Departamento de Genética e Evolução

Universidade Federal de São Carlos

galettip@ufscar.br

Pedro Manoel Galetti Junior

III Seminário Estratégias para Conservação de Peixes

Workshop “Manejo Genético/Ecológico de Recursos Pesqueiros”

Belo Horizonte, MG, Junho/2012

Estrutura populacional em peixes de água doce. O

que a genética conta sobre os grupos de peixes

migradores

O que a Genética pode contar sobre a ictiofauna?

Espécies

Populações

. Que espécies existem? (taxonomia

molecular, barcode)

. Qual seu padrão de distribuição?

(biogeografia)

. Como se posicionam na filogenia do

grupo? (sistemática molecular)

. Como se distribui a variação genética?

(conectividade - diferenciação genética)

. Quantos indivíduos tem? (demografia e tamanho

efetivo)

. Qual é o grau de endocruzamento? (redução do

valor adaptativo)

. Ocorreu redução do tamanho populacional

efetivo? (redução da variação genética)

. Como evoluem em sua área de distribuição?

(filogeografia)

. Qual o efeito da paisagem sobre a variação

genética? (genética da paisagem)

Modos de organização populacional dos peixes de água doce

. Populações pequenas e isoladas

. Populações grandes, únicas, migradoras e panmíticas

. Populações migradoras estruturadas

Estudos populacionais

... e entre os migradores de longa distância ...

PANMIXIA ou SUBDIVISÃO DE POPULAÇÕES?

Estudos são controvertidos

. Subdivisão de populações –

Brycon orthotaenia (B. lundii), Wasko & Galetti, 2002

Pseudoplatystoma corruscans, Sekine et al., 2002

Leporinus elongatus, Martins et al., 2003; Molina & Galetti, 2008

Pimelodus maculatus, Almeida et al., 2003

Prochilodus argenteus (P. marggravii), Hatanaka & Galetti, 2003; Hatanaka et al., 2006

Brycon hilarii, Sanches & Galetti, 2007

. Panmixia –

Prochilodus lineatus, Revaldaves et al., 1997; Sirvasundar et al., 2001

Pimelodus maculatus, Almeida et al., 2003

Pseudoplatystoma fasciatum, Coronel et al., 2004

Prochilodus costatus, Carvalho-Costa & Galetti, 2008

Alto - Médio Rio São Francisco (MG)

Prochilodus argenteus (P. marggravii)

Brycon orthotaenia (B. lundii)

Estruturação de Populações

Migração e Reprodução

A história de vida de peixes migradores do São Francisco

inclue 4 sítios:

Sítio de alimentação;

Sítio de desova;

Berçário;

Sítio de refúgio.

(Leporinus obtusidens, Salminus franciscanus e Prochilodus

costatus)

Godinho & Pompeu 2003

Dezembro

Correnteza

Sítios de Desova

Berçário

Março

Correnteza

Agosto

Correnteza

Sítio de Alimentação

Dezembro

Correnteza

Sítio de Refúgio

Fontes promotoras de diferenciação genética em peixes

Isolados populacionais Populações migradoras

. Barreiras geográficas . Valência ecológica

. Fidelidade ao lar de nascimento – homing . Ondas reprodutivas – cardumes

Brycon hilarii

FST P

Fo1 x Fo2 0,0160 0,210

Fo1 x Px 0,0075 0,050*

Fo1 x Mi1 0,0048 0,070

Fo1 x Mi2 0,0196 0,040*

Fo2 x Px 0,0083 0,135

Fo2 x Mi1 0,0001 0,220

Fo2 x Mi2 0,0302 0,035*

Px x Mi1 -0,0062 0,765

Px x Mi2 0,0091 0,048*

Mi1 x Mi2 0,0151 0,045*

70%

Mi1 – não reprodutiva, Mi2 - reprodutiva

Alto São Francisco

Localidade NA RA HO HE PHW

São Francisco 9,5 4,607 0,635 0,721 0,3454

Rio Samburá 4,6 4,317 0,740 0,718 0,6903

Rio do Peixe 4,3 4,096 0,629 0,606 0,8402

Salminus hilarii Valenciennes, 1849

Localidade FST P

RSF x SAM -0,0048 0,28333

RSF x RPX 0,0401 0,25000

SAM x RPX 0,0914 0,01667*

Ausência de diferenciação

Fraca diferenciação

Nm = 4,4629

Migrantes/geração

Probabilidade de alocação

Identificação dos indivíduos pela chave de Castro e Vari (2004)

Ponto de coleta Dezembro de 2009 Março de 2010

Rio Samburá 32 20

Rio do Peixe 33 33

Rio São Francisco 25 24

167 indivíduos coletados em dois períodos nos três pontos de coleta;

Prochilodus costatus Valenciennes 1850

Samburá

(D)

Peixe

(D)

S. Francisco

(D)

Samburá

(M)

Peixe

(M)

Francisco

(M)

Samburá (D) 0,0500 0,4300 0,0100 0,0067 0,0133

Peixe (D) 0,0112 0,6167 0,3467 0,1467 0,0400

Francisco (D) -0,0005 0,0027 0,7433 0,0233 0,1667

Samburá (M) 0,0069 -0,0023 -0,0069 0,8233 0,2967

Peixe (M) 0,0201 -0,0014 0,0073 -0,0023 0,3700

Francisco

(M) 0,0157 0,0076 0,0118 0,0025 0,0025

Estrutura populacional

Diferenciação populacional - FST

Não há diferenciação genética entre as populações

P < 0,0033

Número de populações

Método de Pritchard et al.

(2000)

Método de Evanno et al.

(2005)

Montante x Jusante de Três Marias

NA Ho He

Presente

estudo 9,2 - 10,6 0,517 - 0,592 0,617 - 0,684

Carvalho-

Costa et al.,

(2008)

7,43 - 8 0,420 - 0,480 0,650 - 0,660

montante juzante

FST = 0,05508 ; Pvalue = 0,0000

Espécie Distribuição Nº locos isolados

Referência Bibliográfica

Arapaima gigas Bacia Amazônica 14 Farias et al. (2003)

Brycon hilarii B. Paraguai 7 Sanches & Galetti (2006)

Brycon opalinus B. Paraíba do Sul 7 Barroso et al. (2003)

Carnegiella marthae B. do Rio Negro e Alto Orinoco

7 Beheregaray et al. (2006)

Eigenmannia sp. 2 Região Neotropical 9 Moysés et al. (2005)

Leporinus macrocephalus B. Paraguai 8 Morelli et al. (2007)

Nannostomus unifasciatus Bacia Amazônica 9 Beheregaray et al. (2004b)

Paracheirodon axelrodi Bacia Amazônica 14 Beheregaray et al. (2004a)

Piaractus mesopoamicus

Pimelodus maculatus

B. Amazônica, do Orinoco, Paraná-

Paraguai B. Paraná-Paraguai

8

15

Calcagnotto et al. (2001)

Paiva e Kalapothakis (2008)

Prochilodus argenteus B. São Francisco 20 Hatanaka et al. (2002 e 2005); Barbosa et al. (2006)

Prochilodus costatus B. São Francisco 6 Carvalho-Costa et al. (2006)

Pseudoplatystoma corruscans

Salminus franciscanus

B. do Prata e do São Francisco

B. São Francisco

5

10

Revaldaves et al. (2005)

Rossini

Microssatélites descritos para peixes de água doce brasileiros

AGRADECIMENTOS

A todos os alunos, pesquisadores,

colaboradores e pescadores

Muito obrigado!