estorias de caminhoneiros

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Estórias de Caminhoneiros... Tabuleiro do Norte: Uma cidade sobre rodas... 2010

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livro que relata algumas estórias de caminhoneiros

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Page 1: estorias de caminhoneiros

Estórias de Caminhoneiros...

Tabuleiro do Norte: Uma cidade sobre

rodas...

2010

Page 2: estorias de caminhoneiros

“Cada cidade passada, uma experiência guardada.”(Frase de Pára-choque de caminhão)

Page 3: estorias de caminhoneiros

Produção

Alunos da EEM Francisco Moreira Filho – 2º ano, turma C, turno matutino

Créditos

Laboratório Escolar de Informática – LEI da Escola Francisco Moreira Filho / Projeto “Construindo

Conhecimento com as Novas Tecnologias!”Coordenador: Professor Sérgio Freire

EEM Francisco Moreira Filho

Núcleo de Tecnologia Educacional – NTEProfessora Eliana Oliveira Batista

Professora Maria de Fátima Gonçalves LeitãoProfessora Monalisa de Paula Chaves

Núcleo Regional de Desenvolvimento da Escola –

NRDES

Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação – 10ª CREDE – Russas/Ceará

Page 4: estorias de caminhoneiros

APRESENTAÇÃO

Os textos deste Livro Virtual foram produzidos pelos alunos do 2º ano “C” do turno vespertino da E.E.M. Francisco Moreira Filho da cidade Tabuleiro do Norte – Ceará. Possui a finalidade de fomentar a escrita e leitura, buscando conhecer um pouco mais sobre as estórias de caminhoneiros, símbolo maior do trabalho e desenvolvimento da

cidade de Tabuleiro do Norte, a Cidade dos Caminhoneiros.

Page 5: estorias de caminhoneiros

As duas mulheres

Aluno: Alan Carlos Dos Santos Ribeiro

Tabuleiro do Norte é uma cidade que tem muitos caminhoneiros; um desses caminhoneiros contou-me que em uma das suas viajem ele encontrou duas mulheres a pé e resolveu parar para saber se elas queriam carona e assim fez. Quando eles estavam viajando elas começaram a falar das estórias de caminhoneiros e com muito tempo elas pediram para ele parar para irem ao mato e ele parou; o caminhoneiro achou muito estranho pois elas estavam demorando muito a voltar e o caminhoneiro resolveu ir atrás, quando ele avistou as duas mulheres ele viu que elas estavam cavando um buraco no chão, e palpitou que aquele buraco seria para ele e o mais rápido possível ele correu para o seu caminhão e foi embora abandonando as duas mulheres.

Quando ele chegou ao posto de abastecimento ele encontrou vários caminhoneiros e contou o que ele tinha passado na sua viajem. Os caminhoneiros ficaram impressionados com a sua história vivida. Todos os caminhoneiros falaram que já haviam dado carona a aquelas mesmas mulheres e tinha acontecido a mesma coisa com eles.

Page 6: estorias de caminhoneiros

Mãe Fantasma

Diogo Moreira Targino

Um dia um caminhoneiro foi buscar uma carga em São Paulo para deixar em Fortaleza, chegando lá os trabalhadores carregaram o caminhão e ele foi deixar a carga. Chegando perto de Fortaleza uma mulher pediu ajuda e o caminhoneiro parou e perguntou o que era, ela respondeu:

- Eu sofri um acidente e minha filha esta enganchada nas ferragens...

Chegando lá o caminhoneiro viu a menina nas ferragens e no outro lado a mulher que pediu ajuda morta...

Ele olhou para trás e a mulher tinha sumido. Depois ele socorreu a menina e subiu o barranco e colocou a menina no caminhão. Levou ela para um hospital mais próximo, ao chegar lá o homem contou sobre o acidente da mulher e contou que a mulher que pediu ajuda estava morta e ninguém acreditou... então o homem deixou a menina no hospital e foi dormi no hotel, passando a noite ele foi merendar e foi visitar a menina; quando abriu a porta viu a mulher e depois ela sumiu, então ele se despediu da menina e depois seguiu o seu rumo e foi deixar a carga.

Page 7: estorias de caminhoneiros

A loira da estrada

ALUNA: Franciana Silva

Tabuleiro do Norte é conhecida como a cidade dos caminhoneiros, pessoas que ariscam suas vidas nas estradas para garantir o sustento de suas famílias.

Conta um caminhoneiro que andando nessas estradas parou em um posto para abastecer seu carro, depois que ele abasteceu seu carro, saiu por caminho a fora, anoiteceu e ele continuava dirigindo, quando avistou no meio do seu caminho uma mulher loira, vestida de branco e toda suja de sangue, ela acenou pedindo carona e ele a levou.

Perguntou para onde ela ia, ela disse que estava indo para casa da sua família, que há muito tempo não os via; ele pegou na mão dela e sentiu sua mão fria e trêmula, assustado, o motorista parou o caminhão, nervoso, ele fechou os olhos e começou a rezar, quando abriu os olhos ela não estava mais no caminhão. No outro dia encontrou um amigo caminhoneiro que disse ter passado por essa mesma situação, depois desse dia o caminhoneiro não andou mais por essa estrada com medo de encontrar a loira de novo; apesar da loira ser muito bonita, era uma alma que ficava sempre naquele local, mas alguns caminhoneiros passam por aquela estrada para dar carona a essa loira porque tem a curiosidade de conhecê-la.

Page 8: estorias de caminhoneiros

ESSA É A HISTÓRIA DE SEU VALDEMIR

JACIANNE LIMA

Ele contou que no dia de seu aniversário não pôde passar com sua família, pois estava na estrada. Na madrugada ele resolveu parar na cidadezinha mais próximo, onde nela se encontrava um posto. O posto se chamava Posto Farol. Ao dormir, ele conta, teve um sonho e nesse sonho: “... havia uma criança pedindo carona com uma sacolinha em uma de suas mãos e na outra mão havia um par de sapatos grandes que já de cara dava pra ver que não o cabia. Então ele abriu a porta de sua carreta para que a criança pudesse entrar.

Quando a criança entrou, ele curioso, lhe perguntou:

− O que houve meu filho? Por que está na beira da estrada a essa hora da madrugada? A criança toda assustada respondeu: - Moço, me da uma carona, pois acabei de perder meus pais e meu irmãozinho de apenas 2 anos num acidente de carro que acabou de ocorrer, eu estava lá embaixo do morro... o carro tá todo acabado... meu pai estava vivo até pouco tempo... ele disse pra mim vim pedir ajuda... Minha mãe perdeu sua cabecinha e meu irmão tá sem suas perninhas e estava faltando um de seus braços, então notei logo que não estava mais vivo.

− Seu Valdemir, com sua solidariedade, resolveu ajudar aquele pobre garoto.”

OBS: Amanheceu o dia e Valdemir ao ir tomar seu café da manhã encontrou um velho amigo e resolveu contar seu sonho... seu amigo havia dito que o sonho era interessante.

Ao entardecer seu Valdemir teve que continuar a sua viagem... mais tarde da noite ele pensa em seu sonho... quando de repente uma criança aparece à beira da estrada. Ele ficou surpreso pois seu sonho acabara de se tornar realidade...

Hoje seu Valdemir aos 73 anos de idade conta que na época Rafael tinha apenas 8 anos de idade e já se passaram 20 anos após esse acidente e ele resolveu adotar Rafael que hoje tem 29 anos de idade. Seu Valdemir diz que conta essa história com muito orgulho.

Page 9: estorias de caminhoneiros

APARÊNCIA

Francisca Keuly Diógenes Carneiro

Era uma manhã de sexta-feira, quando decidir ir visitar meus pais que moravam na cidade grade, convenci minha prima para ir comigo, ela aceitou com uma condição, viajar com um caminhoneiro, pois era um sonho de criança; como estava com muita vontade de ir... e não queria ir sozinha, aceitei sua proposta. Acordamos bem cedo e fomos para o ponto de ônibus, quando ela avistou um caminhão, logo acenou pedindo carona, o caminhão parou e subimos, quando olhei para a cara do motorista, no mesmo instante me arrependi de ter concordado com essa idéia maluca, onde estava com a cabeça para viajar com alguém que nem pelo menos sabia o nome!?

Ele tinha uma cara de quem aprontava na estrada, suas roupas sujas, cabelo e barba grandes meio esbranquiçado, usava uma camiseta, bermuda e chinelo de borracha, nunca sentir tanto medo na minha vida como naquele dia, comecei a imaginar bobagens do que aquele homem de aparência misteriosa poderia nos fazer, enquanto preocupava-me, minha prima com nada se preocupava, pelo contrário, começou a conversar com ele, perguntou de onde ele era, se tinha família ou se era solteiro, com quem morava, e ele respondia sem nada reclamar, foi então que daí vir que ele era totalmente ao contrário que eu imaginava, apesar de sua aparência era uma pessoa humilde, honesto e trabalhador. Era também simpático, agora compreendi o velho ditado que minha mãe sempre me disse: ''NÃO JULGUE UM LIVRO PELA CAPA'' .

Page 10: estorias de caminhoneiros

Fim de ano triste

Nayara Coelho de Oliveira

Nasceu no dia 24 de dezembro de 1966, no Sitio Sabiá na Chapada do Apodi; onde viveu até os doze anos de idade trabalhando com o seu pai na agricultura.

No ano de 1979 veio embora para o Sítio Patos, continuou trabalhando na roça até 18 anos, época essa que em Tabuleiro do Norte estava acontecendo um crescimento de caminhoneiros. As pessoas de Tabuleiro do Norte desfaziam de suas casas, terras e logo compravam um caminhão. No ano de 1983 o senhor Josias, pai de Ronaldo, influenciado por caminhão Mercedes Benz, 1113/73, cabine baixa, para seus filhos, por ser uma pessoa totalmente sem condições de viajar, entregou seu caminhão ao seu filho mais velho, de nome Raimundo Neto. Depois de anos o senhor Josias fez com que seu filho mais novo fosse também, para Rio-Bahia.

No ano de 1988, Ronaldo e seu irmão mais novo compraram um carro 1113/77, que era de propriedade do senhor Vandilson.

No ano de 1989 entrou de sociedade com o seu cunhado num caminhão Mercedes Benz, ano 73, passou dez meses nessa sociedade, desfez a sociedade com seu cunhado, por ser uma pessoa mais jovem, inexperiente no ramo.

Daí passou a trabalhar de empregado com João Jeronimo, onde permaneceu durante seis anos, saiu do emprego com a mesma e foi trabalhar com o senhor Gerardo Alencar.

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Estória de caminhoneiro

ALUNA:Francisca Samara dos Santos

Essa é a história de um caminhoneiro, que vivia pelas estradas de todo o Brasil.No dia 20 de setembro de 2002, Paulo saiu com destino a cidade de São Paulo,

sem saber o que o destino lhe reservava. Ele vinha pela estrada às 22: 00 da noite, quando sentiu uma forte sensação de

que algo estava para acontecer, mais continuou a viagem como de costume ouvindo suas músicas de caminhoneiro; passando mais ou menos meia hora, Paulo decidiu parar no posto de gasolina para abastecer e continuar em frente sua viagem.

Por volta da meia noite, ele encontrou uma bela moça que o acenava pedindo carona, achou aquilo meio estranho pois era muito perigoso uma hora dessas uma mulher estar só pedindo carona, pensou que talvez fosse uma garota de programa e decidiu parar.

A moça lhe pediu que ele lhe desse uma carona até sua casa, pois tinha perdido o seu ônibus de costume, Paulo não viu mal algum em lhe dar essa carona e decidiu levar a moça, foram conversando a estrada toda, o caminhoneiro perguntou a moça por ele andava tão tarde e além disso só sem nenhuma companhia. A moça lhe respondeu que era a hora que ela esta livre para poder andar pelas ruas. Paulo observou que ao passar em frente a uma avenida ele ficou olhando com bastante atenção e viu uma lágrima cair do seu rosto, então ele perguntou que lembrança aquele lugar lhe trazia. A moça lhe respondeu que foi ali que ela deixou de existir, Paulo sem entender lhe perguntou como assim.... só que a moça havia chegado a seu destino de viagem, e pediu que ele parasse.

Quando ela desceu do caminhão, Paulo perguntou se ela podia lhe ver um copo de água, ela respondeu que sim e entrou para sua casa e fechou a porta, Paulo então cansado de esperar resolveu bater na porta, quem abriu foi uma senhora, e lhe perguntou o que ele desejava. Ele respondeu que havia dado carona aquela moça que esta no retrato, a senhora falou que era impossível; pois ela havia morrido a cinco anos. Ele saiu correndo e desnorteado por saber que havia dado carona a um espírito.

Page 12: estorias de caminhoneiros

Uma triste história de caminhoneiro

TALITA INGRID

Essa é a história de um caminhoneiro chamado Rodrigo, um homem de 53 anos que adorava a profissão de volante de caminhão. Ele sempre viajava por todo o Brasil e já era muito conhecido pois tinha a fama de caminhoneiro pegador, e por todas as cidades que passava não tinha uma mulher que resistisse aos seus encantos. Rodrigo casou muito jovem, aos 18 anos, e logo aos 19 anos teve uma surpresa: sua mulher estava grávida de trigêmeos. Sua esposa se chamava Luciana e os seus 3 filhos receberam os nomes: João, Pierre e Eduardo.

Anos depois sua mulher descobriu as travessuras que ele aprontava quando estava fora e logo se separou dele, ela o amava mais não queria suportar tanta humilhação. Depois da separação os 3 garotos vieram morar com o pai .

Meses depois o pai voltou a sua velha rotina como caminhoneiro, pegador como sempre e aproveitando sua vida de solteiro, aproveitou a oportunidade e continuou agarrando a mulherada por todos os lugares. Rodrigo com 35 anos seus 3 filhos já tinham 16 anos e o sonho dele era ver todos os seus filhos seguindo a sua mesma profissão, mas nem um dos três se interessaram. Certo dia, andando por essas longas estradas avistou uma jovem mulher com uma criança no colo, ele parou o carro e falou: -Você de novo? Já nos conhecemos de algum lugar, não é ? Ela falou: – Claro que você conhece... sou a moça na qual você usou por muito tempo, e essa criança que estou segurando é o nosso filho. Ele respondeu: - Mentira, não pode ser. A moça falou: - É verdade, agora você cuida dele, pois eu não tenho mais condições de criá-lo. A criança já tinha 5 anos e Rodrigo não teve outra saída a não ser levar a criança para sua casa. Assim ficou, ele abandonou a vida de caminhoneiro por uns tempos pois não tinha condições de cuidar dos filhos e viajar ao mesmo tempo. Aos 50 anos seus trigêmeos já estavam casados e já viviam em suas próprias casas, mas o único que ficou com ele foi seu filho Mateus que já estava com 20 anos .

Mateus sempre teve vontade de dirigir um caminhão junto com o pai, mas só aos 20 anos seu pai realizou seu sonho. Então um dia saíram os dois por essas estradas mais desta vez o destino foi cruel; logo no segundo dia de viagem. Ocorreu um grave acidente com eles, e Mateus infelizmente não sobreviveu. Mas antes de morrer ele disse suas últimas palavras, e fazendo um pedido ao pai ele disse: - Pai, nunca abandone sua profissão... eu realizei o meu sonho e vou morrer feliz. Se um dia o senhor sentir saudade de mim basta entrar no seu caminhão e sair viajando por ai, eu sempre estarei do seu lado iluminando os seus caminhos por onde quer que vá.

Depois da morte do seu filho Rodrigo ficou depressivo, mais ele era mais forte do que a dor... hoje, aos 57 anos, sete anos após a morte de Mateus, Rodrigo atendeu o pedido do filho. Depois de todo esse sofrimento ele não deixou de seguir sua vida muito menos sua estrada. Hoje ele é muito feliz pois tem Jesus do lado e a memória do seu filho no coração.

MORAL DA HISTÓRIA:

“Nunca desista dos seus sonhos, se você pode sonhá-los você pode realizá-los”

Page 13: estorias de caminhoneiros

Grande amigo

Aluna: Cleciana de Sousa.

Na sua vida pela estrada, o caminhoneiro encontrou uma companheira por quem se apaixonou, e pra toda viagem que ele ia, ela o acompanhava. Nessas viagens, tantas noites, ela engravidou de um menino. Daí em diante ela não viajava mas com ele e nunca mais ele a viu. Esse menino cresceu e resolveu seguir a profissão do pai, ser um grande caminhoneiro. Um dia em suas viagens, o caminhoneiro viu uma pobre mulher debaixo de viaduto e tinha um homem junto a ela, mas esse homem não tinha boas intenções, era um assaltante, e ele sem saber o que fazer, tendo só ele ali naquele momento, não pensou duas vezes e foi ajudar a pobre mulher.

Chegando lá, não perdeu tempo e foi logo partido pra cima do assaltante, ele já estava quase vencendo o assaltante, mas para seu azar o assaltante estava armando e ele levou um tiro. Um homem que passava por ali, vendo um homem ferido, chamou a ambulância.

Ele foi para o hospital, ele estava muito mal. A mulher que ele tinha salvo foi visitá-lo, e ele reconheceu que aquela mulher era aquela que tinha tido um filho com ele, a mulher disse que seu filho tinha crescido e que ele estava lá fora esperando pra vê-lo. Ele ficou muito feliz e pediu para o filho entrar, eles se abraçaram e ele recebeu o último beijo da sua amada, pois não resistiu e faleceu. Ele partiu e deixou no seu lugar um ótimo caminhoneiro, o seu filho.

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Uma grande Batalha na tentativa de acertar

Maria Eliete de Souza da Silva

Aos 09 de julho de 1920, na localidade de Boa Esperança, nasceu uma linda criança, filho de João Felício Chaves e Marina Ermínia de Jesus, que recebeu o nome de Luiz Guerreiro Chaves.

Quando jovem, trabalhou ajudando seu pai na manutenção da casa. Trabalhou no engenho de cana, na roça, tirando leite, pescando, sendo vaqueiro, chegando até ser vendedor de fumo de rolo. Tirou sua carteira de habilitação em 1940 e no ano de 1946, trabalhou no caminhão de Manuel Guerreiro, chegando a comprar esse caminhão de modelo e marca Chevrolet de ano 46, cabine de madeira e ficou com esse caminhão transportava petróleo para Tabuleiro. No ano de 1949, com 29 anos de idade, conheceu Maria Maurício Chaves, chegando a contrair matrimônio com a mesma. Dessa união, nasceram seis filhos de nomes: Iracema (falecida), Edmilson, Anchieta, Djaci, Violeta e Elieme. No decorrer de 1960, comprou um Chevrolet de sociedade com Aldo Pimenta, o mesmo transportava rapadura do cariri para Tabuleiro. Em 1970, vendeu esse carro e foi trabalhar na Icosa. Em 1972, trabalhou em Altimira-PA; na firma Queiroz Galvão, sendo transferido para São Gabriel da Cachoeira-AM; e depois vindo morar em Floriano-PI; onde residiu durante 4 anos. Afastado do trabalho em 1981, resolver morar em Fortaleza, onde chegou a conseguir a sua aposentadoria. O destino dessa vez foi mais cruel e surpreendeu-lhe com uma doença, onde chegou a falecer em 17 de julho de 1982, nesta capital e sendo sepultado na sua terra natal Tabuleiro do Norte. De toda essa vida de batalha e tentativas com seu caminhão, seus filhos aprenderam a gostar de caminhão. E hoje, como herança desse pai que Deus chamou, todos os três filhos Edmilson, Anchieta e Djaci, têm como profissão o volante do caminhão.

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Mãe desesperada

FRANCISCA JÉSSICA MAIA DA COSTA

Certa vez um caminhoneiro em uma estrada numa noite escura de pouco movimento na estrada avistou uma mulher na estrada gritando desesperada, pedindo ajuda para que sua filha não morresse, pois seu carro capotou e estava prestes a incendiar e sua filha estava dentro dele.

O caminhoneiro ainda estranhado a história resolveu ajudar, então eles foram em busca do carro da mulher. Quando chegando lá o carro estava preste a explodir e ele desesperado começou a procurar a criança que gritava e chorava desesperada. Após muitos esforços e horas de tentativas o homem conseguiu salvar a criança.

Quando ele foi falar para mãe da criança que conseguiu salva-lá ele não a encontrou. A mulher estava dentro do carro morta.

Ele saiu desesperado com a criança nos braços.

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A saga de um caminhoneiro

Francisca Soraine Rodrigues

Uma história eu vou contar, não sei se a todos vai agradar. Trata-se de um rapaz de família humilde e bastante conhecida na nossa cidade de Tabuleiro do Norte. O mesmo (Osterne Maia Júnior) ainda jovem não queria estudar e cursou apenas a quinta série do primeiro grau e com apenas 16 anos começou a trabalhar juntamente com seu irmão mais velho (Antônio de Osterne Maia) que o mesmo já vivia no ramo há algum tempo e o caminhão era de sua propriedade um 111 ano 89; e assim foi por alguns anos.

O mesmo casou em 1993 no mês de setembro, com Euriglaucia da Silva Faustino, isso em outubro com apenas um mês e quinze dias de casado ele teve sua perna direita atingida gravemente por um tiro, em um tiroteio na cidade. E assim ele passou quatro anos em cima de uma cama sem poder trabalhar e neste mesmo período sua esposa teve dois filhos (Mateus e Tales) e seu pai (Osterne Maia) e seu sogro(Chico Faustino) eram quem os ajudavam.

Mais em 1997 ele voltou a andar e seu pai (Osterne Maia) e seu irmão (Antônio de Osterne Maia) juntaram-se e compraram um caminhão 111, de cor laranja, para ele voltar a trabalhar. E assim ele foi tocando sua vida de novo até que em 99 em um acidente de carro na estrada que liga Tabuleiro a Alto Santo, ele voltou a quebrar a mesma perna, onde novamente passou um ano e meio em uma cama, mais com a vantagem de que seu caminhão estava na estrada trabalhando que era de onde a família tirava seu sustento. E no final de 2000 ele levantou mais uma vez e voltou a trabalhar, onde em seguida nasceu o terceiro filho que na verdade era uma filha (Tainara). Logo em seguida ele foi progredindo e trocou o caminhão 111 por um 112 do ano de 96, mais adiante trocou de novo em outro 112 mais do ano de 99. Isso ocorreu em 2008, que depois de oito anos ele pela terceira vez quebrou a sua mesma perna em uma queda de cavalo, onde passou apenas um ano sem poder trabalhar.

Já em 2009 recuperado, ele continuou trabalhando como caminhoneiro. Já em 2010. Vindo ele com seu caminhão de Fortaleza, o caminhão pegou fogo e o seguro deu perca total. Mais ele pegou o dinheiro do seguro e juntou com mais algum que tinha comprou mais um que é um 113 01/02 azul. E por fim termino a história deste bravo que apesar de todos os pesares caminhoneiro determinado que com bravura nos sobe e desce da vida é um lutador e acima de tudo ama de coração sua profissão que é CAMINHONEIRO.

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Um Caminhoneiro Solidário

Aluna:Naelma de Brito

Estórias de caminhoneiro de Tabuleiro do Norte: Uma cidade sobre rodas.Tabuleiro do Norte é conhecida como a cidade dos caminhoneiros, de pessoas

que ariscam a sua vida nas estradas para garantir o seu sustento e o da sua família.Conta um caminhoneiro que certo dia o motorista de uma carreta viu um

acidente que tinha acontecido com um pobre velhinho no meio da estrada, ele desceu da carreta para ver se tinha alguém e lá estava um velhinho debaixo de um ônibus que estava incendiando, ele conseguiu puxar o velhinho pelo o braço e o levou para o hospital mais próximo da cidade e assim salvou a vida do velhinho.

O velhinho que o caminhoneiro salvou era um grande empresário que o recompensou-lhe com uma boa quantia de dinheiro o caminhoneiro como era muito caridoso não queria aceitar, mesmo assim o velhinho insistiu muito para o caminhoneiro aceitar como o velhinho estava insistindo muito o caminhoneiro aceitou a recompensa do velhinho. O velhinho depositou em sua conta uma boa quantia de dinheiro que dava para ele viver muitos anos sem trabalhar só que como o caminhoneiro gostava muito do que fazia não deixou de ser caminhoneiro e de ajudar o próximo.

Page 18: estorias de caminhoneiros

Paixão e Sonhos

Marcleide

Nasceu no dia 24 de outubro de 1945, aos dezoito anos de idade começou a trabalhar na construtora Queiroz Galvão, na época estava acontecendo á construção do BR 116, e foi trabalhar como motorista.

Deixou a Queiroz Galvão e foi trabalhar viajando no Rio Bahia, como empregado. Teve vários patrões entre eles o Sr. Damião, Wilson Chaves, Wanderley etc.

No ano de 1981, quando sonhava em ter seu próprio estava desempregado então o Sr.Toinho de Adalto fez uma campanha entre amigos, caminhoneiros e pessoas da cidade e arreado uma quantia em dinheiro e com isso Fernando comprou seu caminhão, no dia 06 de maio de 1993 faleceu no estado de Minas Gerais, vítima de um ataque cardíaco, em seu caminhão uma carreta de carga Scania 111 que tinha da sociedade do seu primo Expedito Colares.

Page 19: estorias de caminhoneiros

Um caminho sem direção

Aluna: Mila

Conta um velho caminhoneiro que trabalha a vários anos nessa profissão pelas estradas a fora, quando ia viajando parou em um posto de gasolina para abastecer o seu caminhão, em seguida continuou a viajar quando ele estava parado esperando abastecer o caminhão uma moça que tinha lá no posto subiu escondida dele em seu caminhão na parte de trás sem ele dá fé e foi junto com ele .

Quando o caminhoneiro parou no local de pegar a carga dele, estava essa moça ela desceu do caminhão e foi logo em sua direção contando o porque que ela fez isso, então ela disse que estava cansada de sofrer em sua vida e resolveu ganhar o mundo para ver se a vida dela melhorava e o caminhoneiro foi embora.

Certo tempo depois ele encontrou essa mesma moça num posto de gasolina de novo esperando carona para voltar para sua casa que estava arrependida de ter saído ai a fora sem saber para onde ia, o caminhoneiro levou ela de volta e deixou em certo canto e nunca mais a viu. Então o caminhoneiro foi um homem muito bom em ter dado carona duas vezes a mesma pessoa sem nunca ter a visto.