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ESTADO DO PARANÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPOTI SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 2015/2025

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ESTADO DO PARANÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARAPOTI

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

2015/2025

BRAZ RIZZI

Prefeito

ROSI ROGENSKI FERREIRA

Vice-Prefeita

Gestão 2013 – 2016

COORDENAÇÃO GERAL DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ROSI ROGENSKI FERREIRA – Secretária Municipal de Educação e Cultura

COMISSÃO COORDENADORA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Ademir Aparecido Moreira Aldréia Kubaski Perez Alessiana Muller Barbosa Cacilda de Oliveira Carmen Carolina Corodel Soares Daniele Nunes de Azevedo da Silva Denilsi Teresinia de Paula Casado Diego dos Santos Matos Erica de Mello Castro Coimbra Everthon Gonçalves Macan Geci de Oliveira Guiomar de Fátima Salto Pereira Jeovane Varela Joel Apolônio Júnior Josane Andrade de Oliveira Josélia Cristina Carneiro Ferreira Lucinéia Custódio de Oliveira Silva Luiz Carlos Cordeiro da Silva Luiz Mateus Carneiro Márcia de Oliveira Márcia Regina Grechi Nilce José de Souza Lobo Osmair Antonio da Silva Samuel Paes de Almeida Sebastiana Isabel dos Santos Silmara de Almeida de Oliveira Silvana de Souza Sílvio de Jesus Trindade Sônia Aparecida Machado EQUIPE TÉCNICA ELABORADORA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Franciele Stein Raphael Kênia Lobo Pedroso de Aquino Leandro Furquim Luana Cordeiro de Souza Márcia Cristina de Souza Nilva Aparecida Quirino Kubaski Roseli Barros Direne Tamiris Cristina Goes Almeida Valéria Gouveia

Secretaria de Estado da Educação

Ana Maria de Souza – Técnica Pedagógica - NRE: Wenceslau Braz Geci de Oliveira – Documentador escolar - NRE: Wenceslau Braz

Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná – APP

Mirtes Brizola – Representante da APP em Arapoti- PR.

Poder Legislativo Municipal Silvio de Jesus Trindade - Representante da Comissão de Educação

Conselho Municipal do FUNDEB

Osmair Antonio da Silva

Conselho Municipal da Criança e do Adolescente Nilce José de Souza Lobo

Conselho Tutelar

Luiz Mateus Carneiro

Prefeitura Municipal de Arapoti-PR Plano Municipal de Educação de Arapoti / Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Arapoti: 2015 166 p. 1.Educação 22. Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Arapoti-Pr I, Título.

APRESENTAÇÃO

A educação enquanto fenômeno sociopolítico traduz interesses e objetivos

dos diferentes grupos sociais e econômicos, interferindo diretamente em todas as

relações estabelecidas na sociedade.

A partir dessa premissa, a educação enquanto instrumento de intervenção na

realidade, pode e deve ser utilizada para promover relações sociais mais igualitárias,

capazes de elevar o nível de aprendizado de nossos alunos, e mais ainda de

conhecimento de todo um povo, ampliando a participação destes em relação ao

mundo do trabalho, às relações sócio culturais, oportunizando o pleno exercício da

cidadania.

Nessa perspectiva, a escola que queremos é a escola plural, acolhedora,

cidadã que receba a todos, e muito mais que facilitar o acesso possa assegurar a

cada um o desenvolvimento de suas capacidades, ou seja, o sucesso no

aprendizado. Assim o desafio é estabelecer um Plano Municipal de Educação, que

sendo flexível e inovador, venha a possibilitar a valorização da diversidade e

amplitude das concepções e práticas educacionais.

Vale ressaltar que a escola, na participação democrática, deve ter como

objetivo principal possibilitar a todos, especialmente às classes populares, o acesso

ao conhecimento sistematizado, a fim de que este possibilite a participação ativa, de

todos, no processo de tomadas de decisão acerca dos direcionamentos da própria

escola, bem como nos diferentes setores da vida social.

Dessa forma, a escola, enquanto instituição legitimada para trabalhar as

questões acerca do pleno desenvolvimento humano, deve estar a serviço da

coletividade, sendo que deve exercer a sua função de promover a inserção social

dos indivíduos como cidadãos, tendo como fundamento para tal, a própria formação

cultural, que a escola se mostra apta a favorecer.

Nesse ínterim, a fim de que alcancemos as metas que queremos, para uma

educação de qualidade em nosso município, especialmente no que concerne as

ações pedagógicas, faz-se necessário a partir das atuais condições, concretas e

históricas e do comprometimento das instituições, escolas e órgãos governamentais,

com anseio de todas as camadas da população, e merecedora de uma educação de

qualidade, construir caminhos para que favoreçam a compreensão das relações

sociais, e, ao mesmo tempo, garantam o aprofundamento do saber em seus

diferentes significados, sendo esta uma das estratégias de participação comunitária,

que pode ser o diferencial na busca pela criatividade transformadora, buscando a

solidez de uma sociedade democrática, justa, participativa,consciente, igualitária e

autêntica, na qual todos tenham acesso às decisões e sejam integrantes ativos e

transformadores do meio social.

Para tal as metas apresentadas devem ser o retrato fiel do interesse coletivo

e demandam o repasse de recursos financeiros e o comprometimento efetivo com a

educação, especialmente no que se refere à alfabetização na idade certa, superação

do analfabetismo e da evasão escolar, além de conservar e ampliar os prédios

escolares e os recursos didáticos, entre outros.

Ao elaborar, este Plano Municipal de Educação, contando com a participação

direta e indireta dos diferentes setores da sociedade, busca-se fundamentar a

concepção de educação no conhecimento pleno da realidade vivenciada, nos

questionamentos oportunizados e na discussão e debates dos problemas e

dificuldades enfrentados, bem como nas soluções apresentadas.

A operacionalização deste apresenta direta relação com o comprometimento

daqueles que apresentam possibilidades e vontade política de efetivar as medidas e

tomadas de decisões no decorrer dos próximos anos, contando para tal com os

diferentes agentes, quer seja pessoas da comunidade ou representantes de setores

organizados da sociedade, no constante acompanhamento e fiscalização, numa

atuação crítica-reflexiva.

Assim, a escola que buscamos desenhar, neste PME, deve ser atualizada e

adequada, no que se refere à sua estrutura, métodos e técnicas pedagógicas, numa

atuação dinâmica, disciplinada, organizada devidamente revisto e aprovado, que

venha a propiciar uma convivência harmônica e benéfica, quer seja no

direcionamento para o mundo do trabalho, bem como as diferentes dimensões da

vida em sociedade, instrumentalizando o ser humano para a participação na

sociedade, com responsabilidade, solidariedade e coerência.

Secretária Municipal de Educação

Rosi Rogenski Ferreira

LISTA DE SIGLAS

APP = Associação de Professores do Paraná

Apae – Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais

Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CME – Conselho Municipal de Educação

CMDCA – Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente

Ceep – Centro Estadual de Educação Profissional

Conae – Conferência Nacional de Educação

Conaes – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior

EaD – Educação a Distância

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

EJA – Educação de Jovens e Adultos

Enade – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

Enem – Exame Nacional do Ensino Médio

Fies – Fundo de Financiamento Estudantil

Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IES – Instituições de Ensino Superior

Inep – Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira

Ipardes – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

Libras – Língua Brasileira de Sinais

MEC – Ministério da Educação e Cultura

NRE – Núcleo Regional de Educação

ONGs – Organizações Não Governamentais

PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional

PEE – Plano Estadual de Educação

PIB – Produto Interno Bruto

Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes

PME – Plano Municipal de Educação

PNE – Plano Nacional de Educação

PPA – Programa Paraná Alfabetizado

Prouni – Programa Universidade para Todos

Saeb – Sistema de Avaliação da Educação Básica

Saep – Sistema de Avaliação da Educação Básica do Paraná

Seed – Secretaria de Estado da Educação

Undime – União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Primeira Casa de Arapoti .................................................................. 19

FIGURA 2 – Fábrica Mãe .................................................................................... 19

FIGURA 3 - Carroção de transporte de madeira .................................................. 20

FIGURA 4 - Primeira Igreja católica construída em 1927 .................................... 20

FIGURA 5 – Símbolo da cultura holandesa ......................................................... 21

FIGURA 6 – Fábrica de Papel ............................................................................. 21

FIGURA 7- Recorte do Mapa político do Paraná ................................................. 22

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - Escolaridade dos educadores ...................................................... 39

GRÁFICO 2 - Distorção idade-série no Ensino Fundamental. ............................. 46

GRÁFICO 3 - Perfil da população/instrução ......................................................... 52

GRÁFICO 4 - Proficiência no Ensino Médio ......................................................... 53

GRÁFICO 5 – Formação dos docentes da Rede Municipal de Arapoti .............. 72

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1- Localização do Município de Arapoti no Estado do Paraná .......... 23

QUADRO 2 - Pirâmide etária do município de Arapoti-PR ................................... 24

QUADRO 3 - População Total, por Gênero, Rural/Urbana - Arapoti – PR ........... 24

QUADRO 4 - Desenvolvimento Humano e Renda ............................................ 27

QUADRO 5 - Indicadores da população alvo da educação Infantil que frequenta a escola. .................................................................................................................. 37

QUADRO 6 - População que frequenta o Ensino Fundamental e pessoas com 16 anos com o ensino Fundamental concluído. ....................................................... 44

QUADRO 7 - Taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental .......................................................................................................... 46

QUADRO 8- População na faixa etária do Ensino Médio que frequenta a escola 49

QUADRO 9 - Ensino Médio/EJA integrado ao profissionalizante. ...................... 51

QUADRO 10 - Alfabetização população com mais de 15 anos ........................... 51

QUADRO 11 - Escolaridade da população adulta ................................................ 53

QUADRO 12-Alunos de 4 a 17 anos com deficiências, que frequentam a escola 56

QUADRO 13 - Taxa de alfabetização e analfabetismo funcional em Arapoti ....... 59

QUADRO 14 - EJA integrada a Educação Profissional ........................................ 60

QUADRO 15 - Escolas e alunos da Educação Integral em Arapoti. .................... 65

QUADRO 16 - Escolaridade da população do Paraná, de 18 a 24 anos, na Educação Superior ................................................................................................................ 68

QUADRO 17 - Títulos de Mestrado e Doutorado concedido por ano no Paraná . 68

QUADRO 18 - Percentual de professores com graduação e pós-graduação atuantes na Educação Básica de Arapoti. .......................................................................... 71

QUADRO 19 - Razão entre salários de professores da Educação Básica e não professores, no Estado do Paraná. ...................................................................... 71

QUADRO 20 - Repasse e aplicação do FUNDEB, em 2014 ................................ 76

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Caracterização do Município ............................................................ 22

TABELA 2 - População/projeção .......................................................................... 25

TABELA 3 - IDH/PIB ............................................................................................ 25

TABELA 4 - Trabalho/setores econômicos........................................................... 26

TABELA 5 - Renda, Pobreza e Desigualdade - Arapoti – PR .............................. 27

TABELA 6 - Vulnerabilidade Social - Arapoti – PR ............................................... 28

TABELA 7 - Matrícula na Educação Infantil ......................................................... 36

TABELA 8 - População por faixa etária no município de Arapoti- Censo 2010 .... 37

TABELA 9 – Matrículas em 2014 ......................................................................... 38

TABELA 10 - Matricula inicial Educação Infantil – 2015 ....................................... 38

TABELA11 – matrículas no Ensino Fundamental – anos inicias .......................... 42

TABELA 12 - Matrículas em 2015 ........................................................................ 42

TABELA 13 - Matrículas no Ensino Fundamental - Anos finais ........................... 43

TABELA 14 - Distorção idade-série nas escolas de Arapoti em 2013 .................. 45

TABELA 15 - Proficiência do Ensino Fundamental ............................................. 47

TABELA 16 - Ideb Anos iniciais do Ensino Fundamental ..................................... 47

TABELA 17 - Ideb -Anos Finais Do Ensino Fundamental ................................... 48

TABELA 18 - Matrículas no Ensino Regular em Arapoti ...................................... 61

TABELA 19 - Dados da Escola do Campo de Calógeras em 2015 ...................... 63

TABELA 20 - Dados da Escola do Campo do Cerrado das Cinzas em 2015 ...... 64

TABELA 21 - Número de matrículas e professores no Ensino Superior Presencial de Arapoti .................................................................................................................. 69

TABELA 22 - Docentes e estabelecimento de ensino na Educação Básica ........ 72

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 17

1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ............................................................. 19

1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS ............................................................................. 19

1.2 ASPECTOS GEOGRÁFICOS ........................................................................ 22

1.3 ASPECTOS POPULACIONAIS ...................................................................... 23

1.4 ASPECTOS FÍSICOS-ECONÔMICOS........................................................... 24

1.5 ASPECTOS CULTURAIS ............................................................................... 28

1.6 ASPECTOS DESPORTIVOS ......................................................................... 30

1.7 CONSELHOS MUNICIPAIS .......................................................................... 31

2. EDUCAÇÃO BÁSICA ..................................................................................... 33

2.1. ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA ............................................................. 33

2.1.1. Educação Infantil ........................................................................................ 34

2.1.2. Ensino Fundamental .................................................................................. 40

2.1.3 Ensino Médio ............................................................................................... 49

2.2. MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA .................................................. 55

2.2.1 Educação Especial ..................................................................................... 55

2.2.2 Educação de Jovens e Adultos .................................................................. 58

2.2.3. Educação Profissional e Tecnológica ........................................................ 61

2.2.4. Educação Escolar do Campo/Rural ........................................................... 62

2.3. EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL .......................................................... 64

3. ENSINO SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO .................................................. 68

4. VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO .......................... 70

5. GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................................................................. 74

6. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO .............................................................. 75

7. METAS E ESTRATÉGIAS .............................................................................. 78

7.1. META 1 ........................................................................................................ 78

7.1.1. Estratégias ............................................................................................... 78

7.2. META 2 ........................................................................................................ 80

7.2.1. Estratégias ............................................................................................... 80

7.3. META 3 ........................................................................................................ 83

7.3.1. Estratégias ............................................................................................... 83

7.4. META 4 ........................................................................................................ 85

7.4.1. Estratégias ............................................................................................... 85

7.5. META 5 ........................................................................................................ 89

7.5.1. Estratégias ............................................................................................... 89

7.6. META 6 ........................................................................................................ 91

7.6.1. Estratégias ............................................................................................... 91

7.7. META 7 ......................................................................................................... 93

7.7.1. Estratégias ............................................................................................... 93

7.8. META 8 ........................................................................................................ 97

7.8.1. Estratégias ............................................................................................... 97

7.9. META 9 ........................................................................................................ 98

7.9.1. Estratégias ............................................................................................... 98

7.10. META 10 .................................................................................................... 99

7.10.1. Estratégias ............................................................................................. 99

7.11. META 11 .................................................................................................... 100

7.11.1. Estratégias ............................................................................................. 100

7.12. META 12 .................................................................................................... 102

7.12.1. Estratégias ............................................................................................. 102

7.13. META 13 .................................................................................................... 104

7.13.1. Estratégias ............................................................................................. 104

7.14. META 14 .................................................................................................... 105

7.14.1. Estratégias ............................................................................................. 105

7.15. META 15 .................................................................................................... 106

7.15.1. Estratégias ............................................................................................. 106

7.16. META 16 .................................................................................................... 107

7.16.1. Estratégias ............................................................................................. 107

7.17. META 17 .................................................................................................... 108

7.17.1. Estratégias ............................................................................................. 108

7.18. META 18 .................................................................................................... 109

7.18.1. Estratégias ............................................................................................. 109

7.19. META 19 .................................................................................................... 110

7.19.1. Estratégias ............................................................................................. 110

7.20. META 20 .................................................................................................... 112

7.20.1. Estratégias ............................................................................................. 112

8. IMPLEMENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO .... 113

9. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 114

ANEXOS .............................................................................................................. 118

17

INTRODUÇÃO

A construção do Plano Municipal de Educação do Município de Arapoti - PR

caracteriza-se por ser um processo democrático, participativo e de elaboração

coletiva que envolve segmentos educacionais e setores da sociedade.

A participação de diferentes entidades e instituições propicia refletir sobre as

metas e estratégias aprovadas na Lei n.º 13.005, de 25 de junho de 2014, que

aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE) com base nas discussões realizadas

na I Conferência Nacional de Educação (Conae), ocorrida em 2010 e considerada

marco na Educação brasileira por ser a primeira conferência na área que

estabeleceu mecanismos de planejamento educacional participativo com o propósito

de garantir a democratização da gestão e a qualidade da educação.

Além disso, com a aprovação do primeiro PNE, que vigorou entre 2001 e

2010, compromissos foram assumidos para que avanços significativos ocorressem

na Educação, reportando-se aos princípios e ideais postos por Anísio Teixeira, em

1932, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, dentre outros.

A Lei n.º 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), em

seu Art. 2.º, define como diretrizes para a Educação brasileira:

I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos(as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Segundo orientações do PNE, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

deverão, no prazo de um ano, construir ou adequar os seus respectivos Planos de

Educação, de forma alinhada entre as esferas, atuando em regime de colaboração

com o propósito de atendimento às metas nacionais.

18

Atendendo a determinação legal, pautada pelo interesse da Administração

Municipal em construir um Plano Municipal de Educação de forma científica,

estratégica e participativa, o presente documento busca estabelecer um novo

paradigma de educação para as escolas, representando um instrumento de apoio ao

processo de ensino-aprendizagem de forma coletiva e democrática, tendo como

objetivo principal “Proporcionar uma educação que atenda à pluralidade cultural no

mundo contemporâneo, reconhecendo que é responsabilidade da escola inserir o

indivíduo no universo cultural a partir da formação de um cidadão que se integre à

sociedade de forma solidária, crítica, no sentido de transformação”.

A educação que queremos demanda uma escola voltada para a formação

integral do cidadão, oportunizando que este compreenda e domine os processos de

construção e apropriação do conhecimento científico e tecnológico, buscando sua

realização pessoal, bem como o prepare para a vida, desperte o interesse em atuar

de forma crítica e consciente no meio em que se insere.

Portanto, a elaboração coletiva deste documento, além do cumprimento da

determinação constitucional e legislação decorrente, busca atender à necessidade

de sistematizar a organização da educação e ensino no município, em todos os

níveis e modalidades da Educação Básica, e, em todas as redes, a fim de

concretizar a oferta de serviços de melhor qualidade, evidenciando avanços

construídos ao longo do tempo e identificando lacunas que precisam maior atenção

nos próximos 10 anos, especialmente no que se refere aos níveis e modalidades de

competência municipal, como prevê a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional.

Assim, as metas foram reestruturadas de forma efetiva e direta, tendo em

vista que cabe ao município ofertar a Educação Infantil, Ensino Fundamental e suas

modalidades, ao passo que, nos demais níveis e modalidades, as metas serão

efetivadas na forma de regime de colaboração entre as entidades mantenedoras.

Destaca-se que, se faz necessário a articulação do Plano Municipal de Educação

com os demais instrumentos de planejamento municipal, como o Plano Plurianual

(PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA), o

Plano de Ações Articuladas (PAR), entre outros, sendo que este plano, como Projeto

de Lei, sujeita-se à aprovação da Câmara Municipal, sendo que as metas propostas

necessitam de regulamentação própria.

19

1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS

As origens históricas de Arapoti estão ligadas às das fazendas Jaguariaíva e

Capão Bonito.

Figura 1 - Primeira Casa de Arapoti1

Fonte: Arquivos de aulas de História local – Visita com alunos em 2014.

Estrategicamente localizado nos Campos Gerais seu chão foi perlustrado por

aventureiros, sertanistas e tropeiros desde o início do século XVII.

A colonização e a formação do sítio urbano ganharam consistência a partir de

1910, quando a Southern Brazil Lumber & Colonization instalou-se na região a fim

de montagem de uma fábrica de papel.

Figura 2 – Fábrica Mãe

Fonte: Arquivo de moradores da comunidade

1 Conhecida como a 1ª residência do Município, histórica casa que ficava na sede da Fazenda

Jaguariaíva do lendário povoador destas terras Coronel Luciano Carneiro Lobo, cujos campos eram ocupados por criatórios de gado e serviam como pouso para as tropas vindas do sul. A sede foi construída por Telêmaco Carneiro de Mello, proprietário da Fazenda Capão Bonito.

20

Este fato permitiu o estabelecimento de inúmeras famílias e pessoas que

ajudaram a compor a história do lugar, dentre os quais Saladino de Castro, Arcênio

de Latre e Antônio Salvador, que transportavam madeira em carroções.

Figura 3 - Carroção de transporte de madeira

Fonte: Arquivos da comunidade

A Lei Municipal n.º 02, de 8 de outubro de 1908, criou o Distrito Judiciário de

Cerrado, primeiro nome do lugar. Em 1912, iniciou-se a construção da estrada de

ferro cortando a Fazenda Capão Bonito, fato que atraiu muita gente à região.

Estabeleceram-se as famílias Alvares, Dias, Trigo, Pena, Esteves, Barros, Biscaia,

Tzaskos, Zelazowski, Michalowski, Vendrechoski e outras. O primeiro armazém foi

de Telêmaco Carneiro, em 1925. Em 1927, foi construída a primeira igreja.

Figura 4 - Primeira Igreja católica construída em 1927.

Fonte: Arquivos da Paróquia São João Batista.

No ano de 1913, foi inaugurada a estação ferroviária denominada

Cachoeirinha. O Decreto-Lei n.º 2.556, de 18 de dezembro de 1933, alterou a

denominação de Cerrado para Cachoeirinha. Em 7 de março de 1934, Cachoeirinha

passa a ser Distrito Administrativo de Jaguariaíva.

O Decreto-Lei Estadual n.º 199, de 30 de dezembro de 1943, alterou a

denominação de Cachoeirinha para Arapoti. O município de Arapoti foi criado

21

através da Lei Estadual n.º 253, de 26 de novembro de 1954, com território

desmembrado de Jaguariaíva, e instalado em 18 de dezembro de 1955.

Vivendo os ciclos econômicos do café produzido em grande escala na região

do Norte Pioneiro do Paraná, e o ciclo da madeira, recebeu, a partir de 1916,

imigrantes de origem espanhola, polonesa e outras.

Na década de 50 e 60, foi a vez da imigração holandesa, que fundou a

CAPAL - Cooperativa Agro-Industrial, integrante do grupo ABC do complexo Batavo,

transformou o município em um pólo de alta tecnologia em agricultura e

pecuária com destaque para a produção de soja, milho, trigo, suínos, frango

e gado holandês leiteiro de alta linhagem.

Figura 5 – Símbolo da cultura holandesa

Fonte: Prefeitura Municipal de Arapoti – PR

Nos anos 80 a construção da fabricante de papel e celulose Inpacel Indústria

LTDA fez surgir no município uma das mais modernas indústrias papeleiras do país.

Nas mesmas instalações já passou a International Papel e atualmente, num novo

complexo industrial, a gigante multinacional Stora Enso que tem como carro chefe a

produção de papel revista.

Figura 6 – Fábrica de Papel

Fonte: Arquivo do município

22

1.2 ASPECTOS GEOGRÁFICOS

O município de Arapoti com 1.360,494 km², faz parte da Micro Bacia Regional

de Jaguariaíva , com Altitude de 860 metros, está localizado geograficamente a

Latitude 24 º 09 ' 28 '' S Longitude 49 º 49 ' 36 '' W, na região do Centro Oriental

Paranaense

Tabela 1 - Caracterização do Município

Área 1363,14 km²

IDHM 2010 0,723

Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799)

População (Censo 2010) 25.855 hab.

Densidade demográfica 18,97 hab/km²

Ano de instalação 1954

Microrregião Jaguariaíva

Mesorregião Centro Oriental Paranaense

Fonte: IBGE/IPARDES.

O município de Arapoti faz fronteira com os municípios de: Ibaiti, Pinhalão,

Tomazina, Wenceslau Braz, São José da Boa Vista, Jaguariaíva, Piraí do sul e

Ventania, conforme ilustra o recorte do mapa político do Paraná.

Figura 7- Recorte do Mapa político do Paraná

Fonte: Google maps -2015.

23

Em relação à sua localização dentro do estado do Paraná, a sede municipal

fica a 247,13 km distantes da capital do Estado: Curitiba; a principal via de acesso

terrestre é a PR 092 a qual interliga o município ao sul até Ponta Grossa

Quadro 1- Localização do Município de Arapoti no Estado do Paraná

Localização

Localização de Arapoti no Paraná

Clima Subtropical Cfa/Cfb

Fuso horário UTC−3

Fonte: IBGE/IPARDES.

Ressalta-se que o transporte de pessoas e cargas ocorre no município, em

sua maioria por via terrestre, tendo em vista que a malha ferroviária encontra-se

desativada e o aeroporto existente no município está aberto a pousos e decolagens

apenas de aeronaves de pequeno porte.

1.3 ASPECTOS POPULACIONAIS

A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e

2010, à taxa de 0,82% ao ano, passando de 23.830 para 25.855 habitantes.

Segundo o IBGE, essa taxa foi inferior à registrada no Estado, que ficou em 0,89%

ao ano e inferior à cifra de 0,88% ao ano da Região Sul.

Verifica-se ainda que a taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo

período. A população urbana em 2000 representava 73,16% e em 2010 passou a

representar 84,23% do total.

Quanto a faixa etária da população, a pirâmide etária, mostrada no quadro a

seguir, melhor exemplifica os dados coletados:

24

Quadro 2 - Pirâmide etária do município de Arapoti-PR

Faixa Etária

Pirâmide Etária - 2010

80 anos e mais

128 154 Feminino

75 a 79 anos 144 167 Masculino 70 a 74 anos 205 230

65 a 69 anos 300 296

60 a 64 anos 407 417

55 a 59 anos 528 486

50 a 54 anos 675 625

45 a 49 anos 864 824

40 a 44 anos 902 929

35 a 39 anos 950 986

30 a 34 anos 1.022 1.021

25 a 29 anos 1.051 1.087

20 a 24 anos 1.033 1.068

15 a 19 anos 1.271 1.278

10 a 14 anos 1.311 1.251

5 a 9 anos 1.109 1.090

<1 a 4 anos 1.049 997

Fonte: IBGE.

Segundo dados do IBGE, a estrutura demográfica também apresentou

mudanças no município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população

idosa que cresceu 3,9% em média ao ano. Em 2000, este grupo representava 7,0%

da população, já em 2010 detinha 9,5% do total da população municipal. O

segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010,

com média de -1,4% ao ano. Crianças e jovens detinham 32,9% do contingente

populacional em 2000, o que correspondia a 7.834 habitantes. Em 2010, a

participação deste grupo reduziu para 26,3% da população, totalizando 6.807

habitantes. A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos

exibiu crescimento populacional (em média 1,44% ao ano), passando de 14.382

habitantes em 2000 para 16.600 em 2010. Em 2010, este grupo representava 64,2%

da população do município.

Quadro 3 - População Total, por Gênero, Rural/Urbana - Arapoti - PR

População População (1991)

% do Total

(1991)

População (2000)

% do Total

(2000)

População (2010)

% do Total

(2010) População total

20.973 100,00 23.884 100,00 25.855 100,00

Homens 10.731 51,17 12.081 50,58 12.949 50,08 Mulheres 10.243 48,84 11.803 49,42 12.906 49,92 Urbana 11.413 54,42 17.487 73,22 21.778 84,23 Rural 9.560 45,58 6.397 26,78 4.077 15,77

Fonte: PNUD, Ipea e FJP disponível em: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/arapoti_pr

25

Em vista dos dados analisados, a projeção populacional apresenta

crescimento significativo, conforme se observa na tabela a seguir:

Tabela 2 : População/projeção

População estimada 2014 (1) 27.362

População 2010 25.855

Área da unidade territorial (km²) 1.360,494

Densidade demográfica (hab/km²) 19,00

Gentílico Arapotiense

Fonte: IBGE/IPARDES, 2015.

1.4 ASPECTOS FÍSICOS-ECONÔMICOS

O município de Arapoti cresceu 33,0%, passando de R$ 390,8 milhões para

R$ 519,7 milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado, que

foi de 50,0%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual

diminuiu de 0,31% para 0,27% no período de 2005 a 2010. A tabela abaixo ilustra a

realidade observada, de acordo com os últimos dados levantados pelo IBGE:

Tabela 3 - IDH/PIB

Indicadores

IDH-M 0,761 alto PNUD/2000 3

PIB R$ 671.019 mil IBGE/2012 4

Fonte: IPARDES, 2015.

ÁREA TERRITORIAL E DEMOGRÁFICA FONTE DATA MUNICÍPIO

Área Territorial (ITCG) (km2) ITCG 2014 1.362,062

Densidade Demográfica (hab/km2) IPARDES 2014 20,09

Grau de Urbanização (%) IBGE 2010 84,23

População - Estimada (habitantes) IBGE 2014 27.362

População - Censitária (habitantes) IBGE 2010 25.855

População - Contagem (habitantes)(1) IBGE 2007 25.645

Taxa de Crescimento Geométrico (%) IBGE 2010 0,80

Índice de Idosos (%) IBGE 2010 23,86

Razão de Dependência (%) IBGE 2010 48,39

Razão de Sexo (%) IBGE 2010 100,33

Taxa de Envelhecimento (%) PNUD/IPEA/FJP 2010 6,28

26

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de

2010, possuía 11.716 pessoas com 10 anos ou mais de idade economicamente

ativas, sendo que 10.769 estavam ocupadas e 946 desocupadas. A taxa de

participação ficou em 54,2% e a taxa de desocupação municipal foi de 8,1%.

Os dados mostrados a seguir oportunizam a interpretação da realidade

socioeconômica do município:

Tabela 4 - Trabalho/setores econômicos

TRABALHO FONTE DATA MUNICÍPIO

Número de Estabelecimentos - RAIS MTE 2013 717

Número de Empregos - RAIS MTE 2013 6.010

População em Idade Ativa (PIA) (pessoas) IBGE 2010 21.605

População Economicamente Ativa (PEA) (pessoas)

IBGE 2010 11.716

População Ocupada (PO) (pessoas) IBGE 2010 10.769

Taxa de Atividade de 10 anos ou mais (%) IBGE 2010 54,22

Taxa de Ocupação de 10 anos ou mais (%) IBGE 2010 91,92

AGROPECUÁRIA FONTE DATA MUNICÍPIO

Valor Bruto Nominal da Produção Agropecuária (R$ 1,00)

DERAL 2013 451.221.609,63

Bovinos (cabeças) IBGE 2013 32.219

Equinos (cabeças) IBGE 2013 2.514

Galináceos (cabeças) IBGE 2013 508.250

Ovinos (cabeças) IBGE 2013 2.190

Suínos (cabeças) IBGE 2013 182.117

Soja (toneladas) IBGE 2013 91.200

Milho (toneladas) IBGE 2013 77.800

Feijão (toneladas) IBGE 2013 9.100

FINANÇAS PÚBLICAS FONTE DATA MUNICÍPIO

Receitas Municipais (R$ 1,00) Prefeitura 2013 46.490.037,35

Despesas Municipais (R$ 1,00) Prefeitura 2013 44.586.717,56

ICMS (100%) por Município de Origem do Contribuinte (R$ 1,00)

SEFA-PR 2014 8.242.299,09

ICMS Ecológico - Repasse (R$ 1,00) SEFA-PR 2013 601.374,10

Fundo de Participação dos Municípios (FPM) (R$ 1,00)

MF/STN 2014 13.777.096,70

Fonte: IPARDES, 2015.

27

No que se refere à distribuição das pessoas ocupadas, 51,6% tinham carteira

assinada, 20,7% não tinham carteira assinada, 18,9% atuam por conta própria e

3,0% de empregadores. Servidores públicos representavam 0,5% do total ocupado e

trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo

representavam 5,1% dos ocupados.

Quadro 4 - Desenvolvimento Humano e Renda

DESENVOLVIMENTO HUMANO E RENDA

FONTE DATA MUNICÍPIO

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH-M

PNUD/IPEA/FJP 2010 0,723

Índice de Gini da Renda Domiciliar Per Capita

IBGE 2010 0,5783

Fonte: IBGE/IPARDES.

A renda per capita média de Arapoti cresceu 58,25% nas últimas duas

décadas, passando de R$ 432,74, em 1991, para R$ 657,87, em 2000, e para R$

684,80, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse

período de 2,45%. A taxa média anual de crescimento foi de 4,76%, entre 1991 e

2000, e 0,40%, entre 2000 e 2010.

A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita

inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 42,59%, em 1991,

para 26,91%, em 2000, e para 14,17%, em 2010.

A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita

através do Índice de Gini2, que passou de 0,68, em 1991, para 0,71, em 2000, e

para 0,57, em 2010.

Tabela 5 - Renda, Pobreza e Desigualdade - Arapoti - PR

1991 2000 2010 Renda per capita (em R$) 432,74 657,87 684,80 % de extremamente pobres 18,30 9,22 4,58 % de pobres (renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 140,00 mensais, em reais de agosto de 2010)

42,59 26,91 14,17

Índice de Gini 0,68 0,71 0,57

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

2 GINI é um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar.

28

No que se refere a à qualidade de vida da população mais vulnerável,

percebe-se um ganho real, nos últimos anos, conforme exemplifica a tabela a

seguir.

Tabela 6 - Vulnerabilidade Social - Arapoti - PR

Crianças e Jovens 1991 2000 2010

Mortalidade infantil 37,74 28,00 13,50

% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola - 83,79 63,00

% de crianças de 6 a 14 fora da escola 27,60 6,78 2,32

% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e são vulneráveis, na população dessa faixa

- 23,00 14,48

% de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos 4,55 4,38 1,01

Taxa de atividade - 10 a 14 anos - 7,09 4,70

Família

% de mães chefes de família sem fundamental e com filho menor, no total de mães chefes de família

11,66 7,67 22,76

% de vulneráveis e dependentes de idosos 3,19 3,69 1,32

% de crianças com até 14 anos de idade que têm renda domiciliar per capita igual ou inferior a R$ 70,00 mensais

24,69 14,93 7,93

Trabalho e Renda

% de vulneráveis à pobreza 66,92 55,28 33,51

% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal

- 50,64 37,37

Condição de Moradia

% da população em domicílios com banheiro e água encanada

48,73 86,47 95,60

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

1.5 ASPECTOS CULTURAIS E TURÍSTICOS

As ações culturais, no município de Arapoti, seguem o direcionamento da

Secretaria de Educação e Cultura, Todavia apresenta divisão própria na gestão das

ações, oportunizando a realização da 4ª Conferência Municipal de Cultura, cujos

objetivos consistem em debater os múltiplos aspectos e universalizar o acesso de

todos à produção e fruição da cultura. Para tal foi eleito um Conselho Municipal de

Cultura, que viabiliza a participação democrática de todos os setores da sociedade

nas atividades culturais do município.

Entre as atividades promovidas pela divisão de cultura, encontram-se:

festivais de dança; festivais de música; teatro; apresentações relativas ao folclore;

29

além do desenvolvimento de vários projetos, como: Tenda Literária; Uma Noite na

Biblioteca; Projeto Poesia, dentre outros, os quais são apreciados e validados por

grande participação popular.

Verifica-se ainda que o Município de Arapoti-Pr, conta com vasta gama de

atividades culturais desenvolvidas por instituições privadas, grupos de dança e

teatro autônomos, tanto de cunho religioso quanto laico, além de manter vivas as

tradições das festas juninas, as quais são comemoradas em diversos pontos do

município, tanto na área urbana quanto rural, destacando-se ainda a Festa alusiva a

comemoração do aniversário do município (rodeio country, rainha da festa, barracas

de comidas típicas), além das tradições gaúchas sustentado pelo CTG Trempe de

Aço.

Observa-se ainda, em campo urbano, o interesse pelas novas formas de

expressões culturais como a dança contemporânea, dança de rua, dança afro e

gospel, entre outras, além do grafite no campo das artes visuais.

Outro ponto importante a ser destacado se refere aos Museus que guardam a

memória da imigração holandesa, preservando os traços culturais deste povo que

compõem a formação cultural do município.

Em relação aos espaços destinados ás apresentações artísticas, constata-se

que o município conta com: duas bibliotecas públicas; um auditório; três museus;

Um Centro comunitário; Uma Casa de cultura; Cinco Salões para convenção, sendo

um deles com capacidade para mais de 800 pessoas e uma videolocadora.

No que se refere aos pontos turísticos do município, além do patrimônio

natural e histórico, encontram-se opções variadas, sendo composto por:

Reserva Ecológica Poty: A reserva se caracteriza pela concentração de mata nativa, localiza-se a 1,5 km do centro da cidade, sendo propício a pesquisas científicas.

Cachoeira do Chico: Localiza-se a 23 Km do centro, na PR 090, entrando para Joaquim Murtinho.

Cachoeira Usina Tigrinho: Localiza-se na Serraria Tigrinho, a 12 Km do centro, na PR 090.

Cachoeira do Seu Ari: Localiza-se no distrito de Calógeras, a 35 Km do centro, na PR 239.

Parque Florestal INPACEL: No Parque predomina a vegetação de mata nativa. Criado em 1991 como reserva ecológica, em 2000 tornou-se parque florestal, reconhecido como RPPN. Localiza-se na Fazenda Barra Mansa.

Parque Municipal Linha Verde, que recentemente foi denominado Parque Municipal Pedro Ferreira da Silva, em homenagem a um respeitável arapotiense: E uma área de caminhada que passa pelo centro da cidade,

30

sendo ladeada por vegetação, o que proporciona um ambiente favorável para caminhada.

Casa Antiga: A sede foi construída por Telêmaco Carneiro de Mello, proprietário da Fazenda Capão Bonito e é conhecida como a primeira residência do município. Localiza-se no bairro Jardim Ceres e abriga a Casa da Cultura.

Estação Ferroviária: A construção de madeira, antiga Estação Ferroviária. Possui um acervo de objetos da Rede Ferroviária como Telégrafo, Faróis da Maria Fumaça, localiza-se no centro da sede do município.

Moinho Holandês: Construído em 2001 em homenagem à Colônia Holandesa, por tratar-se de um dos ícones mais conhecidos dos Países Baixos. Localiza-se no Parque de Exposições CAPAL.

Paróquia São João Batista-Igrejinha: Foi inaugurada em 1929 e teve São João Batista como Padroeiro. Em 1990 foi reconhecida como patrimônio histórico do município. Sua utilização é para pequenas cerimônias, localiza-se no centro da sede do município. Fonte: http://www.explorevale.com.br/rotadostropeiros/arapoti/turismo.htm

Ressalta-se que além destes pontos turísticos expostos, ainda ocorrem outros

de grande valor cultural e histórico, como a Fonte Sulforosa que configura em

nossos símbolos; o patrimônio histórico da Fazenda Boa Vista, a saber, casa

grande, capela e cemitério dos escravos. Além de outros espalhados pela área rural

e urbana do município, entre as quais praças e áreas de lazer.

1.6 ASPECTOS DESPORTIVOS

A Secretaria Municipal de Esportes e lazer atua em prol de concretizar os

objetivos propostos, sendo que no ano de 2015, estes se configuram em:

Implantar a Lei de Incentivo Municipal ao Esporte;

Implantar unidades de Academia ao ar livre em seis diferentes pontos do município;

Construir uma cancha de Bocha, ao longo da Linha Verde e realizar a cobertura e construção de banheiros na área de Lazer (mesas de truco) já existente;

Realizar a manutenção da iluminação e parte elétrica no Ginásio Municipal de Esportes;

Realizar a recuperação do piso e marcação atualizada do Ginásio Municipal de Esportes, bem como do Centro Esportivo dos distritos de Caratuva e Calógeras;

Montagem de equipamentos para a prática de Skate, além de pintura e iluminação no Centro Esportivo da Rua Ideal Perez;

Fomentar o desenvolvimento Esportivo por meio dos projetos Furacão/Atlético Paranaense, escolinhas esportivas, Jogos Escolares

31

Municipais /Regionais, AMCG esportes. Fonte: Secretaria Municipal de Esporte e Lazer- Arapoti-PR.

Verifica-se ainda que a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer dispõe de

cronograma anual de atividades variadas, que contempla JEP´S - Jogos Escolares -

fase municipal e regional; Corrida Rústica São João Batista; Prova Pedestre

Arapoti - Campos Floridos 60 Anos; JEMA / Torneio Escolar (jogos de 1° ao 5°);

JEP´S Bom de Bola Futebol de Campo – Municipal e regional; Festival Atletismo

Mirim / Infantil; Campeonato Municipal de Futebol Campo / Suíço; Campeonato

Inter-Bairros de Futebol de Areia; Festival de Skate; Campeonato de Futsal Adulto -

1ª Etapa / 2ª Etapa - ouro/prata; Festival de Tênis de Mesa / Basquete; Jogos da 3ª

Idade (melhor idade); Torneio de Truco Municipal Chafariz; Copa de Futsal Cidade

de Arapoti 60 Anos; Mini Olimpíada - jardim e pré-escola; Corrida de Ciclismo 60

Anos; Corrida de Ciclistica Mountain Bike e outros.

1.7 CONSELHOS MUNICIPAIS

Conforme disposto no portal da transparência do Governo Federal, os

conselhos são espaços públicos de composição plural e paritária entre Estado e

sociedade civil, que podem assumir, a partir do ato constitutivo, natureza deliberativa

e consultiva, sendo que exercer o controle social é um dos seus atributos, enquanto

canais efetivos de participação popular nos atos da gestão pública.

Dessa forma consagra-se a importância dos conselhos no fortalecimento da

participação democrática da população na formulação e implementação de políticas

públicas nas três instâncias de governo.

O município de Arapoti encontra-se em fase de implantação e fortalecimento

dos Conselhos Municipais, considerando a relevante importância destes na gestão

democrática amparada pelos princípios da indisponibilidade do interesse público, da

eficiência e da publicidade dos atos públicos, entre outros, por meio do qual a

administração vem pautar sua atuação no sentido de contemplar as demandas da

coletividade, tornando público seus atos ao mesmo tempo em que busca a eficiência

dos mesmos.

32

Entre os Conselhos Municipais vigentes no município, que participaram da

elaboração deste PME, encontra-se:

Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo

de Manutenção e Desenvolvimento da Educação básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB;

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente –

CMDCA;

Conselho Municipal da Saúde de Arapoti;

Conselho Municipal da Assistência Social;

Conselho Tutelar.

Constata-se que a participação dos Conselhos Municipais nas discussões e

reflexões acerca do PME oportuniza a compreensão de que a educação não é um

sistema fechado e sim parte do todo que envolvem os diferentes conselhos, o que

vem a complementar o entendimento acerca da busca pelo desenvolvimento integral

da pessoa humana.

33

2. EDUCAÇÃO BÁSICA

A Educação Básica, instrumento de desenvolvimento da cidadania, faz parte

do sistema educacional em vista de assegurar a formação comum essencial para o

exercício da cidadania, bem como oportunizar o acesso ao mundo do trabalho e a

participação efetiva na sociedade, bem como possibilitar os requisitos para estudos

em nível de ensino superior, tendo como fundamento legal a Constituição da

República Federativa do Brasil de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente de

1990, Lei nº 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDBEN), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e o Plano

Nacional de Educação de 2014.

Ressalta-se que a conceituação da Educação Básica encontra-se exposto no

art. 21 da Lei nº 9.394/96, como um nível da educação nacional e que congrega,

articuladamente, três etapas: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino

Médio.

2.1. ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

A partir da Lei nº 9.394/96 a Educação Infantil passou a fazer parte da

Educação Básica, como primeira etapa, ao lado do Ensino Fundamental e o Ensino

Médio. Assim, o Sistema de Ensino atenderá diferentes etapas da Educação Básica,

em suas particularidades. Sendo estas:

Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, oferecida

gratuitamente, em Creches até 03 (três) anos e 11 (onze) meses e na

Pré-Escola a partir dos 04 (quatro) anos completos até o dia 31 de

março do ano em que ocorrer a matrícula, com duração de 02 (dois)

anos;

Ensino Fundamental, segunda etapa da educação básica, obrigatório e

gratuito nas escolas públicas para as crianças a partir de 06 (seis) anos

completos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula,

com duração de 09 (nove) anos, composto por duas fases: Anos

Iniciais com duração ideal de 05 (cinco) anos para alunos de 06 (seis)

34

anos de idade a 10 (dez) anos, cuja responsabilidade de oferta se

estabelece em nível municipal, em Arapoti-PR e Anos Finais com

duração ideal de 04 (quatro) anos para estudantes de 11 (onze) a 14

(quatorze) anos de idade, sob responsabilidade de oferta do Governo

Estadual.

Ensino Médio, terceira e última etapa da Educação Básica, sob

responsabilidade de oferta do Governo Estadual, é obrigatória e

gratuita nas escolas públicas, com duração ideal de 3 (três) anos..

Vale ressaltar que, mesmo tendo definidas as responsabilidades de oferta de

cada ente federado, o Município e o Estado trabalham de forma articulada para

oferecer o Ensino Fundamental, sendo que cada etapa da Educação Básica,

apresenta objetivos e formas de organização própria o que determina as atividades

educativas, formais, não formais e informais no direcionamento necessário para a

aprendizagem dos alunos.

2.1.1. Educação Infantil

No Município de Arapoti-PR, a Educação Infantil é ofertada conforme disposto

na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei nº 9394/96, que a partir das

emendas legalmente implantadas no decorrer do tempo, prevê, no Art. 4º sobre:

A necessidade de assegurar “vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir dos 04 (quatro) anos de idade; Obrigatoriedade da escolarização a partir dos 4 (quatro) anos; a Educação Infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade.

O Art. 29 do mesmo diploma aponta o desenvolvimento integral das crianças

como finalidade de Educação Infantil “em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

Já o Art. 30 determina que a Educação Infantil “será oferecida em creches, ou

entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade e em pré-escolas,

para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade, sendo seguido pelas

instruções do Art. 31, incisos I a V prevê a organização da Educação Infantil:

I - A avaliação será mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;

35

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança.

É importante destacar que a Educação Infantil, ainda encontra amparo nas

demais legislações do MEC, bem como na Proposta Curricular de Paraná e

Deliberações do Conselho Estadual de Educação, sendo que a oferta da Educação

Infantil se estabelece a partir do regime de cooperação entre União, Estado e o

Município, mesmo que tenha ocorrido a Municipalização da Educação Infantil.

A Educação Infantil vem mudando as possibilidades de aprendizagem a partir

do cotidiano da criança, Isto é, as brincadeiras, a criatividade e a curiosidade

presente na criança em sua faixa etária.

Assim desenvolver a autonomia a identidade e o pensamento crítico criativo,

tem como objetivo explorar o que está a sua volta , despertando sua percepção,

criatividade, reflexão, análise e síntese de tudo que vê, toca, experimenta e

manipula. Esse processo de construção de aprendizado significativo estabelece

entre o que a criança já sabe e aquilo que é novo.

Nessa perspectiva o educador deve criar condições para o desenvolvimento

integral da criança na educação infantil, criando situações para o desenvolvimento

físico, afetivo, cognitivo, estético e ético. Para isso é necessário considerar as

habilidades, interesses e diferentes maneiras de aprender de cada criança,

considerando-as como um ser social, viabilizando o desenvolvimento das

capacidades da criança para que ela aproprie e desfrute de um ambiente saudável

por meio das interações com as pessoas próximas e com o ambiente em que está

inserida.

Nesse sentido verifica-se que a Educação Infantil do Município de Arapoti-Pr,

encontra condições favoráveis de funcionamento, muito embora não atenda a toda a

demanda, além de infraestrutura pedagógica e qualificação profissional adequada.

Entretanto, faz-se necessário investimentos significativos em prol da melhoria na

infraestrutura em algumas das instituições, bem como a necessidade de implantação

de outras para atender a demanda.

36

Nas instituições municipais, as crianças de zero a 05 (cinco) anos, utilizam

materiais pedagógicos apostilado, sendo que os educadores passam por

capacitações periódicas para atuação eficiente em sala de aula e desenvolvem

projetos educacionais interdisciplinares.

Na Rede Municipal os prédios, equipamentos, mobiliários e materiais

pedagógicos são mantidos pelo poder público municipal e a alimentação das

crianças é acompanhada, programada e supervisionada por uma nutricionista que

está exclusivamente a serviço da educação.

Vale ressaltar que há adequação do cardápio às necessidades específicas

daquelas crianças que possuem intolerância a alguns alimentos comprovadas por

laudo médico.

Tabela 7 - Matrícula na Educação Infantil.

Fonte: IDE/MEC.

Apesar do crescimento verificado na tabela anterior, os dados oficiais

mostram que ainda apresentamos defasagem na oferta da Educação Infantil, sendo

que uma parcela da população ainda na usufrui dessa etapa da Educação Básica,

conforme disposto no quadro a seguir.

Modalidade/Etapa

Matrículas por Ano

Urbana Rural

Ano D-4 D+4 N-4 N+4 T D-4 D+4 N-4 N+4 T Total

202 Regular - Creche

2007

0 202 0 0 202 0 0 0 0 0

2008

0 160 0 0 160 0 0 0 0 0 160

2009

0 245 0 0 245 0 0 0 0 0 245

2010

0 206 0 0 206 0 0 0 0 0 206

Regular - Pré-Escola

2007

25 214 25 0 264 0 0 0 0 0 264

2008

268 16 268 0 552 18 0 0 0 18 570

2009

312 0 312 0 624 14 0 0 0 14 638

2010

56 423 56 0 535 0 14 0 0 14 549

37

Quadro 5 - Indicadores da população alvo da educação Infantil que frequenta a escola.

Indicador 1A - Percentual da população de 4 e 5 anos que frequenta a escola.

81,4% Brasil 77,7% Parana 74,4%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional – 2010

Indicador 1B - Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola.

23,2% Brasil 30,3% Parana 18,1%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Observa-se que os dados oficiais deste quadro, bem como de outros da

mesma fonte, apresentados na se referem ao mesmo ano, o que pode apresenta

uma variação significativa.

A Educação Infantil no Município é atendida pela Rede Municipal e Privada. A

pré- escola no município não apresenta lista de espera, no que se refere à educação

infantil para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.

Tabela 8 - População por faixa etária no município de Arapoti- Censo 2010

Fonte: IDE/MEC.

Considerando a população na faixa etária da Educação Infantil, os dados

oficiais, que calculam o percentual do IBGE, ou seja, a população de 4 a 5 anos,

População(1) (Localização / Faixa Etária)

Ano 0 a 3 anos

4 a 5 anos

6 a 14

anos

15 a 17

anos

18 a 24

anos

25 a 34

anos

35 anos ou

Mais

Total

Urbana 2000 1.375 830 3.388 1.165 2.211 3.002 5.516 17.487

2007 1.226 624 3.348 1.055 2.316 3.088 6.850 18.507

2010 1.385 689 3.677 1.350 2.578 3.568 8.520 21.767

Rural 2000 695 327 1.219 317 834 1.001 2.004 6.397

2007 470 285 1.432 433 812 1.118 2.500 7.050

2010 261 126 668 237 481 611 1.693 4.077

Total 2000 2.070 1.157 4.607 1.482 3.045 4.003 7.520 23.884

2007 1.696 909 4.780 1.488 3.128 4.206 9.350 25.557

2010 1.646 815 4.345 1.587 3.059 4.179 10.213 25.844

38

ainda encontramo-nos atendendo a 74,4%, da população nessa faixa etária.

Constata-se que a Educação Infantil, ainda não é de interesse de pais ou

responsáveis que deixam de matricular as crianças nessa etapa, considerando

situações culturais, opções da família em manter os filhos no lar até mais idade ou

mesmo a falta de informação acerca da importância desta etapa da educação no

desenvolvimento da criança.

No que se refere a meta nacional, de atender a no mínimo 50% da população,

verifica-se a necessidade de oferta maior de vagas. Os dados apresentados pelo

INEP mostram, de forma quantitativa, as matrículas finais realizadas em 2014.

Tabela 9 – Matrículas em 2014. Fonte: INEP, 2015.

Os dados referentes a matrícula inicial em 2015, mostra um leve crescimento,

no total de matrículas, conforme apresentado na tabela a seguir.

Tabela 10 - Matricula inicial Educação Infantil -- 2015.

Unidades da Federação Municípios Dependência Administrativa

Educação Infantil

Creche Pré- escola

Parcial Integral Parcial Integral

ARAPOTI

Estadual Urbana 0 0 0 0

Estadual Rural 0 0 0 0

Municipal Urbana 0 237 548 0

Municipal Rural 0 0 25 0

Estadual e Municipal

0 237 573 0

Mês de maio - ANO 2015

LOCALIDADE

ESCOLAS E

CMEIS

BERÇARIO I

BERÇARIO II

MATERNAL

PRÉ I (maternal

II)

PRÉ II – 4

anos

PRÉ III 5 anos

URBANA CMEI - TIO ARI 15 20 40 50 - -

CMEI - VÓ ROSA

15 20 20 40 - -

URBANA E M - ERM ALTO CARATUVA

- - - - - -

URBANA E M - ERM KM 44

- - - - - -

URBANA E M - CLOTÁRIO PORTUGAL

- - - - 26 26

URBANA E M - DEZIDÉRIO J. CORREA

- - - - 21 17

URBANA E M - DONA ZIZI - - - - 88 90

RURAL E M - ORLANDO - 5 4 7 17 25

39

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura

Verifica-se que se encontra 590 crianças de 4 a 5 anos matriculados na pré

escola da rede pública municipal, sendo que, conforme pesquisa realizada o

município conta com, aproximadamente 115 crianças dessa faixa etária,

matriculados na rede privada.

Em relação ao atendimento das crianças de até 3 (três) anos, contamos, no

ano de 2015, regularmente matriculados com 236 crianças na rede pública

municipal e 183 crianças na rede privada. Explica-se que a Creche Nosso Cantinho,

de cunho filantrópico, configura entre as instituições privadas.

Vale ressaltar que, no município de Arapoti, os educadores que atuam nas

creches, ingressam no cargo por meio de concurso específico para jornada de 40h,

tendo como escolaridade mínima exigida a formação docente em nível médio. No

ano de 2015 a educação Infantil conta com 26 educadores do quadro efetivo, cuja

escolaridade apresenta-se no gráfico a seguir.

Gráfico 1 - Escolaridade dos educadores

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura

A educação Infantil de 4 a 5 anos é ofertada nas escolas, sendo que nesta

atuam os professores do quadro efetivos do magistério municipal, que podem atuar

Licenciatura

formação de docentesnivel Médio

especialização

PINTO MENDES

RURAL E M - PROF PAULO NOVOCHADLO

- - - - 16 18

URBANA E M - ROMANA C. KLUPPEL

- - - - 60 66

URBANA E M - TELEMACO CARNEIRO

- - - - 49 71

TOTAL 30 45 64 97 277 313

Total 0 a 4 anos

Total 4 a 5 anos

236

590

40

em diferentes turmas a cada ano, tanto da Educação Infantil, como das séries

iniciais do Ensino Fundamental, de acordo com a necessidade da escola.

Buscando prover a necessária formação continuada do educador infantil, bem

como dos professores, a Secretaria Municipal de Educação promove capacitação

visando aprimorar a prática cotidiana, os processos ensino e aprendizagem e o

cuidar, no mínimo de 40 horas anuais, bem como assessoramento pedagógico.

Todas as unidades possuem Projeto Político-Pedagógico – PPP, construído

coletivamente, de acordo com a realidade vivenciada, contemplando o

desenvolvimento integral das crianças, apropriação do conhecimento científico e dos

bens culturais, considerando que o município de Arapoti, vem fundamentando suas

ações na legislação vigente, buscando superar as dificuldades da construção

histórica da Educação Infantil, como a primeira etapa da Educação Básica, essencial

para o pleno desenvolvimento do ser humano.

2.1.2. Ensino Fundamental

A principal função da escola é educar. Diante disso é que ela se apresenta

como um dos fatores responsáveis pela transformação e evolução da sociedade.

Portanto precisa dar a sua contribuição, proporcionando aos alunos uma visão

acerca de seus direitos e deveres perante a sociedade em que estão inseridos. No

que se refere ao Ensino Fundamental, segunda etapa da educação básica, a Carta

Magna desta nação prevê que o acesso ao Ensino Fundamental é obrigatório e

gratuito e direito público subjetivo. Conforme Art. 205 é “direito de todos e dever do

Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”.

Tal determinação implica em responsabilidade do poder público em prover os meios

para que se efetive o Ensino fundamental de qualidade.

Nesse ínterim o município de Arapoti oferta o Ensino Fundamental atendendo

aos direcionamentos legais, pautando-se para tal, na Constituição Federal de 1988,

na Lei Orgânica Municipal, no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei

Federal nº 3.069 de 1990, na Lei de Diretriz e Bases da Educação – LDB, Lei nº

9394/96, cujo objetivo no que se refere ao Ensino Fundamental é prover o “pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

41

qualificação para o trabalho”, bem como nas diretrizes do MEC dentre elas sobre o

Ensino Fundamental de 9 (nove) anos e da Secretaria Estadual de Educação, assim

como nas Deliberações do Conselho Estadual de Educação.

Dessa forma verifica-se a necessidade de uma convergência de esforços em

prol da universalização do atendimento a todo o alunado do Ensino Fundamental,

garantindo o acesso e permanência, com sucesso, de todas as crianças na escola.

O que pode ser observado com o advento da Lei nº 11.274/06 por meio da qual o

Ensino Fundamental é ampliado de oito para nove anos de escolaridade, com

matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade, sendo esta mudança tomada

como a grande possibilidade de efetivar a melhoria do ensino e assim reverter as

graves distorções educacionais.

Vale ressaltar que, oportunizar um ensino de qualidade implica, além das

melhorias no campo pedagógico, assegurar a melhoria da infraestrutura física das

unidades escolares: adequação do espaço físico para pessoas com deficiência, área

de recreação e lazer, quadras e áreas para desenvolvimento de atividades físicas,

refeitório, bibliotecas e espaços de leitura, sala de informática e sala de professores,

bem como oferecer condições para a utilização das novas tecnologias, ao mesmo

tempo em que seja oferecido atendimento aos alunos com defasagem no processo

de aprendizagem, por meio de programas e/ou medidas de acompanhamento

psicopedagógico e pedagógico.

Uma educação de qualidade requer a participação da comunidade na gestão

democrática da escola pública, por meio de conselhos escolares e a participação de

vários segmentos garantindo o acompanhamento e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico que foi elaborado pela comunidade escolar e representa os anseios

desta, bem como das Diretrizes Curriculares Estaduais e Nacionais.

Outro ponto importante a ser destacado se refere à formação continuada dos

profissionais da educação básica, sendo que no Município de Arapoti, a Secretaria

Municipal de Educação promove anualmente capacitação, de no mínimo 40h, para

os professores e funcionários, abordando assuntos teóricos e práticos conforme

necessidade, além de aderir ao pacto pela alfabetização na idade certa e dispor de

assessoramento pedagógico para os professores em portal educativo da editora que

fornece o material apostilado ofertado a todos os alunos do ensino fundamental,

anos iniciais da rede municipal.

42

Cientes de que é necessário conhecer a realidade, propor e definir estratégias para

contemplar as metas capazes de auxiliar no planejamento do Ensino Fundamental

nos próximos dez anos no Município apresenta-se alguns dados pertinentes:

Tabela11 – Matrículas no Ensino Fundamental – anos inicias

Fonte: IDE/MEC.

O município de Arapoti buscar atender a toda a demando no que concerne ao

Ensino Fundamental. Para tal conta com nove escolas municipais que ofertam o

Ensino Fundamental, anos inicias,sendo duas delas escolas rurais multisseriadas.

Tabela 12 - Matrículas em 2015

Modalidades Área urbana Área rural

Ano

D-4 D+4 N-4

N+4

T D-4

D+4

N-4

N+4

T Total

Regular - Anos Iniciais do

Ensino Fundamental

2007 0 2.289 0 0 2.289 0 189 0 0 189 2.478

2008 2.195 0 0 0 2.195 158 0 0 0 158 2.353

2009 2.002 0 0 0 2.002 157 0 0 0 157 2.159

2010 201 1.532 0 0 1.733 0 133 0 0 133 1.866

LEGENDA PARA MATRÍCULAS POR TURNO:

D-4: DIURNO (INÍCIO DAS AULAS ANTES DAS 17H) - MENOS DE 4H/AULA/DIA D+4: DIURNO (INÍCIO DAS AULAS ANTES DAS 17H) - 4H/AULA/DIA OU MAIS N-4: NOTURNO (INÍCIO DAS AULAS A PARTIR DAS 17H) - MENOS DE 4H/AULA/DIA N+4: NOTURNO (INÍCIO DAS AULAS A PARTIR DAS 17H) - 4H/AULA/DIA OU MAIS T: TOTAL

MÊS MAIO

ESCOLAS 1º ANO

2º ANO

3º ANO

4º ANO

5º ANO

SR +EDU

E M - ERM ALTO CARATUVA 1 -

2 - - -

-

E M - ERM KM 44 3

5

3

5

1 -

-

E M - CLOTÁRIO PORTUGAL 37

26

26

29

28 -

-

E M - DEZIDÉRIO J. CORREA 18

13

24

16

17

3

30

E M - DONA ZIZI 95

106

108

100

105 -

-

E M - ORLANDO PINTO MENDES 18

31

25

21

26

4

-

E M - PROF PAULO NOVOCHADLO 19

17

22

16

15 -

-

E M - ROMANA C. KLUPPEL

43

Fonte: Secretaria Municipal da Educação e Cultura.

É importante realizar o comparativo com as matrículas dos anos anteriores e

assim analisar as dificuldades e potencialidades. Em relação à população do

município, na faixa etária do Ensino Fundamental, ou seja, de seis a quatorze anos,

houve um significativo crescimento na área urbana, o que mostra a tendência

crescente a urbanização. Verificou, que as escolas da rede privada, conforme

pesquisa realizada em 2015, atendem a cerca de 450 alunos, nessa etapa, ao passo

que a rede pública municipal atende a 1730 Alunos nos anos iniciais do Ensino

Fundamental. Já a rede estadual do Município, que oferta o Ensino Fundamentais,

anos finais, somam seis, sendo duas denominadas escolas do campo. Em relação

aos anos finais do Ensino Fundamental, a tabela a seguir demonstrar de forma mais

clara as informações levantadas.

Tabela 13 - Matrículas no Ensino Fundamental - Anos finais Modalidades Área urbana Área rural

Ano

D-4

D+4

N-4

N+4

T D-4

D+4

N-4

N+4

T

Total

Regular - Anos Finais do Ensino Fundamental

2007 0 1.793 0 113 1.906 0 105 0 0 105 2.011

2008 1.788 0 39 74 1.901 95 0 0 0 95 1.996

2009 1.548 101 0 0 1.649 286 19 0 0 305 1.954

2010 0 1.550 0 80 1.630 0 274 0 13 287 1.917

LEGENDA PARA MATRÍCULAS POR TURNO: D-4: DIURNO (INÍCIO DAS AULAS ANTES DAS 17H) - MENOS DE 4H/AULA/DIA D+4: DIURNO (INÍCIO DAS AULAS ANTES DAS 17H) - 4H/AULA/DIA OU MAIS

N-4: NOTURNO (INÍCIO DAS AULAS A PARTIR DAS 17H) - MENOS DE 4H/AULA/DIA N+4: NOTURNO (INÍCIO DAS AULAS A PARTIR DAS 17H) - 4H/AULA/DIA OU MAIS

T: TOTAL

Fonte: IDE/MEC.

No contexto dos Anos Finais do ensino Fundamental também ocorreu uma

pequena queda no número de matrículas, em âmbito urbano e rural, sendo que, no

ano de 2015, encontram-se regularmente matriculados nesta etapa, 1.558 Alunos

nos anos finais na rede pública estadual, conforme pesquisa realizada m campo.

No entanto, no que se refere aos dados oficiais, que calculam o percentual do

IBGE, ou seja, a população nessa faixa etária, ainda encontramo-nos atendendo a

97,7%, desta população.

63 58 54 69 83 15 70

E M - TELEMACO CARNEIRO 70

67

96

90

102

7

-

TOTAL 324

323

360

346

377

29

100

44

Quadro 6 - População que frequenta o Ensino Fundamental e pessoas com 16 anos com o ensino Fundamental concluído.

Indicador 2A - Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola.

98,4%

Brasil

98,8%

Paraná

97,7%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Indicador 2B - Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o ensino fundamental concluído.

66,7%

Brasil

74,3%

Paraná

60,6%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Verifica-se que mesmo estando tão perto de atingir 100% de atendimento

nesta modalidade, ainda encontra-se um número significativo de pessoas fora da

escola, e que tem mais de 16 anos e ainda não concluíram o Ensino Fundamental, o

que demanda medidas urgentes para atingir melhores níveis de qualidade,

principalmente considerando que a população na faixa etária do Ensino

45

Fundamental é de aproximadamente 4.000 mil pessoas e que o município, em

relação à união e ao Estado tem o menor índice, ou seja, está abaixo das outras

médias.

Nesse contexto se faz necessário conhecer e analisar a distorção idade série

em nossas escolas, e a partir de então buscar alternativas para superá-la.

Tabela 14 - Distorção idade-série nas escolas de Arapoti em 2013

Nome da Escola Distorção Idade-Série

ALTO CARATUVA E R M EF 0%

CLOTARIO PORTUGAL E M EI EF 3%

COLONIA HOLANDESA C EI EF M 1%

KM 44 E R M EF 0%

ORLANDO P MENDES E M EI EF 9%

PAULO NOVOCHADLO E M PROF EI EF 14%

POSITIVO ARAPOTI C EI EF M 0%

ROMANA C KLUPPEL E M EI EF 4%

SITIO DO PICA PAU AMARELO C EI EF M 1%

TELEMACO CARNEIRO E M EI EF 7%

ZIZI E M DONA EI EF 12%

DEZIDERIO J CORREA E M EI EF 12%

MAXIMUS C EI EF M 0%

COLONIA HOLANDESA C EI EF M 1%

POSITIVO ARAPOTI C EI EF M 2%

SITIO DO PICA PAU AMARELO C EI EF M 3%

MAXIMUS C EI EF M 10%

CALOGERAS C E DO C DE EF M 32%

CARMELINA F PEDROSO C E EF M 23%

COSTA NETO C E CEL EF M 21%

JOAO PAULO II C E EF M 17%

RUI BARBOSA C E EF M N PROFIS 21%

CERRADO DAS CINZAS C E DO C EF M 20%

Fonte: QEDU, 2015. Disponível em: http://www.qedu.org.br/cidade/2426-arapoti/

Ao analisar os dados percebe-se situações de distorção idade-série e estas

se mostram com maior intensidade nos anos finais do Ensino Fundamental,

entretanto é importante observar que ocorrem períodos em que a distorção aumenta

o que pode ser observado no que se refere a um maior grau de complexidade do

ensino.

No que se refere aos anos finais do Ensino Fundamental ocorre a distorção já

no primeiro ano do ingresso do aluno, permanece elevada nos dois anos

46

subsequentes, vindo apresentar uma pequena queda apenas no último ano,

conforme ilustra o gráfico a seguir.

Gráfico 2 - Distorção idade-série no Ensino Fundamental.

Fonte: QEDU, 2015. Disponível em: http://www.qedu.org.br/cidade/2426-arapoti/

Nesse contexto é importante refletir acerca de outro dado importante, que

trata da alfabetização na idade certa, o quadro ilustra a posição do município, nesse

tópico.

Quadro 7 - Taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental

97,6%

Brasil

99,0%

Paraná

89,4%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2013 Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional – 2010

Os dados apresentados não refletem o mesmo período de pesquisa, porém

são dados oficiais, segundo os quais nos encontramos abaixo das médias da união

0

5

10

15

20

25

ANOS INICIAIS ANOS FINAIS

1º Ano

2º Ano

3º Ano

4º Ano

5º Na

6º Ano

7º Ano

8º Ano

9º Ano

47

e Estado, esforços devem ser realizados, em colaboração com os demais entes

federados a fim de buscar a superação dessa defasagem.

Tabela 15 - Proficiência do Ensino Fundamental Português 5º ano

Português 9º ano

Matemática 5º ano

Matemática 9º ano

2009

30% 19% 30%

7%

2011

39%

11%

35%

5%

2013 47%

20%

48%

8%

Fonte: QEDU, 2015. Disponível em: http://www.qedu.org.br/cidade/2426-arapoti/

Os dados apresentados mostram a evolução do aprendizado, ou seja, o nível

de proficiência, de acordo com as avaliações externas, por meio dos quais verifica-

se que é passível de se tornar possibilidade em certo espaço de tempo, a efetivação

de uma educação de qualidade superior, com o empenho de todos, considerando

que, conforme dados do EDU/PARANÁ estamos apresentando um crescimento

linear significativo, nos últimos anos, em relação a evolução do aprendizado.

Com relação ao Ideb, as tabelas a seguir ilustram a realidade de busca pela

qualidade da educação básica, apresentando os resultados de cada escola da rede

pública do município, bem como a meta prevista para cada avaliação.

Tabela 16 - Ideb Anos iniciais do Ensino Fundamental

Município 200

5 200

7 200

9 201

1 201

3 200

7 200

9 201

1 201

3 201

5 201

7 201

9 202

1

ARAPOTI 3.6 4.2 4.7 5.2 5.7 3.7 4.0 4.4 4.7 5.0 5.3 5.5 5.8

Escola 200

5

200

7

200

9

201

1

201

3

200

7

200

9

201

1

201

3

201

5

201

7

201

9

202

1

CLOTARIO PORTUGAL E M EI EF

4.4 4.9 5.8 6.4

4.6 4.9 5.2 5.5 5.7 6.0 6.2

DEZIDERIO J CORREA E M EI EF

3.3 3.3 3.8 4.4 4.8 3.4 3.7 4.2 4.5 4.7 5.0 5.3 5.6

ORLANDO P MENDES E M EI EF

2.3 4.4 4.0 5.1 5.9 2.4 2.7 3.1 3.3 3.6 3.9 4.2 4.6

PAULO NOVOCHADLO E M PROF EI EF

4.7 ***

5.0 5.3 5.6 5.8 6.1

ROMANA C KLUPPEL E M EI EF

4.0 4.5 5.0 5.8 5.7 4.1 4.4 4.8 5.1 5.4 5.7 5.9 6.2

TELEMACO CARNEIRO E M EI EF

3.5 4.4 4.9 5.4 6.0 3.5 3.9 4.3 4.6 4.9 5.2 5.4 5.7

ZIZI E M DONA EI EF 3.4 3.7 4.4 4.8 5.6 3.5 3.8 4.2 4.5 4.8 5.1 5.4 5.7

Fonte: INEP/MEC

48

Tabela 17 - Ideb -Anos finais do Ensino Fundamental

Escola 2005

2007

2009

2011

2013

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

202

1

CALOGERAS C E DO C DE EF M

3.2 3.4 3.1 3.3 3.1 3.2 3.3 3.6 4.0 4.4 4.7 4.9 5.2

CARMELINA F PEDROSO C E EF M

4.0 3.8 4.1 3.7 4.0 4.1 4.2 4.5 4.9 5.2 5.5 5.7 6.0

CERRADO DAS CINZAS C E DO C EF M

4.4 4.4

4.6 4.9 5.2 5.4 5.7

COSTA NETO C E CEL EF M

3.2 3.5 3.4 3.9 3.0 3.2 3.4 3.7 4.1 4.4 4.7 5.0 5.2

JOAO PAULO II C E EF M

3.4 4.1 4.0 3.9 2.8 3.4 3.6 3.8 4.2 4.6 4.9 5.1 5.4

RUI BARBOSA C E EF M N PROFIS

3.3 3.2 3.9 3.6 4.0 3.3 3.5 3.7 4.1 4.5 4.8 5.0 5.3

Fonte: INEP/MEC

Observa-se que os alunos não mantém nos Anos Finais o mesmo

desempenho dos anos iniciais do Ensino Fundamental o que demanda um esforço

conjunto entre Município e Estado no sentido de colaboração e direcionamento das

ações pedagógicas, pautando-se nas avaliações como um dos instrumentos

pedagógico para o desenvolvimento de programas de recuperação que garantam a

aquisição das competências consideradas como pré-requisitos para as etapas

posteriores.

Nesse sentido o município de Arapoti vem oferecendo vários instrumentos de

superação das dificuldades como capacitação para os professores, material didático

pedagógico de excelente qualidade, assessoramento pedagógico, avaliações

internas e externas, programas como o mais educação e projetos relacionados à

área da cultura e esporte, entre outros, como possibilidade de valorização do

professor, bem como incentivo, motivação e aumento da auto estima ao aluno,

essencial ao aprendizado.

Vale ressaltar que, o Ensino Fundamental, como a maior etapa da educação

básica, vem apresentando dificuldades, para as quais se faz necessário pensar

soluções, abrangendo desde políticas educacionais que orientem para a mobilização

social em torno dos objetivos, até o cumprimento de responsabilidades por parte dos

agentes responsáveis por este nível de ensino em vista de alcançar a tão almejada

educação de qualidade para todos.

49

2.1.3. Ensino Médio

O Ensino Médio consiste na etapa final da Educação Básica, e foi efetivado

pela Lei nº 5.692/71,inicialmente como segundo grau, com três anos de duração,

visando a qualificação profissional, em nível técnico com quatro anos de duração ou

auxiliar técnico com três anos de duração.

Em 1988, a Constituição Federal apresenta a nova função do Ensino Médio,

de caráter gratuito almejando que todos os brasileiros cursassem o Ensino Médio, o

que aponta para a inserção deste na Educação Básica, sendo que o Art. 205, CF,

traduz neste o objetivo da educação como um todo, garantir o “pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho”. A Possibilidade de universalização do Ensino Médio,

somente despontou com a Lei nº 9.394/96, que no Art. 35, “a consolidação e o

aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,

possibilitando o prosseguimento dos estudos”, tendo em vista a preparação para o

pleno exercício da cidadania.

Assim, o Ensino Médio brasileiro apresentou como referência e objetivo

principal, no decorrer do tempo, a preparação para o ingresso na Educação

Superior, o que vem sendo superado pelas necessidades emergentes da sociedade,

Porém, com o avanço das lutas pela democratização do ensino e com as novas

exigências da sociedade de informação, este não poderia mais ser o único objetivo a

ser alcançado.

Quadro 8 - População na faixa etária do Ensino Médio que frequenta a escola.

Indicador 3A - Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola.

84,3%

Brasil

83,4%

Paraná

77,4%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Indicador 3B - Taxa de escolarização líquida no ensino médio da população de 15 a 17 anos.

55,3%

50

Brasil

61,8%

Paraná

52,9%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Fonte: SIMEC/MEC

Em Arapoti, o Ensino Médio, é ofertado nas instituições da Rede Estadual de

Ensino e na rede privada. O ensino é ministrado através de conhecimentos gerais e

áreas de conhecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio e em

uma unidade da área urbana também oferta Ensino Médio profissional integrado, ou

seja, possui Formação de Docentes.

O Ensino Médio tem vagas disponíveis para atender a 100% da procura.

Entretanto verifica-se que muitos não buscam matricular-se nessa modalidade, pois,

contamos, no ano de 2015, regularmente matriculados com 77,4% da população

frequentando a escola, nessa faixa etária.

Contamos ainda com o CEEP – Colégio Estadual de Ensino Profissionalizante

que oferece quatro diferentes cursos Técnicos.

O município de Arapoti oferece Ensino Profissionalizante a:

40 Jovens - Jovem Aprendiz- Assistente Administrativo;

328 alunos – CEEP, distribuídos nos cursos: Agrícola; Química; Celulose e

Papel e Segurança do Trabalho;

82 Alunos (4 turmas) no Curso de Formação de Docentes do Colégio Rui

Barbosa.

Contamos ainda com instituições privadas e sindicais que oferecem cursos

profissionalizantes de curta duração, para atender as demandas específicas

(comércio, agropecuária, indústria, serviços)

O município dispõe de IES – Particular, que oferece o Curso de Técnico de

Enfermagem - pós Ensino Médio.

Observa-se também que ocorre a matrícula de alunos deste município, no

município vizinho de Jaguariaíva, na Instituição SESI/SENAI, em vista de que as

mesmas oferecem Cursos Profissionalizantes em Nível Técnico e Ensino Médio

integrado ao Profissionalizante. No entanto, é necessário ressaltar que não temos no

51

município a oferta do Ensino profissionalizante integrado a EJA, conforme mostra o

quadro a seguir.

Quadro 9 - Ensino Médio/EJA integrado ao profissionalizante.

Indicador 10 - Percentual de matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional.

Brasil Estado

Município Meta Brasil: 25%

1,7%

Brasil Meta Brasil: 25%

0,6%

Parana Meta Brasil: 25%

0,0%

PR - Arapoti

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013

Verifica-se, a partir dos dados pesquisados, que apenas 52,9 entre 15 e 17

anos se encontram no Ensino Médio. Sendo que não há lista de espera nessa

modalidade de ensino.

Nesse ínterim é importante observar que, conforme dados do último Censo

Demográfico, no município, em agosto de 2010, a taxa de analfabetismo das

pessoas de 10 anos ou mais era de 6,9%. Na área urbana, a taxa era de 6,7% e na

zona rural era de 8,3%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de

analfabetismo era de 1,3%.

Quadro 10 - Alfabetização população com mais de 15 anos

Indicador 9A - Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade.

91,5% Brasil 94,7% Paraná 92,3%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

52

Indicador 9B - Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou mais de idade.

29,4% Brasil 25,3% Paraná 26,9%

PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Nota: O objetivo desse indicador é reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 10,94% estavam cursando o ensino

superior em 2010. Em 2000 eram 2,97% e, em 1991, 2,73%.

Gráfico 3 - Perfil da população/instrução

Fonte: INEP/MEC

No que se refere ao indicador “Expectativa de Anos de Estudo”, que também

sintetiza a frequência escolar da população em idade escolar. Mais precisamente,

indica o número de anos de estudo que uma criança que inicia a vida escolar no ano

de referência deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre 2000 e 2010, ela

passou de 9,56 anos para 10,28 anos, no município, enquanto na União passou de

10,11 anos para 10,43 anos. Em 1991, a expectativa de anos de estudo era de 9,18

anos, no município, e de 9,68 anos, na União.

Observa-se que em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos

ou mais de idade, 9,71% eram analfabetos, 45,77% tinham o ensino fundamental

53

completo, 31,84% possuíam o ensino médio completo e 7,90%, o superior completo.

No Brasil, esses percentuais são, respectivamente, 11,82%, 50,75%, 35,83% e

11,27%.

Quanto ao nível de proficiência no Ensino Médio, o gráfico a seguir apresenta

as informações mais detalhadas.

Gráfico 4 - Proficiência no Ensino Médio

Fonte: QEDU/MEC

Ao analisar os dados verifica-se que ocorre grande defasagem de

conhecimentos, em uma das etapas que finaliza a Educação Básica.

Outro ponto a ser observado de forma reflexiva se relaciona ao acesso e

permanência na escola, conforme mostram os indicadores de escolaridade da

população adulta.

Quadro 11 - Escolaridade da população adulta.

Indicador 8A - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos.

Brasil Estado Município Meta Brasil: 12 anos 9,8 Brasil Meta Brasil: 12 anos 10,2 Parana Meta Brasil: 12 anos 8,9 PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Indicador 8B - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos residente em área rural.

Brasil

0

5

10

15

20

25

30

Categoria 1

1º Ano

2º Ano

3º Ano

54

Estado Município Meta Brasil: 12 anos 7,8 Brasil Meta Brasil: 12 anos 8,9 Parana Meta Brasil: 12 anos 8,0 PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Indicador 8C - Escolaridade média da população de 18 a 29 anos entre os 25% mais pobres.

Brasil Estado Município Meta Brasil: 12 anos 7,8 Brasil Meta Brasil: 12 anos 8,1 Parana Meta Brasil: 12 anos 7,3 PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Indicador 8D - Razão entre a escolaridade média da população negra e da população não negra de 18 a 29 anos.

Brasil Estado Município Meta Brasil: 100% 92,2% Brasil Meta Brasil: 100% 89,8% Parana Meta Brasil: 100% 90,7% PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Diante de tal realidade verifica-se a necessidade do entendimento de que a

Educação de Jovens e Adultos, deve ocorrer de forma intensiva na realidade,

constituindo uma proposta que permeia os diferentes níveis de ensino, em

observância do princípio da universalização do atendimento escolar, preconizado no

artigo 214 da Constituição Federal Brasileira.

Verifica-se que ainda temos muito a melhorar, considerando que o Ensino

Médio, muito além de ser um dos degraus para o Ensino Superior, também

55

fundamenta a inserção no mercado de trabalho e desperta para a busca dos

conhecimentos essenciais para a vida em comunidade.

2.2. MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

As modalidades da Educação Básica foram estruturas a partir da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação, sendo que estas podem ocorrer nas diferentes

etapas da Educação Básica, ocorrendo ainda a possibilidade de que uma etapa

possa conter mais de uma das modalidades de ensino, a saber, Educação Especial,

Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena,

Educação Profissional e Tecnológica, Educação a Distância, a educação nos

estabelecimentos penais e a Educação Quilombola.

Entretanto, cada modalidade da Educação Básica apresenta objetivos,

finalidades e formas de organização específicas, porém que podem ser flexibilizadas

em prol de oportunizar o atendimento do aluno.

2.2.1 Educação Especial

A Educação Especial enquanto modalidade da Educação Básica,

fundamenta-se na Constituição Federal de 1988, ECA - Lei nº 8.069 de 1990,

Política Nacional de Educação Especial de 1994, Decreto nº 3298 de 1999, Portarias

nº 679 de 1999 e 948 de 2007, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei nº

9394/96, nas Diretrizes Curriculares para a Educação Especial na Educação Básica

de 2001, Programa de Educação Inclusiva: direito a diversidade do MEC e no

Decreto nº 5296 ambos de 2004, bem como em diretrizes, conferências e

convenções.

Os direitos a uma educação de qualidade, pautada na “igualdade de

condições de acesso e permanência na escola”. Foram sendo incorporados pela

legislação brasileira, inclusive pelo ECA, ao passo que a LDB delega aos pais ou

responsáveis, a responsabilidade de matrícula dos filhos no ensino regular.

56

Vale ressaltar que o atendimento às pessoas com deficiência, vem passando

por diferentes terminologias e concepções de acordo com os direcionamentos de

cada época, sendo que em alguns momentos as pessoas com deficiências nem

eram conhecidas, pois as famílias mantinham essas pessoas “escondidas em casa”.

No seu desenvolvimento histórico a educação Especial passou por diferentes

momentos, apresentando característica de “confinamento Clínico”, modelo de

integração no qual as pessoas com deficiência eram “treinados’ para se adaptar aos

moldes da escola e, finalmente a educação inclusiva, com a possibilidade do

atendimento destes no ensino regular, prevista no Art. 58 da Lei 9.394/96,

possibilitando a estes a possibilidade do acesso a diversidade, da convivência

saudável, oferece às pessoas que com eles convivem uma relação saudável,

embasada na diversidade, administrando as diferenças, na riqueza da relação

interpessoal, fundamentado na democracia e na cidadania.

Assim, a escola inclusiva é pautada na determinação legal que implica

oferecer a esse alunado currículos, métodos, recursos e organização específicos

para atender às necessidades, além de assegurar a terminalidade específica para

àqueles que não atingirem o nível exigido para a conclusão do Ensino Fundamental,

em virtude da sua deficiência, assim como aceleração de estudos para os alunos

que possuem superdotação.

Assim, a escola poderá contribuir para o pleno desenvolvimento do aluno,

oportunizando situações reais de vivencia em sociedade, desenvolvendo valores

como a responsabilidade, a solidariedade, a dignidade, entre outros.

O município de Arapoti, no que se refere ao percentual de alunos de 4 a 17

anos apresenta, conforme dados oficiais, a seguinte situação.

Quadro 12 - Alunos de 4 a 17 anos com deficiências, que frequentam a escola.

Indicador 4 - Percentual da população de 4 a 17 anos com deficiência que frequenta a escola.

85,8%

Brasil

85,9%

Parana

92,0%

PR - Arapoti

Fonte: IBGE/Censo Populacional - 2010

57

Aos alunos com deficiências matriculados na rede regular de ensino do

município de Arapoti, são ofertadas atividades pedagógicas específicas e

diferenciadas, buscando proporcionar o efetivo aprendizado a esse alunado por

meio de adaptações e flexibilizações curriculares, contemplados no PPP da escola e

no regimento escolar das mesmas.

Na rede pública do município encontram-se alunos que apresentam quadro

de sério comprometimento intelectual e autismo, que conta com um professor de

apoio especializado (PAEE), quer seja na Rede Estadual ou Municipal, sendo este

ofertado a mediante comprovações de laudos médicos. A Educação especial,

ofertada na rede regular de ensino, em classes de recursos, no contra turno, do

município de Arapoti atende, no ano de 2015, regularmente matriculados:

Rede pública municipal: 34, sendo que são atendidos ainda 23 alunos com

transtorno funcional específico, que não fazem parte do público alvo de

atendimento em sala de recurso a nível nacional.

Rede pública estadual: 27 alunos

Rede privada: 20

Observa-se que aos alunos com necessidades educativas especiais, como

DI, DFN, TGD e TFE, tanto da Rede Municipal quanto da Rede Estadual, é ofertado

sala de recursos multifuncional tipo I, sendo que na esfera estadual ocorre ainda a

oferta da sala de recursos multifuncional na área visual e na área de surdez, bem

como a oferta de professor de apoio a comunicação alternativa - PACA, para alunos

com deficiência física-neuromotora e professor de apoio educacional (PAEE) para

alunos com transtornos globais do desenvolvimento, auxiliar operacional para alunos

com DFN, intérprete para alunos surdos.

O município de Arapoti oferece ainda, transporte adaptado para aluno com

deficiência física-neuromotora.

Vale ressaltar que, mesmo com todos os atendimentos especializados

ofertados na rede regular de ensino, ocorrem situações nas quais, pelo grau de

complexidade comprometimento da deficiência a escola regular não apresenta

condições de atender a todas as necessidades do aluno. A estes é ofertada a

educação na modalidade de Educação Especial, na Escola de Educação Especial

Rafael Ribeiro de Lara, nas diferentes etapas da educação Básica, como a Educação

Infantil, Ensino Fundamental, EJA - fase I, que atende alunos com deficiência

58

intelectual e múltiplas deficiências, que por conta do grau de suas dificuldades, o

ensino comum não consegue prover as adaptações necessárias. Tal escola conta

com apoio de equipe multiprofissional, composto por profissionais de psicologia,

fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, assistente social e neurologia e

pediatria. Trata-se de uma escola da Rede Privada/conveniada, que possui

infraestrutura adequada, boas condições de funcionamento, contando com

aproximadamente 50 funcionários, atende a uma demanda de 112 alunos, no ano de

2015.

A Educação Especial, enquanto modalidade da Educação Básica, deve se

pautar no direito de todos à educação de qualidade que ofereça condições reais de

aprendizado e desenvolvimento integral. Nessa perspectiva se fundamenta a

Educação Especial para a próxima década, Assim, o desafio consiste em

operacionalizar a inclusão escolar especialmente daqueles que vivem em situação

de vulnerabilidade social, para que encontrem na escola respeito à diferença e

compromisso com a promoção dos direitos humanos.

2.2.2 Educação de Jovens e Adultos

A Educação de Jovens e adultos se constitui em uma modalidade da

Educação Básica que deve atender a uma grande diversidade de alunado,

considerando, desde as diferentes faixas etárias até as condições socioeconômicas

e culturais desse alunado, ao passo que deve oportunizar a superação das

desigualdades sociais, fundamentada na base legal que determina o direito e a

facilitação ao acesso à escola, a esse público,conforme previsto no Art. 4º, VII e Art.

37 da Lei 9394/96, que:

Art. 4º, VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com

características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo‑ se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola. Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1o Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

59

Verifica-se que a EJA, em vista da demanda encontrada, se efetiva numa

forma de compensação, que, no entanto, se torna capaz de garantir o acesso á

escolaridade a uma grande massa que, não teve possibilidade de se apropriar dos

conhecimentos sistematizados, a nível escolar, nos moldes da educação regular.

Assim, ao pensar sobre o aluno da EJA observa-se a situações diferenciadas

desde o analfabetismo ou a não continuidade dos estudos no ensino regular, que se

apresentam relacionada com questões sociais, econômicas, relações de trabalho e

outras. Assim verifica-se uma heterogeneidade de situações que impediram ou

dificultaram o acesso à escola, o que demanda um atendimento especializado em

vista da multiculturalidade e da diversidade que apresentam.

O município de Arapoti apresenta a situação, demonstrada a seguir, no que

se refere a alfabetização de jovens e adultos.

Quadro 13 - Taxa de alfabetização e analfabetismo funcional em Arapoti

Indicador 9A - Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade.

Brasil

Estado

Município

Meta Brasil: 93.50%

91,5% Brasil

Meta Brasil: 93.50%

94,7% Parana

Meta Brasil: 93.50%

92,3% PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Indicador 9B - Taxa de analfabetismo funcional da população de 15 anos ou

mais de idade.

Brasil

Estado

60

Município

Meta Brasil: 15.30%

29,4% Brasil

Meta Brasil: 15.30%

25,3% Parana

Meta Brasil: 15.30%

26,9% PR - Arapoti

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Censo Populacional - 2010

Nota: O objetivo desse indicador é reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

O município de Arapoti Oferece a EJA em todas as etapas da Educação

Básica.

A EJA Fase I e II do Ensino Fundamental é oferecida sob responsabilidade do

município e a Fase III e ensino Médio é oferecido pela Rede Estadual.

Outro dado importante a observar, no que se refere a EJA, diz respeito a EJA

integrada a Educação Profissionalizante, relacionado na meta 10 do Plano Nacional

de Educação.

Quadro 14 - EJA integrada a Educação Profissional

Indicador 10 - Percentual de matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional

Brasil Estado

Município Meta Brasil: 25%

1,7% Brasil

Meta Brasil: 25% 0,6%

Parana Meta Brasil: 25%

0,0% PR - Arapoti

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013

Conforme o quadro anterior ilustra, não ocorre a oferta de EJA integrada a

Educação Profissional, no Município de Arapoti, a qual deve ser ofertada, no sentido

61

de oportunizar a formação multicultural de uma educação emancipadora, conforme

aponta Paulo Freire.

2.2.3. Educação Profissional e Tecnológica

A Educação Profissional e Tecnológica, modalidade da Educação Básica

subdividida em três níveis: básico, técnico e tecnológico, cujo objetivo se institui em

capacitar jovens e adultos para o mundo do trabalho, se encontra prevista na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

no Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997, na Resolução CEB nº 4, de dezembro

de 1999 e na Resolução CNE/CP nº 3, de 18 de 12 de 2002.

A Lei 9.394/96 prevê que a Educação Profissional Técnica de Nível Médio,

será desenvolvida de forma articulada com o Ensino Médio, de forma integrada,

concomitante com direito a ingressar o aluno que já concluiu o Ensino Fundamental,

e tenha interesse à habilitação profissional técnica de nível médio.

Na forma de organização dos cursos técnicos, no que se refere aos cursos

básicos, estes podem ser abertos a qualquer pessoa interessada, independente da

escolaridade prévia; ou podem exigir uma escolaridade mínima. Já os técnicos são

oferecidos simultaneamente ao Ensino Médio ou após a sua conclusão, e têm

organização curricular própria; e os tecnológicos são cursos de nível superior.

O município de Arapoti oferece Ensino Profissionalizante conforme mostra a

tabela a seguir:

Tabela 18 - Matrículas no Ensino Regular em Arapoti.

62

No ano de 2015, houve significativo crescimento nas matrículas dessa

modalidade, sendo que encontram-se regularmente matriculados:

Curso Básico: 40 Jovens - Jovem Aprendiz- Assistente administrativo;

Curso Técnico integrado e subsequente: 328 alunos – CEEP, distribuídos nos

cursos: Agrícola; química; celulose e papel e segurança do Trabalho;

Curso de Formação: 82 Alunos (4 turmas) no Curso de Formação de

Docentes do Colégio Rui Barbosa.

O município conta ainda, com instituições privadas e sindicais que oferecem

cursos profissionalizantes básicos, para atender as demandas específicas

(comércio, agropecuária, indústria, serviços), bem como com IES – Particular, que

oferece o Curso de Técnico de Enfermagem - pós Ensino Médio e IES – Particular

que oferece Cursos Tecnólogos EaD, em diferentes áreas.

Vale ressaltar que também ocorre matrícula de alunos deste município, no

município vizinho de Jaguariaíva, na Instituição SESI/SENAI, em vista de que as

mesmas oferecem Cursos Profissionalizantes em Nível Técnico e Ensino Médio

integrado ao Profissionalizante.

Considerando que esta modalidade da educação Básica, se apresenta como

uma possibilidade de ingresso no mundo do trabalho deve oportunizar a reflexão e

ações que favoreçam o desenvolvimento da formação humana em sua plenitude.

2.2.4. Educação Escolar do Campo/Rural

A Lei nº 9.394/96, Art. 28, propõe a oferta de Educação Básica para a

população rural com adequação às peculiaridades à vida no campo. Atendendo a tal

determinação surge a base legal para regulamentação, composta pelas seguintes

ações:

Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002, dispondo sobre as Diretrizes

Nacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo;

Ministério da Educação instituiu, pela Portaria nº 1.374, de 03/06/03, um

Grupo Permanente de Trabalho com a finalidade de apoiar a realização de

seminários nacionais e estaduais para a implementação destas ações;

63

Parecer nº 36 de 04 de dezembro de 2001, que trata das Diretrizes

Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo;

Resolução nº 2 de 28 de abril de 2008, que estabelece diretrizes

complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas

públicas de atendimento da Educação Básica do Campo;

Parecer nº 1/2006 que reconhece os dias letivos da alternância;

Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, que dispõe sobre a Política

Nacional de Educação do Campo e sobre o Programa Nacional de Educação

na Reforma Agrária (Pronera), dentre outros.

Verifica-se que a realidade da escola do campo possui particularidades, que

demanda um atendimento diferenciado, não apenas pela localização geográfica,

mas sim pelas características e necessidades próprias para o aluno do campo em

seu espaço cultural, que, no entanto não pode ser suprimido do acesso a pluralidade

do conhecimento em diversas áreas.

Assim, torna-se necessário a formulação de políticas educacionais

específicas e diferenciadas para essas classes, pautadas nos princípios e

fundamentos da Educação do Campo, com o intuito de oferecermos uma educação

de qualidade para os povos do campo, em seus diferentes contextos sociais e

culturais.

O município de Arapoti conta com duas escolas do campo, a saber, Colégio

Estadual do Campo do Cerrado das Cinzas e Colégio Estadual do Campo de

Calógeras, cujos dados são apresentados a seguir.

Tabela 19 - Dados da Escola do Campo de Calógeras em 2015. Números de Calogeras, C E do C De-EF M

Turmas 17

Matrículas 311

Calogeras, C E do C De-EF M

Educação Infantil

Turmas 0 Matrículas 0 Ensino Fundamental

Turmas 5 Matrículas 119 Ensino Médio

Turmas 6 Matrículas 122 Educação de Jovens e Adultos

Turmas 0 Matrículas 0

64

Educação Especial

Turmas 0 Matrículas 0 Atividades Complementares

Turmas 2 Matrículas 55 Fonte: SEED/NRE: WB Tabela 20 - Dados da Escola do Campo do Cerrado das Cinzas em 2015. Números de Cerrado das Cinzas, C E do C-EF M

Turmas 10

Matrículas 157

Cerrado das Cinzas, C E do C-EF M

Educação Infantil

Turmas 0 Matrículas 0 Ensino Fundamental

Turmas 4 Matrículas 77 Ensino Médio

Turmas 3 Matrículas 33 Educação de Jovens e Adultos

Turmas 0 Matrículas 0 Educação Especial

Turmas 0 Matrículas 0 Atividades Complementares

Turmas 2 Matrículas 41

As Escolas citadas atendem a todos os alunos da área rural do entorno,

sendo que a estes é ofertado o transporte escolar.

O município possui ainda duas escolas rurais multisseriadas, que atendem a

população local, e outras duas escolas distantes da sede urbana do município, a

saber, Escola Municipal Orlando Pinto Mendes em Calógeras e Escola Municipal

Professor Paulo Novochadlo no Cerrado das Cinzas, que atendem também a

população do entorno, para as quais existe um projeto de mudança da

denominação, para que passem a configurar como Escolas do Campo,

considerando sua localização e característica do alunado.

2.3. EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

65

A Educação Integral está prevista na Constituição Federal em seus Arts. 205,

206 e 227, no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação – LDB de 1996 nos Arts. 34 e 87, no Plano Nacional de

Educação de 2001 e no Fundo Nacional de manutenção e Desenvolvimento do

Ensino Básico e de Valorização do Magistério. Já o Plano Nacional de Educação de

2014 aponta a Educação Integral com o objetivo de oportunizar a formação integral

da pessoa.

Nesse sentido, um dos instrumentos para ampliação da jornada escolar, se

constitui no Programa Mais Educação, instituído pelo Governo Federal, pela Portaria

Interministerial nº 17 de 2007 e pelo Decreto n° 7.083 de 2010, possibilitando o

desenvolvimento de atividades socioeducativas no contra turno escolar, nas redes

públicas de ensino, abrangendo o acompanhamento pedagógico, cultura e artes,

esporte e lazer, cultura digital, comunicação e uso das mídias, direitos humanos,

educação ambiental, promoção da saúde, investigação no campo das ciências da

natureza e outros.

Nesse sentido a Educação em tempo integral visa desenvolver os alunos na

sua totalidade, fundamentando-se no direito de aprender como inerente ao direito à

vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à convivência familiar e

comunitária conforme preconiza o Decreto n° 7.083/2010.

Conforme dados oficiais, o Município de Arapoti, em relação à meta 6 do PNE

de 2014, que visa oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%

(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25%

(vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da Educação,encontra-se na situação

mostrada a seguir:

Quadro 15 - Escolas e alunos da Educação Integral em Arapoti.

Indicador 6A - Percentual de escolas públicas com alunos que permanecem pelo menos 7h em atividades escolares.

Brasil Estado Município Meta Brasil: 50%

34,7% Brasil

Meta Brasil: 50% 47,9% Paraná

Meta Brasil: 50% 38,9%

66

PR - Arapoti

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013

Indicador 6B - Percentual de alunos que permanecem pelo menos 7h em atividades escolares.

Brasil Estado Município Meta Brasil: 25%

13,2% Brasil

Meta Brasil: 25% 14,1% Paraná

Meta Brasil: 25% 9,7%

PR - Arapoti

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013

O município de Arapoti oferta a educação integral em todas as etapas da

Educação Básica, considerando a disponibilidade de recursos materiais e pessoais,

bem como o interesse das famílias.

67

3. ENSINO SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO

A Educação Superior, encontra-se prevista na Constituição Brasileira, sendo

organizada de acordo com o direcionamento do Art. 9º, inciso IX, da Lei nº 9.394/96,

que dispõe: “é de responsabilidade da União, que deve regulamentar o referido nível

de ensino, podendo suas atribuições ser delegadas aos Estados e ao Distrito

Federal, desde que eles mantenham Instituições de Educação Superior – IES”.

A Educação Superior como elemento de desenvolvimento da pessoa humana

e do seu entorno, por meio das atividades culturais e de extensão às quais são a

este oportunizadas, colabora efetivamente para a melhoria da qualidade de vida da

população, o que vem a tornar o acesso e permanência as IES como possibilidade

real de qualificação profissional, bem como de reflexão e análise de conhecimentos

essenciais para a vida em sociedade.

O Art. 43 da Lei nº 9.394/96, aponta como finalidades da Educação Superior:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e

do pensamento reflexivo; II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

O Paraná, de acordo com o Censo do Ensino Superior de 2012, possuía 195

Instituições de Ensino Superior, sendo que 89,24% dessas Instituições pertencem

ao setor privado e 88,71% dos acadêmicos do Estado se encontram matriculados

em instituições da rede privada.

68

Os dados oficiais não mostram o cálculo do município de Arapoti em relação

às metas do Plano Nacional de Educação referentes a Educação Superior. Quanto

ao Estado do Paraná, apresenta a situação mostrada a seguir.

Quadro 16 - Escolaridade da população do Paraná, de 18 a 24 anos, na Educação Superior

Indicador 12A - Taxa de escolarização bruta na educação superior da população de 18 a 24 anos.

Brasil Estado Meta Brasil: 50%

30,3% Brasil

Meta Brasil: 50% 34,0% Paraná

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012

Indicador 12B - Taxa de escolarização líquida ajustada na educação superior da população de 18 a 24 anos.

Brasil Estado Meta Brasil: 33%

20,1% Brasil

Meta Brasil: 33% 26,1% Paraná

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

Fonte: Município e Mesorregião - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2012

Outro dado valorado no Plano Nacional de Educação se refere a titulação de

Mestres,em vista às possibilidades de contribuição destes pela elevação da

qualidade da educação. Nesse ponto o Paraná apresenta a seguinte pontuação.

Quadro 17 - Títulos de Mestrado e Doutorado concedido por ano no Paraná.

Indicador 14A - Número de títulos de mestrado concedidos por ano.

Brasil Estado

Meta Brasil: 60.000 títulos 47.138 Brasil

Meta Brasil: 60.000 títulos 3.094

Paraná

Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - 2012

Indicador 14B - Número de títulos de doutorado concedidos por ano.

Brasil Estado

Meta Brasil: 25.000 títulos 13.912 Brasil

Meta Brasil: 25.000 títulos 578

Parana

Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - 2012

69

No município de Arapoti encontra-se duas IES que ofertam o Ensino Superior,

sendo uma na modalidade presencial e outra na modalidade EaD, sendo que alguns

acadêmicos estudam em IES de municípios vizinhos. Os dados apresentados a

seguir mostram o número de matrículas e professores do Ensino superior em

Arapoti.

Tabela 21 - Número de matrículas e professores no Ensino Superior Presencial de Arapoti.

O município de Arapoti conta a Faculdade Arapoti - FATI, que oferece Ensino

Superior na modalidade presencial, nos Cursos de Administração e Pedagogia

Considerando as crescentes demandas da sociedade competitiva na qual

vivemos o município de Arapoti, ao buscar aprimoramento em diversas áreas

necessita contar com profissionais com Graduação e Pós-Graduação que supram tal

demanda. O que remete a necessidade de incentivar e fortalecer esse nível de

ensino.

70

4. VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO

A valorização dos profissionais da educação é amparada por diplomas legais

vigentes, sendo que a Lei 9.394/96 dispõe que:

Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

[...] Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-

se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

[...] Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos

profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:

I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com

licenciamento periódico remunerado para esse fim; III - piso salarial profissional; IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na

avaliação do desempenho; V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído

na carga de trabalho; VI - condições adequadas de trabalho. § 1o A experiência docente é pré-requisito para o exercício

profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino.(Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006)

§ 2o Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)

[...]

Verifica-se que a base legal oportuniza aos Profissionais da Educação o

desenvolvimento profissional, humano e social, em prol da necessidade de uma

atuação coerente a realidade educacional.

71

O município de Arapoti, de acordo com dados do INEP, em 2013, apresenta a

situação demonstrada a seguir no que se refere a escolarização dos professores da

Educação Básica.

Quadro 18 - Percentual de professores com graduação e pós-graduação atuantes na Educação Básica de Arapoti.

Indicador 16 - Percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu.

Brasil Estado

Município Meta Brasil: 50%

30,2% Brasil

Meta Brasil: 50% 60,3% Parana

Meta Brasil: 50% 63,6%

PR - Arapoti

Fonte: INEP/Censo Escolar da Educação Básica - 2013

No que se refere á média comparativa de salários percebidos por professores

e não professores, os dados oficiais mostram apenas a nível da União e Estados.

Quadro 19 - Razão entre salários de professores da Educação Básica e não professores, no Estado do Paraná.

Indicador 17 - Razão entre salários dos professores da educação básica, na rede pública (não federal), e não professores, com escolaridade equivalente.

Brasil

Estado Meta Brasil: 100%

72,7% Brasil

Meta Brasil: 100% 85,6% Parana

Fonte: Estado, Região e Brasil - IBGE/Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2013

No município de Arapoti, conforme dados da Secretaria de Educação, o

salário inicial percebido pelos professores da Educação Básica da rede municipal, se

estabelece atendendo ao piso mínimo nacional, para docentes de formação mínima,

sendo aplicados com o acréscimo proporcional aos demais níveis da carreira

(graduação e pós-graduação) e tempo de efetivo exercício.

Conforme dados oficiais o município de Arapoti apresentava, segundo o

censo escolar de 2012, o seguinte quadro.

72

Tabela 22 - Docentes e estabelecimento de ensino na Educação Básica.

No ano de 2015 o município conta com 200 professores, com carga horária

de20h atuando na rede municipal, nas instituições que ofertam Educação

Infantil/pré-escola e Ensino Fundamental - Anos Iniciais.

A escolaridade deste pode ser observada no gráfico a seguir.

Gráfico 5 – Formação dos docentes da rede Municipal de Arapoti

Fonte: Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Verifica-se que a grande maioria dos professores possuem formação em nível

superior com pós-graduação. Sendo que a todos é oferecida formação continuada

de no mínimo 40h por ano, além de cursos de extensão para atender a demandas

específicas, como o pacto pela alfabetização na idade certa.

Outro ponto importante a ressaltar se refere a hora-atividade que o professor

da rede municipal dispõe, como espaço de elaboração, interpretação e avaliação

Formação dos docentes da Rede Municipal de Arapoti

formação de docentesem nivel médio

graduação

pós-graduação

73

coletiva do Plano de Trabalho Docente, se configurando como um dos instrumentos

de participação, do diálogo, da discussão coletiva e da autonomia, e não apenas

num momento em que o professor, de forma solitária planeja suas aulas, que pode

ser mediada pela equipe pedagógica em plena interação com gestão da escola

visando introduzir efetivamente os princípios de eficiência, eficácia, produtividade e

racionalidade aos quais deve se pautar o serviço público.

74

5. GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática e participativa no âmbito educacional encontra-se

prevista na Lei 9.394/96, que dispõe:

Art. 3º, VIII, que afirma” “gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”. Art. 14, do mesmo Diploma Legal, Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Assim, vem sendo aplicada como uma forma de oportunizar a participação

popular na gestão da educação, entendendo o aluno como sujeito do aprendizado e

como tal passível de direitos e responsabilidades, bem como àqueles que por ele

respondem.

A gestão democrática da educação ocupa os discursos mais atuais, sendo

tratada como instrumento para inserção de movimentos de transformação na

atuação dos professores, alunos, pais e comunidade. Para LÜCK (2008, p. 96), “a

gestão se constitui em processo de mobilização e organização do talento humano

para atuar coletivamente na promoção de objetivos educacionais”. Assim, a gestão

democrática pode definir estratégias interativas e transformadoras que possam

estimular situações de aprendizagem e mediar o conhecimento com criticidade,

descobrindo possibilidades em prol da busca pela melhoria da educação como um

todo.

Considerando a importância da gestão democrática, esta vem sendo

incentivada e oportunizada pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de

Arapoti, por meio da organização das Associações de Pais, Mestres e Funcionários-

APMF.

Quanto a implantação e fortalecimento dos Conselhos Escolares em vista de

promover a participação e o trabalho coletivo na construção da cidadania e

efetivação do processo educacional, o Município possui Conselho do CAE e do

FUNDEB e busca revitalizar o Conselho da Educação, para o qual devem convergir

esforços, a fim de estabelecer uma educação pautada na democracia participativa.

75

6. FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Ao trabalhar com a elaboração do Plano Municipal de Educação,

estabelecendo metas e estratégias, verifica-se a importância de conhecer os

recursos atualmente disponíveis, e planejar sua aplicação, visando uma gestão

eficaz, relevante e pertinente, que se comprometa ainda a buscar novas fontes,

sempre que ocorrer a constatação da necessidade de maior investimento.

Vale ressaltar que o investimento na Educação encontra amparo no Art. 212,

caput, da Carta Magna, a qual dispõe que “a União aplicará, anualmente, nunca

menos de dezoito, e os estados, o Distrito Federal e os municípios vinte e cinco por

cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendendo a proveniente

das transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino”.

A Lei 9.394/96, no Art. 74, aponta que a União, em colaboração com os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, “estabelecerá padrão mínimo de

oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo do

custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. O custo mínimo

de que trata este artigo será calculado pela União ao final de cada ano, com

validade para o ano subsequente, considerando variações regionais no custo dos

insumos e as diversas modalidades de ensino” e, no Art. 75, afirma que “a ação

supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir,

progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de

qualidade de ensino”.

Historicamente o financiamento da educação foi implantada inicialmente por

meio do FUNDEF em 1996, para repasse de recursos ao ensino fundamental.

Posteriormente, houve a ampliação do financiamento para a Educação Básica pelo

FUNDEB, em 2007, sendo que os recursos para a educação provem dos impostos

tributários do Município e em transferências estaduais e federais, como o Salário de

Educação, FUNDEB, Programa Nacional do Transporte Escolar - PNATE, Programa

Nacional de Alimentação Escolar - PNAE e PNAC, merenda escolar, Programa

Dinheiro Direto na Escola - PDDE. Esses repasses são calculados com base no

número de alunos matriculados e informados no censo escolar do ano anterior,

exceto o recurso para a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE, sendo

que o acesso a esses recursos se encontra submetido a habilitação no Fundo

76

Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Sendo que o município deve

prestar contas, da aplicação dos recursos comprovando a boa e regular aplicação

dos recursos repassados, bem como o cumprimento do objeto e dos objetivos do

programa e/ou do projeto a que se submete.

No que se refere ao repasse de recurso federal para o município de Arapoti,

no ano de 2014, por meio do FUNDEB, o quadro a seguir pode exemplificar o

repasse e aplicação do recurso.

Quadro 20 - Repasse e aplicação do FUNDEB, em 2014.

77

Disponível em: ftp://ftp.fnde.gov.br/web/siope/Demonst_FUNDEB/RREO_FUNDEB_Municipal_410160_1_2014.pdf

O município, no desenvolvimento da Educação Básica conta ainda com

outros repasses de recursos, como o PDE e PDDE, além de recursos específicos

para implantação de programas pré-determinados.

Considerando o repasse dos recursos destinados a Educação Básica,

verifica-se a possibilidade da manutenção e o desenvolvimento do ensino, bem

como a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, aliada à autonomia gerencial

dos recursos e à participação coletiva na gestão e no controle social.

A meta 20 do Plano Nacional de Educação de 2014, que prevê a ampliação

do investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o

patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto)

ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB

ao final do decênio.

78

7. METAS E ESTRATÉGIAS

7.1. META 1

Universalizar, até 2016, a Educação Infantil na pré-escola para as crianças de

quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta em creches de forma a atender,

no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência deste

PME.

7.1.1. Estratégias

1.1 Articular com o Estado e União a expansão de vagas na Educação Infantil nas

redes públicas e privadas de ensino, conforme padrões nacionais de qualidade e

legislações vigentes, a fim de universalizar a oferta da Educação Infantil na pré-

escola até 2016, e ainda, ampliar em 50% a oferta do atendimento em creches até o

final da vigência deste PME, primando por um atendimento pedagógico adequado e

seguro;

1.2 Fomentar, orientar e acompanhar discussões referentes às estratégias para a

universalização da Educação Infantil, bem como sua relevância enquanto primeira

etapa da Educação Básica;

1.3 Promover ações que possibilitem que até o término da vigência deste PME,

que a diferença entre as taxas de acesso e frequência à Educação Infantil de

crianças com até três anos, oriundas de 1/5 da população com renda familiar per

capita mais elevada e a de 1/5 com renda familiar mais baixa, seja inferior a 10%

tendo como referência os programas sociais existentes;

1.4 Promover ações em regime de colaboração com a União e o Estado,

respeitados as normas de acessibilidade, voltados à construção, reestruturação e

aquisição de equipamentos às instituições que ofertam a Educação Infantil, na Rede

Pública, possibilitando assim, a ampliação do acesso à essa etapa da Educação

Básica;

1.5 Garantir a implantação de programa, em parceria com os demais entes da

federação, de apoio à oferta de Educação Infantil nas unidades prisionais femininas

para filhos de mulheres em privação de liberdade, caso ocorra demanda;

79

1.6. Manter atualizada a lista de espera nas secretarias dos CMEIs, conforme a

procura dos pais, a fim de promover ações para atender a demanda;

1.7 Avaliar, com base nos parâmetros nacionais de qualidade: a infraestrutura física;

quadro pessoal; as condições de gestão; recursos pedagógicos; acessibilidade e

outros indicadores relevantes, a cada dois anos;

1.8 Garantir a execução, acompanhamento e avaliação do PPP dos CMEIs, por

meio de ações integradas da SMEC com as direções das unidades, em consonância

com as diretrizes curriculares nacionais a fim de preservar as especificidades da

Educação Infantil, garantindo uma educação de qualidade;

1.9 Promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à Educação

Infantil, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à

infância, preservando o direito de opção da família, em relação às crianças até 3

(três) anos de idade, atendendo a meta proposta;

1.10 Preservar as especificidades da Educação Infantil na organização das redes

escolares, garantindo o atendimento da criança de 0 a 5 anos em estabelecimentos

que atendam aos parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação com a etapa

escolar seguinte visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6 anos de idade no Ensino

Fundamental;

1.11 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência

das crianças na Educação Infantil, em especial dos beneficiários de programas de

transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos

de assistência social, saúde e proteção à infância;

1.12 Promover ações visando a oferta de vagas, bem como o incentivo, a matrícula,

acesso e permanência das crianças de 0 a 3 anos nos CMEIs mais próximos a sua

residência.

80

7.2. META 2

Universalizar o Ensino Fundamental de nove anos para toda a população de

seis a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa

na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

7.2.1. Estratégias

2.1 Implementar políticas públicas para a correção da distorção idade-ano no Ensino

Fundamental;

2.2 Elaborar, organizar e disponibilizar materiais teórico-metodológicos específicos

para a organização do trabalho pedagógico no Ensino Fundamental, inclusive para

as populações do campo e em situação de itinerância;

2.3 Fortalecer a articulação com a Rede de Proteção de crianças e adolescentes

com vistas ao enfrentamento à evasão, à desistência e ao atendimento dos

estudantes do Ensino Fundamental;

2.4 Apoiar em colaboração com o Estado a oferta da educação inclusiva a todos os

estudantes do Ensino Fundamental, inclusive nas comunidades em situação de

itinerância, indígenas, quilombolas, do campo e ciganas;

2.5 Articular e formalizar, desde a aprovação do PME parcerias entre Estado e

municípios na oferta de formação continuada aos profissionais do magistério que

atuam com estudantes em processo de transição do 5.º para o 6.º ano, orientando e

subsidiando teórica e metodologicamente o planejamento das práticas pedagógicas;

2.6 Orientar e subsidiar o acompanhamento, avaliação e a reestruturação das

Propostas Político-pedagógicas das instituições, da rede pública, dos Anos Iniciais

do Ensino Fundamental, conforme legislações vigentes;

2.7 Desenvolver, em parceria com as instituições de ensino superior (IES), programa

de adequação idade-série, para ser aplicado no Ensino Fundamental;

2.8 Ampliar o acervo bibliográfico estimulando a formação de leitores por meio da

pesquisa e da produção de textos;

2.9 Apoiar e estimular, a partir do 1º ano de vigência do PME, o desenvolvimento de

metodologias e práticas pedagógicas nas áreas das expressões artísticas, iniciação

81

científica, tecnologias, mídias e comunicação, para o desenvolvimento integral dos

estudantes;

2.10 Ampliar as ações e parcerias voltadas ao incentivo das práticas esportivas nas

escolas;

2.11 Fomentar, em regime de colaboração entre Estado e União, políticas de

inclusão e permanência escolar para adolescentes que se encontram cumprindo

medidas socioeducativas em meio aberto, assegurando os princípios do Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA) e demais legislações vigentes;

2.12 Monitorar os índices de distorção idade/ano a fim de criar mecanismos para o

atendimento em contra turno para o aluno com defasagem de aprendizado ou

distorção idade/ano;

2.13 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso da permanência e

do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de

renda, bem como das situações de discriminação, situações de violências e

preconceitos na escola, visando estabelecer condições adequadas para o

desenvolvimento escolar dos alunos, em colaboração com as famílias e com órgãos

públicos de assistência social, saúde e proteção a infância, adolescência e

juventude;

2.14 Estabelecer políticas públicas para garantir a participação e a conscientização

dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares e

aprendizado dos filhos por meio do estreitamento das relações entre a escola e

família;

2.15 Garantir o cumprimento da legislação vigente em relação ao número de

matrículas mínima e máxima por turma, evitando prejuízos aos alunos, garantindo

boas condições de trabalho ao professor e suprindo as necessidades pedagógicas

das diversas faixas etárias, respeitando a demanda local;

2.16 Garantir a existência, suficiência, diversidade e acessibilidade de materiais

pedagógicos, especialmente livros, apostilas e outros, aos alunos dos anos inicias

do Ensino Fundamental, melhorando-os periodicamente;

2.17 Garantir, a partir da aprovação deste Plano, dentro da estrutura administrativa

da SMEC a assessoria de profissionais específicos para a formação continuada dos

professores para o Ensino de Língua Portuguesa e Matemática;

82

2.18 Garantir, a partir deste PME, a continuidade de projetos educacionais

desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura na área de literatura

infantil, dramatização e teatro, música, dança, entre outros, que auxiliem no

processo de aprendizagem, atendendo a rede municipal urbana, do campo, rural,

escolas estaduais, conveniadas e privadas;

2.19 Fomentar a continuidade dos projetos desenvolvidos pelo Programa Mais

Educação.

83

7.3. META 3

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a

17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste Plano, a taxa líquida

de matrículas no Ensino Médio para 85%.

7.3.1. Estratégias

3.1 Apoiar o acesso e permanência dos alunos de 15 a 17 anos no Ensino Médio,

estabelecendo políticas públicas para garantir a participação da família no

acompanhamento das ações pedagógica da escola, bem como criando mecanismos

para ampliar a diversidade na oferta de cursos no Ensino Médio, incluindo, dentro

das possibilidades orçamentárias, as populações em situação de itinerância, do

campo, indígenas, ribeirinhos, ciganos e quilombolas;

3.2 Incentivar a reorganização do currículo do Ensino Médio respeitando as

especificidades dos sujeitos do Ensino Médio com vistas a atender as demandas e

expectativas de uma escola de qualidade que garanta o acesso, a permanência e o

sucesso no processo de aprendizagem e constituição da cidadania de acordo com a

legislação vigente;

3.3 Apoiar a criação de espaços físicos adequados e adquirir materiais e

equipamentos para laboratórios de Física, Química, Biologia, Matemática e produzir

material de apoio pedagógico para todas as disciplinas do Ensino Médio, da rede

pública de ensino, atendendo ao propósito de melhoria da qualidade do ensino e,

consequentemente, da permanência dos estudantes nesta etapa de ensino;

3.4 Incentivar o desenvolvimento de programas específicos de modernização dos

laboratórios de informática das escolas da rede pública de ensino, com o objetivo de

ampliar a incorporação das tecnologias da informação, comunicação e assistiva nas

práticas pedagógicas dos profissionais do magistério;

3.5 Incentivar a implementação de políticas públicas para a correção da distorção

idade-ano no Ensino Médio;

3.6 Fomentar, em regime de colaboração entre Estado, União e municípios, políticas

de inclusão e permanência escolar para adolescentes que se encontram cumprindo

84

medidas socioeducativas em meio aberto, fechado e internação cautelar,

assegurando os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e

legislações vigentes;

3.7 Incentivar a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a

ampliação da prática desportiva, integrada ao currículo escolar;

3.8 Fomentar os atendimentos psicológicos, assistenciais e de saúde aos alunos do

Ensino Médio, disponibilizando vagas, nos atendimentos da rede pública municipal

às Escolas Estaduais, estabelecendo o diálogo entre as instituições de ensino, as

famílias e os órgãos e serviços públicos a fim de favorecer a triagem, agendamento

e encaminhamentos sob responsabilidade das famílias e referidas escolas;

3.9 Promover, em regime de cooperação com os entes federados, a busca ativa da

população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com

os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude;

3.10 Fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do

campo de jovens, na faixa etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos,

com qualificação social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e

com defasagem no fluxo escolar;

3. 11 Implementar, em regime de colaboração com os demais entes federados,

políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de

discriminação, criando rede de proteção contra a exclusão;

3.12 Estimular a participação dos adolescentes nos cursos profissionalizantes das

áreas tecnológicas e científicas, com aulas diferenciadas, aulas laboratoriais,

ministradas por professores qualificados.

85

7.4. META 4

Universalizar, para a população de quatro a 17 anos com deficiências,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

o acesso à Educação Básica e ao atendimento educacional especializado,

preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema

educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas

ou serviços especializados, públicos e conveniados.

7.4.1. Estratégias

4.1 Ampliar a identificação de estudantes com deficiências, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, de acordo com as necessidades

educacionais específicas, matriculados nas escolas urbanas, do campo e rurais da

Rede Municipal;

4.2 Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos

multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou

conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos os alunos com

deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação, matriculados na Educação Básica da rede pública

municipal, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a

família e o aluno;

4.3 Promover a articulação e a colaboração entre as redes estadual, municipal e

conveniadas de ensino, com foco no atendimento especializado do aluno da

Educação Especial;

4.4 Desenvolver projetos em parceria com as IES para realização de pesquisas,

desenvolvimento de metodologias, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva,

objetivando o acesso, a permanência e a qualidade de desenvolvimento da

educação do aluno com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas

habilidades/ superdotação;

4.5 Reforçar e ampliar as parcerias entre as entidades mantenedoras de escolas de

Educação Básica, modalidade Educação Especial, com os governos do Estado e

86

dos municípios, para ampliação de investimentos em infraestrutura, equipamentos,

materiais didáticos e outros, como previsto na Lei Estadual n.º17.656/2013, e em

outras que a sucederem durante a vigência deste Plano;

4.6 Promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas

sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando à ampliação das

condições de apoio ao atendimento escolar integral de pessoas com deficiências,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

matriculadas nas redes públicas de ensino;

4.7 Promover concurso público para admissão de professores proficiente em libras,

ou com especialização de Libras, ou com licenciatura em Letras-Libras e incentivar a

oferta de bancas na seleção de profissionais Intérpretes de Libras, para atuar como

tradutor e intérprete de Libras na Educação Básica no atendimento educacional ao

aluno surdo;

4.8 Fortalecer a parceria com MEC e instituições de ensino superior para subsidiar a

produção de material para alunos cegos ou com baixa visão matriculados na

Educação Básica;

4.9 Fomentar a formação continuada de profissionais do magistério para

atendimento educacional especializado em escolas de Educação Básica;

4.10 Expandir e fortalecer o atendimento educacional especializado, realizado no

turno e contra turno, disponibilizando acesso ao currículo, enriquecimento curricular

e independência para realização de tarefas e construção da autonomia.

4.11 Criar, consolidar e garantir a partir do 2º ano de vigência do Plano a abertura de

um Centro multidisciplinar de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com

instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde,

assistência social, pedagogia, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia

ocupacional, psicomotricidade e outros para apoiar o trabalho de professores da

Educação Básica com estudantes com algum tipo de deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

4.12 Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade

nas instituições públicas para garantir o acesso e a permanência de estudantes com

deficiências.

4.13 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao

atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do

87

desenvolvimento escolar dos estudantes com deficiências mentais, auditivas e/ou

visuais, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

beneficiários de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às

situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento

de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as

famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância,

à adolescência e à juventude.

4.14 Instituir programas permanentes de acompanhamento e monitoramento do

acesso e permanência dos estudantes com deficiências mentais, auditivas e/ou

visuais, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

nas escolas da rede pública de ensino ou conveniadas.

4.15 Promover o desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais que atendam

às especificidades educacionais de estudantes com deficiências mentais, auditivas

e/ou visuais, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação que requeiram medidas de atendimento especializado.

4.16 Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da Educação para atender à

demanda do processo de escolarização de estudantes com deficiências, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, garantindo o

suprimento de professores para o atendimento educacional especializado,

profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intérpretes de Libras, guias-

intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e

professores bilíngues.

4.17 Definir, no segundo ano de vigência deste PME, indicadores de qualidade e

política de avaliação e supervisão para o funcionamento de instituições públicas e

privadas que prestam atendimento a estudantes com deficiências mentais, auditivas

e/ou visuais, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação.

4.18 Incluir nos instrumentos institucionais e em parceria com o MEC, para

recenseamento da população com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, itens específicos para a

identificação de indicadores de qualidade de vida deste segmento social.

4.19 Garantir a participação de educadores surdos e demais lideranças, professores,

tradutores-intérpretes de Libras e comunidades surdas na formulação e execução de

88

política linguística que responda às necessidades, interesses e projetos dessa

comunidade.

4.20 Promover parcerias com instituições filantrópicas, comunitárias e confessionais

sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a

participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional

inclusivo que contemple as condições de acessibilidade e apoio total necessário ao

atendimento escolar integral de pessoas com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades e superdotação.

4.21 Incentivar a participação dos docentes em cursos de licenciatura que

contemplem a Educação Especial e Libras na perspectiva de uma Educação

Inclusiva.

4.22 Promover programa de incentivo à participação de estudantes com deficiências

atendidos pela Rede Estadual de ensino e conveniadas a cursos de qualificação

profissional.

4.23 Estabelecer a adaptação curricular em todas as etapas de ensino que venham

a atender as necessidades de alunos com deficiências, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.24 Incentivar e fomentar o ensino de Libras na formação de docentes.

89

7.5. META 5

Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) Ano do

Ensino Fundamental.

7.5.1. Estratégias

5.1 Estruturar os processos pedagógicos a fim de garantir a alfabetização a todas as

crianças até o final do terceiro do Ensino Fundamental nos anos iniciais, articulando-

os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização

dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico;

5.2 Aplicar, desde a aprovação deste PME, instrumentos nacional e municipal

periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, a cada ano e

através dos resultados obtidos, implementar medidas pedagógicas que auxiliem na

defasagem observada;

5.3 Fomentar a continuidade do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa do

Governo Federal;

5.4 Garantir, a partir do 1º ano de vigência do PME dentro da Estrutura

Administrativa da Secretaria Municipal de Educação a nomeação de profissional

específico para a coordenação de alfabetização da pré-escola até o terceiro ano do

Ensino Fundamental;

5.5 Garantir, desde a aprovação deste PME, a continuidade de projetos

educacionais desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura na

área de literatura infantil, dramatização e teatro, música, dança, entre outros, que

auxiliem no processo de aprendizagem, atendendo a rede municipal urbana, do

campo, rural, escolas estaduais, conveniadas e privadas;

5.6 Fomentar a continuidade dos projetos desenvolvidos pelo Programa Mais

Educação;

5.7 Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência

dos alunos na Educação Básica, em especial dos beneficiários de programas de

transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos

de assistência social, saúde e proteção à infância;

90

5.8 Garantir, desde a aprovação deste PME, apoio pedagógico para alunos com

defasagem e/ou dificuldades de aprendizagem até o 3º Ano do Ensino Fundamental

visando o aumento da porcentagem de aprovação.

91

7.6. META 6

Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por

cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e

cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

7.6.1. Estratégias

6.1 Assegurar, via Fórum, debates com a comunidade escolar, IES e Fundações,

com o objetivo de discutir propostas inovadoras para a política de educação integral;

6.2 Aderir em regime de colaboração com a União e o Estado, a programa de

construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para

atendimento em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com

crianças em situação de vulnerabilidade social;

6.3 Fomentar em regime de colaboração através do programa nacional de

ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras

poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades

culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros

equipamentos, bem como da produção de material didático e da formação de

recursos humanos para a educação em tempo integral;

6.4 Fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos,

culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários,

bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários;

6.5 Atender às escolas do campo e de comunidades indígenas e quilombolas, bem

como população em situação de itinerancia, na oferta de educação em tempo

integral, com base em consulta prévia e informada, considerando-se as

peculiaridades locais;

6.6 Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, por

meio de `Programas como o “Mais educação”, direcionando a expansão da jornada

para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e

culturais;

92

6.7 Estabelecer parcerias com as IES para o desenvolvimento de projetos

educacionais, visando à ampliação da jornada escolar;

6.8 Propiciar formação continuada dos profissionais do magistério e demais

trabalhadores da Educação atuantes na Educação Básica, na rede pública de

ensino, na oferta de atividade de educação integral e jornada ampliada, nos

formatos de cursos de extensão, aperfeiçoamento e pós-graduação;

6.9 Elaborar, organizar e disponibilizar materiais teórico-metodológicos específicos

para a organização do trabalho pedagógico na educação em tempo integral,

inclusive para as populações do campo, quilombolas, indígenas, ciganos e em

situação de itinerância;

6.10 Garantir a partir do 2º ano de vigência deste PME,o índice mínimo de

atendimento integral estabelecido nesta meta.

6.11 Fomentar a articulação com os demais entes federados à adesão ao “Programa

Saúde na Escola”.

93

7.7. META 7

Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades,

com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as

seguintes médias nacionais para o Ideb:

Ideb 2015 2017 2019 2021

Anos iniciais do

Ensino

Fundamental

5,2 5,5 5,7 6,0

Anos finais do

Ensino

Fundamental

4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino Médio 4,5 4,7 5,0 5,2

7.7.1. Estratégias

7.1 Implantar e assegurar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes

pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com

direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para

cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade local;

7.2 Assegurar que:

a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos

(as) alunos (as) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio tenham alcançado nível

suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o

nível desejável

b) no último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do ensino

fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado

em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano

de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável;

94

7.3 Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por

meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a

serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a

melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as)

profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática;

7.4 Oportunizar a execução dos planos de ações articuladas – PAR, dando

cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e

às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão

educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio

escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria

e expansão da infraestrutura física da rede escolar;

7.5 Instigar a participação dos alunos da educação básica nas avaliações da

aprendizagem no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA,

tomado como instrumento externo de referencia internacionalmente reconhecido;

7.6 Incentivar o desenvolvimento de tecnologias educacionais para a educação

infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas pedagógicas

inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem,

assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência

para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o

acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas;

7.7 Garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do

campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e

padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas

pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e

financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às

necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo

médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.8 Desenvolver pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a

população do campo que considerem as especificidades locais e as boas práticas

nacionais e internacionais;

7. 9 Universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, o acesso à rede mundial

de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década,

a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica,

95

promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da

comunicação;

7.10 Implantar instrumentos acompanhamento visando a transparência do efetivo

desenvolvimento da gestão democrática;

7.11 Ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao (à) aluno (a), em

todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de

material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;

7.12 Assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso dos

alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a

equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a

acessibilidade às pessoas com deficiência;

7.13 Institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de

reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à

equalização regional das oportunidades educacionais;

7.14 Prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização

pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas públicas da educação básica,

criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições necessárias para

a universalização das bibliotecas, com acesso a redes digitais de computadores,

inclusive a internet;

7.15 O município, em regime de colaboração com o Estado adotará os parâmetros

mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como

referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros

insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a

melhoria da qualidade do ensino, estabelecidos pela União;

7.16 Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas, bem como manter

programa de formação inicial e continuada para o pessoal técnico das secretarias de

educação;

7.17 Promover políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo

desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção

dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a

adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz

e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade;

96

7.18 Implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes

e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua,

assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da

Criança e do Adolescente;

7.19 Garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-

brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos

10.639, de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se

a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de

ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial,

conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil;

7.20 Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação

formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a

educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle

social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais, em todas as fases

da educação básica;

7.21 Promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local

com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social,

esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral ao aluno e às

famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.22 Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção,

prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e

emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da

qualidade educacional;

7.23 Promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano

Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de

professores, bibliotecários para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de

acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da

aprendizagem;

7.24 Implantar políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no

Ideb, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade

escolar;

7.25 Incentivar a utilização de tecnologias a contribuir com a sustentabilidade

ambiental.

97

7.8. META 8

Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove)

anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano

de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor

escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar

a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

7.8.1. Estratégias

8.1 Fomentar programas de desenvolvimento de tecnologias para correção de fluxo,

para acompanhamento pedagógico individualizado e para recuperação e progressão

parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado,

considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados;

8.2 Implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos

populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-

série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade da

escolarização, após a alfabetização inicial;

8.3 Incentivar o acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos

fundamental e médio;

8.4 Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o

acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os

segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e, em

regime de colaboração com os demais Entes Federativos, promover a garantia de

frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do

atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular de ensino;

8.5 Incentivar a busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos

populacionais considerados, em parceria com as áreas de assistência social, saúde

e proteção à juventude;

8.6 Ampliar a oferta de vagas na EJA, em turnos diferenciados para atender a

demanda da população urbana e em escolas do campo.

98

7.9. META 9

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para

93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final

da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50%

(cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

7.9.1. Estratégias

9.1 Assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não

tiveram acesso à educação básica na idade própria;

9.2 Verificar a demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos a partir de

diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos;

9.3 Implementar ações de alfabetização de jovens e adultos oportunizando a

continuidade da escolarização básica;

9.4 Elaborar políticas públicas a nível municipal para incentivo à frequência de

jovens e adultos que já atuam ou não, no mundo do trabalho, nos cursos de

alfabetização;

9.5 Realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos,

promovendo-se busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em

parceria com organizações da sociedade civil;

9.6 Promover ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e

adultos por meio de programas suplementares de transporte, alimentação e saúde,

inclusive atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, em

articulação com a área da saúde;

9.7 Apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e

adultos que visem ao desenvolvimento de modelos adequados às necessidades

específicas desses (as) alunos (as);

9.8 Possibilitar a inclusão de pessoas com NEE nas turmas de EJA.

99

7.10. META 10

Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação

de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à

educação profissional.

7.10.1. Estratégias

10.1 Fomentar a educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino

fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da

educação básica;

10.2 Articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação

profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador;

10.3 Ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e

baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos

articulada à educação profissional;

10.4 Impulsionar a oferta pública de formação inicial e continuada para

trabalhadores articulada à educação de jovens e adultos, em regime de colaboração

e com apoio de entidades privadas de formação profissional vinculadas ao sistema

sindical e de entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência,

com atuação exclusiva na modalidade;

10.5 Assegurar a formação continuada específica dos professores da EJA, conforme

as diretrizes nacionais em regime de colaboração com os demais entes federados;

100

7.11. META 11

Duplicar, até o final da vigência deste PME, as matrículas da Educação

Profissional Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e

expansão no segmento público.

7.11.1. Estratégias

11.1 Incentivar as matrículas de educação profissional técnica de nível médio na

Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, disponíveis no

município e municípios circunvizinhos;

11.2 Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio

nas redes públicas estaduais de ensino;

11.3 Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio

na modalidade de educação à distância, com a finalidade de ampliar a oferta e

democratizar o acesso à educação profissional pública e gratuita, assegurado

padrão de qualidade;

11.4 Estimular o estágio na educação profissional técnica de nível médio,

preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno,

visando à formação de qualificações próprias da atividade profissional, à

contextualização curricular e ao desenvolvimento da juventude;

11.5 Fomentar o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação

profissional para as populações do campo e para as comunidades indígenas e

quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades;

11.6 Promover, em parceria com as entidades mantenedoras de escolas de

Educação Básica, na modalidade Educação Especial, cursos para a qualificação

profissional de jovens e adultos com deficiência, expandindo a oferta da educação

profissional técnica de nível médio para as pessoas com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

11.7 Reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso e permanência

na educação profissional técnica de nível médio, inclusive mediante a adoção de

políticas afirmativas, na forma da lei;

101

11.8 Ampliar as vagas em programas de Educação Profissional, em parceria com

instituições certificadoras (SENAI, SEBRAE e outras) como forma de estabelecer

relações com o mundo do trabalho e melhor atender o jovem em sua formação

profissional.

11.9 Estabelecer parcerias e convênios, para estimular a iniciação científica na rede

pública estadual de educação profissional.

11.10 Incentivar a implantação de cursos de especialização técnica de nível médio,

nos centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs), da rede pública estadual

de ensino;

11.11 Promover a conscientização, junto às empresas do município, a fim de

aumentar a demanda para a contratação de aprendizes e estagiários;

11.12 Incentivar a contratação de aprendizes, por meio de conscientização das

empresas do município, bem como viabilizar novas possibilidade e formas de

organização do trabalho.

102

7.12. META 12

Articular, com a União e o Estado a elevação da taxa bruta de matrícula na

educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33%

(trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos

de idade, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40%

(quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

7.12.1. Estratégias

12.1 Fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita prioritariamente para

a formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências

e matemática, bem como para atender ao déficit de profissionais em áreas

específicas, buscando parcerias, como a extensão de universidades estaduais no

município;

12.2 Ampliar a oferta de estágio como parte da formação na educação superior,

analisando a estrutura administrativa em relação a essa demanda;

12.3 Fiscalizar as condições de acessibilidade nas instituições de Educação

Superior, na forma da legislação, por meio da criação de Conselho Municipal de

Educação;

12.4 Fomentar e articular mecanismos para ampliar a proporção de mestres e

doutores, de acordo com os índices da meta, aplicados individualmente a cada

instituição de ensino superior, sejam elas públicas ou privadas.

12.5 Estimular estudos, pesquisas, produção e difusão de conhecimentos, materiais

pedagógicos, bibliográficos, audiovisuais e acadêmicos sobre a diversidade, com

vistas ao enfrentamento de todas as formas de violências, preconceitos e

discriminações, em parcerias com as IES.

12. 6 Articular, com a União, a promoção de programas e ações que favoreçam a

participação dos estudantes de licenciatura na rede de educação básica,

melhorando a qualidade da formação, assim como despertando o interesse dos

alunos da educação básica para a carreira docente.

103

12.7 Fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação

entre formação, currículo, pesquisa e mundo do trabalho, considerando as

necessidades econômicas, sociais e culturais do Estado, priorizando os alunos que

fazem parte dos programas governamentais de geração de renda.

12.8 Promover parcerias entre instituições de ensino superior, de modo a contribuir

com o desenvolvimento regional e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

12.9 Articular, com a União, a expansão e a descentralização da oferta de educação

superior pública e gratuita, atendendo a todas as regiões e demandas do Estado.

12.10 Estimular mecanismos para acesso e permanência na educação superior, por

meio de incentivos como subsídios de transporte e alimentação;

12.11 Fiscalizar, por meio de Conselhos da Educação, aplicação das leis municipais

no que se refere à educação.

12.12 Incentivar a ampliação de vagas de estágio em no setor público e privado do

município.

104

7.13. META 13

Promover o crescimento da qualidade da educação superior e ampliar a

proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício, no

conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por

cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) de doutores,

até ao final da vigência desse Plano.

7.13.1. Estratégias

13.1 Fomentar e articular mecanismos para ampliar a proporção de mestres e

doutores, de acordo com os índices da meta, aplicados individualmente a cada

instituição de ensino superior, sejam elas públicas ou privadas.

13.2 Contribuir com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior-

SINAES (Lei 10.861-2004), fortalecendo as ações de avaliação, regulação e

supervisão, no âmbito da educação superior do Estado do Paraná.

13.3 Estimular, de forma articulada com a União, a oferta de programas de pós-

graduação stricto sensu.

13.4 Incentivar, de forma articulada com a União, a formação inicial e continuada

dos profissionais técnicoadministrativos da educação superior, bem como a

formação continuada dos docentes formadores.

13.5 Oportunizar o desenvolvimento local, priorizando aos professores vagas para

professores residentes no município.

13.6 Articular o ingresso de docentes do Ensino Superior em Programa Federal de

Mestrado e Doutorado, por meio de ações subsidiadas pelo poder público e iniciativa

privada.

105

7.14. META 14

Elevar gradualmente, em articulação com a União e o Estado, a oferta de vagas

na pós-graduação stricto sensu, visando o aumento do percentual de mestres

e doutores, até o final da vigência do Plano.

7.14.1. Estratégias

14.1 Estimular a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, utilizando

inclusive metodologias, recursos e tecnologias de educação a distância;

14.2 Fomentar a pesquisa científica e de inovação e promover a formação de

recursos humanos que valorize a diversidade regional;

14.3 Articular, em cooperação com os demais entes federados, mecanismos para

elevar gradualmente a oferta de vagas nos programas pós-graduação strictu sensu,

priorizando a oferta aos profissionais da Educação Básica;

106

7.15. META 15

Garantir, em regime de colaboração entre a União, o Estado e os municípios,

no prazo de um ano de vigência deste PME, a implantação de políticas de

incentivo à formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I,

II e III do caput do Art. 61, da Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

assegurando que todos os professores da Educação Básica possuam

formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área

de conhecimento em que atuam.

7.15.1. Estratégias

15.1 Atuar, conjuntamente com o Estado e a União, com base em plano estratégico

que apresente diagnóstico das necessidades de formação de profissionais da

educação, atendendo a demanda de formação dos profissionais da educação;

15.2 Ampliar programa permanente de iniciação à docência, por meio de estágio

supervisionado, a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, a fim de

aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica;

15.3 Fomentar a oferta de cursos tecnológicos de nível superior destinados à

formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da educação de

outros segmentos que não os do magistério;

15.4 Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível

médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho de articulação

entre a formação acadêmica e as demandas da Educação Básica.

15.5 Fomentar a criação e/ou reformulação do plano de carreira dos docentes do

ensino superior.

107

7.16. META 16

Garantir a formação, em nível de pós-graduação, 50% dos professores/as da

Educação Básica, até o último ano de vigência deste PME e garantir a todos os

profissionais da Educação Básica formação continuada em sua área de

atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos

sistemas de ensino.

7.16.1. Estratégias

16.1 Fomentar a matrícula dos docentes em Cursos de pós Graduação das

instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às

políticas de formação da União e Estado;

16.2 Fortalecer a formação dos professores das escolas públicas de educação

básica, por meio do acesso a bens culturais;

16.3 Incentivar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para

dimensionamento da demanda por formação continuada e fomentar a respectiva

oferta por parte das instituições públicas de educação superior;

16.4 Organizar programa de formação continuada para professoras da rede

municipal a fim de aprimorar a formação daqueles profissionais para atuar no

magistério da Educação Básica, nas etapas da Educação Infantil e anos iniciais.

16.5 Estabelecer parceria com o MEC, demais órgãos da União e sistemas públicos

e privados de ensino, para oferta de cursos de formação continuada e pós-

graduação aos profissionais da Educação Básica.

16.6 Fomentar, em regime de colaboração com a União e Estado, política de

formação continuada e em nível de pós-graduação (latu sensu e stricto sensu) aos

profissionais da educação.

108

7.17. META 17

Valorizar as/os profissionais do magistério das redes públicas de Educação

Básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao das/dos demais

profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de

vigência deste PME

7.17.1. Estratégias

17.1. Acompanhar o fórum permanente a ser instituído pelo Ministério da Educação

para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional

para os profissionais do magistério público da Educação Básica.

17.2. Buscar junto à União, a assistência financeira específica para implementação

de políticas de valorização dos profissionais do magistério, mantendo ou melhorando

o piso salarial nacional profissional.

17.3. Buscar mecanismos de reorganização da Rede Municipal de Ensino, tendo em

vista a busca da relação professor/aluno dentro de padrões ideais.

109

7.18. META 18

Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para

os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os

sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da

educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional

profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da

Constituição Federal.

7.18.1. Estratégias

18.1 Garantir investimentos em formação inicial e continuada de forma que

promovam a qualidade do processo ensino e aprendizagem em todas as etapas e

modalidades de ensino, a progressão em plano de carreira;

18.32 Estruturar um sistema de avaliação dos profissionais em estágio probatório,

conforme legislação vigente, a fim de fundamentar a decisão pela efetivação ao

cargo, e dos profissionais da educação para promoção em carreira;

18.3 Garantir a oferta de formação continuada específica para equipe pedagógica e

administrativa das escolas da rede pública;

18.4 Assegurar que, no mínimo, 20% da carga horária semanal dos docentes,

atuantes em sala de aula, sejam utilizadas para preparação de aulas, avaliações,

estudo dirigido e reuniões pedagógicas;

18.5 Estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação

de todos os sistemas de ensino, em todas as instâncias da Federação, para

subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação

dos planos de Carreira.

18.6 Fomentar a elaboração de plano de carreira dos servidores municipais que

exercem atividades alusivas à educação.

110

7.19. META 19

Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da gestão

democrática da educação pública prevendo recursos e apoio técnico em

regime de colaboração entre os entes federados

7.19.1. Estratégias

19.1 Fortalecer os conselhos escolares municipais, como instrumentos de

participação e acompanhamento da gestão escolar e educacional, inclusive por meio

de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de

funcionamento autônomo;

19.2 Promover a participação responsável de todos os segmentos da comunidade, a

cada tempo requisitado, bem como a consulta de profissionais da educação,

estudantes e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos,

currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares;

19.3 Fortalecer e ampliar as formas de acompanhamento das famílias no

desempenho escolar dos estudantes, visando à qualidade do ensino;

19.4 Modernizar o sistema de gestão e controle de materiais e equipamentos

fornecidos às instituições de ensino.

19.5 Aperfeiçoar o processo de designação dos diretores e diretoras de escola, por

meio de consulta a comunidade, propiciando melhores condições de atendimento na

gestão democrática.

19.6 Fortalecer e apoiar a integração escola-comunidade, desenvolvendo atividades

culturais, esportivas, de lazer e cursos profissionalizantes, bem como debater

assuntos relacionados a indicadores educacionais de qualidade, fortalecendo o

princípio de gestão democrática.

19.7 Desenvolver projetos escolares que incluam conceitos de sustentabilidade,

acessibilidade, segurança e conforto, em atendimento às legislações vigentes e

normas de segurança na área de construção civil, para atender às demandas da

educação integral.

111

19.8 Fortalecer a parceria com a União e Estado para aquisição de materiais de

apoio pedagógico, como dicionários, livros didáticos, obras literárias, materiais de

laboratório, dentre outros, inclusive em Braile.

19.9 Promover o fortalecimento de ações da rede de proteção nas escolas para

atuar no enfrentamento das formas associadas de exclusão e violações de direitos

de crianças e adolescentes.

19.10 Estabelecer mecanismos de monitoramento dos casos de evasão, abandono,

reprovação e aprovação por conselho de classe;

19.11 Estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o

fortalecimento de grêmios estudantis e associações de pais, assegurando-se-lhes,

inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e

fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das

respectivas representações;

19.12 Estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e

conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e

fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de

formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo;

19.13 Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos

(as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos

escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a

participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares, exigindo-se a

participação da comunidade escolar.

112

7.20. META 20

Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no

mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do

País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a

10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

7.20.1. Estratégias

20.1 Fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do

parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a

transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em

educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais

eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de

acompanhamento e controle social do Fundeb, com a colaboração entre o Ministério

da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios e os

Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios;

20.2 Pactuar com a União e o Estado, em regime de colaboração, a formulação de

estratégias que assegurem fontes de financiamento permanentes e sustentáveis

para todos os níveis, etapas e modalidades da Educação Básica.

20.3 Assegurar, em regime de colaboração, recursos contínuos do Estado e

municípios, em proporção adequada, para a manutenção do transporte escolar de

qualidade.

20.4 Promover, por meio de ações em colaboração com o Estado, um Pacto de

Ação para implantação de um plano de recuperação e adequação das condições

estruturais e físicas das unidades públicas de ensino, buscando recursos

complementares junto ao governo federal, visando estabelecer um padrão de

qualidade.

20.5 Criação de audiências públicas setoriais visando melhor participação da

comunidade na gestão democrática da educação;

20.6 Oportunizar o gerenciamento dos recursos da educação pela Secretaria

Municipal da Educação, com direto acompanhamento e legitimação dos Conselhos

escolares.

113

8. IMPLEMENTAÇÃO, ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO

A elaboração coletiva deste Plano Municipal de Educação Arapoti, mostra a

intencionalidade de implantação deste e a possibilidade de sucesso. Todavia, se faz

necessária mobilização popular e vontade política das forças sociais e institucionais,

mas também de mecanismos e instrumentos de acompanhamento e avaliação nas

diversas ações a serem desenvolvidas no ensino, durante os dez anos de sua

vigência.

Assim, o Plano Municipal de Educação, gerido por meio da democracia

participativa carece da continuidade da participação popular nos mecanismos de

acompanhamento e avaliação de sua aplicação no decorrer do tempo de vigência.

Dessa forma, mesmo que a atualização, implantação e consolidação do plano

se estabeleça sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação e Cultura,

necessita da atuação colaborativa do poder legislativo, o poder judiciário e a

sociedade civil organizada, governamentais ou não, que assumam o compromisso

de acompanhar e avaliar as diretrizes, objetivos e metas aqui estabelecidos,

sugerindo, sempre que necessário, as intervenções para correção ou adaptação no

desenvolvimento das metas e estratégias.

Vale ressalta que este plano é passível de adaptações e correções, de acordo

com as demandas emergentes, para melhor atender aos seus objetivos, bem como

de regulamentações de algumas estratégias ou metas.

A Secretaria Municipal de Educação exercendo o seu papel de suscitar o

bem maior que consiste na dignidade da pessoa humana por meio da educação,

conta com a efetiva participação dos agentes envolvidos na elaboração deste para

a gestão democrática do PME, visando elevar a qualidade geral da educação no

município, de modo a efetivamente proporcionar o desenvolvimento humano e

social.

114

9. REFERÊNCIAS

BRASIL. AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO – ANA Documento Básico. Brasília | DF | Julho 2013.

_____. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

_____. Educação do Campo: diferenças mudando paradigmas. MEC, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade: CADERNOS SECAD 2. Brasilia, 2007. 81 p.

_____. Ensino Fundamental de nove anos: orientações gerais. Brasília: MEC/SEB, 2004.

_____. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.

_____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

_____. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Documento norteador para elaboração de Plano Municipal de Educação. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2005.

_____. Ministério de Educação e do Desporto. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, DF, 2004.

_____. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: formação do professor alfabetizador: caderno de apresentação. MEC, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de apoio à gestão Educacional. Brasília: MEC, SEB, 2012. 40 p.

_____. PNAIC, Formação do Professor Alfabetizador – Caderno de Apresentação, 2012.

_____. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

LUCK, Heloisa. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

LÜCK, Heloísa. Liderança em Gestão Escolar. Série Cadernos de Gestão. vol. IV. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2008.

115

______. O caminho da gestão e a liderança escolar. Revista Gestão em Rede. n. 85, p. 16 – 17, mai. 2008.

Wenceslau Braz – Origem e Formação – Estado do Paraná / Joaquim Gil. Curitiba: Secretaria de Estado da Cultura, 1998. 162

Legislações consultadas

BRASIL. Parecer CNE/CEB nº 7/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

_____. Parecer CNE/CEB nº 4/2008, Orientação sobre os três anos iniciais do Ensino Fundamental de nove anos.

_____. Parecer nº 36/2001, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.

_____. Parecer nº 11/2000, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

_____. Portaria nº 482, de 7 de junho de 2013 que dispõe sobre o Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB.

_____. Resolução nº 3 de 3 de agosto de 2005, que define normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.

_____. Resolução nº 2/2008, que estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo.

_____. Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010, que define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

_____. Resolução nº 7 de 14 de dezembro de 2010: Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 Anos.

_____. Resolução nº 01 de 05 de Julho de 2000, Estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.

_____. Resolução nº 01 de 03 de abril de 2002, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo.

_____. Lei n.º 9.131, de 24 de novembro de 1995. Altera dispositivos da Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e dá outras providências.

_____. Lei nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

116

_____. Lei nº 10.172 de 09 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de educação e dá outras providências.

_____. Lei nº 13.005, de 25 junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE.

_____. Lei nº 11.274 de 06 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e 163

Sites consultados

http://academia.qedu.org.br/censo-escolar/distorcao-idade-serie/

http://aplicacoes.mds.gov.br.

http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/wenceslau-braz_pr

http://dados.gov.br/

http://earth.google.com

http://ide.mec.gov.br/2011/

http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-matricula

http://portal.inep.gov.br/home

http://portal.inep.gov.br/indicadores-educacionais

http://portal.inep.gov.br/inepdata

http://simec.mec.gov.br/cte/relatoriopublico

http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php

http://sistemasIDEB.inep.gov.br/resultado/

http://www.dataescolabrasil.inep.gov.br/dataEscolaBrasil/home.seam

http://www.deepask.com/goes?page=wenceslau-braz/PR

http://www.fnde.gov.br/fnde-sistemas/sistema-siope-apresentacao/siope-relatorios-municipais

http://www.ibge.gov.br

http://www.inep.gov.br/basica/censo/

http://www.inep.gov.br/estatisticas/analfabetismo

117

http://www.inf.furb.br/obeb/historia_novo/vale1.html

http://www.wenceslaubraz.pr.gov.br . 164

http://www3.tesouro.gov.br/estados_municipios/municipios_novosite.asp

https://www.fnde.gov.br/siope/demonstrativoFundefMunicipal.do

https://www.fnde.gov.br/sispcoweb/index.jsp

118

ANEXOS

ANEXO 1 – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Lei:

Art. 1o É aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da

publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição

Federal.

Art. 2o São diretrizes do PNE:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas

as formas de discriminação;

IV - melhoria da qualidade da educação;

V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a

sociedade;

VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;

VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;

VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto

Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e

equidade;

IX - valorização dos (as) profissionais da educação;

X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

LEI Nº 13.005, DE 25 JUNHO DE

2014. Aprova o Plano Nacional de

Educação - PNE e dá outras

providências.

119

Art. 3o As metas previstas no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência deste PNE, desde que não

haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.

Art. 4o As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da educação básica e superior mais atualizados,

disponíveis na data da publicação desta Lei.

Parágrafo único. O poder público buscará ampliar o escopo das pesquisas com fins estatísticos de forma a incluir

informação detalhada sobre o perfil das populações de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência.

Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de

avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias:

I - Ministério da Educação - MEC;

II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado

Federal;

III - Conselho Nacional de Educação - CNE;

IV - Fórum Nacional de Educação.

§ 1o Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:

I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios institucionais da internet;

II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias e o cumprimento das

metas;

III - analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação.

§ 2o A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência deste PNE, o Instituto Nacional de Estudos e

Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP publicará estudos para aferir a evolução no cumprimento das

metas estabelecidas no Anexo desta Lei, com informações organizadas por ente federado e consolidadas em

âmbito nacional, tendo como referência os estudos e as pesquisas de que trata o art. 4o, sem prejuízo de outras

fontes e informações relevantes.

§ 3o A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no quarto ano de vigência do PNE e

poderá ser ampliada por meio de lei para atender às necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.

§ 4o O investimento público em educação a que se referem o inciso VI do art. 214 da Constituição Federal e a

meta 20 do Anexo desta Lei engloba os recursos aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal e do art.

60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados nos programas de

expansão da educação profissional e superior, inclusive na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de

estudos concedidas no Brasil e no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento estudantil e

o financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial na forma do art. 213 da Constituição Federal.

§ 5o Será destinada à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos

termos do art. 212 da Constituição Federal, além de outros recursos previstos em lei, a parcela da participação no

resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e de gás natural, na forma de lei específica,

com a finalidade de assegurar o cumprimento da meta prevista no inciso VI do art. 214 da Constituição Federal.

Art. 6o A União promoverá a realização de pelo menos 2 (duas) conferências nacionais de educação até o final

do decênio, precedidas de conferências distrital, municipais e estaduais, articuladas e coordenadas pelo Fórum

Nacional de Educação, instituído nesta Lei, no âmbito do Ministério da Educação.

§ 1o O Fórum Nacional de Educação, além da atribuição referida no caput:

120

I - acompanhará a execução do PNE e o cumprimento de suas metas;

II - promoverá a articulação das conferências nacionais de educação com as conferências regionais, estaduais e

municipais que as precederem.

§ 2o As conferências nacionais de educação realizar-se-ão com intervalo de até 4 (quatro) anos entre elas, com o

objetivo de avaliar a execução deste PNE e subsidiar a elaboração do plano nacional de educação para o decênio

subsequente.

Art. 7o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios atuarão em regime de colaboração, visando ao

alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste Plano.

§ 1o Caberá aos gestores federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal a adoção das medidas

governamentais necessárias ao alcance das metas previstas neste PNE.

§ 2o As estratégias definidas no Anexo desta Lei não elidem a adoção de medidas adicionais em âmbito local ou

de instrumentos jurídicos que formalizem a cooperação entre os entes federados, podendo ser complementadas

por mecanismos nacionais e locais de coordenação e colaboração recíproca.

§ 3o Os sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios criarão mecanismos para o

acompanhamento local da consecução das metas deste PNE e dos planos previstos no art. 8o.

§ 4o Haverá regime de colaboração específico para a implementação de modalidades de educação escolar que

necessitem considerar territórios étnico-educacionais e a utilização de estratégias que levem em conta as

identidades e especificidades socioculturais e linguísticas de cada comunidade envolvida, assegurada a consulta

prévia e informada a essa comunidade.

§ 5o Será criada uma instância permanente de negociação e cooperação entre a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios.

§ 6o O fortalecimento do regime de colaboração entre os Estados e respectivos Municípios incluirá a instituição

de instâncias permanentes de negociação, cooperação e pactuação em cada Estado.

§ 7o O fortalecimento do regime de colaboração entre os Municípios dar-se-á, inclusive, mediante a adoção de

arranjos de desenvolvimento da educação.

Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de

educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias

previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei.

§ 1o Os entes federados estabelecerão nos respectivos planos de educação estratégias que:

I - assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais, particularmente as

culturais;

II - considerem as necessidades específicas das populações do campo e das comunidades indígenas e

quilombolas, asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural;

III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema

educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades;

IV - promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas educacionais.

§ 2o Os processos de elaboração e adequação dos planos de educação dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, de que trata o caput deste artigo, serão realizados com ampla participação de representantes da

comunidade educacional e da sociedade civil.

121

Art. 9o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão aprovar leis específicas para os seus sistemas de

ensino, disciplinando a gestão democrática da educação pública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo de

2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando, quando for o caso, a legislação local já adotada com

essa finalidade.

Art. 10. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações

orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e com os respectivos planos de

educação, a fim de viabilizar sua plena execução.

Art. 11. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenado pela União, em colaboração com os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios, constituirá fonte de informação para a avaliação da qualidade da

educação básica e para a orientação das políticas públicas desse nível de ensino.

§ 1o O sistema de avaliação a que se refere o caput produzirá, no máximo a cada 2 (dois) anos:

I - indicadores de rendimento escolar, referentes ao desempenho dos (as) estudantes apurado em exames

nacionais de avaliação, com participação de pelo menos 80% (oitenta por cento) dos (as) alunos (as) de cada ano

escolar periodicamente avaliado em cada escola, e aos dados pertinentes apurados pelo censo escolar da

educação básica;

II - indicadores de avaliação institucional, relativos a características como o perfil do alunado e do corpo dos (as)

profissionais da educação, as relações entre dimensão do corpo docente, do corpo técnico e do corpo discente, a

infraestrutura das escolas, os recursos pedagógicos disponíveis e os processos da gestão, entre outras relevantes.

§ 2o A elaboração e a divulgação de índices para avaliação da qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica - IDEB, que agreguem os indicadores mencionados no inciso I do § 1o não elidem a

obrigatoriedade de divulgação, em separado, de cada um deles.

§ 3o Os indicadores mencionados no § 1o serão estimados por etapa, estabelecimento de ensino, rede escolar,

unidade da Federação e em nível agregado nacional, sendo amplamente divulgados, ressalvada a publicação de

resultados individuais e indicadores por turma, que fica admitida exclusivamente para a comunidade do

respectivo estabelecimento e para o órgão gestor da respectiva rede.

§ 4o Cabem ao Inep a elaboração e o cálculo do Ideb e dos indicadores referidos no § 1o.

§ 5o A avaliação de desempenho dos (as) estudantes em exames, referida no inciso I do § 1o, poderá ser

diretamente realizada pela União ou, mediante acordo de cooperação, pelos Estados e pelo Distrito Federal, nos

respectivos sistemas de ensino e de seus Municípios, caso mantenham sistemas próprios de avaliação do

rendimento escolar, assegurada a compatibilidade metodológica entre esses sistemas e o nacional, especialmente

no que se refere às escalas de proficiência e ao calendário de aplicação.

Art. 12. Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência deste PNE, o Poder Executivo encaminhará ao

Congresso Nacional, sem prejuízo das prerrogativas deste Poder, o projeto de lei referente ao Plano Nacional de

Educação a vigorar no período subsequente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o

próximo decênio.

Art. 13. O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o

Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de

colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.

Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de junho de 2014; 193o da Independência e 126o da República.

DILMA ROUSSEFF Guido Mantega José Henrique Paim Fernandes Miriam Belchior

Este texto não substitui o publicado no DOU de 26.6.2014 - Edição extra

122

ANEXO

METAS E ESTRATÉGIAS

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos

de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por

cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Estratégias:

1.1) definir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, metas de

expansão das respectivas redes públicas de educação infantil segundo padrão nacional de qualidade,

considerando as peculiaridades locais;

1.2) garantir que, ao final da vigência deste PNE, seja inferior a 10% (dez por cento) a diferença entre as taxas de

frequência à educação infantil das crianças de até 3 (três) anos oriundas do quinto de renda familiar per capita

mais elevado e as do quinto de renda familiar per capita mais baixo;

1.3) realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população

de até 3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta;

1.4) estabelecer, no primeiro ano de vigência do PNE, normas, procedimentos e prazos para definição de

mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por creches;

1.5) manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas as normas de acessibilidade, programa nacional

de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à

melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil;

1.6) implantar, até o segundo ano de vigência deste PNE, avaliação da educação infantil, a ser realizada a cada 2

(dois) anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura física, o quadro de

pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores

relevantes;

1.7) articular a oferta de matrículas gratuitas em creches certificadas como entidades beneficentes de assistência

social na área de educação com a expansão da oferta na rede escolar pública;

1.8) promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais da educação infantil, garantindo,

progressivamente, o atendimento por profissionais com formação superior;

1.9) estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos de pesquisa e cursos de formação para profissionais da

educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e propostas pedagógicas que incorporem os avanços de

pesquisas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem e às teorias educacionais no atendimento da população de

0 (zero) a 5 (cinco) anos;

1.10) fomentar o atendimento das populações do campo e das comunidades indígenas e quilombolas na educação

infantil nas respectivas comunidades, por meio do redimensionamento da distribuição territorial da oferta,

limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades dessas

comunidades, garantido consulta prévia e informada;

1.11) priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a oferta do atendimento educacional especializado

complementar e suplementar aos (às) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da

educação especial nessa etapa da educação básica;

1.12) implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da

articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças

de até 3 (três) anos de idade;

123

1.13) preservar as especificidades da educação infantil na organização das redes escolares, garantindo o

atendimento da criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que atendam a parâmetros nacionais de

qualidade, e a articulação com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a) aluno(a) de 6 (seis) anos de

idade no ensino fundamental;

1.14) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação

infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e

com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;

1.15) promover a busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, em parceria com órgãos

públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, preservando o direito de opção da família em relação

às crianças de até 3 (três) anos;

1.16) o Distrito Federal e os Municípios, com a colaboração da União e dos Estados, realizarão e publicarão, a

cada ano, levantamento da demanda manifesta por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma de

planejar e verificar o atendimento;

1.17) estimular o acesso à educação infantil em tempo integral, para todas as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco)

anos, conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze)

anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade

recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Estratégias:

2.1) o Ministério da Educação, em articulação e colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,

deverá, até o final do 2o (segundo) ano de vigência deste PNE, elaborar e encaminhar ao Conselho Nacional de

Educação, precedida de consulta pública nacional, proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento para os (as) alunos (as) do ensino fundamental;

2.2) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata

o § 5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que

configurarão a base nacional comum curricular do ensino fundamental;

2.3) criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos (as) alunos (as) do ensino fundamental;

2.4) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar

dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como das situações de discriminação,

preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar

dos (as) alunos (as), em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e

proteção à infância, adolescência e juventude;

2.5) promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de

assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude;

2.6) desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das

atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação

especial, das escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas;

2.7) disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo

adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas

da região;

2.8) promover a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de

atividades culturais para a livre fruição dos (as) alunos (as) dentro e fora dos espaços escolares, assegurando

ainda que as escolas se tornem polos de criação e difusão cultural; 2.9) incentivar a participação dos pais ou

responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações

entre as escolas e as famílias;

124

2.10) estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais, para as populações do campo,

indígenas e quilombolas, nas próprias comunidades;

2.11) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida a qualidade, para atender aos

filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante;

2.12) oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive

mediante certames e concursos nacionais;

2.13) promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um

plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional.

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete)

anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para

85% (oitenta e cinco por cento).

Estratégias:

3.1) institucionalizar programa nacional de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas

com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos

escolares que organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em

dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisição de

equipamentos e laboratórios, a produção de material didático específico, a formação continuada de professores e

a articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais;

3.2) o Ministério da Educação, em articulação e colaboração com os entes federados e ouvida a sociedade

mediante consulta pública nacional, elaborará e encaminhará ao Conselho Nacional de Educação - CNE, até o 2o

(segundo) ano de vigência deste PNE, proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para

os (as) alunos (as) de ensino médio, a serem atingidos nos tempos e etapas de organização deste nível de ensino,

com vistas a garantir formação básica comum;

3.3) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata

o § 5o do art. 7o desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que

configurarão a base nacional comum curricular do ensino médio;

3.4) garantir a fruição de bens e espaços culturais, de forma regular, bem como a ampliação da prática

desportiva, integrada ao currículo escolar;

3.5) manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do ensino fundamental, por meio do

acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar defasado e pela adoção de práticas

como aulas de reforço no turno complementar, estudos de recuperação e progressão parcial, de forma a

reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade;

3.6) universalizar o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, fundamentado em matriz de referência do

conteúdo curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e psicométricas que permitam comparabilidade de

resultados, articulando-o com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB, e promover sua

utilização como instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas públicas para a educação básica, de

avaliação certificadora, possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades adquiridos dentro e fora da

escola, e de avaliação classificatória, como critério de acesso à educação superior;

3.7) fomentar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à educação profissional,

observando-se as peculiaridades das populações do campo, das comunidades indígenas e quilombolas e das

pessoas com deficiência;

3.8) estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência dos e das jovens

beneficiários (as) de programas de transferência de renda, no ensino médio, quanto à frequência, ao

aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e

violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce, em colaboração

com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e juventude;

125

3.9) promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação

com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude;

3.10) fomentar programas de educação e de cultura para a população urbana e do campo de jovens, na faixa

etária de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação social e profissional para aqueles que

estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar;

3.11) redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial

das escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades específicas

dos (as) alunos (as);

3.12) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino médio, garantida a qualidade, para atender aos filhos e

filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante;

3.13) implementar políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito ou quaisquer formas de

discriminação, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão;

3.14) estimular a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas.

Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento

educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional

inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou

conveniados.

Estratégias:

4.1) contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as matrículas dos (as) estudantes da educação regular da

rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do

cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais

atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins

lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei no

11.494, de 20 de junho de 2007;

4.2) promover, no prazo de vigência deste PNE, a universalização do atendimento escolar à demanda manifesta

pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que

estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;

4.3) implantar, ao longo deste PNE, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de

professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo,

indígenas e de comunidades quilombolas;

4.4) garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou

serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos

(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados

na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação, ouvidos a família

e o aluno;

4.5) estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições

acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para

apoiar o trabalho dos (as) professores da educação básica com os (as) alunos (as) com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.6) manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para

garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da

oferta de transporte acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia

126

assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e modalidades de ensino, a

identificação dos (as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação;

4.7) garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na

modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência

auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do

art. 22 do Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos-cegos;

4.8) garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a exclusão do ensino regular sob alegação de deficiência e

promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado;

4.9) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento educacional

especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários (as) de programas de

transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com

vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e

com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude;

4.10) fomentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e

recursos de tecnologia assistiva, com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições

de acessibilidade dos (as) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação;

4.11) promover o desenvolvimento de pesquisas interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas

públicas intersetoriais que atendam as especificidades educacionais de estudantes com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que requeiram medidas de atendimento

especializado;

4.12) promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos

humanos, em parceria com as famílias, com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à

continuidade do atendimento escolar, na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos

globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar

a atenção integral ao longo da vida;

4.13) apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo de

escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades

ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional especializado, profissionais

de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de

Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues;

4.14) definir, no segundo ano de vigência deste PNE, indicadores de qualidade e política de avaliação e

supervisão para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento a alunos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

4.15) promover, por iniciativa do Ministério da Educação, nos órgãos de pesquisa, demografia e estatística

competentes, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das pessoas com deficiência, transtornos globais

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos;

4.16) incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos demais cursos de formação para profissionais da

educação, inclusive em nível de pós-graduação, observado o disposto no caput do art. 207 da Constituição

Federal, dos referenciais teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de ensino-aprendizagem

relacionados ao atendimento educacional de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação;

4.17) promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,

conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das

pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação

matriculadas nas redes públicas de ensino;

127

4.18) promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,

conveniadas com o poder público, visando a ampliar a oferta de formação continuada e a produção de material

didático acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e

aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação matriculados na rede pública de ensino;

4.19) promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos,

conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação das famílias e da sociedade na construção do

sistema educacional inclusivo.

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental.

Estratégias:

5.1) estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-

os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos (as) professores (as)

alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças;

5.2) instituir instrumentos de avaliação nacional periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças,

aplicados a cada ano, bem como estimular os sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos

instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os

alunos e alunas até o final do terceiro ano do ensino fundamental;

5.3) selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a alfabetização de crianças, assegurada a

diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de

ensino em que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, preferencialmente, como recursos educacionais

abertos;

5.4) fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que

assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as),

consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade;

5.5) apoiar a alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de populações itinerantes, com a

produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver instrumentos de acompanhamento que considerem o

uso da língua materna pelas comunidades indígenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas;

5.6) promover e estimular a formação inicial e continuada de professores (as) para a alfabetização de crianças,

com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a

articulação entre programas de pós-graduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores (as)

para a alfabetização;

5.7) apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a

alfabetização bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de terminalidade temporal.

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de

forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.

Estratégias:

6.1) promover, com o apoio da União, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de

atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o

tempo de permanência dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a

7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma

única escola;

6.2) instituir, em regime de colaboração, programa de construção de escolas com padrão arquitetônico e de

mobiliário adequado para atendimento em tempo integral, prioritariamente em comunidades pobres ou com

crianças em situação de vulnerabilidade social;

128

6.3) institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de ampliação e reestruturação das

escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática,

espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos,

bem como da produção de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo

integral;

6.4) fomentar a articulação da escola com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com

equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e

planetários;

6.5) estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de alunos (as) matriculados nas

escolas da rede pública de educação básica por parte das entidades privadas de serviço social vinculadas ao

sistema sindical, de forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.6) orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art. 13 da Lei no 12.101, de 27 de novembro de 2009, em

atividades de ampliação da jornada escolar de alunos (as) das escolas da rede pública de educação básica, de

forma concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;

6.7) atender às escolas do campo e de comunidades indígenas e quilombolas na oferta de educação em tempo

integral, com base em consulta prévia e informada, considerando-se as peculiaridades locais;

6.8) garantir a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos,

assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos

multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas;

6.9) adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da

jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais.

Meta 7: fomentar a qualidade da

educação básica em todas as etapas e

modalidades, com melhoria do fluxo

escolar e da aprendizagem de modo

a atingir as seguintes médias

nacionais para o Ideb: 2015

2017 2019 2021

iniciais do ensino

fundamental

5,2 5,5 5,7 6,0

finais do ensino fundamental 4,7 5,0 5,2 5,5

Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2

Estratégias:

7.1) estabelecer e implantar, mediante pactuação interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica e

a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as)

alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local;

7.2) assegurar que:

a) no quinto ano de vigência deste PNE, pelo menos 70% (setenta por cento) dos (as) alunos (as) do ensino

fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e

129

objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o

nível desejável;

b) no último ano de vigência deste PNE, todos os (as) estudantes do ensino fundamental e do ensino médio

tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável;

7.3) constituir, em colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, um conjunto

nacional de indicadores de avaliação institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais da

educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características

da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino;

7.4) induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de

instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de

planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as)

profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática;

7.5) formalizar e executar os planos de ações articuladas dando cumprimento às metas de qualidade

estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da

gestão educacional, à formação de professores e professoras e profissionais de serviços e apoio escolares, à

ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da

rede escolar;

7.6) associar a prestação de assistência técnica financeira à fixação de metas intermediárias, nos termos

estabelecidos conforme pactuação voluntária entre os entes, priorizando sistemas e redes de ensino com Ideb

abaixo da média nacional;

7.7) aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de

forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados nos anos finais do ensino fundamental, e incorporar

o Exame Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização, ao sistema de avaliação da educação

básica, bem como apoiar o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e redes de ensino para a

melhoria de seus processos e práticas pedagógicas;

7.8) desenvolver indicadores específicos de avaliação da qualidade da educação especial, bem como da

qualidade da educação bilíngue para surdos;

7.9) orientar as políticas das redes e sistemas de ensino, de forma a buscar atingir as metas do Ideb, diminuindo a

diferença entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garantindo equidade da aprendizagem e

reduzindo pela metade, até o último ano de vigência deste PNE, as diferenças entre as médias dos índices dos

Estados, inclusive do Distrito Federal, e dos Municípios;

7.10) fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional

de avaliação da educação básica e do Ideb, relativos às escolas, às redes públicas de educação básica e aos

sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, assegurando a contextualização

desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível socioeconômico das famílias

dos (as) alunos (as), e a transparência e o acesso público às informações técnicas de concepção e operação do

sistema de avaliação;

7.11) melhorar o desempenho dos alunos da educação básica nas avaliações da aprendizagem no Programa

Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA, tomado como instrumento externo de referência,

internacionalmente reconhecido, de acordo com as seguintes projeções:

projeções: 2015 2018 2021

Média dos resultados em

matemática, leitura e ciências

438 455 473

130

7.12) incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a educação

infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a

melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com

preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados

nos sistemas de ensino em que forem aplicadas;

7.13) garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da

educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com

especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e

financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos entes federados,

visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local;

7.14) desenvolver pesquisas de modelos alternativos de atendimento escolar para a população do campo que

considerem as especificidades locais e as boas práticas nacionais e internacionais;

7.15) universalizar, até o quinto ano de vigência deste PNE, o acesso à rede mundial de computadores em banda

larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede

pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da

comunicação;

7.16) apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta de recursos financeiros à

escola, garantindo a participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, visando à

ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática;

7.17) ampliar programas e aprofundar ações de atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da educação

básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à

saúde;

7.18) assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso a energia elétrica, abastecimento de água

tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a espaços para a

prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, em cada edifício

escolar, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência;

7.19) institucionalizar e manter, em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de

equipamentos para escolas públicas, visando à equalização regional das oportunidades educacionais;

7.20) prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar a

todas as escolas públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para implementação das condições

necessárias para a universalização das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes digitais de

computadores, inclusive a internet;

7.21) a União, em regime de colaboração com os entes federados subnacionais, estabelecerá, no prazo de 2 (dois)

anos contados da publicação desta Lei, parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a

serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos

relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino;

7.22) informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e das secretarias de educação dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, bem como manter programa nacional de formação inicial e continuada para o

pessoal técnico das secretarias de educação;

7.23) garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à

capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual,

favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente

escolar dotado de segurança para a comunidade;

7.24) implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em

regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de

1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente;

131

7.25) garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e

implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de

março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de

ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos escolares, equipes

pedagógicas e a sociedade civil;

7.26) consolidar a educação escolar no campo de populações tradicionais, de populações itinerantes e de

comunidades indígenas e quilombolas, respeitando a articulação entre os ambientes escolares e comunitários e

garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação da identidade cultural; a participação da comunidade na

definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das instituições, consideradas as práticas

socioculturais e as formas particulares de organização do tempo; a oferta bilíngue na educação infantil e nos anos

iniciais do ensino fundamental, em língua materna das comunidades indígenas e em língua portuguesa; a

reestruturação e a aquisição de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e continuada de

profissionais da educação; e o atendimento em educação especial;

7.27) desenvolver currículos e propostas pedagógicas específicas para educação escolar para as escolas do

campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos culturais correspondentes às

respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada

comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos específicos, inclusive para os (as)

alunos (as) com deficiência;

7.28) mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de

educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos

e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais;

7.29) promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras

áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de

apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional;

7.30) universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o

atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção,

promoção e atenção à saúde;

7.31) estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à

saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a

melhoria da qualidade educacional;

7.32) fortalecer, com a colaboração técnica e financeira da União, em articulação com o sistema nacional de

avaliação, os sistemas estaduais de avaliação da educação básica, com participação, por adesão, das redes

municipais de ensino, para orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o fornecimento das

informações às escolas e à sociedade;

7.33) promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura,

a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e

agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da leitura, de acordo com a especificidade das

diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem;

7.34) instituir, em articulação com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, programa nacional de

formação de professores e professoras e de alunos e alunas para promover e consolidar política de preservação

da memória nacional;

7.35) promover a regulação da oferta da educação básica pela iniciativa privada, de forma a garantir a qualidade

e o cumprimento da função social da educação;

7.36) estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no Ideb, de modo a valorizar o

mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.

Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar,

no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da

132

região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade

média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Estratégias:

8.1) institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correção de fluxo, para acompanhamento

pedagógico individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem como priorizar estudantes com

rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados;

8.2) implementar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos populacionais considerados, que

estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associados a outras estratégias que garantam a continuidade

da escolarização, após a alfabetização inicial;

8.3) garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio;

8.4) expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte das entidades privadas de serviço social

e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede

escolar pública, para os segmentos populacionais considerados;

8.5) promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do

acesso à escola específicos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absenteísmo e

colaborar com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a garantia de frequência e apoio à

aprendizagem, de maneira a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na rede pública regular

de ensino;

8.6) promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em

parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude.

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três

inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo

absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Estratégias:

9.1) assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos a todos os que não tiveram acesso à educação

básica na idade própria;

9.2) realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino fundamental e médio incompletos, para identificar a

demanda ativa por vagas na educação de jovens e adultos;

9.3) implementar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização

básica;

9.4) criar benefício adicional no programa nacional de transferência de renda para jovens e adultos que

frequentarem cursos de alfabetização;

9.5) realizar chamadas públicas regulares para educação de jovens e adultos, promovendo-se busca ativa em

regime de colaboração entre entes federados e em parceria com organizações da sociedade civil;

9.6) realizar avaliação, por meio de exames específicos, que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e

adultos com mais de 15 (quinze) anos de idade;

9.7) executar ações de atendimento ao (à) estudante da educação de jovens e adultos por meio de programas

suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito

de óculos, em articulação com a área da saúde;

133

9.8) assegurar a oferta de educação de jovens e adultos, nas etapas de ensino fundamental e médio, às pessoas

privadas de liberdade em todos os estabelecimentos penais, assegurando-se formação específica dos professores

e das professoras e implementação de diretrizes nacionais em regime de colaboração;

9.9) apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores na educação de jovens e adultos que visem ao

desenvolvimento de modelos adequados às necessidades específicas desses (as) alunos (as);

9.10) estabelecer mecanismos e incentivos que integrem os segmentos empregadores, públicos e privados, e os

sistemas de ensino, para promover a compatibilização da jornada de trabalho dos empregados e das empregadas

com a oferta das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos;

9.11) implementar programas de capacitação tecnológica da população jovem e adulta, direcionados para os

segmentos com baixos níveis de escolarização formal e para os (as) alunos (as) com deficiência, articulando os

sistemas de ensino, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, as universidades, as

cooperativas e as associações, por meio de ações de extensão desenvolvidas em centros vocacionais

tecnológicos, com tecnologias assistivas que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva dessa população;

9.12) considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção

de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas,

culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e

experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas.

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos

ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Estratégias:

10.1) manter programa nacional de educação de jovens e adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à

formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica;

10.2) expandir as matrículas na educação de jovens e adultos, de modo a articular a formação inicial e

continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade do

trabalhador e da trabalhadora;

10.3) fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em cursos planejados,

de acordo com as características do público da educação de jovens e adultos e considerando as especificidades

das populações itinerantes e do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, inclusive na modalidade de

educação a distância;

10.4) ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade,

por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.5) implantar programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à

melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação

profissional, garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência;

10.6) estimular a diversificação curricular da educação de jovens e adultos, articulando a formação básica e a

preparação para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações entre teoria e prática, nos eixos da ciência,

do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos

adequados às características desses alunos e alunas;

10.7) fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e metodologias específicas, os

instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios e a formação continuada de docentes das

redes públicas que atuam na educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.8) fomentar a oferta pública de formação inicial e continuada para trabalhadores e trabalhadoras articulada à

educação de jovens e adultos, em regime de colaboração e com apoio de entidades privadas de formação

profissional vinculadas ao sistema sindical e de entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com

deficiência, com atuação exclusiva na modalidade;

134

10.9) institucionalizar programa nacional de assistência ao estudante, compreendendo ações de assistência social,

financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a

conclusão com êxito da educação de jovens e adultos articulada à educação profissional;

10.10) orientar a expansão da oferta de educação de jovens e adultos articulada à educação profissional, de modo

a atender às pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos penais, assegurando-se formação específica dos

professores e das professoras e implementação de diretrizes nacionais em regime de colaboração;

10.11) implementar mecanismos de reconhecimento de saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem

considerados na articulação curricular dos cursos de formação inicial e continuada e dos cursos técnicos de nível

médio.

Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da

oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Estratégias:

11.1) expandir as matrículas de educação profissional técnica de nível médio na Rede Federal de Educação

Profissional, Científica e Tecnológica, levando em consideração a responsabilidade dos Institutos na ordenação

territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a

interiorização da educação profissional;

11.2) fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais

de ensino;

11.3) fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na modalidade de educação

a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação profissional pública e

gratuita, assegurado padrão de qualidade;

11.4) estimular a expansão do estágio na educação profissional técnica de nível médio e do ensino médio regular,

preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, visando à formação de

qualificações próprias da atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da

juventude;

11.5) ampliar a oferta de programas de reconhecimento de saberes para fins de certificação profissional em nível

técnico;

11.6) ampliar a oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica de nível médio pelas entidades

privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento

à pessoa com deficiência, com atuação exclusiva na modalidade;

11.7) expandir a oferta de financiamento estudantil à educação profissional técnica de nível médio oferecida em

instituições privadas de educação superior;

11.8) institucionalizar sistema de avaliação da qualidade da educação profissional técnica de nível médio das

redes escolares públicas e privadas;

11.9) expandir o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação profissional para as populações do

campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades;

11.10) expandir a oferta de educação profissional técnica de nível médio para as pessoas com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;

11.11) elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos técnicos de nível médio na Rede Federal de

Educação Profissional, Científica e Tecnológica para 90% (noventa por cento) e elevar, nos cursos presenciais, a

relação de alunos (as) por professor para 20 (vinte);

135

11.12) elevar gradualmente o investimento em programas de assistência estudantil e mecanismos de mobilidade

acadêmica, visando a garantir as condições necessárias à permanência dos (as) estudantes e à conclusão dos

cursos técnicos de nível médio;

11.13) reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais no acesso e permanência na educação profissional

técnica de nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma da lei;

11.14) estruturar sistema nacional de informação profissional, articulando a oferta de formação das instituições

especializadas em educação profissional aos dados do mercado de trabalho e a consultas promovidas em

entidades empresariais e de trabalhadores

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida

para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade

da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Estratégias:

12.1) otimizar a capacidade instalada da estrutura física e de recursos humanos das instituições públicas de

educação superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma a ampliar e interiorizar o acesso à

graduação;

12.2) ampliar a oferta de vagas, por meio da expansão e interiorização da rede federal de educação superior, da

Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e do sistema Universidade Aberta do Brasil,

considerando a densidade populacional, a oferta de vagas públicas em relação à população na idade de referência

e observadas as características regionais das micro e mesorregiões definidas pela Fundação Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística - IBGE, uniformizando a expansão no território nacional;

12.3) elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais nas universidades

públicas para 90% (noventa por cento), ofertar, no mínimo, um terço das vagas em cursos noturnos e elevar a

relação de estudantes por professor (a) para 18 (dezoito), mediante estratégias de aproveitamento de créditos e

inovações acadêmicas que valorizem a aquisição de competências de nível superior;

12.4) fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita prioritariamente para a formação de professores e

professoras para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, bem como para atender ao

défice de profissionais em áreas específicas;

12.5) ampliar as políticas de inclusão e de assistência estudantil dirigidas aos (às) estudantes de instituições

públicas, bolsistas de instituições privadas de educação superior e beneficiários do Fundo de Financiamento

Estudantil - FIES, de que trata a Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001, na educação superior, de modo a reduzir

as desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e permanência na educação superior de estudantes

egressos da escola pública, afrodescendentes e indígenas e de estudantes com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de forma a apoiar seu sucesso acadêmico;

12.6) expandir o financiamento estudantil por meio do Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, de que trata a

Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001, com a constituição de fundo garantidor do financiamento, de forma a

dispensar progressivamente a exigência de fiador;

12.7) assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em

programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande

pertinência social;

12.8) ampliar a oferta de estágio como parte da formação na educação superior;

12.9) ampliar a participação proporcional de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior,

inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma da lei;

12.10) assegurar condições de acessibilidade nas instituições de educação superior, na forma da legislação;

136

12.11) fomentar estudos e pesquisas que analisem a necessidade de articulação entre formação, currículo,

pesquisa e mundo do trabalho, considerando as necessidades econômicas, sociais e culturais do País;

12.12) consolidar e ampliar programas e ações de incentivo à mobilidade estudantil e docente em cursos de

graduação e pós-graduação, em âmbito nacional e internacional, tendo em vista o enriquecimento da formação

de nível superior;

12.13) expandir atendimento específico a populações do campo e comunidades indígenas e quilombolas, em

relação a acesso, permanência, conclusão e formação de profissionais para atuação nessas populações;

12.14) mapear a demanda e fomentar a oferta de formação de pessoal de nível superior, destacadamente a que se

refere à formação nas áreas de ciências e matemática, considerando as necessidades do desenvolvimento do País,

a inovação tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica;

12.15) institucionalizar programa de composição de acervo digital de referências bibliográficas e audiovisuais

para os cursos de graduação, assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência;

12.16) consolidar processos seletivos nacionais e regionais para acesso à educação superior como forma de

superar exames vestibulares isolados;

12.17) estimular mecanismos para ocupar as vagas ociosas em cada período letivo na educação superior pública;

12.18) estimular a expansão e reestruturação das instituições de educação superior estaduais e municipais cujo

ensino seja gratuito, por meio de apoio técnico e financeiro do Governo Federal, mediante termo de adesão a

programa de reestruturação, na forma de regulamento, que considere a sua contribuição para a ampliação de

vagas, a capacidade fiscal e as necessidades dos sistemas de ensino dos entes mantenedores na oferta e qualidade

da educação básica;

12.19) reestruturar com ênfase na melhoria de prazos e qualidade da decisão, no prazo de 2 (dois) anos, os

procedimentos adotados na área de avaliação, regulação e supervisão, em

relação aos processos de autorização de cursos e instituições, de reconhecimento ou renovação de

reconhecimento de cursos superiores e de credenciamento ou recredenciamento de instituições, no âmbito do

sistema federal de ensino;

12.20) ampliar, no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior - FIES, de que trata a

Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, e do Programa Universidade para Todos - PROUNI, de que trata a Lei no

11.096, de 13 de janeiro de 2005, os benefícios destinados à concessão de financiamento a estudantes

regularmente matriculados em cursos superiores presenciais ou a distância, com avaliação positiva, de acordo

com regulamentação própria, nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação;

12.21) fortalecer as redes físicas de laboratórios multifuncionais das IES e ICTs nas áreas estratégicas definidas

pela política e estratégias nacionais de ciência, tecnologia e inovação.

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente

em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo,

do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Estratégias:

13.1) aperfeiçoar o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, de que trata a Lei no

10.861, de 14 de abril de 2004, fortalecendo as ações de avaliação, regulação e supervisão;

13.2) ampliar a cobertura do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE, de modo a ampliar o

quantitativo de estudantes e de áreas avaliadas no que diz respeito à aprendizagem resultante da graduação;

13.3) induzir processo contínuo de autoavaliação das instituições de educação superior, fortalecendo a

participação das comissões próprias de avaliação, bem como a aplicação de instrumentos de avaliação que

orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a qualificação e a dedicação do corpo docente;

137

13.4) promover a melhoria da qualidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, por meio da aplicação de

instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior -

CONAES, integrando-os às demandas e necessidades das redes de educação básica, de modo a permitir aos

graduandos a aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de seus futuros alunos

(as), combinando formação geral e específica com a prática didática, além da educação para as relações étnico-

raciais, a diversidade e as necessidades das pessoas com deficiência;

13.5) elevar o padrão de qualidade das universidades, direcionando sua atividade, de modo que realizem,

efetivamente, pesquisa institucionalizada, articulada a programas de pós-graduação stricto sensu;

13.6) substituir o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE aplicado ao final do primeiro ano do

curso de graduação pelo Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, a fim de apurar o valor agregado dos

cursos de graduação;

13.7) fomentar a formação de consórcios entre instituições públicas de educação superior, com vistas a

potencializar a atuação regional, inclusive por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado,

assegurando maior visibilidade nacional e internacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão;

13.8) elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais nas universidades

públicas, de modo a atingir 90% (noventa por cento) e, nas instituições privadas, 75% (setenta e cinco por

cento), em 2020, e fomentar a melhoria dos resultados de aprendizagem, de modo que, em 5 (cinco) anos, pelo

menos 60% (sessenta por cento) dos estudantes apresentem desempenho positivo igual ou superior a 60%

(sessenta por cento) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE e, no último ano de vigência,

pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) dos estudantes obtenham desempenho positivo igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) nesse exame, em cada área de formação profissional;

13.9) promover a formação inicial e continuada dos (as) profissionais técnico-administrativos da educação

superior.

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a

titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

Estratégias:

14.1) expandir o financiamento da pós-graduação stricto sensu por meio das agências oficiais de fomento;

14.2) estimular a integração e a atuação articulada entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior - CAPES e as agências estaduais de fomento à pesquisa;

14.3) expandir o financiamento estudantil por meio do Fies à pós-graduação stricto sensu;

14.4) expandir a oferta de cursos de pós-graduação stricto sensu, utilizando inclusive metodologias, recursos e

tecnologias de educação a distância;

14.5) implementar ações para reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais e para favorecer o acesso das

populações do campo e das comunidades indígenas e quilombolas a programas de mestrado e doutorado;

14.6) ampliar a oferta de programas de pós-graduação stricto sensu, especialmente os de doutorado, nos campi

novos abertos em decorrência dos programas de expansão e interiorização das instituições superiores públicas;

14.7) manter e expandir programa de acervo digital de referências bibliográficas para os cursos de pós-

graduação, assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência;

14.8) estimular a participação das mulheres nos cursos de pós-graduação stricto sensu, em particular aqueles

ligados às áreas de Engenharia, Matemática, Física, Química, Informática e outros no campo das ciências;

14.9) consolidar programas, projetos e ações que objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós-

graduação brasileiras, incentivando a atuação em rede e o fortalecimento de grupos de pesquisa;

138

14.10) promover o intercâmbio científico e tecnológico, nacional e internacional, entre as instituições de ensino,

pesquisa e extensão;

14.11) ampliar o investimento em pesquisas com foco em desenvolvimento e estímulo à inovação, bem como

incrementar a formação de recursos humanos para a inovação, de modo a buscar o aumento da competitividade

das empresas de base tecnológica;

14.12) ampliar o investimento na formação de doutores de modo a atingir a proporção de 4 (quatro) doutores por

1.000 (mil) habitantes;

14.13) aumentar qualitativa e quantitativamente o desempenho científico e tecnológico do País e a

competitividade internacional da pesquisa brasileira, ampliando a cooperação científica com empresas,

Instituições de Educação Superior - IES e demais Instituições Científicas e Tecnológicas - ICTs;

14.14) estimular a pesquisa científica e de inovação e promover a formação de recursos humanos que valorize a

diversidade regional e a biodiversidade da região amazônica e do cerrado, bem como a gestão de recursos

hídricos no semiárido para mitigação dos efeitos da seca e geração de emprego e renda na região;

14.15) estimular a pesquisa aplicada, no âmbito das IES e das ICTs, de modo a incrementar a inovação e a

produção e registro de patentes.

Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no

prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que

tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos

os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em

curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias:

15.1) atuar, conjuntamente, com base em plano estratégico que apresente diagnóstico das necessidades de

formação de profissionais da educação e da capacidade de atendimento, por parte de instituições públicas e

comunitárias de educação superior existentes nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e defina obrigações

recíprocas entre os partícipes;

15.2) consolidar o financiamento estudantil a estudantes matriculados em cursos de licenciatura com avaliação

positiva pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, na forma da Lei nº 10.861, de 14

de abril de 2004, inclusive a amortização do saldo devedor pela docência efetiva na rede pública de educação

básica;

15.3) ampliar programa permanente de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura,

a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no magistério da educação básica;

15.4) consolidar e ampliar plataforma eletrônica para organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação

inicial e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos;

15.5) implementar programas específicos para formação de profissionais da educação para as escolas do campo e

de comunidades indígenas e quilombolas e para a educação especial;

15.6) promover a reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovação pedagógica, de forma a

assegurar o foco no aprendizado do (a) aluno (a), dividindo a carga horária em formação geral, formação na área

do saber e didática específica e incorporando as modernas tecnologias de informação e comunicação, em

articulação com a base nacional comum dos currículos da educação básica, de que tratam as estratégias 2.1, 2.2,

3.2 e 3.3 deste PNE;

15.7) garantir, por meio das funções de avaliação, regulação e supervisão da educação superior, a plena

implementação das respectivas diretrizes curriculares;

139

15.8) valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos

profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as

demandas da educação básica;

15.9) implementar cursos e programas especiais para assegurar formação específica na educação superior, nas

respectivas áreas de atuação, aos docentes com formação de nível médio na modalidade normal, não licenciados

ou licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo exercício;

15.10) fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio e tecnológicos de nível superior destinados à

formação, nas respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da educação de outros segmentos que não os

do magistério;

15.11) implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta Lei, política nacional de formação continuada para os

(as) profissionais da educação de outros segmentos que não os do magistério, construída em regime de

colaboração entre os entes federados;

15.12) instituir programa de concessão de bolsas de estudos para que os professores de idiomas das escolas

públicas de educação básica realizem estudos de imersão e aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma

nativo as línguas que lecionem;

15.13) desenvolver modelos de formação docente para a educação profissional que valorizem a experiência

prática, por meio da oferta, nas redes federal e estaduais de educação profissional, de cursos voltados à

complementação e certificação didático-pedagógica de profissionais experientes.

Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até

o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação

continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de

ensino.

Estratégias:

16.1) realizar, em regime de colaboração, o planejamento estratégico para dimensionamento da demanda por

formação continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das instituições públicas de educação superior, de

forma orgânica e articulada às políticas de formação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

16.2) consolidar política nacional de formação de professores e professoras da educação básica, definindo

diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação das atividades

formativas;

16.3) expandir programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas e de literatura e de

dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e

em Braille, sem prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os professores e as professoras da rede pública

de educação básica, favorecendo a construção do conhecimento e a valorização da cultura da investigação;

16.4) ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar a atuação dos professores e das professoras da

educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive

aqueles com formato acessível;

16.5) ampliar a oferta de bolsas de estudo para pós-graduação dos professores e das professoras e demais

profissionais da educação básica;

16.6) fortalecer a formação dos professores e das professoras das escolas públicas de educação básica, por meio

da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de

disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo magistério público.

Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar

seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de

vigência deste PNE.

140

Estratégias:

17.1) constituir, por iniciativa do Ministério da Educação, até o final do primeiro ano de vigência deste PNE,

fórum permanente, com representação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos

trabalhadores da educação, para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial nacional

para os profissionais do magistério público da educação básica;

17.2) constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da evolução salarial por meio de

indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, periodicamente divulgados pela

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;

17.3) implementar, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, planos de Carreira

para os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, observados os critérios

estabelecidos na Lei no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de

trabalho em um único estabelecimento escolar;

17.4) ampliar a assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de políticas

de valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional profissional.

Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os (as) profissionais da

educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as)

profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido

em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Estratégias:

18.1) estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência deste

PNE, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 50% (cinquenta por

cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de

provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados;

18.2) implantar, nas redes públicas de educação básica e superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes,

supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação

documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de

aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem

ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina;

18.3) realizar, por iniciativa do Ministério da Educação, a cada 2 (dois) anos a partir do segundo ano de vigência

deste PNE, prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, mediante adesão, na

realização de concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública;

18.4) prever, nos planos de Carreira dos profissionais da educação dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, licenças remuneradas e incentivos para qualificação profissional, inclusive em nível de pós-

graduação stricto sensu;

18.5) realizar anualmente, a partir do segundo ano de vigência deste PNE, por iniciativa do Ministério da

Educação, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que

não os do magistério;

18.6) considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo e das comunidades indígenas e

quilombolas no provimento de cargos efetivos para essas escolas;

18.7) priorizar o repasse de transferências federais voluntárias, na área de educação, para os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica estabelecendo planos de Carreira para os (as)

profissionais da educação;

18.8) estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação de todos os sistemas de

ensino, em todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação

e implementação dos planos de Carreira.

141

Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação,

associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das

escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

Estratégias:

19.1) priorizar o repasse de transferências voluntárias da União na área da educação para os entes federados que

tenham aprovado legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a

legislação nacional, e que considere, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola,

critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar;

19.2) ampliar os programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de acompanhamento e

controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às)

representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses

colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede

escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções;

19.3) incentivar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a constituírem Fóruns Permanentes de Educação,

com o intuito de coordenar as conferências municipais, estaduais e distrital bem como efetuar o

acompanhamento da execução deste PNE e dos seus planos de educação;

19.4) estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e

associações de pais, assegurando-se-lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas

escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas

representações;

19.5) estimular a constituição e o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos municipais de educação,

como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de

programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo;

19.6) estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus familiares na

formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos

escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares;

19.7) favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos

de ensino;

19.8) desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como aplicar prova nacional

específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos, cujos resultados

possam ser utilizados por adesão.

Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7%

(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o

equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Estratégias:

20.1) garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da

educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes

do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1o do art. 75 da Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com

vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;

20.2) aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do

salário-educação;

20.3) destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do

art. 212 da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela da participação no resultado ou da

142

compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a finalidade de

cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art. 214 da Constituição Federal;

20.4) fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da

Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o controle social na utilização dos recursos

públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais

eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do

Fundeb, com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos

Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios;

20.5) desenvolver, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP,

estudos e acompanhamento regular dos investimentos e custos por aluno da educação básica e superior pública,

em todas as suas etapas e modalidades;

20.6) no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PNE, será implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi,

referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será

calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem e será

progressivamente reajustado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade - CAQ;

20.7) implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas

etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de

gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais

profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e

equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação e transporte

escolar;

20.8) o CAQ será definido no prazo de 3 (três) anos e será continuamente ajustado, com base em metodologia

formulada pelo Ministério da Educação - MEC, e acompanhado pelo Fórum Nacional de Educação - FNE, pelo

Conselho Nacional de Educação - CNE e pelas Comissões de Educação da Câmara dos Deputados e de

Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal;

20.9) regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos,

por lei complementar, de forma a estabelecer as normas de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de

colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das

funções redistributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais regionais, com especial

atenção às regiões Norte e Nordest

20.10) caberá à União, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito

Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi e, posteriormente, do CAQ;

20.11) aprovar, no prazo de 1 (um) ano, Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade

na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por

institutos oficiais de avaliação educacionais;

20.12) definir critérios para distribuição dos recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que

considerem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso

técnico e de gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5o do art. 7o desta Lei.

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Anexo 2 – CONVITE PARA A AUDIENCIA PÚBLICA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA

Rua Ondina Bueno Siqueira, 180 – Centro CEP 84.990-000 Fone/Fax (043) 3512-3000

ARAPOTI – PARANÁ

CONVITE

A Secretaria Municipal de Educação de Arapoti-PR convida todos: Alunos/Pais, Professores, Coordenadores e Diretores das escolas Municipais, Estaduais, Particulares; Autoridades e Comunidade em geral para a Audiência Pública referente a elaboração do Plano Municipal de Educação – PME. Data: 11 de junho de 2015 Horário: período da manhã das 8h30min às 11h30min e período da tarde das 13h30min às 17h30min. Local: Centro Estudantil - Avenida Luiz Pinheiro - Centro, Arapoti-PR.

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ANEXO 3 – ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA

Rua Ondina Bueno Siqueira, 180 – Centro CEP 84.990-000 Fone/Fax (043) 3512-3000 ARAPOTI – PARANÁ

ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Aos onze dias do mês de junho de dois mil e quinze, nas dependências do Centro

de Estudantil de Arapoti-PR, realizou-se a Audiência Pública referente ao Plano

Municipal de Educação de Arapoti. Iniciou-se com o Momento Cívico e

pronunciamento da Secretária Municipal da Educação, a Sra. Rosi Rogenski

Ferreira, que procedeu às boas vindas aos presentes e relatou a importância deste

Plano Municipal de Educação para todos. Em seguida convidou o Padre Celso

Miqueli para a Oração Inicial. Dando sequência à Audiência Pública, foram

realizadas duas apresentações culturais dos alunos do Programa Mais Educação da

Escola Municipal Telêmaco Carneiro e, em seguida, foi feito a leitura e a aprovação

do Regimento Interno da Audiência Pública e realizado a organização dos eixos

temáticos desta, cujos participantes escolheram em qual dos eixos se inscreveriam

para análise, reformulação e discussão das metas e estratégias. Foram organizados

nove eixos, contemplando as 20 metas do PME, realizando, em cada eixo muni

conferências simultaneamente. No final da manhã realizou o credenciamento para

as contribuições orais. O período da tarde iniciou-se com duas apresentações

artísticas dos alunos do Programa de Atendimento à Criança e Adolescente de

Arapoti e logo em seguida forma feitas as contribuições orais, a saber, Sr. Ademir

Moreira, discorreu sobre a importância da adesão ao Programa Saúde na Escola; o

Vereador Claudinei José Moreira falou a respeito da necessidade de construir um

Centro Multidisciplinar no Município; a Sra Nilce José Lobo tratou da importância dos

Conselhos Municipais e a Professora Natália da Silveira realizou uma explanação

acerca da valoração da Educação Infantil. Em seguida iniciou-se a plenária, na qual

cada eixo foi exposto, apresentando as contribuições a serem inseridas no texto de

cada meta e estratégia, lido e aprovado pelo grupo que trabalhou no mesmo, e, em

seguida aprovado por aclamação por todos os participantes. Após todos os

participantes estarem de acordo com as estratégias e metas encerraram-se os

trabalhos, com os agradecimentos proferidos pela Secretária Municipal da

Educação, a Sra. Rosi Rogenski Ferreira e pela Professora integrante da Equipe

Técnica Nilva Aparecida Quirino kubaski, seguido de uma Oração e Benção Final

Ministrado pelo Padre Celso Miqueli. Nada mais havendo a constar deu se por

encerrada a Audiência Pública do Plano Municipal da Educação, a qual foi lavrada a

presente Ata.

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ANEXO 4 – LISTA DE PRESENÇA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

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ANEXO 5 – REGIMENTO INTERNO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA Rua Ondina Bueno Siqueira, 180 – Centro CEP 84.990-000 Fone/Fax (043) 3512-

3000 ARAPOTI – PARANÁ

REGIMENTO INTERNO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PLANO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A Secretária Municipal de Educação de Arapoti-Pr, considerando a

Lei nº 13.005 de 25/06/2014 institui o presente Regimento Interno, que dispõe sobre

a Audiência Pública do Plano Municipal de Educação do Município de Arapoti-PR.

Parágrafo Único: A Audiência Pública de que trata este Regimento Interno realizar-

se-á no dia 11 de junho de 2015 de 8h30min às 17h no “Centro Estudantil de

Arapoti”

Art.2°- Caberá a Secretária Municipal de Educação realizar a Abertura da

Audiência, designando os coordenadores de cada eixo do PME, a ser discutido na

Audiência.

Art. 3° - São prerrogativas dos Coordenadores de cada eixo:

I – Realizar exposição Técnica do Documento Base do Plano Municipal de

Educação;

II – Convidar para participar das exposições orais e conceder a palavra a

qualquer momento a participantes presentes que possam colaborar para dirimir

dúvidas e contribuir com o debate em questão;

III – Encaminhar as discussões sobre a pertinência das intervenções escritas

e orais em atenção à boa ordem da Audiência, evitando a evasão do tema em

questão;

IV – Ampliar o tempo das exposições, quando necessário;

V- Garantir a palavra a todos os participantes inscritos, eleitos pelo grupo.

158

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 4º - A Audiência Pública terá como finalidade apreciar o Documento Base

do PME do Município de Arapoti.

Parágrafo único. A Conferência Municipal de Educação tem como objetivos

específicos:

I. discutir as proposições recomendadas nas mini-conferências;

II. promover intercâmbio entre a sociedade civil e os profissionais de educação;

III. refletir sobre temas educacionais pautados nas discussões Estaduais e

Nacionais;

IV. instituir metas e estratégias para a operacionalização do Plano Municipal de

Educação.

Art.5° - Serão convidados a participar da Audiência a sociedade civil, bem

como órgãos estaduais e municipais e/ou demais interessados na temática em

questão.

Art.6° - A Audiência Pública será divulgada em Site Oficial da Prefeitura

Municipal de Arapoti, bem como a disponibilização do documento base para

sugestões e implementação das propostas previamente expostas.

§ 1°- Na Audiência Pública os participantes farão contribuições orais e

escritas, na forma disciplinada neste regulamento.

CAPÍTULO III

DO PROCEDIMENTO

Art.7º. A Audiência será realizada obedecendo as seguintes etapas:

I- Credenciamento e Distribuição do material;

II- Abertura;

III- Composição da mesa e Momento Cívico ;

IV- Apresentação do Documento Base do Plano Municipal de Educação;

V- Discussão por eixos e Contribuições dos presentes;

VI- Conclusão dos trabalhos.

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Art. 8º - Feita a composição da mesa, realizar-se-á a abertura da Audiência,

com leitura deste Regimento, bem como as informações pertinentes para a

condução dos trabalhos.

§ 1º Aos membros da mesa será dado o tempo máximo de 05 (cinco) minutos,

podendo ser ampliado, caso haja necessidade.

§ 2º Após o pronunciamento dos membros da mesa, será realizado a

apresentação do Documento Base do Plano Municipal de Educação.

§ 3º serão oportunizadas discussões por eixo, sendo que as manifestações

orais por parte dos participantes serão permitidas, desde que solicitadas por

meio de inscrição, que serão feitas logo no início do período da tarde e as

manifestações escritas serão aceitas até a conclusão dos trabalhos no dia da

Audiência.

§ 4º As manifestações orais serão aceitas, exclusivamente para dirimir

dúvidas, num tempo programado de 02 (dois) minutos e não poderão fugir a

temática constante na pauta

§ 5° As manifestações orais serão aceitas pelos participantes devidamente

credenciados e inscritos.

§ 6º Após a conclusão dos trabalhos o relatório final será redigido pela Equipe

Técnica do PME e estará disponível no site da Prefeitura Municipal Arapoti.

Art. 9º — Os casos omissos, não previstos neste regimento, serão resolvidos pela

Comissão Coordenadora do PME..

Arapoti, 11 de junho de 2015.

Rosi Rogenski Ferreira

Secretária Municipal de Educação

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ANEXO 6 – FOTOS DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

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