estética

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ESTÉTICA ESTÉTICA

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Page 1: Estética

ESTÉTICAESTÉTICA

Page 2: Estética

Problemas da Estética

A disciplina filosófica da Estética lida lida com problemas conceituais que emergem do exame

crítico da arte e do estético.

Page 3: Estética

Monroe Beardsley(1958)...

Sugere que a estética é sobre conceitos filosóficos que são usados – muitas vezes sem pensar – por críticos de arte, quando dizem que uma obra de arte, como uma pintura, é bela bela ou

tem valor estéticoestético, que representarepresenta algo, tem uma forma forma bem organizada, pertence a um dado estiloestilo

e exprimeexprime uma dada emoção.

Page 4: Estética

O ESTÉTICOO termo Estética Estética deriva da palavra grega “aesthesis”, que significa percepção.

O filósofo racionalista alemão Alexandre Baumgarten introduziu o termo em 1735 para

referir a ciência da “percepção sensorial”, tendo sido concebido para contrastar com a lógica, a

ciência do “intelecto”e desde então, o termo “estética” tem mantido esta conotação de ter uma

conexão essencial com oque é discriminável perceptivelmente.

Page 5: Estética

Contexto histórico do termo

• Racionalismo alemão deu ao campo estética o seu nome e a razão de ser.

• Os empiristas britânicos estabeleceram a estética como uma disciplina filosófica e estabeleceram as coordenadas de seu desenvolvimento subsequente.

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A questão da estética no séc. XVIII

• Qual a natureza do prazer estético e do juízo estético, o juízo de gosto.

• Para que a Estética fosse considerada uma disciplina filosófica séria era necessário que houvessem princípios que justificassem os juízos estéticos.

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Para Hutcheson (1973), Hume e seus sucessores.... • O juízo estético era primariamente um

juízo de que algo é belo.

• Assim, o desafio era descobrir se havia um tipo especial de prazer que fosse a resposta apropriada à beleza ou um tipo especial de juízo que se fizesse quando se ajuíza que um objeto é belo.

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Conceito de Beleza

• Para Platão: Só a idéia de Beleza é realmente Bela.

As pessoas e as coisas belas só podem aproximar-se da Forma de Beleza.

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Os medievais...• Entendiam que a beleza, o bem e as outras perfeições

eram verdadeiras no mais estrito dos sentidos, apenas no nível mais elevado de realidade.

• O Cristianismo fez eco desta idéia na doutrina de que a beleza é uma das perfeições de Deus.

• A beleza do mundo é derivada relativamente “de uma imagem e reflexo da Beleza Ideal.”

• Agostinho diz que uma pessoa possui beleza de corpo e alma apenas na medida em que se aproxima da beleza perfeita de Deus.

• Tal concepção de beleza está muito longe do que se passou a pensar na estética moderna.

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No iluminismo

• Deixou de se pensar que a beleza tem valor ético ou religioso.

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A beleza para os empiristas do Séc XVIII• A capacidade de um

objeto para produzir um tipo particular de experiência agradável.

• O juízo de que algo é belo era o paradigma do que denominavam o juízo estético ou juízo de gosto.

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• Para que o juízo de que algo é belo não seja uma mera afirmação de agrado ou preferência, tem que haver um padrão de gostotem que haver um padrão de gosto, um princípio de justificação para as afirmações de que algo é belo que, no entanto, preserve a intuição de que os juízos de beleza se baseiam em sentimentos subjetivos de prazer.

• É esta formulação do problema da beleza e do estético que nos chegou e que continua a ocupar os teorizadores.

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O JUÍZO ESTÉTICO

• Os empiristas rejeitavam a idéia de que há padrões universais de beleza:

• A grande diversidade de coisas belas sugere que não existem os cânones ou regras gerais de beleza que alguns clássicos aceitavam na renascença.

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Para Hume

• Somos todos constituídos de um modo que sentimos deleite com os mesmos gêneros de objetos da natureza e das obras de arte...

• No entanto, não temos todos a mesma experiência de fundo, delicadeza de gosto, bom senso, capacidade para fazer comparações e ausência de preconceito que idealmente poderíamos e deveríamos ter.

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Críticos ideais

• Aqueles que tem as capacidades que Hume sugere.

• Todos nós devemos nos submeter ao juízo do que é belo destes.

• Teoricamente todos esses críticos ideais todos concordam entre si.

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Para Kant

Os juízos de gosto, apesar de se basearem em sentimentos subjectivos de prazer, podem reivindicar universalidade ...

Porque o prazer em questão não é nem o deleite sensual nem o prazer do útil, mas antes, um prazer desinteressado prazer desinteressado que emerge do jogo livre harmonioso da imaginação e do entendimento, que são faculdades cognitivas cognitivas comuns a todos os seres humanos racionais. humanos racionais.

Page 17: Estética

Kant pensava que o juízo

estético é desinteressado

porque não se dirige a coisa

alguma na qual tenhamos

interesse ou algo de pessoal

a ganhar, sendo antes um

juízo sobre a forma de um

objeto.

O objeto do juízo estético é o

“propósito sem propósito”, “propósito sem propósito”,

a aparência de algo ter sido

harmoniosamente feito com

vista a um fim apesar de não

ter qualquer fim específico.

Page 18: Estética

Os exemplos de Kant de juízos estéticos

Baseiam-se sobretudo nas

belezas da natureza, como

a forma e doçura da rosa.

Mas as idéias de Kant

influenciaram a fixação da

atenção nos aspectos

formais também das obras

de arte.

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• Alguns críticos encontraram nessa reflexão de Kant uma justificação da perspectiva de que, com respeito tanto à natureza quanto à arte, o juízo estético ou o juízo de gosto se dirige exclusivamente às qualidades formais.

• Esta idéia deriva sem dúvida em última análise da noção clássica de que a medida

e a simetria são importantes ou até definitivas na beleza.

O FORMALISMO EM KANT

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Para os críticos da pintura do séc. XX, como Clive Bell e Clement Greenberg...

• De acordo com Kant significava que só as cores, linhas e formas, e as suas inter-relações, têm importância estética, e que o conteúdo é esteticamente irrelevante.

>Na música, trata-se da doutrina de que só a estrutura é importante.

>Na literatura, os formalistas sublinharam as estruturas dos enredos nas narrativas e o uso de imagens e outros dispositivos retóricos na poesia.

Page 24: Estética

> O formalismo é atraente — chama a atenção para o

que é verdadeiramente artístico numa obra de arte, a

“arte” com que se fez a obra — mas pressupõe uma

distinção entre forma e conteúdo que é muito difícil de

levar a cabo — talvez impossível.

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Século XX Bell pertencia ao movimento da Arte pela Arte que

varreu a Inglaterra em finais do séc. XIX e no início do séc. XX. A ênfase na forma é natural nos críticos das artes abstratas, como a arquitetura e a música instrumental, mas é muito menos plausível em artes como a literatura e a fotografia.

Além disso, como muitas vezes se fez notar, Bell parece estar a definir a boa arte e não a arte simpliciter, e ao definir a boa arte está a atribuir-lhe o seu próprio critério preferido de valor.

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Qualidades estéticas, experiência estética, atitude

estética

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No início do séc. XVIII

> O juízo estéticojuízo estético foi tomado como o juízo de que

algo é belo; e a beleza era explicada em termos

de prazer.

Page 28: Estética

No final do século XVIII

> A noção de juízo estético foi expandida,

passando a incluir juízos do pitoresco e do

sublime, mas o juízo do sublime não é já

inteiramente agradável.

Page 29: Estética

Para Burke

> A fonte do sentimento do sublimesublime como “o que for

adequado para excitar ideias de dor e perigo”, como a

vastidão, o poder e a obscuridade.

Page 30: Estética

Assim que os juízos estéticos deixaram de ter como objeto apenas a beleza.

Abriu-se a possibilidade de conceber o estético não como um tipo particular de

prazer ou como um tipo particular de juízo, mas antes como um certo tipo de um certo tipo de

qualidade de um objecto. qualidade de um objecto.

Page 31: Estética

Qualidades estéticas

>A beleza e o sublime poderiam então ser apenas duas das qualidades estéticas de uma classe muito mais vasta delas...

...como “gracioso,” ...como “gracioso,”

“aparatoso,” “aparatoso,”

“delicado,” “delicado,”

“insípido,” etc.“insípido,” etc.

Page 32: Estética

> Uma questão que surge com a expansão do domínio de qualidades estéticas é saber se todas são corretamente susceptíveis de serem descritas como qualidades formais.

Frank Sibley, que começou a discussão moderna das qualidades estéticas, inclui na sua lista de exemplos não apenas exemplos de qualidades formais que não deixam margem para dúvidas, como “gracioso” e “aparatoso,” mas também qualidades como a “melancolia,” que são

habitualmente entendidas como propriedades expressivas, um subconjunto especial de qualidades

estéticas.

Page 33: Estética

Com relação as qualidades estéticas... Serão qualidades intrínsecas, ou dependerão da

mente?

E se dependem da mente, comportam-se como as

cores, que são percepcionadas de modo semelhante

por toda a gente que tiver olhos em boas condições,

ou são antes como o sabor de caril ou coentros, que

é percepcionado como delicioso e apimentado por

algumas pessoas e repugnante por outras?

Page 34: Estética

Haverá um conjunto de críticos ideais, como Hume

propôs, cujas faculdades sejam mais penetrantes do

que as das outras pessoas e que devam ser os

verdadeiros juízes das qualidades estéticas?

Estas são questões que ainda são objeto de intenso

debate.

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Experiência estética

> É a noção de um prazer estético especialprazer estético especial ou de uma percepção estética .

> Conceito que alargou-se desde o séc. XVIII.

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Atitude estética> A marca do estético é um tipo especial de atitude, que devemos ter perante obras de arte mas que teoricamente podemos ter perante qualquer coisa.

>A atitude estéticaatitude estética tem muitas da características do juízo estéticojuízo estético: é um tipo especial de contemplação desinteressada, tendo muitas vezes a forma de um objecto ou obra de arte como centro da atenção.

Page 37: Estética

A teoria das artes:

Imitação e Representação

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Para Platão

> A poesia e a pintura são

artes da imitação.

> Ele comparava as

imitações a sombras e

reflexos que, nessa

medida, pensava,

afastavam da verdade em

vez de aproximarem.

Page 39: Estética

Aristóteles

> Pensava que as artes da poesia e da pintura eram

imitações da realidade mas, ao contrário de Platão,

pensava que aprendemos com as imitações e que isso

nos dá prazer.

Page 40: Estética

Platão e Aristóteles foram os primeiros a teorizar sobre a

poesia e a pintura como formas de imitação, mas não as

concebiam como uma categoria especial de “belas artes”

ou Arte com maiúscula.

Os gregos da antiguidade não tinham concepção “do

estético”. As artes da pintura e da escultura eram gêneros de

technê ou ofício.

Page 41: Estética

A palavra “arte” deriva da forma latinizada do grego

technê, que significa um “corpo de conhecimentos e

aptidões organizados para a produção de mudanças

de um tipo específico em matéria de um tipo

específico,” como as artes do sapateiro ou do couro .

A arte da poesia tinha um papel educativo mais

importante como fonte da educação moral, mas

também era uma arte da imitação.

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Teoria da forma

Page 43: Estética

Na Renascença e no Esclarecimento

> Sob a influência de Aristóteles e dos seus

descendentes do período clássico, tornou-se um lugar

comum que os poemas e pinturas imitavam ou

representavam o mundo.

Page 44: Estética

Na síntese do séc. XVIII das belas artes como artes da imitação da natureza bela...

> As belas artes são > As belas artes são

artes de imitação.artes de imitação.

>Vemos aqui o começo de um

conflito que ainda hoje

persiste, grosso modo, o

conflito entre conceber as

artes como algo que aspira à

forma bela ou como algo que

nos mostra o modo como as

coisas são no mundo.

Page 45: Estética

A idéia de que todas as artes são artes de imitação tem

parecido cada vez mais implausível no mundo

contemporâneo, onde uma tendência para a abstração é

a regra nas artes visuais, e onde até a literatura tem até a literatura tem

chamado a atenção para os seus aspectos formais, ao chamado a atenção para os seus aspectos formais, ao

invés da narrativa apresentadainvés da narrativa apresentada.

Page 46: Estética

Expressão

Page 47: Estética

No período Romântico

> Os artistas e escritores começaram a descrever a sua

atividade não apenas como uma imitação de uma

realidade inerte mas como a expressão das suas

próprias perspectivas emocionais sobre o mundo.

>Depois da teoria da imitação, a grande tentativa

seguinte de definir a Arte foi a teoria da arte como Arte foi a teoria da arte como

expressão.expressão.

Page 48: Estética

Kant...

> Destaca o papel da imaginação o papel da imaginação na arte, e o papel do o papel do

gêniogênio que “dá à arte a regra”. “dá à arte a regra”. i.e., que faz as suas

próprias regras em vez de obedecer a cânones

convencionais.

Page 49: Estética

> A noção platônica do artífice que sabia fazer A noção platônica do artífice que sabia fazer

esculturas ou poemas e que só era criativo na medida esculturas ou poemas e que só era criativo na medida

em que fosse inspirado pelos deuses, em que fosse inspirado pelos deuses, deu lugar à idéia

do artista que usava a sua imaginação criativa artista que usava a sua imaginação criativa para

inventar novas expressões de novas idéias e emoções.

Page 50: Estética

> A noção de Kant de que

a marca do gênio é

inventar “idéias

estéticas”....

> ...foi retomada por Hegel, que

argumentou que a arte é um dos arte é um dos

modos da consciência pela qual modos da consciência pela qual

o homem chega ao o homem chega ao

conhecimento do Espírito conhecimento do Espírito

Absoluto;Absoluto; especificamente, é o

modo de consciência no qual as

idéias ganham corpo numa

forma sensual.

Page 51: Estética

Teorias mais recentes de Expressão...

> Goodman diz: que a

expressão é

exemplificação

metafórica.

>Neste sentido, uma obra de arquitetura pode exprimir algumas das suas propriedades estéticas, a sua graça, o seu ar ameaçador, a sua sagacidade, e pode literalmente exemplificar a sua massa, a sua solidez e talvez o seu estilo.

Page 52: Estética

Com o passar do tempo...

> Tanto a teoria da imitação, como a teoria da arte

como forma e a teoria da expressão parecem incapazes

de fornecer uma definição de arte que abranja todas as

coisas que as pessoas das sociedades ocidentais

querem geralmente contar como arte.

Page 53: Estética

Teoria institucional da arte

Page 54: Estética

A jogada mais popular, contudo, tem sido

procurar uma definição que não apele a

propriedades exibidas, tais como a forma de uma

obra, o seu conteúdo representacional ou as suas

qualidades expressivas, mas antes para

características históricas ou contextuais da

obra.

Page 55: Estética

Para George Dickie > O conceito de mundo da arte não refere um corpo de teoria mas um grupo particular de pessoas — artistas, curadores, críticos de arte, o público dos museus — e argumentou que, grosso modo, algo é arte se for o género de coisa que é concebida para ser apresentada aos membros do mundo da arte.

> Mas se entendermos o

mundo da arte deste modo,

então uma vez mais a teoria

não será de fácil aplicação

em culturas onde não há

curadores, críticos ou

museus, e nada que se

pareça a um “mundo da

arte.”

Page 56: Estética

> Talvez possamos definir a arte em termos dos em termos dos

tipos de intenção que presidiram tipos de intenção que presidiram

tradicionalmente à sua criaçãotradicionalmente à sua criação ou dos tipos de dos tipos de

resposta que tradicionalmente promoveram.resposta que tradicionalmente promoveram.

Page 57: Estética

Significado e interpretação

> Não podemos limitar-

nos a contemplar a

beleza de uma obra de

arte.

> Precisamos de apreender as

idéias que estão por detrás

delas, idéias que podem nem

se manifestar na superfície

estética, pelo menos até o

artista ou o seu substituto as

fazer notar.

Page 58: Estética

O que é interpretar uma obra de Arte?

Page 59: Estética

No final do século XX

> Os filósofos analíticos Os filósofos analíticos

da literaturada literatura: que tendem a

sublinhar a importância de

compreender as intenções

prováveis do autor ao

construir uma obra.

> Os Pensadores

continentais.

Page 60: Estética

Os pensadores continentais

* A teoria alemã da recepção considera que a interpretação é primariamente determinada pelas respostas dos leitores e não pelas intenções do artista.

* Os pensadores da tradição estruturalista e pós-estruturalista sublinham a importância do modo como os leitores ou espectadores decifram ou desconstroem as obras de arte, pondo a nu uma abundância de significados possíveis permitidas pelas estruturas entrelaçadas de um texto, assim como pelas suas interações com outros textos

Page 61: Estética

* Os teorizadores marxistas, freudianos e feministas reinterpretaram obras do passado partindo da perspectiva dos pressupostos do leitor contemporâneo, que pode muito bem não ter sido a do autor da obra.

> Tanto nas tradições analíticatradições analítica como continental,continental, contudo, tem sido sublinhada a importância de levar em linha de conta o contexto cultural do artista e do leitor.

Page 62: Estética

A vontade de interpretar chegou até à estética da natureza.

Em vez de contemplar apenas a beleza de uma queda de água, de uma flor ou de uma montanha, há quem argumente que devemos basear a nossa apreciação no conhecimento científico que temos acerca do que estamos a ver (Carlson 2000) e que quanto mais sabemos sobre isso mais deleite estético teremos.

Page 63: Estética

Ontologia

O que estamos interpretanto quando

interpretamos uma obra de Arte?

Page 64: Estética

> As pinturas e as

esculturas e obras de

arquitetura são

objetos físicos

individuais.

Page 65: Estética

> Os romances,

sinfonias, gravuras e

obras de arte digital são

tipos objetos abstratos

de um certo gênero.

Page 66: Estética

A interpretação está necessariamente ligada a Ontologia

As obras de arte são objetos culturais, objetos com significado cultural, de modo que não podem ser

tratadas simplesmente como indivíduos, à semelhança de mesas e cadeiras, por um lado, ou como tipos

abstratos, à semelhança do metro padrão, por outro.

Seja uma obra de arte um indivíduo ou um tipo, tem de ser identificada em parte por meio do contexto cultural que lhe deu origem; daí a importância das intenções do artista e do contexto histórico, geográfico e intelectual

em que o artista operava.

Page 67: Estética

Qual a relação da arte com o conhecimento?

Se as obras de arte são símbolos que precisam de

estudo atento para libertar os seus significados, então é

razoável esperar que façam avançar as nossas aptidões

cognitivas e que revelem verdades sobre o mundo.

Page 68: Estética

Platão

> Rejeitou as pretensões da poesia ao

conhecimento, argumentando que as

sombras e os reflexos nos afastam da

verdade, em vez de nos aproximarem.

Page 69: Estética

Aristóteles

> Argumentou que a poesia é mais

filosófica do que a história, porque é sobre

universais e não sobre particulares, sobre o

provável e não sobre o efetivo.

Page 70: Estética

Período Clássico

>As artes foram concebidas como artes da imitação, as

obras de arte poderiam ser um meio para o

conhecimento de um modo muito direto: se uma

pintura da coroação de Napoleão é uma imitação ou

representação da coroação, então pode dizer ao mundo

em geral que Napoleão foi coroado imperador, como

foi o acontecimento, e quão importante foi.

Page 71: Estética

No Romantismo

>As artes eram concebidas como expressões das

atitudes e emoções do artista, o conhecimento que se

poderia esperar que as obras de arte fornecessem era o

conhecimento das emoções, tanto do artista quanto das

nossas. O artista trabalhava as suas emoções para nós

de um modo que as podemos recrear na imaginação e

assim chegar ao auto-conhecimento.

Page 72: Estética

Teorias Atuais

>A tendência é menos ambiciosa e sublinha que as

obras de arte não são as melhores condutas do

conhecimento científico proposicional, mas que nos

podem ensinar de outros modos.

Page 73: Estética

Hoje pensa-se que ...

> As pinturas, esculturas, filmes e outras artes visuais

podem ensinar-nos a fazer melhores discriminações

perceptivas de vários tipos.

> Considera-se que os romances, filmes, peças de

teatro e contos visam educar as nossas emoções e

ensinar-nos valores morais.

Page 74: Estética

Como a Arte se relaciona com a emoção?

Page 75: Estética

Alguns acreditam que a compreensão de qualquer tipo de obra de arte pode ser alcançada em parte ao

fazer despertar emoções.

>Por exemplo, ao sentirmo-nos surpreendidos, perplexos e finalmente aliviados pelo modo como os temas e harmonias se comportam numa peça musical pode alertar-nos para a sua forma ou estrutura.

>Despertar as nossas emoções pelo desenvolvimento gradual do enredo de uma novela pode chamar-nos a atenção para importantes pontos estruturais centrais.

Page 76: Estética

> No caso literário, as nossas emoções também podem ajudar-nos a compreender não apenas as obras de arte em si,

mas também algo da própria vida.

> Ao responder com compaixão ao modo como as personagens se sentem e respondem e ao que é a

importância das suas várias situações, aprendemos o que é estar em várias situações estranhas.

> Responder com compaixão a personagens de um romance pode dar-nos experiência na compreensão de outras pessoas

na vida real.

Page 77: Estética

Arte e Valor

Onde está o valor da Arte?Onde está o valor da Arte?

Page 78: Estética

Para os formalistas

> O valor da arte é com toda a

probabilidade puramente estético: consiste

em fornecer prazer estético ou emoção

estética.

Page 79: Estética

Os da Teoria da expressão

>Valorizam as artes porque estas podem

articular as emoções do artista ou

comunicam emoções de uma pessoa para

outra.

Page 80: Estética

Os teóricos cognitivos

> Sublinham o significado e interpretação

das obras de arte sublinham os valores

cognitivos da arte, a sua capacidade para

melhorar a nossa cognição perceptiva e

emocional do mundo.

Page 81: Estética

>Um problema que tem sido muito discutido conduz-nos de volta ao séc. XVIII e às origens da teoria

estética. A questão é saber se o valor estético das artes A questão é saber se o valor estético das artes inclui outros gêneros de valor.inclui outros gêneros de valor.

> Na sua maior parte, os pensadores da área rejeitaram a idéia de que o valor monetáriovalor monetário tem qualquer relação

com o valor estéticovalor estético, distinguindo também a maior parte deles o valor estéticovalor estético de uma obra de arte do seu

valor como documento histórico ou arqueológico. valor como documento histórico ou arqueológico. > Mas não há um consenso claro sobre se o valor da arte inclui o valor moral, ou se devemos manter uma

divisão nítida entre os domínios do moral e do estético.

Page 82: Estética

>Quem pensa que as obras de arte são primariamente concebidas para fornecer experiências estéticas, tem maior probabilidade de pensar que o valor moral é

irrelevante para o valor estético.

> Mas para quem pensa que as artes são repositórios ricos de valores de todos os gêneros, incluindo valores cognitivos e emocionais, o valor moral será apenas

uma fonte mais de valor artístico numa obra.