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ESTRESSE E INCLUSÃO ESCOLAR: INFLUÊNCIAS E REFLEXOS NA PRÁTICA DOCENTE Rosana Vieira BASTOS P.M.U.E.M.B.SHOPPING PARK Marisilda Sacani SANCEVERO UFU/UNIUBE RESUMO O processo de investigação aqui sistematizado estruturou-se na busca dos aspectos históricos e legais que determinam Educação Especial e a Inclusão Escolar, bem como a análise e discussão dos conceitos de estresse, mal-estar docente e Síndrome de Burnout e suas interfaces com a inclusão escolar. Esse trabalho centrou-se em como esses fatores podem ou não afetar o processo de inclusão do aluno com deficiência nas escolas de ensino regular. Também se buscou compreender as interfaces entre a Educação Especial e Educação Inclusiva no contexto da diversidade social e cultural, tendo em vista o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem na efetivação da inclusão tanto escolar como social. Como se sente o aluno com deficiência inserido no meio de todos os outros discentes? Este aluno ao adentrar numa instituição escolar, com uma dinâmica diferente do ambiente familiar que vivia até então, será que tem percepção do estresse do professor, que ao mesmo tempo precisa atender os alunos “ditos normais” e, voltar sua atenção e prática docente ao aluno com deficiência? São indagações que conduziram o desenvolvimento da pesquisa que deu origem a esse artigo. Trata-se, de um constructo teórico que busca evidências nas abordagens e estudos feitos por autores como CODO, W. (2002), JESUS (2002), LIPP, M. (2002), MANTOAN (1997) NAUJORKS, M. I. (1993), PADILHA, A. M. (2004), MÉSZAROS (2008) dentre outros, no sentido de perceber se há relação entre o processo de inclusão e o mal-estar docente. Diante do estresse a que se sujeita o professor, como enfrentar os desafios desse mal docente, a fim de que a inclusão escolar sai da possibilidade e se efetive de fato e com sucesso? A pesquisa evidenciou que as situações estressantes podem ser amenizadas e, por meio das informações sobre: estresse, bem-estar, inclusão, formação continuada profissão docente, poder-se-á constituir uma forma de conscientização para que se busquem meios de lidar com diferentes obrigações e diversidades cultural, social e comportamental a que todos estão sujeitos no dia a dia. Trabalhar o lado emocional dos sujeitos nas instituições escolares a fim de orientá-los a reconhecer seus sentimentos de frustração/ satisfação, direcionando lhes um novo

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ESTRESSE E INCLUSÃO ESCOLAR: INFLUÊNCIAS E REFLEXOS NA

PRÁTICA DOCENTE

Rosana Vieira BASTOS

P.M.U.E.M.B.SHOPPING PARK

Marisilda Sacani SANCEVERO

UFU/UNIUBE

RESUMO

O processo de investigação aqui sistematizado estruturou-se na busca dos aspectos

históricos e legais que determinam Educação Especial e a Inclusão Escolar, bem

como a análise e discussão dos conceitos de estresse, mal-estar docente e Síndrome

de Burnout e suas interfaces com a inclusão escolar. Esse trabalho centrou-se em

como esses fatores podem ou não afetar o processo de inclusão do aluno com

deficiência nas escolas de ensino regular. Também se buscou compreender as

interfaces entre a Educação Especial e Educação Inclusiva no contexto da diversidade

social e cultural, tendo em vista o desenvolvimento do processo de ensino

aprendizagem na efetivação da inclusão tanto escolar como social. Como se sente o

aluno com deficiência inserido no meio de todos os outros discentes? Este aluno ao

adentrar numa instituição escolar, com uma dinâmica diferente do ambiente familiar

que vivia até então, será que tem percepção do estresse do professor, que ao mesmo

tempo precisa atender os alunos “ditos normais” e, voltar sua atenção e prática

docente ao aluno com deficiência? São indagações que conduziram o

desenvolvimento da pesquisa que deu origem a esse artigo. Trata-se, de um

constructo teórico que busca evidências nas abordagens e estudos feitos por autores

como CODO, W. (2002), JESUS (2002), LIPP, M. (2002), MANTOAN (1997)

NAUJORKS, M. I. (1993), PADILHA, A. M. (2004), MÉSZAROS (2008) dentre outros,

no sentido de perceber se há relação entre o processo de inclusão e o mal-estar

docente. Diante do estresse a que se sujeita o professor, como enfrentar os desafios

desse mal docente, a fim de que a inclusão escolar sai da possibilidade e se efetive de

fato e com sucesso? A pesquisa evidenciou que as situações estressantes podem ser

amenizadas e, por meio das informações sobre: estresse, bem-estar, inclusão,

formação continuada profissão docente, poder-se-á constituir uma forma de

conscientização para que se busquem meios de lidar com diferentes obrigações e

diversidades cultural, social e comportamental a que todos estão sujeitos no dia a dia.

Trabalhar o lado emocional dos sujeitos nas instituições escolares a fim de orientá-los

a reconhecer seus sentimentos de frustração/ satisfação, direcionando lhes um novo

olhar para os alunos, colegas e para si mesmo é a premissa fundamental para a

educação no Séc. XXI.

Palavras – chave: Estresse; Prática Pedagógica; Inclusão escolar.

ESTRESSE E INCLUSÃO ESCOLAR: INFLUÊNCIAS E REFLEXOS NA

PRÁTICA DOCENTE

INTRODUÇAO

O movimento mundial pela inclusão, como uma ação política, cultural,

social e pedagógica, desencadeou a defesa do direito de todos os alunos

pertencerem a uma mesma escola, de estarem juntos, aprendendo e

participando sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva passa

então a constituir-se um paradigma educacional fundamentado na concepção

de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores

indissociáveis.

Como pedagoga, especializada em Educação Especial, vivencio uma

prática pedagógica que cotidianamente reafirma o interesse em aprofundar a

questão da prática docente e sua relação com a inclusão escolar, procurando

compreender as interfaces entre Estresse, Síndrome de Burnout, ou Mal Estar

Docente e o processo de inclusão escolar e, como esses fatores podem ou não

afetar o processo de inclusão do aluno com deficiência nas escolas de ensino

regular.

Nesse contexto, o estudo teve como objetivo geral evidenciar até que

ponto o processo de inclusão sofre influências do estresse do professor e, se

por outro lado, a inclusão tem acentuado o estresse no professor.

Também se buscou compreender as interfaces entre a Educação

Especial e Educação Inclusiva no contexto da diversidade social e cultural,

tendo em vista o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem na

efetivação da inclusão tanto escolar como social. Como se sente o aluno com

deficiência inserido no meio de todos os outros discentes? Este aluno ao

adentrar numa instituição escolar, com uma dinâmica diferente do ambiente

familiar que vivia até então, será que tem percepção do estresse do professor,

que ao mesmo tempo precisa atender os alunos “ditos normais” e, voltar sua

atenção e prática docente ao aluno com deficiência? São indagações que

conduziram o desenvolvimento da pesquisa que deu origem a esse artigo.

Sendo assim, definiu-se como caminho metodológico a pesquisa

bibliográfica por possibilitar o aprofundamento do tema por meio de pesquisas

de estudiosos da área, trata-se, portanto de um constructo teórico que busca

evidências nas abordagens e estudos feitos por autores, no sentido de

perceber se há relação entre o processo de inclusão e o mal - estar docente.

Tem-se por base a abordagem qualitativa, pois o conhecimento não se reduz a

um rol de dados isolados, conectados por uma teoria explicativa; o sujeito

observador é parte integrante do processo de conhecimento e interpreta os

fenômenos, atribuindo-lhes um significado onde ocorre uma relação dinâmica

entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e o

objeto, pois como afirma CHIZZOTTI (1999, p.79) “o objeto não é um dado

inerte e neutro; está possuído de significados e relações que sujeitos concretos

criam em suas ações”.

O processo de investigação aqui sistematizado estruturou-se na busca

dos aspectos históricos e legais que determinam Educação Especial e a

Inclusão Escolar, bem como a análise e discussão dos conceitos de estresse,

mal-estar docente e Síndrome de Burnout e suas interfaces com a inclusão

escolar.

1. EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA: BASES LEGAIS E

HISTÓRICAS

A partir de 1985, o governo brasileiro buscou pôr em prática uma nova

política educacional que garantisse a universalização da escolarização. O

processo de democratização do ensino surge juntamente com a ideia de justiça

social, haja vista, o ensino fundamental ser instituído como gratuito e

obrigatório além de um direito de todos sem exceção.

Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação

Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das

lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação

de qualidade para todos os alunos. (MEC/SEESP, 2001).

Assim, a Constituição Federal de 1988, Art.3º, inciso IV defende a visão

de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras formas de discriminação” e, ainda o Art. 205 definiu

que a qualificação para o trabalho além de direito é um exercício da cidadania

que garante o pleno desenvolvimento da pessoa. Já o Art. 206, inciso I,

estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”

como um dos princípios para o ensino, como dever do Estado, a oferta do

atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de

ensino (art. 208). Pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva- MEC/SEESP- a educação especial foi organizada

como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum,

com distintas compreensões, terminologias e modalidades que conduziram ao

surgimento de instituições especializadas, escolas especiais e classes

especiais. Essas instituições, fundamentada no conceito de

normalidade/anormalidade, passam a fazer atendimento clínico-terapêutico

fundamentado pelos testes psicométricos cujos diagnósticos, definiam as

práticas escolares para os alunos com deficiência.

Em 1994, o Brasil, participa da Conferência Mundial sobre Necessidades

Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, na

Espanha, e assume o compromisso de que até o ano de 2015, todas as

crianças terem acesso ao ensino fundamental, de forma gratuita e obrigatória.

O governo pretende com isso transformar a educação brasileira em um sistema

inclusivo, significando, que em termos curriculares, as escolas públicas

deverão ser planejadas, e os programas de ensino organizados, respeitando as

diferentes características e necessidades de aprendizagem do alunado. .

No âmbito legal a Constituição Federal, Art.208 preconiza o atendimento

à pessoa com deficiência na rede de ensino regular o que vem fortalecer a

educação inclusiva superando a ideia de integração escolar. O Art. 7º, Inciso

XXXI da Constituição de 1988 – proíbe quaisquer discriminações no tocante a

salários e critérios de admissão do trabalhador com deficiência, sendo que o

Art. 37 reconhece e abre mercado de trabalho aos deficientes físicos,

destinando-lhes até 20% das vagas dos concursos públicos.

Em 1989 pela Lei nº7853 temos a Fundamentação Civil-Constitucional

dos Direitos dos Deficientes. O Art. 8º tipifica o preconceito contra a pessoa

portadora de deficiência com pena de reclusão de um a quatro anos e multa,

distribuído em seis incisos, tais como dificultar inscrição de aluno deficiente em

estabelecimento de ensino, dificultar acesso a cargo público, negar

injustificadamente vaga de trabalho, negar assistência médica, deixar de

cumprir ordem judicial expedida na ação civil ou obstar por qualquer forma a

sua propositura.

Seguindo na defesa dos direitos das pessoas com deficiência em 1991

temos a Lei nº. 8.213 que em seu Art. 93 destina de 2 a 5% das vagas em

empresas, com mais de 100 empregados, aos deficientes. Sendo que a Lei

10.690 de 16.06.2003, Art. 1º, IV – facultou a aquisição de veículo, com

isenção de IPI, às pessoas com deficiência visual, mental severa ou profunda,

ou autista, diretamente ou por intermédio de seu representante legal.

Pela a aprovação da Lei nº 9394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional – LDB - apesar de admitir a substituição do direito de

acesso à educação pelo atendimento ministrado em ambientes “especiais”, não

contempla o direito de escolha do aluno ou dos pais, prevendo as situações em

que se dará a educação especial.

Em relação a esse item específico da LDB, em outubro de 2001, foi

aprovado o Decreto Nº 3.956 da Presidência da República que admite que o

acesso e o encaminhamento a ambientes especializados só pode ocorrer por

opção dos titulares do direito à educação, isto é: dos alunos, seus pais ou

responsáveis e nunca por imposição das escolas regulares, como acaba

acontecendo na prática. Assim o Brasil, através desse Decreto internalizou o

documento no qual foi signatária na Convenção Interamericana para

Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas com

Deficiência, a Convenção da Guatemala.

Além disso, em 2003, surge o Manual da Procuradoria Geral dos Direitos

dos Cidadãos contendo várias orientações pedagógicas que visam à

transformação da escola no sentido de melhor atender os alunos, na

perspectiva da educação inclusiva. Assim, no Brasil a defesa dos direitos e

condições favoráveis às pessoas com deficiência passa a ser objeto de

atenção dos governos estaduais. Exemplo disso é a aprovação da Resolução

Nº 01/2003- CEE/RN – (Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do

Norte).

Observa-se assim, que as Leis, Decretos, Emendas e Artigos a

Constituição Federal tem por objetivo buscar efetivar a Educação Especial e,

consequentemente a inclusão das classes minoritárias, principalmente das

pessoas com deficiência. A implantação das salas de recursos nas escolas

vem garantir e reconhecer que as pessoas com deficiência tenham condições e

potencialidades para frequentar a escola regular. A lei contempla os direitos

físicos do cidadão, mas não prevê o estado psíquico emocional dos sujeitos

quando estes são colocados em situações para as quais estão

desestruturados, sendo assim seu lado psicoemocional e, o estresse passam a

ser considerados vilões da profissão docente, acarretando inúmeros

sofrimentos devido a sintomas físicos e psíquicos, provocando licenças

médicas, prejudicando o andamento das instituições educacionais. Nesta

perspectiva, Lipp (2002) considera que essa problemática tão recorrente

deveria ser olhada mais atentamente por parte do Estado criando:

[…] Estratégias de enfrentamento e sugerindo medidas

saudáveis de combate ao stress do professor, com base em

quatro pilares fundamentais: alimentação antisstress,

relaxamento, atividade física e, acima de tudo, monitoração de

pensamentos a fim de evitar cognições distorcidas que se

constituam em uma fábrica interna de stress, dentre outros

aspectos psicológicos a serem considerados. (LIPP, 2002,

p.52).

Os aspectos emocionais dos sujeitos não tem sido alvo de preocupação

por parte das instituições governamentais, e com isso tem-se tornado um fator

de risco ao profissional impedindo-o, por sua vez, que desempenhe suas

funções de forma eficiente, prejudicando os alunos no desenvolvimento do

processo ensino aprendizagem, pois os alunos com deficiência também

necessitam de atenção e cuidados pedagógicos.

A legislação do ensino da educação brasileira garante, como foi visto, a

matrícula e acesso a qualquer criança em suas unidades e estas devem

possuir profissionais habilitados a lidar com as particularidades dos distúrbios e

deficiências de cada aluno, além de lhes oferecer material apropriado para

cada deficiência, garantido assim a Inclusão. No entanto muitos fatores têm

dificultado o cumprimento dessa legislação. Em se tratando particularmente da

Educação Especial, apesar da lei determinar a inclusão de alunos com as mais

variadas deficiências, o que se percebe de fato é o docente ser mais exigido e

consequentemente sentir-se desgastado profissionalmente.

Na sociedade todos têm papel preestabelecido a exercer e, a escola

reproduz as condições da sociedade limitando a possibilidade de superação

dos problemas tanto dos alunos deficientes, quantos dos “ditos normais”.

Mantoan e Sassaki (1997) mesmo com essa visão de reprodução social

argumentam ser possível a inclusão, pois:

o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos; a meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo. As escolas inclusivas propõem um modo inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos, professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. (MANTOAN e SASSAKI, 1997, p 114):

Esta é uma educação inclusiva desejada, no entanto se faz necessário

que docentes tenham um melhor preparo, com orientações corretas e uma

maior sensibilização quanto às potencialidades dos alunos com necessidades

educativas especiais. "A educação de excepcionais deve, no que for possível,

enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim de integrá-los na

comunidade" (Art. 88. MEC, 1977).

Portanto , por mais árdua que seja a prática docente, está nas mãos

destes fazer com que a educação tenha como ponto de partida e chegada o

aluno real, no sentido de desenvolver uma prática pedagógica sem exclusão e

voltada para o desenvolvimento pleno do educando conforme determina a

LDB- lei nº 9394/96.

2. Estresse Docente e Prática Pedagógica na Era da Inclusão

Diante da institucionalização por lei que garante a inclusão do aluno com

deficiencia na escola regular Padilha (2004) destaca que: “juntar crianças em

sala de aula não lhes garante o ensino, não lhes garante que a escola esteja

cumprindo o seu papel, e não lhes garante aprendizagem e, não lhes garante

desenvolvimento”. Essa consideração de Padilha tem como consequência a

necessidade de se planejar e prover recursos materiais e humanos adequados

para suprir a construção de valores, conhecimentos e habilidades necessárias,

proporcionando aos alunos senso crítico, consciência e sentimento de

responsabilidade para exercício da cidadania.

O aluno com deficiência ao adentrar na escola, se depara com uma

diversidade de ideias, comportamentos muito adversos à sua realidade; se

dentro do lar se vê protegido cheio de cuidados, na escola o atendimento não

se iguala ao doméstico. As instituições escolares com seus profissionais

desempenhando diversas atividades e funções buscam lidar o melhor que

conseguem diante as mais variadas histórias de vida que ali se adentram. Será

que essa realidade coloca em risco o processo ensino aprendizagem do aluno

incluído?

Professores e dirigentes precisam entender a diversidade social e

cultural para que estabeleçam novos paradigmas, para que o desempenho no

seu trabalho seja mais eficiente, saindo das formas tradicionais e, com

eficiência atender as diferentes demandas. É certo que a infância e a juventude

passam por transformações comportamentais e que se ajustam às novidades

com rapidez e desenvoltura, mas em contrapartida percebe-se que os adultos

se colocam como sendo de “outra” geração não aceitam às novas situações

dificultando assim sua compreensão e aceitação das tais mudanças e, com

essas comparações os adultos não conseguem assimilar e lidar

adequadamente com a nova realidade social. Assim, Ramalho, Nunēz,

Gauthier, (2003, p.103) com base nessa dificuldade questionam: “que tipo de

profissional da educação devemos pensar”?

A comunicação atual se tornou interativa, propiciando aos jovens uma

melhor informação e visão das diferenças e dos diferentes, mesmo que se

perceba discriminação por parte de colegas, os deficientes têm conseguido

adentrar e, permanecer dentro das salas de aula de ensino regular cabendo ao

professor trabalhar a questão da inclusão e, a deficiência do seu aluno para

que toda a turma tenha um procedimento acolhedor e solidário. É certo que as

instituições escolares precisam urgente de investimentos sistemático, efetivo,

pois a falta desses recursos ocasiona grande estresse nos profissionais da

educação, transformando o ambiente escolar em um local de permanência

obrigatória, sem o menor vínculo afetivo com o mesmo.

No Brasil, os professores trabalham em péssimas condições e

com poucos recursos. Mas eles sabem da importância do seu

trabalho e continuam fazendo de tudo para ensinar seus

alunos. Em um quadro como este, onde um trabalho tão

essencial é feito em condições tão ruins, o profissional acaba

se desgastando emocionalmente. (CODO, 2002, p.1).

Nesta perspectiva, cabe abordar o estresse, o mal-estar docente e a

síndrome de Burnout buscando compreender esse fenômeno da escola

contemporânea.

3. INTERFACES ENTRE ESTRESSE, SÍNDROME DE BOURNOT, MAL-ESTAR

DOCENTE E A EDUCAÇÂO INCLUSIVA

Sendo o professor um dos agentes que movimenta o sistema

educacional, desde que a docência passou a ser um trabalho assalariado deu-

se o primeiro passo para gestão e controle do mesmo, tal como ocorre nas

empresas capitalistas e organizações escolares, (NOVAES, 1992; ARROYO,

1980; SAVIANI, 2002). Tais imposições trouxeram a perda de qualidade de

vida para o docente e, a degradação e fragmentação da profissão ficaram

evidenciadas e divididas entre o trabalho técnico e a inserção da figura do

especialista na educação:

Os educadores são trabalhadores inseridos em uma

sociedade capitalista, vendem sua força de trabalho e o preço

que custa o seu trabalho (salário e remuneração) deve ser

igual ao preço que custa para a manutenção e reprodução

desta mesma força de trabalho. No caso dos professores, isto

implica em sobrevivência do trabalhador e sua família,

transporte adequado para se chegar ao trabalho, mais compra

de livros, vídeo, TV a cabo, computadores, o custo dos cursos

que têm a fazer e quanto mais for necessário para manter sua

mercadoria (conhecimento) passível de ser utilizada no

mercado. (CODO, et.al., 1999, p. 193).

Segundo, Mészaros (2002, p.16) “no reino do capital, a educação é ela

mesma, uma mercadoria”, essa capitalização veio transformar a prática

pedagógica num trabalho para suprir o mercado capital, onde é preciso

satisfazer o “sistema vigente” não importando qualquer sentimento a favor ou

contra a essa situação. É, portanto, notório a falta de motivação inicial para a

profissão docente, como fator de mal-estar e desejo de abandono desta

atividade profissional. (JESUS, 1996, p. 21).

Enguita (1991), ao discutir a proletarização da profissão docente

demonstra que os professores se consomem entre o profissionalismo e a sua

capacidade de viver apenas com seu salário, sendo que “a perda do controle

sobre seus meios de produção, o objetivo de seu trabalho e a organização de

sua atividade”, sujeita o docente a processos pelo qual perpassa todo

“trabalhador assalariado. “A proletarização traz consigo grande insatisfação e

cansaço quando não se é reconhecido de acordo com seus esforços e

necessidades ocasionando no docente, sentimentos de que seu trabalho é

difícil e sem valor”. (ENGUITA (1991, p. 41-61). E, esse contexto em que se

encontram os profissionais da educação é porta aberta para os males como o

estresse e síndrome de Burnout.

Assim, torna-se necessário entender o significado de estresse e mal

estar docente para assim evidenciar as possíveis relações dos mesmos com a

prática da inclusão escolar.

Falar de estresse do professor torna-se um tema de grande

complexidade, e questionar se o aluno com deficiência também se nutre de

estresse, requer muitas pesquisas haja vista, ser uma novidade esse aluno

estar adentrando nas escolas de ensino regular e, até mesmo no mercado de

trabalho ocupando sua posição na sociedade.

O conceito de estress foi muito utilizado na área da Física para explicar

a relação entre força e reação dos corpos, sendo inserida na medicina por

Hans Selye (1936), caracterizado por ele, como sendo uma alteração

endocrinológica que ocorre no organismo quando este se vê em situação que

exija da pessoa uma reação mais forte que lhe foge do âmbito normal.

Hans Selye descreveu a Síndrome de Adaptação Geral (SAG), que

corresponde ao stress biológico, distinguindo-o em três estágios. O primeiro

estágio chamado de Reação de Alarme é quando acontece liberação de várias

substâncias como a adrenalina, o hormônio aldosterona, corticóides como o

cortisol e hidrocortisona, entre outros, evidenciando significativa alteração no

organismo. Na segunda fase, a Fase da Resistência, surge quando a ação do

estressor se prolonga exigindo do organismo uma maior adaptação. Na terceira

etapa, identificada como Fase do Esgotamento, manifesta-se quando a ação

do estressor permanece por um longo período e, essa pressão constante vai

gerando esgotamento da energia de adaptação do organismo. Nesse ponto o

organismo já se encontra alterado tanto psicoemocional, quanto no físico /

biológico.

De acordo com, Marilda Lipp (1996), diretora do Centro Psicológico de

Controle do Estresse e autora e organizadora de diversos estudos sobre o

assunto, é preciso diferenciar os estressores externos dos internos; os

estressores externos se evidenciam a partir de eventos ou condições fora do

organismo, que o afetam, independente da vontade da pessoa e, segundo

Lipp, convém usar o termo estressor para indicar o agente estimulante ou a

situação que desencadeia o desequilíbrio no organismo e a palavra estresse

deve ser utilizada como identificador do processo psicofisiológico em que o

organismo se encontra. Para NAUJORKS, (2002) a banalização do termo

estresse, camufla sua gravidade e importância na vida do indivíduo, pois cada

indivíduo desenvolve determinados sintomas ou doenças de acordo com seus

recursos psicológicos e, sua capacidade para lidar com a situação ou, ainda,

de acordo com sua constituição e herança genética. Cabe destacar que certa

dose de estresse faz parte da vida, pois, é uma sensação que avisa o corpo e a

mente de que algo novo surge e, terá que experimentar, mas não é

conveniente que essa sensação se transforme num sentimento de frustração e

desolação por se ver diante de situações e pessoas que fogem do seu controle.

Selye (1965) evidencia em seus estudos a existência de duas formas de

respostas ao estresse, ou seja:

A existência de um estresse capaz de evocar respostas

positivas, relativas a bem-estar psicofísico, ao qual

denominou de eutresse (do grego eu, bem) e um estresse

que anuncia consequências negativas, o distress (do grego

di, mal). Este tem afetado um número crescente de

trabalhadores em todo o mundo, causando, além de

sofrimento físico e mental, prejuízos financeiros também

crescentes às empresas e ao sistema de previdência e

seguridade social. Estudos médicos vêm confirmando a

importância do estresse nas doenças do coração, de pele,

gastrintestinais, neurológicas e em distúrbios ligados ao

sistema imunológico e emocional. (SELYE, 1965, s/n)

O organismo humano cria defesa psicológica quando se vê diante de

adversidades que lhe foge ao controle que o obriga a elaborar estratégia

natural dentro de si, buscando se resguardar. Algumas vezes este conjunto de

sentimentos de forte valor emocional vivenciada pelo professor dificulta o

processo de intervenção na produção e apropriação dos conhecimentos dos

alunos contribuindo para a exclusão e não inclusão dos mesmos.

O estresse característico do ambiente de trabalho é denominado “estresse

ocupacional”. Quando ocorre a cronificação do estresse ocupacional, como

resposta e forma, mesmo que inadequada de enfretamento, pode vir a ocorrer

o que tem sido designado como síndrome de burnout. O mal-estar ou Burnout

é um conjunto de sintomas que a pessoa apresenta devido a dificuldades em

corresponder às exigências profissionais, que vão além da sua capacidade de

resposta:

O Burnout é a resposta a um estado prolongado de estresse, ocorre pela cronificação deste, quando os métodos de enfrentamento falharam ou foram insuficientes. Enquanto o estresse pode apresentar aspectos positivos ou negativos, o Burnout tem sempre um caráter negativo (distresse). Por outro lado, o Burnout está relacionado com o mundo do trabalho, com o tipo de atividades laborais do indivíduo (BENEVIDES- PEREIRA et al, 2003, p. 45).

Muitas vezes na literatura confunde-se estresse e burnout. Estudiosos

do assunto definem que o estresse pode ter efeitos positivos ou negativos,

enquanto o burnout é sempre negativo, manifestado não só pelo estresse em

si, mas principalmente pela incapacidade do sujeito de desenvolver formas

emocionais adequadas para lidar com o estresse. Assim, o estresse recorrente

pode levar ao mal-estar, ainda que o mal-estar não seja um sintoma inevitável

do estresse (MARTINEZ, 1989, 24).

Feudenberger (1974, apud JESUS, p 18) relata que mal-estar é a

frustração que o sujeito sente por não alcançar os resultados esperados e

reconhecidos pelo seu esforço e empenho. E, qualquer pessoa pode sentir

estresse, mas Burnout atinge somente aqueles que têm ideais, motivação e

investimento muito altos e, que não se sentem reconhecidos, e gratificados no

alcance dos seus objetivos (MALASCH, apud JESUS, 2002).

Assim questiona-se: Será que essa pode ser considerada uma das

razões pela qual os profissionais da educação começam a entregar os

“pontos”, diminuindo seu interesse e esforço, na sua prática docente, na

tentativa de manter sua estabilidade emocional, se desligando afetivamente da

relação com seus alunos?

De acordo com, Lipp (2002, p. 112) problemas semelhantes ocorram em

várias ocupações, porém em relação ao trabalho docente: “o dano que um

professor pode causar é muito maior, pois o estresse é emocionalmente

contagiante”.

A baixa motivação afeta os professores em geral - pelos vários motivos

já citados pelos autores pesquisados - percebe-se que o mal-estar docente tem

sido alvo de estudos extenso, mas ao mesmo tempo em que tem sido tratado

como algo “normal” dentro da profissão, os agravantes do mal-estar na

docência vão se aprofundando nos aspectos negativos, criando um círculo

vicioso a tal ponto de não se perceber os aspectos positivos desta atividade

profissional, que também existem.

Sendo assim, é preciso reconhecer que o percurso profissional

caracterizado pela motivação e bem-estar profissional contribui para o bem-

estar do aluno na escola (JESUS, 2002). Se o professor não acredita na sua

profissão ou não tem “gosto” de ensinar, o aluno capta essa atitude,

proporcionando-lhe um desinteresse e pouco envolvimento no processo de

ensino-aprendizagem. Importante frisar também que:

A concretização de reformas educativas e a qualidade do ensino também requerem o bem-estar dos professores Nomeadamente, considera-se que o debate em torno da profissão docente é um dos aspectos mais relevantes na análise da qualidade do ensino, pois a concretização dos processos de reforma dos sistemas educativos passa pelo empenhamento dos professores. (ESTEVE,1991; KAUFMAN, 1984; OCDE, 1992; POPPER, 1989; SACRISTÁN, 1991. Apud JESUS, 2002, p. 24).

Sendo o professor um dos agentes que movimenta o sistema

educacional, não convém que estes fiquem presos às suas amarguras, é

preciso se preocupar em buscar capacitação adequada, bem como apoio

psicoemocional, pois além da proletarização do trabalho o processo de

inclusão requer ferramentas necessárias para compreender e orientar o aluno

com ou sem deficiência. Não pode recair sobre os discentes a culpa pela falta

de condições e reconhecimento profissional evitando assim que se

transformem em agentes estressores. Com isso questiona-se: será que o mal-

estar docente que interfere diretamente no seu desempenho profissional, é

intensificado com a presença do aluno incluído, ou se este é apenas mais um

dos agentes causadores desse mal?

De fato, é muito importante investigar sobre essa problemática que

atinge acentuadamente o professorado na expectativa de serem encontradas

soluções para esse problema. Portanto, se faz necessário que professores se

adaptem às transformações ocorridas na sociedade e, nas escolas, pois como

afirma Nóvoa (1995, p.28): “Não basta mudar o profissional; é preciso mudar

também os contextos em que ele intervém (...). As escolas não podem mudar

seu empenhamento dos professores; e estes não podem mudar sem uma

transformação das instituições em que trabalham”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa realizada evidenciou a necessidade em se resgatar o direito

do cidadão com deficiencia, sua identidade social e cultural por meio do

convívio e trocas de experiências diárias, é fundamental para sua autonomia

enquanto sujeito atuante na sociedade o que lhe permitirá oportunidade de

mostrar suas capacidades e competência.

Nesse aspecto, a escola exerce papel determinante ao possibilitar essa

inserção e educação para que os alunos se tornem mais solidários e humanos

ao mesmo tempo em que a diversidade sócio-cultural passa a ser algo natural

no dia-a- dia das crianças com e sem deficiência. A esse respeito Stainback

afirma “Que a razão mais importante para o ensino inclusivo é o valor social

“precisamos de instituições e docentes que promovam aceitação social ampla”,

pois é a partir da escola que se «prática a ideia das diferenças e que elas são

aceitas e respeitadas”. STAINBACK, 1999, p. 26 e 27).

Não se pode negar que um dos maiores empecilho para que o processo

de inclusão se dê, continua sendo a falta de informações, orientações e

formação tanto na graduação, bem como na formação continuada dos

professores, limitando o atendimento dos alunos com deficiência em sala de

aula e não a deficiência propriamente dita. A inserção dos alunos com

deficiência nas mãos de profissionais e instituições sem o devido preparo é

quase perverso, mas se forem também esperar pela boa vontade da

sociedade, escolas e instituições se prepararem psicologicamente e

profissionalmente para recebê-los, continuarão sendo privados dos seus

direitos de cidadão social e profissional, escondidos e isolados da vida fora do

seu lar.

Neste contexto, a inquietude emocional dos docentes é uma realidade

que exige medidas, urgentes para que a inclusão escolar seja efetivada com

qualidade no seu atendimento, pois se a inclusão da pessoa com deficiência

fracassar nas instituições escolares o que esperar do mundo fora das escolas.

As situações estressantes podem ser amenizadas e, por meio das informações

sobre os temas: estresse, bem-estar, inclusão, formação continuada sobre sua

profissão, poder-se-á constituir uma forma de conscientização para que se

acalmem e busquem meios de lidar com diferentes obrigações e diversidades

cultural, social e comportamental a que todos estão sujeitos no dia- a - dia.

O estresse, mal-estar (Burnout) devem e precisam ser estudado,

analisado, pesquisado a fim de que se busquem meios de conviver com as

situações sem que para isso ocasione doenças e baixas médicas. Trabalhar o

lado emocional dos sujeitos nas instituições escolares orientando - os a

reconhecer seus sentimentos de frustração/ satisfação, direcionando lhes um

novo olhar para os alunos, colegas e para si mesmo é a premissa fundamental

para a educação no Séc. XXI.

Dessa forma, o profissional da educação precisa estar ciente para ver e

aceitar que o aluno com deficiência tem potencialidades e capacidades não

bastando, portanto, colocar os mesmos na sala de aula regular, somente para

que se cumpra a lei, é preciso dar-lhes a devida educação, sendo esse o

motivo que o leva a escola.

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