estabelecimento de política e risco de crédito

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Administração Financeira e Orçamentária II 2015-1 [email protected] Seção 1 Professor Alexandre Pereira [email protected] Material da Aula: http://1drv.ms/1zTcdpz CRÉDITO E COBRANÇA

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Page 1: Estabelecimento de política e risco de crédito

Administração Financeira e Orçamentária II

2015-1 [email protected]

Seção 1

Professor Alexandre [email protected]

Material da Aula: http://1drv.ms/1zTcdpz

CRÉDITO E COBRANÇA

Page 2: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

Cadastro de Pessoas Jurídicas

A pessoa jurídica representa uma firma, razão social ou outra

denominação qualquer, podendo ser social ou individual.

A denominação social é a designação dada à sociedade que não possui

sócios de responsabilidade limitada, normalmente formada pelo chamado

nome de fantasia, o qual será acrescido da designação do tipo de

sociedade (S.A ou LTDA).

A firma individual é constituída pelo nome comercial, formado com base

no nome civil ou sobrenome derivado do pai, seguido da expressão

indicativa de seu tipo. Não se admitem pseudônimos e nomes formados

somente por iniciais ou por outro qualquer nome fora da pessoa jurídica.

Admite-se, no entanto, que um dos nomes seja abreviado e que se adote

o ramo de atividade. Exemplo: K.K. Naber Veículos, Pneus Santa Bárbara

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Page 3: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

Registro

A legislação diz que o registro da firma ou razão social ou de

denominação social ocorre, subseqüentemente, com o arquivamento dos

atos de sua constituição e suas alterações, de acordo com as assinaturas

dos instrumentos, ficando dispensadas demais formalidades. Os sócios

que farão uso da razão social deverão constar nas cláusulas contratuais

apropriadas.

Dados cadastrais do cliente

Para obter as informações do cliente, cada empresa utiliza um

padrão diferente, mas é de extrema importância que o setor de cadastro

tenha o máximo de informações que devem ser comprovados pelos

originais dos contratos sociais e atas de assembléias.

A seguir seguem os principais dados:

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Page 4: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

o Razão social

o Alterações sociais

Transformação

Incorporação

Cisão

Fusão

o Localizações

o Cartão de CNPJ e Inscrição Estadual e Municipal

o Comprovação do ramo e atividade

o Executivos autorizados a assinarem pela empresa

o Informações sobre imóveis da empresa

o Comprovações realizadas mediante entrevistas

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Page 5: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

Razão social

A razão social identifica-se pelo contrato social ou pela ata da assembléia de

constituição da empresa. Se a empresa realizou alterações ao longo do tempo,

devem estar registradas na Junta Comercial do Estado a que ela pertence.

Alterações sociais

Transformação

Dá-se transformação de empresa, quando ocorre a alteração de razão social ou

alteração da composição social, com permanência no mesmo endereço.

Incorporação

Quando uma empresa é incorporada por outra, com transferência de todos os seus

bens para a empresa incorporadora, neste caso, enquanto a empresa incorporada

possuir débitos em aberto, a empresa incorporadora estará sujeita a controles mais

rigorosos quanto à política de crédito.

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Page 6: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

Alterações sociais

Cisão

Quando uma empresa é dividida em duas ou mais empresas, seus limites de

crédito serão reavaliados.

Fusão

Quando uma empresa que trabalha com produtos diferentes no mercado se

transforma em uma única. Neste caso, o limite de crédito de ambas serão também

reavaliados.

Localizações

Este dado é confirmado através de contrato de locação, verificando o nome do

locador, locatário, seu respectivo endereço completo, período contratual, e do fiador

também (quando houver).

Cartão de CNPJ e Inscrição Estadual e Municipal

Este documento é emitido pelo Ministério da Fazenda, Secretaria da Receita

Federal e é válido em todo o território nacional. Este documento fornece desde os

dados cadastrados do cliente no Ministério/Secretária da Receita Federal, até os

tipos de serviços realizados pela empresa.

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Page 7: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

Comprovação do ramo e atividade

Estes dados são obtidos pelo contrato social, cartões de inscrição estadual, CNPJ e

Prefeitura Municipal. O objeto da atividade principal constitui-se de um fator

importante, pois abarca o ramo do negócio, afetando o desempenho da empresa,

independentemente de sua capacidade geradora de recursos, e da capacidade de

seus dirigentes. O ramo de atividade poderá ou não estar em franco

desenvolvimento e deverão ser observadas suas tendências futuras, dentro do

âmbito mercadológico interno e mundial, e sua conduta junto ao mercado produtor.

Executivos autorizados a assinarem pela empresa

Devem-se ter as devidas procurações passadas em cartório, mencionando o teor

de responsabilidade de cada indivíduo e respectivos prazos de validade. Verificar

quando as assinaturas podem ser solidárias em conjunto, de que forma e quais os

atos pertinentes a cada procurador, com sua validade legal.

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Page 8: Estabelecimento de política e risco de crédito

CADASTRO

Informações sobre imóveis da empresa

Deverá ser avaliado anotando o total da área construída, valor de

mercado dentro da zona pertencente, estado geral do imóvel, facilidade ou

dificuldade de negociação.

Comprovações realizadas mediante entrevistas

A realização de visitas periódicas às instalações da empresa e uma

entrevista são recursos fundamentais nas fases da análise de crédito e do

monitoramento do risco de crédito. É por meio desse recurso que os

analistas de crédito e gerentes comerciais, podem levantar informações

complementares e/ou esclarecer dúvidas gerais sobre a atividade

operacional da empresa.

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Page 9: Estabelecimento de política e risco de crédito

Alguns pontos para observações

INFORMAIS

Recepção, tratamento, liberalidade, acessos físicos, limpeza, fluxo de pessoal, fluxo

de materiais, organização, nível dos empregados, documentações, fluxo na

fabricação, instalações, adequação e conservação, maquinaria, manutenção e nível

de tecnologia.

FORMAIS

Dados contábeis, balancetes e balanços

Referência em geral

Descrições de crédito ou compra

Declarações e assinaturas

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Page 10: Estabelecimento de política e risco de crédito

Alguns pontos para observações

FORMAIS

Dados contábeis, balancetes e balanços

Solicitar ao cliente dados gerais, os últimos balancetes e balanços para

encaminhamento ao cadastro analítico dos dados contábeis, econômicos e

financeiros da empresa.

Referência em geral

Tanto para fornecedores quanto para clientes, solicitar os nomes das empresas

com quem efetua as compras a prazo, e com quem mantém estreitas negociações

de vendas, com os respectivos endereços completos e telefones.

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Page 11: Estabelecimento de política e risco de crédito

Alguns pontos para observações

FORMAIS

Descrições de crédito ou compra

São dados discutidos com o cadastrado, referentes ao plano de pagamento, juros e

forma de faturamento. Os valores do crédito ou da fatura deverão estar

especificados em moeda corrente do país. A taxa de juros também deverá ser

mencionada no plano discutido com o cadastrado, no caso de ele efetuar compras

a prestação.

Declarações e assinaturas

Deverá conter na ficha de solicitação de crédito, a declaração de responsabilidade

das informações e autorização explícita para possível troca de informações. O

solicitante do crédito deverá aportar sua assinatura e o carimbo da empresa no

formulário cadastral, com menção do foro legal e da devida data.

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Page 12: Estabelecimento de política e risco de crédito

5 C’s do crédito

No microcrédito, a avaliação do risco de inadimplência está sedimentada na análise

de crédito tradicional, caracterizada por elementos qualitativos, porém

especialmente adaptada a essas instituições.

Segundo Blatt (1999), os principais aspectos considerados na análise de risco na

concessão de micro crédito dizem respeito aos C's do crédito:

•Caráter

•Capacidade

•Capital

•Colateral

•Condições

Que, no entanto, nas instituições de micro crédito, buscam identificar características

do empreendedor e do seu negócio.

Portanto, os C's do crédito constituem os fatores de risco a serem considerados

quando da análise de risco de inadimplência nas instituições de micro crédito,

sendo a decisão sobre a concessão ou renovação de um crédito centrada na

avaliação qualitativa desses fatores.

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Page 13: Estabelecimento de política e risco de crédito

Caráter

O primeiro "C" a ser entendido é o caráter, o qual se refere à idoneidade do cliente

no mercado de crédito. Schrickel (2000) afirma que este é o mais importante e

crítico "C" do crédito, ainda mais importante que o valor da transação a ser

realizada.

Pode ser entendido como a intenção do devedor de pagar ao credor sua dívida. É

certo que, em muitos casos, é complicado se alguém teve ou não intenção de pagar

suas obrigações. Nem sempre um indivíduo ou empresa atrasa suas obrigações em

decorrência do seu caráter, pois existem fatores externos que estão interligados ao

planejamento financeiro de ambos, que podem afetar as condições do tomador e

levá-lo a não realizar o pagamento da dívida.

É importante analisar a veracidade das informações que o cliente presta ao cedente

do crédito, verificando se o cliente é confiável no que diz e no que faz.

•Por fim, em relação ao caráter, Schrickel define que: "O caráter é o 'C'

insubstituível e nunca negligenciável. Se o Caráter for inaceitável, por certo todos

os demais 'C' também estarão potencialmente comprometidos, eis que sua

credibilidade será também, e por certo, questionável".

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Page 14: Estabelecimento de política e risco de crédito

Capacidade

A capacidade refere-se ao julgamento subjetivo do analista de crédito quanto a

habilidade dos tomadores de crédito de comprometerem suas receitas em prol

do pagamento da dívida a ser contraída.

Segundo Santos (2006), usualmente, os cedentes do crédito tomam por base a

renda da pessoa física como fonte primária de pagamento, sendo este o principal

referencial para a verificação das condições do cliente de honrar a dívida.

Silva traz uma definição de caráter no âmbito das organizações "A capacidade deve

estar relacionada aos fatores que contribuem para a empresa ser competente e

competitiva. Isto facilitará sua condição de ser capaz de pagar suas dívidas, mas

não é a condição de pagamento". (SILVA, 1997, p.79).

É preciso avaliar, através dos dados obtidos do tomador do crédito, a capacidade

histórica do mesmo de honrar dívidas, ou seja, avaliar como o proponente ao

crédito se portou em situações semelhantes no passado.

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Page 15: Estabelecimento de política e risco de crédito

Capital

O capital refere-se à medição da situação financeira do tomador do crédito. A

análise financeira é, inquestionavelmente, um fator relevante para a decisão de

crédito. Deve-se levar em conta, ao se analisar este "C", a composição dos

recursos, tanto qualitativamente, como quantitativamente, do proponente ao crédito,

bem como onde são aplicados e como são financiados, segundo Santos (2006).

Então, se pode dizer que o capital refere-se às garantias reais que determinado

individuo possa ter para poder honrar as dívidas, caso a receita principal (por

exemplo, salário) não esteja disponível em determinado momento.

No âmbito das organizações, "o Capital refere-se à situação econômico-financeira

da empresa, no que diz respeito aos seus bens e recursos que possuem para

saldar seus débitos". (SCHRICKEL, 2000, p.53). E é através da análise do balanço

e análise econômico-financeira que se obtém informações valiosas sobre o

desempenho e a solidez de determinada empresa, como por exemplo, o quanto de

recursos próprios está investido em ativos fixos, qual o seu endividamento para

com terceiros, dentre outros, conforme Santos (2006).

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Page 16: Estabelecimento de política e risco de crédito

Condições

As condições se referem ao ambiente em que o tomador do crédito

está inserido, isto é, o meio micro e macroeconômico que influência as

condições de pagamento do individuo, segundo Schrickel (2000).

De uma forma mais abrangente, este "C" refere-se às condições de

pagamento do candidato ao crédito em relação à sua renda e em relação

às modificações no cenário micro e macroeconômico no qual ele está

inserido.

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Page 17: Estabelecimento de política e risco de crédito

Colateral

Já o "C" Colateral é o oferecimento de garantias por parte do tomador de

empréstimo que irão assegurar uma maior segurança ao crédito. Porém, essas

garantias não devem ser consideradas como única segurança na decisão do

crédito, visto que se os demais “C” não forem analisados corretamente, de nada

valerá as garantias, segundo Schrickel (2000).

Santos (2006) corrobora com esta visão complementando-a, afirmando que esta é

uma garantia que visa proteger os credores de situações decorrentes da perda de

capacidade de repagamento dos tomadores do crédito.

Porém, Schrickel (2000) afirma que este "C" não deve ser utilizado para

compensar nenhum dos outros "C's", apenas deve ser utilizado para atenuar

eventuais pontos negativos nas questões: capacidade, capital e condições.

Em nenhuma hipótese deve ser utilizado para compensar ou atenuar efeitos

negativos sobre o Caráter, pois um indivíduo que não o possua, provavelmente, não

irá possuir garantias passíveis de serem levadas a juízo, segundo Schrickel (2000)

e Santos (2006).

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Page 18: Estabelecimento de política e risco de crédito

NOTA FISCAL FATURA

A nota fiscal é um documento fiscal e que tem por fim o registro de uma

transferência de propriedade sobre um bem ou uma atividade comercial prestada

por uma empresa e uma pessoa física ou outra empresa. Nas situações em que a

nota fiscal registra transferência de valor monetário entre as partes, a nota fiscal

também destina-se ao recolhimento de impostos e a não utilização caracteriza

sonegação fiscal.

Entretanto, as notas fiscais podem também ser utilizadas em contextos mais amplos

como na regularização de doações, transporte de bens, empréstimos de bens, ou

prestação de serviços sem benefício financeiro á empresa emissora. Uma nota fiscal

também pode cancelar a validade de outra nota fiscal, como por exemplo na

devolução de produtos ou cancelamento de contratos de serviços.

Fatura (português brasileiro) ou factura (português europeu) é um documento

comercial que representa a venda para clientes domiciliados em território

nacional. No Brasil usa-se também como documento fiscal, quando inclui

elementos da legislação fiscal, principalmente as do IPI-ICMS-ISSQN. Nesse

caso o formulário denomina-se "nota fiscal/fatura".

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Page 19: Estabelecimento de política e risco de crédito

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Page 20: Estabelecimento de política e risco de crédito

Da fatura se extrai a duplicata, que é um título de crédito.

DUPLICATA

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Page 21: Estabelecimento de política e risco de crédito

Após a extração da nota fiscal de uma venda a prazo, emite-se a fatura para ser

apresentada ao comprador, emitindo-se, conseqüentemente, a duplicata.

A lei veda expressamente, a extração de qualquer outra espécie de título de crédito

(letra de câmbio ou nota promissória) para documentar o saque do vendedor pela

importância faturada ao comprador”

A duplicata tem origem em uma única fatura, porém de uma só fatura podem ser

extraídas diversas duplicatas.

A duplicata é um título causal, ou seja, encontra-se vinculada à relação jurídica

que lhe dá origem que é a compra e venda mercantil. Somente a compra e

venda permitem o saque da duplicata mercantil. OBS: Já o Cheque é título não

causal, pelo que, uma vez emitido, desvincula-se por completo do negócio jurídico

que lhe orientou a emissão.

A duplicata, após receber o aceite, passa a ser um título de crédito, circulável à

ordem, ou seja, por endosso; antes não, pois é apenas um documento.

DUPLICATA

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Page 22: Estabelecimento de política e risco de crédito

ENDOSSO DE TÍTULOS DE CRÉDITO

O Que é ENDOSSO ?

Endosso é a transferência de direitos de crédito a um terceiro (endosso translativo)

ou simplesmente autorização para um terceiro fazer a cobrança em nome do credor

(endosso mandato).

Qualquer título de crédito poderá ser objeto de endosso.

Espécie de Endosso mais comum => Endosso Translativo: Endosso pelo qual

alguém transfere os direitos de crédito a um terceiro.

Conseqüências: A pessoa que recebe o endosso em seu favor torna-se credor

(favorecido) do título de crédito.

Ex: Descontar um cheque ou duplicata.

Se alguém descontar um cheque em seu favor, exija o endosso translativo em

seu favor ou de sua empresa no verso do título. Só assim ele estará apto a

protesto.

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Page 23: Estabelecimento de política e risco de crédito

a) Endosso Translativo em branco: Consiste na simples assinatura do favorecido

no verso do título, sem a indicação de um nome específico, de modo que o título

fica "ao portador".

Exemplo de Endosso Translativo em Branco:

No endosso ilustrado acima, Eduardo Augusto da Costa & Cia Ltda era o credor, e, ao assinar seu nome

no verso do cheque, está autorizando outra pessoa receber este cheque em seu nome.

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Page 24: Estabelecimento de política e risco de crédito

b) Endosso Translativo em preto: Há indicação específica de quem está

endossando a quem deve ser pago, de modo que o título fica nominal a

quem o recebe.

No exemplo acima, caso Eduardo Augusto da Costa & Cia Ltda fizesse um

endosso translativo em preto, teria colocado os seguintes dizeres no verso

do cheque. " Pague-se a "Fulano de Tal", + assinatura de "Eduardo

Augusto da Costa & Cia Ltda".

DUPLICATA

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Page 25: Estabelecimento de política e risco de crédito

DUPLICATA COMO TÍTULO DE CRÉDITO

Quando a duplicata nasce não é um título de crédito. Ao receber o aceite é

que ela passa a ser um título de crédito, portador dos princípios da

literalidade e da autonomia.

Recorda-se que a literalidade é o princípio que não admite discutir o que

se encontra expresso no título, pois vale o que está nele inserido;

autonomia é o princípio que determina o desligamento do título da relação

que lhe deu origem.

Graças a esses princípios, a duplicata torna-se abstrata, valendo apenas

pelo que expresse o seu conteúdo, circulando, então, livremente. Percebe-

se, pois, que o aceite é muito importante.

DUPLICATA

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Page 26: Estabelecimento de política e risco de crédito

ACEITE

O aceite – escreve o Prof. Frederico Moura de Paula Lima – “é a

declaração pela qual o comprador (sacado) assume a obrigação de pagar

a quantia indicada no título, na data do vencimento”.

O aceite poderá ser expresso ou tácito.

Expresso, quando o devedor apõe sua assinatura no título.

Tácito, quando o devedor recebe a duplicata para o aceite e deixa passar

o prazo de 10 dias, contados da apresentação, sem qualquer

comunicação, por escrito, ao credor. A lei entende, então, que o devedor

aceitou a duplicata em silêncio.

IMPORTANTE: “...Duplicatas sem aceite podem perfeitamente ser

executadas, desde que venham acompanhadas de outras provas que

demonstrem a entrega e o recebimento da respectiva mercadoria. O

entendimento é da 4ª Turma do STJ,...”

DUPLICATA

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Page 27: Estabelecimento de política e risco de crédito

CANHOTO DA NOTA FISCAL

O CANHOTO serve de efeito para comprovação da entrega da mercadoria, em caso

de litígio judicial relacionado com o não cumprimento da obrigação (pagamento de

duplicata) pelo cliente, (instrumento de comprovação);

O canhoto que integra a NOTA FISCAL tem por total finalidade documentar a efetiva

tradição do bem enviado pelo REMETENTE AO DESTINATÁRIO.

Deverá ser anexada, devidamente datada e assinada, junto a via fixa da nota fiscal.

Esclareça-se dessa forma, que o comprovante de entrega não deverá ser assinado

pela transportadora, sabe-se que na prática algumas transportadoras adotam esse

procedimento de forma equivocada, vez que somente será admitido como prova de

entrega da mercadoria se estiver assinado pelo destinatário do produto.

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Page 28: Estabelecimento de política e risco de crédito

ENDOSSO: é o ato cambiario no qual se opera a transferência do crédito

representado no título “à ordem”.

Endossante ou endossador: é o sujeito ativo do ato cambiario.

Endossatário: é o sujeito passivo, o credor.

em regra não há limite para o número de endossos; quanto mais

endossos, maior será a garantia do título.

AVAL : é o ato cambiario pelo qual um terceiro, denominado avalista,

GARANTE o pagamento do título de crédito.

FIANÇA : É uma garantia cujo fiador, seja pessoa física ou pessoa jurídica se

constitui como principal responsável pelo pagamento das obrigações assumidas

pelo afiançado, pessoa física ou pessoa jurídica, caso esta não cumpra as

obrigações contratadas. A fiança é sempre estabelecida em relação a um contrato.

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Page 29: Estabelecimento de política e risco de crédito

Diferença entre AVAL e FIANÇA

1º) O AVAL é concedido SOMENTE NOS TÍTULOS DE CRÉDITO, enquanto

a FIANÇA é prestada nos contratos.

2º) Na FIANÇA é possível ser enfocado o chamado benefício de ordem,

enquanto que no AVAL não é possível tal privilégio.

Diferença entre AVAL e ENDOSSO

1º) O ENDOSSO é um meio de transferência de direitos dentro de um título,

mediante a assinatura do seu detentor legitimado no verso ou no anverso do título,

garantindo o endossatário salvo cláusula em contrário.

2º) o AVAL é apenas uma garantia, não necessitando ser firmado pelo

detentor do título (situação que no endosso é obrigatória), não transferindo a

propriedade.

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Page 30: Estabelecimento de política e risco de crédito

COBRANÇA

POLÍTICA DE COBRANÇA

Compreende os procedimentos adotados para cobrar as duplicatas a

receber quando elas vencem.

A eficiência da política de cobrança da empresa pode ser avaliada

parcialmente, observando-se o nível dos inadimplentes ou incobráveis.

Esse nível depende não só da política de cobrança, mas também da

política em que se baseou as concessão do crédito.

As abordagens mais usadas para se avaliar políticas de crédito e de

cobrança incluem o Índice de Períodos Médios de Cobrança e o

Cronograma de Vencimentos das Duplicatas a Receber em carteira.

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Page 31: Estabelecimento de política e risco de crédito

CRONOGRAMA DE VENCIMENTO DAS DUPLICATAS

Através deste cronograma, tem-se a proporção das duplicatas a receber

em carteira ou em cobrança bancária, que venceram em períodos

determinados.

Na medida em que esta técnica destaca possíveis irregularidades, os

analistas podem determinar as causas de problemas na política de crédito

e/ou cobrança.

A elaboração de um cronograma de vencimentos exige que as duplicatas a

receber da empresa sejam subdivididas em grupos, de acordo com a data

de vencimento.

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Page 32: Estabelecimento de política e risco de crédito

PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA

Um aumento nos esforços de cobrança deve reduzir o investimento em

duplicatas a receber e as perdas com incobráveis, elevando o lucro.

Os custos dessa estratégia podem incluir as vendas perdidas, além dos

maiores dispêndios com cobrança, se os esforços de cobrança forem

intensificados demais.

Em outras palavras, se a empresa pressionar seus clientes a pagar suas

contas, eles podem irritar-se e mudar de fornecedor.

Nesse sentido, a empresa deve ter o cuidado de não ser demasiadamente

agressiva nas suas ações de cobrança.

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Page 33: Estabelecimento de política e risco de crédito

Operacionalização da cobrança

As informações podem ser listadas, conforme proposto por Leoni (1998,p.

138), em três grupos:

Executiva: relação de clientes do mês e geral, relação de atrasos e relação

de clientes transferidos para cobranças externa.

Controle: resumo da carteira por ordem alfabética, resumo da carteira por

ordem de atraso e resumo da carteira por origem.

Gerenciais: análise de recebimentos diários por local, análise dos

descontos concedidos e análise dos juros recebidos.

Verifica-se que as informações, para serem organizadas em três grupos,

devem ser controladas de acordo com:

- ordem de vencimento;

- ordem alfabética;

- ordem localização;

- tipo de carteira;

- entradas e saídas diárias de título.

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Page 34: Estabelecimento de política e risco de crédito

Em razão desse controle, alguns relatórios devem ser emitidos:

Carteira Diária

Deve constar a posição diária da carteira de cobrança. Independente da sua

localização, separando-se em vencidos e a vencer. Vencidos, separando-se em

crédito em liquidação ou devedores duvidosos, as novas entradas, as saídas, os

descontos concedidos, os juros cobrados e um resumo totalizando a carteira.

Novas Entradas

As novas contratações devem ser relatadas de tal sorte que sejam devidamente

acompanhadas. Esse relatório deve ter caráter operacional e contábil.

Baixas de Pagamento

Os pagamentos que, recebidos, serão úteis para a contabilidade e demonstram a

movimentação – baixa – nas contas a receber, fornecendo informações importantes

para o setor de análise de crédito.

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Page 35: Estabelecimento de política e risco de crédito

Cobrança Interna

A carteira interna exige organização e controle muito bem elaborados,

cabendo responsabilidade redobrada para que as datas de cobranças e o

controle dos títulos sejam efetuados de forma ordenada.

As datas e os valores devem ser controlados com muita responsabilidade;

os funcionários que operam a carteira devem ser bem treinados na

operacionalização, pois, além de envolver as finanças, há os aspectos

legais envolvidos.

Recomenda-se que o controle seja efetuado de acordo com:

- data;

- valor;

- localização;

- nominal.

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Page 36: Estabelecimento de política e risco de crédito

No caso de atraso, não demorar mais do que três dias para contatar o

cliente. Em um primeiro momento por telefone, de forma educada e calma,

convide-o para vir conversar acerca do motivo do atraso no pagamento.

No segundo contato, ainda por telefone, tente verificar as causas do

atraso, não faça ameaças, seja cordial e gentil, pois o cliente não deve se

sentir ameaçado.

Utilizar o bom senso nas atitudes de cobranças. O cliente deve ser tratado

de forma gentil de forma a cumprir com o pagamento da dívida. Não se

esquecer de que o cliente bem tratado retorna para novos créditos.

Quando os pagamentos ocorrerem com cheques pré-datados, estes

devem ser guardados em cofre ou em local com a máxima segurança.

Havendo problemas com a cobrança do cheque, deve ser observada a

legislação que rege as negociações com os cheques.

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Page 37: Estabelecimento de política e risco de crédito

Cobrança Bancária

A cobrança bancária é uma prestação de serviço fornecida pelas instituições

financeiras às empresas.

Estas devem ter conta bancária na instituição financeira. A cada título cobrado deve-

se pagar uma taxa que varia de acordo com a instituição financeira.

Normalmente, os títulos de créditos são pagos por meio de um Boleto Bancário, que

substitui o título de cobrança – duplicatas, faturas, notas ficais etc.

Os boletos são títulos de compensação, ou seja, poderão, até o vencimento, ser

pagos em qualquer instituição financeira do sistema de compensação de títulos.

Normalmente, os tipos de cobrança bancária podem ser:

- cobrança simples;

- cobrança caução;

- cobrança desconto.

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Page 38: Estabelecimento de política e risco de crédito

Cobrança Simples

A cobrança simples é uma prestação de serviços que a instituição

financeira fará para seu cliente. A responsabilidade das instruções de

cobrança serão do cliente, prazo, multa, correção monetária e protesto.

Cabe à instituição financeira efetuar a cobrança e creditar o valor na conta

do cliente.

Cobrança Caução

A cobrança caução envolve um título de crédito – letras de câmbio,

duplicatas, notas promissórias ou outros títulos. A instituição financeira

credita o valor, descontados os encargos correspondentes e recebe os

títulos a vencer, ou seja, a empresa desconta os títulos a vencer. Caso não

queira descontar o título, enquadra-se na cobrança simples. Os valores

dos encargos – juros e correção monetária – devem ser negociados entre

a empresa e a instituição financeira.

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Page 39: Estabelecimento de política e risco de crédito

Cobrança Desconto

Semelhante à cobrança caução, os títulos são descontados, normalmente

duplicatas, faturas e demais títulos de cobrança, os valores são devidamente

creditados, descontados os encargos contratados. No caso da falta de pagamento

do título, o valor correspondente é debitado da conta da empresa. As instruções de

cobrança são de responsabilidade da empresa, incluindo-se a instrução de protesto.

O controle da Carteira de Cobrança Bancária deve ocorrer como na Carteira Interna,

redobrando-se os cuidados relativos ao recebimento, pois as informações serão

encaminhadas pela instituição financeira. Ocorrendo erros, a responsabilidade é da

empresa diante de seu cliente.

Encargos incidentes

Os encargos incidentes nos títulos cobrados devem ser estipulados nas transações

e devem constar dos instrumentos contratuais.

Os encargos normalmente cobrados são: multas e juros de mora.

No caso de antecipação de pagamento, devem ser estipulados os descontos a

serem concedidos aos clientes.

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Page 40: Estabelecimento de política e risco de crédito

Cobrança Terceirizada – EMPRESAS DE COBRANÇA

A cobrança terceirizada ocorre por uma empresa especializada em cobrança,

principalmente quando a empresa emitente do título não dispõe de estrutura para

efetuar as cobranças. A empresa cobradora efetua cobranças para várias outras

empresas, é altamente especializada no desenvolvimento dessa atividade.

O pagamento para a empresa cobradora ocorre com base em percentual,

previamente acordado, calculado sobre o valor do título de cobrança. Havendo

atraso no pagamento do título, a empresa toma todas as providências para uma

cobrança contenciosa, desde as providências do protesto até a cobrança judicial.

Para as empresas emitentes de títulos de cobranças, que não dispõem de

configurado. Os telefonemas devem ser feitos por pessoal devidamente treinado,

para não criar clima de conflito.

O objetivo é receber, se possível fazer o cliente vir dialogar. Saber o motivo do

atraso auxilia muito a cobrança, pois pode ser renegociado o crédito.

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Page 41: Estabelecimento de política e risco de crédito

Cobradores próprios

A cobrança deve ser efetuada por pessoal muito bem treinado, capaz de

dialogar sem ferir o orgulho do cliente, inclusive com poder de

renegociação.

A cada cobrança efetuada deve o cobrador efetuar depósito bancário na

conta da empresa.

Cobradores externos

A empresa contratada deve demonstrar habilidade no tratamento e

cobrança dos clientes.

Todas as orientações e condições de cobrança devem ser estabelecidas

no contrato entre empresa e o cobrador.

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Page 42: Estabelecimento de política e risco de crédito

Protesto de títulos

O protesto é uma forma de cobrança legal, ou seja, vencido o título, o

protesto constitui-se em registrar em um cartório que o título de crédito não

foi pago na data do vencimento e está sendo registrado em local

apropriado – cartório de protesto – e, depois, poderá ser cobrado

judicialmente.

Todos os títulos de créditos, cheque, duplicatas, faturas, nota promissória,

letra de câmbio e outros formalmente constituídos, podem ser protestados

e devem ser formalizados no cartório de protesto e devem ser pagas as

taxas estipuladas pelo poder público.

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Page 43: Estabelecimento de política e risco de crédito

ARQUIVOS CNAB

O CNAB, ou gerador de arquivo padrão CNAB, foi criado pela FEBRABAN com a

finalidade de se permitir uma troca de arquivos entre bancos e clientes.

A partir disto, foi possível otimizar o processo de cobrança dos bancos e seus

clientes, oferecendo maior agilidade e confiança nas informações, reduzindo

inclusive o risco de inclusão indevida nos órgãos de proteção ao crédito.

CNAB que é o formato padrão de informações necessárias a ser adotado na

prestação dos serviços bem como o layout que deverá ser utilizado. Os bancos

usam o padrão Febraban CNAB 400 ou 240 para receber (remessa) e enviar

(retorno) informações para as empresas clientes usando arquivos.

Dentre as informações podemos citar: cobrança (boletos bancários), pagamentos,

extrato (para conciliação), débito em conta, vendor e custódia de cheques. Cada um

destes produtos tem seu fluxo de informação e portanto um layout.

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Page 44: Estabelecimento de política e risco de crédito

MODALIDADES DE COBRANÇA

Existem dois tipos de cobrança, conforme as características abaixo:

a)Cobrança registrada: É a modalidade de Cobrança na qual os dados dos títulos

ficam registrados no Banco até sua Liquidação ou Baixa.

b)Cobrança não registrada: É a modalidade de Cobrança na qual os dados dos

títulos não são registrados no Banco.

a)Cobrança registrada:

1)Arquivo Remessa: É a forma pela qual a empresa envia ao Banco os dados

relativos a entrada de títulos e/ou suas instruções.

2)Arquivo Retorno: É a forma pela qual o Banco informa à empresa a movimentação

de sua cobrança.

3)Arquivo Existência : É a forma pela qual o Banco informa à empresa quais os

títulos que compõem a sua carteira de cobrança. Este arquivo é opcional.

4)Arquivo CEP: É a forma pela qual o Banco informa à empresa sobre as praças

atendidas fornecendo o intervalo de CEP´s de cada agência.

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Page 45: Estabelecimento de política e risco de crédito

b)Cobrança não registrada:

1)Arquivo Remessa: É a forma pela qual a empresa envia os dados da

cobrança para a emissão dos bloquetos pelo Banco (com código de barras

).

2)Arquivo Retorno: Informa ao cliente as liquidações dos títulos.

3)Arquivo Existência : Não existe este tipo de arquivo na Cobrança sem

Registro.

4)Arquivo CEP: É a forma pela qual o Banco informa à empresa sobre as

praças atendidas fornecendo o intervalo de CEP´s de cada agência

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Page 46: Estabelecimento de política e risco de crédito

BOLETO BANCÁRIO

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Page 47: Estabelecimento de política e risco de crédito

“O que é um Boleto Bancário”

O boleto representa um título de cobrança pagável em qualquer agência bancária do

território nacional, homebanking, casas lotéricas, supermercados e agências dos

correios durante o período de vencimento.

“Partes do Boleto”

Segundo o manual da FEBRABAN - Federação Brasileira das Associações de

Bancos - o boleto deve conter duas partes, Recibo do Sacado e Ficha de

Compensação.

Recibo do Sacado: O ''layout'' e os dados a serem apresentados neste recibo serão

definidos pelo emissor (Cedente), salvo quando o mesmo for pré-estabelecido pelo

Banco.

O Recibo do Sacado fica em poder do Sacado para que ele possa, sempre que

necessário, comprovar o pagamento do seu documento de cobrança.

O Cedente poderá utilizar o layout que desejar, porém não pode deixar de ter os

campos: Nome do Cedente, Agência/Código do Cedente, Valor do Título,

Vencimento, Nosso Número, Nome do Sacado.

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Page 48: Estabelecimento de política e risco de crédito

Ficha de Compensação:

Fica em poder do banco para que seja encaminhado para a compensação

bancária, quando o boleto é pago.

A ficha de compensação deve conter as seguintes dimensões:

Altura - mínima de 95mm e máxima de 108mm;

Largura - mínima de 210mm para o papel tipo A4.

A ficha de compensação é sempre padronizada e deve obedecer as regras

de cada Banco, exibindo o código de barras e a linha digitável que

informam os dados para a identificação automática da conta para crédito a

ser utilizada na compensação bancária.

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Page 49: Estabelecimento de política e risco de crédito

“Elementos Importantes de um Boleto”

Código de Barras: É uma forma de representação gráfica de dígitos numéricos,

contendo informações relativas à cobrança a serem lidas por um leitor de código de

barras laser.

Linha Digitável: É a representação numérica do código de barras, contendo todas as

informações necessárias para a identificação da conta para crédito da cobrança que

está sendo realizada. Segundo a FEBRABAN, à direita do código do banco será

impressa a representação numérica do conteúdo do código de barras, que servirá

para digitação quando o mesmo apresentar impossibilidade de captura, via leitora de

código de barras laser.

A linha digitável é utilizada para pagamentos em auto-atendimento e home-

bankings.

Nosso Número: Como forma de identificação do boleto perante a área de cobrança,

foi criado o ''nosso número'' a ser montado conforme as regras estipuladas nos

manuais de cada Banco, sendo o mesmo, localizado no canto superior da Ficha de

Compensação.

Cedente

Quem emite a cobrança. Ou seja, aquele que irá receber a quantia cobrada.

Sacado

Quem deve efetuar o pagamento do bloqueto

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Page 50: Estabelecimento de política e risco de crédito

“FRANCESINHA”

Informações na forma de relatórios que são enviados pelas instituições

financeiras para acompanhamento das movimentações dos títulos

(duplicatas em cobrança bancária).

A medida que são quitados os boletos o banco envia o relatório diário com

as liquidações. (extrato de movimentações de títulos)

“BAIXAS”

É a saída de um título da carteira do banco. Pode ocorrer por diversos

motivos, entre eles, por pagamento (quitação), por ter sido protestado, por

ter sido pago em cartório, por instrução do credor, por estar vencido há

muito tempo etc.

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Page 51: Estabelecimento de política e risco de crédito

“BANCOS CORRESPONDENTES”

Caso o banco utilizado para cobranças não tenha agência na praça do devedor, este

banco transfere a cobrança a outro banco daquela praça, chamado de banco

correspondente, que faz a cobrança e repassa ao primeiro banco.

“FLOAT” OU “FLOATING” BANCÁRIO

Quando recebemos um cheque de um cliente, temos o crédito, mas até que este

cheque não seja creditado por nosso banco não dispomos do dinheiro.

Ou quando um cliente quita um boleto, o valor não é disponibilizado ao credor no

mesmo dia. Normalmente se usa termos como “D+1” ou “D+2”, demonstrando

quantos dias levarão até que o valor seja liberado após o pagamento, ou seja, 1 ou

2 dias após a quitação.

Podemos definir o float como o prazo que separa essas duas datas, uma teórica e

outra posterior real.

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Page 52: Estabelecimento de política e risco de crédito

INADIMPLÊNCIA X INSOLVÊNCIA

INADIMPLÊNCIA : Significa o não cumprimento ou a não satisfação

daquilo a que se está obrigado, dentro do prazo convencionado. Refere-se

propriamente ao contrato ou à obrigação não executada ou não cumprida.

Juridicamente, o inadimplemento da obrigação não libera o devedor de seu

cumprimento. Ao contrário, pode trazer em resultado a agravação de

encargos, pois lhe podem ser exigidas certas compensações, como sejam,

juros de mora e multas contratuais. Vulgarmente, é o não pagamento da

dívida.

INSOLVÊNCIA : É um fato objetivo, econômico, que traduz a falta ou a

inexistência de patrimônio do devedor para saldar seus débitos. Pode-se

determinar um direcionamento à uma falência.

.

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Page 53: Estabelecimento de política e risco de crédito

PRAZO PRESCRITIVO DA DUPLICATA E O PROTESTO DO TÍTULO

A Lei das Duplicatas, art. 18, estabelece prazo prescritivo de 3 anos, após

o vencimento, contra o sacado e respectivo avalista.

Contra os endossantes e seus avalistas o prazo é de um ano, contado da

data do protesto. O protesto, por sua vez, deve ser efetuado na praça de

pagamento constante da duplicata, no prazo de 30 dias a contar de seu

vencimento, isto para não perder, por parte do credor, o direito creditício

contra os coobrigados (endossantes e seus avalistas). Contra o devedor

principal e seu avalista não é necessário o protesto.

OBS: Para protestar a Duplicata Sem Aceite (sem a assinatura do

devedor), é necessário: Duplicata Mercantil - Apresentação do título

original, cópia da Nota Fiscal e canhoto comprovante de entrega da

mercadoria.

.

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Page 54: Estabelecimento de política e risco de crédito

NOVAÇÃO

A novação, que é regida pelo Código Civil Brasileiro em seus artigos 999 a

1.008, ocorre nos seguintes casos:

O devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir a

anterior;

O devedor for substituído por um novo devedor;

O credor for substituído por outro, ficando o devedor desobrigado com o

anterior.

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Page 55: Estabelecimento de política e risco de crédito

1. Protesto

2.

A lei 9.492/97 em seu artigo 1º. define protesto como sendo o ato formal e

solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação

originada em títulos e outros documentos de dívida. O protesto é um ato jurídico,

que em caso de protesto cambiário, constitui a prova da falta de pagamento de

um título de crédito.

Para a efetivação do protesto devem ser cumpridas duas fases:

a) o apontamento do título para protesto, momento em que ocorre a notificação do

devedor a fim de efetuar o pagamento do título no prazo especificado;

b) a lavratura do protesto no cartório de protestos, que se concretiza em decorrência

do não pagamento do título por parte do devedor dentro do prazo estabelecido na

notificação do apontamento. Ressaltamos que com o protesto, o devedor é tido

como inadimplente e enquanto não houver o cancelamento deste registro negativo

sofrerá restrições em relação a créditos e outras circunstâncias afins.

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Page 56: Estabelecimento de política e risco de crédito

2. Sustação e cancelamento de protesto

A sustação (interrupção ou suspensão) do protesto pode ser feita mediante

procedimento judicial específico através de medida liminar obtida em ação cautelar

destinada a impedir a efetivação do protesto. Este tipo de ação é uma preparatória

para a ação principal ordinária de anulação de título e normalmente é intentada para

evitar protestos indevidos que venha prejudicar injustamente uma pessoa que está

sendo acusada de inadimplemento de uma obrigação.

O cancelamento do protesto constitui um ato a ser praticado após a lavratura efetiva

do protesto, objetivando desconstituir a mácula deixada pelo ato. O cancelamento

pode ser pela via administrativa, hipótese em que o interessado requer junto ao

cartório que procedeu ao protesto, mediante apresentação do original do título de

crédito devidamente pago. Também pode se dá o cancelamento, mesmo sem o

pagamento do título, nos casos em que a cobrança é indevida, o título tem algum

vício ou emitido de forma irregular ou ilegal. Nesta hipótese, o interessado deve

ingressar com uma ação judicial objetivando o cancelamento de protesto.

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Page 57: Estabelecimento de política e risco de crédito

3. Cobrança e execução judicial

A cobrança de títulos de crédito se dá de forma administrativa, quando o devedor

não cumpre o pagamento no vencimento e é procurado pelo credor, seu

representante ou procurador para a quitação de sua dívida.

Contudo, quando não atende ao chamamento administrativo e não paga o débito, o

credor poderá ajuizar ação de cobrança, em que fará a execução do devedor com

base no título de crédito.

Os títulos de créditos constituem títulos executivos extrajudiciais. Não é necessária a

propositura de uma ação judicial para provar a existência da dívida.

O título devidamente protestado já é suficiente para o credor ingressar com ação de

execução judicial visando a cobrança do principal, mais juros, honorários

advocatícios e demais despesas decorrentes do inadimplemento.

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Page 58: Estabelecimento de política e risco de crédito

AÇÃO JUDICIAL PARA COBRANÇA DA DUPLICATA

Desde que seja um título de crédito, a cobrança da duplicata dar-se-á através da

ação executiva.

Não devemos esquecer que a duplicata sem o aceite expresso, para a ação

executiva, deve estar acompanhada do comprovante da entrega da mercadoria,

além do protesto.

A consumação do aceite tácito também é necessária. “O sacado não tenha,

comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos

motivos previstos nos arts. 7.º e 8.º desta lei” (art. 15 da Lei n.º 5.474/68).

Recorda-se que se dá o aceite tácito, quando não houver a comunicação da recusa

no prazo legal, que é de 10 dias.

“Mesmo que o crédito seja originário de compra e venda mercantil com pagamento

a prazo, e possa haver emissão das respectivas duplicatas, - decidiu o tribunal –

pode o credor optar por receber seu crédito via ação monitória27 nos termos do art.

1.102-a do CPC, pois a simples emissão dos títulos não caracteriza liquidez e

certeza da dívida” (in RT 744/252).

.

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Page 59: Estabelecimento de política e risco de crédito

Concordata

Concordata era um termo que existia no Brasil até 2005 e servia como um

instrumento para evitar a falência.

Mas por conta da lei que regulamentava a concordata, que impunha certos

pagamentos e prazos, acabava levando as empresas concordatárias à

falência.

Desde então a concordata foi substituída por outro instrumento, chamado

de recuperação judicial cujo o objeto é evitar a falência (morte) da

empresa.

A recuperação judicial, diferente da concordata, é muito mais flexível,

deixando a cargo do administrador judicial (pessoa que passa a fiscalizar a

empresa em dificuldades em nome da justiça) e do comitê de credores

(que representa aquelas pessoas afetadas diretamente pelas dificuldades

da empresa: credores e empregados) a formulação e aprovação de um

plano de recuperação judicial.

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Page 60: Estabelecimento de política e risco de crédito

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Muito Obrigado

Professor Alexandre [email protected]

Material da Aula: http://1drv.ms/1zTcdpz

Page 61: Estabelecimento de política e risco de crédito

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TRABALHOS E APRESENTAÇÕES

TRABALHO 1:

- TIPOS DE FORMAÇÃO DE PREÇOS

- ANÁLISE DE CRÉDITO “TERMOMETRO DE KANITZ”

- OS 5 C´S DE CRÉDITO

- FLUXO DE CAIXA (TIPOS E EXEMPLOS)

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TRABALHOS E APRESENTAÇÕES

TRABALHO 2:

ESCOLHER UM LIVRO PARA RESENHA:

1. Vantagem competitiva das nações, de Michael Porter2. Blink: a decisão num piscar de olhos, de Malcolm Gladwell, autor de “O ponto da virada”

e “Fora de série3. Think and grow rich (no Brasil, "Quem pensa enriquece"), de Napoleon Hill4. Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie5. Em Frente! - Como a Starbucks lutou por sua vida sem perder a alma, de Howard Schultz

(CEO da Starbucks)6. Gestão de Custos e Formação de Preços: Adriano Leal Bruni Rubens Famá