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1 junho 2018 | ESPECIAL Charles Platiau/Reuters Este suplemento faz parte integrante do Jornal Económico Nº 1939 não pode ser vendido separadamente Ensino superior responde a desafios do mercado Novas disciplinas, novas especiali- zações, novos mestrados e novos doutoramentos estão em prepara- ção para 2018/2019. Na Faculdade de Ciências Humanas da Universi- dade Católica, por exemplo, o mestrado em Serviço Social irá apresentar uma nova especializa- ção em Empreendedorismo e Ino- vação Social, uma área que, segun- do Nelson Ribeiro, diretor da Fa- culdade, tem motivado um grande interesse por parte de instituições do terceiro setor com os quais mantém relações de colaboração. No campo das licenciaturas, há a assinalar a chegada a Lisboa da li- cenciatura global em Marketing do IPAM, para responder ao “cres- cente interesse por este tipo de programas”. Até agora o curso es- tava apenas disponível na institui- ção do grupo Laureate Internatio- nal Universities no Porto. No vasto porte fólio da oferta do ISEG/IDEFE, composta por 28 pós-graduações, destacamos, tam- bém a título de exemplo, a pós- -graduação em Gestão Fiscal Avançada lançada já este ano e com uma próxima edição agenda- da para outubro. Trata-se de um curso de elevada qualidade em fis- calidade, uma área muito específi- ca, com um corpo docente de três tipos - docentes do ISEG, vindos da consultora especializada na área fiscal, parceira da iniciativa, e es- pecialistas da Autoridade Tributá- ria-, no que é claramente diferen- ciador. A inovar está igualmente a Fa- culdade de Economia da Universi- dade de Coimbra. A diretora Maria Teresa Pedroso Lima revela que 2018 vai trazer o doutoramento em Economia Política, em parceria com o ISCTE e o ISEG. Nascerão também dois cursos de especializa- ção: Gestão e Direção em Saúde, que associa as Faculdades de Eco- nomia, Medicina e Farmácia da UC e China e os Países de Língua Por- tuguesa na Economia Mundial: Comércio, Turismo, Cooperação e Desenvolvimento, que “responde ao interesse crescente na relação da China com os Países de Língua Portuguesa”. O lançamento de um programa de doutoramento em Ciências Empresariais, em parceria com cerca de duas dezenas de gran- des empresas estabelecidas em Por- tugal, é a grande novidade da Uni- versidade Portucalense. SAÍDAS PROFISSIONAIS ESPECIAL

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1 junho 2018 | ESPECIAL

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Este suplemento faz parte integrante do Jornal Económico Nº 1939 não pode ser vendido separadamente

Ensino superior respondea desafios do mercadoNovas disciplinas, novas especiali-zações, novos mestrados e novosdoutoramentos estão em prepara-ção para 2018/2019. Na Faculdadede Ciências Humanas da Universi-dade Católica, por exemplo, omestrado em Serviço Social iráapresentar uma nova especializa-ção em Empreendedorismo e Ino-vação Social, uma área que, segun-do Nelson Ribeiro, diretor da Fa-culdade, tem motivado um grandeinteresse por parte de instituições

do terceiro setor com os quaismantém relações de colaboração.

No campo das licenciaturas, há aassinalar a chegada a Lisboa da li-cenciatura global em Marketingdo IPAM, para responder ao “cres-cente interesse por este tipo deprogramas”. Até agora o curso es-tava apenas disponível na institui-ção do grupo Laureate Internatio-nal Universities no Porto.

No vasto porte fólio da oferta doISEG/IDEFE, composta por 28

pós-graduações, destacamos, tam-bém a título de exemplo, a pós--graduação em Gestão FiscalAvançada lançada já este ano ecom uma próxima edição agenda-da para outubro. Trata-se de umcurso de elevada qualidade em fis-calidade, uma área muito específi-ca, com um corpo docente de trêstipos - docentes do ISEG, vindosda consultora especializada na áreafiscal, parceira da iniciativa, e es-pecialistas da Autoridade Tributá-

ria-, no que é claramente diferen-ciador.

A inovar está igualmente a Fa-culdade de Economia da Universi-dade de Coimbra. A diretoraMariaTeresa Pedroso Lima revela que2018 vai trazer o doutoramentoem Economia Política, em parceriacom o ISCTE e o ISEG. Nascerãotambém dois cursos de especializa-ção: Gestão e Direção em Saúde,que associa as Faculdades de Eco-nomia,Medicina e Farmácia daUC

e China e os Países de Língua Por-tuguesa na Economia Mundial:Comércio, Turismo, Cooperação eDesenvolvimento, que “respondeao interesse crescente na relação daChina com os Países de LínguaPortuguesa”. O lançamento de umprograma de doutoramento emCiências Empresariais, em parceriacom cerca de duas dezenas de gran-des empresas estabelecidas em Por-tugal, é a grande novidade da Uni-versidade Portucalense. ●

SAÍDAS PROFISSIONAISESPECIAL

II | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

O concurso nacional de acesso de2017/2018 foi dominado pela En-genharia. O número de alunos su-biu 11% e cinco cursos figuraramno top 10 das notas mais elevadas.

Engenharia Aeroespacial, doTécnico, repetiu pelo segundoano consecutivo o lugar de cursocom média de entrada mais eleva-da na universidade: 18,80 valoresteve o último aluno colocado naprimeira fase do concurso nacio-nal de acesso, via de entrada no

ensino superior público. Segui-ram-se Engenharia Física e Tec-nológica, também do Instituto Su-perior Técnico, e Engenharia eGestão Industrial, da Faculdade deEngenharia da Universidade doPorto (FEUP), a uns ‘pozinhos’ dedistância.

O excelente desempenho das en-genharias não se limitou a arreba-tar os primeiros lugares das mé-dias mais altas. Com efeito, o nú-mero de alunos que escolheu estu-dar este ramo do saber aumentouconsideravelmente face ao ano le-tivo anterior. Foram quase mais demil alunos. O número cresceu de

8.301, em 2016, para 9.235, em2017/2018, o que se traduziunuma subida de 11%.

Ao Jornal Económico, o Basto-nário da Ordem dos Engenheiros,Carlos Mineiro Aires, fez, na oca-sião, a leitura dos resultados: “Osjovens deixaram de ter medo daMatemática e da Física, há o enten-dimento de que o futuro passa pordeterminadas áreas da Engenhariae começaram a dedicar-se a elas.”

Nummundo tecnológico em queas engenharias se assumem como omotor em várias frentes, “é bom”para todos que este salto se esteja,finalmente, a dar, justifica Carlos

Mineiro Aires: “Sem engenhariasnunca haverá desenvolvimentonem crescimento, é bom para as fa-mílias, que não vêem os seus filhospartir e é bom para a Ordem, quetem o resultado do que sempre de-fendemos – que é fundamental opaís apostar na educação e na for-mação de engenheiros.”

Alémdos já referidos, o top10 doscursos com notas mais altas do con-curso nacional de acesso de2017/2018 regista mais dois cursosligados às engenharias: Bioenge-nharia, da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto (FEUP),em quinto, e Engenharia Biomédi-

Consolidação dasengenharias é tendênciano ensino superiorOs cursos de Engenharia lideraram as notas de entrada no ano passado e cresceramem número de alunos. Acredita-se que este ano não será muito diferente.

ALMERINDA [email protected]

CURSOS

Os jovens deixaramde ter medoda Matemáticae da Física, háo entendimentode que o futuro passapor determinadasáreas da Engenhariae começarama dedicar-se a elasCarlos Mineiro AlvesBastonário da Ordem dos Engenheiros

18,80Média do último aluno colocadoem Engenharia Aeroespacial.

9235Número de alunos que entraramnum curso de Engenharia em 2017/18.

46544Alunos colocados no ensino superiorpúblico via concurso nacional.

1 junho 2018 | III

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A Associação de Estudantes doISEP em parceria com o Instituto-Superior de Engenharia do Portopromove as III Jornadas de Em-prego e Engenharia do ISEP, en-tre os dias 4 e 6 de junho. Conti-nental-Mabor, Mota-Engil, De-loitte, Celfocus, Yazaki Saltano,Blip, Bosch e Tintas 2000 são al-gumas das cerca de quatro deze-nas de empresas que vão disponi-bilizar cerca de 600 ofertas deemprego.

Ao longo da iniciativa, os parti-cipantes terão à sua disposição umsistema de cartões que facilita oprocesso de entrega de currículos.Para o efeito têm de registar-se nosite oficial das III Jornadas de Em-prego e Engenharia, carregar ocurrículo e passar depois pelosstands das empresas com o cartão,onde os dados serão automatica-mente descarregados.

As cerca de 40 empresas pre-sentes terão a obrigatoriedade defazer um donativo mínimo de umeuro, que reverte inteiramentepara o prémio final do Concursode Empreendedorismo – Made inISEP.

Na última edição foram atribuí-dos cerca de 4500 euros em formade bolsa de estudo. Além das ofer-tas de emprego e do concurso deempreendedorismo, os estudan-tes podem assistir a palestras so-bre temas atuais e de futuro daEngenharia.

A iniciativa, que se desenrolanuma tenda de mil metros quadra-dos, marca o culminar do Concur-so de Empreendedorismo – Madein ISEP, que visa premiar as men-tes mais inovadoras e empreende-doras. “O ensino superior deve sersustentável e inovador, tal só épossível com o contributo ativodos jovens. Por isso, devemos sernós os principais agentes de sensi-bilização do País, para que sejamcriadas condições profícuas ao de-senvolvimento do potencial juve-nil”, salienta o presidente da dire-ção da Associação de Estudantesdo ISEP, DanielMagalhães. ●

ISEPabre portasa Fórumde Empregoe Engenharia

A iniciativa visa promovero emprego jovem,proporcionando umcontacto direto com asempresas e a aquisiçãode novas competências.

EMPREGABILIDADE

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ca, do Instituto SuperiorTécnico deLisboa, em nono. Há ainda a assi-nalar que nas cinco instituições deensino que registam as notas míni-mas de entrada mais elevadas dopaís – Universidade do Porto,Universidade do Minho, Univer-sidade de Lisboa, UniversidadeNova de Lisboa e Instituto Politéc-nico do Porto –, os graus de preen-chimento de vagas situaram-seacima dos 98%. Em dois destes ca-sos - UMinho e Nova -, a cobertu-ra foi plena.

“Portugal tem meios, escolas ecapacidades únicas, temos apetên-cia para a tecnologia e para estescursos. Os estudantes apercebe-ram-se disso e os resultados estãoaí”, congratula-se o Bastonário daOrdem dos Engenheiros.

O concurso do ano passado co-locou 46.544 estudantes no ensi-no superior público, 59% dosquais no ensino universitário e41% no ensino politécnico. Noque diz respeito às áreas de for-mação, as engenharias e técnicasafins, Saúde e Ciências Empresa-riais lideraram no número de co-locações. As Artes e Ciências doComportamento registaramigualmente mais de três mil estu-dantes colocados cada. Em con-trapartida, Agricultura, Silvicultu-ra e Pescas, Serviços de Segurançae Indústrias Transformadoras fo-ram as áreas de estudo menos ape-lativas para os estudantes no con-curso do ano passado. ●

IV | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

O que procuram as empresasnos recém-licenciados?

O grupo de retalho JerónimoMartins recruta em Portugal porano cerca de três centenas de pro-fissionais recém licenciados emestrados.

Patrícia Espírito Santo, head ofTalent and Engagement do grupoJerónimo Martins explica ao Jor-nal Económico que os jovens li-cenciados e mestrados podem ini-ciar a sua carreira no grupo, querpor contratação direta para umafunção em aberto, quer como par-te integrante de um dos programasvocacionados para o talento jo-vem: o Programa Geral de Gestãode Loja, disponível nas compa-nhias Pingo Doce e Recheio, e osprogramas de Management Trai-nees (Operations e International).

Que áreas de estudo dão maisoportunidades de trabalho aos jo-vens?

Patrícia Espírito Santo explicaque, o grupo recruta perfis mui-to diversificados. “Investimos nacomplementaridade das equipase consideramos as áreas de estu-do como pontos de partida, quenão limitam as opções de carrei-ra. Para ser um bom profissio-nal, seja em que área for, é ne-cessário continuar a aprender e aestudar, ao longo da vida, sejamalunos de Gestão, Ciências, En-genharia, Tecnologia, Artes ouHumanidades.”

Para funções de elevada com-ponente técnica, o recrutamentoincide em profissionais combackground específico, cuja áreade estudo esteja relacionada como negócio: Logística, SupplyChain, Qualidade, área Alimen-tar. Atualmente, acrescenta ahead ofTalent and Engagement daJerónimo Martins, no mercadohá bastante procura por perfistecnológicos, data analytics e tudoo que é relacionado com ferra-mentas e conteúdos digitais.

AdvocaciaCom 134 colaboradores dos quais97 advogados, a SRS é uma dasmaiores empresas do setor e umadas que mais oportunidades cria.

“Em média por ano são cinco ouseis os recém-licenciados que in-tegramos, mas já integramos numano, recentemente, cerca de 20”,revela José Luís Moreira da Silva,sócio da SRS Advogados, respon-sável pelo Departamento de Re-cursos Humanos, ao Jornal Eco-nómico.

Além de uma empresa como aSRS, onde pode trabalhar um jo-vem licenciado em Direito? O Di-reito permite inúmeras possibili-dades de vida profissional, explicaJosé Luís Moreira da Silva: “Umadelas é trabalhar como advogado,designadamente integrado numadas várias sociedades de advoga-dos existentes em Portugal, masoutras hipóteses existem no setorpúblico ou mesmo no sector pri-vado, ingressando nos respetivosdepartamentos jurídicos, ou fa-zendo carreira nas magistraturas,do ministério público ou no judi-cial, ou nos registos e notariados,entre muitas outras.”

TecnologiaA Glintt é umamultinacional por-tuguesa com 1050 colaboradores,dos quais mais de 150 são jovens-

A retalhista Jerónimo Martins, a firma de advogados SRS e a tecnológica Glintt explicam ao Jornal Económico como filtramo talento e funcionam como porta de entrada para recém-licenciados e mestres.

ALMERINDA [email protected]

TALENTO

No mercado hábastante procurapor perfistecnológicos,data analyticse tudo o que érelacionado comferramentase conteúdos digitais

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-recém graduados, recrutados nosúltimos dois anos através de umprograma de formação – a Acade-mia Glintt. A média de idade estános 37 anos. “Acumulamos know--how, amadurecemos, mas temosvindo a rejuvenescer ao longo dosanos”, sublinha Inês Viana Pinto,manager dos Recursos Humanosda Glintt ao Jornal Económico,justificando: “Para a Glintt daruma oportunidade aos jovens re-cém-licenciados, é uma aposta ga-

nha. Uma aposta que se concretizaem ideias diferentes e inovadoras,que resultam em grande medidada discussão e trabalho intergera-cional.” Este pensamento foi, deresto, o mote para a criação daAcademia Glintt, uma iniciativade captação de talento que contri-bui ativamente para a formação deprofissionais, conferindo-lhes fer-ramentas para construírem umacarreira no setor. Prova disso sãoos resultados das edições anterio-

res. Em 2016, a empresa integrou74 trainees e em 2017 repetiu a ex-periência, ultrapassando o núme-ro de integrados: 79.

As inscrições para a edição de2018 já abriram e decorrem até 31de julho. Em setembro arranca aacademia com a participação de jo-vens de áreas como EngenhariaInformática, Sistemas e Tecnolo-gias de Informação, EngenhariaBiomédica, Ciências Farmacêuti-cas e Gestão e Economia. ●

1 junho 2018 | V

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RGPD ajudaa prevenircrime digital

Num mundo onde as ameaçasdigitais surgem de todo o ladoe têm cada vez mais impactonas organizações, o Regula-mento Geral de Proteção deDados (RGPD) deve ser enca-rado como promotor de pro-teção adicional para um dosativos mais importantes dasempresas: os dados dos seusclientes.

Atualmente, poucas são asorganizações que não vêemno conjunto dos dados dosseus clientes um ativo precio-so. No entanto essa perceçãonão foi necessariamenteacompanhada por uma estra-tégia de comunicação nempela adoção dos meios e pro-cessos mais indicados para otratamento e aplicação desseBigData.

Durante anos verificou-seuma recolha desenfreada deinformação pessoal sobre osutilizadores. Não interessavase esses dados iriam ser úteisou não; a informação era ar-mazenada em algum lugar, naesperança de um dia vir a serutilizada - mas frequentemen-te acabava esquecida…

Acontece que, além do po-tencial para abuso que uma re-colha de dados desmedida tem- e que o Regulamento Geralpara a Proteção de Dados(RGPD) vem abordar, as Ba-ses de Dados com informaçãosensível devem ser tratadas eprotegidas de forma eficaz.Afinal de contas vivemos nummundo de crescentes ameaçasdigitais, onde enormes quan-tidades de dados pessoais sãoroubadas por hackers, provo-cando elevados prejuízos àsempresas e, não poucas vezes,às pessoas a quem os dadospertencem. O RGPD força--nos não só a reavaliar a for-ma como recolhemos, trata-mos e armazenamos informa-

CLÁUDIA VICENTEDiretora GALILEU

ção sobre os nossos clientes(passados, atuais e futuros),mas também nos obriga a an-tever e definir processos parasituações em que se verificamquebras de segurança quecomprometem esses dados.

Passa a ser fulcral ter umaverdadeira estratégia com osdados do utilizador no seucentro. E apesar de não se pre-ver um processo fácil, as me-lhorias a nível de segurançasão muitas: Dados pessoaisque não são necessários para aatividade da organização dei-xarão de ser recolhidos (ou se-rão eliminados), contactos an-tigos serão limpos, a informa-ção estará mais atualizada,procedimentos de segurançade dados serão definidos e im-plementados e, em organiza-ções onde isso seja necessário,será identificado um Data Pro-tection Officer (DPO), o ele-mento responsável por garan-tir o equilíbrio entre a imple-mentação do RGPD e a ativi-dade da empresa.

Devemos, portanto, olharpara o RGPD como uma opor-tunidade única de rever e me-lhorar processos, ser maistransparentes e, acima de tudo,dar às pessoas mais garantiasde segurança no tratamento earmazenamento de algo que étão valioso para elas como paranós: os seus dados. ●

OPINIÃO

O RGPD é umaoportunidade únicade rever e melhorarprocessos, ser maistransparentese, acima de tudo,dar às pessoasmais garantiasde segurançano tratamentoe armazenamentode algo que é tãovalioso para elascomo para nós:os seus dados

VI | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

Empresas valorizamcompetênciascomportamentais

“O desenvolvimento pessoal é umatemática cada vez mais presentenas formações executivas e a queas escolas de gestão têm vindo aconferir uma crescente relevân-cia”. Pedro Rocha e Silva, partnerda Neves de Almeida | HRConsul-ting, explica ao Jornal Económicoque, cada vez mais, o mercado va-loriza as competências comporta-mentais, nomeadamente as que to-cam com o relacionamento inter-pessoal ou a liderança.

“Estudos recentes revelam quenão só são essas as competênciasmais valorizadas, como são tam-bém essas aquelas cujos resultadosapresentam um maior gap entre oque se procura e o que se obtém,na população executiva”, justifica.

Luís Sítima, managing partnerda Odgers Berndtson e Ray Hu-man Capital, tem como ponto departida a configuração do merca-do, que sendo diversificado, pro-cura coisas diferentes em contex-tos diferentes.

Num mercado assim, o queaconselha o recrutador a quem vaifazer uma formação executiva? Deforma geral, explica Sítima, quan-do o mercado olha para pessoasque frequentaram estes cursos es-pera que “tenham desenvolvidouma visão estratégica e holísticasobre vários temas de gestão, quetenham ganho redes de contactos enetworking e que tenham apreen-dido novos insights e tendênciasque possam ser úteis hoje e no fu-turo em múltiplas funções”. Mas,acima de tudo, vinca, “o que pro-cura é o ganho de algo que chama-mos de learning agility”. Isto é “acapacidade para aprender e lidarcom diferentes contextos e pessoase a agilidade para responder deforma rápida e eficaz ao inespera-do”. Por outras palavras: o empre-gador espera que o candidato te-nha “não só a capacidade de lidarcom as situações presentes, mas a

agilidade para se adaptar a novassituações, antecipar o futuro, ins-pirar os outros e entregar resulta-dos consistentes em múltiploscontextos e mesmo em situaçõesinesperadas e adversas.”

Fernando Neves de Almeida,managingpartnerda BoydenGlobalExecutive Search Portugal, consi-dera que é essencial escolher umainstituição que, além de reputadaem termos de qualidade de ensino,seja também escolhida (ou tenhasido) por profissionais de referên-cia na carreira que a pessoa preten-de melhorar, com a frequência des-sa formação. “O networking que sepode criar nesse contexto pode serdeterminante para o sucesso pro-fissional futuro”, justifica.

A formação, quando bem esco-lhida, pode ser uma ferramentafundamental para uma rápida as-censão profissional. Não tantopelo “diploma” que pode fornecer,mas antes pelo auxílio que umamaior competência pode oferecerna evolução profissional.

Havendo uma boa oferta de

competências ao nível técnico dosgestores em Portugal, aquilo queos pode ajudar a diferenciarem-sesão as competências no âmbito dainteligência emocional.

Na perspetiva de Pedro Rocha eSilva, a formação deve estar funda-mentalmente alinhada com os ob-jetivos de carreira traçados peloexecutivo, visando colmatar gapsou desenvolver competências es-senciais para que o executivo possavir a assumir funções demaior res-ponsabilidade no futuro. “A for-mação executiva deve de facto serassumida fundamentalmentecomo um momento chave para sedesenvolverem competências (enão apenas técnicas) e, por essavia, melhorar o desempenho, au-mentar a visibilidade e consequen-temente alargar as oportunidadesde progressão na carreira”. É que,ao contrário do que acontecia háalguns anos, defende, a formaçãoexecutiva já não funcionava exclu-sivamente como fator de valoriza-ção do CV e potenciador de maisoportunidades de emprego. ●

A formação deve ser assumida como chave para o desenvolvimento de competências. Fazê-la numaescola com créditos firmados ajuda a promover a empregabilidade.

ALMERINDA [email protected]

FORMAÇÃO EXECUTIVA

Se bem escolhida,a formação pode seruma ferramentafundamental parauma rápida ascensãoprofissional

BREVES

Plataforma digitalpermite criaçãode vídeo CV

CUVID – Curriculum Ví-deo é uma plataforma digi-tal gratuita destinada a jo-vens candidatos à procurade emprego, que permite acriação de vídeos de autoa-presentação disponibili-zando-os online através doseu uploadna página. A pla-taforma, que conta com oclique inicial da consultoraFuture Balloons, é resulta-do de uma parceria Eras-mus+, envolvendo quatropaíses europeus: PortugalÁustria, Hungria e Repú-blica Checa.

25%é a percentagem de alunosque, segundo FontainhasFernandes, presidente daUTAD e do Conselho deReitores (CRUP), deveriafrequentar o ensino superiorno interior do país. Atual-mente, são apenas 11%.

Hovione entregadiplomas de cursoa analistas químicosA Hovione entrega na pró-xima segunda-feira os di-plomas aos graduados daprimeira edição do cursode formação de analistasquímicos, nas instalaçõesdo ISEL, em Lisboa. Esteinstituto construiu recen-temente um laboratório deQuímica Analítica, Phar-maLab, financiado pelaHovione, no âmbito do9ºW, programa de colabo-ração inovador entre a Ho-vione e universidades e es-tabelecimentos de ensino.

Os doutoradostêm de ir paraas empresas comamentalidadede que vão criarvalor e nãoescrever papersArlindo Oliveira,presidente do IST

Cris

tinaBerna

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1 junho 2018 | VII

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O que aconselhaa quem vai fazeruma formaçãoexecutiva?

Vou procurar responder a estaquestão não só enquanto respon-sável de uma empresa de executivesearch, recrutamento e consultoriaestratégica de RH, mas igualmentefazendo uso da minha experiênciaenquanto professor e coordenadordeste tipo de programas em esco-las de gestão.Quando pensamos numa forma-ção de executivos não pensamosno mero fortalecimento ou atuali-zação de conhecimentos – é muitomais do que isto. É uma oportuni-dade para alargar horizontes, tra-zer novas perspetivas, ampliar arede de contactos e contactar commúltiplas realidades que podemtrazer benefícios para as organiza-ções não só na performance decurto prazo, mas também no po-tencial de evolução de médio pra-zo. Isto é, quando se opta por umaformação de executivos, deve-sepensar mais em aumentar as nos-sas competências e o nosso poten-cial, do que propriamente em me-lhorar a performance imediata –ainda que esta também seja rele-vante.Neste sentido, o meu primeiroconselho é que cada um pense an-tes de mais no porquê de optar poruma formação de executivos. Sefor simplesmente para melhoraros seus skills técnicos ou encontraroportunidades para “mudar de em-prego”, estará a fazê-lo pelas ra-zões erradas e, nesta medida, pen-so que poderão haver melhores al-ternativas no mercado. Mas sepretender desenvolver o seu po-tencial e fortalecer as suas compe-tências como um todo, aí reco-mendo que escolha uma formaçãoque combine três aspetos que agrande maioria das organizaçõesvaloriza:1) Um programa curricular quelhes faculte uma experiênciaabrangente e diversificada;2) Um corpo docente e de alunos

LUÍS SÍTIMAManaging partner Odgers Berndtson

e Ray Human Capital

que lhes permita desenvolver umbom networking ;3) Preferencialmente uma expe-riência internacional. E natural-mente que o nome e posiciona-mento da Escola faz toda a diferen-ça num currículo.Finalmente, o último conselho éque aproveitem a oportunidadepara se enriquecer e valorizarcomo pessoas e profissionais.Mais tarde ou mais cedo, quer sejanum processo de recrutamentoexterno, quer seja numa oportuni-dade de evolução interna, quer sejanum contacto ou num insightgera-do ao longo do curso, ou até mes-mo na “marca” no currículo, a for-mação para executivos pode fazera diferença. Mas atenção! Não égarantia de absolutamente nada nomercado de trabalho. O que im-porta no final é o que cresceu coma experiência. E aqui, depende decada um. ●

É uma oportunidadepara alargarhorizontes, trazernovas perspetivas,ampliar a rede decontactos e contactarcommúltiplasrealidades que podemtrazer benefícios paraas organizações, nãosó na performancede curto prazo,mas também nopotencial de evoluçãode médio prazo

OPINIÃO

VIII | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

No futuro todas as profissões vãoobrigar a ter, de alguma forma, co-nhecimentos de tecnologia, o quefará aumentar ainda mais a atualprocura por especialistas em tec-nologias da informação e da comu-nicação (TIC).

“A indústria tecnológica na Eu-ropa está a criar empregos maisrápido do que os outros setores”,assinala o Atomico State ofEuro-pean Tech Report 2017. Segundoo documento, elaborado por estaempresa de capital de risco, combase em dados agregados de par-

ceiros como o Banco Europeu deInvestimento, a Bolsa de Londrese a rede social empresarial Linke-dIn, a tecnologia protagonizouum crescimento de 2,6% em 2017(em 2016 tinha sido 2,1%), isto é,três vezes mais do que a médiaeuropeia que abrange todos os se-tores da economia.

Em Portugal, no mesmo perío-do, os empregos na tecnologiacresceram ainda a um ritmo maisacelerado: 2,7%, colocando o paísem 10.º na lista dos países commelhor desempenho na criaçãode emprego, que é liderada pelaIrlanda. “A dinâmica vivida noatual contexto laboral em Portu-gal traduz-se na necessidade das

empresas atraírem cada vez maistalentos recém-licenciados. Sãovárias as áreas nas quais isto severifica, entre elas as Tecnolo-gias da Informação (TI), Finan-ceira e Engenharia”, explica Má-rio Rocha, manager da Hays Por-tugal, ao Jornal Económico. Ejustifica: “A enorme procura domercado mercado das Tecnolo-gias da Informação por este tipode profissionais, leva a que estesperfis tenham uma elevada taxade empregabilidade no momentode término dos seus cursos supe-riores.”

Ainda segundo o responsávelda Hays, são muitas as empresasa nascer neste setor e que neces-

ALMERINDA [email protected]

EMPREGO sitam de recrutar um grande vo-lume de talento a curto e médioprazo. No que respeita à área Fi-nanceira, muitos são os Centrosde Serviços Partilhados que sefixam em Portugal pela possibi-lidade de atração de perfis qua-lificados e com elevado poten-cial. O mesmo acontece tradi-cionalmente, ao nível das em-presas de consultoria e de audi-toria que procuram atrair estesperfis durante o percurso uni-versitário, acrescenta o respon-sável da Hays.

Vasco Teixeira, manager daMichael Page Portugal, na área deInformation Technology, tem umaleitura idêntica. “A procura deprofissionais nesta área continuaem franco crescimento, verifi-cando-se uma procura mais foca-da em perfis técnicos na área dedesenvolvimento aplicacional.”

A procura sente-se sobretudoem perfis de desenvolvimento embackend (Java/.Net), frontend (Ja-vascript e respetivas frameworks).Há igualmente uma tendência emcrescendo na procura de profis-sionais nas áreas de Quality Assu-rance (SW Testers), Gestores deProjetos e Auditores na área deRisco & Segurança.

“A empregabilidade nestasfunções é muito próxima dos100%”, conclui. ●

A dinâmica vividano atual contextolaboral em Portugaltraduz-se nanecessidade dasempresas atraíremcada vez mais talentosrecém-licenciadosna área de TI

A procura de profissionais nesta área continua em franco crescimento e assim se vai manter,vincam os especialistas da Hays Portugal e da Michael Page.

Elevada empregabilidadenas tecnologias de informação

1 junho 2018 | IX

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Profissionais de TI?O copo de água para ummercado sedento

É inegável que temos assistido, cadavez mais, nos últimos anos, a umaelevada procura, por parte das em-presas, de profissionais das áreas deTI, o que demonstra que este é umcaminho certamente mais seguro nomomento daescolhadacarreirapro-fissional aprosseguiroudaformaçãocomplementaraapostar.

A realidade dá-nos a conhecer queos profissionais deTI são dos poucosque ainda têm hipótese de escolhanummercadode trabalho tão satura-do, e que a procura por formação es-pecializadaaumentaapardaprocurade mercado. Tendo em conta estarealidade, como é possível dar res-posta a estanecessidade domercado?

A resposta está na formação. Exis-

JORGE LOPESDiretor Rumos, Lisboa

OPINIÃO

tem diversas áreas de TI que podemser exploradas de acordo com a von-tade, disponibilidade e intenção dequemas procura.

Se é um facto que as licenciaturasjá não são uma garantia de emprego,a aposta pode passar em alternativasde formação que forneçam o conhe-cimento e a componente prática queé exigida no mercado de trabalho, eaqui as Academias Rumos são umaalternativaàuniversidade.

As Academias são programas deestudo completos com formação,certificação e estágio, focadas emáreas com maior probabilidade deempregabilidade no futuro, comoBusiness Intelligence, Base de Dados,Desenvolvimento de Software, CyberSecurity, Redes e Sistemas e ITMana-gement&Strategy.Os formandos queterminam estas Academias com su-cesso ficam aptos a entrar nomerca-do de trabalho. A certificação com-prova o conhecimento adquirido e éreconhecida a nível nacional e mun-dial, pelo que amaioria das entidadesrecrutadoras considera uma mais--valia a existênciade certificações emTecnologias de Informação quando

escolhem um candidato. A compo-nente prática e contacto ou integra-ção no mercado de trabalho é pro-porcionada pelo estágio em empre-sas de média e grande dimensão nasáreas de TI, Banca, Seguros, SoftwareHouse reconhecidas no mercado na-cional e internacional.

Estas Academias proporcionamainda o desenvolvimento das softskills dos formandos, competênciasessenciais para o dia-a-dia de traba-lho que implique o contacto com ocliente ou o trabalho em equipa e,por isso, tão valorizadas no interiordaorganizaçãonaqualvão trabalhar.

A formação profissional em áreasde TI, como as Academias Rumos,permite dar resposta a um mercado,que procura quase desenfreadamentepor profissionais especializados, aoformarde formamais rápida,mas efi-caz, profissionaismultidisciplinares.

Estes profissionais devem, aindaassim, continuar a procurar conhe-cer e sabermais, pois só uma forma-ção contínua que acompanhe as ten-dências do mercado pode ajudar aqualificar e a valorizar o formando eoprofissional.●

No grupo dos 37 cursos com de-semprego zero ou abaixo de 0,5%,rastreados pelo portal Infocursostendo em conta os inscritos noscentros de emprego em 2016, há aregistar 15 cursos de Medicina,Ciências da Saúde e Enfermagem.

Portugal continua a garantir em-prego aos detentores dos sete mes-trados integrados ministrados nopaís – Faculdade deMedicina e Insti-tuto de Ciências Biomédicas AbelSalazar, da Universidade do Porto,Universidade do Minho, Faculdadede Medicina da Universidade deCoimbra, Faculdade de Medicina deLisboa, Universidade da Beira Inte-rior e Faculdade deCiênciasMédicasdaUniversidadeNovadeLisboa.

Na mesma linha encontra-se aEnfermagem. Nos primeiros 45 lu-gares dos cursos commenos desem-prego do Infocursos em 2016 con-tam-se nove licenciaturas em En-fermagem, num total de 2564 licen-ciados, dos quais apenas 12 estavamna condição de desempregados.

A taxa de desemprego é calculadacom base no número de diplomadosde um curso no período 2011/2012--2014/2015 e os desempregados ins-critos no Instituto de Emprego Pro-fissional em 2016 – valor médio de

junho e dezembro. De fora fica, por-tanto, quem esteja desempregado,masnão registado equem, tendo tra-balho, esteja a exercer numa área di-ferente daáreade formação.

No geral, toda a área da Saúde vaicontinuar a dar que falar no futuro.Comoo avanço da tecnologia, é cadavezmais o hospital que vai ter comopaciente, através do smartphone. Ain-da assim e no que diz respeito à cria-ção de oportunidades de trabalho emPortugal existe uma forte condicio-nante, acentuaPedroBorgesCaroço,senior manager da Michael PageHealthcare&LifeSciences:

“No setor hospitalar, é claro paratodos que continuamos com limi-tações na contratação de médicos,enfermeiros e técnicos nas áreas demaior necessidade. Esta restriçãoacentua a necessidade de exporta-ção destes profissionais para forade Portugal e inclusive para seto-res paralelos como a indústria far-macêutica e similares.”

Naoutravertente - Indústria Far-macêutica, Medical Devices, Consu-merHealthcare, assiste-se, segundo oresponsável da Michael Page, a um“momento de maior confiança ape-sar das restrições na aprovação deinovação.” ●

Saúde acusa limitações

X | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

Atuário: maioriaencontra empregoantes de se graduar

Atuário é uma profissão relativa-mente desconhecida em Portugal.Cabe-lhe gerir “o risco e a incerte-za, desenhando soluções que visamreduzir a verosimilhança de acon-tecimentos indesejados e mitigaras consequências de tais aconteci-mentos, quando ocorrem”, expli-cava, recentemente, ao Jornal Eco-nómico Maria de Lourdes Cente-no, coordenadora do mestrado emCiências Actuariais do ISEG, únicaespecialização do género existenteem Portugal.

Esta profissão com forte procuraem todo o mundo e remuneraçãoem conformidade, requer forma-ção sólida nas áreas generalistas deMatemática, Estatística, Finançase Economia e na área específica doAtuariado. A nível de softskillspri-vilegiam-se a facilidade de comu-

nicação e de interação com outrosprofissionais.

Um atuário pode trabalhar naindústria seguradora, em empresasde consultadoria, em sociedadesgestoras de fundos de pensões, nabanca ou nas autoridades de super-visão. Qual é a procura de atuáriosno mercado de trabalho portu-guês? A procura continua a ser ele-vada, diz Maria de Lourdes Cente-no: “A maioria dos nossos alunosencontra emprego muito antes dese graduar, o que acaba por ser umcontratempo para o nosso mestra-do. Não conhecemos detentoresdo nosso mestrado que estejamdesempregados”.

Nos países anglo-saxónicos, oexercício da profissão obriga a tercarteira profissional, em Portugalainda não. ● AR

Requer formação sólida nas áreas generalistasde Matemática, Estatística, Finanças e Economiae na área específica de Atuariado.

PROFISSÃO

Consultor Informáticoprofissão com emprego

O consultor informático é respon-sável pela gestão do ambiente in-formático da empresa, ou seja, portudo o que envolve computadores.O seu trabalho tem como objetivocontribuir para a maior eficiênciae amelhoria dos resultados.

Qual a formação académicaideal para trabalhar emConsultoria Informática?Em geral, perfis que trabalham naárea de Consultoria Informáticaapresentam background académiconas áreas das engenharias Infor-mática, Computação ou Electro-técnica / Eletrónica. Com o grandedinamismo do mercado tecnológi-co em Portugal, as empresas destaárea acabam por absorver profis-sionais de outras áreas de forma-ção como outras engenharias (Me-cânica, Civil, Biomédica, e afins)ou até mesmo Matemática Aplica-da. Apesar destes perfis não teremconhecimento funcional específi-co na área de IT (Tecnologias deInformação), possuem uma ótimabase lógica, essencial para profis-sionais desta indústria.

Onde encontramoseste tipo de perfis?Tendencialmente, estes perfis são

recrutados em volume (recém li-cenciados) pelas grandes consulto-ras estratégicas ou financeiras quetambém possuem a vertente de IT,como por exemplo: PWC, EY,Delloite, ou especificamente porconsultoras da área tecnológica,como a Novabase, a Celfocus, ou aCapgemini. São empresas queapostam significativamente naformação profissional e apresen-tam uma clara perspetiva de pro-gressão de carreira.

Que soft skills são valorizadasnumconsultor deTI?Certamente, adaptabilidade, flexi-bilidade, polivalência, comunica-ção interpessoal e capacidade deaprendizagem são essenciais. Tra-tam-se de perfis que são submeti-dos a um contexto muito dinâmi-co, sendo envolvidos em diversosprojetos com diferentes finalida-des em clientes com necessidadescompletamente distintas. São per-fis que têm que ter capacidade téc-nica, porém também têm que lidarcom clientes, realmente perceber olado do negócio e traduzir em so-luções tecnológicas.

Que competências desenvol-vem estes profissionaisao longo da carreira?Além das competências técnicas,estes profissionais são expostos adiversos tipos de estruturas orga-

nizacionais e bebem muito conhe-cimento de diversas realidades dis-tintas. Este tipo de exposição pro-porciona aos profissionais uma vi-são muito ampla do tecido empre-sarial e uma capacidade interes-sante de analisar problemas deuma forma muito abrangente, tra-zendo soluções não triviais ou forada caixa.São também profissionais que têmque gerir muitos projetos de gran-de complexidade em simultâneocom prazos curtos, portanto des-envolvem a capacidade de traba-lhar em ambientes de alta pressãosem impactar significativamentena qualidade dos resultados apre-sentados. Como lidam diretamen-te com clientes, as capacidades ne-gociais e comerciais destes profis-sionais são habitualmente interes-santes, apesar do background técni-co. Este tipo de perfil durante a suatrajetória profissional desenvolvegrande know-how e, consequente-mente, valor de mercado. Portan-to, após alguns anos de carreira,são candidatos habitualmente ali-ciados pelos clientes finais (empre-sas de outros segmentos como In-dústria, Retalho, Energia, etc.), emfunção das competências desen-volvidas e do valor que potencial-mente trazem às organizações, nãoapenas pelas valências técnicas,mas também pela capacidade deaconselhamento estratégico. ●

Na área da Informática, a procura é, por norma, superior à ofertae as empresas de consultoria estão entre aquelas que mais jovens empregam.

VICTOR PESSANHA Manager da Hays Portugal

D.R.

ALMERINDA [email protected]

Auditoria é saída paraquem estuda Economia,Contabilidade e Gestão

Tendencialmente, os perfis de Au-ditoria apresentam um percursoacadémico nas áreas de Contabili-dade, Economia ouGestão.

É comum estes perfis serem re-crutados em volume pelas princi-pais empresas de auditoria numafase de término da licenciatura oudo mestrado.

“Trata-se maioritariamente deperfis jovens que, gradualmente,vão evoluindo na estrutura destasempresas até atingirem posiçõesseniores ou de gestão. Podemostambém encontrar o perfil do au-ditor interno em empresas demaior dimensão e estruturas cor-porativas, desempenhando fun-ções que visam auditar os própriosprocessos internos da empresa”,explica ao Jornal Económico Má-rio Rocha, managerda Hays Portu-gal para as áreas Financeira, Ban-ca/Seguros e Legal.

Segundo este responsável, o tra-balho desenvolvido por um audi-tor pressupõe uma elevada capaci-dade de análise, rigor e método.Competências relacionais e ao ní-vel da comunicação também sãofundamentais, uma vez que se tra-ta de uma função que exige contac-to permanente com diferentes in-terlocutores.

Outras caraterísticas importan-tes são a orientação para o cumpri-mento de prazos, a resiliência e acapacidade de gestão do tempo edo stress. ● AR

As grandes auditoras recrutam,por norma, nas universidades.

PROFISSÃO

Capacidade de gestãode tempo e do stresse resiliêncian sãocaraterísticas paravingar na profissão

1 junho 2018 | XI

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Como ter sucessono Linkedin

A presença na rede Linkedin éimportante para o de-senvolvimento das relações pro-fissionais, a criação demarca pes-soal e aprocurae seleçãode talen-to. Em relação à áreade emprego,a rede apresenta números im-pressionantes:milhares deofertassurgem mensalmente na páginade emprego. Em Portugal, asofertas são imensas - fruto do po-tencial percebido pelas empresas.Convémdestacarqueaspossibili-dades dedivulgaçãodeofertas sãovariadas e têmdiversas opções:- Página oficial de emprego;- Páginas das empresas;- Grupos;- Página do (s) profissional (ais) de recrutamento.

Os recrutadores portuguesestêm acompanhado a tendênciacrescente de utilização da redepara as atividades de prospeçãode candidatos que hoje não seconfina à realidade nacional. Ocandidato pode estar em qual-quer parte domundo.As compe-tências digitais de um recrutadorsão hoje essenciais para garantirqualidade e eficiência no proces-so de recrutamento.NoLinkedinencontram-se mais de 80% deprofissionais considerados talen-tos passivos, isto é, profissionaisque não procuram ativamenteemprego, mas que são altamenterelevantes paraas empresas.

1. Saiba ondeprocurarPara um recrutador, tempo é di-nheiro. Um recrutador fortedeve saber onde encontrar assuas fontes, aqui, no Linkedin. Aprimeira fonte de contactos é aprópria rede do recrutador. Osutilizadores associados a estas ati-vidades de recrutamento devemdesenvolver uma boa rede decontactos para servir de ponto departida para a procura de candi-datos passivos noLinkedin.

2. Posicione-se comumperfilde alto impacto- Perfil completo.-Um titulo profissional apelativo

PEDRO CARAMEZConsultor de Marketing Digital

e Employee Advocacy

deverá conter as palavras da suaatividade (recrutador, ou outras).O resumo e as funções devemapresentar boa riqueza de pala-vras. Partilhe a sua atividade derecrutamento através das atua-lizações de estado.

3.Conecte-se comrigoreconheçaas formasdecontacto comcandidatos- Contactos através da sua redequando o potencial candidatoseja contacto de 2.º ou3.º grau.-Contactos através dos grupos;- Informação de contacto quepode constar no Perfil do Can-didato;- InMail (recurso pago doLinkedin).Faça crescer a sua rede de conta-tos emqualidade, efetuando sem-pre convites personalizados semo texto padrão. Queremos regrasde boaetiquetadigital.

4. Ative a sua presençanos gruposA participação em grupos é re-levante para se associar às co-munidades especializadas deutilizadores. Para além dos gru-pos dedicados às áreas de espe-cialidade, procure também li-gar-se a grupos de grande volu-me de membros, com relevân-cia geográfica. Efetue pesquisasavançadas dos respetivos mem-bros e comunique com os utili-zadores sem custos. Avalie osbenefícios para a criação de umgrupo corporativo.

5. Analise a Página deEmprego / EmpresasPode colocar as suas propostaspara recrutar e contratar oscandidatos. Neste caso, o can-didato virá ter consigo e irá ge-rar também novos seguidores àpágina corporativa da empresana rede. Pode também subscre-ver uma conta avançada do Re-cruiter - ideal para as investidasdo recrutamento.

As páginas das empresas sãomuito interessantes porque indi-cam a relação dos funcionáriosque estánoLinkedin. Já imaginou“entrar” em qualquer empresa nomundo via Linkedin e “cheirar”todosos seus funcionários?

6. CrieumbomplanodeAçãoDe nada vale todo este potencialdoLinkedin senão forativo.Crieum plano paramanter a sua pre-sença “notada” em ações diversi-ficadas narede.Boas contratações!●

DICAS PARA O RECRUTADOR

XII | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

FACULDADES E INSTITUTOS AVANÇAM NOVIDADES PARA 2018/19A cada ano letivo, os estabelecimentos de ensino superior incorporam novidades na sua oferta pedagógica. Novas disciplinas,novas especializações, novos mestrados e novos doutoramentos estão aí à porta.

DOUTORAMENTO EMECONOMIA POLÍTICAA Faculdade de Economia daUniversidade de Coimbra (FEUC) éuma escola jovem e cosmopolita damais antiga universidade portuguesa.Com um ambiente único em termosde associativismo, cultura edesporto, que complementa umaformação interdisciplinar marcadapelo rigor científico e pedagógico,a FEUC oferece licenciaturas,mestrados e doutoramentos emquatro áreas – Economia, Gestão,Sociologia e Relações Internacionais–, assim como MBAs e outraformação avançada.Em 2018 surgem como novidades odoutoramento em Economia Política,em parceria com o ISCTE e o ISEG,e dois cursos de especialização:Gestão e Direção em Saúde, queassocia as Faculdades de Economia,Medicina e Farmácia daUniversidade de Cpombrae é reconhecido pelas Ordensdos Médicos e dos Farmacêuticoscomo critério de admissão àobtenção da Competência de Gestãodos Serviços de Saúde; e Chinae os Países de Língua Portuguesana Economia Mundial: Comércio,Turismo, Cooperaçãoe Desenvolvimento, que respondeao interesse crescente na relaçãoda China com os Países de LínguaPortuguesa, prosseguindo o papelcentral da Universidade de Coimbrana história do relacionamentoOcidente-Oriente.

MARIA TERESA PEDROSO LIMADiretora da Faculdade de Economiada Universidade de Coimbra

PSICOLOGIAE SAÚDE REFORÇADASEm 2018/19 iremos lançar a segundaedição de dois novos mestrados queoferecem formação no cruzamentoda Psicologia com as áreas daSaúde, da Gestão e da Economia:o mestrado em Psicologia do Bem--Estar e de Promoção da Saúde (emparceria com o Instituto de Ciênciasda Saúde da Universidade CatólicaPortuguesa) e o MA em Psychologyin Business & Economics (emparceria com a Católica LisbonSchool of Business & Economics).Também no próximo ano, o mestradoem Serviço Social irá apresentar umanova especialização emEmpreendedorismo e InovaçãoSocial, uma área que tem motivadoum grande interesse por parte deinstituições do terceiro setor comos quais a Faculdade de CiênciasHumanas mantém relações decolaboração.Outros cursos irão reforçar a suaoferta curricular, com a criação denovas disciplinas, nomeadamente oMA em Cultural Studies,considerado, pelo rankingEduniversal, como o terceiro melhordo mundo em Artes e GestãoCultural, e o mestrado em Ciênciasda Comunicação, classificado entreos 25 melhores da Europa nas áreasde Comunicação e de Marketing.Nas licenciaturas em ComunicaçãoSocial e Cultural, LínguasEstrangeiras Aplicadas, Psicologia eServiço Social iremos implementarum novo sistema de tutoria destinadoaos alunos do primeiro ano.

NELSON RIBEIRODiretor da Faculdade de CiênciasHumanas da Universidade Católica

1 O QUE ESTÁ A INSTITUIÇÃO A PREPARAR PARA O PRÓXIMO ANO LETIVO? QUE NOVIDADES VAI INCORPORAR A OFERTA EM 2018/2019?

CURSO DE MARKETINGNO IPAM LISBOAA Universidade Europeia, o IADE –Universidade Europeia e o IPAM,instituições da Laureate InternationalUniversities, vão continuar a apostarnuma oferta de cariz global,totalmente lecionada em inglês,vocacionada para o mercadointernacional e assente em parceriascom instituições internacionais dereferência como Berkeley e Riversideda Universidade da Califórnia,London School of Economicsand Political Science de Londres,PACE University de Nova Iorque,ESCE International Business Schoolde Paris, Kendall College de Chicagoou Media Design School da NovaZelândia.Neste âmbito, no IPAM, alicenciatura global em Marketing , atéagora apenas lecionada no IPAMPorto, vai estar disponível tambémno IPAM Lisboa, tendo em conta osucesso no Porto e o crescenteinteresse por este tipo de programas.Nos Campus da UniversidadeEuropeia, em Carnide e na Lispolis,prossegue também a aposta naslicenciaturas globais em:Management; Hospitality andTourism Management; Gestão deDesporto, em parceria com a EscolaReal Madrid, e o mestrado global emManagement. Por último, no IADE--EU, no Campus de Santos daUniversidade Europeia, vão estardisponíveis os programasinternacionais Design Global eGames and Apps Development.

DANIEL SÁDiretor de Marketing da LaureateInternational Universities

FDL: RIGOR, TRADIÇÃOE INOVAÇÃOA Faculdade de Direito daUniversidade de Lisboa (FDUL)apresenta, para o ano letivo2018/2019, uma ampla ofertaformativa ao nível dos seusmestrados e doutoramentos.Todas as aulas de mestrado edoutoramento são lecionadas porDoutores em Direito, comreconhecido mérito e experiência nasrespetivas áreas de atividade.O Mestrado em Direito e PráticaJurídica é especialmentevocacionado para complementara licenciatura e preparar osestudantes para o exercício dasprofissões jurídicas. Neste mestrado,são oferecidas 13 especialidades, noâmbito das Ciências Jurídicas,Ciências Jurídico-Políticas e CiênciasJurídico-Económicas.A FDUL oferece também o Mestradoem Direito e Ciência Jurídica,direcionado para a investigaçãocientífica e o percurso académico,no qual existem 21 especialidades,ao nível das Ciências Jurídicas,Ciências Jurídico-Políticas, CiênciasJurídico-Económicas e CiênciasHistórico-Jurídicas.No Doutoramento em Direito sãooferecidas 11 especialidades, nasquatro áreas científicas.A FDUL apresenta a maior e maisdiversificada oferta formativa pós--graduada na área do Direito.Escolher a FDUL é uma apostasegura na formação académicae uma garantia de qualidade.

PEDRO ROMANO MARTINEZDiretor da Faculdade de Direitoda Universidade de Lisboa

CURSOSEM ASSOCIAÇÃOO Politécnico de Lisboa mantém,para o próximo ano letivo, a apostanuma formação sólida, mas também,diversificada, cuja qualidade setraduz na procura dos estudantesque, no caso dos cursos na área daComunicação, ultrapassa os 800%das vagas disponíveis.Além da permanente atualização doscursos, tiramos partido dadiversidade existente nas nossasescolas e institutos superiores,fomentando a oferta de cursos, emassociação. São exemplo disso, alicenciatura em Ortoprotesia e osmestrados em Análise e Controlo deRiscos para a Saúde e EngenhariaBiomédica, que aliam as ciências daSaúde à Engenharia, potenciando omelhor que cada área.É de salientar, na nossa academia,as Escolas Superiores de Dança,Música e Teatro e Cinema, cujotrabalho tem colhido reconhecimento,nomeadamente, este ano, com anomeação para a competição deCannes, da curta-metragem “Amor,Avenidas Novas”, produzida emcontexto escolar, o que dignifica eorgulha a nossa instituição.

ANA CRISTINA PERDIGÃOVice-presidentedo Politécnico de Lisboa

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XIV | 1 junho 2018

ESPECIAL SAÍDAS PROFISSIONAIS

INOVAÇÃO NAFORMAÇÃO EXECUTIVAO ISEG é a escola de Economia eGestão da Universidade de Lisboa,maior universidade do país com 48mil alunos distribuídos pelas suas 18escolas. Com 107 anos de existênciae numa rota de internacionalizaçãoclara, o ISEG conjuga tradição cominovação em todos os seus vetoresde atividade. Na área da formaçãoexecutiva, o IDEFE tem ofertasformativas para responderàs tendências atuais através decursos abertos de curta e médiaduração e de cursos à medida dassolicitações das organizações.No vasto portefólio da nossa oferta,composta por 28 pós-graduações,destaco, a título de exemplo,a pós-graduação em Gestão FiscalAvançada, lançada em 2018e com uma próxima edição jáagendada para outubro deste ano.Trata-se de um curso de elevadaqualidade em fiscalidade, uma áreamuito específica, com um corpodocente de três tipos, o que fazrealmente a diferença – docentesdo ISEG, docentes vindos de umaconsultora especializada na áreafiscal e docentes da AutoridadeTributária. É claramente umapós-graduação muito aplicada, muitodetalhada e muito prática, destinadaa especialistas.Destaco ainda a pós-graduaçãoem Data Science & BusinessAnalytics, que tem como objetivodotar os seus formandosde competências necessáriaspara o planeamento, gestãoe implementação eficaz de umasolução de Business Intelligence.São exemplos de ofertas formativasna área digital os cursos brevesde Social Media Management,e Futures, Strategic Design &Innovation e Business Innovation &Agility. Este curso permite, porexemplo, perceber até que ponto atransformação digital influencia asempresas, mas também como algunsmodelos (agile, lean, etc.) podem serusados pelas empresas paramelhorarem a sua performance.Ainda na área digital, mas com maishoras de contacto, o IDEFE ofereceas pós-graduações em MarketingDigital e Competitive Intelligence.Na área de soft skills, estãodisponíveis os cursos brevesabertos de Dragon Dreaming, MindfulLeadership Development, Soft Skills& Marketing Pessoal.

JOSÉ VERÍSSIMOProfessor de Marketing & Estratégiado ISEG - Universidade de Lisboa

DOUTORAMENTO EMCIÊNC. EMPRESARIAISVivemos numa sociedade global doconhecimento em que o papel dasuniversidades é cada vez maisfundamental. Investigação,conhecimento, inovaçãoe globalização são necessariamenteas condições mínimas de sucessopara as instituições de ensinosuperior. A aposta estratégica daUniversidade Portucalense assentanestes quatro vetores, pelo queo “core” da formação graduada e nãograduada na UPT é essencialmenteprocessual, na perspetiva detransformar conhecimento de ponta,desenvolvido pela própria UPT, eminovação – através de modelos dediagnóstico, modelos de intervenção,e disseminação de boas práticas,sempre numa perspetiva global.A Portucalense considera que ainserção e desenvolvimento dos seusgraduados no mercado de trabalhopassa, quase obrigatoriamente, pelainternacionalização. Idiomas,multiculturalismo, proatividade,criatividade e organização são umconjunto de competênciasque os programas de formaçãoda Portucalense trabalhamintensamente.Globalização é, no entender daPortucalense, quase a única receitade sucesso e exige formaçãoholística, abrangendo hard e softskills, quer na perspetiva da suaaquisição, quer na perspetiva do seudesenvolvimento. Nainternacionalização ou globalização,a multiculturalidade e a competêncialinguística, a par da capacidade decomunicação, da relationship buildinge da empatia, são fatores críticos desucesso passíveis de ser trabalhadosem formação executiva.Ao nível concreto da formaçãoexecutiva, a UPT lançará no próximoano letivo um inovador programade doutoramento em CiênciasEmpresariais, em parceriacom cerca de duas dezenasde grandes empresas estabelecidasem Portugal.

JOSÉ CARAMELO GOMESVice-reitorda Universidade Portucalense

INTERNACIONALIZAÇÃODE CICLOS DE ESTUDOA Faculdade de Economia do Porto(FEP) é conhecida pela qualidade daformação que proporciona aos seusestudantes e orgulha-sede apresentar uma taxade empregabilidade elevadae superior à média nacionalna mesma área de formação.É por proporcionar uma formaçãosólida e multidisciplinar que a FEPforma quadros para o topo dequalquer organização, privadaou pública, nacional ou internacional.A Faculdade empenha-se para queos seus estudantes adquiramcompetências que lhes sejam úteisno mercado de trabalho. Como tal,integrado no processode acreditação internacionalem curso, definiu um conjuntode conhecimentos específicose competências transversais,em articulação com empresase Alumni, que tem vindo a avaliarperiodicamente. É um sistemaessencial para continuar a assegurarque os cursos que disponibilizaconferem efetivamente ascompetências que os estudantesesperam adquirir e os empregadoresesperam encontrar.A FEP aposta no contacto próximocom empresas e outras organizaçõespara proporcionar aos seusestudantes esse contacto desdeo primeiro momento, de que sãoexemplo o programa de visita aempresas e múltiplas iniciativasorganizadas pela Escola (caso daPool de Talentos e do FEP Master’sChallenge), ou pelos diferentesorganismos estudantis que acolhe.A internacionalização dos ciclosde estudos e as oportunidadesde mobilidade internacionaloferecidas aos estudantes de todosos ciclos de estudo são tambémum ingrediente essencialda formação que a FEP oferece,beneficiando da sua integraçãona Universidade do Portoe da participação em redesde escolas de Economia e Gestão,como é o caso da rede QTEM.

JOSÉ VAREJÃODiretor da Faculdade de Economiada Universidade do Porto

FORMAÇÃO

UBI divulga apoios sociais “paraque ninguém desista do sonho”Continuar a melhoria das con-dições de ensino e investigaçãoe contribuir para que todospossam concretizar o sonho deobter um curso superior sãotrês linhas estratégicas da Uni-versidade da Beira Interior(UBI).

Sabe-se que as condições so-cioeconómicas são um dosprincipais entraves à conclusãode um curso ou que conduzemao abandono dos estudos, de-pois de concluído o ensino se-cundário. Para combater esteproblema, a UBI está a reforçara divulgação do “não desistas”,um programa que explica to-dos os apoios sociais existentesem termos nacionais (bolsasDGES e bolsas +Superior),bem como as bolsas das autar-quias, o Fundo de Apoio Socialda UBI, as Bolsas de Mérito+UBI, as bolsas desportivas e

toda a estrutura de alojamentoe alimentação dos Serviços deAção Social da UBI. Esta infor-mação está disponível no siteda Internet e as dúvidas podemser esclarecidas através de umalinha telefónica criada para oefeito.

Segundo a UBI, os estudan-tes nacionais e internacionaisque optarem pela instituição“têm todas as condições paraevoluírem cientificamente eem termos pessoais”. A Uni-versidade garante “um ensinode proximidade” e laboratóriosem todas as áreas científicas e auma biblioteca aberta 24h pordia. O ambiente de estudo écomplementado com inúmerasatividades culturais, sociais edesportivas oferecidas pela As-sociação Académica da UBI,campeão Europeia de Futsalem 2017.●

ISQ lança Automação, Robóticae Controlo Industrial i4.0O ISQ vai lançar a primeirapós-graduação em Automação,Robótica e Controlo Indus-trial, que se enquadra na estra-tégia de promoção da Indústria4.0.

A formação visa prepararprofissionais para conceber eimplementar processos de ro-botização e automatização in-dustrial. “Vivemos numa erade profunda transformação di-gital e a Indústria 4.0 é umarealidade que se torna possíveldevido aos avanços tecnológi-cos ligados à Tecnologia da In-formação e à Engenharia”, ex-plica o ISQ.

A pós-graduação destina-sea licenciados em EngenhariaEletrotécnica, Eletrónica e Au-tomação, Controlo e Instru-mentação e Eletromecânica,

Técnicos de Manutenção, deProgramação Industrial ou deSistemas Automatizados, Inte-gradores e Instaladores de Sis-temas e está prevista começarem novembro.

Segundo informa o ISQ, po-derá ser frequentada por deten-tores de outras licenciaturas ou12º. ano de escolaridade me-diante a apresentação de expe-riência profissional relevante.

O ISQ irá disponibilizar umalinha de produção e robots di-dáticos, com todos os meios decontrolo, comando e monito-rização que servirão de objetode trabalho e treino ao longoda formação.

O curso vai permitir váriascertificações profissionais comreconhecimento nacional e in-ternacional. ●

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