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Estatística & InformaçõesIndicadores Econômicos
33
ISBN 2595-6132
Belo Horizonte | 2020
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais:segundo trimestre de 2020
Governador do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto
Secretário de Estado de Planejamento e Gestão
Otto Alexandre Levy Reis
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP)
Presidente
Helger Marra Lopes
Vice-presidente
Mônica Moreira Esteves Bernardi
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (Direi)
Eleonora Cruz Santos (Diretora) Renato Vale Santos (Diretor Adjunto)
Coordenação de Contas Regionais (CCR)
Raimundo de Sousa Leal Filho
Equipe Técnica
Glauber Flaviano Silveira
Lívia Cristina Rosa Cruz
Marilene Gontijo Cardoso
Raimundo de Sousa Leal Filho
Thiago Rafael Corrêa de Almeida
Capa Bárbara Andrade Corrêa da Silva
Coordenação de Editoração
Ana Paula da Silva
Deysiane Marques Franco
Marília Andrade Ayres Frade
DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (Direi) Coordenação de Contas Regionais (CCR)
Estatística & Informações Indicadores Econômicos
33
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais:
segundo trimestre de 2020
Belo Horizonte
2020
ISSN 2595-6132
CONTATOS E INFORMAÇÕES FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO DIRETORIA DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÕES (DIREI) Alameda das Acácias, 70 Bairro São Luiz/Pampulha CEP: 31275-150 - Belo Horizonte - Minas Gerais Telefones: (31) 3448-9550 e 3448-9580 www.fjp.mg.gov.br E-mail: [email protected] Estatística & Informações divulga estudos de uma ou mais pesquisas, de autoria institucional. A série está subdividida em dois grupos: o primeiro, indicadores econômicos; e o segundo, demografia e indicadores sociais. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, desde que citada a fonte. Sinais convencionais utilizados:
- = Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento. .. = Não se aplica dado numérico. ... = Dado numérico não disponível. 0,0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico
originalmente positivo -0,0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico
originalmente negativo
E82 Estudo trimestral da economia de Minas Gerais : segundo trimestre de 2020 / Fundação João Pinheiro, Diretoria de Estatística e Informações. – Belo Horizonte: FJP, 2020.
62p. – (Estatística & Informações, n. 33) Inclui bibliografia.
ISSN 2595-6132
1. Economia – Minas Gerais – 2020. I. Fundação João Pinheiro. Diretoria de Estatística e Informações. II. Série.
CDU: 33(815.1)“2020”
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
GRÁFICOS
Gráfico 1: Produto Interno Bruto a preços correntes – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020 ............................................................................................................. 10
Gráfico 2: Índice de volume (série com ajuste sazonal) do Produto Interno Bruto – Minas Gerais – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ..................................................................... 11
Gráfico 3: Taxas de variação real do PIB e do Valor Adicionado Bruto (VAB) setorial – Minas Gerais e Brasil – 2º trim. 2020............................................................................... 12
Gráfico 4: Taxas de variação real da produção de lavouras – Minas Gerais e Brasil – 2020 .. 14
Gráfico 5: Índice de volume (série com ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na agropecuária – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ..................... 15
Gráfico 6: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos do agronegócio agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020 ................................................ 16
Gráfico 7: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na agricultura (Seção A da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ....................................................................................................... 17
Gráfico 8: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na agricultura (Seção A da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020 ............................................ 18
Gráfico 9: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nas indústrias extrativas – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 .......... 19
Gráfico 10: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos da mineração agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020 ....................................................... 20
Gráfico 11: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na extração mineral (Seção B da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ................................................................................................ 21
Gráfico 12: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na indústria de transformação – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 .............................................................................................................................. 22
Gráfico 13: Taxas de variação real da produção de atividades industriais – Minas Gerais e Brasil – 2º trim. 2020/1º trim. 2020 ...................................................................... 23
Gráfico 14: Índice da produção física nas séries com ajuste sazonal das atividades da indústria de transformação – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 .............................................................................................................................. 25
Gráfico 15: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos manufaturados do complexo metal-mecânico agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020 ............................................................................................................. 28
Gráfico 16: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos manufaturados de alta e média/alta intensidade tecnológica agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020 ................................................................................................ 29
Gráfico 17: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na indústria de transformação (Seção C da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – - Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ....................................................... 31
Gráfico 18: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na indústria de transformação (Seção C da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020 ...................... 31
Gráfico 19: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na construção – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ........................ 32
Gráfico 20: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na construção (Seção F da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ....................................................................................................... 33
Gráfico 21: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na construção (Seção F da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020 ............................................ 33
Gráfico 22: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nas utilidades públicas – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ............ 34
Gráfico 23: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal nas utilidades públicas (Seção Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ....................................................................................................... 35
Gráfico 24: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto no Comércio – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ........................... 37
Gráfico 25: Taxas de variação do volume de vendas das atividades comerciais – Minas Gerais e Brasil – 2º trim. 2020/1º trim. 2020 ........................................................ 37
Gráfico 26: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal no comércio (Seção Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ....................................................................................................... 38
Gráfico 27: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência no comércio (Seção G da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020 ....................................................... 39
Gráfico 28: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nos transportes – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ....................... 39
Gráfico 29: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal nos transpores (Seção H da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ....................................................................................................... 40
Gráfico 30: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência nos transportes (Seção H da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020 ............................................ 41
Gráfico 31: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nos outros serviços – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 .................. 42
Gráfico 32: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal nos outros serviços – exceto educação e saúde mercantis (Seções I, J, K, L, M, N, R, S, T, U da CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 .................................................................................. 43
Gráfico 33: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência em outros serviços – exceto educação e saúde (seções I, J, K, L, M, N, R, S, T, U da CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020 ............................................ 43
Gráfico 34: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na administração pública – Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020 ....... 44
Gráfico 35: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na administração pública – inclusive educação e saúde mercantis (Seções O, P e Q da CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020 ............................................................................................. 45
Gráfico 36: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na administração pública – inclusive educação e saúde mercantis (Seções O, P e Q da CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020........................................ 45
Gráfico 37: Mediana das expectativas do mercado para a taxa de variação do índice de volume do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e 2021 – Brasil – 31 dez. 2019-25 set. 2020...................................................................................................................... 48
Gráfico 38: Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade com e sem ajuste sazonal – Brasil – mar. 2012-jul. 2020 ........................................................ 49
Gráfico 39: Taxa de juros (meta para a Selic), variação acumulada em doze meses do IPCA, metas de inflação e média diária da taxa de câmbio comercial para compra – Brasil – 4 dez. 2014-25 set. 2020 .......................................................................... 49
Gráfico 40: Índice de volume dos componentes da absorção interna, das exportações e importações de bens e serviços e saldo das transações reais – Brasil – 4º trim. 2016-2º trim. 2020 ................................................................................................ 51
Gráfico 41: Índice de volume do Valor Adicionado Bruto (VAB) – grandes setores de atividade e subsetores da indústria – Brasil – 4º trim. 2016-2º trim. 2020 ........... 52
Gráfico 42: Distribuição de frequência das taxas de variação real (% qoq-4) do PIB trimestral e proporção de países com indicador antecedente composto acima da tendência de longo prazo – 1º trim. 2018-2º trim. 2020 ...................................... 55
Gráfico 43: Distribuição de frequência das taxas de desemprego e de inflação em grupos de países selecionados – 1º trim. 2018-2º trim. 2020........................................... 57
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Produto Interno Bruto – taxas de variação e projeções (%) – países e grupos de países selecionados – 2017-2020 .......................................................................... 53
Tabela A1: Exportações de produtos agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH): Valor Free On Board – FOB (US$ milhões) e quantidade (tonelada líquida) – Minas Gerais – 2º trim. 2019-2º trim. 2020 .......................... 60
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Asean Associação das Nações do Sudeste Asiático
Caged Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CMN Conselho Monetário Nacional
Cnae Classificação Nacional de Atividades Econômicas
Copom Conselho de Política Monetária
Covid-19 Coronavirus Disease (Doença do Coronavírus 2019)
Direi Diretoria de Estatística e Informações
Eurostat Escritório de Estatísticas da Comunidade Europeia
FMI Fundo Monetário Internacional
FOB Free on Board (livre a bordo)
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OCDE Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
OIT Organização Internacional do Trabalho
PEA População Economicamente Ativa
PIB Produto Interno Bruto
PMC Pesquisa Mensal de Comércio
Rais Relação Anual de Informações Sociais
Selic Sistema Especial de Liquidação e Custódia
SH Sistema Harmonizado
VAB Valor Adicionado Bruto
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 10
2 NÍVEL DE ATIVIDADE SETORIAL NA ECONOMIA DE MINAS GERAIS ........................................... 13
2.1 Agropecuária ...................................................................................................................... 13
2.2 Indústria.............................................................................................................................. 18
2.3 Serviços ............................................................................................................................... 36
3 CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL ..................................................................................... 47
3.1 Economia brasileira: contas nacionais trimestrais e indicadores macroeconômicos
selecionados .................................................................................................................................... 47
3.2 Cenário internacional .................................................................................................. 52
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 58
APÊNDICE ESTATÍSTICO ....................................................................................................................... 60
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
9
APRESENTAÇÃO
A série “Estatística & Informações” divulga os estudos produzidos pela Diretoria de
Estatística e Informações (Direi), da Fundação João Pinheiro (FJP), em seus mais diversos
recortes ao tratar dos indicadores econômicos, demográficos e sociais. Em sua edição de
número 33, apresenta uma análise comparativa da evolução recente do Produto Interno
Bruto (PIB) de Minas Gerais e do Brasil, procurando contextualizar os resultados observados
em um enquadramento que leve em consideração as especificidades da estrutura produtiva
setorial no estado e sua interação com a economia brasileira e internacional.
Estatística & Informações, n. 33
10
1 INTRODUÇÃO
O PIB de Minas Gerais, no segundo trimestre de 2020, foi estimado em R$ 152,5 bilhões, 4,5% abaixo do
observado no mesmo período de 2019 em termos nominais (GRÁFICO 1). Entretanto, os valores do PIB a
preços correntes não devem ser diretamente comparados em distintos períodos de tempo com o objetivo de
aferir o real desempenho da economia, pois sua evolução reflete variações tanto nas quantidades de bens e
serviços produzidos quanto nos seus preços.
Gráfico 1: Produto Interno Bruto a preços correntes – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
O índice de volume do PIB permite estimar taxas de variação real. Assim, foi possível avaliar que no segundo
trimestre de 2020 o PIB de Minas Gerais correspondeu a somente 90,5% da média alcançada em 2010, abaixo
do nível de 100,3% registrado no trimestre imediatamente anterior. Nessa base de comparação, observou-
se, portanto, uma variação negativa de -9,8% (GRÁFICO 2 e GRÁFICO 3, painel a).
Esse resultado agregado refletiu o fato de que as atividades econômicas mais afetadas pela pandemia de
Corona Vírus Disease 2019 (Covid-19) em Minas Gerais foram a indústria de transformação, os serviços de
alojamento e alimentação, outros serviços prestados às famílias (artes, cultura, esportes e recreação etc.) e o
comércio. Além disso, o volume de produção da administração pública reduziu, principalmente com a
postergação de procedimentos e internações hospitalares que envolveriam o risco de contágio.
137,8
145,2 144,5
148,7
141,2
152,9
156,0 156,6
148,7
159,6 159,4
164,7
153,9152,5
120,0
125,0
130,0
135,0
140,0
145,0
150,0
155,0
160,0
165,0
170,0
R$
bilh
õe
s
Trimestre
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
11
Gráfico 2: Índice de volume (série com ajuste sazonal) do Produto Interno Bruto – Minas Gerais – 1º trim. 2010-2º
trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
As taxas de variação real do Valor Adicionado Bruto (VAB) setorial da indústria de transformação, do comércio
e dos outros serviços1 registraram, por um lado, contração de respectivamente -15,2%, -11,8% e -11,0% entre
o primeiro e o segundo trimestres de 2020 (GRÁFICO 3, painel a).
Por outro lado, no semestre já se consolida expansão do VAB da agropecuária mineira de 3,9% em relação ao
mesmo período do ano passado. Entretanto, a variação negativa da produção nos demais setores de atividade
determinou uma retração agregada de -6,6%, do PIB de Minas Gerais no período (GRÁFICO 3, painel c).
1 Alojamento e alimentação, serviços de informação e comunicação, atividades financeiras, aluguel e atividades imobiliárias,
atividades profissionais, técnicas, científicas e administrativas, saúde e educação privadas, artes, esportes, entretenimento e outros serviços prestados às famílias, e serviços domésticos.
98,4 99
,410
0,9
101,
410
1,8
102,
910
2,4
102,
910
3,9
106,
610
7,4
105,
810
4,7 10
6,4
107,
110
7,5
107,
810
4,8
104,
4 106,
010
3,7
101,
110
0,3
99,9
99,7
99,4
99,0
98,5 99
,610
1,5
100,
810
1,3
101,
610
1,9
102,
610
1,7
101,
910
2,1
101,
010
1,8
100,
3
90,5
2010
T120
10T2
2010
T320
10T4
2011
T120
11T2
2011
T320
11T4
2012
T120
12T2
2012
T320
12T4
2013
T120
13T2
2013
T320
13T4
2014
T120
14T2
2014
T320
14T4
2015
T120
15T2
2015
T320
15T4
2016
T120
16T2
2016
T320
16T4
2017
T120
17T2
2017
T320
17T4
2018
T120
18T2
2018
T320
18T4
2019
T120
19T2
2019
T320
19T4
2020
T120
20T2
Índ
ice
de
volu
me
(201
0 =
100)
Trimestre
Média Trimestral Média Anual
Estatística & Informações, n. 33
12
Gráfico 3: Taxas de variação real do PIB e do Valor Adicionado Bruto (VAB) setorial – Minas Gerais e Brasil – 2º trim.
2020
(a) Em relação ao trimestre anterior (b) Em relação ao mesmo trimestre no ano anterior
(c) Acum. no ano em relação ao ano anterior (d) Acum. em 12 meses até junho/2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
-1,6
-1,0
-15,2
-0,5
-5,4
-11,8
-6,0
-11,0
-7,1
-9,8
0,4
-1,1
-17,5
-4,4
-5,7
-13,0
-19,3
-9,3
-7,6
-9,7
Agropecuária
Extração Mineral
Ind. Transformação
Utilidades Públicas
Construção
Comércio
Transporte
Outros Serviços
Adm. Pública
PIB
%Brasil Minas Gerais0,8
2,8
-17,2
-0,2
-8,9
-13,1
-10,1
-11,9
-8,2
-11,2
1,2
6,8
-20,0
-5,8
-11,1
-14,1
-20,8
-10,3
-8,6
-11,4
Agropecuária
Extração Mineral
Ind. Transformação
Utilidades Públicas
Construção
Comércio
Transporte
Outros Serviços
Adm. Pública
PIB
%Brasil Minas Gerais
3,9
-16,0
-9,9
-0,7
-4,2
-6,4
-7,1
-5,8
-4,3
-6,6
1,6
5,8
-10,7
-3,8
-6,1
-6,9
-11,3
-5,5
-4,5
-5,9
Agropecuária
Extração Mineral
Ind. Transformação
Utilidades Públicas
Construção
Comércio
Transporte
Outros Serviços
Adm. Pública
PIB
%Brasil Minas Gerais-3,2
-21,9
-5,5
5,3
0,0
-1,5
-4,5
-2,0
-2,3
-3,6
1,5
4,7
-5,0
-1,7
-1,6
-2,2
-5,5
-1,8
-2,3
-2,2
Agropecuária
Extração Mineral
Ind. Transformação
Utilidades Públicas
Construção
Comércio
Transporte
Outros Serviços
Adm. Pública
PIB
%Brasil Minas Gerais
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
13
2 NÍVEL DE ATIVIDADE SETORIAL NA ECONOMIA DE MINAS GERAIS
Em termos reais, o índice de volume do PIB de Minas Gerais, no segundo trimestre de 2020, foi -9,8% inferior
ao do trimestre imediatamente anterior.
Contribuíram para esse resultado as variações negativas do índice de volume do VAB de todos os grandes
setores de atividade econômica: -1,6% na agropecuária, -7,3% na indústria e -10,2% nos serviços.
2.1 Agropecuária
Nas lavouras temporárias, foram colhidas no segundo trimestre: 65% da safra de algodão, 100% da primeira
safra do amendoim, 85% da segunda safra de batata, 38% da safra de cana-de-açúcar, 82% da segunda safra
de feijão, 95% da primeira safra de milho e 42% da safra de soja. Houve menor produção de algodão e nas
segundas safras de batata-inglesa e de feijão em comparação com o ano passado, enquanto amendoim, cana-
de-açúcar, soja e a primeira safra de milho tiveram expansão (GRÁFICO 4).
Nas lavouras permanentes, 40% da safra de banana, 32% da safra de café arábica, 62% da safra de café
canéfora e 48% da safra de laranja foram colhidas no segundo trimestre. Houve menor produção de banana
e de café canéfora, expressivo ganho na safra de café arábica principalmente em função dos efeitos do ciclo
bianual de produtividade, e expansão da produção de laranja (GRÁFICO 4).
Além disso, enquanto a quantidade de leite cru adquirida em Minas Gerais, no primeiro trimestre de 2020,
foi 4,1% maior do que no mesmo trimestre do ano passado, essa diferença reduziu para apenas 0,4% no
segundo trimestre: uma evidência de forte desaceleração no ritmo de crescimento que vinha sendo
observado na produção láctea estadual.
Em Minas Gerais, o VAB da agricultura correspondeu a 58,9% do VAB de todas as atividades da agropecuária
(FJP, 2019). Do restante, 26,8% do VAB foram gerados na pecuária e 14,3% na produção florestal.
Estatística & Informações, n. 33
14
Gráfico 4: Taxas de variação real da produção de lavouras – Minas Gerais e Brasil – 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020a.
Elaboração própria a partir de dados coletados em 23 set. 2020.
O resultado agregado dessas variações individuais se refletiu na oscilação negativa, de -1,6% do VAB da
agropecuária de Minas Gerais no segundo trimestre de 2020 em comparação com o trimestre imediatamente
anterior, apesar do crescimento de 0,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (GRÁFICO
5).
Dos produtos da agropecuária de Minas Gerais, a exportação de “café, chá, mate e especiarias” - capítulo 9
da Nomenclatura do Sistema Harmonizado2 (SH) - no segundo trimestre, gerou uma receita de US$ 824
milhões correspondente a 12,9% do total de exportado no período (GRÁFICO 6). Na comparação com o
mesmo trimestre de 2019, houve acréscimo de -6,5% no valor devido à evolução favorável dos preços
internacionais, pois o quantum exportado retraiu -4,7% na mesma base de comparação (TABELA 1 DO
APÊNDICE).
2 O Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias é uma nomenclatura aduaneira, utilizada internacionalmente
como um sistema padronizado de codificação e classificação de produtos de importação e exportação,
-2,8
62,1
7,6
-21,
2
10,3
-13,
2
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Produto das lavouras
MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
15
Nesse trimestre, a receita gerada com as exportações de “oleaginosas e grãos diversos” (capítulo 12 do SH)
superou a do grupo que inclui o café, graças à extraordinária performance das vendas de soja (GRÁFICO 6).
Gráfico 5: Índice de volume (série com ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na agropecuária – Minas Gerais e
Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
16
Gráfico 6: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos do agronegócio agrupados em
capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?].
Elaboração própria.
Com um valor nominal de US$ 879,7 milhões correspondente a 13,8% do total de exportado no período, as
receitas geradas pelas vendas externas dos produtos desse capítulo excederam em 92,6% o valor registrado
no mesmo trimestre do ano passado. Nessa base de comparação, a quantidade exportada desses produtos a
partir de Minas Gerais aumentou 96,4% (TABELA 1 DO APÊNDICE).
No capítulo 2 (“carnes e miudezas, comestíveis”), o valor exportado no segundo trimestre (US$ 265,2 milhões)
correspondeu a 4,2% do total estadual, com variação de 10% em relação ao registrado no mesmo trimestre
do ano passado. A quantidade exportada, por sua vez, aumentou 31% na mesma base de comparação, o que
indica evolução desfavorável dos preços internacionais e/ou mudança na composição dos produtos
exportados nesse grupo, com ganho de participação dos itens de menor valor (TABELA 1 DO APÊNDICE).
Nos capítulos 17 (“açúcares e produtos de confeitaria”), 22 (“bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres”) e 47
(“pastas de madeira e papel”), o valor exportado no trimestre foi de, respectivamente, US$ 218,2 milhões,
US$ 10,4 milhões e US$ 127,2 milhões (3,4%, 0,2% e 2,0% do total estadual). Na comparação com o mesmo
trimestre do ano anterior, houve expressiva expansão da receita gerada com açúcares (70,9%) e bebidas
(45,3%), perda de receita com papel e celulose (-23,6%) e aumento no quantum exportado dos três grupos
de produtos, de respectivamente 77,9%, 85,8% e 10,9% (TABELA 1 DO APÊNDICE).
0,0
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2020T2
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22 0,5 6,2 4,9 1,3 0,5 1,1 28,5 4,6 0,4 7,2 4,8 1,4 0,4 10,4
17 193,8 344,1 440,4 330,5 169,5 161,1 254,5 169,8 87,6 127,6 247,6 188,4 140,7 218,2
12 189,5 493,8 224,1 86,3 188,5 788,1 559,9 239,8 244,1 456,7 290,1 177,7 248,6 879,7
09 963,5 728,3 769,5 984,1 816,7 560,3 676,1 1171, 990,6 774,0 809,5 951,7 915,0 824,0
02 221,2 209,3 257,3 224,6 186,5 150,9 246,6 209,7 177,2 241,1 275,6 329,6 193,7 265,2
US$
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
17
O estoque de vínculos de trabalho em Minas Gerais, informados pelas empresas na Relação Anual de
Informações Sociais (Rais) para a seção relativa às atividades da agropecuária na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE), foi de 261,0 mil em dezembro de 2018.
Evoluído pelo saldo de movimentações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), projeta-
se que esse estoque teria alcançado 266,0 mil, 296,1 mil e 258,3 mil vínculos em março, junho e dezembro
de 2019 (nessa ordem) e, desde então, avançado para 261,7 mil e 266,0 mil vínculos em março e junho de
2020. Nesse último mês (268,1 mil), com uma variação negativa de -10,2% na comparação com o mesmo mês
no ano precedente (GRÁFICO 7).
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada na agricultura mineira foi estimado em 1,134 milhão de pessoas no segundo
trimestre de 2020, com uma variação negativa de -10,1% em relação ao mesmo período no ano passado
(GRÁFICO 8).
Gráfico 7: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na agricultura (Seção A da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
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18
Gráfico 8: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na agricultura (Seção A da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria.
2.2 Indústria
Na indústria de Minas Gerais, houve decréscimo do produto agregado setorial no segundo trimestre de 2020
de, respectivamente, -1,0%, -15,2%, -0,5% e -5,4% nas atividades da extração mineral, da manufatura
(indústria de transformação), na produção e distribuição de eletricidade, água e saneamento (utilidades
públicas) e na construção, em comparação com o trimestre imediatamente anterior (GRÁFICO 3, painel a).
No semestre (em relação ao primeiro do ano passado), foram registradas variações negativas de,
respectivamente, -16,0%, -9,9%, -0,7% e -4,2% (GRÁFICO 3, painel c).
No caso da indústria extrativa mineral em Minas Gerais, a retração observada nos primeiros seis meses deste
ano esteve relacionada às dificuldades operacionais causadas, em um primeiro momento, pela intensidade
do período chuvoso de 2020 e, posteriormente, pela adaptação aos protocolos de segurança sanitária para a
proteção dos trabalhadores e das populações locais em relação ao contágio da Covid-19 (GRÁFICO 9).
Há que se considerar também, para a explicação da magnitude da variação observada, o fato de que na base
de comparação, que incorpora o primeiro trimestre de 2019, o volume produzido ainda não tinha sido
completamente afetado pela “parada brusca” após a tragédia de Brumadinho e a posterior adoção de
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19
protocolos de segurança reforçados e mais restritivos no que diz respeito à utilização das barragens de
rejeitos com alteamento a montante.
Apesar da menor produção, tanto o valor quanto a quantidade de exportação dos produtos da extração
mineral (capítulo 26 da Nomenclatura do Sistema Harmonizado – SH) de Minas Gerais aumentaram no
período considerado com o despacho de estoques acumulados anteriormente.
O valor exportado de “minérios, escórias e cinzas” (US$ 2.114,3) correspondeu a 33,1% de todas as
exportações estaduais no segundo trimestre de 2020 (GRÁFICO 10). Na comparação com o mesmo trimestre
do ano passado, houve variação positiva de 6,1% em valor e de 9,2% em quantidade (TABELA 1 DO APÊNDICE).
Por sua vez, o valor exportado de "pedras e metais preciosos e suas obras" (capítulo 71), de US$ 401,6 milhões
no trimestre, representou 6,3% do total de exportações estaduais no período (GRÁFICO 10).
Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, as exportações desse grupo de produtos
apresentaram variação negativa em valor (-5,7%) e em quantidade (-3,7%), conforme os dados reportados na
Tabela 1 do Apêndice Estatístico deste Estudo.
Gráfico 9: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nas indústrias extrativas – Minas
Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
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Gráfico 10: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos da mineração agrupados em
capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?].
Elaboração própria.
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas empresas por meio da Rais, para a seção B da CNAE
(indústrias extrativas) em Minas Gerais, foi de 58,8 mil em dezembro de 2018.
Evoluído pelo saldo de movimentações do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 59,9 mil, 60,7
mil e 61,3 mil vínculos em março, junho e dezembro de 2019 com as contratações para reforço da segurança
e reparação às comunidades afetadas. Posteriormente, teria chegado a 61,6 mil tanto em março quanto em
junho de 2020 (GRÁFICO 11).
0,0
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800,0
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2400,0
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26 2722, 2293, 1705, 1989, 1714, 1736, 1880, 2032, 1952, 1992, 2347, 1857, 1575, 2114,
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
21
Gráfico 11: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na extração mineral (Seção B da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Na indústria de transformação, a recuperação do volume de VAB no primeiro trimestre de 2020 interrompeu
a retração da atividade econômica setorial ocorrida no segundo semestre de 2019 em Minas Gerais.
Entretanto, a paralisação de parte das fábricas produziu uma contração de -15,2% no segundo trimestre,
fazendo com que a média acumulada no primeiro semestre de 2020 ficasse -9,9% abaixo do registrado no
mesmo período do ano passado (GRÁFICO 12).
Na esfera nacional, o impacto da pandemia na produção manufatureira foi ainda mais intenso, com quedas
de -17,5% no segundo trimestre (em relação ao trimestre imediatamente anterior) e de -10,7% no primeiro
semestre (em relação ao mesmo período do ano passado), conforme apurado nas Contas Nacionais
Trimestrais pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (GRÁFICO 12).
58,8
58,9
59,6 59
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Estatística & Informações, n. 33
22
Gráfico 12: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na indústria de transformação –
Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
Para explicar o comportamento agregado da atividade manufatureira em Minas Gerais, no segundo trimestre
de 2020, foram estimadas variações para os índices de produção física dos grupos de atividade da Pesquisa
Industrial Mensal (PIM-PF) na comparação com o trimestre imediatamente anterior, em séries com ajuste
sazonal.
Verificou-se que, apesar da contração no índice agregado, houve expansão da produção na fabricação de
alimentos3 (6,6%), de fumo4 (5,8%), e de “outros produtos químicos”5 (6,5%).
No primeiro caso, as empresas agiram rapidamente na adoção de protocolos de segurança enquanto a
demanda era aquecida com a concessão do auxílio emergencial pelo Governo Federal; no segundo caso, a
fábrica da Souza Cruz em Uberlândia/MG opera com grande escala de produção e facilidade de adoção dos
protocolos de segurança; no terceiro caso, a produção de fertilizantes no Complexo de Mineração da Mosaic,
localizado em Tapira/MG, retornou à plena carga após a regularização das barragens de rejeitos da extração
3 Açúcar, leite, óleos, tortas, bagaços e farelos de soja e rações para animais. 4 Cigarros. 5 Adubos e fertilizantes, superfosfatos e fosfatos de monoamônio, ácido fosfórico, ácido sulfúrico, silício (inclusive metálico),
herbicidas e inseticidas.
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
23
local de fosfato e potássio, além da contribuição do ramp up na produção da nova fábrica da Fertilizantes
Tocantins (FTO), inaugurada no ano passado em Araguari/MG (GRÁFICO 13).
Nos demais grupos de atividade industrial, em dois setores houve apenas uma ligeira diminuição da produção
física: na fabricação de papel e celulose6 (-0,3%) e de produtos de minerais não metálicos7 (-3,0%).
Gráfico 13: Taxas de variação real da produção de atividades industriais – Minas Gerais e Brasil – 2º trim. 2020/1º trim.
2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria a partir de dados coletados em 4 set. 2020.
No primeiro caso, já foi destacado anteriormente que a quantidade exportada de pastas de madeira e celulose
aumentou no período. No segundo caso, existe uma conexão importante com as vendas de material de
construção, que também responderam positivamente ao estímulo de consumo associado à concessão do
auxílio emergencial (GRÁFICO 13).
Em todos os outros grupos de atividade industrial, o impacto da paralisação da produção e/ou da restrição ao
consumo foi muito severo, com variação negativa na fabricação de bebidas8 (-11,9%), de têxteis9 (-31,3%), no
6 Pastas químicas de madeira, caixas de papelão e papel higiênico. 7 Cimento, cal, massa de concreto, tijolos, placas, ladrilhos e outras peças de cerâmica, pias, banheiras, bidês e semelhantes para
uso sanitário e espelhos retrovisores para veículos. 8 Refrigerantes, cervejas e chopes e água mineral. 9 Tecidos de algodão, roupas de cama e fios de algodão.
6,6
-11,
9
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3
-0,3
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1
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3
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8
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5
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Atividades industriais
MG BR
Estatística & Informações, n. 33
24
refino de derivados de petróleo e fabricação de biocombustíveis10 (-22,1%), na metalurgia11 (-23,2%), na
fabricação de produtos de metal12 – exceto máquinas e equipamentos (-41,8%), de máquinas e
equipamentos13 (-41,4%) e de veículos automotores, partes e peças14 (-65,0%) (GRÁFICO 13).
No Gráfico 14, é possível colocar o desempenho recente da manufatura mineira em uma perspectiva de
tempo mais ampla.
10 Óleo diesel, gasolina, álcool etílico, outros óleos combustíveis e querosenes de aviação. 11 Ferro-gusa, ferro, nióbio, lingotes, bobinas, fio-máquina e tubos de aço e ouro para uso não-monetário. 12 Construções pré-fabricadas de metal, estruturas de ferro e aço, pontes, torres, artefatos, formas e peças de aço. 13 Tratores – exceto agrícolas, motoniveladoras, carregadoras-transportadoras, partes e peças para máquinas de terraplanagem,
aparelhos de ar condicionado para veículos e escavadeiras. 14 Automóveis, veículos para transporte de mercadorias, caminhões, peças e acessórios.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
25
Gráfico 14: Índice da produção física nas séries com ajuste sazonal das atividades da indústria de transformação –
Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
(Continua)
(a) Fabricação de produtos alimentícios (b) Fabricação de bebidas
(c) Fabricação de produtos do fumo (d) Fabricação de produtos têxteis
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Estatística & Informações, n. 33
26
Gráfico 14: Índice da produção física nas séries com ajuste sazonal das atividades da indústria de transformação –
Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
(Continuação)
(e) Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (f) Refino e biocombustíveis
(g) Fabricação de outros produtos químicos (h) Fabricação de produtos de minerais não metálicos
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
27
Gráfico 14: Índice da produção física nas séries com ajuste sazonal das atividades da indústria de transformação –
Minas Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
(Conclusão)
(i) Metalurgia (j) Fabr. de prod. de metal – exceto máq. e equip.
(k) Fabr. de máquinas e equipamentos (l) Fabr. de veículos auto., reboques e carrocerias
Fonte: Elaboração própria.
Dos produtos manufaturados do complexo metal-mecânico de Minas Gerais, o valor exportado de “ferro
fundido, ferro e aço” (capítulo 72 do SH), no segundo trimestre de 2020, totalizou US$ 752,1 milhões,
correspondentes a 11,8% do total de exportações estaduais no período (GRÁFICO 15).
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Estatística & Informações, n. 33
28
Na comparação com o mesmo trimestre no ano anterior, esse valor foi reduzido em -28,6%, apesar da
quantidade exportada ter apresentado decréscimo de apenas -2,4% (TABELA 1 DO APÊNDICE).
Gráfico 15: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos manufaturados do complexo
metal-mecânico agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH) – Minas Gerais – 1º
trim. 2017-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?].
Elaboração própria.
Dos produtos classificados no Capítulo 73 do SH (“Obras de ferro fundido, ferro e aço”), as exportações de
US$ 95,7 milhões representaram 1,5% do total estadual no segundo trimestre, com variação em valor de -
44,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e de -42,9% em quantidade (GRÁFICO 15 e TABELA 1
DO APÊNDICE).
Os produtos do “zinco e suas obras” (Capítulo 79 d0 SH) apresentaram aumento na quantidade exportada no
segundo trimestre, de 24,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o valor exportado de
US$ 51,9 milhões (0,8% do total estadual) teve uma redução de -15,0% durante esse período (GRÁFICO 15 e
TABELA 1 DO APÊNDICE).
As exportações de “produtos de metal, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos” (Capítulo 84 do SH)
produziram uma receita de US$ 72,7 milhões (1,1% do total estadual) no segundo trimestre, com retrações
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87 260,7 273,9 276,8 323,5 257,9 256,1 225,5 168,7 117,4 177,8 144,8 134,5 115,6 34,6
84 93,8 100,6 124,9 138,5 121,8 115,5 143,3 136,0 111,7 124,6 116,6 127,6 161,0 72,7
79 53,1 57,6 55,1 53,6 65,0 69,8 53,3 55,6 36,6 61,1 64,0 60,6 48,8 51,9
73 131,7 102,3 124,8 132,4 114,0 115,2 84,9 106,3 168,7 171,9 154,9 120,9 126,5 95,7
72 768,5 779,7 860,7 906,2 892,3 847,0 666,9 1023, 925,9 1053, 1004, 890,9 768,2 752,1
US$
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
29
de -41,6 em valor e de -30,4% em quantum na comparação com o mesmo trimestre do ano precedente
(GRÁFICO 15 e TABELA 1 DO APÊNDICE).
Finalmente, as exportações de “veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes
e acessórios” (Capítulo 87 do SH), geraram receita de US$ 34,6 milhões no segundo trimestre (0,5% do total
estadual) em um dos elos finais mais afetados pela paralisação econômica da pandemia da Covid-19 na cadeia
produtiva da metal-mecânica de Minas Gerais..
Na comparação com o mesmo trimestre no ano antecedente, houve retração de -80,6% em valor e de -76,7%
em quantidade (GRÁFICO 15 e TABELA 1 DO APÊNDICE).
Dos demais produtos manufaturados em Minas Gerais com alta e média/alta intensidade tecnológica, o valor
exportado de químicos inorgânicos (Capítulo 28 do SH), no montante de US$ 95,8 milhões (1,5% do total
estadual) no segundo trimestre de 2020, teve decréscimo de -37,0% em comparação com o mesmo trimestre
do ano passado enquanto o quantum exportado foi -51,7% menor (GRÁFICO 16 e TABELA 1 DO APÊNDICE).
Gráfico 16: Valor Free on Board – FOB (US$ milhões) das exportações de produtos manufaturados de alta e
média/alta intensidade tecnológica agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH)
– Minas Gerais – 1º trim. 2017-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?].
Elaboração própria.
0,0
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90 26,5 24,0 23,9 23,5 22,3 20,9 26,3 27,4 30,3 32,3 32,3 34,0 26,0 23,2
85 63,0 60,2 68,3 64,2 56,9 43,2 54,9 42,4 40,7 41,2 37,6 46,7 33,0 26,8
30 61,4 65,0 71,0 57,3 54,0 51,6 50,3 53,2 53,4 48,5 62,0 42,3 44,2 40,8
28 123,5 95,4 172,9 118,8 157,8 154,1 155,4 180,0 157,8 152,0 141,3 114,8 106,3 95,8
US$
milh
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Estatística & Informações, n. 33
30
As exportações de produtos farmacêuticos (Capítulo 30 do SH), no valor de US$ 40,8 milhões durante o
segundo trimestre de 2020, representaram 0,6% do total estadual no período. Na comparação com o mesmo
período do ano passado, foi registrada uma variação negativa de -16,0% em valor, apesar do aumento de
16,6% na quantidade exportada (GRÁFICO 16 e TABELA 1 DO APÊNDICE).
No caso das máquinas, aparelhos e materiais elétricos e de gravação de som, imagem e televisão (Capítulo 85
do SH), o valor exportado de US$ 26,8 milhões representou 0,4% do total estadual no segundo trimestre, com
variações negativas de -35,0% em valor e de -36,6% em quantidade na comparação com o mesmo trimestre
do ano precedente (GRÁFICO 16 e TABELA 1 DO APÊNDICE).
E finalmente, no caso dos instrumentos e aparelhos ópticos, de controle e precisão e médico-científicos
(Capítulo 90), o valor exportado de US$ 23,2 milhões (0,4% do total estadual), no segundo trimestre de 2020,
também apresentou intensa contração (-28,3%), na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. A
composição dos produtos incluídos nesse grupo também se alterou expressivamente no período considerado
em favor de bens com menor razão valor/peso, visto que a quantidade exportada aumentou 141,2% nessa
base de comparação (GRÁFICO 16 e TABELA 1 DO APÊNDICE).
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas empresas por meio da Rais para a indústria de
transformação (seção C da CNAE) em Minas Gerais foi de 716,6 mil em dezembro de 2018.
Evoluído pelo saldo de movimentações do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 726,5 mil,
729,1 mil e 726,0 mil vínculos em março, junho e dezembro de 2019. Desse modo, teria alcançado 733,5 mil
em março e reduzido para 696,5 mil vínculos em junho de 2020 (GRÁFICO 17).
Na comparação com igual mês no ano passado, teria passado do maior valor recente numa variação positiva
em fevereiro (1,8%) para 1,0% em março e trocando de sinal em abril, chegando a uma variação negativa de
-4,4% em junho.
Essa trajetória sintetiza o efeito agregado da paralisação das atividades econômicas sobre o emprego formal
na indústria de transformação estadual em Minas Gerais durante o período considerado (GRÁFICO 17).
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada na manufatura mineira foi estimado em 1,042 milhão de pessoas no segundo
trimestre de 2020, com uma variação negativa de -10,3% em relação ao mesmo período no ano passado
(GRÁFICO 18).
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
31
Gráfico 17: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na indústria de transformação (Seção C da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20-?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Gráfico 18: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na indústria de transformação
(Seção C da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim.
2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria.
716,
6
719,
6
725,
2
726,
5
729,
2
730,
1
729,
1
732,
3
736,
3
738,
1
740,
1
739,
0
726,
0
729,
7 738,
0
733,
5
709,
0
697,
5
696,
9
702,
4
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/18
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/19
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19
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/19
abr/
19
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/19
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/19
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19
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/19
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19
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/20
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20
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/20
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20
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/20
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20
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Mês/ano
1130
,0
1194
,0
1162
,0 1227
,0
1203
,0
1190
,0
1042
,0
2018
T4
2019
T1
2019
T2
2019
T3
2019
T4
2020
T1
2020
T2
Mil
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Trimestre
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
32
Na indústria da construção, interrompeu-se a recuperação do setor após a profunda retração da atividade
ocorrida entre o segundo trimestre de 2013 e o terceiro trimestre de 2017. Essa recuperação se iniciou no
terceiro trimestre de 2018 e teve duração de aproximadamente 12 meses, até o terceiro trimestre de 2019.
Ainda na construção, havia se registrado contração do nível de atividade setorial no último trimestre do ano
passado, com forte aceleração dessa queda no primeiro trimestre de 2020. No segundo trimestre, com os
efeitos da paralisação econômica associada à pandemia da Covid-19, agravou-se ainda mais a retração do
índice de volume do VAB setorial, agora com uma variação negativa de -5,4% em relação ao trimestre
imediatamente anterior (GRÁFICO 19).
Gráfico 19: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na construção – Minas Gerais e
Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas empresas através da Rais para a construção civil (seção
F da CNAE), em Minas Gerais, foi de 247,8 mil em dezembro de 2018.
Evoluído pelo saldo de movimentações do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 257,5 mil,
263,7 mil e 267,6 mil vínculos em março, junho e dezembro de 2019. Dessa forma, chegou a 274,7 mil vínculos
em março e retraiu para 264,6 mil em maio de 2020. Então, iniciou-se uma recuperação, com aumento do
estoque para 267,8 mil em junho e 273,0 mil em julho (GRÁFICO 20).
97,4 99
,510
0,7
102,
410
3,5
105,
910
7,2
108,
610
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109,
811
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111,
311
3,3
115,
211
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911
5,4
113,
410
9,0
110,
210
4,9
100,
697
,895
,493
,589
,786
,283
,581
,881
,779
,180
,179
,779
,679
,780
,080
,0 83,0
83,8
82,5
80,4
76,0
2010
T120
10T2
2010
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10T4
2011
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2012
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2013
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2013
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2014
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2014
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2015
T120
15T2
2015
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2016
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2016
T320
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2017
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2017
T320
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2018
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2018
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2019
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19T2
2019
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19T4
2020
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20T2
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(201
0 =
100)
Trim
estr
e
MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
33
Gráfico 20: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na construção (Seção F da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Gráfico 21: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na construção (Seção F da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria.
247,
8 251,
7 256,
9
257,
5
259,
6
261,
0
263,
7 270,
1
273,
8
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4
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267,
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2
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264,
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0
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no
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20
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Mês/ano
779,
0
747,
0
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0
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0
710,
0
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0
2018
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2019
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2019
T4
2020
T1
2020
T2
Mil
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soas
Trimestre
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
34
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada na construção mineira foi estimado em 610,0 mil pessoas no segundo trimestre
de 2020, com uma variação negativa de -20,1% em relação ao mesmo período no ano passado (GRÁFICO 21).
Na produção e distribuição de eletricidade, água, saneamento e gestão de resíduos (utilidades públicas), o
nível de atividade econômica em Minas Gerais devolveu, no primeiro trimestre de 2020, parte da recuperação
verificada no segundo semestre do ano passado. Verificou-se uma retração de -3,8% do índice de volume do
VAB setorial na comparação com o trimestre imediatamente anterior. E de -1,1% na comparação com o
primeiro trimestre do ano passado. Destaca-se que, no segundo trimestre, foi a atividade estadual menos
afetada pela pandemia da Covid-19, com variação negativa de apenas -0,5% em relação ao trimestre
imediatamente anterior (GRÁFICO 22).
Em uma perspectiva de prazo mais longo, a evolução do volume real de produção da atividade em Minas
Gerais acusou expressiva perda de participação de 12,6% do total nacional em 2010 para 8,8% em 2017.
Gráfico 22: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nas utilidades públicas – Minas
Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas empresas por meio da Rais para as atividades (seções D
e E da CNAE) de utilidades públicas, em Minas Gerais, foi de 46,3 mil em dezembro de 2018. Evoluído pelo
98,6
99,2
101,
210
1,0
101,
6 106
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6,2
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410
7,7
108,
710
4,7
101,
989
,789
,396
,4 98,5
94,7
86,4
81,3
82,8
82,6
81,4
76,2
81,3
87,3
92,3 94
,3 96,8
96,2
92,8
93,2
88,5
88,5 90
,491
,787
,197
,596
,2 98,7
100,
596
,796
,2
2010
T120
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2010
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2014
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2015
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2015
T320
15T4
2016
T120
16T2
2016
T320
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2017
T120
17T2
2017
T320
17T4
2018
T120
18T2
2018
T320
18T4
2019
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19T2
2019
T320
19T4
2020
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20T2
Índ
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volu
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(201
0 =
100
)
Trimestre
MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
35
saldo de movimentações do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 46,5 mil vínculos em março,
46,3 mil em junho e 47,3 mil em dezembro de 2019. Desse número, teria aumentado para 47,8 mil em março
de 2020 e retraído para 46,9 mil em junho (GRÁFICO 23).
Gráfico 23: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal nas utilidades públicas (Seção Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
46,3 46
,4
47,2
46,5
46,6
46,5
46,3
46,7
47,1 47
,2 47,3
47,3
47,3
47,5
47,9
47,8
47,5
47,2
46,9
46,8
dez
/18
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20
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Mês/ano
Estatística & Informações, n. 33
36
2.3 Serviços
As atividades econômicas nos serviços, que em muitos casos requerem interação presencial para prestação,
foram severamente afetadas pela necessidade de distanciamento social no segundo trimestre. O índice de
volume do VAB setorial contraiu -10,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior, e ficou situado -
12,1% abaixo do registrado para o segundo trimestre do ano passado.
Nas atividades do comércio (-11,8%) e no grupo de outros serviços15 (-11,0%), o impacto foi mais intenso
(variações expressas na base de comparação com o trimestre imediatamente anterior). Porém, também nos
serviços de transporte e armazenagem (-6,0%) e mesmo na administração pública (-7,1%) o impacto do
distanciamento social sobre o volume de transações e serviços prestados foi muito expressivo.
No comércio, o nível de atividade local alcançou o piso durante a recessão de 2014-16 já no final de 2015,
tendo permanecido praticamente estagnado durante 2016, enquanto o cenário setorial em nível nacional
continuava a se deteriorar. A trajetória de recuperação ocorreu em paralelo à observada no País, a partir do
primeiro trimestre de 2017 (GRÁFICO 24).
Essa recuperação foi interrompida no último trimestre de 2019 e a queda do nível de atividade setorial
acelerou no primeiro trimestre de 2020. No segundo trimestre, o índice de volume do VAB setorial retraiu -
11,8% em comparação com o trimestre imediatamente anterior, e ficou situado -13,1% abaixo do registrado
no mesmo trimestre do ano passado (GRÁFICO 24).
De acordo com os dados trimestralizados e dessazonalizados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), o
volume de vendas em Minas Gerais contraiu com maior intensidade no comércio de produtos do vestuário (-
41,1%), de veículos (-28,1%), de livros (-23,7%) e de produtos de uso pessoal (-21,3%).
Em menor escala, também retraiu o volume das vendas de combustíveis (-9,4%) e de móveis e
eletrodomésticos (-5,3%) no segundo trimestre, em comparação com o trimestre imediatamente anterior,
enquanto as vendas nas farmácias permaneciam praticamente inalteradas (-0,4%).
Por outro lado, houve expansão de 3,7% no volume de vendas nos hipermercados, e de 8,9% nas lojas de
materiais de construção (GRÁFICO 25).
15 Alojamento e alimentação, serviços de informação e comunicação, atividades financeiras, aluguel e atividades imobiliárias,
atividades profissionais, técnicas, científicas e administrativas, saúde e educação privadas, artes, esportes, entretenimento e outros serviços prestados às famílias, e serviços domésticos.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
37
Gráfico 24: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto no Comércio – Minas Gerais e Brasil
– 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
Gráfico 25: Taxas de variação do volume de vendas das atividades comerciais – Minas Gerais e Brasil – 2º trim. 2020/1º
trim. 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020c. Elaboração própria a partir de dados coletados em 15 jun. 2020.
98,4
98,9
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4,4
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98,6
99,6
100,
499
,799
,810
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2018
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2019
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100)
Trimestre
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0
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Taxa
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(%
)
Atividades comerciais
MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
38
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas empresas com atividade principal no comércio (seção G
da CNAE) por meio da Rais, em Minas Gerais, foi de 961,5 mil em dezembro de 2018. Evoluído pelo saldo de
movimentações do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 949,9 mil, 952,4 mil e 976,1 mil
vínculos em março, junho e dezembro de 2019. Nesse último mês, o estoque projetado de vínculos estava
1,5% acima do registrado para o mesmo mês no ano precedente. Com o impacto do distanciamento social
sobre o comércio presencial, o estoque projetado reduziu para 959,9 mil em março, 1,0% acima do mesmo
mês no ano passado, e 926,6 mil em junho, -2,7% abaixo do mesmo mês no ano anterior. Em julho, esse
indicador apresentou ligeira recuperação (GRÁFICO 26).
Gráfico 26: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal no comércio (Seção Classificação Nacional de Atividades
Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada no comércio de Minas Gerais foi estimado em 1.516,0 mil pessoas no segundo
trimestre de 2020, com uma variação negativa de -18,7% em relação ao mesmo período no ano passado
(GRÁFICO 27).
Nos transportes, houve retração de -6,0% no índice de volume do VAB setorial em Minas Gerais no segundo
trimestre de 2020 em relação ao trimestre imediatamente anterior e de -10,1% em relação ao mesmo
trimestre em 2019 (GRÁFICO 28).
961,
5
954,
7
954,
9
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9
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0
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0
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Mês/ano
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
39
Gráfico 27: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência no comércio (Seção G da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria.
Gráfico 28: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nos transportes – Minas Gerais e
Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
1817
,0
1790
,0
1865
,0
1806
,0
1835
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,0
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T2
2019
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2019
T4
2020
T1
2020
T2
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Trimestre
98,6
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Trimestre
MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
40
Nessa última base de comparação, foi determinante o encadeamento do setor com as atividades da indústria
de extração mineral no estado.
O estoque de vínculos de trabalho, informados pelas empresas por meio da Rais para a seção CNAE de
transportes, em Minas Gerais, foi de 236,3 mil em dezembro de 2018. Evoluído pelo saldo de movimentações
do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 239,3 mil, 240,9 mil e 242,6 mil vínculos em março,
junho e dezembro de 2019.16 Então, chegou a 243,5 mil em março e retraiu para 234,8 mil em junho de 2020
(GRÁFICO 29).
Gráfico 29: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal nos transpores (Seção H da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada nos serviços de transporte, armazenagem e correios de Minas Gerais foi
estimado em 460,0 mil pessoas no segundo trimestre de 2020, com uma variação negativa de -9,8% em
relação ao mesmo período no ano passado (GRÁFICO 30).
16 Desse resultado (contração do nível de atividade em simultâneo à criação líquida de postos de trabalho formal), pode-se inferir
que a perda de volume de VAB na atividade de transportes no estado esteve fortemente associada ao modal ferroviário na distribuição do minério de ferro, menos intensivo em mão de obra comparativamente ao modal rodoviário.
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3
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Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
41
Gráfico 30: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência nos transportes (Seção H da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria.
Nas atividades agrupadas como “outros serviços”, dado o peso que representam no total do VAB gerado em
Minas Gerais (34,3% do total de todas as atividades econômicas em 2017, incluídas a agropecuária e a
indústria, ou 49,7% do total das atividades do setor de serviços), a retração do índice de volume do VAB
setorial, no segundo trimestre de 2020, de -11,0% na comparação com o trimestre imediatamente anterior,
teve uma contribuição decisiva para o resultado agregado do PIB de Minas Gerais no período (GRÁFICO 31).
Essa retração aprofundou a reversão de trajetória do nível de produção desse setor, iniciada no primeiro
trimestre e diretamente relacionada com os efeitos da pandemia da Covid-19 e com o afastamento social a
partir da segunda quinzena de março. Assim, interrompeu-se a recuperação ocorrida nessas atividades ao
longo do ano de 2019.
Para interpretação do resultado agregado desse setor econômico em Minas Gerais, foram determinantes os
desempenhos negativos das atividades de alojamento e alimentação fora de casa17; da educação e saúde
mercantis18; das artes, cultura, esporte e recreação e outros serviços prestados às famílias19.; e de serviços
17 Em 2017, essas atividades representaram 6,8% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais. 18 11,6% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017. 19 5,3% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017.
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Trimestre
Estatística & Informações, n. 33
42
domésticos20. As atividades dos serviços de informação e comunicação21;; do setor financeiro, de seguros e
serviços relacionados22; dos serviços profissionais, científicos e técnicos, administrativos e outros prestados
às empresas23; e de aluguéis e serviços imobiliários24 foram proporcionalmente menos afetadas.
Gráfico 31: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto nos outros serviços – Minas Gerais
e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas empresas pela Rais para a seção CNAE de outros serviços,
em Minas Gerais, foi de 1.388,6 mil em dezembro de 2018. Evoluído pelo saldo de movimentações do Caged,
projeta-se que esse estoque teria alcançado 1.394,3 mil, 1.401,7 mil e 1.425,2 mil vínculos em março, junho
e dezembro de 2019. Assim, chegou a 1.422,4 mil em março e retraiu para 1.381,7 mil em junho de 2020
(GRÁFICO 32).
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada nos outros serviços foi estimado em 2.394,0 mil pessoas no segundo trimestre
de 2020, com uma variação negativa de -16,6% em relação ao mesmo período no ano passado (GRÁFICO 33).
20 4,5% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017. 21 7,1% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017. 22 13,7% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017. 23 21,2% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017. 24 29,7% do total de VAB gerado nos “outros serviços” em Minas Gerais em 2017.
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MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
43
Gráfico 32: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal nos outros serviços – exceto educação e saúde mercantis
(Seções I, J, K, L, M, N, R, S, T, U da CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Gráfico 33: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência em outros serviços – exceto
educação e saúde (seções I, J, K, L, M, N, R, S, T, U da CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim. 2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b. Elaboração própria.
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Trimestre
Alojamento e alimentação Informação e comunicação Demais Serv. Dom.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
44
Na administração pública, a desaceleração do ritmo de crescimento dos gastos governamentais iniciada em
2013, nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), traduziu-se na estabilização dos índices de
volume do VAB setorial, gerado tanto no âmbito nacional (em torno de 6% acima da média de 2010 a partir
do último trimestre de 2013) quanto no estadual (em torno de 4% acima da média de 2010) (GRÁFICO 34).
No segundo trimestre de 2020, estimou-se que o índice de volume de VAB gerado pela administração pública
(três esferas de governo) no território de Minas Gerais apresentou variação negativa de -7,1% em relação ao
trimestre imediatamente anterior e de -8,2% em relação ao mesmo trimestre no ano precedente (GRÁFICO
34).
Gráfico 34: Índice de volume (série do ajuste sazonal) do Valor Adicionado Bruto na administração pública – Minas
Gerais e Brasil – 1º trim. 2010-2º trim. 2020
Fonte: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2020.
O estoque de vínculos de trabalho informados pelas três esferas de governo por meio da Rais para as seções
O, P e Q da CNAE (administração pública, ensino e saúde), em Minas Gerais, foi de 843,9 mil em dezembro de
2018. Evoluído pelo saldo de movimentações do Caged, projeta-se que esse estoque teria alcançado 855,9
mil, 860,4 mil e 854,3 mil vínculos em março, junho e dezembro de 2019. Em 2020, chegou a 866,3 mil em
março, 1,2% acima do registrado para o mesmo mês no ano anterior, e retraiu para 858,2 mil em junho,
estoque -0,3% abaixo do registrado para o mesmo mês no ano passado (GRÁFICO 35).
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Trimestre
MG BR
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
45
Gráfico 35: Estoque projetado de vínculos de trabalho formal na administração pública – inclusive educação e saúde
mercantis (Seções O, P e Q da CNAE) – Minas Gerais – dez. 2018-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?b].
Elaboração própria, incluídas as declarações fora de prazo com período de referência até junho de 2020.
Gráfico 36: Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência na administração pública –
inclusive educação e saúde mercantis (Seções O, P e Q da CNAE) – Minas Gerais – 4º trim. 2018-2º trim.
2020
Fonte: Dados básicos: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020b.
Elaboração própria.
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Trimestre
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
46
Considerando-se as demais posições na ocupação, para além do emprego assalariado com carteira assinada,
o total da população ocupada na administração pública, no ensino e na saúde em Minas Gerais foi estimado
em 1.691,0 mil pessoas no segundo trimestre de 2020, com uma variação positiva de 6,9% em relação ao
mesmo período no ano passado (GRÁFICO 36).
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
47
3 CENÁRIO NACIONAL E INTERNACIONAL
A pandemia da Covid-19 rompeu com todas as expectativas que estavam postas para a evolução da economia
mundial em 2020, com a força de um evento inesperado e de caráter sistêmico que afetou todos os países.
Diante da incerteza generalizada, foi necessário acompanhar o desenrolar dos fatos para que se tivesse
alguma noção da grandeza dos seus impactos na atividade econômica.
O sentimento dominante aos poucos evoluiu para a percepção de que o desempenho de quase todas as
economias nacionais será catastrófico, até que as taxas de contágio arrefeçam para patamares minimamente
seguros. Porém, com o reconhecimento de que houve certo overshooting nos primeiros cenários desenhados
nos meses de março a junho.
Ao final de setembro, prevalece a confirmação de que o desempenho econômico na grande maioria dos países
será menos catastrófico do que inicialmente imaginado, e a constatação de que os passivos financeiros
criados no enfrentamento da crise precisam ser equacionados, especialmente nas economias emergentes
que enfrentam restrições à monetização dos déficits fiscais de seus governos, como é o caso do Brasil.
3.1 Economia brasileira: contas nacionais trimestrais e indicadores macroeconômicos selecionados
No caso da economia brasileira, a mediana das expectativas de mercado informadas ao Banco Central para a
taxa de variação do PIB brasileiro, em 2020, permaneceu acima de 2% até o dia 6 de março, e antes do final
do mês já estava em terreno negativo. Essas expectativas foram se ajustando à medida que se reconhecia a
gravidade da situação, até que convergiram para o valor mínimo de -6,6% no dia 30 de junho.
A partir de então, o conhecimento das estatísticas oficiais sobre a produção física da indústria e do volume
de vendas no comércio para os meses de março e abril revelou que o choque inicial havia sido ligeiramente
menos negativo do que inicialmente suposto.
Com isso, iniciou-se o processo de revisão dessas expectativas, com sua mediana estacionada em -5,0% no
dia 25 de setembro - último dado disponível no momento em que se fechou a edição deste estudo (GRÁFICO
37).
A medição provida pelo IBGE para o resultado do PIB no segundo trimestre, divulgada no início de setembro,
confirmou em larga medida a revisão propiciada pelo conhecimento dos números da indústria e do comércio.
Estatística & Informações, n. 33
48
Gráfico 37: Mediana das expectativas do mercado para a taxa de variação do índice de volume do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2020 e 2021 – Brasil – 31 dez. 2019-25 set. 2020
Fonte: BANCO CENTRAL DO BRASIL, [20--?].
Enquanto o choque inicial pelo lado da oferta da economia se revelou um pouco menos grave do que
inicialmente imaginado, pelo lado da demanda a retroalimentação da crise segue seu curso, apesar da
mitigação propiciada pela concessão do Auxílio Emergencial aos trabalhadores autônomos.
A deterioração da taxa de desemprego captura as implicações de retroalimentação da crise pelo lado da
demanda. Na série com ajuste sazonal, esse indicador havia reduzido do valor máximo de 13,1% no trimestre
móvel encerrado em março de 2017 para o mínimo de 11,6% no trimestre móvel encerrado em dezembro de
2019. Com a crise da Covid-19, já escalou para novo recorde de máximo com 13,7% no trimestre móvel
completado em julho, e isso no contexto em que parte da população deixou de procurar trabalho, ativamente,
em função das restrições de mobilidade (GRÁFICO 38).
Com ampliação da ociosidade na economia e da insuficiência de demanda agregada, o Banco Central
prosseguiu com o ciclo de redução da taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), que na reunião
do Conselho de Política Monetária (Copom), do dia 08 de agosto, foi colocada no atual patamar de 2% ao ano,
abaixo do piso da meta de inflação e da inflação acumulada em 12 meses (GRÁFICO 39-a).
-7,0
-6,0
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
31/1
2/2
019
14/0
1/2
020
27/0
1/2
020
07/0
2/2
020
20/0
2/2
020
06/0
3/2
020
19/0
3/2
020
01/0
4/2
020
15/0
4/2
020
29/0
4/2
020
13/0
5/2
020
26/0
5/2
020
08/0
6/2
020
22/0
6/2
020
03/0
7/2
020
16/0
7/2
020
29/0
7/2
020
11/0
8/2
020
24/0
8/2
020
04/0
9/2
020
18/0
9/2
020
%
Data na qual foi feita a previsão
2020
2021
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
49
Gráfico 38: Taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade com e sem ajuste sazonal – Brasil – mar.
2012-jul. 2020
Fonte: Dados básicos: BANCO CENTRAL DO BRASIL, [20--?].
Elaboração própria da série com ajuste sazonal pelo método X-13 ARIMA sobre dados originais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Mensal (PNADC-Mensal), do IBGE (foi considerado mês de referência o último de cada trimestre móvel). Software disponível para download em: https://www.census.gov/srd/www/x13as.
Gráfico 39: Taxa de juros (meta para a Selic), variação acumulada em doze meses do IPCA, metas de inflação e média
diária da taxa de câmbio comercial para compra – Brasil – 4 dez. 2014-25 set. 2020
(a) Meta para a Selic, IPCA e Metas de Inflação (b) Taxa de Câmbio
Fonte: BANCO CENTRAL DO BRASIL, [20--?]. Nota: IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo. MI: Meta de Inflação. Selic: Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
7,4
7,3
7,2 7,
57,
57,
27,
06,
86,
76,
6 6,9 7,1 7,
48,
29,
0 9,5
10,3 11
,2 11,9 12
,6 13,1
12,9
12,5
12,4
12,6
12,3
12,0
12,2
12,2
11,9
11,9
11,6
11,7
13,2 13
,7
2012
.320
12.6
2012
.920
12.1
220
13.3
2013
.620
13.9
2013
.12
2014
.320
14.6
2014
.920
14.1
220
15.3
2015
.620
15.9
2015
.12
2016
.320
16.6
2016
.920
16.1
220
17.3
2017
.620
17.9
2017
.12
2018
.320
18.6
2018
.920
18.1
220
19.3
2019
.620
19.9
2019
.12
2020
.320
20.6
2020
.7
%
Mês em que se completa o trimestre móvel
sem ajuste com ajuste
0
2
4
6
8
10
12
14
22/0
1/2
015
30/0
4/2
015
30/0
7/2
015
01/0
1/2
016
01/0
3/2
016
01/0
6/2
016
20/1
0/2
016
12/0
1/2
017
13/0
4/2
017
27/0
7/2
017
26/1
0/2
017
22/0
3/2
018
21/0
6/2
018
20/0
9/2
018
13/1
2/2
018
09/0
5/2
019
01/0
8/2
019
12/1
2/2
019
19/0
3/2
020
18/0
6/2
020
%
Período
IPCA
Selic
Teto MI
MI
Piso MI
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
22/0
1/2
015
30/0
4/2
015
30/0
7/2
015
01/0
1/2
016
01/0
3/2
016
01/0
6/2
016
20/1
0/2
016
12/0
1/2
017
13/0
4/2
017
27/0
7/2
017
26/1
0/2
017
22/0
3/2
018
21/0
6/2
018
20/0
9/2
018
13/1
2/2
018
09/0
5/2
019
22/0
7/2
019
27/1
1/2
019
14/0
5/2
020
20/0
8/2
020
R $
/US
$
Período
Estatística & Informações, n. 33
50
Entretanto, parte do benefício da redução da taxa de juros básica da economia tem se perdido com o aumento
dos prêmios exigidos pelo mercado para o financiamento dos títulos públicos com maior maturidade.
Os preços dos ativos financeiros têm apresentado acentuada volatilidade, como seria de esperar diante do
extraordinário aumento da incerteza e da ausência de convenções sólidas que ancorem expectativas. No caso
dos títulos públicos, o problema tem sido magnificado com a indefinição do governo sobre como se daria o
financiamento adequado de um provável programa de transferência de renda para a população vulnerável,
que incorpore parte do Auxílio Emergencial aos programas já existentes.
Como resultado, o Tesouro tem enfrentado dificuldades crescentes para colocação dos seus títulos de prazo
mais longo no mercado. A taxa de câmbio também começa a embutir uma expectativa de depreciação cada
vez maior diante da percepção de que um ampliado risco fiscal em 2021 e 2022 (GRÁFICO 39-b).
Com relação à sustentabilidade da dívida pública no longo prazo, parte do problema está relacionado ao fraco
desempenho do nível de atividade no passado recente e com justificadas dúvidas sobre o potencial de
crescimento da economia brasileira nas próximas décadas. Isso porque, com o atual patamar da relação
dívida/PIB, a diferença entre o custo implícito de financiamento da dívida e o crescimento nominal do PIB
assume importância cada vez maior.
Em termos reais, o PIB da economia brasileira havia acumulado uma recuperação de apenas 4,9% em relação
ao “fundo do poço” da crise de 2014-16, do último trimestre de 2016 ao último de 2019, e com a queda do
nível de atividade nos dois primeiros trimestres de 2020, situou-se 7,6% abaixo do ponto de partida (GRÁFICO
40-a)
Com relação aos componentes da absorção interna, a situação é ainda mais grave: o consumo das famílias
ficou em 91,9% do volume observado ao final de 2016, o gasto da administração pública em 91,1% e a
formação bruta de capital fixo em 91,6% (GRÁFICO 40-a). Ressalta-se que uma parcela dos investimentos
corresponde à importação de máquinas e equipamentos, e que o volume de importações ficou em 99,2% do
registrado ao final de 2016;. O volume exportado de bens e serviços, por sua vez, não parece ter sido afetado
pela contração do comércio internacional, tendo alcançado patamar 9,9% acima do registrado ao final de
2016 (GRÁFICO 40-b).
Com o ajuste do volume importado e preservação do nível de exportações, o saldo das transações reais
(exportações subtraindo importações de bens e serviços produtivos), como proporção do PIB, recuperou-se
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
51
após um déficit correspondente a -0,4% do PIB no acumulado de quatro trimestres completados em março
de 2020 (GRÁFICO 40-b).
Gráfico 40: Índice de volume dos componentes da absorção interna, das exportações e importações de bens e serviços
e saldo das transações reais – Brasil – 4º trim. 2016-2º trim. 2020
(a) Componentes da absorção interna (b) Exportações, importações e saldo de transações reais
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020d.
Na atual conjuntura, a restrição de oferta da economia brasileira não constitui obstáculo para uma rápida
retomada do crescimento, em particular na indústria (GRÁFICO 41). Ainda há que se levar em contaque a
depreciação da taxa de câmbio está sendo parcialmente repassada aos preços dos produtos comercializáveis
e deverá provocar uma substancial alteração dos preços relativos a favor dos bens agrícolas e manufaturados,
em detrimento dos salários e dos preços dos serviços.
Dessa forma, a não ser nas cadeias produtivas em que o custo dos insumos importados é preponderante, está
em curso, também, uma vigorosa recomposição da rentabilidade da agropecuária e da manufatura no país e,
por consequência, em Minas Gerais. É necessário, entretanto, eliminar os obstáculos de uma possível
recuperação: os desafios do saneamento da saúde pública em face de novas ondas de propagação do vírus
da Covid-19, o saneamento das combalidas finanças públicas brasileiras e o enfrentamento das questões
estruturais que prejudicam a economia brasileira há décadas (arranjos político-institucionais que reproduzem
uma extrema desigualdade social, exacerbada por deficiências na provisão dos bens coletivos da educação,
da saúde, do saneamento e da segurança pública, por um sistema tributário complexo e regressivo, que
interage com um sistema produtivo incapaz de gerar ganhos sustentados de produtividade em nível
agregado).
92,491,9
91,191,6
8486889092949698
100102104106108110112
2016
.IV
2017
.I20
17.I
I20
17.I
II20
17.I
V20
18.I
2018
.II
2018
.III
2018
.IV
2019
.I20
19.I
I20
19.I
II20
19.I
V20
20.I
2020
.II
2016
.IV
= 1
00
Trimestre
PIB C G I
109,9
99,2
0,3
-0,8
-0,5
-0,2
0,1
0,4
0,7
1,0
90
95
100
105
110
115
120
2016
.IV
2017
.I20
17.I
I20
17.I
II20
17.I
V20
18.I
2018
.II
2018
.III
2018
.IV
2019
.I20
19.I
I20
19.I
II20
19.I
V20
20.I
2020
.II
%20
16.I
V =
100
Trimestre
X M Saldo TR
Estatística & Informações, n. 33
52
Gráfico 41: Índice de volume do Valor Adicionado Bruto (VAB) – grandes setores de atividade e subsetores da indústria
– Brasil – 4º trim. 2016-2º trim. 2020
(a) Grandes setores de atividade (b) Atividades da indústria
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2020d.
3.2 Cenário internacional
Conforme assinalado nas edições anteriores deste Estudo Trimestral, a taxa de variação do PIB da economia
mundial (2,8% em 2019) foi o pior resultado anual da década e dos últimos 16 anos, exclusive 2009. Talvez
por essa razão não se concebia que 2020 pudesse ser ainda mais desapontador, com o Fundo Monetário
Internacional (FMI) projetando, em janeiro de 2020, a aceleração do ritmo de crescimento para 3,3% (TABELA
1).
Entretanto, o cenário foi radicalmente revisto em abril, quando se incorporou o impacto da pandemia nas
projeções. Imediatamente, reconheceu-se a magnitude do abalo que seria experimentado em todos os
continentes, ainda mais intenso nos países com maior participação de serviços no PIB, particularmente
daqueles que dependem de interações sociais, como é o caso do turismo.
Em abril, as projeções revisadas do FMI reconheciam que em vez de crescer 3,3%, o PIB da economia mundial
deveria contrair -3,0% em 2020, uma diferença de 6.3 pontos percentuais; posteriormente, em junho, a
projeção foi revista para -4,9%, subtraindo mais 1.9 ponto percentual em relação à expectativa de janeiro
(TABELA 1).
113,7
89,3
92,5
85
90
95
100
105
110
115
120
2016
.IV
2017
.I20
17.I
I20
17.I
II20
17.I
V20
18.I
2018
.II
2018
.III
2018
.IV
2019
.I20
19.I
I20
19.I
II20
19.I
V20
20.I
2020
.II
2016
.IV
= 1
00
Trimestre
Agro Ind. Serv.
101,3
85,1
99,3
84,4
80
85
90
95
100
105
110
2016
.IV
2017
.I20
17.I
I20
17.I
II20
17.I
V20
18.I
2018
.II
2018
.III
2018
.IV
2019
.I20
19.I
I20
19.I
II20
19.I
V20
20.I
2020
.II
2016
.IV
= 1
00
Trimestre
Extr. Transf.UP Constr.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
53
Na primeira revisão, de abril, foi reconhecida uma deterioração de cenário com subtração de mais do que
sete pontos percentuais da taxa de variação do PIB nos seguintes países ou grupos: Alemanha, Brasil, Canadá,
Espanha, Estados Unidos, França, Itália, México, Reino Unido, Rússia e Zona do Euro.
Na segunda revisão, de junho, foram subtraídos dez pontos percentuais, ou mais, da taxa de variação do PIB
(em relação à projeção de janeiro) na América Latina e Caribe como um todo, no Brasil e no México em
particular, no Canadá, na Espanha, nos Estados Unidos, na França, na Índia, na Itália, no Reino Unido e na
Zona do Euro.
Na terceira revisão, de outubro,reconheceu-se o overshooting da revisão de junho, com exceção da Índia e
do grupo de países do Asean-5, que tiveram suas perspectivas para 2020 deterioradas, além da África do Sul,
Espanha e Reino Unido que mantiveram a projeção de junho inalterada. Com adição de dois pontos
percentuais ou mais na projeção de variação do PIB em 2020, destacaram-se os casos do Brasil, dos Estados
Unidos, da França, da Itália e da Rússia (TABELA 1).
Tabela 1: Produto Interno Bruto – taxas de variação e projeções (%) – países e grupos de países selecionados – 2017-2020
Continua
Países ou grupos de países Taxas de variação Projeções para 2020
2017 2018 2019 Jan.20 Abr.20 Jun.20 Out.20
África do Sul 1,4 0,8 0,2 0,8 -5,8 -8,0 -8,0 Alemanha 2,2 1,3 0,6 1,1 -7,0 -7,8 -6,0
América Latina e Caribe 1,2 1,1 0,0 1,6 -5,2 -9,4 -8,1
Asean-5 (1) 5,3 5,3 4,9 4,8 -0,6 -2,0 -3,4
Brasil 1,1 1,3 1,1 2,2 -5,3 -9,1 -5,8
Canadá 3,0 2,0 1,7 1,8 -6,2 -8,4 -7,1
China 6,8 6,7 6,1 6,0 1,2 1,0 1,9
Espanha 3,0 2,4 2,0 1,6 -8,0 -12,8 -12,8
Estados Unidos 2,2 3,0 2,2 2,0 -5,9 -8,0 -4,3
França 2,3 1,8 1,5 1,3 -7,2 -12,5 -9,8
Índia (2) 7,2 6,1 4,2 5,8 1,9 -4,5 -10,3
Itália 1,7 0,8 0,3 0,5 -9,1 -12,8 -10,6
Japão 1,9 0,3 0,7 0,7 -5,2 -5,8 -5,3
México 2,1 2,2 -0,3 1,0 -6,6 -10,5 -9,8
Estatística & Informações, n. 33
54
Tabela 1: Produto Interno Bruto – taxas de variação e projeções (%) – países e grupos de países selecionados – 2017-2020
Conclusão
Países ou grupos de países Taxas de variação Projeções para 2020
2017 2018 2019 Jan.20 Abr.20 Jun.20 Out.20
Outras Economias Avançadas (3)
2,9
2,7
1,7
1,9
-4,6
-4,8
-3,8
Reino Unido 1,8 1,3 1,5 1,4 -6,5 -10,2 -10,2
Rússia 1,6 2,5 1,3 1,9 -5,5 -6,6 -4,1
Zona do Euro (4) 2,4 1,8 1,3 1,3 -7,5 -10,2 -8,3
Economia Mundial 3,8 3,5 2,8 3,3 -3,0 -4,9 -4,4
Fonte: INTERNATIONAL MONETARY FUND, 2020c. Notas: (1) Associação das Nações do Sudeste Asiático (The Association of Southeast Asian Nations), formada por
Indonésia, Filipinas, Malásia, Tailândia e Vietnã. (2) Projeções para Índia com base no ano fiscal e não no ano calendário (3) Austrália, Cingapura, Coréia do Sul, Dinamarca, Hong Kong, Islândia, Israel, Nova Zelândia, Noruega, República Tcheca, San Marino, Suécia, Suíça e Taiwan. (4) A Zona do Euro foi criada em 01/01/1999, reunindo Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. Posteriormente, ingressaram Grécia (2001), Eslovênia (2007), Chipre (2008), Malta (2008), Eslováquia (2009) e Estônia (2011), sempre no primeiro dia de cada ano. Bulgária, Dinamarca, Letônia, Lituânia, Hungria, Polônia, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia fazem parte da União Europeia, mas não utilizam a moeda comum.
No Gráfico 42-a, fica evidente a propagação da desaceleração do crescimento ocorrida no cenário
internacional. Para uma amostra de 47 países25, a distribuição de frequência dos resultados da taxa de
variação do PIB trimestral, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, evoluiu da seguinte maneira: no
primeiro intervalo, com taxas de variação superiores a 3,5%, o número de observações diminuiu de 12 no
último trimestre de 2019 para apenas duas (Irlanda e Turquia), no primeiro trimestre de 2020, zerando no
segundo trimestre.
No segundo intervalo, com uma taxa de variação superior a 2%, porém inferior a 3,5%, o número de países
reduziu de dez no quarto trimestre de 2019 para cinco no primeiro de 2020 e apenas um (China) no segundo
trimestre; no terceiro intervalo, com taxa de variação superior a 1%, porém inferior a 2%, de dez no quarto
trimestre de 2019 para cinco, no primeiro de 2020, zerando no segundo trimestre.
Por outro lado, o número de países em situação de estagnação ou recessão econômica no último intervalo,
com taxa de variação inferior a 1%, aumentou de 15, no último trimestre do ano passado, para 34 no primeiro
trimestre de 2020 e 45 (todos com variação negativa) no segundo trimestre.26
25 África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, China, Colômbia,
Coréia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Índia, Indonésia, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Látvia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia (selecionados em função da disponibilidade e confiabilidade dos dados).
26 Os dados relativos à Arábia Saudita ainda não haviam sido divulgados no momento de fechamento dessa edição do Estudo Trimestral.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
55
Gráfico 42: Distribuição de frequência das taxas de variação real (% qoq-4) do PIB trimestral e proporção de países com
indicador antecedente composto acima da tendência de longo prazo – 1º trim. 2018-2º trim. 2020
(a) Taxas de variação real (% qoq-4) do PIB trimestral (b) Proporção de países
Fonte: ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, [2020a].
Outro indicador utilizado neste Estudo Trimestral, a proporção de países em uma amostra com 38
observações da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com indicador
antecedente composto sinalizando crescimento acima da tendência de longo prazo, retrocedeu de 21,1% em
dezembro de 2019 para 10,5% em fevereiro, 5,3% em março e zero de abril a junho. Em julho, foram
registradas três observações (Chile, Suíça e Turquia), equivalentes a 8,6% das 35 já disponíveis. Em agosto,
cinco observações (Brasil, Chile, Coréia do Sul, Suíça e Turquia), equivalentes a 14,7% do total de 34 já
disponíveis (GRÁFICO 42-b).
A resposta do mercado de trabalho a mudanças na conjuntura econômica ocorre com alguma defasagem em
relação aos movimentos da produção. No Gráfico 43-a, é possível observar a distribuição de frequência dos
países em uma amostra de 36 nações, com dados disponíveis pela OCDE27, conforme intervalo em que se
encontram suas taxas de desemprego.
27 As taxas de desemprego selecionadas para comparações internacionais foram ajustadas sazonalmente e harmonizadas pelo
Escritório de Estatísticas da OCDE ao conceito de desemprego adotado pelo Escritório de Estatísticas da Comunidade Europeia (Eurostat). Além do Eurostat, os surveys domiciliares sobre a força de trabalho, dos Escritórios de Estatísticas dos governos nacionais do Canadá, dos Estados Unidos, da Austrália, do Japão, da Coreia do Sul e da Suíça foram desenhados de modo a permitir a produção dessas estatísticas – seguindo as recomendações da 13ª Conferência Internacional dos Estatísticos do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para o Brasil, foi produzida uma estimativa para a série com ajuste sazonal pelo método X-13 ARIMA sobre os dados originais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Mensal (PnadC-Mensal), do IBGE (foi considerado mês de referência o último de cada trimestre móvel).
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
2018
.I
2018
.II
2018
.III
2018
.IV
2019
.I
2019
.II
2019
.III
2019
.IV
2020
.I
2020
.II
Nú
mer
o d
e o
bse
rvaç
ões
Trimestre
x>3,5 2<x<3,5 1<x<2 x<1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
abr-
16
ago
-16
dez
-16
abr-
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-19
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ago
-20
%
Mês/ano
Estatística & Informações, n. 33
56
Um total de 13 observações no primeiro intervalo, com taxa de desemprego inferior a 4% da População
Economicamente Ativa (PEA), foi mantido do último trimestre de 2019 para o primeiro trimestre de 2020, e
reduzido para apenas quatro (Japão, Holanda, Polônia e República Tcheca) no segundo trimestre.
No mesmo período, houve uma observação a menos (de 12 para 11) no segundo intervalo (países com taxa
de desemprego entre 4% e 6% da PEA) na passagem do último trimestre de 2019 para o primeiro de 2020,
seguido de aumento para 14 observações no segundo trimestre; no terceiro intervalo (países que
apresentaram taxa de desemprego estritamente superior a 6% e inferior ou igual a 10%), o número de
observações passou de seis no último trimestre de 2019 para sete no primeiro de 2020 e nove no segundo.
O total de observações no último intervalo (países com taxas de desemprego acima de 10% da PEA), que
incluía Brasil, Colômbia, Espanha, Grécia e Turquia, permaneceu inalterado com esses cinco casos do último
trimestre de 2019 para o primeiro de 2020 e ganhou mais três integrantes (Canadá, Chile e Estados Unidos)
no segundo trimestre (GRÁFICO 43-a).28
Com respeito à evolução da distribuição de frequência dos países no desempenho da inflação, a soma de
casos no primeiro intervalo (países com taxa de inflação anualizada inferior a 1%) havia reduzido de 12 no
último trimestre de 2019 para dez no primeiro trimestre de 2020, porém aumentou para 23 no segundo
trimestre (numa amostra de 43 observações).
No segundo intervalo (inflação igual ou maior que 1% e inferior a 2%), o total de observações aumentou de
12 no último trimestre de 2019 para 14 no trimestre seguinte, reduzindo depois par apenas cinco no segundo
trimestre. No terceiro intervalo (inflação igual ou maior que 2% mas inferior a 4%), diminuiu de 15 no final do
ano passado para 12 nos dois primeiros trimestres de 2020. No último intervalo (inflação acima de 4%), passou
de quatro para sete observações no primeiro trimestre e depois para três no segundo trimestre (GRÁFICO 43-
b). Nesse aspecto, é sintomático que o número de países experimentando deflação, que vinha próximo de
zero nos últimos dois anos, tenha ampliado para 12 (mais de um quarto da amostra) somente no segundo
trimestre de 2020.
28 Os dados relativos à Grécia, ao Reino Unido e à Turquia ainda não haviam sido divulgados no momento de fechamento dessa
edição do Estudo Trimestral.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
57
Gráfico 43: Distribuição de frequência das taxas de desemprego e de inflação em grupos de países selecionados – 1º
trim. 2018-2º trim. 2020
(a) Taxas de desemprego (b) Taxas de inflação
Fonte: ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT, [2020b].
Desemprego elevado e deflação deverão ser as marcas principais deixadas pela pandemia do Covid-19 na
economia mundial no registro histórico do período que estamos atravessando; perda de produtividade devida
ao comprometimento do desempenho escolar das crianças e jovens, particularmente daquelas sem acesso à
comunicação digital e ambiente doméstico adequado aos estudos, poderá ser uma sequela de longo prazo.
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Trimestre
x<1 1<x<2 2<x<4 x>4
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. Anuário da indústria automobilística brasileira. São Paulo: ANFAVEA, 2020.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Sistema gerenciador de séries temporais – v2.1. Brasília, DF: BCB, [20--?]. Disponível em: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries. Acesso em: 25 set. 2020.
BRASIL. Ministério da economia. Base de dados do Comex Stat. Brasília, DF: MDIC, [20--?a]. Disponível em: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/base-de-dados-do-comercio-exterior-brasileiro-arquivos-para-download. Acesso em: 25 set. 2020.
BRASIL. Ministério da economia. Bases estatísticas RAIS e CAGED. Brasília, DF: MDIC, [20--?b]. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-consulta-as-estatisticas-da-rais-e-do-caged . Acesso em: 25 set. 2020.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Contas Regionais de Minas Gerais: ano de referência 2017. Belo Horizonte: FJP, 2019. (Série Estatística & Informações, 21).
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Metodologia do PIB trimestral de Minas Gerais: referência 2010. Belo Horizonte: FJP, 2017. (Série Estatística & informações, 2).
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. PIB trimestral de Minas Gerais: 2º trimestre de 2020. Informativo FJP, Belo Horizonte, v.2, n.3, set. 2020. Disponível em: http://novosite.fjp.mg.gov.br/wp-content/uploads/2020/07/8.9_Informativo_IITrim2020.pdf . Acesso em: nov. 2020.
INSTITUTO AÇO BRASIL. Anuário estatístico 2019. Rio de Janeiro: IA Br, 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores IBGE: estatística da produção agrícola. Rio de Janeiro: 2020a.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores IBGE: pesquisa industrial mensal: produção física: regional. Rio de Janeiro: IBGE, 2020b.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores IBGE: pesquisa mensal de comércio. Rio de Janeiro: IBGE, 2020c.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores IBGE: contas nacionais trimestrais: indicadores de volume e valores correntes – set. 2020. Rio de Janeiro: IBGE, 2020d.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa agrícola municipal: culturas temporárias e permanentes. Rio de Janeiro: IBGE, 2019.
INTERNATIONAL MONETARY FUND. World economic outlook database: October 2020 Edition. Washington, D.C: IMF, abr. 2020a. Disponível em: https://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2020/02/weodata/index.aspx. Acesso em: 9 out. 2020.
INTERNATIONAL MONETARY FUND. World economic outlook update, June 2020: a crisis lke no other, an uncertain recovery. Washington, D.C: IMF, abr. 2020c. Disponível em: imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2020/06/24/WEOUpdatejune2020. Acesso em: 24 jul. 2020.
INTERNATIONAL MONETARY FUND. World economic outlook, October 2020: a long and difficult ascent. Washington, D.C: IMF, oct. 2020d. Disponível em: https://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2020/09/30/world-economic-outlook-october-2020. Acesso em: 9 out. 2020.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
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INTERNATIONAL MONETARY FUND. World economic outlook: chapter 1 “the great lockdown”. Washington, D.C: IMF, abr. 2020b. Disponível em: imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2020/04/14/weo-april-2020. Acesso em: 24 jul. 2020.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. The OECD key economic indicators (KEI) online dataset. Paris: OECD, [2020b]. Disponível em: https://stats.oecd.org/#. Acesso em: 30 set. 2020.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. The quarterly national accounts (QNA) online dataset. Paris: OECD, [2020a]. Disponível em: https://stats.oecd.org/#. Acesso em: 30 set. 2020.
Estatística & Informações, n. 33
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APÊNDICE ESTATÍSTICO
Tabela A1: Exportações de produtos agrupados em capítulos selecionados do Sistema Harmonizado (SH): Valor Free On Board – FOB (US$ milhões) e quantidade (tonelada líquida) – Minas Gerais – 2º trim. 2019-2º trim. 2020
Código e Descrição SH 2º trim. 2020 2º trim. 2019
Valor Quantidade % Valor Valor Quantidade
02 – Carnes e miudezas 265,2 84,9 4,2 241,1 64,8
09 – Café, chá e especiarias 824,0 358,1 12,9 774,0 375,7
12 – Oleaginosas e grãos diversos 879,7 2.579,0 13,8 456,7 1.312,9
17 – Açúcares e confeitos 218,2 771,0 3,4 127,6 433,5
22 – Bebidas e vinagres 10,4 21,3 0,2 7,2 11,5
26 – Minérios, escórias e cinzas 2.114,3 31.724,9 33,1 1.992,7 29.051,2
28 – Químicos inorgânicos e compostos de metais preciosos
95,8 75,3 1,5 152,0 155,9
30 – Farmacêuticos 40,8 1,4 0,6 48,5 1,2
47 – Pastas de madeira e papel 127,2 315,7 2,0 166,4 284,6
71 – Pedras e metais preciosos 401,6 0,7 6,3 426,0 0,7
72 – Ferro fundido, ferro e aço 752,1 920,8 11,8 1.053,6 943,7
73 – Obras de ferro fundido, ferro e aço
95,7 79,3 1,5 171,9 138,8
79 – Zinco e suas obras 51,9 26,5 0,8 61,1 21,2
84 – Caldeiras, máquinas, aparelhos, instrumentos mecânicos e suas partes
72,7 16,7 1,1 124,6 24,1
85 – Máquinas, aparelhos e materiais eletroeletrônicos
26,8 1,8 0,4 41,2 2,9
87 – Veículos automotores e tratores
34,6 5,8 0,5 177,8 25,1
90 – Instrumentos e aparelhos de ótica, científicos e médicos
23,2 0,5 0,4 32,3 0,2
Demais capítulos 354,7 387,9 5,6 389,0 427,4
Fonte: Dados básicos: BRASIL, [20--?].
Elaboração própria.
Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: 2º trimestre. 2020
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Série Estatística & Informações
ISSN 2595-6132
Números divulgados
Volume 1 – Economia do turismo de Minas Gerais: 2010-2014
Volume 2 – Metodologia do PIB trimestral de Minas Gerais: referência 2010
Volume 3 – Déficit habitacional no Brasil: resultados preliminares 2015
Volume 4 – Produto Interno Bruto de Minas Gerais: 2015
Volume 5 – Produto interno bruto dos municípios de Minas Gerais: 2015
Volume 6 – Déficit habitacional no Brasil: 2015
Volume 7 – Fluxos migratórios dos territórios de desenvolvimento de Minas Gerais e grandes
regiões do Brasil: 2010
Volume 8 – Projeções populacionais: Minas Gerais e territórios de desenvolvimento 2010-2060
Volume 9 – Perfil dos jovens em áreas de vulnerabilidade social: educação e trabalho
Volume 10 – Tabela de Recursos e Usos e Matriz Insumo-Produto de Minas Gerais: 2013
Volume 11 – Matriz Insumo-Produto dos Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais: 2013
Volume 12 – O PIB e os indicadores das finanças públicas de Minas Gerais: triênio 2015-2017
Volume 13 – Diagnóstico da previdência pública dos servidores do Estado de Minas Gerais
Volume 14 – A produção de café em Minas Gerais: desafios para a industrialização
Volume 15 – Estrutura e evolução da ocupação formal de Minas Gerais: 2000-2017
Volume 16 – Produto Interno Bruto de Minas Gerais: 2016
Volume 17– Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: 2016
Volume 18 – Vulnerabilidade e condições de vida no Brasil e em Minas Gerais: o que revelam a Pesquisa por
Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e o Cadastro Único – 2016 e 2017
Volume 19 – A economia de Minas Gerais no primeiro semestre de 2019
Volume 20 – Contas Regionais de Minas Gerais – Ano de Referência 2017
Volume 21 – Delimitação e caracterização da cadeia produtiva da moda de Minas Gerais a partir da Matriz
de Insumo Produto 2013
Volume 22 – Metodologia para o cálculo do PIB do agronegócio de Minas Gerais: referência na Matriz de
Insumo Produto 2013
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Volume 23 – Produto Interno Bruto dos Municípios de Minas Gerais: ano de Referência 2017
Volume 24 – A economia de Minas Gerais no terceiro trimestre de 2019
Volume 25 – Boletim quadrimestral das finanças públicas – 3º quadrimestre de 2019
Volume 26 – Cadeia produtiva de calçados e couro em Minas Gerais: uma aplicação insumo-produto
Volume 27 – A economia de Minas Gerais em 2019
Volume 28 – Tabela de Recursos e Usos e Matriz insumo Produto de Minas Gerais – 2016
Volume 29 – Matriz de insumo-produto das Regiões Geográficas Intermediárias de Minas Gerais – 2016
Volume 30 – Boletim quadrimestral de finanças públicas: 1º quadrimestre de 2020
Volume 31 – Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: primeiro trimestre de 2020
Volume 32 – Estrutura e evolução do emprego em Minas Gerais pré pandemia da Covid - 19
Volume 33 – Estudo trimestral da economia de Minas Gerais: segundo trimestre de 2020