estratégia do desenvolvimento regional da sadc 2005 · comércio, indústria, finanças e...

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Comunidade de Desenvolvimento da África Austral Vol. 7 No. 6 Fevereiro 2005 deverão também passar em revista os progressos sobre a preparação da Conferência Consultiva da SADC a realizar- se também nas Maurícias de 25 a 27 de Abril. Sob o tema “Parceria para a implementação do Plano de Desenvolvimento Estratégico Indicativo Regional,” a conferência consultiva espera constituir uma nova parceria envolvendo actores chave tais como parceiros da cooperação internacional, sociedade civil, ONGs e o sector privado. A conferência deverá acordar sobre as metas gerais da nova parceria, os seus objectivos e princípios orientadores. Espera-se que a implementação do RISDP e SIPO seja posta em acção no primeiro trimestre deste ano. “Os planos (de negócios) irão ajudar o Secretariado da SADC, os estados membros e outros actores a entender a viabilidade de alcançar os resultados desejados através das actividades desenvolvidas pelas direcções e unidades face aos actuais constrangimentos em recursos,” disse Prega Ramsamy, Secretário Executivo da SADC. Uma prioridade para a direcção do Comércio, Indústria, Finanças e Investimento é a de acelerar a liberalização do comércio de forma a estabelecer a Área de Comércio Livre até 2008, conforme o prescrito no Protocolo do Comércio. Uma revisão a médio termo, realizada o ano passado, recomendava uma maior simplificação das regras de origem de forma a fazer com que o sector privado reponda mais positivamente às oportunidades de acesso ao mercado. O Protocolo do Comércio também defende o estabelecimento de uma União Aduaneira em 2010. Para este fim, o Sub- comité da SADC para a Cooperação Aduaneira adoptou um Guia de Procedimentos para preparar as administrações aduaneiras para 2010. O Sub-comité estabeleceu um Mecanismo de Procedimentos de Conformidades, consistindo em componentes estratégicas que constituem uma lista de metas através dos quais o Protocolo pode ser avaliado. De forma a operacionalizar os diferentes instrumentos aduaneiros, bem como harmonizar a formação dos agentes aduaneitos e outros actores, o sub-comité desenvolveu e adoptou módulos de formação. No ano passado foram definidas prioridades para os Acordos de Parceria Económica com a UE e as negociações deveriam iniciado em Janeiro de 2005. Intenso trabalho preparatório foi feito pelos estados membros e o Secretariado da SADC, tendo este último estabelecido uma unidade especial para coordenar e facilitar as negociações. Para harmonizar os Quadros de Trabalho Regulatório e Legislativo, Padrões, Políticas de Minas da SADC, uma reunião de Em resposta às mudanças regionais e tendências mundiais, a SADCC transformou-se na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), através da Declaração e Tratado de Windhoek de 1992. Esta transformação avançou a agenda regional de uma cooperação difusa para uma profunda integração regional alicerçada sobre protocolos sectoriais legalmente vinculativos. Até a data, cerca de 30 documentos legais, incluindo protocolos sectoriais foram endossados, com um número significativo já em processo de harmonização com as políticas nacionais. Ainda mais crucial, o tamanho do mercado aumentou mais que o dobro nos últimos anos, tendo atingido os 210 milhões de consumidores nos 13 estados membros. O desafio é produzir mercadorias internacionalmente competitivas para satisfazer o alargado espaço económico. E ste é um ano especial para a SADC uma vez que a organização celebra o seu 25º aniversário. Indubitavelmente o grupo regional com mais sucesso em África, a SADC orgulha- se da sua história de expansão sem paralelo na integração sócio-económica e política. Inspirada e dirigida pelos Estados da Linha da Frente, a Conferência de Coordenação de Desenvolvimento da África Austral (SADCC) foi formalmente constituída em Lusaka, em Abril de 1980, com o principal objectivo de reduzir a dependência económica, especialmente da África do Sul, então sob o jugo do apartheid. Com o foco inicial no projecto de desenvolvimento nos transportes e comunicações, e posteriormente na segurança alimentar, energia, indústria e comércio, a conferência de coordenação registou grande sucesso na promoção da auto-confiança entre os seus membros. O s planos de negócios e os orçamentos anuais a serem apresentados à reunião do Conselho de Ministros da SADC a ter lugar em Fevereiro nas Maurícias irão lançar a implementação da estratégia da SADC para o desenvolvimento da África Austral. A estratégia de implementação é baseada em dois pilares o Plano de Desenvolvimento Estratégico Indicativo Regional (RISDP) e o Plano Indicativo Estratégico para o Órgão (SIPO) sobre Políticas, Defesa e Segurança. O RISDP e o SIPO são planos a longo termo que foram separadamente lançados no ano passado. Os planos de negócios para cada sector ou tema haviam sido desenvolvidos para dar corpo aos planos a longo termo e definir claramente as responsabilidades de cada actor, bem como inventariar os recursos necessários durante a fase de implementação. Os orçamentos anuais para estes planos de negócios e para as instituições da SADC para o ano financeiro de 2005/6 deverão ser aprovados pelo Conselho de Ministros no seu primeiro encontro do ano, a realizar-se de 21 a 25 de Fevereiro em Grand Baie. Eles Estratégia do desenvolvimento regional da SADC 2005 SADC assinala jubileu de prata continua na página 7 continua na página 7

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Comunidade de Desenvolvimento da África A u s t r a l Vol. 7 No. 6 Fevereiro 2005

deverão também passar em revista osprogressos sobre a preparação daConferência Consultiva da SADC a realizar-se também nas Maurícias de 25 a 27 deA b r i l .

Sob o tema “Parceria para aim p leme n ta çã o do P l ano deDesenvolvimento Estratégico IndicativoRegional,” a conferência consultiva esperaconstituir uma nova parceria envolvendoactores chave tais como parceiros dacooperação internacional, sociedade civil,ONGs e o sector privado. A c o n f e r ê n c i adeverá acordar sobre as metas gerais danova parceria, os seus objectivos eprincípios orientadores.

Espera-se que a implementação doR I S D P e SIPO seja posta em acção noprimeiro trimestre deste ano.

“Os planos (de negócios) irão ajudar oSecretariado da SADC, os estadosmembros e outros actores a entender aviabilidade de alcançar os resultadosdesejados através das actividadesdesenvolvidas pelas direcções e unidadesface aos actuais constrangimentos emrecursos,” disse Prega Ramsamy,Secretário Executivo da SADC.

Uma prioridade para a direcção doComércio, Indústria, Finanças eInvestimento é a de acelerar a liberalizaçãodo comércio de forma a estabelecer a Áreade Comércio Livre até 2008, conforme oprescrito no Protocolo do Comércio.

Uma revisão a médio termo, realizada oano passado, recomendava uma maiorsimplificação das regras de origem de formaa fazer com que o sector privado repondamais positivamente às oportunidades deacesso ao mercado.

O Protocolo do Comércio tambémdefende o estabelecimento de uma UniãoAduaneira em 2010. Para este fim, o Sub-comité da SADC para a CooperaçãoAduaneira adoptou um Guia deProcedimentos para preparar asadministrações aduaneiras para 2010.

O Sub-comité estabeleceu umMecanismo de Procedimentos deConformidades, consistindo emcomponentes estratégicas que constituemuma lista de metas através dos quais oProtocolo pode ser avaliado.

De forma a operacionalizar osdiferentes instrumentos aduaneiros, bemcomo harmonizar a formação dos agentesaduaneitos e outros actores, o sub-comitédesenvolveu e adoptou módulos deformação.

No ano passado foram definidasprioridades para os Acordos de ParceriaEconómica com a UE e as negociaçõesdeveriam iniciado em Janeiro de 2005.Intenso trabalho preparatório foi feito pelosestados membros e o Secretariado daSADC, tendo este último estabelecido umaunidade especial para coordenar e facilitaras negociações.

Para harmonizar os Quadros de Tr a b a l h oRegulatório e Legislativo, Padrões, Políticasde Minas da SADC, uma reunião de

Em resposta às mudanças regionais etendências mundiais, a SADCCtransformou-se na Comunidade deDesenvolvimento da África A u s t r a l(SADC), através da Declaração e Tratadode Windhoek de 1992. Esta transformaçãoavançou a agenda regional de umacooperação difusa para uma profundaintegração regional alicerçada sobreprotocolos sectoriais legalmentevinculativos.

Até a data, cerca de 30 documentoslegais, incluindo protocolos sectoriais foramendossados, com um número significativo jáem processo de harmonização com aspolíticas nacionais. Ainda mais crucial, otamanho do mercado aumentou mais que odobro nos últimos anos, tendo atingido os210 milhões de consumidores nos 13estados membros. O desafio é produzirme rca dor i as i n t e rna c iona lme n tecompetitivas para satisfazer o alarg a d oespaço económico.

Este é um ano especial para a SADCuma vez que a organização celebra oseu 25º aniversário.

Indubitavelmente o grupo regional commais sucesso em África, a SADC org u l h a -se da sua história de expansão sem paralelona integração sócio-económica e política.

Inspirada e dirigida pelos Estados daLinha da Frente, a Conferência deCoordenação de Desenvolvimento da ÁfricaAustral (SADCC) foi formalmenteconstituída em Lusaka, em Abril de 1980,com o principal objectivo de reduzir adependência económica, especialmente daÁfrica do Sul, então sob o jugo do apartheid.

Com o foco inicial no projecto dedesenvolvimento nos transportes ecomunicações, e posteriormente nasegurança alimentar, energia, indústria ecomércio, a conferência de coordenaçãoregistou grande sucesso na promoção daauto-confiança entre os seus membros.

Os planos de negócios e os orçamentosanuais a serem apresentados àreunião do Conselho de Ministros da

SADC a ter lugar em Fevereiro nasMaurícias irão lançar a implementação daestratégia da SADC para o desenvolvimentoda África A u s t r a l .

A estratégia de implementação é baseadaem dois pilares – o Plano deDesenvolvimento Estratégico IndicativoRegional (RISDP) e o Plano IndicativoEstratégico para o Órgão (SIPO) sobrePolíticas, Defesa e Segurança.

O RISDP e o SIPO são planos a longotermo que foram separadamente lançados noano passado. Os planos de negócios paracada sector ou tema haviam sidodesenvolvidos para dar corpo aos planos alongo termo e definir claramente asresponsabilidades de cada actor, bem comoinventariar os recursos necessários durante afase de implementação.

Os orçamentos anuais para estes planosde negócios e para as instituições da SADCpara o ano financeiro de 2005/6 deverão seraprovados pelo Conselho de Ministros noseu primeiro encontro do ano, a realizar- s ede 21 a 25 de Fevereiro em Grand Baie. Eles

Estratégia do desenvolvimento regional da SADC 2005

SADC assinala jubileu de prata

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Comunidade de Desenvolvimento da África A u s t r a lVol. 7 No. 6 Fevereiro 2005

A revista SADC Today é produzida pelo Centro deDocumentação e Pesquisa para África A u s t r a l(SARDC) seis vezes por ano em nome do secretari-ado da SADC em Gaberone, Botswana. O seuconteúdo não reflecte necessariamente a posiçãooficial e as opiniões do secretariado da SADC ou daSARDC. O conteúdo desta publicação pode serreproduzido livremente pela imprensa e outrosinteressados desde que se cite devidamente a fonte.

©SADC, SARDC, 2004

Comité EditorialChipo Muvezwa, Chengetai Madziwa, Chenai Mufanawejingo, Phyllis Johnson,

Bayano Va l y, Clever Mafuta,Kudzai Sengurayi, Eunice Kadiki,

Pamela Mhlanga, Mukundi Mutasa, Maidei Musimwa

Acessores EditoriaisEsther Kanaimba

Head of SADC CorporateCommunications Unit

Petronilla Ndebele SADC Information Officer

EditorMunetsi Madakufamba

Composição e MaquetizaçãoTonely Ngwenya

Arnoldina Chironda

Organização/ImpressãoDS Print Media, África do Sul

SADC Today é financiado pelo governo da Belgicaao abrigo do Projecto Informação 21 da SADC,cujo objectivo é o reforço da integração regionalatravés da disseminação de informação. Todas ascontribuições individuais e de instituições no seioda SADC e de fora da região são bem vindas, sejamelas em forma de noticias, artigos e comentários.Os autores reservam-se ao direito de seleccionar ourejeitar e editar artigos para o espaço disponível.

A correspondência deve ser enviada para

SADC TODAYSARDC Mozambique

Rua D. Afonso Henriques, 141, Maputo, Mozambique

Tel 258.1.490831 Fax 258.1.491178Email [email protected]

Southern African Research and Documentation Centre (SARDC)

15 Downie Avenue, Belgravia, P.O. Box 5690, Harare, Zimbabwe

Tel: 263.4.791141 Fax: 263.4.791271 Email: [email protected]

eb:http://www.sardc.net

2 SADC TODAY, Fevereiro 2005

NESTA EDIÇÃO

Lições do Tsunami 12

Cultura 13

❒ Revisao de políticas: Parcerias para o Desenvolvimento 3

❒ Paz e Segurança 4

❒ Chefes nomeados para três direcções 5

❒ Liderança africana no Centro do Sul 10

❒ MDGs sobre paridade do género na educação 11

❒ SADC lança competição de composições para 2005 13

❒ Pela região: Notícias breves 14

❒ Revisão bibliográfica & publicações recentes 15

❒ Agenda da SADC, dias feriados & Lista de Moedas 16

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SADC Today é publicada em Inglês e Português eencontra-se igualmente disponível electronicamente emF r a n c ê s .

Para mais detalhes sobre as assinaturas, por favorcontacte o Editor.

Transições 6

Corredor de Mtwara 8-9

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encarregue aos actores.Um maior envolvimentodos estados membros écrítico para o sucesso doRISDP.

Ao nível dos países,os Comités Nacionaissão responsáveis pelaimp lementação em o n i t o r i a d o sprogramas da SADC,bem como em assegurarc o n s u l t a s m a i sa b r a n g e n t e s einclusivas, sempre quenecessário.

É, assim, essencialassegurar que os comités nacionais nãosejam somente estabelecidos, mas quesejam adequadamente capacitados edisponham de recursos para que possamfuncionar eficientemente.

Espera-se que o Secretariado daSADC e os Comités Nacionaistrabalhem com os actores chave taiscomo ONGs e o sector privado emparcerias que variem dependente do tipode programas, objectivos e a escala deimplementação. Por exemplo, actoresnão estatais poderão integrar comitéstécnicos ou os programas de comitéstécnicos, ser agentes implementadoresou ainda contratados.

O sector privado e as ONGs podemacrescentar um grande valor nodesenvolvimento de alguns programas,na angariação de fundos e naimplementação. Assim, é absolutamenteessencial a criação de associaçõesregionais do sector privado ouindustriais.

Em linha com esta iniciativa, oFórum de Negócios da SADC foilançado no ano passado. O fórum agrupa

o rganizações de negóciosregionais que irão agircomo parceiro associado dediálogo da SADC.

O p r i m e i r opresidente e anfitrião dofórum de negócios é aC o n f e d e r a ç ã o d o sSindicatos Agrícolas daÁfrica Austral (SACAU),baseada em Pretória, erepresentada por A j a yVashee, o actual presidente

da SACAU. A v i c e -presidência está nasmãos das Associaçõesda Indústria Mineira daÁfrica Austral.

Acrescente-se quea s s e g u r a r u mf i n a n c i a m e n t oadequado coloca-secomo o maior desafiode que depende umaefectiva implementaçãoe funcionamento doR I S D P. Os recursosterão que vir tanto defontes internas comoe x t e r n a s .

Apesar de não haver dúvidas quantoao cometimento de financiamento doR I S D P pelos estados membros,constrangimentos de ordem financeiraque grande parte deles enfrentam,significa que parceiros de cooperaçãoserão chamados a jogar um papel crítico.A magnitude do RISDP é tal que umaparticipação mais substantiva pelosparceiros de cooperação é maisnecessária que antes.

T a l a c r e s c e n t a m a i o rresponsabilidade de coordenação peloSecretariado, cuja capacidade deverá serreforçada para tal propósito. ❒

ParceriaREVISÃO DE POLÍTICAS

Uma nova parceria para o plano de desenvolvimento regional

ASADC definiu a sua visão acurto, médio e longo termosatravés do Plano de

Desenv olv im ento E s t ra t ég i coIndficativo Regional (RISDP), lançadoem Arusha, em Março de 2004. A peçaque falta no plano regional é umaparceria que possa conduzir, sustentar emonitorar a sua implementação.

A Conferência Consultiva a realizar-se de 25 a 27 de Abril, nas Maurícias, iráprecisamente cobrir essa lacuna –desenvolver uma nova parceria comactores chave, incluindo parceirosin t e rn acio na i s d e co ope r ação ,Secretariado da SADC, estadosmembros, sociedade civil, e o sectorprivado.

O tema central é “Parceria para aimplementação do RISDP”, enquanto ossub-temas são:✦ Comércio, liberalização económica e

desenvolvimento; ✦ Apoio a infrastruturas e integração

regional;✦ Desenvolvimento e manutenção de

capacidades humanas;✦ Sustentabilidade da segurança

alimentar; e ✦ Implementação do Plano Indicativo

Estratégico para o Órgão.Questões transversais como o HIV e

SIDA, género, e estatísticas serãodiscutidas no contexto dos sub-temas.

O papel dos parceiros O papel do Secretariado naimplementação do RISDP é o decoordenação e facilitação. Isto significaassegurar que hája um alinhamento comum certo número de outras iniciativasnacionais, sub-regionais e continentalbem como iniciativas globais que inter-penetram e têm sinergias potenciais como plano da SADC. Estasincluem: ✦ Documentos de Vi s ã o

nacional; ✦ A Nova Parceria da

União Africana para oDesenvolvimento deÁfrica.

✦ Os Objectivos deDesenvolvimento doMilénio (MDGs).

A actual implementação aonív el d e ba se e s t á

Aconferência consultiva terá acombinação de sessões

plenárias e de grupos de trabalhointer-activos baseados em sub-temas.

As sessões plenárias serãomarcadas para as sessões oficiais deabertura e encerramento;deliberações sobre a implementaçãodo RISDP dentro do quadro detrabalho da nova parceria; e relatóriosdos grupos de trabalho interactivo.

As deliberações dos grupos detrabalho interactivo terão em contaquestões transversais como o HIV eSIDA, género e estatísticas. ❒

Estrutura da ConferênciaConsultiva

“Assim, ‘e a b s o l u t a m e n t e

essencial a criação de

a s s o c i a ç õ e sregionais do

sector privadoou industriais”

“É, assim, essencialassegurar que os

comités nacionais nãosejam somente

estabelecidos, masque sejam

adequadamentecapacitados e disponham de

recursos para quepossam funcionar eficientemente”

SADC TODAY, Fevereiro 2005 3

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POLÍTICA defesa e segurança

Paz e segurança no centro de desenvolvimento Por Bayano Valy

Especialistas de defesa da SADCapelaram para o estreitamento delaços entre as instituições políticas

e os organismos de planificaçãoeconómica regionais com vista ar e f o r ç a r-se a implementação do PlanoIndicativo Estratégico do Órgão sobreCooperação de Políticas, Defesa eSegurança (SIPO).

Descrito pelo Secretário Executivo daSADC, Prega Ramsamy, como um“compasso que irá guiar a nossa busca depaz e segurança na região,” o SIPO é oguia para a implementação do Protocolosobre a Cooperação de Políticas, Defesa eSegurança.

Reunidos numa conferência de doisdias em Dezembro, em Maputo, capitalmoçambicana, chefes de defesa esegurança e agências de segurança eministérios dos negócios estrangeiros,chefes de operações para defesa, polícia esegurança, entre outros, disseram quepara o SIPO funcionar, eletem que ter uma ligaçãodirecta com o Plano deD e s e n v o l v i m e n t oEstratégico IndicativoRegional (RISDP), odocumento mestre para odesenvolvimento da região.

Isto significa que napl ani f i cação pa ra odes env ol v im ento , o splaneadores políticos têmque considerar que o factordefesa e segurançainfluenciam a paz, e porextensão o desenvolvimento.Tal só pode suceder se ossectores de segurança edesenvolvimento estiveremorganicamente ligados.

Por outras palavras, oSIPO não deve serindependente do RISDP, masdeve estar alinhado com este“porque a função da defesa esegurança no processo dedesenvolvimento é garantirque os planos dedes env ol v im ento s ãorealizados num clima de paze segurança”.

A região da SADCestabeleceu planos para o

Ndlovu, chefe da unidade dos assuntospolíticos, defesa e segurança noSecretariado da SADC, tendoacrescentado que a região necessita deuma cooperação de defesa e segurançabem coordenada que garanta a protecçãodos seus povos e investimentos.

Um cenário que ilustra o seu ponto devista é o da água: ele disse que, se, porexemplo, um país a montante decidedesviar o curso de um rio, isto pode terconseqências sociais, económicas epolíticas a jusante.

Provavelmente o país a jusante sejaforçado a tomar medidas drásticas que, semal geridas, poderão acabar em conflito.Aqui o papel do sector de defesa esegurança no Sistema de Aviso Prévio émuito crucial porque “pode manter oestado informado sobre a possibilidade deexcesso de água, cuja consequência dasdecisões técnicas tomadas temrepercussões políticas.”

Os meteorologistass om ente po d em d a rconselhos técnicos, mas aspolíticas das medidas a tomardevem ser manuseadas pelosector de defesa e segurança,e daí a insistência de umacolaboração estreita entretodas as áreas e as ligaçõesorgânicas entre o SIPO e oRISDP dentro das estruturasda SADC.

A conferência aplaudiu osresultados alcançados até adata. Parceiros internacionaisconcordaram uma vez maisfinanciar o Centro Regionalde Formação de Forças deManutenção de Paz (RPTC),baseado no Zimbabwe e quehavia encerrado em 2002.

“Há promessas muitoe n c o r a j a d o r a s p a r arecomeçarmos as actividadesno Centro”, disse Ndlovu.

Espera-se que o RPTCvenha a jogar um papelfundamental no contexto daBrigada da SADC, uma forçaregional em estado de alerta eque será criada comorecomendação da UniãoAfricana. ❒

desenvolvimento de novos projectos, taiscomo o Projecto de Energia para oCorredor Ocidental (WESTCOR) que irátransportar energia do esquemahidroeléctrico das quedas de Inga naRepública Democrática do Congo(RDC) para Angola, Botswana, Namíbiae África do Sul; o Projecto de Energia deMepanda Uncua para a rentabilização ajusante da Barragem de Cahora Bassaem Moçambique, entre outros, quesomente podem trazer benefícios aospovos da região se houver estabilidadep o l í t i c a .

Aparte a RDC onde ainda há bolsas deinstabilidade nas regiões orientais do país,a África Austral vive uma relativa paz esegurança. Esta percepção tem quecontinuar se a SADC quiser atrairinvestimentos e é “necessário que osinvestimentos não estejam ameaçados”.

A SADC não se pode dar ao luxo decometer “erros estratégicos,” disse João

4 SADC TODAY, Fevereiro 2005

Oobjectivo central do SIPO é de criar um ambiente depaz, estabilidade política e segurança, através do qual

a região poderá realizar os seus objectivos sócio-económi-cos. O SIPO providencia linhas mestras gerais de queemanam actividades específicas, em concordância com oProtocolo sobre Cooperação em Políticas, Defesa eSegurança, bem como estratégias para a sua realização esegurança pública.

O SIPO está dividido em quatro principais sectores:Político; Defesa; Segurança do Estado; e Segurança Pública.Os objectivos gerais dos quatro sectores incluem:✦ Protecção dos povos e salvaguarda do desenvolvimento da

região contra instabilidade que possa resultar da quebra dalei e ordem, conflito inter-estados e agressão;

✦ Promoção do desenvolvimento de práticas e instituiçõesdemocráticas dentro dos territórios de estados membros eencorajamento da observância dos direitos humanos uni-versais, conforme o prescrito nas respectivas cartas e con-venções da União Africana e Nações Unidas; e

✦ Desenvolvimento da capacidade de manutenção da pazdas forças de defesa nacional e a coordenação da partici-pação dos estados membros em operações internacionaise regionais de manutenção de paz. ❒

Objectivos do SIPO

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Infra-estruturas e ServiçosRemigious Makumbe, DirectorA direcção de Infra-estruturas e Serviçoscompreende a energia, turismo, transportes,comunicações e meteorologia, e recursoshídricos. O desenvolvimento das infra-estruturas e serviços é crítico para a promoçãoe desenvolvimento económico regionalsustentável, comércio e investimento.

Remigious Makumbe é um engenheiro quecomeçou a sua carreira na CompanhiaNacional dos Caminhos de Ferro doZimbabwe, onde permaneceu 15 anos,mantendo diferentes posições, incluindo ade assistente do Director Geral deOperações.

Ele integrou depois a unidade técnica daComissão Comunicações e Transportes daÁfrica Austral (SATCC) em Moçambique,onde era o Especialista Técnico dosCaminhos de Ferro. Enquanto na SATCC,ele esteve envolvido na formulação doProtocolo da SADC sobre os Transportes,Comunicações e Meteorologia, e odesenvolvimento da Lei de Investimentosnos Transportes da SADC.

Makumbe tem o Mestrado em Estudosde Políticas pelas Universidades de FortHare em Zimbabwe, um Bacharelato deComércio com especialização emEconomia e Economia de Transportes pelaUniversidade da África do Sul, e umBacharelato em Engenharia Electrotécnicapela Universidade do Zimbabwe.

Ele juntou-se à Associação dosCaminhos de Ferro da África Austral em1998 como Director Executivo e coordenouas iniciativas para o estabelecimento dosserviços dos caminhos de ferro de custosefectivos pela região da SADC.

Makumbe nasceu no Zimbabwe em1955.

Desenvolvimento Social e Humano eProgramas Especiais Stephen Sianga, DirectorEsta direcção cobre áreas de desenvolvimentode recursos humanos, saúde, emprego e trabal-

ho, e cultura, informação e desporto. Cobre tam-bém programas especiais. Os estados membrosda SADC dão prioridade ao desenvolvimentosocial e humano tendo em conta os seus papeiscruciais, tanto como factor como uma medidaglobal de desenvolvimento.

Stephen Sianga serviu como director naComissão Nacional para a Planificação deDesenvolvimento na Zâmbia entre 1989 e1995, onde ele coordenou, na Zâmbia, aelaboração do terceiro plano de desen-volvimento nacional sobre o desenvolvi-mento humano e social na educação, saúdee bem-estar social.

De 1995 a 2002 foi ConselheiroEspecial e Economista Sénior sobre odesenvolvimento de recursos humanos nosecretariado da SADC. Em 2003, eletornou-se Supervisor (director em exercí-cio) da direcção dos SHDSP, antes da suanomeação como director efectivo emJaneiro de 2005.

Sianga tem uma experiência extensasobre o desenvolvimento humano e especialatravés da sua ligação professional a váriaso rganizações internacionais tais como aO rganização Mundial da Saúde,Organização Internacional do Trabalho e aAgência de Desenvolvimento Internacionaldos Estados Unidos.

Ele tem o Bacharelato em Letras emEstudos de Desenvolvimento, e outras qual-ificações em pós-graduação em desenvolvi-mento de recursos humanos, formação emgestão e planificação da população. Ele temum Mestrado em Gestão Económica ePlanificação Estratégica pela Universidadede Berlim, Alemanha.

Sianga nasceu na Zâmbia em 1955.

Comércio, Indústria, Finanças eInvestimento (TIFI)Director a ser nomeado A direcção do TIFI compreende o comércio eindústria, minas, finanças e investimento. Estessectores estão intrinsecamente interligados epodem facilmente influenciar o desenvolvimentoe reduzir a pobreza na região. ❒

PERFIS direcções

Alimentação, Agricultura e RecursosNaturais (FANR) Margaret Milley Nyirenda, DirectoraO FANR compreende as seguintes áreas decooperação: segurança alimentar, pesquisaagrícola e formação, cereais, produção animal econtrolo das doenças animais, gestão da terra eambiental, pescas marinha e em água doce,florestas e fauna bravia. Muitas destas actividadesestão ligadas à agricultura e influenciam a seudesempenho.

M a rgaret Nyirenda tem uma larg aexperiência na gestão da formulação depolíticas e implementação, e na avaliaçãode projectos. A sua experiência detrabalho inicia-se em 1977, e ela trabalhoupara o governo do Malawi por 20 anos emvários ministérios, incluindo o daa g r i c u l t u r a .

Ela foi economista senior nodepartamento de Planificação Económica eDesenvolvimento de 1984 a 1989, quandose tornou chefe executiva do FundoMalawi Mudzi, um esquema piloto quemais tarde se transformou na CompanhiaFinanceira Rural do Malawi, cobrindo opaís inteiro.

De 1992 a 1997, Nyirinda foi chefeeconomista adjunta no Ministério deFinanças e economista chefe das secções deagricultura, segurança alimentar e nutriçãono Departamento de PlanificaçãoEconómica e Desenvolvimento.

Ela obteve um Bacharelato emAgronomia pela Universidade do Malawi,detém um diploma de pós-graduação emEconomia de Desenvolvimento e Produçãopela Universidade do País de Gales, umMestrado em Economia Agrária pelamesma universidade, e o Mestrado emGestão e Políticas Públicas pelaUniversidade de Harvard, nos EstadosUnidos.

Nyirenda juntou-se ao Secretariado daSADC em 1997 e trabalhou comoEconomista Sénior e Oficial para o sectorde Alimentação, Agricultura e RecursosNaturais até Março de 2002. Depois darestruturação da SADC, ela assumiu o postode Supervisora (directora em exercício) daFANR até ser nomeada directora.

Nyirenda nasceu no Malawi, em 1955.

Apontados chefes para 3 das 4 direcções

SADC TODAY, Fevereiro 2005 5

O Secretariado da SADC nomeou três de quatro directores para liderar os quatroprincipais pilares da sua nova estrutura na sua sede em Gaberone. As nomeaçõessão parte do processo de reestruturação que começou há quatro anos quando asinstituições foram centralizadas com o fito de uma melhor gestão. Os directoresapontados assumem as funções em Janeiro de 2005, e a nova estrutura estaráoperacional quando o quarto director (Comércio, Indústria, Finanças e Investimento)for nomeado. Seguem-se os perfis dos três directores.

Stephen SiangaMargaret Nyirenda Remigious Makumbe

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6 SADC TODAY, Fevereiro 2005

Lusaka de 1974, assinados com asautoridades portuguesas. Ele foinomeado Ministro da A d m i n i s t r a ç ã oTerritorial encarregue de organizar ae m e rgente máquina burocrática, criandoa primeira força policial de Moçambiquei n d e p e n d e n t e .

O primeiro presidente deMoçambique, o falecido Samora Machel,apontou-o Ministro do Interior, onde oconhecimento adquirido na criação dapolícia jogou a favor. Ele foi a peçachave na criação dos GruposDinamizadores (grupos de base filiados àFrelimo).

A mensagem central no capítulo seisversa sobre o papel de Guebuza nadirecção da segurança do estado epública. Vemos Guebuza a acrescentar aoposto ministerial o de comissário políticoda polícia e das forças armadas.

No capítulo sete, Guebuza comoMinistro dos Transportes eComunicações é crucial no processo deprivatização das companhias estataisligadas ao seu ministério, processo quecomeçou no final dos anos 80. Ele foiinstrumental ao avançar o conceito doscorredores de desenvolvimento, comoum pensamento para a cooperação naentão Conferência de Coordenação doDesenvolvimento da África A u s t r a l(SADCC).

Guebuza – A Paixão pela Terra por Bayano Valy

Esta biografia traça os passos donovo presidente Moçambicano,Armando Guebuza, desde o berço

ao trono presidencial.Prefaciando o livro, o anterior

presidente, Joaquim Chissano, diz “...Guebuza é uma referência política ecultural indispensável para todos aquelesque queiram conhecer a históriacontemporânea de Moçambique.”

Ele diz que Guebuza distingue-se“como um dos importantes pilares noprocesso de paz para Moçambique, comoN e g o c i a d o r-Chefe do governo, nodiálogo para a paz, travado pouco maisde dois anos em Roma, Itália.”

O livro consiste em oito capítulos quedissecam a vida de Guebuza. O primeirocapítulo lida principalmente com o seunascimento e infância.

No capítulo dois, o autor, Dr. RenatoMatusse, faz um breve historial doencontro de Guebuza com o primeiropresidente da Frelimo, EduardoMondlane. Em retrospectiva, aalocução de Mondlane à audiência deuma igreja era o sinal de coisas queestavam ainda por vir.

No entanto, foi enquanto membro doNúcleo dos Estudantes SecundáriosAfricanos de Moçambique (NESAM)que Guebuza começa a ganharconsciência política. Ele torna-sepresidente do núcleo em 1963, ano emque também se juntou à Frelimo.

O Capítulo três descreve a fuga deGuebuza para a Zâmbia. Falha a suaprimeira tentativa, quando ele e o seugrupo são capturados pela famigeradapolícia secreta Portuguesa, PIDE, naentão Rodésia (Zimbabwe) e deportadopara Moçambique. Ironicamente, édurante a detenção em que se misturacom outros presos políticos que ele forjaa sua paixão nacionalista.

É libertado, e na sua segunda tentativade fuga, ele atinge a Zâmbia viaSwazilândia, África do Sul, Botswana eZimbabwe.

No capítulo quatro, vemos Guebuzaenvolvido na própria luta contra ocolonialismo, e de posto em posto,cresce a sua importância dentro domovimento. Ele torna-se secretárioparticular de Mondlane e chega acomissário político.

O capítulo cinco lida com o papeljogado por Guebuza durante o governode transição saído dos Acordos de

Armando Guebuza colectou 63,74 por centodos votos registados nas eleições gerais de

Dezembro de 2004, contra 31,74 por cento dosseu rival mais próximo, o líder da Renamo A f o n s oDhlakama, ganhando assim o direito de sucedera Joaquim Chissano como Presidente.

A Frelimo ganhou 160 dos 250 assentos daAssembleia da república contra 90 da Renamo.Tal é fundamental para a passagem das leis, e seseis deputados da Renamo passarem para ooutro lado, a Frelimo terá maioria absoluta.

O governo cessante conseguiu reduzir adependência de Moçambique de fundos doadosde 60 para 50 por cento no orçamento geral doestado, e o novo presidente vai usar o seu con-hecimento para manter esta tendência.

Guebuza disse o seu primeiro grande desafioé o de “aumentar a auto-estima dosMoçambicanos para fazerem coisas por elesmesmos, e confiar nas suas próprias ideias.”Outros desafios incluem sustentar o crescimento

Guebuza sucede Chissanoeconómico e reduzir a pobreza, a reforma do sec-tor público, desenvolvimento do sector privado,desemprego e o HIV e SIDA.

Mozambique tem 33 porcento demulheres no parlamento

As eleições gerais de Moçambique em 2004viram a eleição de mais mulheres que em

1999, aumentando a representação feminina noparlamento para 33 por cento (dos 31 por centoa n t e r i o r e s ) .

A Frelimo tem 66 mulheres eleitas para o par-lamento de um total de 160 deputados. Tal repre-senta 41,2 por cento. O número de mulheres naFrelimo no parlamento em 1999 era de 55.

Durante o processo de eleições internas paraos representantes do partido, a Frelimo onde pos-sível a adoptou o sistema “zebra”, alternandohomens e mulheres nas listas do partido.

As mulheres lideraram as listas da Frelimo emseis dos 13 círculos eleitorais.

Lemos tambémque ele liderou ad e l e g a ç ã ogovernamental àmesa dasn e g o c i a ç õ e sem Roma,c o m on e g o c i a d o rchefe com oentão movimento rebeldeRenamo. Ele levou as suas tarefas abom termo, chegando a acordo com aRenamo que culminou com a assinaturado Acordo de Paz de Roma, em 1992.

As suas qualidades de negociadorforam reconhecidas pelo falecidoMwalimu Julius Nyerere da RepúblicaUnida da Tanzania, que o convidou apresidir o Comité sobre a Natureza doConflito burundês.

O capítulo oito descreve a trajectóriade Guebuza como líder da bancadaparlamentar da Frelimo na Assembleia daRepública, o parlamento moçambicano, ea sua subsequente eleição parasecretário-geral do partido em Dezembrode 2001, quando Chissano anunciou asua retirada da chefia do Governo. ❒

Guebuza: A paixão pela terra é publicado pelaMacmillan Moçambique, 2005,em Português.Email [email protected]

GOVERNAÇÃO transições

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2005DESENVOLVIMENTO

especialistas realizada o ano passado propôsum modelo de trabalho que “irá serconsiderado por uma reunião ad hoc dosministros de minas a realizar-se antes deMarço deste ano”.

A segurança alimentar continua a ser, em2005, a prioridade cimeira da direcção deAlimentação, Agricultura e RecursosNaturais (FANR). A situação em grandeparte dos países melhorou nos ‘ultimos anos,e os estados membros continuam a honrar osseus cometimentos assumidos no quadro daDeclaração de Dar Es Salaam sobreAgricultura e Segurança A l i m e n t a r. Adeclaração procura o aumento da produçãoagrícola na região.

Um sistema de acompanhamento paramonitorar a implementação doscometimentos no Plano de Acção foirecentemente adoptado. Esforços estão emcurso para estabelecer um Complexo deReserva Alimentar Regional, conforme oacordado na declaração de dar Es Salaam.Em linha com esta declaração, umaEstratégia de Regional de Controlo dePestes Migrantes está sendo desenhadapara se poder lidar com pragas de pássaros,o gafanhoto vermelho e bichos queafectam os cereais.

Num esforço para abrir novos mercadospara os agricultores da região, um encontro

foi o ano passado organizado para se criarconfiança na Agricultura para Energ i a .

“ A produção de etanol (da cana-de-açucar) e o bio-diesel (de qualquer plantaprodutora de óleo) poderia criar um massivoemprego nas zonas rurais e ao mesmo tempoaumenta a capacidade da região em produzire n e rgia”, notou o Secretário Executivo daSADC.

Relativamente ao meio-ambiente e àgestão da terra, uma parceria envolvendo aSADC, o Centro de Documentação ePesquisa da África Austral (SARDC) e aUnião Mundial de Conservação (IUCN)estão trabalhando actualmente sobre osegundo Relatório sobre um Olhar sobre oMeio Ambiente na África Austral que deveráser lançado na Conferência Consultiva emA b r i l .

Entre outras coisas, o relatório deverá daro estado actual e tendências sobre os váriosaspectos do ambiente, as pressões e respostaspolíticas às questões ambientais na região. Irá“apresentar o futuro do meio ambiente naregião baseado sobre uma análise de cenáriose apresentar recomendações visandocontribuir para a redução da pobreza.”

A prioridade cimeira para a direcção deInfra-estruturas e Serviços é evitar umapossível crise de energia dado que aprevisão é a de que a região deverá esgotara sua capacidade de produção de excedentede energia em 2007. Novos projectos estãosendo desenhados para evitar a escassez deenergia.

A direcção está a promover odesenvolvimento de infra-estruturasrodoviárias focalizando sobre omelhoramento das “ligações regionaisausentes”, pontes e reabilitação de estradasdentro do quadro de trabalho da Estratégiade Desenvolvimento dos Corredores.

A melhor prática desta estratégia é oCorredor de Desenvolvimento de Maputoque contou com um substancialinvestimento na infra-estrutura detransportes e comunicações, com a criaçãode empresas incluindo o mega-projecto emMaputo, a Fábrica de Alumínios deMoçambique (MOZAL), bem como acriação de empregos ao longo do corredor.Corredores similares estão sendo criadosnoutras partes da região.

Outros projectos estão no estabelecimentode custos efectivos e sistemas decomunicação eficientes e abastecimento deágua que são necessários para consolidar aindústria e o comércio na região, bem comoatrair turistas para a SADC.

Como um meio de promover o turismodentro da SADC e acelerar a integraçãoregional, há trabalhos em curso para acriação de uma UniVisa. Um estudo deveráser encomendado para analisar aharmonização das Leis de Migração,Regulamentos e Procedimentos.

Relativamente à direcção doDesenvolvimento Social e Humano eProgramas Especiais, esforços têm sidointensificados para “enfrentar o desafio demelhorar a disponibilidade de recursoshumanos educados, com formação,saudáveis, informados, culturalmentedesenvolvidos e produtivos”.

Com este fim, foi desenvolvido oPrograma de Desenvolvimento de FormaçãoIntra-regional da SADC com o fim demelhorar a disponibilidade de especialistasformados e competentes dentro das áreasprioritárias de desenvolvimento da região daSADC. ❒

Estratégia do desenvolvimento regional da SADC 2005

SADC assinala ojubileu de prata

Energia

No ano de 2007, a região da SADC iráregistaro colapso da sua capacidade de

produção deenergia excedentária, se até lánovos projectos não forem instalados. A P o o ldeEnergia da África Austral (SAPP) estabeleceuuma lista de projectos a curto e médio pr zospara evitar esta crise iminente. Os projectosi n c l u e m :✦ A inter conexão do Malawi à SAPP v i a

M o ç a m b i q u e ;✦ A inter conexão da República Unida da

Tanzânia à SAPP via Zâmbia. ✦ A melhoria da ligação existente entre

Zâmbia-RDC; ✦ Inter conexão de Angola via do proposto

Projecto do Corredor Ocidental ; e O estabelecimento da ligação Zâmbia-N a m í b i a .

Protocolo de Finanças eInvestimento

Funcionários séniores do Tesouro reuniram-se duas vezes o ano passado para

considerar a proposta do Protocolo de Finançase Investimento (FIP), antes de apresentá-lo aosMinistros das Finanças. O objectivo estratégicodo FIP é contribuir para o estabelecimento deum Mercado Comum Regional onde haverálivre movimento de capital, mão-de-obra,mercadorias e serviços.

O FIP irá facilitar a integração regional, acooperação e coordenação dentro das áreasde finanças e investimentos na região daSADC. Os documentos desenvolvidos porvários comités Técnicos de Finanças eInvestimentos foram convertidos em anexos,que formam parte integral do Protocolo. Osanexos deverão ser vinculativos para osEstados Membros.

A proposta do Quadro de Implementaçãodo FIP foi também desenvolvido, tendo emconta os objectivos inscritos no RISDP.

continuação da página 1

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A auto-estrada Trans Kalahari, que liga aÁfrica austral da costa este em Moçambiqueà costa ocidental na Namíbia, é somente umados muitos projectos de infra-estruturas que aSADC conseguiu levar a cabo.

Na frente política, instituiçõesdemocráticas mais fortes emergiram, comoilustra a realização de eleiçõesmultipartidárias regulares na região.Contudo, desafios políticos ainda estãopresentes em Angola, onde ainda deverãoter lugar as primeiras eleições após o finalda guerra civil, e na RepúblicaDemocrática do Congo, cujas eleiçõesestão previstas para o final deste ano.

O maior desafio tem sido a erradicaçãoda pobreza, e com ela, o HIV e SIDA. Deuma maneira geral, o desempenhoeconómico regional não tem sido suficientepara elevar os padrões de vida da maioriados cidadãos. Mas as recentes reformasestruturais que culminaram com umaestrura de gestão centralizada e uma visãomais elaborada colocaram a SADC nocaminho da competitividade global. ❒

SADC TODAY, Fevereiro 2005 7

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corredor DESENVOLVIMENTO ESPACIAL

8 SADC TODAY, Fevereiro 2005

Um novo corredor dedesenvolvimento mantém apromessa de prosperidade para uma

região até aquí subdesenvolvida no coraçãoda Comunidade de Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC).

Os líderes de quadros estados membrosda SADC reuniram-se nos últimos dias de2004 para subscrever o quadro de trabalhoque deverá fazer do Corredor deDesenvolvimento de Mtwara uma realidadee melhorar a vida das pessoas vivendo nasprovíncias nortenhas do Malawi e deMoçambique, as províncias do Norte e doEste da Zâmbia, e as regiões da RepúblicaUnida da Tanzânia.

O propósito da iniciativa do corredor deMtwara é o de promover o comércio,investimento e turismo nos quatro países eacelerar o desenvolvimento através daintegração de estradas, electricidade eoutras infra-estruturas.

Reconhecendo o grande potencial dedesenvolvimento e a necessidade decombater a pobreza na área, os quatrogoverno decidiram, há sete anos, trabalharjuntos para abrir e desenvolver o corredor,como um projecto regional.

“Estamos também conscientes de queas nossas populações ao longo destec o r r e d o r, em todos os quatro países, são narealidade um povo, um povo africano,separado somente pelas fronteirascoloniais que herdamos”, disse oPresidente tanzaniano Benjamim Mkapaaquando do lançamento. “Este corredordeve ser o início de esforços conjuntospara trazê-los mais perto ainda comopovos, e como parceiros emd e s e n v o l v i m e n t o . ”

Mkapa acrescentou que é uma questão de“grande satisfação e prazer pessoal” ter umdocumento legal que “formalmente vinculaos nossos países e ilustra aos nossos povos e

aos nossos parceiros externos dedesenvolvimento o nosso firme cometimentode avançarmos de intenção à acção.”

Todavia, ele avisou que “a vontadepolítica que demonstramos hoje deve sertraduzido em processos de implementaçãomensuráveis e calendarizados.”

A cimeira inagural e de lançamento doCorredor de Desenvolvimento de Mutarafoi acolhido pelo Presidente Bingu waMutharika em Lilongue, e participaram,para além de Mkapa, os Presidentes daZámbia e Moçambique, Levy Mwanawasae Joaquim Chissano, respectivamente.

Mkapa disse que os quatros líderescompremeteram-se sem reservas emtrabalhar em conjunto como governos “emparcerias com instituições de doadoresbilaterais e multilaterais e o sector privadopara desbravar o potencial dedesenvolvimento deste corredor” através daconstrução ou melhoria de infrastruturastais como estradas, pontes, portos,caminhos de ferro, telecomunicações, eaeroportos.

“ Também comprometemo-nos aparcerias pública-privadas para explorar osabundantes recursos naturais ao longo docorredor, tais como minerais, energéticos,agrícolas, florestais, pequeiros e turísticos.Estamos confiantes que as ligações daseconomias que emanaram destasactividades irão abrir muitas oportunidadespara o auto-desenvolvimento dos nossospovos.”

Ele pediu apoio para “esteempreendimento regional para redução dapobreza e crescimento” que irá ajudar aacelerar a integração regional, dizendo queexistem duas questões chave a seremabordadas urgentemente nos quatros países.Os mesmos vão assegurar que o comércioformalizado entre e dentro dos países sejadado prioridade; e permitir a identificaçãopor cada país de projectos pilotos dentro dasua zona.

“Esses projectos devem ter umaconectividade regional directa; e ter

Encurtando o Rovuma“uma tarefa histórica como também um imperativo dedesenvolvimento” Mkapapor Bayano Valy

Moçambique está separado da República Unida da Tanzania pelo rio Rovuma, semuma ponte para atravessar a sua longa e partilhada história. Isso está agora a serretificado e os dois países deram passos para fisicamente montar uma ponte sobre

o rio que os divide (ou une) os seus povos.A Ponte da Unidade, em concepção há mais de 30 anos, poderá ser uma realidade em

2008.Os presidentes dos dois países encontraram-se em Pemba, capital da província nortenha

moçambicana de Cabo Delgado, para assinarem um acordo de intenção para construção daponte de 600 metros que irá ligar os dois países. O projecto, incluíndo cinco quilometros deestrada de acesso em cada lado da ponte, é avaliado em US$33 milhões.

O primeiro desenho foi concluído em 1977, dois anos após a independência deMoçambique, e foi melhorado em 1981. Um memorando de entendimento paraimplementação conjunta foi assinado em 2002. Espera-se que os trabalhos sobre a ponteirão começar em Setembro de 2005, e vão durar dois anos e meio.

Falando durante o evento em Pemba, o antigo Presidente moçambicano, JoaquimChissano, enfatizou que, for a estarem conectados geograficamente, Moçambique eTanzania têm ligações históricas, culturais, sociais, políticas e económicas que remontamda história colonial e pre-colonial.

A República Unida da Tanzania acolheu e apoiou os combatentes moçambicanos dalibertação nacional nos anos 60 e 70 até a independência em 1975, e também contribuíucom tropas para ajudar Moçambique a lutar contra a agressão do seu vizinho Rodésia e maistarde África do Sul.

Mkapa disse que a ponte é “uma tarefa histórica como também um imperativo dedesenvolvimento” e enfatizou que nem Moçambique nem a Tanzania são tão pobres quenão podem financiar um projecto tão importante e unificador.

Chissano descreveu a ponte de “um passo significativo para a materialização do que eraum dos maiores sonhos dos fundadores dos nossos estados, os falecidos presidentes SamoraMachel e Julius Nyerere – uma ligação rodoviária entre os dois países.”

“Os benefícios da Ponte de Unidade não irão limitar-se a apenas juntar as pessoas danossa região, mas também toda a África com todos os resultados positivos rumo aodesenvolvimento,” disse Chissano.

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corredor DESENVOLVIMENTO ESPACIAL

SADC TODAY, Fevereiro 2005 9

maior do mundo, a Reserva de CaçaSelous um pouco mais ao norte, e ao sulda fronteira moçambicana é a remotaReserva de Caça do Niassa.

✦ Extendendo-se várias centenas dequilometros entre as duas reservas é ocorredor natural de elefantes, o Corredordo Oeste, que é uma Área de Gestão deFauna Bravia com controle e gestão aonível de vilas.

✦ O povo do planalto Maconde é bemconhecido pelas suas esculturas demadeira.

✦ Mais de uma dúzia de espécie dedinasauros foram excavadas dos vastosninhos de dinasaúros em Tendunguruquase há um século, incluíndo umesqueleto completo do maior dinasaúroconhecido, o brachiosaurus brancai,agora em exibição no Muséu da Históriaem Berlin.

✦ O Lago Malawi/Nyasa/Niassa, 560 kmde cumprimento, com largura máximade 75 km, profundidade de 706 metros.O ponto mais ao sul dos lagos de águasprofundas é associado com a formaçãodo Vale do Rift e é usada principalmentecomo uma fonte de água doce etransporte, turismo e pescas. Um poucomais ao norte no topo do lago existe oplanalto de Kitulo, conhecido por“flores de Serengeti”, que serábrevemente um parque nacional.

✦ Existe potencial para turismo em ambosos lados do Rovuma, com locais dostempos da luta de libertação deMoçambique, notavelmente emNachingwea, que era o principal campode treino militar para a Frente deLibertação de Moçambique (Frelimo).Por essa razão, a área foi restrita a vistasdurante os anos 60 e 70s. ❒

P rojectos de desenvolvimento nocontexto da Iniciativa Espacial doCorredor de Mtwara incluem:✦ A Ponte de Unidade sobre o rio Rovuma

entre Negomano em Moçambique eMtambaswala no lado Tanzaniano;

✦ A estranda Mbamba Bay, quase a 900km do Lago Malawi/Nyassa a Mtwara,que iria de forma eficiente conectarMalawi, Tanzania e o norte deMoçambique;

✦ Um oleoduto na mesma rota do porto deMtwara à Mbamba Bay;

✦ Um ferry-boat de grande capacidadeligando Mbamba Bay com Nkhata Bay,doutro lado do lago em Malawi; e

✦ O porto de águas profundas em Mtwaraa ser expandido e as operações a seremmelhoradas.Existem também planos para

interconexão das redes elécrticas daZámbia, Malawi e Tanzania; a exploraçãodas grandes reservas de carvão deMchuchuma para geração de energia que irásuplementar os fornecimentos de energiaem Malwi e Moçambique.

Desenvolvimento do potencial turísticoO Corredor de Mtwara tem um potencialúnico para turismo com praias pristinas eáguas límpidas do Oceano Índico, umparque marinho como também áreas deconservação no interior, e áreas derecreação de água doce no lago.✦ O Parque Marinho de Mnazi Bay é um

rico ecosistema marino com alto nívelde biodiversidade (mais de 400 espéciesmarinas identificadas até a data)extendendo-se ao sul de Mtwara até àfronteira moçambicana.

✦ Mikindani, com o seu famoso mercadode escravos e ruínas da cadeia, era aterminal das caravanas de escravos dointerior através do lado e adentro daregião central da África dos finais doSec XV ao Sec XVIII.

✦ Três pequenas reservas de caça ao longoda fronteira tanzaniana, como também a

impacto económico directo e rápido sobreos rendimentos e bem-estar das pessoasresidentes nas áreas.”

O Presidente Mwanawasa disse que ainiciativa está em linha com a política daSADC de promover o comércio trans-fronteiriço Através de redes de transporte, eiria beneficiar várias províncias da Zâmbia,promovendo o desenvolvimento dossectores da agricultura, pescas, turismo emineração locais.

Ele disse que, como um país do interior,a Zâmbia deve perseguir uma política decooperação como forma de maximizar ouso de infrastrutura de transportes ecapacidades institucionais.

O anfitrião, o Presidente Mutharika doMalawi, enfatizou que o sucesso docorredor dependerá na forte confiança eparticipação do sector privado.

Plano de Acção a Curto PrazoA Ponte da Unidade é um dos projectos comPlano de Acção a Curto Prazo submetidospela SADC à Nova Parceria para oDesenvolvimento da África (NEPAD), paralevar a cabo um estudo técnico eeconómico, incluíndo um desenhop r e l i m i n a r, para a construção de umaligação rodoviária entre Moçambique e aRepública Unida da Tanzania.

Vários outros projectos regionais sob oPlano de Acção a Curto Prazo vão terimpacto sobre o corredor de Mtwara. Essesincluem planos para um sistemacoordenado de transporte para bens epassageiros para os três países banhadospelo lago que cada um deles chama por umnome diferente – Malawi/Nyassa/Niassa.

Outros projectos para postos fronteiriçoscom um único balcão, gestão do controle des o b r e c a rga em veículos, programa desegurança rodoviária, melhoria desegurança aeroportuária, serviços deaconselhamento marítimo, e odesenvolvimento de uma estratégia regionalpara complexos de recepção de lixo denavios em portos.

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perfisLIDERANÇA

Liderança africana no Centro do SulSul. Foi estabelecido em 1995, e o seuPresidente fundador foi o falecidoMwalimu Julius K. Nyerere, o primeiropresidente da República Unida daTanzania.

O relatório da Comissão do Sulenfatizou que o Sul não está bemorganizado ao nível global e não temsido assim efectivo em mobilizar a suaconsiderável e combinada peritagem eexperiência ou o seu poder denegociação.

O Centro do Sul pretende assimsatisfazer esta necessidade para análisedos problemas de desenvolvimento e

experiência, como também providenciarapoio intelectual e de políticas requeridopelos países em desenvolvimento paraacção colectiva e individual na arenainternacional.

O Centro do Sul é um órg ã oi n t e rgovernamental dos países emdesenvolvimento, actualmente contacom 48 países membros. O Centro serveo Sul como um todo, independentementeda afiliação e tenta assegurar o acesso detodos os países em desenvolvimento. Oactual presidente é o antigo SecretárioGeral das Nações Unidas, BoutrosBoutros-Gali, do Égipto. ❒

AÁfrica Austral provou de novo oseu poderio na conservação, aoter um dos seus filhos, o sul-

africano Mohammed Valli Moosa, eleitoPresidente de uma das org a n i z a ç õ e sambientalistas mais influentes domundo, IUCN- União Mundial deConservação.

Ele foi eleito por 432 votos contra192, num endossamento forte daconfiança que a comunidade mundial deconservação tem na sua experiência,clarividência e abilidades. Ele derrotou oseu oponente Parvez Hassan doPaquistão.

O Dr. Hillary Masundire, umzimbabweano, reteve a Presidência daComissão sobre Gestão dosEcosistemas. Não foi contestado. Osdois foram eleitos no 3º CongressoMundial de Conservação da IUCNrealizado em Banguecoque, Ta i l â n d i anos finais de Novembro de 2004.

Moosa, antigo Ministro sul-africanode Assuntos Ambientais e Turismo, vailiderar e apoiar a União de mais de 1,000organizações membros governamentaise não-governamentais durante ospróximos quatro anos.

Segundo um comunicado da IUCN, aeleição de Moosa demonstra a confiançados membros da IUCN nas suasabilidades em aumentar a relevância eimpacto da maior rede mundial deconservação visto que a União continuara expandir a sua afiliação, engaja-se comnovos sectores, incluindo a comunidadede negócio, e aborda novos assuntos deconservação tais como a redução depobreza.

“A conservação da natureza é umassunto de todos nós. Seremos bemsucedidos se continuarmos a ampliar onosso âmbito e envolver mais gente.Gostaria que cada indivíduo estivessemais consciencializado em conservaçãoda natureza; devemos estar imbuídosdela nas nossas práticas epersonalidades,” disse Moosa após a suaeleição.

Ele nasceu em 1957 emJ o a n e s b u rgo, e obteve o Bacharelato deCiência com especialização emMatemática e Física pela Universidadede Durban-Westville em 1978.Trabalhou em várias org a n i z a ç õ e snacionais e internacionais, incluíndo oConselho de Governação do Programadas Nações Unidas para O Ambiente, aConferência Ministerial Africana sobreo Ambiente, e Fundação Comercial daÁfrica do Sul.

Ele atraíu aplausos internacionaiscomo um negociador chave durante aelaboração da nova constituição sul-africana, e através da sua competênciade mediaçãona Cimeira Mundial sobreDesenvolvimento Sustentável emJoanesburgo, em 2002, e o 5º Congressode Parques Mundiais da UICN emDurban, em 2003, ambos realizados naÁfrica do Sul largamente devido a suainiciativa e esforço.

A África Austral, demonstrando asua unificada força, colocou o seupoderio a sua trás para o posto. Oresto do continente africano apoiouMoosa para permitir que a posiçãoviesse aquí pela primeira vez nahistória da IUCN. ❒

10 SADC TODAY, Fevereiro 2005

OProfessor Yash Tandon foinomeado DirectorExecutivo do Centro Sul

em Genegra, começando emJaneiro de 2005.

O Prof. Tandon é um ugandêsresidente em Zimbabwe desde1992, onde estabeleceu oS E ATINI – o Instituto deComércio, Informação eNegociações da África Austral eOriental.

S E ATINI é uma iniciativaafricana para fortalecer acapacidade da África de tomarparte de forma efectiva noe m e rgente sistema global decomércio e melhor gerir oprocesso de globalização.Procura fortalecer a capacidadedos negociadores comerciaisafricanos na Org a n i z a ç ã oMundial de Comércio (OMC)para um sistema de comérciointernacional justo, equitativo eequilibrado.

A sua missão é fortalecer aÁfrica no Comércio Mundial:para um sistema de negociaçõesaberto, equitativo, seguro, não-discriminatório e previsível.

O Prof. Tandon ensinou antesem várias universidades,incluindo Makerere na Uganda eUniversidade de Dar es Salam, eescreveu extensivamente sobrepolítica económica africana, erelações internacionais.

Ele é membro fundador doGrupo de Redes Internacionaisdo Sul (ISGN), que procuralevantar assuntos de comumpreocupação tais como comércio,ajuda, dívida, relações do género,assuntos ambientais e resoluçãode conflitos.

O Prof. Tandon junta-se aoCentro do Sul numa altura emque a mesma focalisa sobre anecessidade aguda para umamaior capacidade no Sul deconstruir relações comerciaisequitativos, e fortalecer ascapacidades de negociação cominstituições financeirasinternacionais.

O Centro do Sul cresceu dotrabalho e experiência daComissão do Sul, e doreconhecimento da necessidadepara melhorar a cooperação Sul-

Sul-africano Moosa consegue posto topo na IUCN

S

UTH

CENTRE

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educaçãoOBJECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO

Ameta foi estabelecida em 2000quando oito Objectivos deDesenvolvimento do Milénio

(MDGs) foram adoptados pelos líderesmundiais como um quadro lógico paramedir os progressos de desenvolvimentoglobal até 2015.

A meta, que é a segunda na lista, visaeliminar disparidades de género naeducação primária e secundária,preferencialmente até 2005, e em todosos níveis de educação não mais tarde que2015. Isso está interligado ao terceiroMDG que tem enfoque na promoção daigualdade de género e empoderamentodas mulheres.

Os indicadores para se alcançar osegundo e terceiro MDGs incluem ráciosde raparigas em relação aos rapazesdesde educação primária à terciária,rácios de inscrição líquida, ealfabetização feminina em proporção amasculina (15-24 anos), entre outros.

Embora a paridade por si em umobjecto crítico, deve ser acompanhadapor igualdade completa de género emtodas as facetas da educação em todos osníveis.

Segundo um relatório da UNESCO de2003/2004, “Completa igualdade degénero na educação vai implicar queraparigas e rapazes sejam oferecidas asmesmas chances de ir à escola e gozar dosmesmos métodos de ensino, currículo, eorientação académica sem estar afectadopor preconceitos de género.”

Embora guiados pelos MDGs, aspolíticas educacionais dos países daSADC podem inspirar-se naConvenção para a Eliminação de To d a sas Formas de Discriminação Contra aMulher (CEDAW), que contém o maisabrangente conjunto de decompromissos legalmente aplicáveissobre a igualdade de género para aeducação. Todos os países da SADCratificaram a CEDAW.

A Declaração de 1997 da SADCsobre o Género e Desenvolvimentoreforçam a CEDAW ao reconhecer anecessidade de fortalecer o “acesso aqualidade de educação para mulheres ehomens, removendo os estereotipos degénero no currículo, escolhas de carreirae profissões.”

Um sumário dos progressos dospaíses da SADC mostra que a paridadede género na educação primária foiatingido em países como Botswana,Malawi, Maurícias Namíbia, aRepública Unida da Tanzania eZimbabwe. A Suazilândia, contudo,aparece sozinha como o único país queatingiu a paridade na educaçãosecundária.

Existem, contudo, retrocessos emsustentar a paridade de género naeducação ou acelerar o progresso onde oobjectivo ainda não foi alcançado. Emmuitos países da SADC, dificuldadeseconómicas agravadas pelas persistentessecas e pandemia do SIDA, entre outros,contribuíram para o declínio de padrõesde ensino, ingressos e níveis dealfabetização.

Botswana, Malawi, Namíbia,Zámbia e Zimbabwe introduziram emantiveram a re-adminissão deraparigas que desistem da escoladevido a gravidez como uma medidapara se atingir o balamço de género eequidade no sector de educação comotambém oferecendo oportunidadesiguais de educação.

A Zámbia implementou uma políticade discriminação positiva, que inclui umrácio de ingresso 50:50 entre rapazes eraparigas na Primeira classe, comotambém esquemas especiais de bolsas deestudo para raparigas nos níveis deescola primária e secundária, umamedida visando alcançar a igualdade degénero na educação primária.

A tendência de ingressos na Namíbiaé encorajadora com ingressos totais deescolas primária e secundária em 2001mostrando um aumento de oito porcentodesde os dados de 1997, e um aumentode 43 porcento desde os dados à alturada independência.

Segundo o relatório deDesenvolvimento Humano das NaçõesUnidas de 2003, o Lesotho está emposição de alcançar a paridade degénero na meta de educação. Maisraparigas que rapazes estãomatriculadas em todos os níveis deeducação e o rácio de rapariga pararapaz aumenta nos níveis mais altos deeducação em 1.74 em ingressos

terciários para 2000/01, comparado ao1.02 para ingressos primários.

Em alguns países como a Zámbia, osrelatórios do Ministério de Educaçãoindicam um declínio de 75 porcento em1990 para 70 porcento em 2002 nosníveis de alfabetização entre 15-24 anos.As taxas para mulheres caíram de 71porcento em 1990 para 66 porcento em2000. O alto custo da educação causadopelos programas de ajustamentoestrutural foram em parte culpados poreste retrocesso.

Em toda a região, as raparigas naszonas rurais têm mais probabilidade deter mais carga de trabalho em casa. Coma actual insegurança alimentarameaçando a região, requer- s enormalmente a assistência de raparigasem casa e na machamba.

Um dos maiores desafios é oHIV/SIDA que constitui uma ameaça aosistema de educação na região. Odinheiro que deve ser canalizado para aeducação é muitas vezes canalizada paracuidados paliativos para pessoasdoentes, ou é utilizado para gastosdiários. As raparigas são as primeiras adesistirem da escola para cuidar dosdoentes.

2005 é particularmente significativoporque uma cimeira da ONU seráconvocada em Setembro para rever oprogresso desde a Declaração doMilénio em 2000, e espera-se que osgovernos da SADC reportem sobre osseus sucessos.

É assim urgente que respostasefectivas sejam feitas onde não houveprogresso significativo em se alcançar aparidade de género, completa igualdadede género em todas as facetas daeducação deve ser sustentada efortalecida. ❒

SADC TODAY, Fevereiro 2005 11

Explicando os MDGs sobre paridade de género na educação

O desafio de atingir o golo de 2005 de alcançar a paridade de género na educação primáriae secundária comtinua difícil para alguns países da SADC, embora outros já atingiram ouestão a caminho de o fazer. Saenna Chingamuka e Washington Midzi analisam.

Meta 2: Eliminar adisparidade de género na

educação primária e secundária

preferivelmente até2005, e em todos os

níveis de educação nãomais tarde que 2015.

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encontrados.Receia-se a morte na Ásiade dois turistas zimbabweanos.

As ondas que atingiram Dar es Salamforam enfraquecidas visto terem viajadoquase 5,000 quilometros do epicentro dotremor de terra a uma velocidade de1,000 km/hr. A destruição sobre a costaafricana foi por conseguinte menosextensa comparada à região asiática. Ogoverno tanzaniano reagiu rapidamentepara evitar mais danos no Zanzibar,alertando as pessoas para ficarem longedas praias.

A região da SADC tambémrespondeu providenciando assistência aodesastre na Ásia. Moçambique, um paísque foi devastado pela cheiascatastróficas causadas pelo fenómeno ElNinõ em 2000, doou uma soma“simbólica” de 100,000 dólaresamericanos para o apelo de ajudahumanitária, e a União A f r i c a n aprometeu a mesma quantia.

A Sociedade da Cruz Vermelha daÁfrica do Sul lançou um apelo paraangariar 10 milhões de randes(aproximadamente 1.6 milhões dedólares). Noutros países da ÁfricaAustral, doações foram feitas través dassociedades locais da Cruz Vermelha eescritórios regionais da Cruz Ve r m e l h aInternacional em Zimbabwe.

Embora recursosh u m a n i t á r i o sf o r a mc a n a l i z a d o spara as áreasdevastadas, houve indicações deque isso iria ter impacto sobreos recursos dedesenvolvimento disponíveisglobalmente. Todavia, espera-seque mais recursos serãocanalizados nos sistemas de gestãode desastres, aviso prévio e recursoscostais.

Os ambientalistas dizem que otsunami foi um desastre a espera deacontecer, não porque podia ser previstomas porque o dano poderia ter sidocontido com melhor cuidados ao nossoambiente, especialmente asconsequências de destruir mangais erecifes de corais, que os peritos dizemajudar a proteger as costas do mar efuracões.

gestão de desastresACTUALIDADE

12 SADC TODAY, Fevereiro 2005

Otsunami que devastou áreascosteiras na Ásia nos finais de2004 deixou por traz muitas

lições para a África Austral, não só sobreaviso prévio mais também sobreprotecção natural.

O grande maremoto que viajou desdea Indonênia, Sri Lanka e Índia peloOceano Índico à costa oriental da África,resultando num terramoto medindo 9 na

escala Ricther, causou umadestruição maçissa e perda de

vida, especialmente nascostas asiáticas.

As mortesdo tsunami(“onda deterror” emj a p o n ê s )

passaram os250,000 e muitas

pessoas desaparecidasnão foram achadas.

O desastre reclamoua vida de dez

tanzanianos apanhadosdesprevenidos na costa, perto de Dar esSalam, como também duas outras naspartes baixas das Ilhas Seicheles. EmMadagascar, pelo menos 1,200 pessoasforam deslocadas. Onze sul-africanosque estavam em países asiáticos foramconfirmados mortos e quatrodesapareceram, enquanto 2,900 foram

Um director de programas noFundação Internacional de Fauna Braviadisse que lugares com recifes de coraissaudáveis sofreram menos do que zonasonde os mangais tinham sidosubstituídos por hoteis a beira mar efarmas de camarão.

“Recifes de corais actuam como umabarreira de água natural e os mangaissão absorventes de choque naturais eisto se aplica às cheias e ciclones, comotambém tsunamis.”

Este foi também o ponto de vista doProfessor M.S. Swaminathan, o cientistaagrícola mais coincetuado da Índia quelidera uma investigação governamentalsobre projectos de desenvolvimentocostais. Ele disse que as florestas demangais em algumas áreas de TamilNadu agiram como escudos e susteram oimpacto das ondas.

“Os densos mangais serviram comoum murro para salvar as comunidadescostais vivendo por detrás deles,” disseSwaminathan.

“Mas em outras áreas... onde asflorestas foram cortadas e há mineração desal e outros projectos de desenvolvimento,a devastação foi mais ampla.”

O desastre expôs a ausência de umsistema de aviso prêvio mo Oceano

Índico, embora no Pacífico, ondetais desastres são

comuns, hajaum sistema.Delegados à

Cimeira dos EstadosIlhéus emD e s e n v o l v i m e n t o

(SIDS) realizadoem Janeiro, nas

Maurícias, reclamouessa ausência de um

sitema de aviso efectivoe eficiente. As lições

aprendidas das devastações dotsunami colocaram o assunto de sistemade aviso prêvio no topo da agenda dacimeira.

O Primeiro Ministro mauriciano, eactual Presidente em exercício daSADC, Paul Berenger, disse “estesdesastres demonstraram mais uma vez aextrema vulnerabilidade de ilhotas, (e)estados em desenvolvimento... O danolevará anos a reparar.” ❒

Lições do Tsunami para África austral

Acelerando o apoio

Os países da África Austral estão a respon-der aos apelos para ajuda humanitária

aos países na Ásia mais afectados pelotsunami que trouxe devastação nos finais de2004. Os esforços estão sendo coordenadospelas respectivas sociedades da CruzVermelha nos países da SADC. A África doSul também enviou um hospital de campanhae está desviando parte das multas de exces-so de velocidade colectadas no pais para ofundo de ajuda de tsunami. Um número deprofessionais de saúde na Namíbia voluntari-aram a ajudar nas afectada região. OZimbabwe estabeleceu um fundo de desastredo tsunami para colectar doações, com oprincipal enfoque na Indonêsia, o país maisafectado pelo desastre. Outros países daSADC também apoiaram o fundo de ajuda.

por Mukundi Mutasa

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desporto e culturaCONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE

ASADC lançou a Competição de Composições para Escolas Secundárias 2005 numesforço visando atrair a participação de jovens no apoio a integração regional.

Inspirado pela celebração, este ano, do jubileu de prata da SADC, que completa 25 anosdesde o lançamento do seu antecessor, a Conferência da Coordenação para oDesenvolvimento da África Austral (SADCC) em 1980, o tópico da competição de 2005 é“Nos 25 anos da sua formação, o que conseguiu a Comunidade para o Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC) e o que gostaria que fizesse para juntar as economias e povos daÁfrica Austral?”

A composição deve ter entre 2,000 e 2,500 palavras e pode ser escrita em Francês,Inglês e Português. Os estudantes interessados são encorajados a submeter as suascomposições aos Escritórios do Ponto Nacional de Contacto para a SADC ou Ministérios deEducação no seu respectivos países. A data limite para entrega é 31 de Maio de 2005.

Três vencedores da competição terão a única oportunidade de receber os seus prémiosna abertura oficial da Cimeira da SADC em Gaborone, Botswana, em Agosto deste ano.

Não haverá mais espectáculos públicos para Mamã África

homenagem aos zambianos pelo seupapel na luta da África do Sul contra oapartheid. Ela exprimiu a suapreocupação pelas taxas crescentes deinfecções do HIV/SIDA entre os jovensna região.

A música de Makeba leva os ouvintesa uma jornada sentimental aos eufóricosdias em 1950 quanto se juntou aosManhattan Brothers, levando-á a umacarreira brilhante que durou décadas desucessos musicais em África e noestrangeiro.

Mamã África, como ela é conhecida,provou ser uma talentosacondutora cujo estilocontinua intocável pela suaidade. A sua autênticamelodia africana persistee forma uma marcaregistrada pessoal.(Southern Times) ❒

SADC TODAY, Fevereiro 2005 13

SADC lança competição de composições 2005

Vai ser lançada a poolde agências noticiosasda SADC (SANAP)

Jornalistas da região reuniram-se naÁfrica do Sul, em Janeiro, para dis-cutir planos para o lançamento de

uma agência de notícias regional, a poolde agências noticiosas da SADC(SANAP).

Com a sua sede em Moçambique,espera-se que a SANAP melhore a dis-seminação de notícias pelos países daregião e fortalecer a apresentação deinformação com uma perspectivaafricana.

Embora as agências nacionais denotícias tentaram anteriormente fazeracordos bilaterias para a partilha de notí-cias, houve vários impedimentos. Emmuitos casos, a troca de informação erainformal e com parcos recuros. Fossosde informação prevalecem em muitospaíses da SADC, onde as pessoas podemnão saber muito sobre os acontecimen-tos dos países vizinhos.

De forma geral, os professionais dacomunicação social acolheram os planospara o fortalecimento da partilha de notí-cias na África Austral. O Editor Gestorda Agência de Notícias da Namíbia( N A M PA), Farai Munyuki, que hámuitos anos tem sido um proponente dapartilha de informação, exprimiu aesperança de “um centro regional denotícias irá facilitar uma maior partilhade informação.”

John Mukela, Director Executivo docentro de formação de jornalistas paraÁfrica Austral (NSJ) baseada emMaputo, disse que enquanto alguns país-es da SADC fizeram avanços significa-tivos em tecnologia, facilitando assimuma maior partilha de informação, out-ros continuam atrasados. (Herald) ❒

Na sua cimeira em Agosto de 2004os chefes de estado e governo daSADC aprovaram o hino da

SADC, cuja letra e melodia expressam asesperanças e aspirações da região.

O hino é baseado num rítmo africano,que foi identificado como comum etradicionalmente praticado pelosafricanos na região da SADC.

Embora a combinação da letra emInglês com rítmos e melodias africanostenha sido um desafio, a tarefa foifinalizada com sucesso. A m e l o d i aevidencia o padrão do tambor africano,que reinforça o carácter africano do hino.

A cimeira aprovou que o hino serátocado em todos os eventos principaisda SADC, e em todas as escolasprimárias e secundárias no dia da SADC(17 de Agosto) e dia dos Artistas (14Outubro). ❒

Hino da SADC... evocando um rítmo africano

Miriam Makeba, a conceituadacantora sul-africana de renomeinternacional, anunciou que

vai-se reformar dos seus popularesespectáculos públicos após décadas aentreter a sua legião de fãs.

Ela disse que se concentraria emespectáculos para ocasiões especiaisenquanto os fãs relembram o seusingular historial que aplaude umavocalista dotada.

As últimas actuações públicasforam precisamente na Zâmbia, antigasede da luta de libertação contra oapartheid na África do Sul. Ela actuouao lado de artistas na véspera do A n oNovo e foi acolhida no PalácioPresidencial pela Primera Dama,Maureen Mwanawasa.

Recordando-se da sua história,Makeba aproveitou a oportunidadedurante o “show” para render

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Olhando para o lesteem busca do A D S

14 SADC TODAY, Fevereiro 2005

notícias brevesPELA REGIÃO

AÁfrica do Sul está confiante emresolver as reclamações de terrapelos cidadãos negros até ao

final do ano, pondo fim ao delicadoassunto no país anteriormente governadopor brancos, disseram fontesgovernamentais.

“Apesar de numerosos desafios, aComissão sobre a Devolução deDireitos de Terra está confiante emresolver todas as reclamações pendentes(dentro do prazo),.” Disse numcomunicado, após a sua primeirareunião do ano.

Um encontro de quatro dias foimarcado para ser acolhido pelaRepública Unida da Tanzania,

em Dar es Salam, em Janeiro, visandocentrar sobre o desenvolvimento agríco-la em África, sob os auspícios da NovaParceria para o Desenvolvimento daÁfrica (NEPAD). O encontro com oGrupo dos Oitos países mais industrial-izados do mundo (G8) visava identificaros factores chave no desenvolvimentoda agricultura em África, tendo partici-pado 18 países africanos. A Nepad é umquadro de trabalho pan-africano daUnião Africana, com vista a uma reno-vação continental. A sua prioridade éerradicar a pobreza e colocar os paísesafricanos numa rota de desenvolvimento

África do Sul vai resolver a disputa de terras

sustentável. Os chefes de estado e gover-nos da SADC tiveram uma cimeiraextra-ordinária em Dar es Salam no anopassado para planear o seu quadro deactuação para a segurança alimentar edesenvolvimento agrícola (Xinhua). ❒

Maurícias uma cíber-Ilha

As Maurícias vão-se tornar noprimeiro país do mundo a ter umacesso à cobertura nacional em

banda larga. Os potencias utentes deentre os 1.2 milhões de habitantes serãocapazes de conectar a Internet sem Redeem casa, no trabalho, na escola ou napraia – através de uma rede de “antenasinteligentes” dentro do raio decobertura.

A ADB Networks, que é o principalprovedor independente de serviçossediado na Ilha, encomendou ainstalação de um acesso nomádico embanda larga de uma companhia dosEUA.

AAngola mudou as suas prioridadesde desenvolvimento da guerrapara paz, e da emergência para

recuparação. Anunciando os planos dogoverno para 2005/6, o Ministro da A c ç ã oSocial, João Baptista Kussumwa, disseque a desminagem, reassentamento,

integração social de antigos militares epessoas vivendo com deficiencias serãouma prioridade. Ele ainda acrescentou odesenvolvimento infantil, protecção deidosos e o regresso de refugiados comooutras tarefas principais para 2005( A N G O P ) ❒

O chefe executivo da ADB, RizwanRahim, disse que a sua companhia tinhaolhado para outras opções de bandal a rga em alta velocidade, “no nossocenário, DSL e módem em cabo nãoeram opções viáveis.”

O terreno acidentado das Mauríciasrequer uma solução sem linha a vista einstalação custo eficiente.”

Rahim disse que o serviço em bandal a rga pode “chegar onde não existia,virtualmente de dia para noite,” comserviço portátil e ligação instantânea emtodo a Ilha, geralmente no mesmo dia quese encomenda o serviço.Ele disse que opreçario é competitivo (New Ziana) ❒

África atrai apoio do G-8

Do trabalho de emergência à recuperação

Os críticos têm dito que o governoestá sendo muito moroso em lidar com areforma agrária e que uma acção urgenteé vital para se evitar recuperaçõesforçadas tais como as que aconteceramno Zimbabwe.

Uma década após o fim do reinado daminoria do apartheid, muitos farmascomerciais na maior economia africanacontinuam nas mãos de farmeirosbrancos e o governo está a trabalhar paraprovidenciar terra às pessoas despojadaspelos antigos governantes. ( S o u t h e r nTimes). ❒

Três países da região da SADC têmum Estatuto de Aprovação noDestino (ADS) que facilita as

chegas turísticas da China, e alguns estão aestreitar ligações aéreas para este fim.

A Air Zimbabwe iniciou vôos directospara Beijing em Dezembro, e as LinhasAéreas Sul-Africanas opera vôos departilha de passageiros com a CathayPacific para Hong Kong, com ligações àB e i j i n g .

O chefe executivo da Agência deTurismo da Tanzania (TTB), PeterMwenguo, disse que o seu país estátambém a considerar vôos directos paraBeijing para tirar proveito do seu novoestatuto para atrair o potencial afluxo deturistas chineses a visitar as suas áreas deconservação e selvagens tais como ofamoso Parque Nacional de Serengeti, aReserva de Caça Selous (a maior nomundo) e tantas outras, como também aIlha de Zanzibar.

Por esta razão, a TTB planeia participarno Mercado de Viagens e TurismoInternacional de Beijing (BITTM), a únicaexposição chinesa para o estrangeiro,marcada para Abril deste ano.

A BITTM é meramente uma feiracomercial com uma projectadaparticipação de 20,000 professionaischineses de viagens e turismo, incluíndo oServiço de Viagens Internacional da China(CITS), a maior operadora no mercadoc h i n ê s .

Os relatórios sobre mercados mostramque o turismo chinês ao estrangeiro em2003 gerou mais de 23 milhões de saídas,com cerca de 16 biliões de dólaresamericanos dispendidos no exterior. Cercade 80 destinos estrangeiros receberam aaprovação dp governo chineês para oestatuto ADS este ano, incluíndo osEstados Unidos, Austrália e Europa,excepto para o Reino Unido que estevecauteloso acerca de imigração e imigrantesi l e g a i s (Southern Times, BBC Wo r l d ) .

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Orçamentando para o HIV/SIDA

PUBLICAÇÕES

Publicações e aquisições recentesCommemorations of Mwalimu JuliusKambarage Nyerere’s 79th and 80thBirth Dates Mpangala, Gaudens P; Mwansasu,Bismarck U e Maundi, Mohamed O,2004Disponível na: Fundação MwalimuNyere, 6 Sokoine Drive, C.Postal 7100,Dar es Salam, TanzaniaEmail: [email protected]: www.nyererefoundation.org.tz

Globalization and the Southern AfricanEconomiesLundahl, Mats (Eds), 2004Disponível na: Instituto Nórdico paraÁfrica C.Postal 1703 SE-75147Uppsala SuêciaEmail: [email protected]: www.nai.uu.se

Multilateral Framework for CompetitionPolicy: where do African Consumers Stand?Escritório da Consumers International paraÁfrica, 2004Disponível na: Escritório da ConsumersInternational para África, 31 A LincolnRoad, Belgravia, C.Privada A6215,Avondale, Harare, ZimbabweEmail: [email protected]: www. c o n s u m e r i n t e r n a t i o n a l . o rg / r o a f

Update on the Status of Member StatesSignatures and Ratifications of andAccessions to the SADC Treaty, Protocolsand other Legal InstrumentsSADC, 2004Disponível na: Secretariado da SADCC.Privada 0095 Gaborone, BotswanaEmail: [email protected]: www.sadc.int

revisão de livros

orçamentados. Os governos têm sistemas inadequados para rastreara alocação de recursos para o HIV/SIDA.

Um dos principais resultados foi de que até recentemente muitospaíses em África focalisaram na prevenção do que tratamento, e ospaíses africanos foram mais lentos em comprometerem-se noprovimento do tratamento anti-retroviral (ARV) para pessoas quevivem com HIV/SIDA.

Outro importante resultado do relatório é de que aumentando osincrementos de alocações que estão sendo feitos para o HIV/SIDApodem espremer outras áreas prioritárias de saúde. Em todos ospaíses, os pesquisadores observaram que isso não foi correspondidopor um aumento comunserável de alocações para todod o sector dasaúde.

O relatório apela para reformas orçamentais e maiortransparência de alocações para e real dispêndio no HIV/SIDA.

“Respostas efectivas dos governos ao SIDA requerem quesaibamos de onde o dinheiro vem, e onde vai, e quão bem está sendogasto,” diz o relatório, que exorta os países africanos a aumentar osseus cometimentos financeiros em intervenções no HIV/SIDA.

O estudo, levado a cabo por institutos independentes em cadapaís, foi coordenado em conjunto pelo Instituto para Democracia naÁfrica do Sul (IDASA) e o Centro de Analisis e Investigacion(FUNDAR) no México. (Review feito por Chipo Muzeva). ❒

Financiando a Luta: Orçamentanto para o HIV/sida em Países emDesenvolvimento. Te resa Guthrie e Alison Hickey (Eds), 2004. IDASA, 6 Pin Street, Cidade doCabo, África do Sul.Email: [email protected], Website: www. i s a d a . o rg . z aEstudo nacional de Moçambique a ser publicado em Português pela SARDC,2005. Financiando a Luta Contra a Sida: Relatório Sobre Moçambique.

Revisitar os modelos e processos de orçamentação estatal parase enfrentar novas prioridades no financiamento da prevenção,tratamento, apoio e cuidados aos infectados e afectados pelo

HIV/SIDA, é uma prioridade urgente para a África A u s t r a l .Esse foi um factor na declaração histórica dos Chefes de Estado

e Governo da SADC em Maseru, Lesotho, em Julho de 2003(Declaração de Maseru) que, entre outros, procura intensificar amobilização de recursos através da alocação de pelo menos 15porcento dos orçamentos estatais para melhorar o sector da saúde,adoptando uma abordagem multi-sectorial.

Um recente estudo sobre Financiando a Luta: Orçamentandopara o HIV/SIDA em Países em Desenvolvimento mostra osresultados de uma análise comparativa dos orçamentos para oHIV/SIDA, levado a cabo em quatro países africanos(Moçambique, Namíbia, África do Sul e Quénia) e cinco países naAmérica Latina.

O estudo revelou que os governos africanos estão cometidos nocombate ao alastramento do HIV/SIDA no continente, mas têmpouco dos seus próprios fundos para dispender em programas deintervenção.

O relatório revela que a prioridade dada aos programas deHIV/SIDA nos orçamentos nacionais variam significativamente.Os orçamentos de saúde nos países africanos, com excepção daÁfrica do Sul, tendem a depender mais em fundos dos doadores,enquanto nos países da América Latina, com excepção daNicaragua, os orçamentos são principalmente financiados atravésde rendimentos do estado.

O estudo nota que embora os países em ambas asregiõesdesenvolveram compreensivos planos e programas nacionaisestratégicos do HIV/SIDA, estes foram pobremente custeados e

SADC TODAY, Fevereiro 2005 15

Institutions and Development in AfricaMbaku, John Mukum, Asmara, Africa WorldPress, Inc, 2004Disponível na: Africa World Press, IncC.Postal 1892, Trenton, Nova Jérsia 08607Email: [email protected]: www.africanworld.com

Mainstreaming Gender in the Response toAIDS in Southern Africa: a Guide for theIntergration of Gender Issues in the Work ofAIDS Service OrganisationsÁfrica Austral AIDS Trust, 2004Disponível na: SAT, 3 Luck Street, Kopje,Harare, ZimbabweEmail: [email protected]: satregional.org

Malawi National Strategies for SustainableD e v e l o p m e n tDepartamento de Assuntos Ambientais, 2004Disponível na: Ministério das Minas, RecursosNaturais e Ambiente, Departamento deAssuntos Ambientais, C.Privada 349,Lilongwe 3, MalawiEmail: [email protected] . m wWebsite: www.sdnp.org.mw

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diárioSADC

16 SADC TODAY, Fevereiro 2005

Feriados Nacionais nos Países da SADC no período entre Março – Abril 2005

3 Março Dia dos Mártires Malawi8 Março Dia da Mulher Angola12 Março Dia Nacional Maurícias21 Março Dia dos Direitos Humanos África do Sul21 Março Ougadi Maurícias21 Março Dia da Independência Namíbia25 Março Sexta-feira Santa Todos os países excepto

Moçambique, Maurícias e RDC26 Março Feriado Nacional Botwsana26 Março Sábado Santo Zámbia28 Março Segunda-feira de Páscoa Todos os países excepto

Moçambique, Maurícias e RDC28 Março Dia da Família África do Sul4 Abril Dia da Paz e Reconciliação Nacional Angola7 Abril Dia da Mulher Moçambicana Moçambique18 Abril Dia da Independência Zimbabwe19 Abril Aniversário do Rei Suazilândia25 Abril Dia da Bandeira Suazilândia26 Abril Dia da União Tanzania27 Abril Dia da Liberdade África do Sul30 Abril Dia da Educação e

Juventude RDC

Lista de Moedas

País Moeda (US$1)

África do Sul Rande (100 céntimos) 5.82Angola Kwanza (100 lwei) 85.94Botswana Pula 4.35RDC Franco Congolês 449.00Lesotho Maloti (100 lisenti) 6.10Madagascar Franco Malgaxe 9,400.000Malawi Kwacha (100 tambala) 108.00Maurícias Rupia (100 céntimos) 28.24Moçambique Metical (100 centavos) 18,600.00Namíbia Dólar (100 céntimos) 6.18Suazilândia Lilangeni (100 céntimos) 5.77Tanzania Xélim (100 céntimos) 1,049.50Zámbia Kwacha (100 ngwee) 4,710.00Zimbabwe Dólar 6,200.00

7 January 2005

Agenda da SADC 2005 Evento Local

Fevereiro 2 Cimeira Mundial Sobre Sociedades de Informação Conferência Regional Africana Gana

21-25 Conselho de Ministros da SADC Maurícias

22-24 Reunião Mista da SADC/Autoridade Inter-governamental de Desenvolvimento (IGAD)

sobre Gestão Sustentável de Terras Etiópia

23 Troika de Funcionários Séniores da UE/UA Luxemburgo

28 Fev-11 Março 49ª Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher: Beijing + 10 ONU, Nova Iorque

Março 1-5 Fórum Global sobre a Revisão do Progresso da Mulher em Gestão Florestral desde Beijing 1995 Uganda

10-11 Reunião do Consórcio da SADC para Conservação do Rinoceronte Zimbabwe

14-15 Reunião de Parceiros da SADC/NEPAD em Pesquisa Agrícola Botswana

31 Reunião de Revisão sobre Biodiversidade SADC/IUCN/PNUD Botswana

Abril 6-7 Comité Instalador do Projecto de Apoio da Educação Ambiental da SADC Moçambique

11-22 Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável ONU, Nova Iorque

25-27 Conferência Consultiva da SADC 2005 Maurícias

28 Fórum SADC/Índia Maurícias