este número de polistécnica continua - politécnico de viseu · 2008-08-01 · querem tirar o...

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Este número de Este número de Este número de Este número de Este número de Polistécnica Polistécnica Polistécnica Polistécnica Polistécnica continua continua continua continua continua fiel àqueles que se mantêm como os fiel àqueles que se mantêm como os fiel àqueles que se mantêm como os fiel àqueles que se mantêm como os fiel àqueles que se mantêm como os grandes objectivos que estiveram grandes objectivos que estiveram grandes objectivos que estiveram grandes objectivos que estiveram grandes objectivos que estiveram presentes na sua génese e presidiram à presentes na sua génese e presidiram à presentes na sua génese e presidiram à presentes na sua génese e presidiram à presentes na sua génese e presidiram à sua criação. Encontram-se, e podem reler- sua criação. Encontram-se, e podem reler- sua criação. Encontram-se, e podem reler- sua criação. Encontram-se, e podem reler- sua criação. Encontram-se, e podem reler- se e, dessa forma, relembr se e, dessa forma, relembr se e, dessa forma, relembr se e, dessa forma, relembr se e, dessa forma, relembrar-se, na ar-se, na ar-se, na ar-se, na ar-se, na Not Not Not Not Not a a a de Abertura de Abertura de Abertura de Abertura de Abertura do seu número 1, saído em do seu número 1, saído em do seu número 1, saído em do seu número 1, saído em do seu número 1, saído em Fevereiro de 2001. Fevereiro de 2001. Fevereiro de 2001. Fevereiro de 2001. Fevereiro de 2001. Assim, continua a querer-se “tornar Assim, continua a querer-se “tornar Assim, continua a querer-se “tornar Assim, continua a querer-se “tornar Assim, continua a querer-se “tornar mais fácil a circul mais fácil a circul mais fácil a circul mais fácil a circul mais fácil a circulação das ideias e dos ação das ideias e dos ação das ideias e dos ação das ideias e dos ação das ideias e dos factos”, t actos”, t actos”, t actos”, t actos”, tal como continua a pretender al como continua a pretender al como continua a pretender al como continua a pretender al como continua a pretender “ser simul “ser simul “ser simul “ser simul “ser simultaneamente barómetro e aneamente barómetro e aneamente barómetro e aneamente barómetro e aneamente barómetro e termómetro do pulsar institucional”. Do termómetro do pulsar institucional”. Do termómetro do pulsar institucional”. Do termómetro do pulsar institucional”. Do termómetro do pulsar institucional”. 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Est Est Est Est Estarão em dest arão em dest arão em dest arão em dest arão em destaque as realizações aque as realizações aque as realizações aque as realizações aque as realizações que dão vida e corpo à Instituição, no seu que dão vida e corpo à Instituição, no seu que dão vida e corpo à Instituição, no seu que dão vida e corpo à Instituição, no seu que dão vida e corpo à Instituição, no seu todo, e a cada uma das suas Unidades todo, e a cada uma das suas Unidades todo, e a cada uma das suas Unidades todo, e a cada uma das suas Unidades todo, e a cada uma das suas Unidades Orgânicas. Dest Orgânicas. Dest Orgânicas. Dest Orgânicas. Dest Orgânicas. Desta vez, especialmente à a vez, especialmente à a vez, especialmente à a vez, especialmente à a vez, especialmente à ESEV ESEV ESEV ESEV ESEV, que celebrou o seu 20º Aniversário, , que celebrou o seu 20º Aniversário, , que celebrou o seu 20º Aniversário, , que celebrou o seu 20º Aniversário, , que celebrou o seu 20º Aniversário, à ESA à ESA à ESA à ESA à ESAV e às suas inst V e às suas inst V e às suas inst V e às suas inst V e às suas instal al al al alações e actividades ações e actividades ações e actividades ações e actividades ações e actividades na Quint na Quint na Quint na Quint na Quinta da Al a da Al a da Al a da Al a da Alagoa, ao Dia do ISPV e à agoa, ao Dia do ISPV e à agoa, ao Dia do ISPV e à agoa, ao Dia do ISPV e à agoa, ao Dia do ISPV e à inauguração do Edifício dos seus Serviços inauguração do Edifício dos seus Serviços inauguração do Edifício dos seus Serviços inauguração do Edifício dos seus Serviços inauguração do Edifício dos seus Serviços Centrais. Igualmente se continua a dar a Centrais. Igualmente se continua a dar a Centrais. Igualmente se continua a dar a Centrais. Igualmente se continua a dar a Centrais. Igualmente se continua a dar a conhecer quem trabalha e o trabalho que conhecer quem trabalha e o trabalho que conhecer quem trabalha e o trabalho que conhecer quem trabalha e o trabalho que conhecer quem trabalha e o trabalho que se desenvol se desenvol se desenvol se desenvol se desenvolve na Instituição. Em “Entre – ve na Instituição. Em “Entre – ve na Instituição. Em “Entre – ve na Instituição. Em “Entre – ve na Instituição. Em “Entre – vist vist vist vist vistas” a p as” a p as” a p as” a p as” a pal al al al alavr vr vr vr vra ao Eng.º Pedro a ao Eng.º Pedro a ao Eng.º Pedro a ao Eng.º Pedro a ao Eng.º Pedro Rodrigues e ao Dr. Ál Rodrigues e ao Dr. Ál Rodrigues e ao Dr. Ál Rodrigues e ao Dr. Ál Rodrigues e ao Dr. Álvaro Bonito, que aro Bonito, que aro Bonito, que aro Bonito, que aro Bonito, que presidem aos destinos da ESA presidem aos destinos da ESA presidem aos destinos da ESA presidem aos destinos da ESA presidem aos destinos da ESAV e da ESTGL, V e da ESTGL, V e da ESTGL, V e da ESTGL, V e da ESTGL, respectiv respectiv respectiv respectiv respectivamente. T amente. T amente. T amente. T amente. 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Devidas a quem, reconhecidamente, muito trabalhou na e reconhecidamente, muito trabalhou na e reconhecidamente, muito trabalhou na e reconhecidamente, muito trabalhou na e reconhecidamente, muito trabalhou na e pel pel pel pel pela Instituição e agor a Instituição e agor a Instituição e agor a Instituição e agor a Instituição e agora se aposentou. Em a se aposentou. Em a se aposentou. Em a se aposentou. Em a se aposentou. Em tom de quem diz “ tom de quem diz “ tom de quem diz “ tom de quem diz “ tom de quem diz “Até logo!” ou “ té logo!” ou “ té logo!” ou “ té logo!” ou “ té logo!” ou “Até sempre”! sempre”! sempre”! sempre”! sempre”!

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Page 1: Este número de Polistécnica continua - Politécnico de Viseu · 2008-08-01 · querem tirar o mar. O mar! ... Porto (hoje escola secundária com o mesmo nome), tendo efectivado

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Assim, continua a querer-se “tornarAssim, continua a querer-se “tornarAssim, continua a querer-se “tornarAssim, continua a querer-se “tornarAssim, continua a querer-se “tornarmais fácil a circulmais fácil a circulmais fácil a circulmais fácil a circulmais fácil a circulação das ideias e dosação das ideias e dosação das ideias e dosação das ideias e dosação das ideias e dosfffffactos”, tactos”, tactos”, tactos”, tactos”, tal como continua a pretenderal como continua a pretenderal como continua a pretenderal como continua a pretenderal como continua a pretender“ser simul“ser simul“ser simul“ser simul“ser simultttttaneamente barómetro eaneamente barómetro eaneamente barómetro eaneamente barómetro eaneamente barómetro etermómetro do pulsar institucional”. Dotermómetro do pulsar institucional”. Dotermómetro do pulsar institucional”. Dotermómetro do pulsar institucional”. Dotermómetro do pulsar institucional”. Dopulsar ppulsar ppulsar ppulsar ppulsar passado e presente, do Instituto,assado e presente, do Instituto,assado e presente, do Instituto,assado e presente, do Instituto,assado e presente, do Instituto,das suas Unidades Orgânicas, dasdas suas Unidades Orgânicas, dasdas suas Unidades Orgânicas, dasdas suas Unidades Orgânicas, dasdas suas Unidades Orgânicas, dasAssociações de Estudantes.Associações de Estudantes.Associações de Estudantes.Associações de Estudantes.Associações de Estudantes.

EstEstEstEstEstarão em destarão em destarão em destarão em destarão em destaque as realizaçõesaque as realizaçõesaque as realizaçõesaque as realizaçõesaque as realizaçõesque dão vida e corpo à Instituição, no seuque dão vida e corpo à Instituição, no seuque dão vida e corpo à Instituição, no seuque dão vida e corpo à Instituição, no seuque dão vida e corpo à Instituição, no seutodo, e a cada uma das suas Unidadestodo, e a cada uma das suas Unidadestodo, e a cada uma das suas Unidadestodo, e a cada uma das suas Unidadestodo, e a cada uma das suas UnidadesOrgânicas. DestOrgânicas. DestOrgânicas. DestOrgânicas. DestOrgânicas. Desta vez, especialmente àa vez, especialmente àa vez, especialmente àa vez, especialmente àa vez, especialmente àESEVESEVESEVESEVESEV, que celebrou o seu 20º Aniversário,, que celebrou o seu 20º Aniversário,, que celebrou o seu 20º Aniversário,, que celebrou o seu 20º Aniversário,, que celebrou o seu 20º Aniversário,à ESAà ESAà ESAà ESAà ESAV e às suas instV e às suas instV e às suas instV e às suas instV e às suas instalalalalalações e actividadesações e actividadesações e actividadesações e actividadesações e actividadesna Quintna Quintna Quintna Quintna Quinta da Ala da Ala da Ala da Ala da Alagoa, ao Dia do ISPV e àagoa, ao Dia do ISPV e àagoa, ao Dia do ISPV e àagoa, ao Dia do ISPV e àagoa, ao Dia do ISPV e àinauguração do Edifício dos seus Serviçosinauguração do Edifício dos seus Serviçosinauguração do Edifício dos seus Serviçosinauguração do Edifício dos seus Serviçosinauguração do Edifício dos seus ServiçosCentrais. Igualmente se continua a dar aCentrais. 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Em “Entre –vistvistvistvistvistas” a pas” a pas” a pas” a pas” a palalalalalaaaaavrvrvrvrvra ao Eng.º Pedroa ao Eng.º Pedroa ao Eng.º Pedroa ao Eng.º Pedroa ao Eng.º PedroRodrigues e ao Dr. ÁlRodrigues e ao Dr. ÁlRodrigues e ao Dr. ÁlRodrigues e ao Dr. ÁlRodrigues e ao Dr. Álvvvvvaro Bonito, quearo Bonito, quearo Bonito, quearo Bonito, quearo Bonito, quepresidem aos destinos da ESApresidem aos destinos da ESApresidem aos destinos da ESApresidem aos destinos da ESApresidem aos destinos da ESAV e da ESTGL,V e da ESTGL,V e da ESTGL,V e da ESTGL,V e da ESTGL,respectivrespectivrespectivrespectivrespectivamente. Tamente. Tamente. Tamente. Tamente. Também se divulga aambém se divulga aambém se divulga aambém se divulga aambém se divulga aActividade Editorial do ISPVActividade Editorial do ISPVActividade Editorial do ISPVActividade Editorial do ISPVActividade Editorial do ISPV, a edição de, a edição de, a edição de, a edição de, a edição demais um número de mais um número de mais um número de mais um número de mais um número de MilleniumMilleniumMilleniumMilleniumMillenium e de e de e de e de e de FórumFórumFórumFórumFórumMediaMediaMediaMediaMedia, publicações periódicas do ISPV, publicações periódicas do ISPV, publicações periódicas do ISPV, publicações periódicas do ISPV, publicações periódicas do ISPV.....Dão-se tDão-se tDão-se tDão-se tDão-se também a conhecer as úlambém a conhecer as úlambém a conhecer as úlambém a conhecer as úlambém a conhecer as últimastimastimastimastimasedições da produção científica de docentesedições da produção científica de docentesedições da produção científica de docentesedições da produção científica de docentesedições da produção científica de docentesque trabalham na Instituição, as quais sãoque trabalham na Instituição, as quais sãoque trabalham na Instituição, as quais sãoque trabalham na Instituição, as quais sãoque trabalham na Instituição, as quais sãosinal clsinal clsinal clsinal clsinal claro da sua vitaro da sua vitaro da sua vitaro da sua vitaro da sua vitalidade. Dá-se contalidade. Dá-se contalidade. Dá-se contalidade. Dá-se contalidade. Dá-se conta,a,a,a,a,ainda, da Actividade das Escolainda, da Actividade das Escolainda, da Actividade das Escolainda, da Actividade das Escolainda, da Actividade das Escolas e daas e daas e daas e daas e daActividade dos seus Estudantes. DaActividade dos seus Estudantes. DaActividade dos seus Estudantes. DaActividade dos seus Estudantes. DaActividade dos seus Estudantes. DaCooperCooperCooperCooperCooperação Internacional. Tação Internacional. Tação Internacional. Tação Internacional. Tação Internacional. Também háambém háambém háambém háambém hádespedidas. Devidas a quem,despedidas. Devidas a quem,despedidas. Devidas a quem,despedidas. Devidas a quem,despedidas. Devidas a quem,reconhecidamente, muito trabalhou na ereconhecidamente, muito trabalhou na ereconhecidamente, muito trabalhou na ereconhecidamente, muito trabalhou na ereconhecidamente, muito trabalhou na epelpelpelpelpela Instituição e agora Instituição e agora Instituição e agora Instituição e agora Instituição e agora se aposentou. Ema se aposentou. Ema se aposentou. Ema se aposentou. Ema se aposentou. Emtom de quem diz “tom de quem diz “tom de quem diz “tom de quem diz “tom de quem diz “AAAAAté logo!” ou “té logo!” ou “té logo!” ou “té logo!” ou “té logo!” ou “AAAAAtététététésempre”!sempre”!sempre”!sempre”!sempre”!

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A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo.De forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nasDe forma imperceptível. Mas imperecível. Nos volumes e nassilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nosilhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas nopensamento. Nas ppensamento. Nas ppensamento. Nas ppensamento. Nas ppensamento. Nas palalalalalaaaaavrvrvrvrvras e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas e nas ideias de quem nelas tras tras tras tras trabalha e nasabalha e nasabalha e nasabalha e nasabalha e nasdaqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.

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Pela memória do Instituto Superior Politécnico de Viseu passaram já grandesnomes da educação e da cultura do nosso país, bem como proeminentesresponsáveis políticos, como o Exmo. Senhor Presidente da República, Dr.Jorge Sampaio, ou o actual Ministro da Ciência e do Ensino Superior, Prof.Doutor Pedro Lynce de Faria.No último número, esta rubrica de Polistécnica foi dedicada a uma instituiçãomaior de ensino superior na Europa – a Eurashe.Este número retoma as personalidades. Muito nossas desta vez.Duas figuras indelevelmente marcantes na história da nossa Instituição.

A SAA SAA SAA SAA SAUDUDUDUDUDADEADEADEADEADE

Quem tem estado atento às convulsões verificadas na nossa actual estrutura social e quem por gosto ou dever de ofício analisa sociologicamenteo comportamento da nossa sociedade local e nacional é levado a pensar que o País realmente ensandeceu.

A Educação, como garantia da interiorização dos normativossociais e comportamentais, perdeu vapor e estes entraram, por enquanto,numa entropia confrangedora. Antigamente dizia-se que “a escola eraa sagrada oficina das almas”. Agora as almas têm que ir à oficina!!!

Foi neste contexto social e educacional que pude contar comhomens como António Soares de Sousa e Vasco Cunha que na suafunção de Vice-Presidentes do nosso Instituto negaram, até à exaustão,os constrangimentos que referi e mostraram como felizmente a excepçãoconfirma a regra. Capacidade, moderação, honestidade, lealdadeconstituíram os limites da sua actividade. Muitos os criticaram porquenão se visualizavam com frequência. Essa era a sua missão, essa foisempre entendida por nós como uma das suas principais virtudes.Nenhum deles se colocou alguma vez em bicos de pés e, no entanto,poderiam fazê-lo porque ambos possuíam valor mais que suficientepara tal.

Diferentes na actuação foram sempre iguais noscomportamentos.

Tenho saudade de ambos. Guardo-os como uma boarecordação. Bons tempos esses. Pino Agrile escreveu que os inteligentesconstruíram o mundo e que os estúpidos vivem à grande.

Ambos me ajudaram a construir o mundo. As provas sãoevidentes.

Bem haja a ambos.

O Presidente do Instituto Superior Politécnico de ViseuProf. Doutor João Pedro de Barros

Muitos dos nossos melhores antropologistas, sociólogos,psicólogos e até psiquiatras têm elaborado textos científicos procurandorazões para as alterações que se têm registado nos últimos 20 a 25 anos nasociedade portuguesa e quais as correlações visíveis com a sociedadeeuropeia.

São evidentes e substanciais os sinais que evidenciam as alteraçõescomportamentais dos portugueses. Crise de valores dizem uns, dificuldadesem substituir os que modelaram a sociedade do antes 25 de Abril afirmamoutros. Ou seja, perderam-se uns e não se criaram outros.

Na verdade, parece que os tempos não andam de feição e que unse outros têm razão no que pensam, no que dizem e no que escrevem. Semprocurar grandes fundamentos científicos parece-nos, todavia, que o nossoPaís não tem grande futuro, perdeu a noção do passado e esgadanha opresente sem dó nem piedade.

Não há um único noticiário televisivo ou radiofónico, jornal que sepreze, regional ou nacional, diário, semanal ou mensal, que não refira deforma negativa e exaustiva a crise em que o País mergulhou.

Ninguém fala em trabalho! Todos preferem utilizar a falta deemprego. Está mal a educação, a economia (não há uma única alminha quenão cante a partitura da recessão), a saúde está doente, a agricultura foi deférias para outros países da Europa (dos 4 milhões que trabalhavam nestaárea a tempo integral só restam cerca de 150 mil compatriotas) e até nosquerem tirar o mar. O mar! A Defesa está indefesa, os professores estão emguerra com o Governo, os advogados embirram com os magistrados, ospolícias querem sindicatos e greves e temos que pedir socorro aos ladrões,etc. etc.

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Professor Coordenador daEscola Superior de Tecnologia, licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas (como curso de Ciências Pedagógicas) pelaFaculdade de Letras da Universidade deCoimbra (1954-1959). Iniciou a carreirade professor no ano lectivo de 1959/60,na Escola Industrial e Comercial deAbrantes. Nos anos lectivos seguinteslecciona na Escola Industrial e Comercialde Chaves e no Liceu Nacional da mesma cidade (actual Escola Secundáriade Chaves). Fez estágio pedagógico com exame de estado em 1969/70 naEscola Comercial Oliveira Martins, Porto (hoje escola secundária com omesmo nome), tendo efectivado em Chaves, na Escola Industrial e Comerciallocal, em 1970/71.

Em 1972 transfere-se para Viseu, para a Escola Industrial eComercial de Viseu (actual Escola Secundária Emídio Navarro).

Em 1974 torna-se o primeiro presidente eleito, pós-25 de Abril, doConselho Directivo desta Escola, na qual permanece até Agosto de 1985. Depermeio, em 1975, é nomeado Presidente da Comissão Instaladora da EscolaSecundária de Tondela pelo Director Geral do Ensino Secundário.

Em Setembro de 1985 transfere-se para a Escola SecundáriaAlves Martins, onde lecciona até Dezembro desse mesmo ano.

A sua ligação ao Instituto Superior Politécnico de Viseu inicia-se,formalmente, em Dezembro de 1985, com a nomeação, através de conviteformulado pelo governador civil da altura, Eng.º Coelho de Araújo, para aComissão Instaladora da Escola Superior de Tecnologia, da qual faz partecomo vogal.

Em 1988 assume a presidência da comissão instaladora, cargoque exerce até 1995. Em 26 de Setembro desse ano toma posse como Vice-Presidente do ISPV, desempenhando essa função até à sua aposentação,em finais de Setembro de 2002 (publicação em Diário da República, n.º 50,de 28 de Fevereiro de 2003).

Na memória institucional, e na da comunidade, ficará sempre bempresente a imagem do diplomata brilhante que contribuiu decisivamente naedificação do que hoje representa o ISPV para a região e para o país.

Cheguei a Viseu em 1980. Pensando que era uma estadiatemporária. Vim, professora recém profissionalizada e praticamentesem experiência, ocupar lugar do quadro numa Escola Secundária dacidade, na qual o concurso nacional me tinha colocado.

Vinha do Litoral, de ao pé do mar, e as montanhas agrestes e ogranito nu (e tanto granito, meu Deus!), pareceram-me inóspitos. Asgentes fechadas, inóspitas como a paisagem. Que falta me fazia – e queainda me faz – o mar! A cidade, essa pareceu-me pequena, mesquinha.

Afinal, puro engano! Por cá fiquei, até hoje. Aqui fiz, desfiz,refiz e continuo a fazer, a desfazer e a refazer a minha vida. Quando, emSetembro de 1980, me apresentei na Escola Secundária Emídio Navarro,era Presidente do seu Conselho Directivo o Dr. António Soares deSousa. Já lá vão 23 anos! É muito tempo e muita coisa mudou. A cidadecresceu e eu aprendi a gostar dela, das gentes e da paisagem. O Dr.Soares de Sousa, esse não mudou. Nem sequer envelheceu! Há pessoas– todos conhecemos algumas – por quem o tempo não passa ou que otempo não toca. Dessas raras pessoas do meu conhecimento pessoal oDr. Soares de Sousa é uma delas.

Recebeu-me com muita simpatia, elegância e amabilidade. Umgentleman, pensei. Trato muito afável, uma cortesia ímpar, de uma boaeducação simultaneamente impressionante e irresistível mas algoconfrangedora para mim que, de vez em quando, gosto de sair doscânones, pisar o risco e dizer algumas “inconveniências”...

Como Presidente do Conselho Directivo daquela escola, emque, durante anos, desenvolvi a minha vida profissional, foi exemplar.Nunca conhecera ninguém que, em cargo de direcção, tivesse sabidorodear-se de um staff tão eficiente; que soubesse lidar com tantassensibilidades com tal diplomacia; que gerisse a escola de modo tãoperfeito!

Profissionalmente, fui feliz. O período em que vivi a minhaprofissão na Escola Secundária Emídio Navarro foi o mais feliz daminha vida. Porque o Dr. Soares de Sousa soube criar um ambiente detrabalho, um clima de escola e uma cultura de escola, como hoje se diz,onde todos nos sentíamos bem e, por isso, desenvolvíamos com gostoo nosso trabalho. Vivemos a maior parte do nosso tempo útil na Escola.Se ela não for um local onde se respire bem-estar, se ela não for um localde felicidade, como poderemos ser felizes???

Entretanto convidado a presidir à Comissão Instaladora da EscolaSuperior de Tecnologia do Instituto Superior Politécnico de Viseu, funçãoque aceitara, veio a tomar posse do cargo em Setembro de 1988.

Foi ele também que, em 1989, me convidou para integrar ocorpo docente da Escola Superior de Educação de Viseu, na altura comorequisitada, para exercer funções docentes no âmbito daProfissionalização em Serviço. A ele devo a minha entrada nesta que éhoje a minha escola.

Continuei a ter o privilégio de com ele privar, entretanto jácomo Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Viseu, cargo para quefoi nomeado em 26 de Setembro de 1995. Nessa qualidade, desenvolveudurante anos, até 2003, altura em que se aposentou, o seu trabalho comtoda a dedicação e empenho, sobretudo com muita lealdade, contribuindodecisivamente para a sólida e prestigiada imagem pública do InstitutoPolitécnico de Viseu.

Sempre o vi e considerei como um homem simples, íntegro,afável, sem ambições. Não procurou cargos ou títulos. Eles é que foramter com ele. Pelas suas virtudes, pelas suas competências e qualidadespessoais. Sempre aberto, colaborante e amigo, sempre disponível. Nuncao conheci de outra maneira. Nunca o vi perder a calma, o trato afável,nem aquela diplomacia com que sempre lidou com tudo e com todos.

Foi um privilégio e uma honra tê-lo conhecido e privar com ele.Continua a sê-lo. Aprendi com ele coisas que nem ele próprio sabe queme ensinou. Bem Haja por ser quem é. Por ser como é. E até sempre,meu querido amigo!

Maria de Jesus Fonseca

António Soares deAntónio Soares deAntónio Soares deAntónio Soares deAntónio Soares deSousaSousaSousaSousaSousa

A Personificação da diplomacia

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VVVVVasco Soares de Oliveirasco Soares de Oliveirasco Soares de Oliveirasco Soares de Oliveirasco Soares de Oliveira ea ea ea ea eCunhaCunhaCunhaCunhaCunha

O legado humanista e cultural de uma referênciainstitucional

Vice–Presidente jubilado do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu desdeSetembro de 2002 (publicação em Diárioda República, nº302, de 31 de Dezembrode 2002), pilar sólido na edificação daInstituição, visionário na aposta clara nacooperação internacional, precursor deuma política cultural sólida - assente napublicação da internacionalmentereputada Millenium (revista deexcelência do ensino superior nacional e

internacional, atestada nas inúmeras distinções e colaborações um pouco portodo o mundo), na criação do indispensável veículo de marketing institucionalPolistécnica (boletim informativo que retrata tudo o que de mais importanteacontece no Instituto Superior Politécnico de Viseu), na edição dos livros doISPV, num inúmero e diversificado leque de outras publicações não periódicas,na organização de exposições, seminários, jornadas, entre outras iniciativasculturais de grande repercussão nacional e além fronteiras -, o Dr. VascoCunha legou à Instituição e à região a marca profunda de uma política culturalconsistente, enraizada nos mais sólidos pilares do humanismo europeu.

Escrever sucintamente sobre o legado institucional do Dr. VascoOliveira e Cunha é, manifestamente, tarefa impossível de atingir. Pelo alcanceda sua obra: metódica, criativa, profundamente humanista; pela extensão adiversos domínios que deixaram marca indelével no crescimento, maturaçãoe projecção do Instituto; pelo alcance prodigioso do seu intelecto, da suaerudição, da sua escrita portentosa em singularidade criativa; pelo trato afável,humano, simples (traços distintivos que caracterizam somente os espíritoselevados).

Professor Coordenador da Área Científica de Inglês da EscolaSuperior de Educação, licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdadede Letras da Universidade de Coimbra (1957 – 1962), com a dissertação OsDiários de Guerra, de Felix Hartlaub. Iniciou a carreira de professor no ano lectivo de 1962/63, no ExternatoLiceal de Pinhel, onde permaneceu até Setembro de 1969. Desde essa alturaaté 1985 leccionou na Escola Secundária de Emídio Navarro. Este ano marca,igualmente, o início da sua carreira de docente do ensino superior, na EscolaSuperior de Educação da Guarda, onde permanece até 1988. Entretanto,concluíra, em Janeiro de 1985, o mestrado em Ciências da Educação, com adissertação “Rural and Urban Children´s Reading Comprehension: The

Quando me pediram para escrever umas linhas sobre o Sr.Dr. António Soares de Sousa confesso que me senti “intimidado”. Oque dizer de alguém com quem durante mais de dez anos aprendemos,convivemos, de alguém com uma experiência profissional riquíssima,por quem ganhámos respeito e admiração e que deixou, porque nãodizê-lo, um vazio difícil de preencher no nosso local de trabalho?

Somos tentados a destacar uma das suas qualidades: o de tera noção perfeita, que soube traduzir na prática, de que as instituiçõessão feitas por homens e para homens; e tendo esta noção soube, com aética que lhe corre no sangue, dirigir e viver, não raramente, os problemas,os anseios, os êxitos dos outros como seus se tratassem.

Um homem assim constitui um exemplo a seguir, num mundoonde os valores essenciais constituem cada vez mais uma miragem,mas que urge fazer reviver, ainda com mais premência, numa instituiçãode formação.

Mário Cunha○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Durante os anos que trabalhei com o Dr. Soares de Sousaobservei algumas das suas características:

AAAAAmigoNNNNNotávelTTTTTranquiloOOOOObservadorNNNNNaturalIIIIInteligenteOOOOOrganizadoSSSSSolidárioOOOOObsequiosoAAAAAtentoRRRRRespeitosoEEEEEducadoSSSSSensívelSSSSSinceroOOOOOptimistaUUUUUnicoSSSSSimplesAAAAAfável

Palavras para quê? É um senhor no verdadeiro sentido dapalavra. Saudade é o que deixa a sua ausência neste Instituto.

Ana Medeiros○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

ATÉ SEMPRE...

Conheci melhor o Dr. Soares de Sousa quando, em Setembrode 1990, vim para o Instituto Politécnico requisitada, se assim o possodizer, à Escola Superior de Educação.

Já o conhecia, pelo menos de nome e de vista, por via docargo que ele ocupava como Presidente da Comissão Instaladora daEscola Superior de Tecnologia.

Contudo, foi no Instituto Politécnico que com ele comecei aconviver mais amiúde, porquanto era, e por acaso ainda sou, secretáriado Administrador. À distância – via telefone – ou pessoalmente, o Dr.Soares de Sousa sempre foi uma pessoa de trato amável e afável,afectuoso e respeitador. Apesar do cargo que ocupava na hierarquia danossa casa sempre lidou comigo de igual para igual, nunca deixando deme vir cumprimentar quando, por afazeres profissionais ou outros,tinha que vir ao Instituto.

Quis o destino que, anos mais tarde, viesse a ser um dosvice-presidentes do Instituto Superior Politécnico. Nada mudou.Muito pelo contrário. Os encontros, outrora esporádicos, eram agora

É muito difícil reduzir a meia dúzia de linhas os 6 anos duranteos quais trabalhámos com alguém ... muito especialmente quando essealguém é o Sr. Dr. Soares de Sousa: uma pessoa que ao longo dessetempo sempre se mostrou disponível e afável, incapaz de perder acompostura, mesmo nas situações mais delicadas, fazendo com que, aoprocurarmos o Sr. Vice Presidente, encontrássemos sempre, primeiro,o amigo.

É por essas e muitas outras razões que ficam por dizer, quenão podemos deixar de lhe expressar o nosso reconhecimento.

Raquel Cortez Vaz

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diários. Até os nossos gabinetes eram contíguos.Foi um privilégio com ele trabalhar, quer como chefe, quer como

amigo.Ao Dr. Soares de Sousa endereço uma palavra de carinho e amizade,

em nome dos bons velhos tempos. E, se é verdade que recordar é viver, entãoesses tempos jamais morrerão.

Como dizem os aforismos, quem quer bem sempre se encontra.Por isso, até um dia, Dr. Soares de Sousa.

Um abraço de estima, amizade e consideração da amiga,

Salomite

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Function of Cultural and Linguistc Background”, sob a orientação dePaula Menyuk, na Universidade de Boston, em 1985. Fez, ainda, aparte curricular do Doutoramento em Linguística na Universidade deSalamanca, versando o seu projecto de dissertação a temática“Descontinuidades Lingüísticas y Culturales: Tratamientos Diferencialesen la Escuela y Repercursiones en la Evaluación”, o qual viria a seraprovado em Outubro de 1991. Contudo, razões de saúde impediram asua conclusão.

A ligação directa ao Instituto ocorre em 1988, data em queinicia funções de professor de Língua e Linguística Inglesa e CulturaNorte–Americana na Escola Superior de Educação de Viseu. Em 1992é nomeado Coordenador do Departamento Cultural do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu, pelo presidente da Comissão Instaladora, Prof.Doutor João Pedro de Barros, cargo que mantém até 1995, ano em queé nomeado Vice–Presidente da Instituição para as Relações Culturais eInternacionais. Em Setembro de 2002, depois de ter colaborado deforma decisiva na edificação da Instituição, no seu todo, e na organizaçãoe projecção dos sectores fulcrais que coordenava, em particular, cessaa sua actividade diária no Instituto. No entanto, não rompe, como serianatural, a sua ligação à Instituição. O seu profundo sentimento institucional,a cultura superior enraizada no seu humanismo profundo e o indelévelcarácter altruísta, continuam presentes na colaboração, indispensável,que disponibiliza às publicações com a chancela do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu. A Instituição agradece, e reconhece. E, sobretudo,regozija-se pela honra de continuar a ter a colaboração de tãoproeminente vulto cultural e humanista. Os nossos leitores também, porcontinuarem a usufruir deleitosamente da sua escrita.

A dupla faceta na formação cultural e humanista comoindivíduo

Desde muito jovem sentiu o apelo do mundo. Da cultura. Dasabedoria dos povos. Da literatura, da criatividade dos grandes escritoresuniversais, como Goethe, Shakespeare, Romain Rolland, Dante, FiodorDostoievski, Blake, Joyce, Steinbeck, Lorca, Cervantes, João Cabral de MeloNeto, entre outros.

Concluído o seu primeiro ano de Faculdade foi conhecer acosmopolita Londres, em 1958. A partir daí nunca mais parou. Colónia,Alemanha (1959), Manchester (1960), novamente Alemanha, Dortmund eDusseldorf (1961) e Heildelberg e Frankfurt–am–Main (1962) são algunsdos exemplos. Europa, América do Norte, África e Ásia fazem parte dasviagens do seu mundo de paixão pela cultura universal. E pela criatividade,que a enquadra em dois planos: o estético e o cultural. No que concerne ao primeiro, a memória sempre presente da belezaarquitectónica em aço e vidro de Toronto.

No plano da herança cultural, as ruínas helenísticas e tudo o que éinerente à cultura que marcou a modernidade da humanidade. Também marcante, em contraponto, a memória dorida dos murosdivisórios sem sentido que obstaculizam a visão fraterna de sociedade. O deBerlim (neste número de Polistécnica a rubrica “No tempo em que não haviaErasmus” versa esta realidade, pouco positiva, da nossa históriacontemporânea) e o de Nicósia, em arame farpado, separador de gregos eturcos, em Chipre.

Acontece, por vezes, ao longo dos caminhos que percorremosna vida, numa qualquer das suas encruzilhadas, encontrarmos algumasdaquelas raras pessoas que nos tocam, que nos falam (as outras, na suamaior parte, são-nos indiferentes).

Já não me lembro de quem tropeçou em quem. Com certezafui eu que tropecei nele, porque sou desajeitada e tem sido meu destinopercorrer o caminho aos tropeções.

Primeiro vi-o ao longe, um conhecimento feito de distância,respeito e admiração. A familiaridade veio depois. Um dia fomos paraalém dos cumprimentos e da superficialidade das palavras do momento.

Foi no bar da Escola Superior de Educação de Viseu. Cheio naquele dia,repleto, tumultuoso, barulhento. Descobrimos muitas similitudes de pontosde vista, de modos de olhar o mundo e a vida, de perspectivar questõessempre de vários ângulos.

Ambos cépticos. Ambos pessimistas, quase diria, militantes – asnossas experiências e vivências a isso nos conduziram. Cépticos e de umpessimismo metódico mas convicto face à vida, face à história (semprovidência), face ao género humano...

A partir das nossas conversas, por vezes longas, fossem qualfossem os temas – literatura, autores, política, políticas e políticos, filosofia,experiências de vida, viagens – construí a ideia de um homem culto, quaseenciclopédico, de uma cultura sedimentada, sólida e consistente; de umespírito agudamente crítico, recto, imparcial, com um enorme sentido dejustiça.

Pela sua mão entrei no Departamento Cultural do InstitutoPolitécnico de Viseu. Relembro as discussões democráticas, as decisõespartilhadas, a abertura às nossas ideias e propostas, o incentivo, as ideiascriativas, os brainstorming, os entusiasmos e as decepções. Do nosso trabalhojuntos e em conjunto – de que muito me orgulho e que muito me honra – naRevista Millenium aprendi o rigor, o planeamento sistemático, a organizaçãocuidada e criteriosa... Foi um período muito feliz da minha vida profissional.Feliz, mas curto, como o são todos os momentos felizes. Por isso o meuagradecimento e gratidão eternos.

Mas ainda há a escrita. Este gosto comum pela escrita. Uma escritaincisiva, de frases curtas, mas cheias de significado. Uma escrita crítica,reflectida e reveladora de sentidos – a sua.

E mais haveria. Mas estas linhas foram-me tão custosas de escrever,saíram-me tão devagar e com tanto esforço! Emoções e sentimentos que sevivem e agora se revivem. Por ora, não posso nem quero dizer mais.

Foi uma honra e um privilégio tê-lo conhecido. Foi uma honra eum privilégio raro ter privado consigo. É uma honra e um privilégio tê-locomo amigo. Obrigado Dr. Vasco por ser quem é, por ser como é! Bem hajapelas felizes experiências profissionais que me proporcionou. É uma honrae um privilégio tê-lo conhecido, repito. E então, até sempre!

Maria de Jesus Fonseca

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A UM AMIGO DE SEMPRE

Pediram-me que escrevesse um pequeno texto sobre o DoutorVasco. Fi-lo enquanto aguardava que, do Kodak Theatre de Los Angeles,transmitissem em directo a 75ª Cerimónia da Entrega dos Prémios daAcademia, vulgo óscares.

Mas não pensem que foi fácil. Não me é fácil falar do DoutorVasco. Mesmo nada fácil!...

Fui a primeira pessoa a trabalhar com ele, quando, no jálongínquo ano de 1992, veio para o Instituto Politécnico trabalharconnosco.

É profunda a admiração que por ele nutro. Profissional epessoalmente.

Homem de incomensurável cultura e saber ímpar, com eleaprendi um mundo de coisas novas. Que até então ignorava quase porcompleto. Trouxe ao nosso Instituto uma preciosíssima mais valiacultural, da qual, ainda hoje, continuamos a colher os louros. Podiaaqui dar uma caterva de exemplos do seu saber e, acima de tudo, do seusaber fazer. Mas escolhi apenas um. A Millenium, essa dilecta e porvezes ingrata filha, quão difícil foi gerar e parir... Mas nasceu, cresceu ejá hoje é uma mulherzinha...

Oxalá sejamos capazes de continuar a obra que nos legou e,acima de tudo, tenhamos interiorizado um niquinho do seu espírito desacrifício.

Juntos passámos bons e maus momentos. Alguns quasedramáticos. Mas tudo passou!...

Em 1992, éramos só os dois. No então Departamento deAssuntos Culturais. Só depois veio a Sónia. Com um punhado dealmas de boa vontade, em 1993, conseguimos pôr de pé a cerimónia dos10 Anos de Ensino Superior Público no Distrito de Viseu, personificadosno nosso Instituto e na sua filha mais velha. A Escola Superior deEducação, a primeira a funcionar neste nosso jardim à beira-marplantado. Foi o epílogo de alguns e bem sucedidos eventos, que fizeramecoar por algumas gargantas, mais ou menos invejosas, o nome danossa casa...Havia tanto para dizer sobre o Dr. Vasco, meu Deus! Contudo, vou serparca nas palavras e contida nos adjectivos. A penúria do país assim oexige!...

Como chefe, era, apenas e tão somente VERTICAL eSOLIDÁRIO. Como homem, acima de tudo, HUMANO!. Predicadomoribundo e à beira da extinção nos conturbados e animalescos temposem que vivemos.

Estávamos, e continuamos a estar, posicionados em camposdiametralmente opostos em algumas facetas da vida. Contudo, semprenos uniu um profundo e mútuo respeito, sólida base do nossorelacionamento. O tempo que com ele trabalhei e convivi,enriqueceu-me sobremaneira. Como funcionária e como pessoa. Quãomais pobre seria hoje, se, com ele, não tivesse tido aquelas longas e nãoraras vezes acaloradas dissertações sobre os mais díspares assuntos.Sem esquecer a política e a religião que, curiosamente, tanto nosseparava como nos unia. Parece um contra-senso, mas é a mais puraverdade. Apesar de, politicamente, me considerar uma daltónicaassumida, éramos, somos, e que o Todo Poderoso permita que sempreo sejamos, de convicções humanistas e humanizantes.

Em jeito de epílogo, só peço que o meu Deus (como diziabastas vezes o Doutor Vasco) o ajude a concretizar todos os muitosprojectos que, presumo, ainda tem em mente. E, se bem o conheço, nãoserão tão poucos como isso...

Por tudo quanto me ensinou, pelos horizontes desconhecidosque me ajudou a rasgar e desbravar, BEM HAJA, Doutor Vasco! Comose diz por estas terras beirãs, que alguém já chamou do demo...

São

Ao Dr. Vasco Cunha, meu amigo...

Admiro-lhe...o pensar para além do que se pensa, o saber para alémdo que se sabe, a visão para além do que se vê.

Presto-lhe... homenagem de ouro pelo seu carácter raro, de preciosalealdade, de uma cara integridade.

Agradeço-lhe... o EXEMPLO! A confiança em branco. E a paternalpaciência.

Devo-lhe... as incursões dos maravilhados , os caminhos guiados,os alçapões assinalados, os tropeções amparados, as lições dosvendados...

Guardo-lhe...momentos não perdidos na semelhança com outros ,que, por tê-los partilhado, são também um pouco meus...

Peço-lhe... desculpa por não ser capaz de elevar estas linhas à alturada minha gratidão e amizade.

Sónia Silva

26 números de millenium, 5 polistécnicas, dezenas de publicações ealguns anos serviram de pretexto para iniciar e enraizar uma amizadeà qual fico e ficarei eternamente grato, e seriam poucas as palavraspara poder expressar os ensinamentos que este SENHOR metransmitiu...

um bom ponto de partida para se começar a discutir o tema dainsubstituibilidade...

Paulo Medeiros

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Com edição de Abril de 2003, n.º 27, a revista Millenium cumpre o seu oitavoano de existência.

Encontrando-se em processo de maturação algumas ideias relativas à suaestrutura interna, Millenium (pensada para ser cada vez mais uma publicação científica,preferencialmente de produção institucional) marca, com este número, uma nova cadênciaperiódica, a partir de agora semestral. Mas também uma nova direcção, sob a orientação daDoutora Maria de Jesus Fonseca, motivada pela aposentação do Doutor Vasco Cunha.

Este número, constituído maioritariamente por um conjunto vasto de textos queexistiam em acervo (e que, por uma razão ou por outra, não tiveram oportunidade de vir alume), tem também textos recentes, de docentes do Instituto, cuja publicação se tornavaoportuna.

Não se julgue, contudo, que os artigos que se encontravam em espólio, e agorapublicados, se encontram desactualizados. Bem pelo contrário. É que há temas que teimamem manter-se actuais. E há questões e problemas que são de sempre; humanos, demasiadohumanos, no dizer de Nietzsche, que, por isso, sempre nos espicaçam e sempre a elesvolvemos. Ou, dizendo de outro modo, há ou não há uma Philosophia perennis?

Entrecruzam-se, assim, escritos de diferentes momentos temporais, sem que,contudo, se possam facilmente identificar uns e outros.

Com temáticas diversificadas nas quatro secções, entre textos poéticos, deopinião e, sobretudo, trabalhos científicos de inolvidável relevância, esta edição disponibiliza,em suporte papel e on-line, aos seus inúmeros leitores, trabalhos de investigação de excelência,efectuados, maioritariamente, por docentes das unidades orgânicas do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu.

MILLENIUM 27MILLENIUM 27MILLENIUM 27MILLENIUM 27MILLENIUM 27

Com a designação O teu futuro passa por aqui, editou recentemente oISPV este documento integrador da oferta de educação e de formação das suasUnidades Orgânicas, nomeadamente a inventariação de todos os seus cursos delicenciatura e dos respectivos currículos; pré-requisitos para os cursos de EducaçãoVisual e Tecnológica e de Educação Física da ESEV; objectivos e saídas profissionais.

Trata-se de um texto de leitura fácil, acessível, um documento detalhadopara todos quantos queiram candidatar-se no próximo ano lectivo à entrada no ensinosuperior, mais especificamente no Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Nos meses de Abril e Maio participou o Instituto e suas unidades orgânicasem inúmeras Feiras de Orientação Vocacional, onde se distribuíram, gratuitamente,milhares de exemplares. Também foram enviados, à semelhança de outros anos,manuais a todas as escolas secundárias e profissionais dos distritos da região, bemcomo foi dada resposta às diversas solicitações que foram surgindo, um pouco detodo o país.

Paralelamente foi também facultada a versão em disquete do Manual.A sua edição on-line pode também ser consultada em www.ipv.pt.

Manual do CandidaManual do CandidaManual do CandidaManual do CandidaManual do Candidato doto doto doto doto do Instituto SuperiorInstituto SuperiorInstituto SuperiorInstituto SuperiorInstituto Superior Politécnico de VPolitécnico de VPolitécnico de VPolitécnico de VPolitécnico de Viseuiseuiseuiseuiseu 2003/20042003/20042003/20042003/20042003/2004

Informação - Informação - Informação - Informação - Informação - prospecto divulgaprospecto divulgaprospecto divulgaprospecto divulgaprospecto divulgativo do ISPVtivo do ISPVtivo do ISPVtivo do ISPVtivo do ISPV

A acompanhar a distribuição do Manual do Candidato, o Instituto distribuiu um prospecto com informação sucinta e actualizada sobre o todo institucional.Com um grafismo inovador e concebido numa perspectiva extremamente apelativa, esta brochura pretende fornecer a todos os seus destinatários (preferencialmentepotenciais futuros alunos), uma breve panorâmica sobre as infra-estruturas e mais valias disponíveis no universo do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

O teu futuro pO teu futuro pO teu futuro pO teu futuro pO teu futuro passa por aquiassa por aquiassa por aquiassa por aquiassa por aqui

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Após um período de reflexão, vem agora a lume um novo númeroda revista FORUM MEDIA, uma publicação do Curso de Comunicação Socialda Escola Superior de Educação, realizada com o apoio essencial doDepartamento Cultural do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Inicia-se com este número o terceiro ano de vida desta publicação.De modo a corresponder às expectativas dos nossos leitores, procedeu-se aum esforço significativo de renovação estética e científica.

Face aos números anteriores, decidimos investir, de forma clara,na publicação de textoscientíficos. Esta directriz deactuação justifica-se peloperfil dos nossos leitoresque buscam na FORUMMEDIA um espaço dedivulgação de artigos deinvestigação concernentesao universo daComunicação Social, bemcomo textos de carácterjornalístico. Incluímos,assim, em cada número,uma grande reportagem euma grande entrevista.

A revista temcontado com acolaboração de docentese discentes da ESEV, deprofessores daUniversidade de Coimbra,da Universidade do Porto,da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade Federal deSanta Catarina, da Universidade do Amazonas, da Universidade de SãoPaulo, da Universidade de Juíz de Fora e da Pontifícia Universidade Católicado Rio de Janeiro. Foi ainda um privilégio supremo contarmos, nos primeirosquatro números publicados, com a colaboração de reputados especialistascomo o cineasta Lauro António, o historiador Prof. Doutor José HermanoSaraiva e os jornalistas Fernando Pessa, Carlos Daniel, Hernâni Carvalho,Paulo Camacho e Cândida Pinto.

Os destaques deste número são, de forma inequívoca, a entrevistaa Hernâni Carvalho, jornalista da RTP, e os textos de autores internacionais:Moinak Biswas, da Universidade de Calcutá, Milena Blazic, da Universidadede Ljubljana, Katherine Limmer, do Yeovil College, de Inglaterra, e FernandoFurtado, da Universidade Federal de Juiz de Fora, que vêm enobrecer asnossas páginas.

Neste terceiro ano de vida, agradecemos a todos aqueles quesempre acreditaram neste projecto.

Luís Miguel Cardoso

ActActActActActas – XXI Encontro da APEAAas – XXI Encontro da APEAAas – XXI Encontro da APEAAas – XXI Encontro da APEAAas – XXI Encontro da APEAA

Em Dezembro de 2002 foieditado, com a chancela do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, o livroque corporiza as comunicaçõesefectuadas no XXI Encontro da APEAA(Associação Portuguesa de EstudosAnglo-Americanos), realizado em Abrilde 2000, em Viseu.

Seguindo uma linha decontinuidade relativamente aosencontros anteriores, onde a reflexão,num postulado de abrangência, emtorno de conceitos, valores e teoriasvigentes, prenunciava já toda a sériede derrogações e também demotivações que foram alicerçando o dealbar do novo milénio, este Encontrolega, nestas suas Actas, contributos relevantes de proeminentes Homensde Letras, sobre temáticas tão diversas como Estudos Culturais/EstudosLiterários, Análise do Discurso, Cultura e História das Ideias, Cultura eCiência/Tecnologia, Women Studies, ou Native American Studies.

A Excelência Profissional emA Excelência Profissional emA Excelência Profissional emA Excelência Profissional emA Excelência Profissional emEducação Física e Desporto emEducação Física e Desporto emEducação Física e Desporto emEducação Física e Desporto emEducação Física e Desporto em

PortugalPortugalPortugalPortugalPortugalPerfil a partir de sete histórias de vida

Esta obra,com edição deDezembro de 2002,tem a assinatura doProf. Doutor AntoninoManuel AlmeidaPereira, docente doPólo Educacional deLamego da EscolaSuperior deEducação do InstitutoSuperior Politécnicode Viseu, e constitui,no essencial, a sua dissertação de Doutoramento.

Prefaciada pelo Prof. Doutor António Paula Brito, esta obratem como objectivo “contribuir para uma melhor compreensão sobre aexcelência profissional em Educação Física e Desporto”, começandopor estudar e expor, num contexto teórico, segundo o prefaciador, “aevolução da profissão desde 1910 até 2000, situando-a nos quadrospolítico, económico, social, cultural e educativo”.

Numa segunda fase, estabelecidos os conceitos de profissãoe de “excelência profissional”, as “histórias de vida” são animadas nocontexto de personagens “que nos falam das suas paixões, lutas,preocupações, ambições, projectos, mas também de dificuldades e crises”.O prefaciador conclui referindo estarmos perante “um estudo onde onível científico, o interesse, o conteúdo e a originalidade se reúnem numsólido contributo para o conhecimento da Educação Física e do Desportoem Portugal”.

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a Saúde e o Espectáculoa Saúde e o Espectáculoa Saúde e o Espectáculoa Saúde e o Espectáculoa Saúde e o Espectáculo

Actas do Simpósio realizado em Lamego em 27 e 28 de Maio de 2002

Edição de Janeiro de 2003, coordenada pelo Prof. DoutorAntonino Pereira, este livro de actas engloba um conjunto de conferênciase comunicações proferidas durante o 9.º Simpósio de Educação Física eDesporto do Pólo de Lamego, da Escola Superior de Educação deViseu, por alguns dos mais conceituados nomes do fenómeno desportivodo nosso país.

Esta publicação, para a entidade organizadora (Área deEducação Física do Pólo de Lamego), constitui, em primeira instância,acto de memória para a Instituição, pretendendo, igualmente, darexpressão e divulgação pública ao trabalho realizado pelos autores econtribuir para divulgar um tipo de eventos ainda escassos nesta regiãodo interior do país, mas importantes para a sensibilização e formação dosseus diversos agentes desportivos.

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Estudo Realizado com Treinadores de Futebol de Alto Rendimentoem Portugal

A obra, da autoria do docente da Escola Superior de Educação doInstituto Superior Politécnico de Viseu, Professor João Luís Garcês Esteves,centra-se na problemática do futebol de alto rendimento, mais concretamentena posição específica de ponta de lança.

Esta é uma temática que o autor domina amplamente, em virtude dasua vasta experiência de jogador profissional de futebol, desempenhando afunção de ponta de lança. Nesta posição alcançou notoriedade e projecção,quer a nível regional, onde foi referência do Académico de Viseu, quer a nívelnacional, onde chegou a representar um dos chamados “três grandes” – oSporting Clube de Portugal -, objectivo maior de todos os profissionais, atingido,no entanto, por uns poucos eleitos.

O presente estudo, realizado junto de 24 treinadores de futebol quetrabalham, ou trabalharam, na I Liga de Futebol Profissional, constitui, assim,relevante contributo para a compreensão do fenómeno social que o futebolrepresenta.

Edição do ISPV, Maio de 2003.

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Sónia Silva - Relações Internacionais do ISPV

Foi recentemente aprovado pela Comissão Europeia, no âmbitodo programa comunitário Leonardo da Vinci, o projecto-piloto COMPASS,no domínio da agricultura biológica, cuja implementação, a iniciar em breve,será levada a cabo por uma rede de instituições de ensino superior europeias,coordenada pela Universidade de Stº Estêvão (Hungria) e da qual faz parteo Instituto Superior Politécnico de Viseu (ISPV).

O projecto em causa, que irá desenrolar-se por um período de 3anos, tem como objectivo o desenvolvimento curricular conjunto de umprograma de estudos de nível pós-secundário, na área da agricultura biológica,com vista à elaboração de um curso de especialização técnica de dois anos,que, após a conclusão do projecto, funcionará nos mesmos moldes em

todas as instituições envolvidas.

No ISPV, a coordenação científica do referido projecto seráassegurada pela Escola Superior Agrária (ESAV), sendo que o apoioadministrativo será da responsabilidade do Gabinete de RelaçõesInternacionais. A contribuição científica da ESAV para o projecto estarácentrada especificamente nas áreas da “Protecção Integrada” e “Gestãoda Água e Conservação do Solo”. Adicionalmente, à ESAV caberáassegurar um módulo de especialização sobre “Controlo Biológico daProdução”, a leccionar em língua inglesa e que poderá ser frequentadopor estudantes móveis provenientes das restantes instituições parceiras.

Recentemente aprovado pela Comissão Europeia, ao abrigo doprograma comunitário Leonardo da Vinci, o projecto-piloto EURIS –“Europeans Using Roundwood Innovatively and Sustainably”- estáactualmente a ser implementado por uma rede europeia de instituições deensino superior e outras organizações associadas à tecnologia e indústria dasmadeiras. Esta rede, coordenada pela organização “Sylveron Limited”(Irlanda), conta com a participação do Instituto Superior Politécnico deViseu (ISPV), cuja representação científica é da responsabilidade do docenteJosé Vicente Ferreira, do Departamento de Engenharia de Madeiras da EscolaSuperior de Tecnologia.

O referido projecto envolverá estudos conjuntos no domínio douso inovador e sustentável de rolaria (madeira) de pequeno diâmetro e baixovalor comercial, com o objectivo de elaborar um módulo de formação sobreesta temática, de carácter especializado e com uma orientação profissional,a integrar posteriormente em planos de estudos relacionados com a área emquestão.

A primeira etapa de EURIS, que terá uma duração total de 2 anos,foi já concretizada numa reunião plenária da rede, decorrida em Marçopassado em Manchester (Reino Unido), após a qual ficaram definidas astarefas específicas de cada instituição parceira. O contributo do ISPV passará,por um lado, pela sua participação na elaboração dos planos curriculares e,por outro, pelo desenvolvimento de estudos de caso em três áreas específicas:a bio-energia, os lamelados colados para a construção civil, e o artesanato.

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA

PROJECTOPROJECTOPROJECTOPROJECTOPROJECTO-PIL-PIL-PIL-PIL-PILOTO NO DOMÍNIO DOTO NO DOMÍNIO DOTO NO DOMÍNIO DOTO NO DOMÍNIO DOTO NO DOMÍNIO DA AGRICULA AGRICULA AGRICULA AGRICULA AGRICULTURTURTURTURTURAAAAABIOLÓGICABIOLÓGICABIOLÓGICABIOLÓGICABIOLÓGICA

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

PROJECTO-PILOTO EURISPROJECTO-PILOTO EURISPROJECTO-PILOTO EURISPROJECTO-PILOTO EURISPROJECTO-PILOTO EURIS ENGENHARIA DE MADEIRAS ENGENHARIA DE MADEIRAS ENGENHARIA DE MADEIRAS ENGENHARIA DE MADEIRAS ENGENHARIA DE MADEIRAS

LEONARDO DA VINCI

NOVO PROJECTO DE MOBILIDADENOVO PROJECTO DE MOBILIDADENOVO PROJECTO DE MOBILIDADENOVO PROJECTO DE MOBILIDADENOVO PROJECTO DE MOBILIDADEINTERNACIONAL NO ISPVINTERNACIONAL NO ISPVINTERNACIONAL NO ISPVINTERNACIONAL NO ISPVINTERNACIONAL NO ISPV

APROAPROAPROAPROAPROVVVVVADADADADADA CANDIDA CANDIDA CANDIDA CANDIDA CANDIDAAAAATURTURTURTURTURAAAAA

LEONARDO DLEONARDO DLEONARDO DLEONARDO DLEONARDO DA VINCI PA VINCI PA VINCI PA VINCI PA VINCI PARARARARARA 2003/04A 2003/04A 2003/04A 2003/04A 2003/04

A partir do ano lectivo 2003/04, os recém-formados peloISPV (bacharéis ou licenciados) irão dispor de um novo esquema demobilidade internacional, que lhes dará a oportunidade de realizaremum estágio profissional de 6 meses numa empresa/organização localizadaem Espanha ou Itália, com apoio financeiro disponibilizado peloprograma comunitário Leonardo Da Vinci.

De facto, foi recentemente aprovada, pela Comissão Europeiae Agência Nacional que gere o programa em causa, uma candidatura doISPV a um projecto de mobilidade profissional – “POLIECO: FormaçãoMultidisciplinar para o Desenvolvimento Sustentável na Europa doSul”, que permitirá proporcionar a 20 beneficiários (de praticamentetodos os cursos disponíveis no ISPV) uma experiência profissionaldestinada a desenvolver as suas competências específicas e transversais,num contexto de contacto directo com as respectivas realidadesprofissionais, aumentando, desta forma, a sua empregabilidade efacilitando uma posterior inserção no mercado de trabalho.

A especificidade, e simultaneamente a originalidade, desteprojecto reside na abordagem transversal de natureza ecológica e multi/interdisciplinar a aplicar à realização dos estágios. Quer isto dizer que,independentemente do background académico do beneficiário, o trabalhoa desenvolver nas organizações de acolhimento deverá ser marcado poruma orientação que visa a formação de profissionais conscientes docarácter interdependente e global das actividades e da importância datransversalidade das questões ecológicas em cada domínio/actividadeprofissional , numa lógica de desenvolvimento sustentável devidamenteadaptada ao contexto da Europa do Sul.

Os estágios deverão ser implementados entre Janeiro e Julhode 2004, sendo que oportunamente o Gabinete de RelaçõesInternacionais procederá à divulgação das candidaturas e suas condições.

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Decorreu no ISPV, nos passados dias 6 e 7 de Fevereiro, um seminário de formação dedicado ao programa comunitário Sócrates, maisespecificamente às suas acções Erasmus (programas intensivos e actividades de desenvolvimento curricular) e Grundtvig (educação de adultos).

O referido seminário foi organizado no âmbito das actividades anuais do Pólo Universitário Transfronteiriço de Castela e Leão e da RegiãoCentro de Portugal, uma rede luso-espanhola de instituições de ensino superior e organismos públicos, da qual o ISPV é membro fundador. A iniciativaem causa foi coordenada pelo Gabinete de Relações Internacionais do ISPV ( em colaboração com o Secretariado Permanente do Pólo, sediado naUniversidade de Salamanca), que, no presente ano, assume a coordenação da Comissão de Relações Internacionais da rede em causa.

Com cerca de 40 participantes, entre técnicos de relações internacionais e docentes ligados à cooperação académica internacional, provenientesdas instituições do Pólo e não só, o seminário Sócrates contou com os valiosos contributos de diversos oradores, portugueses e espanhóis, activos nagestão e implementação de projectos no âmbito dos programas abordados. A dupla abordagem adoptada para cada sub-tema, traduzida no tratamentotanto das questões de carácter organizativo/administrativo como das de natureza mais académica/científica, suscitou um amplo debate e um intensointercâmbio de experiências, que, na opinião generalizada dos participantes, constituiu uma oportunidade única de enriquecimento profissional.

SEMINÁRIO LSEMINÁRIO LSEMINÁRIO LSEMINÁRIO LSEMINÁRIO LUSOUSOUSOUSOUSO-ESP-ESP-ESP-ESP-ESPANHOL NO ISPVANHOL NO ISPVANHOL NO ISPVANHOL NO ISPVANHOL NO ISPV

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6 e 7 de FEVEREIRO de 20036 e 7 de FEVEREIRO de 20036 e 7 de FEVEREIRO de 20036 e 7 de FEVEREIRO de 20036 e 7 de FEVEREIRO de 2003

UM PÉ NA ÁSIAUM PÉ NA ÁSIAUM PÉ NA ÁSIAUM PÉ NA ÁSIAUM PÉ NA ÁSIA

NOVO ACORDO DE COOPERAÇÃO COM ANOVO ACORDO DE COOPERAÇÃO COM ANOVO ACORDO DE COOPERAÇÃO COM ANOVO ACORDO DE COOPERAÇÃO COM ANOVO ACORDO DE COOPERAÇÃO COM AUNIVERSIDADE DE CHIANG MAI,UNIVERSIDADE DE CHIANG MAI,UNIVERSIDADE DE CHIANG MAI,UNIVERSIDADE DE CHIANG MAI,UNIVERSIDADE DE CHIANG MAI,

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Na sequência de um processo de negociação intermediadopela Embaixada de Portugal na Tailândia, e com o intuito de alargar asactividades de cooperação internacional a uma região do Globo atéentão não coberta, o Instituto Superior Politécnico de Viseu assinourecentemente um acordo genérico de cooperação com a Universidadede Chiang Mai, Tailândia.

O referido acordo pretende encorajar intercâmbios diversos,nomeadamente nos domínios da formação, investigação, mobilidade dedocentes/estudantes e publicações/informação. Válido por um períodode 5 anos, este acordo de cooperação irá enquadrar uma série de iniciativasa desenvolver a médio prazo, que serão oportunamente divulgadas.

I S P VI S P VI S P VI S P VI S P Vo teufuturo passapor aqui1313131313

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MOBILIDADE DE DOCENTES ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE DE DOCENTES ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE DE DOCENTES ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE DE DOCENTES ERASMUS NO ISPVMOBILIDADE DE DOCENTES ERASMUS NO ISPVANO LECTIVO 2002/03ANO LECTIVO 2002/03ANO LECTIVO 2002/03ANO LECTIVO 2002/03ANO LECTIVO 2002/03

À semelhança do que vem acontecendo todos os anos lectivos, o Instituto Superior Politécnico de Viseu encontra-se actualmente aimplementar os fluxos de mobilidade internacional de docentes ao abrigo do programa comunitário Sócrates/Erasmus. O objectivo deste esquema demobilidade é o de permitir aos beneficiários a realização de uma missão de ensino de curta duração (uma semana) numa instituição de ensino superioreuropeia, de forma a proporcionar uma experiência de valorização profissional única, assente no intercâmbio de conteúdos, metodologias e perspectivascientíficas e educativas.

Através do envio e acolhimento de docentes em diversas áreas científicas, o ISPV promove a multiplicação dos efeitos destes intercâmbiosentre docentes e alunos, incrementando, desta forma, um espírito de abertura e cooperação que deve estar presente em qualquer instituição de ensinosuperior pautada por princípios de qualidade.

Os fluxos previstos para o presente ano lectivo encontram-se já em fase de implementação, sendo que alguns foram já concretizados e outrossê-lo-ão a curto prazo. Os docentes do ISPV que beneficiaram deste esquema comunitário, que conta com a comparticipação financeira das diversasUnidades Orgânicas do ISPV, são os que se apresentam na tabela que se segue.

DOCENTES ERASMUS ENVIADOS PELO ISPV

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃOESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃONOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ACOLHIMENTOAna Mafalda Matias Comunicação Social Universidade Ramón Llull, Barcelona, Espanha.Antonino Pereira Educação Física Stord College of Education, Noruega.António Rodrigues Lopes Formação de Professores Universidade de Valenciennes, França.Maria Helena Cunha Matemática Universidade de Salónica, Grécia.Rosa Maria Chaves Língua Francesa Universidade de Toulouse, França.Véronique Delplancq Língua e Filologia Francesas Universidade de Mons-Hainaut, Bélgica.

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIANOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ACOLHIMENTOAna Branca Carvalho Pina Gestão Universidade de Inholland, Roterdão, Holanda.António Ventura Gouveia Engenharia Civil Universidade Técnica de Bucareste, Roménia.Artur Jorge de Sousa Engenharia Informática Universidade de Leuven, Bélgica.Gilberto Antunes Rouxinol Engenharia Civil Universidade Técnica de Bucareste, Roménia.Rui Pedro Amaro Duarte Engenharia Informática Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha.

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIANOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ACOLHIMENTODulcineia Sousa Ferreira Engenharia Agro-Alimentar Universidade de Burgos, Espanha.João Paulo Gouveia Engenharia Vitivinícola Universidade de Stº Estêvão, Budapeste, Hungria.

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMNOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ACOLHIMENTOAmarílis Pereira Rocha Enfermagem Politécnico de Turku, Finlândia.

Ao abrigo do programa comunitário Sócrates/Erasmus, o ISPV também recebeu (ou irá receber em breve) docentes provenientes de outrasinstituições europeias de ensino superior, para o desenvolvimento de missões de ensino, o estabelecimento de acordos bilaterais de cooperação demobilidade de estudantes/docentes ou para a preparação de actividades previstas para o próximo ano lectivo.

DOCENTES ERASMUS RECEBIDOS PELO ISPVDOCENTES ERASMUS RECEBIDOS PELO ISPVDOCENTES ERASMUS RECEBIDOS PELO ISPVDOCENTES ERASMUS RECEBIDOS PELO ISPVDOCENTES ERASMUS RECEBIDOS PELO ISPV

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃONOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ORIGEMHoorst Raabe Língua Francesa Universidade de Bochum, Alemanha.

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIANOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ORIGEMChristian Pedersen Engenharias Civil e Mecânica College de Engenharia de Odense, Dinamarca.Constanta Herea-Buzatu Engenharia Civil Universidade Técnica de Bucareste, Roménia.Dainius Paliulis Engenharia do Ambiente Universidade Técnica de Vilnius, Lituânia.Gerben Dierick Engenharia Informática Universidade de Leuven, Bélgica.Rima Tamosiuniene Gestão Universidade Técnica de Vilnius, Lituânia.

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEMNOME ÁREA CIENTÍFICA INSTITUIÇÃO/PAÍS DE ORIGEMMargareta Miljeteig Enfermagem Stord College of Education

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MOBILIDADE DE ESTUDANTESMOBILIDADE DE ESTUDANTESMOBILIDADE DE ESTUDANTESMOBILIDADE DE ESTUDANTESMOBILIDADE DE ESTUDANTESERASMUS NO ISPVERASMUS NO ISPVERASMUS NO ISPVERASMUS NO ISPVERASMUS NO ISPV

ANO LECTIVO DE 2002/03ANO LECTIVO DE 2002/03ANO LECTIVO DE 2002/03ANO LECTIVO DE 2002/03ANO LECTIVO DE 2002/03

No presente ano lectivo, o ISPV, em cumprimento de uma das linhas deorientação da sua política de internacionalização, a do reforço e diversificação damobilidade de estudantes, levou a cabo a implementação de 54 fluxos Erasmus(32 estudantes enviados e 22 recebidos). A mobilidade em causa desenvolveu-se emdiversos domínios científicos, com particular incidência na área da formação deprofessores, tendo abrangido os seguintes países de destino/origem: Alemanha,Espanha, França, Grécia, Hungria, Lituânia, Noruega e Roménia.

Prevê-se que, no ano lectivo 2003/04, os fluxos em causa venham a sofrerum reforço considerável, já que foram estabelecidos diversos acordos de cooperaçãobilateral com novas instituições europeias, ao abrigo de Sócrates/Erasmus. Esteesforço de crescimento no domínio da mobilidade de estudantes prende-se com afilosofia de internacionalização do ISPV, que encara este tipo de experiências comoum meio fundamental de promover as competências específicas e transversais dosestudantes e, consequentemente, de aumentar o seu nível de empregabilidade esubsequente inserção profissional.

NONONONONOVVVVVAS INSTITUIÇÕES PAS INSTITUIÇÕES PAS INSTITUIÇÕES PAS INSTITUIÇÕES PAS INSTITUIÇÕES PARCEIRARCEIRARCEIRARCEIRARCEIRASASASASASPPPPPARARARARARA A COOPERA A COOPERA A COOPERA A COOPERA A COOPERAÇÃO ERAÇÃO ERAÇÃO ERAÇÃO ERAÇÃO ERASMUSASMUSASMUSASMUSASMUS

NO ISPVNO ISPVNO ISPVNO ISPVNO ISPV

Na sequência da sua participação no Mercado de Informação, organizadono âmbito da conferência anual da Associação Europeia para a Educação Internacional(EAIE – European Association for International Education), em Setembro de 2002,na Universidade do Porto, o Instituto Superior Politécnico de Viseu estabeleceuinúmeros contactos com representantes de instituições europeias de ensino superior,dos quais resultou o estabelecimento de diversos laços de cooperação ao abrigo doprograma comunitário Sócrates/Erasmus, nomeadamente ao nível da mobilidade deestudantes e docentes.

Desta forma, e a partir do ano académico 2003/04 (algumas foram jáincluídas nas actividades de 2002/03), estarão disponíveis para as acções demobilidade de estudantes e docentes as seguintes instituições:

INSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃO PPPPPAÍSAÍSAÍSAÍSAÍSUniversidade de Leuven BélgicaCollege de Engenharia de Aarhus DinamarcaCollege de Engenharia de Odense DinamarcaE.T.S.I.I. de Béjar – Univ. Salamanca EspanhaUniversidade de Zaragoza EspanhaCollege de Tallinn EstóniaPolitécnico de Oulu FinlândiaPolitécnico de Turku FinlândiaUniversidade de Inholland HolandaCollege de Kaunas LituâniaAcademia de Educação Física de Varsóvia PolóniaUniversidade Técnica de Bucareste Roménia

Adicionalmente, encontram-se ainda em fase final de negociação 5 novosacordos com instituições localizadas na Holanda, Reino Unido e Chipre.

Este crescimento irá permitir o aumento do leque de escolha dosbeneficiários (estudantes e docentes), assim como a diversificação do tipo deexperiências proporcionadas, dando assim resposta aos objectivos estabelecidos napolítica de internacionalização do ISPV.

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No TNo TNo TNo TNo Tempo em Que Não Haempo em Que Não Haempo em Que Não Haempo em Que Não Haempo em Que Não Haviaviaviaviavia

ERASMUS ERASMUS ERASMUS ERASMUS ERASMUS IVO MURO DE BERLIM – A APRENDIZAGEM DEUM RACIOCÍNIO DESCOMPROMETIDO

Vasco Oliveira e Cunha

Nos anos 50 e 60 não havia Erasmus. Nem Leonardo. Não haviaSócrates. Para o estudante universitário, o estrangeiro era a aventurapor conta própria. Em campos de trabalho, com todo o rigor daorganização, da programação, dos custos e dos ganhos. ExperimenteiLondres em 58, num mercado abastecedor de frutas e de legumes doEast End, bem próximo de Liverpool Street. Não gostei. Privilegiei,depois, o assumir de todos os riscos, eu mesmo definindo em cadamomento o que queria ou não queria, criando a possibilidade de medeixar guiar pela minha própria anarquia.

Em 61, foi Düsseldorf. Foi Dortmund.

1. Sucessivamente referida em documentos como Throtmanni(880), Thrutmanni, um século depois, Tremonia, no século XII, eDortmunde, a partir de 1222, a Cidade Imperial Livre (Reichstadt)tornou-se um dos maiores burgos da Liga Hanseática1 . Graças a umaagricultura pujante e às grandes rotas comerciais que a cruzavam – oHallweg e a Hansalinie – elos de ligação com o resto da Europa,Dortmund evoluiu, no século XIX, de centro agrícola para cidadeindustrial avançada, com investimentos fortes no carvão e no ferro, oaço tornando-se a maior fonte de rendimento, logo seguido daprodução de cerveja. A abertura, em 1899, do porto interior e do CanalDortmund-Ems2 , uma via de 280 kms de extensão ligando o Ruhr, aárea mais industrializada da Alemanha, ao Mar do Norte, transformouDortmund no maior centro urbano da região3 .

No século XX, Dortmund partilhou do horror e da devastação detodas as cidades alemãs. Números e momentos mais trágicos, a mortede mais de 8.000 cidadãos no conflito de 14-18; as perseguições aosjudeus, em 38; a redução a escombros de dois terços da áreametropolitana e da quase totalidade do centro histórico, em 43-45; oassassínio, pela Gestapo4 de Hitler, de centenas de trabalhadoresrurais, de prisioneiros de guerra e de combatentes da Resistênciaquase no termo do conflito; a necessidade imperiosa, para não morrer,de vasculhar nas ruínas em busca da roupa dos mortos e dos vivosque fugiam aos bombardeamentos; o racionamento do pão e dagordura; o mercado negro; a vida em bairros de chapa onduladaerguidos sobre pavimentos de betão.

Depois foi a reconstrução e o crescimento vertiginoso da cidade5 .Rápida e eficaz, em 57 todo o património religioso se encontrava járestaurado.

Um apontamento final dedicado a uma das jóias, uma das relíquiasde Dortmund – o seu BVB, o seu Ballspiel Verein Borussia 1909.Muitas vezes campeão nacional e, em duas ocasiões, campeão europeude clubes, o BVB foi uma criação da pureza e da ingenuidade de cercade cinquenta jovens membros da paróquia católica da Trindade; deuma rebelião contra a difamação permanente do desporto conduzidapelo capelão; contra as suas tentativas de impedir a fundação doclube. Uma rebelião vencedora, o BVB nascendo de camisola de riscasazuis e brancas verticais, com uma faixa vermelha cortandodiagonalmente o peito, calção preto, subindo à segunda divisão trêsanos depois, mudando as cores para o amarelo-limão, mas mantendo

o negro dos calções. Em 14-15, finalmente, o topo do futebolalemão – a primeira divisão.

Duas regras muito estritas em vigor desde a fundação doclube e que hoje nos fazem sorrir – a proibição de os jogadoresfumarem durante os jogos, e o sistema de penalizações impostasaos atletas: um Reichsmark pela falta aos jogos; dois, porabandono do campo sem a autorização do seu capitão.Infelizmente, lamentavam-se na época os dirigentes do BVB,estas penalizações não podiam aplicar-se aos árbitros, useirose vezeiros do fumo enquanto dirigiam as partidas.

2. O senhor Weber, Herr Wilfred Weber (Wewe, Vêvê,para a esposa e para um círculo muito restrito de amigos) eracidadão de Dortmund. Por opção.

Alto e entroncado, cabelo curto e eriçado a tombar para oruivo, rosto anguloso de uma palidez bem marcada, permanente,o sinal mais visível de uma doença respiratória contraída notrabalho duríssimo das minas de potassa e de sal-gema na suaSaxonia-Anhalt natal6 , mais precisamente, em Stassfurt, umacidade pequena a sul de Magdeburg, a capital do Estado, ondenasceu, nariz alemão, forte, olhos azuis, encovados, inquietos.Tristes. Andava pelos cinquenta quando o conheci.

Aparecia diariamente no Biergarten, na cervejaria ondeeu trabalhava num part-time de quatro horas, entre as duas eas seis da tarde. Na Kirchplatz, na Praça da Igreja, mesmo emfrente da Reinoldkirche, um templo do século XIII jácompletamente restituído à sua beleza inicial.

Era uma homem solitário. Como cliente, escapava ao padrãocomum do cidadão alemão, consumidor sem medida de álcool,Bismarck, o chanceler de ferro, estando possivelmente certoquando afirmava necessitar o alemão de uma garrafa dechampanhe para alcançar o nível médio das suas capacidades,reconhecendo, porém, que ele é talentoso, embora lerdo,suficientemente talentoso para se irritar com a sua lerdice epara a superar a todo o transe pela iluminação. Herr Weberlimitava-se a pedir uma caneca pequena de cerveja (nunca bebiasidra), pagando-a logo que lha servia. Depois, bebiapausadamente, assentava os cotovelos no tampo da mesa,entrecruzava os dedos fartos e curtos e ficava imóvel tempoinfinito a contemplar Deus sabe o quê!

No dia do Muro7 o senhor Weber entrou na cervejaria,como sempre fazia. Aparentemente tranquilo, parecia longe dofrenesim generalizado e irado que se apoderara da cidade, daAlemanha inteira, do mundo, logo que a notícia da Abgrenzung,do corte material total das duas Alemanhas com uma fronteirade arame farpado, logo seguido de um muro muro, alto e feio,erguido entre os sectores Ocidental e Oriental de Berlim8 seespalhou; alheado dos discursos inflamados, dos “Abaixo oMuro da Vergonha” (o grito mais ouvido), “Abaixo a Muralhada China ao contrário” (porque destinado à própria populaçãoda R.D.A.), “Morte à invenção satânica”, slogans que o tempoia enferrujando (excepto o primeiro, que permaneceu ao longodos anos), sempre substituídos por outros, mais incisivos emais ou menos inteligentes, uns, menos corrosivos, outros,obscenos, alguns: “Prisão do povo”, “Biombo da miséria”,“Princípio do monólogo”, “Ruído do entendimento”, “Cortebrutal do cordão umbilical”, “Merda de assassinos”. Conformeos círculos e os lugares, conforme a cultura das gentes.Explosões violentas de cólera, com frequência acompanhadasde gestos indignos. Sempre, sempre, vestindo preocupações,

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temores. Ódios. Para além do imaginável.E havia ainda as grandes e as pequenas sentenças dos

políticos dos dois lados. Adenauer, o chanceler alemão-ocidental, foi cauteloso na forma como defendeu na TV a“família” alemã: “Sentimo-nos, como de costume”, disse,“intimamente ligados aos alemães na Zona Soviética e emBerlim Oriental. Eles são e serão nossos irmãos”. Já Ulbricht,o dirigente da R.D.A., cindiu a Alemanha e os alemãesquando baptizou a nova fronteira sólida de “Muro deProtecção Antifascista”, dirigida para o isolamento espiritual.Na resposta a Adenauer, afirmou: “Se alguém esclarece queos alemães do Ocidente são nossos irmãos e irmãs, isso éverdade um pouco. Porque existem alemães e alemães”. Alinguagem dos políticos sempre serviu, como escreveuOrwell, “apenas para tornar verosímeis as mentiras, e paradar uma aparência de solidez ao que não é senão vento”.Ou, como um dia disse Flaubert: “As sonoridades dessagente vem-lhes de serem vazios”.

Depois de beber a sua caneca, Herr Weber chamou-me.Olhou-me fixamente e disse numa voz embargada pelacomoção: Mein Freund, diese Mauer ist eineSchändlichkeit, ein unerträgliches Verbrechen, Amigo, estemuro é uma infâmia, um crime insuportável. Duas lágrimasescorriam-lhe pelo rosto. Não as enxugou. Comovido,apenas consegui articular um Ja, um sim, quase sóbalbuciado.

Durante três dias não se viu. Quando reiniciou o seuritual da cerveja e da contemplação parecia ter recuperado aserenidade de (quase) sempre. Nessa tarde, depois determinado o meu trabalho, surpreendeu-me vê-lo junto àIgreja Reinold. Acenou-me, e veio ter comigo ao centro dapraça. Pediu descupla por aquilo que qualificou de “rudezade um desabafo”, “explosão de uma angústia”. Nãoencontrei nenhuma palavra para lhe oferecer, para lhe dizerque não havia razão para se sentir culpado.

Depois veio a grande surpresa. Herr Weber, contou-me, havia abandonado a R.D.A. em 52. Com a esposa. Amãe, viúva, idosa, ficara voluntariamente em Magdeburg,do lado de lá. Velha militante, queria ficar sepultada ao ladodo marido. Para Herr Weber, o Muro vinha tornar tudo maisdifícil, diferir para data incerta a reunificação necessária.Rever a mãe, agora, seria muito improvável. Diria mesmo,impossível.

Weber estava certo. Nos primeiros dias ainda se pôdeviajar com um simples passaporte alemão-ocidental, mas nofinal de Agosto recorria-se já à falsificação de passes delivre trânsito. Logo depois, no início de Setembro, os passestinham de ser entregues ao atravessar-se para o sector leste.Passar a fronteira tornou-se risco iminente, condenaçãoprovável à morte.

A linguagem de Herr Weber era a de um homem degrande cultura. A análise que me fez do Muro e da divisãoda Alemanha em dois Estados, naquele fim de tarde demeados de Agosto de 61, mostrou-me também que era umcidadão bem informado. Faltaria apenas uma experiênciaintensamente vivida para fazer dele um homem de corpointeiro que valia a pena conhecer. Weber tinha-a. De sobra.Deixo-lhes aqui o seu pensamento. A sua análise.Reconstituídos pela memória e pelas notas que, por métodoe por princípio, lançava para o papel todas as noites, antes

de adormecer. Aqui e além, com recurso também à informação específicade Duby9 , sempre que estava em causa o rigor da historicidade.

3. O Muro era apenas mais uma fronteira. A história da Alemanha,nos últimos 800 anos, estava sobrecarregada de fragmentaçõesterritoriais e humanas. O povo estivera sempre dissolvido.

Nos séculos XII e XIII, no Sacro-Império, a divisão teve origem narivalidade de duas famílias – os guelfos (Welf) e os gibelinos (Staufen,ou Waiblingen) -, adversários tenazes da Santa Sé, a quem disputavamo domínio do mundo no quadro de uma querela entre o sacerdócio e oImpério. A dispersão territorial da enormíssima riqueza dos seuspatrimónios, porém, foi responsável pela incapacidade de os reisgermânicos alicerçarem o seu poder, uma debilidade que originou apulverização do Império num número elevadíssimo de pequenos estados,independentes do imperador, o território da Alemanha retalhando-senuma rede complexa e infindável de linhas de fronteira.

Foi também este o padrão no século XVI, fundamentalmente pelaacção da Reforma, tal como Lutero a concebia. Ao proclamar que apropriedade da Igreja era de todos, Lutero impulsionava a secularizaçãoda riqueza fundiária do clero e minava o poder centralizado. E as fronteiraspermaneceram na nova geografia de fragmentação.

No século XVIII o Sacro-Império era apenas uma instituiçãoprestigiosa, mas sem conteúdo real. Estava estilhaçado em mais dequatrocentos pedaços – em estados principescos e urbanos. Mesmoentão, no alvorecer do Iluminismo, do despotismo iluminado, quefavorecia o desenvolvimento de um sentimento nacional, a nação alemãoferecia um cenário de anarquia do poder e de particularismos.

No princípio do século XIX, o Congresso de Viena (1815) fomentoua criação de uma Confederação Germânica, substituta do Sacro-Império.Esta fórmula nova não solucionou a questão da fragmentação interna.Na defesa dos Habsburgos e dos pequenos Estados, a Confederaçãonão foi mais do que uma ficção obsoleta, apesar da tentativa da políticade união económica (Zollverein) iniciada em 1834. Esta união económica,contudo, acabaria por ser a primeira pedra de uma política de reforço daPrússia, no norte da Alemanha, a da estratégia de unificação conduzidapor Bismarck, concretizada em 1871 após a força acrescida adquiridacom a anexação da Alsácia-Lorena, consequência da guerra franco-prussiana do ano anterior1 0. O segundo Reich, o segundo Impérioalemão, foi a herança territorial de Hitler.

A derrota alemã em 45 reinstituiu o pesadelo da fronteira. O país foidividido em quatro sectores – o francês, o britânico e o americano, aoeste (60% do território nacional), e o soviético, a leste (40%). Berlim,igualmente fragmentada noutros tantos sectores, perdeu a qualidade e oestatuto de cidade capital que tivera com Bismarck e com Hitler, passandoa metade leste a cabeça do novo Estado. A R.D.A.1 1. Berlim ocidentaltransformou-se num espaço insularizado rodeado de R.D.A. por todosos lados.

4. O Muro de Berlim não era tema fácil de abordar de forma séria ehonrada, segundo o senhor Weber. Era necessário, imperioso, que todosos alemães, os de oeste e os de leste, todos sem excepção, tivessem ahonestidade e a coragem de assumir a sua quota-parte deresponsabilidade no drama. E na tragédia que a Abgrenzung, a separaçãototal, prenunciava. E não só os alemães. Todo o mundo. Em especial, osvencedores da guerra.

Por mais obsceno que o Muro fosse, e era obsceno, era uma infâmia,uma nódoa difícil de apagar pelo que representava de perda de ética, desimbologia inaceitável para a humanidade, no plano político haviam sidocometidos erros sem conta. Quase todos muito graves. E Herr Weberenunciou alguns.

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O Ocidente mantivera, só em Berlim, algumas dezenas de milharesde homens armados. Cerca de 35.000; mais de uma centena deorganizações de espionagem, de terrorismo, de propaganda, desabotagem, e até de rapto de cidadãos, tinham assentado arraiais naantiga capital do Reich. A par de mais de trezentas estações de rádioe de televisão ao longo de toda a linha divisória, promovendo osvalores do “Mundo Livre”. Era assim que o Ocidente era designado.Para não mencionar aquilo que Frau Weber qualificou deabscheuliche Unverschämtheit, de impudor execrável, a instalaçãode prostíbulos em edifícios com fachadas voltadas para leste e aexibição constante do nu pornográfico nas janelas e nas varandas.

Da parte da Alemanha Oriental, salientou Weber a definição deum modelo económico estrangeiro que, de forma mal planeada,procedeu a nacionalizações apressadas, a colectivizaçõesdesastrosas, sobretudo na terra. Nos campos. A realidade estava alipara demonstrar os erros cometidos. Até ao erguer do Muro, disseWeber, mais de 2,5 milhões de cidadãos da R.D.A. tinham trocado oseu país pela República Federal1 2.

Eram, sobretudo, razões de natureza económica que os levavama deixar a nova pátria. Ele próprio, e Frau Weber, tinham saído doleste exactamente por motivos desse tipo. Herr Weber não deixou desalientar que este movimento, este impulso para o oeste, este Drangnach Westen, era um fenómeno demográfico muito anterior, podendoser situado no século XIX. E sempre pelas mesmas causas.Concretamente, pelo desenvolvimento desigual dentro da nação.Os dirigentes da zona soviética não tinham sabido arquitectarpolíticas que pudessem estancar este êxodo, e isso teria de serassumido pelos responsáveis. Muito grave era, para Herr Weber, ofacto de muitos dos que iam para ocidente serem técnicosespecializados, engenheiros, médicos, intelectuais que deixavam maispobre o seu país atraídos por salários mais elevados. A RepúblicaFederal gostava de recebê-los, de empregar uma mão-de-obraaltamente qualificada cuja formação nada lhe custara. A R.D.A. nãotinha condições para continuar a assumir indefinidamente os custosde uma preparação avançada para a vida sem dela tirar proveito.

Outro erro soviético na Alemanha Oriental fora o bloqueio de 48ao abastecimento de Berlim oeste, na tentativa, aliás falhada, dealargar o domínio à metade ocupada por franceses, britânicos eamericanos. A ponte aérea criada, que durou mais de um ano, tevecomo consequência não desprezível o facto de as potências ocidentaisdeixarem de ser vistas como “ocupantes” e começarem a serconsideradas “forças de protecção”.

Numa perspectiva estritamente humanista, não havia, para HerrWeber, qualquer possibilidade de aceitação de um muro, de umafronteira desta natureza, que rasgava as carnes e a inteligência. Osalemães eram livres de viajar pelo mundo inteiro, mas era-lhes agoravedada a movimentação no interior da própria pátria. Encerrados,encurralados, perdiam a liberdade de fazer escolhas para a vida. Atodos os níveis.

O Muro era, assim, numa violentação da razão, umaimpermeabilização do pensamento. Não podia haver perdão paraquem provocara e para quem ordenara a sua construção.

5. Foi um jantar agradabilíssimo e um serão de enriquecimentoque os Weber me pfereceram alguns dias depois. O casal falou doseu país. Do natal e do de opção. Da sua própria vida. Frau Weber,do cultivo de flores nas pequeníssimas propriedades da família, e dasua comercialização numa loja própria da sua terra – Erfurt; de comoconhecera Wilfred, uma coincidência felicíssima (ein ziemlichglücklicher Zufall, nas suas palavras) a realização simultânea, em

Halle1 3, de um congresso sobre tecnologias de exploração e deextracção de potassa e de sal-gema e de uma grande exposiçãode floricultura; do casamento, em 32, na sua cidade natal, acapital do Estado Livre da Turíngia1 4; da necessidade de aRepública Federal aprender três coisas fundamentais que aR.D.A. já desenvolvera: materializar uma separação estrita entrea Igreja e o Estado; dar à mulher o direito de decisão livre sobrea gravidez; promover a sua independência económica real.

Herr Weber privilegiou a recordação de figuras históricasda sua Saxonia, já que não gostava de regressar, mesmo que sóem pensamento, à condição de escarafunchador, de toupeiradas minas de Stassfurt. Falou de Martinho Lutero e das noventae cinco teses afixadas nas portas da igreja do palácio deWittenberg1 5; de Bismarck, chanceler do Reich entre 1871 e 1890,natural de Schönhausen1 6; de Haendel e de Kurt Weill, um doscompositores com maior expressividade artística do século XX.

Derivou depois para a cultura alemã nascida na Saxónia, efalou das Sentenças Mágicas de Merseburg1 7, das MerseburgerZaubersprüche, do século X, mas com origem em tempospagãos; do código de leis mais importante da Idade Média – oSachsenspiegel, de Elke von Repgow, do século XIII, monumentolinguístico do médio alto-alemão1 8. Eu conhecia as Sentenças.A Primeira e a Segunda. Recordo a cara de espanto do senhorWeber quando lho disse. A explicação era simples: contactaracom elas no âmbito da cadeira de Linguística Alemã da minha(quase concluída) licenciatura. Na versão original, indecifrávelpara o comum dos alemães e, naturalmente, para mim. E na versãoem alemão actual.

A cultura de Wilfred Weber não parava de me impressionarprofundamente. A esposa adiantou as origens desseconhecimento histórico, cultural e político. Na verdade, disseFrau Weber, a escola tinha sido muito breve para o marido.Demasiado breve. Aprendera quase tudo com os pais. A mãefora professora primária, mas interessava-se tanto por questõespedagógicas como pelas políticas; o pai, mineiro e activistapolítico (politischer Aktivist), fora um frequentador inveteradode tudo o que tinha sabor a ideologia e a cultura. Grandeadmirador de Liebknecht1 9, o ponto mais alto da sua vida, ajulgar pela frequência com que dele falava, tinha sido o instanteem que o ideólogo comunista lhe apertara a mão num comícioem Spandau, junto de Berlim, em 1906, ou 1907. Se fosse vivo nomomento da leitura da sentença do Julgamento de Nürnberg2 0,de Nuremberga, teria comemorado as penas de prisão para algunscriminosos nazis importantes (Doenitz e von Neurath, porexemplo), a serem cumpridas precisamente na prisão de Spandau.

Falaram ambos na divisão da Alemanha depois da guerra;da sua esperança e da sua adaptação inicial fácil ao novo regimeda R.D.A.; da degradação progressiva da ilusão pela gestãofrágil das minas e pela perda do poder de compra da população,que afectou o pequeno negócio de florista que Frau Webergeria em Stassfurt; da germinação da ideia da vinda para aRepública Federal; da adaptação lenta e complexa aos novosritmos de um sistema distinto, de novas mentalidades, de novasconcepções da vida e da existência. De novos rostos.

Wilfred confessou então, com os protestos da esposa, quepara ele a integração se revelara mais complicada e que nãoestava ainda concluída. Falaram ainda do seu relativo bem-estar,quase dez anos decorridos, com duas lojas de comércio de flores,afinal coisa bem ao gosto e ajustada à experiência anterior deFrau Ulrike Weber.

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Pela minha parte, dei-lhes as notícias dramáticas de umacrise colonial profunda; da inevitabilidade da perda do Império;da agitação estudantil crescente em Coimbra; das minhasperegrinações de verão pelo mundo da germanidade; dos meusprojectos de dissertação de licenciatura no âmbito da literaturaalemã.

Encontrámo-nos mais vezes depois desta noite que nuncaesqueci. Herr Weber continuou a marcar presença diária no meulocal de trabalho e, depois das seis da tarde, como companheirode conversas animadas pelas ruas de Dortmund. Em meados deSetembro, viajei para Düsseldorf, onde fiquei até Outubro.Também a trabalhar. Também numa cervejaria. Despedi-me dosWeber com o até sempre dos amigos transparentes. Dos amigoscom quem aprendemos aquilo a que a vida (felizmente) nospoupou, mas que poderemos ter de enfrentar algum dia; dosamigos com quem se aprende a juntar os pedaços de umraciocínio descomprometido.

Porém, a vida, madrasta, não voltaria a reunir-nos.

Viseu, Janeiro de 2003

OUTRA BIBLIOGRAFIA DE APOIOOUTRA BIBLIOGRAFIA DE APOIOOUTRA BIBLIOGRAFIA DE APOIOOUTRA BIBLIOGRAFIA DE APOIOOUTRA BIBLIOGRAFIA DE APOIO

A Outra Alemanha. Cadernos D. Quixote, 48. Lisboa: Publicações D.Quixote, s/ data.Babo, A República Democrática Alemã - Sociedade Socialista Avançada. Lisboa:Prelo, 1975

Berlin in Brief. 1995, Presse – und Informationsamt Berlin.Duby, G. Atlas Histórico Mundial. Madrid: Editorial Debate, S.A., s/ data.Grass, G. O Meu Século. Lisboa: Editorial Notícias, 2001.Kayser, W., Quintela, P., Beau, A. E. Antologia de Poesia Alemã. Lisboa,

Livraria Clássica Editora, 1944.Perfil da Alemanha. Publicação do Departamento de Imprensa e Informação doGoverno federal. Braunschweig: Westermann, 2000.

NOTNOTNOTNOTNOTASASASASAS

1 Associação comercial de cidades alemãs, holandesas e flamengas, criada noséculo XIII, atingindo o ponto mais alto do seu poderio nos dois séculos seguintes.2 Inaugurado pelo Imperador Guilherme II.3 Dortmund tinha então uma população de 140.000 almas.4 Gestapo, abreviatura de Geheime Staats Polizei, polícia secreta do partidonacional-socialista de Hitler e, a partir de 1933, do Terceiro Reich.5 Em 1955, a população atingia o número de 600.000.6 Estado situado no coração da Alemanha, integrado na zona soviética de ocupaçãodepois de 1945.7 O Muro de Berlim surgiu da noite para o dia (12-13 de Agosto de 1961).8 A fronteira material estabelecida em 1961 tinha uma extensão de 43 Km entre asduas metades de Berlim. Nos quarteirões urbanizados a separação foi feita aolongo de 14,5 Kms.9 Duby, G. Atlas Histórico Mundial. Madrid: Editorial Debate, s/ data, pp. 98-107.(Tradução do original francês “Atlas Historique”, Librairie Larousse, 1987).10 Em 1918, no termo da 1ª Guerra Mundial, a Alsácia regressa à posse daFrança. Mas em 1940, depois da derrota francesa na região, Hitler considera-a denovo terra alemã. E a partir de 42 os jovens alsacianos foram incorporados noexército alemão. A Alsácia-Lorena será libertada de novo em 44-45.11 A República Democrática Alemã foi fundada em 7 de Outubro de 1949.12 2.609.321 é o número de refugiados para o período 1950-1961. In Blanc, A. etal., Les Républiques Socialistes d’Europe Centrale. Paris : Presses Universitaires

de France, 1967, p. 167. A reforma monetária de 1948, que operou a substituição dovelhíssimo Reichsmark pelo Deutsche-Mark, deu um forte impulso a este movimento.13 Antiga cidade da Liga Hanseática, Halle possui um valiosíssimo patrimónioarquitectónico religioso. É hoje um centro universitário e administrativo.14 Estado da R.D.A., a sul da Saxonia-Anhalt.15 Em Wittenberg situa-se também a casa de Lutero, e a sua cela no convento dosAgostinhos. O texto latino das teses encontra-se gravado nas novas portas de bronze,que substituíram as que arderam no incêndio de 1760.16 Pequena localidade, a norte de Magdeburg, no vale do Elba.17 Merseburg é uma cidade antiga, fortificada, que mantém a fisionomia da Idade Média.Situa-se no distrito de Halle.18 Um dos estádios de desenvolvimento da língua alemã (séculos XIII e XIV, um tempode ascensão e de ultrapassagem, em quantidade e em qualidade, da literatura profanarelativamente à religiosa).19 Karl Liebknecht (Leipzig 1871-Berlim 1919) foi membro da extrema esquerda dopartido social-democrata; fundador da Spartakusband, Liga de Espártaco, que defendiaa resistência activa, e que constituiu o núcelo do partido comunista alemão. Na sequênciada insurreição spartaquista de Janeiro de 1919, foi detido e assassinado na prisão.20 1 de Agosto de 1946.

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2020202020Nascido de uma família com preocupações intelectuais e políticas,

Ortega y Gasset (O. y G.) estudou em Málaga e em Bilbao com jesuítas, e,posteriormente, na Universidade de Madrid, onde se licenciou em 1902,doutorando-se dois anos depois. Guardou sempre uma má memória da suaformação em Espanha, procurando horizontes mais vastos na Alemanha. EmMarburg (1905-1908), fugindo da mediocridade da Espanha tradicional da“Restauração”, huyendo del achabacanimiento de mi patria, como un escolarmedieval1 , nas suas próprias palavras.

Entre 1910 e 1936, e depois de uma primeira experiênciapedagógica na Escuela Superior del Magisterio (1908), foi professor catedráticode Metafísica na Universidade de Madrid.

Nos anos conturbados da Guerra Civil (1936-1939) auto-exilou-se em França e na Argentina, e após o termo de segundo conflito mundial

viveu de novo fora da Pátria – em Portugal e na Alemanha.Da sua intervenção múltipla – social, política, cultural -, nem

sempre homogénea e não isenta de inconsistências, destacam-se aqui afundação da Revista de Occidente2 , (1923), um fórum de divulgação dopensamento contemporâneo, sobretudo alemão, e da reflexão culturalespanhola mais recente; a fundação do Instituto de Humanidades, emMadrid (1948), palco onde profere conferências de relevo e de impactona vida nacional; a criação, em 1914, de um programa para a revivificaçãoda cultura segundo princípios liberais, que desagradou ao regimemonárquico (muito embora tenha recusado o alinhamento com osrepublicanos), um programa assente, em grande parte, na obra deNietzsche e de Dilthey, e no qual O. y G. elabora um pensamento que seantecipa a Heidegger e aos existencialistas em determinados conceitosde crise e de valores individuais na civilização de massas; o diagnósticoda doença da sociedade espanhola (em España invertebrada, 1921),como carencia de minorias egregias e imperio imperturbado de lasmasas, a terapêutica recomendada devendo ser el reconocimiento deque la misión de las masas no es otra que seguir a los mejores, a par deum apetito de todas las virtudes3 ; a antecipação da crise da sociedadeocidental (em Rebelión de las masas, 1926), a revolta entendida como oaumento crescente do número e do poder do homem-massa (hombre-masa), caracterizado pela libre expansión de sus deseos vitales e pelaradical ingratitud hacia cuanto ha hecho posible la facilidad de suexistencia4 ; a resistência a aceitar, como manifesta em El Espectador5 ,que en el espectáculo de la vida haya departamentos prohibidos,abordando as coisas proibidas nos seus ensaios, las únicas en queSócrates se declaraba especialista. O amor, entre elas, sempre submetidoa um regime de ocultação, depurando O. y G. a sua essência, quitándoletodos los añadidos que oscurecen la verdadera realidad y complican elproceso6 ; a afirmação permanente da vida como a realidade fundamentaldo homem, e da imprescindibilidade da sua submissão à disciplina da

razão (Meditaciones del Quijote, 1914); o auto-afastamento da AssembleiaConstituinte, ao dar-se conta da demagogia e do extremismo do novoregime, na transição da Monarquia para a República.

O pensamento científico e pedagógico de O. y G. é, porém, anossa preocupação dominante nesta síntese, necessariamente breve,tendo em conta o carácter essencialmente informativo desta secção dePOLISTÉCNICA.

Duas afirmações do autor, bem conhecidas – Yo soy yo y micircunstancia; Mi obra es, por esencia y presencia, circunstancia -, aperspectiva da natureza intrinsecamente interactiva do eu e do seuinvólucro, do seu entorno, na totalidade das suas manifestações concretase das suas abstracções, são nossos guias de abordagem desse

Nomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICONomes GRANDES DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E PEDAGÓGICOé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deé uma secção nova de Polistécnica. Evocação de Homens e deMulheres que impulsionarMulheres que impulsionarMulheres que impulsionarMulheres que impulsionarMulheres que impulsionaram o pensamento humano pam o pensamento humano pam o pensamento humano pam o pensamento humano pam o pensamento humano pararararara uma vidaa uma vidaa uma vidaa uma vidaa uma vidaaduladuladuladuladulttttta liberta liberta liberta liberta liberta de opressões...a de opressões...a de opressões...a de opressões...a de opressões...

Neste número, josé ortega y gasset josé ortega y gasset josé ortega y gasset josé ortega y gasset josé ortega y gasset (Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)

Vasco Oliveira e Cunha

josé ortega y gassetjosé ortega y gassetjosé ortega y gassetjosé ortega y gassetjosé ortega y gasset(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)(Madrid 1883-1955)

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pensamento.Falar-se-á, em 1., da estrutura política do Estado espanhol e

da valoração que O. Y Gasset dela faz; em 2., dos reflexos dessaestrutura na vida da instituição universitária nacional e no todo daactividade do país.

1. Num discurso proferido, em 1914, no Teatro de la Comediade Madrid7 , Ortega y Gasset afirma que o Estado, na sua complexaestrutura, perdeu toda a intimidade com a nação, tendo-se afastado dosentir mais profundo da alma espanhola. Os partidos políticos, porquefizeram a opção por pequeníssimas invocações contínuas no planointelectual e no plano moral, anquilosando-se, petrificando-se. OParlamento, porque os partidos que nele têm assento repetem as práticasque marcaram as Cortes de 1875, com clientelas nos níveis mais elevadosda administração, no governo, nos pseudo-técnicos que enchem epreenchem os Conselhos de Administração das grandes corporações.

O quadro dramático deste España oficial, já morta, inmensoesqueleto de un organismo evaporado7 , adquire tonalidades maisdensas quando se reflecte sobre a situação das estruturas sociais quegravitam em torno desta super-estrutura que é o Estado: as corporações,a imprensa, caja de resonancia do poder, as academias, os ministérios.A escola. Desde o mais pequeno e recôndito pueblo à universidade. Àexcepção do Exército, sublinha O. y G., nenhuma das estruturas érespeitada pela Espanha vital. Que é séria e honrada, mas que noacierta a ser protagonista de la historia8 .

Procurar as raízes desta estrutura nos erros políticos, ideiaentão dominante em Espanha, é, para o autor, ter uma perspectivaconservadora. Neles, nos erros, não reside a essência última e primeira.Porque quem está realmente doente é a substancia nacional, não sendopossível uma solução política. O problema da Espanha é bem maisfundo. É histórico9 .

2. Organismo decadente de uma estrutura política moribunda,a instituição universitária só poderá curar-se, escrevia O. y G. em 193010 ,quando for encontrado um equilíbrio entre as necessidades reais daEspanha vital e a atmosfera pedagógica criada na escola. Por outraspalavras, e neste âmbito específico as perspectivas de Gasset e daUnamuno são coincidentes (Ver POLISTÉCNICA 5, Novembro 2002,pp. 29-30), quando a Universidade estiver em consonância com o paísque a criou e que a mantém, sendo inconsequente qualquer tentativa deimitação de modelos estrangeiros, nomeadamente o das universidadesalemãs. E estar em consonância com a nação, em fusão íntima com ela,significa que a Universidade não constitua um privilégio das classesacomodadas.

A instituição, contudo, não tem a capacidade para levar acabo esta tarefa. Ela é um organismo do Estado. Entre tantos outros. Sóa substituição de toda a classe dirigente e de todas as instituições oficiaispoderá criar as condições necessárias para a mudança em direcção aofuturo.

Segundo O. y G., o profissionalismo e a investigação científicasão funções fundamentais da Universidade. Porém, nenhuma delas,isoladamente ou em acção conjugada, poderá cumprir a difícil tarefa defazer renascer o espírito humanista que forma o homem modernoeducado, que o situa na natureza e na vida social, conjugando-se nestaincapacidade pecados institucionais e a falta de vocações científicas,crónica em Espanha, a investigação encontrando-se reduzida aomínimo11 . Está-se em presença de um erro gravíssimo da Universidadeespanhola, como, de resto, de toda a Universidade europeia, que estáa criar, segundo o autor, un personaje medio, el nuevo bárbaro, arcaico

y primitivo, que é principalmente el profisional, más sabio que nunca, peromás inculto – el ingeniero, el médico, el abogado12 . A culpa desta barbárie,deste trágico anacronismo, encontra-se, sobretudo, nas pretenciosasUniversidades del siglo XIX, las de todos los paises13 .

Para que possa operar-se o renascimento da Universidade torna-se necessária uma faculdade verdadeiramente de cultura no coração da vidainstitucional, alicerce onde deverá assentar tanto a preparação do especialistaprofissional como a do investigador.

Para Herrero Castro, sociólogo da Universidade de Salamanca, opensamento de Gasset sobre a instituição universitária tem a sua origem maisprofunda na crise das velhas democracias da Europa e nas ditaduras totalitáriasque se instalaram no Continente, sendo tese gassetiana que a civilização doséculo XIX, resumida às dimensões da democracia liberal e da técnica, criouo homem-massa, el hombre masa. Com o poder social exercido pela burguesia,os técnicos saídos desta estrato social, do seu subgrupo mais elevado –engenheiros, médicos, advogados, professores – são o homem primitivo, osbárbaros modernos14 .

Quanto ao investigador, ao especialista, o professor de Salamancaanalisa o posicionamento de O. y G., expresso em La Rebelión de las masas.Este investigador, este especialista, tenderá a comportar-se en política, enarte, en los usos sociales, en las otras ciencias, como un hombre primitivo,como un ignorantísimo, pero las tomará con energía y suficiencia, sin admitir(y esto es paradójico) especialistas de otras cosas, sentindo-se satisfechodentro de su limitación15 . Esta sensação íntima de domínio e de capacidadelevá-lo-á a querer predominar em áreas que não são da sua especialidade,actuando hoje na política, na arte, na religião e nos problemas gerais da vidae do mundo.

Janeiro 2003

NOTNOTNOTNOTNOTASASASASAS

1 In GER, Gran Enciclopedia Rialp. Ediciones Rialp, S.A., Madrid, TomoXVII, p. 470.2 Publicação com forte influência. Periódica e com matriz empresarial.3 In GER, op. cit., p. 471.4 ORTEGA Y GASSET, J. (1972). La Rebelión de las masas. Madrid: Espasa-Calpe, p. 126.5 Ensaios, publicados entre 1916 e 1934.6 ORTEGA E GASSET, J. (1961). Estudios sobre el amor. Madrid. Revista deOccidente, 13ª edição, p. XII.7 ORTEGA Y GASSET, J. (1974). Discursos Políticos. Madrid: Alianza Editorial.In Herrero Castro, S. (1991). Pensamiento Sociológico en torno a laUniversidad. Ediciones Universidad de Salamanca, p. 137.7 HERRERO CASTRO, S. (1991). Op. cit., p. 138.8 ORTEGA Y GASSET, J. (1974). Op. Cit., p. 21.9 HERRERO CASTRO, S. (1974). Op. cit., p. 138.10 ORTEGA Y GASSET, J. (1976). Misión de la Universidad. Madrid: Revista deOccidente, pp. 28-31.11 ORTEGA Y GASSET, J. (1976). Op. cit., pp. 40-41.12 ORTEGA Y GASSET, J. (1976). Op. cit., pp. 40-41.13 ORTEGA Y GASSET, J. (1976). Op. cit., p. 41.14 HERRERO CASTRO, S. (1974). Op. cit., p. 140.15 HERRERO CASTRO, S. (1974). Op. cit., p. 141.

www.ipv.pt/polistecnicawww.ipv.pt/polistecnicawww.ipv.pt/polistecnicawww.ipv.pt/polistecnicawww.ipv.pt/polistecnica

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Bolsas de estudo por méritoBolsas de estudo por méritoBolsas de estudo por méritoBolsas de estudo por méritoBolsas de estudo por mérito

Decorreu no passado dia 18 de Março a sessão de entrega das bolsas de estudo por mérito.Com o objectivo de “comparticipar nos encargos com a frequência de um curso superior”, as

bolsas, no valor unitário de 1.740 •, foram distribuídas aos seguintes alunos:

Nome do aluno Curso Escola

Sara Nazaré Baptista Ed. Infância ESEVInês Rodrigues Gomes Silva Comunicação Social ESEVAna Raquel Toipa Coelho Prof. 1.º Ciclo Ens. Básico ESEVSara Maria Martins Ribeiro Prof. 1.º Ciclo Ens. Básico ESEV-Pólo LamegoMarlene Alexandra Tavares Engenharia de Madeiras ESTVNelson Viegas Ferraz Engenharia de Electrotécnica ESTVCarlos Jorge F. Murtinheira Engenharia Electrotécnica ESTVMário Jorge Monteiro Neves Engenharia de Madeiras ESTVJosé Carlos Marques Nunes Cont. Administração ESTVNuno Miguel Pereira de Almeida Cont. Administração ESTVCélia Maria de Almeida Gouveia Engenharia Agrícola Hortofruticultura ESAVIsabel Sofia Cabral Pinto Enfermagem ESEnf.

Formação do pessoal não docenteFormação do pessoal não docenteFormação do pessoal não docenteFormação do pessoal não docenteFormação do pessoal não docente

O Instituto Superior Politécnico de Viseu tem vindo a reforçar a componente relativa à formação profissional dos seus funcionários/agentes.A formação decorre nas instalações do Instituto Superior Politécnico de Viseu e destina-se aos funcionários/agentes dos Serviços Centrais e das

respectivas unidades orgânicas (ESEV,ESTV,ESAV, ESEnf., ESTGLamego e SAS).Este sistema foi implementado pela primeira vez em 2001, com a realização de quatro acções de formação. Em 2002 realizaram-se onze acções,

e para 2003, o plano de formação do Instituto Superior Politécnico de Viseu abrange 13 acções de formação.Em 2003 já decorreram as seguintes acções de formação:

Designação da acção N.º de Horas Entidade formadora

- Demonstrações Contabilísticas do Poc-Educação 18 H I.G.A.P.- Folhas de Cálculo Excel 2000 24 H I.G.A.P.- Base de Dados Access 24 H F.B.B.- Ética Deontológica do Serviço Público 15 H F.B.B.- A Administração Pública e o seu Regime Jurídico 21 H F.B.B.

Ana Isabel Medeiros - Departamento de Planeamentoe Gestão - ISPV

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AAAAAté ao final do ano irão ser realizadas as seguintes acções:té ao final do ano irão ser realizadas as seguintes acções:té ao final do ano irão ser realizadas as seguintes acções:té ao final do ano irão ser realizadas as seguintes acções:té ao final do ano irão ser realizadas as seguintes acções:

Designação Data de realização Entidade formadora N.º de Horas

- Problemas administrativos e técnicos da gestão de recursos humanos 21 a 23 de Maio I.G.A.P. 18 H- Técnicas de entrevista e avaliação curricular 2 e 3 de Junho I.G.A.P. 12 H- Processamento de abonos e regalias sociais 11 a 13 de Junho F.B.B. 21 H- O atendimento ao público: qualidade e imagem da organização 13 a 15 de Outubro F.B.B. 21 H- Gestão de Segurança; saúde e higiene no trabalho 3 a 5 de Novembro F.B.B. 21 H- Outlook 2000 – Gestão de agenda e correio electrónico 24 e 25 de Novembro F.B.B. 14 H- O Tribunal de Contas e o Controlo Externo A calendarizar I.G.A.P. 12 H- Gestão de Quadros e Carreiras na Administração Pública 2 a 5 de Dezembro F.B.B. 24 H

I.G.A.P – Instituto de Gestão e Administração PúblicaF.B.B. – Fundação Bissaya Barreto

BalBalBalBalBalanço Socialanço Socialanço Socialanço Socialanço Social

Já se encontra disponível o balanço social do Instituto Superior Politécnico de Viseu, relativo ao ano 2002. De salientar que a elaboração destedocumento é obrigatória. Naquele documento podemos verificar que, em 31.12.2002, o pessoal existente era:- 388 docentes ETI (equivalente a tempo inteiro)- 246 funcionários/agentes

Não foram contabilizados no efectivo da instituição 24 docentes, 22 dos quais estavam em formação (Mestrados ou Doutoramentos) eencontravam-se com dispensa de serviço docente, e 2 docentes que, naquela data, estavam a exercer funções noutros organismos.

Publicações PeriódicasPublicações PeriódicasPublicações PeriódicasPublicações PeriódicasPublicações Periódicas. “Vinea” - Revista de Vitivinicultura do Alentejo – edições trimestrais.. “Alu Globe” – Published by Hydro Aluminium, n.º 3 – Dezembro 2002.. “Politekhnicus” – Boletim Informativo do Instituto Politécnico de Beja– ediçõestrimestrais.. “Novidades Literárias”- Departamento de Marketing e Comunicação doInstituto Piaget, n.º 23 - 2002.. “AGENDA” – Gabinete de Comunicação e Publicações da Universidade deLisboa - edições quinzenais.. Revista “Ensino Superior” – SNESup – Sindicato Nacional do EnsinoSuperior – edições mensais.. “National Geographic” – edições mensais.. “Odesnovas” – Ministério da Segurança Social e do Trabalho , N.º 3, Dezembrode 2002 – edições trimestrais.. “Códice” – Revista da Fundação Portuguesa das Comunicações – ediçõessemestrais.. “Boletim Informativo” – Universidade Católica Portuguesa, Centro Regionaldas Beiras – edições mensais.. “Revista Portuguesa de Pedagogia”- Faculdade de Psicologia e de Ciênciasda Educação da Universidade de Coimbra.. “Prospecto da Universidade de Coimbra 2002/ •2003” - Universidade deCoimbra.. “O Mundo em Português” - Revista de Assuntos Internacionais – Instituto deEstudos Estratégicos e Internacionais.. “ ESEG – Magazine” – Publicação da Escola Superior de Educação daGuarda, Instituto Politécnico da Guarda – edições trimestrais.. “Informação IPS” – Boletim do Instituto Politécnico de Setúbal – ediçõestrimestrais.. Revista “Forum Estudante” – edições mensais.

. “Portal” – Boletim do Instituto Politécnico de Portalegre – edições mensais .

. “Serviços das Reitorias das Universidades 2000/2001” – Relatório – AuditoriasSistemáticas no Ensino Superior Público” - Ministério da Educação, Inspecção Geralda Educação, 2002.

Publicações não PeriódicasPublicações não PeriódicasPublicações não PeriódicasPublicações não PeriódicasPublicações não Periódicas. “Cadernos do Ensino Superior” – publicação dedicada à Organização dos SistemasEducativos na União Europeia, 3ª edição, Instituto Politécnico de Leiria.. “Colecção Cadernos de Emprego” - Direcção-Geral do Emprego e das Relaçõesde Trabalho, Ministério da Segurança Social do Trabalho :

» As Novas Formas de Emprego Atípicas. Reflexões Sobre o Caso Alemão – N.º31.»Desempregados Inscritos e Não - Inscritos nos Centros de Emprego - Características

e Atitudes Perante o Trabalho - N.º 32.» Formação ao Longo da Vida e Gestão da Carreira N.º 33.» Futuros do Emprego na Sociedade da Informação N.º 34.» O Papel do Tutor no Âmbito das Novas Modalidade Formativas - N.º 35.» Padrões de Aprendizagem Empresarial na Economia Portuguesa- N.º 36.» A Qualidade do Emprego - N. º 37.

. “Educação Pré Escolar – Rede Pública e Rede Privada Solidária – AnoLectivo 2000/2001 Relatório Nacional”, Inspecção Geral de Educação, Ministérioda Educação.. “Engenho e Obra – Engenharia em Portugal no Século XX” – InstitutoSuperior Técnico, Material de divulgação.. “Ensino Superior: uma visão para a próxima década” - publicação do Ministérioda Ciência e do Ensino Superior.. “Perspectiva” – Sociologia e Educação- Revista do Centro de Ciências da Educação,Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis (Brasil), Volume 20, NúmeroEspecial–Jul./Dez. de 2002.. “Lusíada” – Revista de Ciência e Cultura - séries várias.

Biblioteca e DocumentBiblioteca e DocumentBiblioteca e DocumentBiblioteca e DocumentBiblioteca e DocumentaçãoaçãoaçãoaçãoaçãoEuza Costa - Gabinete de Documentação - ISPV

úlúlúlúlúltimas publicações recebidastimas publicações recebidastimas publicações recebidastimas publicações recebidastimas publicações recebidas

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A presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhaA presente secção pretende ser uma recolhamermermermermeramente indicaamente indicaamente indicaamente indicaamente indicativtivtivtivtiva de legisla de legisla de legisla de legisla de legislação com interesseação com interesseação com interesseação com interesseação com interessepppppararararara o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pa o pessoal docente e não docente e pararararara osa osa osa osa osalunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.alunos do ensino superior politécnico.

Raquel Cortez Vaz - Gabinete Jurídico, ISPV.

Portaria nº 1466/2002 de 15 de Novembro - Ministério da Ciência e doEnsino Superior - Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição, noano lectivo de 2002/2003, no curso de complemento de formação em enfermagemnos estabelecimentos de ensino superior público.

Portaria nº 1467/2002 de 15 de Novembro – Ministério da Ciência e doEnsino Superior – Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição noano lectivo de 2002/2003 nos cursos de complemento de formação científica epedagógica ministrados por estabelecimentos de ensino superior público.

Portaria nº 1468/2002 de 15 de Novembro – Ministério da Ciência e doEnsino Superior – Fixa as vagas para a candidatura à matrícula e inscrição noano lectivo de 2002/2003 nos cursos de qualificação para o exercício de outrasfunções educativas ministrados por estabelecimentos de ensino superior público.

Portaria nº 24919/2002 (2ª Série) de 21 de Novembro – Vice - Presidente doInstituto Superior Politécnico de Viseu – despacho de delegação de competênciasno Vice – Presidente do Instituto.

Lei nº 30/2002 de 20 de Dezembro – Assembleia da República – Aprova oEstatuto do Aluno do Ensino não Superior.

Despacho nº 26873/2002 (2ª Série) de 20 de Dezembro do Ministério daCiência e do Ensino Superior – Fixa, para cada instituição do ensino superior,o número máximo de docentes padrão para o ano lectivo de 200/2003.

Lei nº 1/2003 de 6 de Janeiro – Assembleia da República – Aprova o RegimeJurídico do Desenvolvimento e da Qualidade do Ensino Superior.

Lei nº 32-B/2002 de 30 de Dezembro – Assembleia da República – Orçamentodo Estado para 2003.

Despacho nº 27221/2002 de 27 de Dezembro – Ministério da Ciência e doEnsino Superior – Aprova o calendário do exame extraordinário de avaliaçãode capacidade para acesso ao ensino superior no ano de 2003.

Decreto – Lei nº 320-C/2002 de 30 de Dezembro – Ministério da SegurançaSocial e do Trabalho – Actualiza os valores do salário mínimo nacional para2003.

Portaria nº 27/2003 de 11 de Janeiro - Ministério da Ciência e do EnsinoSuperior – Aprova o plano de estudos do curso bietápico de Licenciatura emEngenharia Informática e Telecomunicações da Escola Superior de Tecnologiae Gestão de Lamego.

Portaria nº 67/2003 de 20 de Janeiro - Ministério da Ciência e doEnsino Superior - Aprova o plano de estudos do curso bietápico deLicenciatura em Engenharia das Ciências Vitivinícolas da EscolaSuperior Agrária do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Decreto nº 14/2003 de 30 de Janeiro com o Ministério dasFinanças – Disciplina a atribuição de benefícios e regaliassuplementares ao sistema remuneratório dos titulares de órgãos deadministração ou gestão e do restante pessoal dos serviços e fundosautónomos e das entidades públicas empresariais.

Decreto nº 26/2003 de 7 de Fevereiro - Ministério da Ciência e doEnsino Superior – Altera o regime de acesso e ingresso no ensinosuperior regulado pelo Decreto – Lei nº 296-A/98 de 25 de Setembro.

Portaria nº 135/2003 de 6 de Fevereiro – Ministérios das Finançase da Segurança Social e do Trabalho – Fixa os montantes dasprestações por encargos familiares dos regimes de segurança social edo regime de protecção social da função pública – Revoga a Portarianº66/2002 de 18 de Janeiro.

Despacho nº 4268/2003 (2ª Série) de 4 de Março - Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu – Delegação e subdelegação de competências doPresidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu, na Vice –Presidente, Professora Doutora Idalina de Jesus Domingos.

Deliberação nº 436/2003 de 19 de Março – Comissão Nacional deAcesso ao Ensino Superior – Fixa o elenco de provas de ingressopara a candidatura à matrícula e inscrição no ensino superior no anolectivo 2003/2004.

Decreto – Lei nº 54/2003 de 28 de Março - Ministério das Finanças– Estabelece normas de execução do orçamento de Estado para2003.

Deliberação nº 538/2003 de 17 de Abril – Comissão Nacional deAcesso ao Ensino Superior – Fixa os pré-requisitos exigidos para acandidatura à matrícula e inscrição no ensino superior no ano lectivode 2003/2004.

Decreto - Lei nº 78/2003 de 23 de Abril – Ministério das Finanças –Cria a bolsa de emprego público.

Portaria nº 333/2003 de 24 de Abril - Ministério da Ciência e doEnsino Superior – Cria na Escola Superior de Enfermagem de Viseuo curso de pós - licenciatura de especialização em Enfermagem deSaúde Materna e Obstetrícia e aprova o respectivo plano de estudos.

Resolução da Assembleia da República nº 31/2003 de 24 deAbril – Medidas de enquadramento das praxes académicas.

Despacho nº 8654/2003 (2ª Série) de 3 de Maio - Ministério daCiência e do Ensino Superior – Aprova o calendário para os concursosespeciais de acesso ao ensino superior em 2003.

Despacho nº 8655/2003 (2ª Série) de 3 de Maio - Ministério daCiência e do Ensino Superior – Aprova o calendário para os regimesespeciais de acesso ao ensino superior em 2003.

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Exposição de Pintura“Ruptura 98”

Patente nos Serviços Centraise da Presidência do ISPV, decorreu, de17 de Dezembro último até 31 de Janeiro,uma exposição de pintura intitulada“Ruptura 98”, do portuense JorgeCurval.

As obras pictóricas fizeram doPolitécnico a “capital da cultura”, muitopor culpa da selecção dos 14 trabalhosque Curval trouxe até Viseu e que, deresto, mereceu o aplauso unânime dosexperts nas artes plásticas.

Em declarações à Rádio Politécnico, o conceituado pintor enquadra“Ruptura 98” na escola “vanguardista”, uma simbiose da “pintura e da escultura”,manipulando uma panóplia de materiais contemporâneos, com realce para a cola,gesso e verniz.

Também aos microfones da Rádio Politécnico, o presidente do ISPV, Prof.João Pedro de Barros, congratulou-se com a iniciativa, salientando que é tambémpor esta via que se inverte a “aridez cultural” a nível de Viseu.

É notório pois, que o Politécnico de Viseu pretende na sua orla, fazer aponte com as instituições, visando forçar a “necessidade cultural”, despertando daletargia que assolou a região nas últimas décadas.

Paulo Gonzo“loas ao ISPV e críticas às Tv’s”

Na abertura oficial daexposição de pintura “Ruptura 98”,o beirão Paulo Gonzo, reputadocantor e compositor, destacou-sepelo modo esfuziante com que seassociou ao evento.

Após visita guiada aosServiços Centrais e da Presidência,tendo como cicerone o presidentedo ISPV, Prof. Doutor João Pedrode Barros, mostrou-se deveras“maravilhado” pela “dignidade efuncionalidade deste equipamento”,que muito o “honra” como beirão.

Simultaneamente, teceufortes críticas à ausência dastelevisões, arredadas e de costasviradas a acontecimentos deste jaez, não cumprindo aquilo que é a componenteintrínseca do “serviço público que deve estar adstrito não só aos canais públicoscomo às televisões privadas”, referiu. Aliás, Gonzo entende que o PAP - ProgramaAudiovisual Português - nunca desceu a patamares tão baixos como o que se vivehá uns anos a esta parte, privilegiando o “lixo televisivo”, consubstanciado nosreality shows, em detrimento do “entretenimento de qualidade”, concluiu.

Recortes de Imprensa“do artesanal ao scanner”Os recortes de imprensa no seio do ISPV viram a “luz

do dia” com a criação do GRPI - Gabinete de Relações Públicas eInformação -, em 1991, por iniciativa do presidente do PolitécnicoProf. João Pedro de Barros, visando “suprir uma lacuna ao níveldo IPV”.

Da sua triagem por análise directa da imprensa até aoproduto final – livro - sucedem-se diversas etapas endógenas eexógenas às Relações Públicas, em colaboração íntima com oGabinete de Criação e Inovação, no que tange à capa, e àReprografia, no que concerne à reprodução/encadernação.

Os primeiros recortes (em depósito nas RelaçõesPúblicas e disseminados, entre muitos lugares, pelas bibliotecasdas unidades orgânicas), tiveram um suporte “artesanal”, enquantonos tempos actuais já se evoluiu para a “scannerização”. Istoredunda numa melhoria exponencial da qualidade dos livrosproduzidos intramuros.

Pelo feedback que nos tem chegado de váriosquadrantes ao longo dos anos, continua a justificar-se plenamentea sua edição/distribuição.

José Alberto Marques - Gabinete Relações Públicas eInformação - ISPV

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O dia 27 de Novembro de 2002 constituiumais um momento marcante para a história doInstituto Superior Politécnico de Viseu e para todaa região envolvente.

As comemorações solenes do Dia doInstituto foram, este ano, complementadas com ainauguração do edifício dos Serviços Centrais eda Presidência.

Inauguração do edifício dos Serviços Centrais e daPresidência

A inauguração oficial do edifício dos ServiçosCentrais e da Presidência, efectuada pelo senhorGovernador Civil do Distrito de Viseu, Eng.º AzevedoMaia, em representação do Exm.º Senhor Ministro da Ciência e do EnsinoSuperior, Prof. Doutor Pedro Lynce de Faria (ausente devido a compromissosgovernamentais de última hora), constituiu a cerimónia inicial do programa.Descerrada a placa alusiva ao acto, seguiram-se os discursos breves, maseloquentes, sobre o momento, a Instituição e sua relevância para a região epara o país.

As cerimónias prosseguiram com a benção das instalações, por suaExm.ª Reverendíssima, o senhor Bispo de Viseu, D. António Monteiro.

Dia do Instituto e Sessão Solene de Abertura doAno Académico 2002/2003

Conforme o ocorrido no ano transacto, a imponente AulaMagna revelou-se pequena para acolher o meio milhar depresenças, entre convidados, entidades, homenageados,professores, alunos e funcionários. Um sinal inequívoco datransbordante vitalidade do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

A solenidade própria destes actos académicos foi cumpridacom o habitual rigor das organizações do Instituto.

Alunos, devidamente trajados, respectivas hierarquiasassociativas e Tuna do ISPV fizeram as honras da casarecebendo os convidados.

Após arecepção aosconv idados,desfilou o

Cortejo Académico,composto por docentesda Instituição e deoutros estabelecimentosde ensino superior.

Depois deter sido dada aautorização pelaentidade máximapresente para o início da sessão, usou da palavra o Presidente doInstituto.

O Prof. Doutor João Pedro de Barros iniciou a suaintervenção fazendo alusão aos 17 anos decorridos sobre a tomada deposse da Comissão Instaladora do Instituto Superior Politécnico deViseu, presidida na altura por ele próprio, e tendo como instalações umpequeno apartamento na Rua Alexandre Lobo.

De ontem para hoje uma evolução notável. Actualmente oInstituto Superior Politécnico de Viseu tem um campus de excelência,património de referência nacional com profundo impacto na vida daregião, assumindo-se como motor imprescindível do desenvolvimentocientífico e cultural, com incidência directa no pulsar da vida económicae social.

Na sua exposição, o Presidente do Instituto relembrou opapel fulcral que a Instituição teve, tem e terá, para toda a região, emparticular, e para o país, em geral.

Na intervenção, minuciosa, o Professor João Pedro de Barrosfez o retrato fidedigno do percurso evolutivo da Instituição, das suas

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Texto - Joaquim Amaral - ISPV / Fotografia - Octávio Silva - ISPV

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multifacetadas instalações, das novas infra-estruturas e valênciasdisponibilizadas, da produção científica e cultural, da cooperaçãointernacional, da mobilidade dos corpos discente e docente, das 31licenciaturas, dos cursos de pós-graduação ministrados em conjuntocom outras instituições, das publicações, da filosofia institucional deexcelência que tem de estar sempre presente.

A pertinência, e premência, para a região e para o país, dacriação da Escola Superior de Artes (com a sua candidatura a remontara 18 de Fevereiro de 1998) e da conversão da Escola Superior deEnfermagem em Escola Superior de Saúde constituíram, igualmente,tónica dominante do discurso do Presidente do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu.

O Apoio Social foi relevado como um dos vectores primordiaisda política institucional, revelando números que atestam cabalmente apreocupação social dos responsáveis do Instituto.

A concluir, a forte convicção que, e independentemente domuito que se fez, há ainda muito caminho a percorrer “Se é verdadeque o futuro a Deus pertence é a nós que nos compete lutar para queViseu consiga o que já deveria ter há cerca de 30 anos.

Aos que me sugerem que não vale a pena lutar por estesobjectivos e que volte para trás nas pretensões de fazer evoluir onosso Instituto Politécnico responder-lhes-ei apenas que para trás nãohá destino. Não desistiremos de travar esta luta e por isso aproveitopara dizer aos que me combatem, porque têm pressa de alcançar opoder, que só aprendi a conjugar o verbo resistir e nunca o verbodesistir.

Nós somos dos que ousaram lutar e ousaram vencer.Dentro de muito pouco tempo devolveremos à cidade, à

região e ao País muito mais do que encontrámos. Foi este o nossodestino e o de todos quantos formaram esta grandiosa equipa que emapenas dezassete anos recuperou a dignidade perdida em favor deoutros centros que tiveram a felicidade de alcançar a cultura e a ciênciabastante mais cedo do que nós”.

Usou seguidamente da palavra Bruno Sequeira, Presidenteda Associação Académica do Instituto Superior Politécnico de Viseu. Odirigente associativo fez alusão à ancestral reivindicação na região dauniversidade pública e da sua identificação com esta causa. Muitasvezes confundida com a “inexistência” de ensino superior público. Pordesconhecimento da realidade do Instituto Superior Politécnico, porum lado, por enraizamento cultural, por outro. Atitude que mudou quando

ingressou no Instituto e se apercebeu da realidade, constatando que estesubsistema de ensino trazia inúmeras vantagens para a sua vida profissionalfutura.

Afirmou ainda ter visto o crescimento do Instituto e a sua afirmação nopanorama do ensino superior público nacional, a sua evolução em quantidadee em qualidade. Terminou exortando o ensino politécnico e as suas virtudes.

O programa prosseguiu com a homenagem sentida, por toda aInstituição, aos seus dois vice-presidentes jubilados: Dr. António Soares deSousa e Dr. Vasco Oliveira e Cunha. O panegírico alusivo ao acto esteve acargo do Dr. Isidro Augusto de Menezes.

A Oração de Sapiência foi proferida pelo Professor Doutor AdrianoMoreira, professor catedrático, presidente do CNAES (Conselho Nacional deAvaliação do Ensino Superior), vulto maior da sociedade portuguesa. Aeloquência do professor, a sua erudição, a inteligência viva e arguta, o seuconhecimento do mundo, foram elementos sempre presentes na sua comunicaçãosubordinada ao tema “Culturas Transnacionais”. A vasta audiência sorveupalavra a palavra o pensamento reflexivo sobre o mundo, em constantesmutações, e convulsões, e suas múltiplas relações culturais. A história do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu ficou ainda mais rica com a honrosa presença detão proeminente académico.

O encerramento das comemorações foi efectuado pelo Exm.º SenhorGovernador Civil, em representação do Ministro da Ciência e do Ensino Superior.Na sua intervenção, o Eng.º Azevedo Maia relevou o papel do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu para a região, lembrando “o extraordinário desenvolvimentoregistado por esta Instituição”. O Instituto, referiu ainda, permitiu a formação dequadros superiores e a fixação de massa crítica decisiva para a afirmação de

ação do edifício dosação do edifício dos ação do edifício dosação do edifício dos ação do edifício dos Serviços CentrServiços CentrServiços CentrServiços CentrServiços Centraisaisaisaisais e da e da e da e da e da PresidênciaPresidênciaPresidênciaPresidênciaPresidência

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Viseu e do seu distrito.Medalha de Ouro, por mérito, do Instituto Superior

Politécnico de Viseu

O Instituto atribui todos osanos, durante as comemoraçõesdo seu dia, a medalha de ouro aindividualidades e instituições que,pelo seu mérito, tenham contribuídopara a projecção da região e dopaís. Este ano foram agraciadoscom essa honrosa distinção as

seguintes personalidades regionais: engenheiro António Coelho de Araújo – atítulo póstumo (empresário e alma mater do Ensino Superior em Viseu), osempresários Fernando Nunes (administrador do grupo Visabeira) e JoaquimCoimbra (administrador da Labesfal) e os desportistas Carlos Lopes (medalhade ouro dos jogos olímpicos, campeão mundial da maratona, entre outrosinúmeros e honrosos títulos) e Paulo Sousa (campeão do mundo sub-20,internacional português, entre outros).

Estas individualidades, e no caso dos empresários ospróprios grupos económicos, contribuíram decisivamente para aafirmação da cidade e da região no contexto nacional, projectando,simultaneamente, bem alto o nome do país além fronteiras.

Foram ainda distinguidos os empresários Belmiro de Azevedo(grupo Sonae) e Ludgero Marques (presidente da AssociaçãoEmpresarial de Portugal).

A memória das instituições também se constrói noreconhecimento sentido e nas homenagens que presta a quem tantocontribuiu para o seu crescimento e afirmação.

Medalha de Prata aos docentesjubilados

A Entrega da Medalha de Pratada Instituição a docentes jubilados foi maisum dos momentos altos das cerimónias. AProf.ª Doutora Maria Avelina MartinsFerreira Raínho, a Prof.ª Doutora NatáliaSão José Sobral Vieira, a Prof.ª DoutoraMaria José Cardoso Monteiro de Sá-Correia e o Doutor José Barroco Correiaforam os docentes sentidamentehomenageados pelos relevantes serviçosprestados ao Instituto e à implementação

do ensino superior público na região.

Medalha de Prata a funcionários com mais tempode serviço na Instituição

Os funcionários do Instituto tiveram, e continuam a ter, umpapel relevante na construção e edificação do que hoje representa oInstituto Superior Politécnico de Viseu. Consciente dessa realidade, aInstituição concedeu medalhas aos funcionários “com mais anos decasa”. Os galardoados foram: Adelino Almeida, Aida Balula da Cunha,Edna Abrantes Soares, Eduardo Vasconcelos, Elisiário Figueiredo,Ilda da Silva Tomé, José da Silva Tomé, Laura Rodrigues Pinto, MariaAdelaide Nogueira,Maria AugustaLourenço, MariaAugusta Granado,Maria FernandaPereira, Maria GildaVasconcelos, MariaLuísa Andrade eMaria Odete Mota.

O Monumento

O monumento lavrado em granito e concebido por PauloMedeiros especificamente para a inauguração oficial do edifício dosServiços Centrais e da Presidência corporiza a unidade institucionalna robustez da rocha sulcada por seis tubos de ferro representandoas Unidades Orgânicas do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

A rocha de textura granular e cristalina, referência recorrenteda região, associa a perenidade do granito a uma instituição sólida,coesa, farol de uma região em rasgado desenvolvimento.

O monumento corporizaassim o todo institucional: escolas,alunos, professores, funcionários,no fundo a sua história.

Uma Vida pela Educação

A formar pessoas desde1983 (tendo sido o primeiro Instituto

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Superior Politécnico a entrar em funcionamento, mais concretamente com a EscolaSuperior de Educação), o Instituto faz parte da vida de milhares de pessoas daregião e do país: alunos (os formados durante estes anos, os que se estão aformar e os que virão a fazer parte deste universo politécnico), professores (queano–após–ano, fruto da sua capacidade científica, transmitem o seu vastoconhecimento aos futuros diplomados que irão contribuir decisivamente para odesenvolvimento da região) funcionários (complemento indispensável ao bomfuncionamento administrativo), parceiros e entidades.

Uma vida, ainda curta, mas repleta de emoções, conquistas e sucessos.

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VISEUESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VISEUESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VISEUESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VISEUESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VISEU

20º Aniversário20º Aniversário20º Aniversário20º Aniversário20º Aniversário

Momento Musical

Os alunos do Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão – Viseu (alguns dos quais também alunos do ISPV), sob adirecção de Maria Cristina Aguiar (Profª. de Canto e Coro do Conservatório Regional e docente da Área Científica de Arte e Expressões Criativas daESEV) e com acompanhamento ao piano da Dr.ª Ana Cristina Mota Pinto (Directora Pedagógica e professora de piano do Conservatório Regional),interpretaram, no início da cerimónias, Canticorum Jubilo (G.F.Handel), a meio, Barcarola, in Contos de Hoffman (Offenbach) e no final do programaLaudamus Te – in Gloria (Vivaldi).

A 26 de Março de 2003, comemorou-se o 20º aniversário daESEV. Vinte anos depois da sua inauguração oficial, em sessão solene,que se realizou em 26 de Março de 1983.

Essa história, que é a história da ESEV, está ainda porfazer-se. A sua pré-história também. Há apenas esboços, já tentados, deuma proto-história da ESEV. Encontram-se reunidos numa publicaçãodo próprio Instituto Politécnico de Viseu, na Revista MILLENIUM. O n.º14 de Millenium, de Março de 1999, por ocasião do 16º aniversário daEscola, intitula-se “Pedaços da sua História”,de 1983 a 1999. Se calhar impropriamente,porque a primeira parte, “As Origens dasOrigens”, traça o ante-começo da ESEV,constituindo, assim, aquilo que designo comoa sua pré-história; Apenas a segunda parte,essa sim, constitui o primeiro esforço nosentido de desenhar a história da Instituição.Assim, uma visão histórica, congruente,sistematizada e sistemática, da ESEV, estáainda por fazer.

Não é nossa intenção fazer ahistória da ESEV. Para além de não sermoshistoriadores, para além de sermos actoresdo próprio processo histórico da ESEV – o que, só por si, desaconselhariatal veleidade – 20 anos é muito pouco tempo em História. Mesmo nahistória de uma Instituição. Embora seja muito tempo na vida e nasvivências dos actores institucionais, aqueles que, com o seu agir, tramame constroem a história da Instituição.

Assim, muitos dos seus professores e funcionáriosdesenvolveram aqui uma parte substantiva da sua vida profissional. Asprimeiras aposentações, há bem pouco tempo, começaram a acontecer.Até ao ano lectivo transacto, 3 211 alunos aqui viveram a sua vidaacadémica, tendo concluído a sua formatura. Este ano frequentam aESEV cerca de 1 800 alunos.

Número bem diferente e bem longe dos 28 alunos que frequentarama Escola no seu primeiro ano de funcionamento, 1983/1984. Dos 11 professoresque constituíram o núcleo inicial do corpo docente da ESEV, nesse ano, hojepassámos aos 128 professores ETI, mais cerca de 60 em tempo parcial eacumulação.

Crescemos, portanto. Como é natural, em 20 anos. Nas mesmasinstalações iniciais, as da escola do antigo Magistério Primário de Viseu.Entretanto, o edifício foi restaurado e, enquanto isso, conhecemos outras

instalações, provisórias e dispersas pela cidade. Asda Ex-ENEI - Escola Normal de Educadores deInfância -, da Universidade Católica, Escola Primáriada Ribeira e até no Museu Grão Vasco, entre outras.

Hoje, o edifício em cujas instalações nossediamos, é já exíguo para desenvolvermos asnossas actividades, para instalarmos equipamentose para albergar a vida de tantos alunos, professorese funcionários. Tarda um novo edifício de raiz, deamplo espaço, onde habitemos condignamente.Nossa casa. Onde possamos desenvolver, semconstrangimentos arquitectónicos, os 18 cursos queactualmente ministramos, entre Formação Inicial de

Professores, Formação Contínua, Formação Complementar e Complementosde Formação, Profissionalização em Serviço, Formação pós-graduada, sejamCursos de Formação Especializada, sejam Mestrados e Doutoramentos,actualmente em parceria com Universidades Públicas e Privadas, Nacionaise Estrangeiras.

Situação muito diferente, esta, hoje, da situação originária. A EscolaSuperior de Educação de Viseu nasceu com apenas 2 cursos, emfuncionamento a partir de 17 de Outubro de 1983, data de início das suasactividades lectivas.

Criada em 1979, pelo Decreto-Lei n.º 513-T/79 de 26 de Dezembro,o qual, no seu art.º 5º, simultaneamente cria os Institutos Politécnicos, entre osquais o de Viseu. Vem, assim, a tornar-se a primeira Unidade Orgânica do

Maria de Jesus Fonseca - Presidente do Conselho Directivo da ESEV

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Instituto Politécnico de Viseu. No mesmo Decreto- Lei que previa que começassea funcionar em 1981.

Tal Decreto surge depois de, em 1973, o Decreto-Lei n.º 402/73 de 11de Agosto, estatuir novos estabelecimentos de Ensino Superior, os InstitutosPolitécnicos, e de, em 1977, o Decreto-Lei n.º427-B/77 instituir o ensino superior de curtaduração, referindo-se já a escolas de ensinosuperior. Sem esquecer a Lei n.º 5/73 de 25 deJulho, Lei de Reforma do Sistema Educativo, deVeiga Simão, que explicitamente já falava deInstitutos Politécnicos, mas mantinha ainda adesignação de Escolas Normais Superiores.

Mas se o art.º 15º do Decreto-Lei n.513-T/79, cria a Escola Superior de Educaçãodo Instituto Politécnico de Viseu, só em 1980, vema ser nomeada a sua primeira ComissãoInstaladora, pelo Despacho n.º 244/80 de 11 deJulho. Constituída por Maria Avelina MartinsFerreira Rainho, como Presidente, sendo VogaisJoão Pedro de Barros e Maria José FernandesPinto Moura, renovada pelo Despacho n.º 411/80 de 14 de Novembro, veio atomar posse em 16 de Novembro desse mesmoano.

Pressupondo que tudo estava porconceber, construir, organizar, planificar, ou seja,que toda a estrutura da Escola Superior deEducação de Viseu estava por criar, incluindoos seus cursos, prestamos aqui a nossahomenagem ao trabalho ingente dessa primeiraComissão Instaladora. Só assim se compreendeque, em apenas três anos, de meados de 1980ao último trimestre de 1983, se tenha erguido,do nada, A Escola Superior de Educação deViseu, começando a funcionar em Outubro de1983.

Esse trabalho, hercúleo e gigantesco,permitiu que fosse a primeira Escola Superiorde Educação a abrir no país. Por isso, é hoje a mais velha das 13 EscolasSuperiores de Educação do Ensino SuperiorPolitécnico público, entretanto surgidas.

De então até 1996, outrasComissões Instaladoras houve, no seu total, 6Comissões Instaladoras. Em 1996 é eleito oseu primeiro Conselho Directivo.(Verdespacho6/ISPV/96). Constituído porFernando Andrade Amaro, seu Presidente, eAntónio Ferreira Gomes e Maria José PintoMoura, seus Vice-Presidentes. Tomaramposse em 26 de Março de 1996, data simbólica,que um dia marcou a abertura oficial e ainauguração da ESEV, e, por isso, veio aconstituir o seu dia, o dia da ESEV, a data doseu aniversário, convencionada por consenso.

Neste mesmo ano foram publicadosno Diário da República, n.º 23, II Série osEstatutos da Escola Superior de Educação de Viseu.

Este é o seu terceiro Conselho Directivo eleito. (Ver Despacho doISPV de 2/7/02). Tomou posse em 11 de Julho de 2002.

Comemorámos, este ano, os 20 anos da ESEV. 20 anos defuncionamento ininterrupto. E porque fazer 20 anos é especial, é mágico, ésimbólico – marca um dia indelével nas nossas vidas pessoais – constitui-se nadata que assinala a passagem para a nossa maioridade e, consequentemente,para a nossa vida adulta, então quisemos celebrar os 20 anos da ESEV dessaforma especial e mágica. Lançado que foi este repto, todas as estruturas daEscola lhe responderam com entusiasmo. Foram propostas inúmeras actividades,

desde painéis, conferências, oficinas e Workshops, encenações,exposições, actividades lúdicas, projecção de filmes, passeios científicose culturais, actividades Gímnicas e Desportivas, torneios de funball,de voleibol, actividades desportivas ao ar livre, actividades de desporto

radical, apresentação, durante vários dias,pelo Teatro da Academia, de “Chão deAlmas”. Programadas que foramatempadamente estas actividades, vierama desenvolver-se e a decorrer nasemana de 24 a 28 de Março passado.Delas se pode ter uma ideia através dabreve reportagem fotográfica que aqui seapresenta. Porque foram tantas asactividades propostas, decidimos dedicaruma semana inteira à celebração desteaniversário, fazendo dela, em simultâneo,não apenas a semana dos 20 anos daESEV, mas também a Semana Culturalque a ESEV, por tradição, organiza erealiza todos os anos.

Porque fazer 20 anos é mítico, no nosso sistema culturalocidental, nos nossos quadros mentaisde pensamento, permitam-me umaimagem. Vícios de formação, talvez! Nãoquereria concluir sem relembrar e aludir,a este propósito, a um famoso artigo deKant “Resposta à questão: Que é’Esclarecimento’ (Aufklärung)? ”

Iluminismo, época das luzes,“Esclarecimento é a saída do homemda sua menoridade, da qual ele próprioé culpado. A menoridade é aincapacidade de fazer uso do seuentendimento [razão] sem a direcção deoutrém. O homem é o próprio culpadodessa menoridade se a causa dela nãose encontra na falta de entendimento,

mas na falta de coragem e decisão de se servir da sua razão sem adirecção de outrém. Sapere aude! Temcoragem de fazer uso do teu próprioentendimento, tal é o lema doEsclarecimento [Aufklärung].”Pensar por si mesmo, eis em que

consiste a maioridade. Que melhoresvotos, que outros desejos, que maioresparabéns se podem dar à ESEV? Queesta data marque a maioridade daESEV, a conquista definitiva da suaautonomia, da sua racionalidade, da sualiberdade de pensar, de tomar as suaspróprias decisões, de ensinar e deaprender!

Kant, E., (1974) “Resposta à questão: Que é o ‘esclarecimento’?”,in: Kant, Textos Selectos, Ed. Vozes, Petrópolis, pp. 100-117.Millenium (1999), Revista do ISPV, n.º 14, Viseu, ed. ISPV.Fonseca, M. J., (2001) “O Ensino Politécnico em Portugal – HistóriaRecente” in: Polistécnica, Boletim Informativo do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu, Viseu, Ed. Do ISPV.

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Enquadrada numa zona de produtos endógenos mundialmente afamados, a Quintada Alagoa tem todas as condições para constituir pólo de investigação de excelência aoserviço da região e do país, nomeadamente no que concerne às inúmeras potencialidades(ainda não totalmente exploradas) que a “economia agrícola”, e tudo o que lhe está subjacente,representa.

Situada no perímetro urbano (junto ao Palácio do Gelo, na Estrada de Nelas), aQuinta da Alagoa é um colírio visual, último reduto natural à galopante fúria do betão.

Ainda a dar os primeiros passos, são já significativas as actividades agrárias aídesenvolvidas: a fruticultura (maçã e outras), a viticultura, a olivicultura, a hortofruticultura(batata, cebola, alho, couve, alface, fava, pimento, bróculo, nabo, tomate, etc.), pastagensanuais e temporárias, floresta e outras actividades vegetais.

Quanto às actividades animais, o projecto da Quinta engloba a bovinicultura, aovicultura, a caprinicultura, a avicultura, a cunicultura e a aquacultura.

O escoamento dos produtos agrários obtidos faz-se através de vendas aparticulares, refeitórios, restaurantes e minimercados da cidade e região. A promoção daInstituição, através da valorização de alguns produtos, como é o caso do vinho (colheita2002) constitui segmento complementar à comercialização.

O futuro próximo

A ampliação e remodelação do parque zootécnico; omelhoramento das infra – estruturas hidráulicas da Quinta (rega edrenagem); a instalação de um pomar pedagógico, de uma vinhapedagógica/experimental e do arbóreo são os objectivos aconcretizar a curto prazo.

A Quinta da Alagoa está em crescimento. Emdesenvolvimento técnico e científico para consolidar e projectar aindamais alto a excelência dos produtos agrícolas da nossa região.

A Escola Superior Agrária proporciona aos interessadosvisitas guiadas a este paradisíaco espaço, bastante para tal amarcação da mesma através de contacto telefónico.

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No úlNo úlNo úlNo úlNo último número de timo número de timo número de timo número de timo número de PolistécnicaPolistécnicaPolistécnicaPolistécnicaPolistécnica for for for for foram publicadasam publicadasam publicadasam publicadasam publicadasentrevistas com os presidentes dos conselhos directivos dasentrevistas com os presidentes dos conselhos directivos dasentrevistas com os presidentes dos conselhos directivos dasentrevistas com os presidentes dos conselhos directivos dasentrevistas com os presidentes dos conselhos directivos dasEscolas Superiores de Educação, Tecnologia e Enfermagem.Escolas Superiores de Educação, Tecnologia e Enfermagem.Escolas Superiores de Educação, Tecnologia e Enfermagem.Escolas Superiores de Educação, Tecnologia e Enfermagem.Escolas Superiores de Educação, Tecnologia e Enfermagem.

Neste número registam-se os pensamentos e os projectosNeste número registam-se os pensamentos e os projectosNeste número registam-se os pensamentos e os projectosNeste número registam-se os pensamentos e os projectosNeste número registam-se os pensamentos e os projectosdos presidentes dos conselhos directivos das Escolasdos presidentes dos conselhos directivos das Escolasdos presidentes dos conselhos directivos das Escolasdos presidentes dos conselhos directivos das Escolasdos presidentes dos conselhos directivos das EscolasSuperiores Agrária e Tecnologia e Gestão de Lamego. Aqui ficamSuperiores Agrária e Tecnologia e Gestão de Lamego. Aqui ficamSuperiores Agrária e Tecnologia e Gestão de Lamego. Aqui ficamSuperiores Agrária e Tecnologia e Gestão de Lamego. Aqui ficamSuperiores Agrária e Tecnologia e Gestão de Lamego. Aqui ficamos depoimentos do Engenheiro Pedro Rodrigues e do Doutoros depoimentos do Engenheiro Pedro Rodrigues e do Doutoros depoimentos do Engenheiro Pedro Rodrigues e do Doutoros depoimentos do Engenheiro Pedro Rodrigues e do Doutoros depoimentos do Engenheiro Pedro Rodrigues e do DoutorÁlÁlÁlÁlÁlvvvvvaro Bonito.aro Bonito.aro Bonito.aro Bonito.aro Bonito.

Em agenda pEm agenda pEm agenda pEm agenda pEm agenda pararararara o próximo número as entrevista o próximo número as entrevista o próximo número as entrevista o próximo número as entrevista o próximo número as entrevistas com aas com aas com aas com aas com aCoordenadora do Pólo Educacional de Lamego da EscolaCoordenadora do Pólo Educacional de Lamego da EscolaCoordenadora do Pólo Educacional de Lamego da EscolaCoordenadora do Pólo Educacional de Lamego da EscolaCoordenadora do Pólo Educacional de Lamego da EscolaSuperior de Educação e a Administradora dos Serviços de AcçãoSuperior de Educação e a Administradora dos Serviços de AcçãoSuperior de Educação e a Administradora dos Serviços de AcçãoSuperior de Educação e a Administradora dos Serviços de AcçãoSuperior de Educação e a Administradora dos Serviços de Acção

Social do Instituto Superior Politécnico de Viseu.Social do Instituto Superior Politécnico de Viseu.Social do Instituto Superior Politécnico de Viseu.Social do Instituto Superior Politécnico de Viseu.Social do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Entrevistas conduzidas por Joaquim Amaral - ISPV / Fotografia - Octávio Silva - ISPV

O Engenheiro Pedro Rodrigues é oO Engenheiro Pedro Rodrigues é oO Engenheiro Pedro Rodrigues é oO Engenheiro Pedro Rodrigues é oO Engenheiro Pedro Rodrigues é oPresidente do Conselho Directivo daPresidente do Conselho Directivo daPresidente do Conselho Directivo daPresidente do Conselho Directivo daPresidente do Conselho Directivo da

EscolEscolEscolEscolEscola Superior Agrária de Va Superior Agrária de Va Superior Agrária de Va Superior Agrária de Va Superior Agrária de Viseuiseuiseuiseuiseu. Eleito. Eleito. Eleito. Eleito. Eleitoem 7 de Julho de 2000, fem 7 de Julho de 2000, fem 7 de Julho de 2000, fem 7 de Julho de 2000, fem 7 de Julho de 2000, fazem ainda pazem ainda pazem ainda pazem ainda pazem ainda partearteartearteartedeste órgão, como vice-presidentes, a Dr.ªdeste órgão, como vice-presidentes, a Dr.ªdeste órgão, como vice-presidentes, a Dr.ªdeste órgão, como vice-presidentes, a Dr.ªdeste órgão, como vice-presidentes, a Dr.ªMaria AntonietMaria AntonietMaria AntonietMaria AntonietMaria Antonieta Esteves e a Eng.ª Pa Esteves e a Eng.ª Pa Esteves e a Eng.ª Pa Esteves e a Eng.ª Pa Esteves e a Eng.ª PaulaulaulaulaulaaaaaMaria Correia, e António Saraiva Lopes e oMaria Correia, e António Saraiva Lopes e oMaria Correia, e António Saraiva Lopes e oMaria Correia, e António Saraiva Lopes e oMaria Correia, e António Saraiva Lopes e oEng.º Joaquim Soares de Sousa,Eng.º Joaquim Soares de Sousa,Eng.º Joaquim Soares de Sousa,Eng.º Joaquim Soares de Sousa,Eng.º Joaquim Soares de Sousa,respectivamente representantes dos alunosrespectivamente representantes dos alunosrespectivamente representantes dos alunosrespectivamente representantes dos alunosrespectivamente representantes dos alunose do corpo não docente.e do corpo não docente.e do corpo não docente.e do corpo não docente.e do corpo não docente.

PolistécnicaPolistécnicaPolistécnicaPolistécnicaPolistécnica auscul auscul auscul auscul auscultou o Eng.º Pedrotou o Eng.º Pedrotou o Eng.º Pedrotou o Eng.º Pedrotou o Eng.º PedroRodrigues sobre os pontos mais candentesRodrigues sobre os pontos mais candentesRodrigues sobre os pontos mais candentesRodrigues sobre os pontos mais candentesRodrigues sobre os pontos mais candentes

da realidade desta Escola.da realidade desta Escola.da realidade desta Escola.da realidade desta Escola.da realidade desta Escola.

grande parte dos nossos alunos, ou grande parte da população portuguesa, tem terra e nósvivemos numa zona rural, predominantemente rural. Aliás, Viseu é uma cidade rural emque grande parte dos nossos alunos são filhos de pais que, se não são agricultores, têmterra.

Portanto, depois da formação que lhes é dada aqui na Escola é só juntar acapacidade de empreender. De facto, tendo terra e tendo formação, temos mais de metadedo caminho percorrido. Tem de ser nesta perspectiva que temos de trabalhar. Existe ainda

a ideia, quando se conclui o curso,que haverá um emprego à esperanuma empresa ou no Estado. Aprobabilidade de isso acontecer é cadavez menor. Os alunos têm de cadavez mais pensar que saem daqui comuma ferramenta para enfrentarem omercado de trabalho.

Tem algunselementos que nos possafornecer sobre a inserção nomercado de trabalho, por umlado, e a capacidade de criaçãodo próprio emprego, por outro?

Quanto à capacidadeempreendedora, julgo que também deve ser um trabalho das Escolas, e embora nós ofaçamos, em termos, digamos, informais, não é suficiente. Deveria haver um gabinete deapoio. A nível do Instituto, provavelmente. Um gabinete que ajudasse, que apoiasse, quetirasse dúvidas, que ensinasse a empreender. Julgo que falta isso nas instituições. Os

casos de sucesso, no que concerne a essa matéria,não têm sido tantos quantos gostaríamos. Osucesso tem sido mais ao nível da actividadeprivada. De facto, é com agrado que temosverificado que alguns dos nossos alunos, nestasQuintas que têm surgido, têm sido contratadosmuitas vezes antes de terminarem os cursos. Etêm feito trabalhos belíssimos.

Independentemente de constituíremainda uma percentagem baixa, são númerosimportantes como indicadores.

A Escola, e independentementeda realidade nacional e europeia daagricultura, por um lado, e algumadiscussão pública sobre o futuro destas

escolas, por outro, tem-se revelado como uma clara mais valia para aregião, nomeadamente na formação de técnicos altamente qualificados(que muito têm contribuído para o incremento deste mercado), e nainvestigação e nas parcerias que estabelece com, e para a comunidade.Perante estes factos, e estando nós inseridos numa região com produtosagrícolas de tão renomado prestígio nacional e internacional, qual aimportância da Escola para a região e para o seu desenvolvimentosustentado?

Encaro a Instituição em três vertentes, e julgo que o futuro das instituições deensino superior agrário devia passar por elas. Por um lado, a formação, que, no fundo, temsido nos últimos anos a nossa actividade principal. A formação de técnicos é umacomponente importante. No entanto, julgo que tão importante quanto a componente daformação deveria ser a componente da investigação. E é neste sentido que a Escola temapostado muito forte nestes últimos anos. A actividade de investigação da instituição, e eunão estou a falar dos docentes, estou a falar da instituição, do nosso ponto de vista, étambém uma peça forte da nossa Escola, exactamente para demonstrar a sua importâncianum contexto nacional e regional. É neste sentido que nós temos desenvolvido uma sériede actividades. Formulámos uma série de candidaturas a projectos de investigação,alguns deles foram aprovados e encontram-se em curso com financiamento externo,outros não. Contudo vai haver agora um novo período de candidatura a projectos deinvestigação e a Escola tem, em parceria com outras instituições, não só da região mas

O Ensino Superior vive um período onde a constantemudança é a sílaba tónica. Neste cenário de múltiplas variações,até onde é possível objectivar o futuro dos diplomados formadosno domínio das Ciências Agrárias e Agro-Industriais pela EscolaSuperior Agrária no contexto regional e nacional?

Julgo que a afirmação está correcta. De facto, o Ensino Superior,nomeadamente nas Ciências Agrárias, está a atravessar um períodoextremamente difícil. O mais difícil da sua história. Esta realidade está,obviamente, relacionada com uma “falta de vocação” para estas áreas porparte dos nossos jovens. Há um défice de vocação para a actividade agrícolaque resulta da própria imagem que a actividade agrícola tem em termos deeconomia. A agricultura é vista por todos como uma actividade não rentável,onde se empobrece alegremente, e que poucos proveitos tem. Em termos dofuturo dos alunos... houve durante alguns anos a ideia de que o principalempregador dos alunos formados nestas áreas deveria ser o Estado. Essafilosofia por parte dos alunos ainda existe. A filosofia das Instituições é que édiferente. Neste momento não formamos futuros funcionários públicos, pelocontrário, o que nós queremos formar são futuros empresários agrícolas. O quetentamos, e tem sido uma discussão interessante na nossa Escola, fomentarnos nossos alunos é: “Meus amigos, procurem criar o vosso emprego”.

Julgo que é fácil os alunos criaram o seu próprio emprego, porque

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também do país, uma série de candidaturas a actividades de investigação.Para a instituição isto é fundamental para que se possa afirmar num contextoregional. As instituições de ensino superior são tão importantes na formaçãoquanto na investigação que produzem. Estas duas actividades têm de sercomplementares. Nós só ensinamos melhor se todos os dias formosconfrontados com problemas que impliquem inovação, o constante recurso àinvestigação.

Neste momento nós temos quatro projectos financiados peloprograma AGRO, que é um programa do Ministérioda Agricultura; um projecto financiado pelaFundação para a Ciência e para a Tecnologia; oprojecto Sapiens, do programa Sapiens do nossoMinistério; o campo de solarização, que já existiahá algum tempo; e temos um outro projecto que éo projecto Equal, também financiado pelacomunidade, em parceria com outras instituições.Este projecto é mais um projecto de formação doque propriamente de investigação. Está a decorrero período de candidatura para novos projectosAGRO e nós temos em preparação mais cincoprojectos com a Direcção Regional da Agricultura,com o Instituto Superior de Agronomia e com aUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.Os temas trabalhados nesses projectos sãoextremamente importantes, quer do ponto de vistanacional, quer regional. São temas muito actuais e que, portanto, em princípio,serão alvo de financiamento. É exactamente nestas duas actividades, formaçãoe investigação, mas investigação feita na Escola, por pessoas da Escola, enão investigação feita por pessoas da Escola noutras instituições, que claramenteapostamos. A Escola Agrária atingiu a maturidade suficiente que lhe permite teros seus próprios projectos, candidatados por si e feitos pelos seus professores,e com financiamento próprio. Portanto, são estas as duas grandes componentes.

A nível das instituições de ensino superior agrário, julgo que deveriaexistir uma outra componente, a extensão rural. É uma componente que nãoexiste no nosso país, mas que é importantíssima, porque implica levar oconhecimento a quem dele precisa, aos agricultores. Fazer o acompanhamentoda actividade agrícola junto do agricultor. Isso existenos EUA, em França, em quase todos os paísescivilizados. Nos EUA está fortemente ligada àsinstituições de ensino superior. Seria uma forma deaproveitar o know-how científico que existe nestasinstituições e colocá-lo ao serviço da comunidade.Ninguém produz conhecimento se não tiver umobjectivo. O objectivo é a comunidade. Às vezesnós somos acusados de produzir conhecimento quenão chega ao objectivo. Esta ligação através daextensão rural permitir-nos-ia fornecer conhecimento,por um lado, e estar dentro dos reais problemas dosagricultores, por outro. No entanto, só um projecto deâmbito nacional poderia levar a efeito esta terceiracomponente. Estas actividades constituem os trêspilares onde se deve sustentar o ensino superioragrário. Pelo que conheço da investigação agrícola edo ensino superior destas áreas, julgo que o paísganharia muito com isso.

Isto também nos leva a uma outra questão. Este anolectivo, em termos de ESAV, fica marcado pelo início de umnovo curso - Engenharia das Ciências Vitivinícolas -plenamente justificado no contexto regional e nacional. Fale-nos um pouco do curso e da sua relação com as I JornadasVitivinícolas do Dão.

A Escola, no seu Plano de Desenvolvimento, elegeu áreasde especialização. Obviamente que a vitivinicultura teria que estar

incluída nessa áreas e, portanto, o que estamos a tentar fazer é canalizar asnossas energias para as áreas de especialização, quer elas sejam de formação,quer de investigação, quer ainda de divulgação. As jornadas aparecem exactamenteinseridas nesta filosofia. Considerámos que existia a nível nacional e regionaluma lacuna em termos de formação numa área fundamental para a região, queé a área da vitivinicultura e, portanto, propusemos a criação deste curso. AEscola definiu também que anualmente deveria produzir um “evento” com umimpacto significativo, planeou e definiu a vitivinicultura como sendo uma área

fundamental. Foi neste sentido que as jornadas foramplaneadas e se realizaram.

Independentemente da conjuntura nacional hánovas ofertas formativas planificadas a disponibilizar acurto prazo?

A esse nível apresentámos este ano ao Ministério umanova formação. Ainda não sabemos qual vai ser a receptividade.Temos, inclusive, algum receio que o Ministério neste contexto não aaprove. Contudo, acho que é uma aposta muito interessante. Temmercado de trabalho em termos de saídas profissionais e em termosde captação/interesse de potenciais alunos. O curso de que falamosé um bacharelato de três anos em Enfermagem Veterinária. É umaárea que não existe como formação, mas, curiosamente, existe emvários países do mundo, o que mostra, claramente, que é umaactividade profissional com mercado. Por outro lado, a Escola

apercebeu-se que esta é uma área onde as pessoas que realizam estas actividades nãotêm qualificação de base. Por todas estas razões é, inequivocamente, uma boa aposta.Espero é que haja o bom senso de não se proliferar este curso pelo país todo. O mercadode trabalho existe desde que haja controlo. Se massificarmos este curso obviamente quedaqui a dois, três anos, teremos o mesmo problema que hoje temos com todos os outros.

E no que concerne aos cursos tecnológicos pós- secundários denível 4?

Esse segmento é também uma aposta nossa. Temos ouvido, em muitosfóruns, que existe uma grande lacuna em termos de formação a nível nacional. Existe a

formação profissional, correspondente ao secundário, e depois aformação superior. Há aqui um nível intermédio que não estápreenchido. E temos ouvido muito, muito mesmo, o nosso Ministroa dizer para apostarmos nesta formação.

É uma alternativa em termos de formação com muitomercado, quer em saídas profissionais, quer em captação de novosalunos. Todavia, há um problema a resolver, que radica no facto denão existirem currículos de nível quatro, de não estarem aindaproduzidos. Nós, juntamente com mais quatro escolas agrárias equatro escolas profissionais de Coimbra, Santarém e CasteloBranco, estamos a produzir vários currículos para depois seremapresentados e aprovados pelo Ministério.

A Escola também está a ser pioneira, a nívelnacional, nessa questão.

Está! Está! Nós estamos a produzir currículos, aliás,estamos um bocadinho a fazer aquilo que o Ministériodeveria ter feito.

Para terminar falemos da Quinta da Alagoa. A Quinta constituium imenso laboratório natural ao serviço da região e do país. Quais sãoas mais-valias para a comunidade e que trabalho, de pesquisa eexperimentação, aí se desenvolve e que projectos para o futuro?

A Escola Agrária tem de ter a humildade de perceber que chegou depois, quehá várias instituições, nomeadamente no sector agrícola, que já existem, e muitas afuncionar com limitações, que todos temos, mas a funcionarem bem. Com valências quenós, do meu ponto de vista, não devemos ter. A Quinta da Alagoa tem de se perspectivar

continua na página 37

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Nomeado Director pelo DespNomeado Director pelo DespNomeado Director pelo DespNomeado Director pelo DespNomeado Director pelo Despacho de 13/acho de 13/acho de 13/acho de 13/acho de 13/01/2000, do Secretário de Estado do Ensino01/2000, do Secretário de Estado do Ensino01/2000, do Secretário de Estado do Ensino01/2000, do Secretário de Estado do Ensino01/2000, do Secretário de Estado do EnsinoSuperior, o Doutor ÁlSuperior, o Doutor ÁlSuperior, o Doutor ÁlSuperior, o Doutor ÁlSuperior, o Doutor Álvvvvvaro Bonito tomou possearo Bonito tomou possearo Bonito tomou possearo Bonito tomou possearo Bonito tomou posseem 22 de Fevereiro do mesmo ano.em 22 de Fevereiro do mesmo ano.em 22 de Fevereiro do mesmo ano.em 22 de Fevereiro do mesmo ano.em 22 de Fevereiro do mesmo ano.

PolistécnicaPolistécnicaPolistécnicaPolistécnicaPolistécnica conversou com o Director conversou com o Director conversou com o Director conversou com o Director conversou com o Directorda da da da da Escola Superior de Tecnologia e Gestão deEscola Superior de Tecnologia e Gestão deEscola Superior de Tecnologia e Gestão deEscola Superior de Tecnologia e Gestão deEscola Superior de Tecnologia e Gestão deLamego Lamego Lamego Lamego Lamego (criada pelo Decreto-Lei n.º 264/99,(criada pelo Decreto-Lei n.º 264/99,(criada pelo Decreto-Lei n.º 264/99,(criada pelo Decreto-Lei n.º 264/99,(criada pelo Decreto-Lei n.º 264/99,de 14 de Julho).de 14 de Julho).de 14 de Julho).de 14 de Julho).de 14 de Julho).

O desafio aliciante de fundar osalicerces de uma nova unidade orgânicado ISPV foi, seguramente, determinanteà anuência do convite que lhe foiformulado para ser Director daESTGLamego. Que directrizes delineoupara a concretização deste projecto?

O desafio era de facto aliciante, porqueimplicava corresponder a alguma coisa que emLamego há muito tempo era desejado, que era defacto que o ensino superior, que já existia, pudesseser consolidado com a criação de uma unidadeorgânica autónoma. A minha experiência de alguns anos em Lamego fez-me acreditarsempre que era possível, que era viável e, portanto, quando surgiu esta possibilidadede se criar algo de diferente em Lamego, aceitei imediatamente o desafio. Acreditei, econtinuo a acreditar, que Lamego tem potencialidades para ter ofertas diversificadasao nível do ensino superior.

A ideia inicial assentava na criação de uma Escola Politécnica, porquepensávamos que seria, de facto, a estrutura que mais se ajustaria às necessidadesde formação, ajustando as ofertas às potencialidades regionais. No fundo, a ideia eracriar uma unidade orgânica com dinamismo, que pudesse contribuir para ajudar aimpulsionar e a desenvolver a região nas áreas identificadas como carenciadas eestruturantes. A ideia do Governo da altura não foi essa e a proposta foi a da criaçãoda actual escola ou nada, desafio a que o ISPV soubedar a resposta que a região aguardava. Pena que istonunca tenha sido entendido nesta perspectiva mas...

O desafio, basicamente, foi esse.Dentro do possível as coisas foram correndo

mais ou menos conforme a estratégia planeada, emborasempre com muitos condicionalismos, algunsconstrangimentos e as sempre desnecessárias coisasque à bela maneira portuguesa sempre acontecem...Exemplos poderia dar vários, mas por razões de éticaapenas centro nos realmente importantes e que vão desdeo não financiamento, passando pela instabilidade de duasmudanças governativas e pela redefinição de toda apolítica porque passa o Ensino Superior, assim como adesvantagem em relação às universidades no queconcerne à criação de novos cursos apesar de se dizerque as regras são as mesmas. É evidente que nestas coisas há sempre algumasdificuldades e muitas limitações. No entanto, desde o princípio, procurámos incutirnas pessoas um espírito de equipa forte, fazendo sentir-lhes que este projecto só épossível com eles. Este sentimento, quando assimilado, é meio caminho andadopara superar as dificuldades que nos vão surgindo. Isso julgo que foi conseguido.Tenho a sorte de trabalhar com uma equipa óptima, envolvendo os alunos e quepassando pelos funcionários, pelos nossos docentes e ainda por aqueles que connoscocolaboram, tem sido determinante para que a escola se afirme. É a eles, e só a eles,que tudo se deve.

Estamos a funcionar há três anos, o que é de facto pouco, mas penso que

os pilares fundamentais para que a Instituição possa continuar, estão criados. Aodefinirmos um Projecto a 3 anos em que o objectivo era criar, implementar econsolidar, estamos neste momento na fase de consolidação. Só após este processoé possível redimensionar o projecto relançando-o para uma nova fase.

Depreende-se que o que tinha preconizado, quandoaceitou o desafio que lhe foi endossado, está cumprido, pelo menosaté esta fase. E agora, ESTGL?

Entre aquilo que se idealiza e o possível há sempre algum desfasamento,há sempre situações que nos ultrapassam um pouco. A Escola nasceu do zeroabsoluto. Quando iniciou a sua actividade tinha apenas uma mesa e uma cadeira. Oque quer dizer que teve que ser tudo feito de início e em simultâneo. Desde asquestões mais burocráticas, até à criação e funcionamento dos cursos ou até às

obras no edifício da Escola. Este começar do zero, o terque fazer tudo, retira-nos tempo para pensar noutras coisastambém importantes.

Em termos, por exemplo, de ofertas formativasfizemos propostas para alargar algumas das área emfuncionamento e a criação de uma nova área, só que, oscondicionalismos enunciados, ao que se junta o espaçofísico de que dispomos, ou a falta dele, implicam umaconstante reflexão que tem que ser muito cuidada. Nestemomento continuam a funcionar os cursos de Gestão eInformática e o de Gestão Turística, além do recém-criadocurso de Engenharia Informática e Telecomunicações.Temos,também um Curso de Português para Emigrantes de Leste,em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia e aCâmara Municipal de Lamego; cursos vocacionados para

a formação de formadores em parceria com o Conservatório de Ciências e Tecnologiado Porto; e um curso de Nível IV na Área da Animação Turística com a Esprodourode S. João da Pesqueira. Estão para começar a funcionar outras parcerias com aEscola do NERVIR de Vila Real e com a Escola Profissional de Lamego.

A falta de espaço pode inviabilizar a abertura de novasopções formativas?

Neste momento a Escola está a funcionar com condições e é de enaltecero esforço do ISPV para que as obras levadas a cabo para isso contribuíssem. Há,no entanto, espaços muito específicos que têm de ser criados. O laboratório de

informática está em funcionamento, o de electrotecnia etelecomunicações está em fase experimental, mas temos carênciade outros laboratórios para outras áreas, designadamente paraalguns dos cursos propostos. Neste momento estão esgotadas assete salas de aulas disponíveis e para o próximo ano vão ser 10turmas. Quando os anos todos dos cursos existentes estiverem afuncionar vai ser problemático. Por isso, não podemos ser irrealistase criar cursos por criar. Hoje em dia é fundamental que haja condiçõese essas condições têm de ser antecipadamente asseguradas, paraque as coisas possam funcionar bem. Este é um aspecto a que anova Lei da Qualidade do Ensino Superior chama, e muito bem, àatenção.

O novo curso criado tem alguns traços deuma certa inovação a nível nacional. Não há muitoscursos similares em outros estabelecimentos de

ensino.

Sim! É verdade! O curso de Engenharia Informática e Telecomunicaçõesfoi criado numa perspectiva que transcende a dimensão regional já que nesta áreaapenas existem 2 cursos em funcionamento no país. Esta dimensão mais alargadapode ser constatada pela heterogeneidade da proveniência dos alunos e esta é umaaposta que tem de ser ganha. Mas esse alargamento verifica-se também na procurada melhor qualificação académica do seu corpo docente. Neste momento contamoscom colaborações valiosas de docentes da EST de Viseu, como também da UTADe no próximo ano essa colaboração deverá ser alargada também a Aveiro e Porto.

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Esta abertura é fundamental como forma de procurar qualificar o curso, princípiode que não abdicamos também em relação aos outros cursos.

Sinais do prestígio que a Escola atingiu.

Há hoje um conjunto de dados que apontam nesse sentido. Acolaboração inter-institucional em que docentes qualificados de outras instituiçõesde prestígio dão o seu nome colaborando connosco, a procura cada vez maiordas escolas profissionais para a celebração de protocolos para cursos de NívelIV, a parceria que se quer desenvolver com a Associação Comercial e Industrialde Lamego com vista à criação de um ninho de empresas, as actividades adesenvolver em conjunto com a Região de Turismo do Douro Sul, a integração daEscola na Associação de Desenvolvimento Regional (ADR) que junta as Câmaras,as Associações Comerciais e Industriais e os estabelecimentos de Ensino Superiorde Bragança, Vila Real, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, a colaboração como Conservatório de Ciência e Tecnologia do Porto, o pedido de estagiários e asofertas de estágios não serão um sinal desse reconhecimento? É curioso notarque a pouco e pouco se vai reconhecendo que a qualidade de ensino e daformação não está apenas ligada às Instituições com nome feito. Outras, maispequenas, e às vezes à nossa porta, desenvolvem um trabalho sério e rigorosopara credibilizarem e qualificarem as suas ofertas de formação.Julgo que actualmente a Escola é já merecedora de respeito,o que advém fundamentalmente da credibilidade com que seprocura afirmar.

Há então um espaço, com uma grandemargem de progressão, que a Escola pode ocupar,não somente circunscrito a Lamego e à região,mas à própria escala nacional.

Sim! Sim! Há aqui uma grande capacidade deatracção relacionada com o Douro Património Mundial e comas potencialidades que a marca Douro pode vir a ter no futuro.A aposta no ensino é uma aposta fundamental, e estáintimamente ligada ao desenvolvimento de uma região.Conhecer Vila Real antes da UTAD e conhecer Vila Realdepois da UTAD, ou Viseu antes do Politécnico ou depois sãoduas situações completamente antagónicas. Quer dizer que o elemento dinamizadordo ensino é fundamental para o desenvolvimento não só local, mas mais importanteainda para o desenvolvimento regional, e por essa via do próprio país. O que nosparece importante é que, em parceria com os diversos agentes de desenvolvimento,se defina um plano estratégico em que de uma forma clara se perspectivem osprincipais eixos de desenvolvimento em que se deve apostar a médio e longoprazo. Dessa forma, e só dessa forma, se pode modificar o cenário de proliferaçãode formações, vocacionando-as e pondo-as ao serviço daquilo que nos parecefundamental – qualificar e requalificar os recursos humanos ajustando-os às reaisnecessidades de uma política de desenvolvimento sustentado. Nesta perspectivatemos algumas ideias e algum trabalho desenvolvido, que esperamos discutircom todos os que queiram discuti-las connosco.

Os cursos tecnológicos pós secundários podem vir aconstituir segmento importante na oferta formativa dasinstituições de ensino superior. A ESTGLamego também vaiapostar nessa vertente?

Embora existam “teoricamente” diferentes vias de acesso ao ensinosuperior, o que deverá ser reflectido é o que de facto se passa com os cursostecnológicos do ensino secundário, com os cursos de nível III, e com o que sepoderá vir a passar com os cursos de nível IV. De facto, estes cursos podem vira ser uma via importante nesse acesso, mas para que isso seja viável, éfundamental pensar os moldes em que esses cursos devem funcionar, ondedevem funcionar e definir bem o que podem esses alunos fazer após obterem ocertificado, de forma a assegurar-lhes de facto, e se assim o entenderem, oprosseguimento dos estudos no ensino superior. A ideia de fundo social europeu,parece-me preocupante face a experiências recentes e a forma como o ensinosuperior, designadamente o politécnico, está a olhar para estes cursos ainda me

preocupa mais. Estamos a falar de formação e qualificação de técnicos médio/superiores,precisamente o sector em que o país está mais carenciado e em que é menos competitivo,designadamente com o alargamento a Leste. Penso que esta poderá ser, a par dasformações já existentes, um importante alargamento das nossas ofertas. Neste momentotemos perspectivados alguns cursos fundamentados num estudo de mercado prévio,mas que queremos discutir de uma forma alargada com diversos parceiros.

O seu receio é que estes cursos de nível quatro, emboraconstituam uma boa ideia, não tenham ainda enquadramento definido.

Penso que para terem o sucesso que se pretende devem ser muito bempensados. A legislação não pode ir saindo sem ponderação e não se devem transformarnuma corrida para ver quem chega primeiro. Devem ser bem ponderadas ascompetências do Ministério da Economia, Ministério da Educação e do Ministério daCiência e do Ensino Superior; devem ser criadas comissões de acompanhamento e deavaliação, as formas e modalidades de acesso, enfim, penso que ainda há muita coisaa ponderar. Este projecto não pode ser visto meramente como um meio de algumasEscolas Profissionais sobreviverem e as instituições de ensino superior captaremalunos. Há uma questão humana inerente ao aluno a quem não se podem criar falsasilusões e expectativas, um investimento financeiro a fazer e uma qualificação a reconhecer.

O enquadramento deste projecto tem de ficar cabalmente esclarecido,para que não seja mais um fracasso. É nessa perspectiva queacho que devemos trabalhar.

Como definiria a importância que a Escola tempara a região e para o seu desenvolvimento sustentado?

A sociedade portuguesa tem um grande problema, encara ofuturo numa perspectiva imediata. Falta-nos alguma visão eplaneamento estratégico, uma dinâmica avaliativa permanente esentido de inovação. É fundamental apostar em dinâmicas de trabalhoem rede, estabelecer parcerias inter-institucionais nos diversossectores, de forma a conseguirmos, em conjunto, identificarproblemas, definir prioridades, estabelecer objectivos e construiruma estratégia, projectando as grandes áreas de investimento acurto, médio e longo prazo. Normalmente o que acontece é irmosum pouco atrás das coisas, ou de modas, ou do politicamente

correcto, mas cada qual puxando para seu lado. É fundamental que haja uma colaboraçãoestratégica entre todos os agentes envolvidos. Este diálogo tem que existir entreadministração central, poder local, associações de comerciantes e industriais, asinstituições de ensino, no fundo todas as forças vivas. É em conjunto, em sintonia, quese devem concertar estratégias que vão ao encontro das necessidades regionais.

É assim que queremos estar, de forma a que as ofertas de formaçãopossam ir ao encontro dessas prioridades, identificando as áreas de formaçãocarenciadas, aquelas em que é necessário fazer requalificação, e estabelecer programasde formação contínua em que fundamentalmente se aposte no bem mais precioso dequalquer país – o conhecimento. A nossa importância poderá ser a de contribuirmospara que ao nível da formação e qualificação exista uma sintonia estratégica de quebeneficiem as pessoas e, por essa via, a região e o país.

A Declaração de Bolonha está a chegar. O trágico destinoportuguês de deixar tudo para o fim pode redundar num sério prejuízodo nosso ensino superior. Em que patamar se encontra este processona ESTGL?

Julgo que globalmente o país está sensibilizado para esta reforma. Nãoestamos é muito sensibilizados para mudar as coisas. Temos tendência a esquecermo-nos que o tempo passa rapidamente. A Declaração de Bolonha não foi feita ontem, nemo ano passado, nem há dois anos atrás. É um projecto que merece cuidado, atenção etempo. O teor do documento é já genericamente conhecido e parece-me consensual,designadamente no aspecto em que todos sentimos que algo tem que mudar. É umdesafio em que estamos empenhados em trabalhar já que vai implicar redefinição,transformação e ajustamento a um figurino de ensino superior diferente do que estamoshabituados e marcado por uma filosofia que, de uma vez por todas, deixa de estarcentrada na instituição para adquirir uma dimensão inter-institucional e mesmo trans-institucional. Vivemos num mundo cada vez mais globalizado e as novas gerações

continua na página 36

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18 de Abril de 2002 – LUÍS FERNANDES RODRIGUES

DOUTORAMENTO EM FINANÇASDOUTORAMENTO EM FINANÇASDOUTORAMENTO EM FINANÇASDOUTORAMENTO EM FINANÇASDOUTORAMENTO EM FINANÇASEMPRESARIAISEMPRESARIAISEMPRESARIAISEMPRESARIAISEMPRESARIAIS

INSTITUIÇÃO – Universidade de SalamancaDISSERTAÇÃO – Os Determinantes dos Custos deInsolvência Financeira

JÚRI:Dr. D. Juan Antonio Maroto Acín (Universidad Complutensede Madrid)Dr. D.ª Ana Isabel Fernández Álvarez (Universidad de Oviedo)Dr. D. Valentín Azofra Penenzuela (Universidad de Valladolid)Dr. D. Máximo Fernando Bolado (Universidad de Valencia)Dr. D. Alberto de Miguel Hidalgo (Universidad de Salamanca)

24 de Junho de 2002 – LUÍSA PAULA GONÇALVES OLIVEIRA VALENTE DA CRUZ

DOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS EDOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS EDOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS EDOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS EDOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS EENGENHARIA DOS MAENGENHARIA DOS MAENGENHARIA DOS MAENGENHARIA DOS MAENGENHARIA DOS MATERIAISTERIAISTERIAISTERIAISTERIAIS

INSTITUIÇÃO – Universidade de AveiroDISSERTAÇÃO – Novos Materiais Dieléctricos com Estruturado Tipo Pirocloro

JÚRI:Doutor Dinis Gomes de Magalhães dos Santos (Universidadede Aveiro)Doutora Maria de Deus Corceiro de Carvalho (Faculdade deCiências da Universidade de Lisboa)Doutor João Carlos Matias Celestino Gomes da Rocha(Universidade de Aveiro)Doutor Jean-Michel Savariault (Investigador Charge deRecherche do CNRS, CEMES-CNRS Toulouse)Doutora Paula Maria Lousada Silveirinha Vilarinho(Universidade de Aveiro)Doutora Ana Maria Bastos da Costa Segadães (Universidadede Aveiro)

OS MAIS RECENTES DOUTORAMENTOS

13 de Janeiro de 2003 – ROMEU ANTÓNIO VIDEIRA

DOUTORAMENTO EM BIOQUÍMICADOUTORAMENTO EM BIOQUÍMICADOUTORAMENTO EM BIOQUÍMICADOUTORAMENTO EM BIOQUÍMICADOUTORAMENTO EM BIOQUÍMICA(Especialidade - - - - - EM TOXICOLOGIA BIOQUÍMICA)

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade de CoimbraDISSERTAÇÃO – Mecanismos de Toxicidade de Insecticidas

JÚRI :Prof. Doutor Vítor Manuel Calado Madeira (Universidade deCoimbra)Doutor Manuel José Esteves Prieto (Instituto Superior Técnicoda Universidade Técnica de Lisboa)Doutora Leonor Martins Almeida (Faculdade de Farmácia daUniversidade de Coimbra)Doutor Manuel Calado Madeira (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade de Coimbra)Doutor Winchil Luís Cláudio Vaz (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade de Coimbra)Doutor Luís Manuel Oliveira Martinho do Rosário (Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade de Coimbra)Doutora Maria do Carmo Antunes Madeira (Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade de Coimbra)

5 de Fevereiro de 2003 – FERNANDO BALTAZAR MOREIRA DUARTE

DOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICA

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Engenharia da Universidade doPortoDISSERTAÇÃO – Análise de Robots Redundantes

JÚRI:Prof. Jorge Leite Martins de Carvalho (Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto)Prof. José Fernando Alves da Silva (Instituto Superior Técnicoda Universidade Técnica de Lisboa)Prof. José Manuel Gutierrez Sá da Costa (Instituto SuperiorTécnico da Universidade Técnica de Lisboa )Profª. Maria do Rosário Marques Fernandes Teixeira de Pinho(Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto)Prof. José António Tenreiro Machado (ISEP - Instituto Superiorde Engenharia do Porto)Prof. Fernando Gomes de Almeida (Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto)Prof. Fernando Lobo Pereira (Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto)

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

têm de ser informadas, formadas e educadas para uma realidade completamentediferente da nossa. Este é talvez o maior desafio por que vai passar o EnsinoSuperior em Portugal, e para o qual estamos atentos e a trabalhar quer nosaspectos da mobilidade de docentes e alunos, quer no ECTS (European CreditTransfer System – Sistema Europeu de Transferência de Créditos), quer noutrasvertentes para que o tratado aponta.

Continuação da página 35

Gostaria de acrescentar, e para concluir, uma pequena nota. Se esta escola é uma realidade é de enaltecer todo o empenho, dedicação e esforço do Presidentedo Instituto Superior Politécnico de Viseu, Prof. Doutor João Pedro Barros, e de todos os que no ISPV ou na ESTGL a vão ajudando a crescer e a afirmar-se.

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14 de Fevereiro de 2003 – JOAQUIM DUARTE BARROCA DELGADO

DOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIADOUTORAMENTO EM ENGENHARIAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICAELECTROTÉCNICA (Especialidade -SISTEMAS

DE ENERGIA)

INSTITUIÇÃO – Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade de CoimbraDISSERTAÇÃO – Gestão da Qualidade Total Aplicada ao Sectordo Fornecimento da Energia Eléctrica

JÚRI:Prof. Doutor Fernando Jorge Rama Seabra Santos (Universidadede Coimbra)Doutor João Esteves Santana (Instituto Superior Técnico daUniversidade Técnica de Lisboa)Doutor Rui Manuel Soucasaux Meneses e Sousa (UniversidadeCatólica Portuguesa)Doutor Aníbal Traça de Almeida (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade de Coimbra)Doutor Eduardo de Sousa Saraiva (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade de Coimbra)Doutor Luís António Serralva Vieira de Sá (Faculdade deCiências e Tecnologia da Universidade de Coimbra).Doutor Pedro Manuel Saraiva (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade de Coimbra)Doutor Humberto Manuel Matos Jorge (Faculdade de Ciências eTecnologia da Universidade Coimbra)

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIAESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA

17 de Dezembro de 2002 – HELENA MARIA VALA CORREIA

DOUTORAMENTO EM CIÊNCIASDOUTORAMENTO EM CIÊNCIASDOUTORAMENTO EM CIÊNCIASDOUTORAMENTO EM CIÊNCIASDOUTORAMENTO EM CIÊNCIASVETERINÁRIASVETERINÁRIASVETERINÁRIASVETERINÁRIASVETERINÁRIAS

INSTITUIÇÃO – Universidade de Trás-os-Montes e Alto DouroDISSERTAÇÃO – Estudo histológico e imunohistoquímico daepiderme, mucosas e carcinomas de células escamosas dasespécies de interesse pecuário

JÚRI:Prof. Doutor Jorge Azevedo (Universidade de Trás-os-Montes eAlto Douro)Prof. Doutor Lluis Ferrer i Caubet (Universidade Autónoma deBarcelona)Prof.ª Doutora Dolores Fondevila (Universidade Autónoma deBarcelona)Prof.ª Doutora Conceição Peleteiro (Faculdade de Veterinária deLisboa)Prof.ª Doutora Fátima Gardner (Faculdade de Veterinária doPorto)Prof. Doutor José Potes (Faculdade Veterinária de Évora)Prof.ª Doutora Maria dos Anjos Pires (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)Prof.ª Doutora Anabela Alves (Universidade de Trás-os-Montese Alto Douro)

24 de Fevereiro de 2003 – DULCINEIA MARIA DE SOUSA FERREIRA

DOUTORAMENTO EM QUÍMICADOUTORAMENTO EM QUÍMICADOUTORAMENTO EM QUÍMICADOUTORAMENTO EM QUÍMICADOUTORAMENTO EM QUÍMICA

INSTITUIÇÃO – Universidade de AveiroDISSERTAÇÃO – Estudo das transformações bioquímicas equímicas da pêra de S. Bartolomeu durante o processo desecagem – recurso endógeno da região de Viseu

JÚRI:Doutor Manuel Carlos Serrano Pinto (Universidade de Aveiro)Doutor Artur Manuel Soares da Silva (Universidade de Aveiro)Doutor José Manuel Abecassis Empis (Instituto SuperiorTécnico da Universidade Técnica de Lisboa)Doutora Ivonne Delgadillo Giraldo (Universidade de Aveiro)Doutor Manuel António Coimbra Rodrigues da Silva(Universidade de Aveiro)Doutora Catherine Renard (Chargée dês Recherches, HDR,Institute National de la Recherches Agronomique, Station deRecherches Cidricoles – Biotransformation des Fruits etLégumes, INRA, Le Rheu, France)Doutora Maria da Conceição Lopes Vieira Santos (Universidadede Aveiro)Doutor José António Teixeira Lopes da Silva (Universidade deAveiro)

numa ideia de complementaridade daquilo que já existe. Não faz sentido queo mesmo Estado vá duplicar investimentos na região, ou seja, se já existe,embora noutro Ministério, um espaço com determinadas competênciastécnicas e científicas em determinadas áreas agrícolas, não faz sentido quea Escola Agrária vá duplicar essas competências. Faz sentido, sim, que aEscola Agrária olhe para a região, veja o que existe e que identifique o quenão existe. Para além da rede nacional de ensino superior, a Escola Agráriatem de pensar na sua rede regional, ou seja, tem que procurar dentro daregião outras instituições com quem possa criar parcerias. Neste momentoestamos a trabalhar muito fortemente numa parceria com a Direcção Regionalde Agricultura, que é uma das instituições que tem grande capacidade técnicae científica. É nesta perspectiva que a Quinta da Alagoa se tem de inserir.Não faz sentido que a Quinta da Alagoa invista em infra-estruturas queexistem numa estação agrária, em Nelas ou em Tondela.

A vinha e o vinho, a produção de fruta, nomeadamente pomares;os ovinos, caprinos e bovinos de cá, porque na nossa região tambémexistem (e a parte das indústrias que lhes estão associadas, como atransformação de carnes e o leite); a área das florestas. São estas asvertentes eleitas por nós como as prioritárias, e é nestas vertentes queestamos a investir.

Para terminar, gostaria de fazer um apelo. Polistécnica é lida,digamos, por todos os funcionários do Instituto e portanto eu gostava, atravésdeste meio, de lhes endossar um convite – visitem a Quinta da Alagoa. AQuinta está aberta a todos. À cidade também. O apelo é extensível a todosos leitores da Polistécnica. Quando quiserem venham à Quinta da Alagoa.

Continuação da página 33

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O evento decorreu, um pouco por todo o país, de 24 a 30 de

Novembro de 2002. A Escola Superior de Educação de Viseu, através da

Área Científica de Ciências da Natureza, também aderiu à iniciativa, tendo

sido exibidos inúmeros filmes científicos, entre os dias 25 e 29 do referido mês.

TTTTTeleciência 2002 – IV Feleciência 2002 – IV Feleciência 2002 – IV Feleciência 2002 – IV Feleciência 2002 – IV Festivestivestivestivestival Internacionalal Internacionalal Internacionalal Internacionalal Internacionaldo Filme Científicodo Filme Científicodo Filme Científicodo Filme Científicodo Filme Científico

Ciclo de Conferências deCiclo de Conferências deCiclo de Conferências deCiclo de Conferências deCiclo de Conferências deEstudos de CulEstudos de CulEstudos de CulEstudos de CulEstudos de Culturturturturtura ea ea ea ea e

ComunicaçãoComunicaçãoComunicaçãoComunicaçãoComunicação

A Área Científica de Inglês da Escola Superior de Educaçãolevou a efeito, no passado dia 31 de Janeiro, pelas 11:00H, no AuditórioManuel Albuquerque, a Conferência “Globalização e Cultura”, com apresença do Prof. Manuel Frias Martins, da Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa.

Esta comunicação faz parte de um ciclo de conferências noâmbito dos estudos de cultura e comunicação, destinado a todos osinteressados nesta temática.

No dia 8 de Abril realizou-se a segunda conferência, com aparticipação da Prof.ª Doutora Gillian Moreira, da Universidade de Aveiro,subordinada ao tema “Línguas, Cidadania e Interculturalidade”.

SeminárioSeminárioSeminárioSeminárioSeminárioCão - Homem:Cão - Homem:Cão - Homem:Cão - Homem:Cão - Homem:

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serviço da saúdeserviço da saúdeserviço da saúdeserviço da saúdeserviço da saúde

No passado dia 27 de Janeiro de2003, a Ânimas - Associação Portuguesa para a Intervenção com Animais deAjuda Social - promoveu um seminário subordinado ao tema “Cão - Homem:uma relação ao serviço da saúde”. A iniciativa decorreu no Auditório ProfessorManuel Albuquerque com o objectivo de sensibilizar os técnicos de saúde eo público em geral para a utilidade dos cães de assistência.

Este evento teve a colaboração da Escola Superior de Educação,e da Doutora Ana Maria Oliveira, em particular, como sócia-fundadora daassociação e membro dos Corpos Sociais.

3º Colóquio “Pedro Nunes: Novos Saberes na Rot3º Colóquio “Pedro Nunes: Novos Saberes na Rot3º Colóquio “Pedro Nunes: Novos Saberes na Rot3º Colóquio “Pedro Nunes: Novos Saberes na Rot3º Colóquio “Pedro Nunes: Novos Saberes na Rota do Fa do Fa do Fa do Fa do Futuro”.uturo”.uturo”.uturo”.uturo”.

Na semana de 25 a 29 de Novembro, do passado ano de 2002, realizou-se, naEscola Naval do Alfeite, em Almada, o 3º Colóquio para alunos do ensino superior, intitulado“Pedro Nunes: Novos Saberes na Rota do Futuro”.

Participaram neste colóquio os alunos: Alexandra Nunes, Ana Pereira, Ana Reto,Ana Gonçalves, Eva Neves, Filipe Araújo, Juliana Alves, Lília Neves, Nuno Coimbra, NunoMota, Raquel Neves, Regina Neves e Sandrina Rodrigues, do Curso de Professores do 2ºCiclo, Variante de Matemática e Ciências, da ESE, sob a orientação da professora tutoraDra. Cláudia Vasconcelos; tendo apresentado os seguintes trabalhos: “Pedro Nunes: Inventorde Instrumentos Náuticos e de Construções Gráficas”, “A Cartografia”, “Vida, Contributo eReconhecimento de Pedro Nunes”, “Nónio, O Crepúsculo da Navegação” e “Aprender aEnsinar com Pedro Nunes”.

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A semana decorreu com a apresentação dos diversostrabalhos, palestras, mesas redondas, programas sociais e visitas deestudo, essencialmente.

Durante esta semana, foi fomentado um salutar convívio entreos alunos das diversas instituições nacionais e estrangeiras, que serevelou muito enriquecedor. Permitiu, também, o alargamento dos nossosconhecimentos acerca da vida e obra de tão ilustre nome da história dePortugal, o contacto com diferentes culturas e métodos de ensino e oenriquecimento da nossa experiência pessoal e profissional enquantooradores.

A todos os nossos colegas que de alguma forma incentivarame se mostraram disponíveis para nos ajudarem neste projecto os nossossinceros agradecimentos.

Projecto “Pedro Nunes o Ser eProjecto “Pedro Nunes o Ser eProjecto “Pedro Nunes o Ser eProjecto “Pedro Nunes o Ser eProjecto “Pedro Nunes o Ser eo Saber”o Saber”o Saber”o Saber”o Saber”

Vimos, uma vez mais, partilhar convosco a vivência de umanova etapa do Projecto “Pedro Nunes o Ser e o Saber”, que nós, alunosdo 4º ano de Matemática e Ciências da Natureza, da Escola Superior deEducação de Viseu, desenvolvemos juntamente com a professora Dra.Cláudia Vasconcelos.

No dia 13 de janeiro de 2003, partimos, às 6:00h, rumo aLisboa. Ainda estava de noite, mas todos estávamos radiantes, ansiosose bastante agitados.

A emoção era grande, finalmente havia chegado o dia desermos premiados pela nossa participação neste projecto.

Ao chegar a Lisboa fomos recebidos no Museu da Marinha,local onde decorreram diversas actividades, nas quais tivemos o privilégiode participar.

Visitámos o Museu, no qual observámos objectos associadosàs navegações da época em que Pedro Nunes foi Cosmógrafo-Mor doReino, seguindo-se uma sessão no Planetário Calouste Gulbenkian,onde se podem compreender aspectos da astronomia bastante importantespara a navegação quatrocentista e quinhentista.

No fim da manhã surgiu o momento tão desejado por nós, acerimónia de entrega dos prémios. Estavam presentes todos osparticipantes dos projectos aprovados, bem como algumasindividualidades, entre as quais o Comandante da Escola Naval, a Sra.Directora do Instituto de Inovação Educacional (que em conjunto com oMinistério da Educação promoveu este concurso) e ainda, como nãopoderia deixar de ser, o Senhor Ministro da Educação, Dr. David Justino.

Na parte da tarde ainda tivemos oportunidade de visitar acaravela “Vera Cruz”, uma réplica das caravelas do século XV.

Por fim, já cansados, mas mais ricos culturalmente, regressámosa Viseu, calmos e tranquilos e a pensar sobre o que realmente ficou detudo isto.

Foi sem dúvida uma grande oportunidade, que permitiuconhecer, estudar e participar em inúmeras actividades que contribuírampara o alargar dos nossos conhecimentos, ao nível da Matemática, mas,também, ao nível da História, Língua Portuguesa, Geografia, Teatro.

O nosso trabalho ficará, estamos certos, também para a história!

Alunos dos 3º e 4º anos do curso de Matemáticae Ciências da Natureza da ESEV

Acção de FAcção de FAcção de FAcção de FAcção de Formação “Un pormação “Un pormação “Un pormação “Un pormação “Un paaaaaysysysysys‘p‘p‘p‘p‘parfarfarfarfarfait’: lait’: lait’: lait’: lait’: la Suisse et les Alpes”a Suisse et les Alpes”a Suisse et les Alpes”a Suisse et les Alpes”a Suisse et les Alpes”

No âmbito da Semana da Francofonia e da Semana Cultural daEscola Superior de Educação de Viseu, a Área Científica de Francês promoveuuma acção de formação “Un pays ‘parfait’: la Suisse et les Alpes”, destinadaaos alunos da Licenciatura de Português / Francês no dia 25 de Março e aopúblico em geral no dia 26. As actividades realizaram-se no Auditório ManuelAlbuquerque da Escola Superior de Educação de Viseu. A língua decomunicação foi o Francês.

O sociólogo Bernard Crettaz apresentou a sua pátria, a Suíça, einterpelou os participantes levando-os a abstraírem-se de preconceitos eestereótipos relativos a esse país e a reflectir sobre a crise da identidadesuíça. Para tal, o professor da Universidade de Genébra e Conservador doMuseu de Etnografia da mesma cidade conduziu a assistência numa viagempelo tempo – através de tradições, contos, lendas, mitos e eventos históricos– e pelo espaço – desde as altas montanhas dos Alpes às mais modernascidades suíças. Foi a descoberta de um ‘verdadeiro-falso’ país ‘perfeito’ nasua diversidade e actualidade.

Nas actividades realizadas paralelamente a este evento foramprojectados filmes sobre a Suíça e esteve patente na Biblioteca da E.S.E.V.durante toda a semana da Francofonia e Semana Cultural uma exposição delivros com algumas obras da literatura helvética, da francofonia e doconferencista.

O debate constante e as intervenções posteriores dos participantesrevelam o êxito desta iniciativa que contou com o apoio de várias instituições.

O Conto no Acto EducaO Conto no Acto EducaO Conto no Acto EducaO Conto no Acto EducaO Conto no Acto Educativotivotivotivotivo

No âmbito das actividades agendadas pela Área Científicade Francês para o ano lectivo de 2002/03, no dia 8 de Maio, oscontadores franceses – Armelle Raillon e Henri Cazaux – animaramactividades lúdicas com base no conto, acompanhados dos seusinstrumentos musicais, nas escolas de Figueiró, de Silgueiros e doViso.

No dia 9, os contadores supracitados dinamizaram duasacções de formação sobre o papel do conto no acto pedagógico. Demanhã, os estudantes da Licenciatura de P.E.B. (2º ciclo), da variantede Português / Francês tomaram conhecimento de muitas e variadasestratégias para a utilização do conto na leccionação do FrancêsLíngua Estrangeira. Da parte da tarde, Armelle Raillon e Henri Cazauxpropuseram aos professores, e futuros professores, dos diversosníveis de ensino e de variados domínios científicos, e à comunidadeem geral, a acção de formação intitulada “Rôle du conte dans l’actepédagogique éducatif en FLE”. Os objectivos destas acções eramsensibilizar para a importância do conto no acto educativo,exemplificar as riquezas do conto, explorar as diversas técnicas deescrita criativa, analisar exemplos práticos e outras aplicações,objectivos esses que foram largamente atingidos pela metodologiaexpositiva, interactiva e pelos ateliers propostos.

Área Científica de Francês

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X Aniversário do Curso de Engenharia CivilX Aniversário do Curso de Engenharia CivilX Aniversário do Curso de Engenharia CivilX Aniversário do Curso de Engenharia CivilX Aniversário do Curso de Engenharia Civil

Decorreram durante este ano lectivo as comemorações do X Aniversário do Curso de Engenharia Civil da EscolaSuperior de Tecnologia do Instituto Superior Politécnico de Viseu.

Para assinalar a efeméride o Departamento de Engenharia Civil (DEC) levou a efeito um ambicioso ciclo de conferências,com início em Novembro de 2002 (a Sessão Solene de Abertura ocorreu a 23 de Outubro) e encerramento em Julho de 2003.

O curso de bacharelato em Engenharia Civil começou a ser leccionado no ano lectivo de 1993/94. Os seus primeirosdiplomados foram colocados no mercado de trabalho no ano de 1997.

Na próxima edição de Polistécnica, “Em Foco” as comemorações do X Aniversário do Curso de Engenharia Civil.

2.º Ciclo Anual de Conferências do2.º Ciclo Anual de Conferências do2.º Ciclo Anual de Conferências do2.º Ciclo Anual de Conferências do2.º Ciclo Anual de Conferências doDepDepDepDepDepartartartartartamento de Ambienteamento de Ambienteamento de Ambienteamento de Ambienteamento de Ambiente

O Departamento de Ambiente da Escola Superior de Tecnologiado Instituto Superior Politécnico de Viseu levou a efeito o Ciclo Anual deConferências, este ano na sua segunda edição.

A cerimónia de Abertura teve lugar no dia 23 de Outubro.Do programa constaram diversas conferências, realizadas durante

todo o ano lectivo, que tiveram como prelectores alguns dos mais proeminentesnomes das temáticas abordadas. As conferências foram: “Conservação daNatureza e Espécies Ameaçadas” (23 de Outubro), “Que Marcadores usarna Avaliação da Toxicidade Induzida em Plantas por Metais Pesados” (30 deOutubro), “Tendências Actuais das Inspecções Ambientais na ComunidadeEuropeia” (20 de Novembro), “Desnitrificação de Efluentes Industriais emZonas Húmidas Construídas” (27 de Novembro), “O Impacto Humano e aRecuperação da Qualidade Ambiental no Estuário do Mondego” (22 deJaneiro), “Metais em Águas Superficiais” (19 de Março), “A Dinâmica doCarbono e do Azoto durante a Compostagem de Resíduos Orgânicos” (2 deAbril), “Stress Ambiental: Dioxigénio – uma Molécula Paradigmática” (7 deMaio), “Gestão Ambiental de Fontes de Poluição Difusa: As Águas deEscorrência de Estradas” (21 de Maio) e “Biodiversidade, Sobrevivência naAldeia Global” (5 de Junho). Esta última encerrou este 2º ciclo de conferências.Realizada no Dia Mundial do Ambiente, na sessão de encerramento foi aindaprestada homenagem ao Professor Coordenador, José Rodrigues Correiade Oliveira, recentemente aposentado.

O Curso de Turismo tem vindo a evidenciar-se pelas inúmerassolicitações que tem sido alvo sempre que se realizam eventos de grandeenvergadura no distrito de Viseu. Um indício inequívoco doreconhecimento comunitário da excelência destes futuros profissionais edo seu corpo docente.

Os eventos mais mediatizados de Viseu do ano corrente tiveramo toque sublime do Curso de Turismo. O Mundial de Andebol de 2003,porventura a mais importante competição desportiva até hoje disputadano distrito, deve uma quota parte significativa do seu sucesso aos maisde 60 alunos (de todos os anos) do curso, que recepcionaram eacompanharam comitivas, comunicação social e público em geral.

A imagem de uma cidade moderna, multilingue, preparadapara grandes acontecimentos tem no Curso de Turismo umaindispensável parceria. Outra grande realização desportiva, oCampeonato da Europa de Futebol de Sub – 17, confirmou todos essesatributos. A elaboração da revista do Europeu; a recepção,acompanhamento e comunicação com os media e as comitivas; aanimação dos estádios; entre outras tarefas de relações públicas,constituíram contributo decisivo para o sucesso organizativo desta provae para os encómios generalizados de todos, UEFA e ComunicaçãoSocial incluídos.

Os cerca de 40 alunos do 3.º ano do curso estão também elesde parabéns.

Mas a crescente indispensabilidade da colaboração do cursonão se circunscreve às grandes realizações desportivas. Colóquios,seminários, conferências, grandes eventos culturais, fazem também partedo âmbito difuso de intervenção destes profissionais multifacetados. Comoexemplo significativo, o espectáculo Amália (Abril), o momento culturaldo ano em Viseu, contou com a colaboração prestimosa de cerca de 40alunos dos 2.º e 3.º anos do Curso de Turismo, que desempenharamfunções de recepção e acompanhamento de espectadores ecomunicação Social.

Actualmente, todos os acontecimentos relevantes ocorridosem Viseu não dispensam esta parceria cada vez mais incontornável.

Curso de TurismoCurso de TurismoCurso de TurismoCurso de TurismoCurso de TurismoUma pUma pUma pUma pUma parceria comunitáriaarceria comunitáriaarceria comunitáriaarceria comunitáriaarceria comunitária

incontornávelincontornávelincontornávelincontornávelincontornável

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I Semana deI Semana deI Semana deI Semana deI Semana deConferênciasConferênciasConferênciasConferênciasConferênciasde Mecânicade Mecânicade Mecânicade Mecânicade Mecânica

O Núcleo deAlunos de EngenhariaMecânica e GestãoIndustrial da EscolaSuperior de Tecnologia doInstituto Superior Politécnico de Viseu, com o apoio directo do respectivoDepartamento, levou a efeito, de 7 a 10 de Abril, a I Semana deConferências de Mecânica.

Composta de um vasto programa, onde se incluía umaexposição, conferências de enorme relevância (proferidas porespecialistas de reconhecido mérito) e um programa social recheado,esta I Semana foi, inequivocamente, um grande sucesso.

cTIC’2003cTIC’2003cTIC’2003cTIC’2003cTIC’2003Colóquio sobre Tecnologias de

Informação e Comunicação

Realizou-se, no passado dia 4 de Abril, a terceira conferênciadedicada às Tecnologias de Informação e Comunicação – cTIC2003,organizada pelo Departamento de Informáticae pelo Núcleo de Alunos de Engenharia deSistemas e Informática da Escola Superior deTecnologia de Viseu.

Na sessão de abertura participaramo Prof. Doutor João Pedro Antas de Barros,presidente do Instituto Politécnico de Viseu, oEng.º Fernando Sebastião, presidente doConselho Directivo da Escola Superior deTecnologia de Viseu, o Dr. Luís Simões,representante da Câmara Municipal de Viseu,o Eng.º Francisco Ferreira Francisco, directordo Departamento de Informática, o Eng.ºCarlos Quental, representante da ComissãoOrganizadora e o Sr. Manuel Carvalho, presidente do Núcleo de Alunosdo curso de Eng.ª de Sistemas e Informática.

O cTIC – Colóquio sobre Tecnologias de Informação eComunicação para o Desenvolvimento – agora na sua 3.ª edição,procurou, desde o primeiro momento, trazer às empresas e instituiçõesda região a mais actual e pertinente informação sobre as novastecnologias de informação e comunicação, tendo por objectivo ser oveículo por excelência de difusão de informação tecnológica e científicasobre esta temática, cada vez mais importante na vida organizativa dasempresas e instituições na região, no país e no mundo.

Continuando com os objectivos traçados e, tendo em conta operfil e a actualidade do tema, para este ano, a comissão do cTIC decidiuescolher o tema “Novos Desenvolvimentos para as PME: PerspectivasFuturas”, estando ciente de que iria agradar à população empresarialda região pela sua pertinência e adequação actual à realidade daspequenas e médias empresas da região. Destacamos os seguintesmomentos do evento:

Economia digital: ainda o e-business: Desenvolvimentode comércio electrónico e móvel, novos métodos de trabalho, tecnologiasde aprendizagem, gestão integrada das empresas, a gestão de

informação e interfaces são alguns dos desafios colocados às PME pelaemergência da nova Sociedade do Conhecimento. Em que consiste oprograma PME Digital? Como posso vir a usufruir, na prática, deste programa?Que devo fazer para me candidatar ao programa PME Digital? Palestraproferida pelo Dr. João Perdigoto, Coordenador do Gabinete de Inovação eTecnologia do IAPMEI

Apoios à internacionalização: Que apoios existem àinternacionalização dos meus produtos e serviços? Como posso, na prática,obter esse apoio? Palestra proferida pelo Dr. João Perdigoto, Coordenadordo Gabinete de Inovação e Tecnologia do IAPMEI.

Empreendedorismo e apoios à criação de empresas: Queapoios existem para a criação de empresas? Que passos devem ser seguidospara criar uma nova empresa? Como podem ser ultrapassadas as maisproblemáticas barreiras ao empreendedorismo? Exemplos deempreendedores online. Palestra proferida pelo Dr. José Fontes,Coordenador do Departamento de Relações Empresariais e Institucionaisda ANJE.

O tecido empresarial da região: Quais as características do tecidoempresarial da região no que toca às Tecnologias de Informação eComunicação? Em que patamar de informatização está o tecido empresarialda região? Estarei atrasado ou adiantado nesse sentido? Palestra proferidapelo Dr. Nuno Coelho, da Fiducial – Viseu.

Software de gestão para PME: Que soluções existem no mercadopara apoiar a gestão integrada da empresa? Como posso adquirir um softwarede gestão ao mesmo tempo standard e personalizado à realidade da minhaempresa? Que suporte existe para a resolução de eventuais dificuldades?Palestra proferida pelo Dr. Paulo Cruz, director da Unidade de Consultoria eIntegradores Primavera Software.

Soluções de redes de dados para PME:Como posso ligar a minha empresa à Internet? Quevantagens e encargos estão associados aos acessosde banda larga? Que soluções existem para PME?Como implementar a segurança na minha empresa?Palestra proferida pelo Engº. António Ferreira,Managing Director da Via Net.Works Portugal.

Mobilidade e colaboração: Como possotornar o meu negócio móvel? Que tecnologias podemsuportar a recolha móvel de informação e o acessomóvel à empresa? Tema pertinente sempre que osprocessos operacionais impliquem a mobilidade daspessoas intervenientes. Palestra proferida pelos Engº.sBruno Morais e Rui Lamy, da Oracle.

Segurança nas redes empresariais: Como posso proteger osmeus dados informáticos contra vírus e ataques pela rede? Que soluçõesexistem especificamente para PMEs? Palestra proferida pelo Engº. Rui Nunes,da Enterasys Networks.

Engenheiros Informáticos da ESTV: Que valências possuemos formados em Eng. de Sistemas e Informática, pela Escola Superior deTecnologia de Viseu? Qual tem sido o grau de competência e adaptabilidadeao mundo empresarial destes recém-licenciados? A palestra foi centrada nalonga experiência de colaboração da Loja do Cidadão com o Departamentode Informática da ESTV na colocação e acompanhamento de estagiários docurso de Engenharia de Sistemas e Informática, que aí desenvolveram váriasaplicações informáticas. Acrescente-se que estas aplicações estão agora aser migradas para outras Lojas do Cidadão.

Foi de todo interessante ouvir o que pensam os empregadores dosEngenheiros aqui formados, o que se pode esperar das competênciasadquiridas na sua formação e a mais valia que poderão levar às empresas.Palestra proferida pelo Engº Armando Carvalho, Gerente da Loja do Cidadãode Viseu.

Carlos Quental - José Campos - Departamento de Informática

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I Jornadas VI Jornadas VI Jornadas VI Jornadas VI Jornadas Vitícolitícolitícolitícolitícolas doas doas doas doas do

DãoDãoDãoDãoDão

Nos pretéritos dias 9, 10 e 11, a Aula Magnado Instituto Superior Politécnico de Viseu foi o palcodesta primeira edição das Jornadas Vitícolas do Dão.

Organizadas pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Escola SuperiorAgrária de Viseu e Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, as jornadastiveram como grande objectivo o aperfeiçoamento dos conhecimentos dosviticultores da região demarcada do Dão no domínio de novas tecnologias notratamento da vinha.

A competitividade e a qualidade foram a tónica dominante destasJornadas. O relançamento do programa VITIS, anunciado na sessão deabertura, para a região das Beiras é um dos meios para atingir essesobjectivos. O referido programa consiste no apoio a novas plantações e àreestruturação das vinhas existentes numa perspectiva clara de qualidade eaquisição competitiva. As comunicações, proferidas por alguns dos maisprestigiados investigadores nacionais, conhecedores profundos daespecificidade da região Demarcada do Dão, constituíram contributo importantepara a prossecução dos objectivos da organização.

O último dia foi preenchido com a visita a algumas das vinhas daregião e com a entronização da Confraria dos Enófilos do Dão. O jantar deencerramento contou com a participação do senhor Secretário de Estado daAgricultura e do Desenvolvimento Rural, Professor Bianchi de Aguiar.

Os números da Região Demarcada do Dão: 50 milhões de litrosproduzidos anualmente,20 mil hectares de área,20 mil viticultores.

Exposição:Exposição:Exposição:Exposição:Exposição:“Simetria – Jogo de“Simetria – Jogo de“Simetria – Jogo de“Simetria – Jogo de“Simetria – Jogo de

Espelhos”Espelhos”Espelhos”Espelhos”Espelhos”

A exposição interactiva de Matemática“Simetria – Jogo de Espelhos”, que estevepatente ao público entre os dias 13 e 28 de Março,permitiu abrir a Escola à comunidade educativae ao meio, contribuindo, desta forma, para a

divulgação da Matemática, mais especificamente junto aos alunos doensino secundário e ensino superior (principal público alvo).

Esta exposição é uma versão ligeiramente ampliada dapermanente existente no Departamento de Matemática – “ F. Enriques”,em Milão. A versão portuguesa foi realizada pela Associação Atractor.

3ª Residência de Estudantes3ª Residência de Estudantes3ª Residência de Estudantes3ª Residência de Estudantes3ª Residência de Estudantes

O serviço de alojamento do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu vai passar adisponibilizar três Residências de Estudantes já apartir do início do próximo ano lectivo. Concebidaspara serem bem mais do que simples dormitórios,as residências destinam-se, preferencialmente, aalunos bolseiros que apresentem candidatura. Têmcapacidade total para 320 camas, distribuídas por 132 quartos duplos e56 individuais e dispõem de casas de banho e lavandarias devidamenteapetrechadas com máquinas de lavar e secar, tanque e passagem aferro. As salas de convívio e estudo estão informatizadas. Possuem,ainda, cozinhas para confecção de pequenas refeições, equipadas commicro-ondas. Desta forma, é proporcionado aos alunos um certo ambientefamiliar. Todos os aposentos dispõem de aquecimento central, serviço delimpeza a zonas comuns e quartos e vigilância 24 horas por dia. Refira-se, ainda, a existência de quartos preparados para alunos comnecessidades especiais. Todos têm telefone e equipamento que possibilitaa instalação de computador e televisão. A partir de Setembro a novaresidência oferta mais 64 quartos com capacidade para 116 alunos.

Snack–Bar / Grill do CampusSnack–Bar / Grill do CampusSnack–Bar / Grill do CampusSnack–Bar / Grill do CampusSnack–Bar / Grill do CampusPolitécnicoPolitécnicoPolitécnicoPolitécnicoPolitécnico

Abriu no passado dia 2 de Junho à comunidade politécnica umnovo serviço de cafetaria e grill. Situado em local aprazível, junto aolago, em pleno coração do Campus, este novo espaço constitui maisuma valência ao dispor de alunos, professores e funcionários do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu.

Horário de Funcionamento: segunda a sexta-feira, entre as8:30 e as 22:00. Sábado, entre as 8:30 e as 13:00 horas.

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Dia da EscolDia da EscolDia da EscolDia da EscolDia da EscolaaaaaSemana ComemorSemana ComemorSemana ComemorSemana ComemorSemana Comemoraaaaativtivtivtivtivaaaaa

De 28 a 30 de Outubro de 2002 decorreu aSemana Comemorativa da Escola Superior deEnfermagem. Do programa constaram inúmerasactividades culturais e recreativas: conferências,

exposição de artesanato, feira do livro, rally paper, concursos, entre outras.

RemodelRemodelRemodelRemodelRemodelação e ampliação doação e ampliação doação e ampliação doação e ampliação doação e ampliação doedifício da ESEnf.edifício da ESEnf.edifício da ESEnf.edifício da ESEnf.edifício da ESEnf.

As obras de ampliação do edifício da Escola já estão concluídas. AEscola fica desta maneira dotada de mais salas de aulas e gabinetes, jáprontos a funcionar no início do próximo ano lectivo. Entretanto prosseguemas obras de remodelação.

FFFFFestestestestesta de homenagem ao Professora de homenagem ao Professora de homenagem ao Professora de homenagem ao Professora de homenagem ao ProfessorJosé Barroco CorreiaJosé Barroco CorreiaJosé Barroco CorreiaJosé Barroco CorreiaJosé Barroco Correia

No dia 22 de Novembro do ano transacto, o anterior Presidente doConselho Directivo da Escola Superior de Enfermagem, ProfessorCoordenador José Barroco Correia, foi alvo de uma sentida homenagem porparte da “sua” Escola de sempre.

ConferênciasConferênciasConferênciasConferênciasConferênciasA Escola Superior de Enfermagem levou a efeito um conjunto de

conferências, das quais destacamos: “Traumatismos Toráxicos” (30.01.03),“AVC – Intervenções Preventivas de Enfermagem” (10.02.03) e “Clonagem”(31.03.03).

DoutoramentosDoutoramentosDoutoramentosDoutoramentosDoutoramentosA Escola Superior de Enfermagem está de parabéns. Neste

momento encontram-se a frequentar doutoramento 11 docentes desta Escola.

NovNovNovNovNova Sala Sala Sala Sala Sala de Informáticaa de Informáticaa de Informáticaa de Informáticaa de InformáticaAbriu recentemente à comunidade da Escola a nova sala de

informática. Dotada de todo o equipamento informático indispensável àsexigências de um ensino superior competitivo, esta sala de 30 computadorestem capacidade para 60 alunos.

EscolEscolEscolEscolEscola propõe aa propõe aa propõe aa propõe aa propõe aabertura de doisabertura de doisabertura de doisabertura de doisabertura de dois

novos cursosnovos cursosnovos cursosnovos cursosnovos cursosA Escola Superior de Educação – Pólo

Educacional de Lamego propôs a criação de duasnovas licenciaturas bietápicas: Museologia eCiências do Desporto, variante Desporto de

Recreação.

“Encontro de Saberes”“Encontro de Saberes”“Encontro de Saberes”“Encontro de Saberes”“Encontro de Saberes”Um grupo de alunos do 2.º ano do Curso de Animação

Sociocultural da Escola Superior de Educação de Viseu – Pólo deLamego, levou a efeito, no passado dia 18 de Janeiro, este evento.Direccionado a uma faixa etária muitas vezes esquecida, os idosos, osorganizadores convidaram para este efeito todos os Lares e Centros deDia do concelho de Lamego. Esta iniciativa integrou-se no âmbito dadisciplina de Música, Movimento e Drama do referido curso.

Simpósio “Simpósio “Simpósio “Simpósio “Simpósio “Animação e TAnimação e TAnimação e TAnimação e TAnimação e TemposemposemposemposemposLivres - PerspectivLivres - PerspectivLivres - PerspectivLivres - PerspectivLivres - Perspectivas eas eas eas eas e

Intervenções”Intervenções”Intervenções”Intervenções”Intervenções”

Uma organização abrangente envolvendo a Área Científicade Educação Física da Escola Superior de Educação – Pólo de Lamego,os alunos do 4.º ano dos mesmos cursos e escola, a Escola Superior deEducação – Pólo de Lamego e a Escola Superior de Tecnologia eGestão de Lamego, levaram a efeito, em 21 e 22 de Fevereiro último, umsimpósio que versou, entre outros assuntos, a “Animação e tempos livresna região doo Douro Património da Humanidade”. Os ilustres palestrantes,Professor Doutor Vasconcelos Raposo, Professor Doutor FernandoRegateiro, Professor Doutor Augusto Santos Silva, contribuíram, com assuas comunicações, para um maior esclarecimento sobre esta temática.

Ciclo de TertúliasCiclo de TertúliasCiclo de TertúliasCiclo de TertúliasCiclo de Tertúlias

A Área Científica deEducação Física promoveudurante este ano lectivo umconjunto de tertúlias sobre atemática desportiva, bem comoum conjunto vasto de semináriosc i e n t í f i c o - p e d a g ó g i c o sabordando temas tãodiversificados como as lesões eprimeiros socorros, sexualidadena escola, nutrição, sida, entreoutros.

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Nos passados dias 17e 18 de Maio realizou-se nocircuito Paul Armagnac, emNogaro, França, a 19ª edição daShell eco-maratona de veículosamigos do ambiente. Nestacompetição internacional, oobjectivo é a construção deveículos que percorram o máximode quilómetros com apenas 1 litrode combustível. Qualquer um dos

250 veículos inscritos libertam menos dióxido de carbono do que uma pessoaa correr a pé pela pista.

A participação portuguesa foi uma das maiores, com 15 equipas,entre as quais a equipa “Shelle Team” com o veículo “Elles”. Esta equipa dealunas da Escola Superior de Tecnologia de Viseu colocou um marco nahistória da Shell eco-maratona ao ser a 1ª totalmente constituída por elementosfemininos. “ Esta ideia surgiu de uma conversa de café, pois já existe umaequipa da escola, o grupo Adamastor com o carro Ghost, pelo que achámosque seria interessante criar também uma equipa.” – afirmou a chefe de equipa,Mónica Silva, aluna do curso de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial.“Procurámos obter mais informação acerca da Shell eco-maratona e com apesquisa efectuada descobrimos que éramos a única equipa totalmentefeminina a nível mundial, o que suscitou ainda mais vontade de participar edemonstrar que no mundo não existem lugares reservados só para homensnem só para mulheres. Mas o objectivo principal foi por à prova osconhecimentos adquiridos nos cursos que frequentamos (Eng. Mecânica eGestão Industrial e Eng. Electrotécnica ) demonstrando à comunidade que umPolitécnico também sabe formar bons engenheiros capazes de executar

SHELL ECOSHELL ECOSHELL ECOSHELL ECOSHELL ECO-MAR-MAR-MAR-MAR-MARAAAAATHON 2003THON 2003THON 2003THON 2003THON 2003

Eunice Ferreira - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da ESTV

qualquer tarefa”- acrescentou.Esta equipa teve a ajuda do Departamento de Engenharia

Mecânica e Gestão Industrial que possui um grupo de trabalhoresponsável pelas participações das equipas nesta competição. Um doselementos que acompanhou as equipas a França foi o docente GabrielAfonso que, em tempo de estudante, foi um dos elementos que participouno projecto e construção do veículo “Mondego XC01”, da Faculdade deCiências e Tecnologia deCoimbra, presentemente líderda tabela nacional.

Ambas as equipastiveram alguns contratempos.O “Ghost” perdeu a capota eo “Elles” capotou numas das4 tentativas de classificação.A piloto do “Elles”, SusanaBatista, afirmou para umaestação televisiva que “omomento mais empolgante daprova foi o capotanço deduas voltas e meia”. Apósmuito esforço e árduotrabalho lá se conseguiramclassificar na última tentativa.O “Elles” efectuou 357quilómetros com 1 litro decombustível e o “Ghost” 661Km/l, ficando respectivamente em 91º e 53º lugar na classificação geral.

Com a alteração no regulamento de 6 para 7 voltas e o aumentoda velocidade média em pista de 25 para 30 Km/h, os resultados a nívelgeral foram inferiores aos do ano passado, mas ambas as equipasficaram satisfeitas com os resultados obtidos.

Após a missão cumprida, na viagem de regresso a casa só sepensava nas melhorias a fazer para a próxima prova.

A Associação Académica do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu surgiu a 11 deDezembro de 1997, representando econdensado em si todas as Associações deEstudantes das diferentes unidades orgânicasdo ISPV.

Estando inserida numa das maioresacademias do país, a AAISPV representa, nestemomento, seis Associações de Estudantes, num

universo estudantil de oito mil alunos.Das suas actividades, podemos destacar as vertentes desportivas

e culturais. Na vertente desportiva relevamos as equipas masculinas deAndebol e Basquetebol. Na vertente cultural destacamos a Tuna do ISPV,que cada vez mais se afirma como um marco importante na parte cultural doISPV e da cidade de Viseu.

Com a recente mudança da sua Sede para o Campus Politécnico(situada na Residência 2 do Campus Politécnico), a Associação Académicaganha, com este espaço físico, novo fôlego para poder levar a cabo asacções que pretende realizar, de forma a servir os alunos da melhor maneira.

Bruno SequeiraPresidente da Direcção

Num ano de mudanças a AAISPV deseja oferecer uma maiorvariedade de actividades que correspondam aos desejos dos alunos,pretendendo dessa forma dignificar as Associações de Estudantes, pelasquais é constituída, assim como dignificar o prestígio do Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu.

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Conforme o prometido, aqui estamos nós a fazer o rescaldo do inter-rail. Écontudo complicado resumir de forma tão sucinta a euforia inicial, a sensação deestar a viver um sonho, o fascínio e encanto dos locais visitados, os diferentesmodos de vida e culturas, os aromas e sabores característicos, o convívio comoutros inter-railers, as borgas, as infindáveis horas em viagem, a sensação deliberdade e a incerteza de qual seria o local seguinte (pois mesmo tendo umtraçado idealizado não estávamos de modo algum presos a ele, e prova dissoforam as várias alterações a que ele foi sujeito!), as várias peripécias, a melancoliado regresso, o “espírito inter-rail”... mas cá vai…

A viagem superou todas as expectativas, por isso vamos só dar umcheirinho de alguns locais mais emblemáticos por onde passámos:

Paris – Sacré-Coeur - Vista magnífica! Animação na escadaria, gentes detodo o mundo. Atenções redobradas aos amigos do alheio.

Lueven – Cidade medieval com o edifício mais bonito de todo o Inter-Rail -a Câmara Municipal. Cidade universitária e excelente para Erasmus, não muitocara, muito animada, quer de dia quer de noite!!

Bruxelas – Só vimos o essencial e teve de ser de noite mas merece servisitada com mais tempo. Cidade do Tintin, do “Mannekin Pis” (é minúsculo), eainda descobrimos a “Jeannette Pis” mesmo ao lado de um “Cabaret da Coxa”!!

Brugge – A “Veneza daFlandres”. Cidade pequena,colorida, arquitecturaRenascentista e Gótica,muitíssimo bem conservada. Éuma cidade completamenteromântica! Destino obrigatório!

Amesterdão – Cidadedas bicicletas, dos canais, daarte, da tão famosa/infame ”RedLight District”, dos Coffee-Shop’s, das tulipas, daimponente arquitectura e obrasde engenharia, da Arte.Cuidados redobrados naestação e zona envolvente –este é o nosso alerta principal,também é válido noutrascidades turísticas.

Berlim – Destino de passagem e ligação à Polónia. Por indicação de outrosInter-Railers é uma cidade que deve ser visitada pelo seu património histórico.

Poznan (Polónia) – Destino decidido durante a viagem… muitíssimobarata, nada turística, aliás é uma cidade Universitária e com muita vida! Ficámosrendidos às belezas polacas… superam em muitos pontos as Italianas! Estilo devida peculiar e eficaz – a noite começa às 20:00 acaba à 01:00 e na manhãseguinte estão fresquíssimos!

Praga – A nossa preferida! Quer de dia, quer de noite. Praga não pára.Também barata e com inúmeras coisas para se ver. Cinco dias em Praga não sãonada mal empregues! Sem dúvida, temos de voltar!

Budapeste – Outro destino decidido na véspera. Desilusão. Muito degradadae mal conservada, uma cidade cinzenta. A zona principal de Buda já merece maisuns pontos e o Museu da História de Guerra já leva quase nota máxima. Não há

borlas no metro, cuidado!Zagreb – Apenas foi ponto de passagem na viagem de Budapeste para Veneza,

mas é alvo de uma história pitoresca de tráfico de casacos de peles pelo “ Gang dasAvózinhas” (as nossas parceiras de compartimento)!

Veneza – Só deu para estar um pouco e nem deu tempo de ir à Praça de S.Marcos. Mas deu para respirar o encanto dos Canais e das Gôndolas.

Florença – A nossa preferida à partida, mas que o S. Pedro não deu hipótesepara a aproveitarmos da melhor maneira. Mesmo assim é linda e digna de uns dias devisita. Os melhores gelados e capuccinos!!

Roma – surpreendeu-nos a imponência do Coliseu, o Fórum, Monte Palatino, aspiazzas, o encanto das “Spanish Steps”! Ficámos ainda a saber em primeira mão oprojecto do Hard Rock Café para Lisboa.

Bari – Apenas uma constatação – caso haja jogo de Futebol toda a cidade pára,nada fica aberto! Cidade com ligação por ferry a Corfu.

Corfu (ilha Grega) – Mais um destino que não constava nos planos. A lembraro Canto X dos Lusíadas! Só fomos a Agios Gordios, mas leva a nota máxima do Inter-Rail! “The Pink Palace” apesar de ser mais dos roteiros de grupos do Canadá, Américae Austrália, vai contando todos os anos com mais “pobo” Português! Toga party, Ouzocircle, drinking games, kayak, boatcruise, praias excelentes, águas quentes elimpíssimas, apneia, cliff jumping, e muitos YAMASS…!!!!!

Aqui começa o nosso regresso interminável regresso a Portugal… O Inter-Rail parecia agora ter chegado ao fim, não esperávamos mais imprevistos nemgrandes diversões, começava a melancolia a apoderar-se de nós, mas estávamoscompletamente enganados, inúmeros foram os contratempos e desventuras…

Brindisi – cidadeportuária Italiana. Não temmuito que ver, serve apenasde ligação para a Grécia. Écontudo uma cidade calma eacolhedora. É zona de bomvinho. É magnífico ver onascer-do-sol no mar!

Turim – chegámos aTurim e não tínhamos ligaçãodevido a uma greve. A cidadeestava a ser alvo de grandesmanifestações comcarabineri’s por todo o lado!!A cidade mais cara de toda aviagem. Não deu para vermuito, mas está à pinha deErasmus oriundos de todo omundo…

Mónaco – apenaspassámos no comboio, mas deu para absorver um pouco da sua singularidade! Apesarde França não constar das nossas preferências temos que ser sinceros e referir queesta zona é linda!

Irún – não se passa nada por estas bandas! Caso tenham de por aqui ficar, nãofiquem, apanhem um comboio até um próximo destino!!

País Basco – pode lá haver melhor sítio para ficar parado por horas no comboiodevido a uma avaria num comboio que circulava à nossa frente!!!

Salamanca – outro imprevisto no inter-rail. Foi mais constatar o que já tínhamosouvido falar, do que propriamente a surpresa, mas vale bem outras visitas e afinal nãoé tão longe quanto isso! Linda de noite e muitíssimo animada…

O último e (in)desejado comboio, pés doridos, desejos de uma cama e uma boarefeição. Nostalgia!? Nem pensar… sorriso enorme, muita energia!!

Aqui acabou o nosso (1º) inter-rail!! Já sabes…!! We’ll be back!!

Queria ter uma máquina onde pudesse pôr todas as memórias. As másesquecia-as e as boas lembraria para sempre. Como tal máquina nãoexiste, faz como eu, tenta viver ao máximo as boas recordações, assimnão deixas espaço na tua memória para as más! Luís Oliveira (Kula)Mail´s disponíveis: [email protected],[email protected]

Inter-rail – o sonho, a sorte, a Irmandade, a partida, a aventura, peripécias,dias, noites, algumas saudades, muitos Km’s de comboio, 1001 posições paradormir no comboio, poliglotas natos, “pobo” português em todos o lado,outros grupos, etc. Daqui a 1 ano ainda vamos andar a contar coisas novasdesta experiência!!“Vida de Inter-Railer não é fácil… mas é altamente!!!” Pedro Machado

Memórias de um Inter-RailMemórias de um Inter-RailMemórias de um Inter-RailMemórias de um Inter-RailMemórias de um Inter-Rail

Pedro Machado - Luís Oliveira - Alunos do ISPV

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A Associação de Estudantes da Escola Superior de Educaçãode Viseu participou nas 24 horas de Futsal com seis equipas, constituídaspor estudantes da mesma, obtendo boas classificações.

Ceia e SarCeia e SarCeia e SarCeia e SarCeia e Sarau de Naau de Naau de Naau de Naau de Natttttalalalalal

A Ceia de Natal contou com a participação de cerca de 200pessoas, entre as quais alguns professores. Esta iniciativa terminou comuma troca de prendas entre os participantes e a atribuição de algunspresentes às funcionárias do refeitório.

De seguida, as pessoas encaminharam-se para o Sarau deNatal. Ballet, teatro e danças constituíram o programa deste certame queculminou com a actuação da Tuna do Instituto Superior Politécnico deViseu.

II Encontro Nacional de E.S.E.´sII Encontro Nacional de E.S.E.´sII Encontro Nacional de E.S.E.´sII Encontro Nacional de E.S.E.´sII Encontro Nacional de E.S.E.´s

Organizado pela AEESEV, em colaboração com a suacongénere do Porto, realizou-se nos passados dias 11, 12 e 13 de Abril,nas Termas de São Pedro do Sul, este importante encontro. Esta segundaedição pretendeu estreitar relações entre alunos, escolas e associações,criar laços de amizade, “esbater rivalidades” entre escolas superioresde educação, alunos e associações de estudantes, criar um ambientede convívio, lazer e confraternização e despertar e promover o interessepara realização deste tipo de iniciativas. Nesse sentido houve muitaanimação, encontro de tunas e desportos radicais.

AE ESEV Carlos LopesPresidente da Direcção

CUIDAR DO FUTUROCUIDAR DO FUTUROCUIDAR DO FUTUROCUIDAR DO FUTUROCUIDAR DO FUTURO

De 14 anos a esta parte, a Associação de Estudantes da EscolaSuperior de Enfermagem de Viseu vem organizando anualmente as suasJornadas de Enfermagem no sentido de proporcionar aos alunos eprofissionais de saúde de toda a região, mas também de todo o país, um maiorfluxo de informação e saber na área a que estão adjacentes. É, acima detudo, um evento que visa a constante actualização e um maior aprofundamentode temáticas actuais e de comum interesse a todos aqueles que exercem asua função na área da saúde.

No entanto, este ano, e porque quem mais usufrui dos nossosserviços são os estudantes, decidimos virar as nossas atenções especialmentepara o futuro! Para o futuro do cuidar, para o futuro da Enfermagem comocarreira, para o futuro dos alunos de Enfermagem e da sua inserção nomercado de trabalho aquando da finalização dos seus cursos. É claro quetambém não foram esquecidas matérias sempre pertinentes e deverasinteressantes de serem abordadas. Daí ter existido uma mesa subordinadaao tema “Esquizofrenia: O mundo visto por outros olhos”, um assunto cadavez mais actual e assaz importante de abordar, ou não fossem as perturbaçõesde foro psiquiátrico das que mais assolam as nossas sociedades hoje em dia.Da mesma forma, a existência de um workshop sobre “DesfibrilhaçãoAutomática Externa”, de uma mesa sobre a “CIPE/Processo de Enfermagem– inovações ou Retrocessos” ou ainda de uma Demonstração/Simulacro, emque se procurou demonstrar a actuação de diferentes corpos de intervençãonum possível cenário de incêndio num edifício, neste caso o dos ServiçosCentrais do Instituto Politécnico de Viseu, local onde se realizaram estasJornadas, constituiram parte do programa.

Mas dizia eu que a temática principal da edição deste ano das XVas

Jornadas de Enfermagem estaria mais virada para o futuro. Com umaabordagem ao “ Futuro da Enfermagem: Gestão Hospitalar / Carreira: ComoSerá?”, como primeira mesa das Jornadas, foi dado o mote, passando-sedepois para a “ Inovação da Gestão dos Cuidados de Enfermagem”, a abrircaminho para um olhar diferente sobre a Enfermagem e todas as funções quelhe são inerentes em “ Diferentes Formas de Cuidar: O poder da Música e opoder da Água”, com um workshop sobre Musicoterapia.

Ano após ano, cá estaremos a tentar proporcionar o melhor e

AE ESEnf Rui MarquesPresidente da Direcção

maior grau de informação e de saber na área da Saúde. Ano após ano,cá estaremos a proporcionar a todos os participantes as melhorespalestras, ministradas pelos melhores especialistas em cada área. Anoapós ano, iremos procurar elevar cada vez mais os alunos do EnsinoSuperior de Viseu, da E.S.Enf.V., do I.P.V. e de toda a cidade assimcomo da região.

Esperamos sempre a sua contribuição e participação para,ano após ano, conseguirmos elevar cada vez mais o nome e a qualidadedestas Jornadas de Enfermagem.

A todos os que participaram e apoiaram esta iniciativa, o nossomais sincero agradecimento.

Até para o ano!

revista doinstituto superior

politécnico de viseu

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Conselho ConsulConselho ConsulConselho ConsulConselho ConsulConselho Consultivo do Ensinotivo do Ensinotivo do Ensinotivo do Ensinotivo do EnsinoSuperiorSuperiorSuperiorSuperiorSuperior

O recém-criado Conselho Consultivo do Ensino Superior éconstituído por um grupo de 16 individualidades, entre as quais oPresidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Prof. Doutor JoãoPedro de Barros. Este órgão vai pronunciar-se sobre o destino doensino superior em matérias tão importantes como a definição dasnecessidades do país em termos de quadros qualificados e as áreasprioritárias em que o governo deve investir. A criação e reconhecimentode novas universidades ou politécnicos é outra das linhas de intervençãodeste Conselho.

Novos VNovos VNovos VNovos VNovos Vice-Presidentes do ISPVice-Presidentes do ISPVice-Presidentes do ISPVice-Presidentes do ISPVice-Presidentes do ISPV

O Doutor Carlos Jorge Videira Martins,Professor Adjunto do quadro de nomeação definitivada Escola Superior de Tecnologia, é, a partir de31 de Outubro de 2002, Vice-Presidente do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu. Como currículoacadémico saliente-se a Licenciatura em Economiae o Mestrado em Finanças, sendo, ainda,doutorando em Engenharia e Gestão Industrial.

Nomeada em comissão de serviço peloPresidente (assinou o Termo de Posse em 5 deFevereiro de 2003) a Profª. Doutora Idalina deJesus Domingos é a nova Vice-Presidente daInstituição. Professora Adjunta de nomeação

definitiva da Escola Superior de Tecnologia, tem como currículo académicoa licenciatura em Engenharia Química, o mestrado em Ciências eTecnologia do Papel e dos Produtos Florestais e o doutoramento emEngenharia Sanitária.

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O Dr. Mário Cunha é a partir de 31 deJaneiro de 2003 o novo Administrador do Instituto,substituindo no cargo o Dr. Isidro Menezes.

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O Gabinete de Organização e Promoção de Eventos do InstitutoSuperior Politécnico de Viseu levou a efeito um ciclo de Workhops temáticos.

O 1º Workshop de Pintura, orientado pelo conceituado artista plásticoJorge Curval, decorreu durante o passado mês de Março e contou com 18formandos inscritos, num total máximo de 20. A adesão a esta iniciativa superoulargamente as expectativas iniciais. O outro Workshop, de Canto e TécnicaVocal, ocorrido em Maio último, teve como dinamizadora a Professora CristinaAguiar, da Escola Superior de Educação. Uma vez mais a receptividade foitotal - do número mínimo previsto de 15 participantes, o grupo de trabalhocontou com a participação de 20 elementos.

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Regressar à CondiçãoRegressar à CondiçãoRegressar à CondiçãoRegressar à CondiçãoRegressar à Condiçãode um mundo melhor

O ISPV editou, em Dezembro de 2001, a obra “O Regresso àCondição” Viseu ut Pictura Poesis.

O livro, que condensa em si alguns dos mais proeminentescriadores da região de Viseu nas áreas da pintura e da poesia, é parteintegrante de um projecto mais vasto que visava alcançar ofirmamento mais nobre dos sentimentos – a solidariedade.

As receitas angariadas reverteram, integralmente, para instituiçõesde solidariedade social do distrito de Viseu de apoio a crianças desprovidasde meio familiar natural.

Assim, no dia 6 de Janeiro do ano corrente, o presidente do Institutoentregou, no Internato Viseense de Santa Teresinha e no Lar Escola deSanto António, material lúdico–pedagógico adquirido com a verba provenienteda venda do livro, mais especificamente, computadores, impressoras,scanners, diciopédias, mesas de ténis, jogos de xadrez, aparelhagens elivros.

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Torneio Distrital de BasquetebolSunny D 3 x 3Sunny D 3 x 3Sunny D 3 x 3Sunny D 3 x 3Sunny D 3 x 3

Dupla Concentração (14 e 21 Março)

O Polidesportivo do Instituto Superior Politécnico de Viseu acolheua edição distrital de 2003 deste prestigiado torneio de basquetebol. Divididoem duas concentrações (14 e 21 de Março), no intuito de proporcionar aparticipação das escolas dos 2.º e 3.º ciclos e secundárias do distrito, otorneio contou com a participação de cerca de 500 jovens atletas (256 na 1ªconcentração e 240 na 2ª), com idades compreendidas entre os 10 e 17

anos, oriundos de 21 escolas de diversos pontos do distrito de Viseu. Numtotal de 124 equipas (masculinas e femininas), divididas nos escalões deinfantis, iniciados, juvenis e juniores, estas concentrações constituíram umaexcelente propaganda para a prática desportiva em geral, e para obasquetebol em particular. De parabéns pelo êxito da iniciativa estão o InstitutoSuperior Politécnico de Viseu, a Federação Portuguesa de Basquetebol e oSunny Delight. Uma última referência às arbitragens pedagógicas realizadaspelos alunos do curso de Educação Física da Escola Superior de Educação.

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A equipa deFutsal do ISPV foicriada no intuito depromover e divulgar onome da instituição,tendo em consideraçãoo espírito destaorganização que pretende, entre outros objectivos, uma competiçãoregular e continuada que fomente o intercâmbio social e desportivo entreos estabelecimentos de ensino superior.

Refira-se que o “pontapé de saída” da modalidade na instituiçãofoi dado na época que agora terminou e, com maior ou menor dificuldade,conseguiu-se constituir uma equipa que dignificasse o nome do ISPVdurante a competição. Nesta época o objectivo passou por formar umabase sólida, no intuito de nos próximos anos a equipa ser mais competitiva

ao nível dos resultadosdesportivos.

Espera-se que esta iniciativaseja também a rampa delançamento para outrasmodalidades e actividadesdesportivas, tentando, a curtoprazo, uma aproximação, emqualidade desportiva, a outrasinstituições com créditos firmadosno desporto universitário.

Paulo QuinaEstagiário em Animação Desportiva

e Cultural do ISPV

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Jornadas Desportivas congregam cerca de 620 praticantesno Campus Politécnico do ISPV

A máxima clássica mente sã em corpo são esteve bem presente nos eventos desportivos ocorridos no Campus doInstituto Superior Politécnico de Viseu nos pretéritos dias 14, 15 e 21 de Março. A promoção da actividade desportiva,radicada em princípios maiores como o companheirismo, o salutar convívio e o puro prazer da prática desportiva,proporciona momentos ímpares de emoções agradáveis e inesquecíveis. Foi o que aconteceu nas instalações doInstituto Superior Politécnico de Viseu nos dias referenciados.Estas jornadas desportivas foram uma iniciativa do estágio de animação desportiva e cultural a decorrer no ISPV.

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Decorreu, no passado dia 15 de Março, no Campo Relvadodo Instituto Superior Politécnico de Viseu, mais uma organizaçãodesportiva coroada de êxito promovida pela Instituição. O Torneio, quecontou com a colaboração da Associação de Futebol de Viseu, teve aparticipação de 12 equipas provenientes de vários pontos do distrito,num total de 120 participantes. Com um formato de três grupos de quatroequipas (apurando-se o primeiro classificado de cada grupo e o melhorsegundo), o torneio proporcionou grandes espectáculos de futebol,sempre pautados pelo equilíbrio do marcador e pelo fair play. O grandevencedor foi a equipa da Visosport (Viseu), que venceu na final a HufPortuguesa (Tondela) por 1:0.

Na disputa do 3.º e 4.º, um derby institucional , a equipa doPólo Educacional de Lamego da Escola Superior de Educação levou amelhor sobre a equipa da Escola Superior de Educação de Viseu,conquistando, desta forma, a 3.ª posição.

Imbuído do salutar espírito de companheirismo que norteouesta organização, o jantar foi momento alto de convívio e confraternização,tendo sido distribuídos pelo Presidente do Instituto Superior Politécnicode Viseu, Prof. Doutor João Pedro de Barros, prémios de participação atodos os atletas e taças aos três primeiros classificados.4848484848

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JULHO 2003 4 – 13 Participação na ExpoDouro.ESEV- Pólo de Lamego e ESTGL.

5 - 14 Participação na AgroVouga.ESAV.

17 Histórias da vida e identidades: professores e interculturalidades (encerramento do ano lectivo).Seminário organizado pela ESEnf. Viseu.

SETEMBRO 2003 22 Início do Curso de Pós–Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia(30 vagas). ESEnf. Viseu.

OUTUBRO 2003 3 MatViseu 2003 – 6.º Encontro de Matemática. Uma organização do Departamento de Matemática da ESTV.

6 Abertura do ano lectivo da ESEV (previsão).

1 a 15 Recepção aos alunos e professores em todas as Escolas.

Começar de Novo – Recepção aos novos alunos (2003/2004). Organização do DEMGI da ESTV.

Mini-Cursos de Matemática. Organização do Departamento de Matemática da ESTV.

3.º Ciclo Anual de Conferências do Departamento de Ambiente. Organização deste Departamento da ESTV.

instituto superior POLITÉCNICO DE VISEU

uma instituição

em movimento4949494949

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ESTMª Augusta Lourenço

ESTSusana Machado

ESTMª Filomena Ramalhete

ESTMª Nascimento Cardoso

ESTMª Helena Costa

ESEnfAntónio Gil Duarte

ESEnfMª Helena Nunes

ESEIsaura Rodrigues

ESELaura Rodrigues

ESEVictória Ferreira

ESEMargarida Resende

ESEMª Adélia Correia

ESEnfMª Irene Silva

ESEnfClara Andrade

ESEnfMª Luz Almeida

ESE - LamegoMª Helena Medeiros

ESAAna Bela Nogueira

ESAMª América Grazina

ESAIlda Faria

ESE - LamegoCélia André

ESEnfAntónio Leal

ESEnfIrene Cruz

ESE - LamegoMª Manuela Carvalho

ESEAida Cunha

ESAMª Etelvina Marques

ESTRosa Ferreira

ESTRosa Ferreira

ESEMª Eugénia Nunes

Page 49: Este número de Polistécnica continua - Politécnico de Viseu · 2008-08-01 · querem tirar o mar. O mar! ... Porto (hoje escola secundária com o mesmo nome), tendo efectivado

Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Do lado de dentro ficam dois terços da vida.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Que é preciso agarrar e fruir.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações.

ESE - LamegoRosa Moreira

ESTGLOlinda Rodrigues

ESTGLPaula Carneiro

ESTGLMª Antónia Costa

ESTGL - LamegoManuel Medeiros 5151515151

Cor favorita – CastanhoPrograma de TV favorito – TelejornalJogo – SuecaClube – BenficaRevista – VIPCheiros preferidos – SuavesRecordação de infância – Profissão de FéPior sentimento do mundo – InvejaMelhor sentimento do mundo – AmorMúsica – FadoO que pensa quando acorda? - Que bom estar viva!...Montanha russa: assustadora ou excitante? - Excitante!...Caneta ou lápis? - CanetaQuantos toques antes de atender o telefone? - TrêsComida favorita? - Cozido à PortuguesaChocolate ou baunilha? - ChocolateGosta de conduzir? - SimTempestades: excitantes ou assustadoras? - Assustadoras!...Livro à mesa de cabeceira – Conselhos da vida sobre relações pessoaisFilme – A Lagoa AzulDestra, canhota ou ambidestra? - DestraNúmero favorito – TrezeCarro de sonho – FerrariO que guarda debaixo da cama? - Os chinelos...De um amigo... espera? - LealdadeSe fosse objecto, seria...? - Uma flôrO que gosta de pendurar? - QuadrosColecções – Selecções do livroGostava de ir – ao BrasilSe pudesse ter escolhido, em que época teria vivido? - Nesta épocaMar ou montanha? - MarUm dia perfeito – O nascimento dos meus filhosUm traço – o DestinoUma palavra - Sinceridade

Ana Bela Nogueira. A Bela, como é conhecida no Instituto SuperiorPolitécnico de Viseu é uma mulher despojada de tristezas. O seu discurso é puro. Sentido.Contagiante. Extravasa vida por todos os poros.

A mais velha de três irmãs, a Ana Bela nasceu na freguesia de S. José, Póvoa deAbraveses, junto à Cava de Viriato. Desde tenra idade sentiu na carne a adversidade. Todosos dias caminhava 30 minutos para ir para a Escola Primária de Santiago. Mais tarde, a EscolaComercial e Industrial de Viseu (hoje, Escola Secundária Emídio Navarro), derradeira etapado seu percurso escolar. Aqui, concluiu o 5.º Ano do Curso Geral de Administração eComércio (actual 9.º Ano), tendo, como professor de História, o Dr. António Soares de Sousa(mais tarde viria a reencontrá-lo no Instituto). Da Escola Comercial e Industrial fica-lhe abelíssima caligrafia. De copista medieval.

A vontade de começar cedo a construir a sua vida, o seu pecúlio, o seu enxoval,fala, todavia, mais alto. Por volta das 18 primaveras começa a trabalhar na Pastelaria Gasacol,na estrada do Sátão, a seguir ao Matadouro. Como o trabalho nunca lhe meteu medo, alémdo serviço ao balcão, ajudava, sempre que necessário, na panificação.

Mais tarde, no quiosque da mesma empresa, junto à Escola Emídio Navarro, a suacativante simpatia permitiu-lhe criar bom relacionamento com todos os clientes, especialmentealunos e professores da referida escola. Sem esquecer o seu esposo. Foi aqui que conheceuo também “nosso” Sr. Nogueira. Já depois de casada vendeu flores na praça. Seguiu-se aPastelaria Bocage. Finalmente o Instituto. No antigo edifício do ENEI trabalhou no bar, nafotocopiadora, onde fosse preciso. Seguiu-se o espaço cedido pela Católica (na épocainstalações da EST), onde viria a reencontrar o Dr. Soares de Sousa. Passou ainda pela ESE.Agora é auxiliar na Escola Superior Agrária.

De permeio ainda teve tempo para os Escuteiros. Foi chefe dos Lobitos doAgrupamento de Vildemoinhos durante meia dúzia de anos.

Mãe do Emanuel e da Liliana, a Ana Bela é hoje uma mulher orgulhosa por tudo oque conquistou na vida.