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Especialização em Direito Tributário

Princípios Tributários - continuação

Prof. Rafael Antonietti Matthes Doutorando e Mestre em Direito Ambiental - Especialista

em Direito Tributário - MBA em Gestão do Agronegócio - Tecnólogo em Gestão Ambiental -

Professor universitário, consultor e palestrante nas áreas do Dir. Ambiental e Tributário -

Consultor da ONU/PNUD em Sustentabilidade na RIO+20

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Princípio da Anterioridade Tributária

Anterioridade e o prazo especial para as

Contribuições Social-Previdenciárias (art. 195, §6º):

§ 6º As contribuições sociais de que trata este

artigo só poderão ser exigidas após decorridos

noventa dias da data da publicação da lei que as

houver instituído ou modificado, não se lhes

aplicando o disposto no art. 150, III, "b“.

Modificação que cause aumento – lembrar da

Súmula Vinculante 50.

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Princípio da Anterioridade Tributária

Anterioridade e a EC 32/01

- Art. 62, §2º - permite a utilização de MP em

matéria tributária;

- § 2º Medida provisória que implique instituição ou

majoração de impostos, exceto os previstos nos

arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no

exercício financeiro seguinte se houver sido

convertida em lei até o último dia daquele em

que foi editada.

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- Exceções: II, IE, IOF, IPI e IEG.

- A regra se aplica apenas aos impostos.

- Ou seja, a necessidade de conversão em lei até

o último dia do ano da edição do MP não se

aplica: a) II, IE, IOF, IPI e IEG; b) Taxas, CM e CIDEs

– aplica-se a anterioridade, independentemente

da conversão; c) EC – Não são objeto de MP; d)

Cont. Social - Previdenciárias – 90 dias da regra

especial fluem a partir da edição original da MP.

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- Demais impostos que respeitam a regra do artigo

62, §2º, CF:

- Respeita não só o ano seguinte, quanto também

noventa dias. Muito cuidado!!!

- Conta-se da data da publicação ou da

conversão?

-

Questão discutida – STF tem entendimento que

seja da publicação da MP.

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- Exemplos páginas 128 e 129.

- ANTERIORIDADE ESPECIAL E A MP

De acordo com o STF, o prazo deverá fluir a partir

da edição da MP (aumento ou modificação).

De acordo com o STF, no entanto, o prazo será de

90 dias a partir da conversão em lei, se, e somente

se, houver alteração SIGNIFICATIVA no texto

originário (conversão parcial).

-Casos práticos – fls. 133/134/135

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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA

Fundamento Jurídico:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantiasasseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aosEstados, ao Distrito Federal e aos Municípios (...): III -cobrar tributos: a) em relação a fatos geradoresocorridos antes do início da vigência da lei que oshouver instituído ou aumentado.

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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA

Decorre do postulado da segurança jurídica e tem como objetivo impedir que novas leis tributem fatos ocorridos antes de sua vigência.

Exceções (art. 106, CTN):

Lei meramente interpretativa;Lei mais benéfica em matéria de infração.

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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA

Art. 105. A legislação tributária aplica-seimediatamente aos fatos geradores futuros e aospendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrênciatenha tido início mas não esteja completa nos termosdo artigo 116.

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Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:a) quando deixe de defini-lo como infração;b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

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c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

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PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA

O fato gerador do IR é considerado continuado oupendente. Neste caso, havendo alteração legislativadurante o ano, a nova lei deverá ser respeitada?Qualquer tentativa de aplicar nova lei, nestes casos,violará a irretroatividade. Súmula 584, STF não foirecepcionada pela CF/88.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

Art. 151. É vedado à União:(...)III - instituir isenções de tributos da competência dosEstados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

O referido princípio proíbe que a União concedaisenção de tributos que não estão no seu plano decompetência tributária.

Hugo de Brito: essa regra tem apenas o mérito deeliminar controvérsias, eis que, na verdade, bastariao silencia constitucional.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

Trata-se de uma garantia que guarnece o pactofederativo, quando obsta a interferência de entesmaiores no plano arrecadatório dos menores.

A proibição se refere à isenção, porém, nada impedeque ela se estenda a outros benefícios, como anistia,remissão etc.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

E os Estados em relação aos tributos municipais?

A referida regra poderia ser alterada por EC?

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

Na CF anterior, mediante LC e entendendo relevanteo interesse social e econômico nacional, a Uniãopoderia conceder isenções de impostos estaduais oumunicipais.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

Ressalvas:

• Art. 159, §3º, II, CF: possibilidade de concessãopela União, por lei complementar, de isençãoheterônoma de ISS, nas exportações de serviços.

• Art. 155, §2º, XII, “e”, CF: era considerada umaisenção heterônoma até o advento da EC42/2003, que transformou-a em imunidade –ICMS e as operações com serviços e outrosprodutos destinados ao exterior.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

• Tratados e convenções internacionais?

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

Isenções heterônomas e os territórios:

Nos territórios, a União poderá isentar todos ostributos cuja competência tributária possui, ou seja,federais, estaduais e municipais, desde que, comrelação a estes, os territórios não sejam divididos emMunicípios.

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇOES HETERÔNOMAS

Moratórias heterônomas :

O CTN prevê casos de moratória heterônoma (art.152, I, b, CTN), como aquela concedida pela Uniãoquanto a tributos de competência dos Estados, DF eMunicípios. Trata-se de possibilidade excepcional,sendo condicional, uma vez que a União deveconceder, simultaneamente, moratória dos própriostributos federais.

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PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

Art. 150 (...) § 5º A lei determinará medidas paraque os consumidores sejam esclarecidos acerca dosimpostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

De acordo com o artigo 150, § 5º, da ConstituiçãoFederal, deveriam ser determinadas medidas paraque os consumidores fossem esclarecidos acerca dostributos que incidam sobre mercadorias e serviços.

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PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

Usualmente se fala em “transparência” comocerteza, previsibilidade, ou seja, como uma projeçãoespecífica do princípio da segurança jurídica.

Nesse sentido, as normas tributárias devem serclaras e compreensíveis, a fim de que o contribuintetenha certeza acerca das suas obrigações tributárias.

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PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

Não se trata de mera exigência da política e da éticatributárias. Trata-se de um verdadeiro, porém poucoestudado, princípio jurídico-constitucional, queencontra fundamento imediato nos arts. 145, § 1º,150, §§ 5º e 6º, e 167, § 6º, da Constituição daRepública; e assenta-se, de forma mediata, noprincípio republicano (art. 1º, caput), no princípio daigualdade tributária (art. 150, II), bem como nosprincípios da publicidade, da moralidade e daimpessoalidade da Administração Pública (art. 40,caput).

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PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

No artigo 145, § 1º, da Carta Constitucional, deparamo-nos com opostulado da transparência frente à fiscalização tributária, na medida emque se faculta “à administração tributária, especialmente para conferirefetividade a esses objetivos [pessoalidade e graduação dos impostossegundo a capacidade econômica do contribuinte], identificar, respeitadosos direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos eas atividades econômicas do contribuinte”.

Esse dispositivo constitucional subjaz à polêmica acerca da oposição dosigilo bancário ao Fisco, questão que envolve um conflito entre asexigências de transparência e igualdade, de um lado, e a garantia daprivacidade, de outro.

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PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

O princípio em apreço requer também atransparência na destinação dos recursos dascontribuições, o que é um pressuposto para afiscalização do cumprimento, por parte do poderpúblico, do seu dever constitucional de aplicar asreceitas, com elas angariadas, nas suas finalidadespróprias (STF, ADI 2.925).

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No âmbito internacional, há, um forte movimentopela transparência das operações dos contribuintes edas informações fazendárias, com a criação, na OCDE(Organização para a Cooperação e DesenvolvimentoEconômico), do Fórum Global sobre Transparência eIntercâmbio de Informações para Fins Tributários(Global Forum on Transparency and Exchange ofInformation for Tax Purposes), do qual o Brasil émembro, sendo periodicamente avaliado quanto àspráticas de transparência e intercâmbio deinformações.

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Nesse diapasão, insere-se o Plano de Ação contra aErosão de Bases Tributárias e o Deslocamento deLucros (Action Plan on Base Erosion and ProfitShifting), lançado pelo OCDE em 2013, com oobjetivo de combater o planejamento tributárioagressivo e a sonegação tributária no planointernacional.

Percebe-se ser a transparência um dos pilares de umnovo paradigma de abertura e cooperação nasrelações entre o Fisco e os contribuintes,imprescindível à consecução do ideal de umatributação harmônica, ética e justa.

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PRINCÍPIOS INERENTES À FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS

Capacidade contributiva

Comando destinado ao legislador. Todos os tributosdevem ser graduados conforme a capacidadeeconômica do contribuinte.

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PRINCÍPIOS INERENTES À FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS

Capacidade contributiva

Art. 145 (...) § 1º: Sempre que possível, os impostos* terãocaráter pessoal e serão graduados segundo a capacidadeeconômica do contribuinte, facultado à administraçãotributária, especialmente para conferir efetividade a essesobjetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nostermos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividadeseconômicas do contribuinte.

*STF: não é só para impostos, mas para todos os tributos.

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PRINCÍPIOS INERENTES À FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS

Técnicas:

Progressividade:

As alíquotas variam de acordo com o aumento oudiminuição da base de cálculo de um dado tributo.

Exemplos: IR (art. 153, §2º, I da CF), ITR (art. 153,§4º, I da CF), IPTU (art. 156, §1º, I e 182, §4º, II, CF) eITCMD.

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Progressividade:

Progressividade fiscal: alíquotas progressivas para ocumprimento da capacidade contributiva (*somentepode ser utilizada se o tributo for revelador dacapacidade, ou seja, incide sobre FG presuntivos deriqueza).

Progressividade extrafiscal: visa objetivo alheio àtributação segundo a capacidade contributiva.Exemplo: ITR progressivo para desestimularpropriedades improdutivas (art. 153, §4º, I da CF).

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Progressividade:

Progressividade fiscal: alíquotas progressivas para ocumprimento da capacidade contributiva (*somentepode ser utilizada se o tributo for revelador dacapacidade, ou seja, incide sobre FG presuntivos deriqueza).

Progressividade extrafiscal: visa objetivo alheio àtributação segundo a capacidade contributiva.Exemplo: ITR progressivo para desestimularpropriedades improdutivas (art. 153, §4º, I da CF).

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Progressividade:

Progressividade do IPTU:

Tem três sistemas diferentes de alíquotas:

a) Alíquotas progressivas no tempo, em razão do usoinadequado do solo urbano – art. 182, §4º, II da CF)

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Progressividade:

b) Alíquotas progressivas em função do valor doimóvel – art. 156, §1º, I da CF (progressividade fiscal);

c) Alíquotas progressivas de acordo com o binômicolocalização e uso do imóvel - art. 156, §1º, II da CF.Deve combinar ambos os fatores.

*STF: as alíquotas b e c são aceitas apenas com apublicação da EC 29/2000.

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Progressividade do ITCMD:

STF: RE 562045/RS – 06.02.2013:“é possível aferir a capacidade contributiva do sujeitopassivo do ITCMD (...) não teria como descambarpara o confisco, porquanto haveria o controle do tetodas alíquotas pelo Senado Federal”.

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b) Proporcionalidade

Alíquota sempre fixa aplicável a uma base de cálculovariável. Essa regra não alcança a capacidadecontributiva, pois tributa igualmente os desiguais.

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c) Seletividade

Alíquotas variam conforme a essencialidade doproduto ou do serviço. No Brasil, encontramos naConstituição brasileira previsão expressa quanto àaplicação da seletividade no Imposto sobre ProdutosIndustrializados – IPI (artigo 153, § 3º, I da CF/88), noImposto sobre a Circulação de Mercadorias eServiços – ICMS (artigo 155, § 2º, III da CF/88). Aseletividade é obrigatória para o IPI e facultativa parao ICMS.