este jornal publica os retratos de todos os...

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Anuo V niOIM.lAM.ittO. <MMIM A-l Kllti. S4 l>K FEVEREIRO I>K 1«M»9 .\iiiii. 177 ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS DESPEDE DO CARNAVAL O nosso hcróc, que durante os trez dias de folia se divertiu a valer, esquecendo todas as suas desgra- ças, com lagrimas nos olhos desapparecer o Momo. Este, em seu moderno «aeroplano», faz signaes de adeus, promeltendo para o próximo anno outro magnífico Carnaval

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Anuo V niOIM.lAM.ittO. <MMIM A-l Kllti. S4 l>K FEVEREIRO I>K 1«M»9 .\iiiii. 177

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS OS

DESPEDE DO CARNAVAL

O nosso hcróc, que durante os trez dias de folia se divertiu a valer, esquecendo todas as suas desgra-ças, vè com lagrimas nos olhos desapparecer o Momo. Este, em seu moderno «aeroplano», faz signaes deadeus, promeltendo para o próximo anno outro magnífico Carnaval

INVENÇÃO CONTRA O CALOR O Tioo-Tioo

1)0 Sr. Reis é muito gordo, por issosente muito calor. Mas fez uma invenção admirável. • 2) •'• começa logo por calçar os seus sapatos deDe-manhã, quando vè no «termômetro que o calor verão, que são dous folies com as pontas cur-está muito forte. ... vadas.

V3) ..vde modo que, a cada passo, o Sr. Reisaperta os folies e recebe um jacto de ar pelo corpo. V Depois colloca nas costas um apparclho, Iam--^v^ liem de sua invenção, que tem um chuveiro...

// :T)

ám\^ _j \ r*) rí^iv/li -'Vi I

; uma caixa de zinco que elle enche 0) . .senta-se no jardim e ii«a muito bem refres-d'agua em uma bica. Depois disso preparado... cado, peloá sapatos de follg e pelo chuveiro. Náo

sente calor.

O TICO-TICO

I V /-rí::^-vC>' i\ --.•/'

\ I / \\ VA __f\ / v^r

-----

Sabe-se queum dia o im-perador Car-!os Magno,viajando acavallo pormontes e vai-les, perdeuum sapato. Eé também sa-bido que foi

Bernardo, o Icnhador, que o encontrou e que olevou para a sua cabana.

O imperador, vendo-se com um pé descalço,ficou furioso e gritou darante meia hora, pondo cmalvoroço os seus guardas, pagens e homens d'ar-mas, que lhe tinham grande respeito. Cincoentapagens dos mais lépidos bateram cm todos os sen-tidos o bosque que o Rei acabara de atravessar, masnada encontraram.

Ora, o Rei viajava sem sapateiro, e, além d'isso,tinha os pés tão grandes que para fazer um par dcsapatos para elle, com sola dupla e correias, era pre-ciso o couro dc um bezerro inteiro, e mais dc cempregos.

Carlos Magno não teve outro remédio sinãoenvolver o pé em cordas e pedaços de panno, pondopor baixo uma taboinha.

Entretanto, o lenhador que achou o sapato doRei, íicou muito admirado a contemplal-o, porquenunca vira nenhum daquelle tamanho.

Voltando para casa, poz o sapato a um cantoe tratou de preparar o jantar, porque tinha oito(ilhos e sua mulher estava doente.

Felizmente todas as creanças (rosavam saúde eo menino maior rachava lenha habilmente.

Aconteceu que, exactamente no dia em queBer-nardo achou o sapato do Rei na floresta, lhe nasceumais um filho, mais este não era um menino fortecomo os outros, era magrinho e muito pequeno,tanto que Bernardo suspirou, muito triste :

Pobre de mim ! E este nem ao menos poderáme ajudar.

Ora. adeus ! respondeu sua mulher. Si ellenão puder ser lenhador, trabalhará em outra cousa.E' tao bonito ! Parece O filho de um Rei. Poderiaser um cavalleiro valente. Você nunca ouviu fallarno cavalleiro Curta-Espada? Era do tamanho deuma menina de sete annos e venceu um gigante daaltura de uma torre.

Pois sim — disse o lenhador. Queira Dcuòque elle seja illuslre como o cavalleiro Curta-Es-pada, mas o pcior é que nasceu em uma oceasiãoem que nós estamos tao pobres que nem temos umberço para lhe dar. O berço que serviu para os outrossete esta todo quebrado.Deixa-o aqui, na minha cama. ou então collo-

ca-o n'aquelle banquinho que está alli naquelle canto.Aquillo não é urn barco é uia sapato I disseBernardo, rindo.

Um sapato daquelle tamanho i Só si fôr dealgum gigante.Não sei de quem é ; achei-o na floresta. Pâ-rece já velho, mas é muito rico, tem pregos de ouro.Foi de certo perdido por algum cavalleiro.

Cavalleiro ! — exclamou a mulher •—- ne?5»caso, lamento o cavallo que o tenha carregado. Ma-.pouco importa. Sapato ou não, está multo limpo,você enche-o de palha e faz d elle um excellcnte berçopara o nosso íilho.

Isto não podeser. Estesapato, assim'tio rico.vale muito dinheiro. Naturalmente o dono.. a„_.i 4 -•

O lenhador ficou admirado d.: ver um sapali tão grande.sua procura, e. sioencontraremnossa casa pode pen-ca que eu o roubei. Quem sabe até si o dono do sa-pato não e algum fidalgo ?

— Ora, qual ! Si é fidalgo comprará outrosapato e não pensará mais num que perdeu. E, sielle vier até aqui, entregar-!he-emos o que lhe per-tence. O que não podemos, é sahir a correr mundoprocurando o dono. Emquanto o sapato estiveraqui servirá de berço.

—Pois seja — disse o lenhador. .Mas eu sempretenho medo de que depois me uccuscin de tel-oroubado.

O TICO-TICODepois de fazer esse ultimo protesto, Bernardo

obedeceu á mulher, encheu o sapato de palha, pozdentro d elle o menino e pendurou-o ao tecto da caba-na pelas correias, de modo que a creança alli sebalançava commodamente.

O lemio estava muito frio, as arvofts estavam«cobertas ae neve, todas as creanças em casa dolenhador tremiam, mas o recem-mscido, |á com trezmezes. dormia muito bem agasalhado no sapato deCarlos Magno.

F cada vez ficava mais bonito o menino. Pare-cia mesmo um principe.

Carlos Magno iez varias viagens, mas, afinal,voltou e, desejando passar n© seu castello a noite deNatal, procurou os caminhos mais curtos que achoupor entre os bosques.

Com a pressa de chegar, adeantou-se muito doscavalleiros da escolta e entrou pelos bosques acom-panhado apenas por um escudeiro.

A viagem foi atribulada. O cavallo de CarlosMagno tropeçou num tronco secco e ficou man-cando, de modo que Carlos Magno foi forçado asaltar do cavallo e puxai-o pelo freio.

Caminhando assim, á procura de um atalho,Carlos Magno e o es-cudeiro foram darna cabana do pobrelenhador Bernardo.

Estavam todosdormindo alli. Bcr-nardo tinha trabalha-do muito durante odia, sua mulher esta-va cansada dè chorarpela miséria que pas-sa ra e as creançasdormiam com som nopesado, natural nascreanças.

Todos tremiamcom o frio, menos ..pequenino, que es-tava muito bem nosapato do Rei.

Carlos Magnoempurrou a porta eparou, olhando paraaquella família, quedormia.

Mas, curvando-se para observar a

admiradissimo de ver o

í Jii.i.' i Jy a

O escudeiro fou ve uma vastabolsa de co.ro

menor das creanças, ficouseu sapato.

0 escudeiro também reconheceu o objecto real.Esta gente fez d > m_ sapato um berço para

o lilhinho— murmurou Cai los Magno.F' verdade, disse o escudeiro. Que ousadia 1

Semelhante crime merece severa punição !Quem falia em punir deante de mim ? — exch-

mou Carlos Magno. Só eu tenho esse direito. Fi-zeram de meu sapato a cama de um innocente: poisquero mostrar-lhes que os ob,ectos de minha ser-vehtia*dâo felicidade.

< I escudeiro trouxe uma bolsa de couro, grande eprofunda, da qual Carlos Magno tirou um punhadode ouro. Coilocou as moedas sobre 0 berço c juntou-lhes um punhal de martim com as armas reaes.

Depois escreveu algumas palavras em um per-gaminho e deixou-o seguro pelo punhal np ponta dosapato.

FeitO isso, retirou-se sem rumor.Ao romper d > dia, o lenhador, acordando e

olhando para o berço, viu logo o punhal clicoumuito admirado.

(/mulher, acorda !---exclamou elle Vé alliuma espada curta no berço de nosso filho

A mulher saltou da cama _ vendo aquillo gritou:

Eu não dizia ?! Nosso filho nasceu predesti-nado e vai ser illustre como o cavalleiro da Curte-Espada. Isto é um signal evidente. E levantou ofilho nos braços.

Isso fez cahir as moedas de ouro, que rolarampelo chão com som alegre.

<) lenhador ficou a tremer de admiração.Tanto dinheiro! —exclamou elle. Só um li-

dalgo ou um Rei podia ter assim tanto ! Esta crean-ça parece ser encantada. Será isso um bem ou ummal ?

lia de ser bem, porque para começar appa-rece uma fortuna no seu berço. Demais, ahi está umescripto pregado pela Curla-Espada. Feva-o ao priordo convento próximo para que elle o leia e ficarmossabendo o que quer dizer esse mysterio.

O lenhador comprehendcu que sua mulher ti-nha razão ; agarrou no pergaminho e sahiu a correr.

Chegáhdo á porta do convento bateu.Veiu um frade.abriu e. vendo deante de si um ho-

mem tão pobre, foi lá dentro e trouxe-lhe um pão etornou a fechar a porta.Perdão, Sr. frade—gritou Bernardo — não éÍSSO qu_ eú quero. Fu não venho pedir esmola.

O padre abriu de novo a porta e disse :Não é isso que tu queres? Queres mais?

Queres dinheiro, talvez? Eu não attendo a pobrescom luxo.

F fechou a porta outra vez.Mas Bernardo pendurou-se ao sino da porta, e

tanto tocou, e tal barulho lezque ú prior do conventoveiu em pessoa vér o que era aquillo.

Então o lenhador explicou-lhe o que desejava, eo prior, ouvindo faltarem um papel mysterioso, licoucheio de curiosidade e deixou-o entrar.

Chegando á celta principal do convento, entre-gou-lhe o pergaminho. O prior, apenas lançou-lhe 0olhar, exclamou :

J?_fcV

O prior leu o pcrg.irr.in'o

— Meus irmãos, dl-m que comer e que beber aeste homem, que teve a honra de receber uma cartado rei'.

Ficaram todos mudos de assombro e o prior leuem voz alta 0 pergaminho, que dizia assim :

i Quando esta creança chegar á edade de andarsósinha. vira me trazer o seu berço. Assim o querocu. — Carlos Magno, o

' i lenhador voltou para a sua cabana, montadosm um burro que os frades lhe emprestaram emuito satisfeitos.

frades, respeitosos pelo nome do Rei,encar*regaram-se de guardar 0 precioso sapato ao abrigodos ratos, para que o menino, que se chamava Ama-do, pudesse leval-oao Rei quando tivesse 10 annos tsoubesse ler.

O TICO-TICOPassaram-se os dez annos. E um bello dia Ama-

(Có, acompanhado por seu pae. partiu para o palácioreal. levando o seu antigo berço.

Chegando, mostrar, m o pergaminho aos guar-das para. que estes o levassem á presença do Rei.

Carlos Magno, que se interessava muito pelassciencias. estava naquelle momento discutindo comalguns sábios, afim de crear um systema de me-didas para ser usado em todo o seu império.

Mas o pergaminho fallava tão claro que osguar-das ficaram entrar Amado immediatamente.

Amado ao ouvir aquclla pergunta reflectiu uminstante. Depois, dirigindo-se á extremidade da sala,ajoelhou-se, e, collocando no chão, encostado á pa-rede, o sapato que tinha na mão, foi com elle me-dindo a distancia. Marcava com um dedo o logarem que o sapato marcava no chão e collocova-o maisadeante. Assim foi até o fim da sala.

Quando acabou dirigiu-se a Carlos Magno cdisse :

— Meu senhor, esta sala, bem medida, tem ocomprimento de 35 pés do Rei

&_&jnr«__ni—

Carlos Magno, apezar dc suas altas preoecupa-c"es, apenas viu Q menino com o sapato, lembrou-sed > caso e resolveu proteger Amado. Mas para issoera preciso que elle tosse intel li gente.

União, para iulgar da capacidade de seu espi-rito, perguntou-lhe :

— Menino, como faria você si tivesse que me-dir immediatamente o cumprimento desta saía ?

I.ra uma pergunta dc accordo c< m aquillo deque se oecupava' naquelle instante, mrs pela res-posta, elle poderia lazer idéa do valor do menino.

— Bôa idéa — disse Carlos Magno. Tomemoscomo base das medidas de comprimento o tamanhodo meu pé.

Por isso é que, durante muitos séculos, e at.hoje, se mede o terreno pelo numero de pés.

Amado, graças á bôa resposta que demonstrouraciocínio, inielligencia e espirito inventivo, licouvivendo na corte de Carlos Magno, estudou e tor-nou-sc um illustre engenheiro.

O TICO-TICOTico-Tico, meu b.nzinho,Oh! jornalzinho sem par,Iu venho nesta cartlnhaUma cousa reclamar

Porque passaram-se as festasDo Ann > Bom e d') NatalE o Juquinha endiabradoNão saniu neste jornal ?

E" possível que o amigo,Esii\c>so malcriadoA ponto dc. por castigo,Dasier.as licar privado? 1

N.io se esqueça da resposta,Pois fica esperando aquiA sua admiradoraE sua amiga Laly.

(Usina Esperança) Laly Queiroz.

GAIOLA D'0 TICO-TICOBrites Cruz dc Azevedo Marques (Sintos).—Não ha de

que, bôa amiguinha.Vera Smtoro — Vamos procurar. Fizemos a vontade _

no—a camaradinha. o Chiqninho está deslumbrado com o.pre-aitos do hontem.

Leitores de S. Paulo e Juiz de Fora —Estão attendidos.O Concurso do Cazuza foi adiado, como se vè do aviso nologar respectivo.

1'ausiino Bcnter da Cosia (Cascadurai.—Parabéns pelosuecesso do Grupo d>> liicancas. Que bonito, heiu ?

Aracy 1'róes (RioGrande do Bub.—Então, desanimou?Dulce de Albuq ícrquc (RR».—Recebemos os trabalh >s

di di-tineta camaradinha. Aguardaremos a remessa do seureirato.

Ilolstein Séllos, Augusta Imbassahy, Camilla Varnicr(Belái, Domingos Amador Alheio Segada =, Ary Duarte,Clo.is de AvcllarPires. A. Mello, Roberto.-'. Barrbzo, Her-me.ijardo Mamede, Octacilio ... da Silva. Ophelia Moroso 1,Oswaldina C. Zamith. Maria de Paula Pl.ury Curado, Ra-phael M Pedroso, Aristheu Accioly Lins c Gastão ranaSantos. Recebemos os trabalhos ; vão se examinados

O TICO-TICO

SECQAO PARA MENINASPolainas pa_ra "boneca.

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r«g r Figa

Isto é, eu ensino fazer para bonecas, mas voeis, si qui-zerem, cortem o molde maior c façam as polainas para simesmas.

As polainas são um accessorio do vestuário muito ele-gante e de grande utilidade para as meninas que usamvestido curto, porque agasalham as pernas do frio e dossalpicos de chuva, que muitas vezes causam moléstias gra-ves, como paralysias nervosas, rheumatismo, etc.

Pelos nossos moldes de hoje. precisa-se, para cadj p .-laina, um pedaço de panno, tendo as seguintes proporções20centímetros de altura e 12 de largura. Portanto, devemarranjar um pcdáç7>'do casemira : com 1') centímetros dccomprimento c 25 dc largura, paia fazer o par.

Eaz-secada polaina com trez pedaços, que são cortadossobre o mesmo panno, como mostra o desenho. Mas èpreciso não esquecerem dc deixar um pouco dc panno paraas costuras.

No dia 10 de Outubro de 1005, dc manhã, quando osol com seus raios de ouro illuminava a vasta planície dacidade, levantei-me c fui caçar em uma malta visinha,arredores da casa cm que eu morava

Chegando lá, sentei-mc debaixo dc uma arvore fron-dosa. -

Estava eu alli. aborrecido por não ver passarinho algum,quando dc repente, vi um bando, que se dirigia para meulado; Chegaram, pousaram cm cima da arvore cm que euestava sentado Levantei-me. armei o bodoque, dei variasbodocádas, sem acertar nenhuma, c todos os passarinhosvoaram.'cx.-cpt.. um que eu não tinha visto; c so quandoeu me retirei c que o vi. a fa/.er mus signaes com o ! .co.em uma folha da arvore ainda orvalhada Quando o rvrinho fez mençaõde"vòar. armei o bodoque c com umn Im-dotada certeira no peito o passarinho morreu instantânea-meiiic.

Agarrei-o, hotei-o na bolaa c segui para deante; an-dei muito c, não •< encontidiido mais cay:i, voltei pai;: ipelo mesmo caminho. Passando feia arvore, vi rei»

Fig 3

Recortem os moldes ou copiem, si não quizerem recortar para não estragar o jornal. Depois colloquem omoldes sobre o panno e cortem, deixando um centímetro amais, todo.em volia, para as costuras.

Depois cosam a linha A-B da figura I com a linha A-Dda figura 2. A linha X-X da figura 2 cosa-sc com a linhaX-X da fif_.ua .'!.

< ordinariamente, as polainas se fecham com botões. K*figura 1 esião mareados os pontos cm que se devem pregaios botões c na figura3 os logares cm que se devem fazeas casas.

Para polainas de boneca, o melhore substituir os botoes por contas. .

Peparem que na parte inferior das fiiruras 1 c 2 hrdous pequeninos quadrados marcad >s por iinhas de pontosNesse logar devem pregar uma pequena tira, que scrvpara segurar as polainas no pé, passa ido pela curva d.sola entre a base do pé c o salto.

segunda vez os riscos: olhei firme c li com lettras dc orvalho o seguinte:

•Amanhã será publicado na grande Pátria Brazileiium jornal para craenças, o qual será a maior alegria inlanle terá o meu nome.»

Banhado cm lagrimas c louco dc arrependimento,abri a bolsa e vi que o passarinho era um mimoso lico-tito.

Arrependido do crime que tinha commcttido, parti obodoque em mil pedaços C jurei não pegar mais emarmas para matar os pobres passarinhos, que não nos fa-zem mal algum.

Com ciieilo, no dia seguinte, era publicado no Rio ogrande c opulento Tico .

Por i>so, cada anno que se passa do querido 0 Tico-Tico,eu sinto alegria e ao mesmo tempo tristeza. Aleg Ia, r ircompletar mais um anuo c> meu querido amigo, e triste/.i.por lembrar d'aqueile pobre tico-tfco, que lautos carinhosmerecia e- eu barbaramente matei.

Laguna.

Mario Américo übArau.ò Costa Vr.srucio

O TICO-TICO

O OVO EQUILIPRJSTA

~1LÇ&\ 4Sg| *

Experimentaram aqueila sorte que ensinamos no oulrodia, a fazer com ovos ?

Vejam a figura. E' um sujeito aleijado, que não tempernas nem braços. Entretanto, está muito interessante e aprova é que dansa alegremente.

Sabem como se faz isso ? Com um ovo, no qual se pintauma cara. Depois, enfia-se na parte dc cima do ovo umarodclla de papelão, que se pinta dc amarcllo. Pinta-se damesma côr a parte do ovo que fica em cima da rodclla, cassim se faz o chapéu.

Põe-se na pi mia de baixo do ovo um collarinho dcpapel e enfia-sc o ovo na bocea de um vidro largo, envol-vido em panno para fingir roupa.

Depois, é só fazer o boneco dansar, batendo na mesa.

ESPERTEZA DE UM RAPAZAo Chiquinho c ao Jagunço

Era tirde.O sol dc linavn no horizonte, espalhando seus últimos

raios na ramagem verde das llorestas.Aproveitando a tarde sahiu Gilberto para fazer um

negocio.Era este rapaz filho dc uma família pobre c tinha dc-

zoito annos. Estava na tlor da edade.Seus velhos pais, já canados, não podiam mais traba-

lhare elle era quem <>s sustentava.Dos trabalho-; cm que se oecupava era principal uma

planta dc trigo que estiva já na época da colheita.Neta mesma tarde sahiu Gilberto para vender um

pouco do trii,ro que colhera.No caminho, quand > já estava dc volta, foi assaltado

por dous larápios n tmeio dc uma vasta e solitária planície.Como. porém, Gilberto fosse um lapaz atilado, fez-lhes

uma proposta.A proposta foi a seguinte :Eu atiro esta moeda ao ar, o que primeiro cpanhal-a

Feráodonoda quantia que p >-;súo Dizendo i«to atirou amoeda e emquanto os dous lutavam para apanhal-a, Gil-l erto esporeou o cavallo e fugiu,

Quando elles voltaram ai logar onde deviam encon-trar Gilberto, ficaram admirados de não o ver

EX JP E3DIE InTTEIEDIÇÃO DE 24 PAGINAS

A emprezj d'0 Malho publica todas as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal íllustrado para creanças, no qual colla-boram escriptores c desenhistas de nomeada.

Redacção, escriptorio e officinas rua do Ouvidorn. 164e Rosário n. 173.

Condições da assignatura:interior: l anno, USOOO, 6 mezes 6$00:)exterior :' 1 ¦> 20S000, G » 12S000

Numcroavulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.As assignaturas começam cm qualquer mez, termi-

nando cm Junho ou Dezembro dc cada anno. .,Não se acceitam assignaturas por menos de 0 mezes.Toda a correspondência—pedidos de assignaturas, et'.

deve ser dirigida ao escriptorio c redacção d'0 Malhorua do Ouvidor n. 101, antigo 132, Rio de Janeiro.

UM GENIÒ MUDAVELO sol deitava seus últimos raios, escondendo-s; entr-'

as lindas montanhas verdes, o céo cobre-se repentinamentede grossas nuvens negras e desaba uma torrcncial chuva

Os transeuntes, que socegadamente tratavam de seu-,negócios, procuram um logar para se abrigar. Emfim. asruas d'antcs cobertas dc passeantes e vehiculos tornam-secompletamente desertas inundadas, e, para bem dizei,mortas.

Assim é a minha amiga Elvira; dc manhã, está alegje risonha, brincando com uma boneca. Estuda suasTiçõtrvai para a escola sein fazer manha, é amável com todgbondosa c até mesmo caridosa.

A caridade é a cousa que mais lhe custa.—Dar a um pobre, esfarrapado, o tostão, que me derlr.i

para comprar bala. Nunca! Assim diz cila.A' tarde muda completamente, dá pancada no cacfior-

ro, resmunga para vestir-se, emfim, quando se lhe fazem-perguntas responde por monosyllabos.

Terá acontecido alguma desgraça em casa r A vovó es-tara doente?

Por acaso morreu algum de seus parentes? Nada d'issosabem o que lhe aconteceu ? Tinha projectado um passeiocom suas amigas,choveu, não podéir. Basta qualquer in-signilicnnciasínha para deixa! a atnuada para o resto do dia.

Elvira deve corrigir-se, poisnão só aborrece a si mesmacomo tambeni entristece seus pais

Maria Gii.da Rocha.

ACROSTICO

Maria Emilia Pinto Silveira

icenteI sidoro

i ri atoA nnando

O riinda

N oronhaO swaldoS IlvinoS ergio

lympio

Q uindinhaTJ mbclíinaE alinaR achei

sauraD iva

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gnadoQ ueirozU lysscsI riiicuNe- iH uinbertoO liando

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Além Parahyba, Minas. Olopi ncio de A. Dcemon

Clovi», c.ivu'..i du CoronelM.vri.ino Valcme, f.ucnJtirono Am-p:irode Uarra Minsa e um do»sinceros a.niguinhos £0 Tico-Tico.

O TICO-TICOOs prêmios d'O TICO-TI-C-O

Pagámos durante a ultima semana os seguintes :Maria Margarida Caldas Vianna. I0S, do Concurso

n. '.',i\ : Anna Li. Nogueira Sobrinho, rcsidenlc em Wences-Inu liraz. IOS. do Concurso n. .'iil ; Anaihilde de AlmeidaCouto, lõS, do Concurso n. \i'M.

Total £&<JUU.

A ÀPPLICAÇAOMaria era uma menina de cabellos louros, olhos azues,

C com as laces lão rosadas como duas maçãs.Contava apenas nove annos de edade, e já sahia ler .;

escrever perfeitamente.Luiza. sua irmã. linha onze annos. e pouco sabia va-

diava o di.t inteiro, faltava multo á escola, dizendo estardoente. No ilm do anuo. k*u pai disse lhe . a quem tivermelhor nota nox e\:'.:ne.-, darei wv. livro de historias, como nome e-ci ir:o : a ci;.i .-<<::. Jcttias douradas. Maria, aoouvir csia- pa'.:.cr.is. ii.:o': r id:'u.'.e, ao passo que Luizanem pareceu • •i.vlro jflo^tcu rai disse/.i. Xo di.i seguinte.que cm ¦• Jo e.\.".ii<c, a ipt/licadfl Marta vestiu-se com umvesiidinlio htai «:o p.:n;*o.isei:s

'.i id>sca^ellos^neaiacol idosc foi .-cnl r-c •:¦> :.'!".v.rri.aão \-..\.-. léCClilj.r «• suas lk«~es,emquinlo e-.rcr.-c. i i:i:i. S.iair.nn ilc casa ás '.) horas.Maria c-::'V. :'c.. i i -;.i.;;;l no rivio de ••."..ia <">llegas. A'sIo h. .rãs. « o.aj.; '.;¦,'.'i'i .is :Ma'.e.- A primeira ttlumns queentrou \av\ *aiiiic i"'»5 Maria l.lla sorria ,t tido instante.num paiLci.i' •:-i.,.r pr."tnai»J«« exame Distinguiu-se entretoUüs.a.s Mia- vondiscipuia». c mereceu assim a melhor no'.;1.q«[

|»t loi ri «iiuma a ser chamada.ia pivJe/ia li*ar cssavadial

presidente da mesa examina-s noias. LuizQ foi a única qjc

sahiu reprovada, .to pa.-.so que sua irmãsinha obteve umabella nota. prêmio de seus esforçou durante lodo anno. Asduas meninas p.ulir.im paia casa. (• pai de Ma. ia j.i ctavaroin 0 prêmio para.lhe dai. pois elle já sabia que 0 livroera para cila. A estudiosa Maria. Uo receber o presente,ficou con:enii*-sim.i. e ao avisial-o bradou de alegria, t oAlmanach d'<> Ttci-Tict).

A Luiza, eniieia.no, nada offereceram. porque nãomerecia: mas. desde esse dia, imitando o exemplo de suairmãsinha. 'tomou-se muito estudiosa, paia que no fim doanno tambem ella fosse mimoseada por seu bom pai.

Ri i de Janeiro, 22-I-JW9.Maria da Conckição dr GkmiRS

FELICITAÇÕESCompleta 15 primaveras a Vi do corrente, a tntcressnn

te senhorita Maria Luiza de Souza, residente em Nova l'iiburgo e uma das distinclas anrguinhas d' (ti lat-1 ico.

Mario Paninhos, nosso distineto collaborador, fazannos a H do corrente.

—A |:í do corrente fizeram annos:A menina Magnolia, dilecta filhinha do sr. Faustino da

Costa Guimarães, distineto negociante da nossa praça; ainteressante Nair. o encanii) do lar de ,capilã«> FranciscoCardoso Pires, fuuccioiiario da Municipalidade ; Sylvia. li-lha do sr. João pinheiro Maranhão, guarda da Alfândega.

fez antius a dl do cor ente, a Lxma. Sra. I). Ca ha-rina Plens liam so. piogcnitora do noss > sincero ami-guinho Itobertu Danoso, um dos distinetos collabjradorcsd'0 Tico-Tico.

O CONCURSO DO CAZUZAAttendendo ás solicitações de muitos meninos residen-

tes nesta Capital c nu* listados resolvemos receber rC •«postas,

para 0 Concurso do Cazuza ate o dia á de mar«,o, próximo.Lstá assim feita a vontade dos nossos bons câmara-

nhas.

SCIENCIA FÁCILCORRESPONDÊNCIA DO DR. SABETUDO

Jenny Wallcr — Lamartine foi um illustre escriptorfranecz. Chamava-se AlTonso de Lamartine, nasceu na ei-dade de Maçou cm I7üf) e morreu em l.S0'J. Os seus livrosmais importantes são Meditações 1'oeticas (versos), Jacclyn( romance), ca Historia d s Girondinos.

João Guimarães Barreto — A machina photographicafoi inventada pelo o.imico francez Nicéphoro Niepce,nascido em 17(15 c fallecido em isri. aperfeiçoada poroutro chimico francez chamado Luiz Daguerrc.

Carlos silva —- Já expliquei o qec me pergunta noAlmanach cTOTico-Tica do anno de IU07.O que faz com quea Ia pareça maior quando nasce é água queeviste no ar. Como se sabe, a água produz o effeito de umvidro de augmento, Ura no ar fia grande quantidadedágua.

i > ar forma uma camada em cima da terra. Olhando-se paia a lua rjo alto, o nosso olhar atravessa'apenas a ex-pessura d'c-sa camada de ar. Mas olhando para a lua.qua docila desponta no horizonte, o nosso olhar atravessa maiorquantidade de ar c. portanto, maior quantidade d'agua ; porisso \em« s a lua maior.

Quanto ás variações da côr do ceu, dependem de variascausas.Maior ou menor quantd ide de agua.de luz.dccletri-cidaJc. núcleos de nuvens distantes e rellcxo do mar. etc.

Orlando de Castro Lima - Mecânica e a scicncla dosmovimentos e do equilíbrio da matéria, í a arte de con-Struir machinas. K' uma carreira ulilissima no Urazil, ondea mecânica deve prestar grandes «-erviços á industria e áagricultura. Um bom engenheiro mecânico p«>dc ganharmjito dinheiro em nossa terra. Mesmo porque são raros.

Dr. S.MiFrruno.

t<AO "TICO-TICO"

Tal como o zcphiro brandoli Icnitivo das llôres,O Tico-Tico, p'ra mim,L' mais do que mil amores I...

Dudu' Lima.

O Almanachmcnie.

d'0 TICO-TICO será publicado breve-

——* |^M< ^m^m^mE2*mm^l*jLiMX í* t OsPa -ú sW

J\\ _t .."^^*^^y3Lw^^[ I ^M 'ÉL\\ ss^> jf\ È | *•* "¦ •! I

li Wm\Wv^^1 WmWtmtmmW^

I ckmj Silva,Intelüaeiua collaboraílora «10Tieo-Tico.

I -i.i 11..s-.j amiguinha foi a-pinliiái num ii:-t ni. ne • peloii ituo |>h t 'gr-inlio. quando p.is-»^av.i iu A.uniJ i Ceiiii.il.

O mterigente menino ÁlvaroLuiz lYi<.ir.i, distincio coll.bora-dor d'0 Tico-Tico e hahil photoí-r.ipli ..

Lste no«so am guinho partepara a Europa, hoje, 14 do cor-rente, a bordo do Araguaya.

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE Vai dizer a sua opinião um egrégio membro da classe medica,distineto cirurgião da Santa Ca«a de Misericórdia e do Kcal lios-piial de llcnelicjiicia Portugueza. de Pelotas, etc. •Attesto que o

• Peitoral de Ang c 1 Pelotense». preparado d 1 lll.n >. s.-. i-;jjard > C. Se.) i.-ira. e u 11 ev.elleiite medicamento para grandenunieio de a;f.'c','ocsd ) appareliu rjspirat iri t. — Dr. ./,.<• llru<] 1: ¦ l>: • >-it >:-cí n Pel itu«, Rjjardo C. Seqjcira; Kio,LltOü VK1A PACULCO, AndiaJas ÕJ; São Paulo. 13AKLLL ei C, c ÜKOJAUIA COLoMbO, Santos

O TICO-TICOOS NOSSOS CONCURSOS

RESULTADO DO CONCfRcO X :!10nVUcf

SOLUÇÃO EXACTAA pcqucnada não foi lá das pernas com este concurso,

transformando o pobre do elephante cm um verdadciiojardim zoológico, sim rorque até houve um menino quenos envioj um... j.ica c por clephanie!'leve

graça, afinal !Os fc i tardos dc hoje ahi vão:I* prêmio-153000:

Kiía Peçanhadc II annos dc edade. residente na estação dc Macuco, Es-tado do Kio dc J incho.

2" prêmio — HlSuoO:

Benedieio Pinheiro de í.imadc 10 annos de edade, residente á ma S. Francisco Xa-vier n, 1Õ7. ltio.

3" prêmio— 10S000:

Álvaro í^ibeirode 9 annos de edade. morador á rua General Osório n, 31,Campinas, Lsud > dc S. Paulo.

Enviaram-nos soluções.Kita Peçanha, Mari i do Carmo Dias Leal, Donguirha

Dia*Leal, Uenedieto Pinheiro dc Lima, Agenor Carvalho,Maria Magdalena Martins, Alvará Ribeiro, Hamilton Peça-nha. Maria do Carmo de Mofacs,Thereza Schmitd.B.Pinio,Curmita Dias Leal, Antônio Frederico da Luz 'Loiros,

La mais nomes a publicar.RESULTADO DO CONCURSO N. 3^.1

Kl sl-OSTAS CHUTAS :

I". — Lisbonina.2'. — I io — pia — Custodio — Custodia.:;*. — Bengala.-1". — Canna — cano.t)". — Pitanga — tanga.('.*. — Osso.7*. — Polvo — Pólvora.8*. — Adagada.Todos s c.i icurrentcs foram incluídos no sortcii, cujo

rcsuhad ¦. h vai:1°. premiu — 153000.

Juliela ft.osadc 11 annos dc edade, residente á rua dc Santa Ephigcnhii. '.H, S. Paulo.

2". prêmio - lOSOOO.Paulo iuima

de 10 annos de edade, moiador á travessa Rio Grande doNorte n. lu A.

3*. prêmio — I03WJ0.Angélica "Nazareth

de R annos dc cdaae, residente á rua S. João Bapiista n,5,Botafogo.

Enviaram-nos soluções:

Dano Marinho, Cyro dc Figueiredo Valladão. MariaDulce dc Sà, Antônio \V. R. Pimenta, Antônio RodriguesSoares. Waldemar Pedro dos Santos, Ilolstein Séllus, Ho-norina Perdigão. Jair Corrêa, Pedro Clémcnl, Alzira Ta-ramo. Adherbal da Silva Campos, Adalberto Pereira Pinto,Emilia Earanto, José (tampos Junior. Elisa Antunes Garcia,Camillo Garcia da Silva, José Carvalho Reis, Stella Garciada Silva, 'lasso Peres, Moacyr Campos, Pedro de AlmeidaPereira, Ernesto Figueiredo Leal. Adalgisa de Faria, EuricoHenrique dc Archanchy, Judith dos Santos Abreu, Ma-riana Medeiros Saraiva, Djatma Carvalho, e Antônio Coe-lho,

lia nomes a publicar.CONCURSO N. 331

PARA OS LEITORES DA CAPITAI. E DOS ESTADOS

JHHfflBS

IxjJLííHME Então divertiram-

se muito, hein.ami-guinhosdestemidos>Nós vimos a brinca-deira de vocês todos,até a do Club Con-currehte d'0 Tico-Tico. que fez umsuecesso assombro-so ! Tratemos agora

^— . «^ «|. dos concursos por-ffl fe^. q ie o Carnaval lá se

ühtw>tj| Tem vocês ahi^^B uma porção dequn-^^B drinhos comascóres^^H dos Democráticos.

I l ^^ Queremos que vo-cês façam um qua-

drado gia.ue com os quujrinnos, de fôrma que se possaandar por todos os quadrinhos sempre por caminhospie .os.

Este concurso é bem fácil e vocês bastam cortar os pe-daçus com todo o cuidado, preenchendo as formalidadesexigidas f)ei'0 TtCo-TtCH, isto é, assignando as soluções,declarando a edade e residência.

Us prêmios são trez um dc lõS c dous dc !0S. q>eserão distribuídos por sorteio

As soluções serão receoidas até o dia 7 de Abrii.

O TICO-TICOCONCURSO N. 332

•n___-A.OS LEITORES DA CAPITAL R DOS ESTADOS PRÓXIMOS

Perguntas :

1'^.Mia como gato, e não é gato:Tem rabo como o gato e não é gato.Arranha como gato e não é gatcPula como gato e não é gato

Que é?(Enviada por Joãosinho de Mattos).

2'—Qual é o nome do animal, que antepondo-3e lheuma lettra, fica uma csphcra?

(Enviada pelo menino Jorge Faria Santos),

3"—Qual é o pé maior do mundo?(Enviada por Vicente Ferreira Machado?.

4'—Que é, queé: quanto mais se corre, menos se apa-pha?

(Enviada pela menina Carmen Carvalho Reis).

5*—Elle no chão, ou tocando isolado; ella dc todo oíalçado.

Que é?(Enviada pela menina Célia Carneiro da Cunha).

0*—Qual e a frueta que tem uma parte ruim e a outraboa?

(Enviada pelo menino Lulú Medrado).

Ha tréz premios— um de 15S0O0 e dous de lOíOOO, queterão distribuídos por sorteio, entre aquelles que enviaremloluções certas até o dia 3 de Março.

AVISO

Os leitores contemplados nos sorteios, residentes nestacapital, deverão vir ao nosso escriptorio receber c passarrecibo dos premios.

Os demais, residentes nos Estados, deverão procurarDs nossos respectivos agentes, pelos quacs serão promp'.:-mente attendidos e pagos.

Nâo entrarão nos sorteios dos concursos as soluçõesque não vierem «.-imunda- e acompanhadas dos respeeli-vos vales, cdades c residências dos nossos amiguinhos.

Tambem não entrarão nos sorteio: as soluções quecontiverem outros trabalhos.

A cegaPara Stella Goulart

Era a hora do crepúsculo...Lá no cimo alquebrado da rústica montanha seprava

mansamente a brisa, balouçando e trescalando as viridentesarvores, trazendo-nos o som quedo e melancólico dumvelho e enorme sino bronzeado, que redrobrava compa-damente as badaladas rigidas, annunciando as puras vi:-gens de Maria, a hora sacraiissima áoAngelus.

Mal ouviam-se as pisadasde seus lemos passos, cami-nhando como em busca do poente avermelhado, com aspupillasazucs, de um azul embaçado, as suas palpebras es-forçavam-se para admirar os alveos pombinhosque adeja-vam cm buscado infinito...

Ea pobre cega cs.orçava-se rara ver a apothcosc gentilda tarde, qual, por mais esforço que fizesse, não conseguiavêr a claridade celestial de Phebo.

E ella, empallecida e triste, macilenta c calma, andavapor todas as ruas alagadas da cidade, fantasiando numsommonastico, palavras tristes, pedmdo aos bonançosos co-rações um obolo para saciar a sua fome.

Trajava um vestido de chita branco, cot purameme deneve, cabellos pretos, cahindo ondeadamehtc até a delicadacintura, sendo levemente açoutados pela brisa acariciadurad'essanoite infinita de luar.

Conhccia-a desde pequena, sempre envolvida no mantoescuio da tristeza,completamente nas trevas, ícm vêr nemum dia esse painel sacrosanto e bemdito, a Natureza sa-cosanto é bemdito [ara uns. 'naldito para outros.

Maldito para essa, que não vé um raio apenas d'esseso! benéfico que venha enxugar as suas faces banhadas delagrimas, maldito para essa, que não sente beijos bemditC3e afagos maternaes, mais aindi resta no âmago de seun-.oJe.'0 coração a esp< rançado tornar a ver a luz acaricia-dora e forti, quo nos dá vida e vigor...

A cidad. estará morna e silenciosa, envolvida em mantos alvacentos de luar, e a pobre cega galgava demorada-menti, a rampa viridente da montanháedirigia-seá humildechoça, accesa pela luz moitiç.i dc um candiciro de azeite,e cantando sob oj clarões radiantes da lua, versos tristes,versos nostálgicos...

Alagoas, Maceió\ ¦» Manuela Pires Gouveia.

As lições de vovôMeus nclinhos.Hoje é dia de festa nacional, por ser o do anniversario

da Constituição da Republica.Vocês sabem o que é a Constituição?Nâo sabem. Ha aié muito homem por ahi que a igno-

ra. Entretanto, é preciso que todos a conheçam bem, por-que a Constituição é essim como que o regulamento geraldo paiz.

Ha leis para dirigir tudo, para indicar a cada pessoa oque se pode fazer e o quj não se pode lazer. Ha,por exein-pio, uma uma lei declarando que não se pódc pór lixo narua. Outra declarando que cada dono dc casa tem de pa-gar uma certa quantia por mez ao governo da cidadepara que elle tenha um pessoal encarregado dc tirar O lixode todas ai casas e leval-o para uma ilha distante e la quei-mal-o para que elle não lique amontoado, produzindomau cheiro.

Ahi estão exemplos dc duas leis. Uma prohibindo oque nã > se deve fazer e outra indicando o que é obri-gaçã.ide cada um. Masquem faz as leis é o governo, aCâmara dos Deputados e o Senado, para bem de todos.para citar que uma pessoa por descuido ju ignorânciafaça cousas que causem prejuízo ou mal aos outros.

Si umape;-s>a começar a amontoar lixo no quintal,produz-se em poucos dias mau cheiro, que causará mo-lestias ,nã( só naquclla caía como nas outras alli porperto.

Assim, o governo faz leis para dirigir o povo. Mas épreciso que o governo não faça essas leis com abuso oumaldade, prejudicando o povo. Por isso, acima de todas asleis ha uma lei geral, que é a Constituição, lei que lem porfim indicar ao próprio governo o que elle pôde ou nãopode fazer.

As leis ordinárias tratam dc cousas pequenas, nás con-veniencias pequenas e podem ser desmanchadas por outralei Por exemplo, o governo faz uma lei prohibindo pórtabolctas na rua,para não atrapalhar as pessoas que passam.Tempos depois, sendo alargadas as ruas, faz-se outra lei,declarando que ja se pode usar taboleias.

Mas a Constituição não muda. não pódc ser alteradasenão no fim de muitos annos, e traia dos grandes interes-sesdo povo, marca os seus direitos especiaes c importan-tes. Por exemplo, ha lei autorisando o go.crno a prenderas pessoas por varias cousas. Ainda agora foi posta umalei mandando prender as pessoas que soltam papagaios.Mas a Constituição declara que ninguém pode ficarpreso p<.r mais da um d.a rem ser conhecido o seucrime.

Comprchendcm a importância d'isso?<» goven o pode fazer quantas leis quizer, mandando

prender O povo, mas não pode prender sem lazflo C, siprende, é obrigado a soltar no dia seguinte.

Na Constituição csião declarados os direitos mais sa-grados, O direito dc voto, o direito dc cada um ter suacasa c mand ir nell i tanto que nem n policia pôde entrarDelia. (So se fôr chamada rela própria gente d.casa).

Poisa nossa Constituição foi feita no di i _!l de Fe-veiei ro dc 181)1.

Então festeja-sc lodosos annos a sua data.

Vo. .

-Imaiiucli «PO TICO TICO — Saiiirá brevementeCA r .i^inas a cores, texto abundante . variado.

O Tioò-Tioo————

I S" \ I

)u*i. ^8_<_ \»^"~

^__2__.IMK.l (OXdUNO ». 331 PARA CONCURSO X. 333

A pesca (papaOilhosaÜKSENHO DE DUDU*)

IV

0 gênio, ao ouvir o nome de Deus, encolheu-se todo e poz-se atremer-não'podendo, porém, resistir ao pedido feito d'este modo,fez signal'ao pescador para que fallasse

Não me posso capacitar de que um corpo gigantesco como oteu tivesse achado logar nesta vasilha tão pequena. Pregaste-meuma mentira, não é assim *

—Não, respondeu o gemo, fallei-te a verdade.—lias o pescador insistindo eni suas duvidas, o gigante zan-

gou-se e exclamou: ¦Para que não possas duvidar mais da veracidade da minha

narrarão, e da extensão do meu poder, vou já a tua vista voltarpara dentro «Ia garrafaMas prepara-te para mor-rer logo que eu tornar asalnr.

Disfarçou o pescadorum sorriso malicioso, quemuito teria dado que pen-sar ao gigante, si o tives-se percebido ; mas já es-tava occuiado em forne-cer a prova evidente deque de facto podia caberna prisão que dizia terhabitado por tantos se-culos.

Principiou por desfa-zer-se em neblina, que seestendeu por cima domare da terra, e chegou a es-carecer o sol.

Em seguida o pesca-dor viu penetrar toda estamassa nebulosa no fras-co de latão, ouviu por tiniB voz do gênio que gritavado fundo da vasilha :

Estás convencido.agora humano incrédulo.'

—Mais que convenci-do,- respond en o pes-oador agarrando atampa c"iuo sellode Salomão, ezás ! fechouo frasco, eexclamoucheiodealegria:

J_-^>-_———

_J\___M_ W/l

¦ ^^_*^^_ _k<_M____L ^_rV/ L____________G

_E í) __r Av___ """__^^

— Agoraiiiru mata-sete.estásOU-tra vez na gaiola,svoltas puras maionde é mais fundo; econtarei a to.los os meucollegas a tua historiaS 0 teu juramento malva-do, de modo que ninguémmais te salvará '

K soltou bem boas gar-galhadaa á custado gênio,que tão torpemente haviacabido na cilada.

AVENTURAS DE UM GATUNO O Xiac_-Tioo

li Um gatuno, uma vez, vendo umaporção jle .manequins à porta de umaalfaiataria, teve uma idéa.

2) Arranjou um cartão com um nume--ro, prendeu-o no peito e ficou em pé,muito quieto, ao pé dos manequins. Lllecontava que o caixeiro daloja...

:!) . . quando guardasse os manequinso levasse também para dentro de casa.Depois, ficando lá dentro, elle podiaroubar á vontade. —<

«4) Mas o caixeiro da loja desconfiou

com aquella figura e foi avisar o partrão.

5] Então o patrão quiz fazer uma ex-pertencia. Poz uma mascara preta nocaixeiro, pendurou-lhe um numero nopeito.

6) ... e carregando-o, levou-o tambémpara a porta, como se fosse outro ma-nequim. Collocou-o mesmo ao pó dogatuno.

7f Depois trouxe uma lata de tinta g Imaginem a afflicçáo ern <p_s ficoupreta e ilis.se: «Vou pintar este boneco 0 desgraçado. Mas para se não dar a co-para ficaregual ao outro. E passou o pia- nhecer, sofíreu aquillo sem se mexer,cel com tinta no rosto «Io gatuno.

9 Bntio o caixeiro, que estava tam-bem fingindo d'- manequim, ungiu queperdia o equilíbrio e deixou se cahir emnina do gatuno.

10) 0 gatuno* para fingir que eramo um -.liiriam-

beme bat o nariz em uma pedra,

11 0 patrão vàttdoque o gatuno,cmtudo aquillo, nao se dava abe-

12) ...levou d'alli o seu caixeiro, que,uma vez em logar de nfto ier v.sto paiogatuno,

{Continua na p igm i segunte)

O Tioo*Tioo/

AVENTURAS DE UM GATUNO (conclusão)

1) .. .tirou a mascara preta e carregouo gatuno para o fundo da loja junto comos outros manequins.

2) Depois o patrão- ungiu que ia sa-hir e o caixeiro correu atrás delle, gri-tando—Patrão:...3) ... Patrão I Olhe que temos incêndio

em casa. O gatuno, ouvindo isso', ficou atremer. .

4. O patrão voltou e disse: E' preciso sal- 5) O caixeiro agarrou o gatuno e car-var os manequins para que nàose queimem, regou-o debaixo do braço, mas, quando ia

sahir com elle...6) ...o patrão lhe disse não é preci-so salvar este que jâ está muito velho.

Salre sõ os outros.

to7) O caixeiro atirou o gatuno para um can- 8) Depois sahiu com o patrao.deixan- 9) ° P^rao e o caxeiro, do lado decarregou os outros mane .uiiis. do o gatuno sósinho fechado na saía. I0ra- acenderam cachimbos e começaram

a soprar fumaça pelas frestas da porta.r

in Quando o gatuno viu a fumaça,pensou que havia mesmo inceadio e co-meçou a bater na porta. *

11) Então abriram. O gatuno sahiu,mas foi loge agarrado por dou* soldados..

12j ...que o levaram para a delega-cia. Apezar de toda a sua esperteza, o ga-tuno não escapou.

AS HISTORIAS DE VOVÓ

r i ^»»fl_5_555_í f ti»- i

_1) Um dia vieram trazer uma cartoi» nova para Vovó,

Lulú e Zetétiveram logo uma idéa. Encheram a car-tola de ovos...

4) Ponha na cabeçpousando qut elle iatola na cabeça...

a Vovó '? - disseram os netinhos,quebrar os ovos. Vord poz a car-

Íj^-'-^1 ^^^ícTV

2) ...e foram chamar Vovô. Mas este, que vira tudo.entrou na sala pela janella e levou a cart Ia para oquintal.

'r>) ... e começou a gritar; Aqui tem uma cousa I

Lulú e Zeté riam-se. Mas Vovô levantou a cartola <• sahiuda dentrod'ella uma porção de pintos...

Si Os netinhos encontraram Vovô e levaram o ¦ sala.já lá estava a cartola muito direitinha na caixa.

—m—v^—r —i

('.).. e mais uma '/ai!.nha viva. Vovô é que fizeratudo isso alli, mas os netinhos até agora estãoCOnven-cidos de que os ovos estavam chocos

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O TICO-TICO

O SR. "X" E A SUA PAGINACOUSAS DA LUZ

| Nem vocês imaginam quantas A REFLEXÃO DA LUZ NOS wÉ/WÂ. '

V wÊ, cousasse Podem fazer com a luz. ' CORPOS TRANSPARENTES WW///W//W///////M^Sfe/W luz até faz ver cousas que não exis- W/////ffl/ffl/v/wm(PsA tem- ^o é só o espelho que reflecte as á/Mf////£ !È^JS imagens. Qualquer corpo liso e bri- . Wfí/////W///'////> .

; ^S O ALFINETE GYRATORIO lhànte, bem illuminado, reflecte;

^^ _ como um espelho. Casta uma pes- ///////// /MÍMM* 'Fr/r

¦ Enfiem em um elástico qual- soa estender um panno preto por w//////r* 'ri .' íYt & 'WÈ. quer' um elastico de botina, por traz de uma vidraça, para poder se 'M'i/'//e,. Z «'¦ :.„ L

. Enfiem em um elastico qual-quer, um elastico de botina, porexemplo, um alfinete curvo, esti-quem o elastico (como mostra a fi-gura 1) e façam gyrar rapidamenteo elastico entre os

"dedos.Si fizerem o gyro em um quar-to escuro todo fechado, deixando

entrar apenas um raio de sol. demodo que o raio luminoso venhadar exactamente sobre o elastico,hão de ver distinetamente um copode crystal formado pelo movimentodo alfinete.

Mudando o. gyro do alfinete,dando-lhe diversas voltas, verão ocopo apparecer de diversos feitios.

O MOINHO LUMINOSO

Faz-se o moinho com uma noz.Abre-se a noz, sem partil-a, depoisabre-se-lhe um furo de um lado,outro em cima e outro cm baixo etorna-se a collal-a, enfiando-lhepelo meio um pausinho bem roliço,tendo ao centro um fio de barbantefino bem enrolado.

A ponta do barbante sae pelofuro feito de um lado da noz.Na parte dc cima do pausinho

prende-se com lacre uma rodela depapelão.

Está prompto o moinho, que fi-ca como mostra afigura 2. Para fa-zel-o gyrar, segura-se o pau com amão esquerda e puxa-se o barbantecom a mão direita.

O pausinho gyra e faz gyrar opapelão.

Ora, muito bem. Basta espetarum alfinete ou um arame torcido so-bre o papelão e fazer gyrar o moi-nho para ver apparecer objectos bri-lhantes, como si fossem de crystal.

Os desenhos numerados 2, 2. 2,2, (no alto da pagina) mostram como

se deve torcer o arame, para se obter a figura de umagarrafa, um peso de papel, uni garrafáo e umeopo dechampagne.

*^~~~ _í(jc_l___

Não é só o espelho que reflecte asimagens. Qualquer corpo liso e bri-lhànte, bem illuminado, reflectecomo um espelho. Basta uma pes-soa estender um panno preto portraz de uma vidraça, para poder semirar.

Aqui está uma experiência inter-essante.

Colloquem de um lado de umavidraça um castiçal com uma vela eoutro castiçal com outra vela por trazda vidraça. Ambas as velas apaga-das e collocadas á egual distancia.A primeira vela, illuminada pela luzque vem de fora, se projectará na vi-draça ; move-se então a segundavela, de modo que ella fique no mes-mo logar em que a outra se reflecte.De modo que, olhando-sc de fora, seve uma e outra atravéz do vidro.Annuncia. e, então, ás pessoas pre-sentes, que se vai acender as duasvelas ao mesmo tempo, com umphosphoro só.

Para isso, basta accender a velaque está do lado de fora, porque achamma se reflecte mesmo sobre o pa-vio da outra vela e parece que as duasestão accesas.

CORTAR UMA LINHADENTRO DUMA GARRAFA

Aqui está uma sorte que pareceextraordinariamente difficil e nãc é

Pendura-se na rolha de uma gar-rafa um fio de linha com um pregopendurado na ponta. Mas o fio delinha não deve ser muito compridopara que, posta a rolha na garrafa, o prego fique penduradodentro da garrafa sem tocaro fundo

Feito isso perguntem a qualquer pessoa se será capazde cortar aquelle fio dejinho e fazer cahir o prego, semabrir a garrafa. Todos hao de dizer que é impossível.Colloquem então a garrafa ao sol e com um vidro deaugmentar façam projectar a luz sobre a linha atravezá garrafa.Em m;nos de um minuto, a linha se partirá e o pregocahirá no fundo da garrata.

0 OVO PRATEADOPeguem em um ovo cozido bem limpo c expo-

nham-o á chamma de uma vela até que elle fique bem

'mirrif. z w/m

à» iltí! _ II

Tíç3

O TICO-TICOpreto de fumaça. Feito isso, deixgm-o esfriar bem e collo-quem-o depois dentro de uma vasilha de vidro branco,cheia de agua limpa. >»

Logo depois, o ovo ficará todo prateado. Appro.xi-mando a mão da vasilha, poderão verificar que ella a re-fiecte como um espelho.

Isso se explica do seguinte modo:A fuligem da chanima impede que a agua toque na

casca do ovo.l-'orma-se,então,entre o ovo e a agua uma camada de

ar que dá o aspecto claro e brilhante.Tirando o ovo dágua, verifica-se que elle continua

preto, mas dentro d'agua a illusão é perfeita.Póde-se fazer a mesma experiência em uma colher.

AS NOSSAS OFFICINASAcham-se installados em officinas completamente novas

os serviços d'A Tribuna, d'0 Malho, d'0 Ticolicoc da Lei-lura para Todos.

Durante trez annos, os vários ateliers necessários áconfecção d'csses jornaes, foram sendo organizados, poucoa pouco, em varias casas, na rua Nova do Ouvidor n. 7, namesma rua n. 4, na rua da Assembléa e na rua do Ouvidor.

Agnra, todas as officinas passaram por completa re-modelação e ficaram insta liadas no prédio que oecupa a áreaque vai do n. 104 da rua do Ouvidor, ao n. 173 da rua doRosário.

Ahi estão montadas com apparelhos aperfeiçoadis-simos, importados directamente, as officinas de typogra-phia, lithoyraphia, photographia, photogravura, zincoyra-phia, stereotypia, brochura, encadernação e impressão,com machinas de ultimo modelo, desenho e chromos.

Assim todos os serviços d'/l Tribuna, d'0 Malho, d'0Tico-Tico e da Leitura para Todos estão centralisados narua do Ouvidor n, 164, onde também será confeccionadaa nova revista A llluslração, publicação de gênero abso-lutamente novo para o Hrazil, feita pelos moldes da lllus-trattòn de Paris, com a collaboração de eminentes artistasfrancezes, inglezes e italianos, soba direcção dc GeorgeScott, o famoso illustrador da llluslration, do Je sais tout,da Leclure pour tous, do Graphic e outros importantes jor-naes europeus.

Tamhcm estão sendo impressos nas nossas officinas oAlmanach dO Malho e o Almanach d'0 Tico-Tico, queserão postos á venda brevemente.

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/hÉ_ \____K-_Í

O intelligente meninoDemosthenetGalvão, de J mnose j mezes deedjde,filho do Sr. Olympio Cal-TÍO, olficúl du? Correio» dePernambuco egrande, apologistad'0 Tico-Tico-

Korival, intelligente lilhinho doSr. Carlos Almeida, negocianteem Rio Branco, Estado de Mi-nas, e um dos admiradores doC/iíçtiin/io.

Enviou-nos a presente photogra-phia como prova de tua sincera amisade ao jornalzinho dascreanças—0 Tico-Tico

DA-SE UM PRÊMIO=___ DE ____

SOOgOOOa quem enviar á Casa ilermanny dousrótulos do ._L_.V_II, dizendo qual o nu-mero exacto de grãos dc feijão contidosna lata dc .YIA.Vlll exposta na referidacasa. Este concurso encerrar-se-á em 31de Março. Dirifrir as respostas com o en-dereço: «I Wtll. Louis Hermanny &C, rua Gonçalves Dias 67.

MANAHMilagroso alimento para au orean-

MM, umasooiivali-M-ciilcs cio.

"O TICO-TICO"llurrah ! que dia formoso.Em que surgiu tão mimoso,O nosso jornal querido,0 Tico-Tico garrido,Tão bondoso companheiro,E um amigo verdadeiro.

Lembro-me bem desse diaEm que surgiu com alegriaO nosso bom amiguinho IVeiu com tanto carinho,Repleto só dc esperanças,Enthusiasmar as creanças 1Era um dia de esplendores,Nós, como as bonitas flores,

Dávamos vivas ardentesAO Tico-Tico, contentes,Fazendo votos sinceros.Os mais brilhantes e veros.Foi um suecesso esperado,Foi um dia festejado I...Tudo cantava e sorriaAo despontar desse dia !

O sol mais bello c redondoFez um suecesso de estrondo 1...Houve uma tarde gentil,A mais fagueira e gracil IA' sombra dos arvoredosCheios dc encanto c segredos,Creancinhas innocentcsBrincavam bcllas, ridentes...

Um mimoso tico-tico.Abrindo contente o bico,No meu dedinho pousou.E lindo canto entoouComo querendo louvarEsse dia dc encantar !

Até as próprias campinasTiveram flores mais finas.A' noite, o céu azulado,Poz-sc de cstrcllas bordado.,.E mais sereno o luarSe espalhou por todo o marl

Vendo esse dia bonito.Sendo por todos bcmdito,Esse projecto descubro :O dia II dc OutubroUm dia tão fcsiejado,Devia ser feriado...

Eloiuano Peixoto Y. Medrado

SAUDAÇÃOMeu querido Tico-TicoE o peralta ChiquinhoAceeitem um abraçoD'cste seu amiguinho.

Campo Bello dc RezendeJOSÉ Micuoli.

O TICO-TICO

TO-HO, O MATADOR DE OUROGRANDE ROMANCE DE COSTUMES GUERRAS E VIAGENS

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í/wt ííoí eA-f/omdores apontara a espingarda v. matara o injeüz com tiro certeiro— E' dc ro-//o que tu fallas, disse o velho. 7o-//o

lambem não é um macaco, é uma crcatura que parece ummacaco e pa.rcce um homem, mas é muito melhor do queos homens.

Neste momento ouviram-se passos rápidos c apparcceu7O-//0,

Apezar de tudo. Jorge teve um movimento de susto aovcl-o. A estatura gigantesca de To-llo fazia medo. Alemd'isso elle tinha uma physionomis transtornada, tremia todoe ficava furioso. Van-Kock correu ao seu encontro.

Eh I To-llo / exclamou elle. — Que tens tu, deonde vens? Porque estás tão zangado?—Eu não quero quetu te zangues —Fallava em hollandez mas pronunciava aspalavras de certa maneira simplificando-as.

To-llo deteve-se e mostrou contprehender. Teve umgesto violento c, apontando para um ponto do vale, de ondese ouviam gritos gutturacs, disse apenas:

Dreha IAinda I - exclamou Van-Kokc com cólera — Ah I

miseráveis I Doidos I

O TICO-TICOTERCEIRA PARTE

CAPITULO II(Continuação)

Drekal Com esta palavra 7'o-//o queria dizer embria-guez. Em hollandez diz-se Dunkaard para significarebrio.

To-Ho, mystificando, dizia Dreka.O velho hollandez ensinava os Homens-Bichos a fallar

a sua lingua, mas elles não pronunciavam bem. O velhoacabara por crear um idioma novo para facilitar a apren-dizagem dos Homens-Bichos.

Sim, Drekal—repetia To-IIo na sua linguagem cx-quisita — Embriagaram-se com vinho de palma e estãogritando : ouro I

Ouro 1 — gritou Van Koch — ouro, a maior desgraçado mundo. Vem 7"o-//o / Mas o menino não pôde ficaraqui sósinho.

floresta, correndo alegremente de collina em collina, e foravisto por um bando de exploradores hollandezes que anda-vam à procura do ouro. Um d'esses exploradores, homembárbaro e cruel, apontara a espingarda e um tiro certeiromatara o infeliz.

To-Ho, louco de inquietação, procurara o filho durantomuitos dias e encontrara-o morto por uma bala no peito.

Quiz conhecer os assassinos do Ho-Ti e adeantara-setanto pelas florestas que chegara atè á cidade dos Atchés,onde fora aprisionado pelos soldados do Sultão Mahmud.

Alli vira tudo, observara com attenção de ignoranteaquclla raça de creaturas, que se pareciam com elles, masque eram cruéis e sanguinários.

Aquellas creaturas, que o tinham aprisionado, pareciammesmo fortes, mais instruídos do que elle, mas ferozes, decoração mau.

Tudo quanto elle via causava-lhe impressão. Mahmud,estava coberto de ouro, e To-IIo lembrava-se das palavra*

*"an-Koch arrastado por sua paixão pela seiencia para explorar a ilha de Sumatra

Então To-Ho, passando a fallar a sua própria lingua,que era um idioma primitivo, chamou :

VahálA mulher appareceu logo e To-Ho disse-lhe:

Toma conta da criança. Trata delle orno tratavasdo nosso filhinho, o pobresinho que os homens mataram.

Jorge recusou, agarrando-se a Vah-KockMb* este lhedisse :

Vai com ella, meu filho. E' uma bôa creatura, quejá te tem amizade.

Com effeito, a pobre Vahá dirigia-se para para a cre-anca com um sorriso tão affectuoso que até a fazia parecermenos feia.

A pobre creatura tivera um filho, que se chamavaHo-Ti. Um dia Ho-Ti, que já era rapazola, perdera-se na

de Van-Koch: »0 ouro é o peior inimigo do nomem.» Paraconquistar o ouro é que os homens queriam penetrar nasmontanhas e queriam matar os Aaps. Aaps cra o nome queVan-Koch dera à raça dos Homens-Bichos.

i: To-Ho, vendo as maldadcs commettidas pelas At-ches, que eram homens, comprchendeu por que motivoVan-Koch tinha fugido do meio dos homens para viveralli, annos e annos, no meio dos Aaps, ensinando-os a vi-ver e a odiar o ouro, destruir o our*o, causa de todos osmales.

Van-Kock era umchimico notável, um sábio. Desde queos Aaps encontravam na montanha algum novo veio deouro, elle incitava-os a destruil-o por meios chimicos.

(Continua)

O TICO-TICO

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BRINQUEDOS PARA OS DIAS DE CHUVA

Collem sobre papel-cartão bem fino as differentes figuras deste desenho e recortem-nocuidadosamente.

Depo's dêem um corte com a ponta de um canivete sobre as linhas marcadas comcruzes e façam o mesmo sobre os traços pretos do paletot.Feito isso, enrolem a figura principal, formando com ella um canudo collado pelastirinhas brancas.

Cada uma das pernas da calça formará um canudo.Depois preguem a figura 2,que forma as abas da cartola e enfiem-n'a

no logar próprio. A figura 3 formará os braços. Enfiem-n'a antes deenrolar a figura principal, de modo que ella appareça de um lado e deoutro pelos cortes feitos sobre as risca do paletot (ao alto),enfiiem os pu-nhos nos cortes abertos nas riscas do paletot em baixo, e o homenzinhoficará como quem está com as mãos nos bolsos.

Para que o boneco fique em pè, colloquem as botinas enfiadas noscortes dados nas pernas das calças.

AO TICO-TICOAo querido O Tico-TicoEnvio este versinhoComo prova dc amisade,Que muito tenno ao Chiquinho.

Quando aqui chega vapor.Corro logo em attenção...Para ver se tem Tico-Tico,Jornal de meu coração.

Recife —Pernambuco

•Ginemalographo _?/_> BI? AN CO

ToJo Geumano da Silva

Aqui tém os nossos amiguinhos mais um

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A CIVILISAÇÃO NO EGYPTO. —O Egypto t um dosm.iis antigos paizes do mundo. Basta diier que, quando N.ipoleâo conquistou aquella terra, disse aos seus soldados: —Rapazes! De cimadas pyramides quarenta séculos nos contemplam. Ha, portanto, 41 séculos, já o Egypto possuía reis tâo poderosos, que mandavam editicar por seus escravos as colossaes montanhas de pedra e cal que de-Tiim servir-lhes de sepulchro. — Ate hem pouco tempo ir aoEgyptoera uma cousa difticil e perigosa. Necessitava uma expedição armada porcausa dosbeduinos selvagens, que assaltavam os viajantes. Agora,graças á civilisação ingleza, milhares de viajantes vâo visitar as pyramides, como se vé na gravura acima.

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O TICO-TICO

O CASTIGO DO TEIMOSO

l-^fp-^t Í1I1I13PPa.tC-a\V-à\/.<ai —^á^è__M*£Sí~

-i -—• -~-l-.- ¦- , A.,."- ¦ '¦.'• '"^lY.ii

«Dourado» e cDouradinho> eram dous Orni as ultimas chuvas a casa do conunen- ...carregados com o «aqnariun;- e tudo ap-zarpei* s que viviam muito felizes num «aqua- dador Xenophontes foi invadida pelasaguas da dos esforços dos bombeiios para os sahar..riu o* do commendador Xenophontes... grande enchente, sendo os peixinhos...

...indo parar nas galerias dos esgotos das Ahi ficaram «Dourado* e «Douradinho», ... que procuravam portodos os meios entrairuas que vao sahir no mar... quando lhes appareceram dous enormes pei- no «aquarium», virando-o de um lado exes... doutro...

...quando um dos enormes peixes lhes disse que «Dourado» niodavaouvido e recommenJavaO mar era muilo grande e uma porção de aos seu amigo «Diuradinho» que nào s ilusse.cousas bonitas... «Douradinho» era muita teimoso e sahiu...

i§§ B

...começatdo «caçoar Jo companheiro, chajmando-o ae medroso c a secundar as pa-lavras dos peixões...

Ed r~4Jsr^ ''

s*7 —' " ^—

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...quando soffreu o bote, sendo engulido im- ...peixões que procuram empregar todos os ...foram ambora muito desapontados, fcstâoniedutamente, ficando «Dourado salvo do» meios para que elle sahisse. Nada tendo con- vendo ? «Dourado» nâo foi imprudente e sedous.- seguido... Salvou, ao passo que «Douradinho» por

ser teimoso foi comido l

O TICO-TICO

Olhae para o futuro de yossos filhosDae-lhes Morrhuina (principio aotivo do oleo de fígado de bacalháo)

- pK -

COELHO BARBOSA&C.RUA DOS OURIVES 86 e QUITANDA 74 F

assim os tomareis fortes e Uvres de muitas moléstias na Juventudt

A .O TICO-TICO»

Rompe a aurora alegremente,Trina meiga a passarada,Pois surgiu o 11 de OutubroEsta data tão amada I

Brilha o sol com mais fulgor 'Tem mais perfumes as flores IP'ra saudar o teu natalOh 1 jornal dos meus amores I I

A distancia que nos separa,Me priva de te abraçarNesse dia em que as creançasVão contentes te saudar I I

Por isso, mesmo de longe,Te abraço com effusão !Knviando-te entre floresMeu pequeno coração 1

Salve I dia tão ditoso ISalve I tão feliz jornal ISalve l ó bello O Tico-TicoQue tem gloria sem rival I I

(Porto Alegre, Rio Grande do Sul) Aracy Fróes.

^^ *^m*HS__B*^__F^^Í_

A talentosa senuorita Engracia da Sil-ra Vellozo uma das nossas dis-

tinetas collaboradoras, residente nes-ta capital.

A graciosa menina Florzinha An-tunes, nossa assidua leitora eamiguinha, residente em Ma-náos e uma das apreciadorasdas artes do Chiquinho.

ALMANACH D'«0 TICO-TICO»Vocês estão estranhando o facto dc terminar o mez de

Dezembro sem ter apparceido o Almanach dOTico-Tico.Mas isso tem uma explicação muito razoável. Nós esti-

vemos reformando as nossas officinas exactamente paramelhorar todas as nossas publicações, e só agora é querecebemos as ultimas machinas, dc modo que só este mezcomeçamos a fazer o nosso. Almanach. Mas vamosapressal-o o mais possível c os

'nossos leitores não perde-

rão com a demora.

O Almanach d'0 TICO-TICO será publicado breve-mente.

Almanach d'0 MALHO — Será publicado brevemente.

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O BALÃO JUSTICEIRO

ir ¦—:— ' _i

«J .__ J IL_ _^____ Mli Manduca estava muito bem admirando

um balão quando um gatuno, aproveitando-se d'ell4 estar distrahido...

.. roubou 0 Tico-7rco,qiie o menino tra/.ia embaixo do braço. .Vundu-a poz-se a chorar e o ga-tuno... °

3)... estava muito satisfeito a ler 0 Tico-Tico, a rir com as t.vpnf>,raa HASS^baiao!^8

^ V0VÔ G d° Zé Ma^, qua,Z\T a^XdTVcl

ir

è o segurou pelas costas e o leOS íir«'S II Uütlinr. ,.'n,*i a. »..,„.„

t) 1-.-" «.«juiuu j»Kicis cosias eo le-vantõu paios ares. o gatuno, com o susto,deixou cair 0 Tico-Tico,..

"^^^^^^^^^^^^^5do aiumiui u. iiuu^uieiii a alegria (10 uiLiaii^awj jjcio limão,caiu no mar e -menino aoereceber o seu querido jor-, (le morrer afogado, porque foi visto por umnal ... soldado de policia que o prendeu.

5) .. que voiu dar mesmo nas "mãos

6) ... Quanto ao gaturj Manduca. Imaginem a alegria do balançado pelo balão, caiu no mâre só escapenino aoe receber o seu querido jor-, de morrer afogado, porqu

'

AS DESVENTURAS DO CHIQUINHO f..u.i« improvinad»¦-_ .

_p____ç y™ 2 [T3^

1) Mamai tinha mandado fazer uma fantasiapara o Chiquinho. Mas mandou fazer escondidopara llie causar surpresa. Chiquinho, que não sa- vestidosbia_d 1880, combinou com Jagunço... ¦ "c°"1*"''

.tuna travessurae «(uiz Urabem lazer uma surpresa a Mamai, apre-sentindo-se fantasiado logro no sabbado. Mexeu e remexeu nos guarda-

1

3) .. .não encontr.vado. porém, ahi cousa q\\* lhede Papai, tirou de lá um pardo calvas, um palstotservisse, abriu i

a uma cartola..^"~"T

j^ •^-' ¦¦¦—i ¦*¦'¦" ¦ —' | ^r^~^m^mwmmmw/cmm^m uj ~i_ ¦—

4) ...ma» as calças erara ra'iito compridas. Kntâo Chiquinhocortou-as, amassou a cartola, para que lha chegasse na cabeça, epreparou tambem o Jagunço...

5) ...cora um chapéu de Mamai e apresentou-se assim, pensaudo qae ia causargrande efTaito. Mai Mamai não achou graça na brincadeira, foi buscar uma ascovade roupa...

6i ... e deu tamanha sova no Chiquinho que depois• lie. para poder se sentar, teve que pôr um travesseiro»or traz. Felizmente na segunda feira Mamai perdooue deu-lhe uma linda roupa de Pierrot—Chiquinho diver-tiu-se muito.