estranheza original da sua obra, tão séria e tão divina, tão
TRANSCRIPT
2 32
Gil Vicente é a primeira voz da nossa alma ralhando ao corpo decaído. É uma figura imensa, cheia de caras, como um arraial. Algumas riem-se do clero e da nobreza; satirizam-lhe os defeitos; outras, rezam à Virgem as mais divinas orações. E nos seus versos percute-se ainda a luz, a graça dionisiana… Para Gil Vicente, o Passado não é sombra morta; é um clarão risonho e matinal, a cingir-lhe a fronte pensativa. Daí a estranheza original da sua obra, tão séria e tão divina, tão humana e a sorrir!… Gil Vicente é um foragido do Passado, que traz consigo todos os mortos a cantar. Rege uma orquestra de figuras desenterradas do seu ser. A sua Obra é um coro de mil vozes espectrais, erguidas num cemitério campesino, onde jazem os filhos do Povo. Ele possui a turba portuguesa, como nós possuímos as nossas vísceras. É um poeta coletivo. Não tem perfil individual. Impossível conceber o seu retrato, fazer uma ideia da sua pessoa… É mancha indecisa de vultos e rumorosa de vozes. Ouvem-se risos, pragas, blasfémias, queixumes, e orações de enternecer a Virgem Mãe até às lágrimas… Eis aí o tumulto vivo dos seus Autos.
teixeira de pascoaes Os Poetas Lusíadas (1919)
1
2 32 3
JANEIROMARÇO 2012 Teatro
Nacional São João
Teatro Nacional São João
Teatro Nacional São João
Teatro Nacional São João
Teatro CarlosAlberto
Teatro Nacional São João
Teatro Nacional São João
Teatro CarlosAlberto
Teatro CarlosAlberto
Teatro CarlosAlberto
MosteiroSão Bentoda Vitória
MosteiroSão Bentoda Vitória
Teatro Nacional São JoãoSalão Nobre
Teatro Nacional São JoãoSalão Nobre
NADIR AFONSO –O TEMPO NÃO EXISTEum filme de Jorge Camposcoprodução Fundação Nadir Afonso, Vigília Filmes, ESMAE – Laboratórios Multimédia/Departamento de Artes da Imagem
EXAcTAMENTE ANTuNESde Jacinto Lucas Piresa partir de Almada Negreirosencenação Cristina Carvalhal, Nuno Carinhasprodução TNSJ
Encontro no Dia Mundial do Teatro
OS TEATROS DOPORTO EM 2012organização TNSJ
OfICINAS dE TEATRO, VOz, MOVIMENTO E MARIONETASorganização TNSJ
AlMA
de Gil Vicenteencenação Nuno Carinhasprodução TNSJ
ESTADOS D’AlMA
conferências de D. Manuel Clemente, Alberto Pimenta, José A. Cardoso Bernardes, Nuno Carinhas, Clara Pinto Correia, Fátima Sarsfield Cabral, Frei Bento Dominguesorganização TNSJ
AREIA
direção artística André Braga, Cláudia Figueiredocoprodução Circolando, TNSJ
QuEM TE PORá cOMO FRuTO NAS áRvORESa partir de Ruy Belodireção João Cardosocoprodução ASSéDIO – Associação de Ideias Obscuras, TNSJ
OS JuRAMENTOS INDIScRETOSde Marivauxencenação José Peixotocoprodução Teatro dos Aloés, TNSJ
OvO
encenação e dramaturgia Edgard Fernandes, Eric de Sarria, Rui Queiroz de Matos, Sara Henriques, Shirley Resendecoprodução Teatro de Marionetas do Porto, TNSJ
ESTA é A MINhAcIDADE E Eu QuERO vIvER NElAcocriação e direção Joana Craveirocoprodução Teatro do Vestido, TNSJ
6+7 Jan 2012
13 Jan 12 fev2012
27Mar2012
JanMai2012
9 Mar-1 Abr12-28 Abr2012
17+24 Mar2012
19-29 Jan2012
16-26 fev2012
8-18 Mar2012
10-26 fev2012
27-30 Mar2012
6-29 Jan 2012
7 Jan 2012
NADIR AFONSO – NO TEMPO E NO lugARexposição de fotografias de Olívia Da Silva
NADIR AFONSOcONvERSA cOM AgOSTINhO SANTOS
um livro de Agostinho Santosapresentação João Fernandes
NADIR AFONSO: INTIMIDADE(S)
MosteiroSão Bentoda Vitória
lEITuRAS NOMOSTEIROcoordenação Nuno M Cardoso, Paula Bragaorganização TNSJ
10 Jan 20 Mar2012
44
cONFERêNcIA DE IMPRENSAtexto e encenação Alvaro García de Zúñigaprodução São Luiz Teatro Municipalem parceria com TNSJ
A vOz huMANA
de Jean Cocteauencenação Carlos Pimentainterpretação Emília Silvestrecoprodução Ensemble – Sociedade de Actores, São Luiz Teatro Municipal, Temps d’Images/DuplaCena, TNSJ
SOMbRAS
uma criação de Ricardo Paisprodução TNSJem coprodução com Centro Cultural Vila Flor, Teatro Viriato, São Luiz Teatro Municipal
AREIA
direção artística André Braga, Cláudia Figueiredocoprodução Circolando, TNSJ
Centro Cultural Vila flor Guimarães
ESTRANgEIROS
direção e coreografia Né Barroscoprodução Balleteatro, Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, TNSJ
28 Jan 2012
fora de Portas
São Luiz Teatro Municipal Lisboa
SESC Pinheiros Teatro Paulo Autran São Paulo, Brasil
Teatro VirgíniaTorres Novas
Teatro Municipal de Bragança
SESC Santos Brasil
Teatro Municipal de Bragança
Cine--Teatro de Estarreja
Centro Cultural de Belém Lisboa
12-15 Jan 2012
13-22 Jan 2012
13+14 Jan 2012
10Mar2012
28+29Jan 2012
18fev2012
24Mar2012
5-11Mar2012
MEcENaS TNSJO TNSJ é MEMBrO Da
6 76 7
NADIR AFONSO: INTIMIDADE(S)
Teatro Nacional São João
6-29 Jan 2012
produção TNSJ
em parceria
com Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo/Instituto Politécnico do Porto, Vigília Filmes
colaboração Fundação Nadir Afonso, Câmara Municipal de Boticas
O diálogo da pintura com as artes performativas tem sido uma das obsessões da programação mais recente do TNSJ. Lembremos Les Corbeaux, onde o corpo-pincel do coreógrafo Josef Nadj dançava sobre uma tela. Ou a exposição Role-Playing, com os quadros de Sara Maia a estabelecerem contrapontos visuais à leitura diferida de Diálogo no Pântano de Marguerite Yourcenar. Sem esquecer Vicente, a exposição de Ilda David’ que abria caminho para o interior de Breve Sumário da História de Deus de Gil Vicente. Conversas sem fronteiras, expressão que poderíamos aplicar a Nadir Afonso: arquiteto, ensaísta, pintor, autor de uma obra estruturada no contexto artístico internacional com persistente pioneirismo, construída em total liberdade, o que lhe permitiu manter,
em paralelo, várias orientações e linhas de trabalho. No ano em que comemora o seu 92.º aniversário, dedicamos-lhe um programa indisciplinado que nos coloca no interior do seu processo criativo. Homenagem? Sim, no sentido em que tornamos público um ato de gratidão. Um filme, uma exposição de fotografias e um livro. Três modos complementares de aceder à intimidade de uma vida e de uma obra. Bem-vindos à cultura da invenção e ao culto da exatidão de Nadir Afonso.
8 98 9
Teatro Nacional São João
Teatro Nacional São João
Salão Nobre
Teatro Nacional São João
Salão Nobre
6+7 Jan 2012
sex+sáb 21:30
6-29 Jan 2012
qua-sáb 14:00-20:00dom 14:00-15:00
7 Jan 2012
sáb 16:00
fotografias
Olívia Da Silvamúsica Dimitris Andrikopoulosdireção de
fotografia
Carlos Filipe Sousacâmara João Paulo Gomes
assistente
fotográfico
João Paulo Gomes
apresentação
João Fernandes
som Fernando Teixeiramontagem
José Alberto Pinheiroleitura de textos
de Nadir Afonso
José Carlos Tinoco
instalação
João Mendes Ribeiro, Catarina Fortuna
edição
Âncora Editora
Jorge Campos volta a um lugar onde já foi feliz, e esse lugar chama-se Nadir Afonso, título do filme que rodou em 1993 para a RTP. Passados quase 20 anos, o realizador reencontra o pintor para provar que O Tempo não Existe, que tudo é espaço e movimento. Observou pacientemente o seu dia-a-dia na companhia da família, ouvindo-o e vendo-o deambular em volta da pintura, mergulhando nas suas raízes rurais. E contrapôs a radicalidade geométrica da obra pictórica às imagens e sons da paisagem física e humana de Trás-os-Montes, campo e contracampo da essência matemática da arte e da natureza, não por acaso o centro de gravidade da poética de Nadir Afonso. Depois de O Meu Coração Ficará no Porto, filme
Dando continuidade ao seu trabalho de investigação sobre representação fotográfica e identidades pessoais, Olívia Da Silva aceitou o desafio e o privilégio de fotografar Nadir Afonso. No tempo e no lugar é uma forma de fazer parte sem invadir, de poder captar as observações diegéticas do pintor como se este apenas falasse consigo e com as suas palavras entrasse dentro dos quadros por instantes.
Percorreu com ele um monumental Itinerário (com)sentido (Afrontamento, 2009), que reunia reproduções de pinturas e desenhos, fotografias, depoimentos, textos críticos e uma longa entrevista, álbum que o tempo se encarregará de tornar indispensável em qualquer biblioteca de arte contemporânea. No volume que agora apresentamos, o jornalista Agostinho Santos continua a dar voz a uma espécie de “radiografia inacabada” sobre o percurso pessoal
dedicado a Humberto Delgado que o TNSJ exibiu em 2010, Jorge Campos recoloca o documentário português à procura do seu tempo. A anteceder a projeção, Miguel Amaral interpreta Clamor para Guitarra Portuguesa e Eletrónica, de Dimitris Andrikopoulos, compositor que assina a música original de O Tempo não Existe.
Célere, a câmara foi capaz de captar o momento fugaz em que o pintor esteve lá e nos olhou para que percebêssemos que ambos são um só: linhas e cor. No tempo e no lugar discute o modo como o discurso coloca o sujeito dentro e fora do objeto produzido, e nesse movimento intensifica a relação deíctica como percecionamos o homem e a obra. Embrulhados a olhar.
e artístico de Nadir Afonso. Resultado de intermináveis horas de conversa, este livro desafia a linearidade do tempo e a rigidez das fronteiras geográficas: viaja por Chaves, passa pelo Porto, deambula por Paris, aterra nas cidades brasileiras do Rio de Janeiro e São Paulo, e regressa a Cascais, aos dias de hoje, onde o pintor vive e trabalha. Ao sabor das memórias de Nadir, Agostinho Santos redescobre, neste frente a frente pessoal e transmissível, uma personalidade ainda e sempre desconcertante, inquieta, frontal.
FILME | EstrEIa absoLuta
NADIR AFONSO – O TEMPO NÃO EXISTE
ExposIção
NADIR AFONSO – NO TEMPO E NO lugAR
aprEsEntação do LIvro
NADIR AFONSO cONvERSAcOM AgOSTINhO SANTOS
rEaLIzaçãoJORGE CAMPOS
FotograFIas dE OLíVIA DA SILVA
dE AGOSTINHO SANTOS
produtores José Quinta Ferreira, José Alberto Pinheirocoprodução
Fundação Nadir Afonso, Vigília Filmes, ESMAE – Laboratórios Multimédia/
Departamento de Artes da Imagem
dur. aprox. 55’M/6 anos
10 1110 11
Teatro Nacional São João
dE JACINTO LuCAS PIRES
a partIr dE Nome de GuerrA, dE ALMADA NEGREIROS
EncEnação CRISTINA CARVALHAL NuNO CARINHAS
13 Jan 12 fev2012
qua-sáb 21:30dom 16:00
cenografia
e figurinos
Nuno Carinhasdesenho de luz
Nuno Meiradesenho
de som
Francisco Lealpreparação
vocal
e elocução
João Henriques
interpretação
Joana Carvalho, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Lígia Roque, Mané Carvalho, Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes
produção TNSJ
estreia 17Mar2011tnsJ (porto)
dur. aprox. 1:30M/12 anos
O ano começa com um portuguesíssimo ponto de interrogação, um “o quê com letra maiúscula”: Antunes, provinciano sacudido pelos acasos da sorte numa capital de mulheres da vida e outros figurões, homem em luta livre consigo mesmo, criatura que descobre a grande pergunta da identidade. Mas não há apenas um imenso ponto de interrogação na ágil reescrita que Jacinto Lucas Pires fez desse peculiar romance de aprendizagem que é Nome de Guerra (1925), obra do génio multifacetado chamado Almada Negreiros: há também pontos de exclamação direitinhos e pontos de interrogação de pernas para o ar, sinais de caveira e cardinal, bombas,
asteriscos. Exactamente Antunes tem qualquer coisa de BD, é certo, mas pisca também o olho à comédia romântica, ao folhetim realista, à tragédia grega, ao melodrama, à farsa musical, ao baile de máscaras – não sendo exactamente nenhuma destas coisas. “Tudo isto é um jogo extraordinariamente lúdico sobre coisas muito sérias”, avisam-nos Nuno Carinhas e Cristina Carvalhal, cuja encenação faz do palco vazio do São João não apenas a metrópole boémia ou a fantasmática aldeia de Antunes, mas também (e sobretudo) o interior de uma cabeça. “Minhas senhoras e meus senhores, vai (re)começar!”
EXAcTAMENTE ANTuNES
12 1312 13
Teatro CarlosAlberto
CRIAçãO COLETIVA
dIrEção artístIca ANDRé BRAGACLáuDIA FIGuEIREDO
19-29 Jan 2012
qui-sáb 21:30dom 16:00
direção
e conceção
plástica
André Bragadramaturgia
Cláudia Figueiredocomposição
musical
Tó Tripsvídeo João Vladimiro
realização
plástica
Nuno Guedes Nuno Brandão Sandra Nevesdesenho de luz
Cristóvão Cunhadesenho
de som
Harald Kuhlmann
interpretação
André Braga Tó Trips
coprodução
CircolandoCCB TNSJ
M/12 anos
No princípio era uma imagem – a imagem de uma imensa ampulheta que faz escorrer areia sobre um homem. No princípio era também um desejo – o desejo de refletir sobre temas e motivos que associamos a esta matéria: o tempo, o silêncio, a secura, a aridez, a fragilidade, a morte, a origem, o deserto. “Um dia, partiu em demanda do seu deserto”, escreveu Jorge Luis Borges numa das suas parábolas circulares. Com Areia, a Circolando responde a essa espécie de chamamento: aprofundando todo o investimento criativo que vem realizando no cruzamento da dança, das artes plásticas e do teatro de objetos, a companhia portuense – não por acaso,
uma das estruturas que entre nós mais se têm afirmado internacionalmente – ruma agora ao seu deserto, e explora cenicamente esculturas em areia e o vidro, cuja matéria-prima é precisamente a areia. Uma travessia empreendida a solo por André Braga, que partilha a direção artística com Cláudia Figueiredo e o palco com Tó Trips, o guitarrista da misteriosa cartola dos Dead Combo, para nos fazer descobrir o deserto como o lugar onde nos podemos perder – ou achar.
AREIA
14 1514 15
Mosteiro São Bento da Vitória
a partIr dE uMa IdEIa orIgInaL dE ERIC DE SARRIA
EncEnação E draMaturgIa EDGARD FERNANDES ERIC DE SARRIA RuI QuEIROZ DE MATOS SARA HENRIQuES SHIRLEy RESENDE
10-26 fev 2012
qua-dom 21:30
música @c (Pedro Tudela e Miguel Carvalhais)marionetas e
objetos cénicos
Rui Pedro Rodrigues
vídeo
Albert Comafigurinos
Eugenia Piemontesedesenho de luz
Eric de Sarria, Rui Pedro Rodriguesconselheira
artística
Isabel Barros
interpretação
Edgard Fernandes, Rui Queiroz de Matos, Sara Henriques, Shirley Resende
No início desta história encontramos um homem – um ator, um marionetista? – que cai, o seu crânio abre-se e o que resta da sua memória esvai-se no chão. Perde a noção do futuro, apenas o passado e os seus automatismos persistem. E o tempo expande-se, como por vezes acontece nas boas histórias. A sua vida, de que não restam mais do que as ruínas da memória, estilhaça-se e é reconstituída por quatro personagens. Nesses instantes em que tudo se constrói e desconstrói, as fronteiras entre os mundos tornam-se cada vez mais permeáveis. O palco é o espaço interior povoado de personagens engendradas pelo inconsciente, mas capturadas no mundo da representação
teatral. Partindo de uma ideia original de Eric de Sarria – um dos colaboradores mais próximos do marionetista francês Philippe Genty –, Ovo tem dentro de si uma ideia de recomeço. É o primeiro espetáculo do Teatro de Marionetas do Porto sem a assinatura de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010). Como sabemos, as marionetas não morrem. O legado de Seara Cardoso também não. Em Ovo, existem coisas que dão origem a outras coisas, e o futuro da companhia é seguramente uma delas. Excelentes notícias para o teatro português.
EstrEIa absoLuta
OvO
coprodução
Teatro de Marionetas do Porto, TNSJ
dur. aprox. 1:00M/12 anos
16 1716 17
Teatro CarlosAlberto
a partIr dE Ruy BELO
dIrEção JOãO CARDOSO
16-26 fev 2012
qua-dom 21:30
dramaturgia
e assistência
de encenação
Constança Carvalho Homemespaço cénico
e figurinos
Sissa Afonso
desenho de luz
Nuno Meirasonoplastia
Francisco Leal vídeo
Alberto Plácido
interpretação
João Cardoso, Raquel Rosmaninho, Rosa Quiroga, Rui Spranger
EstrEIa absoLuta
QuEM TE PORá cOMO FRuTO NAS áRvORES
coprodução
ASSéDIO – Associação de Ideias Obscuras, TNSJ
dur. aprox. 1:00M/16 anos
Ao longo de um percurso com pouco mais de uma década, foram várias as aproximações que a ASSéDIO promoveu a ficções exteriores ao universo estritamente dramático. Recordemos Doze noturnos em teu nome (2001), a partir de textos de Maria Gabriela Llansol, ou o mais recente O olhar diagonal das coisas (2008), a partir da poesia de Ana Luísa Amaral. Nem dramas com personagens, nem tão pouco recitais, mas objetos disruptivos que ensaiavam diversos modos de fazer teatro, por outras interpostas palavras. Quem te porá como fruto nas árvores visita agora os vértices mais inequívocos e os motivos mais procurados da obra poética de Ruy Belo (1933-1978), construindo-lhe um percurso que transcenda o exercício da declamação, que surja antes da confluência entre as artes cénicas e as artes visuais, trazendo à composição de uma paisagem múltipla o trabalho do videasta Alberto Plácido. Poeta do confronto entre a humanidade e a transcendência, mas também atento desenhador do quotidiano, dos lugares da memória, dos milagres da natureza, e voz aguda da inquietação intelectual e amorosa, Ruy Belo é aqui celebrado para lá do reconhecimento académico ou da leitura privada.
18 1918 19
Teatro Carlos Alberto
8-18Mar 2012
qua-sáb 21:30 dom 16:00
dE MARIVAux
EncEnação JOSé PEIxOTO
tradução
Maria João Brilhante
cenografia
e figurinos
Marta Carreirasmúsica Luís Cília
desenho de luz
Jochen Pasternaki
interpretação
Adriana Moniz Carla Chambel Carlos MalvarezJorge Silva José Peixoto Nuno Nunes Sara Cipriano
coprodução
Teatro dos Aloés, TNSJ
dur. aprox. 2:00M/12 anos
O Teatro dos Aloés visitou-nos pela primeira vez em 2010, trazendo na bagagem textos de David Harrower (Facas nas Galinhas) e Athol Fugard (Canção do Vale). Agora, promove dentro das nossas portas a estreia de Os Juramentos Indiscretos (1732), comédia em cinco atos que é um testemunho vivo da genialidade dramática de um autor conhecido pela sua muito particular “metafísica do coração”. Observador atento da alma humana e de todas as cavidades onde escondemos o amor quando receamos mostrá-lo, Marivaux legou-nos esta preciosa indiscrição: “Todas as minhas comédias têm como objetivo fazer sair o amor desta espécie de prisão”. Os Juramentos Indiscretos coloca em
Marivaux não visita muito frequente-mente os palcos portugueses. assim, sempre que me arrisco a levá-lo a cena há sempre alguém que me pergunta as razões dessa tão manifesta afeição. a primeira coisa que me ocorre dizer é que Marivaux é um autor inteligente, mesmo muito inteligente, ardiloso e divertido, e que é um grande prazer vê-lo representado, porque em cena é muito mais surpreendente que na leitura. Marivaux precisa de atores e de uma atenta análise das suas palavras, porque é complexo e profundo, realista e contraditório, não se sabendo nunca onde termina a realidade e começa a especulação, a fantasia ou mesmo a mentira dos comportamentos humanos. Marivaux vai ao fundo do coração das suas personagens e a sua escrita é um processo de descoberta e revelação dos nossos comportamentos. Marivaux é porém um autor experimental. Não parte só da observação, limitando-se a constatar a realidade e transferindo-a para cena. Marivaux faz da cena um laboratório onde cria condições psicológicas, sociais e políticas. E, nesse quadro de vida artificialmente preparado, coloca as suas personagens e deixa-as agir e reagir livremente, ficando do lado de fora, qual cientista observador que manipula a realidade para dela tirar conclusões. as personagens seguem os seus caminhos e as suas opções. Vão descobrindo-se e surpreendendo-se com as suas descobertas, e as suas surpresas são para elas e para nós um processo de autoconhecimento e de aprendizagem. atribuem a Marivaux
EstrEIa
OS JuRAMENTOS INDIScRETOS
cena dois jovens, Damis e Lucile, que começam por elaborar um estratagema que impeça um casamento imposto pelos seus pais. Mas as suas intenções são frustradas, porquanto qualquer sentimento negado no primeiro ato se vem a revelar numa paixão intensa ao longo da peça. Como é que o amor nasce e se esconde? Como transformar o palco no lugar onde o fingimento gera uma verdade? Como inscrever numa história do séc. XVIII a angústia e a alegria dos corpos de hoje? Para responder a estes e outros pontos de interrogação, o encenador José Peixoto e a sua trupe regressam ao Porto.
a “especialidade” do estudo do amor e das suas surpresas, algo de eterno no ser humano, fazendo disso a sua permanente “atualidade”. Mas Marivaux não é apenas o poeta do sentir. O ardil da substituição dos amos pelos servos ou a imitação dos inerentes comportamentos é um inteligente processo da razão que observa uma sociedade que parece feliz e não quer mudar, e onde ele descobre os movimentos internos que anunciam uma grande mutação. No Inverno de 1985, vi em Paris Os Juramentos Indiscretos na magnífica encenação de alain Olivier. O espetáculo deslumbrou-me. Vi-o cheio de ternura pelo sofrimento de amor das personagens. Desde essa altura trago comigo o desejo de o encenar.
josé peixoto
20 2120 21
Teatro NacionalSão João
9 Mar-1 Abr12-28 Abr 2012
qua-sáb 21:30 dom 16:00
dE GIL VICENTE
EncEnação NuNO CARINHAS
dramaturgia
Nuno Carinhas Pedro Sobradofigurinos
Nuno Carinhascenografia
Pedro Tudeladesenho de luz
Nuno Meira
desenho
de som
Francisco Lealapoio linguístico
João Velosopreparação
vocal e
elocução
João Henriques
interpretação
Alberto Magassela, Fernando Moreira, Fernando Soares, João Castro, Jorge Mota, Leonor Salgueiro, Miguel Loureiro, Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes
produção TNSJ
M/12 anos
EstrEIa
AlMA
Tam depressa, ó delicada,alva pomba, pera onde is?Quem vos enganae vos leva tam cansadapor estrada,que somente nam sentisse sois humana?Nam cureis de vos matar,que ainda estais em idadede crecer.Tempo há i pera folgare caminhar:vivei à vossa vontadee havei prazer.gil vicente – Alma
A thing of beauty is a joy forever. Foi com este verso de John Keats – “Uma coisa bela é uma alegria que dura para sempre” – que o tradutor inglês do Auto da Alma, Aubrey Bell, descreveu há quase cem anos aquele que é considerado o cume do drama litúrgico português e uma das mais perfeitas realizações da arte medieval. Dois anos depois de se ocupar desse esplêndido mistério vicentino que é o Breve Sumário da História de Deus, transpondo-o para um universo concentracionário, de inquietantes ressonâncias auschwitzianas, Nuno Carinhas toma agora de Gil Vicente a sua Alma. Um auto escrito entre a composição da Barca do Inferno e da Barca do Purgatório, que ao contrário destas não situa a ação no território post mortem, mas recria a ancestral
metáfora da vida como peregrinação – um caminho de provação, mudança, descoberta. Com os seus diabos, anjos, doutores da Igreja e uma “Alma caminheira” que é, a um tempo, alegoria de todas as almas e expressão dramática de um carácter individual, Alma questiona, com rara força interpeladora, a natureza humana, a sua liberdade e o seu destino último, a sua inscrição no tempo e a sua demanda de eternidade. Uma obra imensamente divina, logo, profundamente humana, daquele que Teixeira de Pascoaes chamou “o mais Anjo e o mais Demónio de todos os poetas portugueses”.
24 2524 25
Teatro Nacional São João
17+24Mar 2012
sáb 16:00 17 Março D. MANuEL CLEMENTEALBERTO PIMENTAJOSé A. CARDOSO BERNARDESNuNO CARINHAS
24 MarçoCLARA PINTO CORREIAFáTIMA SARSFIELD CABRALFREI BENTO DOMINGuES, O.P.
coordenação
Pedro Sobradoorganização
TNSJ
Reduzida em dimensão – não atinge sequer a fasquia dos mil versos –, a Alma que Gil Vicente nos legou é afinal imensa. Os investigadores vicentinos não cessam de extrair sentido desse caso único na Copilaçam de Todalas Obras, um auto de forte carácter teológico e litúrgico hoje encarado como uma das grandes fontes do teatro peninsular dos séculos XVI e XVII. Do fundo do seu aparente anacronismo, continua a interpelar-nos quando lança em cena uma viandante que se perde e encontra, como se na história de uma Alma se concentrasse o grande teatro do mundo. No decurso da apresentação do espetáculo assinado por Nuno Carinhas, o TNSJ propõe uma transmigração desta Alma para a análise e o debate. Instalados no proscénio do São João, tendo por pano de fundo a cenografia de Pedro Tudela, convidados de várias ciências e procedências ajudam-nos a descodificar o genoma desta Alma tão irrecusavelmente portuguesa, mas
também (ou precisamente por isso) tão universal. No elenco de Estados d’Alma contam-se D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, para quem Gil Vicente é “um humanista de primeira e primeiramente um humanista”; o escritor, poeta e performer Alberto Pimenta, herdeiro, talvez, da mordacidade e irreverência vicentinas; o investigador José Augusto Cardoso Bernardes, que viu no Auto da Alma “a moldura doutrinal de toda a Compilaçam”; o Diretor Artístico do TNSJ, Nuno Carinhas, que encenara já, em 2009, Breve Sumário da História de Deus; a escritora e bióloga Clara Pinto Correia, cuja investigação científica a conduziu ao estudo do conceito de alma em várias épocas históricas; a psicanalista Fátima Sarsfield Cabral, que inquirirá a transformação de uma abstração que caminha em persona; e Frei Bento Domingues, um dos nossos teólogos mais atentos ao rumo do mundo contemporâneo, ao papel da cultura e ao perene mistério de existir.
conFErêncIas
ESTADOS D’AlMA
Alma, sombra de Deus, longe de Deus,
Sozinha, a percorrer mundos, estrelas, céus,
Errando, à triste sorte,De corpo em corpo, isto é,
de morte em morte…teixeira de pascoaes
26 2726 27
Mosteiro São Bento da Vitória
cocrIação E dIrEção JOANA CRAVEIRO
27-30 Mar 2012
ter-sex 21:30
figurinos e
movimento
Ainhoa Vidal
cocriação e
interpretação
Ainhoa Vidal, Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Rosinda Costa, Sofia Dinger, Tânia Guerreiro e criadores do Porto
Entre estadias, partidas e regressos, poderiam assumir-se como construtores de cidades, no sentido em que agem performativamente sobre elas, suscitando diálogos com as comunidades locais e produzindo reflexões éticas e estéticas sobre a contemporaneidade. O Teatro do Vestido é uma companhia multidisciplinar fundada em 2001 na cidade de Lisboa, a quem dedicaram as primeiras quatro edições de Esta é a Minha Cidade e Eu Quero Viver Nela. Existe um conceito transversal a todas elas: convidam criadores exteriores à companhia e durante duas semanas de trabalho intensivo concebem um projeto. Para esta edição especial no Porto, o Teatro do Vestido propõe-se descobrir uma cidade que lhe é, de certa forma,
estrangeira, com a ajuda de criadores que a ela pertencem, ou pertenceram, ou se encontram em processo de vir a pertencer. Conduzidos pelos seus olhos, memórias e interrogações, lançam-se como cegos numa cidade nova para poderem vir a desejar viver nela também. Como descobrir uma cidade? “As grandes cidades ensinam, educam, e não com doutrinas roubadas aos livros. Não há aqui nada de académico, o que é lisonjeiro, pois o saber acumulado rouba--nos a coragem”, responde-nos Robert Walser. Coragem – uma palavra-chave para conquistar território desconhecido.
ESTA é A MINhA cIDADE E Eu QuERO vIvER NElA
coprodução
Teatro do Vestido, TNSJ
M/4 anos
30 31
UM PAíS POR MêS: UM CLáSSICO E UM CONTEMPORâNEO(e março dedicado à dramaturgia portuguesa contemporânea)
ALEMANhA10 JanLeôncio e Lena, de Georg Büchner24 JanSangue no Pescoço do Gato, de Rainer Werner Fassbinder
áUSTRIA7 FevA Cacatua Verde, de Arthur Schnitzler21 FevO Jogo das Perguntas, de Peter Handke
PORTUgAL6 MarPeças breves de Abel Neves, Armando Nascimento Rosa, Fernando Moreira, Jacinto Lucas Pires, Miguel Castro Caldas, Patrícia Portela, Regina Guimarães e Saguenail20 MarSe o mundo não fosse assim, de José Maria Vieira Mendes
Quinzenalmente, nas noites de terça--feira, congrega-se no Mosteiro de São Bento da Vitória uma comunidade genuinamente ecuménica – gente de vários credos, idades, proveniências, unida pela aventura de ler e descobrir em voz alta textos dramáticos de épocas, autores, línguas e países diversos. Da Ordem de São Bento sobrevive, contudo, a profissão de fé: “a Escritura cresce com aqueles que a leem”. No primeiro trimestre do ano, a iniciativa promovida pelo centro de Documentação do TNSJ continua a dedicar um mês a um país diferente (2012 começa por atribuir o privilégio ao eixo austro-germânico), cruzando-se um clássico e um contemporâneo, mas em Março – altura em que o TNSJ estreia Alma, do dito “pai do teatro português” – as Leituras no Mosteiro voltam a celebrar a polifonia da dramaturgia portuguesa contemporânea. Uma iniciativa que prolonga as experiências de Fevereiro e Setembro do ano passado, quando se realizaram leituras de peças curtas de catorze dramaturgos mais ou menos jovens, mais ou menos emergentes. Segue-se agora uma sessão de peças breves de mais oito autores e uma outra dedicada a José Maria Vieira Mendes.
CENTRO DE DOCuMENTAçãO DO TNSJMosteiro de São Bento da Vitória
Horárioseg-sex 14:30-18:00
T 22 339 50 [email protected]
Mosteiro São Bento da Vitória
10 Jan20 Mar2012lEITuRAS
NO MOSTEIRO coordenação
Nuno M CardosoPaula Braga
ter 21:00organização
TNSJ
32 33
Teatro NacionalSão João
27Mar2012
ter 16:00
Encontro no dia Mundial do Teatro
OS TEATROS DO PORTO EM 2012
organização
TNSJ
Porque o Dia Mundial do Teatro não se reduz a uma manifestação de autocontentamento, o TNSJ promove, na tarde em que se celebra a arte que almada Negreiros classificava como “o escaparate de todas as artes”, um fórum de discussão sobre o Teatro do Porto e a sua circunstância, o seu aqui e agora. aberto a toda a comunidade teatral da cidade – criadores, atores e diretores de teatros, companhias, festivais e escolas artísticas –, o encontro Os Teatros do Porto em 2012 visa abordar os assuntos mais prementes da vida e atividade das estruturas que constituem a atual rede de agentes teatrais da cidade, e promover a partilha e real aproximação de pontos de vista sobre caminhos, estratégias de trabalho e formas de cooperação, que contribuam para o reconhecimento do Porto como uma cidade de teatro(s).
34 35
OfICINAS dE TEATRO, VOz, MOVIMENTO E MARIONETASNos projetos educativos a realizar pelo TNSJ no primeiro trimestre do ano, contam-se cinco oficinas. após a estreia de Areia, espetáculo da circolando que cruza o teatro físico e a dança, andré Braga dirige uma Oficina de Movimento especialmente pensada para jovens do ensino secundário. João Henriques, responsável pela preparação vocal e elocução das produções próprias do TNSJ nos últimos anos, propõe duas oficinas onde se realizará trabalho específico sobre a respiração na sua articulação com o ato de dizer. Dirigida a crianças entre os 6 e os 12 anos, a Oficina de Marionetas visa, por seu turno, proporcionar uma primeira experiência de descoberta da linguagem desta muito particular forma teatral. Dirigida pelo ator e encenador antónio Durães, a Oficina de Teatro versará sobre a obra de Gil Vicente, numa altura em que Nuno carinhas encena no palco principal Auto da Alma (1518), moralidade pascal que José augusto cardoso Bernardes, um dos nossos mais destacados especialistas vicentinos, não hesita em classificar como a “moldura doutrinal de toda a Copilaçam”.
10 Mar - 26 Mai 2012
25 Jan 2012
12 fev 2012
local TNSJ sáb 10:00-13:00
local TeCAqua 14:30-17:30
OfICINA dE TEATRO
dIrEção ANTóNIO DuRãES
OfICINA dE MOVIMENTO
destinatários Embaixadores TNSJ e professoresduração 36 horasinscrição € 75,00 (a pagar em 3 prestações)
dIrEção ANDRé BRAGAdestinatários Alunos do ensino secundárioinscrição € 5,00
OfICINA dE TéCNICA VOCAL
dIrEção JOãO HENRIQuESnúmero máximo de participantes 15duração 12 horasinscrição € 35,00
OfICINA dE MARIONETAS
destinatários Crianças entre os 6 e os 12 anosinscrição € 5,00 por criança e € 2,50 por irmão
local TNSJ sáb 10:00-13:00
local TNSJ sáb 10:00-13:00
local TeCA dom 10:00-13:00
fev 2012 Oficina de Técnica Vocal IIdestinatários Embaixadores TNSJ e professoresque participaram numa oficina de nível I
Mar 2012 Oficina de Técnica Vocal Idestinatários Embaixadores TNSJ e professores
Informações e inscrições junto do departamento de relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do endereço eletrónico [email protected].
OfICINAS CRIATIVAS
Uma vez por mês, aos domingos à tarde, realizam-se atividades lúdicas e pedagógicas em que se exploram as possibilidades expressivas da criança, estimulando a sua criatividade. é um espaço de aprendizagem e desenvolvimento, onde o jogo assume um especial destaque.
destinatários crianças entre os 6 e os 12 anosdatas 15 janeiro, 19 fevereiro, 11 marçohorário 15:30-17:30preço € 5,00 por criança e € 2,50 por irmãolocal TNSJ
Todas as oficinas têm um número limitado de participantes, pelo que deverá ser efetuada a inscrição prévia junto do departamento de relações Públicas (T 22 340 19 56; endereço eletrónico [email protected]).
35
36 3736 37
fORA dE PORTAS
SESC Pinheiros/Teatro Paulo Autran (São Paulo, Brasil)13-22 Jan 2012
SESC Santos (Brasil)28+29 Jan 2012
SombrasA nossa tristeza é uma imensa alegria
uMa crIação dE RICARDO PAIS
vídeos Fabio Iaquone, Luca Attiliimúsica original e direção musical Mário Laginhacoreografias Paulo Ribeirocenografia Nuno Lacerda Lopesfigurinos Bernardo Monteirodesenho de luz Rui Simãodesenho de som Francisco Lealvoz e elocução João Henriquesconsultor musical (fados) Diogo Clementeguião e encenação Ricardo Paisassistência de encenação Manuel Tur
interpretação José Manuel Barreto, Raquel Tavares (fadistas); Emília Silvestre, Pedro Almendra, Pedro Frias (atores); Carla Ribeiro, Francisco Rousseau, Mário Franco (bailarinos); Mário Laginha, Carlos Piçarra Alves, Mário Franco, Miguel Amaral, Paulo Faria de Carvalho (músicos); Albano Jerónimo, António Durães, João Reis e Teresa Madruga (participação especial em vídeo)
produção TNSJem coprodução com Centro Cultural Vila Flor, Teatro Viriato, São Luiz Teatro Municipalcolaboração OPART
estreia 18Nov2010 tnsJ (porto)
dur. aprox. 1:45M/12 anos
Sombras chega finalmente ao país que o inspirou. Em 2009, por ocasião da apresentação do pessoano Turismo Infinito em São Paulo, ricardo Pais foi instado por amigos e pelos parceiros brasileiros do SESc a fazer “um espetáculo a sério sobre o Fado”. Sombras é a resposta do encenador melómano a esse repto, uma resposta a que não falta a tropical convocação dos brasileiros Miltinho e Maysa. Depois de, no âmbito do Odisseia: Teatro do Mundo, o SESc e o centro de Pesquisa Teatral de antunes Filho terem apresentado no TNSJ duas criações que mergulham de cabeça na cultura e na identidade brasileiras (Policarpo Quaresma, adaptação da obra-prima de Lima Barreto, e Lamartine Babo, espetáculo sobre um dos maiores compositores de música popular do Brasil), chega a hora de devolver a cortesia transatlântica, sobretudo num momento em que se celebra a classificação do Fado como Património cultural Imaterial da Humanidade. a apresentação de Sombras em São Paulo e Santos representa também um estratégico investimento do TNSJ na internacionalização do teatro português e das suas produções. é que, se o Fado estabelece o mood desta criação de ricardo Pais e se constitui no seu próprio tema, Sombras dialoga com os momentos mais altos da nossa dramaturgia histórica, esfumando misteriosamente todas as fronteiras entre a Fala, o canto e a Dança.
38 3938 39
São Luiz Teatro Municipal (Lisboa)12-15 Jan 2012
conferência de ImprensatExto E EncEnação ALVARO GARCíA DE ZúñIGA
produção São Luiz Teatro Municipalem parceria com TNSJ
Estreada no contexto do Portogofone2007, programa onde o TNSJ desafiou e superou a aparente impossibilidade de encontro entre dois mundos – o teatro português e os circuitos europeus –, Conferência de Imprensa regressa agora à programação do São Luiz Teatro Municipal. Escrita por alvaro García de Zúñiga, poeta de nacionalidade incerta (nasceu no Uruguai, vive e trabalha em Portugal), esta peça mostra-nos não haver nada dentro das frases que os políticos, julgando dizer alguma coisa, pronunciam todos os dias nessas arenas discursivas que dão pelo nome de conferências de imprensa. Um tratado de patologia linguística interpretado por um dos mais destacados atores franceses da atualidade, William Nadylam, corpo que encarna a irrisão dos discursos do poder, a sua incongruência, a sua estupidez.
Centro Cultural Vila flor (Guimarães)28 Jan 2012
EstrEIa absoLuta
EstrangeirosdIrEção E corEograFIa Né BARROS
coprodução Balleteatro, Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura, TNSJ
Né Barros prossegue a sua derivaexploratória em torno do corpo em construção, o corpo como imagem e a imagem como deslocação. Em Estrangeiros, projeto em estreia absoluta no ccVF, a coreógrafa volta a desfrutar dos corpos e das suas imagens para lhes desvendar aquilo que faz deles, justamente, estrangeiros. aparentemente carregados de identidade definida, os estrangeiros são, afinal, figuras transversais esvaziadas. Na sua diferença, são deslocações ora de clichés de identificação, ora de genuínas estranhezas comportamentais. Isolados, os estrangeiros vão cumprindo, exterior ou interiormente, dois grandes movimentos: de chegada e de partida.
Teatro Virgínia (Torres Novas)13+14 Jan 2012
Teatro Municipal de Bragança18 fev 2012
Centro Cultural de Belém (Lisboa)5-11 Mar 2012
EstrEIa absoLuta
AreiadIrEção artístIca ANDRé BRAGA CLáuDIA FIGuEIREDO
coprodução Circolando, CCB, TNSJ
é a quarta coprodução que associa oTNSJ à circolando e, à semelhança de Quarto Interior (2006), Casa-Abrigo (2008) e Mansarda (2009), o novo Areia apresenta-se noutras paragens, primeiro em salas nacionais, depois em teatros e festivais internacionais. Mas se os anteriores projetos do coletivo artístico portuense reinventavam lugares mais ou menos secretos do nosso imaginário – sótãos, quartos, águas-furtadas –, Areia explora agora a ampla experiência do deserto, sem todavia perder intimismo e intensidade onírica, pois trata-se de um deserto simultaneamente físico e mental. Espetáculo transdisciplinar, que associa teatro físico, dança, música interpretada ao vivo e vídeo, este solo de andré Braga ficciona a paisagem mais antiga do mundo, um lugar onde nos podemos perder ou achar, morrer ou renascer.
Teatro Municipal de Bragança10 Mar 2012
Cine-Teatro de Estarreja24 Mar 2012
A voz humanadE JEAN COCTEAu EncEnação CARLOS PIMENTA
interpretação Emília Silvestrecoprodução Ensemble – Sociedade de Actores, São Luiz Teatro Municipal, Temps d’Images/DuplaCena, TNSJ
ansioso e desesperado telefonema dedespedida de uma mulher abandonada pelo amante, A Voz Humana é um monólogo traiçoeiramente simples. apupada na estreia, em 1930, a peça de Jean cocteau acabou por encontrar a sua fortuna, ao ser interpretada por atrizes como Ingrid Bergman, Liv Ullmann e Simone Signoret. chegou agora o momento de Emília Silvestre assumir, entre nós, esta mulher que fala ao telefone com um amante invisível – e inaudível. Um novo teste ao excecional domínio vocal e à desenvolta plasticidade da atriz, depois dos fulgurantes monólogos e solos que foram pontuando a sua carreira. Mas nesta Voz Humana também carlos Pimenta propõe uma evasão do naturalismo que informa o texto de cocteau, ensaiando um novo investimento audiovisual e colocando em tensão os 80 anos volvidos sobre a sua escrita.
40 4141
Visitas guiadas
Teatro, arquitetura e História: a visita ao Teatro Nacional São João, projetado pelo arquiteto Marques da Silva, faz-se na confluência destas áreas do saber. conduzidas por especialistas em teatro e arquitetura, com amplo conhecimento da história deste monumento nacional, as visitas dão a conhecer a sala de espetáculos, a sala de ensaios, os camarins e as zonas técnicas, bem como o ateliê onde se criam os figurinos e adereços das produções teatrais da casa. as visitas guiadas decorrem de segunda-feira a sábado, mediante marcação prévia, estando sujeitas à disponibilidade técnica dos espaços.
Público em geralTodos os sábados, às 12:00, mediante reserva prévia até às 18:00 de sexta- -feira, para um número não superior a 20 pessoas.Inscrição: € 3,00 por pessoa.Entrada gratuita para crianças até aos 10 anos, desde que acompanhadas por adultos.
grupos escolaresDe segunda a sexta-feira, mediante reserva prévia, para grupos não superiores a 20 pessoas.Entrada gratuita.
O TNSJ reserva-se o direito de não realizar a visita, caso não haja inscrições prévias ou compatibilidade com outras atividades do Teatro. Para efetuar a sua reserva, contacte o departamento de relações Públicas (T 22 340 19 56; endereço eletrónico [email protected]) ou ligue para o número verde 800-10-8675.
Cartão Amigo TNSJ
O cartão amigo TNSJ permite aos espectadores do TNSJ, Teca e Mosteiro de São Bento da Vitória uma série de vantagens, nomeadamente benefícios na aquisição de bilhetes para as diversas iniciativas, informação privilegiada sobre os espetáculos e convites para ensaios abertos e outras atividades paralelas.
a ficha de inscrição pode ser requisitada diretamente nas bilheteiras (TNSJ e Teca) ou junto do departamento de relações Públicas, através do telefone 22 340 19 56 ou do endereço eletrónico [email protected].
42 434342
boletim de assinaturasJaneiro - Março 2012
assinaturas
4 espetáculos - Desconto 30%6 espetáculos - Desconto 40%
espetáculos data local
Exactamente Antunes
Areia
Ovo
Quem te porá como fruto nas árvores
Os Juramentos Indiscretos
Alma
Esta é a Minha cidade e Eu Quero viver Nela
quantidade total a pagar
informações 800-10-8675Número grátis a partir de qualquer rede
Loja do Teatro
Fixámos as palavras que resultaramde duas das mais emblemáticas etapas de um projeto que atravessou a programação do TNSJ ao longo do ano de 2011. Em Textos Escolhidos, encontramos algumas das peças escritas durante a Oficina de Escrita orientada por Jean-Pierre Sarrazac e alexandra Moreira da Silva entre os meses de fevereiro e abril. Formas breves, exercícios construídos à volta de temas como a partida, o exílio, o regresso, a desolação das guerras, assinados por jovens autores como cláudia Lucas chéu, Jorge Palinhos, Marta Freitas ou Mickael de Oliveira. Em Actas do Colóquio Odisseia (disponível no nosso sítio na Internet), compilámos a quase totalidade das comunicações apresentadas no evento que reuniu no Mosteiro de São Bento da Vitória, nos dias 28 e 29 de janeiro, um conjunto notável de pessoas dos universos da literatura, filosofia e criação teatral para discutir a perenidade da Odisseia de Homero e interpelar
OF I c
I Na
DE E
S cr
I Ta
T E X T OS
E S c OL H
I DO
S
c O L Ó Q U I O
o gesto artístico nas aras da cidadania e das novas sociedades multiculturais. Destaquemos as intervenções de Emmanuel Demarcy-Mota, Delfim F. Leão, Jean-Louis Martinelli, alexandra Lucas coelho, Yael ronen e Georges Banu. O livro Textos Escolhidos encontra-se disponível na Loja do Teatro, instalada no foyer do TNSJ e acessível também online, no sítio www.tnsj.pt. Onde poderá ainda encontrar um vasto leque de artigos, desde os DVD com registos integrais de produções da casa até às peças de merchandising produzidas a partir de telas promocionais dos espetáculos. Se é portador do cartão amigo TNSJ, usufrui de um desconto de 5% na aquisição de produtos com assinatura TNSJ.
44 4544
INFORMAçõES úTEIS
Teatro Nacional São JoãoPraça da Batalha4000-102 Porto
GeralT +351 22 340 19 00 | F +351 22 208 83 03
Relações InternacionaisT +351 22 339 30 38 | [email protected] Gabinete de ImprensaT +351 22 339 30 34 | [email protected] Relações Públicas e Projetos EducativosT +351 22 340 19 56 | [email protected] Centro de DocumentaçãoT +351 22 339 50 56 | [email protected]
Teatro Carlos Albertorua das Oliveiras, 434050-449 PortoT +351 22 340 19 00
Mosteiro de São Bento da Vitóriarua de São Bento da Vitória4050-543 PortoT +351 22 340 19 00
Atendimento e BilheteiraInformações 800-10-8675 (Número grátis a partir de qualquer rede)T +351 22 340 19 [email protected]
Terça-feira a sábado14:00 - 19:00 (ou até às 22:00, nos dias em que há espetáculos em exibição)Domingo14:00 - 17:00
Bilheteira OnlineO público pode, de forma simples e rápida, adquirir bilhetes para os espetáculos apresentados no TNSJ, Teca e Mosteiro de São Bento da Vitória, sem necessitar de recorrer aos serviços de Bilheteira. Para tal, basta efetuar a aquisição em www.tnsj.pt e imprimir a versão eletrónica dos bilhetes.
Preço dos bilhetesTNSJPlateia e Tribuna € 16,001.º Balcão e Frisas € 12,00*2.º Balcão e camarotes 1.ª Ordem € 10,00*3.º Balcão e camarotes 2.ª Ordem € 7,50*TeCAPlateia € 15,00Balcão € 10,00* Frisas e camarotes só são vendidos a grupos de duas pessoas
Preços especiais nos seguintes eventosNadir Afonso – O Tempo não Existe Preço único € 6,00Nadir Afonso – no tempo e no lugarNadir Afonso conversa com Agostinho SantosEstados d’AlmaLeituras no MosteiroEntrada gratuita
Condições especiaisGrupos (entre 10 e 20 pessoas) desconto 30%Grupos (+20 pessoas) desconto 40%Escolas e Grupos de Teatro amador € 6,00Desconto 50%:- cartão Jovem- Quinta-feira (exceto dia de estreia)Desconto 30%:- cartão Estudante- Mais de 65 anos - Profissionais de Teatro- Quarta-feira (exceto dia de estreia)
assinaturas
as assinaturas para o período janeiro - março de 2012 podem ser adquiridas diretamente nos balcões de atendimento do TNSJ e do Teca, ou por correspondência (carta ou correio eletrónico), através do envio do Boletim de assinaturas, devidamente preenchido, com a escolha dos respetivos espetáculos, datas e lugar pretendido. No caso de o lugar pretendido não estar disponível, o TNSJ reserva--se o direito de escolha de lugares alternativos, salvaguardando o lugar mais próximo possível do pretendido.
Os bilhetes adquiridos via correio, pagos através de cheque ou vale postal, poderão ser enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espetáculo, ou levantados antes do seu início nas bilheteiras do TNSJ ou Teca, de acordo com a sala onde decorrer o primeiro espetáculo contemplado na assinatura.
Para um melhor funcionamento dos nossos serviços de Bilheteira, o TNSJ reserva-se o direito de não efetuar assinaturas a partir das 20:00 (de terça-feira a sábado) e das 15:00 (domingo).
dados pessoais
nome
morada
código postal
telefone
endereço eletrónico
MEcENaS TNSJO TNSJ é MEMBrO Da
www.tnsj.pt
46 47
TNSJ
TeCA
3.º Balcão (Piso 4)
2.º Balcão (Piso 3)
1.º Balcão (Piso 2)
camarotes 2.ª Ordem (Piso 3)
Tribuna (Piso 1)
camarotes 1.ª Ordem (Piso 2)
Frisas (Piso 1)
Plateia
Balcão (Piso 1)
Plateia
ReservasOs bilhetes reservados deverão ser obrigatoriamente levantados num período máximo de cinco dias, após o qual serão automaticamente cancelados. Quaisquer reservas deverão ser efetuadas e levantadas até dois dias antes da data do espetáculo. Os bilhetes comprados pelo telefone, pagos através de cheque, podem ser levantados até à hora do espetáculo no posto de atendimento ou enviados para o domicílio (acrescidos do valor dos portes de correio) até uma semana antes da data do espetáculo.
DevoluçõesSe por motivo de força maior a data do espetáculo for alterada ou o espetáculo for cancelado, os bilhetes adquiridos serão válidos para a data a combinar com as bilheteiras do TNSJ e Teca.a importância dos bilhetes será restituída aos espectadores que o exigirem – no prazo de 60 dias a contar da data prevista do espetáculo – apenas nas seguintes situações:a) Se o espetáculo não puder efetuar-se no local, data e hora marcados;b) Se houver substituição de artistas principais ou se o espetáculo for interrompido (se a substituição ou a interrupção forem determinadas por motivos de força maior, verificados após o início do espetáculo, não haverá lugar à restituição do valor dos ingressos).
Assinaturas TNSJ + TeCA + MSBVInformações 800-10-8675Número grátis a partir de qualquer rede
Protocolosao abrigo de protocolos celebrados entre o TNSJ e um amplo conjunto de entidades, os seus associados, utentes, colaboradores e funcionários beneficiam de condições especiais de acesso aos espetáculos apresentados no TNSJ, Teca e Mosteiro de São Bento da Vitória. a listagem completa das entidades subscritoras poderá ser consultada em www.tnsj.pt.
Como chegar aos teatros
STCPTeatro Nacional São João Elétrico 22 | autocarros 207, 303, 400, 904, 905Teatro Carlos Alberto Elétricos 18, 22 | autocarros 200, 201, 207, 300, 302, 304, 305, 501, 601, 602, 703, 904Mosteiro de São Bento da Vitória Elétricos 18, 22 | autocarros 200, 207, 300, 301, 305, 501, 507, ZH
Metro do PortoEstações aliados, Bolhão, Trindade, São Bento
Estacionamento
TNSJEstacionamento gratuitoViacatarina Shopping(acesso pela rua Formosa ou rua Fernandes Tomás)De segunda-feira a sábado 20:00 - 1:00Domingos e feriados 8:00 - 1:00
TeCA + Mosteiro de São Bento da Vitória5 horas de estacionamento – € 1,85Parque Praça de Lisboa, Praça dos Leões e Praça carlos alberto(senha adquirida nas bilheteiras)De terça-feira a sábado (feriados inclusive) 20:00 - 5:00
Palco
Palco
48 49
TEATRO NACIONAL SãO JOãO, E.P.E.
conselho de administração Francisca Carneiro Fernandes (Presidente), Salvador Santos, José Matos Silva Assessora da Administração Sandra Martins Assistente da Administração Paula almeida Motoristas antónio Ferreira, carlos Sousa Economato ana Dias
direção artística Nuno Carinhas Assessor Nuno M cardoso Assistente Paula almeida
pelouro da produção Salvador SantosCoordenação de Produção Maria João Teixeira Assistentes Eunice Basto, Maria do céu Soares, Mónica rocha
direção técnica Carlos Miguel Chaves Assistente Liliana Oliveira Departamento de Cenografia Teresa Grácio Departamento de Guarda-roupa e Adereços Elisabete Leão Assistente Teresa Batista Guarda-roupa celeste Marinho (Mestra--costureira), Isabel Pereira, Nazaré Fernandes, Virgínia Pereira Adereços Guilherme Monteiro, Dora Pereira, Nuno Ferreira Manutenção Joaquim Ribeiro, Júlio cunha, abílio Barbosa, carlos coelho, José Pêra, Manuel Vieira, Paulo rodrigues Técnicas de Limpeza Beliza Batista, Bernardina costa, Delfina cerqueira
direção de palco Rui Simão Adjunto do Diretor de Palco Emanuel Pina Assistente Diná Gonçalves Departamento de Cena Pedro Guimarães, cátia Esteves, ricardo Silva Departamento de Som Francisco Leal, antónio Bica, Joel azevedo, João Oliveira Departamento de Luz Filipe Pinheiro, abílio Vinhas, José rodrigues, antónio Pedra, Nuno Gonçalves Departamento de Maquinaria Filipe Silva, antónio Quaresma, adélio Pêra, carlos Barbosa, Joaquim Marques, Joel Santos, Jorge Silva, Lídio Pontes, Paulo Ferreira Departamento de Vídeo Fernando costa
pelouro da comunicação e relações externas José Matos Silva Assistente carla Simão Assistente de Relações Internacionais Joana Guimarães Edições João Luís Pereira, Pedro Sobrado, cristina carvalho Imprensa Ana Almeida Promoção Patrícia carneiro Oliveira Centro de Documentação Paula Braga Design Gráfico Joana Monteiro, João Guedes Fotografia e Realização Vídeo João Tuna Relações Públicas e Projetos Educativos Luísa Corte-Real Assistente rosalina Babo Frente de Casa Fernando Camecelha
Coordenação de Assistência de Sala Jorge rebelo (TNSJ), Patrícia Oliveira (Teca) Coordenação de Bilheteira Sónia Silva (TNSJ), Patrícia Oliveira (Teca) Bilheteiras Fátima Tavares, Manuela albuquerque, Sérgio Silva Merchandising e Cedência de Espaços Luísa archer Fiscal de Sala José Pêra Bar Júlia Batista
pelouro do planeamento e controlo de gestão Francisca Carneiro Fernandes Assistente Paula almeidaCoordenação de Sistemas de Informação Sílvio Pinhal Assistente Susana de Brito Informática Paulo Veiga
direção de contabilidade e controlo de gestão Domingos Costa, ana roxo, carlos Magalhães, Fernando Neves, Goretti Sampaio, Helena carvalho
52 53
apoios
parceiro media
apoios à divulgação
agradecimentos
Câmara Municipal do PortoPolícia de Segurança PúblicaMr. Piano/Pianos – Rui Macedo
Este caderno de programação foi impresso com o apoio da Lidergraf – Artes Gráficas, SA.
edição Departamento de Edições do TNSJCoordenação Pedro Sobrado, João Luís PereiraDocumentação Paula BragaDesign gráfico Joana MonteiroFotografia João Tuna, Daniela Santos (Nadir Afonso), João Vladimiro (Areia), Pedro Tudela (Ovo)Impressão Lidergraf – Artes Gráficas, SA
Não é permitido filmar, gravar ou fotografar durante os espetáculos. O uso de telemóveis e relógios com sinal sonoro é incómodo, tanto para os intérpretes como para os espectadores.