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Estado do Mundo 2005

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Estado do Mundo 2005

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Publicações UMA/Worldwatch

Estado do Mundo 1999 a 2004 (Relatório do Worldwatch Institute sobre o Avançoem Direção a uma Sociedade Sustentável)Sinais Vitais 2000 e 2001 - Tendências Ambientais que Determinarão nosso FuturoLester R. Brown

Revista do World Watch - Edições Novembro/Dezembro 1999Janeiro/Fevereiro - Março/Abril - Maio/Junho - Julho/Agosto - Setembro/Outubroe Novembro/Dezembro 2000, 2001 e Janeiro 2002 (Trabalhando para um FuturoSustentável).

As publicações do Worldwatch Institute em portuguêspoderão ser adquiridas enviando nome

e endereço completos para:UMA - Universidade Livre da Mata Atlântica

E-mail: [email protected] ouCaixa Postal 7119, CEP 41811-970

Salvador - Bahia - Brasil

Solicite também pela internet, no site:www.wwiuma.org.br

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Estado do Mundo 2005

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Michael Renner, Hilary French e Erik AssadourianDiretores de Projetos

Lori BrownAlexander CariusRichard Cincotta

Ken ConcaGeoffrey DabelkoChristopher Flavin

Gary GardnerBrian HalweilAnika KramerLisa Mastny

Danielle NierenbergDennis PiragesThomas Prugh

Janet SawinAaron Wolf

Linda Starke, RedatoraEduardo Athayde, Editor Associado

UMA – Universidade Livre da Mata AtlânticaUMA Editora

Salvador – Bahia – Brasil

ESTESTESTESTESTADOADOADOADOADODO MUNDODO MUNDODO MUNDODO MUNDODO MUNDO

Relatório do Worldwatch Institute sobreo Avanço em Direção a uma Sociedade Sustentável

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Titulo original: State of the World 2005Tradução: Henry J. Mallett e Célia Mallet

Revisão: Marcia d Silva GomesProdução: Creusa M. Porto

Capa: Eduardo Athayde

Copyright © 2005 Worldwatch Institute

Todos os direitos desta edição reservados à UMA - Universidade Livre da Mata AtlânticaAv. Frederico Pontes, 37540460-001 - Salvador - BA

Fone/fax: (71) 3312-4069 / E-mail: [email protected]

As marcas registradas STATE OF THE WORLD e WORLDWATCH INSTITUTE estão registradasno U.S. Patent and Trademark Office.

As opiniões expressas são de exclusiva responsabilidade dos autores e nãorepresentam, necessariamente, as do Worldwatch Institute, de seus diretores,

executivos, staff ou de seus financiadores.

E82 Estado do Mundo, 2005 estado do consumo e o consumosustentável / Worldwatch Institute; apresentação CarlosLopes ; tradução Henry Mallett e Célia Mallett. - Salvador, BA :Uma Ed., 2005326p. ; 23,5cm. ; il.

Tradução de: State of the world 2005Inclui bibliografiaISBN 85-87616-09-9

1. Desenvolvimento sustentável - Aspectos ambientais. 2. Políticaambiental 3. Consumo (Economia) - Aspectos ambientais. 4. Produtividade -Aspectos ambientais. I. Worldwatch Institute.

04-1853 CDD 333.7

CDU 502.33

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Øystein DahlePresidenteNORUEGA

Thomas CrainVice-presidente e TesoureiroESTADOS UNIDOS

Larry MinearSecretárioESTADOS UNIDOS

Geeta B. AiyerESTADOS UNIDOS

Adam AlbrightESTADOS UNIDOS

Conselho de Administração do Worldwatch Institute

Cathy CrainESTADOS UNIDOS

James DehlsenESTADOS UNIDOS

Christopher FlavinESTADOS UNIDOS

Lynne GallagherESTADOS UNIDOS

Satu HassiFINLÂNDIA

John McBrideESTADOS UNIDOS

Akio MorishimaJAPÃO

Izaak van MelleHOLANDA

Wren WirthESTADOS UNIDOS

Emérito:

Abderrahman KheneARGÉLIA

Andrew E. RiceESTADOS UNIDOS

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Erik AssadourianPesquisador

Ed AyresDiretor Editorial Redator,World Watch

Courtney BernerAssistente Administrativo

Lori A. BrownBibliotecária Pesquisadora

Zoë ChafePesquisadora

Steve Conklin,Webmaster

Barbara FallinDiretora Financeira eAdministrativa

Susan FinkelpearlGerente de Comunicações

Christopher FlavinPresidente

Staff do Worldwatch Institute

Hilary FrenchDiretora, Projeto de Globalizaçãoe Governança

Gary GardnerDiretor de Pesquisa

Joseph GravelyCorrespondência & Publicações

Brian HalweilPesquisador Sênior

Mairead HartmannAssociada de Desenvolvimento

John HolmanDiretor de Desenvolvimento

Lisa MastnyPesquisadora Associada

Anne Platt McGinnPesquisadora Sênior

Leanne MitchellDiretora de Comunicações

Danielle NierenbergPesquisadora Associada

Tom PrughRedator Sênior

Mary RedfernGerente das Fundações

Michael RennerPesquisador Sênior

Lyle RosbothamDiretor de Arte

Janet SawinPesquisadora Associada

Molly O’Meara SheehanPesquisadora Sênior

Patricia ShyneDiretora de Publicações eMarketing

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A cada ano, um pequeno grupo de pesqui-sadores se reúne não só para relatar osdesafios que confrontam a sociedade humanae o meio ambiente como também o avançoque o mundo obteve em responder a eles.Embora esses desafios tenham evoluídosignificativamente ao longo dos últimos 22anos, uma conclusão tem sido constanteatravés de todas as edições do Estado doMundo: nunca poderíamos ter escrito esterelatório sem a assistência de inúmeraspessoas, tanto dentro quanto fora doInstituto. Todo o sucesso que obtivemosneste empreendimento é, em grande parte,uma homenagem ao apoio e à assessoria deum grande número de pessoas, cujos nomesnão aparecem na capa. Esses amigos doWorldwatch são merecedores dos nossossinceros agradecimentos por sua contribuiçãoao relatório especial deste ano sobresegurança global.

Para a edição de 2005 do Estado do Mundo,o Instituto explorou os talentos de umnúmero recorde de autores externos, inclu-sive especialistas de escol em segurançahumana e ambiental. Geoffrey D. Dabelko,Diretor do Projeto de Mudança e SegurançaAmbiental do Centro InternacionalWoodrow Wilson para Acadêmicos, eAlexander Carius, Diretor da Adelphi Re-search em Berlim, na Alemanha,

Agradecimentos

contribuíram com os capítulos sobre paci-ficação ambiental e cooperação hídrica.Juntaram-se a eles Aaron T. Wolf, da Univer-sidade do Estado de Oregon; AnnikaKramer, da Adelphi Research; e Ken Conca,da Universidade de Maryland. DennisPirages, da Universidade de Maryland,escreveu o capítulo sobre as ligações entresaúde e segurança. Richard Cincotta, daPopulation Action International, trabalhoucom Lisa Mastny no capítulo sobrepopulação. Temos satisfação também emincluir Ligações de Segurança, dos especialistasem não-proliferação Joseph Cirincione, doFundo Carnegie para Paz Internacional, e PaulWalker, da Global Green USA; de PekkaHaavisto, da Unidade de Avaliação Pós-conflito do Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente; de RhodaMargesson, do Serviço de Pesquisa doCongresso; e de Jason Switzer, do InstitutoInternacional de DesenvolvimentoSustentável.

Além disso, os capítulos incluem quadrosque foram contribuídos por: Peter Croll, doCentro Internacional de Conversão de Bonn;Moira Feil, da Adelphi Research; e GianlucaRampolla, da Organização de Segurança eCooperação na Europa; Chris Huggins eHerman Musahara, do Centro Africano deEstudos Tecnológicos; Anders Jägerskob, do

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Grupo de Peritos sobre Questões Desenvol-vimentistas do Ministério de RelaçõesExteriores da Suécia; Bárbara Rose Johnston,do Centro de Ecologia Política de SantaCruz, Califórnia; e Manuela Mesa e MabelGonzález Bustelo, do Centro de Pesquisa daPaz, em Madri, Espanha.

Os autores dos capítulos sentem-seigualmente gratos com o entusiasmo ededicação da equipe de pesquisadores, fel-lows e estagiários de 2004 que pesquisaramfatos imponderáveis e produziram inúmerosgráficos e tabelas. Renate Duckat, cedida pelacontrapartida do Worldwatch da Alemanha,Germanwatch, atendeu gentilmente a umsem-número de pedidos para os Capítulos1, 6, 8 e 9; Molly Norton passou todo overão pesquisando fatos para o Capítulo 3;Molly Aeck e Corinna Kester reuniramtenazmente informações para o Capítulo 6;e nossa pesquisadora Zoë Chafe, além detodas as suas outras responsabilidades,laboriosamente ajudou a montar o Capítulo9. Este capítulo também explorou a análiseinstigante de Robinne Gray e a assistênciadiligente dos estagiários Kyoko Okamoto,Kotoko Ueno, Lauren Kritzer e RomanGinzberg. Gostaríamos também deagradecer a Kun Qian pela ajuda com odesenvolvimento inicial do nosso programana China. Unindo-se ao Worldwatch duranteo ano, todas essas pessoas não só prestaramum apoio indispensável como tambémmantiveram o Instituto energizado e em altoastral.

A imensa tarefa de rastrear artigos, revistase livros em todo o mundo coube àBibliotecária Pesquisadora Lori Brown. Alémdisso, Lori novamente reuniu uma relaçãode eventos globais significativos para acronologia O Ano em Revista, explorando seu

talento notável de reunir e tabularinformações.

As revisões de especialistas externos, quegentilmente cederam seu tempo, também fo-ram indispensáveis para o produto final desteano. Pelas sugestões e comentários judiciosose também pelas informações prestadas pormuitas pessoas, somos extremamente gratosa: Danielle Anastasion, Chuck Bassett, BidishaBiswas, Chris Bright, Amy Brisson, DavidBrubaker, Grant Cope, John Dimento, PaulEhrlich, Robert Engelman, José EsquinasÁlcazar, Moira Feil, Johanna MendelsonForman, Cary Fowler, Uwe Fritsche, Ben-jamin Goldstein, Mary Kaldor, Anja Köhne,Bill Moomaw, Pat Roy Mooney, PatrickMulvany, Leif Ohlsson, Meaghan Parker, JimRiccio, Hope Shand, Robert Sprinkle e JacobWanyama.

Sob seu olhar cuidadoso, a redatora LindaStarke deu maior apuro a cada capítulo. Suaenergia e longa experiência com aspublicações do Worldwatch asseguraram atransformação de nossas minutas iniciais, doestado bruto para os capítulos bemtrabalhados que se tornaram – e dentro dosprazos que ela estabeleceu.

Após a conclusão das revisões e reescritas,o Diretor de Arte Lyle Rosbotham elaborouhabilmente o design de cada capítulo, acronologia e as Ligações de Segurança. Sua visãocriativa ajudou a fazer várias inovações, comoas fotografias que complementam cadaLigação. De Dexter, em Oregon, Ritch Popenovamente prestou sua ajuda na fase finalde produção, elaborando o sumário.

Escrever é apenas o início do trabalhode levar Estado do Mundo aos leitores. A tarefaentão passa às mãos do nosso sempre enga-jado departamento de comunicações, quetrabalha em várias frentes para assegurar que

AGRADECIMENTOS

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AGRADECIMENTOS

a mensagem de Estado do Mundo circuleamplamente, para além dos nossosescritórios de Washington. A Gerente deComunicações Susan Finkelpearl conduziuesta tarefa – utilizando seu entusiasmo semlimites para preparar nossas mensagens àmídia, ao público e a tomadores de decisãoem todo o mundo. Nisto, ela recebeu a ajudada Assistente Administrativa Heather Wilson,que deixou o Instituto em setembro parainiciar uma nova e promissora aventura noCapitólio. Nossos agradecimentos sãotambém extensivos a Courtney Berner, quechegou ao Worldwatch ainda em tempo deajudar a organizar os esforços difusores deEstado do Mundo. E ao Diretor Editorial EdAyres, que diligentemente planeja as ediçõesfuturas da nossa revista World Watch ,enquanto estamos mergulhados naelaboração do livro.

Com a Internet se tornando cada vezmais crucial para nossa difusão, tambémdevemos muitos agradecimentos ao zelo donosso Webmaster Steve Conklin. Ele aplicasua capacitação técnica e criatividade nodesenvolvimento de um website brilhante,incluindo várias inovações, como o destaqueon line de “Segurança Global”. Nossa Equipede Gestão de Informática, da empresa AllCovered, sob a direção de Raj Maini, mantevenossas linhas de comunicação em plenofuncionamento interna e externamente – atémesmo durante o processo vexatório detransição para um novo servidor, devido àdesintegração do anterior.

Esta edição de Estado do Mundo deslanchaum projeto mais amplo de Segurança Glo-bal, onde o Instituto trabalhará com umarede crescente de parceiros para gerar umaconscientização mais profunda dos desafiosà segurança global e oportunidades de no-

vas políticas. Especiais agradecimentos sãodevidos àqueles com os quais nos empe-nhamos neste esforço, incluindo Adelphi Re-search, Fundação Heinrich Böll, FundoCarnegie para Paz Internacional, FUHEM,Germanwatch, GLOBE International, GreenCross International, Instituto Internacionalpara o Meio Ambiente e Desenvolvimento,Programa das Nações Unidas para o MeioAmbiente, Centro Internacional WoodrowWilson para Acadêmicos e muitos outros quepretendem colaborar conosco nos próximosanos (para uma lista completa, visite aspáginas “Global Security Network” emwww. worldwatch.org).

Esses novos relacionamentos ocorremlogo em seguida às muitas e duradourasparcerias que vêm fortalecendo oWorldwatch Institute ao longo dos anos. Sóatravés da assistência da nossa redeinternacional de publicações é que podemospublicar Estado do Mundo em 21 idiomas eem 26 países. Esses editores, organizaçõesda sociedade civil e indivíduos nos prestamuma valiosa assessoria e também assistênciaem tradução, difusão e distribuição paranossa pesquisa. Expressamos nossa gratidãoa todos eles e, em especial, gostaríamos deagradecer a ajuda que recebemos de ØysteinDahle, Magnar Norderhaug e Helen Eie, naNoruega; Anja Köhne, Brigitte Kunze,Christoph Bals, Klaus Milke, BerndRheinberg, Gerhard Fischer e Günter Thien,na Alemanha; Soki Oda, no Japão;Gianfranco Bologna e Anna Brune Ventre,na Itália; Lluis Garcia Petit e Marisa Mercado,na Espanha; Benoit Lambert, na Suíça; JungYu Jin, na Coréia do Sul; George Cheng, emTaiwan; Yesim Erkan, na Turquia; ViktorVovk, na Ucrânia; Tuomas Seppa, naFinlândia; Marcin Gerwin, na Polônia; Joana

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Vasilescu, na Romênia; Eduardo Athayde, noBrasil; e Jonathan Sinclair Wilson, no ReinoUnido.

Há 22 anos, a W.W. Norton & Companypublica Estado do Mundo nos Estados Unidos.Queremos expressar nosso reconhecimentoa Norton e aos seus funcionários –especialmente Amy Cherry, Leo Wiegman,Nancy Palmquist, Lucinda Bartley e AnnaOler. Através de sua dedicação, Estado doMundo, Sinais Vitais e outras publicações doWorldwatch Institute estão disponíveis emlivrarias e campi universitários em todo o país.

Nossos agradecimentos a SovereignHomestead, especialmente Mark Hintz,Bonnie Ford, Sherrie Reed, Terry Schwankee Ken Fornwalt, que ajudaram a atendernossos clientes e leitores responderem a suasperguntas, despachar pedidos e divulgarnossas novas publicações.

Também expressamos nosso reconhe-cimento especial à nossa nova Diretora dePublicações e Marketing, Patricia SkopalShyne. Sua energia e experiência deram umnovo alento à tarefa árdua de distribuir otrabalho do Worldwatch da forma maisampla possível. E o trabalho calmo epersistente da Diretora Financeira eAdministrativa, Barbara Fallin, e de JosephGravely, responsável pela correspondênciae execução das publicações internas,permitiram nosso funcionamentoininterrupto. Sem eles, as engrenagens doInstituto há muito teriam paralisado.

E, obviamente, sem o apoio dos nossosmuitos patrocinadores, nosso trabalho nãoseria possível. Nosso reconhecimento sinceroé estendido aos mais de 3.500 Amigos doWorldwatch que, com seu entusiasmo,demonstraram seu forte compromisso como Worldwatch e seus esforços para criar uma

visão de um mundo sustentável. Somosparticularmente gratos ao Conselho dePatrocinadores do Worldwatch – Adam eRachel Albright, Tom e Cathy Crain, John eLaurie McBride e Wren e Tim Wirth –, queconsistentemente vêm demonstrando suaconfiança e apoio ao nosso trabalho comcontribuições anuais extremamente generosas.

Somos gratos também ao apoiogeneroso da comunidade das fundações,prestado pela Aria Foundation, Blue MoonFund, Richard & Rhoda Goldman Fund,William and Flora Hewlett Foundation,Frances Lear Foundation, Steven C. LeutholdFamily Foundation, Merck Family Fund,Overbrook Foundation, V. Kann RasmussenFoundation, Rockefeller Brothers Fund, A.Frank and Dorothy B. Rothschild Fund, TheShared Earth Foundation, The ShenandoahFoundation, The Summit Fund of Washing-ton, Turner Foundation, Inc., Fundo dePopulação da ONU, Wallace Genetic Foun-dation, Inc., Wallace Global Fund, JohanetteWallerstein Institute e The Winslow Founda-tion. Mais agradecimentos são extensivos àassistência prestada por órgãosgovernamentais, incluindo o Ministério Realde Relações Exteriores da Noruega e aSociedade Alemã de Cooperação Técnica.

O engajamento de tantos doadores cabeà nossa dedicada equipe de desenvolvimento,John Holman, Mary Redfern e MaireadHartmann. Seus esforços nos bastidoresmantêm as luzes acesas no Instituto (todaslâmpadas fluorescentes compactas, natu-ralmente).

Finalmente, somos particularmente gratospelo trabalho árduo e apoio fiel dosmembros do Conselho de Administração doInstituto, que forneceram insumosimportantes sobre planejamento estratégico,

AGRADECIMENTOS

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desenvolvimento organizacional elevantamento de fundos, ao longo do últimoano.

Foi este apoio por parte das pessoasmencionadas, e também de muitos outrosque permanecem anônimos, que permitiu aoWorldwatch se dedicar, por 30 anos, a criaruma visão de um mundo sustentável. Esse

AGRADECIMENTOS

apoio nos dá esperanças de que ahumanidade irá, um dia, se unir para lançaros alicerces de um mundo mais seguro,pacífico e sustentável.

Michael RennerHilary FrenchErik AssadourianDiretores de Projetos

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Sumário

Agradecimentos vii

Lista de Quadros, Tabelas e Figuras xv

Prefácio xvii Mikhail S. Gorbachev Presidente, Green Cross International

Introdução

Estado do Mundo: xxviUm Ano em Retrospecto Lori Brown

1 Segurança Redefinida 3 Michael RennerLIGAÇÃO DE SEGURANÇA: Crime Transnacional 22

2 Analisando Ligação entre População eSegurança 25 Lisa Mastny e Richard P. CincottaLIGAÇÃO DE SEGURANÇA: Refugiados Ambientais 45

3 Contendo Doenças Infecciosas 48 Dennis PiragesLIGAÇÃO DE SEGURANÇA: Bioinvasões 67

4 Cultivando a Segurança Alimentar 70 Danielle Nierenberg e Brian HalweilLIGAÇÃO DE SEGURANÇA: ProdutosQuímicos Tóxicos 89

5 Gerindo Cooperação eDisputas Hídricas 92 Aaron T. Wolf, Annika Kramer, Alexander Carius e Geoffrey D. Dabelko

LIGAÇÕES DE SEGURANÇA: Riqueza Natural e Conflito, Setor Privado 109

6 Mudando a Economia do Petróleo 115 Tom Prugh, Christoper Flavin, e Janet L. Sawin

LIGAÇÃO DE SEGURANÇA: Energia Nuclear 137

7 Desarmando as Sociedades Pós-guerra Michael Renner

LIGAÇÕES DE SEGURANÇA: Proliferação Nuclear, Armas Químicas 159

8 Construindo a Paz atravésda Cooperação Ambiental 165 Ken Conca, Alexander Carius e Geoffrey D. Dabelko

LIGAÇÃO DE SEGURANÇA: Impactos Ambientais das Guerras 181

9 Estabelecendo os Fundamentos para aPaz - Metas do Milênio 184 Hilary French, Gary Gardner e Erik Assadourian

Notas

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Lista de Quadros, Tabelas eFiguras

Quadros

2 Analisando Ligações entre População e Segurança2-1 Envelhecimento e Populações Declinantes são um Problema? 312-2 Reforma Agrária em Ruanda 40

3 Contendo Doenças Infecciosas3-1 HIV/AIDS entre os Militares 623-2 Bioguerra 63

4 Cultivando a Segurança Alimentar4-1 Poderá o Alimento se tornar uma Arma de Destruição em Massa? 76

5 Gerindo Cooperação e Disputas Hídricas5-1 Partilha de Água entre Israel, Jordânia e os Palestinos 995-2 Conflitos sobre Gestão de Serviços Hídricos: O Caso de Cochabamba 1025-3 Controlando Rios Selvagens: Quem Paga o Preço? 105-06

6 Mudando a Economia do Petróleo6-1 Alguns Indicadores da Posição Central do Petróleo na Economia 1186-2 Captura do Carbono: Desafogo do Combustível Fóssil ou Cortina de Fumaça? 133

7 Desarmando as Sociedades pós-Guerra7-1 Colômbia: Obstáculos para a Paz 1497-2 Angola: O Desafio da Reconstrução 156-57

8 Construindo a Paz através da Cooperação Ambiental8-1 Enfocando Riscos Ambientais e a Segurança, e Oportunidades no Sul do Cáucaso 178

9 Estabelecendo os Fundamentos para a Paz - Metas do Milênio9-1 Objetivos e Metas de Desenvolvimento do Milênio 189

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9-2 Metas Selecionadas Adotadas na Cúpula Mundial sobre DesenvolvimentoSustentável 190

9-3 A Ascensão da Sociedade Civil 198

Tabelas

2 Analisando Ligações entre População e Segurança2-1 Parcela de Jovens em Países Selecionados, Projeções para 2005 28

2-2 Países com Maiores Taxas de Mortalidade Adulta, de 2000 a 05 322-3 Principais Países enfrentando Escassez per capita de Terras Cultiváveise Água Doce, 2005 36

3 Contendo Doenças Infecciosas3-1 Mortes Causadas por Doenças Contagiosas, 2000 e 2002 563-2 Expectativa de Vida Saudável em Países Selecionados, 2002 573-3 Países Mais Afetados pelo HIV/AIDS 60

4 Cultivando a Segurança Alimentar4-1 Raças de Animais de Corte sob Ameaça de Extinção 744-2 Doenças Animais Selecionadas que podem se Disseminar para Humanos 77

5 Gerindo Disputas e Cooperação Hídricas5-1 Exemplos Selecionados de Disputas Hídricas 945-2 Dinâmica de Conflito em Diferentes Níveis Espaciais 955-3 Número de Países Compartilhando uma Bacia 96

7 Desarmando as Sociedades Pós-guerra7-1 Estimativas Aproximadas dos Estoques de Armas Pequenas,

Países e Regiões Selecionadas 1457-2 Exemplos Selecionados de Transferência de Armas Pequenas de um

Ponto Crítico a Outro, Década de 70 até 2002 1477-3 Embargos Internacionais de Armas, de 1990 ao Presente 1527-4 Programas Selecionados de Recolhimento de Armas Pequenas, de 1989 a 2003 1547-5 Principais Esforços de Destruição de Armas Pequenas, de 1990 a 2003 1557-6 Experiências Selecionadas de Desmobilização em Países Emergentes de

Guerras, de 1992 ao Presente 158

8 Construindo a Paz através da Cooperação Ambiental8-1 Iniciativas Nacionais e Internacionais Selecionadas sobre o Meio Ambiente,

Conflito, Paz e Segurança 169

LISTA DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS

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9 Estabelecendo os Fundamentos para a Paz - Metas do Milênio9-1 Avanço na Ampliação do Acesso à Água e Alimentação em Países Selecionados 1919-2 Avanços Regionais para Alcançar Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Selecionados 1939-3 Redes Selecionadas de Políticas Públicas Globais 203

Figuras

1 Segurança Redefinida1-1 Progresso no Desarmamento Global, de 1985 a 2002 121-2 Conflitos Armados, de1955 a 2002 13

6 Mudando a Economia do Petróleo6-1 Consumo de Energia nos Estados Unidos, de 1635 a 2000 1176-2 Preço Mundial do Petróleo, de 1990 a 2004 1196-3 Consumo e Produção de Petróleo na China, de 1973 a 2004 1216-4 Produção de Petróleo nos Estados Unidos, de 1954 a 2003 122

9 Estabelecendo os Fundamentos Para a Paz - Metas do Milênio9-1 Gastos Militares versus Assistência Desenvolvimentista, Países Selecionados

e Todos Doadores, 2003 197

LISTA DE QUADROS, TABELAS E FIGURAS

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Prefácio

Cinco anos atrás, todos os 191 países-membros das Nações Unidas se compro-meteram a cumprir, até 2015, oito Metas deDesenvolvimento do Milênio, incluindoerradicar fome e pobreza extremas e garantira sustentabilidade ambiental. Estescompromissos cruciais foram reafirmadospor autoridades de saúde em todo o mundoem outubro de 2004, por ocasião do 10o

aniversário da notável Conferência sobrePopulação e Desenvolvimento, realizada noCairo.

A conclusão abrangente desta reunião, em2004, foi que, apesar do avanço considerável,se bem que errático, em muitas áreas, qualquerotimismo deve levar em conta a percepçãoque ganhos em desenvolvimento socio-econômico, segurança e sustentabilidadeglobais não refletem a realidade de muitaspartes do mundo. A pobreza continua a minaro avanço em muitas áreas. Doenças comoHIV/AIDS estão aumentando, criandobombas-relógio na saúde pública em inúmerospaíses. Nos últimos cinco anos, cerca de 20milhões de crianças morreram de doençasveiculadas pela água, que poderiam ter sidoevitadas, enquanto centenas de milhões depessoas continuam a conviver diariamentecom a aflição e a sujeira associadas à falta deágua potável e saneamento básico.

Precisamos reconhecer essas vergonhosas

disparidades globais e começar a lidar comelas com seriedade. Fiquei feliz com a entregado Prêmio Nobel da Paz a Wangari Maathai,uma mulher cujos esforços pessoais, liderançae trabalho comunitário no Quênia e na Áfricasão fonte de inspiração para todos nós,demonstrando os avanços reais que podemser obtidos no enfrentamento dos desafios àsegurança ambiental e desenvolvimentosustentável, quando as pessoas têm coragemde fazer a diferença.

A humanidade tem uma oportunidadesingular de transformar o século XXI em umséculo de paz e segurança. Todavia, as muitaspossibilidades criadas pelo fim da guerra friaparecem já terem sido, em parte,desperdiçadas. Para onde foi o “dividendo dapaz” que tanto nos esforçamos para obter?Por que conflitos regionais e terrorismo setornaram tão presentes no mundo atual? Epor que não obtivemos maiores avanços nasMetas de Desenvolvimento do Milênio?

As terríveis tragédias de 11 de setembro de2001, os ataques terroristas em 2004 em Beslan,na Rússia, e os tantos outros incidentesterroristas ao longo da última década no Japão,Indonésia, Oriente Médio, Europa e outrospaíses ressaltam, todos, o fato de que nãoestamos adequadamente preparados paralidar com novas ameaças. Melhor preparo,porém, significa pensar mais holisticamente, e

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não apenas em termos tradicionais de guerrafria.

Acredito que o mundo hoje enfrenta trêsdesafios inter-relacionados: o desafio dasegurança, incluindo os riscos associados àsarmas de destruição em massa e o terrorismo;o desafio da pobreza e do subdesen-volvimento; e o desafio da sustentabilidadeambiental.

O desafio da segurança deve ser enfren-tado, primeiramente, através do controle edestruição dos arsenais mundiais de armas dedestruição em massa. Tanto a Rússia quantoos Estados Unidos adotaram inúmerasmedidas positivas nesta direção. Precisamos,porém, acelerar esses esforços de desmi-litarização e não-proliferação e estabelecerprogramas mundiais de redução das ameaças,para que possamos garantir um sucessoefetivo.

Os países industrializados também deverãodestinar mais recursos para os países e asregiões mais pobres do mundo. A ajudadesenvolvimentista oficial dos principais paísesindustrializados ainda representa umaminúscula fração dos seus PIBs, e não cheganem perto dos compromissos assumidos háuma década na Cúpula da Terra, no Rio deJaneiro. Não podemos permitir que continueem nosso planeta essa crescente disparidadeentre ricos e pobres e a ultrajante má alocaçãode recursos já escassos para o consumismo ea guerra. Caso contrário, deveremos esperaraté maiores desafios à frente.

Com relação ao meio ambiente, precisamosreconhecer que os recursos da Terra são finitos.Desperdiçar esses escassos recursos significaperdê-los no futuro próximo, com conse-qüências potencialmente funestas para todasas regiões e para o mundo. As florestas, porexemplo, estão sendo gradativamente destruí-

das nos países mais pobres. Até mesmo noQuênia, onde Wangari Maathai ajudou aplantar mais de 30 milhões de árvores, a áreaflorestada diminuiu. A crise hídrica global étambém uma das maiores ameaças àhumanidade. Quatro em cada 10 pessoas nomundo vivem em bacias hidrográficascompartilhadas por dois ou mais países, e afalta de cooperação entre os parceiros dessespreciosos recursos está reduzindo padrões devida, causando problemas ambientaisdevastadores e até mesmo contribuindo paraa eclosão de conflitos violentos. E o maisimportante de tudo: precisamos despertar paraos perigos da mudança climática e dedicar maisrecursos para a busca crucial por alternativasenergéticas.

Foi por razões como essas que, 12 anosatrás, fundei a Green Cross International [CruzVerde Internacional] e continuo a defenderuma mudança global de valores no manejoda Terra, um novo sentido deinterdependência global e uma co-responsabilidade na relação humana com anatureza. Foi também por essas razões queajudei a elaborar a Carta da Terra, um códigode princípios éticos hoje endossados por maisde 8.000 organizações, representando mais de100 milhões de pessoas em todo o mundo. Eé por essas razões que Maurice Strong,Presidente do Conselho da Terra, e eu demosinício aos Diálogos da Terra, uma série defóruns públicos sobre ética e desenvolvimentosustentável.

Precisamos hoje de uma Glasnost Global– abertura, transparência e diálogo público –por parte de nações, governos e cidadãos, afim de criar um consenso em torno dessesdesafios. E precisamos de uma política de“engajamento preventivo”: solidariedade eação internacional e individual para enfrentar

PREFÁCIO

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os desafios da pobreza, doença, degradaçãoambiental e conflito, de maneira sustentável enão-violenta.

Somos hóspedes, e não senhorios, danatureza e temos que desenvolver um novoparadigma para o desenvolvimento e reso-lução de conflitos, com base nos custos ebenefícios para todos os povos compro-metidos com os limites da própria natureza enão com os limites da tecnologia e doconsumismo. Estou extremamente feliz emconstatar que o Worldwatch Institute continuaa enfocar esses importantes desafios e metas

em seu relatório anual Estado do Mundo.Recomendo a todos os leitores queconsiderem seu engajamento pessoal à açãoapós a leitura deste livro. Só com a participaçãoativa e dedicada da sociedade civil poderemoster sucesso na construção de um mundosustentável, justo e pacífico para os séculosfuturos.

Mikhail S. GorbachevPresidente, Green Cross International

PREFÁCIO

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Quando o Prêmio Nobel da Paz foi conce-dido, em outubro de 2004, à ativista ambientaldo Quênia Wangari Maathay, a decisão daComissão do Nobel foi recebida com espantoem certos círculos. Para muitos especialistastradicionais em segurança, pareceu frívolo,numa época de conflitos militares, guerras civis,terrorismo e proliferação de materiais nuclea-res, conceder o prêmio de maior prestígiointernacional a uma pessoa conhecida porplantar árvores e não por assinar tratados. Defato, um líder político da Noruega, país quepatrocina o prêmio, comentou: “É estranhoque a comissão tenha ignorado totalmente ainquietação pela qual o mundo passadiariamente, concedendo o prêmio a umaativista ambiental.”

Em nossa opinião, o prêmio não poderiaser mais adequado. A história de vida deWangari Maathay é um testemunho dainsegurança com a qual o mundo lidaatualmente e que está inextricavelmente ligadaaos problemas ecológicos e sociais aos quaisela dedicou toda sua vida. Em 1977, elafundou o Green Belt Movement [Movimento doCinturão Verde], mobilizando mulherespobres para plantarem milhões de árvores –os objetivos do grupo incluíam revitalizar asflorestas debilitadas do Quênia, fornecer lenha,da qual tantas careciam, e tornar as mulheresparticipantes ativas na melhoria da qualidadede suas vidas e de suas famílias.

Introdução

O sucesso de Maathay e seu desafiosubseqüente às políticas conservacionistas dogoverno a colocaram em rota de colisão como presidente autocrático do país. Ela e seusseguidores foram agredidos e presos – masincentivaram milhares de seguidores à ação noQuênia e em todo o mundo. O movimentoda sociedade civil que Wangari Maathay lideraajudou a abrir caminho para a transiçãopacífica do Quênia de uma virtual ditadurapara um governo democrático, em 2003.Coroando esta transição histórica, ela é hojeMembro do Parlamento queniano e Vice-ministra do Meio Ambiente no atual governo.

Coincidentemente, o Prêmio Nobel da Pazfoi anunciado quando concluíamos o Estadodo Mundo 2005 – a vigésima segunda ediçãodo nosso livro anual e a primeira a enfocar asegurança global, um tema que muito sedestacou, tanto no cenário privado quanto nopolítico, ao longo dos últimos anos. Comoadmiradores do Green Belt Movement, meuscolegas e eu ficamos muito felizes com anotícia da premiação e animados pelaesperança que este último Prêmio Nobel ajudea convencer milhões de pessoas em todo omundo a deixarem de considerar a segurançaglobal como algo que só pode ser mantidoatravés de talento diplomático ou poderio militar.

Nas páginas seguintes, focamos as raízesmais profundas da insegurança – muitas das

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quais são encontradas na desestabilização dassociedades humanas e do mundo natural, queacompanham o crescimento explosivo depopulações e da demanda de recursos naturaisao longo das últimas décadas. Valendo-nos daampla experiência e conhecimento da nossaequipe, como também de um imenso númerode colaboradores em todo o mundo,buscamos revelar as ligações, quase sempreobscuras, entre fenômenos tão díspares comolençóis freáticos em queda, disseminação daAIDS, crimes transnacionais, refugiadosambientais, terrorismo e mudança climática.Ao fazê-lo, constatamos que temos motivosmais que suficientes para temer que ainsegurança profunda que dominou o mundonos últimos três anos poderá se agravar aindamais nos anos futuros.

Os desequilíbrios demográficos estão entrevárias forças desestabilizadoras. Como LisaMastny e Richard Cincotta descrevem noCapítulo 2, em aproximadamente um terçodas nações mundiais – a maioria na África,Oriente Médio e no sul e centro da Ásia –,uma geração imensa de jovens se vê frente apoucas perspectivas econômicas e quasenenhuma em termos de educação. A maioriadas guerras civis, emigração e terrorismomundiais emerge nesses países – agravadosem muitos casos por diferenças étnicas ereligiosas e pelo colapso dos sistemas sociaise ecológicos dos quais as populaçõesdependem.

Em muitos desses mesmos países, adisseminação de doenças infecciosas,especialmente a AIDS, está destruindo associedades, matando muitos dos jovens que sãoos mais bem equipados para conduzir suasnações, tanto econômica quanto politicamente.As pressões humanas crescentes sobre osrecursos naturais – que provocam o colapso

de pesqueiros e a extinção de rios, por exemplo– solaparam ainda mais algumas sociedades. Aúltima crise humanitária a criar manchetesmundiais em 2004 aconteceu em Darfur, noSudão, onde choques diretos entre nômadesárabes e aldeões africanos vieram precedidosde anos de desertificação, que levou pastores ainvadirem terras agrícolas ao sul, atiçandotensões que acabaram em conflito aberto,expulsão de populações e genocídio.

O acesso ao petróleo é outra causa dainstabilidade recente. O aumento dramático dospreços acima de US$ 50 por barril, no segundosemestre de 2004, coincidiu com uma crescenteinstabilidade no Golfo Pérsico, onde estãolocalizados os recursos petrolíferos mais ricosdo mundo. O domínio da indústria petrolíferano Oriente Médio solapou o desenvolvimentoeconômico e político da região, enquanto ainundava com petrodólares que agravaram asdisparidades econômicas e financiaram odesenvolvimento do terrorismo. A dependênciados Estados Unidos e Europa do petróleo doOriente Médio levou a fluxos econômicosaltamente distorcidos e altos investimentosmilitares, criando animosidades profundas emambos os lados. A perspectiva do início de umlongo declínio na produção de petróleo napróxima década, justamente quando grandesnações como China e Índia reivindicam seusdireitos sobre as reservas remanescentes, já seriamotivo de preocupação, mesmo sem a crisecausada pela invasão do Iraque pelos EstadosUnidos. Em conjunto, criaram um barril depólvora de proporções globais.

A possibilidade de uma mudança climáticadisruptiva poderá ser uma ameaça ainda maiorà segurança das sociedades. Diante dos novossinais de aquecimento global acelerado - desdeo rápido degelo do Ártico até a disseminaçãode doenças e pragas para novas regiões –, os

INTRODUÇÃO

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cientistas voltam sua atenção para a ameaçade um colapso repentino de ecossistemaseconomicamente essenciais como florestas,recursos hídricos subterrâneos e baixioscosteiros. Os quatro furacões sem precedentesque devastaram a Flórida em 2004,combinados com o número recorde de tufõesque atingiram o Japão, levaram osmeteorologistas a analisar a possibilidade deeventos climáticos catastróficos logo setornarem comuns – com imensasconseqüências humanas, particularmente nospaíses mais pobres do mundo. Um relatórioem outubro de 2004 por uma coalizão deentidades ambientais e de ajuda alertou que amudança climática provavelmente exacerbaráa pobreza. Ao inundar áreas costeiras valiosase solapar florestas e bacias hidrográficas, umclima em alteração agravará a competiçãopelos recursos.

Uma conseqüência trágica dos ataquesterroristas de 11 de setembro foi o fato deterem desviado significativamente a atençãomundial de muitas das causas subjacentes dainsegurança. A ajuda aos países mais pobresdo mundo aumentou pouco, e oscompromissos internacionais de combate aproblemas como AIDS e aquecimento globalestão seriamente subfinanciados. Ainda mais,com aliados tradicionais como os EstadosUnidos e várias nações européias em dissensãosobre muitas questões, estamos não sóperdendo a guerra contra o terrorismo, numsentido estreito, mas também provocandouma série de instabilidades adicionais quepoderão levar o mundo a uma perigosa espiraldescendente.

Este livro destina-se a reverter essa espirale criar uma colaboração internacional essencialpara a conquista de um mundo seguro. Damesma forma que Wangari Maathay plantouárvores para melhorar a segurança econômica

de seu povo, chegou a hora de plantarmosesperança, trabalhando juntos para atingirobjetivos essenciais: um sistema energéticomenos dependente do petróleo, umasociedade mais igualitária onde o papel dasmulheres seja fortalecido e um mundo naturalestável e produtivo. Nossos autoresdemonstram a necessidade de uma política desegurança robusta – que alie estratégiastradicionais como desarmamento,manutenção da paz e prevenção de conflitosaos esforços básicos de atendimento dasnecessidades de saúde e educação e darestauração de ecossistemas.

É apropriado que o Prefácio ao Estado doMundo 2005 seja de outro ganhador do PrêmioNobel da Paz: o Ex-presidente soviéticoMikhail Gorbachev, hoje Presidente da GreenCross International. Gorbachev, quedesempenhou um papel de destaque naconclusão do maior desafio de segurança doséculo XX, a guerra fria, empenhou-se aomáximo, ao longo da última década, em umdos grandes desafios do século XXI – a criaçãode um mundo ambientalmente sustentável.

Wangari Maathay e Mikhail Gorbachevrepresentam pontes vivas entre o meioambiente e a segurança. Nosso futuro serádeterminado em grande parte por quãorapidamente o mundo siga esta liderança.

Christopher Flavin PresidenteWorldwatch Institute

1776, Massachusetts Avenue,Washington, DC [email protected]

Novembro 2004

INTRODUÇÃO

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Estado do Mundo:Um Ano em Retrospecto

Compilado por Lori Brown

Esta cronologia envolve notícias einformações significativas, cobrindo o períodode outubro de 2003 a setembro de 2004. Éum conjunto de avanços, retrocessos etropeços em todo o mundo que estão afetandoos objetivos ambientais e sociais da sociedade.

Não há intenção de ser abrangente.

Esperamos, porém, ter ressaltado os eventosglobais e locais que aumentarão suaconscientização das ligações entre as pessoase o meio ambiente mundial. Uma versão on-line da cronologia com links a recursos dainternet está disponível em www.worldwatch.org/features/timeline.

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ESTADO DO MUNDO: UM ANO EM RETROSPECTO

O U T U B R O

2003

N O V E M B R O D E Z E M B R O

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ESTADO DO MUNDO: UM ANO EM RETROSPECTO

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ESTADO DO MUNDO: UM ANO EM RETROSPECTO

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ESTADO DO MUNDO: UM ANO EM RETROSPECTO