estética · “não com o coração ou com os sentimentos, mas com os sentidos, rede de...
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Aisthesis
Raiz: aish Verbo: aisthanomai: sentir
“Não com o coração ou com os sentimentos, mas com os sentidos, rede de percepções físicas”
Barilli, Curso de estética.
• A palavra estética foi introduzida pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten
em 1735. Ele foi influenciado pela leitura de Leibniz e sistematizou a
questão da beleza como “uma experiência sensorial de
reconhecimento da perfeição”.
• A palavra “estética” é derivada do grego aisthesis que significa “sentir”. Segundo Abbagnano, no Dicionário de Filosofia, o termo “estética” designa a ciência (filosófica) da arte e do belo. A partir dos tempos modernos os termos “arte” e “belo” formam um par constante, o que não acontecia anteriormente pois, para a filosofia antiga, a arte e o belo eram considerados separadamente. A história da “estética” apresenta uma grande variedade de definições da arte e do belo.
•
A preocupação com o conhecimento
Os primeiros filósofos preocupavam-se com a origem e ordem do mundo (Kosmos), assim como com a questão do ser (ontologia). No
mundo grego antigo, destacam-se duas atitudes filosóficas a respeito do
conhecimento: a dos sofistas e a de Sócrates.
Sofistas:
• Diante da diversidade de filosofias anteriores acreditavam que apenas poderiam existir opiniões subjetivas sobre o mundo e o ser. Para isso, a linguagem era o instrumento de persuasão de idéias. Então, a verdade torna-se uma questão de opinião e de persuasão.
Sócrates
Em oposição aos sofistas afirmava que a verdade poderia ser conhecida, para além da opinião e das palavras. Conhecer para Sócrates é passar da aparência para a essência, do ponto de vista individual para o universal.
Como solucionar o conflito da contradição/mudança e
identidade/permanência?
• Platão(427 – 347 A.C.)
Solução de Platão
Platão: concorda com o mundo de Heráclito sujeito a mudanças constantes, mas para Platão esse é o mundo das aparências (mito da caverna). O mundo verdadeiro é o mundo das essências, sem oposições. O problema, então, passa a ser sobre como sair das aparências e alcançar a essência? Pela dialética.
Aristóteles
não concorda com o ponto de vista de Heráclito no qual as mudanças dependem dos contrários, mas de
desenvolvimentos de potencialidades. Para Aristóteles, Parmênides tem razão o pensamento e a linguagem
exigem uma identidade, e Heráclito também tem razão pois as coisas mudam. Aristóteles, no entanto, não
concorda com a dialética de Platão, pois ela pode ser apenas um instrumento da retórica. Aristóteles então
criou a “analítica” que mais tarde chamará lógica.
PlatãoPlatão
O conceito clássico de arte. A tékhnê. A mímese. A aparência e a essência.
A dialética.
Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas, seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás, nem para o lado...
A entrada da caverna permite que alguma luz ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de alta fogueira externa...
Entre ela e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Dica: ver filme O Enigma de Kasper Hauser de Werner Herzog
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos fora da caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado?
Em primeiro ligar olharia para a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna...
...e, deparando com o caminho ascendente, nele entraria.
Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira, na realidade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela.
Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas, e prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas…
Resumo conforme Marilena Chauí em Convite à Filosofia
...descobrindo que em toda a sua vida, não vira nada além de sobra de imagens e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro voltaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los...
O que aconteceria nesse retorno?
O que é a caverna?Que são as sombras das
estatuetas?Quem é o prisioneiro que se
liberta e sai da caverna?O que é a luz exterior do
sol?.......
Na República
“O espelho (e o quadro) não produz as coisas em sua verdade, mas coisas em sua ‘aparência’. O artesão que faz uma cama não produz a ‘realidade’ desse utensílio, mas um análogo.” Mas o pintor, apenas reproduz um aspecto da cama. Ele pinta um phántasma.
Mas, sobre a “beleza”, Platão diz através de Fedro:
• “ela é a única que tem o privilégio de poder ser aquilo que está mais em evidência e cujo encanto é o mais atraente”. Enquanto que as outras idéias, “justiça, sabedoria, não possuem nenhuma luminosidade nas imagens desse mundo”.
Platão: posições positiva e negativa em relação à arte
“Na verdade, Platão não condena as artes enquanto artes; o seu gosto conscientemente arcaizante leva-o a condenar o ilusionismo da arte de sua época, na qual ele vê uma concepção próxima dos sofistas.”
Jean Lacoste em A filosofia da arte.
O poeta imita os sons da natureza: onomatopéias
“Assim, Platão reúne o pintor, poeta* e o sofista numa mesma definição da aparência enganadora e dúplice”.
O poeta imita os sons da natureza: onomatopéias
Elogio da música
. A música, no entanto, é uma dádiva de Apolo e cumpre papel essencial na formação do jovem cidadão.
• A Poética de Aristóteles foi, de acordo com Dickie et alii,
• "o primeiro estudo minucioso dos princípios estruturais das obras de arte, o primeiro tratado sistemático a lidar com a arte poética como um fazer genuíno do qual se origina um todo orgânico, idéia matriz na concepção da obra de arte que tem perdurado por mais de vinte séculos".
Para Aristóteles, há uma relação fundamental entre arte e natureza: cabe à arte imitar a natureza e ao artista encontrar as formas e os materiais adequados a esse processo de representação.
"a arte não imita coisas, idéias ou conceitos. Ela mostra como a natureza trabalha e assim o faz através da construção de suas próprias criações, daí seu poder transfigurador. As obras não são réplicas ou cópias, mas ficções reveladoras, produtos da imaginação criativa para o fazer (...) Na junção da ‘téchne’, sabedoria na operação com os meios, com a ‘poiesis’, capacidade criadora, o poeta é capaz de revelar poeticamente verdades concernentes à natureza e à vida que não apareceriam sem a sua intervenção.“ Lucia Santaela
Práxis artística
Segundo Aristóteles, os seres naturais originam-se de causas necessárias que
independem da nossa vontade.
Os produtos da arte, decorrentes da atividade prática (práxis), são
contingentes, dependendo de nós para existir.
Natureza e Arte ocupam pólos opostos.
A primeira (Natureza) possui movimento próprio e não demonstra a geração e a
corrupção das coisas determinadas pela ação de duas causas principais: matéria e forma. A Segunda (Praxis), que tem na atividade prática o seu princípio produtivo, acrescenta
à Natureza uma dimensão puramente humana, artificial, que em nada participaria
dos processos naturais.
Compondo a Natureza, estão as coisas brutas e os organismos animados, plantas, animais e homens, que nascem crescem e morrem;
no domínio artificial e contingente da arte, os objetos fabricados, os artefatos, que nascem de uma ação formadora, mobilizada pelas necessidades humanas.
As representações poéticas
A arte, como póiesis que é, aproxima-se da Natureza e a ela se assemelha, quer quando forma
simplesmente alguma coisa, quer quando forma imitando.
A epopéia, a tragédia, a comédia, certas espécies de música instrumental e de canto, a dança e a
pintura, referidas por Aristóteles em sua Poética, têm por essência comum imitar a realidade natural e humana, valendo-se, para isso, de
elementos como as cores e figuras na pintura e princípios estéticos gerais, como o ritmo e a
harmonia, aplicáveis aos sons vocais e instrumentais, às palavras na poesia propriamente
dita, e aos movimentos do corpo na dança.
• A tragédia, imitação de uma ação completa, acabada, necessita de caracteres: representa o essencial do destino humano naquilo que tem de grande, nobre e exemplar. O seu efeito estético, a catarse (kátharsis), mostra-nos que essa representação exemplar estende a sua influência ao plano moral da vida.
As ações grandiosas e elevadas, de caracteres bons e nobres, possuem a beleza moral que é própria da alma
e, por isso, constituem objetos dignos de imitação
para a Arte (tragédia).
Essa beleza, no entanto, perde o seu primado com
Aristóteles, que se ocupa da comédia, a qual representa o
feio, como aquilo que, por ser moralmente disforme,
provoca riso.
A imitação, no sentido aristotélico, estende-se mesmo àquelas coisas desagradáveis à vista, repelentes porque ameaçadoras, feias porque sem vida.
• Pode-se concluir do pensamento de Aristóteles que a Natureza seria então uma espécie de arte da inteligência divina e a arte, o prolongamento da Natureza na atividade humana, enquanto esta, a seu modo, dá nascimentos a objetos que, pela composição da matéria e forma, assemelham-se a seres vivos, orgânicos, dotados de alma.
• Aristóteles, então, estabeleceu duas distinções que perduraram por séculos na cultura ocidental.
Ciência/Filosofia X Arte/Técnica(necessário X possível)
Ação (Praxis) X Fabricação (Poiesis)
Mímese
Platão: Imitação
Aristóteles: não é a produção de semelhança, mas é a criação ou
poiesis. Desloca o conceito de mímese do sentido de cópia para o de
representação e transformação.
Idealismo X Realismo
No cinema, segundo Étienne Souriau:
“Tempo diegético”: “realidade de ficcção”
“Espaço diegético”: espaço reconstituído
apenas pelo pensamento do
espectador e susposto ou construído
originalmente pelo autor”
• Mímese: imitação de
uma ação que geralmente
não é narrada por ninguém.
• Diegese: é o relato de um
narrador.
Antidiegéticos: todos os elementos que provocam distanciamento entre o espectador
e o mundo ficcional criado pela narração.
IntradiegéticosExtradiegéticos
Sobre o Belo
“O Belo dirige-se principalmente à visão; mas também há uma beleza para a
audição, como em certas combinações de palavras e na música de toda
espécie, pois a melodia e o ritmo são belos”
Plotino, filósofo neoplatônico que exerceu profunda
influência nos primeiros pensadores
cristãos, inclusive em Santo Agostinho
que adota a concepção de beleza
supra-sensível, imutável e eterna, razão de ser das
coisas belas deste
mundo.
Se as coisas belas se parecem com a alma, é na própria, alma que a beleza melhor se revela. Será preciso então fechar os olhos do corpo para abrir a visão interior, que pode alcançar, afinal, a beleza inteligível, já pertence às idéias, às formas puras e imateriais. Interiorizando a beleza, Plotino, filósofo e místico, fez da Arte um tipo de experiência espiritual e contemplativa.
A espiritualização da Arte
• Indo mais longe que Platão, Plotino entende que a imitação dos objetos
visíveis é um pretexto para a atividade artística, que tem por fim intuir as
essências ou idéias. Mais do que atividade produtiva, a Arte também é
um meio de conhecimento da Verdade.
Plotino deixa ainda mais clara a distinção de Aristóteles que separa teoria e prática, ou
seja, técnicas ou artes
para auxiliar a Natureza – medicina, agricultura
para fabricar objetos com materiais da Natureza – artesanato
para o próprio homem – música ou retórica
Santo Agostinho
Confissões
“Os olhos amam a beleza e a variedade das formas, o brilho e a amenidade das cores. Oxalá que tais atrativo não me acorrentem a alma.”
• 3. Ed., Porto, p. 313.)
Varrão, historiador romano, fará uma classificação que vai perdurar do
século II ao XV
Artes liberais: dignas de homens livresArtes servis ou mecânicas: própria do
trabalhador manual
• Artes liberais: gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música
• Artes servis: medicina, arquitetura, pintura, escultura, olaria, tecelagem, entre outras.
Santo Tomás de Aquino
• Artes que dirigem o trabalho da razão.
• Artes que dirigem o trabalho das mãos.
São Tomás de Aquino- (1227-1274) nasceu em um castelo próximo à cidade de Aquino, Itália, em uma família nobre. Entrou cedo para a ordem Dominicana. Não se sabe com precisão os acontecimentos da sua vida. As universidades surgem no século XII, e elas começam a ter forte atuação e influência. Nas capitais cria-se um ambiente cultural em que irão atuar Alberto Magno e seu discípulo, São Tomás de Aquino. Há uma miscigenação cultural, pois os Sábios da Arábia vêm para a Europa. São Tomás de Aquino entrou para a universidade de Nápoles, onde estudou filosofia.
Santo Tomás de Aquino
Pela doutrina de Santo Tomás de Aquino, o belo está mais próximo da Verdade: a
contemplação exercita o conhecimento, e o deleite, que dela é inseparável, decorre,
sobretudo, da atividade dos sentidos intelectuais, a vista e o ouvido. A
integridade (perfeição, plenitude), a proporção (acordo ou conveniência entre as
partes), e a claridade ou esplendor (adequação à inteligência), são as três
condições do Belo.
Arte na Idade Média
Nesta época, o cristianismo estava no seu apogeu. A Igreja tinha grande influência política e social, e era responsável pela educação. As matérias abstratas eram
muito valorizadas e, com isso, também a arte, que era quase que totalmente
voltada à religião. As principais características as obras de arte da Idade Média (arte gótica) eram: a presença de cores escuras; expressões tristes e/ou angustiadas (neste período, as obras eram carregadas de emoções fortes e significativas) e temas religiosos; não
havia uma preocupação com a qualidade da pintura em termos de simetria (que só será vista a partir do Renascimento), mas
sim com o que ela queria dizer.
Separação entre o Belo e a Arte
• Quanto à arte, o teólogo medieval, que aceita a conceituação genérica de Aristóteles, considera o fazer artístico um hábito operativo, que garante a boa execução das obras, mas que não está diretamente relacionado com a Beleza.
• A arte é operativa, a beleza contemplativa.
Mais claramente: Artes liberais • Na idade média, a formação para as
profissões liberais começava com a absorção do que se chamava as artes liberais. Eram um conjunto de disciplinas, das quais três tratavam essencialmente da linguagem e do pensamento e quatro tratavam dos números, entendidos num sentido muito mais amplo do que hoje estamos acostumados a designar por este nome, e das proporções.
O Trivium e o Quadrivium
• O número seria o sentido geral da forma e da proporção. As quatro disciplinas que lidavam com o número eram a
aritmética, a geometria, a música e a astronomia ou astrologia. A astrologia veio a se dividir em duas áreas: a astrologia esférica, que era o estudo da esfera celeste, e a astrologia judiciária, que era o que hoje chamamos de astrologia - uma especulação, seja científica ou outra coisa, sobre as coincidências temporais entre o que se passa no movimento dos astros e os acontecimentos
terrestres. Tudo isso era considerado parte das matemáticas, ou seja, a matemática era, de modo geral,
a ciência da medida e da proporção. As outras três disciplinas eram a gramática, a lógica ou dialética, e a
retórica.
Trecho do livro de Benedito Nunes, Introdução à filosofia da arte. São Paulo, Ática.
“É muito grande a distância que vai da idéia de Arte como póiesis, atividade formadora que tem por fim a realização de uma obra, à idéia do Belo, objeto de contemplação pura na filosofia platônica. Essa distância diminui na doutrina de Aristóteles, para quem o caráter contemplativo do Belo tende a ajustar-se ao caráter prático da obra de arte”.
“Enquanto Plotino vê na Arte um dos meios pelos quais o espírito humano se relaciona diretamente com a beleza da qual Platão falou, os filósofos cristãos, Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, principalmente, consideram separadamente estas duas idéias, que estarão reunidas de maneira essencial no conceito de Belas-Artes.”
Secs. XVII e XVIII
Artes úteis = medicina, agricultura, culinária, artesanato ...
Artes cujo fim é o belo = pintura, escultura, arquitetura, poesia, música,
teatro, dança.
Com a idéia de “beleza” ligada às artes surgem as “sete belas artes”
“O Renascimento viria a trazer o desenvolvimento da autonomia do Belo frente à esfera do moral”
Lucia Santaella, Estética e Platão a Peirce.
Charles Batteaux – 1713-1780
Conceito de Belas Artes
Cinco “artes nobres” : pintura, escultura, música, dança e
poesia.Duas relacionadas com
elas: arquitetura e eloqüência.
A expressão da estética
Os ingleses: Sublime como
estéticoSublime como um
dos tipos de beleza: a
incomum, a inusitada.
O “desinteresse estético”.
O gosto: Hume
“Havendo certas qualidades que são
universalmente agradáveis, devem,
portanto, existir ‘leis do gosto”
Paradoxo herdado por Kant
O par: belo e sublime
• Duas instâncias de tudo o que nos apraz:
- o prazer meramente sensível - sentimento refinado
•“(...) sublime e belo, são, antes de qualquer coisa,
categorias valorativas, das quais derivam modelos de
expectativa e, inversamente, critérios de precaução contra condutas que não coadunem
com o que é socialmente aceitável segundo os índices de aprovação estabelecidos
por elas.” p. 12
O Belo - Astúcia - Polidez- Cortesia“Pessoas que preferem o belo procuram amigos
honestos, constantes e sérios. Para entretenimento, procuram pessoas agradáveis, gentis e graciosas. “
Qualidade do belo: o amor
Sobre o sublime
• Ousadia (elevada)• Pessoas que preferem o sublime
procuram admiração• A comoção do sublime é mais poderosa
que a do belo• Qualidades do sublime:• Alto respeito
O Juízo de gosto
• “O juízo de gosto é estético” • A complacência que determina o gosto
é independente de interesse.• A complacência no agradável é ligada a
interesse.• A complacência no bom é ligada a
interesse.
Ideal de beleza
• “Não pode haver nenhuma regra de gosto objetiva, que determine através de conceitos o que seja belo. Pois todo juízo proveniente dessa fonte é estético, isto é, o sentimento do sujeito, e não o conceito de um objeto, é seu fundamento determinante. Procurar um princípio do gosto, que forneça o critério universal do belo através de conceitos determinados é um esforço infrutífero, porque o que é procurado é impossível e em si mesmo contraditório.”
“Passagem da faculdade de ajuizamento do
belo à de ajuizamento do sublime”
• O belo: forma / O sublime: disforme
• Conclui Kant:
• “ (...) o verdadeiro sublime não pode estar contido em nenhuma forma sensível, mas concerne somente a idéias da razão.”
Propaganda: parâmetro para a arte nazista
Liberdade e pão
Os soldados morrerão emVão? Jamais.
Hitler constrói
“A descoberta da origem dionisíaca da tragédia Ática devia mostrar, segundo Nietzsche, em que aspecto o drama wagneriano não era uma ópera e representava, pelo contrário, o primeiro ataque contra a civilização otimista e a promessa de um despertar dionisíaco na Alemanha. Nietzsche afirma que Wagner devolve a vida à sabedoria dionisíaca do pessimismo e ao sublime apolíneo do Mito. (...) Tal é o sentido do estranho prazer que se pode ter diante do espetáculo da bela aparência heróica e de seu aniquilamento. O drama wagneriano seria a primeira vitória da música e do mito trágico – belo e sublime ao mesmo tempo – sobre o otimismo moderno, destruidor de toda mitologia”.
Richard Wagner “Obrigado a tiranizar seu público, o
artista moderno desempenhará um papel duplo: virtuose para o cenáculo e charlatão para o público. Assim, Wagner representa o advento do ator na música. ‘Wagner é neurótico’, diz Nietzsche. ‘O artista moderno está muito próximo do histérico”.
• “A necessidade de destruição e de inovação pode ser a expressão de uma força superabundante, ao mesmo tempo sacrílega e prenha de futuro: é o artista dionisíaco.
• “Do mesmo modo, a necessidade de permanência e de eternidade pode nascer do amor ao mundo e da gratidão: é a arte da apoteose”.
• Apoteose: deificação, glorificação.