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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO II - Nº 148 Disponibilização: Quarta-feira, 11 de Abril de 2018 Publicação: Quinta-feira, 12 de Abril de 2018 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CLEANDRO ALVES DE MOURA Procurador-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora-Geral de Justiça CLÁUDIA PESSOA MARQUES DA ROCHA SEABRA Chefe de Gabinete CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Secretária-Geral / Secretária do CSMP CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Assessora da Assessoria Especial Administrativa JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Assessor da Assessoria Especial Criminal e de Improbidade Administrativa ITANIELI ROTONDO SÁ Assessora Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ARISTIDES SILVA PINHEIRO Corregedor-Geral LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral Substituto CLÁUDIO BASTOS LOPES Promotor-Corregedor Auxiliar JOÃO MALATO NETO Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CLEANDRO ALVES DE MOURA Presidente ARISTIDES SILVA PINHEIRO Corregedor-Geral ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Conselheiro CLOTILDES COSTA CARVALHO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO II - Nº 148 Disponibilização: Quarta-feira, 11 de Abril de 2018 Publicação:

Quinta-feira, 12 de Abril de 2018

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CLEANDRO ALVES DE MOURAProcurador-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora-Geral de Justiça

CLÁUDIA PESSOA MARQUES DA ROCHA SEABRAChefe de Gabinete

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESSecretária-Geral / Secretária do CSMP

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAAssessora da Assessoria Especial Administrativa

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESAssessor da Assessoria Especial Criminal e de Improbidade Administrativa

ITANIELI ROTONDO SÁAssessora Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

ARISTIDES SILVA PINHEIROCorregedor-Geral

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral Substituto

CLÁUDIO BASTOS LOPESPromotor-Corregedor Auxiliar

JOÃO MALATO NETOPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CLEANDRO ALVES DE MOURAPresidente

ARISTIDES SILVA PINHEIROCorregedor-Geral

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIROConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

LUÍS FRANCISCO RIBEIROConselheiro

CLOTILDES COSTA CARVALHOConselheira

1. CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO []

1.1. CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ - CSMP2267 PAUTA DA 1271ª SESSÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO DIA 13 DE ABRIL DE 2018, ÀS 09:00HORAS.1) APRECIAÇÃO DA ATA DA 1270ª SESSÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 06 DE ABRIL DE 2018, ENCAMINHADA CÓPIA DOSEXTRATOS AOS CONSELHEIROS.2) JULGAMENTO DE PROCESSOS2.1 Relator: Dr. Aristides Silva Pinheiro.2.1.1 Processo administrativo nº 25927/2017 (GEDOC nº 000057-226/2017). Origem: Procuradoria Geral de Justiça. Assunto: minuta de propostade resolução relativamente a definição de critérios objetivos de movimentação na carreira ministerial. Interessado: Comissão responsável deElaborar a proposta de alteração da Resolução nº 01/2016 do CSMP/PI. Relator: Dr. Aristides Silva Pinheiro.3) PARA CONHECIMENTO E DELIBERAÇÃO:3.1 Ofícios/Memorandos encaminhados pela Corregedoria Geral do Ministério Público.3.1.1 3.2.5 Ofício nº 525/2018 - CGMP/PI. Assunto: encaminhamento de relatório de correição ordinária realizada na 2ª Promotoria de Justiça dePedro II-PI e a mudança de conceito da correição.3.2 Ofícios/Memorandos comunicando instauração ou arquivamento de procedimentos/encaminhando cópias de portarias ourecomendações.3.2.1 Ofício nº 078/2018-PJCBL. Origem: Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes. Assunto: comunicação de decisões de arquivamento doProcedimento Administrativo nº 001/2017 que trata irregularidade nas prestações de contas da associação ADECPROLAB (Associação dosPlantadores de Arroz da Lagoa Grande); do Procedimento Administrativo nº 07/2018 que trata sobre fiscalização do cumprimento deRecomendação PGJ-PI nº 02/2018; Procedimento Administrativo nº 06/2018 que trata sobre a fiscalização do cumprimento de RecomendaçãoPGJ-PI nº 02/2018; Procedimento Administrativo nº 04/2018 que trata sobre fiscalização do cumprimento de Recomendação PGJ-PI nº 02/2018 eProcedimento Administrativo nº 10/2010 que trata da devolução da gestão do Hospital Estadual Mariano Lucas de Sousa.3.2.2 Ofício nº 060/2018-PJMG. Origem: Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil. Assunto: conversão do Procedimento Preparatório nº 028/2017em Inquérito Civil nº 009/2018 instaurado com escopo de averiguar se houve contratação de escritório de advocacia.3.2.3 Ofício nº 058/2018-PJMG. Origem: Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil. Assunto: conversão do Procedimento Preparatório nº 027/2017em Inquérito Civil nº 008/2018 instaurado com escopo de averiguar se houve contratação de escritório de advocacia para fins de levantamento devalores obtidos na fase de execução da Ação Civil Pública nº 1999.61.00.05.0616-0.3.2.4 Ofício nº 056/2018-PJMG. Origem: Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil. Assunto: conversão do Procedimento Preparatório nº 026/2017em Inquérito Civil nº 007/2018 instaurado com escopo de averiguar se houve contratação de escritório de advocacia para fins de levantamento devalores obtidos na fase de execução da Ação Civil Pública nº 1999.61.00.05.0616-0.3.2.5 Ofício nº 066/2018-PJMG. Origem: Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil. Assunto: informar o arquivamento da Notícia de Fato nº003/2017 que trata sobre ausência de Defensores Públicos a audiências na Vara Única da Comarca de Monsenhor Gil/PI.3.2.6 Ofício nº 74/2018-PJMG. Origem: Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil. Assunto: instauração do Procedimento Administrativo nº001/2018 que trata sobre o Relatório de Acompanhamento Social de menor, a qual está em processo de adaptação ao novo contexto familiar.3.2.7 Ofício nº 064/2018-PJMG. Origem: Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil. Assunto: arquivamento da Notícia de Fato nº 006/2017 quetrata sobre idoso em situação de vulnerabilidade social.3.2.8 Ofício nº 230/2018-3ª PJ/SRN. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato. Assunto: comunicação de prorrogação de prazode Inquérito Civil nº 013/2012 (SIMP nº 000371-096/2016) instaurado para apurar possível dispensa indevida de licitação na contratação deveículos para transporte escolares no Município de Dirceu Arcoverde/PI.3.2.9 Ofício nº 228/2018-3ª PJ/SRN. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato. Assunto: comunicação de prorrogação de prazodo Inquérito Civil nº 50/2010 (SIMP nº 000367-096/2016) instaurado para apurar notícia de malversação de recursos públicos na reforma do HotelSerra da Capivara, visando adaptação às normas internacionais de hotelaria.3.2.10 Ofício 31ª PJ nº 194/2018. Origem: 31ª Promotoria de Justiça de Teresina. Assunto: arquivamento do Procedimento Administrativo nº06/2018 - SIMP nº 000034-003/2018, instaurado para acompanhar o cumprimento das cláusulas do TAC nº 06/2018, no qual a instituição deensino comprometeu-se a providenciar sua regularização junto ao Conselho Municipal de Educação de Teresina-PI.3.2.11 Memorando nº 22/2018 - 5ª PJ. Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Picos. Assunto: arquivamento Procedimento de Investigação Criminalnº 16/2018, instaurado para apurar possível ocorrência do delito capitulado nas tenazes dos art. 147 do Código Penal Brasileiro.3.2.12 Memorando nº 21/2018 - 5ª PJ. Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Picos. Assunto: conversão da Notícia de Fato nº 000945-086/2016em Procedimento de Investigação Criminal nº 16/2018, a qual noticia a possível ocorrência do crime capitulado no art. 147 do Código de PenalBrasileiro.3.2.13 Memorando nº 25/2018 - 5ª PJ. Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Picos. Assunto: conversão da Notícia de Fato nº 000630/2017 emProcedimento de Investigação Criminal nº 18/2018, a qual noticia a possível ocorrência do crime de lesão corporal contra idosa.3.2.14 Memorando nº 24/2018 - 5ª PJ. Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Picos. Assunto: arquivamento do Procedimento de InvestigaçãoCriminal nº 17/2018 instaurado para apuração da possível ocorrência do delito capitulado nas tenazes dos art. 129, §9º do Código penal Brasileiroc/c art. 5º, inc. II e art. 7º, inc. I, ambos da Lei nº 11.340/06.3.2.15 Memorando nº 23/2018 - 5ª PJ. Origem: 5ª Promotoria de Justiça de Picos. Assunto: conversão da Notícia de Fato nº 000402-086/2017em Procedimento de Investigação Criminal, a qual noticia a possível ocorrência do crime capitulado no art. 129 §9º do Código Penal Brasileiro.3.2.16 Ofício nº 216/2018 - 3ª PJ/SRN. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato. Assunto: arquivamento do ProcedimentoAdministrativo nº 21/2017, instaurado com finalidade de apurar suposta irregularidade diante da negativa, por parte do Município de SãoRaimundo Nonato, no fornecimento de medicamentos.3.2.17 Memorando nº 73/2018. Origem: 38ª Promotoria de Justiça de Teresina. Assunto: instauração do Procedimento Preparatório SIMP nº000070-033/2017, para fins de apuração de negativa de matrícula no CMEI Joel Mendes, sob alegação de que o citado educandário se destinaexclusivamente aos filhos dos membros do Sindicato dos Comerciários.3.2.18 Ofício 31ª PJ nº 191/2018. Origem: 31ª Promotoria de Justiça de Teresina. Assunto: arquivamento da Notícia de Fato nº 03/2018 (SIMP nº000027-003/2018), a qual trata sobre a comercialização de produtos armazenados incorretamente por supermercado.3.2.19 Memorando nº 72/2018 - 2ª PJ. Origem: 2ª Promotoria de Justiça de Picos. Assunto: comunicação de prorrogação de prazo doProcedimento Administrativo nº 40/2017-B (SIMP nº 000739-089/2016), o qual trata sobre crianças e adolescentes que necessitam de assistênciasocial.3.2.20 Memorando nº 78/2018. Origem: 38ª Promotoria de Justiça de Teresina. Assunto: informa o arquivamento da Notícia de Fato SIMP nº000022-033/2018, instaurado com o objetivo de apurar denúncia que versa sobre suposta negativa de matrícula de crianças na E.M. TeresaNoronha.3.2.21 Ofício nº 202/2018-PJCDH. Origem: 49ª Promotoria de Justiça de Teresina. Assunto: conversão do Procedimento Preparatório nº017/2017 no Inquérito Civil nº 014/2018 (SIMP nº 000104-034/2017), a qual trata sobre assistência social.

Diário Eletrônico do MPPIANO II - Nº 148 Disponibilização: Quarta-feira, 11 de Abril de 2018 Publicação: Quinta-feira, 12 de Abril de 2018

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2. SECRETARIA GERAL []

2.1. PORTARIAS PGJ/PI2278

3.2.22 Memorando nº 039/2018 - 45ª PJ. Origem: 45ª Promotoria de Justiça de Teresina. Assunto: instauração e arquivamento do ProcedimentoAdministrativo nº 021/2018, instaurado com base no Ofício nº 26/2018 encaminhado pelo IV Conselho Tutelar de Teresina, solicitando aplicaçãode medidas que se fizerem necessárias acerca de requerimento feito pelo Conselho Tutelar de Sucupira do Norte-MA.3.2.23 Documento nº 8910/2018. Origem: 2ª Promotoria de Justiça de Barras. Assunto: arquivamento do Procedimento Preparatório nº 02/2018(SIMP nº 000008-140/2018), instaurado com o fim de averiguar a ausência de iluminação pública na localidade Paraíso e a omissão/inércia doMunicípio resolver o problema.3.2.24 Ofício nº 061/2018-2ª PJUN. Origem: 2ª Promotoria de Justiça de União. Assunto: instauração do Procedimento Preparatório nº007/218.PJUN, para fins de disciplinar locais de paradas de transporte coletivo e horários de carga e descarga de cargas/mercadorias noMunicípio de União/PI.3.2.25 Ofício nº 084/2018-1PJBJ. Origem: 1ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus. Assunto: conversão do Inquérito Civil nº 003/2012 (SIMP nº000080-080/2017) em Procedimento Investigatório Criminal, instaurado para fins de apurar ausência de atuação da Autoridade Policial, diante dainércia em apuração de fatos registrados em mais de 250 Boletins de Ocorrência.3.2.26 Memorando nº 08/2018. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de Piripiri. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de Piripiri. Assunto: nova dilação deprazo de investigação do Inquérito Civil nº 03/2015 (SIMP nº 000004-076/2015), instaurado com objetivo de apurar se o Prefeito de Piripiri estádescumprindo o estabelecido nos dispositivos legais estatutários.3.2.27 Ofício nº 081/2018-1PJBJ. Origem: 1ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus. Assunto: arquivamento do Procedimento Administrativo SIMPnº 000494-080/2017, instaurado com o fito de acompanhar as investigações realizadas pela Delegacia Regional de Bom Jesus.3.2.28 Ofício nº 232/2018 - 3ª PJ/SRN. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato. Assunto: comunicação da prorrogação deprazo do Inquérito Civil nº 09/2015 (SIMP nº 000056-096/2015), instaurado para fins de apurar eventuais irregularidades quanto a contratação deservidores públicos.3.2.29 Ofício nº 241/2018 - 3ª PJ/SRN. Origem: 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato. Assunto: comunicação da prorrogação deprazo do Inquérito Civil nº 27/2016 (SIMP nº 000294-096/2016), instaurado para fins de apurar possíveis atos de improbidade administrativa nascontas da Câmara Municipal de Coronel José Dias, referentes ao exercício de 2010.3.2.30 Ofício nº 094/2018 - GPJ PA nº 000244-276/2017. Origem: Promotoria de Justiça de Simplício Mendes. Assunto: arquivamento doProcedimento Administrativo SIMP nº 000244-276/2017, instaurado para fins de apurar dano causado pela ELETROBRAS Distribuidora do Piauíem transformador da localidade ao tentar religar serviço de fornecimento de energia elétrica aos consumidores daquela localidade rural.3.2.31 Ofício nº 046/2018 2ª PJA. Origem: 1ª Promotoria de Justiça de Altos. Assunto: arquivamento das Notícias de Fato SIMP nº 42/2017,43/2017, 46/2017, 49/2017, 03/2018, 07/2018, 08/2017.3.2.32 Ofício 053-03/2018. Origem: 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba. Assunto: Arquivamento da NF SIMP nº 000066-065/2018, que tratasobre a carga horária mínima da educação básica do Município de Parnaíba; da NF SIMP nº 000059-065/2016 que trata sobre o provimento docargo de Coordenador de Fiscalização de Trânsito no Município de Parnaíba; da NF SIMP nº 000022-065/2017 que trata sobre a notificação dafalta de reposição de massa asfáltica; da NF SIMP nº 000082-065/2018 que trata sobre a ausência de ligação de rede de água e esgoto, bemcomo recapeamento da massa asfáltica pela AGESPISA em Parnaíba-PI; da NF SIMP nº 000002-065/2018 que trata sobre reclamação deesgoto a céu aberto na Rua Rubens Furtado, Bairro Santa Luzia e da NF SIMP nº 000282-055/2016 que trata sobre negligência e agressões aosestudantes do CAIQUE.4. ASSUNTOS INSTITUCIONAISCONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO, EM TERESINA (PI), 11 DE ABRIL DE 2018.CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESSecretária do Conselho SuperiorPromotora de Justiça

PORTARIA PGJ/PI Nº 1005/2018O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, Dr. CLEANDRO ALVES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas no art. 12, inciso XIV, alínea"f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, e considerando a solicitação da Promotora de Justiça Lenara Batista Carvalho Porto,R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça ROBERTO MONTEIRO CARVALHO, titular da Promotoria de Justiça de Ribeiro Gonçalves, para, emsubstituição à Promotora de Justiça Lenara Batista Carvalho Porto, realizar audiências de atribuição da 1ª Promotoria de Justiça de Bom Jesus,referentes aos processos nº 000000040-48.2018.8.18.0042 e 0000039-63.2018.8.18.0042, no dia 10 de abril de 2018, na Comarca de BomJesus.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 09 de abril de 2018.CLEANDRO ALVES DE MOURAProcurador-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1008/2018O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, Dr. CLEANDRO ALVES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais, e considerando o deferimentoda solicitação contida no Ofício nº 07/2018, da Junta Recursal do PROCON - JURCON/MPPI,R E S O L V EDISPENSAR de suas atividades os Promotores de Justiça JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA, JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO eMICHELINE RAMALHO SEREJO SILVA para participarem da sessão da Junta Recursal da PROCON - JURCON/MPPI, no dia 27 de abril de2018.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 09 de abril de 2018.CLEANDRO ALVES DE MOURAProcurador-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1009/2018O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA, DR. CLEANDRO ALVES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ECONCEDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí o adiamento do saldo de 20 (vinte) dias de férias aoPromotor de Justiça RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA, titular da 51ª Promotoria de Justiça de Teresina e Assessor da Corregedoria Geral doMinistério Público, referentes ao 2º período do exercício de 2009, anteriormente previstas para o período de 09 a 28 de abril de 2018, conforme aPortaria PGJ nº 900/2018, para serem fruídos no período de 18 de abril a 07 de maio de 2018.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 10 de abril de 2018.

Diário Eletrônico do MPPIANO II - Nº 148 Disponibilização: Quarta-feira, 11 de Abril de 2018 Publicação: Quinta-feira, 12 de Abril de 2018

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3. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

3.1. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE AROAZES/PI2269

CLEANDRO ALVES DE MOURAProcurador-Geral de Justiça

PORTARIA MINISTÉRIO PÚBLICOABERTURA DE INQUÉRITO CIVIL Nº 02/2018Aroazes/PI, lavrado em 10 de abril de 2018.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua Promotora de Justiça adiante assinada, no exercício de suas atribuições, comfundamento no artigo 127, caput, e artigo 129, incisos II e III da Constituição Federal; no artigo 201, incisos V e VIII, da Lei Federal nº 8.069/90(Estatuto da Criança e do Adolescente), e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85;CONSIDERANDO a verificação de que não houve a época da recomendação nº 04/2017 - CGMP/PI, de 15 de março de 2017, a adequadainstauração do procedimento de acompanhamento do processo de elaboração e implementação do Sistema Municipal de AtendimentoSocioeducativo, pelo promotor atuante à época;CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, definiu em seu artigo 86 que a política deatendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais,da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 12.594/2012 (que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE) determina emseu artigo 5o, inciso II, que compete aos municípios a elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com oPlano Nacional e o respectivo Plano Estadual e, em seu artigo 7o, § 2o que os municípios deverão, com base no Plano Nacional de AtendimentoSocioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional;CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pela Resolução nº 160/2013, do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, tendo sido publicado em data de 19 de novembro de 2013;CONSIDERANDO a necessidade de observância dos princípios da descentralização, desjudicialização, integração operacional e municipalizaçãodo atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, resultantes ao artigo 204, inciso I, da Constituição da República, bem como do artigo88, incisos I, II, III e V, da Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de efetiva implementação de uma política municipal de proteção especificamente destinada ao atendimentodos adolescentes autores de ato infracional, nos moldes do previsto pelas Leis Federais n° 8.069/90 e 12.594/2012, em atendimento ao dispostonos artigos 204, 226, 227 e 228, todos da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é dever do Poder Público, conforme disposto no artigo 227, caput, da Constituição Federal e artigo 4°, caput e parágrafoúnico, da Lei n° 8.069/90, assegurar a crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária,dentre outros direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (conforme artigo 3° da Lei nº 8.069/90);CONSIDERANDO que na forma do disposto no artigo 4°, parágrafo único, alíneas "b" e "d", da Lei n° 8.069/90, a garantia de prioridadecompreende, dentre outros fatores, a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e naexecução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à criança e aoadolescente, o que importa na previsão de verbas orçamentárias para fazer frente às ações e programas de atendimento voltados à populaçãoinfanto-juvenil (conforme inteligência dos artigos 88, inciso II; 90; 101; 112; 129 e 259, parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90);CONSIDERANDO que a aludida garantia de prioridade também se estende aos adolescentes que praticam atos infracionais, para os quais oartigo 228 da Constituição Federal, em conjugação com os artigos 103 a 125 da Lei n° 8.069/90 e disposições correlatas contidas na Lei nº12.594/2012, estabelece a obrigatoriedade de ser a eles dispensado um tratamento diferenciado, individualizado e especializado, extensivo àssuas famílias;CONSIDERANDO que, na forma do disposto no artigo 88, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a municipalização se constitui nadiretriz primeira da política de atendimento à criança e ao adolescente, sendo também relativa à criação e implementação de programasdestinados a adolescentes autores de atos infracionais, notadamente aqueles que visam tornar efetivas e/ou dar suporte à execução das medidassocioeducativas de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida, dentre outras medidas em meio aberto passíveis de seremaplicadas a eles e a suas famílias;CONSIDERANDO a necessidade de integração social dos adolescentes autores de ato infracional em suas famílias e comunidades, conformepreconizado nos artigos 100, caput e par. único, incisos IX c/c 113 e nos artigos 35, inciso IX e 54, incisos IV e V, da Lei nº 12.594/2012;CONSIDERANDO que um dos objetivos precípuos das medidas socioeducativas em meio aberto é, justamente, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários; e sendo tais medidas, portanto, quando comparadas às restritivas de liberdade, as mais compatíveis com amanutenção e reintegração de tais vínculos, assim como com o atendimento à saúde mental infanto-juvenil preferencialmente realizado em basecomunitária e extra-hospitalar, conforme definido pela Lei nº 10.216/2001;CONSIDERANDO as atuais carências de estrutura física, de recursos humanos e de vagas nas unidades de semiliberdade e de internaçãosocioeducativa, associados à necessidade do estabelecimento de justa correspondência entre atos infracionais de menor gravidade e medidassocioeducativas, fatores que demonstram a necessidade imperiosa de investimentos para a constituição de um eficaz sistema socioeducativo emmeio aberto, sem prejuízo da implementação de ações de prevenção, que são inerentes à política socioeducativa que os municípios têm o deverde implementar;CONSIDERANDO que a inexistência de tais programas especializados no atendimento de adolescentes acusados da prática infracional, assimcomo a insuficiência e inadequação das estruturas e serviços municipais para fazer frente à demanda apurada, têm prejudicado osencaminhamentos efetuados pela Justiça da Infância e Juventude, comprometendo assim a solução dos problemas detectados, com prejuízodireto não apenas aos adolescentes e suas famílias, que deixam de receber o atendimento devido, mas a toda sociedade;CONSIDERANDO que de acordo com o artigo 5o, III, da Lei nº 12.594/2012 é de responsabilidade dos municípios a implementação dosprogramas de atendimento em meio aberto, destinados a adolescentes incursos na prática de ato infracional e suas respectivas famílias, comênfase para as medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, previstas no artigo 112, incisos III e IV, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a criação e a manutenção de tais programas é parte intrínseca da política de atendimento dos direitos de adolescentes,destinada a proporcionar-lhes a devida proteção integral, na forma do disposto no artigo 1º da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que o não oferecimento ou a oferta irregular dos programas e ações de governo acima referidos, na forma do disposto nosartigos 5°; 98, inciso I, e 208, incisos I, VII, VIII, X e parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90 (com a nova redação da Lei nº 12.594/2012),corresponde a efetiva violação dos direitos dos adolescentes submetidos a medidas socioeducativas, podendo acarretar aresponsabilidade pessoal dos agentes e autoridades públicas competentes, conforme previsto no artigo 216, do mesmo Diploma Legal enos artigos 28 e 29 da Lei nº 12.594/2012 (com possibilidade de submissão às sanções civis da Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de ImprobidadeAdministrativa), sem prejuízo da adoção de medidas judiciais contra os municípios, para regularização de sua oferta, conforme previsto nosartigos 212 e 213, da Lei nº 8.069/90;

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CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi conferida legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos atinentesà infância e juventude, conforme artigos 127 e 129, inciso II, alínea "m", da Constituição Federal e artigos 201, incisos V e VIII, e 210, inciso I, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a Política Municipal Socioeducativa somente pode ser considerada integralmente implementada mediante a elaboração eexecução de um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e mediante a estruturação de programas de atendimento em meio aberto,conforme previsto na Lei nº 12.594/2012 (ex vi de seu artigo 49, §2o), ensejando a obrigatoriedade de observância por parte dos municípios aocomando cogente da referida norma ordinária;CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Município de AROAZES/PI adequar seus órgãos, programas, estruturas e orçamento àsdisposições das Leis Federais acima citadas, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e a Lei do SINASE (Lei nº12.594/2012);RESOLVE, com fundamento nos artigos 37, caput, 127, caput, 129, incisos II e III e 227, todos da Constituição Federal, artigos 1º, 3º e 5º, 201, V,VI "b" e "c" e VIII, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85, instaurar o presente:INQUÉRITO CIVIL, determinando, desde já as seguintes diligências:A NOTIFICAÇÃO do PREFEITO MUNICIPAL DE AROAZES/PI, do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente e daSecretária de Assistência Social, de Aroazes/PI, para, no PRAZO de 20 DIAS, dar início ao PROCESSO de ELABORAÇÃO do PLANOMUNICIPAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO, com as seguintes fases:a) Constituição de UMA COMISSÃO MUNICIPAL, legitimada através de DECRETO MUNICIPAL (modelo em anexo), no mínimo integrada pormembros da Secretaria de Educação, Saúde, Assistência Social, Esporte e Administração;b) Elaboração de UM DIAGNÓSTICO dos serviços prestados pelo Município de AROAZES a crianças e adolescente, notadamente:b1) situação educacional, mormente se o Município conta com EDUCAÇÃO INTEGRAL, mesmo que o serviço seja prestado pelo Estado doPiauí;b2) Situação da Saúde pública, mormente se o Município conta com SERVIÇOS DE TRATAMENTO DE USUÁRIOS DE DROGAS, ou, em casode não ter o serviço local, se há CONVÊNIO com clínicas especializadas, ou a possibilidade de realizar tais convênios, à conta do Município;b3) Situação Assistencial, mormente quais programas desenvolvidos pela Secretaria de Assistência Social quanto ao CADASTRO eACOMPANHAMENTO de menores em situação de risco;b4) Situação do ESPORTE E LAZER local, mormente se há programas voltados a crianças e adolescentes quanto à integração esportiva; eb5) Situação do FOMENTO a empresas que contratam menores aprendizes e estagiários menores, informando se há programas nesse sentidoem implantação ou projetos nesse sentido;c) Apresentação, no PRAZO DE 20 DIAS, a Constituição da COMISSÃO responsável e o DIAGNÓSTICO requerido no inciso B, bem comoCALENDÁRIO para a ELABORAÇÃO DO PLANO objeto desse Inquérito Civil (modelo em anexo);d) INDICAR, no PRAZO DE 20 DIAS, ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, PROFISSIONAIS QUALIFICADOS para acompanhar efiscalizar a aplicação de MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM MEIO ABERTO, devendo ter a formação, prioritária em Assistência Social ePsicologia;2) NOTIFICAÇÃO do DELEGADO DE POLÍCIA local, para informar, no PRAZO DE 20 DIAS, a quantidade de BOLETINSCIRCUNSTANCIADOS DE OCORRÊNCIA registrados para apurar atos infracionais praticados na circunscrição de Aroazes, classificando asinformações quanto:a) Tipos de Atos Infracionais;b) Reincidência dos menores infratores;c) Quantidade de encaminhamentos ao Ministério Público e/ou ao Poder Judiciário; ed) Quantidade de INTERNAÇÕES PROVISÓRIAS determinadas a requerimento do Delegado de Polícia ou do Ministério Público;3) NOTIFICAÇÃO da Secretária da Secretaria da Comarca de Aroazes, para, através de autorização do Juiz de Direito, elaborar oDIAGNÓSTICO JUDICIAL das AÇÕES envolvendo Atos Infracionais de Menores Infratores, notadamente:a) A QUANTIDADE de aplicação de medidas judiciais em MEIO ABERTO aplicadas, classificando por data e tipo;b) A QUANTIDADE de aplicação de medidas judiciais aplicadas em MEIO FECHADO, classificando por data e tipo;c) A QUANTIDADE de encaminhamento para clínica de tratamento de toxicômanos de menores infratores;4) A NOTIFICAÇÃO do CONSELHO TUTELAR, para, no PRAZO DE VINTE DIAS, fazer o levantamento da quantidade de RELATÓRIOSSOCIAIS realizados nos DOIS ÚLTIMOS ANOS, envolvendo notícias de menores que PRATICARAM ATOS INFRACIONAIS e/ou SÃOUSUÁRIOS DE DROGAS;5) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração de Inquérito Civil, arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoriade Justiça;6) Envie-se cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância da Juventude - CAODIJ; à Justiça da Infância e daJuventude local; a todos os CREAS; CRAS, CAPs e entidades que executam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto doMunicípio de Aroazes/PI, e à OAB/PI;7) Cumpra-se as determinações supra no prazo máximo de cinco dias, e com as respostas da Municipalidade nos autos, tornem conclusos.Publique-se, registre-se e autue-se.Aroazes/PI, 10 de abril de 2018.FRANCISCA SÍLVIA DA SILVA REISPromotora de JustiçaPORTARIA Nº 01/2018ABERTURA DE PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVILO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante signatário em exercício na Promotoria de Justiça de Aroazes, no usode suas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos II e III, da Constituição Federal; artigo 26, incisosI, e artigo 27 e parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de nº 8.625/93; e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis, cabendo- lhe promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio social, do meio ambiente e de outrosinteresses difusos e coletivos - arts. 127 e 129, III, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que o Ministério Público Estadual recebeu, através de encaminhamento do Ministério Público Federal a Notícia de Fato1.27.001.000426/2017-19 (numeração colocada pelo próprio MPF) que consiste na denúncia autuada a partir de representação formulada peloadvogado Sérgio Martins de Souza Queiroz, noticiando suposta violação ao princípio constitucional da eficiência no âmbito do ensinofundamental ofertado pelos municípios abrangidos pela Subseção Judiciária de Picos.CONSIDERANDO que a lei n° 7347/85, que disciplina a Ação Civil Pública, concede legitimidade à atuação ministerial, autorizando o ajuizamentode ação tendente a responsabilizar inclusive o Estado por negligenciar no cumprimento do seu dever;CONSIDERANDO o art. 129, inciso III, da Carta Magna estabelece ainda entre as funções institucionais do Ministério Público promover oinquérito civil, a ação civil pública, visando à proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivoCONSIDERANDO o art.208 §2 da Constituição Federal que o não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular,importa responsabilidade da autoridade competente.CONSIDERANDO a Lei Federal no 13.005/2.014, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE), para o decênio 2014/2023.RESOLVE:

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3.2. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MATIAS OLÍMPIO/PI2270

Instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVIL na forma da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do CNMP, eresolução nº 001, de 12 de agosto de 2008, do Colégio de Procuradores do Ministério Público do Estado do Piauí a fim deapurar supostaviolação ao princípio constitucional da eficiência no âmbito do ensino fundamental ofertado pelo município de Aroazes,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:1) Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas as suas folhas, eregistre os autos em livro próprio desta Promotoria de Justiça, conforme determina o Art. 8º da Resolução nº 001/2008, do Colendo Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;2) Nomeia-se o Sra. Larissa Maria Soares Martins para secretariar este procedimento, como determina o Art. 4º, inciso V da Resolução nº 23 doCNMP;3) Seja remetida cópia desta PORTARIA ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), para conhecimento,conforme determina o art. 6º, §1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí.Seja expedida notificação recomendatória ao Prefeito do município de Aroazes, bem como à Secretária de Educação para que adotem asprovidências necessárias à adequar as escolas municipais às metas do Índice de Desenvolvimento Básico da Educação (IDEB).Em sede de diligência inicial, determino que se oficie a Sra. Secretária de Educação do Município de Aroazespara que se manifeste, no prazo de10 (dez) dias a contar do recebimento do respectivo ofício, nos termos do art. 109, inciso VI, da Constituição Federal, sobre as colocações feitasno expediente que deu ensejo à presente instauração:6) A fim de serem observados o art. 2º, §6º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, deve a Secretaria desta Promotoria realizar o acompanhamentode prazo inicial de 90 (noventa) dias para conclusão do presente procedimento preparatório de inquérito civil - cuja data de encerramento deveráser anotada na capa dos autos -, mediante certidão após o seu transcurso;7) Afixe-se cópia da presente Portaria no mural da Promotoria do Fórum Local, para fins de publicidade do ato, bem como encaminhe arquivo noformato Word da presente Portaria à Secretaria-Geral do Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário de Justiçado Estado do Piauí..8) Após o cumprimento das diligências, venham os autos conclusos para ulterior deliberação.CUMPRA-SE.Aroazes - PI, 10 de Abril de 2018FRANCISCA SÍLVIA DA SILVA REISPromotora de Justiça

Procedimento Administrativo nº 047/2018SIMP 000487-229/2018Objeto: PENSÃO ALIMENTÍCIADECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para acompanhar a fixação de alimentos em favor da criança M. S. B. dentro daspossibilidades de quem tem o dever jurídico de prestá-los (fls. 02/03).Designada conciliação nesta Promotoria de Justiça, os pais celebraram acordo observando-se os critérios de necessidade e possibilidade (fls.05/06).Em seguida, foi promovido demanda para homologar o acordo judicialmente (fls. 14/15).Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Satisfeito a prestação dentro do presente procedimento administrativo com a celebração de avença entre os pais da criança acima mencionada,cujos termos encontram-se insertos no presente procedimento. Também foi promovido a demanda judicial para homologar o acordo celebrado.Esgotado o objeto do presente procedimento, o arquivamento é medida que se impõe.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente procedimento administrativo, em virtude do esgotamento e atendimento dos finsde sua instauração.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ao Conselho Superior do Ministério Público,conforme previsão do art. 13º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 13º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo por bem ser desnecessária a cientificação. No entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino asua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Cientifique-se, por e-mail, o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e da Juventude - CAODIJ.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.Matias Olímpio-PI, 10 de abril de 2018.Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇANotícia de Fato nº 003/2018SIMP 000173-229/2018Objeto: REMOÇÃO ARBITRÁRIA DE SERVIDOR PÚBLICODECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de NOTÍCIA DE FATO instaurada após a colheita de depoimento da Sra. MARIA JOSÉ DOS SANTOS REIS em que relata ter sidoremovida arbitrariamente do seu local de lotação. (fls. 03/19).Audiência realizada na Promotoria de Justiça, em 27/02/2018, com a Secretária de Educação do Município de Matias Olímpio em que informouque a interessada possui conduta incompatível para o exercício no lugar de lotação, apresentando extenso histórico de faltas (fls. 20/21).Em seguida, foi apresentado ofício pelo Município em que efetuou o remanejamento da interessada para unidade escolar na sede do Município(fls. 24/26).Notificada, a parte interessada tomou conhecimento das informações constantes do presente procedimento, manifestando, espontaneamente,não possuir mais interesse em voltar para o local de lotação original (fls. 38).Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Verifica-se que a Municipalidade ao colocar a interessada em outra unidade escolar atendeu o interesse público da Administração Municipal,permitindo que a interessada vem desempenhar suas funções em local equidistante da lotação original, tendo como parâmetro a residênciadesta.Cientificada, a parte interessada demonstrou não possuir mais interesse no prosseguimento do feito, já que não tem interesse em retornar para olocal de sua lotação original (fls. 38).Desnecessário, portanto, o trâmite deste procedimento, o arquivamento é medida que se impõe.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente procedimento, o que faço com esteio no art. 4º, caput, inciso II, da Resolução nº174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsão

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3.3. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO MIGUEL DO TAPUIO/PI2271

do art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 4º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo por bem ser desnecessária a cientificação, no entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino asua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.Matias Olímpio-PI, 10 de abril de 2018.Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇA

Notícia de Fato nº 000298-240/2017DECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOVISTOS...Conforme consignado no despacho anterior, trata-se de Notícia de Fato que versa sobre reclamação de empréstimos consignados fraudulentos,apresentada pela senhora MARIA LEITE CARDOSO DOS SANTOS;Alega a idosa MARIA LEITE CARDOSO DOS SANTOSque fora vítima de empréstimos fraudulentos conforme narrado no termo de declaraçãode fls. 02.Notificada(s) as empresas descrita(s) no termo de declaração, tendo estas apresentada respostas.Foi oficiado o Delegado de Polícia Civil desta Comarca, para instauração de Inquérito Policial, a fim de apurar os fatos descritos na presenteNotícia de Fato.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.As peças constantes na presente Notícia de Fato não são, por si só, aptas a embasar o oferecimento de denúncia, sendo, portanto, necessáriorealizar a devida apuração, para que possamos tomar as devidas providências A Resolução nº 174/2017 do CNMP veda à requisição deinformações, sendo que na hipótese de natureza criminal deve-se observar às normas da legislação vigente e as do CNMP pertinentes, qual sejaa Resolução nº 181/2017, a qual diz que em poder de quaisquer peças de informação, o membro do Ministério Público poderá: a) promover aação penal cabível; b) instaurar procedimento investigatório criminal; c) encaminhar as peças para o Juizado Especial Criminal, caso a infraçãoseja de menor potencial ofensivo; d) promover, fundamentadamente, o respectivo arquivamento e e) requisitar a instauração de inquéritopolicial, indicando, sempre que possível, as diligências necessárias à elucidação dos fatos, sem prejuízo daquelas que vierem a serrealizadas por iniciativa da autoridade policial competente, determinando a instauração de competente Procedimento InvestigatórioCriminal.Considerando que o Ministério Público requisitou a instauração de inquérito policial para apuração dos fatos, oficie-se à Delegacia de Polícia deSão Miguel do Tapuio -PI, requisitando: a) cópia da portaria inaugural do inquérito policial e informações a respeito de sua atual fase - se já foiconcluído ou se há diligências investigatórias pendentes, especificando-as; b) caso não tenha sido instaurado, sejam adotadas as providênciaspertinentes para a efetiva instauração, com a remessa da cópia da portaria inaugural. Instrua o ofício com cópia integral deste procedimento.ANTE O EXPOSTO, considerando o que dispõe o art. 4, § 2º da Resolução nº 174/2017 do CNMP, PROMOVO O ARQUIVAMENTO da presenteNotícia de Fato.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ao Conselho Superior do Ministério Público,conforme previsão do art. 13º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 13º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo por bem ser desnecessária a cientificação. No entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino asua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.São Miguel do Tapuio-PI,21 de fevereiro de 2017.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000449-240/2017DECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOVISTOS...trata-se de Relatório do Conselho Tutelar desta Comarca,dando conta de que alguns servidores da Unidade Escolar Novo Horizonte, praticaram,em tese, ilícito penal, notadamente o capitulado no art. 232 do ECA, contra a adolescente de iniciais G. C. L.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.As peças constantes na presente Notícia de Fato não são, por si só, aptas a embasar o oferecimento de denúncia, sendo, portanto, necessáriorealizar a devida apuração, para que possamos tomar as devidas providências.A Resolução nº 174/2017 do CNMP veda à requisição de informações, sendo que na hipótese de natureza criminal deve-se observar às normasda legislação vigente e as do CNMP pertinentes, qual seja a Resolução nº 181/2017, a qual diz que em poder de quaisquer peças de informação,o membro do Ministério Público poderá: a) promover a ação penal cabível; b) instaurar procedimento investigatório criminal; c) encaminhar aspeças para o Juizado Especial Criminal, caso a infração seja de menor potencial ofensivo; d) promover, fundamentadamente, o respectivoarquivamento e e) requisitar a instauração de inquérito policial, indicando, sempre que possível, as diligências necessárias à elucidaçãodos fatos, sem prejuízo daquelas que vierem a ser realizadas por iniciativa da autoridade policial competente, determinando ainstauração de competente Procedimento Investigatório Criminal.ANTE O EXPOSTO, considerando o que dispõe o art. 4, § 2º da Resolução nº 174/2017 do CNMP, PROMOVO O ARQUIVAMENTO da presenteNotícia de Fato.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 13º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo por bem ser desnecessária a cientificação. No entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino asua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Oficie-se à Delegacia de Polícia de São Miguel do Tapuio -PI, uma vez homologado o entendimento em lume pelo CSMP/PI, pugnando-se a esteE. Colegiado referida providência, em, observação ministerial ao disposto no art.5º, LXXVIII, da CRFB/88, requisitando: a) a adoção dasprovidencias cabíveis, inclusive com a instauração de Inquérito Policial, remetendo-se ao Ministério Público o resultado das diligênciasinvestigativas, por se tratar de NOTITIA CRIMINIS; Instrua o ofício com cópia integral deste procedimento.Considerando o que dispõe o art. 13, § 2º da Resolução nº 174/2017 do CNMP, entendemos despiciendo o prazo recursal, razão pela qual, apóso cumprimento deste, promovemos, desde logo, o arquivamento dos autos.São Miguel do Tapuio-PI, 21 de fevereiro de 2017.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000299-240/2017

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3.4. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SIMPLÍCIO MENDES/PI2272

DECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOVISTOS...Conforme consignado no despacho anterior, trata-se de Notícia de Fato que versa sobre reclamação de empréstimos consignados fraudulentos,apresentada pela senhora FAUSTA FERREIRA COSTA;Alega a idosa FAUSTA FERREIRA COSTA que fora vítima de empréstimos fraudulentos conforme narrado no termo de declaração de fls. 02.Notificada(s) as empresas descrita(s) no termo de declaração, tendo estas apresentada respostas.Foi oficiado o Delegado de Polícia Civil desta Comarca, para instauração de Inquérito Policial, a fim de apurar os fatos descritos na presenteNotícia de Fato.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.As peças constantes na presente Notícia de Fato não são, por si só, aptas a embasar o oferecimento de denúncia, sendo, portanto, necessáriorealizar a devida apuração, para que possamos tomar as devidas providências A Resolução nº 174/2017 do CNMP veda à requisição deinformações, sendo que na hipótese de natureza criminal deve-se observar às normas da legislação vigente e as do CNMP pertinentes, qual sejaa Resolução nº 181/2017, a qual diz que em poder de quaisquer peças de informação, o membro do Ministério Público poderá: a) promover aação penal cabível; b) instaurar procedimento investigatório criminal; c) encaminhar as peças para o Juizado Especial Criminal, caso a infraçãoseja de menor potencial ofensivo; d) promover, fundamentadamente, o respectivo arquivamento e e) requisitar a instauração de inquéritopolicial, indicando, sempre que possível, as diligências necessárias à elucidação dos fatos, sem prejuízo daquelas que vierem a serrealizadas por iniciativa da autoridade policial competente, determinando a instauração de competente Procedimento InvestigatórioCriminal.Considerando que o Ministério Público requisitou a instauração de inquérito policial para apuração dos fatos, oficie-se à Delegacia de Polícia deSão Miguel do Tapuio -PI, requisitando: a) cópia da portaria inaugural do inquérito policial e informações a respeito de sua atual fase - se já foiconcluído ou se há diligências investigatórias pendentes, especificando-as; b) caso não tenha sido instaurado, sejam adotadas as providênciaspertinentes para a efetiva instauração, com a remessa da cópia da portaria inaugural. Instrua o ofício com cópia integral deste procedimento.ANTE O EXPOSTO, considerando o que dispõe o art. 4, § 2º da Resolução nº 174/2017 do CNMP, PROMOVO O ARQUIVAMENTO da presenteNotícia de Fato.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ao Conselho Superior do Ministério Público,conforme previsão do art. 13º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 13º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo por bem ser desnecessária a cientificação. No entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino asua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.São Miguel do Tapuio-PI,21 de fevereiro de 2017.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de Justiça

Portaria de Instauração nº 008/2018A Dra. EMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, Promotora de Justiça respondendo pelas Promotorias de Justiça deSimplício Mendes e Socorro do Piauí, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, e com fundamento no art. 129, incisos II e III, daConstituição Federal, na Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público),CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, definiu em seu artigo 86 que a política deatendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais,da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 12.594/2012 (que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE) determina emseu artigo 5o, inciso II, que compete aos municípios a elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com oPlano Nacional e o respectivo Plano Estadual e, em seu artigo 7o, § 2o que os municípios deverão, com base no Plano Nacional de AtendimentoSocioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional;CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pela Resolução nº 160/2013, do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, tendo sido publicado em data de 19 de novembro de 2013;CONSIDERANDO a necessidade de observância dos princípios da descentralização, desjudicialização, integração operacional e municipalizaçãodo atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, resultantes ao artigo 204, inciso I, da Constituição da República, bem como do artigo88, incisos I, II, III e V, da Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de efetiva implementação de uma política municipal de proteção especificamente destinada ao atendimentodos adolescentes autores de ato infracional, nos moldes do previsto pelas Leis Federais n°s 8.069/90 e 12.594/2012, em atendimento ao dispostonos artigos 204, 226, 227 e 228, todos da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é dever do Poder Público, conforme disposto no artigo 227, caput, da Constituição Federal e artigo 4°, caput e parágrafoúnico, da Lei n° 8.069/90, assegurar a crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária,dentre outros direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (conforme artigo 3° da Lei nº 8.069/90);CONSIDERANDO que na forma do disposto no artigo 4°, parágrafo único, alíneas "b" e "d", da Lei n° 8.069/90, a garantia de prioridadecompreende, dentre outros fatores, a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e naexecução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à criança e aoadolescente, o que importa na previsão de verbas orçamentárias para fazer frente às ações e programas de atendimento voltados à populaçãoinfanto-juvenil (conforme inteligência dos artigos 88, inciso II; 90; 101; 112; 129 e 259, parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90);CONSIDERANDO que a aludida garantia de prioridade também se estende aos adolescentes que praticam atos infracionais, para os quais oartigo 228 da Constituição Federal, em conjugação com os artigos 103 a 125 da Lei n° 8.069/90 e disposições correlatas contidas na Lei nº12.594/2012, estabelece a obrigatoriedade de ser a eles dispensado um tratamento diferenciado, individualizado e especializado, extensivo àssuas famílias;CONSIDERANDO que, na forma do disposto no artigo 88, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a municipalização se constitui nadiretriz primeira da política de atendimento à criança e ao adolescente, sendo também relativa à criação e implementação de programasdestinados a adolescentes autores de atos infracionais, notadamente aqueles que visam tornar efetivas e/ou dar suporte à execução das medidassocioeducativas de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida, dentre outras medidas em meio aberto passíveis de seremaplicadas a eles e a suas famílias;CONSIDERANDO a necessidade de integração social dos adolescentes autores de ato infracional em suas famílias e comunidades, conformepreconizado nos artigos 100, caput e par. único, incisos IX c/c 113 e nos artigos 35, inciso IX e 54, incisos IV e V, da Lei nº 12.594/2012;CONSIDERANDO que um dos objetivos precípuos das medidas socioeducativas em meio aberto é, justamente, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários; e sendo tais medidas, portanto, quando comparadas às restritivas de liberdade, as mais compatíveis com amanutenção e reintegração de tais vínculos, assim como com o atendimento à saúde mental infanto-juvenil preferencialmente realizado em base

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comunitária e extra-hospitalar, conforme definido pela Lei nº 10.216/2001;CONSIDERANDO as atuais carências de estrutura física, de recursos humanos e de vagas nas unidades de semiliberdade e de internaçãosocioeducativa, associados à necessidade do estabelecimento de justa correspondência entre atos infracionais de menor gravidade e medidassocioeducativas, fatores que demonstram a necessidade imperiosa de investimentos para a constituição de um eficaz sistema socioeducativo emmeio aberto, sem prejuízo da implementação de ações de prevenção, que são inerentes à política socioeducativa que os municípios têm o deverde implementar;CONSIDERANDO que a inexistência de tais programas especializados no atendimento de adolescentes acusados da prática infracional, assimcomo a insuficiência e inadequação das estruturas e serviços municipais para fazer frente à demanda apurada, têm prejudicado osencaminhamentos efetuados pela Justiça da Infância e Juventude, comprometendo assim a solução dos problemas detectados, com prejuízodireto não apenas aos adolescentes e suas famílias, que deixam de receber o atendimento devido, mas a toda sociedade;CONSIDERANDO que de acordo com o artigo 5o, III, da Lei nº 12.594/2012 é de responsabilidade dos municípios a implementação dosprogramas de atendimento em meio aberto, destinados a adolescentes incursos na prática de ato infracional e suas respectivas famílias, comênfase para as medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, previstas no artigo 112, incisos III e IV, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a criação e a manutenção de tais programas é parte intrínseca da política de atendimento dos direitos de adolescentes,destinada a proporcionar-lhes a devida proteção integral, na forma do disposto no artigo 1º da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que o não oferecimento ou a oferta irregular dos programas e ações de governo acima referidos, na forma do disposto nosartigos 5°; 98, inciso I, e 208, incisos I, VII, VIII, X e parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90 (com a nova redação da Lei nº 12.594/2012),corresponde a efetiva violação dos direitos dos adolescentes submetidos a medidas socioeducativas, podendo acarretar a responsabilidadepessoal dos agentes e autoridades públicas competentes, conforme previsto no artigo 216, do mesmo Diploma Legal e nos artigos 28 e 29 da Leinº 12.594/2012 (com possibilidade de submissão às sanções civis da Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa), sem prejuízoda adoção de medidas judiciais contra os municípios, para regularização de sua oferta, conforme previsto nos artigos 212 e 213, da Lei nº8.069/90;CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi conferida legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos atinentesà infância e juventude, conforme artigos 127 e 129, inciso II, alínea "m", da Constituição Federal e artigos 201, incisos V e VIII, e 210, inciso I, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a Política Municipal Socioeducativa somente pode ser considerada integralmente implementada mediante a elaboração eexecução de um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e mediante a estruturação de programas de atendimento em meio aberto,conforme previsto na Lei nº 12.594/2012 (ex vi de seu artigo 49, §2o), ensejando a obrigatoriedade de observância por parte dos municípios aocomando cogente da referida norma ordinária;CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Município Socorro do Piauí/PI adequar seus órgãos, programas, estruturas e orçamento àsdisposições das Leis Federais acima citadas, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e a Lei do SINASE (Lei nº12.594/2012);RESOLVE, com fundamento nos artigos 37, caput, 127, caput, 129, incisos II e III e 227, todos da Constituição Federal, artigos 1º, 3º e 5º, 201, V,VI "b" e "c" e VIII, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85, instaurar o presente INQUÉRITO CIVIL,determinando, desde já as seguintes diligências:1) Destinatários:a) MUNICIPALIDADE de Socorro do Piauí/PI e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Socorro do Piauí/PI.2) Objetivo:a) Exigir a imediata elaboração e oportuna implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.3) Das Etapas e prazos para elaboração do Planoa) Da elaboração do Plano Municipal - Marco Situacional (diagnóstico)Determina-se a expedição de ofício à Municipalidade de Socorro do Piauí/PI e ao CMDCA local para que observem a necessidade de préviaelaboração de diagnóstico local, mediante coleta de dados que retratem a situação dos adolescentes autores de ato infracional e suas famílias,além da forma qual a estrutura de atendimento para este tipo de demanda existente no município e como vem ocorrendo a execução dasmedidas socioeducativas em meio aberto e seus resultados, devendo para tanto obter:b) MAPEAMENTO DOS PROGRAMAS E SERVIÇOS DE ATENDIMENTOA relação de todos os programas e serviços - governamentais e não governamentais - de atendimento de adolescentes em cumprimento demedidas socioeducativas em meio aberto (correspondentes às medidas relacionadas nos artigos 101, incisos I a VI e 112, da Lei nº 8.069/90),questionando se cada um dos programas/serviços (assim como as entidades que os executam) estão devidamente registrados no CMDCA,observado o prazo de validade preconizado pelo art. 90, §3º, da Lei nº 8.069/90, possuem propostas específicas de atendimento, assim comometodologias de autocomposição de conflitos ou práticas/medidas restaurativas, nos termos do artigo 35, II e III da Lei nº 12.594/2012.c) MAPEAMENTO DE ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS, LOCAIS DE OCORRÊNCIA, MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS EÍNDICES DE CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTOA relação integral de boletins de ocorrência circunstanciados envolvendo adolescentes autores de ato infracional nos últimos 24 meses,elaborando gráfico analítico com:c.1) identificação dos bairros/áreas com maior incidência de atos infracionais, quais os atos infracionais praticados;c.2) quais as unidades de educação, quais as unidades de saúde, de assistência social, bem como quais os equipamentos de lazer e eventuaisprogramas de esporte e cursos profissionalizantes existentes em cada bairro/área e qual a população atendida em cada um destesequipamentos/unidades e programas mensalmente, esclarecendo se há demanda reprimida e porventura não atendida;c.3) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas cumuladas com remissão como forma de exclusão doprocesso, aplicadas pela Promotoria da Infância e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24meses;c.4) A relação integral de casos nos quais houve remissão cumulada com medidas socioeducativas em meio aberto, como forma de suspensãodo processo após a apresentação em juízo, e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.5) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após todo o trâmite do processo de conhecimento ("Açãosocioeducativa"), indicando quais os índices de aplicação de medidas de internação, semiliberdade, liberdade assistida, prestação de serviços àcomunidade, reparação de danos, advertência e correspondentes às medidas do art. 101, incisos I a VI, da Lei nº 8.069/90 e qual o respectivoíndice de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.6) elaborar gráfico analítico identificando:c.6.1) se em todos os casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após a formação dos processos (guias) de execução emqual prazo foram encaminhadas cópias pela autoridade judiciária à direção do programa de atendimento socioeducativo para elaboração doPlano Individual de Atendimento;c.6.2) se houve elaboração de Plano Individual de Atendimento em todos os casos levantados nas alíneas c.3 a c.5;c.6.3) se todos os Planos Individuais de Atendimento foram elaborados no prazo legal e, em caso negativo; qual o índice de casos nos quais osPIAs não foram elaborados dentro do prazo legal;c.7) Deverá também:c.7.1) elaborar gráfico analítico apontando o índice de prazo imposto em todos os casos levantados nos últimos 24 meses para as medidas

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integralmente cumpridas e para as medidas descumpridas, a fim de verificar a observância aos princípios da intervenção precoce e da brevidadeprevistos no artigo 100, par. único, inciso VI e artigo 35, inciso V da Lei nº 12.594/2012 (respectivamente);c.7.2) elaborar gráfico analítico identificando quais medidas socioeducativas em meio aberto obtiveram maior índice de cumprimento efetivo equais obtiveram maior índice de descumprimento (indicando os programas/entidades responsáveis por sua respectiva execução);c.7.3) elaborar gráfico analítico identificando quais programas de atendimento (governamentais ou não governamentais) obtiveram maior índicede cumprimento em meio aberto e quais obtiveram maior índice de descumprimento.c.7.4) elaborar gráfico analítico identificando quais os valores mensais e anuais destinados aos programas de atendimento (governamentais ounão governamentais) que obtiveram maior índice de cumprimento em meio aberto e qual o montante de recursos destinados aos que obtiverammaior índice de descumprimento.d) CONTINUIDADE DO MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTOd.1) Em relação aos programas de atendimento, o CMDCA deverá elaborar diagnóstico identificando, nos termos do artigo 11 da Lei nº12.594/2012, se todos - governamentais ou não governamentais - observaram em seus planos/projetos político-pedagógicos:d.2) a exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com a especificação das atividades de natureza coletiva;d.3) a indicação da estrutura material, dos recursos humanos e das estratégias de segurança compatíveis com as necessidades da respectivaunidade;d.4) regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deverá constar, no mínimo:d.4.1) o detalhamento das atribuições e responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe técnica e dos demaiseducadores;d.4.2) a previsão das condições do exercício da disciplina e concessão de benefícios e o respectivo procedimento de aplicação; ed.4.3) a previsão da concessão de benefícios extraordinários e enaltecimento, tendo em vista tornar público o reconhecimento ao adolescentepelo esforço realizado na consecução dos objetivos do plano individual;d.5) a política de formação dos recursos humanos;d.6) a previsão das ações de acompanhamento do adolescente após o cumprimento de medida socioeducativa;d.7) a indicação da equipe técnica, cuja quantidade e formação devem estar em conformidade com as normas de referência do sistema e dosconselhos profissionais e com o atendimento socioeducativo a ser realizado; ed.8) a adesão ao Sistema de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, bem como sua operação efetiva.e) Fixa-se o prazo para coleta de tais informações de 6 meses, contados a partir do recebimento da presente Portaria pela Municipalidade e peloCMDCA.4) Das etapas de discussão, formatação, conclusão e aprovação do Planoa) Após a coleta destas informações (marco situacional/diagnóstico), ou seja, da chegada do último relatório contendo todos os dados acimacitados, a Municipalidade deverá criar uma comissão intersetorial, composta, no mínimo, de técnicos e profissionais das áreas relacionadas noartigo 8º, da Lei nº 12.594/2012 (saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e capacitação para o trabalho), que irão elaborar a minutado Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que será posteriormente encaminhada ao CMDCA local.A referida comissão terá o prazo de 6 meses para discussão, elaboração, conclusão e aprovação da minuta do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo a ser encaminhado ao CMDCA para oportuna apreciação e recusa, complementação ou aprovação;b) Durante esse período de reuniões/sessões ordinárias para discutir, elaborar, formatar, concluir e aprovar o Plano Municipal, a Municipalidadedeverá promover, no mínimo, 2 Audiências Públicas (em respeito aos princípios da democracia participativa e da publicidade - previstos nosartigos 37, caput, 227, § 7o e 204, inciso II, todos da Constituição Federal) em local que permita o maior acesso do público do Município possível,em horário que não conflite com o horário de expediente útil, conferindo ampla e prévia publicidade (de 15 dias de antecedência) pela imprensaoficial, pela mídia local, encaminhando ofício de ciência à Comissão Temática da Câmara Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);b.1) a primeira será prévia: para dar publicidade sobre o processo de discussão e elaboração do Plano Municipal, em período de no máximo 60dias após a aprovação da Resolução de Criação da Comissão Intersetorial incumbida de elaboração do Plano.b.2) a segunda será conclusiva: para dar publicidade sobre o término do processo, com apresentação do diagnóstico e conclusões da Comissãoresponsável pela elaboração do Plano - em prazo não superior a 60 dias após finalizado o diagnóstico e apresentadas as conclusões pelarespectiva Comissão.c) Após a realização da segunda Audiência Pública, a Municipalidade terá o prazo máximo de 90 dias para realização de reuniões/sessõesordinárias e, se necessário, extraordinárias, para encaminhamento do projeto de Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que deverá serencaminhando no prazo máximo de 30 dias após concluídas todas as etapas na esfera de gestão do Município ao CMDCA para sua oportunarecusa, cobrança de complementação de dados ou aprovação, com ofício de relatório conclusivo para ciência à Comissão Temática da CâmaraMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);d) Sem prejuízo da preservação da imagem e do princípio da privacidade, que no processo de elaboração do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo sejam também ouvidos os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, na perspectiva de colher subsídios às açõesgovernamentais que serão implementadas;5) Das etapas de apreciação e eventual aprovação do Plano perante o CMDCATendo em vista a necessidade de conclusão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no prazo anteriormente mencionado, semprejuízo do amplo debate e do reordenamento institucional inerentes ao processo de elaboração, o Ministério Público recomenda:a) Após aprovada a minuta do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pela Comissão Intersetorial instituída pelo Governo Municipal,deverá referido instrumento ser encaminhado no prazo máximo de 30 dias ao CMDCA para sua apreciação;a.1) O Presidente do CMDCA deverá submeter o projeto de Plano ao colegiado na primeira sessão/reunião ordinária seguinte, ou, se necessário,convocar reunião/sessão extraordinária para apreciação do referido instrumento;a.2) O Colegiado deverá decidir pela recusa, necessidade de complementação ou aprovação, mediante decisão devidamente fundamentada emotivada;a.3) Para tomada da decisão respectiva, o Colegiado poderá solicitar informações adicionais aos técnicos responsáveis pela elaboração daminuta do Plano e também a outros profissionais com atuação na área infanto-juvenil;a.4) Nas hipóteses de recusa e/ou necessidade de complementação o CMDCA deverá, incontinenti, reencaminhar o Projeto, com cópia da ata dedeliberação da reunião/sessão do CMDCA à Comissão Intersetorial da Municipalidade que deverá cumprir o quanto contido na decisão daqueleConselho Gestor e devolvê-lo para nova apreciação do CMDCA no prazo mais breve possível;a.5) Em caso de aprovação, o CMDCA deverá encaminhá-lo à Municipalidade, visando obter do Chefe do Executivo sua inclusão nas propostasorçamentárias a serem aprovadas para os exercícios seguintes (Lei Orçamentária Anual - LOA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e PlanoPlurianual - PPA) e para que inicie sua efetiva implementação., se necessário com o remanejamento de recursos de outras áreas, observado, emqualquer caso, o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescente e, em especial, ao disposto no artigo 4º, caput e par. único, alíneas"c" e "d", da Lei nº 8.069/90;a.6) Todas as etapas do processo de discussão do Plano deverão ser divulgadas com antecedência devida junto à comunidade, assimcomunicadas oficialmente ao Ministério Público, Poder Judiciário e Conselho Tutelar local;6) Não havendo prejuízo ao interesse público, envie-se via ofício, cópia da presente Portaria, à Municipalidade e ao CMDCA, informando ainstauração deste Inquérito Civil.Dos ofícios encaminhados à Municipalidade e ao CMDCA deverá constar que o não atendimento de elaboraçãoe implementação do Plano Municipal poderá ensejar o ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público para que o Poder Judiciário

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obrigue a Municipalidade a promover todas as medidas necessárias destinadas a elaborar e implementar uma efetiva Política Municipal deAtendimento Socioeducativo, sem prejuízo de eventual ação de responsabilização civil e administrativa, inclusive por ato de improbidade, em facedos agentes públicos omissos.7) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração de Inquérito Civil, arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoriade Justiça;8) Nomeio as servidoras lotadas nesta Promotoria de Justiça para secretariar os trabalhos referentes ao presente inquérito civil;9) Encaminhe-se arquivo no formato Word da Presente Portaria ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação noDiário da Justiça do Estado do Piauí;10) Envie-se cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância da Juventude - CAODIJ; à Justiça da Infância e daJuventude local; ao CRAS e entidades que executam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto do Município de Socorro doPiauí, noticiando a instauração deste Inquérito Civil (a fim de garantir a publicidade da atuação ministerial);11) Cumpra-se as determinações supra, e com as respostas da Municipalidade nos autos, tornem conclusos.12) Registre-se. Publique-se no mural da Promotoria do Fórum Local.Simplício Mendes (PI), 27 de março de 2018.Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues BeloPromotora de JustiçaPortaria de Instauração nº _______/2018A Dra. EMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, Promotora de Justiça respondendo pelas Promotorias de Justiça deSimplício Mendes e Socorro do Piauí, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, e com fundamento no art. 129, incisos II e III, daConstituição Federal, na Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público),CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, definiu em seu artigo 86 que a política deatendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais,da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 12.594/2012 (que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE) determina emseu artigo 5o, inciso II, que compete aos municípios a elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com oPlano Nacional e o respectivo Plano Estadual e, em seu artigo 7o, § 2o que os municípios deverão, com base no Plano Nacional de AtendimentoSocioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional;CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pela Resolução nº 160/2013, do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, tendo sido publicado em data de 19 de novembro de 2013;CONSIDERANDO a necessidade de observância dos princípios da descentralização, desjudicialização, integração operacional e municipalizaçãodo atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, resultantes ao artigo 204, inciso I, da Constituição da República, bem como do artigo88, incisos I, II, III e V, da Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de efetiva implementação de uma política municipal de proteção especificamente destinada ao atendimentodos adolescentes autores de ato infracional, nos moldes do previsto pelas Leis Federais n°s 8.069/90 e 12.594/2012, em atendimento ao dispostonos artigos 204, 226, 227 e 228, todos da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é dever do Poder Público, conforme disposto no artigo 227, caput, da Constituição Federal e artigo 4°, caput e parágrafoúnico, da Lei n° 8.069/90, assegurar a crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária,dentre outros direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (conforme artigo 3° da Lei nº 8.069/90);CONSIDERANDO que na forma do disposto no artigo 4°, parágrafo único, alíneas "b" e "d", da Lei n° 8.069/90, a garantia de prioridadecompreende, dentre outros fatores, a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e naexecução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à criança e aoadolescente, o que importa na previsão de verbas orçamentárias para fazer frente às ações e programas de atendimento voltados à populaçãoinfanto-juvenil (conforme inteligência dos artigos 88, inciso II; 90; 101; 112; 129 e 259, parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90);CONSIDERANDO que a aludida garantia de prioridade também se estende aos adolescentes que praticam atos infracionais, para os quais oartigo 228 da Constituição Federal, em conjugação com os artigos 103 a 125 da Lei n° 8.069/90 e disposições correlatas contidas na Lei nº12.594/2012, estabelece a obrigatoriedade de ser a eles dispensado um tratamento diferenciado, individualizado e especializado, extensivo àssuas famílias;CONSIDERANDO que, na forma do disposto no artigo 88, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a municipalização se constitui nadiretriz primeira da política de atendimento à criança e ao adolescente, sendo também relativa à criação e implementação de programasdestinados a adolescentes autores de atos infracionais, notadamente aqueles que visam tornar efetivas e/ou dar suporte à execução das medidassocioeducativas de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida, dentre outras medidas em meio aberto passíveis de seremaplicadas a eles e a suas famílias;CONSIDERANDO a necessidade de integração social dos adolescentes autores de ato infracional em suas famílias e comunidades, conformepreconizado nos artigos 100, caput e par. único, incisos IX c/c 113 e nos artigos 35, inciso IX e 54, incisos IV e V, da Lei nº 12.594/2012;CONSIDERANDO que um dos objetivos precípuos das medidas socioeducativas em meio aberto é, justamente, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários; e sendo tais medidas, portanto, quando comparadas às restritivas de liberdade, as mais compatíveis com amanutenção e reintegração de tais vínculos, assim como com o atendimento à saúde mental infanto-juvenil preferencialmente realizado em basecomunitária e extra-hospitalar, conforme definido pela Lei nº 10.216/2001;CONSIDERANDO as atuais carências de estrutura física, de recursos humanos e de vagas nas unidades de semiliberdade e de internaçãosocioeducativa, associados à necessidade do estabelecimento de justa correspondência entre atos infracionais de menor gravidade e medidassocioeducativas, fatores que demonstram a necessidade imperiosa de investimentos para a constituição de um eficaz sistema socioeducativo emmeio aberto, sem prejuízo da implementação de ações de prevenção, que são inerentes à política socioeducativa que os municípios têm o deverde implementar;CONSIDERANDO que a inexistência de tais programas especializados no atendimento de adolescentes acusados da prática infracional, assimcomo a insuficiência e inadequação das estruturas e serviços municipais para fazer frente à demanda apurada, têm prejudicado osencaminhamentos efetuados pela Justiça da Infância e Juventude, comprometendo assim a solução dos problemas detectados, com prejuízodireto não apenas aos adolescentes e suas famílias, que deixam de receber o atendimento devido, mas a toda sociedade;CONSIDERANDO que de acordo com o artigo 5o, III, da Lei nº 12.594/2012 é de responsabilidade dos municípios a implementação dosprogramas de atendimento em meio aberto, destinados a adolescentes incursos na prática de ato infracional e suas respectivas famílias, comênfase para as medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, previstas no artigo 112, incisos III e IV, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a criação e a manutenção de tais programas é parte intrínseca da política de atendimento dos direitos de adolescentes,destinada a proporcionar-lhes a devida proteção integral, na forma do disposto no artigo 1º da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que o não oferecimento ou a oferta irregular dos programas e ações de governo acima referidos, na forma do disposto nosartigos 5°; 98, inciso I, e 208, incisos I, VII, VIII, X e parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90 (com a nova redação da Lei nº 12.594/2012),corresponde a efetiva violação dos direitos dos adolescentes submetidos a medidas socioeducativas, podendo acarretar a responsabilidadepessoal dos agentes e autoridades públicas competentes, conforme previsto no artigo 216, do mesmo Diploma Legal e nos artigos 28 e 29 da Lei

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nº 12.594/2012 (com possibilidade de submissão às sanções civis da Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa), sem prejuízoda adoção de medidas judiciais contra os municípios, para regularização de sua oferta, conforme previsto nos artigos 212 e 213, da Lei nº8.069/90;CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi conferida legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos atinentesà infância e juventude, conforme artigos 127 e 129, inciso II, alínea "m", da Constituição Federal e artigos 201, incisos V e VIII, e 210, inciso I, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a Política Municipal Socioeducativa somente pode ser considerada integralmente implementada mediante a elaboração eexecução de um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e mediante a estruturação de programas de atendimento em meio aberto,conforme previsto na Lei nº 12.594/2012 (ex vi de seu artigo 49, §2o), ensejando a obrigatoriedade de observância por parte dos municípios aocomando cogente da referida norma ordinária;CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Município São Francisco de Assis do Piauí/PI adequar seus órgãos, programas, estruturas eorçamento às disposições das Leis Federais acima citadas, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e a Lei doSINASE (Lei nº 12.594/2012);RESOLVE, com fundamento nos artigos 37, caput, 127, caput, 129, incisos II e III e 227, todos da Constituição Federal, artigos 1º, 3º e 5º, 201, V,VI "b" e "c" e VIII, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85, instaurar o presente INQUÉRITO CIVIL,determinando, desde já as seguintes diligências:1) Destinatários:a) MUNICIPALIDADE de São Francisco de Assis do Piauí/PI e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de SãoFrancisco de Assis do Piauí/PI.2) Objetivo:a) Exigir a imediata elaboração e oportuna implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.3) Das Etapas e prazos para elaboração do Planoa) Da elaboração do Plano Municipal - Marco Situacional (diagnóstico)Determina-se a expedição de ofício à Municipalidade de São Francisco de Assis do Piauí/PI e ao CMDCA local para que observem anecessidade de prévia elaboração de diagnóstico local, mediante coleta de dados que retratem a situação dos adolescentes autores de atoinfracional e suas famílias, além da forma qual a estrutura de atendimento para este tipo de demanda existente no município e como vemocorrendo a execução das medidas socioeducativas em meio aberto e seus resultados, devendo para tanto obter:b) MAPEAMENTO DOS PROGRAMAS E SERVIÇOS DE ATENDIMENTOA relação de todos os programas e serviços - governamentais e não governamentais - de atendimento de adolescentes em cumprimento demedidas socioeducativas em meio aberto (correspondentes às medidas relacionadas nos artigos 101, incisos I a VI e 112, da Lei nº 8.069/90),questionando se cada um dos programas/serviços (assim como as entidades que os executam) estão devidamente registrados no CMDCA,observado o prazo de validade preconizado pelo art. 90, §3º, da Lei nº 8.069/90, possuem propostas específicas de atendimento, assim comometodologias de autocomposição de conflitos ou práticas/medidas restaurativas, nos termos do artigo 35, II e III da Lei nº 12.594/2012.c) MAPEAMENTO DE ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS, LOCAIS DE OCORRÊNCIA, MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS EÍNDICES DE CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTOA relação integral de boletins de ocorrência circunstanciados envolvendo adolescentes autores de ato infracional nos últimos 24 meses,elaborando gráfico analítico com:c.1) identificação dos bairros/áreas com maior incidência de atos infracionais, quais os atos infracionais praticados;c.2) quais as unidades de educação, quais as unidades de saúde, de assistência social, bem como quais os equipamentos de lazer e eventuaisprogramas de esporte e cursos profissionalizantes existentes em cada bairro/área e qual a população atendida em cada um destesequipamentos/unidades e programas mensalmente, esclarecendo se há demanda reprimida e porventura não atendida;c.3) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas cumuladas com remissão como forma de exclusão doprocesso, aplicadas pela Promotoria da Infância e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24meses;c.4) A relação integral de casos nos quais houve remissão cumulada com medidas socioeducativas em meio aberto, como forma de suspensãodo processo após a apresentação em juízo, e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.5) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após todo o trâmite do processo de conhecimento ("Açãosocioeducativa"), indicando quais os índices de aplicação de medidas de internação, semiliberdade, liberdade assistida, prestação de serviços àcomunidade, reparação de danos, advertência e correspondentes às medidas do art. 101, incisos I a VI, da Lei nº 8.069/90 e qual o respectivoíndice de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.6) elaborar gráfico analítico identificando:c.6.1) se em todos os casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após a formação dos processos (guias) de execução emqual prazo foram encaminhadas cópias pela autoridade judiciária à direção do programa de atendimento socioeducativo para elaboração doPlano Individual de Atendimento;c.6.2) se houve elaboração de Plano Individual de Atendimento em todos os casos levantados nas alíneas c.3 a c.5;c.6.3) se todos os Planos Individuais de Atendimento foram elaborados no prazo legal e, em caso negativo; qual o índice de casos nos quais osPIAs não foram elaborados dentro do prazo legal;c.7) Deverá também:c.7.1) elaborar gráfico analítico apontando o índice de prazo imposto em todos os casos levantados nos últimos 24 meses para as medidasintegralmente cumpridas e para as medidas descumpridas, a fim de verificar a observância aos princípios da intervenção precoce e da brevidadeprevistos no artigo 100, par. único, inciso VI e artigo 35, inciso V da Lei nº 12.594/2012 (respectivamente);c.7.2) elaborar gráfico analítico identificando quais medidas socioeducativas em meio aberto obtiveram maior índice de cumprimento efetivo equais obtiveram maior índice de descumprimento (indicando os programas/entidades responsáveis por sua respectiva execução);c.7.3) elaborar gráfico analítico identificando quais programas de atendimento (governamentais ou não governamentais) obtiveram maior índicede cumprimento em meio aberto e quais obtiveram maior índice de descumprimento.c.7.4) elaborar gráfico analítico identificando quais os valores mensais e anuais destinados aos programas de atendimento (governamentais ounão governamentais) que obtiveram maior índice de cumprimento em meio aberto e qual o montante de recursos destinados aos que obtiverammaior índice de descumprimento.d) CONTINUIDADE DO MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTOd.1) Em relação aos programas de atendimento, o CMDCA deverá elaborar diagnóstico identificando, nos termos do artigo 11 da Lei nº12.594/2012, se todos - governamentais ou não governamentais - observaram em seus planos/projetos político-pedagógicos:d.2) a exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com a especificação das atividades de natureza coletiva;d.3) a indicação da estrutura material, dos recursos humanos e das estratégias de segurança compatíveis com as necessidades da respectivaunidade;d.4) regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deverá constar, no mínimo:d.4.1) o detalhamento das atribuições e responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe técnica e dos demaiseducadores;d.4.2) a previsão das condições do exercício da disciplina e concessão de benefícios e o respectivo procedimento de aplicação; e

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d.4.3) a previsão da concessão de benefícios extraordinários e enaltecimento, tendo em vista tornar público o reconhecimento ao adolescentepelo esforço realizado na consecução dos objetivos do plano individual;d.5) a política de formação dos recursos humanos;d.6) a previsão das ações de acompanhamento do adolescente após o cumprimento de medida socioeducativa;d.7) a indicação da equipe técnica, cuja quantidade e formação devem estar em conformidade com as normas de referência do sistema e dosconselhos profissionais e com o atendimento socioeducativo a ser realizado; ed.8) a adesão ao Sistema de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, bem como sua operação efetiva.e) Fixa-se o prazo para coleta de tais informações de 6 meses, contados a partir do recebimento da presente Portaria pela Municipalidade e peloCMDCA.4) Das etapas de discussão, formatação, conclusão e aprovação do Planoa) Após a coleta destas informações (marco situacional/diagnóstico), ou seja, da chegada do último relatório contendo todos os dados acimacitados, a Municipalidade deverá criar uma comissão intersetorial, composta, no mínimo, de técnicos e profissionais das áreas relacionadas noartigo 8º, da Lei nº 12.594/2012 (saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e capacitação para o trabalho), que irão elaborar a minutado Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que será posteriormente encaminhada ao CMDCA local.A referida comissão terá o prazo de 6 meses para discussão, elaboração, conclusão e aprovação da minuta do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo a ser encaminhado ao CMDCA para oportuna apreciação e recusa, complementação ou aprovação;b) Durante esse período de reuniões/sessões ordinárias para discutir, elaborar, formatar, concluir e aprovar o Plano Municipal, a Municipalidadedeverá promover, no mínimo, 2 Audiências Públicas (em respeito aos princípios da democracia participativa e da publicidade - previstos nosartigos 37, caput, 227, § 7o e 204, inciso II, todos da Constituição Federal) em local que permita o maior acesso do público do Município possível,em horário que não conflite com o horário de expediente útil, conferindo ampla e prévia publicidade (de 15 dias de antecedência) pela imprensaoficial, pela mídia local, encaminhando ofício de ciência à Comissão Temática da Câmara Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);b.1) a primeira será prévia: para dar publicidade sobre o processo de discussão e elaboração do Plano Municipal, em período de no máximo 60dias após a aprovação da Resolução de Criação da Comissão Intersetorial incumbida de elaboração do Plano.b.2) a segunda será conclusiva: para dar publicidade sobre o término do processo, com apresentação do diagnóstico e conclusões da Comissãoresponsável pela elaboração do Plano - em prazo não superior a 60 dias após finalizado o diagnóstico e apresentadas as conclusões pelarespectiva Comissão.c) Após a realização da segunda Audiência Pública, a Municipalidade terá o prazo máximo de 90 dias para realização de reuniões/sessõesordinárias e, se necessário, extraordinárias, para encaminhamento do projeto de Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que deverá serencaminhando no prazo máximo de 30 dias após concluídas todas as etapas na esfera de gestão do Município ao CMDCA para sua oportunarecusa, cobrança de complementação de dados ou aprovação, com ofício de relatório conclusivo para ciência à Comissão Temática da CâmaraMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);d) Sem prejuízo da preservação da imagem e do princípio da privacidade, que no processo de elaboração do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo sejam também ouvidos os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, na perspectiva de colher subsídios às açõesgovernamentais que serão implementadas;5) Das etapas de apreciação e eventual aprovação do Plano perante o CMDCATendo em vista a necessidade de conclusão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no prazo anteriormente mencionado, semprejuízo do amplo debate e do reordenamento institucional inerentes ao processo de elaboração, o Ministério Público recomenda:a) Após aprovada a minuta do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pela Comissão Intersetorial instituída pelo Governo Municipal,deverá referido instrumento ser encaminhado no prazo máximo de 30 dias ao CMDCA para sua apreciação;a.1) O Presidente do CMDCA deverá submeter o projeto de Plano ao colegiado na primeira sessão/reunião ordinária seguinte, ou, se necessário,convocar reunião/sessão extraordinária para apreciação do referido instrumento;a.2) O Colegiado deverá decidir pela recusa, necessidade de complementação ou aprovação, mediante decisão devidamente fundamentada emotivada;a.3) Para tomada da decisão respectiva, o Colegiado poderá solicitar informações adicionais aos técnicos responsáveis pela elaboração daminuta do Plano e também a outros profissionais com atuação na área infanto-juvenil;a.4) Nas hipóteses de recusa e/ou necessidade de complementação o CMDCA deverá, incontinenti, reencaminhar o Projeto, com cópia da ata dedeliberação da reunião/sessão do CMDCA à Comissão Intersetorial da Municipalidade que deverá cumprir o quanto contido na decisão daqueleConselho Gestor e devolvê-lo para nova apreciação do CMDCA no prazo mais breve possível;a.5) Em caso de aprovação, o CMDCA deverá encaminhá-lo à Municipalidade, visando obter do Chefe do Executivo sua inclusão nas propostasorçamentárias a serem aprovadas para os exercícios seguintes (Lei Orçamentária Anual - LOA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e PlanoPlurianual - PPA) e para que inicie sua efetiva implementação., se necessário com o remanejamento de recursos de outras áreas, observado, emqualquer caso, o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescente e, em especial, ao disposto no artigo 4º, caput e par. único, alíneas"c" e "d", da Lei nº 8.069/90;a.6) Todas as etapas do processo de discussão do Plano deverão ser divulgadas com antecedência devida junto à comunidade, assimcomunicadas oficialmente ao Ministério Público, Poder Judiciário e Conselho Tutelar local;6) Não havendo prejuízo ao interesse público, envie-se via ofício, cópia da presente Portaria, à Municipalidade e ao CMDCA, informando ainstauração deste Inquérito Civil.Dos ofícios encaminhados à Municipalidade e ao CMDCA deverá constar que o não atendimento de elaboraçãoe implementação do Plano Municipal poderá ensejar o ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público para que o Poder Judiciárioobrigue a Municipalidade a promover todas as medidas necessárias destinadas a elaborar e implementar uma efetiva Política Municipal deAtendimento Socioeducativo, sem prejuízo de eventual ação de responsabilização civil e administrativa, inclusive por ato de improbidade, em facedos agentes públicos omissos.7) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração de Inquérito Civil, arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoriade Justiça;8) Nomeio as servidoras lotadas nesta Promotoria de Justiça para secretariar os trabalhos referentes ao presente inquérito civil;9) Encaminhe-se arquivo no formato Word da Presente Portaria ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação noDiário da Justiça do Estado do Piauí;10) Envie-se cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância da Juventude - CAODIJ; à Justiça da Infância e daJuventude local; ao CRAS e entidades que executam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto do Município de São Franciscode Assis do Piauí, noticiando a instauração deste Inquérito Civil (a fim de garantir a publicidade da atuação ministerial);11) Cumpra-se as determinações supra, e com as respostas da Municipalidade nos autos, tornem conclusos.12) Registre-se. Publique-se no mural da Promotoria do Fórum Local.Simplício Mendes (PI), 27 de março de 2018.Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues BeloPromotora de JustiçaPortaria de Instauração nº _______/2018A Dra. EMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, Promotora de Justiça respondendo pelas Promotorias de Justiça deSimplício Mendes e Socorro do Piauí, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, e com fundamento no art. 129, incisos II e III, da

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Constituição Federal, na Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público),CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, definiu em seu artigo 86 que a política deatendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais,da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 12.594/2012 (que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE) determina emseu artigo 5o, inciso II, que compete aos municípios a elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com oPlano Nacional e o respectivo Plano Estadual e, em seu artigo 7o, § 2o que os municípios deverão, com base no Plano Nacional de AtendimentoSocioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional;CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pela Resolução nº 160/2013, do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, tendo sido publicado em data de 19 de novembro de 2013;CONSIDERANDO a necessidade de observância dos princípios da descentralização, desjudicialização, integração operacional e municipalizaçãodo atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, resultantes ao artigo 204, inciso I, da Constituição da República, bem como do artigo88, incisos I, II, III e V, da Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de efetiva implementação de uma política municipal de proteção especificamente destinada ao atendimentodos adolescentes autores de ato infracional, nos moldes do previsto pelas Leis Federais n°s 8.069/90 e 12.594/2012, em atendimento ao dispostonos artigos 204, 226, 227 e 228, todos da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é dever do Poder Público, conforme disposto no artigo 227, caput, da Constituição Federal e artigo 4°, caput e parágrafoúnico, da Lei n° 8.069/90, assegurar a crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária,dentre outros direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (conforme artigo 3° da Lei nº 8.069/90);CONSIDERANDO que na forma do disposto no artigo 4°, parágrafo único, alíneas "b" e "d", da Lei n° 8.069/90, a garantia de prioridadecompreende, dentre outros fatores, a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e naexecução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à criança e aoadolescente, o que importa na previsão de verbas orçamentárias para fazer frente às ações e programas de atendimento voltados à populaçãoinfanto-juvenil (conforme inteligência dos artigos 88, inciso II; 90; 101; 112; 129 e 259, parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90);CONSIDERANDO que a aludida garantia de prioridade também se estende aos adolescentes que praticam atos infracionais, para os quais oartigo 228 da Constituição Federal, em conjugação com os artigos 103 a 125 da Lei n° 8.069/90 e disposições correlatas contidas na Lei nº12.594/2012, estabelece a obrigatoriedade de ser a eles dispensado um tratamento diferenciado, individualizado e especializado, extensivo àssuas famílias;CONSIDERANDO que, na forma do disposto no artigo 88, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a municipalização se constitui nadiretriz primeira da política de atendimento à criança e ao adolescente, sendo também relativa à criação e implementação de programasdestinados a adolescentes autores de atos infracionais, notadamente aqueles que visam tornar efetivas e/ou dar suporte à execução das medidassocioeducativas de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida, dentre outras medidas em meio aberto passíveis de seremaplicadas a eles e a suas famílias;CONSIDERANDO a necessidade de integração social dos adolescentes autores de ato infracional em suas famílias e comunidades, conformepreconizado nos artigos 100, caput e par. único, incisos IX c/c 113 e nos artigos 35, inciso IX e 54, incisos IV e V, da Lei nº 12.594/2012;CONSIDERANDO que um dos objetivos precípuos das medidas socioeducativas em meio aberto é, justamente, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários; e sendo tais medidas, portanto, quando comparadas às restritivas de liberdade, as mais compatíveis com amanutenção e reintegração de tais vínculos, assim como com o atendimento à saúde mental infanto-juvenil preferencialmente realizado em basecomunitária e extra-hospitalar, conforme definido pela Lei nº 10.216/2001;CONSIDERANDO as atuais carências de estrutura física, de recursos humanos e de vagas nas unidades de semiliberdade e de internaçãosocioeducativa, associados à necessidade do estabelecimento de justa correspondência entre atos infracionais de menor gravidade e medidassocioeducativas, fatores que demonstram a necessidade imperiosa de investimentos para a constituição de um eficaz sistema socioeducativo emmeio aberto, sem prejuízo da implementação de ações de prevenção, que são inerentes à política socioeducativa que os municípios têm o deverde implementar;CONSIDERANDO que a inexistência de tais programas especializados no atendimento de adolescentes acusados da prática infracional, assimcomo a insuficiência e inadequação das estruturas e serviços municipais para fazer frente à demanda apurada, têm prejudicado osencaminhamentos efetuados pela Justiça da Infância e Juventude, comprometendo assim a solução dos problemas detectados, com prejuízodireto não apenas aos adolescentes e suas famílias, que deixam de receber o atendimento devido, mas a toda sociedade;CONSIDERANDO que de acordo com o artigo 5o, III, da Lei nº 12.594/2012 é de responsabilidade dos municípios a implementação dosprogramas de atendimento em meio aberto, destinados a adolescentes incursos na prática de ato infracional e suas respectivas famílias, comênfase para as medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, previstas no artigo 112, incisos III e IV, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a criação e a manutenção de tais programas é parte intrínseca da política de atendimento dos direitos de adolescentes,destinada a proporcionar-lhes a devida proteção integral, na forma do disposto no artigo 1º da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que o não oferecimento ou a oferta irregular dos programas e ações de governo acima referidos, na forma do disposto nosartigos 5°; 98, inciso I, e 208, incisos I, VII, VIII, X e parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90 (com a nova redação da Lei nº 12.594/2012),corresponde a efetiva violação dos direitos dos adolescentes submetidos a medidas socioeducativas, podendo acarretar a responsabilidadepessoal dos agentes e autoridades públicas competentes, conforme previsto no artigo 216, do mesmo Diploma Legal e nos artigos 28 e 29 da Leinº 12.594/2012 (com possibilidade de submissão às sanções civis da Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa), sem prejuízoda adoção de medidas judiciais contra os municípios, para regularização de sua oferta, conforme previsto nos artigos 212 e 213, da Lei nº8.069/90;CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi conferida legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos atinentesà infância e juventude, conforme artigos 127 e 129, inciso II, alínea "m", da Constituição Federal e artigos 201, incisos V e VIII, e 210, inciso I, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a Política Municipal Socioeducativa somente pode ser considerada integralmente implementada mediante a elaboração eexecução de um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e mediante a estruturação de programas de atendimento em meio aberto,conforme previsto na Lei nº 12.594/2012 (ex vi de seu artigo 49, §2o), ensejando a obrigatoriedade de observância por parte dos municípios aocomando cogente da referida norma ordinária;CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Município Conceição do Canindé/PI adequar seus órgãos, programas, estruturas e orçamentoàs disposições das Leis Federais acima citadas, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e a Lei do SINASE (Lei nº12.594/2012);RESOLVE, com fundamento nos artigos 37, caput, 127, caput, 129, incisos II e III e 227, todos da Constituição Federal, artigos 1º, 3º e 5º, 201, V,VI "b" e "c" e VIII, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85, instaurar o presente INQUÉRITO CIVIL,determinando, desde já as seguintes diligências:1) Destinatários:a) MUNICIPALIDADE de Conceição do Canindé/PI e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Conceição doCanindé/PI.

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2) Objetivo:a) Exigir a imediata elaboração e oportuna implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.3) Das Etapas e prazos para elaboração do Planoa) Da elaboração do Plano Municipal - Marco Situacional (diagnóstico)Determina-se a expedição de ofício à Municipalidade de Conceição do Canindé/PI e ao CMDCA local para que observem a necessidade deprévia elaboração de diagnóstico local, mediante coleta de dados que retratem a situação dos adolescentes autores de ato infracional e suasfamílias, além da forma qual a estrutura de atendimento para este tipo de demanda existente no município e como vem ocorrendo a execuçãodas medidas socioeducativas em meio aberto e seus resultados, devendo para tanto obter:b) MAPEAMENTO DOS PROGRAMAS E SERVIÇOS DE ATENDIMENTOA relação de todos os programas e serviços - governamentais e não governamentais - de atendimento de adolescentes em cumprimento demedidas socioeducativas em meio aberto (correspondentes às medidas relacionadas nos artigos 101, incisos I a VI e 112, da Lei nº 8.069/90),questionando se cada um dos programas/serviços (assim como as entidades que os executam) estão devidamente registrados no CMDCA,observado o prazo de validade preconizado pelo art. 90, §3º, da Lei nº 8.069/90, possuem propostas específicas de atendimento, assim comometodologias de autocomposição de conflitos ou práticas/medidas restaurativas, nos termos do artigo 35, II e III da Lei nº 12.594/2012.c) MAPEAMENTO DE ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS, LOCAIS DE OCORRÊNCIA, MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS EÍNDICES DE CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTOA relação integral de boletins de ocorrência circunstanciados envolvendo adolescentes autores de ato infracional nos últimos 24 meses,elaborando gráfico analítico com:c.1) identificação dos bairros/áreas com maior incidência de atos infracionais, quais os atos infracionais praticados;c.2) quais as unidades de educação, quais as unidades de saúde, de assistência social, bem como quais os equipamentos de lazer e eventuaisprogramas de esporte e cursos profissionalizantes existentes em cada bairro/área e qual a população atendida em cada um destesequipamentos/unidades e programas mensalmente, esclarecendo se há demanda reprimida e porventura não atendida;c.3) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas cumuladas com remissão como forma de exclusão doprocesso, aplicadas pela Promotoria da Infância e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24meses;c.4) A relação integral de casos nos quais houve remissão cumulada com medidas socioeducativas em meio aberto, como forma de suspensãodo processo após a apresentação em juízo, e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.5) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após todo o trâmite do processo de conhecimento ("Açãosocioeducativa"), indicando quais os índices de aplicação de medidas de internação, semiliberdade, liberdade assistida, prestação de serviços àcomunidade, reparação de danos, advertência e correspondentes às medidas do art. 101, incisos I a VI, da Lei nº 8.069/90 e qual o respectivoíndice de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.6) elaborar gráfico analítico identificando:c.6.1) se em todos os casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após a formação dos processos (guias) de execução emqual prazo foram encaminhadas cópias pela autoridade judiciária à direção do programa de atendimento socioeducativo para elaboração doPlano Individual de Atendimento;c.6.2) se houve elaboração de Plano Individual de Atendimento em todos os casos levantados nas alíneas c.3 a c.5;c.6.3) se todos os Planos Individuais de Atendimento foram elaborados no prazo legal e, em caso negativo; qual o índice de casos nos quais osPIAs não foram elaborados dentro do prazo legal;c.7) Deverá também:c.7.1) elaborar gráfico analítico apontando o índice de prazo imposto em todos os casos levantados nos últimos 24 meses para as medidasintegralmente cumpridas e para as medidas descumpridas, a fim de verificar a observância aos princípios da intervenção precoce e da brevidadeprevistos no artigo 100, par. único, inciso VI e artigo 35, inciso V da Lei nº 12.594/2012 (respectivamente);c.7.2) elaborar gráfico analítico identificando quais medidas socioeducativas em meio aberto obtiveram maior índice de cumprimento efetivo equais obtiveram maior índice de descumprimento (indicando os programas/entidades responsáveis por sua respectiva execução);c.7.3) elaborar gráfico analítico identificando quais programas de atendimento (governamentais ou não governamentais) obtiveram maior índicede cumprimento em meio aberto e quais obtiveram maior índice de descumprimento.c.7.4) elaborar gráfico analítico identificando quais os valores mensais e anuais destinados aos programas de atendimento (governamentais ounão governamentais) que obtiveram maior índice de cumprimento em meio aberto e qual o montante de recursos destinados aos que obtiverammaior índice de descumprimento.d) CONTINUIDADE DO MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTOd.1) Em relação aos programas de atendimento, o CMDCA deverá elaborar diagnóstico identificando, nos termos do artigo 11 da Lei nº12.594/2012, se todos - governamentais ou não governamentais - observaram em seus planos/projetos político-pedagógicos:d.2) a exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com a especificação das atividades de natureza coletiva;d.3) a indicação da estrutura material, dos recursos humanos e das estratégias de segurança compatíveis com as necessidades da respectivaunidade;d.4) regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deverá constar, no mínimo:d.4.1) o detalhamento das atribuições e responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe técnica e dos demaiseducadores;d.4.2) a previsão das condições do exercício da disciplina e concessão de benefícios e o respectivo procedimento de aplicação; ed.4.3) a previsão da concessão de benefícios extraordinários e enaltecimento, tendo em vista tornar público o reconhecimento ao adolescentepelo esforço realizado na consecução dos objetivos do plano individual;d.5) a política de formação dos recursos humanos;d.6) a previsão das ações de acompanhamento do adolescente após o cumprimento de medida socioeducativa;d.7) a indicação da equipe técnica, cuja quantidade e formação devem estar em conformidade com as normas de referência do sistema e dosconselhos profissionais e com o atendimento socioeducativo a ser realizado; ed.8) a adesão ao Sistema de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, bem como sua operação efetiva.e) Fixa-se o prazo para coleta de tais informações de 6 meses, contados a partir do recebimento da presente Portaria pela Municipalidade e peloCMDCA.4) Das etapas de discussão, formatação, conclusão e aprovação do Planoa) Após a coleta destas informações (marco situacional/diagnóstico), ou seja, da chegada do último relatório contendo todos os dados acimacitados, a Municipalidade deverá criar uma comissão intersetorial, composta, no mínimo, de técnicos e profissionais das áreas relacionadas noartigo 8º, da Lei nº 12.594/2012 (saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e capacitação para o trabalho), que irão elaborar a minutado Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que será posteriormente encaminhada ao CMDCA local.A referida comissão terá o prazo de 6 meses para discussão, elaboração, conclusão e aprovação da minuta do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo a ser encaminhado ao CMDCA para oportuna apreciação e recusa, complementação ou aprovação;b) Durante esse período de reuniões/sessões ordinárias para discutir, elaborar, formatar, concluir e aprovar o Plano Municipal, a Municipalidadedeverá promover, no mínimo, 2 Audiências Públicas (em respeito aos princípios da democracia participativa e da publicidade - previstos nosartigos 37, caput, 227, § 7o e 204, inciso II, todos da Constituição Federal) em local que permita o maior acesso do público do Município possível,

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em horário que não conflite com o horário de expediente útil, conferindo ampla e prévia publicidade (de 15 dias de antecedência) pela imprensaoficial, pela mídia local, encaminhando ofício de ciência à Comissão Temática da Câmara Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);b.1) a primeira será prévia: para dar publicidade sobre o processo de discussão e elaboração do Plano Municipal, em período de no máximo 60dias após a aprovação da Resolução de Criação da Comissão Intersetorial incumbida de elaboração do Plano.b.2) a segunda será conclusiva: para dar publicidade sobre o término do processo, com apresentação do diagnóstico e conclusões da Comissãoresponsável pela elaboração do Plano - em prazo não superior a 60 dias após finalizado o diagnóstico e apresentadas as conclusões pelarespectiva Comissão.c) Após a realização da segunda Audiência Pública, a Municipalidade terá o prazo máximo de 90 dias para realização de reuniões/sessõesordinárias e, se necessário, extraordinárias, para encaminhamento do projeto de Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que deverá serencaminhando no prazo máximo de 30 dias após concluídas todas as etapas na esfera de gestão do Município ao CMDCA para sua oportunarecusa, cobrança de complementação de dados ou aprovação, com ofício de relatório conclusivo para ciência à Comissão Temática da CâmaraMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);d) Sem prejuízo da preservação da imagem e do princípio da privacidade, que no processo de elaboração do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo sejam também ouvidos os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, na perspectiva de colher subsídios às açõesgovernamentais que serão implementadas;5) Das etapas de apreciação e eventual aprovação do Plano perante o CMDCATendo em vista a necessidade de conclusão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no prazo anteriormente mencionado, semprejuízo do amplo debate e do reordenamento institucional inerentes ao processo de elaboração, o Ministério Público recomenda:a) Após aprovada a minuta do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pela Comissão Intersetorial instituída pelo Governo Municipal,deverá referido instrumento ser encaminhado no prazo máximo de 30 dias ao CMDCA para sua apreciação;a.1) O Presidente do CMDCA deverá submeter o projeto de Plano ao colegiado na primeira sessão/reunião ordinária seguinte, ou, se necessário,convocar reunião/sessão extraordinária para apreciação do referido instrumento;a.2) O Colegiado deverá decidir pela recusa, necessidade de complementação ou aprovação, mediante decisão devidamente fundamentada emotivada;a.3) Para tomada da decisão respectiva, o Colegiado poderá solicitar informações adicionais aos técnicos responsáveis pela elaboração daminuta do Plano e também a outros profissionais com atuação na área infanto-juvenil;a.4) Nas hipóteses de recusa e/ou necessidade de complementação o CMDCA deverá, incontinenti, reencaminhar o Projeto, com cópia da ata dedeliberação da reunião/sessão do CMDCA à Comissão Intersetorial da Municipalidade que deverá cumprir o quanto contido na decisão daqueleConselho Gestor e devolvê-lo para nova apreciação do CMDCA no prazo mais breve possível;a.5) Em caso de aprovação, o CMDCA deverá encaminhá-lo à Municipalidade, visando obter do Chefe do Executivo sua inclusão nas propostasorçamentárias a serem aprovadas para os exercícios seguintes (Lei Orçamentária Anual - LOA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e PlanoPlurianual - PPA) e para que inicie sua efetiva implementação., se necessário com o remanejamento de recursos de outras áreas, observado, emqualquer caso, o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescente e, em especial, ao disposto no artigo 4º, caput e par. único, alíneas"c" e "d", da Lei nº 8.069/90;a.6) Todas as etapas do processo de discussão do Plano deverão ser divulgadas com antecedência devida junto à comunidade, assimcomunicadas oficialmente ao Ministério Público, Poder Judiciário e Conselho Tutelar local;6) Não havendo prejuízo ao interesse público, envie-se via ofício, cópia da presente Portaria, à Municipalidade e ao CMDCA, informando ainstauração deste Inquérito Civil.Dos ofícios encaminhados à Municipalidade e ao CMDCA deverá constar que o não atendimento de elaboraçãoe implementação do Plano Municipal poderá ensejar o ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público para que o Poder Judiciárioobrigue a Municipalidade a promover todas as medidas necessárias destinadas a elaborar e implementar uma efetiva Política Municipal deAtendimento Socioeducativo, sem prejuízo de eventual ação de responsabilização civil e administrativa, inclusive por ato de improbidade, em facedos agentes públicos omissos.7) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração de Inquérito Civil, arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoriade Justiça;8) Nomeio as servidoras lotadas nesta Promotoria de Justiça para secretariar os trabalhos referentes ao presente inquérito civil;9) Encaminhe-se arquivo no formato Word da Presente Portaria ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação noDiário da Justiça do Estado do Piauí;10) Envie-se cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância da Juventude - CAODIJ; à Justiça da Infância e daJuventude local; ao CRAS e entidades que executam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto do Município de Conceição doCanindé, noticiando a instauração deste Inquérito Civil (a fim de garantir a publicidade da atuação ministerial);11) Cumpra-se as determinações supra, e com as respostas da Municipalidade nos autos, tornem conclusos.12) Registre-se. Publique-se no mural da Promotoria do Fórum Local.Simplício Mendes (PI), 27 de março de 2018.Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues BeloPromotora de JustiçaPortaria de Instauração nº _______/2018A Dra. EMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, Promotora de Justiça respondendo pelas Promotorias de Justiça deSimplício Mendes e Socorro do Piauí, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, e com fundamento no art. 129, incisos II e III, daConstituição Federal, na Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público),CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, definiu em seu artigo 86 que a política deatendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais,da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 12.594/2012 (que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE) determina emseu artigo 5o, inciso II, que compete aos municípios a elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com oPlano Nacional e o respectivo Plano Estadual e, em seu artigo 7o, § 2o que os municípios deverão, com base no Plano Nacional de AtendimentoSocioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional;CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pela Resolução nº 160/2013, do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, tendo sido publicado em data de 19 de novembro de 2013;CONSIDERANDO a necessidade de observância dos princípios da descentralização, desjudicialização, integração operacional e municipalizaçãodo atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, resultantes ao artigo 204, inciso I, da Constituição da República, bem como do artigo88, incisos I, II, III e V, da Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de efetiva implementação de uma política municipal de proteção especificamente destinada ao atendimentodos adolescentes autores de ato infracional, nos moldes do previsto pelas Leis Federais n°s 8.069/90 e 12.594/2012, em atendimento ao dispostonos artigos 204, 226, 227 e 228, todos da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é dever do Poder Público, conforme disposto no artigo 227, caput, da Constituição Federal e artigo 4°, caput e parágrafoúnico, da Lei n° 8.069/90, assegurar a crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária,

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dentre outros direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (conforme artigo 3° da Lei nº 8.069/90);CONSIDERANDO que na forma do disposto no artigo 4°, parágrafo único, alíneas "b" e "d", da Lei n° 8.069/90, a garantia de prioridadecompreende, dentre outros fatores, a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e naexecução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à criança e aoadolescente, o que importa na previsão de verbas orçamentárias para fazer frente às ações e programas de atendimento voltados à populaçãoinfanto-juvenil (conforme inteligência dos artigos 88, inciso II; 90; 101; 112; 129 e 259, parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90);CONSIDERANDO que a aludida garantia de prioridade também se estende aos adolescentes que praticam atos infracionais, para os quais oartigo 228 da Constituição Federal, em conjugação com os artigos 103 a 125 da Lei n° 8.069/90 e disposições correlatas contidas na Lei nº12.594/2012, estabelece a obrigatoriedade de ser a eles dispensado um tratamento diferenciado, individualizado e especializado, extensivo àssuas famílias;CONSIDERANDO que, na forma do disposto no artigo 88, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a municipalização se constitui nadiretriz primeira da política de atendimento à criança e ao adolescente, sendo também relativa à criação e implementação de programasdestinados a adolescentes autores de atos infracionais, notadamente aqueles que visam tornar efetivas e/ou dar suporte à execução das medidassocioeducativas de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida, dentre outras medidas em meio aberto passíveis de seremaplicadas a eles e a suas famílias;CONSIDERANDO a necessidade de integração social dos adolescentes autores de ato infracional em suas famílias e comunidades, conformepreconizado nos artigos 100, caput e par. único, incisos IX c/c 113 e nos artigos 35, inciso IX e 54, incisos IV e V, da Lei nº 12.594/2012;CONSIDERANDO que um dos objetivos precípuos das medidas socioeducativas em meio aberto é, justamente, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários; e sendo tais medidas, portanto, quando comparadas às restritivas de liberdade, as mais compatíveis com amanutenção e reintegração de tais vínculos, assim como com o atendimento à saúde mental infanto-juvenil preferencialmente realizado em basecomunitária e extra-hospitalar, conforme definido pela Lei nº 10.216/2001;CONSIDERANDO as atuais carências de estrutura física, de recursos humanos e de vagas nas unidades de semiliberdade e de internaçãosocioeducativa, associados à necessidade do estabelecimento de justa correspondência entre atos infracionais de menor gravidade e medidassocioeducativas, fatores que demonstram a necessidade imperiosa de investimentos para a constituição de um eficaz sistema socioeducativo emmeio aberto, sem prejuízo da implementação de ações de prevenção, que são inerentes à política socioeducativa que os municípios têm o deverde implementar;CONSIDERANDO que a inexistência de tais programas especializados no atendimento de adolescentes acusados da prática infracional, assimcomo a insuficiência e inadequação das estruturas e serviços municipais para fazer frente à demanda apurada, têm prejudicado osencaminhamentos efetuados pela Justiça da Infância e Juventude, comprometendo assim a solução dos problemas detectados, com prejuízodireto não apenas aos adolescentes e suas famílias, que deixam de receber o atendimento devido, mas a toda sociedade;CONSIDERANDO que de acordo com o artigo 5o, III, da Lei nº 12.594/2012 é de responsabilidade dos municípios a implementação dosprogramas de atendimento em meio aberto, destinados a adolescentes incursos na prática de ato infracional e suas respectivas famílias, comênfase para as medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, previstas no artigo 112, incisos III e IV, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a criação e a manutenção de tais programas é parte intrínseca da política de atendimento dos direitos de adolescentes,destinada a proporcionar-lhes a devida proteção integral, na forma do disposto no artigo 1º da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que o não oferecimento ou a oferta irregular dos programas e ações de governo acima referidos, na forma do disposto nosartigos 5°; 98, inciso I, e 208, incisos I, VII, VIII, X e parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90 (com a nova redação da Lei nº 12.594/2012),corresponde a efetiva violação dos direitos dos adolescentes submetidos a medidas socioeducativas, podendo acarretar a responsabilidadepessoal dos agentes e autoridades públicas competentes, conforme previsto no artigo 216, do mesmo Diploma Legal e nos artigos 28 e 29 da Leinº 12.594/2012 (com possibilidade de submissão às sanções civis da Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa), sem prejuízoda adoção de medidas judiciais contra os municípios, para regularização de sua oferta, conforme previsto nos artigos 212 e 213, da Lei nº8.069/90;CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi conferida legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos atinentesà infância e juventude, conforme artigos 127 e 129, inciso II, alínea "m", da Constituição Federal e artigos 201, incisos V e VIII, e 210, inciso I, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a Política Municipal Socioeducativa somente pode ser considerada integralmente implementada mediante a elaboração eexecução de um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e mediante a estruturação de programas de atendimento em meio aberto,conforme previsto na Lei nº 12.594/2012 (ex vi de seu artigo 49, §2o), ensejando a obrigatoriedade de observância por parte dos municípios aocomando cogente da referida norma ordinária;CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Município Bela Vista/PI adequar seus órgãos, programas, estruturas e orçamento àsdisposições das Leis Federais acima citadas, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e a Lei do SINASE (Lei nº12.594/2012);RESOLVE, com fundamento nos artigos 37, caput, 127, caput, 129, incisos II e III e 227, todos da Constituição Federal, artigos 1º, 3º e 5º, 201, V,VI "b" e "c" e VIII, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85, instaurar o presente INQUÉRITO CIVIL,determinando, desde já as seguintes diligências:1) Destinatários:a) MUNICIPALIDADE de Bela Vista/PI e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Bela Vista/PI.2) Objetivo:a) Exigir a imediata elaboração e oportuna implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.3) Das Etapas e prazos para elaboração do Planoa) Da elaboração do Plano Municipal - Marco Situacional (diagnóstico)Determina-se a expedição de ofício à Municipalidade de Bela Vista/PI e ao CMDCA local para que observem a necessidade de prévia elaboraçãode diagnóstico local, mediante coleta de dados que retratem a situação dos adolescentes autores de ato infracional e suas famílias, além daforma qual a estrutura de atendimento para este tipo de demanda existente no município e como vem ocorrendo a execução das medidassocioeducativas em meio aberto e seus resultados, devendo para tanto obter:b) MAPEAMENTO DOS PROGRAMAS E SERVIÇOS DE ATENDIMENTOA relação de todos os programas e serviços - governamentais e não governamentais - de atendimento de adolescentes em cumprimento demedidas socioeducativas em meio aberto (correspondentes às medidas relacionadas nos artigos 101, incisos I a VI e 112, da Lei nº 8.069/90),questionando se cada um dos programas/serviços (assim como as entidades que os executam) estão devidamente registrados no CMDCA,observado o prazo de validade preconizado pelo art. 90, §3º, da Lei nº 8.069/90, possuem propostas específicas de atendimento, assim comometodologias de autocomposição de conflitos ou práticas/medidas restaurativas, nos termos do artigo 35, II e III da Lei nº 12.594/2012.c) MAPEAMENTO DE ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS, LOCAIS DE OCORRÊNCIA, MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS EÍNDICES DE CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTOA relação integral de boletins de ocorrência circunstanciados envolvendo adolescentes autores de ato infracional nos últimos 24 meses,elaborando gráfico analítico com:c.1) identificação dos bairros/áreas com maior incidência de atos infracionais, quais os atos infracionais praticados;c.2) quais as unidades de educação, quais as unidades de saúde, de assistência social, bem como quais os equipamentos de lazer e eventuais

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programas de esporte e cursos profissionalizantes existentes em cada bairro/área e qual a população atendida em cada um destesequipamentos/unidades e programas mensalmente, esclarecendo se há demanda reprimida e porventura não atendida;c.3) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas cumuladas com remissão como forma de exclusão doprocesso, aplicadas pela Promotoria da Infância e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24meses;c.4) A relação integral de casos nos quais houve remissão cumulada com medidas socioeducativas em meio aberto, como forma de suspensãodo processo após a apresentação em juízo, e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.5) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após todo o trâmite do processo de conhecimento ("Açãosocioeducativa"), indicando quais os índices de aplicação de medidas de internação, semiliberdade, liberdade assistida, prestação de serviços àcomunidade, reparação de danos, advertência e correspondentes às medidas do art. 101, incisos I a VI, da Lei nº 8.069/90 e qual o respectivoíndice de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.6) elaborar gráfico analítico identificando:c.6.1) se em todos os casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após a formação dos processos (guias) de execução emqual prazo foram encaminhadas cópias pela autoridade judiciária à direção do programa de atendimento socioeducativo para elaboração doPlano Individual de Atendimento;c.6.2) se houve elaboração de Plano Individual de Atendimento em todos os casos levantados nas alíneas c.3 a c.5;c.6.3) se todos os Planos Individuais de Atendimento foram elaborados no prazo legal e, em caso negativo; qual o índice de casos nos quais osPIAs não foram elaborados dentro do prazo legal;c.7) Deverá também:c.7.1) elaborar gráfico analítico apontando o índice de prazo imposto em todos os casos levantados nos últimos 24 meses para as medidasintegralmente cumpridas e para as medidas descumpridas, a fim de verificar a observância aos princípios da intervenção precoce e da brevidadeprevistos no artigo 100, par. único, inciso VI e artigo 35, inciso V da Lei nº 12.594/2012 (respectivamente);c.7.2) elaborar gráfico analítico identificando quais medidas socioeducativas em meio aberto obtiveram maior índice de cumprimento efetivo equais obtiveram maior índice de descumprimento (indicando os programas/entidades responsáveis por sua respectiva execução);c.7.3) elaborar gráfico analítico identificando quais programas de atendimento (governamentais ou não governamentais) obtiveram maior índicede cumprimento em meio aberto e quais obtiveram maior índice de descumprimento.c.7.4) elaborar gráfico analítico identificando quais os valores mensais e anuais destinados aos programas de atendimento (governamentais ounão governamentais) que obtiveram maior índice de cumprimento em meio aberto e qual o montante de recursos destinados aos que obtiverammaior índice de descumprimento.d) CONTINUIDADE DO MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTOd.1) Em relação aos programas de atendimento, o CMDCA deverá elaborar diagnóstico identificando, nos termos do artigo 11 da Lei nº12.594/2012, se todos - governamentais ou não governamentais - observaram em seus planos/projetos político-pedagógicos:d.2) a exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com a especificação das atividades de natureza coletiva;d.3) a indicação da estrutura material, dos recursos humanos e das estratégias de segurança compatíveis com as necessidades da respectivaunidade;d.4) regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deverá constar, no mínimo:d.4.1) o detalhamento das atribuições e responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe técnica e dos demaiseducadores;d.4.2) a previsão das condições do exercício da disciplina e concessão de benefícios e o respectivo procedimento de aplicação; ed.4.3) a previsão da concessão de benefícios extraordinários e enaltecimento, tendo em vista tornar público o reconhecimento ao adolescentepelo esforço realizado na consecução dos objetivos do plano individual;d.5) a política de formação dos recursos humanos;d.6) a previsão das ações de acompanhamento do adolescente após o cumprimento de medida socioeducativa;d.7) a indicação da equipe técnica, cuja quantidade e formação devem estar em conformidade com as normas de referência do sistema e dosconselhos profissionais e com o atendimento socioeducativo a ser realizado; ed.8) a adesão ao Sistema de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, bem como sua operação efetiva.e) Fixa-se o prazo para coleta de tais informações de 6 meses, contados a partir do recebimento da presente Portaria pela Municipalidade e peloCMDCA.4) Das etapas de discussão, formatação, conclusão e aprovação do Planoa) Após a coleta destas informações (marco situacional/diagnóstico), ou seja, da chegada do último relatório contendo todos os dados acimacitados, a Municipalidade deverá criar uma comissão intersetorial, composta, no mínimo, de técnicos e profissionais das áreas relacionadas noartigo 8º, da Lei nº 12.594/2012 (saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e capacitação para o trabalho), que irão elaborar a minutado Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que será posteriormente encaminhada ao CMDCA local.A referida comissão terá o prazo de 6 meses para discussão, elaboração, conclusão e aprovação da minuta do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo a ser encaminhado ao CMDCA para oportuna apreciação e recusa, complementação ou aprovação;b) Durante esse período de reuniões/sessões ordinárias para discutir, elaborar, formatar, concluir e aprovar o Plano Municipal, a Municipalidadedeverá promover, no mínimo, 2 Audiências Públicas (em respeito aos princípios da democracia participativa e da publicidade - previstos nosartigos 37, caput, 227, § 7o e 204, inciso II, todos da Constituição Federal) em local que permita o maior acesso do público do Município possível,em horário que não conflite com o horário de expediente útil, conferindo ampla e prévia publicidade (de 15 dias de antecedência) pela imprensaoficial, pela mídia local, encaminhando ofício de ciência à Comissão Temática da Câmara Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);b.1) a primeira será prévia: para dar publicidade sobre o processo de discussão e elaboração do Plano Municipal, em período de no máximo 60dias após a aprovação da Resolução de Criação da Comissão Intersetorial incumbida de elaboração do Plano.b.2) a segunda será conclusiva: para dar publicidade sobre o término do processo, com apresentação do diagnóstico e conclusões da Comissãoresponsável pela elaboração do Plano - em prazo não superior a 60 dias após finalizado o diagnóstico e apresentadas as conclusões pelarespectiva Comissão.c) Após a realização da segunda Audiência Pública, a Municipalidade terá o prazo máximo de 90 dias para realização de reuniões/sessõesordinárias e, se necessário, extraordinárias, para encaminhamento do projeto de Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que deverá serencaminhando no prazo máximo de 30 dias após concluídas todas as etapas na esfera de gestão do Município ao CMDCA para sua oportunarecusa, cobrança de complementação de dados ou aprovação, com ofício de relatório conclusivo para ciência à Comissão Temática da CâmaraMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);d) Sem prejuízo da preservação da imagem e do princípio da privacidade, que no processo de elaboração do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo sejam também ouvidos os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, na perspectiva de colher subsídios às açõesgovernamentais que serão implementadas;5) Das etapas de apreciação e eventual aprovação do Plano perante o CMDCATendo em vista a necessidade de conclusão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no prazo anteriormente mencionado, semprejuízo do amplo debate e do reordenamento institucional inerentes ao processo de elaboração, o Ministério Público recomenda:a) Após aprovada a minuta do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pela Comissão Intersetorial instituída pelo Governo Municipal,

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3.5. 28ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA/PI2273

deverá referido instrumento ser encaminhado no prazo máximo de 30 dias ao CMDCA para sua apreciação;a.1) O Presidente do CMDCA deverá submeter o projeto de Plano ao colegiado na primeira sessão/reunião ordinária seguinte, ou, se necessário,convocar reunião/sessão extraordinária para apreciação do referido instrumento;a.2) O Colegiado deverá decidir pela recusa, necessidade de complementação ou aprovação, mediante decisão devidamente fundamentada emotivada;a.3) Para tomada da decisão respectiva, o Colegiado poderá solicitar informações adicionais aos técnicos responsáveis pela elaboração daminuta do Plano e também a outros profissionais com atuação na área infanto-juvenil;a.4) Nas hipóteses de recusa e/ou necessidade de complementação o CMDCA deverá, incontinenti, reencaminhar o Projeto, com cópia da ata dedeliberação da reunião/sessão do CMDCA à Comissão Intersetorial da Municipalidade que deverá cumprir o quanto contido na decisão daqueleConselho Gestor e devolvê-lo para nova apreciação do CMDCA no prazo mais breve possível;a.5) Em caso de aprovação, o CMDCA deverá encaminhá-lo à Municipalidade, visando obter do Chefe do Executivo sua inclusão nas propostasorçamentárias a serem aprovadas para os exercícios seguintes (Lei Orçamentária Anual - LOA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e PlanoPlurianual - PPA) e para que inicie sua efetiva implementação., se necessário com o remanejamento de recursos de outras áreas, observado, emqualquer caso, o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescente e, em especial, ao disposto no artigo 4º, caput e par. único, alíneas"c" e "d", da Lei nº 8.069/90;a.6) Todas as etapas do processo de discussão do Plano deverão ser divulgadas com antecedência devida junto à comunidade, assimcomunicadas oficialmente ao Ministério Público, Poder Judiciário e Conselho Tutelar local;6) Não havendo prejuízo ao interesse público, envie-se via ofício, cópia da presente Portaria, à Municipalidade e ao CMDCA, informando ainstauração deste Inquérito Civil.Dos ofícios encaminhados à Municipalidade e ao CMDCA deverá constar que o não atendimento de elaboraçãoe implementação do Plano Municipal poderá ensejar o ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público para que o Poder Judiciárioobrigue a Municipalidade a promover todas as medidas necessárias destinadas a elaborar e implementar uma efetiva Política Municipal deAtendimento Socioeducativo, sem prejuízo de eventual ação de responsabilização civil e administrativa, inclusive por ato de improbidade, em facedos agentes públicos omissos.7) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração de Inquérito Civil, arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoriade Justiça;8) Nomeio as servidoras lotadas nesta Promotoria de Justiça para secretariar os trabalhos referentes ao presente inquérito civil;9) Encaminhe-se arquivo no formato Word da Presente Portaria ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação noDiário da Justiça do Estado do Piauí;10) Envie-se cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância da Juventude - CAODIJ; à Justiça da Infância e daJuventude local; ao CRAS e entidades que executam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto do Município de Bela Vista,noticiando a instauração deste Inquérito Civil (a fim de garantir a publicidade da atuação ministerial);11) Cumpra-se as determinações supra, e com as respostas da Municipalidade nos autos, tornem conclusos.12) Registre-se. Publique-se no mural da Promotoria do Fórum Local.Simplício Mendes (PI), 27 de março de 2018.Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues BeloPromotora de Justiça

PORTARIA Nº 36/2018(SIMP: 000019-029/2017)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante signatária, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo art.129 da Constituição da República,CONSIDERANDO a tramitação do Inquérito Civil nº. 09/2017 (SIMP N° 000019-029/2017), que tem por objeto a suposta situação de falta deinclusão escolar no CEJA Professora Maria Rodrigues das Mercedes;CONSIDERANDO o despacho exarado às fls. 91 no qual chamou o feito à ordem e tornou sem efeito a portaria inicial do inquérito civil nº09/2017, bem como o procedimento preparatório que originou este inquérito, determinando a expedição de nova portaria, desta feita instaurandoPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para acompanhar o caso;CONSIDERANDO que o presente feito trata de direito individual indisponível, que enseja a instauração de Procedimento Administrativo, nostermos do art. 8º, inciso III da resolução nº 174/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis, cabendo-lhe a proteção dos interesses difusos e coletivos - arts. 127 e 129, III, da CRFB;CONSIDERANDO que a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis eaprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais,intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem, como dispõe o art. 27, caput, da LBI - LeiBrasileira da Inclusão;CONSIDERANDO que, em conformidade com o art. 79, § 3º da Lei 13.146/2015 (LBI-Lei Brasileira da Inclusão), o Ministério Público tomará asmedidas necessárias à garantia dos direitos previstos naquela Lei, dentre os quais se insere o direito à inclusão;RESOLVEConverter o Inquérito Civil 009/2017 e instaurar o Procedimento Administrativo nº. 22/2018 visando à continuidade da apuração dos fatosnoticiados.Determinar a autuação desta Portaria, com o devido registro no livro próprio e no SIMP.Dê-se ciência ao CAODEC.Publique-se e cumpra-se.28ª Promotoria de Justiça, especializada na Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso, em Teresina-PI, 10 de Abril de 2018.MYRIAN LAGOPromotora de Justiça Substituta da 28ª PJT- Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso -PORTARIA Nº 037/2018(SIMP: 000199-029/2017)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante signatária, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo art.129 da Constituição da República,CONSIDERANDO a tramitação do Notícia de Fato nº. 69/2017 (SIMP N° 000199-029/2017), que tem por objeto apurar a falta de acessibilidadepara pessoas com deficiência, no que conce a programas culturais, meios de comunicação e outras manifestações culturais;CONSIDERANDO que a referida Notícia de Fato se encontra com o prazo de conclusão esgotado e improrrogável, ensejando a instauração deProcedimento Preparatório para conclusão das investigações, por se tratar de tutela de interesse difuso (art. 1º da Res. Nº 001/2008 do CPJ);CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis, cabendo-lhe a proteção dos interesses difusos e coletivos - arts. 127 e 129, III, da CRFB;

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3.6. 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR/PI2275

RESOLVETransformar a Notícia de Fato nº. 69/2017 no Procedimento Preparatório n° 10/2018, visando à apuração dos fatos noticiados.Determinar a autuação desta Portaria, com o devido registro no livro próprio e no SIMP.Publique-se e cumpra-se.28ª Promotoria de Justiça de Teresina-Pi, especializada na defesa da pessoa com deficiência e do idoso, em Teresina-PI, 10 de Abril de 2018.MYRIAN LAGOPromotora de Justiça Substituta da 28ª PJT- Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso -

NF: 000023-063.2018DECISÃONOTÍCIA DE FATO. POSSÍVEL PRÁTICA DE ATO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DISPENSA IRREGULAR DE LICITAÇÃO. MAIS DE05(CINCO) ANOS DESDE O TÉRMINO DO EXERCÍCIO DE CARGO EM CONFIANÇA PELO INVESTIGADO. PRESCRIÇÃO. INTELIGÊNCIADO ART. 23, I, DA LIA.Perde a Sociedade-vítima o direito de perseguir e punir administrativamente gestores municipais, se assim não o fizer dentro do quinquênioposterior a saída daquele do cargo público de gestão.Trata-se de notícia de fato decorrente da fragmentação de procedimento originário de CPI que apurou irregularidades no SAAE em 2013. Opresente feito prestou-se a apurar despesa sem licitação para serviço de montagem e desmontagem de bombas.Juntou-se documentação comprobatória da despesa.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Impende registrar que no exercício investigado o SAAE foi dirigido por JOÃO FRANCISCO LIMA NETO e FERNANDO ANDRADE SOUSA, nosperíodos certificados à fl. 69.Como se observa à fl. 73, no dia 10/01/2013 o então gestor JOÃO FRANCISCO LIMA NETO firmou o Contrato de Dispensa Emergencial nº 01-C/2013 com a empresa requerida, gerando a despesa objeto da presente NF. Ocorre que referido gestor deixou o cargo em 28/02/2013 (Portaria0212/2013, à fl. 70, verso).Apregoa o art. 23, da LIA:Art. 23. As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão à bem do serviço público, nos casosde exercício de cargo efetivo ou emprego.Assim, não obstante a duvidosa legalidade da contratação via dispensa emergencial em tela, passados mais de 05(cinco) anos desde o fim doexercício do cargo em comissão pelo investigado, não se pode refutar a ocorrência do instituto da prescrição do direito processual ministerialdisposto na Lei n.º 8.429/92.Levando-se em conta que o serviço contratado, de fato, teria sido prestado, o dano ao erário decorrente da possível dispensa ilegal de licitação épotencial e decorrente do impedimento da Administração Pública de buscar melhores preços pelo mesmo serviço, portanto, com valor jurídico,tão somente, para fins de enquadramento na Lei n.º 8.429/92.Pelos motivos expostos, com base no art. 4º, da Resolução CNMP nº 174/2017, ARQUIVO a presente notícia de fato em Promotoria de Justiça,pois prescrito o direito processual de perquirir eventuais atos ímprobos de responsabilidade do ex-gestor, sem poder de administração há mais de05(cinco) anos, não havendo, ainda, elementos probatórios mínimos de desenvolvimento válido, restando, portanto, desprovidos os autos deelementos de prova ou de informação para o início de uma atuação judicial ministerial, além das já efetivadas.Publique-se esta decisão em DOEMP.Após, arquive-se, informando-se ao CSMP via memorando por e-mail.Após, arquive-se.Cumpra-se.Campo Maior/PI, 11 de abril de 2018.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de JustiçaNF 000002-063.2017DECISÃONOTÍCIA DE FATO. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO. FATO CONCRETO NÃO CONFIRMADO PROCEDIMENTO COM PRAZODE CONCLUSÃO EXTRAPOLADO. CARTA DE BRASÍLIA - CNMP. ARQUIVAMENTO.Trata-se de notícia de fato decorrente da fragmentação de procedimento originário de CPI que apurou irregularidades no SAAE em 2013. Opresente feito prestou-se a apurar, em seara administrativa e cível, notícia de apropriação de bens e rendas públicas por FERNANDO ANDRADESOUSA e JOÃO FRANCISCO LIMA NETO entre 2011 e 2013, enquanto gestores do SAAE, notadamente, o recebimento de diárias, em tese,sem a devida comprovação das despesas efetivamente ralizadas.Cópia integral dos autos da CPI foi encaminhada à PGJ/PI pra fins penais, considerando que o requerido FERNANDO ANDRADE SOUSA édetentor de foro por prerrogativa de função no TJPI.Investigação instaurada em idos de 2014.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, salutar frisar que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força deindícios, ilações fáticas decorrentes de exercício de probabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior de toda e qualquer investigação abusca de informações que possam ser utilizados como elementos probatórios lícitos na confirmação ou não daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma, aqualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato.Dispõe o art. 9º, da Resolução CNMP nº 23/2007, que o inquérito civil deve ser concluído no prazo de um ano. O E. CPJ - Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em impor como sendo 02(dois) anos o lapso temporalrazoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil, entendimento decorrente do procedimento ter seu prazode conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, pelo que excepcional a extensão deste lapso via solicitação e

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deferimento expresso via E. CSMP/PI. Em seara de notícia de fato, deve a mesma ser apreciada no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do seurecebimento, prorrogável uma vez, fundamentadamente, por até 90 (noventa) dias.Ora, se o abrangente instrumento do inquérito civil não goza de prazo de conclusão indefinido, com mais razão a notícia de fato não deve serlevada a diante em sendo desprovida de elementos de prova ou de informação aptos a convertê-la em procedimento diverso. Assim,ultrapassado em muito o limite estabelecido normativamente e não tendo a investigação logrado qualquer confirmação probatória palpável doobjeto que lhe restou após a fragmentação, sua manutenção irregular aviltaria o princípio da razoabilidade constitucional por falta de justa causa,mormente levando-se em conta o encerramento de seu lapso temporal ordinário.Ainda. Salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2016, dentrevárias, a análise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.No caso em tela, tem-se que a atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito, utilizando-se de seus poderes próprios de autoridades judiciais,conforme mandamento constitucional, não levantou qualquer elemento de informação que corroborasse o recebimento indevido de diárias pelosex-diretores da autarquia, constando nos autos autorizações de viagem (a partir da fl. 807), cuja presunção não pode ser tida como eivada deirregularidades.Some-se a isso que, relativamente ao requerido JOÃO FRANCISCO LIMA NETO, não se pode refutar a ocorrência do instituto da prescrição dodireito processual ministerial disposto na Lei n.º 8.429/921, uma vez que o mesmo deixou o cargo em 28/02/2013.Assim, pelos motivos expostos, determino o ARQUIVAMENTO do feito, por falta de justa causa para sua conversão em Inquérito Civil, semprejuízo da abertura do novo procedimento investigatório, surgindo elementos palpáveis de prova.Publique-se no a presente decisão no Diário do MP-PI.Remessa necessária do feito ao E. CSMP/PI para controle finalístico.Após, com as baixas e registros necessários, arquive-se em promotoria de justiça, comunicando-se ao E. CSMP/PI, via e-mail.Cumpra-se.Campo Maior/PI, 10 de abril de 2018.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de Justiça1Art. 23. As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão à bem do serviço público, nos casosde exercício de cargo efetivo ou emprego.NF: 000016-063.2018DECISÃONOTÍCIA DE FATO. POSSÍVEL PRÁTICA DE ATO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DISPENSA IRREGULAR DE LICITAÇÃO. MAIS DE05(CINCO) ANOS DESDE O TÉRMINO DO EXERCÍCIO DE CARGO EM CONFIANÇA PELO INVESTIGADO. PRESCRIÇÃO. INTELIGÊNCIADO ART. 23, I, DA LIA.Perde a Sociedade-vítima o direito de perseguir e punir administrativamente gestores municipais, se assim não o fizer dentro do quinquênioposterior a saída daquele do cargo público de gestão.Trata-se de notícia de fato decorrente da fragmentação de procedimento originário de CPI que apurou irregularidades no SAAE em 2013. Opresente feito prestou-se a apurar despesa sem licitação para serviço de escavação de valas para implantação de rede.Juntou-se documentação comprobatória da despesa.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Impende registrar que no exercício investigado o SAAE foi dirigido por JOÃO FRANCISCO LIMA NETO e FERNANDO ANDRADE SOUSA, nosperíodos certificados à fl. 72.Como se observa à fl. 76, no dia 10/01/2013 o então gestor JOÃO FRANCISCO LIMA NETO firmou o Contrato de Dispensa Emergencial nº 01-C/2013, gerando a despesa objeto da presente NF. Ocorre que referido gestor deixou o cargo em 28/02/2013 (Portaria 0212/2013, à fl. 73, verso).Apregoa o art. 23, da LIA:Art. 23. As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão à bem do serviço público, nos casosde exercício de cargo efetivo ou emprego.Assim, não obstante a duvidosa legalidade da contratação via dispensa emergencial em tela, passados mais de 05(cinco) anos desde o fim doexercício do cargo em comissão pelo investigado, não se pode refutar a ocorrência do instituto da prescrição do direito processual ministerialdisposto na Lei n.º 8.429/92.Levando-se em conta que o serviço contratado, de fato, teria sido prestado, o dano ao erário decorrente da possível dispensa ilegal de licitação épotencial e decorrente do impedimento da Administração Pública de buscar melhores preços pelo mesmo serviço, portanto, com valor jurídico,tão somente, para fins de enquadramento na Lei n.º 8.429/92.Pelos motivos expostos, com base no art. 4º, da Resolução CNMP nº 174/2017, ARQUIVO a presente notícia de fato em Promotoria de Justiça,pois prescrito o direito processual de perquirir eventuais atos ímprobos de responsabilidade do ex-gestor, sem poder de administração há mais de05(cinco) anos, não havendo, ainda, elementos probatórios mínimos de desenvolvimento válido, restando, portanto, desprovidos os autos deelementos de prova ou de informação para o início de uma atuação judicial ministerial, além das já efetivadas.Publique-se esta decisão em DOEMP.Após, arquive-se, informando-se ao CSMP via memorando por e-mail.Após, arquive-se.Cumpra-se.Campo Maior/PI, 10 de abril de 2018.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de JustiçaNF: 000025-063.2018DECISÃONOTÍCIA DE FATO. POSSÍVEL PRÁTICA DE ATO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DISPENSA IRREGULAR DE LICITAÇÃO. MAIS DE05(CINCO) ANOS DESDE O TÉRMINO DO EXERCÍCIO DE CARGO EM CONFIANÇA PELO INVESTIGADO. PRESCRIÇÃO. INTELIGÊNCIADO ART. 23, I, DA LIA.Perde a Sociedade-vítima o direito de perseguir e punir administrativamente gestores municipais, se assim não o fizer dentro do quinquênioposterior a saída daquele do cargo público de gestão.Trata-se de notícia de fato decorrente da fragmentação de procedimento originário de CPI que apurou irregularidades no SAAE em 2013. Opresente feito prestou-se a apurar despesa sem licitação para serviço de atualização cadastral.Juntou-se documentação comprobatória da despesa.

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Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Impende registrar que no exercício investigado o SAAE foi dirigido por JOÃO FRANCISCO LIMA NETO e FERNANDO ANDRADE SOUSA, nosperíodos certificados à fl. 61.Como se observa à fl. 65, no dia 10/01/2013 o então gestor JOÃO FRANCISCO LIMA NETO firmou o Contrato de Dispensa Emergencial nº 01-C/2013, gerando a despesa objeto da presente NF. Ocorre que referido gestor deixou o cargo em 28/02/2013 (Portaria 0212/2013, à fl. 62, verso).Apregoa o art. 23, da LIA:Art. 23. As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão à bem do serviço público, nos casosde exercício de cargo efetivo ou emprego.Assim, não obstante a duvidosa legalidade da contratação via dispensa emergencial em tela, passados mais de 05(cinco) anos desde o fim doexercício do cargo em comissão pelo investigado, não se pode refutar a ocorrência do instituto da prescrição do direito processual ministerialdisposto na Lei n.º 8.429/92.Levando-se em conta que o serviço contratado, de fato, teria sido prestado, o dano ao erário decorrente da possível dispensa ilegal de licitação épotencial e decorrente do impedimento da Administração Pública de buscar melhores preços pelo mesmo serviço, portanto, com valor jurídico,tão somente, para fins de enquadramento na Lei n.º 8.429/92.Pelos motivos expostos, com base no art. 4º, da Resolução CNMP nº 174/2017, ARQUIVO a presente notícia de fato em Promotoria de Justiça,pois prescrito o direito processual de perquirir eventuais atos ímprobos de responsabilidade do ex-gestor, sem poder de administração há mais de05(cinco) anos, não havendo, ainda, elementos probatórios mínimos de desenvolvimento válido, restando, portanto, desprovidos os autos deelementos de prova ou de informação para o início de uma atuação judicial ministerial, além das já efetivadas.Publique-se esta decisão em DOEMP.Após, arquive-se, informando-se ao CSMP via memorando por e-mail.Após, arquive-se.Cumpra-se.Campo Maior/PI, 10 de abril de 2018.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de JustiçaNF: 000024-063.2018DECISÃONOTÍCIA DE FATO. POSSÍVEL PRÁTICA DE ATO IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DISPENSA IRREGULAR DE LICITAÇÃO. MAIS DE05(CINCO) ANOS DESDE O TÉRMINO DO EXERCÍCIO DE CARGO EM CONFIANÇA PELO INVESTIGADO. PRESCRIÇÃO. INTELIGÊNCIADO ART. 23, I, DA LIA.Perde a Sociedade-vítima o direito de perseguir e punir administrativamente gestores municipais, se assim não o fizer dentro do quinquênioposterior a saída daquele do cargo público de gestão.Trata-se de notícia de fato decorrente da fragmentação de procedimento originário de CPI que apurou irregularidades no SAAE em 2013. Opresente feito prestou-se a apurar despesa sem licitação para serviço de recuperação hidráulica.Juntou-se documentação comprobatória da despesa.Vieram-me os autos para manifestação.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Impende registrar que no exercício investigado o SAAE foi dirigido por JOÃO FRANCISCO LIMA NETO e FERNANDO ANDRADE SOUSA, nosperíodos certificados à fl. 70.Como se observa à fl. 74, no dia 10/01/2013 o então gestor JOÃO FRANCISCO LIMA NETO firmou o Contrato de Dispensa Emergencial nº 01-C/2013, gerando a despesa objeto da presente NF. Ocorre que referido gestor deixou o cargo em 28/02/2013 (Portaria 0212/2013, à fl. 71, verso).Apregoa o art. 23, da LIA:Art. 23. As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas:I - até 5 (cinco) anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão à bem do serviço público, nos casosde exercício de cargo efetivo ou emprego.Assim, não obstante a duvidosa legalidade da contratação via dispensa emergencial em tela, passados mais de 05(cinco) anos desde o fim doexercício do cargo em comissão pelo investigado, não se pode refutar a ocorrência do instituto da prescrição do direito processual ministerialdisposto na Lei n.º 8.429/92.Levando-se em conta que o serviço contratado, de fato, teria sido prestado, o dano ao erário decorrente da possível dispensa ilegal de licitação épotencial e decorrente do impedimento da Administração Pública de buscar melhores preços pelo mesmo serviço, portanto, com valor jurídico,tão somente, para fins de enquadramento na Lei n.º 8.429/92.Pelos motivos expostos, com base no art. 4º, da Resolução CNMP nº 174/2017, ARQUIVO a presente notícia de fato em Promotoria de Justiça,pois prescrito o direito processual de perquirir eventuais atos ímprobos de responsabilidade do ex-gestor, sem poder de administração há mais de05(cinco) anos, não havendo, ainda, elementos probatórios mínimos de desenvolvimento válido, restando, portanto, desprovidos os autos deelementos de prova ou de informação para o início de uma atuação judicial ministerial, além das já efetivadas.Publique-se esta decisão em DOEMP.Após, arquive-se, informando-se ao CSMP via memorando por e-mail.Após, arquive-se.Cumpra-se.Campo Maior/PI, 10 de abril de 2018.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de JustiçaINVESTIGAÇÃO PRELIMINAR - PROCON Nº 001/2018SIMP: 000013-063/2018CONSIDERANDO:O Dr. MAURÍCIO GOMES DE SOUZA, Ex.mo Sr.Promotor de Justiça Titular da 3ª Promotoria de Justiça no município de Campo Maior/PI, arrimado no art. 127, caput, e 129, da CRFB, bem comono art. 14, §1º, da Lei Complementar Estadual n.º 36/2004, no uso de suas atribuições legais e, etc.,que o art. 127 e 129, da Constituição Federal impõe como poder-dever do Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático edos interesses sociais e individuais indisponíveis, bem como a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;que através da notícia de fato em referência, oriunda da Coordenação Estadual do Procon- MP/PI, chegou ao conhecimento do representantelocal do PROCON/Ministério Público que o Banco Bradesco, com filial no município de Campo Maior, estaria impondo serviço inadequado a seusclientes, pois fazendo-os aguardar excessivamente em filas o atendimento necessário para a prestação de seus serviços bancários;

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3.7. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR/PI2276

que referida prática, se constatada, é irregular, pois impõe situação vexatória ao consumidor de serviço;RESOLVE:Instaurar INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR, tendo em vista apurar potencial ajuste de preços de gasolina comum por postos de combustívelexistentes na zona urbana de Campo Maior, prática que, se comprovada, é abusiva , pelo que, determina-se, desde logo, o seguinte:registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-ano DOEMP com remessa ao Coordenador do Procon/MP, em atenção ao disposto no art. 4º, VI, da Res. CNMP n.º 23/07;realize-se levantamento junto à filial do Banco Bradesco em Campo Maior quanto a existência de filas de consumidores para atendimento,tomando como parâmetro o tempo médio necessário de permanência em fila;solicite-se ao Coordenador do PROCON Municipal informações sobre a existência de legislação municipal sobre o tempo de fila bancária emCampo Maior;nomeia-se como secretário do presente PA, JERSON DE MACEDO REINALDO SILVA, servidor efetivo do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos ARs e certificação.Cumpra-se, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei, com ou sem resposta.Campo Maior/PI, 02 de março de 2018.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor deJustiça

PORTARIA Nº 016/2018INQUÉRITO CIVIL PÚBLICOObjeto: Fiscalizar/acompanhar o plano municipal de atendimento socioeducativo do município de Campo MaiorO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI,por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas atribuições, comfundamento no artigo 127, caput, e artigo 129, incisos II e III da Constituição Federal; no artigo 201, incisos V e VIII, da Lei Federal nº 8.069/90(Estatuto da Criança e do Adolescente), e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85;CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei nº 8.069/90, definiu em seu artigo 86 que a política deatendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais,da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 12.594/2012 (que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE) determina emseu artigo 5o, inciso II, que compete aos municípios a elaboração do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com oPlano Nacional e o respectivo Plano Estadual e, em seu artigo 7o, § 2o que os municípios deverão, com base no Plano Nacional de AtendimentoSocioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em até 360 (trezentos e sessenta) dias a partir da aprovação do Plano Nacional;CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo foi aprovado pela Resolução nº 160/2013, do Conselho Nacional dosDireitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, tendo sido publicado em data de 19 de novembro de 2013;CONSIDERANDO a necessidade de observância dos princípios da descentralização, desjudicialização, integração operacional e municipalizaçãodo atendimento aos adolescentes autores de ato infracional, resultantes ao artigo 204, inciso I, da Constituição da República, bem como do artigo88, incisos I, II, III e V, da Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de efetiva implementação de uma política municipal de proteção especificamente destinada ao atendimentodos adolescentes autores de ato infracional, nos moldes do previsto pelas Leis Federais n°s 8.069/90 e 12.594/2012, em atendimento ao dispostonos artigos 204, 226, 227 e 228, todos da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é dever do Poder Público, conforme disposto no artigo 227, caput, da Constituição Federal e artigo 4°, caput e parágrafoúnico, da Lei n° 8.069/90, assegurar a crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, àalimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária,dentre outros direitos fundamentais inerentes à pessoa humana (conforme artigo 3° da Lei nº 8.069/90);CONSIDERANDO que na forma do disposto no artigo 4°, parágrafo único, alíneas "b" e "d", da Lei n° 8.069/90, a garantia de prioridadecompreende, dentre outros fatores, a precedência de atendimento nos serviços públicos e de relevância pública, a preferência na formulação e naexecução das políticas sociais públicas e a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à criança e aoadolescente, o que importa na previsão de verbas orçamentárias para fazer frente às ações e programas de atendimento voltados à populaçãoinfantojuvenil (conforme inteligência dos artigos 88, inciso II; 90; 101; 112; 129 e 259, parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90);CONSIDERANDO que a aludida garantia de prioridade também se estende aos adolescentes que praticam atos infracionais, para os quais oartigo 228 da Constituição Federal, em conjugação com os artigos 103 a 125 da Lei n° 8.069/90 e disposições correlatas contidas na Lei nº12.594/2012, estabelece a obrigatoriedade de ser a eles dispensado um tratamento diferenciado, individualizado e especializado, extensivo àssuas famílias;CONSIDERANDO que, na forma do disposto no artigo 88, inciso I, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a municipalização se constitui nadiretriz primeira da política de atendimento à criança e ao adolescente, sendo também relativa à criação e implementação de programasdestinados a adolescentes autores de atos infracionais, notadamente aqueles que visam tornar efetivas e/ou dar suporte à execução das medidassocioeducativas de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida, dentre outras medidas em meio aberto passíveis de seremaplicadas a eles e a suas famílias;CONSIDERANDO a necessidade de integração social dos adolescentes autores de ato infracional em suas famílias e comunidades, conformepreconizado nos artigos 100, caput e par. único, incisos IX c/c 113 e nos artigos 35, inciso IX e 54, incisos IV e V, da Lei nº 12.594/2012;CONSIDERANDO que um dos objetivos precípuos das medidas socioeducativas em meio aberto é, justamente, o fortalecimento dos vínculosfamiliares e comunitários; e sendo tais medidas, portanto, quando comparadas às restritivas de liberdade, as mais compatíveis com amanutenção e reintegração de tais vínculos, assim como com o atendimento à saúde mental infanto-juvenil preferencialmente realizado em basecomunitária e extra-hospitalar, conforme definido pela Lei nº 10.216/2001;CONSIDERANDO as atuais carências de estrutura física, de recursos humanos e de vagas nas unidades de semiliberdade e de internaçãosocioeducativa, associados à necessidade do estabelecimento de justa correspondência entre atos infracionais de menor gravidade e medidassocioeducativas, fatores que demonstram a necessidade imperiosa de investimentos para a constituição de um eficaz sistema socioeducativo emmeio aberto, sem prejuízo da implementação de ações de prevenção, que são inerentes à política socioeducativa que os municípios têm o deverde implementar;CONSIDERANDO que a inexistência de tais programas especializados no atendimento de adolescentes acusados da prática infracional, assimcomo a insuficiência e inadequação das estruturas e serviços municipais para fazer frente à demanda apurada, têm prejudicado osencaminhamentos efetuados pela Justiça da Infância e Juventude, comprometendo assim a solução dos problemas detectados, com prejuízodireto não apenas aos adolescentes e suas famílias, que deixam de receber o atendimento devido, mas a toda sociedade;CONSIDERANDO que de acordo com o artigo 5o, III, da Lei nº 12.594/2012 é de responsabilidade dos municípios a implementação dosprogramas de atendimento em meio aberto, destinados a adolescentes incursos na prática de ato infracional e suas respectivas famílias, comênfase para as medidas socioeducativas de liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade, previstas no artigo 112, incisos III e IV, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a criação e a manutenção de tais programas é parte intrínseca da política de atendimento dos direitos de adolescentes,

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destinada a proporcionar-lhes a devida proteção integral, na forma do disposto no artigo 1º da Lei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que o não oferecimento ou a oferta irregular dos programas e ações de governo acima referidos, na forma do disposto nosartigos 5°; 98, inciso I, e 208, incisos I, VII, VIII, X e parágrafo único, todos da Lei n° 8.069/90 (com a nova redação da Lei nº 12.594/2012),corresponde a efetiva violação dos direitos dos adolescentes submetidos a medidas socioeducativas, podendo acarretar a responsabilidadepessoal dos agentes e autoridades públicas competentes, conforme previsto no artigo 216, do mesmo Diploma Legal e nos artigos 28 e 29 da Leinº 12.594/2012 (com possibilidade de submissão às sanções civis da Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa), sem prejuízoda adoção de medidas judiciais contra os municípios, para regularização de sua oferta, conforme previsto nos artigos 212 e 213, da Lei nº8.069/90;CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi conferida legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos atinentesà infância e juventude, conforme artigos 127 e 129, inciso II, alínea "m", da Constituição Federal e artigos 201, incisos V e VIII, e 210, inciso I, daLei n° 8.069/90;CONSIDERANDO que a Política Municipal Socioeducativa somente pode ser considerada integralmente implementada mediante a elaboração eexecução de um Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo e mediante a estruturação de programas de atendimento em meio aberto,conforme previsto na Lei nº 12.594/2012 (ex vi de seu artigo 49, §2o), ensejando a obrigatoriedade de observância por parte dos municípios aocomando cogente da referida norma ordinária;CONSIDERANDO, finalmente, a necessidade de o Município XXXXXX adequar seus órgãos, programas, estruturas e orçamento às disposiçõesdas Leis Federais acima citadas, em especial o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) e a Lei do SINASE (Lei nº 12.594/2012);RESOLVE, com fundamento nos artigos 37, caput, 127, caput, 129, incisos II e III e 227, todos da Constituição Federal, artigos 1º, 3º e 5º, 201, V,VI "b" e "c" e VIII, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente, e no artigo 8º da Lei nº 7.347/85, instaurar o presenteINQUÉRITO CIVIL, determinando, desde já as seguintes diligências:1) Destinatários:a) MUNICIPALIDADE de Campo Maior-PI e Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Campo Maior-PI.2) Objetivo:a) Exigir a imediata elaboração e oportuna implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.3) Das Etapas e prazos para elaboração do Planoa) Da elaboração do Plano Municipal - Marco Situacional (diagnóstico)Determina-se a expedição de ofício à Municipalidade de Campo Maior e ao CMDCA local para que observem a necessidade de préviaelaboração de diagnóstico local, mediante coleta de dados que retratem a situação dos adolescentes autores de ato infracional e suas famílias,além da forma qual a estrutura de atendimento para este tipo de demanda existente no município e como vem ocorrendo a execução dasmedidas socioeducativas em meio aberto e seus resultados, devendo para tanto obter:b) MAPEAMENTO DOS PROGRAMAS E SERVIÇOS DE ATENDIMENTOA relação de todos os programas e serviços - governamentais e não governamentais - de atendimento de adolescentes em cumprimento demedidas socioeducativas em meio aberto (correspondentes às medidas relacionadas nos artigos 101, incisos I a VI e 112, da Lei nº 8.069/90),questionando se cada um dos programas/serviços (assim como as entidades que os executam) estão devidamente registrados no CMDCA,observado o prazo de validade preconizado pelo art. 90, §3º, da Lei nº 8.069/90, possuem propostas específicas de atendimento, assim comometodologias de autocomposição de conflitos ou práticas/medidas restaurativas, nos termos do artigo 35, II e III da Lei nº 12.594/2012.c) MAPEAMENTO DE ATOS INFRACIONAIS COMETIDOS, LOCAIS DE OCORRÊNCIA, MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS IMPOSTAS EÍNDICES DE CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTOA relação integral de boletins de ocorrência circunstanciados envolvendo adolescentes autores de ato infracional nos últimos 24 meses,elaborando gráfico analítico com:c.1) identificação dos bairros/áreas com maior incidência de atos infracionais, quais os atos infracionais praticados;c.2) quais as unidades de educação, quais as unidades de saúde, de assistência social, bem como quais os equipamentos de lazer e eventuaisprogramas de esporte e cursos profissionalizantes existentes em cada bairro/área e qual a população atendida em cada um destesequipamentos/unidades e programas mensalmente, esclarecendo se há demanda reprimida e porventura não atendida;c.3) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas cumuladas com remissão como forma de exclusão doprocesso, aplicadas pela Promotoria da Infância e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24meses;c.4) A relação integral de casos nos quais houve remissão cumulada com medidas socioeducativas em meio aberto, como forma de suspensãodo processo após a apresentação em juízo, e quais os respectivos índices de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.5) A relação integral de casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após todo o trâmite do processo de conhecimento ("Açãosocioeducativa"), indicando quais os índices de aplicação de medidas de internação, semiliberdade, liberdade assistida, prestação de serviços àcomunidade, reparação de danos, advertência e correspondentes às medidas do art. 101, incisos I a VI, da Lei nº 8.069/90 e qual o respectivoíndice de cumprimento integral e de descumprimento nos últimos 24 meses;c.6) elaborar gráfico analítico identificando:c.6.1) se em todos os casos nos quais houve aplicação de medidas socioeducativas após a formação dos processos (guias) de execução emqual prazo foram encaminhadas cópias pela autoridade judiciária à direção do programa de atendimento socioeducativo para elaboração doPlano Individual de Atendimento;c.6.2) se houve elaboração de Plano Individual de Atendimento em todos os casos levantados nas alíneas c.3 a c.5;c.6.3) se todos os Planos Individuais de Atendimento foram elaborados no prazo legal e, em caso negativo; qual o índice de casos nos quais osPIAs não foram elaborados dentro do prazo legal;c.7) Deverá também:c.7.1) elaborar gráfico analítico apontando o índice de prazo imposto em todos os casos levantados nos últimos 24 meses para as medidasintegralmente cumpridas e para as medidas descumpridas, a fim de verificar a observância aos princípios da intervenção precoce e da brevidadeprevistos no artigo 100, par. único, inciso VI e artigo 35, inciso V da Lei nº 12.594/2012 (respectivamente);c.7.2) elaborar gráfico analítico identificando quais medidas socioeducativas em meio aberto obtiveram maior índice de cumprimento efetivo equais obtiveram maior índice de descumprimento (indicando os programas/entidades responsáveis por sua respectiva execução);c.7.3) elaborar gráfico analítico identificando quais programas de atendimento (governamentais ou não governamentais) obtiveram maior índicede cumprimento em meio aberto e quais obtiveram maior índice de descumprimento.c.7.4) elaborar gráfico analítico identificando quais os valores mensais e anuais destinados aos programas de atendimento (governamentais ounão governamentais) que obtiveram maior índice de cumprimento em meio aberto e qual o montante de recursos destinados aos que obtiverammaior índice de descumprimento.d) CONTINUIDADE DO MAPEAMENTO DAS CONDIÇÕES DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTOd.1) Em relação aos programas de atendimento, o CMDCA deverá elaborar diagnóstico identificando, nos termos do artigo 11 da Lei nº12.594/2012, se todos - governamentais ou não governamentais - observaram em seus planos/projetos político-pedagógicos:d.2) a exposição das linhas gerais dos métodos e técnicas pedagógicas, com a especificação das atividades de natureza coletiva;d.3) a indicação da estrutura material, dos recursos humanos e das estratégias de segurança compatíveis com as necessidades da respectivaunidade;d.4) regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deverá constar, no mínimo:

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3.8. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ALTOS/PI2277

d.4.1) o detalhamento das atribuições e responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe técnica e dos demaiseducadores;d.4.2) a previsão das condições do exercício da disciplina e concessão de benefícios e o respectivo procedimento de aplicação; ed.4.3) a previsão da concessão de benefícios extraordinários e enaltecimento, tendo em vista tornar público o reconhecimento ao adolescentepelo esforço realizado na consecução dos objetivos do plano individual;d.5) a política de formação dos recursos humanos;d.6) a previsão das ações de acompanhamento do adolescente após o cumprimento de medida socioeducativa;d.7) a indicação da equipe técnica, cuja quantidade e formação devem estar em conformidade com as normas de referência do sistema e dosconselhos profissionais e com o atendimento socioeducativo a ser realizado; ed.8) a adesão ao Sistema de Informações sobre o Atendimento Socioeducativo, bem como sua operação efetiva.e) Fixa-se o prazo para coleta de tais informações de 6 meses, contados a partir do recebimento da presente Portaria pela Municipalidade e peloCMDCA.4) Das etapas de discussão, formatação, conclusão e aprovação do Plano:a) Após a coleta destas informações (marco situacional/diagnóstico), ou seja, da chegada do último relatório contendo todos os dados acimacitados, a Municipalidade deverá criar uma comissão intersetorial, composta, no mínimo, de técnicos e profissionais das áreas relacionadas noartigo 8º, da Lei nº 12.594/2012 (saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e capacitação para o trabalho), que irão elaborar a minutado Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que será posteriormente encaminhada ao CMDCA local.A referida comissão terá o prazo de 6 meses para discussão, elaboração, conclusão e aprovação da minuta do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo a ser encaminhado ao CMDCA para oportuna apreciação e recusa, complementação ou aprovação;b) Durante esse período de reuniões/sessões ordinárias para discutir, elaborar, formatar, concluir e aprovar o Plano Municipal, a Municipalidadedeverá promover, no mínimo, 2 Audiências Públicas (em respeito aos princípios da democracia participativa e da publicidade - previstos nosartigos 37, caput, 227, § 7o e 204, inciso II, todos da Constituição Federal) em local que permita o maior acesso do público do Município possível,em horário que não conflite com o horário de expediente útil, conferindo ampla e prévia publicidade (de 15 dias de antecedência) pela imprensaoficial, pela mídia local, encaminhando ofício de ciência à Comissão Temática da Câmara Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);b.1) a primeira será prévia: para dar publicidade sobre o processo de discussão e elaboração do Plano Municipal, em período de no máximo 60dias após a aprovação da Resolução de Criação da Comissão Intersetorial incumbida de elaboração do Plano.b.2) a segunda será conclusiva: para dar publicidade sobre o término do processo, com apresentação do diagnóstico e conclusões da Comissãoresponsável pela elaboração do Plano - em prazo não superior a 60 dias após finalizado o diagnóstico e apresentadas as conclusões pelarespectiva Comissão.c) Após a realização da segunda Audiência Pública, a Municipalidade terá o prazo máximo de 90 dias para realização de reuniões/sessõesordinárias e, se necessário, extraordinárias, para encaminhamento do projeto de Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo que deverá serencaminhando no prazo máximo de 30 dias após concluídas todas as etapas na esfera de gestão do Município ao CMDCA para sua oportunarecusa, cobrança de complementação de dados ou aprovação, com ofício de relatório conclusivo para ciência à Comissão Temática da CâmaraMunicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (conforme artigo 8o, par. único da Lei nº 12.594/2012);d) Sem prejuízo da preservação da imagem e do princípio da privacidade, que no processo de elaboração do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo sejam também ouvidos os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, na perspectiva de colher subsídios às açõesgovernamentais que serão implementadas;5) Das etapas de apreciação e eventual aprovação do Plano perante o CMDCATendo em vista a necessidade de conclusão do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no prazo anteriormente mencionado, semprejuízo do amplo debate e do reordenamento institucional inerentes ao processo de elaboração, o Ministério Público recomenda:a) Após aprovada a minuta do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo pela Comissão Intersetorial instituída pelo Governo Municipal,deverá referido instrumento ser encaminhado no prazo máximo de 30 dias ao CMDCA para sua apreciação;a.1) O Presidente do CMDCA deverá submeter o projeto de Plano ao colegiado na primeira sessão/reunião ordinária seguinte, ou, se necessário,convocar reunião/sessão extraordinária para apreciação do referido instrumento;a.2) O Colegiado deverá decidir pela recusa, necessidade de complementação ou aprovação, mediante decisão devidamente fundamentada emotivada;a.3) Para tomada da decisão respectiva, o Colegiado poderá solicitar informações adicionais aos técnicos responsáveis pela elaboração daminuta do Plano e também a outros profissionais com atuação na área infantojuvenil;a.4) Nas hipóteses de recusa e/ou necessidade de complementação o CMDCA deverá, incontinenti, reencaminhar o Projeto, com cópia da ata dedeliberação da reunião/sessão do CMDCA à Comissão Intersetorial da Municipalidade que deverá cumprir o quanto contido na decisão daqueleConselho Gestor e devolvê-lo para nova apreciação do CMDCA no prazo mais breve possível;a.5) Em caso de aprovação, o CMDCA deverá encaminhá-lo à Municipalidade, visando obter do Chefe do Executivo sua inclusão nas propostasorçamentárias a serem aprovadas para os exercícios seguintes (Lei Orçamentária Anual - LOA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e PlanoPlurianual - PPA) e para que inicie sua efetiva implementação., se necessário com o remanejamento de recursos de outras áreas, observado, emqualquer caso, o princípio da prioridade absoluta à criança e ao adolescente e, em especial, ao disposto no artigo 4º, caput e par. único, alíneas"c" e "d", da Lei nº 8.069/90;a.6) Todas as etapas do processo de discussão do Plano deverão ser divulgadas com antecedência devida junto à comunidade, assimcomunicadas oficialmente ao Ministério Público, Poder Judiciário e Conselho Tutelar local;6) Não havendo prejuízo ao interesse público, envie-se via ofício, cópia da presente Portaria, à Municipalidade e ao COMDICA, informando ainstauração deste Inquérito Civil no sistema SIMP.Dos ofícios encaminhados à Municipalidade e ao COMDICA deverá constar que o nãoatendimento de elaboração e implementação do Plano Municipal poderá ensejar o ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público paraque o Poder Judiciário obrigue a Municipalidade a promover todas as medidas necessárias destinadas a elaborar e implementar uma efetivaPolítica Municipal de Atendimento Socioeducativo, sem prejuízo de eventual ação de responsabilização civil e administrativa, inclusive por ato deimprobidade, em face dos agentes públicos omissos.7) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração de Inquérito Civil, arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoriade Justiça;8) Envie-se cópia desta Portaria ao Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente; à Justiça da Infância e daJuventude local; a todos os CREAS; CRAS, CAPS e entidades que executam programas de atendimento socioeducativo em meio aberto doMunicípio de Campo Maior-PI; ao CEDCA/PI; ao CONANDA; à Secretaria de Direitos Humanos, noticiando a instauração deste Inquérito Civil (afim de garantir a publicidade da atuação ministerial);9) Cumpra-se as determinações supra no prazo máximo de cinco dias, e com as respostas da Municipalidade nos autos, tornem conclusos.Campo Maior-PI, 10 de abril de 2018.CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de Justiça da Infância e Juventude

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3.9. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PARNAÍBA/PI2279

PORTARIA Nº 18/2018PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 06/2018A 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ALTOS, no uso de suas atribuições legais, observando a RESOLUÇÃO nº 174/2017 do CNMP em seu art.08º, IV e seguintes;CONSIDERANDO a necessidade de acompanhar a realização do CONCURSO PÚBLICO para diversos cargos pelo MUNICÍPIO DE ALTOSdeflagrado através do EDITAL nº 01/2018 cuja responsabilidade pela realização será da EMPRESA CRESCER CONSULTORIA, selecionadaatravés da CONCORRÊNCIA nº 01/2017;CONSIDERANDO que se faz necessário que a seleção seja a mais transparente possível, com ampla publicidade e cumprimento da legislação,propiciando aos candidatos segurança de um certame impessoal e isento de favoritismos ou perseguições;CONSIDERANDO que cabe ao MINISTÉRIO PÚBLICO, nos termos do art. 129, II e III da Carta Magna zelar pelo efetivo respeito dos PoderesPúblicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia epromover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos ecoletivos;RESOLVE deflagrar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para pleno acompanhamento de todas as fases do certame público acimamencionado, tomando todas as medidas necessárias no sentido de apurar denúncias de eventuais irregularidades no seu curso.Cumpra-se o contido no despacho anexo. Publique-se. Registre-se. Dê-se ciência à CRESCER CONSULTORIA e ao MUNICÍPIO DE ALTOS,especificamente ao PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO, Dr. TALMY TÉRCIO RIBEIRO DA SILVA JÚNIOR.Cumpra-se.Altos, 11 de Abril de 2018.PAULO RUBENS PARENTE REBOUÇASPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 0 1 /2018NOTIFICANTE: 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ALTOSNOTIFICADO: EXMO. SR. PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO NA CONDIÇÃO DE PRESIDENTE DA COMISSÃO DO CONCURSOPÚBLICO DEFLAGRADO ATRAVÉS DO EDITAL Nº 01/2018 DE ALTOS E CRESCER CONSULTORIAO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pelo Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, combase no artigo 129 e segs. da Carta Magna , e ainda:CONSIDERANDO o disposto no art. 127, caput, da Constituição Federal, onde se vislumbra que o Ministério Público é "instituição permanente,essencial à função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais eindividuais indisponíveis";CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública,bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para adoção das providênciascabíveis;CONSIDERANDO a deflagração do EDITAL nº 01/2018 pelo MUNICÍPIO DE ALTOS que trata de CONCURSO PÚBLICO organizado pelaCRESCER CONSULTORIA para diversos cargos públicos;CONSIDERANDO que chegou ao conhecimento desta Promotoria através de Vereadores deste Município que o EDITAL publicado não observa oteor da LEI MUNICIPAL nº 109/2004 que prevê a OBRIGATÓRIA inclusão de PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DAS LEISBÁSICAS DO MUNICÍPIO DE ALTOS(Lei Orgânica Municipal, Estatuto dos Servidores Públicos Municipais, Plano de Cargos e Salários dosServidores Públicos Municipais e do Magistério, Código de Posturas do Município, Código de Obras do Município e Código Tributário doMunicípio);CONSIDERANDO que o concurso público, na lição de Eugênio Raúl ZAFFARONI, "é o único procedimento democrático conhecido paraselecionar os candidatos tecnicamente mais qualificados para qualquer função que requeira alto grau de profissionalidade". (ZAFFARONI. E.Raúl. Dimnensión política de um Poder Judicial democrático, Boletin, n. 37, Comissión Andina de Juristas, 1993);CONSIDERANDO que "a Constituição Federal ao consagrar o princípio da legalidade administrativa como vetor da administração pública, prevêuma ação administrativa nos estritos limites dos dispositivos legais;RESOLVE RECOMENDAR: Ao Presidente da Comissão do Concurso Público e à Crescer Consultoria LTDA que, observado o não atendimentodo disposto na LEI MUNICIPAL nº 109/2004, que PROMOVA A REPUBLICAÇÃO do EDITAL nº 01/2018 incluindo PROVA DECONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DAS LEIS BÁSICAS DO MUNICÍPIO DE ALTOS(Lei Orgânica Municipal, Estatuto dos Servidores PúblicosMunicipais, Plano de Cargos e Salários dos Servidores Públicos Municipais e do Magistério, Código de Posturas do Município, Código de Obrasdo Município e Código Tributário do Município no conteúdo Programático), suprindo a falha na publicação original;Concede-se o prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento desta Recomendação, para resposta acerca das providências tomadas para ocumprimento do recomendado.Altos, 11.04.2018PAULO RUBENS PARENTE REBOUÇASPromotor de Justiça

NOTÍCIA DE FATO Nº. 000008-065/2017REQUERIDO(S): MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PIPROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de notícia de falta de fornecimento de receita médica em posto de saúde do Município de Parnaíba-PI.I- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARESNa data de 23 de junho de 2017, compareceu a 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba o Sr. Benedito Luiz Pereira, para noticiar a ausência deentrega de receitas médicas no posto de saúde do Bairro Alto Santa Maria, fato este que impossibilitou a aquisição dos medicamentos da suacompanheira.O noticiante juntou cópia do boletim de ocorrência registrado no 2º Distrito Policial de Parnaíba-PI, que trata do mesmo objeto.II- ANÁLISE DO CASOFoi expedido o Ofício N°. 002-07/2017, direcionado ao Secretário de Saúde do Município, solicitando informações sobre a disponibilização dereceitas médicas nos postos de saúde de Parnaíba.Por meio doOfício N°. 121/SESA/2017, foi encaminhado relatório da Unidade Básica de Saúde Alto Santa Maria - Módulo 22, consta dessedocumento que no dia 19 de junho de 2017, foi feita uma visita domiciliar na casa da Sra. Maria da Conceição, acamada e com sequela deAcidente Vascular Cerebral - AVC, no momento da consulta o esposo da paciente solicitou um medicamento que é prescrito em receituário azul,os chamados "remédios controlados".Conforme exposto no relatório, naquele momento a equipe não dispunha do receituário, tendo o médico orientado o noticiante a buscar a receitana unidade em dias posteriores.Na unidade de saúde não havia bloco de receitas, o médico responsável pelo setor solicitou novos blocos à secretaria de saúde, porém, quandoo noticiante chegou ao posto de saúde o receituário não havia chegado, ocasião em que, segundo consta no relatório, o Sr. Benedito teria sido

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grosseiro com os profissionais que lá estavam, e não teria retornado ao local para obter as receitas, que já estariam sendo entregues.Por meio de contato telefônico o noticiante confirmou que estava recebendo regularmente o receituário de que necessita.Considerando que o artigo 4º, inciso II, da Resolução N°. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, determina que a notícia de fatoseja arquivada quando o fato narrado já se encontrar solucionado.Considerando que o fato que ensejou a instauração dessa notícia de fato não mais persiste, ratifico a postura do arquivamento.III- CONCLUSÃOEm razão de todo o exposto, e com fundamento no artigo 4º, inciso II, da Resolução Nº. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público,determino o arquivamento desta Notícia de Fato.Conforme determina o § 1°, do artigo 4°, na Resolução N°. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, o noticiante será cientificadoda decisão de arquivamento, cabendo recurso no prazo de 10 (dez) dias.Parnaíba (PI), 10 de abril de 2018.______________________________________DR. CRISTIANO FARIAS PEIXOTOTitular da 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PIEm substituição na 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PINOTÍCIA DE FATO Nº. 000008-065/2018REQUERIDO(S): MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI.PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de notícia de possíveis irregularidades na nomeação de servidora para cargo em comissão na administração pública do Município deParnaíba-PI.I- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARESNa data de 16 de janeiro de 2018, compareceu à 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba, o Sr. Ernande Oliveira Souza para noticiar possível atode nepotismo por parte do prefeito deste município ao nomear para o cargo de Superintendente de Desenvolvimento Institucional, a Sra. IsabelleFortes Souza, que, segundo o noticiante, seria sua sobrinha.II- ANÁLISE DO CASOAtravés do Ofício N°. 013-01/2018, foi questionado ao Prefeito de Parnaíba qual o seu grau de parentesco com a nomeada, qual o cargo por elaocupado e qual a sua formação acadêmica.Por meio do Ofício N°. 04/2018, a Procuradoria Geral do Município informou que a Sra. Isabelle Fortes Souza é filha de um sobrinho do Prefeito,o que configura parentesco em quarto grau, a mesma foi nomeada, através da Portaria N° 87/2017, para o cargo de Superintendente deDesenvolvimento Institucional, lotada na Secretária Municipal de Gestão, possuindo formação superior em Administração.Com fundamento no artigo 38, da Lei Orgânica do Município de Parnaíba, que estabelece a iniciativa exclusiva do Prefeito quanto à criação deleis que disponham sobre a criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica,bem como a criação, estruturação e atribuições das secretarias ou departamentos equivalentes, foi expedido o Ofício Nº 023-01/2018, solicitandoao Procurador Geral do Município cópias das leis de criação da Secretaria Municipal de Gestão e do cargo de Superintendente deDesenvolvimento Institucional.Através do Ofício Nº 09/2018, foi enviada cópia da Lei Complementar N°. 020, de 31 de dezembro de 2012, que através do capítulo III, seção I,trata das finalidades e atribuições da Secretária de Gestão e dispõe no artigo 25, § 3º, da criação do cargo de Superintendente deDesenvolvimento Institucional.A Súmula Vinculante N°. 13, estabelece que:A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridadenomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo emcomissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. (grifonosso)A relação de parentesco entre o Prefeito de Parnaíba e a nomeada é de quarto grau, já que esta é filha de um sobrinho daquele, o que não violaa Constituição Federal, de acordo com a súmula transcrita. Além disso, a Secretaria de Gestão e o cargo de Superintendente deDesenvolvimento Institucional encontram previsão legal na Lei Complementar N° 020, de 31 de dezembro de 2012.Considerando que o artigo 4º, inciso I, da Resolução N°. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público determina que a notícia de fatoseja arquivada quando o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público.Considerando que não restou configurado o nepotismo na nomeação da servidora Isabelle Fortes Souza, bem como que a Secretaria e o Cargode lotação possuem previsão legal, ratifico a postura do arquivamento.III- CONCLUSÃOEm razão de todo o exposto, e com fundamento no artigo 4º, inciso I, da Resolução Nº. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público,determino o arquivamento desta Notícia de Fato.Conforme determina o § 2°, do artigo 4°, na Resolução N°. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, a cientificação doarquivamento é facultativa no caso da Notícia de Fato ter sido encaminhada ao Ministério Público em face de dever de ofício.Parnaíba (PI), 10 de abril de 2018.______________________________________DR. CRISTIANO FARIAS PEIXOTOTitular da 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PIEm substituição na 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PINOTÍCIA DE FATO Nº. 000065-065/2018REQUERIDO(S):Município de Parnaíba-PI.PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de requerimento para inclusão de família no Programa "Minha Casa, Minha Vida".I- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARESNo dia 06 de março de 2018, a Sra. Valcleane Sales de Araújo compareceu a 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba, para apresentar notícia deque as casas do Programa Social "Minha Casa, Minha Vida", no Residencial Dunas, estavam desocupadas, e que ela e sua família não possuemresidência própria, manifestando interesse em participar do programa social, no intuito de ter a possibilidade de ser contemplada com um imóvel.II- ANÁLISE DO CASONo dia 09 de março de 2018, foi enviado o ofício N°. 024-03/2018 à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania, solicitando arealização de estudo social da noticiante, a fim de que fosse apurada a possibilidade de sua inclusão nos próximos sorteios do programa social.Por meio do ofício Nº 023/SEDESC/2018 foi comunicada a realização do estudo social da família, além disso, foi juntada certidão do ato realizadono dia 23 de março de 2018.Com relação a noticia de casas desocupadas no Residencial Dunas, foi enviado o Ofício N°. 012-04/2018 à Gerência da Caixa EconômicaFederal, entidade responsável pela gestão do programa federal, para que fosse realizada a fiscalização dos imóveis.Considerando que o artigo 4°, inciso II, da Resolução N°. 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público determina que a notícia de fatoseja arquivada quando o fato narrado já se encontrar solucionado.

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3.10. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINA/PI2280

Considerando que foi realizado o estudo social da família, sendo o que este órgão ministerial pode fazer, tendo em vista não ser atribuição doMinistério Público Estadual participar da gestão do Programa "Minha Casa, Minha Vida", ratifico a postura de arquivamento.III- CONCLUSÃOEm razão de todo o exposto, e com fundamento no artigo 4º, inciso II, da Resolução Nº. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público,determino o arquivamento desta Notícia de Fato.Como determina o § 1º, da mesma resolução, a noticiante será cientificada da decisão de arquivamento, cabendo recurso no prazo de 10 (dez)dias.Parnaíba (PI), 10 de abril de 2018._______________________________________DR. CRISTIANO FARIAS PEIXOTOTitular da 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PIEm substituição na 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PINOTÍCIA DE FATO Nº. 000071-065/2018REQUERIDO(S):Município de Parnaíba-PI.PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de notícia de paciente que necessita de medicamento para tratamento desaúde.I- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARESNo dia 21 de março de 2018, a Sra. Eunice da Silva Pinto apresentou notícia junto a esta Promotoria de Justiça, acerca da necessidade, por partede seu Cônjuge, o Senhor Hermes José dos Santos Pinto, dos medicamentos Neupro 04mg e 08 mg, prescritos pelo seu médico.A noticiante fez o requerimento administrativo da medicação, masfoi informada de que os medicamentos solicitados não constam na RENAME,não sendo disponibilizado em nenhum Programa da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. E que, desta forma, a Secretária Municipal dasaúde de Parnaíba está impossibilitada de atender ao seu pedido.II- ANÁLISE DO CASOConforme determina a Constituição Federal de 1988, a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação.Considerando que o artigo 4°, inciso II, da Resolução N°. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público determina que a notícia de fatoseja arquivada quando o fato narrado já tiver sido objeto de investigação judicial.Considerando que foi protocolada na 4ª Vara da Comarca de Parnaíba-PI, ação judicial através do Processo N°. 0800771-44.2018.8.18.0031,para que o Município e o Estado sejam obrigados a fornecer o medicamento à noticiante, de acordo com a prescrição médica, ratifico a posturade arquivamento.III- CONCLUSÃOEm razão de todo o exposto, e com fundamento no artigo 4º, inciso II, da Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público,determino o arquivamento desta Notícia de Fato.Como determina o § 1º, da mesma resolução, o noticiante será cientificado da decisão de arquivamento, cabendo recurso no prazo de 10 (dez)dias.Parnaíba (PI), 09 de abril de 2018._______________________________________DR. CRISTIANO FARIAS PEIXOTOTitular da 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PIEm substituição na 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PINOTÍCIA DE FATO Nº. 000075-065/2018REQUERIDO(S):Universidade Estadual do Piauí.PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de notícia de fato referente ao cancelamento da matrícula curricular de aluna do curso de Odontologia da Universidade Estadual doPiauí, Campus de Parnaíba-PI.I- CONSIDERAÇÕES PRELIMINARESNo dia 14 de março de 2018, a estudante Iasmin Alves de Araújo Aquino noticiou que estava regularmente matriculada no curso, tendopendências em apenas 02 (duas) disciplinas, mas sem poder flexibilizar, em razão de acusação do sistema, quanto ao cancelamento de suamatrícula.II- ANÁLISE DO CASOFoi encaminhado em 27 de março de 2018, Ofício Nº. 054-03/2018, à Diretoria do Campus, solicitando informações sobre a situação acadêmicada aluna, que, segundo seu entendimento, estaria apta a cursar o 5º período, mas foi informada pela coordenação do curso de odontologia que,em razão de pendências, deveria repetir o 3º.Em resposta, a Diretoria encaminhou o Ofício Nº. 018/2018, com o histórico acadêmico, histórico simples, e quadro de horários, em anexo,explicando que a aluna não poderia ser matriculada nas disciplinas do 5º período, em razão de não cumprir os requisitos nos termos doregimento interno da universidade.No memorando Nº. 016/2018, da Procuradoria Jurídica da UESPI, consta que a aluna poderia flexibilizar as disciplinas pendentes, com asressalvas de que não havia disponibilidade de horários, por falta de professor e pela falta de oferta de uma das disciplinas. Foi, ainda,mencionado que a aluna poderia ser reintegrada, cabendo adaptação escolar na forma do regimento, tendo sido apresentado atestado médicoque comprovava que a aluna tinha seu desempenho acadêmico afetado por transtornos psicológicos.Considerando que o artigo 4°, inciso I, da Resolução N°. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público determina que a notícia de fatoseja arquivada quando o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos difusos tutelados pelo MinistérioPúblico, o arquivamento da notícia de fato é medida que se impõe.III- CONCLUSÃOEm razão de todo o exposto, e com fundamento no artigo 4º, inciso I, da Resolução Nº. 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público,determino o arquivamento desta Notícia de Fato.Como determina o § 1º, da mesma resolução, a noticiante será cientificada da decisão de arquivamento, cabendo recurso no prazo de 10 (dez)dias.Parnaíba (PI), 05 de abril de 2018._______________________________________DR. CRISTIANO FARIAS PEIXOTOTitular da 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PIEm substituição na 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PI

CORREIÇÃO INTERNA

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3.11. 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PIRIPIRI2283

PORTARIA nº 002/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 01ª Promotoria de Justiça de Esperantina, por seu Promotor de Justiça Titular, Dr.Raimundo Nonato Ribeiro Martins Júnior,no uso das atribuições legais e:CONSIDERANDO que, nos termos do art. 5º, do ATO CONJUNTO PGJ/CGMP-PI Nº 01, de 13.01.2017, os Promotores de Justiça deverãorealizar anualmente, no mês de fevereiro, correição interna na Promotoria de Justiça na qual estejam oficiando, preenchendo os relatórios eplanilhas integrantes dos anexos do aludido Ato Normativo;CONSIDERANDO que se faz necessária a constante aferição dos serviços ministeriais visando o seu aperfeiçoamento;CONSIDERANDO que a última Correição Ordinária na 01ª Promotoria de Justiça de Esperantina ocorreu no primeiro semestre do ano de 2017,RESOLVE:Art. 1º. DESIGNAR o dia 28 de fevereiro de 2018, às 8:00 hs, na Sala da 01ª Promotoria de Justiça de Esperantina, localizada na PraçaDiógenes Rebêlo, n° 338, Centro, Esperantina - PI, para início dos trabalhos da CORREIÇÃO INTERNA na referida Promotoria de Justiça, quecompreenderá o período de 28 de fevereiro a 29 de março de 2018, no horário das 7 às 14h.Art. 2º. Os trabalhos de correição serão presididos pelo Promotor de Justiça Raimundo Nonato Ribeiro Martins Júnior, assessorado pelaservidora Rayane Márvin Ribeiro Brito(Assessora de Promotor de Justiça), e realizados nas dependências da Unidade Ministerial, abrangendo aatividade deste Órgão nos últimos 12 (doze) meses.Art. 3º. A presente Correição Interna deverá ser instruída com cópia da ata de instalação dos trabalhos assinada pelo Promotor de Justiça,servidores e demais presentes ao ato, bem como de todos os documentos relativos aos trabalhos correicionais, relatório conclusivo e ata deencerramento, devidamente assinada pelos presentes.Parágrafo único. O Procurador-Geral de Justiça e o Corregedor-Geral do Ministério Público serão formalmente comunicados da realização daCorreição Interna.Art. 4º. Durante o período de Correição Interna será fixada no átrio da 01ª Promotoria de Justiça de Esperantina a informação clara e destacadade que a referida Promotoria se encontra em correição, para recebimento de reclamações, críticas e sugestões.Art. 5º. A Correição consistirá, dentre outros atos, em:I - examinar os arquivos, pastas, livros, procedimentos, papéis e demais documentos existentes na 01ª Promotoria de Justiça de Esperantina,colhendo relatório de atos praticados;II - adotar todas as medidas saneatórias, necessárias à regularização dos serviços;III - elaborar relatório conclusivo da correição, do qual deverão constar as ocorrências verificadas e providências adotadas.Parágrafo único. É vedada a suspensão e a quebra da normalidade dos serviços de atribuição da 01ª Promotoria de Justiça de Esperantinadurante a correição.Art. 6º. Cópia do relatório conclusivo, instruída com cópia das relações e planilhas a que se refere o art. 5º, ATO CONJUNTO PGJ/CGMP-PI Nº01/2017, será enviada à Procuradora Geral de Justiça e à Corregedora Geral do Ministério Público.Publique-se. Registre-se. Dê-se ciência e Cumpra-se.Esperantina - PI, 28 de fevereiro de 2018.Esperantina (PI), 28 de fevereiro de 2018.Raimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de Justiça Titular da 01ª Promotoria de EsperantinaRespondendo pela 02ª Promotoria de Esperantina

PORTARIA Nº 77/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça de Piripiri(PI), com fundamento no art. 129, inc. III,da Constituição Federal e art. 37da Lei Complementar nº 12/93 e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (artigo 127, caput, da Constituição Federal);CONSIDERANDO a Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público, a qual estabelece no art. 9º que o ProcedimentoAdministrativo deverá ser instaurado por portaria sucinta;CONSIDERANDO o recebimento do Requerimento do Sr. Francisco Jean da Silva Oliveira, o qual solicita providências do Ministério Público pararesolução de demanda com o Sr. Márcio Kleiton em razão de perturbação de sossego público.RESOLVE instaurar o Processo Administrativo nº 68/2018, registrado no SIMP sob o nº 103-076/2018, a fim de obter solução à demanda,determinando de imediato:a) o registro no SIMP e a autuação da presente Portaria, encaminhando-se cópia da mesma ao DOEMP/PI a fim de conferir a publicidade exigidapelo artigo 9º da Resolução n° 174/2017 do CNMP;b) a juntada do Requerimento do Sr. Francisco Jean da Silva Oliveira e demais documentos;c) o envio de ofícios/notificação para dar ciência sobre a instauração do PA e/ou a realização de audiência.Posteriormente, retornem os autos para análise e ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se, e autue-se.Piripiri, 09 de abril de 2018.Nivaldo RibeiroPromotor da 3ª Promotoria de JustiçaPORTARIA Nº 78/2018OEXMO.SR.DR. NIVALDO RIBEIRO, Promotor de Justiça titular da 3ª Promotoria de Justiça dos Direitos Difusos e Coletivos de Piripiri, no usode suas atribuições legais e constitucionais, especialmente escudado nos incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, do art. 5º, da Lei Complementar Estadualn° 36/2004 e ainda,Considerando que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);Considerando que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, orespeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como atransparência e a harmonização das relações consumeristas, atendidos, entre outros, o princípio da harmonização dos interesses dosparticipantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico etecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base naboa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores (art. 4º, da Lei nº 8.078/90);Considerando que os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem informaçõessobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial, conforme § 4º do art. 55, da Lei Consumerista Pátria;Considerando que chegou ao conhecimento desta Promotoria de Justiça dos Direitos Difusos e Coletivos denúncia de que a empresa ExpressoGuanabara não atendeu adequadamente o consumidor Francisco Costa Lima e não prestou os devidos esclarecimentos para que fosserealizada denúncia em desfavor da empresa, tendo sido negado o direito de informação do consumidor, configurando portanto possível afronta àlegislação consumerista;

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3.12. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE GILBUÉS/PI2284

Considerando que constitui dever do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON - criar mecanismos como forma deharmonizar as relações de consumo, fiscalizando o fiel cumprimento da legislação consumerista;Considerando ainda a necessidade de dar tratamento coletivo à presente notícia, a fim de inibir posteriores condutas nesta circunscrição,no sentido de prestar serviço público de maneira eficiente e adequada. (art. 6º, inciso X e art. 22, ambos do CDC).RESOLVE:I- Instaurar o Processo Administrativo nº 69/2018 - Simp nº 104-076/2018, a fim de obter solução para a denúncia apresentada pelosconsumidores em possível afronta à legislação consumerista;II - Determinar a expedição de NOTIFICAÇÃO à demandada para que apresentem defesa no prazo legal de 15 (quinze) dias ou compareça emaudiência, devendo se manifestar ainda sobre outros pontos que possam esclarecer o objeto do presente feito, inclusive propondo soluçãoconciliatória para sanar a lesão em comento, na forma do art. 18 da Lei Complementar Estadual nº 36/04, contados processualmente de suanotificação;III - Determinar oficiar a Coordenação Geral do PROCON/MPPI para o conhecimento da instauração do presente feito.Determino, no mais, a instauração do presente processo administrativo, nos termos do art. 14, da Lei Complementar Estadual nº 36, de 09 dejaneiro de 2.004, c/c a Lei nº 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor).Teresina-PI, 10 de abril de 2018.Nivaldo RibeiroPromotordeJustiça

PORTARIA Nº 063/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Gilbués, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "a", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93, e,CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil público e a ação civil pública para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, CF);CONSIDERANDO que administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade (artigo 37 da Consituição da República);CONSIDERANDO que cabe ao Prefeito Municipal zelar pelos bens públicos sob sua administração e adotar as medidas necessárias a reavê-losde quem injustante os possua ou, na impossibilidade de retomada da propriedade/posse, a obter o respectivo ressarcimento;CONSIDERANDO que tramita, na Promotoria de Justiça de Gilbués/PI, o Procedimento Preparatório de Inquérito Civil nº 11/2015 (SIMP000385-208/2017), que visa apurar possíveis desídia da Administração Pública do Município de São Gonçalo do Gurguéia na adoção dasmedidas necessárias à reivindicação de bens públicos (postes, cabos e materiais integrantes da rede de transmissão elétrica que ligavaa Zona Urbana à Localidade "Barreiros") indevidamente incorporados pela ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO PIAUÍ;CONSIDERANDO que os aludidos bens foram removidos e entregues à ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO PIAUÍ por empresa(ALTERNATIVA DISTRIBUIÇÃO LTDA) por ela contratada para substituição da aludida rede elétrica;CONSIDERANDO que, para reaver os bens municipais indevidamente incorporados, o Município moveu ação judicial apenas contraALTERNATIVA DISTRIBUIÇÃO LTDA. E que a ausência promoção da responsabilização civil da ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO PIAUÍpode vir a causar danos ao patrimônio público municipal;CONSIDERANDO o teor da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), bem como o da Resolução nº 01/2008,Colégio de Procuradores de Justiça do Piauí (CPJ/PI), que regulamentam a instauração e tramitação do inquérito civil e do procedimentopreparatório;CONSIDERANDO que o prazo estabelecido na aludida Resolução para conclusão do Procedimento Preparatório em comento se exauriu,havendo necessidade de continuidade da investigação,RESOLVEI- CONVERTER, EM INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, O PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 011/2015 (SIMP 000385-208/2017);II- NOMEAR a servidora Laís Cristina Neiva de Sousa, ocupante do Cargo de Assessor de Promotor de Justiça nesta Promotoria de Justiça deGilbués, para funcionar como Secretária neste Procedimento de Inquérito Civil, diligenciando o cumprimento das determinações, bem comozelando pelo respeito ao prazo para conclusão do Procedimento;III- DETERMINAR:1. A autuação da presente Portaria juntamente com os autos da Notícia de Fato supracitada, registrando-se no sistema eletrônico(SIMP) e em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. A afixação de Cópia desta Portaria no saguão da sede da Promotoria de Justiça de Gilbués/PI, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,para fins de divulgação e conhecimento público;3. A remessa, por meio eletrônico, de cópia da presente portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de ApoioOperacional de Combate a Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP), para conhecimento, conforme disposto no art. 6°, §1°, daResolução nº 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;4. A remessa de cópia da presente Portaria ao Setor de Publicações do Ministério Público, para fins de publicação no diário eletrônico doMPPI e divulgação no sítio eletrônico da instituição;5. A expedição de Recomendação ao atual Prefeito do Município de São Gonçalo do Gurguéia para que promova, em nome doMunicípio, a ação judicial cabível contra a ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO PIAUÍ para fins de reivindicar a restituição dos bensmunicipais por ela indevidamente incorporados, ou, subsidiariamente, o ressarcimento respectivo. De já, fixa-se o prazo de 30 dias,contados do recebimento da Recomendação, para que o gestor destinatário informe a esta Promotoria de Justiça acerca do respectivocumprimento, sob pena de adoção das medidas judiciais para responsabilização pela desídia;Após o cumprimento das diligências acima mencionadas voltem os autos conclusos para novas deliberações.Comunicações de praxe. Cumpra-se.Gilbués - PI, 27 de março de 2018.José Sérvio de Deus BarrosPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 064/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Gilbués, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "a", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93, e,CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil público e a ação civil pública para a proteção do patrimôniopúblico e social e dos interesses difusos e coletivos (art. 129, III, CF);CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças eadolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;CONSIDERANDO que administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

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3.13. 12ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA/PI2285

Municípios deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade (artigo 37 da Consituição da República);CONSIDERANDO que cabe ao Prefeito Municipal zelar pelos bens públicos sob sua administração e adotar as medidas necessárias àconservação;CONSIDERANDO que o artigo 208, inciso VII, o artigo 54, VII da Lei 8069/90 e o artigo 4°, VIII da Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional) dispõem que o direito à educação será efetivado mediante a garantia de atendimento ao educando com transporte, além dematerial didático-escolar, alimentação e assistência à saúde;CONSIDERANDO que tramita, na Promotoria de Justiça de Gilbués/PI, o Procedimento Preparatório de Inquérito Civil nº 15/2014 (SIMP000646-208/2017), que visa apurar: a) problemas estruturais supostamente existentes Escola Municipal São José, bem como omissãoda Administração Pública do Município de Gilbués na adoção das medidas necessárias à reforma estrutural da Unidade; b) supostaomissão da Administração Pública no fornecimento de merenda escolar aos alunos matriculados na mencionada Unidade Escolar;CONSIDERANDO que a omissão ou o fornecimento irregular da merenda escolar constitui grave violação ao direito fundamental à alimentaçãodas crianças e adolescentes matriculados na rede pública de ensino estadual, em afronta ao dever inscrito no artigo 227 da CRFB e artigo 4° daLei 8069/90;CONSIDERANDO o teor da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), bem como o da Resolução nº 01/2008,Colégio de Procuradores de Justiça do Piauí (CPJ/PI), que regulamentam a instauração e tramitação do inquérito civil e do procedimentopreparatório;CONSIDERANDO que o prazo estabelecido na aludida Resolução para conclusão do Procedimento Preparatório em comento se exauriu,havendo necessidade de continuidade da investigação,RESOLVEI- CONVERTER, EM INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, O PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 015/2014 (SIMP 000646-208/2017);II- NOMEAR a servidora Laís Cristina Neiva de Sousa, ocupante do Cargo de Assessor de Promotor de Justiça nesta Promotoria de Justiça deGilbués, para funcionar como Secretária neste Procedimento de Inquérito Civil, diligenciando o cumprimento das determinações, bem comozelando pelo respeito ao prazo para conclusão do Procedimento;III- DETERMINAR:1. A autuação da presente Portaria juntamente com os autos da Notícia de Fato supracitada, registrando-se no sistema eletrônico(SIMP) e em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. A afixação de Cópia desta Portaria no saguão da sede da Promotoria de Justiça de Gilbués/PI, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,para fins de divulgação e conhecimento público;3. A remessa, por meio eletrônico, de cópia da presente portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de ApoioOperacional de Defesa de Infância e Juventude (CAODIJ), ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC) e ao Centro de Apoio Operacional de Combate a Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP), para conhecimento,conforme disposto no art. 6°, §1°, da Resolução nº 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;4. A remessa de cópia da presente Portaria ao Setor de Publicações do Ministério Público, para fins de publicação no diário eletrônico doMPPI e divulgação no sítio eletrônico da instituição.Após o cumprimento das diligências acima mencionadas voltem os autos conclusos para novas deliberações.Comunicações de praxe. Cumpra-se.Gilbués - PI, 27 de março de 2018.José Sérvio de Deus BarrosPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 065/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante in fine assinado, com atuação na Promotoria de Justiça deGilbués, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, da Constituição Federal e arts. 25, IV e 26, I, da Lei nº8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), e,CONSIDERANDO que a Lei nº 12.527, de 18.11.2011 (Lei de Acesso à Informação) e a Lei Complementar nº 131, de 27.05.2009 (Lei daTransparência), dispõem sobre mecanismos de acesso à informação e controle social;CONSIDERANDO que tramita nesta Promotoria o Inquérito Civil Público nº 08/2014 (SIMP 000394-208/2017) para apuração de supostaausência de implantação, por parte da Prefeitura Municipal de Barreiras do Piauí, do Portal da Transparência;CONSIDERANDO que os elementos de prova contidos nos autos são insuficientes para subsidiar adequada atuação do Ministério Público, sendoimprescindível a realização de diligências para esclarecimento do fato investigado;CONSIDERANDO o teor da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), bem como o da Resolução nº 01/2008,Colégio de Procuradores de Justiça do Piauí (CPJ/PI), que regulamentam a instauração e tramitação do inquérito civil e do procedimentopreparatório;RESOLVE:PRORROGAR, por 01 (um) ano, o prazo para conclusão do Inquérito Civil Público nº 08/2014 (SIMP 000394-208/2017);NOMEAR a servidora Lais Cristina Neiva de Sousa, ocupante do Cargo de Assessor de Promotor de Justiça, para funcionar comoSecretária neste Inquérito Civil, diligenciando o cumprimento das determinações, bem como zelando pelo respeito ao prazo para conclusão doProcedimento;DETERMINAR:1. A juntada da presente Portaria aos autos, anotando-se a prorrogação no sistema eletrônico (SIMP) e no Livro onde se acha registradoo Inquérito Civil prorrogado;2. A afixação de Cópia desta Portaria no saguão da sede da Promotoria de Justiça de Gilbués/PI, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias,para fins de divulgação e conhecimento público;3. A remessa, por meio eletrônico, de cópia da presente portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, para conhecimento,conforme determina a Resolução nº 23/2007-CNMP (art. 9º, caput) e a Resolução nº 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estadodo Piauí (art. 23, caput);4. A Remessa de cópia da presente Portaria ao Setor de Publicações do Ministério Público, para fins de publicação no diário eletrônicodo MPPI e divulgação no sítio eletrônico da instituição.Comunicações de praxe. Arquive-se cópia desta Portaria em Pasta Própria.Cumpra-se.Gilbués/PI, 27 de março de 2018.José Sérvio de Deus BarrosPromotor de Justiça

PORTARIA nº 50/2018Inquérito Civil Público Nº 04/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, no uso das atribuições previstas nos arts.

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3.14. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SANTA FILOMENA/PI2287

129, III, da CF/88 e art. 25, inciso IV, alínea "a", da Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público);CONSIDERANDOque é função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, da CF/88);CONSIDERANDOque, nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17/09/2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público investido da atribuição a propositura da ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que o artigo 197, também da Constituição Federal estabelece que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre a sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO o inciso III, do artigo 5º da Lei Nº 8080/90: a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção erecuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas;CONSIDERANDO notícia de fato instaurada, a fim de apurar teor de representação anônima contra o corpo diretivo do Hospital Infantil LucídioPortela;CONSIDERANDO o teor do Ofício N° 00614/2017 da Controladoria Geral do Estado e o Ofício n°108/18 do Tribunal de Contas do Estado doPiauí;CONSIDERANDO o vencimento do prazo para a conclusão da Notícia de Fato (NF) Nº 43/2017 e que é necessário dar continuidade a discussãodo seu objeto;CONSIDERANDOque o inquérito civil, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta de elementosprobatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEConverter a Notícia de Fato em Inquérito Civil Público Nº 04/2018, a fim de apurar teor de representação anônima contra o corpo diretivodo Hospital Infantil Lucídio Portela, e determinando desde logo:1- Cumprir as diligências relacionadas no termo de audiência;2- Requisitar a Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares - FEPISERH:2.1- relação do pessoal lotado no HILP, com o nome do cargo (indicando alei de criação, forma de provimento), inclusive terceirizados com onome do cargo ocupado;2.2- redimensionamento do quadro de pessoal, com especificação do número de servidores para o bom funcionamento de cada setor;2.3- lista dos credores do HILP, com a informação se há pagamentos em atraso;2.4- requisitar auditoria pela Fundação Municipal de Saúde para averiguar a assistência a saúde, com verificação de todos os serviçoscontratados, produtividade, não implantação e irregularidades detectadas nos setores que comprometem a assistência à saúde, com envio noprazo de 30 dias;2.5 - folha de pagamento de salários, incluindo mutirões e plantões;3-Publicação da presente Portaria na imprensa oficial;4-Nomeação da Sra. Jaqueline Miranda Lopes, para secretariar este inquérito civil.Arquive-secópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 28 de março de 2018.KARLA DANIELA FURTADO MAIA CARVALHOPromotora de Justiça - 12ª PJ

PORTARIA Nº 11/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Santa Filomena, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "a", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93, e,CONSIDERANDO que tramita, na Promotoria de Justiça de Santa Filomena, a Notícia de Fato nº 07/2016, na qual se imputa ao Sr.Gilberto Enio Salomani Sobrinho o desmatamento de área (702 hectares, 44 ares e 78 centiares) de vegetação arbórea nativa, semautorização do órgão ambiental competente;CONSIDERANDO que o fato noticiado ocorreu na Fazenda "Até que Enfim", situada no Município de Santa Filomena, e foi constatado,no dia 16.04.2008, por agentes do IBAMA, os quais lavraram o auto de infração nº 508545, que deu suporte à instauração do processoadministrativo nº 02020.000309/2008-52/IBAMA/MMA-GEREX I/PI;CONSIDERANDO que "Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadiaqualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"(Constituição Federal, art. 225, caput);CONSIDERANDO que a preservação de florestas nativas é indispensável ao equilíbrio ecológico e que o agronegocio tem avançado noscerrados piauienses, promovendo o desmatamento e a superexploração do meio ambiente;CONSIDERANDO que a doutrina e a jurisprudência pacificaram o entendimento de que, independentemente de não estar expresso em textolegal, a imprescritibilidade do direito à reparação de dano ambiental resulta do caráter indisponível do interesse transindividual ao meio ambienteecologicamente equilibrado,CONSIDERANDO que é função institucional e dever do Ministério Público instaurar procedimento administrativo e inquérito civil, na forma da lei,para a proteção, prevenção e reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético,histórico e paisagístico e outros interesses difusos, coletivos e individuais indisponíveis e homogêneos (CF, art. 129, caput, inciso III; e Lei nº8.625/93, art. art. 25, inciso IV, alínea a);CONSIDERANDO as normas que disciplinam a instauração e tramitação do Inquérito Civil e do Procedimento Preparatório (Resolução CNMP nº023/2007; e Resolução nº 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí),RESOLVEI- INSTAURAR INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO para apuração do dano ambiental relatado na Notícia de Fato nº 07/2016, com vistas asubsidiar a atuação Ministerial no sentido da responsabilização civil do causador;II- NOMEAR a servidora Laís Cristina Neiva de Sousa, ocupante do Cargo de Assessor de Promotor de Justiça nesta Promotoria de Justiça,para funcionar como Secretária neste Procedimento de Inquérito Civil, diligenciando o cumprimento das determinações, bem como zelandopelo respeito ao prazo para conclusão do Procedimento;

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4. PERÍCIAS E PARECERES TÉCNICOS []

4.1. EXTRATO DE CONVÊNIO2274

III- DETERMINAR:1. A autuação da presente Portaria juntamente com os autos da Notícia de Fato supracitada, registrando-se no sistema eletrônico(SIMP) e em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. A afixação de Cópia desta Portaria no saguão da sede da Promotoria de Justiça de Santa Filomena, pelo prazo mínimo de 30 (trinta)dias, para fins de divulgação e conhecimento público;3. A remessa, por meio eletrônico, de cópia da presente ao Conselho Superior do Ministério Público, bem como ao CAO de Defesa doMeio Ambiente (CAOMA) e ao CAO de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP), para conhecimento, conformedisposto no art. 6°, §1°, da Resolução nº 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;4. A remessa de cópia da presente Portaria ao Setor de Publicações do Ministério Público, para fins de publicação no diário eletrônicodo MPPI e divulgação no sítio eletrônico da instituição;5. Remessa dos autos à Assessoria para elaboração de minutas de Termo de Ajustamento de Conduta e de ação civil pública;Após o cumprimento das diligências acima mencionadas voltem os autos conclusos para novas deliberações.Comunicações de praxe.Cumpra-se.Santa Filomena - PI, 27 de março de 2018.José Sérvio de Deus BarrosPromotor de JustiçaTitular da PJ de GilbuésRespondendo pela PJ de Stª FilomenaPORTARIA Nº 012/2018O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante in fine assinado, com atuação na Promotoria de Justiça de SantaFilomena, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, da Constituição Federal e arts. 25, IV e 26, I, da Leinº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), e,CONSIDERANDO que tramita, na Promotoria de Santa Filomena, o Inquérito Civil Público nº 01/2012 que visa: a) a apuração de supostaomissão da Defensoria Pública do Estado Piauí no que tange à falta de designação e/ou comparecimento de Defensor Público paraatuar na Comarca de Santa Filomena; b) a apuração da legitimidade da Atuação do Núcleo de Assistência da Advocacia do Cidadão,mantido pela Município de Santa Filomena;CONSIDERANDO que, no ano de 2017, a Comarca de Santa Filomena foi agregada à de Gilbués;CONSIDERANDO o teor da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), bem como o da Resolução nº 01/2008,Colégio de Procuradores de Justiça do Piauí (CPJ/PI), que regulamentam a instauração e tramitação do inquérito civil e do procedimentopreparatório;RESOLVE:PRORROGAR, por 01 (um) ano, o prazo para conclusão do Inquérito Civil Público nº 01/2012;NOMEAR a servidora Lais Cristina Neiva de Sousa, ocupante do Cargo de Assessor de Promotor de Justiça, para funcionar comoSecretária neste Inquérito Civil, diligenciando o cumprimento das determinações, bem como zelando pelo respeito ao prazo para conclusão doProcedimento;DETERMINAR:1. A juntada da presente Portaria aos autos, anotando-se a prorrogação no sistema eletrônico (SIMP) e no Livro onde se acha registradoo Inquérito Civil prorrogado;2. A afixação de Cópia desta Portaria no saguão da sede da Promotoria de Justiça de Santa Filomena/PI, pelo prazo mínimo de 30(trinta) dias, para fins de divulgação e conhecimento público;3. A remessa, por meio eletrônico, de cópia da presente portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, para conhecimento,conforme determina a Resolução nº 23/2007-CNMP (art. 9º, caput) e a Resolução nº 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estadodo Piauí (art. 23, caput);4. A Remessa de cópia da presente Portaria ao Setor de Publicações do Ministério Público, para fins de publicação no diário eletrônicodo MPPI e divulgação no sítio eletrônico da instituição;5. A Requisição de Informações à Defensoria Pública do Estado do Piauí, em especial acerca dos motivos da ausência de DefensorPúblico designado para atuar na Comarca de Gilbués, seja em caráter exclusivo seja em acumulação com outra Comarca;6. A Requisição de Informações e Documentos à Prefeitura Municipal de Santa Filomena, notadamente: a) cópia da lei municipal decriação e regulamentação do órgão municipal denominado Advocacia do Cidadão; b) Relação de todos os advogados e servidores queatuaram e que atuam no referido órgão, devendo ser remetidas cópia dos respectivos atos de investidura (nomeação e posse) ou deadmissão (contratos de prestação de serviços) nomeação, desde a instalação até a presente data.Comunicações de praxe. Arquive-se cópia desta Portaria em Pasta Própria.Cumpra-se.Santa Filomena/PI, 27 de março de 2018.José Sérvio de Deus BarrosPromotor de JustiçaTitular da PJ de GilbuésRespondendo pela PJ de Stª Filomena

REFERÊNCIA:CONVÊNIO N°15/2018PARTES:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ-MPPI/ CNPJ n°05.805.924/0001-89;FACULDADE MARANHENSE SÃO JOSÉ DOS COCAIS/ CNPJ n°05.957.429/0001-95;REPRESENTANTES:Cleandro Alves de Moura/ Diretoria Faculdade Maranhense São José dos Cocais;OBJETO:Proporcionar aos estudantes regularmente matriculados e com frequência efetiva nos cursos de graduação ou formação daCONVENIADA e a oportunidade de realização de estágio na CONVENENTE, visando aprimoramento profissional em complemento do processoensino e aprendizagem de competências próprias da atividade profissional e a contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento doeducando para a vida cidadã e para o trabalho.VIGÊNCIA:10 de abril de 2018 a 10 de abril de 2023.FUNDAMENTO LEGAL:Lei n°8.666/93 e suas alterações, Lei n°11.778/2008 e suas alterações.DATA DA ASSINATURA: 10 de abril de 2018.TABELA UNIFICADA:920385

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4.2. EXTRATO DE TERMO DE COOPERAÇÃO 2282

5. LICITAÇÕES E CONTRATOS []

5.1. AVISO DE LICITAÇÃO2268

5.2. AVISO DE LICITAÇÃO2281

6. GESTÃO DE PESSOAS []

6.1. PORTARIAS RH/PGJ-MPPI2286

PROCEDIMENTO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA:9.504/2018.

REFERÊNCIA: TERCEIRO ADITIVO AO TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA N°02/2015PARTES:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ-MPPI/ CNPJ n°05.805.924/001-89;PREFEITURA MUNICIPAL DE CARACOL-PI/ CNPJ n°06.553.622/0001-23;REPRESENTANTES: Cleandro Alves de Moura; Gilson Dias de Macedo Filho;OBJETO: Constitui objeto do instrumento a alteração do Termo de Cooperação Técnica ora aditado para prorrogá-lo com finalidade contínuamelhoria técnica dos serviços oferecidos pela Procuradoria de Justiça à população.VIGÊNCIA: 01 de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2018.FUNDAMENTO LEGAL: Lei n°8.666/93 e suas alterações.DATA DA ASSINATURA: 18 de dezembro de 2017.TABELA UNIFICADA: 920385PROCEDIMENTO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA: 2885/2015.

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 03/2018OBJETO: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços securitários para 18 (dezoito) veículos de propriedade do MP-PI, comcobertura contra danos materiais e corporais resultantes de sinistros de roubo ou furto, colisão e incêndio, danos causados pela natureza, eassistência 24 (horas) em todo o território nacional, conforme as especificações contidas no Termo de Referência (anexo I).TIPO: Menor Preço;TOTAL DE LOTES: Lote I (18 veículos);VALOR TOTAL: R$ 45.672,12 (quarenta e cinco mil e seiscentos e setenta e dois reais e doze centavos)ENDEREÇO: www.licitacoes-e.com.brEDITAL DISPONÍVEL: a partir de 13 de abril de 2018 no site WWW.MPPI.MP.BR, no link Licitações e Contratos, Saiba sobre as licitações doMPPI, e no site WWW.LICITACOES-E.COM.BR.Início do Acolhimento das Propostas: 13 de abril de 2018, às 12:00 (horário de Brasília/DF);Abertura das Propostas: 26 de abril de 2018, às 09:00 (horário de Brasília/DF);Data e Horário da Disputa: 26 de abril de 2018, às 11:00 (horário de Brasília/DF);DATA: 11 de abril de 2018.

TOMADA DE PREÇOS Nº 01/2018OBJETO: Seleção da proposta mais vantajosa para a contratação de serviços profissionais de engenharia civil, para a prestação de serviços deauditoria em orçamento, execução de projeto e aditivos, relativos às obras de médio porte de construção de Promotorias de Justiça deParanaíba-PI e Floriano-PI, de acordo com as especificações técnicas discriminadas no anexo I do edital (Projeto Básico).TIPO: Técnica e PreçoTOTAL DE LOTES: Lote Único (01 item).VALOR TOTAL: R$14.713,00 (catorze mil e setecentos e treze reais)CADASTRAMENTO PRÉVIO: Até o dia 11 de maio de 2018DATA DA ABERTURA/HORA: Dia 15 de maio de 2018, às 09:00 (horário local)LOCAL: Coordenadoria de Licitações e Contratos, localizada no 1º andar do edifício sede da Procuradoria-Geral de Justiça, situada na RuaÁlvaro Mendes, nº2294, Centro, Teresina-PI.INFORMAÇÕES: (86)3221-3055/3194-8715/ [email protected]: 11 de abril de 2018Presidente da CPL: Afranio Oliveira da Silva

PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 255/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de acordo com o inciso I do art. 75 da Lei Complementar Estadual nº 13, de 03 de janeiro de 1994, licença médica aos servidoresdo Ministério Público do Piauí, na forma especificada no quadro abaixo:

Mat. Nome Dias Período

15306 KARLA GABRIELA DA SILVA VERAS 01 26/03/2018

16318 VIVIANE MARIA DE PADUA RIOS MAGALHAES 01 27/03/2018

15277 RAISSA BATISTA MELO 03 28 a 30/03/2018

357 HERLON DE LUCENA FEITOSA 05 28/03 a 01/04/2018

200 MOEMA ROCHA PIRES DE OLIVEIRA 01 28/03/2018

15054 CARLOS ALBERTO PAZ NETO 03 31/03 a 02/04/2018

378 ZELIA BEATRIZ MORAIS FERNANDES SOBRAL 12 02 a 13/04/2018

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225 EMANUELY SILVA COSTA 01 02/04/2018

176 AFRANIO OLIVEIRA DA SILVA 01 02/04/2018

16253 MARIA DA CONCEICAO UCHOA FREIRE 02 02 e 03/04/2018

1521 DANIEL BARBOSA SILVA 04 03 e 06/04/2018

15325 GABRIELA KARPEJANY PEREIRA SOUSA 01 03/04/2018

379 SUSANA MAYRA BARROSO SILVA 11 04 a 14/04/2018

146 LIVIA JANAINA MONCAO LEODIDO BRITTO 01 06/04/2018

Retroaja-se os efeitos da presente Portaria ao dia 26 de março de 2018.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 256/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de acordo com o inciso II do art. 75 da Lei Complementar Estadual nº 13, de 03 de janeiro de 1994, licença médica por motivo dedoença em pessoa da família, na forma especificada no quadro abaixo:

Mat. Nome Dias Período

256 THYAGO JOSE PEREIRA JANUARIO 01 02/04/2018

118 FERNANDA SANTOS SOUSA LIMA 02 05 a 06/04/2018

Retroaja-se os efeitos da presente Portaria ao dia 02 de abril de 2018.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 257/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso III, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER 01 (um) dia e meio de folga, nos dias 05 e 06 de abril de 2018, à servidora comissionada MARIANA MARTINS REIS, Assessorade Promotoria de Justiça, matrícula nº 15291, lotada junto à 22ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, como forma de compensação em razão docomparecimento ao Plantão Ministerial do dia 24/02/2018, sem que recaiam descontos sob o seu auxílio alimentação, retroagindo seus efeitos asdatas mencionadas.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 258/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I e II, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:Art. 1º Conceder férias aos servidores, relativas ao período aquisitivo 2017/2018, na forma especificada no quadro abaixo:

PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS FEVEREIRO/2018

CONCESSÃO DE FÉRIAS

MAT. NOME DIAS PERÍODO

16077 FRANCISCO RODRIGUES DE CARVALHO 30 05/03 a 03/04/2018

FRACIONAMENTO DE FÉRIAS

MAT. NOME DIAS PERÍODO

348 ARIEL VICTOR OLIVEIRA DOS SANTOS 10 19 a 28/03/2018

15160 FABIO MORAIS PAZ 11 02 a 12/03/2018

16283 LUIZ GONZAGA BONA 14 22/03 a 04/04/2018

ANTECIPAÇÃO DE FÉRIAS

MAT. NOME DIAS PERÍODO

16583 JACYENE SUZANE DE RESENDE COSTA 10 07 a 16/03/2018

15020 JADER GABRIEL ROCHA PATRASANA 12 16 a 27/03/2018

137 LIANA CARVALHO SOUSA 10 12 a 21/03/2018

15018 PAULO IBERE LEITE DA C R JUNIOR 10 12 a 21/03/2018

16288 RONALDO MATOS PINHEIRO CORREIA 10 01 a 10/03/2018

122 SHAIANNA DA COSTA ARAUJO 17 12 a 28/03/2018

ADIAMENTO DE FÉRIAS

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MAT. NOME DIAS PERÍODO

341 CAMILLA DE SOUSA REBOUCAS ARRUDA 10 19 a 28/03/2018

304 CARLA DANIELLE MACHADO FONTINELE 10 19 a 28/03/2018

15054 CARLOS ALBERTO PAZ NETO 10 19 a 28/03/2018

306 JOAO VICTOR ROLIN SARAIVA 10 19 a 28/03/2018

15203 LARISSA MARIA SOARES MARTINS 15 14 a 28/03/2018

356 RICARDO BEZERRA PRIMO 12 05 a 16/03/2018

282 ROSELAINE SILVA DE LIMA 15 16 a 30/03/2018

Art. 2º Retroagir os efeitos da presente portaria ao dia 01 de março de 2018, revogadas as disposições em contrário.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 259/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 10 de maio de 2018 a 08 de junho de 2018, 30 (trinta) dias de férias à servidora EMANUELY SILVA COSTA, TécnicaMinisterial, matrícula nº 225, lotada junto à Coordenadoria de Perícias e Pareceres Técnicos, suspensas anteriormente por meio da Port.RH/PGJ-MPPI Nº 105/2017, referentes ao período aquisitivo 2016/2017.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 260/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 23 de abril de 2018 a 07 de maio de 2018, 15 (quinze) dias de férias ao servidor comissionado BABYNGTON LIMA COSTA,Assessor de Promotoria de Justiça, matrícula nº 15137, lotado junto à Promotoria de Justiça de Guadalupe-PI, já tendo fruído 15 (quinze) diasanteriormente conforme Port. RH/PGJ-MPPI Nº 978/2017, referentes ao período aquisitivo 2016/2017.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 261/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 02 a 16 de maio de 2018, 15 (quinze) dias de férias ao servidor FRANCISCO WCHARLITO DOS SANTOS QUEIROZ, TécnicoMinisterial, matrícula nº 318, lotado junto à Coordenadoria de Apoio Administrativo, já tendo fruído 15 (quinze) dias anteriormente conforme Port.RH/PGJ-MPPI Nº 985/2017, referentes ao período aquisitivo 2016/2017.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 262/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso II, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:SUSPENDER, em virtude da necessidade do serviço, 30 (trinta) dias de férias da servidora comissionada LAIS CRISTINA NEIVA DE SOUSA,Assessora de Promotoria de Justiça, matrícula nº 15168, lotada junto à Promotoria de Justiça de Gilbués-PI, marcadas anteriormente para operíodo de 02 a 31//05/2018, conforme escala de férias publicada no Diário Oficial Eletrônico do MP/PI nº 81 de 12 de dezembro de 2017 pormeio da Port. RH/PGJ-MPPI Nº 1041/2017, referentes ao período aquisitivo de 2017/2018.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 263/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso III, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER 01 (um) dia de folga, no dia 13 de abril de 2018, ao servidor FRANCISCO JORGE LEAL FILHO, Analista Ministerial, matrícula nº241, lotado junto à 6ª Promotoria de Justiça de Picos-PI, como forma de compensação em razão do comparecimento ao Plantão Ministerial do dia11/07/2015, sem que recaiam descontos sob o seu auxílio alimentação.Teresina (PI), 11 de abril de 2018.FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos HumanosRepublicação por incorreção.PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 244/2018O COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foi delegadapelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 18 a 27 de abril de 2018, 10 (dez) dias de férias à servidora MONALLYSA DUARTE DE OLIVEIRA, Técnica Ministerial,matrícula nº 296, lotada no Núcleo das Promotorias Criminais de Floriano-PI, já tendo fruído 10 (dez) dias anteriormente conforme Port. RH/PGJ-MPPI Nº 908/2017, ficando os 10 (dez) dias restante para fruição em data oportuna, referentes ao período aquisitivo 2016/2017.Teresina (PI), 28 de março de 2018.

Diário Eletrônico do MPPIANO II - Nº 148 Disponibilização: Quarta-feira, 11 de Abril de 2018 Publicação: Quinta-feira, 12 de Abril de 2018

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FRANCISCO MARIANO ARAÚJO FILHOCoordenador de Recursos Humanos

Diário Eletrônico do MPPIANO II - Nº 148 Disponibilização: Quarta-feira, 11 de Abril de 2018 Publicação: Quinta-feira, 12 de Abril de 2018

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