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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Dos crimes praticados contra crianças e adolescentes Arts. 225 a 244-B, ECA. Atenção para os delitos dos arts. 240 a 241 (A, B, C, D e E), bem como 244-B.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE

Dos crimes praticados contra

crianças e adolescentes

•Arts. 225 a 244-B, ECA.

•Atenção para os delitos dos arts. 240 a 241

(A, B, C, D e E), bem como 244-B.

Est. do Desarmamento– 10826/03

Sistema Nacional de Armas (Sinarm): Órgão que

regula todas questões relativas às armas de

fogo.

Competência: art. 2.º.

A lei trabalha com duas hipóteses: Registro e

Porte de arma de fogo.

Est. do Desarmamento– 10826/03

Registro: Toda arma deve ter reg. no órgão

competente (armas de uso restrito terão registro

no Comando do Exército).

Art. 4.º traz os requisitos para adquirir arma de

fogo (dentre eles, idoneidade, residência certa,

ocupação lícita, capacidade técnica e aptidão

psicológica etc.).

As autorizações de compra são intransferíveis,

sendo que há rígido controle sob todas as

armas, que ficam registradas em nome da

empresa que as comercializa até a venda.

Est. do Desarmamento– 10826/03

Munições: a venda é permitida somente no

calibre da arma registrada e em quantidade

autorizada.

Registro: autoriza manter a arma de fogo nos

seguintes locais:

a) Residência ou domicílio;

b) Local de trabalho (quando é o responsável

legal ou titular da empresa).

Em todos os casos, o registro será certificado

pela Polícia Federal.

Est. do Desarmamento– 10826/03

Porte: Restrições – art. 6.º.

Cuidado: Art. 8.º diz que, em caso se furto,

roubo, perda etc., a PF deve ser comunicada em

24h.

Est. do Desarmamento– 10826/03

Quanto aos requisitos para o porte, o requerente

deve (art. 10, § 1.º):

I – demonstrar a sua efetiva necessidade por

exercício de atividade profissional de risco ou de

ameaça à sua integridade física;

II – atender às exigências previstas no art. 4o

desta Lei;

III – apresentar documentação de propriedade

de arma de fogo, bem como o seu devido

registro no órgão competente.

Est. do Desarmamento– 10826/03

Perda do porte:

A autorização de porte de arma de fogo, prevista

neste artigo, perderá automaticamente sua

eficácia caso o portador dela seja detido ou

abordado em estado de embriaguez ou sob

efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.

Est. do Desarmamento– 10826/03

***Crimes (Arts. 12 a 21):

Posse irregular de arma de fogo de uso

permitido; Porte irregular de arma de fogo de uso

permitido; Posse ou Porte de arma de fogo de

uso restrito; Omissão de Cautela; Disparo de

arma de fogo; Comércio ilegal de armas de fogo;

Tráfico internacional de armas de fogo.

L. de Preconceito de Raça ou Cor –

7.716/89

Alcance da lei: discriminação ou preconceito

de raça, cor, etnia, religião ou procedência

nacional.

Crimes: arts. 3.º a 14, além do art. 20.

Efeitos (não automáticos):

•Quando se tratar de servidor público: Perda

do cargo ou da função púbica (art. 16);

•Quando se tratar de estabelecimento

particular: suspensão do funcionamento por

até 3 meses.

L. de Preconceito de Raça ou Cor –

7.716/89

Art. 20: discriminação por procedência

nacional.

Destaque para o nazismo.

Se o crime for cometido por intermédio de

meios de comunicação social ou publicação

de qualquer natureza, é possível o imediato

recolhimento do material, a cessação da

transmissão ou publicação, interdição das

páginas na internet e destruição do material.

L. dos Crimes de Tortura – 9455/97

Definição:

I - constranger alguém com emprego de

violência ou grave ameaça, causando-lhe

sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação,

declaração ou confissão da vítima ou de

terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de

natureza criminosa;

c) em razão de discriminação racial ou

religiosa;

L. dos Crimes de Tortura – 9455/97

Definição:

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder

ou autoridade, com emprego de violência ou

grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou

mental, como forma de aplicar castigo

pessoal ou medida de caráter preventivo.

L. dos Crimes de Tortura – 9455/97

Equiparação: § 1.º do art. 1.º (presos e

internados).

Crime omissivo? É a hipótese do§ 2.

L. dos Crimes de Tortura – 9455/97

Qualificadoras:

• Se resulta lesão corporal grave ou

gravíssima ;

• Se resulta morte;

Causas de especial aumento de pena:

• § 4.º do art. 1.º (funcionário público; contra

criança, gestante, portador de deficiência;

adolescente ou maior de 60 anos;

mediante sequestro).

L. dos Crimes de Tortura – 9455/97

Quando for funcionário público: Inabilitação

pelo dobro do tempo de pena (§ 5.º).

Assim com já visto na Lei dos Crimes

Hediondos, não cabe fiança, nem graça ou

anistia.

O regime inicial será obrigatoriamente

fechado.

L. dos Crimes de Tortura – 9455/97

Cuidado com a extraterritorialidade:

Art. 2.º O disposto nesta Lei aplica-se ainda

quando o crime não tenha sido cometido em

território nacional, sendo a vítima brasileira

ou encontrando-se o agente em local sob

jurisdição brasileira.

L. Maria da Penha– 11340/06

Art. 2.º - Princípio da igualdade.

Toda mulher, independentemente de classe,

raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura,

nível educacional, idade e religião, goza dos

direitos fundamentais inerentes à pessoa

humana, sendo-lhe asseguradas as

oportunidades e facilidades para viver sem

violência, preservar sua saúde física e mental e

seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social

L. Maria da Penha– 11340/06

Art. 3.º - Direitos da Mulher.

Serão asseguradas às mulheres as condições

para o exercício efetivo dos direitos à vida, à

segurança, à saúde, à alimentação, à educação,

à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao

esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à

liberdade, à dignidade, ao respeito e à

convivência familiar e comunitária.

A obrigação de efetivar tais direitos é do Poder

Público, da Sociedade e da Família.

L. Maria da Penha– 11340/06

O que é violência doméstica?

(Art. 5.º) Qualquer ação ou omissão baseada no

gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento

físico, sexual ou psicológico e dano moral ou

patrimonial:

I - no âmbito da unidade doméstica[...];

II - no âmbito da família[...];

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual

o agressor conviva ou tenha convivido com a

ofendida, independentemente de coabitação.

L. Maria da Penha– 11340/06

Violência Doméstica configura violação a

Direitos Humanos.

L. Maria da Penha– 11340/06

Formas de violência doméstica:

Violência física; violência psicológica; violência

sexual; violência patrimonial e; violência moral.

Medidas de Prevenção – art. 8.º. Atenção para o

incivo VII: “a capacitação permanente das

Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do

Corpo de Bombeiros e dos profissionais

pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados

no inciso I quanto às questões de gênero e de

raça ou etnia”.

L. Maria da Penha– 11340/06

Atendimento pela autoridade policial: Quando da

iminência ou prática de violência, adotar as

medidas previstas no art. 11, que são, em suma:

proteção, encaminhamento a hospital ou posto

de saúde e IML; transporte para local seguro

juntamente com seus dependentes;

acompanhamento para retirada de seus

pertences do local da ocorrência; informação à

ofendida dos seus direitos.

L. Maria da Penha– 11340/06

Procedimento em delegacia:

a) Oitiva da ofendida, lavratura de B.O. e tomada

de representação, se apresentada; b) colheita de

provas; c) remessa, em 48 horas, de expediente

ao juiz, para concessão de medidas de urgência;

d) exame de corpo de delito e demais exames

necessários; e) oitiva do agressor e

testemunhas; f) identificação do agressor e

juntada de seus antecedentes, verificando se há

mandado de prisão ou registro de outras

ocorrências; g) remessa dos autos de IP ao juiz

e MP.

L. Maria da Penha– 11340/06

Procedimento judicial:

Mesmo que do CPP. A lei inclusive determina a

criação de Juizados de Violência Doméstica e

Familiar contra a Mulher.

Competência: Opção da ofendida (seu domicílio

ou sua residência; lugar do fato em que se

baseou a demanda; domicílio do agressor).

Art. 12, I; 16 declarados inconstitucionais pelo

STF.

L. Maria da Penha– 11340/06

É vedada a aplicação de penas de cesta básica

ou outras de prestação pecuniária, bem como a

substituição de pena que implique o pagamento

isolado de multa.

L. Maria da Penha– 11340/06

Medidas de proteção – Agressor:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de

armas, com comunicação ao órgão competente,

[...];

II - afastamento do lar, domicílio ou local de

convivência com a ofendida;

L. Maria da Penha– 11340/06

III - proibição de determinadas condutas, entre

as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e

das testemunhas, fixando o limite mínimo de

distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e

testemunhas por qualquer meio de

comunicação;

c) freqüentação de determinados lugares a fim

de preservar a integridade física e psicológica da

ofendida;

L. Maria da Penha– 11340/06

IV - restrição ou suspensão de visitas aos

dependentes menores, ouvida a equipe de

atendimento multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou

provisórios.

L. Maria da Penha– 11340/06

Medidas de proteção à ofendida:

I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a

programa oficial ou comunitário de proteção ou

de atendimento;

II - determinar a recondução da ofendida e a de

seus dependentes ao respectivo domicílio, após

afastamento do agressor;

III - determinar o afastamento da ofendida do lar,

sem prejuízo dos direitos relativos a bens,

guarda dos filhos e alimentos;

IV - determinar a separação de corpos.