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E452 Volume 6 ESTADODE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTE E OBRAS PÚBLICAS ASSESSORIA DE ESTUDOS AMBIENTAIS NORMAS E PROCEDIMENTOS AMBIENTAI, PARA EMPREENDIMENTOS RODOVIÁRIOS r LF Setembro/2000 Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

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E452Volume 6

ESTADO DE GOIÁSSECRETARIA DE ESTADO DA INFRAESTRUTURA

AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTE E OBRAS PÚBLICAS

ASSESSORIA DE ESTUDOS AMBIENTAIS

NORMAS E PROCEDIMENTOS AMBIENTAI, PARAEMPREENDIMENTOS RODOVIÁRIOS

r LF

Setembro/2000

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Normas e procedimentos ambientalpara empreendimentos rodoviarios l l

íNDICE

Fundamentos

Escopo básico para gerenciamento ambiental de empreendimentos rodoviários

Impactos da fase de planejamento de rodovias - ISMA-01

Estudo de alternativas de traçado - ISMA-02

Estudos de impactos ambientais (EIA) - ISMA-03

Relatório de impacto ambiental (RIMA) - ISMA-04

Elaboração de programa de gestão ambiental (PGA) - ISMA-05

Elaboração de plano de controle ambiental (PCA) - ISMA-06

Impactos na fase de projetos rodoviários: causas/mitigação/eliminação - ISMA-07

Impactos na fase de obras rodoviárias: causas/mitigação/eliminação - ISMA-08

Impactos na fase de operação de rodovias - ISMA-09

Projeto executivo ambiental - ISMA-1 O

Fiscalização ambiental de obras rodoviárias - ISMA-1 1

Reabilitação ambiental de áreas planas ou pouco inclinadas, através darevegetação herbácea (plantio de gramíneas e leguminosas) - ISMA-12

Reabilitação ambiental de áreas inclinadas através do plantio de gramíneas eleguminosas por hidrossemeadura - ISMA-1 3

Reabilitação ambiental em áreas planas ou pouco inclinadas, para reforço ourevigoramento da revegetação, através do plantio de árvores e arbustos - ISMA-14

Recuperação de áreas úmidas - ISMA-1 5

Anexo

Recomendações para elaboração de estudos ambientais - PCA

Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

Relatório de Controle Ambiental (RCA)

Legislação Ambiental: Leis Federais, Estaduais, Resoluções do CONAMA e AgênciaAmbiental

Etapas e documentação para licenciamentos

Requerimento da Agência Ambiental

Bibliografia

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AG ETIP ~ Normas e proceaimentos ambiental ATUALIZAÇAO29109100 PAGNA3/153i para empreendimentos rodoviário0S A

FUNDAMENTOS

1 - INTRODUÇÃO

As preocupações ambientais tem tornado metas dos governos conscientes emoderno. Essa preocupação deve-se a diminuição dos recursos naturais renováveis eprincipalmente, não renováveis.

Muito já foi perdido, mas ainda é tempo de poupar o que ainda existe, comsabedoria e garantindo que haja para as populações futuras.

Ao mesmo tempo em que evoluem as ciências ligadas ao meio ambiente, temcrescido a popularização do tema e o envolvimento de uma série de atividades que,costumeiramente, relegavam os recursos naturais e a ecologia em segundo plano. Arapidez com que vem se dando esta integração de interesses tem gerado o uso determos imprecisos para cada situação, contando-se ora com um termo definindo coisasdiversas, ora um só elemento sendo denominado com muitos termos ou expressõesdistintas. Para evitar confusões, é conveniente que haja rigor na terminologia técnicautilizada. Todavia, ao dirigir um trabalho principalmente à comunidade rodoviária,optou-se em não ser por demais rigorosos, agrupando, em alguns casos, vários termosque contém diferenças sutis para um sentido único, de modo a facilitar a compreensãodo todo e, assim, facilitar o mais importante: as ações de proteção ambiental exigidapelos empreendimentos rodoviários.

Estas Instruções Normativas para Meio Ambiente foram baseadas nos trabalhosrealizados pelo DNER com ajuda do Dr. Vitor Belia.

2. TERMINOLOGIA COMENTADA

RECURSOS NATURAIS são todos os bens fornecidos pela natureza: o ar, a água, osalimentos, o solo, a fauna, os recursos minerais, o Sol (como fonte de luz e calor), apaisagem, etc.

A classificação dos recursos naturais pode ser feita dividindo-os entre bens etangíveis (alimentos, minérios, etc.) e intangíveis (paisagem natural, biodiversidade,etc.), integrando-se, neste último caso, todos os bens aos quais não se pode atribuirum valor de mercado diretamente.

Considerando a finitude do nosso planeta, observa-se que os recursosambientais (em que se tornam os recursos naturais e os culturais) são escassos e,portanto, são bens econômicos. Sua conservarão e preservação, portanto, sãoprioritárias para a manutenção da vida como a conhecemos e, até, para asobrevivência do próprio homem. Cabe, então, conceituar conservação e preservação.

Conservação e o uso sustentado dos recursos naturais, buscando a perenizaçãodas condições de uso originais, em outras palavras, conservação é a utilização dosrecursos ambientais sem destruição e sem desperdício, ou seja, é o uso racionaldestes recursos. Já preservação refere-se à manutenção permanente e intocada deum bem natural ou cultural.

MEIO AMBIENTE é o conjunto que nos cerca, ou que envolve os seres vivos ou não,incluindo-os e condicionando-os, formando um todo sistêmico, cujas interações

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AGETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO29/09100 PAGINA4/15-<1 para empreendimentos rodoviários

integraram o processo vital. Este conceito de ambiente é restrito aos processos efenômenos que ocorrem à superfície da Terra, que é o de interesse neste trabalho.Embora se reconheça a interdependência entre os diversos elementos constituintes doambiente (água, ar, solo, flora, fauna, etc.) tornando impossível uma separação realentre eles, tradicionalmente eles são divididos segundo os meios: físico, biológico (oubiótico) e sócio-econômico (ou antrópico). A Resolução CONAMA N.° 001/86 assim osdefine, em seu artigo 60:

a) MEIO FíSICO: é o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando osrecursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corposd'água, o regime hidrológico e as correntes atmosféricas

b) MEIO BIOLÕGICO: é o ecossistema natural: a fauna e a flora.c) MEIO SóCIO-ECONÔMICO: é o uso e ocupação do solo, os usos da

água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentosarqueológicos, históricos e culturais da comunidade, a relação dedependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e opotencial utilização futura destes recursos.

EFEITOS são as conseqüências de uma modificação induzida pelo homem.

IAS impacto ambiental significativo, tanto positivo quanto negativo.

IMPACTO AMBIENTAL são alteração do meio ambiente ou modificação do meioambiente, tanto para as mudanças naturais como as feitas pelo homem. As mudanças(ou alterações) feitas pelo homem podem ser intencionais (construção de uma estradaou de uma barragem, etc.) ou não intencionais (acidentes).

IMPACTOS são as reações da natureza perante a introdução de elementos estranhosno ecossistema considerado, resultando em modificações na estrutura do ambientepreexistente. Introduziu-se a qualificação ̀significativa" (impacto ambiental significativo- IAS) para transparecer o juízo de valor em relação a outros impactos, que poderiamser denominados exclusivamente como efeitos.

Registra-se, finalmente, que a Resolução do CONAMA N°. 001 define impactoambiental assim:

Art. 1 - Para efeito desta resolução, considera-se impacto ambientalqualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meioambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante dasatividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

1. a saúde, a segurança e o bem-estar da população;Il. as atividades sociais e econômicas;111.a biota;IV.as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;V. a qualidade dos recursos ambientais.

Em empreendimentos rodoviários, os impactos dividem-se em trêssegmentos:

a) impactos dos planos, programas e estudos, onde se deve destacar ascaracterísticas preventivas, principalmente do ponto de vista da áreade influência indireta da intervenção/empreendimento;

b) impactos das obras, propriamente ditas, onde se destacam osimpactos gerados nas fases de projeto de engenharia, construído,conservação e restauração e que afetam mais diretamente a área deinfluência direta;

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Normas e procedimentos ambientalA para empreendimentos rodoviáriosj l

c) impactos da operação, onde se destacam a poluição do ar, ruídos evibrações, acidentes, etc.

As ações são geradores de impactos (projeto, programa, propostas de legislação,políticas ou procedimento operacional) com conseqüências ou implicações ambientais.

ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA: compreende aquela faixa em que os efeitos dasrodovias fazem-se sentir de modo diluído ou indiretamente, podendo-se estender atéao longo das áreas municipais ou não e que, podendo sofrer variações em função deseu tipo e do meio considerado (físico,antrópico ou biótico). Em alguns trabalhos Função da rodovia Largura da faixa (km)adotam-se o quadro ao lado. Troncais 40

Alimentadoras 30A "distribuição" dos impactos das Vicinais 15

rodovias tem características muito maisamplas do diferenciam dos outros (ferro e hidroviários) pela grande flexibilidade dedeslocamento, bastando que os caminhos lhes dêem passagem para que sejamtrilhados. Essa flexibilidade amplia enormemente a área de influencia dos impactos,englobando toda a rede rodoviária tributária da estrada em estudo. Cumpre registrarque muitas rodovias poderão dar acesso a recursos naturais com outras vantagens detal ordem que podem causar o deslocamento de atividades de uma região para outra,completamente diferente, com distâncias entre elas muito maiores do que asrecomendadas para estudo. Tais deslocamentos podem ser considerados impactossobre a organização social e devem ser estudados em profundidade quandodetectados.

Os estudos destas faixas, denominadas de "área de influência indireta dasrodovias" cabem nas fases de elaboração de planos, programas e estudos vários e sereferem aos impactos de maiores dimensões, que podem ser visualizados empequenas escalas de mapeamento.

AREA DE INFLUÊNCIA DIRETA: compreende uma faixa que envolve no mínimo asfaixas de domínio da estrada e/ou as microbacias de drenagem. E nessa faixa maisestreita que, em sua maioria, surgem os problemas que causam perdas diretas (tantoda rodovia, como de moradores e proprietários vizinhos) através dos assoreamentos,erosões, desapropriações, segregação urbana, etc. Essa área depende principalmentedo meio em questão. Para cada um, existe uma área de influência direta a serconsiderada. Os IAS que poderão ocorrer no meio físico podem estar confinados nasfaixas de domínio uma vez que, grande parte dos impactos ocorrerão ai, entretanto,para o meio biótico, o alcance dos impactos diretos ultrapassam as faixas de domínios,isto é, tem uma abrangência maior entre causas e efeitos. É, portanto, aconselhávelque seja no mínimo o da bacia.

PLANO AMBIENTAL é o estabelecimento de ações/atividades que devam serdesenvolvidas em todas as fases do com vistas à prevenção ou mitigação dosimpactos negativos e à maximização dos impactos positivos esperados com aimplantação da obra, cujo conjunto estabelece, como conseqüência, a amplitude dasresponsabilidades técnicas frente às atividades ambientais:

a) Fase de Planejamento e Projeto: responsabilidade dos setores da AGETOPdedicadas ao Planejamento e aos Projetos;

b) Elaboração de estudos ambientais: responsabilidade de equipesmultidisciplinares externas e/ou da AGETOP, dependendo do estudo;

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AGETO j Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29109/OO PAGINA6/1501 ~~~~para empreendimentos rodoviários

c) Fase de Construção, Operação, Restauração e Conservação:responsabilidade dos setores da AGETOP dedicados às obras, ao tráfego e asatividades de restauração e conservação.

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AC ETOC P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09/00 PAGiNA7/15/| para empreendimentos rodoviários I

GERENCIAMENTO AMBIENTAL DE EMPREENDIMENTOS RODOVIÁRIOS

1. DEFINIÇÃO

Gerenciamento Ambiental de Empreendimentos Rodoviários tem por funçõesdefinir, priorizar e coordenar a implantação das ações previstas no plano ambiental,obtendo os melhores resultados possíveis (otimização de recursos) limitando-se aoorçamento disponível.

O gerenciamento ambiental será de responsabilidade da equipe da Unidade deMeio Ambiente da AGETOP (Assessoria de Estudos Ambientais/PR-AEA). Tanto asrodovias estaduais e federais sob regime de delegação de competência deverãoobedecer este corpo normativo,

2. EXECUÇÃO DO GERENCIAMENTO

O Gerenciamento ambiental é composto de:a) Coordenação ambiental - precede a implantação de qualquer atividade

prescrita no plano ambiental e consiste em ordenar as ações previstas,visando a otimização do Gerenciamento ambiental. A coordenaçãoambiental atuará em todas as fases do empreendimento, desde oplanejamento até a operação.

b) Supervisão ambiental - está relacionada às atividades desenvolvidascom o objetivo de garantir que a implantação das ações/atividadesprescritas no plano ambiental esteja de acordo com as condições,especificações e demais pormenores técnicos estabelecidos, inclusive noque se refere à aplicação de recursos.

c) Monitoramento ambiental - consiste em a acompanhar a evolução dosimpactos mediante a implementação das medidas preconizadas no planoambiental, avaliando, periodicamente, seus efeitos/resultados epropondo, quando necessárias, alterações, complementações e/ou novasações e atividades ao plano original.

O conjunto de atividades necessárias à completa execução do gerenciamentoambiental está contido nas Instruções de Serviços de Meio ambiente (ISMA),apresentadas e, a saber:

ISMA-01 - impactos da fase de planejamento de rodovias

Compreende, ainda na fase de planejamento/estudos do empreendimento,elaborar avaliação prévia dos impactos ambientais. Nestes estudos, a análise é feitaapós a classificação da rodovia de acordo com os seguintes grupos:

* Rodovias rurais/áreas de ocupação econômica intensa* Rodovias rurais/áreas agrícolas* Rodovias rurais/áreas de ocupação rarefeita* Rodovias rurais/interfaces urbanas* Rodovias urbanas

A ISMA-01 será integrante dos editais de licitação visando a contratação deempresas para realização de planos diretores, estudos de viabilidade, e outras

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AGETOIP >Normas e procedimentos ambiental ATUAL2AÇA029/09100 PAGINA8/15p para empreendimentos rodoviários I ' AAI

análises pertinentes à fase de planejamento de empreendimentos rodoviários. Caso osestudos ambientais tenham início já na fase de anteprojeto ou mesmo de projeto,também deverá ser efetuado estudo preliminar de acordo com a ISMA-01.

ISMA-02 - Estudo de altemativas de traçado

Tem por objetivo complementar, nas fases de planejamento e anteprojeto, osestudos ambientais realizados, com informações relativas ao meio físico que não foramobjeto de detalhamento. Nestes estudos serão selecionadas informações que estejamrealmente relacionadas com a obra, evitando-se abordagens já realizadas.

Ao final da fase de planejamento, a metodologia proposta na ISMA-02 seráaplicada às alternativas escolhidas em função da avaliação prévia dos impactosconforme ISMA-01. Desta forma, os Estudos de impactos ambientais (realizados deacordo com as ISMA-03 e ISMA-04), serão realizados para as alternativas com menorpotencial impactante.

A ISMA-02 será integrante dos editais de licitação visando a contratação deempresas para execução de estudos e/ou projetos onde constem estudos dealternativas de traçados.

As atividades requeridas são as seguintes:• Apresentação das alternativas• Análise interativa dos parâmetros mínimos propostos

ISMA-03 - Estudos de Impacto ambiental - EIA

Tem por objetivo orientar, dentro do prescrito pela legislação, a elaboração dosestudos de impactos ambientais em empreendimentos rodoviários. Suas atividadescompreendem:

• Informações gerais sobre o empreendimento;• caracterização e análise de compatibilidade do empreendimento;* definição de área de influência;* elaboração de diagnósticos e prognósticos ambientais;• definição dos impactos ambientais;* análise dos impactos ambientais;* proposição de medidas mitigadoras;* programa de acompanhamento e monitoramento dos impactosambientais;* Verificação da conformidade legal;* plano básico ambiental.

ISMA-04 - Relatório de Impacto ambiental - RIMA

Tem por objetivo orientar, dentro do prescrito pela legislação, a elaboração dorelatório de impacto ambiental, seqüencialmente aos estudos de impactos ambientais.Suas atividades compreendem:

* Estrutura do relatório de impacto ambiental;* procedimentos para elaboração do RIMA;* emissão do RIMA.

ISMA-05 - Elaboração de Programa de Gestão Ambiental (PCA)

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AGETOP Normas e procedimentos ambientalADS ETE) para empreendimentos rodoviários ATUAL2AÇAO.29109100 PAGJNA9/15i

Tem por objetivo orientar, dentro do prescrito pela legislação, a elaboração doestudo para gerenciamento de impactos ambientais em empreendimentos rodoviáriosonde já ocorreram danos ao meio ambiente devido à implantação da rodoviaanteriormente. Suas atividades compreendem:

* Informações gerais sobre o empreendimento;* Descrição das atividades;* Definição das áreas de influências;* Elaboração de diagnósticos e prognósticos ambientais;* Relação com os atributos do entorno;* Uso dos recursos hídricos, solo e atmosférico;* Definição dos impactos ambientais;* Análise dos impactos ambientais;* Proposição de medidas mitigadoras;* Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactosambientais;* Levantamento dos passivos ambientais.

ISMA-06 - Elaboração de Plano de Controle Ambiental (PCA)

Tem por objetivo aditar ao EIA/RIMA medidas de otimização (maximização 1minimização) dos impactos identificados, após definição de dados só disponíveis coma conclusão do projeto do empreendimento.

ISMA-07 - Impactos da fase de projetos rodoviários

Tem por objetivo apresentar os impactos ocorrentes da fase de projetosrodoviários, indicar suas causas prováveis e medidas a serem implantadas emconcomitância ao projeto, visando mitigar/eliminar estes impactos.

A ISMA-07 será integrante dos editais de licitação visando a contratação deempresas para realização de projetos rodoviários.

ISMA-08- Impactos da fase de obras rodoviárias

Apresenta medidas mitigadoras e/ou eliminatórias de impactos ocorrentes emobras rodoviárias, nas etapas de implantação, conservação e restauração deempreendimentos rodoviários. Os impactos abordados compreendem de modo geralaqueles ocorrentes na faixa de domínio e região lindeira e microbacias de drenagensaté 1,5 a 2,0 km de afastamento do eixo.

A ISMA-08 será integrante dos editais de licitação visam para execução de obrasrodoviárias e para supervisão/gerenciamento de obras.

ISMA-09 - Impactos da fase de operação de rodovias

Apresenta metodologia que permite a identificação e análise do impacto,apontando as ações a serem tomadas para mitigação/eliminação destes impactos.

ISMA-10 - Projeto Executivo ambiental para obras rodoviárias

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AGSETCIP Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO:29/09/00 PAGINAIO/153A | ETO R 1 para empreendimentos rodoviários j /

O projeto executivo ambiental tem por finalidade apresentar projetos eespecificações, cuja obediência proporcionará a reabilitação ambiental de áreas deuso (acampamentos, bota-foras, etc.) ao longo do período de obras.

A ISMA-10 será integrante dos editais de licitação visando a contratação deempresas para realização de projetos rodoviários.

ISMA-11 - Fiscalização ambiental de obras rodoviárias

A ISMA-1 1apresenta o conjunto mínimo de procedimentos necessários aoacompanhamento e controle da implantação dos projetos executivos ambientais.

A ISMA-1 1 será integrante dos editais de licitação visando a contratação deempresas para supervisão e/ou gerenciamento de obras rodoviárias.

ISMA-12 - Reabilitação ambiental de áreas planas ou pouco inclinadas, atravésdarevegetação herbácea (plantio de gramíneas e leguminosas)

A ISMA-12 constitui em um conjunto de procedimentos para a recuperação deáreas degradas e a proteger, em terreno plano ou pouco inclinado, mediante autilização de revegetação herbácea, com a utilização de gramíneas e/ou leguminosas.

ISMA-13 - Reabilitação ambiental de áreas inclinadas através do plantio degramineas e leguminosas por hidrossemeadura

Esta norma estabelece as normas para a reabilitação de áreas com a utilizaçãode hidrossemeadura de gramíneas e leguminosas.

ISMA-14 - Reabilitação ambiental em áreas planas ou pouco inclinadas, parareforço ou revigoramento da revegetação, através do plantio de árvores earbustos

A ISMA-14 estabelece normas para a recuperação de áreas planas ou poucoinclinadas empregando para tanto, o plantio de arbustos e/ou árvores.

2.1. COORDENAÇÃO AMBIENTAL

A coordenação ambiental compreende as atividades de programar e,posteriormente coordenar o estabelecimento de ações/atividades previstas no planoambiental. Os trabalhos junto aos órgãos/entidades municipais, estaduais, federais enão governamentais inclusive as gerências de convênios estabelecidos, serão dacompetência do gerenciamento ambiental.

Quanto aos recursos previstos para a implantação do plano ambiental, caberátambém a coordenação ambiental gerir sua aplicação em todas as fases doempreendimento rodoviário.

2.2. SUPERVISÃO AMBIENTAL

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Normas e procedimentos ambiental1E paraempreendimentos rodoviárias I

Supervisão ambiental consiste em inspecionar a implantação das medidas de caráterambiental em todas as fases do empreendimento, desde o planejamento até aoperação.

Fiscalização ambiental é parte da supervisão e relaciona-se à função de exerceratenta e contínua verificação do cumprimento dos princípios, normas e funçõesestabelecidas pelo gerenciamento ambiental, assim como das cláusulas de naturezaambiental incluída nos contratos relacionados aos projetos, ou construções, ouoperação de rodovias, aplicando as sanções previstas.

2.3. MONITORAMENTO AMBIENTAL

2.3.1. DEFINIÇÃO DA RESPONSABILIDADE

O artigo 60, inciso IV, da Resolução N.° 001/86 - CONAMA prevê que o estudo deimpacto ambiental (EIA) conterá a "elaboração do programa de acompanhamento emonitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetrosa serem considerados". Ou seja: o EIA elaborará o programa de monitoramento, masnão compreende a sua realização, isto porque, o monitoramento será feito após iníciodo processo de licenciamento da obra junto ao órgão ambiental sendo, portanto,responsabilidade/iniciativa da AGETOP.

2.3.2. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS (IAS)

Impactos ambientais significativos (IAS) estão associados às fases de projeto deconstrução, conservação/restauração e operação da obra rodoviária. São impactosidentificáveis, ou previsíveis, ainda na fase de projeto da obra, e cuja atuação se dá,preferencialmente, na área de influência direta da rodovia.

As fases de construção e de conservação/ restauração geram impactosresultantes da execução de serviços de engenharia e que, para as suasconseqüências são propostas medidas mitigadoras e cuidados que devem sersupervisionados e fiscalizados durante a sua implantação.

A componente de monitoramento, no gerenciamento ambiental doempreendimento, caracteriza-se pelo acompanhamento e avaliação permanente,periódico ou contínuo, dos efeitos esperados com a implantação das medidasmitigadoras e cuidados propostos.

2.3.2.1. MONITORAMENTO DOS IAS POTENCIAIS NA ÁREA DE INFLUÊNCIAINDIRETA

Os impactos ambientais significativos (IAS) são sintetizados na ISMA-01,identificáveis ainda na fase de planejamento. Nessa fase de estudos é que considera ainserção da rodovia no meio ambiente e com condições de planejamento paraminimizá-los. São impactos relacionados com os conflitos potenciais resultantes daocupação e/ou apropriação inadequadas do espaço (rural ou urbano), ou mesmo coma perturbação de usos consolidados, causados pelas rodovias na suas áreas deinfluência.

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Normas e proceaimentos ambientaiAG ETo] P Nomsepoeietsabeti ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA12/153| G ETO ~' para empreendimentos rodoviarios j i

Os efeitos das IAS podem ser sentido com maior intensidade pelas comunidadeseconomicamente mais frágeis ou indiretamente fragilizadas pelo empreendimentodurante as diferentes fases do empreendimento.

As variações sazonais de mercado, as evoluções tecnológicas e culturais e com aconsolidação (ou não) do corpo estradal, os impactos ambientais e sócio-econômicospodem sofrer variações temporais, tornando-se para tanto, necessário implantarsistemas de monitoramentos ambientais em obras rodoviárias, com a finalidade deacompanhar os efeitos provocados pelas obras, como também, pelas alterações douso de solo de sua área de influência. Há a necessidade de que, a cada triênio (emáreas de rápida expansão econômica), ou a cada qüinqüênio (em áreas de menorritmo de crescimento), o conjunto de estudos deve ser revisto com a finalidade de:

* analisar os prognósticos feitos anteriormente, frente aos impactosnegativos e Positivos ocorridos/medidos ao longo do período;

* avaliar a situação atualizada e se façam novos prognósticos de impactosfuturos, propondo, se for o caso, novas medidas mitigadoras emaximizadoras;

* que o sistema de gerenciamento ambiental seja permanente, a fim depermitir a tomada de decisões e o empreendimento de ações necessáriasàs correções de curso no controle das alterações ambientais.

2.3.2.2. MONITORAMENTO DOS IAS POTENCIAIS NA ÁREA DE INFLUENCIADIRETA

Estes impactos ambientais significativos (IAS) apresentados nas IMASs 07, 08 e09, refere-se, de modo geral, a impactos associados às fases de projeto, construção,conservação/restauração e operação da obra rodoviária. São impactos identificáveisou previsíveis ainda na fase de projeto da obra, e cuja atuação dar-se-á na área deinfluência direta da rodovia.

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09/00 PAGINA13/153'| para empreendimentos rodoviários I j

ISMA-01 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: IMPACTOS DA FASE DEPLANEJAMENTO DE RODOVIAS

1. OBJETIVO

A avaliação prévia dos impactos ambientais, ainda na fase deplanejamento/estudos de rodovias, tem por objetivo:

a) evitar perdas de projetos, atritos com as comunidades envolvidas, etc.(ações de custo zero);

b) mitigar as perdas inevitáveis, adotando medidas específicas; e, assim;c) não precisar remediar. onde as ações de correção têm normalmente um

custo altíssimo, ao mesmo tempo em que nem sempre se obtém areversão dos impactos.

É nessa fase onde é ideal realizar consultas junto às comunidades diretamenteafetadas sobre o anteprojeto, com intuito de discutir, apresentar e compatibilizar oprojeto de engenharia com o que as comunidades, com discussão sobre os impactosambientais e traçado proposto da rodovia.

Apesar dos impactos gerados serem semelhantes em todo o território, o quepermitiria separá-los apenas em rurais e urbanos em função da posição geográfica dasrodovias, buscando explicitar melhor as características dos impactos a nível regional,resolveu-se subdividi-los em quatro grupos:

a) rodovias rurais em áreas de ocupação econômica intensa;b) rodovias rurais em áreas de fronteira econômica (ou agrícola);c) rodovias rurais em áreas de ocupação rarefeita; ed) rodovias urbanas e/ou rodovias rurais com interfaces urbanas.

2. ÁREAS DE OCUPAÇÃO ECONÔMICA INTENSA

2.1. DEFINIÇÃO

Areas de ocupação econômica intensa são regiões onde a ação antrópica se fazsentir de modo profundo, e os recursos naturais já estão em processo de apropriaçãomuito avançado.

As áreas de ocupação intensa vêm sendo exploradas, entretanto, já apresentam"stress" ambiental intensidade considerável, os impactos negativos forampotencializados pelo desmatamento (desabamentos de encostas); pela poluição doscursos d'águas; pelas invasões e apropriações de reservas de recursos naturais;pelos conflitos pela posse de terra e outros.

2.2. IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS POTENCIAIS(IAS)

As áreas de ocupação econômica intensa devem ter seus planos e programasviários analisados sob o ponto de vista do efeito que a acessibilidade poderá causarsobre áreas a serem preservadas, exigindo um prognóstico acurado das tensões("stress") que poderão potencializar, ou mesmo gerar. Devem ser destacadas as

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AGETO tr Normas e procedimentos ambienta] ATUALIZAÇAO:29/09100 PAGINA14/i5S1 para empreendimentos rodoviarios 1 I

interfaces do programa/plano com, no mínimo, áreas que exercem as funções deproteção da biodiversidade, preservação cultural e social, reservas de recursos parauso futuro ou alternativo, bem como as áreas onde estejam em curso conflitos sociais.O quadro ISMA-01/01 apresenta uma relação resumida de cada caso.

O Quadro ISMA-01/02 sintetiza os IAS potenciais identificados emplanos/programas Rodoviários em áreas de ocupação econômica intensa, sejascausas prováveis ou sinérgicas, assim como as recomendações ou medidasmitigadoras a serem observadas na fase de planejamento do empreendimentorodoviário.

Quadro ISMA-01/01 - interfaces com áreas a proteger

Ãreas TiposProteção da Biodiversidade Reservas Biológicas

Reservas FlorestaisSítios turísticosSítios históricos

Preservação Cultural e Social Sítios arqueológicosSítios paleontológicosReservas IndígenasMananciais d'águaÁrea em processo de degradação ambiental Áreas

Reservas de Recursos urbanas ou de expansão urbana(para uso futuro ou alternativo) Reservas minerais

Reservas hídricas e hidroenergéticasBancos genéticos

____________________________________________ Recursos estratégicosPosse de terras (conflitos sociais)

Em Processo de Conflitos Sociais GarimposAtividades criminosas

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Normas e procedimentos ambientalA para empreendimentos rodoviarios l .

Quadro ISMA-01/02 - impactos ambientais significativos - estabelecimento de planos eprogramas em áreas de ocupação intensa

IAS Causas provãveis ou Recomendações ousinérgicas medidas mitigadoras

10 Tipo - invasões, 1. - Melhoria da acessibilidade * Favorecer no plano/programapredações/poluição de reservas aos locais a serem protegidos; viário as áreas de maior potencialexistentes ou potenciais (indígenas, 2. - migração e conflitos político- em recursos naturais e sócio-biológicas, arqueológicas, turísticas, sociais; econômicos;mananciais de abastecimento, áreas 3. - valorização da terra. * evitar a geração e/ouem processo de degradação potencialização de conflitos naambiental, etc.) interface com áreas de

preservação e de preservação ede conturbação sócio- econômica(conflitos fundiários, indução aexcedentes migracionaisindesejáveis, etc.);* através, entre outras, dasseguintes ações:1. mapeamento regional,localizando reservas legais epotenciais e áreas a seremprotegidas;2. estudo sócio-econômico e dopotencial dos recursos naturaisidentificando áreas de conflitosexistentes e potenciais;3. estabelecer barreiras físicasnaturais que dificultem asinvasões;4. identificação eestabelecimento de programasconjuntos com órgãos einstituições responsáveis.

20 Tipo - Interface rodovia - centros 1. Estabelecimento e/ou rodovia, 1. Estabelecimento e/ou análise deurbanos: sendo atrativa a localização no seu planos diretores das cidades

A. ocupação urbana de entorno; servidas, antes da definição doscontornos de acessos, depósitos 2. Localização da rodovia em áreas traçados;de lixo ao longo das rodovias, de natural de natural expansão 2. proibição da localização deetc.; urbana; empreendimentos de acesso direto àB. Travessias de áreas urbanas 3. fragilidade legal e falta de rodovia nas proximidades de zonas

fiscalização na concessão de urbanas;acessos à rodovia. 3. recomendar a intensificação de

fiscalização dos acessos;4. obedecer a normas e, se possível,torná-las leis, para concessão deacessos.

1 - Economia de recursos financeiros 1- evitar as economias de curtoprazo, que, normalmente, se tornamprejuízos pesados a médio e longoprazo.

30 Tipo - Mudanças radicais na 1. Valorização da terra; 1. Conhecimento prévio do potencialsócio-economia (causando 2. indução não intencional de de uso do solo;migrações, concentração de modificações indesejáveis no uso 2. estabelecimento de programa, empropriedades, alterações de uso, dos recursos naturais; conjunto com outros órgãos, visandoetc.). gerenciar as alterações;

3. aquisição prévia à valorização(antes do oferecimento da infra-estrutura noval.

4 Tipo - Perda da rodovia. 1. Interferências com planos 1. Estudar previamente os co-localizados. planos e programas deterceiros na área de influência dasrodovias objeto do plano.

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AISGETO P tNormas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0291Ggi00 PAG iNAI'6/AGETIJF 1 -para empreendimentos rodoviários AULiÇO./QCPAIA65

4. ÁREAS DE FRONTEIRA ECONÔMICA

Essas áreas devem ser consideradas como críticas, do ponto de vista para riscospotenciais ao meio ambiente e, como também, para a sócio-economia regional. Elasrequerem, portanto, planos e programas restritivos, que induzam a adequação de suaocupação para a real vocação.

O quadro ISMA-01/03 resume os impactos ambientais significativos potenciais(IAS) associados a planos/programas viários nessas áreas.

Observada a caracterização dos IAS potenciais, a conclusão imediata é de queos planos e programas que tenham qualquer interface com os problemas citados noquadro ISMA-01/03 exigem a participação de outros organismos/instituições para asolução, ou mitigação, definitiva. A execução destes planos e programas, por sua vez,exigirá uma coordenação das ações, de todas as instituições/órgãos envolvidos, quenem sempre têm níveis hierárquicos de decisão em comum, raramente têmdisponibilidade de recursos no momento preciso e, finalmente, não obedecem àmesma ordem de prioridades.

Quadro ISMA-01/03 - Impactos ambientais significativos - estabelecimento de planos eprogramas em áreas de fronteira econômica

IAS Causas prováveis ou Recomendações ousinérgicas medidas mitigadoras

10 Tipo - invasões, 1 - Melhoria da acessibilidade aos Favorecer no plano/programa viáriopredações/poluição de reservas locais a serem protegidos; as áreas de maior potencial emexistentes ou potenciais (indígenas, 2 - migrações e conflitos político- recursos naturais e sócio-biológicas, arqueológicas, turísticas, sociais; econômicos.mananciais de abastecimento, áreas 3 - valorização da terra; Evitar a geração elouem processo de degradação 4 - métodos de exploração agro- potencialização de conflitos naambiental, etc.) silvo-pastoril inadequado. interface com áreas de preservação

e de conturbação sócio-econômica(conflitos fundiários, indução aexcedentes migracionaisindesejáveis, etc.);. através, entre outras, das seguintesações:1. mapeamento regional, localizandoreservas legais e potenciais e áreasa serem protegidas;2. estudo sócio-econômico e dopotencial dos recursos naturaisidentificando áreas de conflitosexistentes e potenciais;3. estabelecer barreiras físicasnaturais que dificultem as invasões;4. identificação e estabelecimento deprogramas conjuntos com órgãos einstituições responsáveis.

2° Tipo - interface rodovia - centro 1. Acesso fácil à própria rodovia, 1. Estabelecimento e/ou análise deurbanos; sendo atrativa a localização no seu planos diretores das cidadesa. Ocupação urbana de contorno de entorno; servidas, antes da definição dosacessos, depósitos de lixo ao longo 2. localização da rodovia em áreas traçados;das rodovias, etc. de natural expansão urbana; 2. proibição da localização de

3. fragilidade legal e falta de empreendimentos de acesso direto àfiscalização na concessão de nas proximidades de zonas urbanas;acessos à rodovia. 3. recomendar a intensificação de

fiscalização dos acessos;4. obedecer a normas e, se possível,torná-las leis, para concessão deacessos.

b. travessias de áreas urbanas. 1. Economia de recursos financeiros. 1. Evitar as economias de curtoO_ prazo, que, normalmente, se tornam

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ACS ETo] P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29/C9/00 PAGINAi71153AGETOP 1 ~para empreendimentos rodoviários 1 ATA1AÂ.9C/G PGrM/5

prejuízos pesados a médio e longoprazos.

30 Tipo - Mudanças radicais na 1. Valorização da terra; 1. Conhecimento prévio do potencialsócio-economia (causando 2. indução não- intencional de de uso do solo;migrações, concentração de modificações indesejáveis no uso 2. estabelecimento de programa, empropriedades). dos recursos naturais. conjunto com outras órgãos, visando

3. carência em programas de gerenciar as alterações;assentamento para migrantes 3. aquisição prévia à valorizaçãoatraidos pela nova infra-estrutura . (antes do oferecimento da infra-

estrutura nova).40 Tipo - Perda da rodovia 1. Interferências com planos co- 1. Estudar previamente os planos e

localizados. programas de terceiros na área deinfluéncia das rodovias objeto doplano.

50 Tipo - Resposta econômica 1. Exploração predatória dos 1. Prévio planejamento de uso doinadequada à infra-estrutura recursos naturais; solo, com estabelecimento deoferecida/desmatamentos intensos. 2. Falta de fiscalização e da programas conjuntos de difusão

assistência técnica; cultural e tecnológica com outros3. Potencial de uso dos recursos órgãos e instituições;naturais desconhecidos pelo 2. conhecer previamente o potencialplanejamento; de uso;4. Desconhecimento das 3. estabelecer cenários de usodisponibilidades de áreas para máximo dos recursos (usoexpansão/intensificação de uso; potencial);5. falta de infra-estrutura 4. definir outras obras de infra-complementar ao uso previsto dos estrutura setorial (vicinais,recursos naturais armazenagem, saúde, educação,

canais de comercialização, etc.) quepermitem gerenciar adequadamenteo crescimento econômico que sepretende induzir.

4. ÁREAS DE OCUPAÇÃO RAREFEITA

Áreas de ocupação rarefeita compreendem aquelas regiões com grandeisolamento, onde os núcleos populacionais, além de pequenos, estão muito afastadosuns dos outros, muitas vezes, com pequenas comunidades apresentando fragilidadeno tocante ao meio sócio-econômico-cultural. Apresentam normalmente, grandesriscos de degradação cultural, com perda de patrimônios culturais e sociaisirreparáveis.

São nesses áreas em que, muito dos patrimônios protegidos pela legislaçãoestão inseridos e descorihecidos.

Em relação aos impactos ambientais, ainda não existem respostas suficientespara se saber "o que fazer" e "como fazer", pois a própria pobreza da população quegeralmente ocupa estas áreas gera pressões muito intensas sobre o meio ambiente. Apredação, o extrativismo descontrolado, a poluição pelos garimpos, etc. prosseguemindependentemente das ações governamentais, das exigências da comunidadeinternacional e, até mesmo, da repressão policial, pois tais atividades fazem parte daestratégia de sobrevivência desta população. Assim, qualquer intervenção tem aobrigação primeira de servir como medida mitigadora destes impactos, que são pró-existentes em relação ao empreendimento que se deseja implantar/desenvolver. Orespeito a tais populações, neste caso, é balizado essencialmente pelo incentivo àparticipação efetiva no programa/projeto que a afetará.

Estas necessidades exigem que planos e programas viários nestas regiõesatentem no mínimo para os seguintes parâmetros:

a) as rodovias devem constituir subprogramas, parte de programas maisabrangentes de desenvolvimento/investimento, pré-selecionados, e suaimplantação devem seguir o avanço fisico dos programas de origem;

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AGETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29/09/00 PAGINA18/153para empreendimentos rodoviários

b) os programas, como um todo, devem ser limitados em sua área deinfluência, permitindo intervenções corretivas de baixo custo a partir deum monitoramento rígido de seus efeitos;

c) as populações que sofrerão influência destes programas devem estarbem caracterizadas e motivadas para participação no projeto, para queelas nunca sejam esquecidas nos benefícios que se pretenda auferir,

Vê-se, assim, que o método não seleciona programas viários. Ao contrário, o quedeve ser analisado é a consistência do programa de desenvolvimento a serimplementado. A avaliação desta consistência exige o conhecimento mínimo de:

a) área de influência (limites geográficos);b) população afetada (demografia, características sócio-econômicas e

culturais);c) atividades econômicas a incrementar (base de recursos naturais,

disponibilidade, taxas de reposição natural e incremento potencial, nívelde industrialização, compatibilidade ecológica, vantagens edesvantagens locacionais, etc.);

d) fontes de recursos para o programa e para cada subprograma,associando os cronogramas físicos e financeiros da implantação de cadaparte e etapa do plano.

e) uma boa estrutura de administração da implantação do programa e domonitoramento, autoridade e eficiência na correção de desvios, etc.;

O quadro ISMA-01/04 apresenta uma proposta para identificação dos impactosambientais significativos (IAS) decorrentes do estabelecimento de planos e programasem áreas de ocupação rarefeita.

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AO ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.291091OO PAGINA15_`| G ~TD ~ para empreendimentos rodoviarios I I

Quadro ISMA-01/04 - impactos ambientais significativos - estabelecimento de planos eprogramas, áreas de ocupação rarefeita

IAS Causas prováveis ou Recomendações ousinérgicas medidas mitigadoras

1. Desmatamentos intensos, erosões 1. Exploração predatória dos 1. Planejamento de uso dos recursose assoreamentos, predação e perda recursos naturais; naturais;de patrimônio genético. 2. fornecimento de assistência 2. fortalecimento de assistência

técnica e fiscalização deficiente; técnica e difusão de conhecimento,3. pobreza (renda) e cultura da 3. estabelecimento de produtospopulação; extrativistas e culturas4. migrações. ecologicamente compatíveis com

abertura de mercados respectivos;4. estabelecimento de programas deassentamento, com base nadisponibilidade de recursos naturais;5. mobilização de outros órgãos einstituições a que os problemasestejam afeitos e estabelecimento deprogramas comuns.

2. Invasões de reservas existentes e 1. Melhoria de acessibilidade aos 1. Mapeamento regional, localizandopotenciais. locais a serem protegidos; reservas legais e potenciais;

2. existência de movimentos 2. estudo sócio-econômico regionalmigratórios e conflitos político- (migrações, colonização, estruturasociais; fundiária, conflitos sociais, etc.);3. valorização. imediata da terra. 3. na inevitabilidade de executar o

programa, identificarórgãos/instituições responsáveis eestabelecer programas conjuntos deação;4. estabelecer barreiras físicas quedificultem a invasão,

3. Destruição/poluição de sítios 1. Melhoria de acessibilidade; 1 .Mapeamento localizando as áreasturisticos, de mananciais, de 2. existência de movimentos a serem protegidas;reservas pesqueiras, etc. migratórios e conflitos político- 2. estudos sócio-econômicos

sociais; regionais;3. métodos de exploração agrícola 3. identificação e estabelecimento dedanosos e/ou perigosos; programas conjuntos com órgãos e4. turismo descontrolado. instituições responsáveis;

4. estabelecer barreiras físicas deproteção;5. desenvolver programas deeducação comunitária e deassisténcia técnica às atividadesagro-silvo-pastoris;6. estabelecer programas integrados

._________________________ _______________de exploração turística.4. Perdas da rodovia 1. Interferências com planos co- 1 - Estudar previamente os planos e

localizados. programas de terceiros na área deinfluência das rodovias objeto do.plano.

5. Mudanças radicais na sócio- 1. Valorização da terra; 1. Conhecimento prévio do potencialeconomia 2. Indução não intencional de de uso do solo;

modificações nos usos dos recursos 2. estabelecimento de programas,naturais. em conjunto com outros órgãos,

visando gerenciar as alterações;3. aquisição prévia à Valorização(antes do oferecimento de infra-

.___________________________________ estrutura nova).6. Resposta econômica inadequada 1. Potencial de uso do solo 1. Conhecer previamente o potencialà infra-estrutura oferecida. desconhecido pelo planejador; de uso;

2. Desconhecimento das 2. estabelecer cenários de usodisponibilidades de áreas para máximo dos recursos (usoexpansão/intensificação de uso; potencial);3. Falta de infra-estrutura 3. definir outras obras de infra-complementar ao uso previsto do estrutura setorial (vicinais,

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO29IO09/O PAGINA20/15l31 para empreendimentos rodoviários I

solo. armazenagem, saúde, educação,canais de comercialização, etc.) quepermitam gerenciar adequadamenteo crescimento econômico que sepretende induzir.

7. Conflitos sociais; 1. Valorização da terra; 1. Aquisição prévia das áreas,2. Falta de programa de 2. estabelecimento de programasassentamentos para migrantes conjuntos de assentamento comatraídos pela infra-estrutura. outros órgãoslinstituições.

8. impactos das obras 1. Suscetibilidade à erosão; 1. Estudar previamente as condições2. problemas geotecnológicos; sanitárias da região;3. Interferência com aglomeração 2. evitar as interferências urbanas;urbanas; 3. prognosticar o uso futuro do solo4. Existência de endemias. na área de influência;

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO2909100 PAGU,JA21i'Y53| para empreendimentos rodoviariosI

5. ÁREAS URBANAS

5.1. INTRODUÇÃO

Embora parte integrante da natureza, o ser humano também tem o poder de opor-se ao livre curso desta mesma natureza ". Desta forma, ao produzir o seu"habitat" (acidade), o ser humano pode estar produzindo um espaço urbano "bom" ou "ruim", oque pode ser medido através da qualidade de vida dos seus habitantes, da inserçãodeste espaço no meio ambiente como um todo e da interação dos cidadãos com asdemais espécies da fauna e da flora, levando-se em consideração que este processode produção é bastante dinâmico.

O desenvolvimento de atividades ligadas à educação. saúde, lazer, trabalho,alimentação e habitação e a vivência simultânea de uma paisagem urbana harmônicae agradável são questões fundamentais quando se fala em preservação do meioambiente urbano. Estas atividades pressupõem sua distribuição "racional" pelo espaçourbano, com o uso e a ocupação dos solos adequados, o que quase sempre só seconsegue através de um planejamento urbano (e regional) consistente e equilibrado,de tal forma que todos os cidadãos teriam possibilidade de acesso a todas asatividades que queiram ou necessitem, por seus próprios meios naturais.

A ausência de tradição em análises ambientais no meio urbano dificulta a adoçãodas medidas eliminadas ou mitigadoras destes impactos, reduzindo a qualidade devida dos cidadãos e provocando, até mesmo, a rejeição das ações propostas pelacomunidade afetada.

Os impactos ambientais significativos podem ser agregados em três grupos:a) modificações no uso e ocupação do solo;b) segregação urbana;c) intrusão visual.

5.2. MODIFICAÇÕES NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Partindo-se do pressuposto que a malha viária ocupa um espaço da cidade e é,portanto, um uso do solo, a implantação ou ampliação de uma via em Area

Urbana deverá, necessariamente, significar uma modificação do uso do solo.Quando atravessa uma área urbana, a via de transporte, por aumentar a

acessibilidade no seu sentido longitudinal, pode ser considerada como um vetordirecional do crescimento urbano, viabilizando a ocupação de áreas anteriormentesem uso urbano. Quando esta ocupação é prevista e desejável, sendo a áreapreparada para receber urna nova população com possibilidades de implantação dainfra-estrutura adequada, pode-se afirmar que este impacto é positivo e que esta,afinal, é uma função da via, cabendo apenas à municipalidade os cuidados para queesta ocupação se faça de maneira racional. Deve-se, entretanto, prever possíveisproblemas futuros de relacionamento entre o espaço viário e seu tráfego e o espaçourbano, tal como a segregação urbana (este impacto será visto mais adiante). Comose trata de área desocupada, ainda na fase de planejamento/projeto é fácil adotarmedidas neste sentido, como por exemplo, a determinação de faixas de domínio,acessos planejados, etc.

Entretanto, isto nem sempre acontece é esta ocupação, além de não prevista,pode, muitas vezes, ser considerada indesejável, sendo o uso do solo incompatível ou,pelo menos, não o mais adequado para o local. Além disso, nem sempre a

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AG ETR P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA23/ 15 5I para empreendimentos rodoviários I

pessoais serão perdidas nessas relocações, constituindo muitas vezes, em perdasirreparáveis para as pessoas.

Em comunidades muito frágeis, principalmente a indígena, o progresso podeacarretar danos irreparáveis com o desaparecimento desse povo.

5.5. INTRUSÃO VISUAL

A intrusão visual, como impacto no meio ambiente urbano, pode ser definidacomo o resultado da existência de elementos que são detectados visualmente, demaneira permanente ou provisória, e que criam obstáculos ou restringem a vivência deuma paisagem urbana harmônica, quer por impedância visual, total ou parcial, dosequipamentos urbanos e paisagísticos, quer por se tratar de elemento por si sóesteticamente desagradável. O objeto de dessa seção é a intrusão visual quando ela éproduzida em área urbana pela via de transporte rodoviário.

Quando uma via expressa atravessa uma área urbanizada produzindo impacto dotipo segregação urbana, faz-se necessário o uso de medidas com o objetivo deatenuar este problema. Uma das soluções adotadas implica na utilização degradeamentos laterais ao longo da via, que impedem.a travessia de pedestres emqualquer ponto, canalizando-os para determinados locais onde a segurança émaximizada. Outra medida que pode ser tomada como solução para aumentar asegurança de pedestres, aumentando também seu índice de acessibilidade é aconstrução de passarelas. Todavia, tanto o gradeamento quanto à passarela podem setornar agentes de intrusão visual.

Um aspecto importante que deve ser estudado ao se abordar a questão daintrusão visual em áreas urbanas é o problema causado pela publicidade localizada aolongo das vias ("out-doors") que visam atingir motoristas e passageiros, podendo, comisto, até desviar a concentração dos primeiros que deverá estar voltada para acondução do veículo. Além da obstrução visual, este elemento pode ser desagradávelao contato visual.

Existem ainda outros elementos complementares à via que podem provocarintrusão visual. Entre eles podem ser destacados os separadores de fluxo (muretas) eos elementos "quebra-molas". Estes últimos,, concebidos para diminuir a velocidadedos veículos em determinados locais, ainda deviam ter uso extremamente restrito, massão utilizados muito freqüentemente.

A sinalização no sistema de transportes é um dos elementos mais importantes nosentido de orientar os usuários sobre sua utilização mais eficaz, indicando oscaminhos mínimos, o estado da via, o que é permitido e o que é proibido, etc., além deauxiliar na regulamentação de uso em interseções, passagens, etc. Sua eficiênciadepende da fácil e rápida interpretação da mensagem, logo, funciona basicamenteatravés de contato visual e, por este motivo, a sinalização pode se constituir tambémem agente de intrusão visual.

O Quadro ISMA-01/05, apresenta os ISA mais comuns nas interferências emáreas urbanas.

Após a avaliação destes impactos, pode-se perceber que a adoção de medidasno sentido de eliminá-los ou mitigá-los não pode acontecer de forma genérica, e nempode ser descartado o sinergismo destes impactos entre si, com outros impactos derodovias em áreas não urbanas e com outros impactos que não de rodovias.

Quadro ISMA-01/05 - impactos significativos interferências em áreas urbanasconseqüências recomendações ou negativas medidas mitigadoras

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Normas e procedimentos ambientalAI E ETO P para empreendimentos rodoviarios l 9

municipalidade tem o necessário controle sobre as ocupações de suas áreas e nem osrecursos necessários à implantação de infra-estrutura, o que pode ocasionar umaocupação desordenada, gerando, inclusive, problemas de favelização. Nestes casos,embora o empreendedor rodoviário não possa tomar medidas reguladoras do uso eocupação do solo, deve considerar a hipótese de prever medidas no sentido de evitarpossíveis conflitos, entre o espaço viário e o espaço urbano em formação. Ao pardestas medidas, deve ser sugerido à municipalidade envolvida, até mesmocolaborando no sentido da elaboração (ou reavaliação, se for o caso), um plano diretorpara a ocupação destas áreas e a forma de obtenção dos recursos necessários àímplantação de infra-estrutura urbana.

5.3. SEGREGAÇÃO URBANA

A segregação urbana pode ser definida como o estado em que os usuários deuma parte da cidade, ou núcleo urbano, tem seu acesso dificultado à outra parte damesma cidade ou núcleo urbano, em virtude da existência de obstáculo, gerandoproblemas de compartimentação. No caso desta subseção este obstáculo é a via detransporte rodoviário.

A segregação urbana pode caracterizar a divisão da cidade ou núcleo urbano emmais de um comportamento, gerando dificuldades de acesso e locomoção, reduzindoíndices de segurança de pedestres, prejudicando a mobilidade ente as diversas áreasou atividades e quebrando unidades de vizinhança.

A existência de alguma área urbana segregada de uma cidade, com orompimento da unidade comunitária de vizinhança, é uma situação que compromete aqualidade de vida dos cidadãos. A vida comunitária além de saudável, é necessária,até mesmo com os objetivos de melhorar o desenvolvimento da cidade com suascaracterísticas de organismo vivo e dinâmico, e de buscar o equilíbrio do meioambiente urbano. Quando um possível estado de segregação urbana é detectado, faz-se necessária à tomada de medidas no sentido de eliminá-lo ou, ao menos, mitigá-lo.

Entretanto, existem restrições de caráter orçamentário e de ordem técnica queprecisam ser levados em consideração. Além disso, este impacto muitas vezes não éesperado e o técnico tem que lidar com o fato consumado e buscar soluções decurtíssimo prazo com recursos bastante escassos.

Os impactos do tipo segregação urbana produzida pela via, como se podeperceber, estão intimamente relacionados com o contexto geral de formação edesenvolvimento de núcleos urbanos (sinergia) de tal forma que não se poderá isolá-los para uma investigação mais profunda sem levar em consideração os demaisfenômenos urbanos, principalmente as questões referentes ao uso e ocupação dosolo.

5.4. DESLOCAMENTO DA POPULAÇÃO

Um grande problema que ocasiona freqúentemente as rodovias é anecessidade de deslocamento das populações, principalmente nas entradas deaglomerados urbanos. Por ser área menos nobre, a parte mais desfavorecida dapopulação constituem nessas áreas locais de residência. Seu deslocamento parafavorecer a inserção da rodovia no ambiente urbano trás a necessidade de reassentaressa parte da população em outro local. Mesmo com cuidado, partes do ambiente

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AGETOIP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGNA24/155| |T ~ para empreendimentos rodoviáriaos

IAS Causas prováveis ou Recomendações ousinérgicas medidas mitigadoras

1. Modificações no uso e ocupação 1. Destruição ou ruptura de valores 1. Recomposição paisagísticado solo estéticos, perda de paisagem observando, sempre que possível,

urbana. suas características originais e deacordo com a vontade dacomunidade afetada.

2. Destruição de sítios de valor 1. Não há como mitigar este efeitoarquitetônico, urbanístico e/ou negativo, evitar esta situação.paisagístico.

3. Ocupação desordenada de áreas 1. estabelecer mecanismos nodesocupadas; sentido de evitar possíveis conflitos

espaço viário x espaço urbano;2. sugerir e colaborar com amunicipalidade para odesenvolvimento ou reavaliação deplano diretor;3- colaborar com a municipalidadena obtenção de recursos paraimplantação de infra-estruturaurbana.

4. Intensificação da ocupação de 1 Colaborar com a municipalidadeáreas, alteração de uso, migração, no de obter recursos para ampliaçãofavelização, redução de receita de de infra-estrutura;pequenas empresas, desemprego. 2. desenvolvimento ou reavaliação

de plano diretor.2. Segregação urbana; 1. Ruptura ou redução da 1. Criar canais de acesso

acessibilidade à atividade (tais como considerando a possibilidade deescola, comércio, etc.) rebaixamento da pista mantendo

acessos na superfície.2. colaborar com a municipalidadeno sentido de realocar atividades.Desenvolvimento ou reavaliação deplano diretor.

3. intrusão visual. 1. Obstrução à paisagem urbana 1. Propor projetos de engenhariaesteticamente adequada à paisagemurbana.2. criar faixas de dominio em função_do grau de obstrução.

2. Desenvolvimento de paisagem 1. Utilização de vegetação________________________________ esteticamente desagradável.

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AG ETO] P Normas e procedimentos ambiental ATJALIZAÇA0:29109/00 PAGIHA25/'5^| I3ETOP 1 para empreendimentos rodoviários l l

ISMA-02 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: ESTUDO DE ALTERNATIVASDE TRAÇADO

1. OBJETIVO

Complementar, nas fases de planejamento e/ou anteprojeto, os estudosambientais realizados com informações relativas ao meio físico que não foram objetode detalhamento na fase anterior. Nestes estudos serão selecionadas informações queestejam realmente relacionadas com a obra. O objetivo agora é contemplar aquelesfatores de importância ao projeto e elementos/equipamentos da obra.

Os benefícios da realização destes estudos compreendem:a) relacionar as características fisicas da obra às do meio, identificando os

riscos e vantagens locacionais do empreendimento;b) identificar segmentos críticos de alternativas de obra já definidas;c) identificar os impactos ambientais significativos potenciais a

trechos/segmentos da obra, propondo, previamente, medidas mitigadorasa serem incorporadas ao projeto;

d) direcionar serviços e levantamentos, com custos elevados ou dificuldadede execução, aquelas áreas onde são realmente necessários.

2. ATIVIDADES

As atividades requeridas são as seguintes:• Apresentação das alternativas• Análise interativa dos parâmetros mínimos propostos

2.1. APRESENTAÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE TRAÇADO DA RODOVIA

a) Apresentar um croqui para cada uma das alternativas de traçado doempreendimento rodoviário, identificando a sua faixa de domínio, os núcleosurbanos atendidos, principais áreas rurais produtivas atravessadas,principais cursos d'água transpostos e outras interferências consideradasrelevantes,b) Elaborar planilha comparativa das oportunidades e ameaças ambientaisvinculadas a cada alternativa de traçado, conforme metodologiaapresentada, fornecendo preferencialmente medidas específicas queindiquem a magnitude de cada ameaça e oportunidade considerada.

2.2. METODOLOGIA

A proposição metodológica consiste em efetuar a classificação das alternativasde traçado, em segmentos possuidores de características, a saber:

(1) características geotécnicas do solo (arenosos, siltosos, argilosos,orgânicos, rochosos, talus, etc.);(2) características geológicas da área (falhamentos, brechas, dobramentos,fissuramentos, etc.);(3) características hidrográficas e hidrogeológicas;

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AG ETO P Normas e proceaimentos ambiental ATUALIZAÇAO,29/09/00 PAGN:para empreendimentos rodoviarios 1 X

(4) características de uso do solo (mata natural, vegetação rasteira natural,pastagens, culturas, áreas impermeabilizadoras, etc.);(5) características climáticas, em especial as da precipitação pluviométrica.

Esta classificação tomou como base o proposto "Corpo Normativo ambiental paraEmpreendimentos Rodoviários" do DNER (1996), o qual baseou-se no livro "Rodovias,Recursos Naturais e Meio ambiente" (Belia e Bidone, 1993), sob o título "análiseinterativa dos parâmetros básicos mínimos propostos".

Esse método devera sofrer adaptações em função da realidade observada no(s)segmento(s) rodoviário(s) em análise(s). Os estudos serão realizados buscandoidentificar e analisar os impactos potenciais do empreendimento.

2.3. ANALISE INTERATIVA DOS PARAMETROS BÁSICOS MINIMOS PROPOSTOS

Esta análise deve permitir a obtenção de dois produtos interdependentes: acompartimentação de unidades geoambientais homogêneas e a identificaçãopreliminar dos compartimentos críticos, com relação aos impactos ambientaisSignificativos potenciais.

Para obtenção desses dois produtos, propõe-se a elaboração e a interpretaçãode um diagrama-síntese, conforme quadro ISMA-02/01, dos dados básicos de meioambiente e a identificação dos IAS potenciais. Com a finalidade de facilitar avisualização do método preconizado, apresenta-se a seguir, um diagrama síntese deuma diretriz síntese de unia diretriz rodoviária hipotética.

No diagrama (quadro ISMA-02/01) foi lançada a diretriz retificada entre doispontos A e B, com um percurso de 120 km, dividido em três subtrechos de 40 km cadaum. Com relação a essa diretriz, foram plotados:

1) o perfil do relevo ao longo da diretriz com suas principais unidades evalores de declividade média, segundo a legenda correspondente;2) as características hidrológicas e hidrogeológicas, em especial alocalização de nascentes;3) os parâmetros geológicos estão expressos na legenda correspondente.Cumpre salientar que, do ponto de vista do grau de alteração, propuseram-se apenas duas qualificações: rocha sã a pouco alterada e rocha muitoalterada, tendo em vista que, sob o ponto de vista ambiental, sãosuficientes;4) os parâmetros dos solos (suscetibilidade à erosão) conservação dossolos, (estabilidade de maciços e solos hidromóficos). Pode-se observar, nalegenda afim, que as qualificações propostas para cada um dessesparâmetros são simplificadas e extremas (alta e baixa, por exemplo).Recomenda-se assim porque a observação é empírica e termosintermediários não seriam de utilidade;5) as chuvas intensas em mm/24 horas, para um TR = 50 anos;6) os tipos de cobertura vegetal expressos na legenda;7) a caracterização qualitativa da energia associada à drenagem

A análise de convergência dos parâmetros ambientais propostos e organizadosno diagrama permite a identificação/avaliação do potencial de risco/ocorrência deimpactos ambientais significativos nas diferentes unidades geoambientaisatravessadas por cada alternativa de traçado.

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AG ET ~~Normnas e procedimenitos amnbientalIpara empreendimentos rodoviarios J TALAAQÍ9C , A ~2,'2

Quadro ISMA-02/01

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AI AETO] P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO,29109/00 PAGINA28il£At ETO P para empreendimentos rodoviários lI

ISMA-03 INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: ESTUDOS IMPACTOAMBIENTAIS - EIA

1 . OBJETIVO

A Resolução CONAMA N.O 001/86, instituiu a necessidade de apresentação eaprovação de Estudos de Impactos Ambientais (EIA) e correspondente Relatório deImpacto Ambiental (RIMA) para o licenciamento de rodovias, em seu artigo 20estabelece:'Artigo 20 - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impactoambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA eincaráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:

I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; "

Entretanto, a Resolução CONAMA N.° 237/97 estabelece a competência para olicenciamento ambiental, assegurando as OEMAs ditar sobre as formalidadesnecessárias. A Agência Ambiental estipula diversas modalidades de estudosambientais que, a necessidade de um ou outro é por ela estabelecido medianteconsulta técnica sobre o empreendimento.

Para o caso de rodovias, a Agência Ambiental poderá solicitar EIA/RIMA, PGA ouPCA, dependendo de seu entendimento quanto aos impactos que o empreendimentopoderá causar.

Esta especificação de roteiros busca generalizar o estudo de impactos deempreendimentos rodoviários, com características amplas o suficiente para aplicá-losa qualquer caso. Desse modo, para diferentes tipos de investimentos rodoviários e deacordo com a localização geográfica caso a caso, as distintas características oufatores ambientais deverão ser segregados, cabendo aos analistas e técnicos aescolha dos indicadores a serem usados, bem como a inclusão de fatores relevantesque não constem do roteiro.

Finalmente, buscando sistematizar a apresentação desta especificação, ela foiconcebida segundo a fase de análise (do plano/programa, e/ou do projeto e da obra),bem como da operação, ressaltando-se alternativas para localizações geográficasvariáveis (áreas rurais, interferências com áreas urbanas, etc.), embora vários destescasos possam ocorrer em uma mesma rodovia projetada.

2. OBJETIVO

No caso de atividades comprovadamente poluidoras/degradadoras e,principalmente, em rodovias a ser "abertas", há a necessidade da elaboração deEIA/RIMA.

Este estudo é mais abrangente que, portanto exige equipe capacitada emultidisciplinar para sua elaboração uma vez que, sua aprovação deverá passar pelocrivo da comunidade em Audiência Pública.

3. ATIVIDADES

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO,29109100 PAGNA29'/1| para empreendimentos rodoviários | I

Sua aplicação ocorre preferencialmente na etapa de anteprojeto deempreendimentos rodoviários.

As atividades requeridas pela ISMA-03 são as seguintes:* Informações gerais sobre o empreendimento* Caracterização e análise de compatibilidade do empreendimento* Definição de área de influência* Elaboração de Diagnósticos e Prognósticos ambientais* Definição dos impactos ambientais* Análise dos impactos ambientais* Proposição de Medidas Mitigadoras* programa de Acompanhamento e Monitoramento dos impactosambientais* Verificação da Conformidade Legal* plano básico ambiental

4. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O EMPREENDIMENTO

Este título abriga as informações básicas do empreendimento, a saber:a) Dados do Empreendedor:

=> nome ou razão social;=, endereço;

CGC;> nome, cargo, telefone e fax do responsável da instituição.

b) Localização geográfica proposta para o empreendimento, apresentadaem mapa ou croquis, incluindo a malha viária existente, as baciashidrográficas e os principais núcleo urbanos da área de interesse;c) Informações gerais que identifiquem o porte do empreendimentoconstando, no mínimo de:

z extensão> volumes de escavação, compreendendo cortes, aterros, empréstimos ebota-foras=> área de desmatamento

d) Síntese dos objetivos do empreèndimento, sua justificativa em termos deimportância no contexto econômico-social do país, região, estados emunicípios;e) Previsão das etapas de implantação do empreendimento.

5. ALTERNATIVAS TECNOLóGICAS E LOCACIONAIS

Esta fase discrimina cada uma das alternativas tecnológicas e locacionais doempreendimento. Sua aplicação ocorre na etapa de anteprojeto, compreendendo aapresentação de:

* croquis para cada uma das alternativas de traçado do empreendimentorodoviário, identificando a sua faixa de domínio, os núcleos urbanosatendidos, principais áreas rurais produtivas atravessadas, principais cursosd'água transpostos e outras interferências consideradas relevantes.* planilha comparativa das interferências ambientais vinculadas a cadaalternativa de traçado para cada meio considerado: físico, biótico eantrópico, indicando a magnitude de cada impacto considerado.

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AGETOP t Normas e procedimentos ambiental ATUALLZAÇAO29/09100 PAGINA30/15| para empreendimentos rodoviários l

6. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Apresentar os limites da área geográfica a ser direta e indiretamente afetadapelos impactos, denominada área de influência do projeto. A área de influência deveráconter as áreas de incidência dos impactos, abrangendo os distintos contornos para asdiversas variáveis enfocadas.

Deverá ser apresentada a justificativa da definição das áreas de influência eincidência dos impactos, acompanhada de mapeamento.

7. ANÁLISE DE COMPATIBILIDADE DO EMPREENDIMENTO COM PLANOS,PROGRAMAS E PROJETOS CO-LOCALIZADOS

Tem por objetivo proceder à execução das seguintes análises:a) Compatibilidade/incompatibilidade entre o empreendimento e planos,programas e projetos co-localizados, apresentando os fatos e evidênciasque demonstram a capacidade de integração, conflitos, sinergia epotencialização de resultados entre cada plano, programa e projeto e oempreendimento rodoviário proposto;b) Identificar e caracterizar os efeitos ambientais benéficos/adversos, deordem física, biológica e antrópica, sobre a área de influência doempreendimento rodoviário, passíveis de ocorrência a partir dascompatibilidade/incompatibilidades apresentadas.

8. ELABORAÇÃO DE DIAGNóSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Diagnóstico ambiental: compreende a descrição, no momento dos estudos,objetivando a caracterização/registro ambiental da área de influência doempreendimento, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental daárea, antes da implantação do projeto.

Os meios ambientais a serem considerados são:a) o meio fisico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando osrecursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corposd'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntesatmosféricas;b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,destacando as espécies indicadores da qualidade ambiental, de valorcientífico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas depreservação permanente;c) o meio antrópico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos eculturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedadelocal, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

9. DEFINIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A definição dos impactos do empreendimento é feita sobrepondo-se, no mínimo,os seguintes parâmetros:

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Normnas e procedimentos ambienta>AISETOIP Noma e prceieno .mna ATUALIZAÇAO:29109/00 PAGJNA31/1lav-1 para empreendimentos rodoviários V I

(a) alocação do tráfego atual e previsto (projeção) na malha viária existentee na programada;(b) áreas a serem preservadas (flora, fauna, etc.);(c) áreas de expansão disponíveis para ocupação ou intensificação deatividades econômicas (uso potencial e "stress");(d) reservas de recursos naturais para uso futuro;(e) aptidão regional (recursos humanos e naturais) em termos de produto,valores e nível de industrialização;(f) outros investimentos necessários a potencialização da produção (saúde,educação, comunicações, etc.);(g) interfaces com atividades privativas de outros órgãos/ instituições;(h) planos co-localizados de investimentos;(i) indicadores de impactos significativos para as obras.

Os dados básicos necessários à caracterização são, no mínimo:(a) geologia, geomorfologia e recursos naturais;(b) climatologia, recursos hídricos e hidroenergéticos;(c) solos e aptidão agrícola;(d) florestas e matas (naturais e plantadas);(e) base econômico-social;(f) impedimentos e conflitos com áreas de preservação;(g) fluxo dos produtos comercializados;(h) barreiras físicas;(i) planos diretores de áreas urbanas em interface.

10. ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

10. 1. OBJETIVO

Este item destina-se à apresentação da analise (identificação, valoração einterpretação) dos prováveis impactos ambientais nas fases de implantação eoperação do empreendimento, sobre os meios físico, biológico e antrópico, devendoter determinados e justificados os horizontes de tempo considerados.

10.2. EXECUÇÃO

Os impactos deverão ser avaliados nas áreas de estudo definidas para cada umdos fatores estudados e caracterizados podendo, para efeito da análise, serconsiderados como impactos diretos e indiretos, subdivididos em:

=, impactos benéficos e adversos;=> impactos temporários, permanentes e cíclicos;=z impactos imediatos e a médio e longo prazos;=, impactos reversíveis e irreversíveis;= impactos locais, regionais e estratégicos;=> impactos sinérgicos.

A análise dos impactos ambientais inclui necessariamente identificação, previsãode magnitude e interpretação da importância de cada um deles, permitindo uma

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AG3 ETOI P Normas e procedimentos ambfental ATUALIZAÇAO:29/09100 PAGINA32/15AQ |TO P para empreendimentos rodoviários j l l

apreciação abrangente das repercussões do empreendimento sobre o meio ambiente,entendido este da sua forma mais ampla.

O resultado desta análise conduzirá a um prognóstico da qualidade ambiental daárea de influência do empreendimento, nos casos de adoção ou não do projeto e suasalternativas.

Este item deverá ser apresentado em duas formas:- uma síntese conclusiva dos impactos relevantes de cada fase previstapara o empreendimento (implantação e operação) acompanhada da análise(identificação, previsão da magnitude e interpretação) de suas interações;- uma descricão detalhada dos impactos sobre cada fator ambientalrelevante, considerado no diagnóstico ambiental, a saber:

* impactos sobre o meio físico;* impactos sobre o meio biológico;* o impactos sobre o meio antrópico.

Deverão ser mencionados os métodos de identificação dos impactos, técnicas deprevisão da magnitude e os critérios adotados para a interpretação e análise de suasinterações.

11. ELABORAÇÃO DE PROGNóSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Prognóstico ambiental: compreende a previsão da caracterização ambientalfutura da área de influência do empreendimento e compreende:

a) da mesma forma que o diagnóstico ambiental, os prognósticos ambientaisserão estruturados através dos mesmos meios ambientais consideradosna etapa de diagnóstico ambiental;

b) dois prognósticos são desenvolvidos, a saber: com a implantação eoperação do empreendimento rodoviário; sem a implantação do mesmo;

c) prognóstico ambiental com a presença do empreendimento denominadopor cenário de sucessão, representa a transformação ambiental maisprovável da área de influência, considerada em' face de construção e aoperação do empreendimento rodoviário;

d) prognóstico ambiental sem a presença do empreendimento, denominadopor cenário tendencial, representa a transformação ambiental maisprovável que área de influência considerada deverá sofrer em face deevolução dos processos de transformação nela diagnosticados;

e) em ambos os cenários, serão consideradas, detalhadamente, asalterações ambientais prognosticadas;

f) documento de cenário tendencial conterá os seguintes elementos:* caracterização do desempenho futuro das alterações ambientais

diagnosticadas na região, bem como de outras que possam ocorrersem a implementação do empreendimento rodoviário;

* dinámica ambiental prognosticada para a área de influência;* discriminação das prováveis potencialidades e vulnerabilidade, em

função das infestações prognosticadas para o cenário tendencial.g) documento de cenário de sucessão conterá os mesmos elementos do

cenário tendencial, quais sejam:* caracterização das alterações ambientais prognosticadas para a

região do estudo, em razão da implantação e da operação doempreendimento rodoviário;

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Al:;ETOR Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAG1NA33/153| G |TO ~ 1 para empreendimentos rodoviários 1 l G

* dinâmica ambiental prognosticada para a área de influência;* discriminação das prováveis potencialidades e vulnerabilidades, em

função das manifestações prognosticadas para o cenário desucessão.

h) os itens de prognósticos ambientais constantes da presente instruçãodeverão ser objeto de entendimentos entre a empresa consultora queelaborará o Estudo de impacto ambiental e o órgão ambientalresponsável pelo financiamento do empreendimento rodoviário.

i) a empresa responsável pela elaboração do Estudo de impacto ambientalnão se eximirá de atender às determinações da AGETOP, bem como asdeterminações dos órgãos ambientais envolvidos no licenciamento.

12. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

Neste item deverão ser explicitadas as medidas que visam minimizar os impactosadversos identificados e quantificados no item anterior, as quais deverão serapresentadas e classificadas quanto à:

* sua natureza: preventivas ou corretivas;* fase do empreendimento em que deverão ser adotadas: implantação eoperaçao;* fator ambiental a que se destina: físico, biológico ou sócio-econômico;* prazo de permanência de sua aplicação: curto, médio ou longo;* responsabilidade por sua implementação: empreendedor, poder públicoou outro, identificando-os.

Deverão ser destacados os impactos adversos que não possam ser evitados oumitigados, justificando-os.

13. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOSAMBIENTAIS

Neste item deverão ser apresentados os programas de acompanhamento dasevoluções dos impactos ambientais positivos e negativos causados peloplano/programa, considerando as fases de implantação e operação:

* indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para a avaliaçãodos impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados:* indicação e justificativa da rede de amostragem, incluindo seudimensionamento e distribuição espacial;* indicação e justificativa dos métodos de coleta o análise de amostras;* indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cadaparâmetro, segundo os diversos fatores ambientais;* indicação e justificativa dos métodos a serem empregados noprocessamento das informações levantadas, visando retratar o quadro deevolução dos impactos ambientais causados pelo empreendimento,

14. PLANO BÁSICO AMBIENTAL

14.1. EXECUÇÃO

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AIS ET[3 P Normas e procedimentos ambiental ATUALJZAÇA0:29/09/00 PAGINA34/153| G |TO ~ 1 para empreendimentos rodoviários | l

Sua aplicação ocorre no início da etapa de projeto de empreendimentosrodoviários, ao final da elaboração do Estudo de impactos ambientais.

O plano Básico ambiental será desenvolvido para os seguintes meios ambientais:meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursosminerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, oregime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,destacando as espécies indicadores da qualidade ambiental, de valorcientífico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas depreservação permanente;meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo,os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentosarqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações dedependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencialutilização futura desses recursos.

As etapas a serem cumpridas, compreendem:* identificação das medidas de otimização dos impactos• definição dos programas ambientais

14.1.1. IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE OTIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS:

o identificação da natureza de medidas que podem ser aplicadas para aotimização dos impactos positivos e negativos - programas, açõescorretivas e preventivas, etc.* identificação das instituições, públicas e privadas, diretamenteenvolvidas com os processos a serem otimizados pelo plano;

14.1.2. DEFINIÇÃO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS:

* identificação da natureza do tratamento dos eventos através deprogramas: monitoramento, manejo, controle, correções, prevenções,etc.;* estabelecimento do objetivo dos programas, segundo os eventos sobreos quais serão aplicados;* determinação da duração de cada programa, data prevista para a suaimplantação, e metodologia de implantação e desenvolvimento;* estabelecimento dos seus resultados final esperados de cada projeta;* estabelecimento das especialidades técnicas requeridas para aimplantação e a realização dos programas;* estimativa de custos de cada programa básico ambiental;* proposição de eventuais parcerias para a realização dos programas.

15. VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE LEGAL

Sua aplicação ocorre no início da etapa de estudos e projetos deempreendimentos rodoviários.

As atividades requeridas são as seguintes:

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AO ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALZÇ02/900 PGN3151 para empreendimentos rodoviários jA AÇAO;29/09°° oPAGINA35I3

* listagem dos diplomas legais* análise de compatibilidade

15.1. LISTAGEM DOS DIPLOMAS LEGAIS:

a) listar os diplomas legais de cunho ambiental, de âmbito federal, estadual,municipal e setorial, cujas determinações e orientações estejam afeta aosempreendimentos rodoviários em estudo;

b) a listagem dos diplomas legais deve apresentar: as suas ementas; o tipodo diploma constituição emenda constitucional, lei complementar, leiordinária, decreto, etc.); o seu nível ou âmbito (ou seja, federal, estadual,municipal, etc.); e a data de promulgação.

15.2. ANÁLISE DE CONFORMIDADE:

a) destacar os impactos decorrentes do empreendimento rodoviário emestudo;

b) analisar a compatibilidade entre o empreendimento rodoviário e cada umdos diplomas legais considerados;

c) destacar as conformidades identificadas, apresentando os fatos eevidências que demonstram a compatibilidade do empreendimento com alegislação ambiental vigente;

16- BIBLIOGRAFIA

Os trabalhos apresentar bibliografia das obras consultadas segundo as normasda ABNT.

17 - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

O EIA deverá, na entrega do trabalho definitivo, acompanhado das respectivasARTs dos técnicos participantes junto aos seus conselhos regionais.

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AG ETOP ~ Normas e procedimentos ambiental1 para empreendimentos rodoviarios1 A I

ISMA-04 INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: RELATÓRIO DE IMPACTOAMBIENTAL - RIMA

1 . OBJETIVO

Orientar a elaboração de Relatórios de impacto ambiental - RIMA - paraempreendimentos rodoviários.

2. ATIVIDADES

Sua aplicação ocorre após a conclusão do estudo de impacto ambiental,

3. ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL

O Relatório de impacto do Meio ambiente - RIMA refletirá as conclusões doEstudo de impacto ambiental.

As informações técnicas devem ser nele expressas em linguagem acessível aopúblico, ilustradas por mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos ou outrastécnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender claramente aspossíveis conseqüências ambientais do projeto e suas alternativas, comparando asvantagens e desvantagens de cada uma delas.

RIMA deverá apresentar síntese dos seguintes itens:o Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidadecom as políticas setoriais, planos e programas governamentais;o a descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais,especificando, para cada uma delas, nas fases de construção eoperação, a área de influência, as fontes de materiais e mão-de-obra, asfontes de energia, os processos e técnicas de construção e operação, osefluentes, emissões, resíduos e perdas de energia, os empregos diretos eindiretos a serem gerados;* a síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambientar da áreade influência do projeto;* a descrição dos impactos ambientais analisados, considerando oprojeto, as suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dosimpactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para suaidentificação, quantificação e interpretação;* prognóstico ambientar da área de influência, comparando as diferentessituações do projeto e suas alternativas, bem como a hipótese de sua nãorealização;* a descrição do efeito esperado das medidas otimizadoras em relaçãoaos impactos detectados, mencionando aqueles que não puderem serevitados e o grau de alteração esperado;programas de acompanhamento e monitoramento dos impactos;* indicação da alternativa mais favorável (conclusões e comentários deorigem geral).

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Normas e procedimentos ambientalpara empreendimentos rodoviários l l A l

O RIMA deverá ainda indicar:* composição da equipe técnica autora dos trabalhos, devendo conter,além do nome de cada profissional, seu título e número de registro narespectiva entidade de classe* documentação fotográfica* bibliografia

4. PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DO RIMA

a) Seleção das informações consideradas fundamentais para acompreensão dos resultados apresentados no EIA;

b) tratamento das informações ambientais que apresentam expressãogeográfica e que mereçam ser apresentadas em croquis, plantas, mapase cartas;

c) tratamento das informações ambientais quantificadas, com abrangênciatemporal, e que possam ser apresentadas, de forma tabulada;

d) tratamento audiovisual de informações ambientais que se tornem maisevidentes através deste expediente (slides, áudio, vídeo, etc.);

e) revisão do texto técnico, visando torná-lo assimilável pelo leigo;f) Destacar as eventuais não conformidades identificadas, apresentando os

fatos e evidências que representam incompatibilidades com a legislaçãoambiental vigente.

5. APÊNDICE

Apresentação dos seguintes elementos:* equipe técnica que realizou o estudo;* documentação fotográfica;* bibliografia;* documentação institucional relevante.

6- BIBLIOGRAFIA

Os trabalhos apresentar bibliografia das obras consultadas segundo as normasda ABNT.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29/09/00 PAGINA38/153| para empreendimentos rodoviários l l

ISMA-05 - AGETOP INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: ELABORAÇÃO DEPROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL - PGA

1 . OBJETIVO

Orientar a elaboração de Programa de Gestão Ambiental - PGA paraempreendimentos rodoviários.

2. ATIVIDADES

Sua aplicação poderá ocorrer de conformidade com a Agência Ambiental, apósconsulta técnica solicitada ao esse órgão.

É utilizado no caso em que a rodovia que já existe e os danos ambientais quepoderiam causar pela implantação do empreendimento já ocorreram, principalmenteem rodovias que já possuam base e sub-base já foram implantados e passarão porprocesso de melhoramento com seu asfaltamento.

Sua aplicação ocorre preferencialmente na etapa de anteprojeto deempreendimentos rodoviários.

As atividades requeridas pela ISMA-05 são as seguintes:* Informações gerais sobre o empreendimento* Caracterização empreendimento* Verificação da Conformidade Legal* Definição de área de influência* Elaboração de diagnósticos e passivos ambientais* Definição dos impactos ambientais• Análise dos impactos ambientais* Proposição de Medidas Mitigadoras* Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactosambientais

3. INFORMAÇõES GERAIS SOBRE O EMPREENDIMENTO

Este título abriga as informações básicas do empreendimento, a saber:a) Dados do Empreendedor:

- nome ou razão social;- endereço;- CGC;- nome, cargo, telefone e fax do responsável da instituição.

b) Localização geográfica proposta para o empreendimento, apresentadaem mapa ou croquis, incluindo a malha viária existente, as baciashidrográficas e os principais núcleo urbanos da área de interesse;c) Informações gerais que identifiquem o porte do empreendimentoconstando, no mínimo de:

- extensão;

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA39/153| para empreendimentos rodoviários 1

- volumes de escavações, compreendendo cortes, aterros, empréstimose bota-foras;

- área de desmatamento.d) Síntese dos objetivos do empreendimento, sua justificativa em termos deimportância no contexto econômico-social do país, região, estados emunicípios;e) Cronograma para a implantação do empreendimento.

4. ALTERAÇÕES DE TRAÇADO

Esta fase discrimina cada uma das alternativas tecnológicas e locacionais doempreendimento. Sua aplicação ocorre na etapa de adequação da rodovia,compreendendo a apresentação de:

* croquis para cada uma das modificações de traçado do empreendimentorodoviário, identificando a sua faixa de domínio, os núcleos urbanosatendidos, principais áreas rurais produtivas atravessadas, principais cursosd'água transpostos e outras interferências consideradas relevantes.o planilha comparativa das interferências ambientais vinculadas a cadaalteração de traçado para cada meio considerado: físico, biótico e antrópico,indicando a magnitude de cada impacto considerado.

5. DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Apresentar os limites da área geográfica a ser direta e indiretamente afetadapelos impactos, denominada área de influência do projeto. A área de influência deveráconter as áreas.de incidência dos impactos, abrangendo os distintos contornos para asdiversas variáveis enfocadas.

Deverá ser apresentada a justificativa da definição das áreas de influência eincidência dos impactos, acompanhada de mapeamento.

6. ANÁLISE DE COMPATIBILIDADE DO EMPREENDIMENTO COM PLANOS,PROGRAMAS E PROJETOS CO-LOCALIZADOS

Tem por objetivo proceder à execução das seguintes análises:a) Compatibilidade/incompatibilidade entre o empreendimento e planos.programas e projetos co-localizados, apresentando os fatos e evidênciasque demonstram a capacidade de integração, conflitos, sinergia epotencialização de resultados entre cada plano, programa e projeto e oempreendimento rodoviário proposto;b) Identificar e caracterizar os efeitos ambientais benéficos/adversos, deordem física, biológica e antrópica, sobre a área de influência doempreendimento rodoviário, passíveis de ocorrência a partir dascompatibilidade/incompatibilidades apresentadas.

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AS ETO) P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO29109100 PAGiNA4O/153I para empreendimentos rodoviários l

7. ELABORAÇÃO DE DIAGNóSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA E PASSIVOSAMBIENTAIS

Diagnóstico ambiental: compreende a descrição, no momento dos estudos,objetivando a caracterização/registro ambiental da área de influência doempreendimento, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental daárea, antes da implantação do projeto.

Os meios ambientais a serem considerados são:a) o meio fisico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando osrecursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corposd'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntesatmosféricas;b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,destacando as espécies indicadores da qualidade ambiental, de valorcientífico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas depreservação permanente;c) o meio antrópico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos eculturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedadelocal, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

Como a rodovia a ser implantada já existe, a ocorrência de passivos ambientaisexistentes ao longo do trajeto é quase certa. O diagnóstico deverá levantá-los de modoa caracterizá-los com:

- descrição do passivo;- agente causador;- localização.

8. DEFINIÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A definição dos impactos do empreendimento é feita sobrepondo-se, no mínimo,os seguintes parâmetros:

(a) alocação do tráfego atual e previsto (projeção) na malha viária existentee na programada;(b) áreas a serem preservadas (flora, fauna, etc.);(c) áreas de expansão disponíveis para ocupação ou intensificação deatividades econômicas (uso potencial e "stress");(d) reservas de recursos naturais para uso futuro;(e) aptidão regional (recursos humanos e naturais) em termos de produto,valores e nível de industrialização;(f) outros investimentos necessários a potencialização da produção (saúde,educação, comunicações, etc.);(g) interfaces com atividades privativas de outros órgãos/ instituições;(h) planos co-localizados de investimentos;(i) indicadores de impactos significativos para as obras.

Os dados básicos necessários à caracterização são, no mínimo:(a) geologia, geomorfologia e recursos naturais;(b) climatologia, recursos hídricos e hidroenergéticos;(c) solos e aptidão agrícola;(d) florestas e matas (naturais e plantadas);

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Ar ETO i Normas e procedimentos ambiertai ATUALIZAÇA0:29/09100 PAGINA41/1531 para empreendimentos rodoviários

(e) base econômico-social;(f) impedimentos e conflitos com áreas de preservação;(g) fluxo dos produtos comercializados;(h) barreiras físicas;(i) planos diretores de áreas urbanas em interface.

9. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

9. 1. OBJETIVO

Este item destina-se à apresentação da analise (identificação, valoração einterpretação) dos prováveis impactos ambientais nas fases de implantação eoperação do empreendimento, sobre os meios físico, biológico e antrópico, devendoter determinados e justificados os horizontes de tempo considerados.

9.2. EXECUÇÃO

Os impactos deverão ser avaliados nas áreas de estudo definidas para cada umdos fatores estudados e caracterizados podendo, para efeito da análíse, serconsiderados como impactos diretos e indiretos, subdivididos em:

- impactos positivos e negativos;- impactos temporários, permanentes e cíclicos;- impacto imediato, médio e longo prazo;- impactos reversíveis e irreversíveis;- impactos locais, regionais;- impactos sinérgicos.

A análise dos impactos ambientais inclui necessariamente identificação, previsãode magnitude e interpretação da importância de cada um deles, permitindo umaapreciação abrangente das repercussões do empreendimento sobre o meio ambiente,entendido este da sua forma mais ampla.

O resultado desta análise conduzirá a um prognóstico da qualidade ambiental daárea de influência do empreendimento, nos casos de adoção ou não do projeto e suasalternativas.

Este item deverá ser apresentado em duas formas:- uma síntese conclusiva dos impactos relevantes de cada fase previstapara o empreendimento (implantação e operação) acompanhada da análise(identificação, previsão da magnitude e interpretação) de suas interações;- uma descricão detalhada dos impactos sobre cada fator ambientalrelevante, considerado no diagnóstico ambiental, a saber:

* impactos sobre o meio físico;* impactos sobre o meio biológico;* o impactos sobre o meio antrópico.

Deverão ser mencionados os métodos de identificação dos impactos, técnicas deprevisão da magnitude e os critérios adotados para a interpretação e análise de suasinterações.

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Normas e procedimentos ambientalAGETOP paaepenieno ooiro ATUALIZAÇAO.29/09/OO PAGINA42/153sIpara empreendimentos rodoviários Vl

10. VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE LEGAL

Sua aplicação ocorre no início da etapa de estudos e projetos deempreendimentos rodoviários.

As atividades requeridas são as seguintes:* listagem dos diplomas legais* análise de compatibilidade

10.1. LISTAGEM DOS DIPLOMAS LEGAIS:c) listar os diplomas legais de cunho ambiental, de âmbito federal, estadual,

municipal e setorial, cujas determinações e orientações estejam afeta aosempreendimentos rodoviários em estudo;

d) a listagem dos diplomas legais deve apresentar: as suas ementas; o tipodo diploma constituição emenda constitucional, lei complementar, leiordinária, decreto, etc.); o seu nível ou âmbito (ou seja, federal, estadual,municipal, etc.); e a data de promulgação.

10.2. ANÁLISE DE CONFORMIDADE:

d) destacar os impactos decorrentes do empreendimento rodoviário emestudo;

e) analisar a compatibilidade entre o empreendimento rodoviário e cada umdos diplomas legais considerados;

f) destacar as conformidades identificadas, apresentando os fatos eevidências que demonstram a compatibilidade do empreendimento com alegislação ambiental vigente;

11. ELABORAÇÃO DE PROGNóSTICO AMBIENTAL DAS ÁREAS DEINFLUÊNCIAS

Prognóstico ambiental: compreende a previsão da caracterização ambientalfutura da área de influência do empreendimento e compreende:

j) da mesma forma que o diagnóstico ambiental, os prognósticos ambientaisserão estruturados através dos mesmos meios ambientais consideradosna etapa de diagnóstico ambiental;

k) dois prognósticos são desenvolvidos, a saber: com a implantação eoperação do empreendimento rodoviário; sem a implantação do mesmo;

1) prognóstico ambiental com a presença do empreendimento denominadopor cenário de sucessão, representa a transformação ambiental maisprovável da área de influência considerada em face de construção e aoperação do empreendimento rodoviário;

m)prognóstico ambiental sem a presença do empreendimento, denominadopor cenário tendencial, representa a transformação ambiental maisprovável que área de influência considerada deverá sofrer em face deevolução dos processos de transformação nela diagnosticados;

n) em ambos os cenários, serão consideradas, detalhadamente, asalterações ambientais prognosticadas;

o) documento de cenário tendencial conterá os seguintes elementos:

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AIS ETro P Normas e procedimentos ambiental ATUALJZAÇAO.29/09/00 PAGJNA43/15`para empreendimentos rodoviários

* caracterização do desempenho futuro das alterações ambientaisdiagnosticadas na região, bem como de outras que possam ocorrersem a implementação do empreendimento rodoviário;

* dinâmica ambiental prognosticada para a área de influência;* discriminação das prováveis potencialidades e vulnerabilidade, em

função das infestações prognosticadas para o cenário tendencial.p) documento de cenário de sucessão conterá os mesmos elementos do

cenário tendencial, quais sejam:* caracterização das alterações ambientais prognosticadas para a

região do estudo, em razão da implantação e da operação doempreendimento rodoviário;

* dinâmica ambiental prognosticada para a área de influência;* discriminação das prováveis potencialidades e vulnerabilidades, em

função das manifestações prognosticadas para o cenário desucessão.

q) os itens de prognósticos ambientais constantes da presente instruçãodeverão ser objeto de entendimentos entre a empresa consultora queelaborará o Estudo de impacto ambiental e o órgão ambientalresponsável pelo financiamento do empreendimento rodoviário.

r) a empresa responsável pela elaboração do estudo ambiental não seeximirá de atender às determinações da AGETOP, bem como asdeterminações dos órgãos ambientais envolvidos no licenciamento.

12. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS

Neste item deverão ser explicitadas as medidas que visam minimizar os impactosadversos identificados e quantificados no item anterior, as quais deverão serapresentadas e classificadas quanto à:

• sua natureza: preventivas ou corretivas;* fase do empreendimento em que deverão ser adotadas: implantação eoperação;* fator ambiental a que se destina: físico, biológico ou sócio-econômico;* prazo de permanência de sua aplicação: curto, médio ou longo;* responsabilidade por sua implementação: empreendedor, poder públicoou outro, identificando-os.

Deverão ser destacados os impactos adversos que não possam ser evitados oumitigados, justificando-os.

13. PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOSAMBIENTAIS

Neste item deverão ser apresentados os programas de acompanhamento dasevoluções dos impactos ambientais positivos e negativos causados peloplano/programa, considerando as fases de implantação e operação:

* indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para a avaliaçãodos impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados:* indicação e justificativa da rede de amostragem, incluindo seudimensionamento e distribuição espacial;* indicação e justificativa dos métodos de coleta o análise de amostras;

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Normas e procedimentos ambientali AG ETO P | para empreendimentos rodoviários l ÇA0 29/ I PAGINA44/153

* indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cadaparâmetro, segundo os diversos fatores ambientais;* indicação e justificativa dos métodos a serem empregados noprocessamento das informações levantadas, visando retratar o quadro deevolução dos impactos ambientais causados pelo empreendimento,

14. LEVANTAMENTO DO PASSIVO AMBIENTAL

Como este instrumento é utilizado para áreas em que o impacto ambiental deimplantação já ocorreu, há a necessidade de se levantar os passivos ambientaisresultantes dessa implantação como também, os que foram ocasionados pelaoperação da rodovia.

Os passivos deverão ser levantados tanto aqueles que foram ocasionados pelarodovia sobre terceiros, quanto os de terceiros sobre a rodovia, com respectivaslocalizações ao longo do corpo estradal.

Para que possam ser incorporados à execução da obra, há a necessidade dequantificar as medidas mitigadoras propostas e estabelecer os custos para aimplantação de cada medida proposta no estudo.

15. PLANO BASICO AMBIENTAL

15.1. EXECUÇAO

Sua aplicação ocorre no início da etapa de modificação do projeto doempreendimento rodoviário, ao final da elaboração do estudo ambiental.

O plano Básico ambiental será desenvolvido para os seguintes meios ambientais:meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursosminerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, oregime hidrológico, as correntes atmosféricas;meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,destacando as espécies indicadores da qualidade ambiental, de valorcientífico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas depreservação permanente; meio sócio-econômico - o uso e ocupação dosolo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios emonumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, asrelações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais ea potencial utilização futura desses recursos.

As etapas a serem cumpridas, compreendem:* identificação das medidas de otimização dos impactos* definição dos programas ambientais

15.1.1. IDENTIFICAÇÃO DAS MEDIDAS DE OTIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS:

* identificação da natureza de medidas que podem ser aplicadas para aotimização dos impactos positivos e negativos - programas, açõescorretivas e preventivas, etc.

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Normas e procedimentos ambientai1 para empreendimentos rodoviarios1 l

* identificação das instituições, públicas e privadas, diretamenteenvolvidas com os processos a serem otimizados pelo plano;

15.1.2. DEFINIÇÃO DOS PROGRAMAS AMBIENTAIS:

* identificação da natureza do tratamento dos eventos através deprogramas: monitoramento, manejo, controle, correções, prevenções,etc.;* estabelecimento do objetivo dos programas, segundo os eventos sobreos quais serão aplicados;* determinação da duração de cada programa, data prevista para a suaimplantação, e metodologia de implantação e desenvolvimento;* estabelecimento dos seus resultados finais esperados de cada projeto;* estabelecimento das especialidades técnicas requeridas para aimplantação e a realização dos programas;* estimativa de custos de cada programa básico ambiental;* proposição de eventuais parcerias para a realização dos programas.

16- BIBLIOGRAFIA

Os trabalhos apresentar bibliografia das obras consultadas segundo as normasda ABNT.

17-ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

O PGA deverá, na entrega do trabalho definitivo, acompanhado das respectivasARTs dos técnicos participantes junto aos seus conselhos regionais.

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AG ETO2 P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09/00 PAGINA4611531 para empreendimentos rodoviarios l

ISMA-06 - AGETOP INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: ELABORAÇÃO DEPLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA)

1. OBJETIVO

Aditar ao EIA/RIMA medidas de otimização (maximização/minimização) dosimpactos identificados. Sua aplicação ocorre na etapa de projetos deempreendimentos rodoviários.

2. ATIVIDADES

As atividades requeridas pela ISMA-05 compreendem o detalhamento eorçamento das medidas otimizadoras previstas no EIA/RIMA.

3. ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA)

3.1. PROGRAMAS DE IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS OTIMIZADORAS

Neste item deverão ser detalhados, dimensionados e orçados os programas quevisam otimizar os impactos identificados, nas quais deverão constar:

• sua natureza: preventivas ou corretivas;* fase do empreendimento em que deverão ser adotadas;• o fator ambientar a que se destina: físico (ver ISMA-09), biológico ousócio-econômico;* prazo de permanência de sua aplicação: curto, médio ou longo;* equipes, materiais e equipamentos necessários;• responsabilidade por sua implementação: empreendedor, poder públicoou outro.

Deverão ser destacados os impactos adversos que não possam ser evitados oumitigados, justificando-os.

3.2. PROGRAMAS DE MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Neste item deverão ser detalhados, dimensionados e orçados os programas deacompanhamento das evoluções dos impactos ambientais positivos e negativoscausados pelo plano/programa, considerando as fases de implantação e operação,compreendendo:

* indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para a avaliaçãodos impactos sobre cada um dos fatores ambientais considerados;* indicação e justificativa da rede de amostragem, incluindo seudimensionamento;* indicação e justificativa dos métodos de coleta e análise de amostras;* definição de equipes, materiais e equipamentos necessários;* indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cadaparâmetro,* segundo os diversos fatores ambientais;

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Normas e procedimentos ambientalA i ETO ~ 1 para empreendimentos rodoviáriaos I

indicação e justificativa dos métodos a serem empregados noprocessamento das informações levantadas, visando retratar o quadro deevolução dos impactos ambientais causados pelo empreendimento;* responsabilidade por sua implementação: empreendedor, poder públicoou outro.

3.3 DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CONTROLEAMBIENTAL

a) O plano de controle ambiental comporá um documento que subsidiará alicitação de obras;

b) A empreiteira responsável pela construção do empreendimento rodoviáriomanterá, nos itens de sua responsabilidade, equipe devidamentecapacitada para sua implementação;

c) Os itens não dependentes da construtora serão objeto de contratação,parcerias, convênios, etc., para sua implementação;

d) Caberá a AGETOP estipular os parâmetros administrativos paraatendimento ao item c,

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AO ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA48/153| para empreendimentos rodoviarios i

ISMA-07 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: IMPACTOS DA FASE DEPROJETOS RODOVIÁRIOS CAUSAS MITIGAÇÃO/ELIMINAÇÃO

1. OBJETIVO

Apresentar medidas mitigadoras e/ou eliminatórias de IAS ocorrentes durante asfases de projeto de implantação ou restauração de rodovias,

2. ATIVIDADES

Identificar os IAS e suas causas e apresentar as medidas mitigadoras ourecomendações para sua erradicação de acordo com os quadros:

Quadro ISMA-07/01 - Impactos significativos - fase de projeto

ISA CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES E/OU MEDIDASSINÉRGICAS MITIGADORAS

1. Valorização exacerbada da terra e 1. Divulgação precipitada do Desapropriação e aquisição antecipadade materiais de construção programa/plano dos terrenos objetos do

plano/programa.2. Impedimentos à construção e/ou 1. Interferência em 1. Levantamento prévio detalhado deoperação e potencialização de planos/programas co-localizados; instalações existentes e/ouproblemas sociais 2. interfaces com áreas de stress programadas por terceiros;

ambiental. 2. avaliar em conjunto com órgãosresponsáveis a pertinência daimplantação da obra.

3. 1. Sub-dimensionamento e/ou 1. Detalhamento topográfico preciso daErosão/assoreamentos/inundações localização deficiente do cada unia travessia de cada uma das

das bacias; microbacias;2. alterações no uso do solo bacias 2. detalhamento geotecnológico dede contribuição; cada bacia;3.existência de outras obras em 3. estabelecer prognóstico do uso dosinergismo com a rodovia, solo-das bacias de contribuição;

inclusive caminhos de 4. controle das construções queserviço abandonados; tenham interface com a rodovia;

4. falta de recuperação ambiental de 5. recuperação ambiental das áreasáreas exploradas para a construção; exploradas para caixas de empréstimo,5. outros. cascalheiras, etc.;

4. Taludes instáveis e rompimento 1. conhecimento deficiente das 1. Maior exigência de qualidade nosde fundações condições geotecnológicas da área estudos e projetos.

de construção.5. Potencialização de endemias e 1. Criação de 'piscinas" em caixas 1. Projetar sistemas de drenagem paraproliferação de vetores. de empréstimo e ocorrências de caixas de empréstimo e áreas

material de construção; exploráveis;2. represamento em bueiros sub- 2. aprimorar o dimensionamento dasdimensionados ou mal localizados; obras utilizando prognóstico de uso3. depósito de lixo e de materiais futuro;inservíveis ou longo da rodovia. 3. localizar os dispositivos no fundo dos

talvegues;4 evitar escolher empréstimos próximoa aglomerações humanas;5. incluir quantitativos de serviçosprevendo a remoção de restos vegetais(inclusive incineração controlada senecessário)6. reconformação da topografia e davegetação das áreas usadas com obrasprovisórias (incluir quantitativos).

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AISETEP ~-Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29109/uO PAGINA49/153| GETOP | para empreendimentos rodoviários 1 A l

6. Potencialização de conflitos em 1. Escolha de diretriz e de traçado 1. Mapeamento prévio das áreas deinterfaces com áreas a serem em áreas de conflito social e/ou de conflito sociais e da área que sãoprotegidas. "stress" ambiental. protegidas ou que deverão ser reservas

no futuro;2. contatos e negociações prévias comorganismos responsáveis pelas árease/ou pela solução dos conflitos.

7 . Conflítos com áreas urbanas 1. Acidentes; 1. Estudo de alternativas de traçado2. poluição do ar; com menor interferência;3. ruídos e vibrações; 2. afastamento da rodovias de4. comprimento da continuidade da instalações conflitantes (hospitais,marcha urbana, segregação das escolas, etc.);comunidades, etc. 3. dispositivos de controle de5. outros velocidade;

4. acessos projetados com controlesrígidos do tráfego;5. estabelecimento de barreiras paraimpedir/reduzir as interfaces veículos xpedestres e tráfegos rodoviários xurbano.

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A ETrQP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO29109/00 PAGINA501153i para empreendimentos rodoviarios 1 l

Quadro ISMA-07/02 - Impactos significativos - fase de projeto de restauração

IAS CAUSAS PROVAVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES E/OUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Erosões, assoreamentos, 1. Falhas nos projetos de drenagem 1. Cadastro detalhado de todoinundações e represamentos; e OAC e/ou na implantação das segmento, apontando os problemas,2. potencialização de endemias e obras previstas; confrontações com o projetoproliferação de vetores; 2. alteração no uso do solo na original, detecção e correção das3. pedreiras mal exploradas, com bacias de contribuição; falhas;difícil, mas possível continuidade 3. implantação de obras que atuem 2. verificação, se possível, daexploratória; sinergicamente na rodovia; vegetação existente nas bacias de4. pedreiras com impossível 4. cominhos de serviços contribuição na época de confecçãocontinuidade de exploração. abandonados do projeto original.

5. falta de recuperação ambienta Confrontar com o uso do solo, node áreas exploradas para obtenção caso de se registraremde materiais para construção. modificações, redimensionar as6. Criação de "piscinas" em áreas redes de drenagem e OAC;exploradas. 3. realização de projetos exploradas.

adequando a rodovia a obrasImplantadas ou vice-versa, depreferência;4. verificar a possibilidade deaproveitamento de antigos caminhosde serviço nas obras de restauração;caso negativo, prever suaeliminação e correção dos danoscausados.5. localizar as antigas caixas deempréstimo e jazidas. Verificar seupotencial para uso atual, e caso;esgotado, projetar sua recuperaçãoambientar e drenagem.6. elaborar projeto corri alto grau dedetalhamento, que propicie acontinuidade exploratória em antigaspedreiras, evitando-se, assim,agressões ambientais em novasáreas, Citar nas Especificações dasObras que não será permitidoexplorar outra área.7. caso seja necessário explorarnovas pedreiras, fazer projetodetalhando corno se dará àexploração. Criar Especificaçõesenfatizando a obrigatoriedade deatendimento projeto.

5. Conflitos em interfaces com áreas 1. escolha de diretriz e de traçado 1. Reestudar o traçado, objetivandoa serem protegidas em áreas de conflito sociais e/ou execução de variantes que evitem as

"stress" ambiental, na confecção do áreas conflitantes. Caso não sejaprojeto original viável, relacionar os IAS decorrentes

e respectivas ações visando amitigação

6. Conflitos em áreas urbanas. 1. Crescimento da marcha urbana 1. Estudo de alternativas de traçadoao redor da rodovia; visando contorno de áreas urbanas.2. surgimento de aglomerações Caso inevitável, projetar:urbanas lindeiras à rodovia. - dispositivos de controle de

velocidade;- acessos com controle rígido detráfego;- barreiras para impedirireduzir asinterfaces veículos/pedestres etráfego rodoviário x urbano.

7. Surgimento de Pontos Negros 1. Crescimento do tráfego além do 1. Redimensionar trevos e. ~~~previsto pelo projeto original; interseção existente, projetando o

2. intensificação de ocupação rural, atual volume de tráfego para ocriando acessos não regulares à futuro;rodovia (acessos a sítios e/ou 2. cadastrar todos os acessos nãofazendas); regulamentados à rodovia, projetar

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AG ETOP P Normas e procedimentos ambiental ATUALíZAÇAO.29//0GO PAGUiA51/153I I 1 para empreendimentos rodoviários 1 I

3. criação de postos de serviços. novos acessos. Se possível, criarvias coletoras laterais, reduzindo onúmero de interferências com arodovia;3. padronizar acessos a postos deserviços.

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AIrETrDrP Normas e procedimentos ambiental ATiiALJZAÇA0:29/09/00 PAGINA52/153| para empreendimentos rodoviarios l l

ISMA-08 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: IMPACTOS DA FASE DEOBRAS RODOVIÁRIAS CAUSAS/MITIGAÇÃO/ELIMINAÇÃO

1. OBJETIVO

Apresentar medidas mitigadoras e/ou eliminatórias de IAS ocorrentes durante asfases de implantação, conservação e restauração, na faixa de domínio o regiãolindeira de rodovias de rodovias.

2. ATIVIDADES

Identificar os IAS a cada etapa das obras, suas causas é definir as medidasmitigadoras ou recomendações para sua erradicação de acordo com os quadros aseguir:

Quadro ISMA-08/01 - impactos significativos instalação do canteiro e desmobilização

IAS CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES E/OUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Higiene de acampamento 1. Falta de água potável 1. Pesquisas séras para escolha(geração de doenças no pessoal abundante; do local do acampamento:- gastrointestinais, dermatites, 2. falta de dispositivos para - salubre;malária, etc.), fatores de recepção dos efluentes - com água abundante;qualidade de vida (odores, falta sanitários ou dispositivo 2. dimensionamento correto dode conforto, deficientes; acampamento, evitando:agressividade oriunda de 3. falta de controle na disposição - superpopulação;"stress", etc.) - proliferação de e Incineração do lixo; - falta de água e/ouvetores indesejáveis (ratos, 4. má escolha de área para - alimentos;serpentes, mosquitos, etc.). instalação do acampamento (em 3. controle da emissão de

áreas naturalmente insalubres, efluentes e da disposição do lixo;por exemplo); 4. conservação constante das5. limpeza deficiente do terreno áreas ocupadas, inclusive pontosusado para o acampamento de captação de água edeficiente; disposição do lixo.6. superpopulação deacampamentos.

2. Poluição da água (superficial e 1. Inexistência de filtros de graxas e 1. Estabelecer, nos contratos desubterrânea). óleos oriundos das oficinas; construção, a exigência dos

2. inexistência de dispositivos para dispositivos e dos cuidadosrecepção de esgotos sanitários e necessários, inclusive depara o lixo; recomendação de terrenos e3. vazamento de tanques de recuperação da área nacombustíveis, de lubrificantes, de desmobilização.asfalto, etc.

3. poluição do ar. 1. Poeira oriunda da exploração de 1. Utilizar filtros de pó nospedreiras e de ocorrência de vibradores;materiais de construção; 2. manter úmidas as superfícies2. poeira levantada pelo tráfego; sujeitas à poeira;3. emanações de fumaça a partir de 3. regular as usinas de asfalto eusinas de asfalto. usar filtros - verificar ventos

predominantes nas dispersão dafumaça (evitar que atinjam áreashabitadas).

4. Ruídos e vibrações. 1. Operação de máquinas e 1. Evitar instalação próxima deequipamentos. aglomerações urbanas e do próprio

acampamento.5. Degradação de áreas utilizadas 1. Abandono da área de 1. Acrescentar a recuperação do

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AG2 ETO P ,Normas e procedimentos ambiental ATUAUZAÇA029/09/00 PAGINA53/15| |T P para empreendimentos rodoviarios l

com instalações provisórias. acampamento sem recuperação do uso original das áreas comouso original; obrigações da construtora;2. abandono de sobras de materiais 2. exigir a limpeza total do canteirode construção: de equipamentos ou durante e após a conclusão daspartes de equipamentos inservíveis; obras.3. falta de recuperação do uso elimpeza das áreas usadas parainstalação de usinas e pedreiras. _

Quadro ISMA-08/02 - impactos significativos desmatamentos e limpeza do terreno

IAS CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES EIOUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Erosões na faixa de domínio, 1. Desmatamento excessivo; 1. Limitar o desmatamento aoatingindo ou não a estrada; 2. limpeza excessiva do terreno. necessário às operações de2. assoreamento de talvegues; construção e à proteção do tráfego,3. escorregamento de taludes e 2. a limpeza deve se Imitarquedas de pedras. aos espaços entre os "off-sets".1. Umidade excessiva na estrada; 1. Desmatamento insuficiente. 1. Desmatamento deve ser amplo2. quedas de árvores e troncos apenas o suficiente para permitir amortos, até interrompendo o insolação da rodovia e evitar que atráfego. queda de árvores afete o tráfego.1. Incèndios; 1. Falta de remoção da vegetação e 1 . Remoção e utilização ou2. proliferação de vetores (insetos, restos das operações de incineração controlada dos restosrépteis, roedores). desmatamento e limpeza. da vegetação;

2. reserva do material oriundo dalimpeza para reincorporação ao solodas áreas exploradas pelaconstrução.

Quadro ISMA-08/03 - impactos significativos - caminhos de serviço

IAS CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES EIOUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Erosões das estradas e terrenos 1. Abandono de caminhos de 1. Demolição das obras Provisórias,vizinhos; serviço sem recuperação da área desimpedindo o fluxo dos talvegues2. assoreamento de talvegues; utilizada. e evitando a formação de caminhos3. retenção (represamento) de fluxo preferenciais para água;de águas superficiais (inclusive 2. recuperação da vegetação nasrompimento de bueiros e estradas) áreas desmatadas e limpas para

implantação dos caminhos deserviço.

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AGS ETOI P Normas e procedimentos ambientalb para empreendimentos rodoviários í ATUALZAAO 29/09/00 PAGINA54/15

Quadro ISMA-08/04 - impactos significativos terraplanagem, empréstimos e bota-fora

IAS CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES EIOUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1 Acidentes, envolvendo 1. Velocidade excessivas dos 1. Controlar a velocidade usadatrabalhadores equipamentos de obras; na produção e a manutenção de

2. sinalização de obra deficiente; veículos alugados (carreteiros);3. formação de áreas 2. controlar e manter umaenlameadas e de nuvens de sinalização de obra eficiente (depoeira. preferência, até excessiva);

3. aspergir água para evitarnuvens de poeira;4. exigir a remoção rápida delama.

2. Poluição do ar 1. Nuvens de poeira. 1. Aspergir água permanentementenos trechos poeirentos,principalmente nas passagens poráreas habitadas;

3. Lixo em áreas habitadas 1. Pedras de materiais 1. Evitar o excesso detransportados; carregamento dos veículos;

2. fiscalizar a falta de cuidadono transporte (cobertura comlonas, etc.).

4. Vibrações e ruídos 1. Operação de máquinas em áreas 1. Evitar o trabalho no horáriohabitadas; noturno (das 22 h até às 7 h);

2. controlar emissão de ruidos pormáquinas mal reguladas;

5. Proliferação de insetos (inclusive 1. Má localização de caixas de 1. Procurar projetar as caixas detransmissores de doenças empréstimos; empréstimo de modo a nãoendêmicas) 2. falta de drenagem. acumular água;6. Degradação de áreas 1. Esburacamento na exploração de 1. Evitar a obtenção deurbanizáveis. caixas de empréstimos; empréstimos em áreas

2. uso de caixas de empréstimo urbanizadas ou potencialmenteabandonadas para depósitos de urbanizáveis;lixo e materiais inservíveis; 2. recuperação de uso das áreas3. má disposição de bota-fora; exploradas;

3. reconformação das áreas de___________________________________ __________________________________ bota-fora.

Quadro ISMA-08/05 - impactos significativos - drenagem, bueiros, corta-rios e pontes

IAS CAUSAS PROVÁVEIS EIOU RECOMENDAÇÕES E/OUSINERGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Erosões da estradas e 1. Dimensionamento deficiente 1. Efetuar prognóstico de usoterrenos vizinhos; das obras (sem previsão de futuro das bacias de captação,2. Assoreamentos de obras e alteração de uso do solo das para cálculos de vazões;terrenos vizinhos; bacias de captação); 2. estudar corta-rios em3. inundações a montante 2. desvios e captações em função do embasamento(inclusive com formação de condições adversas; geotecnológico dos terrenosambiente favorável à 3. entulhamento de talvegues afetados;proliferação de mosquitos e e entupimento de bueiros; 3. limpeza permanente doscaramujos). 4. construção de aterros- talvegues;

barragem em áreas sem 4. projetar a descarga dascontrole de vetores que obras em terrenos estáveis (emproliferam no meio aquático. geral, no fundo dos talvegues);

5. evitar a formação de poçase piscinas quando da locaçãodos bueiros.

4. Escorregamentos e quedas de 5. Sistema de drenagem mal 6. Projetar a drenagempedras. dimensionado e/ou localizado. estudando toda a área de

captação que sofrer seusefeitos.

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ACG ETOI P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0 29/09/00 PAG NA55/1| | OP para empreendimentos rodoviários 1 l l

Quadro ISMA-08/06 - impactos significativos exploração de materiais de construção

IAS CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES E/OUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Degradação de uso das áreas. 1. Falta de recuperação de uso. 1. Reincorporar o solo orgânicoremovido e prover de vegetação;2. reconformar a topografia.

2. Impossibilidade da 1. Exploração (lavra) predatória. 1. Guiar a exploração segundo oscontinuação de exploração de preceitos do Código de Mineração.materiais de construção;3. Falta prematura de materiaisde construção, exigindo aabertura de novas frentes deexploração (até de novasocorrências);

4. Erosões; 1. Carreamento e deposição de 3. Guiar a exploração segundo o5. Assoreamentos. materiais erodidos. Código de Mineração;

4. recuperar o uso da área________________________________ ~~~~explorada.

6. Alagamentos (inclusive criação de 1. Exploração predatória; 1. Guiar a exploração segundo oambiente de proliferação de vetores 2. falta de drenagem projetada, Código de Mineração;indesejáveis). antecipadamente. 2. projetar as explorações

prevendo sistemas de drenagens;3. recuperar as áreasexploradas;

7. Danos à população. 1. Falta de critérios no projeto. 1. Estudar cuidadosamente alocalização da pedreira, evitando-se

.______________ _______________ _________________________proximidades com núcleos urbanos.

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AG ETOP Normas e procedimentos ambientai ATUALIZAÇAO:29/09100 PAGINA56/1-para empreendimentos rodoviários | l

Quadro ISMA-08/07 - Remoção material. 3a categoria - ias/medidas mitigadoras

IAS CAUSAS PROVÃVEIS EIOU RECOMENDAÇÕES EIOUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Acidente envolvendo material 1. Estoque conjunto dos 1. Construir, no mínimo, doisexplosivo em estoque. diversos materiais explosivos. 2. paióis para estoque de

2. má localização dos paióis material explosivo;3. falta de vigilância eficiente. 3. localizar os paióis em área de

pouco movimento.4. utilizar somente equipeexperiente, inclusive devigilância.5. sempre que possível.encaixar" os paióis em encostassuaves.

2. Acidente envolvendo 4. Utilização de veículos 4. Todo veículo destinado aotransporte de material explosivo inadequados. transporte de material explosivo(somente trajetos internos da 5. má condução do veiculo. deverá possuir forraçãoobra). 6. estradas e/ou caminhos de adequada.

serviço sem condições de 5. utilizar somente motoristassegurança. experientes.

7. percursos em zona urbana. 6. conservar caminhos de8. utilização de pessoal serviço.inexperiente. 7. evitar percursos em zona

urbana.8. o veiculo de transporte deexplosivos deverá ser facilmenteidentificado entre os demais, pormeio de avisos ostensivos na suacarroceria.

3. Acidentes durante os serviços 1. Mau posicionamento do 1. Estudar a melhor posiçãode perfuração da rocha. equipamento de perfuração; para o equipamento de

2. não utilização de equipamento de perfuração. No caso de encostassegurança. íngremes, o equipamento deverá

ser escorado. Operáriostrabalhando nessas condiçõesdeverão utilizar cordas e/oucintos de segurança;2. utilizar equipamentos desegurança.

4. Acidentes durante o 1. Não observáncia de medidas 1. Observar rigorosamentecarregamento das minas. de segurança; proibição de fumar;

2. equipe inexistente. 2. durante o manuseio, evitarque os explosivos soframimpactos violentos. Em outraspalavras: 'Não jogar o material".3. nunca deixar o materialabandonado na praça de serviço,mesmo por pouco tempo.4. após o término dasatividades, executar vistoriaevitando abandono de materialexplosivo;5. nunca utilizar hastes de metalpara compactar (Socar) ascargas na mina;6. só "fechar a amarração", istoé, interligar com o cordel, quandonão mais tiver pessoaltrabalhando para evitar que umacidente em um furo detone todoo corte.

5. Acidentes decorrentes da 1. não observáncia das normas 1. Observar normas dedetonação de segurança; segurança;

2. equipe inexperiente; 2. só trabalhar com equipe3. falta de comunicaçao com a experiente;população local. 3. antes da detonação, percorrer

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AG ETOI P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29/09/00 PAGINA57/15ç| GETOP | para empreendimentos rodoviários l l l

a área limítrofe, alertando osmoradores, orientando-osinclusive no sentido dearrebanhar os animais em um sólocal, à distância segura da áreados serviços de desmonte derocha;4. no caso de construções ouaglomerados urbanos muitopróximos à área, adotar osseguintes procedimentos:a) utilizar cargas de explosivosabaixo da média requerida par otipo de rocha a remover. Essamedida, embora dificulte aprodução, não produzirá boafragmentação, torna-senecessária se contemplarmos asegurança;b) cobrir toda a área a serdetonada com camada de terra(isenta de pedras) de 1,0 m deespessura;c) se possível, detonar nomáximo duas fileiras a cada vez,evitando-se explosões violentas;d) destinar equipe responsávelpela remoção de bens móveisdos moradores, para localseguro;e) o tráfego de quaisquer viaspróximas será interrompido nomomento da detonação.6. minutos antes da detonação,acionar sirene, com potênciasuficiente para ser ouvida naárea considerada de risco. Apopulação local deve ser avisadaque o uso da sirene indicaexplosão eminente;7. a detonação deve ser iniciadapor meios elétricos, evitar o usode estopim que põe em risco avida de quem o acende;8. após a detonação, efetuarminuciosa vistoria objetivandodetectar minas não detonadas,evitando-se assim, acidentesassim, acidentes com a equipede remoção;9. nunca executar serviços dedetonação no horário noturno.

6. Intrusão visual; 1. Mau acabamento nos taludes de 1. Exigir perfeito acabamento7. acidentes, inclusive corte; dos taludes, preparando inclusiveenvolvendo usuários. 2. falta de remoção completa de especificações de obras

material detonado. unicamente com esse objetivo;2. nenhuma pedra ficará salientemais de 0,50 m em relação àsuperfície projetada;3. não deixar nenhum materiaissoltos ou com poucas condiçõesde sustentação nos taludes.

8. Poluição do ar. 1. Nuvens de poeiras; 1. Aspergir água2. pó oriundo da britagem. permanentemente nos trechos

poeirentos, principalmente naspassagens por áreas habitadas;2. utilizar filtros de poeira nasinstalações de britagem.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambienta] ATUALIZAÇAO.29/09/00 PAGINA58/15`ipara empreendimentos rodoviários

9. Lixo em áreas habitadas 1 Perdas de materiais 1. Evitar o excesso detransportados. carregamento dos veículos;

2. fiscalizar a falta de cuidadono transporte (cobertura comlona, etc.).

10. Vibrações e ruídos. 1. Operação de máquinas em 1. Evitar o trabalho no horárioáreas habitadas, inclusive noturno (das 22 às 07:00 horas);britadores, marteletes, etc. 2. manter o equipamento

regulado, com silenciadoresfuncionando a contento.

11. Erosões e assoreamentos. 1. Má disposição de bota-fora. 1. Usar os bota-fora em2. falta de recuperação de uso alargamentos de aterros,dos terrenos; executados conforme as3. execução do conjunto de especificações;obras em seqüência 2. recuperar o uso das áreadescompassada. prejudicadas;

3. usar o material de 3 acategoria como dissipadores deenergia na saída de bueiros;4. especificar e obedecer àsdefasagens máximas permitidasentre as diversas frentes deserviços.

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AGS ETOI P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29/09100 PAGINA59!155| i3 |TO ~ 1 para empreendimentos rodoviários l A-- l

Quadro ISMA-08/08 - impactos significativos conservação

IAS CAUSAS PROVÁVEIS E/OU RECOMENDAÇÕES E/OUSINÉRGICAS MEDIDAS MITIGADORAS

1. Degradação do uso do solo. 1. Exploração de ocorrências de 1. Recuperar o uso original dasmateriais de construção; áreas objeto da exploração;2. Abandono de áreas usadas 2. não utilizar agrotóxicos;em instalações provisórias; 3. evitar a reciclagem dos3. disposição inadequada de materiais removidos oubota-fora de materiais removidos; especificar sua disposição final.4. falta de limpeza das áreasexploradas e/ou utilizadas eminstalações;5. uso de agrotóxicos paracontrole de vegetação dostaludes.

2. Incêndios; 1. Acúmulo de lixo e de restos 1. Estabelecer sistemas de3. Rompimento de sistemas de de vegetação; coleta de lixo e de restos dedrenagem; 2. uso da queimada para vegetação para disposição em4. Erosões e assoreamentos. eliminar a vegetação dos taludes; lixeiras (aterros sanitários) e/ou

3. entupimento elou redução da incineração controlada;capacidade de vazão; 2. manutenção e limpeza4. instalações e construções em permanente dos dispositivos dedesacordo com as obras da drenagem;rodovia. 3. controlar a interface rodovia x

instalações em terrenos quepossam prejudicar ofuncionamento da drenagem.

5. Poluição da água superficial. 1. Uso descontrolado de 1. Proibir a utilização deagrotóxicos; agrotóxicos;2. disposição de lixo, graxas e óleos 2. estabelecer critérios dee de materiais removidos para locais filtragem e recuperação dede forma inadequada. graxas e óleos;

3. estabelecer normas, critériose especificações para disposiçãode bota-fora.

6. Ruídos e vibrações. 1. Operação de máquinas e 1. Estabelecer horários diumosequipamentos. para operação;

2. instalar usinas, pedreiras,etc. em locais afastados deaglomerações habitacionais e deequipamentos urbanos (escolas,hospitais, etc.).

7. Poluição do ar; 1. Poeira oriunda da operação 1. Utilizar filtros de poeira emde máquinas e equipamentos e britadores;da exploração de materiais de 2. aspergir água nos trechosconstrução; poeirentos;2. fumaça oriunda de usinas de 3. manter as usinas reguladas easfalto e outras. buscar instalações longe de

zonas urbanizadas.8. Escorregamentos e quedas 1. Projeto deficiente e/ou 1. Qualificação do projeto ede pedras. construção incompleta; construção de obras de

2. desmatamentos excessivos contenção;e/ou incêndios nas matas de 2. Florestar e proteger contraproteção; incêndios (construção de aceiros3. ocupação desordenada das de proteção);encostas em torno da rodovia; 3. impedir a ocupação4. deficiência na conservação desordenada da área de(falta de limpeza dos dispositivos influência direta;de drenagem, por exemplo). 4. limpeza permanente da faixa

de Domínio.9. Proliferação de vetores 1. Deficiência na limpeza da 1. Limpeza permanente da faixaindesejáveis (ratos, répteis, faixa de domínio; de Domínio;mosquitos, etc.). 2. uso de empréstimos como de 2. Impedir os depósitos de lixo

depósito de lixo urbano; na área de influência direta da3. caixas de empréstimo e rodovia;outras áreas exploradas sem 3. recuperar o uso original das

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AG ETO P INormas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09100 i PAGINA601153| I paraempreendimentos rodoviáreos . áa

i 1~~~~~~ drenagem. | áreas exploradas.l

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A G ETCI P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09100 PAG!IA6 1/A63| para empreendimentos rodoviarios 1 l

ISMA-09 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: IMPACTOS DA FASE DEOPERAÇÃO DE RODOVIAS

1. OBJETIVO

Apresentar metodologia de identificação, análise e mitigação/eliminação de IASocorrentes na fase de operação rodoviária.

2. ATIVIDADES

As atividades básicas da ISMA-09 envolvem estudos direcionados asmodificações no meio ambiente durante a operação de uma rodovia quecompreendem:

* aumento dos níveis de ruídos e de vibrações;* a poluição do ar e da água;* problemas de segurança da comunidade (usuária ou não da estrada).

Os efeitos destas alterações podem se dar sobre a população humana, sobre abiota, ou sobre o meio físico, neste último caso se refletindo sobre os dois primeiros.

(a) Efeitos sobre a qualidade de vida da população

Os efeitos sobre a qualidade de vida apresentam superposições e sinergismoscom os outros fenômenos já apresentados. São eles, principalmente:

* acidentes envolvendo os usuários, os moradores e/ou trabalhadoresdas proximidades da rodovia. Este efeito é potencializado nos casos detravessias urbanas e nos acidentes com transporte de cargas poluentes eperigosas;* ruídos e vibrações, causando problemas físicos e psicológicos;• degradação de uso de instalações, habitações, terrenos, etc. (perdaseconômico-financeiras);* doenças alérgicas, pulmonares e intoxicações pela poluição do ar;* doenças e intoxicações causadas pela poluição da água, incluindo oaumento do custo de tratamento da água para consumo ou, até,impossibilitando seu uso, com as conseqüências:

O aumento da distância das captações (aumento do custo);0 inviabilização de determinados uso da terra (para culturas irritadas,por exemplo) e dos próprios mananciais (pesca, psiculturas,recreação, etc.);

(b) Efeitos Sobre a Biota

Os efeitos sobre a biota provem das alterações:* dos microclimas, seja pela geração de calor pelos motores dosveículos, seja pelas modificações da topografia e da vegetação causadaspela estrada e pelas instalações de serviços dos usuários;* dos recursos hídricos, pelas captações, drenagens, rebaixamentos dolençol freático, poluição da água superficial e subterrânea;

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I AGETOIP ,Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/00 PAGINA62/15^3I G |TO ~ para empreendimentos rodoviários 1 I

* da qualidade do ar, onde os depósitos de poeira e hidrocarbonetossobre as folhas e sobre o solo e, principalmente, quando apresentamconcentrações de metais pesados, matam a vegetação, reduzem adisponibilidade de alimentos e/ou oferecem alimentos impregnados detóxicos para a fauna, quebrando o cicio alimentar equilibrado da biota;* do "background" de ruídos e vibrações que permitem o equilíbrio dafauna e flora naturais, assustando e pondo em fuga, intoxicando e/ouinibindo a reprodução dos* animais;* da intensidade de tráfego, aumentando os atropelamentos de animaissilvestres;

2.1. RUIDOS

O tráfego rodoviário é um importante gerador de ruídos, que afetam:a) as populações expostas permanentemente aos ruídos, principalmente

aquelas que habitam e/ou trabalham nas proximidades de trechos comtráfego de alta densidade;

b) as instalações de terceiros que necessitam de silêncio (escolas,teatros, hospitais, etc.) e/ou de estabilidade para seu funcionamento(laboratórios, indústrias de precisão, hospitais, etc.);

c) os monumentos históricos e sítios culturais, que podem ter suasfunções distorcidas pelos ruídos gerados pelo tráfego pesado;

d) a fauna silvestre, que pode sofrer impactos devido aos ruídosexcessivos (fuga dos sítios naturais, inibição da natalidade, etc.).

2.1.1. FONTES DE RUIDOS RODOVIÁRIOS

O ruido total produzido pelos veículos tem origem em muitas fontes, conformeexposto no quadro ISMA-09/01.

Quadro -09/01 - origem dos ruídos

GRUPO DE RUíDOS FONTES1. Funcionamento dos maquinismos - funcionamento do motor;

- entrada de ar e escapamento;- sistema de arrefecimento e ventilação;- etc.

2. Ruídos de movimento - pneus em contato com o pavimento;- atritos das rodas com os eixos;- ruídos da transmissão;- ruídos aerodinâmicos;- etc.

3. Ruidos ocasionais - buzinas;- frenagens;- ruidos da troca de marchas (reduções e acelerações);- cargas soltas;- fechamento de portas;- etc.

Fontes: adaptado de IRT- (1979) e Braga (1980).

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AMETCIP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09100 PAGlINA63153| G lTO R para empreendimentos rodoviários l l 3

2.1.2. MEDIDAS MITIGADORAS

(a) Redução do Ruído na Fonte

A redução do ruído na fonte foge dos objetivos diretos da engenharia rodoviária,embora seja um objetivo de monta para a sociedade, e que deve ser perseguido pelaindústria automobilística. À medida que as autoridades rodoviárias podem atuar,apenas, sobre o estado de conservação dos veículos (quanto pior o estado, maiscresce a emissão dos ruídos), torna-se importante à manutenção de uma fiscalizaçãoatuante, por parte dos poderes públicos, sobre os veículos mais antigos.

(b) controle da propagação e atenuação dos ruídos

A propagação e a atenuação dos ruídos podem ser controladas mediante trêstipos de medida:

* de projeto (ou planejamento) da vias;* construção de barreiras interpostas entre as vias e as áreas aproteger;o alterações das características dos ambientes que recebem o ruído.

As barreiras, por sua vez, têm sido usadas com bastante freqüência em todo omundo, nos locais em que não interferem com os fluxos de tráfego locais (pedestres eveículos).

A atenuação dos ruídos em construções preexistentes (as quais, portanto, nãoforam projetadas para os níveis de ruído prognosticados) são obtidas, em geral,através da mudança das características das janelas (principal porta de entrada dosruídos indesejáveis), visto que alternativas de materiais de construção, de composiçãode ambientes, etc., teriam que ser contrapostas com as altemativas de desapropriaçãoe relocalização.

2.2. VIBRAÇõES

O deslocamento de um veículo ao longo de uma via gera vibrações, que sãotransmitidas ao ar e ao solo, as quais se propagam em todas as direções, àsemelhança das ondas sísmicas.

a) pelas irregularidades do pavimento, fazendo com que os veículos sedesloquem em pequenos saltos que, embora amortecidos pelossistemas de suspensão, causam impactos diretos com o solo;

b) pelo funcionamento dos veículos, os quais possuem uma vibraçãoprópria, causada pelo funcionamento do motor. Também estasvibrações são parcialmente absorvidas pelo sistema de suspensão etransmitidas ao solo;

c) pela movimentação normal do veículo e por movimentos bruscos, talcomo o fechamento de portas, que geram ondas de pressão no ar, cujodeslocamento podem causar vibrações de pouca monta em portas,janelas, etc.

As vibrações geradas pelo tráfego são consideradas de grande importânciaapenas para os casos em que seus efeitos possam comprometer estruturas (casas,prédios, monumentos, etc.) ou instalações que se utilizam equipamentos de precisão(laboratórios, Hospitais, etc.).

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AET Normas e procedimentos ambiental PAGiNA64/15| t~ETOP 1 para empreendimentos rodoviarios l l [

2.2. MEDIDAS MITIGADORAS

As medidas mitigadoras que podem ser adotadas dependem de fatores locais eque se relacionam com o que se quer proteger. Em geral, pavimentos asfálticos bemconservados geram menores vibrações do que as pistas em terra, ou pavimentadascom blocos de concreto ou paralelepípedos.

A avaliação do controle, e dos tipos de controle, deve ser feita caso a caso,buscando primeiramente as alternativas de projeto (traçados, greides, etc.) queapresentem os menores incômodos

2.3. POLUIÇÃO DO AR

A poluição do ar é causada principalmente:* pela poeira, em travessias urbanas por estradas de terra eencascalhadas;* pelas emanações de descarga dos veículos em rodovias de tráfegointenso.

As emanações das descargas dos veículos são, em contrapartida, maiscomplexas, e requerem uma dedicação especial.

Os principais poluentes oriundos de combustão são:=, o monóxido de Carbono (CO);=> os hidrocarbonetos (HC);=, os óxidos de Nitrogênio (NOx);=> os óxidos de Enxofre (SOx); e=> o material particulado (MP).

2.3.1. PADRÕES DE QUALIDADE DO AR

Os padrões de qualidade do ar adotados no Brasil tem seus valores limitedeterminados pela Resolução CONAMA N. 03/90 de 28 de junho de 1990, conformeapresentado no Quadro ISMA-09/02.

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AGETOrP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO29/09/00 PAG1NA65i'>L 1 para empreendimentos rodoviários 1 1 l

Quadro ISMA-09/02 - Padrões primários de qualidade do ar ambiente.

COMPONENTE QUANTIDADE OBS80 uglm3 - média aritmética anual.

- Dióxido de Enxofre (S02)- concentração máxima que não

365 ug/m3 deve ser excedida mais que umavez por ano.

80 ug/m3 - média geométrica anual;

- Partículas Totais em suspensão- concentração máxima diária que

240 ug/m3 não deve ser excedida mais do queuma vez por ano,

60 ug/m3 - média geométrica anual;

- Fumaça- concentração máxima diária que

150 ug/m3 não deve ser excedida mais do queuma vez por ano,- concentração máxima em amostra

10 mg/m3 ou 9 ppm de 8 horas, que não deve serexcedida mais do que uma vez por

- Monóxido de Carbono ano;- concentração máxima em amostra

40 mg/m3 ou 35 ppm de 1 hora, que não deve serexcedida mais do que uma vez por

____________________________ ___________________________ano;

2.3.2. MEDIDAS MITIGADORAS

As medidas mitigadoras assumem duas formas:* redução da poluição na fonte;• medidas de planejamento.

a) REDUÇÃO DA POLUIÇÃO NA FONTE:

As emanações das descargas dos veículos dependem:* da evolução tecnológica dos veículos, tanto no que diz respeito aosmotores quanto aos filtros e combustíveis;* do controle da regulagem dos automóveis e, principalmente, doscaminhões e ônibus.

b) MEDIDAS DE PLANEJAMENTO

Todas as medidas de planejamento relacionam-se com a engenharia de tráfego,sob a forma de:

* restrição ao uso das vias por todos os veículos ou apenas para alguns;* controle dos cruzamentos, inclusive com uso de semáforos sincronizados,reduzindo a necessidade de paradas e conseqüentes acelerações edesacelerações, aumentam as emissões da descarga dos veículos;* remanejamentos de tráfego, oferecendo rotas alternativas para o tráfegode passagem (origem e destino fora da área-foco).

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Normas e procedimentos amDiental1 para empreendimentos rodoviarios l l

2.4. POLUIÇÃO DA ÁGUA

A contaminação potencial dos corpos d'água se verifica principalmente devido atrês fatores:

* instalações ao longo da rodovia, com despejo de efluentes sanitários,graxas e óleos;* precipitação de resíduos sólidos, hidrocarbonetos, aldeídos, assim comooutros materiais sólidos tais como borracha de pneus e lonas de freios, eaqueles caídos de cargas transportadas, entre outros;* acidentes com cargas potencialmente poluentes.

Na fase operacional da rodovia a poluição da água é representada pelaprecipitação de hidrocarbonetos e aldeídos emanados pela descarga dos veículos,borracha e asbestos liberados pelos pneus desgomados e lonas de freios no seudesgaste, poeiras e materiais sólidos maiores oriundos das cargas transportadas, etc.Tais efeitos só poderão ser mitigados através da observação e controle de qualidadesobre os equipamentos automotores utilizados, para os quais já são feitas exigências -Resolução CONAMA N.O 18/86 - de adequação tecnológica dos veículos, de modo aminimizar os efeitos da poluição.

Mais importante, entretanto, é o risco representado por prováveis acidentesenvolvendo o transporte de produtos perigosos, onde se incluem todos aqueles quepodem causar danos ao meio ambiente. Estes acidentes tenderão a ocorrer com maiorfreqüência em pontos negros.

O monitoramento eficaz se faz observando os locais que merecem maiordestaque à segurança devido às relações da rodovia com cursos d'água -principalmente aqueles de importância crítica de acordo com sua utilização potencial,ou de fato - o que poderá exigir a correção desses pontos negros através dedispositivos e ações para aumentar a segurança.

O transporte das cargas perigosas, no Brasil, é regido pelo Decreto N.° 96.044 de18 de maio de 1988, que aprova a regulamentação legal. No "Regulamento para oTransporte Rodoviário de Produtos Perigosos" consta, em seu artigo 10:

'0 transporte, por via pública, de produto que seja perigoso ou represente risco para asaúde de pessoas, para a segurança pública ou (grifo nosso), fica submetido às regras eprocedimentos estabelecidos nestes regulamentos, sem prejuízo do disposto em legislação edisciplina peculiar a cada produto'.

A Portaria Ministerial N.° 291 de 31 de maio de 1968, assinada pelo Sr. Ministrodos Transportes, baixa das "Instruções Complementares ao Regulamento doTransporte Rodoviário de Produtos Perigosos". Tais Instruções se baseiam nosregulamentos internacionais usados nos países desenvolvidos, e a classificação dosprodutos é a adotada pela ONU. As classes consideradas são:

* classe 1 - Explosivos;* classe 2 - Gases Comprimidos, Liquefeitos, Dissolvidos sob Pressão ou

Altamente Refrigerados;* classe 3 - Líquidos Inflamáveis;* classe 4 - Sólidos Inflamáveis; Substâncias Sujeitas a Combustão Espontânea;

Substâncias que, em contato com a água, emitem Gases Inflamáveis;* classe 3 - Líquidos Inflamáveis;+ classe 5 - Substâncias Oxidantes; Peróxidos Orgânicos;

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Normas e procedimentos ambientalApara empreendimentos roovários ATUALIZAÇAO:29/09/ PAGNA

* classe 6 - Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes;* classe 7 - Substâncias Radioativas;* classe 8 - Corrosivos, e* classe 9 - Substâncias Perigosas Diversas,Cada classes envolve uma extensa gama de produtos, que são divididos, em

geral, em três grupos de risco (1 - alto; 11 - médio; 111 - baixo) que, por sua vez, podemser divididos em subgrupos, etc.

Cabe registrar, que nem toda carga poluente é considerada perigosa "strictusensu". Por exemplo, o cloreto de sadio (NaOH - sal de cozinha) representa, em casode acidente envolvendo um carregamento, a possibilidade de gerar perdas ambientaisconsideráveis, embora a distribuição (área) do impacto seja limitada (salgar o sololindeiro à rodovia no local do acidente, alterar a salinidade de um açude, etc.). Comoconseqüência, preconiza-se que toda carga potencialmente poluente seja consideradaperigosa "latu sensu", e seu transporte se submeta à legislação correspondente.

2.5. SEGURANÇA DA COMUNIDADE

A segurança se refere às interações entre os veículos que circulam na rodoviaem estudo, e entre os veículos que compõem o tráfego de passagem com os veículose pedestres que compõem o tráfego local.

Tais relações são campo de especialização da Engenharia de Tráfego, mas temimportância que a transcende, ao envolver problemas sócio-econômicos de monta.Neste sentido, os prognósticos do número de acidentes e sua gravidade, os tempos deretenção, os custos de congestionamentos, etc., devem se levados até suaorçamentação (nas situações com projeto e sem projeto) de modo a influir na análiseeconômica dos investimentos.

Especificamente no caso de pedestres, a avaliação deve contar com os seguintesdados:

Características da Via:- geometria em planta e perfil;- largura (inclusive distância entre refúgios, quando em vias múltiplas);- freqüência de pontos de travessia;- tipo de facilidade para travessia;- fluxo do tráfego, composição e velocidade.

Traietõria dos Pedestres:- número de vias atravessadas;- freqüência de pontos de travessia;- extensão do percurso dos pedestres;

Área de Influência dos Equipamentos de Servicos:- tipo do serviço (escola, indústria, etc.);- número de usuários;- proporção da população sujeita ao percurso de distância extra;- disponibilidade/localização de equipamentos alternativos;- distancia extra às alternativas.

Grupos Vulneráveis (criancas. idosos, etc.):- definição das dificuldades.

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A G ETO) P Normas e procedimentos amoiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA68/| GETOP para empreendimentos rodoviários l l

3. IAS PASSÍVEIS DE MONITORAMENTO

O Quadro ISMA-09/03 resume os IAS a serem monitorados na área de influênciadireta e na faixa de domínio de uma rodovia. No quadro são apresentados osprincipais IAS passíveis de acompanhamento na fase de operação da rodovia.

Quadro ISMA-09/03 IAS passíveis de monitoramento na faixa de domínio e regiãolindeira de uma rodovia - (Fase de Operação)

IMPACTO AMBIENTAL FREQÜÊNCiA DO OBSERVAÇÕESSIGNIFICATIVO (IAS) MONITORAMENTO

IAS envolvendo causas geotécnicas: Realizado rotineiramente em- escorregamentos/deslizamentos/ conjunto com as atividadesquedas de blocos correntes da fase de

Permanente manutenção/conservação daerosões/ravinamentos/voçorocamen rodovia;tos- assoreamentos- recalques em fundaçõesAS relacionados a doenças Nas proximidades de aglomeraçõesendêmicas: urbanas o monitoramento atinge- surgimento de áreas favoráveis à Permanente sua importância máxima, dandoproliferação de vetores endêmicos indicações de atividades preventivas(ratos, insetos, etc.) á geração de focos de doenças

endêmicas.IAS causadores de degradação Principais aspectos a seremambiental na fase de operação: considerados:- poluição do ar Permanente, com maior freqüência - pela sua própria natureza, a

temporal nos períodos de inversão poluição atmosférica transcende atérmica limitação física da área de influência

da rodovia;- a poluição atmosférica assumeaspectos críticos em zonas urbanasdas rodovias onde várias fontes depoluição (rodovia, indústria, etc.)são responsáveis pela degradaçãoda qualidade do ar;- monitoramentos da qualidade doar requerem alta especializaçãotécnica e. por isso, devem serrealizados em convênio com oórgão ambiental responsável;- e, finalmente, do ponto de vista doórgão rodoviário, o monitoramento)e a fiscalização constantes dasemissões gasosas dos veículosautomotores usuários doempreendimento (controle da ̀ fonterodoviária" de degradação daqualidade do ar).

Poluição das águas (inclui a permanente O monitoramento da qualidade dasalteração do regime hídrico) águas na área de influência de uma

rodovia envolve:- a necessidade de identificação eclassificação das águas segundo oseu uso (abastecimento, irrigação,recreação, etc.);- a verificação periódica depossíveis alterações no uso daságuas e do espaço (solos, recursosnaturais, etc.) em suas bacias decaptação; e, ainda, quando possível,do seu regime/balanço hídrico;- a verificação permanente de

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AETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZÇO2/90 AN615-AG ETra P | para empreendimentos rodoviários | ÇA

possíveis disposições inadequadasde lixo, esgotos, efluentes deoficinas e outros equipamentos eserviços ao longo da rodovia;- a necessidade de cuidados edispositivos especiais em áreascríticas da rodovia, do ponto devista de acidentes, sobretudo, comcargas perigosas em relação àságuas de abastecimento.

Poluição sonora e vibrações permanente ou periódico Estes impactos estão diretamenterelacionados: com o funcionamentodos maquinismos dos veículos(funcionamento do motor,escapamentos, etc.), com omovimento dos veículos (atritos dasrodas com os eixos, dos pneus compavimento, etc.) e com outrascausas ocasionais (buzinas,frenagens, etc.) seu monitoramentocompreende:- fiscalização permanente do estadode conservação dos veículos;- controle da propagação e aatenuação dos impactos,abrangendo medidas deacompanhamento e avaliaçãoconstantes da eficácia das medidasimplantadas no projeto e aidentificação de modificações ecomplementações que se façam

z_________________________________ necessárias.

IAS relacionados à segurança da O monitoramento deve serpopulação e usuários na fase de permanente e estar relacionado àoperação: permanente identificação dos pontos negros de- risco de acidentes acidentes na rodovia visando à sua

eliminação.Ocupação e/ou uso inadequados O monitoramento reveste-se dee/ou ilegais do espaço lindeiro e de características de fiscalização dasseus acessos, permanente permanente normas legais e técnicas,

preconizadas tanto para os acessosà via, quanto para instalações tiaárea lindeira à rodovia.

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AS ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA70/1531 para empreendimentos rodoviários 1

ISMA-10 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: PROJETO EXECUTIVOAMBIENTAL

1. OBJETIVO

Reabilitação e reintegração ambiental ao longo do período de obras, das áreasalteradas pelas intervenções e processos decorrentes da etapa de construção deempreendimentos rodoviários.

2. ATIVIDADES

As atividades requeridas pela ISMA-10 são as seguintes:* Identificação das áreas passíveis de alteração e caracterização dosimpactos* ambientais esperados* procedimentos para elaboração de projetos executivos ambientaís* desenvolvimento e implantação do projeto ambientar.

3. EXECUÇÃO

Esta fase discrimina cada uma das atividades acima requeridas e estabelecesuas condições de execução. Seu desenvolvimento tem a finalidade de produzir oconjunto de projetos, ações e recomendações necessárias à consecução do objetoacima estabelecido. Sua implantação ocorre, a partir do início da etapa de construçãodos empreendimentos rodoviários.

3.1. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PASSíVEIS DE ALTERAÇÃO ECARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAS ESPERADOS.

=, Inspeção ambiental das áreas de intervenção - a partir da análise doEIA/RIMA elaborado, realizar visitas à área de intervenção do projetoidentificando os seus segmentos que poderão sofrer alteraçõesbióticas e antrópicas. As inspeções de campo devem estardirecionadas, sobretudo, para o corredor de passagem da rodovia, asáreas de jazidas, caixas de empréstimo, áreas de bota-foras, cortes eaterros, caminhos de serviços, estradas de acesso, trilhas, drenagense áreas das instalações administrativas e industriais do canteiro deobras;

> Confirmação dos efeitos ambientais físicos prognosticados noEIA/RIMA, passíveis de ocorrência nas áreas de intervençãoinspecionadas;

3.2. PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS EXECUTIVOSAMBIENTAIS

=,Avaliação e detalhamento das medidas propostas para a otimização doseventos considerados prioritários;

= cronograma de implantação de cada projeto, e metodologia deimplantação e desenvolvimento;

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AGETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇA0:29/09/00 PAGINA7 1/153| para empreendimentos rodoviários 1 l l

=,estabelecimento e dimensionamento das equipes técnicas, materiais eequipamentos requeridos para a implantação e a realização dos projetos;

= orçamento de cada projeto executivo ambientar;= proposição de eventuais parcerias para a realização dos projetos

executivosdeterminados.=>responsabilidade por sua implementação: empreendedor, poder público,

outro.

3.3. DESENVOLVIMENTO E IMPLANTAÇÃO DO PROJETO EXECUTIVOAMBIENTAL

O projeto executivo ambientar comporá um documento, integrante doPGA, que subsidiará a licitação de obras;

=> a empreiteira responsável pela construção do empreendimento rodoviáriomanterá equipe devidamente capacitada para executar os projetos dereabilitação ambiental aprovados para o empreendimento.

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AGETOIP Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO:29I09/OG PAGMA2/153| GETOP | para empreendimentos rodoviários l l l

ISMA-11 - INSTRUÇÃO DE SERVIÇO AMBIENTAL: FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL DEOBRAS RODOVIARIAS

1. OBJETIVO

A Fiscalização ambientar é definida Como o conjunto de procedimentos mínimosque devem ser observados e que são indispensáveis para o bom desempenho naimplantação dos projetos executivos ambientais.

Em função da magnitude do empreendimento, a fiscalização ambiental poderáser objeto de contratação específica e independente para este fim, ou ser componentedo contrato de supervisão e/ou gerenciamento de todo o conjunto das obras.

2. ATIVIDADES

a) Conhecimento pleno dos projetos e estudos ambientais para prestarqualquer tipo de informação técnico-administrativa quando solicitado;

b) orientação permanente à Executante responsável pela execução dasobras;

c) participação na solução de problemas de qualquer natureza (meios físico,biótico e antrópico), que eventualmente possam surgir e que possamprejudicar o bom andamento da obra e objetivos do empreendimento;

d) verificação do planejamento e acompanhamento de implantação demedidas destinadas a garantir a segurança do pessoal envolvido na obra;

e) estudo técnico-econômico de eventuais alterações e/oucomplementações ao projeto dos serviços supervisionados;

f) verificação das autorizações legais para execução da obra incluindoregistros no CREA, licenças ambientais, etc.;

g) relatórios de acompanhamento das atividades ambientais;h) apoio a AGETOP no relacionamento institucional com órgãos públicos

afins ao empreendimento rodoviário, tais como prefeituras, secretarias deobras, secretarias de meio ambiente e órgãos ambientais licenciadores,visando realizar as comunicações formalmente estabelecidas e osesclarecimentos solicitados no que respeita à gestão ambiental dasobras;

i) apoio a AGETOP no relacionamento institucional com entidades privadas,tais como associações de moradores e organizações nãogovernamentais, com a mesma finalidade;

j) revisão e atualização permanente do projeto executivo ambientar face àrealidade operacional das obras do empreendimento rodoviário;

k) monitoramento dos meios físico, biológico e antrópico das áreasenvolvidas nas obras.

2.1. EMISSÃO DE RELATóRIOS

No decorrer dos trabalhos, a Fiscalização deve apresentar relatórios referentesao andamento dos serviços.

Estes relatórios de andamento devem ser elaborados mensalmente e objetivamfornecer informações sobre o andamento dos serviços, o cumprimento do cronogramaexecutivo; descrever as atividades dos períodos a que se 1 referem; analisar e proporsoluções a respeito de eventuais problemas ocorridos.

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Normas e procedimentos amDienta ATUALZAG ETO P.. SATAIAA:50/0 PGN3131 para empreendimentos rodoviários l ll1

A relação dos assuntos básicos do relatório é descrita a seguir:

PARTE A - INFORMAÇÕES GERAIS

* Dados contratuais: (datas, valores, objeto do contrato, rodovia, trecho,etc.);

* Mapa esquemático do trecho em obras: Diagrama linear do segmento,apresentando áreas críticas (acampamentos, usinas, fontes de materialde construção, bota-foras, etc.) e de relevância ambientar (parques,reservas, etc.).

PARTE B - INFORMAÇÕES TECNICAS

* Atividades Desenvolvidas no período: apresentar registro fotográfico ecaracterização conforme Quadro ISMA-1 0/01.

* resultados do monitoramento;* resultados das inspeções;* evidências dos quadros ambientais identificados; efeitos ambientais

adversos, ocorrentes e previstos; ações preventivas e corretivaspropostas; assessoramentos efetuados a AGETOP;

* exigência do órgão ambiental - o andamento do cumprimento dasexigências do órgão ambientar será apresentado em capítulo à parte.

* emissão do relatório de desmobilização/liberação de áreas de uso.

PARTE C - ANEXOS

Incluir correspondências relevantes recebidas e expedidas e outros documentosjulgados de interesse.

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AGETE3P Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO:29/09/00 PAGiNA74/153|~ |TO P para empreendimentos rodoviários l l

ISMA-12 INSTRUÇÕES DE SERVIÇOS AMBIENTAIS: REABILITAÇÃO AMBIENTALDE ÁREAS PLANAS OU POUCO INCLINADAS, ATRAVÉS DA REVEGETAÇÃO

HERBÁCEA (PLANTIO DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS)

1 - GENERALIDADES

Esta especificação é relativa a proteção do corpo estradal em que trata dosprocedimentos necessários para a reabilitação ambiental de áreas planas ou de poucainclinação, através da revegetação herbácea dessas áreas pelo plantio a lanço manualou mecanizado, de sementes de gramíneas e leguminosas, ou pelo plantio de mudasdessas espécies vegetais ou ainda pelo plantio das mesmas em placas ou leivas.Entende-se nesta especificação por áreas planas ou pouco inclinadas às caixas deempréstimo de solo para constituição dos aterros do corpo estradal, áreas de jazida desolo ou cascalho, áreas de bota-fora do material escavado nos cortes, áreas de uso dafase de construção, tais como: acampamentos, caminhos de serviços, pátios deestacionamento, etc.

2 - OBJETIVO

A revegetação herbácea através do plantio da consorciação de sementes oumudas de gramíneas com leguminosas objetiva principalmente ao eficiente eduradouro controle do processo erosivo instalado nas áreas nuas do solo, ao qual se omelhoramento do aspecto visual, integrando o corpo estradal ao ambiente.

Da mesma forma, a cobertura vegetal é um processo natural para recuperaçãoda fertilidade do solo, a qual foi total ou parcialmente perdida durante a construção docorpo estradal, tornando o solo infértil à medida que se aprofundam as caixas deempréstimos ou os taludes dos cortes, tanto. pela acidez e toxidade do alumínio, pelacompactação do solo pelo manuseio dos equipamentos de terraplenagem ou detransporte.

A recuperação da bio-estrutura do solo, devida ao sistema radicular bastanteexpansivo das gramíneas e leguminosas, produzindo e depositando no solo grandequantidade de matéria orgânica, que aumenta no mesmo a capacidade de retenção dooxigênio e da água das precipitações pluviométricas, tão necessários aodesenvolvimento e manutenção da vida vegetal.

O revestimento vegetal do solo funciona como anteparo natural da incidênciasolar e a quebra do impacto das gotículas das chuvas tem como, diminui a velocidadedos fluxos d'água devido às mesmas; protegendo, portanto o solo do processo erosivoe consequentemente o carreamento do mesmo para formação do assoreamento dasregiões baixas da topografia local.

O sistema radicular quebra a estrutura compacta e densa do solo estéril,funcionando como mecanismo regenerador da vida no mesmo, pelo constante estadode renovação das raízes, onde a morte de algumas induz a germinação de outras,promovendo a adubação da estrutura do solo. Este cicio de substituição incorpora aosolo boa quantidade de nutrientes, que alimentam as raízes novas, promovendo afertilidade do solo.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109100 PAGINA/153| G |lO 1 para empreendimentos rodoviários l l l

Na consorciação a leguminosa tem por finalidade o fornecimento de nitrogêniopara o solo através da fixação simbiótica.

3 - MATERIAIS

Os materiais necessários à execução da revegetação herbácea das áreasplanas ou pouco inclinadas são:

* Adubo orgânico constituído da mistura do solo organico natural (top soil) comesterco bovino ou avícola, curtido na proporção de 50% cada parte.

* Adubo químico NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) na proporção necessária esuficiente ao solo, em função da analise edáfica e pedológica do mesmo, temcomo os nutrientes que completam a adubação necessária (enxofre, boro, etc).

* Calcário dolomitico para correção da acidez do solo, na proporção necessária aelevação do pH do mesmo ao índice de 5,5, com aplicação conformerecomendação técnica.

* Espécies vegetais de gramíneas e leguminosas na forma de sementes, mudasou placas de acordo com o processo selecionado, na proporção indicada pelosestudos edáfico e pedológico do solo, e de fácil aquisição no comercio.

4- EQUIPAMENTOS

• Trator de pneus agrícola potencia da ordem de 70 a 90 cv para arrastar ascarretas agrícolas, equipamento de aração, calagem, adubação, mistura ouincorporação ao solo dos materiais aplicados, arados e grades.

* Equipamentos agrícolas: constituído de arado para sulcar o solo, com laminasde 15 a 20 polegadas de diâmetro e no mínimo 12 discos.

* Equipamento agrícola de distribuição de calcário dolomitico, adubo químico,orgânico e sementes.

* Veículos de transporte (caminhões) para a aplicação de placas ou leivas,quando este for o processo selecionado.

5- EXECUÇÃO

Os procedimentos para execução da revegetação herbácea através do plantiode sementes a lanço (manual ou mecanizado), mudas ou aplicação de placas ouleivas, se constituirão nas seguintes atividades:

5.1. - ANALISE EDÁFICA E PEDOLóGICA DO SOLO

Tem por objetivo caracterizar os aspectos de sua fertilidade, através dos índicesde acidez e toxidez; suas deficiências de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, enxofre,boro, manganês e magnésio. A Agência Rural é capaz de fornecer a orientaçãonecessária, bem como, em casos particulares poderão ser feitos analises laboratoriaispara definição do padrão de adubação e seleção das espécies vegetais maisindicadas.

Da mesma forma, poderão ser procedidos por testes de germinação dasespécies vegetais selecionadas e a eficiência do padrão de adubação indicado, os

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AGETOP Normas e procedimentos ambientalA| ET|3 P para empreendimentos rodoviários ATUALIZAÇAl29/09/0 PAGINA76/1 53

quais serão úteis na elaboração do Plano de Controle Ambiental através domonitoramento da reabilitação executada.

A seleção das espécies vegetais para a formação da consorciação, tem comoescopo principal o controle das erosões, conjugado com o bom aspecto visual, baixocusto de execução e de manutenção, acrescentando-se ainda as seguintescaracterísticas desejáveis e de relevância:

- Rápido desenvolvimento iniciai.- Habito de crescimento estolonífero.- Persistência.- Tolerância aos solos ácidos e tóxicos.- Resistência à seca, fogo, doenças e pragas.- Consorciabilidade.- Propagação por sementes de fácil aquisição comercial.- Tolerância ao encharcamento do solo ou a inundação temporária.- Eficiente fixação de nitrogênio, no caso das leguminosas.

Antecedendo estas condições, usualmente, para simples orientação, têm-serecomendado as seguintes espécies, as quais serão confirmadas pelos estudos eanalise do solo:Gramíneas:

Branquiária humidícola, decumbens ou brizanthaPaspalum Notatum (grama Batatais),Anonopus ObtuzifoliusEragrostis Curvula (capim chorão)Melinis Minitiflora (capim gordura ou meloso)Lolium Multiflorum (azevém)Setária anceps (capim sectária)

Leguminosas:Pueraria Phaseoloides (Kudzu tripical)Calopogonium Muconoides (calopo)Cajanus Cajan (Feijão guandu)Centrocema Pubescens (Centrosema)Estizolobium anterrunum (mucuna)A proporção de aplicação usual e da ordem de 50 a 60 Kglha, grupando-se na

consorciação das sementes de mudas 3 a 4 espécies vegetais para gramíneas e paraleguminosas, as quais se completam quanto sues características botânicas e visuaisplanejadas.

5.2 - MODELAGEM DO SOLO NAS CAIXAS DE EMPRÉSTIMO NOS BARRANCOSDAS ÁREAS DE JAZIDAS.

Esta atividades objetiva apresentar um visual suave para os barrancos abruptos,constituindo-se na terraplenagem do mesmo de modo a permitir o movimento demaquinas agrícolas, anteriormente mencionadas. Considerando-se a altura normaldestes barrancos e da ordem de 1,5 a 2,0 m, planeja-se a modelagem dos mesmos demodo a se alcançar à inclinação 1:3 ou 1:4, resultando o movimento de terra de 1,5 a2,0 m3/m ao longo do barranco.

Inclui-se também nesta atividade o movimento de terra necessário a permitir oescoamento das águas de chuva entre caixas de empréstimos consecutivas, através

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09100 PAGiNA77/153i para empreendimentos rodoviários 1 ATA1AA2/9/O PGNT/5

de valetas ou vertedouros, objetivando evitar o empossamento das águas e aproliferação de mosquitos e lavas.

5.3- ARAÇÃO DO SOLO

Em profundidade de 0,15m na extensão da área afetada, inclusive na áreamodelada dos barrancos, conforme descrito no item 5.2, respeitando-se o alinhamentodos sulcos nas curvas da topografia local, distanciadas entre si da ordem de 0,30m.Em especial, destaca-se nesta atividade o primeiro procedimento para contenção econtrole do processo erosivo.

5.4 - CALAGEM DO SOLO

Esta atividade se constitui na distribuição do calcário dolomitico na superfície dosolo e sue incorporação ao mesmo, na proporção indicada pela sue analise. Oprocedimento será executado a lanço manual ou mecanizado por meio de grandesdiscos (diâmetro 10 polegadas). Esta operação devera preceder a adubação de 30 a60 dias, para poder permitir que o calcário possa atuar. sobre a acidez do solo,elevando o pH para aproximadamente 5,5. A quantidade de calcário a ser aplicadaeste em função da análise química do solo. Em solo de cerrado, recomenda-se de 3 a4 tlha.

5.5. - ADUBAÇÃO

A adubação do solo por meio da distribuição e incorporação dos adubosorgânico e químico nas proporções indicadas pela analise do solo. Esta atividade seráprocedida a lanço, manual ou mecanizada, segundo procedimento agrícola corriqueiro,devendo-se respeitar o intervalo de 30 a 60 dias apos a calagem do solo. E usual aaplicação de adubo NPK (50-100-50 kg/ha) acrescido de 30 kglha de enxofre, 50 kg/hade FTE-BR 12.

5.6 - PLANTIO

Plantio de sementes de gramíneas e leguminosas a lanço manual oumecanizado, nas proporções indicadas pelos estudos do solo e quanto às espéciesvegetais selecionadas. Da mesma forma este procedimento poderá ser por intermédiodo plantio de mudas ou a aplicação de placas ou leivas, conforme indicado pelodetalhamento do projeto. Nestes dois últimos procedimentos, entende-se aimplantação anterior de viveiro de mudas ou canteiros de placas ou leivas emquantidade necessária ao projeto. Estes processos são mais onerosos que o primeiro,devido ao envolvimento de transporte das mudas e leivas. As proporções do plantioserão determinadas através dos estudos de seleção das espécies vegetais, conformeorientação do item 5.1.

5.7 - ADUBAÇÃO DE COBERTURA

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AGETO3P Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO:29109100 PAGINA781153| I3ETOP para empreendimentos rodoviários 1 l

Esta atividade se realizara após 60 a 90 dias do plantio para o revigoramento docrescimento ou germinação das espécies selecionadas, na proporção da ordem de50% da adubação primitiva, procedida a lanço manual, ou por via aquosa através doequipamento de hidrossemeadura (Reabilitação Ambiental de áreas inclinadas ISMA-13).

6 - CONTROLE

Os controles geométrico e de acabamento serão apreciados pela fiscalizaçãoda AGETOP com base na apresentação visual, enquanto, o controle de cobertura daárea, vigor de crescimento, persistência serão apreciados pelos processes usuais doplantio agrícola, liberados a fiscalização da AGETOP para aprovação pelo agrônomoresponsável pelo plantio.

7 - MEDIÇÃO

A medição dos serviços será efetuada por área efetivamente plantada ecomprovadamente estabelecida, a critério da fiscalização.

A medição será feita em três etapas:a) apos o termino do plantio de cada área liberada e aprovada pela fiscalização;b) apos a germinação de 70% (setenta por cento) das espécies vegetais nas

referidas áreas;c) apos a germinação de 100% (cem por cento) das espécies vegetais nas

referidas áreas.

8- PAGAMENTO

O pagamento será efetuado em parcelas de acordo com as medições referidasacima da seguinte forma:

O 30% (trinta por cento) das áreas aprovadas, logo que atendida aexigência da alínea "a" do item acima.

O 50% (cinquenta por cento) da área correspondente, logo que atendida aexigência da alínea "b" do item acima;

o 20% (vinte por cento) da área correspondente, logo que atendida aexigência da alínea "c" do item acima.

O pagamento será efetuado pelo preço unitário contratual que remunera autilização de equipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte das espécies,plantio e replantio quando necessário materiais utilizados, sodas as operaçõesnecessárias para sue execução, utilização de defensivos, herbicidas, seguros,equipamentos de proteção individual, uniformes e refeições, transporte de pessoal,mão-de-obra e encargos e tudo mais necessário à perfeita execução dos serviços.

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AISETUP Normas e procedimentos ambiental ATU ALIZAÇAO:29/09/O0 AOA9 ,i AGETOP 1 para empreendimentos rodoviários i

ISMA-13 INSTRUÇÕES DE SERVIÇOS AMBIENTAIS: REABILITAÇÃO AMBIENTALDE ÁREAS INCLINADAS ATRAVÉS DO PLANTIO DE GRAMÍNEAS E

LEGUMINOSAS POR HIDROSSEMEADURA

1 - GENERALIDADES

Esta especificação se aplicará a revegetação de áreas inclinadas,especialmente, os taludes de cortes e aterros, através do plantio da consorciação desementes de gramíneas e leguminosas perenes pelo processo de hidrossemeadura.

Entende-se por hidrossemeadura o processo de plantio por jateamento desementes misturadas com adubos minerais, massa orgânica e adesivos, utilizando aágua como veiculo.

Em função das superfícies dos solos a hidrossemear, as espécies vegetais aserem utilizadas deverão se caracterizar por:- agressividade e rusticidade;- rápido desenvolvimento;- fácil propagação; baixo custo de implantação;- pouca exigência nas condições dos solos;- pouca exigência nos cuidados de manutenção.

Da mesma forma que na ISMA-12 "Reabilitação Ambiental de áreas planas oupouco inclinadas, aplicam-se na presente especificação, as observações erecomendações apresentadas no item 1 - "Generalidades" e item 2 - "Objetivo"daquela especificação.

2 - MATERIAIS

As sementes a serem utilizadas deverão conter referências à porcentagem depureza e ao poder germinativo. A seleção das espécies baseou-se em critérios deadaptabilidade edafoclimática, rusticidade, capacidade de reprodução e perfilhamento,velocidade de crescimento e facilidade de obtenção de sementes.

As espécies selecionadas pertencem a duas famílias botânicas, Gramineae eLeguminoseae que, devido à similaridade quanto às características de interesse, serãodescritas assim e agrupadas conforme relação a seguir, ressaltando-se que os estudosedafopedológicos são os melhores indicadores para seleção das espécies, conformeapresentado na ISMA-12, item 3 - Materiais e item 5 Execução, especialmente 5.1 -Análise edáfica e pedológica do solo.

Considerando a disponibilidade do comércio, grupa-se na consorciação daordem de 3 a 4 tipos de sementes de gramíneas e 3 a 4 tipos de sementes deleguminosas, as quais se completam quanto às características botânicas e visuaisplanejadas.

2.1- GRAMíNEAS

Espécies selecionadas: Branquiária humidícola, decumbens ou brizantha.Paspalum notatum (grama Batatais)Axonopus obtuzifolius

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109100 PAGINA801153para empreendimentos rodoviarios | l l

Eragrostis curvula (capim chorão)Melinis minitiflora (capim gordura ou meloso)Lolium multiflorum (azevém)Setária anceps (capim sectária)Características de Interesse: apresentam crescimento rápido, baixa exigência

em fertilidade do substrato e alta capacidade de perfilhamento. Contribuição para aestabilidade do sistema através do fornecimento de matéria orgânica, devido à suagrande capacidade de produção de material vegetativo.

2.2 - LEGUMINOSAS

Espécies selecionadas: Pueraria phaseoloides (Kudzu tropical)Calopogonium muconoides (calopo)Cajanus cajan (Feijão guandu)Centrocema pubescens (Centrosema)Estizolobium anterrunum (mucuna)Características de Interesse: apresenta alta capacidade reprodutiva, baixa

exigência em fertilidade e melhoram as características do substrato através da fixaçãobiológica de nitrogênio atmosférico. Devido às características de desenvolvimento dosistema radicular, favorecem a captação e reciclagem de nutrientes, presentes emcamadas mais profundas do perfil.

2.3 - DIMENSIONAMENTO DA MISTURA E CARGA DE APLICAÇÃO

A mistura a ser aplicada será aqui dimensionada para 5.000 litros de água,correspondente à carga de aplicação para 1.800 m2 de superfície de talude.

Os valores de utilização de insumos são a seguir relacionados na forma deorientação básica, podendo sofrer adequações durante o processo de execução sesurgirem limitações que as recomendam, bem como os estudos de análise do soloedefo-pedológicos conforme recomendação da ISMA-12- Reabilitação Ambiental deáreas planas ou pouco inclinadas no item 5.P - Execução e em especial 5.1 - "Análisedo Solo", são os procedimentos corretos para o dimensionamento da mistura.

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AG3 ETO P INormas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO.29/091(0 PAGINA81/153AGETOP para empreendimentos rodoviários 1 l 1

Volume ou peso de sementes e fertilizantes para 5.000 litros de água, correspondenteà carga de aplicação para 1800 m2 de talude.

Elementos da Mistura Volume Peso (kg)(litros)

Esterco de galinha 25Biostab (adesivo) 70

Biohum (nistura orgânica) 220Biomulch (protetor superficial) 220

Sulfato de amônia 27Cloreto de potássio 27Superfosfato simples 54Sementes de azevém 18

Semente de brachiaria 18

Sementes de gordura 18

Sementes de setária 18Sementes de feijão guandu 10Sementes de calopogônio 10Sementes de mucuna 10_

3 - EQUIPAMENTOS

Será empregada máquina hidrossemeadura, cujo aspecto externo é o de umcaminhão-pipa convencional, de potência 100 a 120 CV, com as seguintes diferenças:um eixo girador (agitador) em seu interior, com a finalidade de homogeneizar amistura;uma bomba rotativa de alta pressão, de 2.500 rpm, de rotor aberto.

4- EXECUÇÃO

A hidrossemeadura consiste nas seguintes operações:- preparo do solo e fertilização;- preparo do material (ou mistura);- plantio ou aplicação da mistura,- Irrigação.- adubação de cobertura após 60 dias do plantio.

O preparo do solo, nos casos de hidrossemeadura, consiste basicamente emexecutar ranhuras, com ferramenta manual, no sentido horizontal do talude parapromover a adesão da mistura no talude, bem como sobre superfícies em que ascondições físicas sejam extremamente restritivas.

Em áreas inclinadas extensas, com ausência de bermas (erosõesreconformadas), deve-se promover a confecção de terraços com base de 1 m edeclividade de 5 %, como forma de proteção contra o "runoff" da mistura.

O preparo do material ou da mistura deverá estar de acordo com a fórmulabásica, indicada no item 6.1.2. Qualquer outra fórmula similar poderá ser utilizadadevidamente justificada e de comum acordo entre a CONTRATADA e a Supervisão,com a aprovação da FISCALIZAÇÃO da AGETOP.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA82/153I para empreendimentos rodoviáriaos l

ISMA-14 REABILITAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS PLANAS OU POUCOINCLINADAS, PARA REFORÇO OU REVIGORAMENTO DA REVEGETAÇÃO,

ATRAVÉS DO PLANTIO DE ÁRVORES E ARBUSTOS

1 - GENERALIDADES

Esta especificação se aplicará a revegetação de áreas pouco inclinadas,especialmente, banqueta de taludes de cortes ou aterros, áreas de bota fora, áreas dejazidas de solos ou cascalho, objetivando o reforço ou revigoramento vegetativoexistente, resultado de reabilitação ambiental espontânea por força da biotacircundante, através do plantio de árvores e arbustos em covas devidamenteadubadas.

Objetiva este plantio, a reconstrução panorâmica da faixa estradal ou áreaslindeiras, respeitando-se os princípios visuais e estéticos recomendados peloAGETOP em suas especificações sobre paisagismo, especialmente as barreirasarbóreas vivas coloridas nas partes externas das curvas, as escalonadas nas caixasde empréstimo, as interceptantes visuais ao longo de extensas tangentes. Da mesmaforma que a revegetação herbácea, o plantio de árvores e arbustos é processo naturalde combate às erosões, embora mais lento, entretanto mais duradouro e eficaz aolongo do tempo, além do custo unitário mais reduzido.

Acrescentar-se-ão as características anteriormente mencionadas, areintegração da rodovia à paisagem lindeira, preservando o patrimônio bióticoregional, associado à sinalização viva do corpo estradal.

Sumarizando os objetivos do projeto de Revegetação Arbustiva e Arbórea,define-se no mesmo os parâmetros para o tratamento paisagístico, a seleção elocalização das espécies vegetais necessárias ao plantio de extensas áreas na faixade domínio e fora do mesmo, conjugado à implantação permanente de sistemaradicular profundo muito eficiente no combate a erosões.

Este sumário dos objetivos anteriormente mencionados poderão ser grupados,como a seguir se nomeia:- As características ambientais e paisagísticas da região onde se insere a rodovia

(área de influência direta).- Condições específicas de solo e de alteração da topografia original acarretada pelo

corpo estradal.- Exigências de comunicação visual almejada pela segurança rodoviária,

caracterizada pelo nível de sinalização verde e criação de barreiras visuais.- Possibilidade de propiciar proteção contra vento, propagação de ruídos,

ofuscamentos noturnos e proteção a áreas de interesse especifico.- Ampliação das áreas revegetadas, espontâneas ou induzidas, dando continuidade

às matas/capoeiras remanescentes na faixa de domínio ou externa à mesma,propiciando condições para a recolonização espontânea da fauna terrestre afetadapela construção da rodovia.

Recomenda-se o plantio arbóreo próximo as divisas laterais da faixa dedomínio, com largura máxima de 10 m (lado direito e esquerdo) criando uma faixa decerca viva da rodovia, completando-se a faixa de domínio nas áreas carentes derevegetação com o plantio de arbustivas.

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As ETo p Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA83/153I para empreendimentos rodoviários l

Da mesma forma as áreas planas das banquetas dos taludes dos cortes ouaterros, bermas de equilíbrio e especialmente nos pés dos taludes dos aterros, asarbustivas plantadas criarão por intermédio de suas raízes forte estrutura para ocombate ao processo erosivo.

A massa vegetal arbustiva fornecerá o colorido à faixa de domínio, criandomatizes diferenciadas do restante da vegetação.

Para se alcançar os objetivos almejados, é necessário à implantação de hortosflorestais ou viveiros para permitir a adaptabilidade das espécies importadas, comotambém a reprodução das espécies nativas da região.

A localização destes hortos florestais será estratégica, apoiando-selogisticamente nas residências da AGETOP, distribuídas ao longo dos trechos, demodo a permitir sequência de manutenção paisagística após a conclusão dos serviçosde plantio.

d A reconstituição das matas ciliar junto aos ribeirões e córregos será os objetivosdo paisagismo planejado para o trecho rodoviário.

2 - MATERIAIS

A obtenção das espécies poderá ser através do cultivo de viveiros que possamser implantados próximo às obras ou adquiridas de fornecedores especializados.

Foram indicadas no item 5 desta especificação, para fins de orientação básicauma relação de espécies nativas e exóticas. Entretanto a análise do solo e oplanejamento das características botânicas necessárias ao paisagismo, facilidade deaquisição de mudas são os melhores indicadores na seleção das espécies.

3- EXECUÇÃO

O plantio de mudas das espécies arbustivas e arbóreas obedecerá às seguintesorientações:

- densidade de plantio e distribuição espacial de acordo com o projetopaisagístico;

- execução do plantio (especificação das covas);- adubação mínima por cova;- plantio da muda;- irrigação;- época do plantio;- adubação folhear ou de cobertura.

O espaçamento mínimo para as espécies arbóreas deverá ser de 5m x 5m ou 25m2/cova (400 covas/hectare), mas, se possível, com uma distribuição mais ou menosaleatória no tocante às espécies, entretanto, obedecendo-se ao planejamentopaisagístico quanto à formação de bosques.

As espécies arbustivas deverão ser plantadas com espaçamento mínimo de 3 m x 3m ou 9 m2/cova (1.100 covas/hectare), também distribuídas aleatoriamente quanto àsespécies, mas no planejamento visual desejado.

A execução de o plantio dever ser realizada em covas de 0,60 m x 0,60 c x 0,60 m,preparadas com pelo menos 20 dias de antecedência. Cada cova terá uma adubaçãomínima, como a descrita abaixo, como simples orientação básica, entretanto, adosagem correta de adubação deverão seguir o que se recomenda a análise edafo-pedológica do solo:

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A AGETOP P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/091OO I PAGINA84/153paraempreendimentos rodoviários

- 150 g de calcário;- 120 g de adubo químico - fórmula 10-20-10 (NPK) + 5 % de S +

micronutrientes (Zn e B);- 1000 g de adubo orgânico como torta de mamona ou estercos de curral ou

de galinheiro curtidos;- mistura com solo retirado da cova e preparado 30 dias antes do plantio das

mudas;- se usar solo vegetal, o desenvolvimento das mudas será mais rápido.

Deverá ser feita uma irrigação mínima de 5 litros/cova, nas horas frescas do dia.até o pegamento das mudas.

A época ideal de plantio é entre outubro e abril. Na implantação dos viveiros, orecolhimento e o plantio das mudas deverão ser realizados de julho a setembro,quando as plantas apresentam uma grande reserva de seiva.

4- CONTROLE

Os serviços serão controlados visualmente pela FISCALIZAÇÃO.

5 - RELAÇAO DAS ESPÉCIES ARBOREAS E ARBUSTIVAS

Em obediência aos condicionantes de ordem ecológica, as espécies vegetaisnativas devem ser preferidas às exóticas, de modo a manter a similaridade dafisionomia típica da região, com a da micropaisagem criada neste projeto.

A seguir são apresentadas as espécies arbóreas e arbustivas recomendadaspara a composição da cobertura vegetal das áreas selecionadas na faixa de domínio enas áreas de externalidades, conforme o cadastramento das mesmas.

Quadro das arbustivas

Denominação Popular Nome Científico AplicaçãoAzaléa Rhododendron simsii BQ, BADracena Dracaena deremensis BQ, BAJasmim Jasminum nudiflorum BQ BAMagnólias Magnolia spp BQ. BAUvarana Dracaena congesta BQ. BA

Obs.: Taludes de corte - TC; Taludes de aterro - TA; Banquetas - BQ; Berma de Aterro- BA

Além destas arbustivas, em função das espécies nativas na região, poderão sermencionadas as seguintes:Bambuzinho ou caniço, Bela Emilia, Bouquet de Noiva, Budleia, Camélia, Dois Amigos,Estremosa, Flor de Coral, Flor de maio, Graxa de Estudante, Ixcora, Jasmim do Cabo,Justicia, Malpighia e Manacá.

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AS ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109100 PAGINA85/153para empreendimentos rodoviarios

[Denominação Popular Nome Cientifico AplicaçãoAcacia-negra Acacia meamnsli BF, AE, CO, ET, JZBracantinga Mimosa scabrella BF, AE, CO, ET, JZQuaresmeira Tibouchina sellowiana BF, AE, CO, ET, JZCanela-guaicá Ocotea puberula BF, AE, CO. ETCanela-imbuia Nectandra megapotamica BF, AE, CO, ETCanela-sassafrás Ocotea porosa BF, AE, CO, ETCanela-nhutinga Cryptocarya aschersoniana BF, AE, CO, ETJacatirão, pixirica Miconia cinnamomifolia BF, AE, CO, ET, JZPitanga Eugenia unitlora BF, AE, CO, MCGuabiroba Camnpomanesia xanthocarpa BF, AE, CO: MCPau-de-bugre Lithraea brasiliensis BF, AE, CO, ET, JZCapororoca Myrsine ferruginea BF, AE, CO, ETPinheiro-do-Paraná, araucária Araucaria angustifolia BF, AE, COPinheiro-bravo Podocarpos lambertii BF, AE, CO, ET, JZErva-mate Ilex paraguariesnsis BF, AE, CO, ET, JZLeiteiro Saplun glandulatuni BF, AE, CO, ET. JZLeucena Leucaena leucocephala BF, AE, CO, ET. JZIpes Tabebuia spp. BF, AE, CO, ET, MCCafezeirodo-mato Caesearia sylvestris BF, AE, CO, ETCedro Cedrela fissilis BF AE, CO, ETMiguel-pintado Matayba elaeognoides BF AE, CO, ETGuapuruvu Schvzolobium parahvba BF, AE, CO. ETBocuva Virola oleifera BF, AE, CO, ETLaranjeira-do-mato Sloanea guianensis BF, AE, CO, ETPeroba Aspidosperma olivaceum BF, AE, COFigueiras Ficus spp. . MCPau-sangue Pterocarpus violaceus MClngás iga spp MC

Obs.: Bota-foras - BF; Areas de empréstimos - AE; Canteiros de obras desativados - CO;Estradas, caminhos e trilhas de serviço - ET; Cabeceiras de pontes e matas ciliares alteradas-MC.

Em função das espécies nativas na região, podem ser citadas as seguintesárvores:+ Árvores Nativas: Alecrim do Campo, Sibipiruna, Pau-Ferro, Pau Brasil, Paineira,

Grevilea, Cinamomo.

* Árvores Exóticas: Aroeira, Unha de Vaca, Cássia imerial, Espatodea, Flamboyant.

Ressalta-se a importância do conhecimento das espécies regionais disponíveisnos viveiros ou hortos florestais, bem como o convênio de fornecimento ou parceriacom aquelas entidades que dispõe das espécies já desenvolvidas, em condições deplantio.

6- MEDIÇÃO

A medição dos serviços será efetuada por muda efetivamente plantada ecomprovadamente estabelecida, a critério da FISCALIZAÇÃO.

A medição será feita em três etapas:a) após o término do plantio mudas de cada área liberada e aprovada pela

FISCALIZAÇÃO;b) após a germinação de 70% (setenta por cento) das espécies nas referidas

áreas,c) após a germinação de 100% (cem por cento) das mudas nas referidas

áreas.

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Normas e procedimentos ambientalpara empreendimentos rodoviários ATUALIZAÇAO:29/09/0O PAGINA86/153

7- PAGAMENTO

O pagamento será efetuado em parcelas de acordo com as medições referidasacima da seguinte forma:

- 30% (trinta por cento) das mudas correspondentes, logo que atendida aexigência da alínea "a" do item acima;

- 50% (cinquenta por cento) da área correspondente, logo que atendida aexigência da alínea "b" do item acima;

- 20% (vinte por cento) da área correspondente, logo que atendida aexigência da alínea "c" do item acima.

Será efetuado pelo preço unitário contratual que remunera a utilização deequipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte das espécies, aberturas dascovas, plantio e replantio das mudas, materiais utilizados, todas as operaçõesnecessárias para sua execução, utilização de defensivos e herbicidas, seguros,equipamentos de proteção individual, uniformes, alojamentos e refeições, transportede pessoal, mão-de-obra e encargos e tudo mais necessário à perfeita execução dosserviços.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/0900 I PAGINA87/1531 para empreendimentos rodoviáriaos

ISMA-15 INSTRUÇÕES DE SERVIÇOS AMBIENTAIS: RECUPERAÇÃO DE MATASCILIARES E DE GALERIA

1 - GENERALIDADES

O método para recuperação da vegetação de matas ciliares e/ou degaleria (vegetação ao longo dos cursos d'águas), utiliza-se do modelopreconizado por Macedo at alIi (1993).

Esse modelo para revegetação é constituído por unidades contendo 13plantas, em forma de cruzeiro, sendo que, 08 (oito) plantas são as pioneirasdistribuídas nas bordas da unidade e 05 (cinco) não pioneiras, no interior dosistema, sendo que, das cinco, no é plantado uma espécie climácica que ficacircundada por 04 (quatro) secundárias.

A vantagem desse modelo é o controle individual do comportamento dasespécies não pioneiras da parte central da unidade, notadamente por parte dasclimácicas.

Diagrama de distribuição de mudas

P 2 Pl Pl - primáriasSE -secundárias

pi Pi CL - climácicasP1 PI

Pi

2 - MATERIAIS

A obtenção das espécies poderá ser através do cultivo de viveiros que possamser implantados próximo às obras ou adquiridas de fornecedores especializados.

Foram indicadas no item 5 desta especificação, para fins de orientação básicauma relação de espécies nativas. Entretanto a análise do solo e o planejamento dascaracterísticas botânicas necessárias ao paisagismo, facilidade de aquisição de mudassão os melhores indicadores na seleção das espécies.

3 - EXECUÇÃOO plantio de mudas das espécies arbustivas e arbóreas obedecerá às seguintes

orientações:- Densidade de plantio e distribuição espacial de acordo com o projeto

paisagístico;- Execução do plantio (especificação das covas);- Adubação mínima por cova;- Plantio da muda;- Irrigação;- Época do plantio;- Adubação folhear ou de cobertura.

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AG ETo P I Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO 29/09/00 PAGINA881153para empreendimentos rodoviários l l l

O espaçamento mínimo para as espécies arbóreas deverá ser de 5m x 5m ou 25m2lcova (400 covaslhectare), mas, se possível, com uma distribuição mais ou menosaleatória no tocante às espécies, entretanto, obedecendo-se ao planejamentopaisagístico quanto à formação de bosques.

As espécies arbustivas deverão ser plantadas com espaçamento mínimo de 2,5 m x2,5 m ou 9 m2 /cova (1.600 covas/hectare), também distribuídas aleatoriamente quantoàs espécies, mas no planejamento visual desejado.

A execução de o plantio dever ser realizada em covas de 0,60 m x 0,60 c x 0,60 m,preparadas com pelo menos 20 dias de antecedência. Cada cova terá uma adubaçãomínima, como a descrita abaixo, como simples orientação básica, entretanto, adosagem correta de adubação deverão seguir o que se recomenda a análise edafo-pedológica do solo:

- 150 g de calcário;- 120 g de adubo químico - fórmula 10-20-10 (NPK) + 5 % de S +

micronutrientes (Zn e B);- 1000 g de adubo orgânico como torta de mamona ou estercos de curral ou

de galinheiro curtidos;- Mistura com solo retirado da cova e preparado 30 dias antes do plantio das

mudas;- Se usar solo végetal, o desenvolvimento das mudas será mais rápido.

Deverá ser feita uma irrigação mínima de 5 litros/cova, nas horas frescas do dia atéo pegamento das mudas.

A época ideal de plantio é entre outubro e abril. Na implantação dos viveiros, orecolhimento e o plantio das mudas deverão ser realizados de julho a setembro,quando as plantas apresentam uma grande reserva de seiva.

4- CONTROLE

Os serviços serão controlados visualmente pela FISCALIZAÇÃO.

5 - RELAÇÃO DAS ESPÉCIES ARBOREAS E ARBUSTIVAS

Em obediência aos condicionantes de ordem ecológica, as espécies vegetaisnativas devem ser preferidas às exóticas, de modo a manter a similaridade dafisionomia típica da região, com a da micropaisagem criada neste projeto.

As espécies recomendadas para a composição da cobertura vegetal das áreasa serem recuperadas são:

Quadro 15.1 - Relação das espécies pioneiras, secundárias e climácicas parautiliza ção na recuper ção da vegetação de matas ciliares e de galeria

Tipo Nome científico Nome popularPioneira Acacia polyphylla Monjolo

Trema micrantia Candiúba

Cróton urucurana Sangra d'água

Inga uruguensis Ingá-de-sapo

Secundárias Platypodium elegans Jacarandá-canzil

Luehea grandiflora Açoita-cavalo

Vitex polygama Turumã

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ACGETCOP Normas e procedimentos ambientai ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA89/153| para empreendimentos rodoviários | Ç

Anadenanthera falcata Angico-preto

Myroxylon peruiferum Bálsamo

Cedrela fissilis Cedro

Climácicas Copaifera langsdorffii Pau d'óleo

Apuleia leiocarpa Garapa

Hymenaea courbaril Jatobá

Entorolobium contortisiliquum Tamboril

Tabebuia impetiginosa Ipê roxo

Tabebuia vellosoi Ipê amarelo

Cariniana estreíiensis Jequitibá

Aspidosperma culindorcarpon Peroba

6- MEDIÇÃO

A medição dos serviços será efetuada por muda efetivamente plantada ecomprovadamente estabelecida, a critério da FISCALIZAÇÃO.

A medição será feita em três etapas:d) Após o término do plantio mudas de cada área liberada e aprovada pela

FISCALIZAÇÃO;e) Após a germinação de 70% (setenta por cento) das espécies nas referidas

áreas,f) Após a germinação de 100% (cem por cento) das mudas nas referidas

áreas.

7- PAGAMENTO

O pagamento será efetuado em parcelas de acordo com as medições referidasacima da seguinte forma:

- 30% (trinta por cento) das mudas correspondentes, logo que atendida aexigência da alínea "a" do item acima;

- 50% (cinquenta por cento) da área correspondente, logo que atendida aexigência da alinea "b" do item acima;

- 20% (vinte por cento) da área correspondente, logo que atendida aexigência da alínea "c" do item acima.

Será efetuado pelo preço unitário contratual que remunera a utilização deequipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte das espécies, aberturas dascovas, plantio e replantio das mudas, materiais utilizados, todas as operaçõesnecessárias para sua execução, utilização de defensivos e herbicidas, seguros,equipamentos de proteção individual, uniformes, alojamentos e refeições, transportede pessoal, mão-de-obra e encargos e tudo mais necessário à perfeita execução dosserviços.

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:290900 PAGINA90153paraempreendimentos rodoviários l l Nl

Anexo

Recomendação para elaboração de estudos ambientaisPlano de Controle Ambiental (PCA)

1 - Objetivo

Com base no diagnóstico ambiental do Relatório de Controle Ambiental (RCA),deverão ser detalhados os serviços de proteção, controle do meio ambiente e o Planode Controle Ambiental (PCA), incluindo o programa de recuperação de áreasdegradadas, representadas por empréstimos, bota-foras, jazidas, etc., segundo asnormas vigentes da AGÊNCIA AMBIENTAL e do Conselho Estadual de MeioAmbiente. Assim, os serviços de proteção deverão se constituir de soluções quegarantam as seguintes recomendações:* As jazidas de argila, pedreiras, cascalheiras, areais, acampamentos de obras e

caminhos de serviço não poderão ser localizados nas áreas onde ocorramassociações vegetais expressivas, bem como monumentos naturais (sítiosarqueólogos, espeleológicos, paleontológicos, etc.) observando a legislaçãovigente;

, Os cortes e aterros deverão ser executados de forma a garantir sua estabilidade,não comprometendo maciços adjacentes, considerando seus sistemas dedrenagem;

- As áreas de empréstimo e de bota-fora de quaisquer natureza deverão serutilizadas de forma a não comprometer o local onde forem realizadas estasintervenções, sobretudo os sistemas de drenagem natural dos terrenos;D Deverá ser executada a recomposição da vegetação, com espécies adequadas, nostaludes de cortes e aterros, nas áreas de empréstimo, nos bota-fora, nas áreas dejazidas e pedreiras;tOs sistemas de drenagem deverão conter os dispositivos necessários de forma agarantir a estabilidade quanto à erosão hídrica no leito estradal, nos pontos delançamentos ou dos corpos receptores,

* As obras de arte correntes e especiais deverão garantir as condições deescoamentos e de estabilidade dos talvegues e dos leitos dos cursos d'águatranspostos;

* As obras deverão ser executadas evitando-se ao máximo a eliminação oudanificação da vegetação existente na faixa da rodovia, principalmente árvores earbustos;

* Na transposição de áreas urbanizadas, deverá ser dada atenção especial àsegurança de pedestres e usuários, no que se refere à sinalização, aos dispositivosde segurança o aos dispositivos de drenagem.

* Deverá ser realizada limpeza do refugo das obras.

Canteiro de Obras:

Identificação do Local: A escolha do local deverá ser, de preferência, em áreasda Prefeitura, para uma posterior utilização da comunidade (escola, posto de saúde,etc.). O local escolhido deverá estar sempre do lado da cidade em relação ao eixo darodovia, tendo em vista a não travessia desta:

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA:2910910 PAGINA91115jpara empreendimentos rodoviários ATLZÇO290/O PGN1/5

* Padrão de Construção: Conforme especificação da AGETOP;* Desmontagem das Edificações do canteiro de obras: só será executada com ordem

por escrito da Fiscalização, caso não seja de interesse da contratante que fiquecomo obra para fim social (escola, posto de saúde, etc.).

2 - Roteiro para elaboração do Projeto de Meio Ambiente

2.1 - Plano de Controle Ambiental (PGA)

2.1.1 Programas de Implantação de Medidas Otimizadas.

Neste item deverão ser detalhados, dimensionados e orçados os programas quevisam otimizar os impactos identificados, nas quais deverão constar:* Sua natureza: preventivas ou corretivas,* Fase do empreendimento que deverão ser adotadas;* O fato ambiental a que se destina-. físico, biótico ou sócio-econômico;* Prazo de permanência de sua aplicação: curto, médio ou longo;* Equipes, materiais e equipamentos necessários;• Responsabilidade pela sua implementação: empreendedor, poder público ou outro.

Deverão ser destacados os impactos adversos que não possam ser evitados oumitigados justificando-os.

2.1.2 Programas de monitoramento dos impactos ambientais

Neste item deverão ser detalhados, dimensionados e orçados os programas deacompanhamentos das evoluções dos impactos ambientais positivos e negativoscausados pelo plano/programa, considerando as fases de implantação e operação,compreendendo:• Indicação e justificativa dos parâmetros selecionados para avaliação dos impactos

sobre cada um dos fatores ambientais considerados;• Indicação e justificativa da rede de amostragem, incluindo seu dimensionamento;* Indicação e justificativa dos métodos de coleta e análise de amostras;* Definição de equipes, materiais e equipamentos necessários;* Indicação e justificativa da periodicidade de amostragem para cada parâmetro,

segundo os diversos fatores ambientais;* Indicação e justificativa dos métodos a serem empregados no processamento das

informações levantadas, visando retratar o quadro de evolução dos impactosambientais causados pelo empreendimento;

Responsabilidade por sua implementação: empreendedor, poder público ououtro.

2.1.3 Desenvolvimento e Implantação do Plano de Controle Ambiental

a) O Plano de Controle Ambiental comporá um documento que subsidiará a licitaçãode obras;

b) A empreiteira responsável pela construção do empreendimento rodoviário manterá,nos itens de sua responsabilidade, equipe devidamente capacitada para suaimplementação;

c) Os itens não dependentes da construtora serão objeto de contratação, parcerias,convênio, etc., para sua implementação;

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/00 1 PAGINA92/153I para empreendimentos rodoviários |

d) Caberá a AGETOP estipular os parâmetros administrativos para atendimento aoitem C.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA93/153para empreendimentos rodoviários I

Estudos AmbientaisPlano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)

1. Dados da empresa responsável pelo PRADRazão Social;Endereço;CGC;Nome, cargo, telefone e fax do diretor da empresa.

2. Dados da empresa responsável pelo empreendimento

Razão Social:Endereço:CGC:Nome, Cargo, telefone e fax do responsável na instituição.

3. Equipe técnica responsável pelo estudo

Nome do profissional;Formação e registro profissional;Áreas de responsabilidade no projeto.

4. Introdução

Breve introdução visando apresentar o projeto e a empresa responsável.

5. Caracterização da área

Caracterização da área, com mapa de localização, descrição do meio físico e davegetação em áreas ainda intactas, descrição do material explorado. detalhes daforma de exploração. Incluir seção-tipo da área.

6. Estabilidade dos taludes

Descrição da situação atual dos taludes e o que será feito para sua recuperação(altura, inclinação, altura de banquetes, etc.).

a) Taludes de corte;b) Estabilizações das áreas de bota-fora.

7. Sistema de Drenagem

Descrição detalhada do sistema de drenagem a ser implantado.

8. Revegetação das áreas degradadas

a) Revegetação dos taludes de corte,b) Revegetação dos taludes de bata-fora,c) Revegetação das áreas circulação e acessos-,

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AG ETOP P Normas e procedimentos ambiental j ATUALIZAÇA0:29/09/00 j PAGINA9411531 ~~~~~1 para empreendimentos rodioviários ATAIAA:90/O jPGN9/5

d) Revegetação dos cordões de proteção;e) Qualidade das mudas;f) Manutenção sobre os plantios efetuados.

9. Outra utilização da área

10. Cronograma de execução

11. Documentação fotográfica

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental fATUALIZAÇAO:2910900 PAGINA95/153para empreendimentos rodoviários I INI

Relatório de Controle Ambiental - RCA

O enfoque conceitual e metodológico a ser adotado para o Relatório deControle Ambiental - RCA, deverá atender a legislação estadual relativa a estudosambientais e será estruturado da seguinte forma-.

a) O EmpreendimentoA atividade modificada do meio ambiente proposta, ou seja, o melhoramento e a

pavimentação em estradas existentes, deverá ser caracterizada como um elementoantrópico inserido na paisagem e vista, não só como um conjunto de serviços e açõesconstrutivas, mas também como um elemento indutor de desenvolvimento.

Portanto, deve ser indicada a localização de obra no Estado; as características.do seu empreendedor; seus objetivos e justificativas- sua compatibilidade com planose programas de ação federal, estadual e municipal; e finalmente, os elementos básicosdo projeto de engenharia, sendo destacadas as possíveis alternativas de projeto.

b) Diagnóstico Ambiental da Área do EmpreendimentoDeverá ser feita a caracterização ambiental atual da área, incluindo os meios

físicos, biótico e sócio-econômico-cultural, contendo informações básicas sobre ageologia, pedologia, geomorfologia, clima, hidrogeologia, fauna e flora (terrestre eaquáticas), indicação dos cursos d'água acesso, assentamentos populacionais,industriais, atividades agropecuárias, uso e ocupação do solo, e infra-estrutural local.

c) Impactos Ambientais Provocados pelo EmpreendimentoDeverão ser identificados e avaliados os impactos ambientais potenciais do

projeto, considerados como os "efeitos" de suas ações nas fases de implantação eoperação sobre os meios físicos, biótico e sócio-econômico devendo ser definida a suaárea de influência.

Para os impactos potenciais negativos deverão ser indicadas medidasmitigadoras, que possam corrigi-los ou diminuir ou mesmo anular a possibilidade desua ocorrência. Estas medidas deverão ser apresentadas e classificada, comopreventivas, corretivas e compensatórias, definindo em qual fase do empreendimentoem que deverão ser adotadas- em qual fator ambiental se destinam- e qual o prazo depermanência de sua aplicação, a quem se deve à responsabilidade por suaimplementação.

d) Avaliação de Ocorrência de AcidentesDeverá ser avaliada a possibilidade de ocorrência de acidente durante a obra e

o funcionamento do empreendimento, seus efeitos e os sistemas/procedimentosdestinados a prevenir a ocorrência de tais eventos.

e) Monitoração AmbientalConcluído o RCA, deverá ser apresentado um programa de acompanhamento

da evolução dos impactos ambientais e como garantia da eficácia da aplicação dasmedidas mitigadoras propostas para os impactos mitigáveis.Este programa constará de atividades destinadas a efetuar o acompanhamento nasdiversas etapas das obras de execução como também durante a operação da via.

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Normas e procedimentos ambiental| AG ETo P | para empreendimentos rodoviários ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA96/153

f) Relação beneficiolcusto do empreendimentoDeverá ser realizada uma análise quantitativa dos custos e benefícios

ambientais decorrentes da implantação do empreendimento.

g) Passivo ambientalDeverá ser realizado levantamento do passivo ambiental existente ao longa da

rodovia em estudo.

h) As Etapas de TrabalhoAs etapas para elaboração dos trabalhos deverão seguir a sequência:

1 a. Levantamento de documentação e contatos em órgãos públicos;2a. Análise dos documentos levantados;3'. Trabalho de campo;48. Reunião com projetista;5a. Elaboração dos documentos;6a. Editoração.

Observações:

1. Deverão ser apresentados os quantitativos dos serviços de proteção ao meioambiente, para análise da Fiscalização, antes de serem concluídas todas as etapas deserviços.

2. Deverão ser apresentados fotografias, relativas aos locais passíveis de proteção.As áreas dos trabalhos deverão ser delimitadas nessas fotografias.

3. Deverão ser quantificados os serviços destinados à proteção ao meio ambiente,conforme relação "Quantitativos de Serviços para proteção ao Meio Ambiente".

4. Os serviços de proteção e controle de meio ambiente deverão ser executadosconforme especificações próprias da AGETOP.

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AG ETO3P Normas e procedimentos ambiental AULZÇO.9010 PGN915

para empreendimentos rodoviários | ÇA29 l 3

Quadro quantitativos de serviços para proteção ao meio ambiente

Especificação Unidad Quantidade Custos (R$ 1,00)specimcaçao ~~~~e unitário TotalEstocagem da camada vegetal de caixas de m2empréstimo e jazidasConformação das áreas das caixas de empréstimos m2e azidas, (inclusive pedreiras).Conformação e proteção dos locais de bota-fora m2(inclusive de pedreiras)_Reposição de camada vegetal em caixas de m 2_empréstimos e jazidasRevestimento vegetal pelo transplante local de m 2

Revestimento vegetal com grama em touceiras m'Reivestimento vegetal com grarna em placas mTransporte de grama m __

Revestimento vegetal por hidrossemeadura m2Revestimento vegetal por semeadura manual mZArborização m'Revestimento de talude com solo-cimento miRevestimento de talude com material betuminoso miRevestimento de talude com argamassa de cimento mir-Revestimento de talude com placa de concreto mzCanteiro de obrasmHidrossemeaduram

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AIS ETO3 P Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO:29I09100 PAGINA981153para empreendimentos rodoviarios I I

Legislação Ambiental

1 - LEI No 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981

Dispõe sobre a Politica Nacional do Meio Ambiente,seus fins e mecanismo de formulação e aplicação, e dáoutras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. l1 - Esta Lei, com fundamento nos incisos Vi e Vil do art. 23 e no art. 225 daConstituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins emecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do MeioAmbiente - SISNAMA e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.

DA POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 2° - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, noPaís, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurançanacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meioambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido,tendo em vista o uso coletivo;

Il - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;e largura;

1I1 - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;

V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

Vi - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional ea proteção dos recursos ambientais;

Vil - recuperação de áreas degradadas;

IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação dacomunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meioambiente.

Art. 30 - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordemfísica, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

Il - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características domeio ambiente;

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09/00 PÁGINA99/153I para empreendimentos rodoviários l l l

111 - poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que diretaou indireta:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientaisestabelecidos.

IV - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;

V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas,os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera.

DOS OBJETIVOS DA POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 40 - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação daqualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

11 - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e aoequilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do DistritoFederal, dos Territórios e dos Municípios;

111 - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normasrelativas ao uso e manejo de recursos ambientais;

IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para ouso racional de recursos ambientais;

V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados einformações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidadea necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico.

Vi - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilizaçãoracional e disponibilidade permanente, concorrendo para manutenção do equilíbrioecológico propício à vida;

Vil - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizaros danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursosambientais com fins econômicos.

Art. 50 - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formulados emnormas e planos, destinados a orientar a ação dos Governo da União, dos Estados, doDistrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com apreservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico,observados os princípios estabelecidos no artigo 20 desta Lei.

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Normas e procedimentos ambientalAG ETO P par em .edmno r ...ãio ATUALIZAÇAO:29/09/00 I PAGINA100/153I ~~~~I para empreendimentos rodoviáriosI

Parágrafo Único - As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas emconsonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente.

DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 60 - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dosterritórios e dos Municípios, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público,responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o SistemaNacional do meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:

I - Órgão Superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidenteda República, na formulação da políticaa nacional e nas diretrizes governamentaispara o meio ambiente e os recursos ambientais;

11 - Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente -CONAMA, com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo,diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais edeliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com omeio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;

111 - órgão Central: o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e daAmazônia Legal, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar,como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para omeio ambiente;

IV - Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão federal, apolítica e diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;

V - órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da Administração PúblicaFederal Direta ou Indireta, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público,cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental ouàquelas de disciplinamento do uso de recursos ambientais.

Vi - órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execuçãode programas, projetos e pelo controle e fiscalização das atividades capazes deprovocar degradação ambiental;

Vil - órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle efiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.

§ 10 - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição,elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meioambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.

§ 2° - Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais,também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.

§ 30 - Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigodeverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quandosolicitados por pessoa legitimamente interessada.

§ 40 - De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criaruma Fundação de apoio técnico e científico às atividades do Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA.

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AG ETCO P Normas e procedimentos ambiental ATUAUZAÇA029/09/00 PAGINA1011153para empreendimentos rodoviários AULZ<A2/9O AIAO/5

DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 7° - Revogado pela Lei 8.028/90

Art. 80 - Incluir-se-ão entre as competências do CONAMA:

I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para licenciamento deatividades afetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados esupervisionado pelo IBAMA;

11 - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas edas possíveis conseqüentes ambientais de projetos públicos ou privados, requisitandoaos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a entidade privadas, asinformações indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, erespectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa degradaçãoambiental, especialmente nas áreas consideradas patrimônio nacional;

111 - decidir, como última instância administrativa em grau de recurso, mediantedepósito prévio sobre as multas e outras penalidades impostas pela IBAMA;

IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias naobrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental (vetado);

V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefíciosfiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda oususpensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimento oficiais decrédito;

Vi - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluiçãopor veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dosMinistérios competentes;

VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção daqualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais,principalmente os hidricos.

Parágrafo Único: O Ministro do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, oPresidente do CONAMA.

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 9° - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;

11 - o zoneamento ambiental;

111 - a avaliação de impactos ambientais;

IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;

V - os incentivos à produção e instalação de equipamento e a criação ou absorção detecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;

Vi - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e as derelevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal;

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AS ETO3 P Normas e procedimentos ambiental PAINApara empreendimentos rodoviários í

VlI - O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;

ViII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e instrumentos de defesa ambiental;

IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não-cumprimento das medidasnecessárias à preservação ou correção de degradação ambiental.

X - a instituição do Relaatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgadoanualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos NaturaisRenováveis IBAMA;

Xl - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-seo Poder Público a produzi-las, quando inexistentes;

XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ouutilizadoras dos recursos ambientais.

Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos eatividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmentepoluidores, bem como os capazes sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual competente,integrante do SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.

§ 1° - Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serãopublicadosno jornal oficial do Estado, bem como em um periódico regional ou local degrande circulação.

§ 2° - Nos casos e prazos previstos em resolução do CONAMA, o licenciamento deque trata este artigo dependerá de homologação do IBAMA.

§ 30 - O órgão estadual do meio ambiente e o IBAMA, esta em caráter supletivo,poderão, se necessário e sem prejuízo das penalidades pecuniárias cabíveis,determinar a redução das atividades geradoras de poluição, para manter as emissõesgasosas, os efluentes líquidos e os resíduos sólidos dentro das condições e limitesestipulados no licenciamento concedido.

§ 40 - Caberá exclusivamente ao Poder Executivo Federal, ouvidos os GovernosEstadual e Municipal interessados, o licenciamento previsto no"caput" deste artigoquando relativo a pólos petroquímicos, bem como a instalações nucleares e outrasdefinidas em lei.

Art. 11 - Compete ao IBAMA propor ao CONAMA normas e padrões para implantação,acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no artigo anterior, além dasque forem oriundas do próprio CONAMA.

§ 10 - A fiscalização e o controle da aplicação de critérios, normas e padrões dequalidade ambiental serão exercidos pelo IBAMA, em caráter supletivo da atuação doórgão estadual e municipal competentes.

§ 2° - Inclui-se na competência da fiscalização e controle a análise de projetos deentidades, públicas ou privadas, objetivando à preservação ou à recuperação derecursos ambientais, afetados por processos de exploração predatórios ou poluidores.

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AG ETOI P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PAGINA1O3/153I I para empreendimentos rodoviários l

Artigo 12 - As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentaiscondicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios aolicenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e dospadrões expedidos pelo CONAMA.

Parágrafo Único - As entidades e órgãos referidos no "caput" deste artigo deverãofazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de equipamentosdestinados ao controle de degradação ambiental e à melhoria da qualidade do meioambiente.

Art. 13 - O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas para o meio ambiente,visando:

I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos destinados areduzir a degradação da qualidade ambiental;

Il - à fabricação de equipamento antipoluidores;

1I1 - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos ambientais.

Parágrafo Único - Os órgãos, entidades e programas do Poder Público, destinados aoincentivo das pesquisas científicas e tecnológicas, considerarão, entre as suas metasprioritárias, o apoio aos projetos em que visem a adquirir e desenvolver conhecimentosbásicos e aplicáveis na área ambiental e ecológica.

Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual emunicipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correçãodos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambientalsujeitará os transgressores:

I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, nomáximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN's,agravada em casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento,vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelo Estado, DistritoFederal, Territórios ou pelos Municípios;

Il - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo PoderPúblico;

111 - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento emestabelecimentos oficiais de crédito;

IV - à suspensão de sua atividade.

§ 1° - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidorobrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danoscausados ao meio ambiente e a terceiros, efetuados por sua atividade. O MinistérioPúblico da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação deresponsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente.

§ 20 - No caso da omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao Secretáriodo Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas neste artigo.

§ 30 - Nos casos previstos nos incisos 11 e 1I1 deste artigo, o ato declaratório da perda,restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira que

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AG ETO P Normas e procedimentos ambienta ATUALIZAÇAO2909100 PAGINA0415I para empreendimentos rodoviários l lI

concedeu os benefícios, incentivos ou financiamentos cumprindo resolução doCONAMA.

§ 40 - Nos casos de poluição provocada pelo derramamento ou lançamento de detritosou óleo em águas brasileiras, por embarcações e terminais marítimos ou fluviais,prevalecerá o disposto na Lei no 5.357, de 17 de Novembrode 1967.

Art. 15 - O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetalou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito a pena dereclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 MVR.

§ 1° - A pena é aumentada até o dobro se:I - resultar:a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente;b) lesão corporal grave;Il - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de transporte;1I1 - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou feriado.

§ 2° - Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar de promover asmedidas tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas.

Art. 16 - Revogado pela Lei 7.804/89

Art. 17 - Fica Instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturaais Renováaveis - IBAMA:

I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, pararegistro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoriatécnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio deequipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetivaou potencialmente poluidoras;

Il - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadorasde Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas quese dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou a extração, produção,transporte e comercializaçãao de produtos potencialmente perigosos ao meioambiente, assim como produtos e subprodutos da fauna e flora.

Art. 18 - São transformadas em reservas ou estações ecológicas, sob aresponsabilidade do IBAMA, as florestas e as demais formas de vegetação natural depreservação permanente, relacionadas no artigo 20 da Lei no 4.771, de 15 deSetembro de 1995 - Código Florestal, e os pousos das aves de arribação protegidaspor convênios, acordos ou tratados assinados pelo Brasil com outras nações.

Parágrafo Único - As pessoas físicas ou jurídicas que, de qualquer modo, degradaremreservas ou estações ecológicas, bem como outras áreas declaradas como relevanteinteresse ecológico, estão sujeitas às penalidades previstas no artigo 14 desta Lei.

Art. 19 - Ressalvando o disposto nas Leis n°s. 5.357, de 17 de novembro de 1967 e7.661, de 16 de maio de 1988, a receita proveniente da aplicação desta lei serárecolhida de acordo com o disposto no artigo 40, da Lei n0. 7.735, de 22 de fevereirode 1989.

Art. 20 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

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AIS ETC3 P Normas e procedimentos ambiental ATLIÇA-2/90 PGN1513| AG ETO P para empreendimentos rodoviários | TUALIÇA29/0 j GIN 05/53

Art. 21 - Revogam-se as disposições em contrário.

Publicado no Diário Oficial de 02.09.1981.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09/00 PÁGINA106/1531 1 ~~~~~~~~para empreendimentos rodoviários

2 - Lei de Crimes Ambientais - LEI NO 9.605, DE FEVEREIRO DE 1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas aomeio ambiente, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPUBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sancionoa seguinte Lei:

CAPÍTULO 1

DISPOSIÇõES GERAIS

Art. 10 (VETADO)

Art. 20 Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstas nesta Lei, incidenas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, oadministrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto oumandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir asua prática, quando podia agir para evitá-la.

Art. 30 As pessoas juridicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme odisposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representantelegal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou beneficio da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas fisicas,autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

Art. 40 Poderá ser desconsiderada a pessoa juridica sempre que sua personalidade for obstáculoao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Art. 50 (VETADO)

CAPÍTULO II

DA APLICAÇÃO DA PENA

Art. 60 Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:

1 - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúdepública e para o meio ambiente;

II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;

III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.

Art. 70 As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdadequando:

1 - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem comoos motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos dereprovação e prevenção do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duraçãoda pena privativa de liberdade substituída.

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/OO PÁGINA107/153para empre~endimentos rodoviárias

Art. 80 As penas restritivas de direito são:

1 - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

Art. 90 A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefasgratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano dacoisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível.

Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratarcom o Poder Público, de receber incentivos fiscais quaisquer outros beneficios, bem como departicipar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no decrimes culposos.

Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo àsprescrições legais.

Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade públicaou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nemsuperior a trezentos e sessenta salários minimos. O valor pago será deduzido do montante deeventual reparação civil a que for condenado o infrator.

Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade docondenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividadeautorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquerlocal destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.

Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:

1 - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou imitaçãosignificativa da degradação ambiental causada;

III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;

IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.

Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:

1 - reincidência nos crimes de natureza ambiental;

II - ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução material da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/OO PÁGINA108/153I para empreendimentos rodoviários

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, aregime especial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna;

h) em domingos ou feriados;

i) à noite;

j) em épocas de seca ou inundações;

1) no interior do espaço territorial especialmente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança;

o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas oubeneficiada por incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;

r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada noscasos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.

Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 20 do art. 78 do Código Penal será feitamediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juizdeverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.

Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz,ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valorda vantagem econômica auferida.

Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante doprejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.

Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitadano processo penal, instaurando-se o contraditório.

Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo parareparação dos danos causados pela inflação, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido oupelo meio ambiente.

Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-sepelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração do danoefetivamente sofrido.

Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, deacordo com o disposto no art. 30, são:

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ACEETCOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09100 PÁGINA1091153A para empreendimentos rodoviários

1 - multa;

II - restritivas de direitos;

III - prestação de serviços à comunidade.

Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoas jurídica são:

1 - suspensão parcial ou total de atividades;

II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;

III - proibição de contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções oudoações.

§ 1° A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo àsdisposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.

§ 2° A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionandosem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposiçãolegal ou regulamentar.

§ 30 A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doaçõesnão poderá exceder o prazo de dez anos.

Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:

1 - custeio de programas e de projetos ambientais;

II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;

III - manutenção de espaços públicos;

IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.

Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir,facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seupatrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do FundoPenitenciário Nacional.

CAPÍTULO mII

DA APREENSÃO DO PRODUTO E DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO

ADMINISTRA TIVA OU DE CRIME

Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidas seus produtos e instrumentos, lavrando-se osrespectivos autos.

§ 10 Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos, fundações ouentidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.

§ 20 Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a instituiçõescientíficas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.

§ 30 Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituiçõescientíficas, culturais ou educacionais.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09/00 PÁGINA1 10/153I para empreendimentos rodoviários I l

§ 40 Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a suadescaracterização por OrmeioIJ da reciclagem.

CAPÍTULO IV

DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL

Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 27. Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata depena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei n° 9.099, de 26 de setembro de1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do danoambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aoscrimes de menor potencial ofensivo definidos nesta Lei, com as seguintes modificações:

1 - a declaração de extinção de punibilidade, de que trata o § 50 do artigo referido no caput,dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada a impossibilidadeprevista no inciso 1 do § 10 do mesmo artigo;

II - na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a reparação, o prazode suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido nocaput, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;

III - no período de prorrogação, não se aplicarão as condições dos incisos II, III e IV do § 10 doartigo mencionado no caput;

IV - findo o prazo de prorrogação, proceder-se-á à lavratura de novo laudo de constatação dereparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser novamente prorrogado operíodo de suspensão, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto noinciso III;

V - esgotado o prazo máximo de prorrogação, a declaração de extinção de punibilidadedependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as providênciasnecessárias à reparação integral do dano.

CAPÍTULO V

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

SEÇÃO I

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rotamigratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou emdesacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1° Incorre nas mesmas penas:

1 - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

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AISETO P Normas e procedimentos ambiental ATAIAA:9010 PÁGINA111/153paraempreendimentos rodoviários |ATUALIZAÇA029/09/00 |

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito,utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória,bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizadas ou sem adevida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2° No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção,pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 30 São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratória equaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vidaocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 40 A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

1 - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local dainfração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 50 A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional;

§ 60 As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfibios e répteis em bruto, sem a autorizaçãoda autoridade ambiental competente:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licençaexpedida por autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos oudomesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 10 Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, aindaque para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 20 A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento deespécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águasjurisdicionais brasileiras:

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A pET Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/O0 PAGINA112I1531 GE | para empreendimentos rodoviários

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de dominio público;

II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ouautorização da autoridade competente;

III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscosou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgãocompetente:

Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

1 - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aospermitidos;

II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos,técnicas e métodos não permitidos;

III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanhae pesca proibidas.

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

1 - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;

ii - substâncias tóxicas, ou outro OrmeioD proibido pela autoridade competente:

Pena - reclusão de um ano a cinco anos.

Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar,apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetaishidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas deextinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;

II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais,desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

III - (VETADO)

IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

SEÇÃO II

Dos Crimes contra a Flora

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que emformação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

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AGETOP Normas e procedimentos ambíental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PÃGINA11311531 ~~~~~para emprendimentos rodioviários

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão daautoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art.27 do Decreto n° 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 1° Entende-se por Unidades de Conservação as Reservas Biológicas, Reservas Ecológicas,Estações Ecológicas, Parques Nacionais, Estaduais e Municipais, Florestas Nacionais, Estaduais eMunicipais, Áreas de Proteção Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico e ReservasExtrativistas ou outras a serem criadas pelo Poder Público.

§ 2° A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades deConservação será considerada circunstância agravante para a fixação da pena.

§ 3° Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nasflorestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamentohumano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 43. (VETADO)

Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, semprévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do PoderPúblico, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não,em desacordo com as determinações legais:

Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outrosprodutos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pelaautoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até finalbeneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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AGETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:2909100 PÁGINA1141531 ~~~~para empreendimentos rodoviários |AULZÇO2/90 AIA1/5

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito,transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licençaválida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridadecompetente.

Art 47. (VETADO)

Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação.

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas deornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.

Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunasprotetora de mangues, objeto de especial preservação:

Pena - detenção, de três meses a um ano e multa.

Art 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação,sem licença ou registro da autoridade competente:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos própriospara caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da autoridadecompetente:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:

1 - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regimeclimático;

II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

b) no período de formação de vegetações;

c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no localda infração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

SEÇÃO m

Da Poluição e outros Crimes Ambientais

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109100 PÁGII I~~~~ para empreendimentos rodoviários I -

Art 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar emdanos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativada flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1° Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 20 Se o crime:

1 - tomar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantesdas áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de águade uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ousubstâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 30 Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quandoassim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de danoambiental grave ou irreversível.

Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização,permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ouexplorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgãocompetente.

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar,armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva àsaúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nosseus regulamentos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1° Nas mesmas penas incorre quem abandona os produtos ou substâncias referidos no caput, ouos utiliza em desacordo com as normas de segurança.

§ 20 Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto aum terço.

§ 30 Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/00 PÂGINAl 161153I I para empreendimentos rodoviários

Art. 57. (VETADO)

Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Seção, as penas serão aumentadas:

I - de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao OmeioO OambienteO emgeral;

II - de um terço até a metade, se resulta lesão corporal de natureza grave em outrem;

III - até o dobro, se resultar a morte de outrem.

Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato nãoresultar crime mais grave.

Art. 59. (VETADO)

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do territórionacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ouautorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais eregulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, àpecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

SEÇÃO IV

Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural

Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:

1 - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;

II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido porlei, ato administrativo ou decisão judicial:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, semprejuízo da multa.

Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, atoadministrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turistico,artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorizaçãoda autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 64. Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado emrazão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso,arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou emdesacordo com a concedida:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/00 | PAGINA1 17/153para empreendímentos rodoviários

Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valorartístico, arqueológico ou histórico, a pena é de seis meses a um ano de detenção, e multa.

SEÇÃO V

Dos Crimes contra a Administração Ambiental

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegarinformações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de licenciamentoambiental:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com asnormas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de atoautorizativo do Poder Público:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízoda multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação derelevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questõesambientais:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

CAPíTULO VI

DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regrasjurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recupeção do meio ambiente.

§ 1° São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processoadministrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de MeioAmbiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes dasCapitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

§ 20 Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridadesrelacionadas no parágrafo anterior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.

§ 30 A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promovera sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade.

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/O09/O0 PÁGINA118153para empreendimentos rodoviários fÀI A I

§ 4° As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado odireito de ampla defesa e o contraditório, observadas as disposições desta Lei.

Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar osseguintes prazos máximos:

1 - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contadosda data da ciência da autuação;

II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sualavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;

III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do SistemaNacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério daMarinha, de acordo com o tipo de autuação;

IV - cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.

Art 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o dispostono art. 60:

1 - advertência;

11 - multa simples;

III - multa diária;

IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

V - destruição ou inutilização do produto;

VI - suspensão de venda e fabricação do produto;

VII - embargo de obra ou atividade;

VIII - demolição de obra;

IX - suspensão parcial ou total de atividades;

X - (VETADO)

XI - restritiva de direitos.

§ 1° Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas,cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

§ 20 A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação emvigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.

§ 30 A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:

1 - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazoassinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério daMarinha;

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALíZAÇAO:29/09/OO PÁGINA119/153I I para empreendimentos rodoviarios

II - opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, doMinistério da Marinha.

§ 40 A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação daqualidade do meio ambiente.

§ 50 A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.

§ 60 A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do caput obedecerão ao disposto noart. 25 desta Lei.

§ 70 As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra,a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ouregulamentares.

§ 80 As sanções restritivas de direito são:

1 - suspensão de registro, licença ou autorização;

II - cancelamento de registro, licença ou autorização;

III - perda ou restrição de incentivos e beneficios fiscais;

IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiaisde crédito;

V - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.

Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidosao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei n° 7.797, de 10 de julho de 1989, FundoNaval, criado pelo Decreto n0 20.923, de 8 de janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais demeio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medidapertinente, de acordo com o objeto jurídico lesado.

Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei ecorrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo omínimo de R$50,00 (cinqüenta reais) e o máximo de R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões dereais).

Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ouTerritórios substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.

CAPÍTULO VII

DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes, o Governobrasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, semqualquer ônus, quando solicitado para:

1 - produção de prova;

II - exame de objetos e lugares;

III - informações sobre pessoas o coisas;

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ACS ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29109/00 PGNA215: AGETOP | para empreendimentos rodoviários PAGINA120/153

IV - presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão deuma causa;

V - outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que oBrasil seja parte.

§ 10 A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça que a remeterá,quando necessário, ao órgão judiciário competente para decidir a seu respeito, ou a encaminhará àautoridade capaz de atendê-la.

§ 2° A solicitação deverá conter:

I - o nome e a qualificação da autoridade solicitante;

II - o objeto e o motivo de sua formulação;

III - a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante;

IV - a especificação da assistência solicitada;

V - a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso.

Art. 78. Para a consecução dos fins visados nesta Lei e especialmente para a reciprocidade dacooperação internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar ointercâmbio rápido e seguro de informações com órgãos de outros países.

CAPíTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código deProcesso Penal.

Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias a contar de suapublicação.

Art. 81. (VETADO)

Art. 82. Revogam-se as disposições em contrario.

Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 1770 da Independência e 1 100 da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Gustavo Krause

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AG ETOP Normas e proe°dimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/00 PÁGINA121I153pra empreendimentos rodoviários1

3- Lei Florestal de Goiás - LEI N.° 12.596 DE 14 DE MARÇO DE 1995

Institui a Política Florestal do Estado de Goiás e dá outras providências.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIADO DE GOIÁS decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 10 - Fica reconhecido como Patrimônio Natural do Estado de Goiás o BIOMACERRADO, cujos integrantes são bens de interesse de todos os habitantes do Estado.

Art. 20 - Todas as formas de vegetação existentes no território do Estado de Goiás,nativas ou plantadas, são bens de interesse coletivo a todos os habitantes do Estado,observando-se o direito de propriedade, com as limitações que a legislação em gerale, especialmente, esta lei estabelecer.

Art. 30 - As atividades exercidas no Estado de Goiás que envolvam, direta ou

indiretamente, a utilização de recursos vegetais, somente serão permitidas se não

ameaçarem a manutenção da qualidade de vida, o equilíbrio ecológico ou a

preservação do patrimônio genético, sempre observados os seguintes princípios:

I - função social da propriedade, preservação e conservação da biodiversidade;

Il - compatibilização entre o desenvolvimento econômico-social e o equilíbrioambiental;

1II - uso sustentado dos recursos naturais renováveis.

Art. 40 - São objetivos desta lei:I - disciplinar a exploração e utilização da cobertura vegetal nativa;

Il - disciplinar e controlar a exploração, a utilização e o consumo de produtos esubprodutos florestais;

III - assegurar a conservação das formações vegetais;

IV - proteger o meio ambiente, garantir o seu uso racional e estimular arecuperação dos recursos ambientais;

V - promover a recuperação de áreas degradadas;

Vi - fomentar a produção de sementes e mudas de essências nativas,

VII - incentivar o desenvolvimento de programas e projetos de pesquisasflorestais;

VIII - incentivar o desenvolvimento de projetos de proteção aos mananciais deabastecimento público,

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AGS ETO3 P Normas e procedimentos ambientalI ATUALIZAÇAO:2910900 PAGINA122/153i para empreendimentos rodoviários l l Nl

IX - incentivar a preservação de faixas de vegetação que margeiam nascentes,cursos d'água, lagos e lagoas;

X - proteger as espécies vegetais raras ou ameaçadas de extinção;

Xl - incentivar o desenvolvimento de programas com essências nativas eexóticas.

Art. 50 - Consideram-se de preservação permanente, em todo o território do Estado deGoiás, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:

I - nos locais de pouso de aves de arribação, assim declaradas pelo ConselhoEstadual do Meio Ambiente CEMAM, ou protegidos por convênio, acordo outratado internacional de que a União Federal seja signatária;

Il - ao longo dos rios ou qualquer curso d'água, desde seu nível mais alto, cujalargura mínima, em cada margem, seja de:

a) 30 m (trinta metros), para curso d'água com menos de 10 m (dez metros)de largura);b) 50 m (cinqüenta metros), para o curso d'água de 10 m a 50 m (dez acinqüenta metros) de largura;c) 100 m (cem metros), para cursos d'água deSO m a 200 m (cinqüenta aduzentos metros) de largura;d) 200 m (duzentos metros), para cursos d'água de 200 m a 600 m(duzentos a seiscentos metros) de largura;e) 500 m (quinhentos metros), para cursos d'água com largura superior a600 m (seiscentos metros);

1II - ao redor das lagoas ou reservatórios d'água naturais ou artificiais, desde queseu nível mais alto, medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura sejade:

a) 30 m (trinta metros), para os que estejam situados em áreas urbanas;b) 100 m (cem metros), para os que estejam em área rural exceto os corposd'água com até 20 ha (vinte hectares) de superfície, cuja faixa marginal sejade 50 m (cinqüenta metros);

IV - nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados "olhos d'água",qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 m(cinqüenta metros) de largura;

V - no topo de morros, montes e montanhas, em áreas delimitadas a partir dacurva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevaçãoem relação à base;

Vi - nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 100% (cem porcento) ou 450 (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive;

Vil - nas linhas de cumeadas, 1/3 (um terço) superior, em relação à sua base, nosseus montes, morros ou montanhas, fração esta que pode ser alterada para

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AG ETO P Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇA0:29/09G PAGI,HAC2-/131 para empreendimentos rodoviários | l

maior, mediante critério técnico do órgão competente, quando as condiçõesambientais assim o exigirem;

ViII - nas bordas de tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo,em faixa nunca inferior a 100 m (cem metros), em projeções horizontais;

IX - em ilha, em faixa marginal além do leito maior sazonal, medidohorizontalmente, de acordo com a inundação do rio e, na ausência desta, deconformidade com a largura mínima de preservação permanente da vegetaçãoripária exigida para o rio em questão;

X - nas veredas;

XI - em altitudes superiores a 1200 m (mil e duzentos metros).Parágrafo único - No caso de áreas urbanas, compreendidas nos perímetros deexpansão urbana definidos por leis municipais, nas regiões metropolitanas eaglomerados urbanos, em todo o território abrangido observar-se-á o dispostonas respectivas Leis Orgânicas Municipais, Planos Diretores e Legislação de usodo solo, respeitados os princípios e limites mínimos a que se refere este artigo.

Art. 60 - Considerar-se-ão ainda como de Preservação Permanente as florestas edemais formas de vegetação assim declaradas por Resolução do Conselho Estadualde Meio Ambiente - CEMAm, quando destinadas a:

i - atenuar a erosão;

Il - formar faixas de proteção ao longo de ferrovias e rodovias;

III - proteger sítios de excepcional beleza, de valor científico, arqueológico ouhistórico;

IV - asilar populações da fauna ou da flora ameaçadas de extinção,

V - manter o ambiente necessário à vida das populações indígenas eremanescentes de quilombos;

Vi - assegurar condições de bem-estar público;

Vil - outras, consideradas de interesse para a preservação de ecossistemas.

§ 1O - A utilização de vegetação de preservação permanente, ou das áreas onde elasdevem medrar, só será permitida nas seguintes hipóteses:

I - no caso de obras, atividades, planos e projetos de utilidade pública ouinteresse social, mediante aprovação de projeto específico pelo órgão ambientalcompetente, precedida de apresentação de estudo de avaliação de impactoambiental,

Il - na extração de espécimes isolados, mediante laudo de vistoria técnica quecomprove o risco ou perigo iminente, obstrução de vias terrestres ou fluviais, ou

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AG ETO P tNormas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/00 PAGINA1241,b-T para empreendimentos rodoviarios , P 2 I

que a extração se dará para fins científicos, aprovados pelo órgão ambientalcompetente.

§ 20 - O licenciamento para exploração de áreas consideradas de vocação mineráriadependerá da aprovação prévia de projeto técnico de recomposição da flora, comessências nativas locais ou regionais, que complementará o projeto de recuperação daárea degradada, previsto no Decreto n.° 97.632, de 10 de abril de 1989.

§ 30- Para compensação das áreas superficiais ocupadas com instalações ouservidões de atividades minerárias, na forma do parágrafo anterior, deverão serprioritariamente implantados, em locais vizinhos, projetos de florestamento ereflorestamento, contemplando essências nativas locais ou regionais, inclusivefrutíferas.

Art. 70 - O Poder Executivo criará mecanismos de fomento a:I - florestamento e reflorestamento, objetivando:a) suprimento do consumo de madeira, produtos lenhosos e subprodutosflorestais nativos;b) minimização do impacto ambiental negativo decorrente da exploração eutilização dos adensamentos florestais nativos;c) complementação a programas de conservação do solo e regeneração de áreasdegradadas, para incremento do potencial florestal do Estado, bem como daminimização da erosão de cursos d'água, naturais ou artificiais;d) projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, visando a utilização deespécies nativas ou exóticas em programas de reflorestamento;e) programas de incentivo à transferência de tecnologia e de métodos degerenciamento, no âmbito dos setores públicos e privados;f) promoção e estímulo a projetos para a recuperação de áreas em processo dedesertificação;

Il - pesquisa, objetivando:a) preservação de ecossistemas;b) implantação e manejo das unidades de conservação;c) desenvolvimento de programas de educação ambiental florestal;d) desenvolvimento de novas variedades adaptadas aos cerrados, visandotambém os aspectos econômicos

Art. 80 - Qualquer exploração da vegetação nativa e formações sucessoras dependerásempre da aprovação prévia do órgão de meio ambiente competente, bem como daadoção de técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo sustentadocompatíveis com o respectivo ecossistema.

Parágrafo único - A todo produto e subproduto florestal cortado, colhido ou extraído,incluídos seus resíduos, deverá ser dado aproveitamento sócio-econômico.

Art. 9° - A exploração de florestas nativas primárias ou em estágio médio ou avançadode regeneração, suscetíveis de corte ou de utilização para fins de carvoejamento,aproveitamento industrial, comercial ou qualquer outra finalidade, somente poderá serfeita na forma de Plano de Manejo Sustentado ou Plano de Exploração devidamenteaprovado e licenciado pela autoridade de controle ambiental competente, que poderáexigir a elaboração prévia de um Estudo de Impacto Ambiental.

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AI ETP Normas e procedimentos ambientalpara empreendimentos rodoviários i ATUAúZAÇAO.29iu9JOO PAGi;.1 -;

Art. 10 - A exploração das espécies aroeira (Miracrodruon urundeuva), braúna(Schinopsis brasiliensis), gonçalo alvos (Astronium fraxinifolium), ipê (Tabebuia sp),angico (Piptadenia sp) e amburana ou cerejeira (Torresea cearensís), somente seráautorizada em Plano de Manejo Sustentado ou Plano de Exploração, acompanhadosde Estudo Prévio de Avaliação de Impacto Ambiental, e na forma das normas a serembaixadas pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente - CE

Art. 11 - Conforme dispuser o regulamento desta lei, as pessoas físicas ou jurídicasque, de qualquer forma, explorem utilizem, comercializem ou consumam produtos esubprodutos florestais, além de obter a competente licença ambiental, ficam obrigadosa se registrar perante o órgão de controle ambiental competente, registro este queserá renovado anualmente.

§ 1° - Estão isentas do registro previsto neste artigo as pessoas físicas queempreguem lenha apenas para uso doméstico ou as que se utilizem de produtosvegetais para fins exclusivos de artesanato.

§ 2° - Ficam dispensadas do registro as pessoas físicas e microempresas quedesenvolvam atividades artesanais de fabricação e reforma de móveis de madeira, deartigos de colchoaria e estofados, assim como de cestos e outros objetos de palha,bambu ou similar.

Art. 12 - As pessoas físicas ou jurídicas que exploram, utilizam, industrializam,transformam, armazenam ou consomem produtos e subprodutos de matéria-primavegetal do Estado de Goiás, ficam obrigadas à reposição florestal de conformidadecom o volume de seu consumo anual integral, mediante o plantio de espéciesadequadas às condições regionais, de acordo com a recomendação técnica do órgãode controle ambiental competente, que observará os aspectos ambientas eeconômicos locais.

Parágrafo único - O Conselho Estadual do Meio Ambiente - CEMAM - estabelecerá oscritérios para o registro e fiscalização das atiyidades daquelas pessoas físicas oujurídicas que pretendam se habilitar à exploração de plantas nativas utilizadas parafins alimentícios, abrangido neste dispositivo o uso de raízes, caules, folhas, flores,frutos e sementes.

Art. 13 - A reposição florestal referida no artigo anterior será feita, obrigatoriamente,em território goiano e, preferivelmente, na mesorregião do produtor, segundo oscritérios que forem estabelecidos no regulamento desta lei, podendo ser efetuadadiretamente pelas pessoas físicas ou jurídicas a ela obrigadas, ou mediante osprocedimentos abaixo indicados:

I - pela vinculação de florestas plantadas, mediante a apresentação e aprovaçãopelo órgão competente de projeto técnico de florestamento ou reflorestamentopróprio ou consorciado com terceiros;

Il - através de associações ou cooperativas de reposição florestal, mediante aapresentação de projeto técnico de florestamento ou reflorestamentodevidamente aprovado pelo órgão competente;

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AG ETOP Normas e procedímentos ambiental ATUALIZAÇA029/09/00 PAGiNAi26/,53t para empreendimentos rodoviários l

1II - pela execução ou participação em programas de fomento florestal, na formaque dispuser o regulamento desta lei.

Art. 14 - Ficam isentas da reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que,comprovadamente, se utilizem apenas de resíduos ou matéria-prima florestal a seguirenumerados:

I - resíduos provenientes de atividade industrial, tais como costaneiras, aparas,cavacos e similares;

Il - matéria-prima proveniente de área submetida a manejo florestal sustentado;

1I1 - matéria-prima proveniente de floresta plantada com recursos próprios ou nãovinculada à reposição florestal,

IV - matéria-prima florestal própria, utilizada em benfeitoria dentro de suapropriedade rural, desde que comprovada a qualidade de proprietário rural epossua a competente licença de corte;

V - resíduos originários de exploração comercial em áreas de reflorestamento;

Vi - resíduos, assim considerados raízes, tocos e galhadas, oriundos dedesmatamento autorizado pelo órgão ambiental competente.

Art. 15 - Os grandes consumidores de produtos e subprodutos florestais deverãoprover seu suprimento integral destes produtos e subprodutos, seja pela formaçãodireta, seja pela manutenção de florestas próprias ou de terceiros, destinadas àexploração racional.

Parágrafo único - Para efeito do disposto neste artigo, serão considerados comograndes consumidores as pessoas físicas e jurídicas que industrializam,comercializam, utilizam ou sejam consumidoras de 12.000 st/ano (doze mil estéreospor ano) de lenha ou 4.000 m.d.c./anos (quatro mil metros de carvão por ano),incluídos seus resíduos e subprodutos, tais como cavaco e moinha, observados osrespectivos índices de conversão definidos pelo órgão de controle ambientalcompetente, que baixará normas para o aproveitamento dos subprodutos.

Art. 16 - Para integral cumprimento da obrigação de auto-suprimento estabelecida noartigo anterior, os grandes consumidores terão o prazo de 5 (cinco) a 7 (sete) anos,definido pelo órgão de controle ambiental competente, que determinará a obediênciaalternativa aos seguintes critérios:

I - utilização crescente de matéria-prima proveniente de floresta de produção,estabelecido o percentual mínimo de 30% (trinta por cento) no primeiro ano; ou

Il - utilização decrescente de matéria-prima de origem nativa, estabelecido opercentual máximo de 70% (setenta por cento) para o primeiro ano e decréscimomínimo de 10% (dez por cento) por ano subsequente.

§ 11 - Serão consideradas como floresta de produção as integrantes de projetosflorestais regularmente aprovados e as submetidas a Plano de Manejo Florestal

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AG ETC] P Nrmas e procedimentos ambiental AULZ~O2/90 A;A1715paraempreendimentos rodoviários |Z90 I PAGiNAi27153

Sustentado, também regularmente aprovado pelo órgão de controle ambientalcompetente.

§ 2° - Na falta de plantio ou de manejo sustentado, ou quando, na execução dosprojetos aprovados, não seja atingida, pelo menos, a porcentagem de 70% (setentapor cento) do previsto para o ano considerado, a licença dos grandes consumidoresserá restringida, proporcionalmente, aos limites efetivamente alcançados, a licençaserá derrogada se a execução não tiver atingido a, pelo menos, 50% (cinqüenta porcento) do projetado.

§ 30°- O descumprimento do disposto nos parágrafos anteriores implicará a imposiçãode pena pecuniária equivalente ao custo do plantio faltante devidamente corrigido,sem prejuízo de persistir a obrigação de novos plantios necessários ao auto-suprimento; alternativamente, a pena pecuniária poderá ser substituída, arequerimento do interessado, pela obrigação de plantio correspondente a 120% (centoe vinte por cento) do projetado e não executado.

§ 4°. - Para os grandes consumidores que venham a iniciar suas atividades após avigência desta lei, no ato de seu registro, a autoridade competente deverá considerar acomprovação da existência de matéria-prima florestal capaz de garantir seu plenoabastecimento no ano 2001, independentemente do ano de requerimento do registro.

§ 50 - Ocorrendo o arrendamento de instalações industriais ou a sucessão deempresas, a arrendatária ou sucessora se sub-rogará nas obrigações da arrendadoraou sucedida.

§ 60 - De todos os projetos de plantio deverá constar a obrigação de utilização em,pelo menos, 2% (dois por cento) da área, de espécies nobres ou protegidas por lei,indicadas pelo órgão competente.

Art. 17 - Em relação aos grandes produtores que já tenham iniciado suas atividades nadata da publicação desta lei, mesmo estando suas atividades paralisadas, além dodisposto no artigo anterior, serão ainda submetidos às seguintes exigências:

I - para que seja atingido o pleno auto-suprimento correspondente a 100% (cempor cento) do consumo de produtos e subprodutos florestais, será fixado o prazomínimo de 5 (cinco) anos e máximo de 7 (sete) anos, a partir da entrada em vigordesta lei-

Il - durante o prazo fixado na forma do inciso anterior, será lícito o consumo deprodutos de mercado, desde que proveniente de exploração regularmentelicenciada.

§ 11 - No ato de requerimento do registro, o grande consumidor apresentará seu planode auto-suprimento para o prazo que lhe vier fixado na forma do inciso 1 deste artigo.

§ 20 - Na fixação da área a ser plantada para cumpri mento da obrigação de auto-suprimento, o órgão de controle ambiental competente levará em consideração oconsumo de produtos e subprodutos florestais nos últimos 3 (três) anos de atividade, acapacidade instalada e a produtividade alcançada em outros projetos florestais deresponsabilidade do requerente.

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A ETOP Normas e procedimentos ambientalI para empreendimentos rodoviários I A

Art. 18 - Fica criada a Taxa de Reposição Florestal a ser paga pelas pessoas físicasou jurídicas responsáveis pela utilização, comercialização ou consumo de produtos ousubprodutos florestais em quantidade inferior a 12.000 stlano (doze mil estéreos porano) de lenha ou 4.000 m.d.c.1 ano (quatro mil metros de carvão por ano),consideradas pequenos consumidores, que não tenham optado pelo plantio próprio.

Art. 19 - O Plano de Manejo Florestal Sustentado, obrigatoriamente subscrito portécnico regularmente habilitado, será projetado e executado com o objetivo de prover omanejo ecológico das espécies e ecossistemas locais e de assegurar a manutençãodo meio ambiente ecologicamente equilibrado.

§ 1° - Entende-se por área florestal suscetível de exploração sustentada qualquercobertura arbustiva ou arbórea devidamente delimitada e localizada, em que sejarequerida licença para fins de manejo.

§ 20 - A licença autorizativa da exploração proibirá a destoca da área, salvo paraatendimento de casos especiais, tais como aceiro, carreador, estrada, pátio parabateria e estocagem de material lenhoso, construção e outros de infra-estrutura, aexclusivo critério do órgão licenciador, que os fará constar da respectiva licença.

§ 30 - Nas áreas florestais suscetíveis de exploração sustentada é proibido o corteraso, o qual, todavia, em circunstâncias especiais, segundo exclusivo critério do órgãode controle ambiental competente, poderá ser prévia e expressamente autorizado.

Art. 20 - A vegetação nativa e formações sucessoras de domínio privado não sujeitasao regime de utilização limitada e ressalvadas as de preservação permanente, sãosuscetíveis de exploração, observadas as restrições estabelecidas nas alíneas "a" e"b" do artigo 16 do Código Florestal, Lei n' 4.77 1, de 1 S de setembro de 1965, assimcomo a averbação do Registro de Imóveis competente, prevista no § 20 do mesmoartigo.

§ 10 - Nas propriedades rurais com área entre 20 (vinte) e 50 (cinqüenta) hectares,computar-se-ão para efeito de fixação do limite percentual de 20% (vinte por cento) dereserva legal, onde não será permitido o corte raso, além da cobertura florestal dequalquer natureza, os maciços de porte arbóreo, selam frutíferos, ornamentais ouindustriais.

§ 20 - A utilização da cobertura florestal da reserva legal somente poderá se efetivarnos termos do Plano de Manejo Florestal Sustentado, devidamente aprovado pelaautoridade de controle ambiental competente.

§ 30 - A recomposição da reserva legal, tomada obrigatória pelo art. 99 da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, será feita na forma do previsto no referido dispositivo legal,ou seja, mediante o plantio em cada ano de, pelo menos, um trinta avos (I /30) da áreatotal, até a completa recomposição.

Art. 21 - Quando da eventual transformação de imóvel rural em urbano com qualquerfinalidade, deverá ser exigida a manutenção da reserva legal averbada à margem darespectiva matricula no Cartório de Registro de Imóveis, conforme obrigação impostapelo § 20 do Código Florestal, acrescido pela Lei ri' 7.803, de 18 de julho de 1989.

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ACi ETO P {Normas e procedimentos ambiental ATUALiZAÇAO:29/09I0G PAGINA129/l5^AG ET para empreendimentos rodoviários AULZ A.90/O PGN 2/5

Art. 22 - O transporte, a movimentação ou o armazenamento de produtos esubprodutos florestais somente poderá ser realizado em território goiano, medianteautorização expressa em cada caso do órgão ambientar competente, queestabelecerá, inclusive, os procedimentos próprios.

Art. 23 - Consideram-se unidades de conservação as áreas assim declaradas edefinidas pelo Poder Público:

I - parques nacionais, estaduais ou municipais, áreas de domínio público doinstituidor, dotadas de atributos de excepcional natureza, que devem serpreservados, admitida a sua utilização apenas para fins científicos, educativos erecreacionais, desde que essa utilização possa ser harmonizada com apreservação integral e perene do patrimônio natural especialmente protegido;

11 - reservas biológicas, áreas domínios público destinadas exclusivamente apreservar ecossistemas naturais que abriguem exemplares representativos daflora efauna nativa;

111 - estações ecológicas, áreas de domínio público representativas deecossistemas brasileiros, destinadas à realização de pesquisas básicas eaplicadas à ecologia, à proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento daeducação conservacionista, estaduais ou municipais;IV - florestas nacionais, áreas de domínio público do instituidor, destinadas aresguardar atributos excepcionais da natureza, podendo conciliar a proteção daflora, da fauna e das belezas naturais com a utilização com fins econômicos,técnicos ou sociais;

V - áreas de proteção ambiental (APAs), áreas de domínio público ou privadodeclaradas pelo Poder Público como de interesse para a proteção ambiental, nasquais, respeitados os princípios constitucionais que regem o exercício do direito depropriedade, poderão ser estabelecidas normas limitando ou proibindo determinadosusos.

Parágrafo único - Além das unidades de conservação constantes do "caput" desteartigo, o Poder Público poderá, mediante lei peculiar, criar outras com denominaçãodiversa e destinação específica.

Art. 24 - As unidades de conservação são classificadas em categorias de uso direto ouindireto.

§ 10 - São consideradas unidades de conservação de uso indireto as de domíniopúblico, nas quais não é permitida a exploração de quaisquer recursos naturais,integrando-se nesta classificação as reservas biológicas, as estações ecológicas e osparques estaduais e municipais.

§ 20 - São consideradas de uso direto aquelas de domínio público ou particular, nasquais é permitido o uso, mediante manejo múltiplo e sustentável de forma a propiciar aconservação dos recursos naturais, integradas nesta classificação as florestasestaduais e municipais e as áreas de proteção ambiental.

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AG ETOP Normas e procedimentos ambiental PAGINA1301153AGET ipara empreendimentos rodoviários ATUAUZAÇAO:29109100 j

§ 30 - Além das especificadas no § 10 deste artigo, serão também consideradas de usoindireto as unidades de conservação criadas na forma do citado dispositivo, seassim dispuser a lei que as instituir.

§ 40 - Somente será permitida a utilização de produtos ou subprodutos florestaisprovenientes de unidades de conservação de uso indireto mediante autorizaçãoexpressa do órgão ou entidade por elas responsável e apenaspara fins exclusivamente científicos.

§ 50 - A supressão ou alteração das unidades de conservação de uso indireto,inclusive as já existentes, somente terá validade se feita através de lei específica.

Art. 25 - Fica o Poder Executivo autorizado, ouvido o CEMAm a criar unidades deconservação representativas do bioma cerrado.

Parágrafo único - As autorizações para exploração do cerrado somente serãoconcedidas depois de assegurada a preservação das espécies raras ou ameaçadas deextinção, conforme dispuser especialmente o regulamento desta lei.

Art. 26 - As ações ou omissões que contrariem as disposições desta lei e de suaregulamentação sujeitarão os infratores. conforme dispuser o regulamento específico aser baixado pelo Poder Executivo, às seguintes penalidades administrativas:

I - multa;

Il - interdição ou embargo;1I1 - apreensão de produtos e subprodutos florestais e de instrumentos utilizadospara a prática das infrações;

IV - revogação de licença ou autorização; ou V - cancelamento de registro.

§ 10 - As penalidades incidirão sobre os infratores, sejam eles seus agentes diretos ousobre aqueles que tenham, de qualquer modo, concorrido para a prática da infração ouque dela tenham obtido vantagem de qualquer natureza.

§ 20 - Sendo o infrator reincidente, a multa será aplicada em dóbro.

§ 30 - A penalidade de cancelamento do registro poderá ser aplicada isolada ouconcomitantemente com qualquer das outras penalidades já na primeira infraçãoverificada; a aplicação da pena de revogação de licença ou autorização dependerá dereincidência.

§ 40 - Será admitida, a critério do órgão competente, a conversão de até 50%(cinqüenta por cento) do valor da muita aplicada na obrigação de execução, peloinfrator, de projeto de reparação do dano causado, quantia esta que permanecerácomo caução do cumprimento da obrigação assumida e que só será devolvida após acomprovação de execução a contento.

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A| AETO3P ENormas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA:29109100 PAG1NA1311151AGETOP 1 para empreendimentos rodoviários 1AULZÇO2/9O AIA3/5

§ 50 - A exclusivo critério do órgão de controle ambiental competente, a imposição depenalidade prevista nesta lei poderá ser substituída pelo "compromisso de ajustamentode sua conduta" de que trata o § 60 do art. 50 da Lei d 7.347, de 24 de julho de 1985.

Art. 27 - As penalidades administrativas previstas pela presente lei serão aplicadasindependentemente de outras cominações legais, persistindo sempre aresponsabilidade objetiva do infrator em indenizar ou reparar o dano ambientalcausado, nos termos do § 10 do art. 14 da Lei n.0. 6.938, de 31 de agosto de 1981.

§ 1 0 - À verificação de infração que possa constituir-se em motivo para propositura deação civil pública, nos termos do art. 60 da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, cópiado processo administrativo respectivo deverá ser encaminhada ao Ministério Público.

§ 20 - Se a infração tiver como causa mediata ou imediata a participação de técnicoresponsável, além de aplicada penalidade administrativa prevista no artigo anterior,deverá o fato ser comunicado ao respectivo órgão de classe fiscalizador da profissão.

Art. 28 - As penalidades serão aplicadas mediante processo administrativo, que seiniciará com a lavratura do componente Auto de Infração, no qual será asseguradaampla defesa ao acusado de haver cometido a profissão.

§ 1O - Ao autuado será concedido o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar suadefesa, dirigida à autoridade processante, independentemente de depósito ou caução.

§ 2° - Do indeferimento da defesa apresentada caberá pedido de reconsideração dadecisão, no prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento da comunicação deindeferimento.

§ 30 - Indeferido o pedido de reconsideração, caberá recurso, no prazo de 15 (quinze)dias, à autoridade hierarquicamente superior à processante, esgotando-se a instânciaadministrativa.

Art. 29 - A transformação, por incorporação, fusão, cisão, consórcio ou qualquer outraforma que afete a composição societária, o controle acionário ou os objetivos sociaisde qualquer empresa, não a eximirá das obrigações ambientais que tenha assumido,devendo tais obrigações necessariamente constar dos documentos respectivos, sendoa empresa transformada sempre considerada como sucessora nas obrigaçõesassumidas, mesmo que omitida a formalidade de transcrição antes prescrita.

Art. 30 - As autorizações para desmatamento através de corte raso, para usoalternativo do solo em áreas de grande relevância ambiental, a juízo do órgão decontrole ambiental competente, ou superiores a 500 ha (quinhentos hectares), emqualquer local do Estado, somente poderão ser concedidas depois de apresentados eaprovados tanto o Estudo de Impacto Ambiental quanto o respectivo Relatório deImpacto Ambiental - RIMA, elaborados conforme dispuser o regulamento dessa lei.

Art. 31 - Nos projetos de reflorestamento ou florestamento, de responsabilidade doPoder Público, executados em área urbana, visando à melhoria das condiçõesambientais, paisagismo, recuperação ou preservação de área para qualquerfinalidade, serão empregadas, preferencialmente, essências representativas do biomacerrado

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Art. 32 - O Poder Executivo instituirá os emolumentos e outros valores pecuniáriosnecessários à aplicação desta lei, incluindo-se os custos operacionais que não tenhamcomo base o fato gerador da taxa florestal.

Art. 33 - As receitas arrecadadas com base na aplicação desta lei integrarão o FundoEstadual de Meio Ambiente, à conta de Recursos Especiais a Aplicar, que serámovimentada pelo órgão ambiental competente.

Parágrafo único - Os recursos arrecadados na conta a que se refere o "caput" desteartigo terão a seguinte destinação:

I - 50% (cinqüenta por cento), para formação de florestas energéticas;

Il - 20% (vinte por cento), para estabelecimento, manejo e desapropriação daárea necessária à implantação de unidades de conservação estaduais emunicipais;

1II - 25% (vinte e cinco por cento), para pesquisa florestal, reflorestamento comfins ecológicos, paisagísticos ou turísticos;

IV - 5% (cinco por cento), para cobertura de custos operacionais necessários àsatividades do Fundo Estadual de Meio Ambiente, relativas à operação destaconta.

Art. 34 - Somente serão concedidos incentivos ou isenções tributárias mediante aapresentação pelo interessado de prova de regularidade de sua situação junto aoórgão ambiental do Estado.

Art. 35 - O órgão de meio ambiente competente para a execução desta lei serádefinido por ato da autoridade referida no art. 1320 da Constituição do Estado deGoiás.

Art. 36 - No prazo de 120 (cento e vinte) dias dapublicação desta lei, o Poder Executivo baixará sua regulamentação, promovendo,inclusive, os ajustes necessários à sua boa aplicação pela simplificação e unificaçãoda fiscalização das atividades florestais.

Art. 37 - Fica instituída a "Feira do Cerrado", a ser realizada na semana que antecedeo dia S de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente.

Art. 38 - Fica instituída a "Festa Estadual do Pequi", fruto símbolo do cerrado, a sercomemorado no último bimestre de cada ano.

Art. 39 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

PALACIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIASem Goiânia, 14 de março de 1995, 1070 da República.

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I AGETOP t Normas e procedimentos ambientalAI ET I3 P 1 para empreendimentos rodoviários 1 ATUALIZAÇAO:2909100 j PAGINA133153

LUIZ ALBERTO MAGUITO VILELARobledo Euripedes Vieira de ResendeCarlos Hassel Mendes da Silva

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AG EO ~ - ~Normas e procedimentos ambiental AIA3/5

| AG ETO P ] para empreendimentos rodoviários ATUALIZAÇAO:2909100

4- Resoluções do CONAMA

RESOLUÇÃO CONAMA N° 001, de 23 de janeiro de 1986

Publicado no D. O. U de 1712186.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - IBAMA, no uso das atribuições quelhe confere o artigo 48 do Decreto n° 88.351, de 10 de junho de 1983, para efetivoexercício das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo artigo 18 do mesmodecreto, e Considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, asresponsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso eimplementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos daPolítica Nacional do Meio Ambiente, RESOLVE:

Artigo 1° - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualqueralteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadapor qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

Il - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

Artigo 20 - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivorelatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgãoestadual competente, e do IBAMA ei n caráter supletivo, o licenciamento de atividadesmodificadoras do meio ambiente, tais como:

I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

11 - Ferrovias;

lil - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei n° 32, de18. 11.66;

V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotossanitários;

Vi - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230CV;

Vil - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem parafins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canaispara navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura debarras e embocaduras, transposição de bacias, diques;

VIli - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

IX - Extração de minério, inclusive os da classe li, definidas no Código de Mineração;

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t AGETO P «Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA029109100 PAGINA13511531 I para empreendimentos rodoviários 1 l NI

X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária,acima de 10MW;

X1l - Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos,cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);

Xiii - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZE1;

XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectaresou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou deimportância do ponto de vista ambiental;

XV - Projetos urbanísticos, acima de 1 00ha. ou em áreas consideradas de relevanteinteresse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduaiscompetentes;

XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a deztoneladas por dia.

Artigo 3° - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivoRIMA, a serem submetidos à aprovação do IBAMA, o licenciamento de atividades que,por lei, seja de competência federal.

Artigo 40 - Os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do SISNAMAdeverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamentoe implantação das atividades modificadoras do meio Ambiente, respeitados os critériose diretrizes estabelecidos por esta Resolução e tendo por base a natureza o porte e aspeculiaridades de cada atividade.

Artigo 50 - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especialos princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente,obedecerá às seguintes diretrizes gerais:

1 - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;

11 - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases deimplantação e operação da atividade;

111 - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelosimpactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos,a bacia hidrográfica na qual se localiza;

IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantaçãona área de influência do projeto, e sua compatibilidade.

Parágrafo Unico - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental o órgãoestadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Município, fixará as diretrizesadicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área,forem julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise dos estudos.

Artigo 60 - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintesatividades técnicas:

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Normas e procedimentos ambiental_para empreendimentos rodoviários

I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análisedos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar asituação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:

a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais,a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, ascorrentes marinhas, as correntes atmosféricas;

b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando asespécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras eameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;

c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais dacomunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursosambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

11 - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através deidentificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveisimpactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos eadversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários epermanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas;a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

111 - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas osequipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando aeficiência de cada uma delas.

IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactospositivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados.

Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto Ambiental o órgãoestadual competente; ou o IBAMA ou quando couber, o Município fornecerá asinstruções adicionais que se fizerem necessárias, pelas peculiaridades do projeto ecaracterísticas ambientais da área.

Artigo 70 - O estudo de impacto ambiental será realizado por equipe multidisciplinarhabilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto e queserá responsável tecnicamente pelos resultados apresentados.

Artigo 8° - Correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custosreferentes á realização do estudo de impacto ambiental, tais como: coleta e aquisiçãodos dados e informações, trabalhos e inspeções de campo, análises de laboratório,estudos técnicos e científicos e acompanhamento e monitoramento dos impactos,elaboração do RIMA e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cópias,

Artigo 90 - O relatório de impacto ambiental - RIMA refletirá as conclusões do estudode impacto ambiental e conterá, no mínimo:

I - Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com aspolíticas setoriais, planos e programas governamentais;

11 - A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificandopara cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as

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AGETOP | Normas e procedimentos ambientalI para empreendimentos rodoviarios ATUALIZAÇAl29/09100 PAGINA137/153

matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnicaoperacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregosdiretos e indiretos a serem gerados;

1II - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área deinfluência do projeto;

IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação daatividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo deincidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados parasua identificação, quantificação e interpretação;

V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparandoas diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com ahipótese de sua não realização;

Vi - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aosimpactos negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau dealteração esperado;

VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários deordem geral).

Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a suacompreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível,.ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicaçãovisual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto,bem como todas as conseqüências ambientais de sua implementação.

Artigo 10 - O órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Municípioterá um prazo para se manifestar de forma conclusiva sobre o RIMA apresentado.

Parágrafo único - O prazo a que se refere o caput deste artigo terá o seu termo inicialna data do recebimento pelo estadual competente ou pela SEMA do estudo do impactoambiental e seu respectivo RIMA.

Artigo 11 - Respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelointeressado o RIMA será acessível ao público. Suas cópias permanecerão àdisposição dos interessados, nos centros de documentação ou bibliotecas da SEMA edo estadual de controle ambiental correspondente, inclusive o período de análisetécnica,

§ 1°- Os órgãos públicos que manifestarem interesse, ou tiverem relação direta com oprojeto, receberão cópia do RIMA, para conhecimento e manifestação,

§ 20 - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental e apresentação doRIMA, o estadual competente ou o IBAMA ou, quando couber o Município, determinaráo prazo para recebimento dos comentários a serem feitos pelos órgãos públicos edemais interessados e, sempre que julgar necessário, promoverá a realização deaudiência pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais ediscussão do RIMA,

Artigo 12 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

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ACG ETO3 P Normas e procedimentos ambiental TAIAA2190 AIA315

j para empreendimentos rodoviários | Ç | Nl

Flávio Peixoto da Silveira

(Alterada pela Resolução n° 011/86)

(Vide item 1 - 30 da Resolução 005/87)

RESOLUÇÃO CONAMA NO 001-A, de 23 de janeiro de 1986)

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuiçõesque lhe confere o inciso 11 do artigo 70 do Decreto n° 88.351, de 10 de junho de 1983,alterado pelo Decreto n° 91.305, de 3 de junho de 1985, e o artigo 48 do mesmodiploma legal, e considerando o crescente número de cargas perigosas que circulampróximas a áreas densamente povoadas, de proteção de mananciais, reservatórios deágua e de proteção do ambiente natural, bem como a necessidade de se obteremníveis adequados de segurança no seu transporte, para evitar a degradação ambientale prejuízos à saúde, RESOLVE:

Art. 10 - Quando considerado conveniente pelos Estados, o transporte de produtosperigosos, em seus territórios, deverá ser efetuado mediante medidas essenciaiscomplementares às estabelecidas pelo Decreto n° 88.821, de 6 de outubro de1983.

Art. 20 - Os órgãos estaduais de meio ambiente deverão ser comunicados pelotransportador de produtos perigosos, com a antecedência mínima de setenta e duashoras de sua efetivação, a fim de que sejam adotadas as providências cabíveis.

Art. 30 - Na hipótese de que trata o artigo 1°, o CONAMA recomendo aos órgãosestaduais de meio ambiente que definam em conjunto com os órgãos de trânsito, oscuidados especiais a serem adotados.

Art. 40 - A presente Resolução, entra em vigor na data de sua publicação.

Deni Lineu Schwartz

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t AGETOP { Normas e procedimentos ambientalI ATUALlZAÇAO29IO910 I PAGINA139/153Al ETC] P para empreendimentos rodoviários 1 INI

RESOLUÇÃO N° 237, DE 19 DE dezembro DE 1997

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuiçõese competências que lhe são conferidas pela Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981,regulamentadas pelo Decreto n° 99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo em vista odisposto em seu Regimento Interno, e

Considerando a necessidade de revisão dos procedimentos e critérios utilizados nolicenciamento ambiental, de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamentocomo instrumento de gestão ambiental; instituído pela Política Nacional do MeioAmbiente;

Considerando a necessidade de se incorporar ao sistema de licenciamento ambientalos instrumentos de gestão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e amelhoria contínua;

Considerando as diretrizes estabelecidas na Resolução CONAMA n° 011194, quedetermina a necessidade de revisão no sistema de licenciamento ambiental;

Considerando a necessidade de regulamentação de aspectos do licenciamentoambiental estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente que ainda não foramdefinidos;

Considerando a necessidade de ser estabelecido critério para exercício dacompetência para o licenciamento a que se refere o artigo 10 da Lei n2 6.938, de 31 deagosto de 1981;

Considerando a necessidade de se integrar a atuação dos órgãos competentes doSistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA na execução da Política Nacional doMeio Ambiente, em conformidade com as respectivas competências, resolve:

Art. 11 - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambientalcompetente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação deempreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradasefetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possamcausar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares eas normas técnicas aplicáveis ao caso.

Il - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão serobedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar,ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientaisconsideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquerforma, possam causar degradação ambiental.

Ill - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectosambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de umaatividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licençarequerida, tais corno: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental,relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano derecuperação de área degradada e análise preliminar de risco.

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AG ETO] P Normas e procedimentos ambientalpara empreendimentos rodoviários | ATUALIZAÇAO29/09/OO PAGINA1401153

1I1 - Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que afetediretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território dedois ou mais Estados.

Art. 20- A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação deempreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradasefetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sobqualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamentodo órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1°- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividadesrelacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.

§ 20 - Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, odetalhamento e a complementação do Anexo 1, levando em consideração asespecificidades, os riscos ambientais, o porte e outras características doempreendimento ou atividade.

Art. 30- A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetivaou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá deprévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meioambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização deaudiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação.

Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ouempreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meioambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo delicenciamento.

Art. 40 - Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a quese refere o artigo 10 da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos eatividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber:

I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no marterritorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenasou em unidades de conservação do domínio da União.

Il - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;

1I1 - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do País ou deum ou mais Estados;

IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar edispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear emqualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional deEnergia Nuclear - CNEN;

V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislaçãoespecífica.

§ 11 - O IBAMA fará o licenciamento de que trata este artigo após considerar o exametécnico procedido pelos órgãos ambientais dos Estados e Municípios em que selocalizar a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos

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AG ETO P Normas e procedimentos ambientai ATUALIZAÇA0O29109m00 PAGINA141/153para empreendimentos rodoviários l

demais órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, envolvidos no procedimento de licenciamento.

§ 20 - O IBAMA, ressalvada sua competência supletiva, poderá delegar aos Estados olicenciamento de atividade com significativo impacto ambiental de âmbito regional,uniformizando, quando possível, as exigências.

Art. 50 - Compete ao órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal o licenciamentoambiental dos empreendimentos e atividades:

I - localizados ou desenvolvidos em mais de um Município ou em unidades deconservação de domínio estadual ou do Distrito Federal;

Il - localizados ou desenvolvidos nas florestas e demais formas de vegetação naturalde preservação permanente relacionadas no artigo 20 da Lei n° 4.771, de 15 desetembro de 1965, e em todas as que assim forem consideradas por normas federais,estaduais ou municipais;

III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou maisMunicípios;

IV - delegados pela União aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ouconvênio.

Parágrafo único. O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará olicenciamento de que trata este artigo após considerar o exame técnico procedidopelos órgãos ambientais dos Municípios em que se localizar a atividade ouempreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãoscompetentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, envolvidosno procedimento de licenciamento.

Art. 60 - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes daUnião, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental deempreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe foremdelegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.

Art. 70 - Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único nível decompetência, conforme estabelecido nos artigos anteriores.

Art. 80 - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá asseguintes licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedída na fase preliminar do planejamento doempreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando aviabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serematendidos nas próximas fases de sua implementação;

Il - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividadede acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetosaprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, daqual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento,após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, comas medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

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AC3 ETC] P Normas e proced~imentos ambiental AULZÇO2190 AIA415p para empreendimentos rodoviários 1 ATUALIZAÇAO:29/09/O j PAGINA142/153

Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ousucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimentoou atividade.

Art. 90 - O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas,observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ouempreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com asetapas de planejamento, implantação e operação.

Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:

I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor,dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo delicenciamento correspondente à licença a ser requerida;

Il - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dosdocumentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devidapublicidade;

III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA, dosdocumentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistoriastécnicas, quando necessárias;

IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambientalcompetente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em decorrência da análise dosdocumentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendohaver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e complementaçõesnão tenham sido satisfatórios;

V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente;

Vi - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão ambientalcompetente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haverreiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenhamsido satisfatórios;

Vil - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico;

VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devidapublicidade.

§ 10 - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, acertidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimentoou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação dosolo e, quando for o caso, a autorização para supressão de vegetação e a outorgapara o uso da água, emitidas pelos órgãos competentes.

§ 2° - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impactoamribiental - EIA, se verificada a necessidade de nova complementação em decorrênciade esclarecimentos já prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambientalcompetente, mediante decisão motivada e com a participação do empreendedor,poderá formular novo pedido de complementação.

Art. 11 - Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizadospor profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor.

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AG ETO P - Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇA0:29/09100 PAGINA143/153para empreendimentos rodoviários l l Nl

Parágrafo único - O empreendedor e os profissionais que subscrevem os estudosprevistos no caput deste artigo serão responsáveis pelas informações apresentadas,sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais.

Art. 12 - O órgão ambiental competente definirá, se necessário, procedimentosespecíficos para as licenças ambientais, observadas a natureza, características epeculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização doprocesso de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação.

§ 11 - Poderão ser estabelecidos procedimentos simplificados para as atividades eempreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, que deverão seraprovados pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente.

§ 20 - Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental parapequenos empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aquelesintegrantes de planos de desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgãogovernamental competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo conjuntode empreendimentos ou atividades.

§ 30 - Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os procedimentosde licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos que implementemplanos e programas voluntários de gestão ambiental, visando a melhoria contínua e oaprimoramento do desempenho ambiental.

Art. 13 - O custo de análise para a obtenção da licença ambiental deverá serestabelecido por dispositivo legal, visando o ressarcimento, pelo empreendedor, dasdespesas realizadas pelo órgão ambiental competente.

Parágrafo único. Facultar-se-á ao empreendedor acesso à planilha de custosrealizados pelo órgão ambiental para a análise da licença.

Art. 14 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análisediferenciados para cada modalidade de licença (LP, Li e LO), em função daspeculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a formulação deexigências complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) mesesa contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento,ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando oprazo será de até 12 (doze) meses.

§ 1°- A contagem do prazo previsto no caput deste artigo será suspensa durante aelaboração dos estudos ambientais complementares ou preparação deesclarecimentos pelo empreendedor.

§20 - Os prazos estipulados no caput poderão ser alterados, desde que justificados ecom a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente.

Art. 15 - O empreendedor deverá atender à solicitação de esclarecimentos ecomplementações, formuladas pelo órgão ambiental competente, dentro do prazomáximo de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação .

Parágrafo Único - O prazo estipulado no caput poderá ser prorrogado, desde quejustificado e com a concordância do empreendedor e do órgão ambiental competente.

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Ai S ETO P {Normas e procedimentos ambiental ATUA lZAÇAO:291O9OO PAGINA144/153para empreendimentos rodoviarios I

Art. 16 - O não cumprimento dos prazos estipulados nos artigos 14 e 15,respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competênciapara atuar supletivamente e o empreendedor ao arquivamento de seu pedido delicença.

Art. 17 - O arquivamento do processo de licenciamento não impedirá a apresentaçãode novo requerimento de licença, que deverá obedecer aos procedimentosestabelecidos no artigo 10, mediante novo pagamento de custo de análise.

Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecerá os prazos de validade de cadatipo de licença, especificando-os no respectivo documento, levando em consideraçãoos seguintes aspectos:

I - O prazo de validade da Licença Prévia (LP) deverá ser, no mínimo, o estabelecidopelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos aoempreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 5 (cinco) anos.

Il - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, oestabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, nãopodendo ser superior a 6 (seis) anos.

Ill - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) deverá considerar os planos decontrole ambiental e será de, no mínimo, 4 (quatro) anos e, no máximo, 10 (dez) anos.

§ 1° - A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos devalidade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidosnos incisos 1 e lI.

§ 20 - O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validadeespecíficos para a Licença de Operação (LO) de empreendimentos ou atividades que,por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação emprazos inferiores.

§ 3° - Na renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ouempreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada,aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenhoambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior,respeitados os limites estabelecidos no inciso MII.

§ 40 - A renovação da Licença de Operação(LO) de uma atividade ou empreendimentodeverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias daexpiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando esteautomaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambientalcompetente.

Art. 19 - O õrgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificaros condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar umalicença expedida, quando ocorrer:

I - Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.

Il - Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram aexpedição da licença.

Ill - superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

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AE ETO ~ Normas e procedimentos ambientaí T AIA~(UOflIl AIA1515A| AETO P ]para empreendimentos rodoviários | LÇA29 00 t PAGNA1451153

Art. 20 - Os entes federados, para exercerem suas competências licenciatórias,deverão ter implementados os Conselhos de Meio Ambiente, com caráter deliberativoe participação social e, ainda, possuir em seus quadros ou a sua disposiçãoprofissionais legalmente habilitados.

Art. 21 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando seusefeitos aos processos de licenciamento em tramitação nos órgãos ambientaiscompetentes, revogadas as disposições em contrário, em especial os artigos 30 e 70 daResolução CONAMA n° 001, de 23 de janeiro de 1986.

GUSTAVO KRAUSE GONÇALVES RAIMUNDO DEUSDARA FILHOSOBRINHO

Secretário-ExecutivoPresidente

ANEXO 1 -ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS SUJEITAS AO LICENCIAMENTOAMBIENTAL

Extração e tratamento de minerais

- pesquisa mineral com guia de utilização

- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento

- lavra subterrânea com ou sem beneficiamento

- lavra garimpeira

- perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural

Indústria de produtos minerais não metálicos

- beneficiamento de minerais não metálicos, não associados à extração

- fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção dematerial cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.

Indústria metalúrgica

- fabricação de aço e de produtos siderúrgicos

- produção de fundidos de ferro e aço 1 forjados 1 arames 1 relaminados com ou semtratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

- metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusiveouro

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09100 PAGINA140/para empreendimentos rodoviarios l A 3

- produção de laminados 1 ligas 1 artefatos de metais não-ferrosos com ou semtratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

- relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas

- produção de soldas e anodos

- metalurgia de metais preciosos

- metalurgia do pó, inclusive peças moldadas

- fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusivegalvanoplastia

- fabricação de artefatos de ferro 1 aço e de metais não-ferrosos com ou semtratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

- têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície

Indústria mecânica

- fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e semtratamento térmico e/ou de superfície

Indústria de material elétrico, eletrônico e comunicações

- fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores

- fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação einformática

- fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos

Indústria de material de transporte

- fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios

- fabricação e montagem de aeronaves

- fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes

Indústria de madeira

- serraria e desdobramento de madeira

- preservação de madeira

- fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada

- fabricação de estruturas de madeira e de móveis

Indústria de papel e celulose

- fabricação de celulose e pasta mecânica

- fabricação de papel e papelão

- fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada

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AS ETO] P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109/O00 PAGINA14i1153para empreendimentos rodoviários

Indústria de borracha

- beneficiamento de borracha natural

- fabricação de câmara de ar e fabricação e recondicionamento de pneumáticos

- fabricação de laminados e fios de borracha

- fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusivelátex

Indústria de couros e peles

- secagem e salga de couros e peles

- curtimento e outras preparações de couros e peles

- fabricação de artefatos diversos de couros e peles

- fabricação de cola animal

Indústria química

- produção de substâncias e fabricação de produtos químicos

- fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochasbetuminosas e da madeira

- fabricação de combustíveis não derivados de petróleo

- produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais eoutros produtos da destilação da madeira

- fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látexsintéticos

- fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto, fósforo desegurança e artigos pirotécnicos

- recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais

- fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos

- fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas,germicidas e fungicidas

- fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes esecantes

- fabricação de fertilizantes e agroquímicos

- fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários

- fabricação de sabões, detergentes e velas

- fabricação de perfumarias e cosméticos

- produção de álcool etílico, metanoi e similares

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Ar=ETOIP Normas e procedimentos ambiental AULZÇ02190 AIA415para empreendimentos rodoviários | ATUALIZAÇAO:29iO9/00 j PAGINA148/153

Indústria de produtos de matéria plástica

- fabricação de laminados plásticos

- fabricação de artefatos de material plástico

Indústria têxtil, de vestuário, calçados e artefatos de tecidos

- beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos

- fabricação e acabamento de fios e tecidos

- tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigosdiversos de tecidos

- fabricação de calçados e componentes para calçados

Indústria de produtos alimentares e bebidas

- beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares

- matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal

- fabricação de conservas

- preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados

- preparação, beneficiamento e industrialização de leite e derivados

- fabricação e refinação de açúcar

- refino 1 preparação de óleo e gorduras vegetais

- produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação

- fabricação de fermentos e leveduras

- fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais

- fabricação de vinhos e vinagre

- fabricação de cervejas, chopes e maltes

- fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação deáguas minerais

- fabricação de bebidas alcoólicas

Indústria de fumo

- fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento dofumo

Indústrias diversas

- usinas de produção de concreto

- usinas de asfalto

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AG ETO ~ Normas e procedimentos ambíentalA AG ETO3 P |para empreendimentos rodoviários | ATUALIZAÇlA029/09/0

- serviços de galvanoplastia

Obras civis

- rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos

- barragens e diques

- canais para drenagem

- retificação de curso de água

- abertura de barras, embocaduras e canais

- transposição de bacias hidrográficas

- outras obras de arte

Serviços de utilidade

- produção de energia termoelétrica

-transmissão de energia elétrica

- estações de tratamento de água

- interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário

- tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos)

- tratamento/disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suasembalagens usadas e de serviço de saúde, entre outros

- tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientesde fossas

- dragagem e derrocamentos em corpos d'águ,a

- recuperação de áreas contaminadas ou degradadas

Transporte, terminais e depósitos

- transporte de cargas perigosas

- transporte por dutos

- marinas, portos e aeroportos

- terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos

- depósitos de produtos químicos e produtos perigosos

Turismo

- complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos

Atividades diversas

- parcelamento do solo

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Ar= ETO) P Normas e procedimentos ambiental ATUALZAÇAO:29109100 PAGINA1501153para empreendimentos rodoviários |

- distrito e pólo industrial

Atividades agropecuárias

- projeto agrícola

- criação de animais

- projetos de assentamentos e de colonização

Uso de recursos naturais

- silvicultura

- exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais

- atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre

- utilização do patrimônio genético natural

- manejo de recursos aquáticos vivos

- introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente modificadas

- uso da diversidade biológica pela biotecnologia

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29109100 PAGINA2 para empreendimentos rodoviários l l l

Etapas e documentação para licenciamentos

Para o licenciamento são necessárias a seguinte documentação:

1 - Licença Prévia (LP)1.1 - Requerimento preenchido;1.2- DAR (guia de recolhimento das taxas);1.3 - Publicações do editais em dois jornais de grande circulação;1.4- Memorial descritivo do empreendimento.

2 - Licença de instalação (LI)2.1 - Requerimento preenchido;2.2 - DAR (guia de recolhimento das taxas);2.3 - Publicações do editais em dois jornais de grande circulação;2.4 - Momorial descritivo do empreendimento2.5 - Declaração da Prefeitura que o empreendimento está de acordo com o plano

de desenvolvimento municipal;2.6 - Licença de desmatamento.

3 - Licença de funcionamento (LF)3.1 - DAR (guia de recolhimento das taxas);3.2 - Publicações do editais em dois jornais de grande circulação;3.3 - Relatório de Controle Ambiental (RCA)

Estudos ambientais e licença necessária:

- EIA/RIMA - LP, LI e LF e audiência pública;- PGA- LI e LF;- PCA- Li e/ou LF;

Tramitação dos processo na Agência Ambiental:

Para empre ndimentos com EIA/RIMA:

Audiência Diretoria deProtocolo DUS Pública DUS Qualidade Ass. Jurídica PresidênciaPública ~~~~ambiental

_ ~~~~Emissão daentrada análise análise parecer parecer licença

Tempo total para obtenção da LP - 6 meses

Para outros estudos ambientais:Diretoria de

Protocolo DUS Qualidade Ass. Jurídica Presidênciaambiental

Emissão daentrada análise parecer parecer licença

Tempo total para obtenção da LP - 4 meses

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AG ETOP P Normas e procedimentos ambiental ATUALIZAÇAO:29/09/00 PÁGINA152/153I para empreendimentos rodoviários

Requerimento da Agência Ambiental para licenciamentos:

ESTADO DE GOLASSECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HIDRICOS E DA HABrrAÇÃO-

SEMARH X

AGENCIA AGÊNCIA GOTANA DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAISAGANCIA-- P^!i.-j

AMBIENAL lI'Avenida, 1272-SetorUniversitário-Gaoiâania- jG,F (GCIk CEP 74.605-060 - PABX: (0XX62) 202-2780 - FAX: (0XX62) 202-2480 DE TRAMSPORTES E OBRAS PUBLICAS

Requerimento1 - Solicitação para obtenção de:

* - Licença Prévia O - Parecer Técnico* - Licença de Instalação O - Registro* - Licença de Funcionamento O - LAS

2 - Dados do Requerente:Nome ou Razão Social: Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas

Nome de Fantasia: AGETOP

CPF/CGC: 03.520.933/0001-06

Local da Atividade:

Bairro: Município: Telefone: 265-4000 e 265-4199

CEP: 74.623-160

Atividade Principal: Órgão Governamental Estadual.

3 - Contato:Endereço para correspondência: Av. Gov. José Ludovico de Almeida n. 20 (BR-153 km 3.5) Conjunto Caiçara

CEP 74623-160 Goiània-GO

Nome do responsável: Eng.° Agr.° Marcio de Jesus Guimarães Resende

4 - Especificação da obra objeto do pedido da licença:Área total do terreno:

Área construída:

Área de atividade ao ar livre:

Área do sistema de controle da poluição:

5- Descrição(ões) da(s) Atividade(s):

Número de documentos anexo:

Número de folhas anexas:

Declaro para os devidos fins que. o desenvolvimento das atividades relacionadas neste requerimento realizar-se-ãode acordo com os dados transcritos e anexos supra mencionados. pelo que venho requerer à Agência Goiana deMeio Ambiente e Recursos Naturais - Agência Ambiental. a expedição do Solicitado.

Goiánia.

..................................................A....Assinatura

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AGETOP Normas e procedimentos ambiental ATUAUZAÇAO:29/O9/OO PÁGINA153/1531 1 para empreendimentos rodoviários

Bibliografia

BELLIA, V. & BIDONE, E.D.; Rodovias, recursos naturais e meio ambiente.DNERIEDUFF. 1993.360 p.

BIRD; Roads and the Environment, A Handbook; WTP 376.; Washington DC. . 1997.225 p.

DERPR; Manual de instruções ambientais para obras rodoviária; DERPR; 2000. 226 p.

DNER. Manual rodoviário de conservação, monitoramento e controle ambiental.DNER, Rio de Janeiro. 1996.

DNER, Corpo normativo ambiental para empreendimentos rodoviários; DNER, Rio deJaneiro, 1996.