estudo da bíblia 06 - a ressurreição dos mortos

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Introdução ao Estudo da Bíblia Luis Henrique Beust, 2011 Aula 6: A Ressurreição dos Mortos Dedicada à memória dos amigos Rangvald Taetz e Nilza Taetz

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Aula 06 da introdução ao estudo da Bíblia - A ressurreição dos mortos

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  • Introduo ao Estudo da Bblia

    Luis Henrique Beust, 2011

    Aula 6: A Ressurreio dos Mortos Dedicada memria dos amigos Rangvald Taetz e Nilza Taetz

  • meu Deus! Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes ddivas e afastas aflies! Suplico-

    Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes fsicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]

  • [...] meu Senhor! Purifica-os das transgresses; as tristezas, desvanece-lhes; e

    transforma sua escurido em luz. [...]

  • [...] Permite que entrem no Jardim da felicidade, se purifiquem com a gua mais

    lmpida e no mais sublime monte, contemplem Teus esplendores. Bahullh

  • AT: Antigo Testamento

    City Temple, Holborn, Londres, antes da destruio da nave, na Segunda Guerra Mundial. Local da primeira palestra pblica de Abdul-Bah, em 10 de setembro de 1911.

  • AT: Antigo Testamento

    O City Temple acomodava trs mil pessoas sentadas.

  • AT: Antigo Testamento

    City Temple, Holborn, Londres, a fachada no foi destruda nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.

  • AT: Antigo Testamento

    Este livro o Sagrado Livro de Deus, de inspirao celestial. a Bblia da Salvao, o Nobre Evangelho. o Mistrio do Reino e sua luz. a Graa divina, o sinal da guia de Deus. Abdul-Bah Abbs. Escrito na Bblia do plpito do City Temple depois de Sua primeira palestra pblica no Ocidente, em 10 de setembro de 1911. In: Earl Redman, Abdul-Bah in Their Midst, p. 31-32,34.

  • Bblia: Exegese A Ressurreio dos Mortos

    Gustave Dor (1832-1883). Elias ressuscita o filho da viva.

  • H milagres em todas as religies

    Os milagres so uma caracterstica comum da literatura e da tradio

    religiosa de todas as culturas, desde as mais

    simples at s mais sofisticadas sociedades, desde os mais remotos tempos histricos at o

    presente. Howard Clark Lee, Miracles. In: Metger, Bruce M. And

    Coogan, Michael D., Eds. The Oxford Companion to the Bible. Oxford University Press, New York,

    Oxford, 1993. p. 519. A traduo nossa.

  • Milagres: sempre bom lembrar:

    a grandeza de Jesus, Bahullh, ou qualquer outro profeta no est nos milagres que possam ou no ter feito, mas na sublimidade de Suas vidas e Seus Ensinamentos. Na Sua capacidade de infundir f e vida eterna nos homens.

  • Trs tipos de narrativa de milagres

    1. A narrativa foi mal-interpretada (h evidncia na Bblia de que nenhum milagre que foi realizado).

    1. As duas multiplica-es de pes e peixes. (Aula 4)

    3. A narrativa descreve um milagre que foi realizado no mundo fsico, material.

    2. A narrativa tem um sentido espiritual, simblico (e nenhum milagre que foi realizado).

    2. A ascenso dos corpos aos cus. (Aula 5)

    3. O nascimento virgem de alguns profetas. (Aula 4)

  • Ressurreio dos mortos

    A ressurreio dos mortos uma crena encontrada em

    vrias religies, especialmente no

    cristianismo, islamismo, judasmo e zoroastrismo.

    H relatos de ressurreies nos textos sagrados destas religies, mas o fenmeno geralmente relativo a um

    futuro Juzo Final. Wikipedia: Resurrection of the Dead

    Luca Signorelli. Ressurreio da Carne detalhe, 1499-1502.

  • Relatos de ressurreio dos mortos nas Escrituras Sagradas

    Luca Signorelli. Ressurreio da Carne 1499-1502.

  • Judasmo No judasmo existem trs

    menes explcitas de pessoas sendo

    ressuscitadas dos mortos.

    1. O profeta Elias ora a Deus e ressuscita um

    menino filho de uma viva (1Reis 17:17-24).

    2. O profeta Eliseu ressuscita o filho da mulher sunamita (2Reis

    4:18-16). Giorgio Vasari. O Profeta Eliseu, 1566

  • 3. Um homem morto ressuscita quando seu corpo colocado na tumba do profeta Eliseu e toca seus ossos.

    (2 Reis 13:21)

  • Elias

    E depois destas coisas sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, dona da casa; e a sua doena se agravou muito, at

    que nele nenhum flego ficou. []

    E ele disse: "D-me o teu filho." E ele o

    tomou do seu regao, e o levou para cima, ao

    quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em

    sua cama, []

    Januarius Zick (1730-1797). Elias de joelhos invoca o Senhor para ressuscitar o filho da viva.

  • Atribudo a Rembrandt van Rijn (1606-1669). Elias ora pelo filho da viva.

    Ento se estendeu sobre o menino trs vezes, e clamou ao Senhor, disse: Senhor meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele.

    E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu. E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto casa, e o deu a sua me; e disse Elias: "Vs a, teu filho vive. 1 Reis 17:17-23

  • Julius Schnorr von Carolsfeld. Elias ressuscita o filho da viva, 1842.

  • Luis Hersent (17771860). Elias ressuscita o filho da viva.

  • Ford Madox Brown. Elias ressuscita o filho da viva, 1868.

  • Eliseu 1

    A Ressurreio do Filho da Sunamita, de Benjamin West (1738-1820).

    E, chegando Eliseu quela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.

    Ento entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.

    E subiu cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mos sobre as mos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. []

  • Depois desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele, ento o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos.

    Ento chamou a Geazi, e disse: Chama esta sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.

    E entrou ela, e se prostrou a seus ps, e se inclinou terra; e tomou o seu filho e saiu. 2 Reis 4:32-37 Bblia Historial de Peter Comestor, 1372. Eliseu Ressuscita o

    Filho da Sunamita.

  • Eliseu Ressuscita o Filho da Sunamita. Bible in Pictures.

  • Benjamin West. Eliseu Ressuscita o Filho da Sunamita, 1765. Speed Art Museum.

  • Jan Sluijters. Eliseu Ressuscita o filho da Mulher Sunamita, 1904.

  • Eliseu 2 Depois morreu Eliseu,

    e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra entrada do ano.

    E sucedeu que, estando alguns a enterrarem um homem, viram uma dessas tropas, e lanaram o homem na sepultura de Eliseu. Logo que ele tocou os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus ps. 2 Reis 13:20-21

    Caspar Luiken, (1672-1708). Os Ossos de Eliseu Ressuscitam um Morto.

  • Jan Luyken. A Ressurreio de um homem assassinado cujo corpo toca as relquias do profeta Eliseu (1770).

  • Nicolas Fontaine (1625-1709). Os Ossos de Eliseu Ressuscitam um Morto.

  • David Martin, (1639-1721). Os Ossos de Eliseu Ressuscitam um Morto.

  • Budismo No budismo h uma

    proibio explcita sobre a demonstrao de milagres. Ainda assim, sobrevivem alguns poucos relatos, geral-mente associados a santos budistas de conduta no-convencional.

    Um relato sobre a ressurreio de Bodhidharma (incio do sculo V), trs anos aps sua morte.

    O outro se refere ao monge Pahua, como segue: Bodhidharma.

  • Um dia, no mercado, Pahua pedia a todos e a cada um que lhe dessem

    um manto. Todos lhe ofereciam um, mas ele

    recusava todos. Mestre Linji ordenou que comprassem um

    atade e quando Pahua regressou disse a ele:

    V, mandei fazer este manto para ti.

    Pahua tomou o atade nas costas e voltou ao mercado, gritando:

  • Rinzai mandou fazer este manto para mim! Vou para o porto do Este para iniciar a

    transformao (morrer). As pessoas todas foram atrs

    dele, ansiosas por contemplar. Porm, Puhua disse: No hoje, mas amanh! E assim por trs

    dias. E j ningum mais acreditava nele.

    No quarto dia, agora sem nenhum espectador, Puhua foi

    para fora dos muros da cidade e entrou dentro do caixo.

  • A um viajante que passava, ele solicitou que pregasse a

    tampa do atade. As notcias correram

    rpido, e as pessoas todas foram para onde o atade

    estava. Ao abrirem o atade,

    descobriram que o corpo j no l estava. Porm, do alto, no cu, eles todos

    puderam escutar o tintilar do sino de mo.

    In: Schloegl, Irmgard. The Zen Teachings of Rinzai.Shambala, Berkeley, 1976, p.76. A

    traduo nossa.

  • Jesus 1: a filha de Jairo Enquanto ainda

    falava, veio algum da casa do chefe da sinagoga dizendo: A tua filha j est morta; no incomodes mais o Mestre.

    Jesus, porm, ouvindo-o, respondeu-lhe: No temas: cr somente, e ser salva. [...]

    E todos choravam e pranteavam; Ele, porm, disse: No choreis; ela no est morta, mas dorme. Gravura chinesa.

  • E riam-se dEle, sabendo que ela estava morta. Ento Ele, tomando-lhe a mo,

    exclamou: Menina, levanta-te.

    E o seu esprito voltou, e ela se levantou

    imediatamente; e Jesus mandou que lhe dessem de

    comer. E seus pais ficaram maravilhados; e ele

    mandou-lhes que a ningum contassem o que havia

    sucedido. Lucas 8:49-56 (Mc 5:35-43)

  • Gustave Dor. Ressurreio da Filha de Jairo.

  • Istambul, Kariye Camii. Ressurreio da Filha de jairo, 1315-21

  • Paolo Veronese. Ressurreio da Filha de Jairo, ca.1546

  • Tito di Santi (1536-1603). Ressurreio da Filha de Jairo, 1578.

  • Agnolo Bronzino (1503-1572). Cristo Ressuscita a Filha de Jairo.

  • Gustav Karl Richter(1823-1884). Cristo Ressuscita a Filha de Jairo, 1856.

  • George Percy Jacomb-Hood. A Ressurreio da Filha de Jairo, 1885.

  • Daniel Bonnel. Ressurreio da Filha de Jairo.

  • Jesus 2: o filho da viva de Naim

    Ao se aproximar da porta da cidade [de Naim], coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho nico de me viva; e grande multido da cidade estava com ela.

    O Senhor, ao v-la, ficou comovido e disse-lhe: No chores! Depois, aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam.

  • Lucas Cranach, o Jovem. A Ressurreio do Jovem de Naim, 1569. Stadtkirche Wittenberg.

    Disse ele ento: Jovem, eu te

    ordeno, levanta-te! E o morto sentou-se e comeou a falar. E Jesus o entregou a sua me. Lucas 7:11-17

  • Domenico Fiasella detto Il Sarzana e Giovan Battista Carlone (15891669). Jesus Ressuscita o Filho da Viva de Naim, 1615.

  • Eustache Le Sueur. Jesus Ressuscita o Filho da Viva de Naim, c. 1640.

  • Jean-Baptiste Joseph Wicar (1762-1834). Jesus Ressuscita o Filho da Viva de Naim.

  • William Blake. Jesus Ressuscita o Filho da Viva de Naim, 18031805.

  • James Tissot (18361902). Jesus Ressuscita o Filho da Viva de Naim.

  • Jesus 3: Lzaro

    Ao chegar, Jesus encontrou Lzaro j

    sepultado havia quatro dias. Betnia

    ficava perto de Jerusalm, a uns quinze estdios

    [aprox. 3 km]. Muitos judeus tinham vindo at Marta e Maria, para as consolar da

    perda do irmo. [...] Carl Heinrich Bloch (1834-1890). Ressurreio de Lzaro.

  • [...] Disse, ento, Marta a Jesus: Senhor, se estivesses aqui, meu irmo no teria morrido. [...]

    Jesus chorou. Diziam, ento, os judeus: Vede como ele o amava. [...] De novo, Jesus comoveu-se e dirigiu-se ao sepulcro. Era uma gruta, com uma pedra sobreposta. [...]

    Januarius Zick (1730-1797). Jesus com Maria e Marta.

  • Duccio di Buoninsegna. A Ressurreio de Lzaro. 1308-11.

    Disse Jesus:

    Retirai a pedra! Marta,

    a irm do morto,

    disse-lhe: Senhor, j cheira mal: o quarto

    dia! [...]

  • Geertgen tot Jans Sint. A Ressurreio de Lzaro, ca. 1480

    [...] Disse-lhe Jesus: No te disse que, se creres, vers a glria de Deus? Retiraram, ento a pedra. Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: Pai, dou-te graas porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves; mas digo isto por causa da multido que me rodeia, para que creiam que me enviaste. Tendo dito isto, gritou em alta voz: [...]

  • [...] Lzaro, vem para fora!

    O morto saiu, com os ps

    e as mos enfaixados e o rosto coberto

    com um sudrio. Jesus lhes

    disse: Desatai-o e deixai-o ir-se.

    Joo 11:17-44

    Peter Paul Rubens (1577-1640). A Ressurreio de Lzaro.

  • Peter Paul Rubens (1577-1640) e Jan Brueghel o Jovem(1601-1678). Cristo na Casa de Marta e Maria, 1628.

  • CAMPI, Vincenzo (ca. 1530-1591, Cremona. Cristo na Casa de Maria e Marta)

  • Sacro Monte de Varallo, Roma. Capela da Ressurreio de Lzaro (1580). Esttuas atribudas a Bartolomeo Badarello e Michele Prestinari (1595). Afrescos de Gian Giacomo Testa (1584-1585).

  • Luca Giordano. A Ressurreio de Lzaro, ca. 1675.

  • Jose Casado del Alisal, 1832-1886.

  • REMBRANDT Harmenszoon van Rijn The Raising of Lazarus c. 1630

  • Caravaggio. A Ressurreio de Lzaro, 1608-09

  • William Blake(1757-1827) . A Ressurreio de Lzaro.

  • Jouvnet (1757-1827) . A Ressurreio de Lzaro (ca. 1800).

  • Leon Bonnat. A Ressurreio de Lzaro, Frana, 1857.

  • Pietro Annigoni (1910-1988) . A Ressurreio de Lzaro (1946).

  • Vincent van Gogh. A Ressurreio de Lzaro (segundo Rembrandt), 1889-1890.

  • A estes doze enviou Jesus e ordenou-lhes,

    dizendo: No ireis aos gentios, nem entrareis em cidade de samarita-nos; mas ide s ovelhas

    perdidas da casa de Israel; e indo, pregai dizendo: chegado o

    reino dos cus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos,

    limpai os leprosos, expulsai os demnios; de

    graa recebestes, de graa dai. Mateus 10:5-8 Luca Signorelli. A Comunho dos Apstolos (detalhe), 1512.

  • Islamismo

    Porventura o homem cr que jamais reuniremos os seus ossos?

    Sim, porque somos capaz de restaurar as cartilagens dos seus dedos. [e reviv-los] Alcoro, Surata 75:3-4

  • Islamismo Contempla, pois,

    os traos da misericrdia de Deus. Como vivifica a terra, depois de esta haver sido rida. Em verdade, Ele o Ressuscitador dos mortos, porque Ele Onipotente.

    Alcoro, Surata 30:50

    Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • F Bah Por Aquele que o

    Grande Anncio! Veio o Todo-Misericordioso, investido de indubitvel soberania. [...]

    Dize: J se ergueu o brado e o povo saiu das sepulturas, levantando-se e olhando ao seu redor.

    Alguns apressaram-se a atingir a corte do Deus de Misericrdia; outros caram sobre suas faces no fogo do inferno. Bahullh. SEB p.36-7

  • Apressai-vos a sair de vossos sepulcros.

    Quanto tempo dormireis? Pela

    segunda vez soou a trombeta. A quem

    contemplais? Este o vosso Senhor, o Deus

    de Misericrdia! Bahullh. SEB p.38

    Santurio do Bb, Haifa, Monte Carmelo, Israel.

  • Dize: vs que sois como mortos! A Mo da Bondade Divina oferece-vos a gua da Vida. Apressai-vos e sorvei at vos saciardes.

    Quem tiver renascido neste Dia, no h de morrer jamais; quem permanecer morto, jamais viver. Bahullh. SEB p.137

    Santurio do Bb, Haifa, Monte Carmelo, Israel.

  • O Propsito dos Smbolos

  • Bahullh escreveu: evidente a ti que

    as Aves do Cu e Pombas da Eternidade

    falam uma dupla linguagem. Uma, a

    linguagem exterior, destituda de aluses, ocultao ou vu, a

    fim de ser uma lmpada que guie.

    [...] Entrada do Santurio de Bahullh.

  • [...] A outra linguagem velada e oculta, de modo que se torne manifesta qualquer coisa que esteja escondida no corao do malvolo e seu mais ntimo se revele. [...]

    Santurio do Bb, Haifa, Monte Carmelo, Israel.

  • [...] o critrio divino, a Pedra de toque com

    que Deus experimenta Seus

    servos. [...]

    Cpula do templo bah, Wilmette, Illinois, EUA.

  • [...] Ningum compreende o sentido dessas palavras, salvo aqueles cujos coraes estejam confiantes, cujas almas tenham achado favor diante de Deus e cujas mentes estejam desprendidas de tudo exceto dEle. Bahullh. Kitb-i-qn, p.155

    Templo bah, Wilmette, Illinois, EUA.

  • E ainda: Sabe tu,

    verdadeiramente, que o propsito fundamental de todos esses termos simblicos e aluses abstrusas que emanam dos Reveladores da santa Causa de Deus a provao dos povos do mundo; [...]

    Propsito dos Smbolos

    Taj de Bahullh.

  • [...] para que, deste modo, o terreno dos coraes puros e iluminados se distinga do solo estril e perecedor. Desde tempos imemoriais, este o mtodo de Deus entre Suas criaturas, segundo atestam os livros sagrados. Bahullh. Kitb-i-qn, p. 34

  • Quando questionado por que falava de forma simblica, Jesus respondeu aos apstolos:

    Por isso lhes falo por parbolas; porque eles, vendo, no veem; e, ouvindo, no ouvem nem compreendem. [...]

  • [...] E neles se cumpre a profecia de Isaas, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas no compreendereis, e, vendo, vereis, mas no percebereis.

    Porque o corao deste povo est endurecido [...]

    Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem. Mateus 13:13-16

  • So Paulo, da mesma forma, escreve sobre a necessidade de uma linguagem simblica para falar das coisas espirituais:

    Quanto a ns, no recebemos o esprito do mundo, mas o Esprito que vem de Deus, a fim de que conheamos os dons da graa de Deus. [...]

    El Greco. So Paulo.

  • [...] Desses dons no falamos segundo a linguagem ensinada pela sabedoria humana, mas segundo aquela que o Esprito ensina, exprimindo realidades espirituais em termos espirituais. [...]

  • [...] O homem psquico no aceita o que vem do Esprito de Deus. loucura para ele; no pode compreender, pois isso deve ser julgado espiritualmente. O homem espiritual, ao contrrio, julga a respeito de tudo e por ningum julgado. I Corntios 2:12-15 Caravaggio. A

    Converso de So Paulo, 1601.

  • [...] a Sagrada Escritura no pode nunca mentir, sempre que se tenha penetrado o seu verdadeiro

    sentido. Ora, no creio que se possa negar que este [sentido] muitas vezes escondido e muito diverso daquilo como soa o puro significado das palavras.

    Galileu Galilei, Carta Sra. Cristina de Lorena, Gr-Duquesa Me de Toscana, 1615.

    Galileu escreveu:

  • Santo Agostinho escreveu: Se acontece que a autoridade das Sagradas Escrituras posta em oposio com a razo manifesta e certa, isto quer dizer que aquele que interpreta a Escritura no a compreende de maneira conveniente [...]

  • [...] no o sentido da Escritura, que ele no pode compreender, que se ope verdade, mas o sentido que ele quis lhe dar; o que se ope verdade no o que se encontra na Escritura, mas o que se encontra nele mesmo e que ele quis atribuir a esta.

    Santo Agostinho, Epistola Septima, ad Marcellinum. Apud. Galileu Galilei, Carta Senhora Cristina de Lorena, Gr-Duquesa Me de Toscana, 1615

  • A Evidncia dos Smbolos

  • Em verdade, em verdade, te digo: quem no nascer de novo no pode ver o Reino de Deus.

    Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo j velho? Poder entrar uma segunda vez no seio de sua me e nascer? [...]

    Cristianismo

    El Greco. Adorao do Nome de Jesus, 1578-80

  • [...] Jesus respondeu; [...] O que nascido da carne carne, e o que nascido do Esprito esprito. No te maravilhes de haver-te dito: Necessrio vos nascer de novo. Joo 3:3-6

    Les Trs Riches Heures du duc de Berry, Folio 184r - The Ascension the Muse Cond, Chantilly

  • Cristianismo

    Em verdade, em verdade vos digo: quem escuta a minha palavra e cr naquele que me enviou tem a vida eterna, e no vem a juzo, mas passou da morte vida. Joo 5:24

    SALVIATI, Cecchino del. Ressurreio de Lzaro, ca.1540s

  • Cristianismo

    Jesus lhes disse: O esprito que

    vivifica, a carne para nada serve. As palavras que vos disse so esprito e vida.

    Joo 6:63

    Sebastiano del Piombo. A Ressurreio de Lzaro, 1517-19.

  • Cristianismo

    Em verdade, em verdade vos digo: vem a hora e agora em que os mortos ouviro a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, vivero. [...] Joo 5:25-29

    Froment, Nicolas. A Ressurreio de Lzaro, 1461. Galleria degli Uffizi, Florence

  • Juan de las Roelas. Adorao do Nome de Jesus, 1604-05. El Greco. Adorao do Nome de Jesus, 1578-80

  • Cristianismo Vs estveis mortos

    em vossos delitos e pecados. Neles viveis outrora, conforme a ndole deste mundo [...] tambm andvamos outrora, nos desejos de nossa carne, satisfazendo as vontades da carne e os seus impulsos, e ramos por natureza como os demais, filhos da ira. [...]

    Hieronymus Bosch. A Morte e o Misantropo, ca. 1490.

  • Cristianismo Mas Deus, que

    rico em misericrdia, pelo grande amor com que nos amou , quando estvamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo pela graa fostes salvos! , e com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos cus, em Jesus Cristo [...] Efsios 2:1-6

    Hans Baldung Grien. As Trs Idades da Mulher e a Morte, 1510.

  • Eis por que o Evangelho foi pregado tambm aos mortos, a fim de que sejam julgados como os homens

    na carne, mas vivam no esprito, segundo Deus. I Pedro 4:6

    Francisco Travisani. A Ressurreio de Lzaro,

  • Cristianismo

    por isso que se diz:

    tu que dormes,

    desperta e levanta-te de

    entre os mortos, que

    Cristo te iluminar.

    Efsios 5:14

    Alessandro Turchi. A Ressurreio de Lzaro, 1617.

  • Ns sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmos.

    Aquele que no ama permanece na morte. I Joo 3:14

    Giotto di Bondone. A Ressurreio de Lzaro, 1320s.

  • Outro discpulo lhe disse: Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai. Mas Jesus lhe respondeu:

    Segue-me e deixa que os mortos enterrem os seus mortos. Mateus 8:21-22; Lucas 9:59-60

  • Parbola do filho prdigo

    [...] Ele porm respondeu ao pai: H tantos anos que eu te sirvo, e jamais transgredi um s dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos. Contudo, veio este teu filho [prdigo], que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado! [...]

    Jan Sanders Van Hemessen. O Filho Prdigo, 1536.

  • [...] Mas o pai lhe disse: Filho, tu ests sempre comigo, e tudo o que meu teu. Era preciso que festejssemos e nos alegrssemos, pois este teu irmo estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado! Lucas 15:29-32

    Liz Lemon Swindle. O Filho Prdigo.

  • Jan Sanders Van Hemessen. O Filho Prdigo, 1536.

  • Ele [Deus] foi Quem vos fez a noite por manto, o dormir por repouso, e fez o dia

    como ressurreio. Alcoro, Surata 25:47

    Islamismo

  • Islamismo De modo semelhante,

    foram a Al, Comandante dos Fiis, dois homens [no crentes] de Kfih. Um possua uma casa e desejava vend-la; o outro seria o comprador. Haviam combinado que se realizaria a transao e escrevesse o contrato com o conhecimento de Al. Este, o expoente da Lei de Deus, dirigindo-se ao escrivo, disse: [...]

  • [...] Escreve: Um morto comprou de outro morto uma casa. Essa casa est demarcada por quatro limites. Um se estende em direo ao tmulo; outro, para o arco do sepulcro; o terceiro para o Sirt; e o quarto limite, ou para o Paraso ou para o inferno. [...]

  • [...] Reflete: se essas duas almas tivessem sido ressuscitadas pelo toque da trombeta de Al, e,

    atravs do poder do Seu amor se tivessem levantado do sepulcro do erro, no se haveria pronunciado contra

    elas, certamente, a sentena de morte. Apud. Kitb-i-qn, p. 76

  • Islamismo

    E os que eles invocam, em vez de Deus, nada podem criar, posto que eles mesmos so criados [os dolos].

    [Os idlatras] So mortos, sem vida, e ignoram quando sero ressuscitados. Alcoro, Surata 16:20-21

    Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Terceira maior no mundo, com capacidade para 40.960 pessoas.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Entrada.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. O salo de oraes principal possui o maior tapete persa manufaturado, (7.119 metros2)

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. O salo de oraes principal possui o maior tapete persa manufaturado, (7.119 metros2)

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. O salo de oraes principal possui o maior tapete persa manufaturado, (7.119 metros2)

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Maior candelabro do mundo, de 10x15m, em ouro 24 k e cristais.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Maior candelabro do mundo, de 10x15m, em ouro 24 k e cristais.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Maior candelabro do mundo, de 10x15m, em ouro 24 k e cristais.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Maior candelabro do mundo, de 10x15m, em ouro 24 k e cristais.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Maior candelabro do mundo, de 10x15m, em ouro 24 k e cristais.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Possui 80 domos, todos decorados com mrmore branco.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. Lagos artificiais circundam a construo, totalizando 7.874 m2.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. 1,096 colunas no seu exterior e 96 no salo de oraes principal.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. As colunas so decoradas com mais de 20.000 painis de mrmore esculpidos manualmente e encrustrados com pedras sem-preciosas como lapis lazuli, gata vermelha, ametista, concha de e madreprola.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. 99 Nomes de Deus, no salo de oraes principal.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. 99 Nomes de Deus, no salo de oraes principal.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos. 99 Nomes de Deus, no salo de oraes principal.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Mesquita Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Abu Dhabi, Emirados rabes Unidos.

  • Templo bah da ndia

    O intuito destas palavras que, em cada era, quem nasce do Esprito e se vivifica pelo alento do

    Manifestante da Santidade, , em verdade, dos que atingiram a vida e a ressurreio, e entraram no

    paraso do amor de Deus. Bahullh. Kitb-i-qn, p. 75

  • F Bah

    Em cada era e sculo, os Profetas de Deus e Seus eleitos no tiveram outro objetivo seno afirmar o

    sentido espiritual dos termos vida, ressurreio e juzo. [...] Mas, oh! que estranho e lastimvel! V, todo o povo est aprisionado dentro do tmulo do ego e jaz

    enterrado nas nfimas profundezas do desejo mundano. Bahullh. Kitb-i-qn, p. 76

    Templo bah da Amrica do Sul, Satiago, Chile.

  • Fosses tu atingir uma simples gota de orvalho das guas cristalinas do conhecimento divino, haverias de compreender, prontamente, que a vida verdadeira no a vida da carne, mas sim, a do esprito. Pois a vida da carne comum aos homens e animais, enquanto que a do esprito possuda somente pelos puros de corao, por aqueles que sorveram do oceano da f, e participaram do fruto da certeza. [...]

  • [...] Essa vida no conhece morte alguma; essa existncia coroada pela imortalidade. Assim mesmo como se disse: Quem um crente verdadeiro vive em ambos os mundos, neste e no vindouro. Se por vida se entende a vida terrena, evidentemente a morte h de

    alcan-la. Bahullh. Kitb-i-qn, p. 77

  • 2 tipos de morte

    Morte da carne: morte fsica, fim da existncia corporal.

    Morte do esprito: a vida em pecado, o afastamento de Deus.

    2 tipos de nascimento

    Nascimento da carne: vida fsica, existncia corporal.

    Nascimento do esprito: a ressurreio, nascer de novo, a vida com virtude, a aproximao de Deus.

  • Concluso Nenhum dos

    ressuscitados por Jesus, ou por qualquer outro profeta, alcanou a imortalidade. Todos tiveram de morrer

    novamente, na carne. Isto porque a vida eterna

    no a da carne, mas a do esprito, como Jesus

    afirmou: O esprito o que vivifica, a carne para

    nada serve. (Joo 6:63)

  • Concluso

    Assim, qualquer crena baseada

    apenas na interpretao

    literal da ressurreio da

    carne est baseada em

    iluses.

    Escher

  • Concluso

    Mais importante, muito mais importante que a

    ressurreio do corpo, a ressurreio da alma, o segundo nascimento1, o nascimento no esprito1, pois este concede vida eterna. Como diz So

    Joo, devemos passar da morte para a vida2, a fim de amarmos como Jesus

    amou. 1. Joo 3:3-6 2. I Joo 3:16

  • Concluso Se no

    considerarmos os significados espirituais de vida e morte, teremos sempre uma viso tacanha, limitada, da inteno divina nas Escrituras.

  • Escreveu o grande Vieira, em 1650: O ser bem nascido, que uma vaidade que se

    acaba com a vida, verdade que o no ps Deus na nossa mo; mas o ser bem ressuscitado, que aquela nobreza que h-de durar por toda a eternidade, essa deixou Deus no alvedrio de cada um. No nascimento somos filhos de nossos pais, na ressurreio seremos

    filhos de nossas obras. Padre Antnio Vieira. Sermo da Primeira Dominga do Advento (1650).

  • OBRIGADO!