implante vem se tornando uma alternativa para os

tratamentos ortodônticos como podemos observar nos trabalhos de: Wehrbein

et al. (1996), Tortamano et al., (1999), Byloff et al., (2000); Kinzinger et al.,

(2000), Tosun, Keles e Erverdi, (2002) e Gelgör et al., 2004.

Portanto objetiva-se com o presente estudo, avaliar as alterações

esqueléticas e dentárias sagitais e verticais decorrentes da distalização dos

molares superiores com o aparelho Pendulum com molas removíveis,

associado à ancoragem esquelética.

Page 29: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

REVISÃO DA LITERATURA

Page 30: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

2 REVISÃO DA LITERATURA

A má oclusão de Classe II, muitas vezes, vem acompanhada de uma

atresia transversal da maxila. Hilgers (1991) apresentou um aparelho para

realizar expansão maxilar e distalizar os molares superiores, com um mínimo

de cooperação do paciente. Este aparelho consistia de duas molas com

helicóides, de fio de aço .36”, que se estendiam de uma placa palatina de

acrílico até as bandas nos primeiros molares onde eram soldadas. Um

segmento de fio de aço de .36”, que servia de apoio oclusal dos primeiros pré-

molares ou primeiros molares decíduos, estendia-se até a placa de acrílico,

onde se encontrava um parafuso expansor. As molas com helicóides

promoveriam distalização e rotação dos molares, aproveitando-se da placa de

acrílico que servia de ancoragem e, o parafuso expansor produziria uma

disjunção palatina, dando ¼ de volta por dia. A pré-ativação do aparelho foi

realizada em três etapas: 1) girar as bandas para distal, por meio dos

helicóides, aproximadamente duas vezes a rotação necessária, pois após a

cimentação, metade desta força seria perdida; 2) fazer uma dobra para lingual

na porção vertical do fio que se estendia do acrílico até as bandas nos molares

e; 3) incorporar uma dobra de segunda ordem para vestibular nos molares. O

autor concluiu que o aparelho poderia expandir ortopedicamente a maxila,

promover distalização e rotação dos molares superiores, criando espaço para

irrupção dos pré-molares sem necessidade de cooperação do paciente.

Gianelly (1991) utilizou molas NiTi para distalizar molares superiores, o

dispositivo consistia da colocação da mola entre o primeiro molar e o primeiro

pré-molar superior e a força seria de 100g com movimento de distalização do

molar de 1 a 1,5mm por mês. Foram utilizados elásticos de Classe II para

manter a ancoragem. Os resultados foram obtidos por meio da utilização deste

mecanismo em um paciente que os utilizou por um período de 5 meses.

Com o objetivo de apresentar um novo dispositivo para obter a

distalização dos molares superiores sem a necessidade de colaboração dos

pacientes, Jones e White (1992) apresentaram o aparelho denominado Jones

Jig, cuja ancoragem consistia de um botão palatino de Nance fixado às bandas

dos primeiros ou segundos pré-molares ou segundos molares decíduos, por

Page 31: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

meio de um segmento de fio de aço de .036”. O aparelho Jones Jig é composto

por um fio guia de aço de .036”, onde foi soldado um fio de aço .016”, que era

encaixado na canaleta do tubo-braquete do primeiro molar com a finalidade de

orientar o movimento distal. Uma mola de níquel-titânio que liberava força de

70 à 75g quando era comprimida de 1 a 5mm contra o primeiro molar superior

por meio de um cursor que se unia ao braquete do segundo pré-molar com um

segmento de fio de ligadura. As molas eram reativadas num intervalo de 4 a 5

semanas. Segundo os autores, este aparelho produzia distalização dos

molares para uma relação de Classe I, com ou sem a irrupção dos segundos

molares, na dentadura mista ou permanente, uni ou bilateralmente, pacientes

em crescimento ou não, e sem a necessidade de colaboração.

Bondemark e Kurol (1992) utilizaram os magnetos como forma de

distalizar molares superiores, com uma amostra de 10 pacientes com idade

entre 12 e 15,6 anos, com Classe II e moderada falta de espaço no arco

superior. Obteve a correção da relação molar em 16,6 semanas, com

movimento distal dos molares de 4,2mm e uma inclinação distal de 8º. Relatou

a ocorrência de pequena perda de ancoragem e leve inclinação dos incisivos

para vestibular, recomendando um cuidado pós-tratamento.

No ano de 1992, Hilgers demonstrou a confecção e a utilização do

aparelho Pendulum. A construção do aparelho foi realizada com um fio TMA de

.032”, bandas em primeiros molares superiores com tubos linguais de .036”

soldados na parte lingual e um botão de Nance modificado com grampos de

apoio oclusal nos pré-molares. Comentou a respeito das ativações das molas

que deveriam ser realizadas de forma que as mesmas ficassem paralelas à

sutura palatina mediana. Indicou a abertura da alça transversal de ajuste em

casos onde o molar tendesse a cruzar quando da distalização, recomendou

também a inclinação no segmento intratubo para a compensação da inclinação

do molar. Concluiu que o dispositivo era de fácil construção, utilização e de boa

aceitação por parte do paciente.

O uso de fio superelástico de níquel-titânio com forma de memória

NeoSentalloy (GAC International) para distalizar molares superiores foi

proposto por Locatelli, et al., (1992). Posicionaram um fio no arco superior e

anotaram três marcas, em cada lado: o primeiro na distal dos braquetes dos

primeiros pré-molares; o segundo, 5 a 7mm distalmente à entrada dos tubos

Page 32: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

dos primeiros molares e; o terceiro, entre o incisivo lateral e canino. Nessas

demarcações fixaram ganchos, sendo o anterior, para utilizar elásticos de

Classe II. O comprimento do fio era 5 a 7mm mais longo que o espaço

disponível, assim, ao posicionar o fio, o excesso defletiria gengivalmente, entre

os braquetes dos primeiros pré-molares e os tubos dos primeiros molares. Ao

retornar à sua forma original, o arco exerceria uma força de 100g para distalizar

os molares e, uma força de reação nos primeiros pré-molares, caninos e

incisivos. Usaram como ancoragem, elásticos de Classe II de 100 a 150g ou

um botão palatino de Nance, cimentado em primeiros pré-molares. Relataram

que, se os segundos molares não estivessem irrompidos, os primeiros molares

distalizariam 1 a 2mm por mês, com pouca perda de ancoragem. Na presença

dos segundos molares, aconselharam a utilização do arco NeoSentalloy de

200g, de .018” X .025” associado aos procedimentos de reforço de

ancoragem.

Com o intuito de determinar as alterações nos molares e incisivos

superiores e inferiores, decorrentes da correção da relação molar com

utilização do arco bimétrico de Wilson, Muse et al., (1993) empregaram o

referido dispositivo num período de 16 semanas. Avaliaram a direção e a

magnitude do movimento dos molares superiores, inclinações, estabilidade dos

incisivos e primeiros molares inferiores. Sendo assim 19 pacientes participaram

da pesquisa, sendo 13 meninas com idade média de 12,4 anos e 6 meninos

com idade média de 13,2 anos e que apresentavam má oclusão de classe II,

ângulo do plano mandibular com o plano horizontal de Frankfurt, de 27º,

distância do incisivo inferior à linha A-pogônio, menor ou igual a 3,5mm, ângulo

do eixo facial maior ou igual a 85º e a convexidade menor 6,0mm, e não

necessitavam de tratamentos com extrações. Todos os pacientes receberam

dispositivos fixos no arco inferior e utilizaram o arco de Edgewise .018” X .025”,

ou arco utilidade de .016” X .016”, para a estabilização. Os arcos bimétricos de

Wilson foram ativados por molas abertas, e associado à utilização de elásticos

intermaxilares de Classe II. Realizaram-se cinco ativações para que a correção

da relação molar fosse alcançada. Verificaram que os molares foram

distalizados em 4,1 meses e a distalização dos mesmos foi de 2,1mm, ou seja,

50,1% da correção da classe II, com inclinação de 7,8º, sendo 0,5mm a

quantidade de movimentação mensal. O movimento mesial dos molares

Page 33: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

inferiores foi de 1,3mm, 39,8% da correção. Concluíram que: a) em 16

semanas houve a correção da relação molar; b) a taxa de distalização mensal

não era previsível; houve inclinação dos molares superiores para a distal em

todos os casos e que a correção da Classe II foi facilitada pela movimentação

dos molares inferiores para a mesial.

Freitas et al., (1995) avaliou clínica e cefalometricamente o efeito do

aparelho Jones Jig na distalização unilateral do primeiro molar superior.

Fizeram parte da pesquisa dois pacientes com má oclusão de Classe II, divisão

1, subdivisão e foram tratados com este aparelho, com a finalidade de se obter

uma relação molar normal. Foi utilizado como ancoragem um botão palatino de

Nance modificado. A avaliação dos resultados dos tratamentos foi realizada por

meio de medidas cefalométricas adotadas por Ricketts e Steiner, e medidas

intrínsecas e extrínsecas da maxila. O tempo de utilização do aparelho foi de

aproximadamente 180 dias nos dois casos, com média de distalização de

0,8mm por mês e força dissipada de 70 a 75g. Os resultados cefalométricos

comprovaram nenhuma alteração esquelética.

Ghosh e Nanda (1996) determinaram os efeitos do aparelho Pendulum

na distalização de molares superiores e os seus efeitos na ancoragem.

Avaliaram 41 pacientes por meio de telerradiografias iniciais e finais. A

distalização média dos primeiros molares superiores foi de 3,3mm, com a

inclinação distal de 8,3º. O movimento mesial médio recíproco foi de 2,5mm

com a inclinação mesial de 1,2º. Os primeiros molares intruíram 0,1mm, os pré-

molares extruíram 1,7mm. Os incisivos centrais superiores tiveram a sua

inclinação vestibular aumentada em 2,4º em relação à linha SN. Os lábios

superior e inferior foram protruídos 0,3 e 0,9mm, respectivamente. A altura

facial inferior aumentou 2,7mm. Concluíram que a melhor característica do

aparelho foi de não necessitar cooperação por parte do paciente.

Wehrbein et al., (1996) realizaram este estudo com o intuito de

apresentar um novo sistema de implantes intra-ósseos para obtenção de

ancoragem ortodôntica. Estes implantes da marca Orthosystem apresentavam

3,3mm de diâmetro e 4 a 6mm de parte intra-óssea instalado na região anterior

do palato. Fez parte do trabalho um paciente Classe II de relação molar no qual

foram extraídos os primeiros pré-molares superiores e realizada a retração da

Page 34: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

bateria anterior utilizando como ancoragem o implante palatal. A retração foi

alcançada em 8 meses com sucesso.

Byloff e Darendeliler (1997) com o propósito de relatar a modificação

dentária e esquelética produzida pelo uso do aparelho Pendulum e sua

influência no que diz respeito à dimensão vertical estudaram uma amostra que

contou com 13 pacientes, sendo que 9 do gênero feminino e 4 do masculino

com idade média de 11,1 anos. Todos apresentavam uma Classe II dentária,

moderada falta de espaço e não apresentavam mordida aberta. Não foram

planejadas extrações para nenhum dos pacientes. O aparelho foi construído

utilizando molas de TMA com diâmetro de .032” da marca Ormco, e arcos

auxiliares de aço para posterior colagem com resina nos pré-molares

superiores. As molas foram ativadas em 45º com força inicial variando de 200 a

250g. Os molares foram distalizados até serem sobrecorregidos. Obtiveram

telerradiografias das fases inicial e um dia após a remoção do aparelho. Em

todos os pacientes foram alcançados uma sobrecorreção da relação molar no

tempo médio de 16,6 semanas, sendo que a taxa de distalização dos molares

foi de 1,0mm ao mês com força de 200 a 250g. Os autores relataram que a

perda de ancoragem foi de 1,6mm de movimento vestibular dos incisivos

superiores. As mudanças esqueléticas foram não significantes, destacando-se

que o ponto A por exemplo não foi alterado. No sentido vertical as mudanças

não revelaram nada que fosse significante. Os autores concluíram que o

aparelho Pendulum deve ser utilizado em casos de alterações dentárias e com

pouca discrepância, mas nunca devemos esquecer que o dispositivo não

melhora a parte esquelética. Concluíram também que o dispositivo realiza uma

distalização de 3,3mm e que não desenvolve uma mordida aberta dentária ou

esquelética.

Byloff et al., (1997) realizaram um trabalho que consistiu em verticalizar

os molares já distalizados com aparelho Pendulum, por meio de dobras

realizadas no segmento intratubo das molas, nos tubos palatinos. A amostra

constou de 20 pacientes que apresentavam Classe II, sendo 8 meninas e 12

meninos com idade média de 13,1 anos. Após a distalização das coroas dos

molares aplicavam-se ativações nas dobras de encaixe das molas, que

deveriam ser de 10 a 15º em direção oclusal para produzir o movimento

Page 35: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

radicular desejável. Foram obtidas radiografias, panorâmicas e telerradiografias

antes e no dia da remoção do aparelho. Observaram que a distalização dos

molares tanto da coroa quanto da parte radicular. Relataram uma intrusão dos

molares distalizados e extrusão dos pré-molares que serviam de ancoragem.

Como conclusão os autores citam a necessidade de inserir ativações no

aparelho Pendulum com o objetivo de verticalizar os molares já distalizados.

Martins et al., (1998) oferece por meio de seu Atlas de Crescimento

Craniofacial uma descrição estatística de um amplo segmento de dados

craniofaciais auferidos do estudo longitudinal em jovens brasileiros,

leucidermas, para a utilização mais objetiva dos diagnósticos e planos de

tratamento dos pacientes ortodônticos. Desta forma, os dados contidos neste

atlas são das idades de 6 aos 18 anos, o que favorece o ortodontista na

comparação de dados, principalmente no pico de crescimento dos pacientes.

Em 1998, Costa, Raffaini e Melsen propuseram um mini-parafuso que

poderia ser utilizado como unidade de ancoragem em Ortodontia, deveria

apresentar 2mm de diâmetro e 9mm de altura. A sua penetração no interior do

osso variaria de 5 a 7mm, dependendo de sua localização. A porção extra-

óssea variaria de 2 a 4mm. Citaram que a localização dos implantes poderia

ser tanto na maxila como na mandíbula. O experimento testou localizações

diferentes e modelos de carga para mini-parafusos usados em 19 pacientes.

Os autores sugerem que este artigo pode ser considerado um relato preliminar

e deve ser seguido pela reunião de relatos a partir de uma grande amostra.

Comentaram também que a promoção da estabilidade da ancoragem deve ser

comprovada, pois caso contrário a perda de ancoragem vai ocorrer.

Projetado para liberar uma força distalizadora nos molares superiores,

associado a uma unidade de ancoragem intramaxilar e eliminar a necessidade

de colaboração do paciente, o aparelho Jones Jig foi estudado por Runge,

Martin e Bukai (1998) para avaliar os efeitos desta abordagem durante a

distalização de molares superiores. A amostra consistia de 13 pacientes, sendo

7 do gênero feminino e 6 do masculino, com idade média de 14 anos e 6

meses. A força liberada pelas molas de níquel-titânio foi de 70g de cada lado e

as reativações foram controladas em intervalos de 4 semanas. O tempo médio

de tratamento foi de 27 semanas. Foram realizadas telerradiografias laterais

antes e após a distalização dos molares e os resultados mostraram que: os

Page 36: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

primeiros molares superiores distalizaram 2,2mm, inclinaram para distal 4º e

extruíram 2mm; os segundos pré-molares mesializaram 2,2mm, inclinaram

para mesial 9,4º e extruíram 3,2mm; os incisivos superiores inclinaram 2º; a

sobressaliência aumentou 1,5mm, e; a altura facial ântero-inferior aumentou

1,0mm. Os autores concluíram que o aparelho Jones Jig promoveu a

distalização dos molares superiores sem necessidade de colaboração dos

pacientes e a unidade de ancoragem não foi suficiente para neutralizar a força

exercida pelas molas distalizadoras, provocando perda de ancoragem.

Com a finalidade de melhorar o dispositivo criado por Hilgers, Almeida et

al., (1999) apresentou uma modificação na construção do aparelho

Pendulum/Pend-x visando facilitar o mecanismo de ativação e reativação das

molas de distalização dos molares superiores. Esta modificação consistiu na

construção de molas removíveis encaixadas no botão palatino de Nance por

meio de tubos telescópicos. A grande vantagem verificada com esta

modificação encontra-se relacionada à possibilidade de remoção das molas

intrabucais e posterior ativação fora da cavidade bucal. No aparelho Pendulum

original, realizam-se as ativações intrabucalmente com o emprego de dois

alicates simultaneamente, sendo de difícil execução, em função do acesso

reduzido, acarretando em lesões na mucosa da região do palato mole e falta de

controle do movimento dos molares. Desta forma concluiu-se neste trabalho

que no aparelho modificado as molas são reativadas extrabucalmente,

permitindo uma avaliação mais precisa da dobras de pré-ativação,

proporcionando um melhor controle durante a distalização dos molares

superiores.

Gianelly (1999) encontrou que a distalização dos primeiros molares é

fácil de ser obtida antes da irrupção dos segundos molares, e que prefere

forças contínuas, pois movimentam os dentes mais rapidamente que as forças

intermitentes. Concomitante a isto, citou que o momento favorável para

movimentar molares distalmente parece ser o da dentadura mista antes da

irrupção do segundo molares. O objetivo deste trabalho foi demonstrar o uso

das molas NiTi superelásticas (molas Sentalloy, GAC, Central Islip, NY) e dos

fios NiTi superelásticos (fio Neo Sentalloy, GAC) desenvolvidas por Miura,

porque aplicariam forças contínuas e necessitariam de pouca ou nenhuma

cooperação por parte do paciente. Estas molas liberariam forças de 100g entre

Page 37: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

os pré-molares e os primeiros molares com fios de .016” X .022”. e seriam

ativadas com compressão de aproximadamente 10mm. O fio NiTi superelástico

de .018” x .025” aplicaria força de 100g. Para o movimento distal dos molares

com estes fios, é necessário confecção de uma alça que se abre durante o

período de desativação do fio. A ancoragem para as molas e os fios NiTi

superelásticos seria um aparelho de Nance modificado, (removível) encaixada

nos tubos das bandas dos primeiros pré-molares. O índice de movimentação

atingido foi de 1mm por mês e deve se obter uma sobrecorreção de até 2mm.

O autor ainda comenta que utiliza elásticos de Classe II de 100g para manter a

posição dos incisivos. Como conclusão o autor observou a facilidade do

tratamento com estes dispositivos. Relatou também, que o maior problema esta

na manutenção da ancoragem.

Scuzzo, Pisani e Takemoto (1999) descreveram uma modificação do

aparelho Pendulum que permitiu um movimento de corpo das raízes e coroas

dos molares superiores. A modificação do aparelho consistia da confecção de

alças horizontais invertidas. Após a distalização dos molares superiores, estas

alças deveriam ser abertas produzindo uma verticalização das raízes dos

molares, e assim, um movimento de corpo. Antes do posicionamento intrabucal

do aparelho, as molas do Pendulum foram ativadas 45º, resultando em uma

força distalizadora de aproximadamente 125g de cada lado. Os autores

concluíram que esta modificação no aparelho Pendulum foi um método efetivo

e confiável para a distalização dos molares superiores com as vantagens de

promover movimento de corpo dos molares, necessidade de mínima

dependência do paciente, facilidade de confecção do aparelho, pouca

necessidade de reativação e aceitação do paciente.

Wong, Rabie e Hägg (1999) demonstraram por meio de um caso clínico

a utilização do Pendulum de Hilgers. A paciente do gênero feminino com 13

anos, relação molar Classe II, apinhamento ântero-superior, bom perfil e com

ângulo naso labial agradável. Em seu plano de tratamento foram incluídas e

realizadas as extrações dos segundos molares superiores antes da instalação

do Pendulum de Hilgers. O tempo total de tratamento foi de 18 meses e

concluiu que a utilização do dispositivo foi boa aceitação por parte do paciente,

favoreceu a abertura de espaço para o canino impactado, diminuindo desta

forma o tempo de tratamento ativo.

Page 38: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tortamano et al., (1999) relatou que a ancoragem ortodôntica consiste

numa das primeiras preocupações no planejamento ortodôntico. Esta

ancoragem pode ser classificada em mínima, moderada e máxima,

dependendo de como o sistema atua. O objetivo deste trabalho foi demonstrar

a utilização de um implante no palato como ancoragem máxima no arco

dentário superior. Para isso, foi utilizado este sistema num tratamento de má

oclusão Classe II divisão 1 de Angle. O planejamento cirúrgico realizou-se com

auxílio de um modelo de estudo, radiografias e uma moldeira plástica

individualizada. O modelo de estudo auxilia a definição do local do implante,

que deve ser posicionado entre os pré-molares, no sentido ântero-posterior; na

sutura palatina mediana e no sentido sagital, com uma angulação de

aproximadamente 60º em relação plano oclusal do paciente. Então, com a

moldeira plástica localizaram o ponto a ser perfurado, e com resina

autopolimerizável prende-se um fio 1,2mm de diâmetro para 6mm de altura no

local e angulação pré-determinados. Desta forma toma-se uma segunda

telerradiografia para avaliar o possível posicionamento do implante. Uma

terceira telerradiografia após a colocação do implante para documentar a

posição. O implante foi realizado utilizando brocas especificas e com micro

motor de baixa rotação. Foi necessário um período de três meses para ocorrer

a osseointegração. Após este período molda-se o paciente para que uma barra

seja confeccionada e instalada com o objetivo de obter ancoragem. O sistema

de ancoragem foi efetivo, segundo o autor, pois apresentou uma resposta

excelente. O paciente não relatou dor ou desconforto no pré e no pós-cirúrgico.

A única desvantagem citada foi o custo do tratamento, em virtude do gasto com

a cirurgia e o implante.

Bernhart et al., (2000) com o objetivo de avaliar a condição e região

óssea mais favorável para implantes palatinos com intuito de obtenção de

ancoragem ortodôntica, estudou 22 pacientes que foram submetidos à cirurgia

de implantes. Relatou a importância de um exame minucioso anterior à

instalação dos implantes com finalidade de ancoragem ortodôntica, então,

esses pacientes foram expostos a um aparelho de tomografia da marca

Tomoscan Philips. Este exame avaliou inicialmente a região palatina logo

abaixo do forame incisivo, depois a região mediana do palato até o início do

osso nasal exceto o septo nasal. Os melhores resultados encontrados das 616

Page 39: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

medidas realizadas nos quatro planos foram da região que ficava 6mm da linha

mediana, logo abaixo do forame incisivo e que apresentou uma densidade

óssea de 16,1mm. Concluíram então que existe a necessidade de um exame

prévio, devido a grande variação de topografia óssea encontrada nos

pacientes.

Com a finalidade de obter uma ancoragem máxima em ortodontia Byloff

et al., (2000) apresentou este trabalho com intuito de eliminar o efeito

indesejável da perda de ancoragem por meio dos implantes. Neste caso foi

utilizado um implante da marca Graz Implant suported Pendulum (GISP), que

consistia em parafusos com 15 x 10mm e dois cilindros com 10mm de

comprimento e 3,5mm de diâmetro. Após 1 a 2 semanas de pós cirúrgico o

aparelho pôde ser instalado e as ativações das molas eram realizadas fora da

cavidade oral. A força utilizada pelas molas do aparelho Pendulum foi de

aproximadamente 250g com 45º de inclinação. O paciente foi acompanhado a

cada 4 semanas e a mola era checada. A paciente apresentava 21 anos de

idade e com má oclusão Classe II com relação de canino completa do lado

esquerdo e Classe I do lado direito, mordida profunda e sobressaliência de

10mm. A paciente foi acompanhada por 8 meses até que os molares

atingissem a relação de Classe I. As vantagens do sistema foram observadas

na não cooperação do paciente, assim como na aceitabilidade do tratamento

cirúrgico e a diminuição do tempo de tratamento. O autor sugeriu que a

pesquisa seja realizada num grupo maior de pacientes, para que os resultados

fossem melhor avaliados , já que esta pesquisa foi baseada numa pequena

amostra.

Bussick e McNamara Jr (2000) com o propósito de determinar as

alterações dento alveolares e esqueléticas produzidas pelo uso do aparelho

Pendulum, realizaram este estudo com uma amostra de 56 pacientes do

gênero feminino com idade média de 12,1 anos e 45 do gênero masculino com

idade média de 12,1 anos. Foram realizadas radiografias antes e após a

distalização dos molares. Todos os aparelhos foram construídos com fios de

TMA .032”e com molas que dissiparam forças de 200 a 250g. Por meio de

telerradiografias iniciais e finais foram determinadas mínimas alterações

esqueléticas refletidas no ângulo ANB que teve um aumento de 0,4º e a

mandíbula que protruíu aproximadamente 0.6mm. Foi verificado diminuição do

Page 40: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

ângulo SNB e aumento na dimensão vertical. Verificou-se pequena intrusão

dos molares superiores, e um reposicionamento mais adequado da mandíbula.

Nos pacientes com segundo molar decíduo não mostraram alterações no AFAI,

já os pacientes com pré-molares sofreram um aumento médio de 2,4mm.

Concluíram então que todos os molares sofreram sobrecorreção da relação

molar com distalização de 76% e perda de ancoragem de 24%. Relataram

também que quando o dispositivo é utilizado em dentição mista ocorre um

mínimo de alteração na AFAI.

Muitos sistemas intrabucais, para distalização de molares superiores,

têm sido desenvolvidos, para não necessitar da colaboração do paciente.

Joseph e Butchart (2000) examinaram os efeitos dentários e esqueléticos

provenientes do uso do aparelho Pendulum. Foram selecionados 7 pacientes,

com relação dentária de Classe II, com idade variando de 9 anos e 3 meses até

13 anos e 4 meses, e 3 dos pacientes apresentavam os segundos molares

irrompidos. Todos pacientes foram tratados com o aparelho Pendulum, nos

quais as molas foram ativadas em 90º e mantidas em posição até obter uma

relação molar de Classe I sobrecorrigida. Foram realizadas telerradiografias pré

e pós-tratamento. O tempo de tratamento variou de 1,5 a 5 meses. Os

resultados obtidos foram: os primeiros molares superiores distalizaram 5,1mm

e inclinaram 15,7º para distal; os incisivos superiores inclinaram para vestibular

4,9º e protruíram 3,7mm e a inclinação do plano mandibular não sofreu

alteração. Observaram que a presença dos segundos molares não interferiu na

velocidade de distalização dos primeiros molares. Os autores concluíram que o

aparelho Pendulum foi um efetivo sistema para distalização de molares

superiores, sem necessidade de colaboração do paciente, porém promoveu

inclinação distal desses dentes e houve perda de ancoragem.

Keles e Sayinsu (2000) estudaram a distalização dos molares

superiores, por meio de um dispositivo chamado IBMB (distalizador intra-oral

de molares) que propunha uma força mais próxima do centro de resistência do

molar superior. Este aparelho consistiu em um arco palatal, soldado às bandas

dos primeiros molares superiores e molas que saiam de um botão palatino de

Nance. Para este trabalho foi utilizada uma amostra composta por 15 pacientes

sendo 5 meninos e 10 meninas, que apresentavam uma relação molar de

Classe II. Para a distalização foi utilizada uma mola ativada com força de 230g

Page 41: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

aplicadas nos molares que conseguiu uma distalização média de 4,33mm. Para

acompanhar os resultados foram realizadas radiografias antes e depois.

Concluíram que o uso deste tipo de diastalizador é eficiente, rápido e não

depende do auxílio do paciente.

Kinzinger et al., (2000) investigaram as alterações esqueléticas e

dentárias produzidas pelo uso do aparelho Pendulum. A amostra constava de

50 pacientes com média de idade 11,2 anos onde 29 pacientes eram do gênero

feminino e 21 do masculino, todos apresentando uma Classe II dento alveolar.

Estes pacientes foram divididos em 2 grupos em que o Pendulum foi fixado

com ancoragem nos molares decíduos em 24 pacientes e em pré-molares nos

outros 26. Todos os pacientes foram tratados por especialistas em ortodontia.

As molas foram fabricadas com fio de TMA .032” que liberavam uma força

entre 200 e 250 CN. Segundo os autores o parafuso expansor posicionado

para distal era ativado à medida que fosse necessário regularizar a rotação dos

molares. Para controle e análise foram realizadas telerradiografias e

moldagens antes e após o tratamento distalizador. O tempo médio de utilização

foi de 22,5 semanas com média de espaço produzida de 4,6mm do lado direito

e 4,48mm do lado esquerdo. A média de distalização foi de 2,8mm e 1mm de

protusão dos incisivos superiores. O ângulo SNA diminui em média 0,1º. Os

autores comentaram da necessidade de ancoragem máxima em adultos com a

utilização de implantes no palato e distalização inicial dos segundos molares

para depois os primeiros molares. Como conclusão os autores citaram que o

uso do aparelho Pendulum com aparelho expansor modificado para distal é

apropriado para tratar crianças e adolescentes com uma má oclusão Classe II

dento alveolar.

O arco distalizador bimétrico de Wilson é um sistema que promove uma

distalização rápida dos molares, foi estudado por Nanda e Becher (2000) para

avaliar as alterações dentárias provenientes do tratamento com esse aparelho.

A amostra consistiu de 18 pacientes, sendo 13 do gênero feminino e 5 do

masculino, com uma idade média de 13 anos, apresentando uma relação molar

de Classe II, padrão esquelético normal, incisivos superiores verticalizados ou

com inclinação normal e incisivos inferiores com inclinação normal. Todos

pacientes foram tratados com o arco distalizador bimétrico, com molas de

níquel-titânio. Os pacientes foram instruídos para usarem os elásticos de

Page 42: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Classe II com o esquema de redução das forças, ou seja, usar elásticos de

172,1g durante 3 semanas; elásticos de 114,7g durante 2 semanas, e;

elásticos de 57,3g durante uma semana. Os molares foram distalizados até

uma sobrecorreção e o tratamento finalizado com mecânica Edgewise.

Telerradiografias laterais foram realizadas pré e pós-tratamento. Os resultados

mostraram que os molares superiores distalizaram 0,8mm, inclinaram para

distal 2,3º e extruíram 1,1mm, em relação ao plano palatino; os incisivos

superiores inclinaram 3,5º para vestibular, protruíram 1,4mm e extruíram

0,6mm, em relação ao plano palatino, e; os incisivos inferiores inclinaram 4,0°

para vestibular, em relação ao plano mandibular. Os autores concluíram que os

primeiros molares poderiam ser distalizados uni ou bilateralmente, e que, o

paciente ideal para usar esse sistema seria um adolescente colaborador para

uso dos elásticos, relação molar de Classe II suave, incisivos superiores

verticalizados, padrão de crescimento facial normal e mínimo apinhamento.

De acordo com as vantagens do aparelho Distal Jet, Quick e Harris

(2000) descreveram algumas modificações para eliminar algumas dificuldades

quanto à utilização deste aparelho. A modificação básica foi a entrada de distal

para mesial da secção deslizante, nos tubos linguais dos primeiros molares

superiores. A extremidade da presilha deveria ser mais longa para possibilitar a

amarração com elásticos ou ligaduras metálicas. A quantidade de ativação

desejada foi realizada por comprimir a mola entre a extremidade do tubo de

suporte incorporado no botão de Nance e um gancho soldado ao fio que se

deslizaria. Para reativar o aparelho, cortou-se a ligadura metálica para que a

secção deslizante fosse puxada para distal e assim pudesse ser removida e

uma mola mais comprida pudesse ser posicionada no fio. A secção deslizante

foi, então, inserida novamente nos tubos linguais dos molares. Os autores

apresentaram um caso clinico de uma paciente do gênero feminino, de 17 anos

de idade e com relação dentária de Classe II, em que foi realizada a

distalização dos molares superiores com o aparelho Distal Jet modificado. Após

3 meses e meio, a utilização do dispositivo resultou em um espaço de 4mm.

Concluíram que a utilização do aparelho é de boa aceitação e de fácil

manuseio.

Dentre os mecanismos distalizadores intrabucais, encontra-se o

aparelho Jones Jig. Suguino, Furquim e Ramos (2000) descreveram passo a

Page 43: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

passo a construção laboratorial do aparelho e realizaram algumas

considerações clínicas do aparelho. O dispositivo intrabucal era recomendado

para pacientes com padrão de crescimento equilibrado, e era contra-indicado

em casos de padrão excessivamente vertical, pois a extrusão dos molares não

era restringida. O aparelho deveria ser ativado de 4 a 5 semanas. A

distalização dos molares freqüentemente era acompanhada por rotação

distopalatino, inclinação distal e extrusão. Os autores verificaram que o

movimento distal mensal dos molares superiores era de 1,0mm, embora

pudesse manifestar variações individuais. Após a irrupção dos segundos

molares a movimentação era mais lenta e ocorreria uma maior perda de

ancoragem. Concluíram que a utilização do Jones Jig era eficiente para

correção da Classe II, sem a necessidade de colaboração do paciente.

Chaqués-Asensi e Kalra (2001) com a intenção de determinar os efeitos

no complexo dentofacial, produzidos pelo uso do aparelho Pendulum,

estudaram 26 pacientes que se submeteram a um tratamento com o referido

dispositivo. Os pacientes apresentavam Classe II, com um plano de tratamento

para não realizar extrações e não utilizar nenhum outro tipo de aparelho

distalizador. Em 11 dos pacientes da pesquisa os segundos molares estavam

presentes. Foram realizadas radiografias pré e pós utilização do Pendulum. Os

autores concluíram que todos os molares distalizaram e inclinaram

consideravelmente. Ocorreu também um aumento na altura facial e uma

redução na sobressaliência. Sugeriram ainda um bom diagnóstico antes da

utilização do aparelho Pendulum.

Considerações biomecânicas para obter distalização de corpo dos

primeiros molares superiores, associado à menor quantidade de perda de

ancoragem, em aparelhos distalizadores de molares intrabucais, são motivos

da realização de vários trabalhos. Baccetti (2001) apresentou um sistema para

distalizar molares superiores com um aparelho que consistia de um parafuso

sagital palatino (Leone A-629-08 ou Leone A0629-11), para distalização

bilateral de molares com quatro braços de extensão, que foram soldados às

bandas dos primeiros molares e dos segundos pré-molares ou, segundos

molares decíduos. A ancoragem foi realizada por um botão palatino de Nance

soldado ao corpo do parafuso. Realizou-se uma ativação de ¼ de volta no

parafuso, duas vezes por semana, e cada ativação correspondeu a 0,2mm, a

Page 44: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

quantidade de ativação mensal foi de aproximadamente 1,5mm, efeitos

observados em uma paciente do gênero feminino com 12 anos de idade, que

utilizou esse aparelho para distalizar os molares superiores. Realizaram

telerradiografias laterais antes e após a distalização dos molares superiores. O

parafuso foi ativado 24 vezes, durante 3 meses. Os resultados mostraram uma

distalização de 4,3mm na ponta da cúspide mésio vestibular e 4,1mm no ápice

radicular desta cúspide, indicando uma leve inclinação distal dos primeiros

molares e a quantidade de perda de ancoragem foi aproximadamente zero,

segundo o autor. Concluiu que esse aparelho distalizou os molares de corpo,

devido à força aplicada estar localizada próxima ao centro de resistência

desses dentes.

Bernhart et al., (2001) descreveu pela primeira vez, o uso de impalntes

rosqueáveis no palato. Pesquisa que contou com 21 pacientes sendo 15

mulheres e 6 homens nos quais foram instalados implantes rosqueáveis com o

intuito de obter ancoragem. Os casos foram planejados com tomografia e o

tamanho dos implantes foram definidos de acordo com a distância do palato à

1mm do soalho da fossa nasal. Esses implantes foram projetados e

especialmente produzidos em Titânio puro, com diâmetro de 3,7mm,

rosqueado no mesmo. Dos 21 pacientes, 3 tiveram a perda do implante, pois

apresentaram mobilidade ao início da tração ortodôntica. O restante, durante

12,3 meses de tratamento ortodôntico, não apresentaram mobilidade,

apresentando uma boa condição de saúde oral sem patologias aparentes. Em

relação às causas da perda destes 3 implantes os autores citaram que: forças

transversais excessivas realizadas quando da moldagem para a obtenção do

modelo no qual seria feito o botão de acrílico; forças realizadas pela língua

durante a mastigação e higiene, e ainda um hábito de fumar em demasia por

parte de um dos pacientes que resultou em uma infecção e conseqüente perda

do implante. Uma outra causa poderia ser a aplicação direta e contínua da

força ortodôntica, reduzindo a inserção do implante no osso, pelo fato do osso

palatino ter uma capacidade de remodelação menor que o osso medular do

rebordo. Porém são aceitáveis forças oblíquas e indiretas da magnitude de 2 a

6N. Para cada paciente participante desta pesquisa foi determinado um tipo de

tratamento, o que dificulta a avaliação dos dispositivos utilizados em cada um

Page 45: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

deles. O estudo chegou à conclusão que o sistema é eficiente como

ancoragem para o tratamento ortodôntico, o osso palatino possui espessura e

altura suficiente e permite a colocação dos implantes, mesmo naqueles

indivíduos que ainda estão em fase de crescimento, não se devem aplicar

forças diretas acima de 6N, implantes considerados perdidos, sem infecção,

podem ainda ser utilizados diminuindo-se as forças aplicadas sobre ele.

Bortolozzo et al. (2001) descreveram a confecção do aparelho Pendulum

sua utilização, modo de ação, possibilidades e limitações. Descreveram a

construção com o fio TMA de .032” (ORMCO), utilizaram tubos linguais de

.036” e com inclinação de 7º para compensar a tendência de inclinação distal

dos molares e comentaram à respeito da perda de ancoragem anterior,

importância do diagnóstico prévio à respeito do perfil facial e da indicação do

dispositivo. Como conclusão os autores citaram que o dispositivo é de boa

aceitação por parte do paciente e os melhores resultados são obtidos nas

classes II dentárias.

Fuziy (2001) estudou 32 pacientes, sendo 23 do gênero feminino e 9 do

masculino com idade média de 14,7 anos, portadores de más oclusões de

Classe II divisão 1 de Angle, com o intuito de avaliar as alterações sagitais,

verticais e transversais com uso do aparelho Pendulum. Foram realizadas

radiografias laterais convencionais, laterais em 45º e modelos de estudo.

Revelou que os molares superiores distalizaram em média 1mm, para os lados

direito e esquerdo mensalmente. Os molares foram acompanhados de uma

inclinação e intrusão o que ocasionou uma rotação da mandíbula no sentido

horário aumentando assim a medida AFAI. Relatou que houve perda de

ancoragem, pois os pré-molares mesializaram 2,6mm e os incisivos centrais

superiores protruíram 1,1mm. Concluiu que o aparelho Pendulum foi efetivo na

distalização dos molares superiores, acompanhado de perda de ancoragem e

não produziu alterações esqueléticas.

Keles (2001) apresentou uma nova maneira de distalização dos molares

superiores. Para isso utilizou-se de uma amostra de 15 pacientes, sendo 8 do

gênero masculino e 7 do feminino com média de idade de 13,3 anos, em que

todos apresentavam um molar superior em relação de Classe II. O aparelho

constava de bandas nos primeiros molares superiores e no lugar do tubo

lingual normalmente utilizado, o autor inovou construindo um braço soldado

Page 46: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

para que a aplicação da força passasse o mais próximo possível do centro de

resistência do dente a ser distalizado. Como ancoragem foi utilizado um botão

palatino de Nance modificado com mais acrílico na oclusal, e dele saiam molas

de Ni-Ti que ficavam presas a estes braços modificados. Os resultados

mostraram uma distalização fácil e eficiente, e conclui citando o dispositivo

como uma evolução na ortodontia.

Ngantung, Nanda e Bowman (2001) analisaram a distalização dos

primeiros molares superiores realizada por meio do dispositivo Distal Jet.

Foram realizadas radiografias cefalométricas antes e após a distalização dos

molares de 12 meninos e 21 meninas com média de idade de 12,8 anos. O

tempo necessário para a correção da relação molar foi de 6,7 meses, e o

tempo total de tratamento foi de aproximadamente 25,7 meses. Os resultados

do estudo mostraram que ocorre a distalização com facilidade, entretanto, com

perca de ancoragem, mostrou também que os molares distalizados sofreram

menos inclinações do que os molares distalizados com outros dispositivos pelo

motivo da força estar sendo aplicada mais próxima do centro de resistência.

Como resultado principal encontrou que os incisivos superiores inclinaram

1,8mm em média para anterior e não foi observada alterações na altura facial

inferior.

Silveira e Oliveira (2001) estudaram alterações cefalométricas dentárias

e esqueléticas no sentido ântero-posterior bem como na dimensão vertical,

ocorridas nos pacientes que foram tratados com a mecânica do arco de Canto

e o sistema Jones Jig. Para isto, as medidas cefalométricas foram: ANL, SNA,

Co-A, NPerp-A, 1-NA, 1.NA, AFAI, 6-Ptv e 6-Ptv. A amostra constou de 13

pacientes, com idade variando de 11 até 42 anos, com uma idade média de

20,5 anos. A variação média do tempo de tratamento foi de 4 meses. Foram

realizadas duas telerradiografias, uma antes e outra depois da distalização dos

molares. Como conclusão os autores citaram que: o aparelho Jones Jig não

provoca alterações esqueléticas ântero-posteriores significativas na maxila, os

incisivos superiores são vestibularizados e protuídos com a utilização da

mecânica, os molares superiores são inclinados para a distal e as raízes para

mesial, a altura facial anterior mostrou-se aumentada significativamente após o

emprego do Jones Jig e não foi encontrada alteração significante no perfil facial

no que diz respeito ao ângulo nasolabial.

Page 47: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Para avaliar os efeitos do aparelho Pendulum em pacientes com relação

dentária de Classe II, apresentando vários padrões de crescimento e as

alterações durante o curto período de estabilização de três meses, Toroglu et

al., (2001) realizou um estudo compreendendo uma amostra de 30 pacientes

dividida em dois grupos. O primeiro grupo consistia de 16 pacientes, sendo 8

do gênero feminino e 8 do masculino, com idade média de 12,9 anos e ângulo

FMA menor ou igual a 24º. O segundo grupo foi constituído de 14 pacientes, 10

do gênero feminino e 4 do masculino, com idade média de 13,1 anos e ângulo

FMA maior ou igual a 29º. Doze pacientes do primeiro grupo e 8 do segundo

grupo apresentavam os segundos molares em oclusão. A distalização dos

molares foi realizada com o aparelho Pendulum, de acordo com o preconizado

por Hilgers, até obter uma relação molar de Classe I sobrecorrigida de 5,0mm,

com tempo médio de tratamento de 5,7 meses, para os dois grupos. Foram

realizadas telerradiografias laterais convencionais antes e após a distalização

dos molares superiores e após um período de estabilização de 3 meses. Os

resultados mostraram que os molares distalizaram 4,0mm e 5,9mm no primeiro

e no segundo grupo, respectivamente. Os autores explicaram que essa

pequena diferença da quantidade de distalização ocorreu devido à presença

dos segundos molares em 75% dos pacientes do primeiro grupo e 57% no

segundo grupo. A perda de ancoragem dos segundos pré-molares foi de

6,6mm no primeiro grupo e 4,8mm no segundo grupo. Os incisivos superiores

moveram para vestibular 4,1mm no primeiro grupo e 2,1mm no segundo grupo,

resultando no aumento da sobressaliência. Os autores constataram que no

período de estabilização a perda de ancoragem dos molares foi de 1,7mm no

primeiro e de 1,5mm no segundo grupo, e que os segundos pré-molares e

incisivos tenderam a retornar às suas posições iniciais. Concluíram que o

aparelho Pendulum distalizava os molares superiores num período de tempo

curto, sem depender da colaboração do paciente e cuidados deveriam ser

tomados para evitar a perda de ancoragem e para estabilizar os molares

superiores, pelo menos durante três meses.

Bolla et al., (2002) descreveram os efeitos da utilização do aparelho

distal jet para a distalização de molares superiores e comparou os resultados

encontrados com outros estudos. Foram realizadas tomadas radiográficas para

as respectivas cefalometrias, antes e após a distalização dos molares. Modelos

Page 48: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

também foram realizados antes e após, para que juntamente com as

radiografias pudessem ser diagnosticadas as alterações dentárias e

esqueléticas. A amostra do trabalho contou com 20 pacientes sendo 11 do

gênero feminino e 9 do masculino, e com média de idade de 12,6 anos. Os

critérios para a inclusão na amostra foram: casos que não fossem necessárias

extrações, a distalização seria apenas com o Distal Jet, somente boas

radiografias e modelos foram aceitos. A presença de segundos molares foi

verificada em 6 casos totalmente irrompidos e 5 casos parcialmente irrompidos.

A confecção do aparelho constou de bandas nos primeiros molares e primeiros

pré-molares, construção de um botão de nance onde foram encaixadas astes

de sustentação do aparelho e a parte ativa do aparelho composto por

parafusos que se comprimiam quando da ativação. Foi atingida uma

distalização de 4,5mm com perda de ancoragem de 1,3mm e extrusão de

0,5mm. Os primeiros pré-molares extruíram 1,1mm. As posições dos incisivos

superiores e a sobressaliência não obtiveram mudanças significantes. Os

efeitos verticais não tiveram significância segundo os autores, pois o ângulo do

plano mandibular manteve-se constante e altura facial inferior aumentou

0,9mm. Como conclusão os autores citaram que: a) a classe II foi corrigida em

5 meses; b) para melhores resultados a melhor idade para o tratamento esta

entre 12 e 13 anos; c) a distalização foi de 71% e 29% de perda de ancoragem;

d) não ocorreram mudanças verticais significantes.

Karcher, Byloff e Clar (2002), tiveram como objetivo comprovar a

efetividade dos implantes palatais, com intuito de obter ancoragem para o uso

do aparelho Pendulum. Foi utilizado um implante da marca Mondeal, Tutlingen,

Germany que apresentava composição de 100% em Titânio. Sua forma era

composta de 2 pinos de 9 mm acoplados em uma placa que seria parafusada

por meio de 4 parafusos. Após a realização do implante, foi instalado o

dispositivo com ativação imediata de 250g de força em cada mola. O tempo

total de uso foi de 8 meses. Como resultado os autores revelaram que não

houve perda de ancoragem e nenhuma alteração na inclinação dos incisivos.

Citaram também que o implante é de fácil instalação e cirurgicamente

aceitável. O dispositivo se mostrou eficaz, rápido e sem necessidade de

cooperação do paciente.

Page 49: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Karaman, Basciftci e Polat (2002) utilizaram um implante para

ancoragem e o aparelho Distal Jet para distalização de molares superiores em

um caso clínico para avaliar os efeitos nas estruturas dentofaciais. Um paciente

de 11 anos de idade, gênero masculino em estágio de dentadura mista, face

agradável e perfil reto, apresentando relação molar Classe I no lado direito e de

Classe II no lado esquerdo devido à perda precoce de molares decíduos e não

havia discrepância transversal. Os objetivos do tratamento foram alcançar uma

relação molar de Classe I com distalização do primeiro molar superior

esquerdo, possibilitar irrupção do segundo pré-molar impactado e controlar a

irrupção dos outros dentes. A correção da relação molar foi realizada por meio

do aparelho Distal Jet associado a um implante (Leibinger, German) para

ancoragem esquelética com 3mm diâmetro e14 mm de comprimento que foi

implantado na sutura palatina, 2 a 3mm posterior ao canal incisivo. Foi

instalado um Distal Jet modificado com molas de níquel-titânio de 0,7mm de

diâmetro (Dentaurum). Após quatro meses da instalação do aparelho, foi obtido

um espaço de 8mm para a irrupção do segundo pré-molar superior esquerdo e

foram removidos o Distal Jet modificado e o implante. Instalou-se um aparelho

Hawley que foi usado por tempo integral. O primeiro molar superior direito não

teve alteração, pois a mola não estava ativada neste lado. Os autores

concluíram que o aparelho Distal Jet modificado associado à ancoragem

esquelética é um método efetivo para a distalização de molares superiores sem

perda de ancoragem e que deveria ser avaliado numa amostra maior.

Kinzinger, Fritz e Diedrich (2002) demonstraram dois casos clínicos com

a utilização do aparelho Pendulum modificado, no qual o dispositivo foi

programado para primeiramente distalizar o segundo molar, estabilizá-lo, e logo

depois iniciar a distalização do primeiro molar. Ambos os casos foram

realizados em pacientes adultos, com relação molar de Classe II. Como

conclusão os autores citaram que quando bem diagnosticado os casos com a

utilização do dispositivo atingem um bom resultado.

Schlegel, Kinner e Schlegel (2002) relataram a importância do

conhecimento anatômico para a realização dos implantes palatinos com o

intuito de utilização do mesmo como ancoragem ortodôntica. Explicou que a

massa óssea onde deveria ser inserido o implante parece ser mais importante

que o próprio processo cicatricial. O local a ser utilizado para o implante deve

Page 50: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

ter qualidade suficiente, isto é, altura e espessura suficiente para acomodar o

implante. O objetivo desse estudo foi coletar evidências anatômicas que

expliquem a ossificação da linha média palatina em diferentes idades, levando

em consideração que a colocação do implante na linha média palatina pode

apenas ter sucesso quando há mínimo suporte disponível. Desta forma foram

utilizados 41 cadáveres entre 12 e 53 anos de idade dos quais foram

removidos pedaços de osso palatino em forma de cilindro, todos da região

mediana. Após isto, foi realizada uma biópsia e exames histológicos após a

descalcificação das peças. Como resultados encontraram que: a) ossificação

da sinostose palatina ocorreu em cadáveres de 23 anos; b) qualidade e

quantidade óssea foram variáveis em todas as idades; c) um dos cadáveres, do

gênero masculino e com 31 anos de idade não possuía ossificação.

Concluíram também que a estrutura morfológica do osso depende da

topografia e varia com a idade. O osso maxilar em geral é classificado como

sendo do tipo 3 por sua fina cortical e ampla estrutura trabeculada. A colocação

dos implantes na linha média palatina pode atingir áreas como o canal incisivo.

Apesar de não causar dor aguda, pode lesar permanentemente o nervo.

Estudos anteriores provam que a melhor região para se colocar o implante é a

posterior da linha média palatina, pois possuir massa óssea melhor. O referido

estudo não conseguiu comprovar se a sinostose da região estimularia a

osseointegração do implante. Os autores consideraram o tratamento com

implantes ancorados em osso um bom avanço para a ortodontia, ocultando

aparelhos ortopédicos e tornando o tratamento menos dependente do paciente.

No ano de 2002, Sfondrini, Cacciafesta e Sfondrini realizaram uma

revisão dos aparelhos utilizados para a distalização dos molares superiores em

casos de má oclusão Classe II. Dentre os aparelhos foram citados: Headgear

(aparelho extra oral), acrilic cervical occiptal (acrílico cérvico occipital),

transpalatal arch (arco transpalatino), Wilson bimetric distalizing arch system

(arco bimétrico de Wilson), Herbst, Jasper Jumper, Eureka Spring, Magnetos,

fios de Ni-Ti, Pendulum, Distal Jet e First Class. Comentaram sobre a perda de

ancoragem que todos estes aparelhos produziam, sendo assim citaram a

utilização do Pendulum com ancoragem máxima por meio de implantes

palatinos como uma alternativa para eliminar este problema. Como conclusão

os autores relataram que pacientes com padrão facial aceitável e com classe II

Page 51: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

média podem utilizar os dispositivos distalizadores fixos. Os pacientes com

classe II completa, padrão facial desfavorável deveriam utilizar o extra-oral. Em

casos de pseudo classe III e com apinhamento severo superior eram favoráveis

ao uso dos dispositivos distalizadores com perda de ancoragem anterior.

Tosun, Keles e Erverdi (2002) com o propósito de avaliar um protocolo

cirúrgico não invasivo e propor uma guia cirúrgica para evitar erros durante a

colocação de implantes no palato realizaram uma análise radiográfica foi

realizada para avaliar a espessura do osso no qual seria inserido o implante. O

procedimento cirúrgico de inserção do implante foi executado e esperou-se o

processo de osseointegração de 3 meses. Após esse período, iniciou-se a

movimentação ortodôntica. Foram realizadas 21 cirurgias e nenhum desses 21

pacientes apresentou queixas ou perda do implante. A técnica proposta nesse

estudo ignora a utilização de incisões, rebatimento de retalhos e suturas. Os

implantes foram removidos com torque reverso usando um alicate e os

espaços ocupados pelos implantes foram deixados sem nenhum tratamento

especial. Como conclusão os autores relataram que tratamentos ortodônticos

contemporâneos necessitam de dispositivos mais modernos e com cada vez

menos auxílio do paciente. Citaram a não inflamação da região dos implantes

como fator favorável para a realização dos mesmos.

Ursi e Almeida (2002) descreveram a utilização do aparelho Pêndulo de

Hilgers na prática ortodôntica contemporânea. Foram considerados neste

trabalho os apectos relativos ao conceito de cooperação mínima, o manejo

clínico desta terapia, seus efeitos no complexo dentofacial, suas indicações e

contra-indicações e intercorrências clínicas mais comuns. Foram descritos

também no trabalho a confecção, instalação, toda seqüência clínica e ativação

da mola. Salientou-se a importância de, ao soldar o tubo lingual do encaixe das

molas que se fizesse com inclinação de 7º para atenuar a inclinação excessiva

do molar distalizado. Em relação ao tempo de tratamento ativo foi comentado

que ficaria entre 3 e 5 meses dependo de uma série de fatores. Além destes

tópicos foram citados como de relevância os recursos para contenção dos

primeiros molares superiores distalizados, tipos de retração dos demais dentes

e intercorrências clínicas eventuais durante o período de tratamento. Levando-

se em consideração todos os fatores que estão envolvidos nesta terapia, que

os casos a serem submetidos á ela devem passar por critérios bastaste rígidos

Page 52: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

de seleção. Casos que apresentem sinais de crescimento vertical,

sobressaliência aumentada, mordida aberta anterior, falta de selamento labial,

presença de segundos molares irrompidos sem espaço para a distalização e

distância 6-Ptv inadequada, acompanhada de uma classe II total, não são bons

cadidatos.

Angeliere e Almeida (2003) sabendo dos efeitos adversos provocados

pela utilização do dispositivo Pendulum, como a mesialização e inclinação das

coroas dos pré-molares superiores, aumento da altura facial ântero-inferior e

considerável inclinação para distal das coroas dos primeiros molares

distalizados, propuseram avaliar a correção destes efeitos adversos em 23

pacientes (7 do gênero masculino e 16 do feminino ) com idade média inicial

de 15,1 anos, tratados por meio do aparelho ortodôntico fixo associado ao

botão palatino de Nance e aparelho extra bucal de uso noturno. Foram obtidas

telerradiografias em norma lateral imediatamente após a remoção do aparelho

Pendulum e no término do alinhamento e nivelamento dentários, num período

de 1 ano. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste t de student para

dados pareados. O ângulo ANB diminui 0,5º e a altura facial ântero-inferior

aumentou 0,8mm. Os incisivos superiores extruíram 0,5mm. Os primeiros pré-

molares superiores verticalizaram 10,2º e distalizaram 2,8mm,

espontaneamente segundo os autores. Os primeiros molares superiores

extruíram 0,7mm, mesializaram 1,2mm e verticalizaram 7,6º. Concluiu-se que

houve a correção dos principais efeitos adversos promovidos pelo aparelho

Pendulum com o uso do aparelho ortodôntico fixo no prazo de um ano,

contribuindo para a finalização satisfatória do tratamento ortodôntico.

Burkhardt, McNamara Jr. e Baccetti (2003) compararam os resultados

obtidos pelo aparelho Pendulum de Hilgers e o dispositivo de Herbst, isto é,

comparar a distalização do molar provocada pelo Pendulum e o crescimento

mandibular acelerado pelo dispositivo de Herbst. Para isso formou três grupos

de pacientes que seriam tratados, seguindo a terapia de herbst com aplicativo

em acrilico, Herbst com aplicativo em aço e Pendulum de Hilgers. O grupo

tratado pelo Pendulum teve tempo total de tratamento de aproximadamente 31

meses e os outros dois grupos tratados pelos dispositivos de Herbst tiveram 29

meses de tratamento. Foram realizadas tomadas radiográficas de todos os

pacientes antes e depois do tratamento. Os resultados comprovaram que os

Page 53: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

dois tipos de aparelhos têm um componente dentoalveolar evidente. Os

autores comentam a importância de não poder generalizar os achados dos dois

tipos de resultados.

Deguchi et al., (2003) descreveu os tipos de implantes utilizados em

Ortodontia, destacando: a) implantes osseointegrados; b) implantes

osseointegrados provisórios na sutura palatina; c) mini-placas de titânio e d)

mini-implantes. Cita como principais indicações: a) indivíduos com necessidade

de ancoragem máxima; b) indivíduos não cooperadores; c) indivíduos com

necessidade de movimentos dentários considerados complexos. Para a

determinação do melhor local para a realização do implante o autor recomenda

radiografias periapicais, telerradiografias laterais convencionais, fio de latão

interdental na região onde se pretende realizar o implante. Como conclusão o

autor relata que os mini-implantes têm se mostrado efetivos como método de

ancoragem em Ortodontia, sendo sua instalação e remoção relativamente

simples, devido ao seu tamanho e de alguns casos não ser osseointegrado.

Relata ainda que os implantes podem fornecer ancoragem absoluta, permitindo

o tratamento ortodôntico adequado, com mínima colaboração do paciente.

Keles, Erverdi e Sezen (2003) apresentaram um caso clínico de uma

paciente do gênero feminino com 17 anos de idade e relação molar de Classe

II. Planejaram distalizar os molares superiores por meio do aparelho proposto

por Keles (2001) modificado pela ancoragem esquelética, por meio de implante

com parafuso de titânio (Frialit-2 Implant System) de 4,5mm de diâmetro e

8mm de comprimento, que foi implantado de forma transmucosa na região

paramediana do palato para evitar a sutura palatina mediana e por ser

considerada um local adequado para colocação do implante. Foi confeccionado

guia cirúrgico descrito por Tosun et al. (2002) para auxiliar no ato cirúrgico.

Após 3 meses da implantação do parafuso para ocorrer a osseointegração,

iniciaram-se os procedimentos ortodônticos. Os molares foram distalizados

3mm de cada lado em 5 meses. Os autores concluíram que os molares foram

distalizados sem perda de ancoragem, a implantação cirúrgica transmucosa foi

uma técnica pouca invasiva, sem necessidade de incisão, retalho e sutura e a

região paramediana ao palato foi um local adequado para realização implantes

com propósitos ortodônticos.

Page 54: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Kinzinger, Fritz e Diedrich (2003) com o propósito de investigar os

resultados do uso simultâneo dos aparelhos Pendulum e do arco lingual

modificado com função expansora utilizou uma amostra constituída por 20

pacientes com molar em relação de Classe II, porém facialmente e

esqueleticamente apresentavam padrão I, e com apinhamento anterior. Foram

divididos em 2 grupos onde os primeiros 10 pacientes (6 meninos e 4 meninas)

apresentavam dentição mista, com média de idade de 9,6 anos. Os outros 10

pacientes que formavam o segundo grupo foi constituído por 3 meninos e 7

meninas, com média de idade de 12,3 anos. O tempo médio de tratamento foi

de 20 semanas. Os aparelhos Pendulum foram construídos com fios TMA

.032”da Ormco, que liberavam forças de 180 - 200CN. Os arcos linguais foram

construídos com fios Eugiloy .038” azul da RMO (Rock Mountain Ortodontics,

Denver, CO, EUA), de forma que além do arco lingual foram soldados dois

braços de arco para realizar a expansão do arco inferior. Os pacientes foram

acompanhados por telerradiografias e modelos pré e pós tratamento. Os

resultados encontrados demonstraram que no primeiro grupo os molares

distalizaram em média 4mm, com uma inclinação de 6,1º e os incisivos

inclinaram 1mm com angulação de 7,6º. No segundo grupo os molares

distalizaram em média 2,8mm com angulação de 4,5º e os incisivos protuíram

1,6mm com angulação de 3,2º para a vestibular. Na arcada inferior os

resultados revelaram que os molares verticalizaram em média 2,4º e ocorreu

uma expansão de 1,5mm. Os autores concluíram que a terapia com ambos os

aparelhos é possível e se mostrou eficiente, rápida e sem cooperação por parte

do paciente.

Kyung, Hong e Parck (2003) propuseram a utilização de miniparafusos

no palato médio, por essa região possuir osso cortical, que é suporte suficiente

para um miniparafuso inteiro, que pôde receber as forças ortopédicas. Além

disso, essa área não possui estruturas nobres que poderiam complicar a

colocação dos parafusos. Nesse caso, não há espera para a osseointegração e

não existe a necessidade de cirurgia adicional, pois o parafuso é removido

facilmente. Para isso foram descritos 2 casos clínicos, que apresentavam

Classe II de relação molar. O tempo necessário para que ocorresse a

distalização com sobre correção foi de 5 meses. Os implantes foram removidos

9 meses após sua implantação.

Page 55: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Ogeda (2003) utilizou o aparelho Hilgers para a distalização dos molares

superiores e a correção da relação molar de Classe II, em uma amostra de 16

crianças com média de idade de 11,3 anos. O tempo de permanência do

aparelho foi de 7,4 meses, com ação da mola de TMA por 5,4 meses, e

intervalo médio entre as telerradiografias inicial e final de 9,1 meses. Os

resultados relativos à distalização foram em média 3,4mm de distalização das

coroas, com 1,5mm de movimento distal médio de raiz e inclinação distal de

molar de 9,4º, enquanto o incisivo superior sofreu uma inclinação vestibular de

coroa de 3º, com a projeção anterior da borda incisal em 1,8mm e do ápice

radicular em 0,7mm. Concluiu que o dispositivo é eficiente e de rápida

movimentação, porém o controle de movimentação de corpo do molar é melhor

obtido quando utilizados aparelhos de tração extrabucal.

Taner et al., (2003) comparou os efeitos do uso do aparelho extra-oral

convencional de tração cervical e do aparelho pend-x. Foram obtidas

radiografias para a realização de cefalometrias antes e depois da distalização

dos molares de 13 pacientes que utilizaram o aparelho extra-oral e 13

pacientes que usaram o pende-x. Os dois grupos foram comparados pelas

radiografias e através do u-test para comparar as diferenças encontradas. Os

resultados das distalizações foram registrados em tabelas. O grupo que foi

tratado com o extra-oral obteve uma distalização de 3,1mm para o primeiro

molar, 2,2mm para o segundo molar e com um tempo de tratamento de 11,3

meses. O grupo que utilizou o pend-x obteve distalização de 3,8mm para o

primeiro molar, 2mm para o segundo molar em 7,3 meses de tratamento. Foi

verificado que a inclinação para mesial dos primeiros pré-molares superiores foi

aumentada significantemente no grupo do pend-x. Como conclusão os autores

relataram que ambos os aparelhos realizam a distalização, e quando do uso do

pend-x ocorre perda de ancoragem dos elementos anteriores.

Os aparelhos intrabucais para distalização de molares superiores que

não necessitam de cooperação do paciente são eficientes, porém promovem

perda de ancoragem, caracterizada pela protrusão dos incisivos superiores e

mesialização de pré-molares. Gelgör et al., (2004) avaliaram as alterações

esqueléticas, dentárias e de tecido mole após distalização de molares

superiores associados com ancoragem obtida por meio de parafusos intra-

ósseos. Foram selecionados 25 pacientes, sendo 18 do gênero feminino e 7 do

Page 56: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

masculino, com idade média de 13 anos e 9 meses, padrão esquelético de

Classe I e relação dentária de Classe II. Os parafusos intraósseos (IMF Stryker,

Leibinger, Germany) utilizados eram constituídos de titânio puro e

apresentavam diâmetro de 1,8mm e comprimento de 14mm, sendo

posicionados 5,0mm posteriormente ao forame incisivo e 3,0mm para o lado

direito ou esquerdo da sutura palatina mediana. Após a colocação dos

parafusos, foram bandados os primeiros molares e os primeiros pré-molares,

onde foram soldados tubos e braquetes, respectivamente, de canaletas .018”

X .030”, também foi soldada uma barra transpalatina com fio de aço inoxidável

de .036”, nas bandas dos primeiros pré-molares tangenciando o parafuso

colocado no palato. Esta barra transpalatina foi fixada no parafuso com resina

composta fotopolimerizável. Foram inseridos bilateralmente arcos segmentados

de fio de aço inoxidável de .016” X .022” e molas de secção aberta de níquel-

titânio de .036” entre os primeiros molares e primeiros pré-molares , com uma

força contínua de aproximadamente 250g de cada lado. Uma relação molar de

Classe I sobrecorrigida de 2mm, foi alcançada em aproximadamente 4,6

meses. Foram analisadas telerradiografias laterais e modelos de estudo antes

e após a distalização dos molares superiores e os resultados mostraram que,

na análise cefalométrica: os molares distalizaram 3,9mm e inclinaram 8,7º; os

primeiros pré-molares inclinaram para mesial 2,8º; os incisivos superiores

inclinaram para vestibular 1º e protruíram 0,5mm; os molares foram intruídos e

inclinados para distal e devido a este efeito intrusivo não ocorreu aumento do

ângulo do plano mandibular. Segundo os autores, a pequena perda de

ancoragem poderia ser atribuída à flexibilidade da barra transpalatina e uma

insuficiente fixação entre esta barra e o parafuso. Concluíram que este sistema

de ancoragem esquelética permitiu aplicação de força imediata e foi muito

estável durante a distalização dos molares superiores e promoveu uma

distalização média de 0,8mm por mês.

Oliveira e Eto (2004) objetivaram a avaliação radiográfica dos efeitos do

aparelho Jones Jig nas distalizações intra-bucais. Para esta pesquisa foram

selecionados seis pacientes, com idades compreendidas entre 12 e 18 anos,

que apresentavam um padrão esquelético de Classe I ou Classe II suave e má

oclusão de Classe II dentária. Esses pacientes foram submetidos ao tratamento

ortodôntico por meio do aparelho Jones Jig, numa primeira fase do tratamento.

Page 57: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Radiografias laterais cefalométricas foram obtidas antes e após o tratamento

com este dispositivo e a partir delas traçados cefalométricos foram realizados

para obter medidas de tecidos moles, esqueléticas e dentárias. Os resultados

encontrados foram determinados, comparando-se as medidas do pré e do pós-

tratamento. A fim de avaliar a significância estatística desses resultados,

utilizou-se o teste de Wilcoxon. A ocorrência de uma inclinação distal dos

primeiros e segundos molares superiores foi à única alteração estatisticamente

significante encontrada.

Preocupados com a inclinação das coroas dos molares superiores para

distal e lingual provenientes da utilização do aparelho Pendulum, Kinzinger,

Wehrbein e Diedrich (2005) analisaram a conveniência da distalização de corpo

dos molares superiores com o aparelho Pendulum modificado por Kinzinger, et

al. (2000), denominado Pendulum K, por meio de uma análise in vitro dos

sistemas de força e um estudo in vivo em crianças e adolescentes. Na análise

in vitro, avaliaram três aparelhos Peundulum K, os quais foram posicionados

em um manequim, e as molas foram pré-ativadas para liberarem força de 200

CN. Realizaram nas extremidades das molas, onde se encaixariam nos tubos

linguais dos molares, uma dobra para torque distal de raiz de 30º para controlar

o movimento de inclinação dos molares, além de um desvio caudal de 15º para

controlar a rotação dos molares. Mediram-se as forças e momentos dos

movimentos distal dos molares de 1, 2 e 3mm e os resultados, na análise in

vitro, mostraram que as forças e momentos permaneceram constantes após

uma distalização simulada de 3mm. O estudo clínico foi realizado em 66

crianças e adolescentes, sendo 39 do gênero feminino e 27 do masculino, com

idade média de 11 anos e 8 meses com relação dentária de Classe II. O

tratamento foi realizado por meio do aparelho Pendulum K, onde as molas

foram ativadas para liberarem forças de 180 a 200 CN e foram realizadas

dobras para torque distal de raiz de 30º e um desvio caudal de 15o. Os ajustes

no parafuso para distalização foram realizados de acordo com que o

movimento distal dos molares ocorria. A cada 1/4 de ativação no parafuso para

distalização, promovia um aumento na força de distalização dos molares de 50

CN. Foram realizadas telerradiografias laterais antes e após a distalização dos

molares e os resultados revelaram que os primeiros molares distalizaram

3,4mm, inclinaram 4,7º em relação ao plano palatino e extruíram 0,3mm; os

Page 58: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

incisivos superiores protruíram 1,2mm e inclinaram para vestibular 3,1º em

relação ao plano palatino; na proporção do movimento total, a distalização dos

molares representou 73,5%. Os autores concluíram que as modificações no

aparelho Pendulum permitiram reativação das forças, momentos, controle da

inclinação e rotação dos molares superiores.

Page 59: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

PROPOSIÇÃO

Page 60: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

3 PROPOSIÇÃO

Esta pesquisa avaliou, por meio de telerradiografias em norma lateral

convencional, as possíveis alterações esqueléticas e dentárias sagitais e

verticais, decorrentes da distalização dos molares superiores, com o aparelho

Pendulum, com molas removíveis associado à ancoragem esquelética, por

meio de implantes palatinos, em jovens brasileiros leucodermas, apresentando

má oclusão de Classe II, divisão 1 para:

1) Avaliar as alterações dentárias verticais e sagitais;

2) Avaliar as alterações esqueléticas;

3) Avaliar as alterações no perfil;

4) Verificar a eficácia do sistema de ancoragem utilizado.

Page 61: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

MATERIAL E MÉTODO

Page 62: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4 MATERIAL E MÉTODO

4.1 AMOSTRA

A amostra do presente estudo foi estabelecida com 13 pacientes, sendo

10 do gênero feminino e 3 do masculino, brasileiros, leucodermas, naturais da

cidade de Marília, estado se São Paulo, com idade variando de 13 anos

completos a 15 anos e 5 meses de idade, e com idade média de 14 anos e

6meses de idade.

Os pacientes foram selecionados na Clínica de Pós-Graduação da

Faculdade de Ciências Odontológicas - Universidade de Marília, e em Escolas

Estaduais da cidade de Marília, estado de São Paulo, respeitando-se os

seguintes critérios:

a) Relação molar de Classe II de Angle, acima de meia cúspide (Figuras

3 e 4);

b) Presença de todos os dentes permanentes, de segundo molar ao

segundo molar do lado oposto (Figuras 5 e 6);

c) Observação clínica de osso disponível na região da tuberosidade da

maxila que permitisse a distalização (Figuras 7 e 8);

d) Características faciais condizentes ao padrão I e II sem deficiência

mandibular segundo Capelozza Filho (2004) (Figuras 1 e 2).

Todos os indivíduos selecionados receberam como mecanismo para

distalização dos molares superiores, o aparelho Pendulum com molas

removíveis, segundo Almeida et al. (1999), sem grampos de retenção e

levantamento oclusal de resina fotopolimerizável nas superfícies oclusais dos

primeiros e segundos pré-molares, associado à ancoragem esquelética, por

meio de implantes palatinos, que foi empregado por um período de 7 meses.

Foram avaliadas as telerradiografias cefalométricas em norma lateral

convencional desses pacientes, obtidas antes e após a distalização dos

molares superiores.

Page 63: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 1 – Fotografias extrabucais iniciais de uma paciente pertencente à

amostra

Figura 2 – Fotografia frontal intrabucal inicial, de uma

paciente pertencente à amostra

Page 64: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 3 – Fotografia intrabucal Figura 4 – Fotografia intrabucal

lateral esquerda inicial lateral direita inicial

Figura 5 – Fotografia intrabucal Figura 6 – Fotografia intrabucal

oclusal superior inicial oclusal inferior inicial

Figura 7 – Fotografia intrabucal para Figura 8 – Fotografia intrabucal para

verificação clínica da disponibilidade verificação clínica da disponibilidade

de osso do lado direito de osso do lado esquerdo

Page 65: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2 MÉTODO

Para uma melhor organização, dividiu-se o método em:

4.2.1 Tratamento ortodôntico;

4.2.2 Método radiográfico;

4.2.3 Elaboração dos cefalogramas em norma lateral convencional;

4.2.4 Controle do erro, e;

4.2.5 Análise estatística.

4.2.1 Tratamento Ortodôntico

4.2.1.1 Implantação do Sistema de Ancoragem Esquelética

Nos indivíduos selecionados, foram implantados, no palato, dois

parafusos de titânio da marca MDT (São Carlos/São Paulo- Brasil), com

comprimento e diâmetro, respectivamente de, 14mm e 2,7mm, (código

4.24.06.27014), que serviram de ancoragem esquelética (Figura 9).

Figura 9 – Parafuso de titânio da marca MDT, com 14mm de comprimento e

2,7 mm de diâmetro

A colocação dos parafusos, no palato, foi localizada de 6 a 9mm

posteriormente ao forame incisivo e de 3 a 6mm paramediana, bilateralmente,

à sutura palatina mediana com inclinação dos parafusos de aproximadamente

45 à 60º, em direção à espinha nasal anterior, segundo Bernhart et al., (2000)

(Figura 10)

Page 66: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 10 – Parafusos implantados ao palato

Após a anestesia infiltrativa local com agulha anestésica odontológica da

marca Terumo, e anestésico Septanest 3%, com adrenalina 1:200.000 da

marca Septodont, perfurou-se o palato com uma broca b-24.008 de 2mm de

diâmetro, da marca MDT, e micromotor multiplicador da marca Kavo. Após as

perfurações nos locais determinados, os parafusos foram rosqueados com uma

chave b-24.002, que foi encaixado em um cabo da marca MDT (b-24.001). O

parafuso ficou exposto 2mm na cavidade bucal, 2,5mm de espaço transmucoso

e aproximadamente 9,5mm intra-ósseo . A implantação dos parafusos foi

realizada por um profissional especialista em Cirurgia e Traumatologia

Bucomaxilofacial seguindo um protocolo cirúrgico padronizado.

4.2.1.2 Construção do Aparelho

A construção do aparelho Pendulum com molas removíveis associados

a implantes palatinos obedeceu basicamente, duas fases: uma laboratorial e

outra clínica.

Inicialmente, foram adaptadas bandas pré-contornadas da marca GAC

International (Central Islip, NY), nos primeiros molares superiores, aos quais

foram soldados tubos triplos da marca Morelli (códigos 20.11.511 e 20.11.512),

na vestibular e, tubo lingual da mesma marca (código 20.60.100), na palatina.

Essas bandas foram cimentadas com cimento ionômero de vidro Vitro Cem da

marca DFL. Após a cimentação das bandas, obtiveram-se os modelos de

Page 67: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

trabalho (Figuras 11 e 12), que apresentaram as impressões dos parafusos

implantados e das bandas cimentadas nos primeiros molares.

Figura 11 – Moldagem do arco Figura 12 – Modelo obtido com as

superior com a impressão dos bandas posicionadas e os implantes

parafusos e das bandas dos realizados

primeiros molares

No modelo de trabalho, de acordo com Almeida et al., (1999), foram

posicionados duas extensões de 10mm de tubos telescópicos de aço

inoxidável de 0,9mm de diâmetro interno da marca Tecnident (código TT-009),

(Figura 13) de modo que, ficassem paralelas e bilateralmente à sutura palatina

mediana, com o limite posterior tangente a entrada mesial dos tubos linguais

dos primeiros molares superiores, direito e esquerdo. Fixaram-se esses tubos

no modelo de trabalho com cera pegajosa e, na seqüência, foi confeccionado o

botão palatino de Nance, que se estendeu 5mm afastado da gengiva marginal

e envolveu o palato, englobando os tubos telescópicos e a impressão dos

parafusos (Figura 13).

Page 68: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 13 – Construção do botão Figura 14 – Botão palatino e

palatino de Nance com os tubos tubos telescópicos finalizados

telescópicos

Após o acabamento e o polimento do botão palatino de Nance (figura

14), se iniciou a confecção das molas distalizadoras, de acordo com Fuziy,

(2001), com alicate 139 e com fio de titânio-molibdênio de .032” de diâmetro da

marca GAC. Com o botão de acrílico posicionado no modelo de trabalho,

introduziu-se um segmento do fio de titânio-molibdênio no interior do tubo

telescópico e, na saída desse tubo, construiu-se um helicóide com

aproximadamente 4mm de diâmetro interno (Figura 15).

Sequencialmente confeccionou-se, 3mm distante do helicóide, uma alça

apresentando 4mm de altura e 4mm de largura, objetivando reduzir a relação

carga/deflexão e aumentar a flexibilidade do fio. Esse procedimento facilitou a

inserção do segmento intratubo da mola no tubo lingual, assim como também,

permitiu pequenos ajustes verticais e transversais durante a avaliação da pré-

ativação da mola (Figura 16).

Após confecção da alça, toda extensão foi recurvada para uma melhor

adaptação no rebordo alveolar do palato (Figura 17). Com a mola posicionada,

fez-se uma dobra na entrada mesial do tubo lingual, formando-se o segmento

intratubo que deveria deixá-lo passivo, tanto no sentido vestíbulo-lingual quanto

vertical (Figura 18).

Page 69: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 15 – Confecção do Figura 16 – Confecção da alça

helicóide com 4mm de diâmetro com 4mm de altura e 4mm de

largura

Page 70: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 17 – Contorno da mola para melhor adaptação ao palato

Figura 18 – Dobra para confecção do segmento intra-tubo passivo

Page 71: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

A confecção da mola do lado oposto foi realizada seguindo-se os

mesmos procedimentos anteriormente citados, preservando-se a simetria entre

as molas dos lados direito e esquerdo (Figura 19).

Figura 19 – Simetria entre as molas

Após a confecção do aparelho, as molas foram ativadas, por meio de

uma pequena dobra no helicóide, deixando-as paralelas (90º) à sutura palatina

mediana, obedecendo aos critérios preconizados por Hilgers, em 1992 (Figura

20). Incluiu-se também, uma dobra de antiinclinação, de modo que, o segmento

intratubo formasse um ângulo de 15º, em direção oclusal, para se ter um maior

controle na inclinação distal das coroas dos molares superiores durante a

distalização, segundo Fuziy (2001) (Figura 21). Em seguida, o aparelho pré-

ativado foi testado no modelo de trabalho para verificar se não ocorreu alguma

distorção nas molas, que produzissem movimentos indesejáveis.

Na fase clínica, o botão palatino de Nance foi reembasado e fixado nos

parafusos com resina acrílica auto-polimerizável Jet da marca Clássico,

tomando-se o cuidado de utilizar jato de água para eliminar o efeito de

aquecimento do acrílico e imediatamente após, foram instaladas as molas pré-

ativadas. Em seguida, colocou-se resina fotopolimerizável nas faces oclusais

Page 72: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

dos primeiros e segundos pré-molares, de ambos os lados, com a finalidade de

levantar a oclusão e, conseqüentemente, facilitar a distalização dos molares

pelo alívio das intercuspidações desses elementos dentários (Figura 22).

Os pacientes foram avaliados mensalmente, porém mantendo-se uma

única ativação durante o período de tratamento ativo. A distalização dos

primeiros molares até a sobrecorreção de 2,0mm, em relação à chave de

oclusão, foi alcançada em 7,0 meses (Figuras 23, 24 e 25). Ilustração de um

caso clínico com fotos iniciais e finais após a distalização (Figura 26 à 35)

Figura 20 – Ativação da mola em 90º, conforme preconizado por Hilgers

Page 73: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 21 – Dobra de anti-inclinação de 15º

Figura 22 – Levante de resina composta na face oclusal

dos pré-molares

Page 74: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 23 – Fotografia intrabucal lateral direita após a distalização dos molares

superiores

Figura 24 – Fotografia intrabucal lateral esquerda após a distalização dos

molares superiores

Page 75: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 25 – Fotografia oclusal superior pós-distalização

Page 76: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 26 – Fotografias frente e perfil de um paciente antes do tratamento

Figura 27 – Fotografia frontal inicial

Page 77: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 28 – Fotografias laterais esquerda e direita iniciais

Figura 29 – Fotografia frontal Figura 30 – Fotografia oclusal

inicial inicial

Page 78: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 31 – Fotografias frente perfil ao final da distalização

Figura 32 – Fotografia frontal ao final da distalização

Page 79: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 33 – Fotografias laterais esquerda e direita ao final da distalização

Figura 34 – Fotografia frontal final

Figura 35 – Fotografia oclusal ao final da distalização

Page 80: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2.2 Método Radiográfico

As telerradiografias em norma lateral convencional foram obtidas na

Clínica de Radiologia da Faculdade de Ciências Odontológicas, da

Universidade de Marília, por um único técnico.

Foram empregados filmes extrabucais na dimensão de 18 x 24mm, da

marca Kodak, e chassi metálico, tamanho 18,0 x 24,0 cm, equipado com écran

intensificador Lanex regular.

O aparelho utilizado foi o Orthopanthografy da marca Yoshida, de 115 V,

com fatores de exposição de 90 kV, 10mA, ciclo de 60 Hz, tempo de exposição

de um segundo, número de série 761250790, filtro de alumínio e colimador de

10“ x 8” de abertura, cefalostato tipo Margólis, e 1,52m de distância filme-

aparelho.

As radiografias obtidas foram reveladas pelo método de processamento

automático na câmara escura e controle de luz.

Essas radiografias foram realizadas antes e após a distalização dos

molares superiores, que foi de 7 meses. O fator de correção de magnificação

empregado foi de 10%, para as telerradiografias obtidas (Figuras 36 e 37).

4.2.3 Elaboração dos Cefalogramas em Norma Lateral Convencional

Os cefalogramas foram construídos manualmente utilizando-se o padrão

básico. Cada telerradiografia foi submetida à construção dos pontos e planos

cefalométricos que foram estabelecidos segundo a necessidade de estudar as

alterações propostas pela pesquisa. Foram utilizados como parâmetro de

comparação para todas as medidas lineares e angulares, os valores segundo

Martins et al. (1998).

4.2.3.1 Desenho Anatômico;

4.2.3.2 Pontos Cefalométricos ;

4.2.3.3 Linhas e Planos;

4.2.3.4 Grandezas Cefalométricas;

Page 81: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 36 – Telerradiografia lateral Figura 37 – Telerradiografia

convencional inicial lateral convencional final

4.2.3.1 Desenho Anatômico (Figura 38):

1 – Maxila – compreende a linha do assoalho da fossa nasal, espinha nasal

anterior, contorno anterior da maxila, palato ósseo e espinha nasal posterior;

2 – Incisivo central superior;

3 – Primeiro pré-molar superior;

4 – Primeiro molar superior;

5 – Mandíbula – rebordo alveolar anterior, corticais interna e externa na

região de sínfise, borda inferior do corpo mandibular, borda posterior do

ramo, cabeça da mandíbula e processo coronóide;

6 – Incisivo central inferior;

7 – Primeiro molar inferior;

8 – Perfil mole;

9 – Base anterior, média e posterior do crânio;

10 – Sela Turca;

11 – Perfil anterior do osso frontal e os ossos próprios do nariz;

12 – Borda póstero-inferior das órbitas;

13 – Fissura pterigomaxilar;

14 – Meato acústico externo.

Page 82: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 38 - Desenho das estruturas anatômicas de interesse:

1 – Perfil mole; 2 – base anterior do crânio, média e posterior; 3 – sela turca; 4

– perfil anterior do osso frontal e ossos próprios do nariz; 5 – borda póstero-

inferior das órbitas; 6 – fissura pterigomaxilar; 7 – meato acústico externo; 8 –

maxila; 9 – mandíbula; 10 – incisivo central superior; 11 – primeiro pré-molar

superior; 12 – primeiro molar superior; 13 – incisivo central inferior; 14 –

primeiro molar inferior.

12

1

8

9

2

3

7

11 1014

13

4

56

Page 83: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2.3.2 Pontos Cefalométricos empreg ados (figura 39):

1 – Sela (S) - ponto que representa o centro geométrico da sela turca;

2 – Násio (N) – ponto mais anterior da sutura frontonasal;

3 – Orbitário (Or) – ponto mais inferior da margem infraorbitária;

4 – Pório (Po) – ponto mais superior do meato acústico externo;

5 – Subespinhal (A) – ponto mais profundo da concavidade anterior da

maxila;

6 – Supramentoniano (B) – ponto mais profundo na concavidade anterior da

mandíbula;

7 – Ponto D – ponto situado no centro do contorno da secção transversal da

sínfise mandibular;

8 – Pogônio (Pog) – ponto mais anterior do contorno da sínfise mandibular;

9 – Gnátio (Gn) – ponto mais inferior e anterior do contorno do mento;

10 – Mentoniano (Me) – ponto mais inferior do contorno da sínfise

mentoniana, na confluência da margem inferior da sínfise com a linha da

base mandibular;

11 – Gônio (Go) – ponto mais inferior e mais posterior do contorno do

ângulo goníaco;

12 – Espinha nasal anterior – (ENA) - ponto mais anterior da maxila ao nível

do palato;

13 – Espinha nasal posterior – (ENP) – ponto localizado na extremidade da

espinha nasal posterior;

14 – Ponto CF – ponto localizado na intersecção da tangente a fissura

pterigomaxilar;

15 – Cúspide do primeiro molar superior – ponto médio da cúspide

mesiovestibular do primeiro molar permanente superior;

16 – Ápice radicular do primeiro molar superior – ponto localizado no ápice

radicular mesial do primeiro molar permanente;

17 – Cúspide do primeiro pré-molar superior – ponto localizado na cúspide

vestibular do primeiro pré-molar superior;

Page 84: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

18 – Ápice radicular do primeiro pré-molar superior – ponto do ápice do

primeiro pré-molar superior;

19 – Incisal do incisivo central superior – ponto da borda incisal do incisivo

central superior;

20 – Ápice radicular do incisivo central superior – ponto do ápice radicular

do incisivo central superior;

21 – Ponto AO – projeção do ponto A perpendicular no plano oclusal;

22 – Ponto BO – projeção do ponto B perpendicular no plano oclusal;

23 – Ponto da distal do primeiro molar superior;

24 – Ponto da distal do primeiro pré-molar superior;

25 – Ponto da vestibular do incisivo central superior.

No tecido mole foram enumerados os seguintes pontos (Figura 39):

1 – Lábio superior (Ls ) – ponto na região anterior do lábio superior;

2 – Lábio inferior (Li) – ponto localizado na região mais anterior do lábio

inferior;

3 – Pronasal – ponto mais anterior do nariz;

4 – Subnasal – ponto em que a columela se intersecta com o lábio superior

no plano médio sagital;

5 – Pogônio mole (Pog’) – ponto mais anterior no contorno do mento mole.

Page 85: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 39 - Pontos cefalométricos de interesse:

1 – Násio (N); 2 – Orbitário (Or); 3 – Sela (S); 4 – Pório (Po); 5 – Ponto CF;

6 – Espinha nasal posterior (ENP); 7 – Espinha nasal anterior (ENA); 8 –

Subespinhal (A); 9 – Incisal do incisivo central superior; 10 – Ápice radicular do

incisivo central superior; 11 – Ápice radicular do primeiro pré-molar superior; 12

– Cúspide do primeiro pré-molar superior; 13 – ápice radicular do primeiro

molar superior; 14 – Cúspide do primeiro molar superior; 15 –

Supramentoniano (B); 16 – Pogônio (Pog); 17 – Gnátio (Gn); 18 – Ponto D; 19

– Mentoniano (Me); 20 – Gônio (Go); 21 – Distal do primeiro molar superior; 22

– Distal do primeiro pré-molar superior; 23 – Vestibular do incisivo central

superior; 24 – Subnasal; 25 – Lábio superior; 26 – Lábio inferior; 27 – Pogônio

mole; 28 – Pronasal.

1

2

3

4 5

6 78

9

1011

12

13

14

1516

1718

19

20

21 2223

24

25

26

27

28

Page 86: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2.3.3 Linhas e Planos (Figura 40):

As linhas de interesse foram as seguintes:

1 – Linha SN – linha que passa pelos pontos S e N, situados no plano

mediosagital e na base do crânio;

2 – Linha NA – linha que une os pontos N e A;

3 – Linha NB – linha que une os pontos N e B;

4 – Linha ND – linha que une os pontos N e D;

5 – Linha Násio Perpendicular – linha vertical traçada de násio

perpendicular ao plano horizontal de Frankfurt;

6 – Linha Básio – Násio – linha que une os pontos básio e násio;

7 – Linha CF-Gn – linha que une os pontos Gnátio e CF;

8 – Longo eixo do incisivo central superior – linha que segue o eixo

longitudinal do incisivo central superior;

9 – Longo eixo do primeiro molar superior – linha que segue o eixo

longitudinal do primeiro molar superior;

10 – Longo eixo do primeiro pré-molar superior – linha que une os pontos

da cúspide e o ápice do primeiro pré-molar permanente superior;

11 – Linha vertical pterigóide (PTV) – linha tangente ao ponto CF e

perpendicular ao plano horizontal de Frankfurt;

12 – Linha E – linha que une o ponto nasal e pogônio mole;

13 – Linha que une a espinha nasal anterior ao mentoniano;

14 – Linha que passa pela columela nasal até o ponto subnasal;

15 – Linha que se estende do ponto subnasal até o ponto do lábio superior.

Os planos cefalométricos empregados foram (Figura 40):

1 – Plano oclusal funcional (Pocl.) – passa pelo ponto oclusal médio dos

molares e dos pré-molares;

2 – Plano mandibular (GoGn) – é a representação da base mandibular por

meio de uma linha que corta os pontos Go e Gn;

3 – Plano mandibular (GoMe) – é o plano que une os pontos Go e Me;

4 – Plano horizontal de Frankfurt – é o plano que une os pontos Po e Or;

5 – Plano palatino – plano que une os pontos ENA e ENP.

Page 87: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 40 - Linhas e planos de interesse:

1 – Linha NA; 2 – Linha NB; 3 – Linha ND; 4 – Linha Násio perpendicular; 5

– Linha da espinha nasal anterior ao mentoniano; 6 – Linha vertical PTV; 7 –

Linha do longo eixo do primeiro molar superior; 8 – Linha do longo eixo do

incisivo central superior; 9 – Linha do longo eixo do primeiro pré-molar superior;

10 – Linha da cúspide mesial do primeiro molar superior perpendicular ao plano

palatino; 11 – Linha da cúspide vestibular do primeiro pré-molar perpendicular

ao plano palatino; 12 – Linha da incisal do incisivo superior perpendicular ao

plano palatino; 13 – Linha da columela nasal; 14 – Linha sub-nasal ao lábio

superior; 15 – Plano palatino; 16 – Linha SN; 17 – Plano horizontal de

Frankfurt; 18 – Plano oclusal; 19 – Plano mandibular Go-Gn; 20 – Plano

mandibular Go-Me; 21 – Linha Cf -Gn.

1

2

3

45

6

7 89

1011

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

Page 88: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2.3.4 Grandezas Cefalométricas

A construção manual do cefalograma possibilitou a obtenção das linhas

e planos necessários para se obterem as medidas lineares e angulares que

demonstraram as variações sagitais e verticais decorrentes da aplicação do

mecanismo distalizador. Foram divididas em:

a) Posição ântero-posterior da maxila;

b) Posição ântero-posterior da mandíbula;

c) Relação maxilomandibular;

d) Padrão do esqueleto cefálico;

e) Alterações dentárias e

f) Padrão do perfil mole.

a) Posição ântero-posterior da maxila (Figura 41):

Para estabelecer parâmetros de comparação para as variáveis (SNA, A-

NPerp, SNB, Pg-Nperp, ANB, SN.Go.Gn, FMA, 1.NA e 1-NA) foi empregado

os valores retirados do atlas de Martins et al., em 1998, para as variáveis

(SND, AO-BO, AFAI e ângulo naso labial) foi utilizado os valores segundo

Jacobson, em 1995, e para a medida angular do eixo facial foi utilizado para

comparação os valores segundo Langlad (1993).

As variáveis que mostram as alterações na posição da maxila são:

1. Ângulo SNA – determinado pela intersecção das linhas SN e NA, sendo o

valor normal para a idade dos 15 anos, de 82,3º e desvio padrão de 2,7º para o

gênero masculino, e de 81,6º e desvio padrão de 3,2º para o gênero feminino.

Essas medidas representam o grau de protrusão ou retrusão da maxila em

relação à base do crânio.

2. Distância A-NPerp – determina a posição ântero-posterior da maxila em

relação à base do crânio e é medida da linha násio perpendicular ao Plano

Horizontal de Frankfurt ao ponto A. O ponto A posicionado anteriormente a

essa linha mostra um valor positivo e quando posicionado posteriormente, um

valor negativo. Em faces equilibradas, essa medida é de 1mm no adulto e de

0mm na dentadura mista. Para a idade de 15 anos, essa medida deve ser de –

1,4mm com desvio padrão de 2,9mm, para o gênero masculino, e de –0,7mm

Page 89: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

com desvio padrão de 3,4mm do gênero feminino. Os valores acima e abaixo

dessas medidas indicam a protrusão e retrusão maxilar respectivamente.

3. Comprimento efetivo da maxila (distância Co-A) - é a distância entre o ponto

condílio e o ponto A, expressa em milímetros e o comprimento efetivo da

maxila.

Figura 41 - Posição ântero-posterior da maxila

1 – Ângulo SNA; 2 – Distância A-NPerp; 3 – Linha Co-A.

1

2

3

Page 90: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

b) Posição ântero-posterior da mandíbula (Figura 42):

1. Ângulo SNB – formado pelas linhas SN e NB, sendo o valor normal para a

idade de 15 anos, de 70,5º e desvio padrão de 2,9º para o gênero masculino, e

de 79,8º e desvio padrão de 2,8º para o feminino. Define a posição ântero-

posterior da mandíbula, representada pelo ponto B, em relação à base do

crânio (linha SN). Medidas acima destas, mostram a protrusão mandibular e,

abaixo, a retrusão mandibular.

2. Ângulo SND – determinado pela intersecção das linhas SN e ND, sendo o

valor normal 76º. Os valores acima ou abaixo destes representam uma

protrusão ou retrusão mandibular respectivamente.

3. Distância Pg-NPerp – a relação da mandíbula com a base do crânio é

determinada pela medição da distância do pogônio à linha násio perpendicular

ao plano de Frankfurt. O posicionamento do ponto pogônio posteriormente à

linha násio perpendicular é interpretada por uma medida negativa. Para

pacientes do gênero masculino, na idade de 15 anos, essa deveria ser de -

6,5mm, com desvio padrão de 4,6mm. No gênero feminino, a média deveria

ser de -2,7mm, com desvio padrão de 4,9mm. Os valores encontrados acima

ou abaixo destes normativos, indicam a protrusão e retrusão mandibular,

respectivamente.

4. Comprimento efetivo da mandíbula (distância Co-Gn) – é a distância medida

em milímetros que une os pontos condílio e gnátio e representará o

comprimento efetivo da mandíbula.

Page 91: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 42 – Posição antero-posterior da mandíbula:

1 – Ângulo SNB; 2 – Ângulo SNB; 3 – Distância Pog-NPerp; 4 – Linha Co-Gn.

c) Relação maxilomandibular (Figura 43):

1. Ângulo ANB – determinado pela intersecção das linhas NA e NB.

Corresponde à diferença matemática entre os ângulos SNA e SNB, sendo o

valor normativo para a idade de 15 anos segundo Martins et al., é de 2,8º e

1,7º, respectivamente nos gêneros masculino e feminino.

2. Distância AO-BO – revela a verdadeira relação maxilo mandibular. No adulto

do gênero masculino com oclusão excelente, o ponto BO deve estar

posicionado aproximadamente 1mm para trás do ponto AO e no gênero

feminino o ponto BO deveria coincidir com o ponto AO. Assim, essa distância

encontra-se aumentada na má oclusão de Classe II, e na Classe III essa

distância é negativa.

12

3

4

Page 92: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 43 - Relação maxilomandibular:

1 – Ângulo ANB; Distância AO-BO.

1

2

Page 93: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

d) Padrão do esqueleto cefálico (Figura 44):

1. Altura facial ântero-inferior (AFAI) – é medida da espinha nasal anterior

(ENA) ao mentoniano (Me). Na dentadura mista, a medida AFAI é de 60 a

62mm, para a idade de 15 anos a média considerada ideal para os gêneros

masculino e feminino é de 71,2mm e 67,1mm, respectivamente.

2. Ângulo SN.GoGn – ângulo formado pela linha SN e o plano mandibular

GoGn. A medida deste ângulo representa o posicionamento da base

mandibular em relação à base do crânio. Com isso podemos dizer se o

crescimento de determinado indivíduo é predominantemente vertical ou

horizontal. Os valores normativos para a idade de 15 de anos são de 32,9º

para o gênero masculino e de 31º para o feminino. As variações acima ou

abaixo de 2º destes valores indicam que o padrão do esqueleto cefálico é

desfavorável. Medidas aumentadas indicam crescimento vertical e as

diminuídas horizontal.

3. Ângulo FMA – ângulo determinado pela intersecção dos planos horizontal de

Frankfurt e o Mandibular, sendo a norma para a idade de 15 anos do gênero

masculino de 27º e do feminino de 23,6º. A obtenção desta medida sugere a

informação do sentido predominante de crescimento facial. Os valores acima

do normal indicam um crescimento predominantemente no sentido vertical e

quando se encontram abaixo da norma o crescimento está ocorrendo mais no

sentido horizontal.

4. Ângulo do eixo facial (E Fac) – ângulo formado pela intersecção das linhas

Básio /Násio e CF/Gn. Apresenta o valor normativo de 90º podendo variar em

+/- 3,5º.

Page 94: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 44 - Padrão do esqueleto cefálico:

1- AFAI, 2- Ângulo SNGoGn, 3- FMA, 4- Ângulo do eixo facial.

e) Alterações Dentárias (Figura 45)

1. Ângulo do incisivo central superior (1.NA) – formado pela linha do longo eixo

do incisivo central superior com a linha NA, apresentando valores (21,2º para

os meninos e 24,6º para as meninas) normativos para a idade de 15 anos;

2. Ângulo do primeiro molar superior (6.Pp) – formado pela intersecção da linha

do longo eixo do primeiro molar superior e o plano palatino. Não possui um

valor padrão e é utilizado para comparação entre as inclinações axiais iniciais e

finais;

3. Ângulo do primeiro pré-molar superior (4.Pp) – formado pela intersecção da

linha do longo eixo do primeiro pré-molar superior e o plano palatino. Não

4

1

3

2

Page 95: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

apresenta valores normativos, sendo utilizado para a comparação entre as

medidas iniciais e finais;

4. Ângulo do incisivo central superior (1.Pp) – é formado pela intersecção da

linha do longo eixo do incisivo central superior e o plano palatino. Possui valor

normativo de 110º;

5. Distância do incisivo central superior (1-NA) – distância do ponto mais

vestibular da coroa do incisivo central superior até a linha NA. Expressa em

milímetros, a relação ântero-posterior do incisivo central superior com a linha

NA. Os valores normativos são de 3,6mm para os meninos e 4,5mm para as

meninas, ambos na idade de 15 anos.

6. Distância do incisivo central superior à linha PTV (1-PTV) – distância medida

da face vestibular do incisivo central superior à linha vertical pterigóide (PTV).

Define a posição ântero-posterior do incisivo superior. Não apresenta um valor

padrão, devendo apenas ser avaliado por comparação entre os valores iniciais

e finais para quantificar o deslocamento sofrido por esse elemento dentário

durante o procedimento de distalização dos molares. Essa medida revela a

eficácia da ancoragem visualizada pelo movimento distal dos incisivos centrais

superiores;

7. Distância do primeiro pré-molar superior à linha PTV (4-PTV) – distância da

dista do primeiro pré-molar superior, à linha vertical pterigóide (PTV).

Estabelece a posição ântero-posterior do primeiro pré-molar superior, porém

não possui valor normativo, apenas define por meio da comparação entre os

valores inicial e final o movimento distal sofrido por esse elemento dentário,

durante a distalização dos molares;

8. Distância do primeiro molar superior à linha PTV (6-PTV) – distância do

primeiro molar superior à linha vertical pterigóide (PTV). Esta medida expressa

a posição ântero-posterior do primeiro molar superior, entretanto não possui

valor normativo, sendo que as comparações dos valores iniciais e finais

definem o movimento distal sofrido pelo primeiro molar;

9. Distância do primeiro molar superior à ao plano palatino (6-Pp) – representa

a medida da cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior ao plano

palatino, medida realizada com o objetivo de avaliar o grau de intrusão ou

extrusão do primeiro molar permanente;

Page 96: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

10. Distância do primeiro pré-molar superior ao plano palatino (4-Pp) – é a

medida linear entre a cúspide vestibular do primeiro pré-molar superior e o

plano palatino, esta medida avalia a quantidade de intrusão ou extrusão

ocorrida ao primeiro pré-molar;

11. Distância do incisivo central superior ao plano palatino (1-Pp) – medida

entre a incisal do incisivo central superior ao plano palatino com o objetivo de

avaliar a quantidade de intrusão ou extrusão do incisivo central superior;

Page 97: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Figura 45 - Alterações dentárias:

1 – Ângulo do incisivo central superior (1.NA); 2 – Ângulo do primeiro molar

superior (6.Pp); 3 – Ângulo do primeiro pré-molar superior (4.Pp); 4 – Ângulo do

incisivo central superior (1.Pp); 5 – Distância do incisivo central superior à linha

NA (1-NA); 6 – Distância do incisivo central superior à linha PTV (1-PTV); 7 –

Distância do primeiro pré-molar superior à linha PTV (4-PTV); 8 – Distância do

primeiro molar superior à linha PTV (6-PTV); 9 – Distância da cúspide mesio-

vestvular do primeiro molar superior à ao plano palatino (6-Pp); 10 – Distância

do primeiro pré-molar superior ao plano palatino (4-Pp); 11 – Distância do

incisivo central superior ao plano palatino (1-Pp)

1

58 76

2 3 4

910

11

Page 98: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

f) Alterações do tecido mole (Figura 46)

1. Distância do lábio superior à linha E (Ls-E) – distância do lábio superior para

a linha traçada tangente ao nariz e ao tecido mole do mento. Revela a

ocorrência de alterações na protrusão do lábio superior. Essa distância tende a

diminuir quando ocorre a protrusão do lábio superior;

2. Distância do lábio inferior à linha E (Li-E) – distância do lábio inferior para a

linha traçada tangente ao nariz e ao tecido mole do mento. Demonstra

ocorrência de alterações faciais decorrentes da mecanoterapia;

3. Ângulo nasolabial (ANL) – esse ângulo é formado pela linha tangente à base

do nariz e pela linha do subnasal ao lábio superior, sendo o valor de 102º para

faces equilibradas.

Figura 46 - alterações no tecido mole.

1 – Distância do lábio superior à linha E; 2 – Distância do lábio inferior à linha

E; 3 – Ângulo nasolabial.

1

2

3

Page 99: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2.4 Controle do Erro

Foram obtidas três planilhas de medidas, sendo que a primeira

representou a amostra total de pacientes tratados na pesquisa, e foi derivada

do primeiro conjunto de cefalogramas traçados. Após 15 dias foram sorteados

5 pacientes da amostra inicial, cujo as telerradiografias foram retraçadas, e

novos valores foram obtidos para compor a segunda planilha. A terceira

planilha foi retirada da primeira que corresponde aos mesmos valores iniciais

daqueles 5 pacientes sorteados.

Para o erro sistemático utilizou-se o teste t de Student para dados

emparelhados e para o controle do erro casual o teste de Dahlberg, segundo

Fuziy (2001).

No controle do erro foram avaliadas somente as variáveis que não foram

idênticas as inicialmente obtidas.

Avaliando as tabelas número (1, 2, 3 e 4), podemos relatar que não

houve diferenças estatisticamente significantes para as 27 variáveis estudas,

entre os valores medidos inicialmente e remedidos após 15 dias, tanto para os

valores iniciais quanto para os valores finais.

Page 100: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 1 - Dados referentes ao controle do erro com valores iniciais e iniciaisapós 15 dias, segundo o teste t

IC95% damédia dasdiferenças

Variáveis N Média Média dasdiferenças

DP damédia

dasdiferen-

çasINF. SUP.

t(0,05;121 p-valor Resultado

SND ISND I (15)

55

79,077,8

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

Pg-NPerp IPg-NPerp I (15)

55

1,3-0,7

0,2 0,4 -0,3 0,7 1 0,374 NS

ANB IANB I (15)

55

5,25,5

0,2 0,4 -0,3 0,7 1 0,374 NS

AO-BO IAO-BO I (15)

55

3,93,9

O,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

4-PTV I4-PTV I (15)

55

35,632,5

-0,1 0,2 -0,3 0,1 -1 0,374 NS

1-NA I1-NA I (15)

55

4,63,9

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

6.Pp I6.Pp I (15)

55

82,161,4

-0,3 0,4 -0,8 0,2 -1,5 0,208 NS

4.Pp I4.Pp I (15)

55

88,183,2

-0,1 0,5 -0,8 0,6 -0,41 0,704 NS

1.Pp I1.Pp I (15)

55

108,1105,5

0,1 0,5 -0,6 0,8 0,41 0,704 NS

1.NA I1.NA I (15)

55

17,615,6

0,2 0,4 -0,3 0,7 1 0,374 NS

4-Pp I4-Pp I (15)

55

23,824,2

-0,2 0,6 -0,1 0,4 -1 0,374 NS

1-Pp I1-Pp I (15)

55

26,727,1

-0,1 0,2 -0,3 0,1 -1 0,374 NS

SN.GoGn ISN.GoGn I (15)

55

28,129,1

0,3 O,4 -0,2 0,8 1,5 0,208 NS

E Fac IE Fac I (15)

55

72,747,6

-0,5 0,5 -1,1 O,1 -2,24 0,089 NS

AFAI IAFAI I (15)

55

60,362,9

0,2 0,4 -0,6 0,3 -1 0,374 NS

Page 101: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 2 - Dados referentes ao controle do erro com valores finais e finais após15 dias, segundo o teste t

IC95% da médiadas diferenças

VARIÁVEL N Média Média dasdiferenças

DP damédia dasdiferenças INF. SUP.

t(0,05;121 p-valor Resultado

A-NPerp FA-NPerp F (15)

55

5,03,9

O,2 0,4 -0,3 0,7 1,14 0,319 NS

Co-A FCo-A F (15)

55

82,784,8

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

SNB FSNB F (15)

55

82,780,6

-0,3 0,6 -1,1 0,5 -1 0,374 NS

SND FSND F (15)

55

79,077,8

-0,4 0,4 -0,9 0,1 -2,14 0,099 NS

Pg-NPerp FPg-NPerp F(15)

55

1,3-0,7

0,3 0,5 -0,2 1,0 1,63 0,178 NS

Co-Gn FCo-Gn F (15)

55

105,5106,1

-0,1 0,2 -0,3 0,1 1 0,374 NS

AO-BO FAO-BO F (15)

55

3,93,9

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

6-PTV F6-PTV F (15)

55

18,012,0

0,1 0,8 -0,9 1,1 0,27 0,800 NS

4-PTV F4-PTV F(15)

55

35,632,5

0,1 0,5 -0,5 0,7 0,5 0,665 NS

1-PTV F1-PTV F(15)

55

57,456,4

0,1 0,5 -0,6 0,6 0,1 0,937 NS

1-NA F1-NA F(15)

55

4,63,9

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

6.Pp F6.Pp F (15)

55

82,161,4

-0,4 0,5 -1,1 0,3 -1,63 0,178 NS

4.Pp F4.Pp F (15)

55

88,183,2

-0,4 0,5 -1,1 0,2 -1,63 0,178 NS

1.Pp F1.Pp F (15)

55

108,1105,5

-0,5 0,5 -1,1 0,1 -2,24 0,089 NS

1.NA F1.NA F (15)

55

17,615,6

0,2 0,4 -0,3 0,7 1 0,374 NS

4-Pp F4-Pp F (15)

55

23,824,2

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,374 NS

1-Pp F1-Pp F (15)

55

26,727,1

0,2 0,7 -0,6 1,0 0,65 0,554 NS

SN.GoGn FSN.GoGnF(15)

55

28,129,1

0,2 0,6 -0,5 0,9 0,78 0,477 NS

FMA FFMA F (15)

55

90,790,8

-0,2 0,7 -1,1 0,7 -0,59 0,587 NS

E Fac FE Fac F (15)

55

72,747,6

-0,7 0,8 -1,7 0,3 -1,87 0,135 NS

AFAI FAFAI F (15)

55

60,362,9

0,1 0,2 -0,2 0,4 1 0,373 NS

Ls-LE FLs-LE F (15)

55

0,50,3

0 0,6 -0,8 0,7 0 0,999 NS

Li-LE FLi-LE F (15)

55

0,70,8

2,2 0,6 -0,8 0,8 7,80 0,999 NS

ANL FANL F (15)

55

107,0110,3

-0,5 0,9 -1,6 0,6 -1,29 0,266 NS

Page 102: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 3 - Resultado da fórmula de Dahlberg para análise de erro das medidas

lineares iniciais e iniciais após 15 dias

VARIÁVEL N Dahlberg t(0,05;4) p-valor ResultadoSND ISND I (15)

55

0,16 1 0,374 NS

Pg-NPerp IPg-NPerp I(15)

55

0,28 1 0,374 NS

ANB IANB I (15)

55

0,32 1 0,374 NS

AO-BO IAO-BO I (15)

55

0,16 1 0,374 NS

4-PTV I4-PTV I (15)

55

0,13 1 0,374 NS

1-NA I1-NA I (15)

55

O,16 1 0,374 NS

6.Pp I6.Pp I (15)

55

0,35 1,5 0,208 NS

4.Pp I4.Pp I (15)

55

O,35 0,4 0,704 NS

1.Pp I1.Pp I (15)

55

O,35 0,4 0,704 NS

1.NA I1.NA I (15)

55

O,32 1 0,374 NS

4-Pp I 4-Pp I (15)

55

0,41 1 0,374 NS

1-Pp I1-Pp I (15)

55

0,13 1 0,374 NS

SN.GoGn ISN.GoGn I(15)

55

0,35 1,5 0,208 NS

E Fac IE Fac I (15)

55

0,47 2,2 0,089 NS

AFAI IAFAI I (15)

55

0,28 1 0,374 NS

Page 103: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 4 - Resultado da fórmula de Dahlberg para análise de erro das medidas

lineares finais e finais após 15 dias

VARIÁVEL N Dahlberg t(0,05;4) p-valor ResultadoA-NPerp FA-NPerp F (15)

55

0,29 1,1 0,319 NS

Co-A FCo-A F (15)

55

0,16 1 0,374 NS

SNB FSNB F (15)

55

0,47 1 0,374 NS

SND FSND F (15)

55

0,39 2,1 0,099 NS

Pg-Nperp FPg-Nperp F(15)

55

0,40 1,6 0,177 NS

Co-Gn FCo-Gn F (15)

55

0,13 1 0,374 NS

AO-BO FAO-BO F (15)

55

0,16 1 0,374 NS

6-PTV F6-PTV F (15)

55

0,53 0,2 0,799 NS

4-PTV F4-PTV F(15)

55

0,31 0,4 0,665 NS

1-PTV F1-PTV F(15)

55

0,34 0,1 0,937 NS

1-NA F1-NA F(15)

55

0,16 0,1 0,937 NS

6.Pp F6.Pp F (15)

55

0,45 1,6 0,177 NS

4.Pp F4.Pp F (15)

55

0,45 1,6 0,177 NS

1.Pp F1.Pp F (15)

55

0,47 2,2 O,089 NS

1.NA F1.NA F (15)

55

0,32 1 0,374 NS

4-Pp F4-Pp F (15)

55

0,16 1 0,374 NS

1-Pp F1-Pp F (15)

55

0,46 0,6 0,553 NS

SN.GoGn FSN.GoGnF(15)

55

0,39 0,7 0,476 NS

FMA FFMA F (15)

55

0,50 0,5 0,587 NS

E Fac FE Fac F (15)

55

0,72 1,8 0,134 NS

AFAI FAFAI F (15)

55

0,16 1 0,374 NS

Ls-LE FLs-LE F (15)

55

0,40 2,1 1 NS

Li-LE FLi-LE F (15)

55

0,40 2,1 1 NS

ANL FANL F (15)

55

0,65 1,2 0,266 NS

Page 104: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

4.2.5 Análise Estatística

O resumo dos dados, devido a natureza das variáveis em estudo, foi

realizado por meio de tabelas e medidas descritivas de centralidade (média e

mediana), posição (valor mínimo e valor máximo) e de variabilidade (DP=

desvio Padrão), e IC 95% da média e da diferença de médias.

Para a comparação entre os valores das médias entre os momentos

inicial e final utilizou-se o teste t de Student para amostras emparelhadas,

adotando-se em todos os testes o nível de significância de 5% de probabilidade

para a rejeição da Hipótese de nulidade (ARMITAGE;BERRY, 1997).

O teste de normalidade utilizado foi o de Shapiro-Will, cujo resultado foi

não significante para todas as variáveis. (ARMITAGE;BERRY, 1997).

4.2.6 Ética

Todos os responsáveis pelos pacientes, no caso desta pesquisa, pai ou

mãe, assinaram termo de consentimento esclarecido, concordando com a

utilização da documentação radiográfica do menor para que este fosse incluído

no grupo amostral (ANEXO 1).

Com base nesses dados, o comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade

de Ciências da Saúde da Universidade de Marília aprovou o protocolo de

pesquisa em 15 de setembro de 2003, conforme o parecer editado pelo Prof.

Dr. Sosígenes Victor Benfatti, Presidente do Comitê de Ética em pesquisa da

Unimar (ANEXO 2).

Page 105: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

RESULTADOS

Page 106: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

5 RESULTADOS

Os resultados envolveram a comparação entre as médias das variáveis

iniciais e finais para determinação dos efeitos da distalização dos molares

superiores e constam nas tabelas (5, 6, 7, 8, 9 e10).

Tabela 5 – Dados referentes aos resultados da comparação entre as médias

iniciais e finais, angulares e lineares, por meio do teste t pareado

IC95% damédia dasdiferenças

VARIÁVEL n Mé-dia

Médiadas

diferen-ças

DP damédia

dasdife-

rençasINF. SUP.

t(0,05;121

p-valor

Resultado

SNA ISNA F

1313

87,086,3

0,7 1,7 -0,4 1,7 1,44 0,177 NS

A-NPerp IA-NPerp F

1313

5,03,8

1,2 2,0 -0,1 2,3 2,09 0,058 NS

Co-A ICo-A F

1313

82,784,8

-2,1 4,1 -4,6 0,3 -1,88 0,084 NS

SNB ISNB F

1313

81,780,5

1,1 1,6 0,2 2,1 2,67 0,021 S

SND ISND F

1313

78,977,7

1,2 1,4 0,3 2,1 2,99 0,011 S

Pg-NPerp IPg-NPerp F

1313

1,3-0,7

2,0 2,5 0,5 3,5 2,9 0,013 S

Co-Gn ICo-Gn F

1313

105,5106,1

-0,6 1,5 -1,5 0,3 -1,47 0,168 NS

ANB IANB F

1313

5,25,5

-0,4 1,1 -1,0 0,3 -1,17 0,265 NS

AO-BO IAO-BO F

1313

3,93,9

0,0 1,8 -1,1 1,1 1,35 0,999 NS

(1) t(0,05;12 = t com α = 5% e grau de liberdade = 12 (2) S = significante; NS = não-significante

Page 107: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 6 – Dados referentes aos resultados da comparação entre as médias

iniciais e finais, angulares e lineares, por meio do teste t pareado

IC95% damédia dasdiferenças

VARIÁVEL N Média Médiadas

diferen-ças

DP damédia

dasdiferen-

çasINF. SUP.

t(0,05;121

p-valor

Resultado

6-PTV I6-PTV F

1313

18,012,0

6,1 6,0 2,5 9,7 3,73 0,003 S

4-PTV I4-PTV F

1313

35,632,6

3,0 1,1 2,3 3,6 10,09 0,001 S

1-PTV I1-PTV F

1313

57,456,4

1,0 1,3 0,2 1,8 2,85 0,015 S

1-NA I1-NA F

1313

4,63,9

0,7 1,4 -0,2 1,6 1,73 0,109 NS

6.Pp I6.Pp F

1313

82,161,4

20,6 5,9 17,1 24,2 12,59 0,001 S

4.Pp I4.Pp F

1313

88,183,2

4,9 4,8 2,0 7,9 3,73 0,003 S

1.Pp I1.Pp F

1313

108,1105,5

2,6 3,7 0,4 4,8 2,57 0,025 S

1.NA I1.NA F

1313

17,615,6

2,0 3,4 -0,1 4,0 2,08 0,059 NS

6-Pp I6-Pp F

1313

21,720,7

1,0 1,6 0,1 2,0 2,29 0,041 S

(1) t(0,05;12 = t com α = 5% e grau de liberdade = 12 (2) S = significante; NS = não-significante

Page 108: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 7 – Dados referentes aos resultados da comparação entre as médias

iniciais e finais, angulares e lineares, por meio do teste t pareado

IC95% damédia dasdiferenças

VARIÁVEL n Média Médiadas

diferen-ças

DP damédia

dasdiferen-

çasINF. SUP.

t(0,05;121

p-valor Resultado

4-Pp I4-Pp F

1313

23,824,2

-0,4 1,0 -1,0 0,2 -1,35 0,203 NS

1-Pp I1-Pp F

1313

26,727,1

-0,4 1,4 -1,2 0,4 -0,99 0,343 NS

SN.GoGn ISN.GoGn F

1313

28,129,1

-0,9 2,2 -2,2 0,4 -1,53 0,151 NS

FMA IFMA F

1313

19,720,6

-1,0 1,3 -1,7 -0,1 -2,61 0,023 S

E Fac IE Fac F

1313

90,790,8

-0,1 4,4 -2,8 2,5 -0,09 0,926 NS

AFAI IAFAI F

1313

60,362,9

-2,5 3,3 -4,5 -0,5 -2,72 0,019 S

Ls-LE ILs-LE F

1313

-0,5-0,3

-0,1 1,1 -0,8 0,5 -0,46 0,656 NS

Li-LE ILi-LE F

1313

0,70,8

-0,1 0,9 -0,6 0,4 -0,29 0,776 NS

ANL IANL F

1313

107,0110,3

-3,3 8,2 -8,3 1,6 -1,46 0,170 NS

(1) t(0,05;12 = t com α = 5% e grau de liberdade = 12 (2) S = significante; NS = não-significante

A análise estatística, revelou que do total das 27 variáveis estudadas,

15 foram não significantes, dentre as quais: SNA, A-NPerp, Co-A, Co-Gn, ANB,

AO-BO, 1-NA, 1.NA, 4-Pp, 1-Pp, SN.GoGn, E Fac, Ls-E, Li-E e ANL.

O ângulo SNA sofreu uma variação do valor médio inicial de 87,0º para

86,3º no final da fase de distalização do molar, demonstrando dessa forma que

a mecânica do tratamento não alterou o posicionamento ântero-posterior da

maxila, confirmado também pelas variáveis A-NPerp cujas alterações foram de

5,0mm para 3,9mm e Co-A que se modificou de 82,7mm para 84,8mm.

O comprimento efetivo da mandibula sofreu um pequeno acréscimo, já

que a medida Co-Gn inicial era de 105,5mm e final foi de 106,1mm.

Page 109: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

A relação maxilomandibular manteve-se constante como pode ser

verificado pelas alterações das variáveis ANB (Inicial=5,2º / Final=5,5º) e AO-

BO (Inicial=3,9mm / Final=3,9mm).

As alterações dentárias, inicialmente avaliadas pelas medidas 1-NA cuja

variação foi de 4,6mm para 3,9mm e 1.NA de 17,6º para 15,6º, o que

evidenciou uma retrusão dos incisivos superiores.

Na seqüência, observaram-se como alterações não significantes na

posição vertical dos pré-molares cujas variáveis representativas 4-Pp

aumentaram de 23,8mm para 24,2mm e 1-Pp modificou-se de 26,7mm para

27,1mm, demonstrando assim uma extrusão suave.

O padrão do esqueleto cefálico avaliado por meio das medidas

SN.GoGn e Eixo Facial mostrou que houve uma suave rotação mandibular no

sentido horário, porém não significante, como pode ser observado pelas

variações, respectivamente 28,1º para 29,1º e 90,7 º para 90,8 º.

Os resultados referentes às alterações no perfil facial demonstraram-se

estáveis, pois os valores das três grandezas utilizadas para sua determinação,

Ls-LE (Inicial= -0,5mm / Final= -0,3mm), Li-LE (Inicial= 0,7mm / Final=0,8mm) e

ANL (Inicial=107 º / Final=110,3 º) sofreram pequenas alterações.

O teste t de Student para dados pareados revelou diferenças

significantes para as grandezas: SNB, SND, Pg-NPerp, 6-Ptv, 4-Ptv, 1-Ptv,

6.Pp, 4.Pp, 1.Pp, 6-Pp, FMA, AFAI.

As medidas angulares SNB e SND, ambas relacionadas a posição

mandibular mostraram que houve uma rotação mandibular suave no sentido

horário, visto pela alterações dos valores iniciais para os finais respectivamente

de 81,7º para 80,5º e 78,9º para 77,7º. Associada a rotação mandibular foram

constatadas alterações significantes nas variáveis AFAI e FMA, cujos valores

variaram respectivamente de 19,7º para 20,6º e 60,3mm para 62,9mm,

demonstrando um suave aumento.

As grandezas cefalométricas, lineares e angulares, referentes às

alterações dentárias significativas foram:

a)6-Ptv, que revelou uma alteração de 18mm para 12mm, evidenciando

uma distalização média do molar de 6mm.

b)4-Ptv, cuja alteração de 35,6mm para 32,5mm, mostrou uma

movimentação distal média do primeiro pré-molar de 3,1mm.

Page 110: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

c)1-Ptv, alterou-se de 57,4mm para 56,4mm, representando um

movimento lingual dos incisivos centrais superiores de1mm.

d)6-Pp, que sofreu uma alteração de 21,7mm para 20,7mm, indicando

que o primeiro molar superior sofreu uma média significativa de intrusão de

1mm.

e)6.Pp, revelou uma alteração de 82,1º para 61,4 º , indicando uma

significativa inclinação para distal do primeiro molar superior.

f)4.Pp, mostrou uma alteração de 88,1º para 83,2º , indicando uma

inclinação do primeiro pré-molar superior para a distal.

g)1.Pp, alterou-se de 108,1º para 105,5º revelando também uma

inclinação do incisivo central superior para a lingual.

Tabela 8 – Dados referentes à comparação dos resultados das variáveisangulares e lineares

IC95%Variável N Média DP3

INF.4 SUP.5Min.6 Máx.7

SNA ISNA F

1313

87,086,3

4,94,5

84,083,6

90,089,0

80,079,0

94,095,0

A-NPerp IA-NPerp F

1313

5,03,9

2,72,1

3,32,5

7,05,1

0,00,0

5,46,3

Co-A ICo-A F

1313

82,784,8

4,04,2

80,282,2

85,187,3

77,478,3

90,091,9

SNB ISNB F

1313

81,780,5

4,03,8

79,378,2

84,182,9

76,574,5

89,088,0

SND ISND F

1313

78,977,7

4,03,6

76,575,5

81,379,9

7372

8786

Pg-NPerp IPg-NPerpF

1313

1,3-0,7

4,13,5

-1,1-2,8

3,81,4

-5,4-6,3

10,85,4

Co-Gn ICo-Gn F

1313

105,5106,1

5,54,9

102,1103,1

108,9109,1

98,198,1

114,3114,3

ANB IANB F

1313

5,25,5

1,81,9

4,04,3

6,36,7

3,03,0

10,011,0

AO-BO IAO-BO F

1313

3,93,9

2,52,4

2,32,4

5,35,3

0,00,0

9,99,0

(1) I = INICIAL (2) F = FINAL (3) DP = desvio-padrão (4) INF. = LIMITE INFERIOR(5) SUP. = LIMITE SUPERIOR (6) Min. = valor mínimo (7) Máx. = valor máximo

Page 111: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 9 – Dados referentes à comparação dos resultados das variáveisangulares e lineares

IC95%Variável N Média DP3

INF.4 SUP.5Min.6 Máx.7

6-PTV I6-PTV F

1313

18,012,0

5,72,6

14,610,4

21,513,5

1,67,2

24,316,2

4-PTV I4-PTV F

1313

35,632,5

2,72,6

33,931,0

37,234,1

30,627,9

40,536,9

1-PTV I1-PTV F

1313

57,456,4

2,72,7

55,754,7

59,058,0

51,351,3

62,160,3

1-NA I1-NA F

1313

4,63,9

2,01,6

3,53,0

5,84,9

O,91,8

7,27,6

6.Pp I6.Pp F

1313

82,161,4

3,96,0

79,857,9

84,565,1

74,052,0

88,071,0

4.Pp I4.Pp F

1313

88,183,2

3,03,2

84,381,2

90,085,1

82,077,0

92,088,0

1.Pp I1.Pp F

1313

108,1105,5

6,25,3

104,4102,3

111,9108,7

99,093,5

116,0112,5

1.NA I1.NA F

1313

17,615,6

7,96,8

12,811,5

22,419,8

5,05,0

33,032,0

6-Pp I6-Pp F

1313

21,720,7

2,22,0

20,419,5

23,021,9

18,017,1

26,123,4

(1) I = INICIAL (2) F = FINAL (3) DP = desvio-padrão (4) INF. = LIMITE INFERIOR(5) SUP. = LIMITE SUPERIOR (6) Min. = valor mínimo (7) Máx. = valor máximo

Page 112: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 10 – Dados referentes à comparação dos resultados das variáveisangulares e lineares

IC95%Variável N Média DP3

INF.4 SUP.5Min.6 Máx.7

4-Pp I4-Pp F

1313

23,824,2

1,81,8

22,723,1

24,925,2

19,820,7

26,126,1

1-Pp I1-Pp F

1313

26,727,1

2,11,9

25,425,9

28,028,2

22,524,3

30,630,6

SN.GoGn ISN.GoGnF

1313

28,129,1

6,05,9

24,525,5

31,832,6

21,020,0

39,040,0

FMA IFMA F

1313

90,790,8

4,65,1

16,917,5

22,523,7

14,015,0

30,033,0

E Fac IE Fac F

1313

72,747,6

5,86,0

87,287,2

94,294,4

82,080,0

103,0102,0

AFAI IAFAI F

1313

60,362,9

4,64,4

57,660,2

63,165,5

50,454,9

68,469,3

Ls-LE ILs-LE F

1313

0,50,3

1,20,8

-1,2-0,9

0,30,2

-2,7-1,8

1,81,8

Li-LE ILi-LE F

1313

0,70,8

2,02,1

-0,5-0,5

1,92,0

-2,7-1,8

3,65,4

ANL IANL F

1313

107,0110,3

12,711,7

99,3103,2

114,6117,4

89,092,0

127,0132,0

(1) I = INICIAL (2) F = FINAL (3) DP = desvio-padrão (4) INF. = LIMITE INFERIOR(5) SUP. = LIMITE SUPERIOR (6) Min. = valor mínimo (7) Máx. = valor máximo

Page 113: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

DISCUSSÃO

Page 114: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

6 DISCUSSÃO

A má oclusão de Classe II pode se manifestar com o envolvimento dos

componentes esqueléticos e dentários, sendo assim, uma grande quantidade

de pesquisadores e de trabalhos vem mostrando inúmeras alternativas de

tratamento (GIANELLY, 1991; LOCATELLI, et al., 1992; BYLOFF et al.2000;

NANDA; BECHER, 2000; SUGUINO; FURQUIM; RAMOS, 2000; QUICK;

HARRIS, 2000; BACCETTI, 2001; FUZIY, 2001; BOLLA et al., 2002;

KARAMAN; BASCIFTCI; POLAT, 2002; KELES; ERVERDI; SEZEN, 2003;

KINZINGER; WEHRBEIN; DIEDRICH, 2005). Sendo assim a classe ortodôntica

reconhece que um dos maiores desafios para o tratamento ortodôntico da má

oclusão Classe II tipo A de Moyers, relaciona-se ao fato de necessitar a

colaboração do paciente (HILGERS, 1991; HILGERS, 1992; RUNGE; MARTIN;

BUKAI, 1998; URSI; ALMEIDA, 2002).

Trabalhos realizados utilizando o dispositivo Pendulum mostraram que

ocorre uma perda na unidade de ancoragem, isto é, os elementos dentários e

toda a pré-maxila sofrem um movimento para a anterior. (GHOSH; NANDA,

1996; BYLOFF; DARENDELILER, 1997; BYLOFF et al. 1997; SCUZZO;

PISANI; TAKEMOTO, 1999; BUSSICK; McNAMARA Jr, 2000; BORTOLOZZO

et al, 2001; FUZIY, 2001; SFONDRINI; CACCIAFESTA; SFONDRINI, 2002;

URSI; ALMEIDA, 2002).

Para eliminar os efeitos indesejáveis na mecânica ortodôntica, nos

últimos anos têm se utilizado implantes com a finalidade de obtenção de uma

ancoragem máxima.

Para a realização dos implantes são necessários um planejamento e um

protocolo cirúrgico adequados para o sucesso da utilização dos mesmos como

ancoragem em Ortodontia. As principais indicações para o uso dos implantes

seriam: 1) indivíduos com necessidade de ancoragem máxima; 2) indivíduos

não colaboradores; 3) indivíduos com necessidade de movimentos dentários,

considerados difíceis ou complexos para a ortodontia utilizando-se os métodos

tradicionais de ancoragem (BYLOFF et al., 2000; KINZINGER, et al., 2000;

KARCHER; BYLOFF; CLAR, 2002; SCHLEGEL; KINNER; SCHLEGEL, 2002;

GELGÖR, et al., 2004).

Page 115: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Para uma melhor compreensão e abordagem dos assuntos a discussão

foi dividida em tópicos:

6.1 Consideração sobre a amostra;

6.2 Sistema de força;

6.3 Ancoragem esquelética por implantes;

6.3.1 método de avaliar a posição dos implantes palatinos;

6.3.2 tamanho dos implantes palatinos;

6.4 Alterações sagitais da maxila;

6.5 Alterações sagitais da mandíbula;

6.6 Alterações no padrão do esqueleto cefálico;

6.7 Alterações na relação maxilomandibular;

6.8 Alterações dentárias decorrentes da distalização do molar.

6.8.1 Alterações dentárias sagitais;

6.8.2 Alterações dentárias verticais;

6.8.3 Perda de ancoragem

6.8.4 Taxa de distalização média;

6.8.5 Alterações do perfil facial.

6.1 CONSIDERAÇÃO SOBRE A AMOSTRA

Inicialmente a amostra foi composta por 16 indivíduos, de ambos os

gêneros, sendo 12 do feminino e 4 do masculino com idades variando de 12

anos e 6 meses a 15 anos e 5 meses, e idade média de 14 anos e 4 meses.

Deste total foram descartados: um paciente do gênero masculino pela

falta de documentação que possibilitasse a avaliação pela metodologia

desenvolvida; dois pacientes do gênero feminino, sendo uma pela desistência

do tratamento e outra por problema relacionado à fixação do implante. Desta

forma a amostra foi estabelecida com 13 pacientes, sendo 10 do gênero

feminino e 3 do masculino, com idades variando de 13 anos completos a 15

anos e 5 meses de idade , e com média de 14 anos e 4 meses de idade

(Tabelas 11 e 12 – Apêndice).

Page 116: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

O número de pacientes participantes desta pesquisa pode ser

questionado como sendo pequeno, porém quando comparado aos trabalhos e

pesquisas encontrados na revisão de literatura, pode ser considerado superior

aos demais. Podemos citar trabalhos que utilizam o aparelho Pendulum

ancorado ao implante como os de Byloff et al. (2000) e Karcher, Byloff e Clar

(2002), porém cada um destes trabalhos demonstrou sua utilização por meio

de apenas um caso clínico, sem a preocupação de realizar um trabalho

científico. Outros trabalhos utilizando diferentes aparelhos ancorados à

implantes palatinos: Karaman, Basciftci e Polat (2002) que utilizaram o

aparelho Distal Jet; Keles, Erverdi e Sezen (2003) que desenvolveram um

distalizador com forças que atuassem mais próximo do centro de resistência

dos molares e Kyung, Hong e Parck (2003) que utilizaram o implante para

apoiar molas distalizadoras, sendo que todos estes trabalhos são descrições

de casos clínicos e sem possibilidades de comparações. O fato de

encontrarmos trabalhos com um ou dois pacientes participantes pode estar

associado à complexidade de realizar pesquisas que envolvam procedimentos

cirúrgicos com a utilização de dispositivos de valor expressivo e com a

dificuldade de motivar e convencer os pacientes a se submeterem a estes

procedimentos.

6.2 SISTEMA DE FORÇA

Para que ocorra uma movimentação de corpo de um elemento dentário,

Proffit (1995) sugeriu forças de aproximadamente 150g, porém, cita que

dependendo do tamanho deste elemento dentário a força deve ser maior e

aplicada por mais tempo.

Na revisão de literatura pode-se observar certa regularidade na

magnitude da força aplicada pelas molas do aparelho Pendulum sobre o molar.

Autores como Gosh e Nanda (1996) incorporaram dobras nas molas entre 60 e

70º com força resultante de 230g, Byloff et al. (1997) aplicaram dobras de 45º

obtendo uma força entre 200 e 250g, Bussick e McNamara Jr (2000) com

dobras entre 60 e 90º produziram forças entre 200 e 250g.

Page 117: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

No presente trabalho optou-se por utilizar molas com dimensões,

padronização e dobras de forma que ficassem paralelas à linha média do

palato, isto é, em 90º, produzindo força distalizadora de aproximadamente

253,3g, conforme Fuziy (2001).

Estudos empregando diferentes dispositivos como o apararelho Jones

Jig (JONES; WHITE, 1992; FREITAS et al., 1995; SILVEIRA; OLIVEIRA, 2001;

OLIVEIRA; ETO, 2004), o formado por magnetos (BONDEMARK; KUROL,

1992) e os que utilizaram o aparelho Distal Jet (KARAMAN; BASCIFTCI;

POLAT, 2002; KELES; EVERDI; SEZEN, 2003), mostraram a necessidade de

reativações mensais para se manter a magnitude das forças dentro dos limites

ideais para a distalização simultânea dos primeiros e segundos molares. As

molas superelásticas utlizadas por Gianelly et al. (1999) liberavam força de

100g e necessitavam de ativações mensais. O que contrasta com esta

situação é o aparelho Pendulum que exige uma única ativação (BUSSICK;

McNAMARA Jr, 2000; JOSEPH; BUTCHART, 2000; CHÁQUES-ASENSI;

KALRA, 2001; FUZIY, 2001). Critério este também adotado no presente

estudo, em que foi realizada uma única ativação.

Além da força distalizadora, que promoveria a distalização dos molares

superiores, houve a possibilidade de ocorrer rotação disto palatina do molar,

devido à trajetória que a mola exercia que poderia resultar em mordida cruzada

posterior, segundo Hilgers (1992).

As forças distalizadoras das molas produziam uma inclinação distal de

coroa dos molares, decorrente do momento realizado pelas molas, pois estas

se localizavam a certa distância do centro de resistência desses dentes,

segundo Hilgers (1992). Com o propósito de minimizar este efeito indesejável

foi criada uma dobra de anti-inclinacão de 15º no segmento intratubo das molas

distalizadoras, que optamos por utilizar no presente trabalho (BYLOFF et al.,

1997; FUZIY, 2001). Contrastando com Ogeda (2003) que utilizou uma dobra

de anti-inclinação com 10º no segmento intratubo.

A ativação dessas molas também produzia alterações verticais de

intrusão dos molares, devido à trajetória dessas molas no sentido vertical e,

movimento de extrusão nos pré-molares, representando a unidade de

ancoragem, segundo Hilgers (1992).

Page 118: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Assim, devido à trajetória de ação das molas terem uma conformação

geométrica pendular tanto no sentido transversal como também no sentido

sagital, o aparelho Pendulum determinou um sistema de força que

proporcionou alterações dentárias verticais e sagitais secundárias.

6.3 ANCORAGEM ESQUELÉTICA POR IMPLANTES

6.3.1 Método de Avaliar a Posição dos Implantes Palatinos

Segundo Deguchi et al. (2003) radiografias devem ser obtidas das

possíveis áreas de inserção para a avaliação do espaço intra-ósseo e relação

com as estruturas vizinhas ao local do implante. Estas radiografias poderiam

ser as periapicais realizadas por meio da técnica do paralelismo,

principalmente se os implantes forem realizados entre as porções radiculares

dos elementos dentários. (COSTA; RAFFAINI; MELSEN, 1998)

Quando o planejamento indicar o uso de implantes na sutura palatina, o

autor (BERNHART et al., 2001) recomenda avaliar as telerradiografias de perfil

para visualizar a quantidade óssea disponível. Obtendo-se a distância entre as

corticais superior e inferior do processo palatino dos ossos maxilares, na região

que se planeja instalarem os implantes. Acrescenta-se 1 a 2mm para

determinar a extensão intra-óssea do implante. (BERNHART et al., 2000;

BYLOFF et al., 2000; KARAMAN; BASCIFTCI; POLAT, 2002). O uso da

telerradiografia em norma lateral para determinar a posição onde será inserido

o implante palatino é citado pela maioria dos autores (BYLOFF, 2000;

KARCHER; BYLOFF; CLAR, 2002, KARAMAN; BASCIFTCI; POLAT, 2002,

KYUNG; HONG; PARCK, 2003).

Tosun, Keles e Erverdi (2002) propuseram a confecção de um guia,

após avaliarem telerradiografias em norma lateral convencional para

verificarem a espessura do osso no qual seria inserido o implante e

determinaram uma inclinação de 30º para a inserção do mesmo. Outros

autores (TORTAMANO et al., 1999, KELES; ERVERDI; SEZEN, 2003)

utilizaram-se de telerradiografias em norma lateral, modelos de estudo para a

realização de uma moldeira plástica individualizada que serviria de guia para a

realização do processo cirúrgico de implantação do dispositivo de ancoragem.

Page 119: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

O uso da tomografia para verificar o local de maior densidade óssea no

palato é citado nos trabalhos realizados por Bernhart et al., em 2000 e 2001,

onde os autores descrevem a utilização de um tomógrafo para a obtenção do

melhor local para a inserção do implante.

No presente estudo foi utilizado telerradiografias em norma lateral

convencional, modelos de estudo individuais para indicação do melhor local e

para a realização da inserção dos implantes palatinos por um único profissional

especialista em implantodontia. Com isso, os implantes foram instalados 6 a

9mm posterior ao forame incisivo e 3 a 6mm paramediana à sutura palatina,

segundo Bernhart et al.(2000) e com uma inclinação de 45º a 60º em relação

ao plano oclusal e a espinha nasal anterior como indicado por Tosun, Keles e

Erverdi (2002). O que contrasta com os autores (WEHRBEIN et al., 1996;

KARCHER; BYLOFF: CLAR, 2002; KARAMAN; BASCIFTCI; POLAT, 2002;

KYUNG; HONG; PARK, 2003), que realizaram os implantes na sutura palatina.

Em relação à cicatrização do implante, Wehrbein et al., 1996, Bernhart et

al., 2001 e Karcher, Byloff e Clar, 2002, optaram por realizar o acesso para o

implante com retalho cirúrgico, o que contrasta com o presente trabalho que

optou por realizar o acesso sem retalho cirúrgico, isto é, transmucoso conforme

Karaman, Basciftci e Polat (2002), Tosun, Keles e everdi (2002) e Keles,

Erverdi e Sezen (2003).

6.3.2 Tamanhos dos Implantes Realizados

Avaliando a revisão de literatura encontramos uma diversidade de

tamanhos e formatos de implantes utilizados com o intuito de obter ancoragem

máxima em Ortodontia.

Karaman, Basciftci e Polat (2002); Kyung, Hong e Parck (2003)

empregaram implantes de 3mm de diâmetro e 14mm de comprimento. No

entanto Bernhart et al. (2000) sugeriram o uso de implantes de mesmo

diâmetro (3mm) e comprimento menor (8mm); ao passo que Tortamano et al.

(1999) optou por aumentar o diâmetro para 4,2mm e reduziu o comprimento

para 6mm. Outros trabalhos como os de Tosun, Keles e Erverdi (2002); Keles,

Erverdi e Sezen (2003) empregaram implantes de 4,5mm de diâmetro e 8mm

de comprimento. Entretanto, na literatura há citação do uso de implantes

Page 120: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

menores com 3,3mm de diâmetro e comprimento que variava de 4 a 6mm.

(COSTA; RAFFAINI; MELSEN, 1998).

Neste trabalho foram empregados implantes de 2,7mm de diâmetro e

14mm de comprimento, aproximando-se aos trabalhos de Karaman, Basciftci e

Polat (2002) e Kyung, Hong e Park (2003).

Vários autores, independente do diâmetro e comprimento dos implantes,

tais como: (BERNHART et al. 2001; BYLOFF et al. 2000; KARCHER; BYLOFF;

CLAR, 2002; KARAMAN; BASCIFTCI; POLAT, 2002), relataram em seus

estudos a eficácia destes dispositivos.

6.4 ALTERAÇÕES SAGITAIS DA MAXILA

Com relação às alterações sagitais da maxila foram avaliadas as

grandezas, SNA, A-Nperp e Co-A que podem fornecer dados referentes à

posição ântero-posterior da maxila em relação à base do crânio.

Estudos utilizando o distalizador Bimétrico de Wilson como o de Muse et

al. (1993), os magnetos como Bondemark, Kurol;(1992), e o aparelho Jones Jig

como Silveira e Oliveira (2001), relataram que a utilização destes dispositivos

não trariam alterações no sentido ântero-posterior da maxila. Concordando

ainda com estes estudos Byloff e Darendeliler (1997); e Byloff et al. (2000), que

utilizaram o aparelho Pendulum também confirmaram estas constatações.

Quanto à variável SNA no presente estudo, encontramos como valor médio

inicial 87º e ao final da distalização o valor foi 86,3º comprovando desta forma o

dado de que a posição da maxila no sentido ântero-posterior permaneceu

estável.

Avaliando a medida A-NPerp, Fuziy (2001), Bussick e McNamara Jr

(2000) utilizando o aparelho Pendulum para distalizar molares encontraram

uma suave diminuição na variável A-Nperp, corroborando assim, com o

presente trabalho onde foi observado um decréscimo de 1,2mm entre a fase

inicial e final. Discordando deste valor o trabalho realizado por Silveira e

Oliveira (2001) utilizando o aparelho Jones Jig encontrou suave aumento na

medida A-Nperp.

Page 121: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Em relação à medida linear Co-A, Bussick e McNamara Jr (2000)

revelaram um deslocamento de 0,6mm do ponto A para anterior,

provavelmente por alterações no plano palatino. Ogeda (2003) encontrou um

deslocamento do ponto A para anterior com média de 0,51mm, coincidindo

com Ghosh e Nanda (1996) que obtiveram deslocamento de 0,68mm do ponto

A para anterior. No presente trabalho foi evidenciado uma alteração de 82,7mm

para 84,8mm, porém segundo o teste t pareado com nível de significância de

5% foi considerada não significante. Por outro lado, outros pesquisadores que

utilizaram o aparelho Pendulum, não encontraram alteração do posicionamento

do ponto A. (BYLOFF; DARENDELILER, 1997; BYLOFF et al., 1997 e

KINZINGER et al., 2000).

Possivelmente os resultados desta medida no presente trabalho podem

ser atribuídos ao crescimento do paciente e a acomodação da oclusão após a

distalização do primeiro molar superior.

6.5 ALTERAÇÕES SAGITAIS DA MANDÍBULA

Para avaliar as alterações sagitais da mandíbula, foram utilizados os

ângulos SNB, SND e as medidas lineares Pg-NPerp e Co-Gn, comparando-se

os valores iniciais e finais.

Avaliando a posição ântero-posterior da mandíbula, utilizando o ângulo

SNB, Bussick e McNamara Jr (2000) encontraram uma diminuição de 0,3º e

Fuziy (2001) encontrou uma diminuição de 0,15º ao utilizarem o aparelho

Pendulum, concordando com a variação da medida encontrada no presente

trabalho que revelou uma alteração de 82,7º para 80,6º. Discordando destes

resultados Keles, Erverdi e Sezen (2003) utilizando um aparelho distalizador

desenvolvido pelos mesmos, obtiveram um aumento de 1º na medida SNB e

Freitas et al. (1995) utlizando o aparelho Jones Jig concluiu que não ocorreu

nenhuma mudança na medida angular SNB.

Em relação ao ângulo SND este trabalho revelou uma diminuição em

seu valor de 78,9º para 77,2º.

Avaliando a distância Pg-NPerp foi verificado neste estudo uma variação

de 1,3mm para -0,7mm.

Page 122: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Estes resultados demonstram uma rotação mandibular no sentido

horário, corroborando com os resultados encontrados por Byloff e Darendeliler

(1997), Byloff et al. (1997), Bussick e McNamara Jr (2000) e Fuziy (2001), onde

foi utilizando o aparelho Pendulum. Esta rotação mandibular no sentido horário

pode ser justificada pelo acomodamento da oclusão após a distalização do

molar e pelo acréscimo de resina fotopolimerizável colocado na face oclusal

dos pré-molares superiores.

Entretanto ao avaliarmos a distância Co-Gn, foi verificado que a mesma

sofreu um suave acréscimo de 105,5mm para 106,1mm, provavelmente esta

alteração foi verificada pelo próprio crescimento, insuficiente neste período de

pesquisa, para merecerem a pequena rotação aferida.

6.6 ALTERAÇÕES NO PADRÃO DO ESQUELETO CEFÁLICO

Nessa pesquisa foi constatado que a mandíbula sofreu uma suave

rotação no sentido horário, o que poderia explicar algumas alterações verticais,

ao avaliar o ângulo FMA que revelou um aumento de 0,9º e a AFAI que

aumentou 2,6mm, indicando desta forma um aumento significante quando

comparadas. Esses resultados corroboram com os de, Ghosh e Nanda (1996),

Bussick e McNamara Jr (2000), Cháques-Asensi e Kalra (2001), Fuziy (2001) e

Angelieri e Almeida (2003) que utilizaram também o aparelho Pendulum.

Concordando ainda, com estes resultados estão os trabalhos de Silveira e

Oliveira (2001) e Runge, Martin e Bukai (1998) que utilizaram o aparelho Jones

Jig, Karaman, Basciftci e Polat (2002) que utilizaram o aparelho Distal Jet e

ainda Keles, Erverdi e Sezen (2003) com seu próprio dispositivo, no qual o

ângulo FMA aumentou de 18 para 21º. Entretanto, Ngantung, Nanda e

Bowman (2001) observaram utilizando o aparelho Distal Jet, uma redução

estatisticamente significante do ângulo FMA devida à rotação mandibular no

sentido anti-horário.

A avaliação dos ângulos do Eixo Facial (E Fac) que variou de 90,7º para

90,8º e SN.GoGn que se alterou de 28,1º para 29,1º, mostraram dessa forma

um aumento não significante, demonstrando que a rotação no sentido horário

sofrida pela mandíbula foi pequena.

Page 123: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Segundo Martins et al., 1998 ocorre um aumento de 3,2mm na medida

AFAI para o gênero masculino entre as idades de 13 a 15 anos. No gênero

feminino este aumento é de 2,7mm.

Segundo Hilgers (1992), quando se utilizam dispositivos distalizadores

que produzem forças que atuam fora do centro de resistência, estas forças,

provocam um efeito rotacional nos molares a serem distalizados, fato

caracterizado pela inclinação das coroas para a distal. Essa tendência de

abertura anterior foi constatada por Hilgers (1992) quando preconizou o

aparelho Pendulum/Pendex, contra-indicando a sua utilização em pacientes

dolicocefálicos. Entretanto, Byloff e Derandeliler (1997), em seu trabalho

verificaram a não ocorrência de mudanças verticais significativas decorrentes

da distalização dos molares superiores com o dispositivo Pendulum,

independente da presença do segundo molar. Concordando assim com

Bondemark e Kurol (1992) que distalizando molares com magnetos não

encontraram alterações verticais.

6.7 ALTERAÇÕES NA RELAÇÃO MAXILO / MANDIBULAR

Utilizando o aparelho Pendulum, Bussick e McNamara Jr. (2000) e Fuziy

(2001) encontraram um aumento respectivamente de 0,3mm e 0,6mm das

medidas AO-BO que foram consideradas não significantes e em relação ao

ângulo ANB os aumentos foram respectivamente de 0,4º e 0,5º também não

significantes. Entretanto Keles, Erverdi e Sezen (2003) com o emprego do

aparelho preconizado pelos mesmos, não obtiveram alterações no ângulo ANB,

porém utilizou implantes palatinos como ancoragem.

No presente estudo, avaliando a diferença dos valores iniciais e finais do

ângulo ANB, foi constatado que sofreu um aumento não significante de 0,3º.

Os valores referentes à distância AO-BO revelaram nenhuma variação

mantendo-se constante durante o período de tratamento. A explicação para

este resultado pode estar relacionada ao fato de que a força produzida pelo

aparelho Pendulum não foi suficiente para provocar uma alteração ortopédica

na maxila, e o resultado foi predominantemente dentoalveolar.

Page 124: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

6.8 ALTERAÇÕES DENTÁRIAS DECORRENTES DA DISTALIZAÇÃO DOS

MOLARES

Diferentemente da grande maioria dos trabalhos realizados com o

aparelho Pendulum, o presente estudo utilizou como unidade de ancoragem

um botão palatino de Nance apoiado sobre os implantes posicionados no

palato. Desta forma não foram utilizados os pré-molares como unidade auxiliar

de ancoragem, podendo assim esclarecer a quantidade real de movimentação

dos molares. As alterações dentárias serão divididas em:

6.8.1 Alterações Dentárias Sagitais

Nesse estudo, as molas do Pendulum produziram uma força aproximada

de 253,3g segundo a ativação de 90º sugerida por Fuziy em 2001.

Hilgers (1992) obteve uma distalização dos molares superiores de 5mm

em 4 meses de tratamento, porém esta distalização estava associada a uma

inclinação distal das coroas dos primeiros molares, sendo assim, seria

necessário uma sobrecorreção, pois durante a correção desta inclinação

ocorreria a recidiva do movimento distal entre 20 a 30%.

Byloff e Darendeliler (1997) incorporaram uma ativação de 45º nas

molas do aparelho Pendulum, gerando assim uma força entre 200 e 250g. Com

isso, houve uma distalização de 3,3mm acompanhada de uma inclinação distal

da coroa de 14,5º, num espaço de tempo de 4 meses. Desta forma Byloff et al.

(1997), determinaram a confecção de uma dobra de anti-inclinacão de 15º, no

segmento intra-tubo do molar, após a fase de distalização, atingindo então um

movimento distal do primeiro molar superior de 4,1mm, com a inclinação da

coroa no valor de 6º. Bussick e McNamara Jr. (2000), utilizando o aparelho

Pendulum com as molas ativadas em 60 a 90º, exercendo a força acima dos

250g obtiveram uma distalização média de 5,7mm acompanhado da inclinação

distal de 10,6º, num período de 7 meses. Joseph e Butchart (2000) também

utilizado o aparelho Pendulum com as molas ativadas em 90º, obteve uma

distalização média dos molares em torno de 5,1mm e 15,7º inclinação distal de

coroa. Ngantung, Nanda e Bowman (2001) usando o aparelho Distal Jet

Page 125: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

encontraram um resultado de distalização de 4,8mm e inclinação de 6,1º.

Toroglu et al. (2001), utilizando o aparelho Pendulum com as molas

posicionadas paralelas a linha mediana do palato, atingiu uma distalização

média de 5,9mm. Burkhardt; McNamara Jr e Baccetti (2003) conseguiram uma

distalização de 5,9mm e com 10º de inclinação do molar, com o aparelho

Pendulum. Fuziy (2001) encontrou uma distalização média de 4,6mm e

inclinação distal média de 18,5º. Kinzinger, Fritz e Diedrich, (2002) e (2003)

distalizaram 4mm os molares superiores utilizando o aparelho Pendulum, a

inclinação proporcionada à estes molares foi de 6,1º. Entretanto Keles e

Sayinsu (2000) com intuito de eliminar a inclinação indesejada criada pela

distalização dos molares, utilizaram um dispositivo intrabucal fixo, no qual as

forças agiriam mais próximas do centro de resistência do molar, atingindo uma

distalização de 5,23mm do primeiro molar superior sem efeito inclinatório nem

extrusivo, segundo seus resultados.

Neste presente estudo, a medida da distância 6-PTV revelou com

significância uma alteração de 18 para 12mm com média de distalização de

6mm num período de 7 meses. Este movimento distal dos molares foi

acompanhado por efeito inclinatório que variou significantemente de 82,1º para

61,4º. A distalização atingida neste trabalho foi superior a todos os trabalhos

analisados. Estes resultados podem ser atribuídos a uma ancoragem mais

eficiente, fazendo com que o movimento do primeiro molar para distal seja

verdadeiro, isto é, sem a perda de ancoragem. Deve-se mencionar o fato de

que o primeiro molar superior sofre uma mesialização de 1mm por ano entre a

idade de 13 a 14 anos, proporcionada pelo crescimento craniofacial.(MARTINS

et al., 1998). Desta forma podemos afirmar que a distalização ocorrida nesta

pesquisa foi maior do que os 6mm encontados. Em relação à inclinação sofrida

pelo primeiro molar quando distalizado pode estar relacionada à presença do

segundo molar. A presença dos segundos molares é considerada um obstáculo

para a distalização dos molares superiores, principalmente quando se

consideram os aparelhos extrabucais (JOSEPH; BUTCHART, em 2000), os

magnetos de repulsão (GIANELLY, 1999), as molas superelásticas de níquel-

titânio (JONES; WHITE, 1992) e o aparelho Pendulum. Em seu trabalho Hilgers

(1992) considerou o movimento para distal dos primeiros molares ser mais

eficiente quando da não presença dos segundos molares.

Page 126: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Um fato não observado nesta pesquisa, foi o de que, mesmo com a

presença do segundo molar permanente em todos os pacientes envolvidos na

pesquisa, não houve uma perda de ancoragem. Gianelly (1999) comentaram a

respeito da dificuldade de distalizar os primeiros molares quando da presença

do segundo molar, assim como a necessidade de um maior tempo de

tratamento nestes casos.

Em relação aos pré-molares, esta pesquisa evidenciou uma distalização

de 3mm. Este resultado diverge dos trabalhos revisados na literatura, tais

como: Keles (2001) que utilizou um aparelho distalizador próprio e obteve uma

mesialização do primeiro pré-molar de 1,3mm, Keles e Sayinsu (2000) com o

mesmo aparelho obtiveram uma mesialização de 4,3mm dos pré-molares, Bolla

et al. (2002) com o aparelho Distal Jet encontrou uma mesialização de 1,3mm

dos pré-molares.

Esta divergência com as observações da literatura se deve ao fato de

que os dispositivos utilizados comumente utilizarem como unidade de

ancoragem, além, do botão palatino de Nance os pré-molares superiores.

Vários autores citam as fibras transeptais como responsáveis pela

movimentação distal dos pré-molares após a distalização dos molares

(HILGERS, 1992; WONG; RABIE; HÄGG, 1999; NGANTUNG; NANDA;

BOWMAN, 2001; TOROGLU et al., 2001; KELES, 2001).

Os incisivos centrais superiores em decorrência da perda de ancoragem

sofrem um movimento para a vestibular. Fato verificado nos trabalhos

realizados por: Bolla et al. (1993) com o aparelho Distal Jet que encontrou uma

protrusão de 1,1mm do incisivo central superior; Muse et al. (1993) utilizando o

distalizador Bimétrico de Wilson obtiveram uma protrusão de 0,3mm dos

incisivos; Keles (2001) com seu próprio dispositivo encontrou uma protrusão de

1,8mm; Keles e Sayinsu (2000) verificaram que os incisivos centrais protruíram

4,7mm e Bondemark e Kurol (1992) utilizando os magnetos encontraram uma

protrusão de 1,8mm. Usando o aparelho Pendulum (BUSSICK; McNAMARA Jr,

2000), (CHÁQUES-ASENSI; KALRA, 2001) e (FUZIY, 2001) encontraram

respectivamente uma protrusão de 0,8mm, 1,8mm e 1mm. Byloff e Darendeliler

(1997) usando também o aparelho Pendulum encontraram uma protrusão de

0,9mm dos incisivos superiores.

Page 127: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Porém neste estudo, contrastando com estas observações, foi verificado

o movimento lingual de 1,0mm. Fato este justificado por não ter sido utilizada a

unidade de ancoragem convencional, que recorre ao botão palatino de Nance e

aos pré-molares superiores.

6.8.2 Alterações Dentárias Verticais

Ghosh e nanda (1996) e Joseph e Butchart (2000) não notaram

alteração vertical significante após a distalização com o aparelho Pendulum,

porém, Byloff e Derandeliler (1997) usando o aparelho Pendulum, observaram

que a intrusão do primeiro molar foi de 1,6mm em relação ao plano palatino e

Bussick e McNamara Jr (2000) encontraram uma intrusão de 0,7mm.

Entretanto Byloff et al. (1997) utilizando uma dobra de anti-inclinacão de 15º,

verificaram que a intrusão foi menor, provavelmente devido ao componente

extrusivo desta dobra. Keles, Everdi e Sezen(2003), usando o aparelho Distal

Jet apoiado a implantes palatinos encontraram uma suave intrusão dos

molares.

No presente estudo avaliando as telerradiografias em norma lateral

convencional verificou-se a intrusão dos molares superiores por meio da

medida 6-Pp, que encontrou um valor médio significante de 1mm. A intrusão

ocorrida nestes estudos pode estar relacionada à trajetória descrita pela ação

da mola distalizadora e pela força intrusiva exercida pela língua. Contradizendo

estes resultados, Oliveira e Eto (2004) em um trabalho utilizando o aparelho

Jones Jig encontraram que o primeiro molar extruíu 0,7mm. Concordando com

este resultado Ngantung, Nanda e Bowman (2001) usando o aparelho Distal

Jet encontraram que os molares superiores extruíram 1,4mm em média e não

encontraram diferenças na posição dos pré-molares. Kinzinger et al. (2000)

utlizou o aparelho Pendulum para distalizar primeiros e segundos molares e

também encontraram que os molares superiores extruíram 0,3mm.

Taner et al. (2003) comparando a movimentação dos molares superiores

distalmente utilizando o aparelho removível de tração extra oral e o aparelho

Pendex, encontraram que o primeiro molar superior extruíu 1,4mm para o

Page 128: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

grupo que utilizou o aparelho extra oral e que não houve alteração no grupo

que utilizou o Pendex.

Em relação aos pré-molares no presente trabalho, verificamos uma

extrusão média de 0,4mm, considerada não significante. Concordando com os

resultados encontrados por Ghosh e Nanda (1996) que observaram uma

extrusão de 1,7mm dos primeiros pré-molares e Byloff e Darendeliler (1997)

que encontraram uma extrusão de 0,8mm. Porém, incorporando uma dobra de

anti-inclinação, houve um aumento na extrusão dos pré-molares (BYLOFF et

al.1997). Bussick e McNamara Jr (2000) em seu trabalho encontraram uma

extrusão de 1,0mm dos primeiros pré-molares. Keles e Sayinsu (2000) com o

aparelho desenvolvido pelo autor obtiveram uma extrusão 3,3mm do primeiro

pré-molar. A extrusão dos pré-molares verificada nestes trabalhos foi verificada

possivelmente pelo movimento de inclinação sofrido pelos mesmos, após a

distalização dos molares e por perder a referência do plano oclusal. (BYLOFF;

DARENDELILER, 1997).

Avaliando a alteração vertical dos incisivos superiores, podemos relatar

que Ghosh e Nanda (1996) utilizando o aparelho Pendulum encontraram uma

extrusão de 0,7mm, apesar da inclinação dos mesmos para a vestibular.

Corroboraram ainda com estes resultados a pesquisa realizada por Byloff et al.

(1997) que encontraram uma extrusão de 0,5mm dos incisivos, Byloff e

Derandeliler (1997) que obtiveram um resultado que os incisivos superiores

extruíram 0,4mm e Muse et al. (1993) utilizando o distalizador Bimétrico de

Wilson, encontrou que os incisivos centrais superiores extruíram 1,6mm. Todos

estes resultados concordam com os resultados obtidos nesta pesquisa que

observou uma extrusão de 0,4mm dos incisivos centrais superiores, com

inclinação para a lingual.

Estes resultados que demonstram a extrusão dos incisivos centrais

superiores podem ser explicados pela inclinação sofrida pelos mesmos.

6.8.3 Perda de Ancoragem

A definição de perda de ancoragem consiste em: o movimento dos

elementos dentários que compõem a unidade de resistência quando um

determinado dispositivo é aplicado para movimentar um ou mais elementos

dentários (PROFFIT, 1995). Podemos afirmar que a grande maioria dos

Page 129: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

dispositivos intrabucais recorre ao botão de Nance como unidade de

ancoragem, e que por sua vez é adaptado aos pré-molares, e em todos os

trabalhos analisados observam-se os efeitos adversos do sistema de força

sobre a unidade de ancoragem composta pelos pré-molares, caninos e

incisivos.

Trabalhos como o de Bondemarck e Kurol (1992) utilizando magnetos

para distalizar molares citaram a perda de ancoragem dos elementos

anteriores, Gianelly (1991, 1999) utilizou molas NiTi para distalizar molares e

concluiu que mesmo utilizando elásticos Classe II e botão palatino de Nance

ocorreu perda de ancoragem. Ao utilizarem o aparelho Jones Jig (OLIVEIRA;

ETO, 2004; FREITAS et al., 1995; SILVEIRA; OLIVEIRA, 2001) relataram

ocorrer perda de ancoragem. Bolla et al., ao aplicar o aparelho Distal Jet

concluiu que ocorria uma suave movimentação dos elementos anteriores para

a vestibular. Utilizando o aparelho Pendulum (BYLOFF et al., 1997; BYLOFF et

al., 1997; BURKHARDT; McNAMARA Jr; BACCETTI, 2003) também foi

encontrada movimentação para anterior dos incisivos superiores.

Sabendo-se deste fato, com a proposta de utilizar uma unidade

esquelética como ancoragem, surgiram os implantes palatais.

Com o intuito de obter ancoragem máxima em Ortodontia Bernhart, et

al., (2000), utilizaram pela primeira vez implantes rosqueáveis no palato, com

aplicação direta de forças ortodônticas. Concordando com este trabalho

Karaman; Basciftci e Polat (2002) utilizaram o aparelho Distal Jet, com

ancoragem esquelética palatal, em um paciente para atingir uma Classe I

unilateral com força aplicada imediatamente após a colocação da unidade de

ancoragem. Neste presente trabalho foi aplicado força sobre o implante logo

após a instalação do mesmo, por ter sido utilizado parafusos rosqueáveis

normalmente utilizados em cirurgias bucomaxilofaciais, que não sofrem

osseointegração. Divergindo destas observações Byloff et al. (2000), realizou

implantes palatais para serem utilizados como unidade de ancoragem e utilizou

o aparelho Pendulum, após 2 semanas da realização do ato cirúrgico, com

molas que liberavam forças de 200 a 250g. Keles, Erverdi e Sezen (2003)

realizaram implantes palatais e aguardaram 3 meses para o início do

tratamento de uma paciente Classe II. Estes trabalhos onde foi respeitado um

período entre a implantação e a aplicação da força são explicados pelos

Page 130: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

autores como um período necessário para ocorrer a osseointegração do

implante.

Byloff e Darendeliler (1997) e Byloff et al., (1997) relataram que o pré-

molar movimentou em média 1,6mm para mesial. Fuziy, em 2001, encontrou

que, para cada milímetro de distalização do molar o pré-molar mesializou

0,7mm. Bussick e McNamara Jr. (2000) notaram que a distalização dos

molares foi de 76% da alteração na posição sagital entre os primeiros molares

e os pré-molares.

Byloff e Darendeliler (1997) que em seu estudo verificaram uma

mesialização de 1,6mm dos pré-molares e 0,7mm dos incisivos centrais

superiores, Byloff et al., (1997) que observaram uma mesialização de 2,2mm

dos pré-molares e 1,0mm dos incisivos centrais, Kinzinger et al., (2000) que

evidenciaram uma protrusão de 1mm dos incisivos centrais superiores, Bussick

e McNamara Jr. (2000) que encontraram uma mesialização de 1,8mm dos pré-

molares superiores e 0,9mm dos incisivos centrais superiores, Fuziy (2001) que

encontrou uma protrusão de 1,1mm dos incisivos e Kinzinger, Fritz e Diedrich

(2003) concluíram que os incisivos superiores protruíram 1mm.

Estes resultados obtidos na revisão de literatura são divergentes dos

encontrados na presente pesquisa que encontrou uma retração de 3,0mm do

pré-molar, evidenciando uma situação na qual não ocorreu perda de

ancoragem. Observando a inclinação inicial e final por meio da medida 4.Pp

obteve-se respectivamente uma variação de 88,1º para 83,1º com inclinação

média de 4,9º dos pré-molares para a distal.

Avaliando-se os incisivos por meio das medidas lineares 1-PTV e 1-NA

os resultados revelaram uma retração média de 1mm e 0,7mm

respectivamente. Os incisivos sofreram inclinações distais significativas, pois

as medidas 1.Pp e 1.NA revelaram valores de 2,6º e 2,0º respectivamente.

6.8.4 Taxa de Distalização Mensal Média

Utilizando o distalizador bimétrico de Wilson, Muse et al., (1993) notaram

que a distalização mensal era de 0,5mm.

As molas e os arcos superelásticos de níquel-titânio promovem a

distalização 1,0mm por mês segundo Gianelly et al. (1988). Porém Bondemark

e Kurol (1992) utilizando os magnetos verificaram uma taxa mensal de 0,5mm

Page 131: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

de distalização. Silveira e Oliveira (2001) com o aparelho Jones Jig atingiram

uma movimentação distal de 4,5mm. Karaman, Basciftci e Polat (2002) por

meio de um implante palatino e utilização de molas atingiu uma distalização de

4,5mm sem perda de ancoragem.

Em relação ao aparelho Pendulum, Hilgers (1992) chegou à conclusão

de que os molares distalizaram em média 1,2mm por mês. Byloff, Darendeliler

(1997) e Bussick e McNamara Jr (2000) chegaram à conclusão de que os

molares distalizaram 0,8 por mês. Byloff et al. (1997) se preocuparam em

quantificar a distalização das coroas em 1,2mm por mês. A maior taxa de

distalização dos molares foi verificada por Joseph; Butchart, em 2000, sendo

1,5mm por mês. Fuziy (2001) também utilizando o aparelho Pendulum obteve

uma distalização mensal de 1mm.

No presente estudo a média de distalização foi de 0,86mm, já que a

média total foi de 6,0mm num prazo de 7,0 meses.

6.8.5 Alterações do Perfil Facial

Ghosh e Nanda (1996) observaram que os lábios superior e inferior

protuíram 0,31mm e 0,95mm, respectivamente. Bussick e McNamara Jr (2000)

encontraram uma protrusão de 0,6mm e 0,1mm, respectivamente para os

lábios superior e inferior e ainda uma diminuição de 2,5º no ângulo nasolabial.

Fuziy (2001) relatou que os lábios superior e inferior protruíram em média

0,29mm e 0,21mm. Porém, relata ainda que apesar dos aumentos nas

distâncias Ls – LE e Li - LE, o ângulo nasolabial sofreu uma variação não

significante de 106,31º para 107,66º, com uma diferença média de 1,35º.

Contrastando com estas observações, Ngantung, Nanda e Bowman

(2001) em seu trabalho encontraram que a distância lábio superior linha E,

diminui 2,2mm em média. Oliveira e Eto (2004) utilizando o aparelho Jones Jig

verificaram que a medida Ls - LE diminuiu 0,5mm e a distância Li - LE

aumentou 0,2mm.

Os valores encontrados, na presente pesquisa, para as grandezas lábio

superior-linha E e lábio inferior-linha E, foram dadas como não significantes,

porém a média dos resultados nos leva a acreditar que o lábio superior protruíu

de -0,5 a -0,3mm. A posição do lábio-inferior alterou-se de 0,7mm para 0,8mm

e o ângulo nasolabial variou significativamente de 107,0º para 110,3º. O

Page 132: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

aumento do valor do ângulo nasolabial pode ser explicada pela inclinação e

movimentação lingual dos incisivos superiores.

Page 133: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

CONCLUSÕES

Page 134: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

7 CONCLUSÕES

Levando-se em consideração os resultados obtidos e a metodologia

empregada, podemos concluir que:

a) Em relação às alterações dentárias sagitais e verticais:

Todos os dentes avaliados sofreram uma inclinação para a distal, sendo

os molares superiores os que obtiveram maior inclinação pela ação das molas

do Pendulum, e os pré-molares para distal e incisivos centrais superiores

inclinaram para lingual pela ação das fibras transeptais.

Os molares superiores apresentaram uma intrusão das coroas, e os pré-

molares e incisivos centrais superiores sofreram uma extrusão.

b) Em relação às alterações esqueléticas:

Como foi observada nos resultados, a distalização ocorreu dentro do

prazo de 7 meses, e as forças utilizadas não foram suficientes para causar

alterações no posicionamento ântero-posterior da maxila. Devido ao aumento

com resina fotopolimerizável na oclusal dos pré-molares, bem como decorrente

da extrusão destes dentes, a mandíbula demonstrou uma rotação para baixo e

para trás, com isso, os ângulos FMA e medida AFAI mostraram suave

aumento.

c) Em relação às alterações no perfil facial:

Nenhuma das variáveis avaliadas revelou alterações no perfil facial.

d) Em relação ao sistema de ancoragem:

Concluiu-se que a utilização do aparelho Pendulum modificado associado

à ancoragem esquelética demonstrou eficiência no controle dos efeitos

indesejáveis na unidade de ancoragem.

Page 135: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 136: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANGLE, E. H. Classification of malocclusion. Dent Cosmos, Philadelphia, v.41, p. 246-64, 1899.

ARMITAGE, P., BERRY, G. Estatística para la investigación biomédica,Terceira edição. Madrid: Harcourt e Brace, p.593, 1997.

ALMEIDA, R.R, et al. Modificação do aparelho pendulum/pend-x. Descrição doaparelho e técnica de construção. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial,Maringá, v.4, n.6, p.12-19 – nov./dez. - 1999

ANGELIERI, F.; ALMEIDA, R.R. Avaliação cefalométrica pós-distalização dosmolares superiores realizada por meio do aparelho pendulum em pacientes emtratamento ortodôntico fixo. J Bras Ortodon Ortop Facial, Curitiba. V.8, n.45,p 190-205 – maio/jun. – 2003.

BACCETTI, T. A new appliance for molar distalization. Ortho News, v.2, n.1,p.3-7, Jan./Sep.2001.

BERNHART, et al. Alternative to the median region of the palate for placementof an orthodontic implant. Clin Oral Impl Res, Copenhagen, v.11, p.595-601,2000.

BERNHART, et al. Short epithetic implants for orthodontic anchorage in theparamedian region of the palate. A clinical study. Clin Oral Impl Res,Copenhagen, n.12,p.624-631, 2001.

BOLLA, et al. Evaluation of maxillary molar distalization with the distal jet: Acomparison with other contemporary methods. Angle Orthodon, Appleton,v.72, p.481-494, mai, 2002.

BONDEMARK, L.; KUROL, J. Distalization of Maxillary First and Second MolarsSimultaneously With Reppeling Magnets . Eur J of Orthod, Oxford v.14, p.264-272, 1992.

BORTOLOZO, M.A et al. Distalização de molares superiores com opendulum/pendex: O aparelho, seu modo de ação, possibilidades e limitações.Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.6, n.4, p.43-50 jul/ago2001.

BYLOFF, F.K.; DARENDELILER,M.A. Distal molar movement using thependulum appliance. Part 1: Clinical and radiological evaluation. AngleOrthodon, Appleton, v.67, n.4, p.249-260, 1997.

Page 137: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

BYLOFF, F.K, et al. Distal molar movement using the pendulum appliance. Part2: The effects of maxillary molar root up righting bends. Angle Orthodon,Appleton., v.67, n.4, p.261-270, 1997.

BYLOFF, et al. An Implant to eliminate anchorage loss during molardistalization. A case report involving the Graz implant supported pendulum. IntJ Adult Orthod Orthognath Surg, Chicago v.15, n.2, p.129-137, 2000.

BUSSICK, T.J.; McNAMARA Jr,J. Dentoalveolar and skeletal changesassociated with the pendulum apliance. Am J Orthod Dentofacial Orthop,St.Louis., v.117, n.3, p.333-343, Mar. 2OOO

BURKHARDT, D.R.; McNAMARA, Jr.A; BACCETTI,T. Maxillary molardistalization or mandibular enhancement: a cephalometric comparison ofcomprehensive orthodontic treatment including the pendulum and the Herbstappliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St Louis, v.123, n.2, p.108-116.Feb, 2003.

CAPELOZZA FILHO, L. Diagnóstico em Ortodontia. Dental Press Editora,Maringá, 512p.

CHÁQUES-ASENSI. J.C.; KALRA, V. Effects of the pendulum appliance on thedentofacial complex. J Clin Orthod , Boulder, v.35, n.4, p.254-257, Apr 2001.

COSTA, A.; RAFFAINI, M.; MELSEN, B. Mini parafusos como ancoragemortodôntica: um relato preliminar. Int J Adult Orthod Orthognath Surg,Chicago v.13, n.3, p.201-209, 1998.

DEGUCHI, T. et al., The use small titanium for orthodontic anchorage. J DentRes, Washington, v.82, n.5, p,377-381, fev, 2003.

FREITAS, et al. Distalização unilateral de primeiros molares superiores com oaparelho Jones Jig. Apresentação de dois casos clínicos. Ortodontia, SãoPaulo, v.28, n.3, p.31-40, set/out/nov/dez - 1995

FUZIY, A., Estudo das alterações sagitais, verticais e tranversaisdecorrentes da distalização dos molares superiores com o aparelhoPendulum. Tese doutorado Faculdade de Odontologia de Bauru, daUniversidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção dotítulo de Doutor em Odontologia, na área de Ortodontia. 283f, 2001.

GELGÖR, I.E et al. Intraosseous screw-supported upper molar distalization.Angle Orthodon, Appleton, v.74, n.6, p.836-848, 2004.

GIANELLY, A. Japanese NiTi coils used to move molars distally. Am J OrthodDentofacial Orthop, St Louis v.99,n.6, 1991.

GIANELLY, A. Distalização de molares superiores. Rev Dental Press OrtodOrtop Facial, Maringá., v.4,n.1, jan/fev 1999.

Page 138: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

GHOSH, J; NANDA, R.S. Evaluation of an intraoral maxillary molar distalizationtechnique. A J Orthod Dentofacial Orthop, St Louis, v.110, p.639-46, Dec.1996.

HILGERS J.J. Adjuncts to Bioprogresive Therapy – A palatal expansionappliance for non-compliance therapy. J Clin Orthod, Boulder v.25, n.8, p.491-497, Aug.1991.

HILGERS, J.J. The pendulum appliance for class II non-compliance therapy. JClin Orthod, Boulder, v.26, n.11, p.706-714, Nov. 1992.

JACOBSON, A. Radographic cefalometry. 1º Ed., Quintessence PublishingCo. Inc. 1995, 322p.

JONES, R.D,; WHITE, J.M. Rapid Class II molar correction with an open-coil jig.J Clin Orthod, Boulder.26, n.10, p.661-664, Oct.1992.

JOSEPH, A.A.; BUTCHART, C.J. An evaluation of the Pendulum distalizingappliance. Seminars Orthod, Philadelphia, v.6, n.2, p.129-135, Jun.2000.

KARCHER, H.; BYLOFF, F.K.; CLAR, E. The Graz implant supportedpendulum, a technical note. J Cranio Maxillofac Surg, Edinburg n.30, p.87-90,2002.

KARAMAN, A.I.; BASCIFTCI, F.A.; POLAT, O. Unilateral distal molarmovement with an implant-supported distal jet appliance. Angle Orthod,Appleton v.72, n.2, p.167-174, 2002.

KELES, A.; SAYINSU, K. A new approach in maxillary molar distalization:Intraoral bodily molar distalizer. Am J Orthod Dentofac Orthop, St LouisV.117, n.1, p.39-47, Jan, 2000.

KELES, A. Maxillary unilateral molar distalization with sliding mechanics: apreliminary investigation. Eur Orthod Soc, Oxford, v.23, p.507-515, 2001.

KELES, A.; ERVERDI, N.; SEZEN, S. Bodily distalization of molars withabsolute anchorage. Angle Orthod, Appleton v.73, n.4, p.471-482, 2003.

KINZINGER et al. Modified pendulum appliance including distal screw anduprigt activation for non-compliance therapy of class II maloclusion in childrenand adolescents. J Orofac Orthop, Munich, v.61, n.3, p.175-190, 2000.

KINZINGER, G.; FRITZ, U.; DIEDRICH, P. Bipendulum and Quad pendulumfor non-compliance molar distalization in adult patients. J Orofac Orthop,Munich, v.63, n.2, p.154-162, 2002.

KINZINGER, G.; FRITZ, U.; DIEDRICH, P. Combined terapy with Pendulumand lingual arch appliances in the early mixed dentition. J Orofac Orthop,Munich, v.64, p.201-213, 2003.

Page 139: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

KINZINGER, G.; WEHRBEIN, H.; DIEDRICH, P. Molar distalization with amodified Pendulum appliance – In Vitro analysis of the force system and In Vivostudy in children and adolescents. Angle Orthodon, Appleton v.75, n.4, p.484-493, 2005.

KYUNG, S.; HONG,S.; PARK,Y. Distalization of maxilary molars with amidpalatal miniscrew. J Clin Orthod . Boulder, v.37, n.1, p.22-26, Jan, 2003.

LANGLAD, M. Cefalometria Ortodôntica 1º Edição, 1993- Livraria EditoraSantos, Versão para o Português Dr. Miguel N. Benvenga 269p. São Paulo.

LOCATELLI, R. et al. Molar distalization with superelastic NiTi wire. J ClinOrthod, Boulder, v.26, n.5, p.277-279, May.1992.

MARTINS, D.R. et al.,Atlas de crescimento cranio facial, 1º ed. São Paulo.Livraria santos editora, 1998. 280p.

MOYERS, R.E. et al. Differential diagnosis of Class II malocclusions. Part 1.Facial types associated wiyh Class II malocclusions. Am J Orthod DentofacOrthop., St Louis, v.78, p. 477-494, 1980.

MUSE, D.S. et al. Molar and incisor changes with Wilson rapid molardistalization. Am J Orthodon Dentofac Orthop., St Louis, v. 104, n. 6, p. 556-65, dec. 1993.

NANDA, R; BECHER, M.K. Class II correction using Bimetric Distalizing Arch.Seminars Orthod, Philadelphia, v.6, n.2 p.106-118, Jun.2000.

NGANTUNG, V.; NANDA, R.S.; BOWMAN, J. Posttreatment evaluation of thedistal jet appliance. Am J Orthod Dentofac Orthop., St Louis, v.120, n.2,p.178-185, Aug, 2001.

OLIVEIRA, J.M.M,; ETO, L.F. Avaliação radiográfica dos efeitos do aparelhoJones Jig nas distalizações intra-bucais: um estudo piloto. Rev Dental PressOrtod Ortop Facial, Maringá, v.9, n.5, p.20-27 set/out, 2004.

OGEDA, P.C.R. Alterações ortodônticas e ortopédicas decorrentes doemprego do aparelho Pendex de hilgers modificado. Dissertação Mestradoem odontologia pela Universidade de São Paulo, São Paulo. 2003

PROFFIT, W. Ortodôntia Contemporânea. Editora Guanabara Koogan S.A.Rio de Janeiro, 596p. segunda Edição, 1995.

QUICK, A.N; HARRIS, A.M.P. Molar distalization with a modified Distal Jetappliance. J Clin Orthod, Boulder, v.34, n.7, p.419-423, 2000.

RUNGE, M.E; MARTIN, J.T; BUKAI, F. Analysis of rapid maxillary molar distalmovement without patient cooperation. Am J Otrthod Dentofacial Orthop, StLouis, v.115, n.2, p.153-157, Feb.1998.

Page 140: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

SILVEIRA, C.A.; OLIVEIRA, JR.G. Efeitos dento-esquelético-faciais dautilização do aparelho Jones Jig, em tratamento de más oclusões classe II deAngle. J Bras Ortod e Ortop Facial, Curitiba, v.6, n.31, p.73-78, Jan/Fev,2001.

SILVA FILHO et al., Prevalência de oclusão normal na dentadura mista emescolares na cidade de Bauru (são Paulo), Rev Assoc Paul Cir Dent, SãoPaulo, V.43, p.287-90, 1989.

SCHLEGEL, K.; KINNER, F.; SCHLEGEL, K.D. The anatomic basis for palatalimplants in orthodontics. Int J Adult Orthognath Surg, Chicago, v.17, n.2,p.133-139, 2002.

SCUZZO, G.; PISANI, F.; TAKEMOTO, K. Maxilary molar distalization with amodified pendulum appliance. J Clin Orthod, Boulder, v.33, n.11, p.645-650,Nov, 1999.

SFONDRINI, M.F.; CACCIAFESTA, V.; SFONDRINI,G. Upper molardistalization: a critical analysis. J Orthod Craniofacial Res. Edinburg, v.5,p.114-126, 2002.

SUGUINO, R,; FURQUIM, L.Z,; RAMOS, A.L. O aparelho Jones Jig. RevDental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.5, n.3, p.83-116,mai/jun.2000.

TANER, et al. A comparative analysis of maxillary tooth movement produced bycervical headgear and pend-x apliance. Angle Orthod, Appleton, v.73, n.6,p.686-691, 2003.

TOROGLU, et al. Cephalometric evaluation of the effects of Pendulumappliance on various vertical growth patterns and of the changes during short-term stabilization. Clin Orthod Res, Copenhagen, v.4, p.15-27, 2001.

TORTAMANO, et al. Implante Palatino Ortho System Como AncoragemOrtodôntica Máxima. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial, Maringá, v.4, n.3,p.85-97 mai/jun 1999.

TOSUN, T.; KELES, A.; ERVERDI, N. Method for the placement of palatalimplants. The Int J Oral Maxillofacial Impl, Copenhagen, v.17, n.1, p.95-100,2002.

URSI, W.; ALMEIDA, G.A. Cooperação mínima utilizando o Pêndulo de Hilgers.Rev Dental Press Ortod Ortop Facial, Maringá, v.7, n.2, p.87-123 mar/abr2002.

WEHRBEIN, et al. The use palatal implants for othodontic anchorage. Clin OralImpl Res. Copenhagen, v.7, p.410-416, 1996.

Page 141: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

WONG, A.M.K.; RABIE, A.B.M.; HÄGG, U. The use of Pendulum appliance inthe treatment of Class II malocclusion. Br Dent J, London, v.187, n.7, p.367-370, 0ct, 1999.

Page 142: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

ANEXOS

Page 143: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

ANEXO 1- CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Page 144: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Autorização para o tratamento ortodôntico

Eu,---------------------------------------------, portador(a) do RG número,---------------

--------------, responsável pelo (a) menor,--------------------------------------------,

recebi todas as explicações sobre a má oclusão do menor, e autorizo a

realização do tratamento ortodôntico associado à implante no palato (céu da

boca), pois esta é a forma mais segura da correção do referido problema.

Estou ciente de que o tratamento faz parte de pesquisa científica

desenvolvida pelos alunos de pós-graduação em Ortodontia, nível de

mestrado da UNIMAR. Os exames necessários para o início do tratamento e

da fase intermediária, assim como todos os dispositivos ortodônticos não

terão custo e autorizo a utilização dos mesmos para análise de resultados e

divulgação por meios de teses, palestras, painéis, em congressos e aulas

em geral e em publicações de artigos. Assumo a responsabilidade pelo

comparecimento do menor nas consultas, no dia e horário previamente

determinados, estando ciente de que o não cumprimento destas exigências

eliminará o menor do grupo de pacientes, liberando os profissionais da

responsabilidade pela conclusão do tratamento. Ao término do tratamento,

estou ciente de que haverá o custo da documentação final (radiografias e

modelos de estudo).

Marília, de 2004.

------------------------------------------------

Assinatura do (a) Responsável

Nome por extenso:

Page 145: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

APÊNDICE

Tabela 11 – Idade inicial e final, em dias, dos indivíduos da amostraIndivíduos (13) Idade inicial Idade final

Alisson 4747 4938Andréia 5543 5755Aniele 5074 5279

Danielle 5045 5257Daniele 4983 5181Josicler 5351 5570Mayara 5058 5270Natália 4676 4895Patrícia 5471 5683Priscila 5338 5536Richard 5286 5498

Taís 5657 5869Thayrone 5631 5850

Média 5220 5429

Tabela 12 – Tempo de tratamento, em dias, para a distalização dos molaressuperiores

Indivíduos (13) Tempo detratamento

Alisson 191Andréia 212Aniele 205

Danielle 212Daniele 198Josicler 219Mayara 212Natália 219Patrícia 212Priscila 198Richard 212

Taís 212Thayrone 219

Média 209,31

Page 146: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 13 - Referente à informação dos dados iniciais e finaisDADOS INICIAIS SNA A-Nperp Co-A

E FINAIS INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINALAlisson 83 84 5,4 0 90 90,9Andréia 91,5 90,5 9 6,3 81,9 83,7Aniele 91,5 89 8,1 5,4 81 79,2

Daniele C 82 81,5 3,6 3,6 77,4 86,4Daniele S 84 86 1,8 2,7 80,1 91,9Josicler 91 90 5,4 4,5 80,1 78,3Mayara 87 86 5,4 5,4 79,2 81,9Natália 94 95 6,3 6,3 82,8 83,7Patrícia 80 79 0 0 77,8 80,5Priscila 80 80 1,8 1,8 82,8 85,5Richard 91 88 6,3 5,4 87,3 85,5

Taís 91 87 7,6 3,6 85,9 86,4Thayrone 85 86 3,6 4,5 88,2 88,2

Tabela 14 - Referente à informação dos dados iniciais e finaisSNB SND Pg-Nperp Co-Gn

INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL78,5 77,5 76 75 0 -5,4 111,6 111,681,5 79,5 78 77 -1,8 -5,4 104,4 104,485 84 82,5 80 6,3 5,4 101,7 101,7

77,5 77 75,5 74,5 0 0 114,3 114,380 81 78 80 0 0 102,6 104,484 83 80 79 -0,9 -3,6 99 98,180 80 77 76 0 0 98,1 102,689 88 87 86 5,4 0,9 103,5 104,4

76,5 74,5 73 72 -5,4 -6,3 102,6 102,677 76 75 74 0 0 100,8 103,585 80 82 78 1,8 0 108,9 108,987 84,5 84 81 10,8 3,6 110,7 110,781 82 78 78 0,9 1,8 113,4 112,5

Page 147: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 15 - Referente à informação dos dados iniciais e finaisANB AO-BO 6-PTV 4-PTV

INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL5 6 4,5 4,5 1,6 14,4 36,9 34,2

10 11 9,9 5,8 18,9 9 34,2 30,67 5 4,5 3,6 23,4 14,4 39,6 365 4 2,7 0,9 18,9 12,6 34,2 33,33 5 3,6 4,5 13,5 7,2 30,6 27,96 7 1,8 1,8 18 9,9 34,2 31,54 5 6,3 6,3 19,8 11,7 35,1 30,65 6 2,7 4,5 16,2 10,8 32,4 30,64 5 3,6 4,5 18 10,8 34,2 31,53 3 3,6 2,7 21,6 16,2 36,9 35,16 6 5,4 9 18,9 11,7 36 31,55 4,5 0 0 22 11,7 37,8 34,24 4 1,3 1,8 24,3 15,3 40,5 36,9

Tabela 16 - Referente à informação dos dados iniciais e finais1-PTV 1-NA 6.Pp 4.Pp

INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL62,1 60,3 7,2 3,6 80 59 89 8158,5 57,6 3,6 4,5 88 63 92 8656,2 56,7 0,9 2,7 81 69 85 8859,4 59,4 4,5 4,9 84 59 92 7751,3 51,3 4,5 3,6 74 53 85 8156,7 54,9 5,4 4,5 83 52 88 8156,7 54,9 2,7 2,7 86 63 92 8555,8 55,8 3,6 1,8 81 68 89 8456,7 53,1 7,2 4,5 77 63 82 8558,5 58,5 7,2 7,6 80 54 89 8454,9 54 2,7 1,8 83 63 87 8260,3 57,1 6,3 5,4 84,5 71 88 87,559,4 59,4 4,5 3,6 86 62 88 80

Page 148: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 17 - Referente à informação dos dados iniciais e finais1.Pp 1.NA 6-Pp 4-Pp

INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL116 111,5 30 22 22,5 18,9 23,4 23,4114 112,5 13 14 22,5 19,8 24,3 24,399 100 5 8 18,9 17,1 21,6 20,7101 103 10 13 26,1 22,5 24,3 24,3102 100 17 12 20,7 18,9 25,2 25,2113 110 20 17 21,6 20,7 26 25,2106 107 12 13 21,6 21,6 22,5 24,3112 110 17 14 18 18,9 19,8 20,7104 106 23 22 19,8 21,6 25,2 25,2116 106 33 32 23,4 22,5 25,2 26,1101 93,5 10 5 23,4 23,4 23,4 26,1110 105,5 19 13,5 23,4 23,4 26,1 25,6112 107 20 18 20,7 19,8 22,5 23,4

Tabela 18 - Referente à informação dos dados iniciais e finais1-Pp SN.Go.Gn FMA E.Fac

INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL26,1 24,3 28 27 17 19 90 9024,3 24,3 39 38,5 30 33 82 95,525,2 25,2 23 26 16 18 98 9930,6 30,6 36 36 23 22 103 10227 27,9 28 25 19 18 90,5 9127 27,9 25 24 18 19 87,5 87,527 27,9 23 27 15 16,5 88,5 85,5

22,5 25,2 21 20 17 16 93 94,529,7 27,9 38 40 27 29 82,5 8027 27 25 27 14 15 90 8927 29,7 25 28 20 20 89 85

27,9 27,4 24,5 28 20 21 96 92,526,1 27 31 32 20 22 89 89

Page 149: estudo das alterações esqueléticas e dentárias sagitais e verticais

Tabela 19 - Referente à informação dos dados iniciais e finaisAFAI Ls-LE Li-LE ANL

INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL INICIAL FINAL61,2 62,1 0 0 2,7 2,7 103 10061,2 61,2 0 1,8 2,7 2,7 123 12354,9 54,9 -0,9 -0,9 -0,9 -0,9 117 12168,4 67,5 0 -0,9 0 0 96 10758,5 61,2 -2,7 -1,8 -2,7 -1,8 112 10058,5 69,3 1,8 0 3,6 5,4 95 10959,4 62,1 -0,9 0 0 0 120 12350,4 56,7 -0,9 -0,9 0 0 89 11065,7 66,6 -1,8 0 0 0 115 11558,5 60,3 -0,9 -0,9 -1,8 -0,9 91 9263 69,3 -1,8 -0,9 0 -1,8 100 100,5

62,1 62,5 0,9 0 2,7 1,8 103 10263 63,9 0,9 0 2,7 2,7 127 132