estudo, anÁlise, releitura e dramatizaÇÃo dos … · 2016-08-15 · capacidades intelectuais e...
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1- Vani Régia Sasdelli, Professora PDE 2012, Língua Portuguesa, Ibaiti, NRE- Ibaiti 2- Adenize Aparecida Franco, Doutoranda em ECLLP-FFLCH-USP/SP, Docente de Literatura
Portuguesa - UENP/PR - Campus Jacarezinho
ESTUDO, ANÁLISE, RELEITURA E DRAMATIZAÇÃO DOS CONTOS DE FADAS
BUSCANDO O INCENTIVO A LEITURA.
1. Vani Régia Sasdelli
2. Adenize Aparecida Franco
Resumo: Projeto implementado no curso de Formação de Docentes do Colégio Estadual Aldo Dallago – Ibaiti-PR. O trabalho é fundamentado na perspectiva teórica da pedagogia histórico-crítica com a utilização do Método Recepcional de Bordin e Aguiar, e tem como objetivo desenvolver meios de intervir nas práticas pedagógicas do professor e especialmente trabalhar o gênero “Contos de Fadas” com foco no desenvolvimento da leitura, bem como, produzir dramatizações fazendo uso deste gênero. Apresenta como referencial teórico Bettelheim (1985), Silva (2009), Bergmam e Bonfadini (2007), Magaldi (1991), Urban (2001), Bordin e Aguiar (1988), Marcuschi (2007), entre outros. Foi necessário discutir os elementos que compõem o texto narrativo para análise de versões contemporâneas dos Contos de Fadas, tais como: “Fita verde no cabelo” de Guimarães Rosa, “Chapeuzinho amarelo” de Chico Buarque de Holanda e “Chapeuzinhos Coloridos” de Torero e Pimenta, para poder desenvolver e criar um portfólio. Análises de vídeos clipes: "Magali em Chapeuzinho 2", Xuxa em: “Lá Vem história” e Xuxa em: “Era uma vez: João e Maria". Com o filme "Abracadabra" a meta é que ocorra o rompimento dos horizontes de expectativas com a análise dos elementos cinematográficos, narrativos e dramáticos. A literatura na escola tem que antes de tudo trazer a imagem do professor leitor, que compartilha o que lê e que antes de qualquer coisa promove momentos de magia entre seus alunos através da leitura e da literatura infantil, pois sabe que seu papel é o de formar leitores. Palavras-chave: Gênero narrativo; Gênero Dramático; Contos de Fadas; Ensino Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
O trabalho pedagógico na escola é uma atividade consciente e sistemática,
tendo como centro a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a mediação e
orientação do professor. O conhecimento não deve se restringir a sala de aula, pois
está ligado às exigências sociais e a experiência de vida dos alunos, sendo também
uma das grandes preocupações da escola o envolvimento com a Língua Materna
tanto no seu aspecto de oralidade, leitura, escrita, literatura e análise linguística.
Os conhecimentos adquiridos, para que haja o desenvolvimento das
capacidades intelectuais e das habilidades buscando despertar os dons presentes
nos alunos, visam instrumentalizá-los como agentes ativos e participantes da vida
social, com isso se utilizará o gênero literário conto e sua transposição em sala de
aula no gênero dramático, alvo desse projeto.
O projeto se divide em dois momentos ou dimensões: o estudo do texto e do
espetáculo, isto é o outro lado do fenômeno teatral.
Espera-se realizar um trabalho em que os envolvidos sintam-se incentivados
a criar e observem a importância de sua participação no processo, pois o que se
propõe é levar os alunos a trabalhar o teatro, isto é o gênero dramático tendo como
conteúdo os contos de fadas.
O gênero literário que se propõe trabalhar o teatro é o gênero dramático
conforme Sábato Magaldi (1991, p.8) que “[...] são essenciais três elementos: o ator,
o texto e o público. O fenômeno teatral não se processa sem a conjunção dessa
tríade”. Com isso a criatividade presente nos alunos do curso de Formação de
Docente tem que ser despertada e cultivada, pois apesar do público que almeja
trabalhar ser de tenra idade o critério de aceitação e crítica dos pequenos – público
alvo – é elevado.
Para o estudo do gênero literário “conto de Fadas” foi necessário o uso da
imaginação, bem como o trabalho de leitura, pois o leitor tem um papel ativo já que
foi proposto criar a partir daí outro texto, ou seja, outro gênero, o dramático: o teatro,
que não deve deixar de evidenciar o drama, o cuidado com o figurino, com as falas,
tom da voz, a encenação, o tempo, tendo por objetivo manter a atenção dos
espectadores no espetáculo que se desenrola.
As histórias de fadas são analisadas pelo psicólogo Bettelheim (2007) e aqui
quem se deita no divã são personagens conhecidos desde a infância: Branca de
Neve, Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida e Gata Borralheira. Partindo da
análise dessas quatro personagens femininas, Bruno Bettelheim resgata nesses
contos, revelando sua capacidade ímpar de dar sentido às experiências infantis e
encontrar sentido ou mesmo um significado, apresentando como as mesmas podem
e ajudam as crianças a acreditarem que podem solucionar problemas que venham a
enfrentar no dia a dia.
O método empregado foi o recepcional, preparado por Bordini e Aguiar
(1993), pois atende às expectativas das Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa e Literatura. Ainda que a intenção dessa tarefa, não se reduza ao
método, a ambição é utilizá-lo, ponderando toda a sua potencialidade dialógica e
interativa no trabalho do documento literário.
O texto pode ser influenciado pelo que o aluno já tem de leitura ou pelo que
está ao seu redor, sua experiência de vida, mas o leitor deve ampliar esse horizonte
e contribuir na expansão do mesmo, onde cada um observa suas expectativas
crescer com relação ao que lê.
A partir dessa comprovação sobre o método recepcional, percebe-se que é
desmembrado em duas etapas, a deliberação do horizonte de expectativas e seu
provável alargamento. Para que esse caminho ocorra às autoras ponderaram em
mais três passos, sendo então o método recepcional composto por cinco etapas,
sendo elas: 1)Determinação do Horizonte de expectativas; 2) Atendimento do
horizonte de expectativas; 3)Ruptura do horizonte de expectativas; 4)
Questionamento do horizonte de expectativas; 5) Ampliação do horizonte de
expectativas.
Com isso toda estratégia com relação ao método recepcional teve a
participação efetiva do leitor e o seu fundamental interesse, pois esse era o alvo da
observação e análise do professor, procurando medir o nível e o gosto pela leitura,
bem como, quanto do valor estético da obra o leitor conseguiu alcançar.
2. MÉTODO RECEPCIONAL
2.1 DETERMINAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS
A aplicação do projeto foi fruto de muito estudo, pois trabalhar os textos
literários e em especial o gênero conto, focado nos mais tradicionais que exercem
um verdadeiro fascínio nas crianças que desde muito cedo se encantam por eles, é
de suma importância, pois oferece condições aos alunos de usarem e analisarem
este tipo de texto, na certeza de que a riqueza e a diversidade que ele apresenta,
contribui para a formação de sujeitos letrados.
A concepção teórica de Soares, para identificar as características do ato de ler
foi utilizada e discutida com os alunos, que nada mais é:
Dessa forma, ler entende-se desde a habilidade de simplesmente traduzir
em sons sílabas isoladas, até habilidades de pensamento cognitivo e metacognitivo; inclui, entre outras habilidades, a habilidade de decodificar símbolos escritos; a habilidade de captar o sentido de um texto escrito; a capacidade de interpretar sequência(sic) de idéias(sic) ou acontecimentos, analogias, comparações, linguagem figurada e relações complexas, anáforas; e ainda habilidade de fazer predições iniciais sobre o significado do texto, de construir o significado combinando conhecimentos prévios com informações do texto, de controlar a compreensão e modificar as predições iniciais, quando necessário, de refletir sobre a importância do que foi lido, tirando conclusões e fazendo avaliações. (SOARES, 2004, p.31)
O projeto levou para a sala de aula o gosto de ler através dos Contos de
fadas, com isso sanou falhas do letramento, que segundo Leal, nada mais é do que:
[...] uma prática que se manifesta nas mais diferentes situações, nos diversos espaços e nas diferentes atividades de vida das pessoas, permeado por condições reais. O sujeito que não tem o que comer, onde dormir, onde trabalhar é o mesmo sujeito que não tem o que ler, onde ler e, como ler. Assim, um grande contingente de crianças convive na escola restrito pelos textos e materiais escritos que circulam em seu-contexto social, limitado pelo desenvolvimento de habilidades cognitivas, limitado pelos seus espaços mediadores de práticas e em especial, por uma prática pedagógica que, assumindo a lamentação como escudo, se exime de realizar o que é preciso: esforçar-se por ensinar a ler, a escrever, a falar, a ouvir; esforçar-se por, cada um a seu modo, suprir necessidades culturais que os outros espaços não são capazes de provocar.(LEAL, 2004, p.3)
Porém, antes de qualquer coisa é preciso ter o conhecimento bem
aprofundado do que vem a ser gênero e Marcuschi nos dá essa definição:
Gêneros textuais como práticas sócio-históricas(sic)já se tornou trivial a ideia(sic) de que os gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social. Fruto de trabalho coletivo, os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. São entidades sócio-discursivas(sic) e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa. No entanto, mesmo apresentando alto poder preditivo e interpretativo das ações humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis. dinâmicos e plásticos. Surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais(sic), bem como na relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita. (MARCUSCHI, 2005, p.19, In. DIONÍSIO, MACHADO e BEZERRA (Org.))
O professor ao iniciar as atividades questionou o conhecimento da turma a
respeito da história a ser trabalhada. O que sabem sobre ela, o que esperam
encontrar nessa versão, que data do século XVII e outros questionamentos que
julgou necessários com o decorrer da conversação.
Ensinar a usar este objeto de conhecimento significa criar condições para que
os alunos: reconheçam a língua como um valioso meio para cumprir diversos
propósitos, adequando à forma e o conteúdo do que se escreve ao destinatário e à
intenção; distingam a linguagem que se escreve da que se usa na comunicação oral
cotidiana da comunicação dramática; adequem o discurso à situação comunicativa e
ao tipo de texto que se está produzindo; enfrentem os desafios que toda produção
provoca detectando os problemas que são necessários resolver; revisem suas
produções, chegando a uma versão final.
O psicanalista Bettelheim analisa os contos, seus personagens e
acontecimentos fantásticos que fazem parte dessa realidade criada pelos autores
mais famosos, tais como os Irmãos Grimm, Basile, Perrault, entre outros, com isso
nos revela um mundo que muitas vezes não se dá a devida importância antes de se
iniciar o trabalho ou mesmo ler os Contos Infantis para as crianças.
A criança navega na história contada como se estivesse em um sonho e com
isso o professor é que tem que estar atento ao seu retorno a realidade, fortalecida e
não derrotada pelas fantasias que se formaram em sua mente.
O conto de fadas, a partir de seu começo mundano e simples, arremessa-se em situações fantásticas. Mas por maiores que sejam os desvios - à diferença da mente não instruída da criança, ou de um sonho - o processo da estória não se perde. Tendo levado a criança numa viagem a um mundo fabuloso, no final o conto devolve a criança à realidade, de modo bastante tranquilizador. Isto lhe ensina o que mais necessita saber neste estágio de desenvolvimento: que não é prejudicial permitir que a fantasia nos domine temporariamente, desde que não permaneçamos presos a ela. No final da história, o herói retorna à realidade, uma realidade feliz, mas destituída de magia. Assim como despertamos renovados de nossos sonhos, mais aptos a enfrentar as tarefas da realidade, também a história de fadas termina com o herói voltando ou sendo trazido de volta ao mundo real, muito mais apto a exercer controle sobre a vida. (BETTELHEIM, 2007, p. 91 e 92)
Além disso, como afirmou Warner sobre os Contos de Fadas e a
responsabilidade feminina em sua transmissão, isto é a mãe que contava histórias
para a criança antes dessa dormir.
Já em seu livro, Bettelheim faz uma análise das personagens femininas,
trazendo considerações que o professor precisaria saber para poder trabalhar com o
imaginário infantil, pois como a mente é tão complexa, com isso ele aborda a
sexualidade, pois é durante a sua formação ou descoberta, que os contos de fadas
são apresentados às crianças.
Há um tempo certo para determinadas experiências de crescimento, e a infância é o momento de aprender a transpor imenso fosso entre as experiências interiores e o mundo real. Os contos de fadas podem parecer sem sentido, fantásticos, assustadores e totalmente inacreditáveis para o adulto que foi privado da fantasia do conto de fadas na sua própria infância, ou que reprimiu estas lembranças. Um adulto que não alcançou uma integração satisfatória dos dois mundos, o da realidade e o da imaginação, fica desconsertado com esses contos. Mas um adulto que é capaz de integrar em sua própria vida a ordem racional com a ilogicidade de seu inconsciente responderá à maneira pela qual o conto de fadas auxilia a criança nessa integração. (BETTELHEIM, 2007, p.98)
Com isso o professor tem que deixar claro que trabalhar os contos infantis
não é só ler histórias é antes de qualquer coisa entender esse universo infantil e
saber que o professor interage com ele de forma a detectar problemas que a criança
pode estar passando através de seus comentários ingênuos ou mesmos revoltosos.
A atenção tem que ser redobrada para essas sutilezas que se apresentam, para
poder distinguir o que é imaginação e o que de fato é realidade.
2.2 ATENDIMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS
Ao trabalhar os Contos de Fadas em sala de aula, principalmente com alunos
do Curso de Formação de Docentes, se busca realizar um trabalho em que seja
relacionada à teoria a prática. Buscou ressaltar a importância da utilização da
literatura infantil de forma prazerosa na escola desenvolvendo e despertando, entre
outras, as suas potencialidades referentes à imaginação, à criatividade, à expressão
das ideias, e ao prazer pela leitura e escrita.
Com isso fez-se necessário apresentar o que é gênero narrativo, que nada
mais é do que uma história para ser contada sendo composta de vários elementos
que se devem pensar, tais como: no cenário, no tempo, nos personagens e no ritmo
do desencadeamento dos fatos, que são preocupações constantes para o escritor.
Fazem parte desse gênero os elementos da narrativa que são: Narrador; Enredo;
Personagens; Espaço; Tempo e Clímax.
Esse segundo passo foi apresentar a turma em questão, o atendimento as
expectativas, em que foram levadas para a sala de aula novas versões
contemporâneas do mesmo conto, no caso Chapeuzinho Vermelho.
Isso faz com que cada professor procure refletir sobre sua conduta
pedagógica, e repensem as metodologias que melhor sejam adequadas ao utilizar
deste fantástico material que são os contos de fadas para auxiliar seus alunos,
principalmente os da Formação de Docentes, pois em suas práticas como
professores terão que lidar com questões que possam vir a incomodar o imaginário
infantil.
O futuro professor deve estar preparado a atuar, pois quando uma criança lê
ou escuta um conto de fada, apesar de conscientemente não se identificar com
nenhum personagem, o seu inconsciente vai processar e absorver as informações
que julgar importante para constituir sua personalidade, por isso deve-se ter cuidado
em conhecer previamente em que imaginário você irá tocar.
Urban (2009) afirma que:
[...] cada criança depreende suas próprias lições dos contos de fadas que ouve, sempre consoante seu momento de vida, e extrai das narrativas, ainda que inconscientemente, o que de melhor possa aproveitar para aí ser aplicado. Oportunamente, pede que seus pais lhes contem de novo esta ou aquela história, quando revive sentimentos que vão sendo trabalhados a cada repetição do drama, ampliando assim os significados aprendidos ou substituindo-os por outros mais eficientes, conforme as necessidades do momento. (URBAN, 2001, s/nº. In. http://www.amigodaalma.com.br/conteudo/artigos/contos_fadas.htm)
Assim, ao ouvir repetidamente a mesma história, a criança já participa como
parte do conflito. Ela interioriza, angustia-se, alegra-se e até chora por causa dos
personagens, porém mesmo assim as quer ouvir de novo, eis aí a mística dos
contos de fadas.
Como afirmam Bergmann e Bonfadini (2007):
Como professoras, acreditamos que as histórias dirigidas às crianças, incluindo os Contos de Fadas, podem proporcionar uma infância marcada pelo encantamento. Encantamento esse que comove e estimula os sentimentos. Concordamos, também, com a ideia (sic) de que através das histórias as crianças têm a oportunidade de ampliar, transformar e enriquecer sua própria experiência de vida, pois ouvir e ler histórias é penetrar num mundo curioso, repleto de surpresas, quase sempre muito interessante e mesmo encantador, que diverte e ensina”. (BERGMANN e BONFADINI, 2007, p. s/n)
O ato tão simples de ouvir histórias por intermédio dos pais, babás,
professores, pode estimular o desenhar, o musicar, o pensar, o teatralizar, o
imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo ou mesmo ver de
novo, pois muitos dos contos de fadas já têm suas versões em VHS ou DVD, e
querer ver novamente (a mesma história ou outra) é o que mais ocorre. Afinal, tudo
pode nascer de um texto!
2.3 RUPTURA DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS
A estrutura do texto manteve a mesma temática, porém exigiu do leitor maior
atenção e entendimento para a apreensão da ideia. Nessa etapa, é hora de romper
com julgamentos pré-concebidos e preconceituosos.
Após essas etapas serem apresentadas e estudadas no conto “Chapeuzinho
Vermelho”, escrito pelos Irmãos Grimm e Perrault, apresentou-se outras versões do
mesmo conto, tais como: “Chapeuzinho Amarelo”, “Chapeuzinhos Coloridos”, e de
outros autores como “Fita verde no cabelo” de Guimarães Rosa, pois as histórias,
com o passar do tempo, são contadas e recontadas e acabam por sofrer
modificações, e também se analisou como a criatividade e imaginação torna
possível reinventar ou mesmo criar novas histórias.
Para preparar os alunos para criarem algo novo, ou seja, uma ruptura das
expectativas projetou-se o Filme "Abracadabra", uma releitura, isto é uma versão
nova e bem humorada de vários contos de fadas, apresentada, sobre nova
perspectiva, misturando personagens de outros contos.
O filme em questão foi escolhido por tratar-se de uma narrativa que rompe
com os contos de fadas tradicionais e, em muitos aspectos, perturba completamente
a ordem dos acontecimentos, misturou brincadeiras, uma pitada de ironia, realidade
e a magia presente nas histórias infantis, porém requer do público leitor uma nova
postura, ao mesmo tempo aventureira e questionadora.
Ao caminhar junto com um grupo de crianças, o leitor/aluno foi relembrando
as histórias tradicionais, observando com desconfiança os elementos que vão
surgindo no universo fantástico dessa narrativa.
O professor, nesse momento, paralelamente chamou a atenção sobre a
linguagem empregada; o uso figurativo, a técnica de composição do cenário, os
personagens (características físicas e psicológicas) e a forma de utilização do tempo
(cronológico e ou psicológico), ou seja, toda gama de recursos utilizados pelo autor
que traduzem o seu estilo e garantem a literalidade do texto. E ainda os elementos
estruturais próprios do texto teatral (os diálogos, as indicações, as descrições dos
cenários...) que indicam a diferença entre texto dramático e o narrativo.
2.4 QUESTIONAMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS
Dando sequência, nessa etapa conforme citam Bordini e Aguiar (1988) esse
foi o momento de questionamento do material trabalhado. Os alunos fizeram uma
apreciação dos textos utilizados e analisados até essa etapa, em que cada um
apontou as dificuldades que ainda não conseguiram abolir ou dominar, e, foi a
oportunidade de expor as suas experiências de vida e como o assunto os tocou,
colaborando para a compreensão dos contos de fadas.
Como o estudo ocorreu com alunos que num futuro, não muito distante,
serão professores e que terá que lidar com seres humanos em formação, o projeto
teve a preocupação em apresentar uma análise de outros autores contemporâneos
do século XX, como Bettelheim, que faz uma psicanálise dos contos de Fadas,
trazendo explicações para que esse futuro professor possa ter para realizar um bom
trabalho com os contos utilizados na formação da criança e de seu imaginário.
Paulo Freire sempre defendeu que o professor é responsável por apresentar
fontes para que o aluno possa fazer uma leitura do mundo para além dos portões da
escola, sendo aquela que já está entranhada nele e que vai construindo até o final
de sua vida, enriquecida com informações que recebe de inúmeros canais de
informação e tecnológicos.
2.5 AMPLIAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS
Bordini e Aguiar (1988) nessa última parte do método apresenta uma análise
que ao utilizar essa técnica os envolvidos já devem ter compreendido que os textos
literários fazem parte da vida e da imaginação de toda criança, percebendo o
cuidado necessário para se trabalhar com esse gênero, e que ao estar consciente
das contribuições da Literatura e sua leitura ocorre a ampliação de horizontes e a
compreensão do imaginário infantil.
Segundo as mesmas autoras desse método, o final desta etapa é o início de
uma nova ampliação do método que está em constante movimento, como um
espiral, como se não houvesse um final, pois permite uma continuidade com uma
postura diferenciada após as análises realizadas. A literatura na escola tem que
antes de tudo trazer a imagem do professor leitor, que compartilha o que lê e que
antes de qualquer coisa promove momentos de magia entre seus alunos através da
leitura e da literatura infantil, pois sabe que seu papel é o de formar leitores.
Narrar é um hábito tão antigo quanto a história do homem sobre a Terra, e a plateia suspensa dos lábios contador é tão cativa hoje quanto ao tempo das cavernas. [...] O contador é, antes de tudo, um leitor privilegiado, que cumpre um papel ativo: faz leituras prévias, seleciona textos, informa-se sobre o autor, observa as ilustrações do livro, memoriza o texto, interpreta suas intenções para transformá-las em modulações de voz e gestos. (SILVA, 2009, p.34 e 35)
O trabalho pedagógico na escola é uma atividade consciente e sistemática,
tendo como centro a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a mediação e
orientação do professor.
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
3.1 METODOLOGIA
A sequência didática proposta foi apresentada aos alunos dos 3º anos do
curso de Formação de Docentes, iniciou com o questionamento dos alunos sobre o
gostar de ler e com que frequência tinha o hábito da leitura, que prontamente foi
respondido. Disseram que começaram a ter acesso à leitura, ao adentrar no Ensino
Médio, lendo livros de literatura brasileira, outros responderam que já começaram a
viajar pelo mundo da leitura desde o Ensino Fundamental, outros que só liam
quando o professor exigia e finalmente uma minoria respondeu que liam livros dos
mais variados autores.
O que foi possível perceber com o resultado das indagações é que o hábito
da leitura fazia parte do universo de poucos e que embora estivessem no 3º ano da
Formação de Docentes, o contato com o mundo dos livros era deficitário, mas
apresentou-se também que a leitura, como prática contínua, já fazia parte do
universo de alguns.
Ao apresentar a sequência didática aos alunos, focada na importância da
leitura, procurou mostrar que por serem futuros professores havia a necessidade do
gostar de ler, pois teriam como missão o despertar desse mesmo hábito nas
crianças das séries iniciais.
Em um segundo momento foi apresentado alguns Contos de Fadas, gerou
uma análise do que eles são capazes de provocar na criança. Com isso, a
diversidade de histórias que fazem parte desse estudo ganhou importância de
análise sobre outro prisma diferentemente do que já possuíam dos Contos de
Fadas, apresentando como podem ajudar na vida desse ser em formação, que não
muito distante, os futuros professores terão contato.
Em seguida foi apresentado o método recepcional aplicado por Bordini e
Aguiar já explicado acima.
3.1.1 Determinação de Horizonte de expectativas
Foram exibidas aos futuros docentes duas versões mais importantes do
Conto de "Chapeuzinho Vermelho", a dos irmãos Grimm e a de Charles Perrault, em
seguida foram realizadas argumentações e perguntas orais sobre as diferenças
existentes entre os contos ou semelhanças que possuem, para só depois pedir que
realizasse pesquisas sobre os autores, sendo que após leitura responderam
questões utilizando as mesmas que após analisadas orientou o desenvolvimento do
método.
Foi detectado, por parte de alguns alunos, problemas com a interpretação que
com a intervenção da professora foram sanados. Na sequência da aula foi exposta a
importância da primeira etapa do método recepcional (Bordini e Aguiar) –
atendimento do horizonte de expectativas – pois é nessa etapa que os alunos do
curso de Formação de Docentes buscaram tirar as dúvidas sobre o trabalho,
procurando relacionar à teoria à prática, e buscaram sempre ressaltar e
comprovaram o quanto é importante a utilização da literatura infantil de forma
prazerosa na escola.
3.1.2 Atendimento do horizonte de expectativas.
O segundo momento incidiu em apresentar aos alunos o que é gênero
narrativo e seus vários elementos – Narrador; Enredo; Personagens; Espaço;
Tempo; Clímax.
As expectativas de ampliação dos horizontes faz com que novas versões
contemporâneas fossem levadas para a sala de aula, tais como o conto
"Chapeuzinho Vermelho de raiva", de Mario Prata, em que é exibido um novo
diálogo, pois é a conversa com a avó o ponto central da história e não com o lobo,
como é narrada na história de "Chapeuzinho Vermelho", dos Irmãos Grimm. Assim
que terminaram a leitura foi pedido para que realizassem atividade extraclasse que
despertou à importância do tema trabalhado.
Quando o educando é convidado a refletir sobre determinado tema, faz com
que cada um procure refletir sobre sua conduta, enquanto futuros professores, e já
comessem a projetar e cogitar metodologias mais adequadas ao utilizar deste
fantástico material que são os contos de fadas. Cabe lembrar que ao entrar em
contato com esta nova versão os alunos mostraram entusiasmo e interesse.
3.1.3 Ruptura do Horizonte de expectativa
Nessa etapa do método recepcional era chegado o momento de romper com
julgamentos pré-concebidos utilizando novas versões do conto "Chapeuzinho", tais
como "Chapeuzinho Amarelo" de Chico Buarque, escolhidas com antecipação, cada
grupo recebeu a sua versão impressa para leitura e análise, pois com o passar do
tempo, contadas e recontadas acabam sofrendo modificações.
Foi utilizada a TV Pendrive para a apresentação do vídeo "Chapeuzinho
Vermelho", a utilização dessa estratégia foi detectada como necessária, alguns
alunos aprendem melhor utilizando essa forma de linguagem, podendo assim
contemplar outros modos, ou mesmo outros caminhos para alcançar a
aprendizagem.
Em equipes, os alunos ao termino da sessão do vídeo o reescreveram com
outro final, acrescentaram personagens que estão presentes no cotidiano, e ao
término da mesma, o grupo apresentou a sua história aos demais alunos, que foi
condicionada na pasta de Portfólio da Equipe.
Foi possível perceber, que depois de lido outros contos parecidos e os
reescrever, os alunos participantes mostraram-se entusiasmados em comentarem
sobre as suas produções e de seus colegas, bem como ficaram na expectativa de
conhecer novas versões, pois a cada aula era uma novidade de leitura para a
classe, tornando a aula muito atraente e envolta em expectativas.
Para poder romper com julgamentos pré-concebidos e preconceituosos os
alunos perceberam que exigia um leitor com maior atenção, entendimento e
compreensão da mensagem e apreensão da ideia.
3.1.4 Questionamento do horizonte de expectativas
Ao assistir e ler o conto "Fita Verde no Cabelo", de Guimarães Rosa, os
alunos participantes realizaram atividades com o uso de dicionário, para
interpretação das palavras, pois apresentaram dificuldades na compreensão e
entendimento dos significados das mesmas.
Alguns alunos comentaram sobre o texto de Guimarães Rosa não apresentar
um final feliz, com isso à discussão continuou e enveredou pelo caminho do medo e,
como esse mesmo medo, que está presente nos contos de fadas, pode ser
superado com o passar do tempo, pois o que no passado parecia ser imenso,
escuro, sem explicação e horripilante para cada envolvido no processo da
discussão, já no presente não passava de "coisas de criança", pelo entendimento
que é conquistado com o passar do tempo.
Para encerrar foi realizado um debate sobre os medos presentes na vida
cotidiana, nesse momento cada um pode expor o que afligia à sociedade e o que
mais o amedrontava nos dias atuais.
Seguindo ainda o método recepcional foi apresentado aos alunos o filme
"Abracadabra" que apresenta a bibliotecária Sofia e duas crianças que entram em
um livro mágico e vão parar na floresta onde ocorrem todos os contos de fadas, e ao
final da apresentação do mesmo, os alunos em grupo discutiram o enredo, o
cenário, os personagens, o figurino, etc., pois o conhecimento sobre os mesmos
seriam necessários para começarem a escrever à narrativa e posteriormente
produzir a peça teatral.
3.1.5 Ampliação do Horizonte de Expectativas
No GTR (Grupo de Trabalho em Rede), os professores participantes
apresentaram suas contribuições e relatos, que foram postados no ambiente
colaborativo de aprendizagem, eles elogiaram o trabalho, deixaram depoimentos
que baixaram o projeto e as atividades sugeridas, desenvolveram-nas com seus
alunos, ao final foram obtidos resultados excelentes com relação à leitura dos contos
de fadas.
Outras participantes do curso em rede, ainda relataram, em seus
depoimentos, que em suas salas de aulas, ainda havia alunos que praticamente não
manusearam ou mesmo tinham ouvido de seus pais histórias de "Contos de Fadas"
e que o trabalho de leitura e interpretação/dramatização foi riquíssimo em suas
práticas. Mostrou que houve ampliação do horizonte de expectativas, pois atingiu
muito mais distante do que o esperado.
Os alunos do curso de formação de docentes do Colégio Estadual Aldo
Dallago criaram, em grupos, histórias em gênero narrativo, embora mesmo nessa
etapa da aplicação do método, houve alguns alunos mostrando desinteresse e
dificuldades em historiar no gênero narrativo, eles se propuseram a se esforçar em
escrevê-lo, pois seriam apreciados pela Equipe Pedagógica do Colégio, que
escolheria a melhor narrativa para futura dramatização.
Na ampliação dos horizontes de expectativas houve sucesso, pois não foi
possível à escolha de apenas uma narrativa, foi necessário que se propusesse a
Equipe Pedagógica o espaço para que três histórias se apresentassem, pois o
resultado foi que três grupos continham em suas narrativas elementos fundamentais
do texto, moral da história com grande otimismo, a luta do bem contra o mal, as
diversidades e as cobranças de responsabilidades que são inerentes aos "contos de
fadas".
Foram escolhidas três novas versões do "Chapeuzinho Vermelho", a primeira
delas foi "Se eu fosse você encantado" que aborda temas como amizade,
companheirismo, confiança, traição, inveja e feitiço, porém apresenta também uma
mistura dos "contos de fadas" tornando a narrativa envolvente e que prende o
expectador e o leitor. Mesmo tendo como foco o conto do Chapeuzinho Vermelho há
o envolvimento dos personagens de "Branca de Neve e os Sete Anões" e um fim
surpreendente.
"Chapeuzinho Gulosa" essa produção foi muito rica e recheada de detalhes,
focando como moral da história a questão da desobediência, as consequências
perigosas que pode provocar e uma lição de vida a menina de "Chapeuzinho Rosa"
que ela jamais poderá esquecer.
"Chapeuzinho Rock Star" o tema principal trata sobre gostos musicais, sendo
que a escolha de "Chapeuzinho Vermelho" é o "Rock'n roll", já o gosto musical do
"Lobo" é o "Sertanejo", no desenrolar da mesma foi narrado tomadas de atitudes que
muitas vezes são preconceituosas, quando os personagens agem com desconfiança
quando deparam com gostos diferentes, com coisas que não conhecem ou não
concordam e acabam por reagir de forma negativa, tendo como desfecho o
conhecer e experimentar o prazer que o outro tem, no estilo musical um do outro e
se respeitando.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora o projeto PDE e suas atividades tenham sido aplicado em duas
turmas da Formação de Docente 3ª A e 3ª B do Colégio Estadual Aldo Dallago
houve um comprometimento diferenciado por parte de alguns alunos, uma pequena
diferença na qualidade nas atividades propostas e no trabalho final, que foi a
produção do Gênero Narrativo e a transformação em Gênero Dramático, mas
expectativa de atingir a todos do grupo foi alcançada.
A diferença também apareceu nos turnos de estudo, os alunos do período
vespertino embora apresentassem maiores dificuldades no decorrer das atividades
propostas, principalmente na escrita, todos mostraram interessados e compuseram
versões maravilhosas.
Os trabalhos que foram apresentados após correção, reescrita, ensaio,
confecção dos figurinos e cenário, finalmente completaram-se com a apresentação
das três peças escolhidas. Comprovou-se que mudanças de metodologias, sendo
elas envolventes fizeram com que cada aluno, participante dos grupos escolhidos, e
dos demais a se ajudarem para que o resultado pudesse agradar ao público que
vieram para assisti-los no palco. O trabalho final realizado pelos alunos, a
encenação das peças criadas por eles, foi como se uma pequena companhia de
teatro surgisse em um piscar de olhos, superou os problemas de última hora e
colheu as flores do sucesso.
O projeto alcançou os objetivos propostos, pois além do sucesso conseguido
com as peças encenadas, mostrou a importância da leitura no ambiente escolar, e
os professores que fizeram o GTR, que conheceram o projeto pudessem aplicá-lo
em suas classes e também relatassem o sucesso obtido com seus alunos.
A apresentação das dramatizações contou com a presença do Departamento
Municipal de Educação de Ibaiti que enviou alunos como forma de incentivo a
leitura. Os demais alunos do Colégio Estadual Aldo Dallago do Curso de Formação
de Docentes contribuíram na arrumação do salão de eventos, Espaço Cultural de
Ibaiti, onde ocorreram às apresentações, foram os futuros docentes que
recepcionaram os demais alunos que chegavam. A participação do NRE – Ibaiti fez
com que os alunos compreendessem a dimensão do projeto e do valor da
aprendizagem ocorrida, pois na fala da Representante do PDE – no NRE de Ibaiti,
Maria da Graça Barth Wahl, ela ressaltou a importância do trabalho com a leitura no
ambiente escolar, valorizou o trabalho realizado pelos alunos e após ver os
resultados concretos na forma de apresentação de Teatro, afirmou ficar ainda mais
nítida a importância de que isso ocorra mais vezes nas Escolas do Paraná e do
Brasil.
Enfim nada mais gratificante do que ver no brilho dos olhos das crianças e
dos "Jovens Professores" e perceber o quanto os contos de fadas, rico em
imaginação e mistério fazem sucesso, e ainda fazem parte desse universo que é a
infância, seja ele o tão conhecido e passado por gerações, ou, mesmo os reescritos
e misturados.
5. REFERÊNCIAS
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