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Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalvas. IV – Base para Opinião com Ressalva: 1) Controles Internos sobre a rubrica de Contas a Receber de Clientes Conforme mencionado na nota explicativa nº “3-E” existe numa diferença no cotejamento entre o Saldo Contábil e o valor do Relatório do Sistema GSAN, que não pudemos quantificar e qualificar com exatidão, de modo que os procedimentos alternativos recomendados nas circunstancias tornaram-se inviáveis diante da necessidade de aprimoramento nos processos de alimentação e manutenção das informações individuais e por segmento de Clientes. 2) Teste de Recuperabilidade dos Ativos Fixos - Resolução nº 1.292/2010 do CFC. Consoante mencionado em nota explicativa nº “3-G”, não proce- deu aos testes de recuperabilidade de seus Ativos Fixos conforme preconizado nos itens 9 e 10 da NBC TG 01 (R2) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, correspondente ao Pronunciamento nº 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, aprovado pela Resolução nº 1.292/10 do Conselho Federal de Contabilidade - CFC. Consequentemente, ficamos impossibilitados de opinar sobre a ne- cessidade de eventuais ajustes para o reconhecimento de possíveis perdas decorrentes da aplicação desse procedimento, bem como dos consequentes efeitos sobre os saldos do Ativo Imobilizado, do Patrimônio Líquido e do Resultado do Exercício sob nosso exame. 3) Estudo para Reavaliação de Vida Útil - Resolução nº 1.177/2009 do CFC. A companhia também não efetuou o estudo para reavaliação da vida útil dos bens integrantes do ativo imobilizado para definição das bases de cálculo e das taxas de depreciações, conforme estabelecido através da Resolução nº 1.177/09 do Conselho Federal de Contabi- lidade, que aprovou a NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado, de que trata o CPC 27. Como consequ ência, não nos foi possível mensurar os efeitos decorrentes da utilização das taxas de depreciação pelo prazo de vida útil restante e seus reflexos sobre o Ativo Imobilizado, Patrimônio Líquido e Resultado do Exercício sob nosso exame. V – Opinião com Ressalva: Em nossa opinião, considerando os efeitos que advirão dos ajus- tes decorrentes dos assuntos mencionados nos parágrafos 1, 2 e 3 de Base para Opinião com Ressalva as Demonstrações Contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Sa- neamento de Sergipe - DESO em 31 de dezembro de 2015, o desempenho e resultado de suas operações e os fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. VI – Ênfase: 1) Conforme mencionado na Nota Explicativa “1”, a Com- panhia presta serviços para 73 sedes municipais do Estado de Sergipe, mediante contratos de concessão com prazos que variam de 20 a 30 anos, sendo que, 16 contratos encontram-se vencidos e os contratos vigentes não atendem a Lei n° 11.445/07 do Marco Regulatório, que definiu novas regras para concessão de serviços públicos. De acordo com as Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade, n° 1.261/09 alterada pela Resolução n° 1.376/11, que aprovou a ITG 01 – Contratos de Concessão, em consonância a ICPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, os ativos de infraestrutura vinculados aos contratos de concessão devem ser classificados no Ativo Intangível. A administração da companhia, considerando as pendências existentes nos contratos de concessão para definição das regras sobre a reversão dos bens, decidiu manter seus investimentos em infraestrutura classificados na rubrica do Ativo Imobilizado. Não nos foi possível determinar os efeitos que o processo de adaptação dos contratos de concessão à nova lei e sua classifica- ção para o Ativo Intangível poderão ter sobre as demonstrações contábeis de 2015. IV - Outros assuntos: (a) Auditoria do Exercício Anterior: Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014 apresentados para fins comparativos foram anteriormente auditados outros auditores independentes cujo relatório de auditoria sobre tais demonstrações contábeis foi emitido em 06 de março de 2015, contendo as mesmas ressal- vas e ênfase relacionadas aos mesmos assuntos mencionados. Aracaju/SE, 01 de abril de 2016. RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES ACERCA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2015 PARECER DO CONSELHO FISCAL Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da COMPANHIA DE SANEAMENTO DE SERGIPE - DESO CNPJ(MF) 13.018.171/0001-90 Aracaju-SE I – Introdução: Examinamos as Demonstrações Contábeis da Companhia de Saneamento de Sergipe - DESO (“Companhia”), que com- preendem o balanço patrimonial em 31 de Dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas con- tábeis e demais notas explicativas. II - Responsabilidade da Administração sobre as demons- trações contábeis: A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos con- troles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente, se causada por fraude ou erro. III - Responsabilidade dos auditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas Demonstrações Contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumpri- mento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos sele- cionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do audi- tor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente, se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresenta- ção das Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto com o Relatório da Administração e as Notas Explicativas. O Conselho Fiscal da Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO, em cumprimento ao disposto no art. 163 da Lei nº 6.404/76, e ao estatuto da empresa, procedeu ao exame do Relatório de Gestão da Administração e das Demonstrações Contábeis, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, à vista do Relatório dos Auditores Independentes - AUDIMEC Auditores Independentes S/S, com data de 01 de abril de 2016, com ressalva e parágrafos de ênfase, elaborado de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Exceto pelas ressalvas e parágrafo de ênfase, apontados no Relatório da Auditoria Independente, o Conselho Fiscal, por unanimidade, é de opinião que os referidos documentos societários refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, financeira e de gestão da Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO no exercício findo em 31 de dezembro de 2015. Este Conselho, conclui, baseado no Relatório da Auditoria AUDIMEC Auditores Independentes S/S, que a referida documentação se encontra em condições de ser submetida à deliberação da Assembléia Geral Ordinária de Acionistas. Aracaju (Se), 18 de abril de 2016. JAIRO HENRIQUE CORDEIRO DE MENEZES SARA MARIA COSTA VIANA ARAÚJO ANDRÉ LUIZ GONÇALVES GARCIA Comercialização: Gabinete de Mídia & Comunicação Ltda. Rua Moacir Rabelo Leite, 34, Sala 1, Bairro 13 de Julho, Aracaju/SE Contato: Pedro Amarante [email protected] - (79) 3246-4139 / 9978-8962 CADERNO MERCADO - ECONOMIA & NEGÓCIOS MERCADO JORNAL DA CIDADE 5 ARACAJU, SÁBADO 23 A SEGUNDA-FEIRA 25 DE ABRIL DE 2016 Léo Rodrigues Agência Brasil O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou, na quarta-feira, 20, os resultados do estudo feito com a Marinha do Brasil sobre o impacto da lama de rejeitos que vazou no final do ano passado após o rompimento da barragem da mineradora Samar- co, em Mariana (MG). A pesquisa levou em conta amostras colhidas na foz do Rio Doce e no litoral norte do Espírito Santo pelo navio Vital de Olivei- ra, em novembro de 2015. Foi constatada alta concentração de quatro metais pesados. No entan- to, não foi possível confirmar a relação entre a contaminação e os rejeitos vazados na tragédia. Na região marítima próxima à foz do Rio Doce, foi observada a presença de arsênio, manganês e selênio acima do limite estabe- lecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Já na região de água doce foi encontra- do excesso de manganês, selênio e chumbo. Em suas considerações finais, o relatório com os resulta- dos sugere que os órgãos públicos competentes acompanhem “os impactos do acúmulo dos metais, principalmente aqueles em maio- res concentrações”. Em nota, a Samarco informou que não teve acesso ao relatório da Marinha, mas destacou que a composição de seu rejeito não tem metais pesados. A minera- dora disse ainda que faz, desde Estudo da Marinha aponta alta concentração de metais no Rio Doce Ibama divulga resultados do estudo sobre impacto da lama da barragem da Samarco O aumento da produção de cebola e cenoura incentivou a que- da de preços registrada pelos produtos hortigranjeiros nos principais entrepostos das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. É o que revela o 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado 19 pela Compa- nhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mesmo com as quedas registradas, as cotações dos dois pro- dutos mantêm-se em patamares elevados. No caso da cebola, a importação continua como fator determinante para manutenção dos níveis elevados de preços. Já a cenoura manteve preço elevado devido à menor oferta do produto nas principais regiões produto- ras. Para abril, a expectativa é de continuação no arrefecimento dos preços dos dois produtos, uma vez que há intensificação da colheita e provável queda na demanda, devido ao efeito da substituição em resposta aos preços ainda elevados. A entrada da safra de tomate dos estados de SP, RJ e PR resultou em queda nos preços em alguns mercados. A tendência se mantém em abril em todas as regiões do país, conforme acompanhamento diário feito pelo do Programa Brasileiro de Modernização do Mer- cado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab. Apenas a batata registrou tendência de alta em março. O com- portamento foi influenciado pela alta demanda, ocorrida durante a Semana Santa, aliada à queda de cerca de 11% no produto oferta- do nos principais centros atacadistas, devido a condições climáticas adversas nas regiões produtoras. A tendência é de manutenção da alta de preços, movimento oposto ao registrado em 2015. FRUTAS As frutas continuaram apresentando alta nos preços em março. Isso se deveu às condições climáticas adversas que impactam na produtividade, resultando na queda da oferta, além das questões de entressafra e do bom volume das exportações. Destacam-se, nes- te cenário, a banana e o mamão. Mas a expectativa para a banana é de reversão do comportamento a partir desse mês, uma vez que a produção deve aumentar no norte de Minas Gerais e no centro sul da Bahia. Já o mamão deve continuar apresentando alta nos próximos meses, devido principalmente à diminuição das chuvas e às altas temperaturas nas regiões produtoras. O aumento das exportações teve forte influência na alta dos preços da laranja e da melancia. Nos próximos meses, no entanto, a tendência é de arrefecimento desses valores, uma vez que a plan- tação e a colheita devem ser intensificadas, aumentando a oferta no mercado interno. A maçã foi a única fruta que não seguiu o comportamento generalizado de alta. A queda nos preços se deve, sobretudo, ao avanço da colheita da variedade Fuji. O levantamento foi feito a partir de dados fornecidos pelas cen- trais de abastecimento dos estados de SP, MG, RJ, ES, GO, CE, PE. Por problemas técnicos, os entrepostos do Paraná não consolidaram os dados de comercialização até o fechamento do boletim. o dia 7 de novembro de 2015, o monitoramento da qualidade da água e sedimentos em 118 pon- tos distribuídos ao longo da bacia do Rio Doce e no mar e também destacou um estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) feito em dezembro de 2015. A agência teria indicado que “no mesmo período em que a Marinha ana- lisou o ambiente marinho, a qualidade da água do Rio Doce já se encontrava em condições semelhante aos padrões observa- dos em 2010”. ICMBIO No início do mês, o Ministério Público Federal (MPF) divulgou os resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida- de (ICMBio) que também apon- tava contaminação do mar e de animais marinhos no litoral do Espírito Santo. A confirmação de altos níveis de arsênio, chumbo e cádmio levaram o procurador Jorge Munhós de Souza a reco- mendar a ampliação da área de proibição da pesca na foz do Rio Doce. Os estudos do ICMBio tam- bém não permitiram afirmar com segurança que a contaminação era decorrente da chegada ao oceano dos rejeitos de mineração espalhados após o rompimento da barragem da Samarco. Na ocasião, a mineradora disse que os estudos apresentados pelo ICMBio eram preliminares e não conclusivos. “O que chama atenção até o momento é que os próprios pes- quisadores não apontam uma re- lação entre os resultados encon- trados e o episódio de Mariana. Inclusive os metais encontrados não estão associados ao tipo de rejeito que havia na barragem”, disse o gerente de engenharia ambiental da Samarco Paulo Ce- zar de Siqueira. SIGILO Os resultados do estudo haviam sido considerados sigilosos pela Marinha e ficaram restritos por mais de três meses. Sua liberação ocorre após a organização não go- vernamental (ONG) Transparência Capixaba anunciar que entraria com uma ação na Justiça para poder ter acesso ao documento. “Pela Lei de Acesso à Informação, não há absolutamente qualquer motivo para que estas informações sejam consideradas sigilosas ou que envolvam a segurança nacional”, disse o integrante da ONG Edmar Camata. Apesar da queda do sigilo, a Marinha se recusou a fornecer o documento à reportagem, que foi obtido somente por meio do Ibama. Na terça-feira, 19, a ONG Transpa- rência Capixaba havia criticado a dificuldade para se obter informa- ções referentes aos desdobramen- tos do rompimento da barragem em Mariana. “Desde que ocorreu a tragédia, há um déficit de informação muito grande. Quando começamos a demandar alguns órgãos públicos, notamos que havia um conluio das empresas e dos governos para ne- gar informação”, disse. A barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues em Mariana (MG), se rompeu no dia 5 de novembro de 2015 ocasio- nando a morte de 19 pessoas. Considerada a maior tragédia ambiental do Brasil, o episódio também causou destruição de ve- getação nativa e poluiu as águas da bacia do Rio Doce. A PESQUISA da Marinha do Brasil constatou alta concentração de quatro metais pesados ATACADO Cebola e cenoura apresentam tendência de queda de preços Divulgação

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Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalvas.

IV – Base para Opinião com Ressalva: 1) Controles Internos sobre a rubrica de Contas a Receber

de Clientes

Conforme mencionado na nota explicativa nº “3-E” existe numa diferença no cotejamento entre o Saldo Contábil e o valor do Relatório do Sistema GSAN, que não pudemos quantificar e qualificar com exatidão, de modo que os procedimentos alternativos recomendados nas circunstancias tornaram-se inviáveis diante da necessidade de aprimoramento nos processos de alimentação e manutenção das informações individuais e por segmento de Clientes.

2) Teste de Recuperabilidade dos Ativos Fixos - Resolução nº 1.292/2010 do CFC.

Consoante mencionado em nota explicativa nº “3-G”, não proce-deu aos testes de recuperabilidade de seus Ativos Fixos conforme preconizado nos itens 9 e 10 da NBC TG 01 (R2) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, correspondente ao Pronunciamento nº 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, aprovado pela Resolução nº 1.292/10 do Conselho Federal de Contabilidade - CFC. Consequentemente, ficamos impossibilitados de opinar sobre a ne-cessidade de eventuais ajustes para o reconhecimento de possíveis perdas decorrentes da aplicação desse procedimento, bem como dos consequentes efeitos sobre os saldos do Ativo Imobilizado, do Patrimônio Líquido e do Resultado do Exercício sob nosso exame.

3) Estudo para Reavaliação de Vida Útil - Resolução nº 1.177/2009 do CFC.

A companhia também não efetuou o estudo para reavaliação da vida útil dos bens integrantes do ativo imobilizado para definição das bases de cálculo e das taxas de depreciações, conforme estabelecido através da Resolução nº 1.177/09 do Conselho Federal de Contabi-lidade, que aprovou a NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado, de que trata o CPC 27. Como consequ ência, não nos foi possível mensurar os efeitos decorrentes da utilização das taxas de depreciação pelo prazo de vida útil restante e seus reflexos sobre o Ativo Imobilizado, Patrimônio Líquido e Resultado do Exercício sob nosso exame.

V – Opinião com Ressalva: Em nossa opinião, considerando os efeitos que advirão dos ajus-

tes decorrentes dos assuntos mencionados nos parágrafos 1, 2 e 3 de Base para Opinião com Ressalva as Demonstrações Contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Sa-

neamento de Sergipe - DESO em 31 de dezembro de 2015, o desempenho e resultado de suas operações e os fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

VI – Ênfase: 1) Conforme mencionado na Nota Explicativa “1”, a Com-

panhia presta serviços para 73 sedes municipais do Estado de Sergipe, mediante contratos de concessão com prazos que variam de 20 a 30 anos, sendo que, 16 contratos encontram-se vencidos e os contratos vigentes não atendem a Lei n° 11.445/07 do Marco Regulatório, que definiu novas regras para concessão de serviços públicos. De acordo com as Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade, n° 1.261/09 alterada pela Resolução n° 1.376/11, que aprovou a ITG 01 – Contratos de Concessão, em consonância a ICPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, os ativos de infraestrutura vinculados aos contratos de concessão devem ser classificados no Ativo Intangível. A administração da companhia, considerando as pendências existentes nos contratos de concessão para definição das regras sobre a reversão dos bens, decidiu manter seus investimentos em infraestrutura classificados na rubrica do Ativo Imobilizado. Não nos foi possível determinar os efeitos que o processo de adaptação dos contratos de concessão à nova lei e sua classifica-ção para o Ativo Intangível poderão ter sobre as demonstrações contábeis de 2015.

IV - Outros assuntos: (a) Auditoria do Exercício Anterior: Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2014 apresentados para fins comparativos foram anteriormente auditados outros auditores independentes cujo relatório de auditoria sobre tais demonstrações contábeis foi emitido em 06 de março de 2015, contendo as mesmas ressal-vas e ênfase relacionadas aos mesmos assuntos mencionados.

Aracaju/SE, 01 de abril de 2016.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES ACERCA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2015

PARECER DO CONSELHO FISCAL

Aos Acionistas, Conselheiros e Administradores da COMPANHIA DE SANEAMENTO DE SERGIPE - DESO CNPJ(MF) 13.018.171/0001-90 Aracaju-SE

I – Introdução: Examinamos as Demonstrações Contábeis da Companhia

de Saneamento de Sergipe - DESO (“Companhia”), que com-preendem o balanço patrimonial em 31 de Dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas con-tábeis e demais notas explicativas.

II - Responsabilidade da Administração sobre as demons-trações contábeis:

A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos con-troles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente, se causada por fraude ou erro.

III - Responsabilidade dos auditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião

sobre essas Demonstrações Contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumpri-mento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos sele-cionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do audi-tor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente, se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresenta-ção das Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto com o Relatório da Administração e as Notas Explicativas.

O Conselho Fiscal da Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO, em cumprimento ao disposto no art. 163 da Lei nº 6.404/76, e ao estatuto da empresa, procedeu ao exame do Relatório de Gestão da Administração e das Demonstrações Contábeis, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, à vista do Relatório dos Auditores Independentes - AUDIMEC Auditores Independentes S/S, com data de 01 de abril de 2016, com ressalva e parágrafos de ênfase, elaborado de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.

Exceto pelas ressalvas e parágrafo de ênfase, apontados no Relatório da Auditoria Independente, o Conselho Fiscal, por unanimidade, é de opinião que os referidos documentos societários refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, financeira e de gestão da Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO no exercício findo em 31 de dezembro de 2015.

Este Conselho, conclui, baseado no Relatório da Auditoria AUDIMEC Auditores Independentes S/S, que a referida documentação se encontra

em condições de ser submetida à deliberação da Assembléia Geral Ordinária de Acionistas.

Aracaju (Se), 18 de abril de 2016.

JAIRO HENRIQUE CORDEIRO DE MENEZESSARA MARIA COSTA VIANA ARAÚJOANDRÉ LUIZ GONÇALVES GARCIA

Comercialização: Gabinete de Mídia & Comunicação Ltda.Rua Moacir Rabelo Leite, 34, Sala 1, Bairro 13 de Julho, Aracaju/SE

Contato: Pedro [email protected] - (79) 3246-4139 / 9978-8962

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MercadoJornal da cidade 5ArAcAju, sábAdo 23 A segundA-feirA 25 de Abril de 2016

Léo RodriguesAgência Brasil

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou, na quarta-feira, 20, os resultados do estudo feito com a Marinha do Brasil sobre o impacto da lama de rejeitos que vazou no final do ano passado após o rompimento da barragem da mineradora Samar-co, em Mariana (MG).

A pesquisa levou em conta amostras colhidas na foz do Rio Doce e no litoral norte do Espírito Santo pelo navio Vital de Olivei-ra, em novembro de 2015. Foi constatada alta concentração de quatro metais pesados. No entan-to, não foi possível confirmar a relação entre a contaminação e os rejeitos vazados na tragédia.

Na região marítima próxima à foz do Rio Doce, foi observada a presença de arsênio, manganês e selênio acima do limite estabe-lecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Já na região de água doce foi encontra-do excesso de manganês, selênio e chumbo. Em suas considerações finais, o relatório com os resulta-dos sugere que os órgãos públicos competentes acompanhem “os impactos do acúmulo dos metais, principalmente aqueles em maio-res concentrações”.

Em nota, a Samarco informou que não teve acesso ao relatório da Marinha, mas destacou que a composição de seu rejeito não tem metais pesados. A minera-dora disse ainda que faz, desde

Estudo da Marinha aponta altaconcentração de metais no Rio DoceIbama divulga resultados do estudo sobre impacto da lama da barragem da Samarco

O aumento da produção de cebola e cenoura incentivou a que-da de preços registrada pelos produtos hortigranjeiros nos

principais entrepostos das Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país. É o que revela o 4º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado 19 pela Compa-nhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mesmo com as quedas registradas, as cotações dos dois pro-dutos mantêm-se em patamares elevados. No caso da cebola, a importação continua como fator determinante para manutenção dos níveis elevados de preços. Já a cenoura manteve preço elevado devido à menor oferta do produto nas principais regiões produto-ras. Para abril, a expectativa é de continuação no arrefecimento dos preços dos dois produtos, uma vez que há intensificação da colheita e provável queda na demanda, devido ao efeito da substituição em resposta aos preços ainda elevados.

A entrada da safra de tomate dos estados de SP, RJ e PR resultou em queda nos preços em alguns mercados. A tendência se mantém em abril em todas as regiões do país, conforme acompanhamento diário feito pelo do Programa Brasileiro de Modernização do Mer-cado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab.

Apenas a batata registrou tendência de alta em março. O com-portamento foi influenciado pela alta demanda, ocorrida durante a Semana Santa, aliada à queda de cerca de 11% no produto oferta-do nos principais centros atacadistas, devido a condições climáticas adversas nas regiões produtoras. A tendência é de manutenção da alta de preços, movimento oposto ao registrado em 2015.

FrutasAs frutas continuaram apresentando alta nos preços em março.

Isso se deveu às condições climáticas adversas que impactam na produtividade, resultando na queda da oferta, além das questões de entressafra e do bom volume das exportações. Destacam-se, nes-te cenário, a banana e o mamão. Mas a expectativa para a banana é de reversão do comportamento a partir desse mês, uma vez que a produção deve aumentar no norte de Minas Gerais e no centro sul da Bahia. Já o mamão deve continuar apresentando alta nos próximos meses, devido principalmente à diminuição das chuvas e às altas temperaturas nas regiões produtoras.

O aumento das exportações teve forte influência na alta dos preços da laranja e da melancia. Nos próximos meses, no entanto, a tendência é de arrefecimento desses valores, uma vez que a plan-tação e a colheita devem ser intensificadas, aumentando a oferta no mercado interno. A maçã foi a única fruta que não seguiu o comportamento generalizado de alta. A queda nos preços se deve, sobretudo, ao avanço da colheita da variedade Fuji.

O levantamento foi feito a partir de dados fornecidos pelas cen-trais de abastecimento dos estados de SP, MG, RJ, ES, GO, CE, PE. Por problemas técnicos, os entrepostos do Paraná não consolidaram os dados de comercialização até o fechamento do boletim.

o dia 7 de novembro de 2015, o monitoramento da qualidade da água e sedimentos em 118 pon-tos distribuídos ao longo da bacia do Rio Doce e no mar e também destacou um estudo da Agência Nacional de Águas (ANA) feito em dezembro de 2015. A agência teria indicado que “no mesmo período em que a Marinha ana-lisou o ambiente marinho, a qualidade da água do Rio Doce já se encontrava em condições semelhante aos padrões observa-dos em 2010”.

icMbioNo início do mês, o Ministério

Público Federal (MPF) divulgou os resultados de uma pesquisa feita pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversida-de (ICMBio) que também apon-tava contaminação do mar e de animais marinhos no litoral do Espírito Santo. A confirmação de altos níveis de arsênio, chumbo

e cádmio levaram o procurador Jorge Munhós de Souza a reco-mendar a ampliação da área de proibição da pesca na foz do Rio Doce.

Os estudos do ICMBio tam-bém não permitiram afirmar com segurança que a contaminação era decorrente da chegada ao oceano dos rejeitos de mineração espalhados após o rompimento da barragem da Samarco. Na ocasião, a mineradora disse que os estudos apresentados pelo ICMBio eram preliminares e não conclusivos.

“O que chama atenção até o momento é que os próprios pes-quisadores não apontam uma re-lação entre os resultados encon-trados e o episódio de Mariana. Inclusive os metais encontrados não estão associados ao tipo de rejeito que havia na barragem”, disse o gerente de engenharia ambiental da Samarco Paulo Ce-zar de Siqueira.

sigiloOs resultados do estudo haviam

sido considerados sigilosos pela Marinha e ficaram restritos por mais de três meses. Sua liberação ocorre após a organização não go-vernamental (ONG) Transparência Capixaba anunciar que entraria com uma ação na Justiça para poder ter acesso ao documento. “Pela Lei de Acesso à Informação, não há absolutamente qualquer motivo para que estas informações sejam consideradas sigilosas ou que envolvam a segurança nacional”, disse o integrante da ONG Edmar Camata.

Apesar da queda do sigilo, a Marinha se recusou a fornecer o documento à reportagem, que foi obtido somente por meio do Ibama. Na terça-feira, 19, a ONG Transpa-rência Capixaba havia criticado a dificuldade para se obter informa-ções referentes aos desdobramen-tos do rompimento da barragem em Mariana.

“Desde que ocorreu a tragédia, há um déficit de informação muito grande. Quando começamos a demandar alguns órgãos públicos, notamos que havia um conluio das empresas e dos governos para ne-gar informação”, disse.

A barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues em Mariana (MG), se rompeu no dia 5 de novembro de 2015 ocasio-nando a morte de 19 pessoas. Considerada a maior tragédia ambiental do Brasil, o episódio também causou destruição de ve-getação nativa e poluiu as águas da bacia do Rio Doce.

A PESQUISA da Marinha do Brasil constatou altaconcentração de quatro metais pesados

ATACADO

Cebola e cenoura apresentam tendência de queda de preços

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