especial ensino

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ECONOMIA 28 de Junho de 2012 Ensino de qualidade em ambiente propício à aprendizagem Escolas da região mostram dinamismo ao divulgar a sua oferta educativa Maria Celeste Sousa - Directora da Escola Secundária Santa Maria do Olival - Tomar Dolores Barbera - Directora da escola “English 4 You” - Torres Novas José Possante - Director da Escola Secundária Jácome Ratton, Tomar Luciano Vitorino - Director Pedagógico da Escola Profissional de Rio Maior Duarte Bernardo - Director da Escola Profissional de Salvaterra de Magos Francisco Neves - Director da Escola Secundária do Entroncamento Adelaide Carvalho - directora da Escola Secundária de Benavente Isabel Coelho - Directora do Agrupamento de Escolas José Relvas - Alpiarça Eunice Lopes - Directora Pedagógica da Escola Profissional de Torres Novas Maria Adélia Esteves - directora da Escola Secundária Sá da Bandeira, Santarém Teodoro Roque - Director do Agrupamento de Escolas Alves Redol, Vila Franca de Xira Cristina Pereira - directora do Cavendish House - Instituto de Línguas de Azambuja Isabel Silva - Directora do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere Eugénio de Almeida - Presidente do Instituto Politécnico de Tomar Ana Catarina Craveiro - Directora da Escola Secundária Maria Lamas - Torres Novas Fundadoras da “The Learning Spot - Escola de Línguas e Estudo Acompanhado” - Abrantes Manuela Esménio - Directora do Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos Sónia Seixas - Subdirectora da Escola Superior de Educação, Santarém Irene Guedes - Escola Profissional Gustave Eiffel do Entroncamento Frederico Nunes - Director da Escola Secundária de Alcanena Teresa Serrano - Vice Presidente do Instituto Politécnico de Santarém Anabela Almeida - directora da Escola Secundária Marquesa de Alorna, Almeirim Maria Salomé Rafael - Presidente da Direcção das Escolas Profissionais de Coruche e de Hotelaria e Turismo de Lisboa Especial Ensino Nesta edição de O MIRANTE há mais de duas dezenas de escolas que se apresentam publicamente, quer através de mensagens publicitárias, quer através de informações úteis fornecidas pelos seus responsáveis. Este suplemento não é um guia de todas as escolas da área de abrangência do jornal. Mas é, seguramente, um guia dos estabelecimentos de ensino empenhados na informação de estudantes, pais e encarregados de educação. Um guia de estabelecimentos em condições de preparar quem os procura, para o competitivo universo do mercado de trabalho.

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Duarte Bernardo - Director da Escola Profissional de Salvaterra de Magos Maria Adélia Esteves - directora da Escola Secundária Sá da Bandeira, Santarém Ana Catarina Craveiro - Directora da Escola Secundária Maria Lamas - Torres Novas Sónia Seixas - Subdirectora da Escola Superior de Educação, Santarém Dolores Barbera - Directora da escola “English 4 You” - Torres Novas Maria Celeste Sousa - Directora da Escola Secundária Santa Maria do Olival - Tomar

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ECONOMIA 28 de Junho de 2012

Ensino de qualidade em ambiente propício à aprendizagem

Escolas da região mostram dinamismo ao divulgar a sua oferta educativa

Maria Celeste Sousa - Directora da Escola Secundária Santa Maria do Olival - Tomar

Dolores Barbera - Directora da escola “English 4 You” - Torres Novas

José Possante - Director da Escola Secundária Jácome Ratton, Tomar

Luciano Vitorino - Director Pedagógico da Escola Profi ssional de Rio Maior

Duarte Bernardo - Director da Escola Profi ssional de Salvaterra de Magos

Francisco Neves - Director da Escola Secundária do Entroncamento

Adelaide Carvalho - directora da Escola Secundária de Benavente

Isabel Coelho - Directora do Agrupamento de Escolas José Relvas - Alpiarça

Eunice Lopes - Directora Pedagógica da Escola Profi ssional de Torres Novas

Maria Adélia Esteves - directora da Escola Secundária Sá da Bandeira, Santarém

Teodoro Roque - Director do Agrupamento de Escolas Alves Redol, Vila Franca de Xira

Cristina Pereira - directora do Cavendish House - Instituto de Línguas de Azambuja

Isabel Silva - Directora do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere

Eugénio de Almeida - Presidente do Instituto Politécnico de Tomar

Ana Catarina Craveiro - Directora da Escola Secundária Maria Lamas - Torres Novas

Fundadoras da “The Learning Spot - Escola de Línguas e Estudo Acompanhado” - Abrantes

Manuela Esménio - Directora do Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos

Sónia Seixas - Subdirectora da Escola Superior de Educação, Santarém

Irene Guedes - Escola Profi ssional Gustave Eiffel do Entroncamento

Frederico Nunes - Director da Escola Secundária de Alcanena

Teresa Serrano - Vice Presidente do Instituto Politécnico de Santarém

Anabela Almeida - directora da Escola Secundária Marquesa de Alorna, Almeirim

Maria Salomé Rafael - Presidente da Direcção das Escolas Profi ssionais de Coruche e de Hotelaria e Turismo de Lisboa

Especial Ensino

Nesta edição de O MIRANTE há mais de duas dezenas de escolas que se apresentam publicamente, quer através de mensagens publicitárias, quer através de informações úteis fornecidas pelos seus responsáveis. Este suplemento não é um guia de todas as escolas da área de abrangência do jornal. Mas é, seguramente, um guia dos estabelecimentos de ensino empenhados na informação de estudantes, pais e encarregados de educação. Um guia de estabelecimentos em condições de preparar quem os procura, para o competitivo universo do mercado de trabalho.

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Preparar os jovens para terem sucesso respeitando os outros

Maria Celeste Sousa, Directora da Escola Secundária Santa Maria do Olival - Tomar

A Escola Secundária San-ta Maria do Olival (ESSMO), herdeira do Liceu Nacional de Tomar, tem como mis-são “ensinar aos alunos uma forma de vida que os leve ao sucesso, fazendo-os crescer livres, solidários e responsá-veis, através de um ensino de qualidade e de aprendi-zagens bem sucedidas”. De acordo com a directora, Ma-ria Celeste Sousa, os profes-sores constituem uma equi-pa estável (90% pertencem ao quadro da escola) sendo de realçar o seu empenho e esforço na motivação dos alunos. “Privilegiamos o de-senvolvimento de competên-cias essenciais à formação in-tegral dos adolescentes tais como o rigor, a responsabili-dade, a disciplina, o respeito por si próprios e pelos outros, a curiosidade, a reflexão, o trabalho, a persistência, a tolerância, o voluntariado, a solidariedade e a coope-ração”, descreve. Dos cerca de 90% dos alunos que anu-almente ingressam no ensi-no superior, 66% entram na primeira opção, realça.

A responsável recorda que, na avaliação realizada por uma equipa de avalia-

ção externa coordenada pe-la Inspecção Geral de Edu-cação e Ciência, a ESSMO obteve “muito bom” nos domínios dos resultados, li-derança e gestão escolar e “bom” na prestação do ser-viço educativo. Em relação a instalações a escola está apetrechada com materiais e equipamentos pedagógi-cos/didácticos e dotada de modernos laboratórios. As salas de aula foram recente-mente remodeladas e equi-

padas com novo mobiliário e “a escola oferece excelen-tes condições de bem estar, tranquilidade e segurança”, garante. Celeste Sousa acres-centa que, na sua escola, os alunos trabalham para “um ambiente saudável e segu-ro”, cooperando com o Ga-binete de Mediação, criado para resolver conflitos entre pares, participando no Des-porto Escolar, na Educação para a Saúde e em práticas de voluntariado.

Ensino de qualidade em ambiente propício à aprendizagemEscolas da região mostram dinamismo ao divulgar a sua oferta educativa

O dinamismo das escolas também se mede pela preocupação que demonstram na divulgação dos seus cursos e das con-dições que oferecem. Escolas que conti-nuam à espera, de braços cruzados, que os potenciais alunos lhes batam à porta, são escolas desligadas da realidade. E uma escola desligada da realidade dificilmente poderá dar mundo aos seus alunos.

Nesta edição de O MIRANTE há mais de duas dezenas de escolas que se apre-sentam publicamente, quer através de mensagens publicitárias, quer através de informações úteis fornecidas pelos seus responsáveis. Este suplemento não é um guia de todas as escolas da área de abran-gência do jornal. Mas é, seguramente, um guia dos estabelecimentos de ensino empenhados na informação de estudan-tes, pais e encarregados de educação. Um guia de estabelecimentos em condições de preparar quem os procura, para o compe-titivo universo do mercado de trabalho.

A grande maioria das escolas incluídas no suplemento que editamos são escolas com provas dadas. Têm boas instalações, corpos docentes estáveis e funcionários com larga experiência. São escolas que já obtiveram reconhecimento a vários níveis, quer pela excelência do ensino, quer pela prestação profissional dos seus alunos e ex-alunos. São escolas que qual-quer especialista em questões de ensino recomendaria sem hesitar.

Não há casos graves de indisciplina nem de marginalidade nas escolas da região. A ligação entre as escolas e as comunida-des onde se inserem é uma realidade. A participação dos pais é, em alguns casos,

notável. A diversidade de oferta é uma re-alidade. Dois Institutos Politécnicos com Escolas Superiores bem cotadas em ter-mos de qualidade de ensino. Escolas Pro-fissionais; escolas de línguas; escolas se-cundárias com resultados acima da média nacional; agrupamentos de escolas sem-pre atentos às necessidades das crianças e jovens que os frequentam. Se é sempre difícil escolher, a escolha fica simplificada quando a qualidade da oferta é elevada e divulgada atempadamente.

Nesta edição de O MIRANTE há mais de duas dezenas de escolas que se apresentam publicamente, quer através de mensagens publicitárias, quer através de informações úteis fornecidas pelos seus responsáveis. Este suplemento não é um guia de todas as escolas da área de abrangência do jornal. Mas é, seguramente, um guia dos estabelecimentos de ensino empenhados na informação de estudantes, pais e encarregados de educação. Um guia de estabelecimentos em condições de preparar quem os procura, para o competitivo universo do mercado de trabalho

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Turmas pequenas e homogéneas para um ensino personalizado

Dolores Barbera - Directora da escola “English 4 You” - Torres Novas

A Quitxalla é a entidade detentora da escola “English 4 You”, em Torres Novas, sendo dirigida por Dolores Barbera, professora catalã que escolheu o nosso país para trabalhar há muitos anos. A escola, certificada pelo Ministério da Educa-ção, ensina línguas como o inglês, o espanhol, o francês, o alemão, o italiano, portu-guês para estrangeiros e rus-so. Os horários são acessíveis a alunos da escola oficial e a trabalhadores, as turmas são pequenas (entre 8 e 10 alunos) e as idades dos alu-nos que as integram homo-géneas. “O máximo de di-ferença de idade é de dois anos”, explica Dolores Bar-bera. A exigência faz parte do lema da escola, sendo fei-to, mensalmente, um relató-rio da evolução da aprendi-zagem. “Um aluno que, por exemplo, queira estudar no estrangeiro tem que ter uma competência oral muito ele-vada, o que pode ser con-seguido aqui uma vez que está mais acompanhado”, exemplifica.

A Quitxalla aceita alunos a partir dos quatro anos, podendo ser frequentados

cursos anuais de 60 ou 90 horas, cursos de Business e aulas individuais. Na esco-la faz-se ainda a prepara-ção para exames e dão-se explicações. Também já aconteceu a escola ser pro-curada por portugueses que decidem emigrar e querem aprender a língua do país de destino. A responsável destaca como vantagens da instituição o facto dos cursos estarem estrutura-

dos segundo os níveis do Quadro Europeu Comum de Referência para as Lín-guas Estrangeiras. “São for-mações aliadas à aprendiza-gem da língua estrangeira e ao estudo e conhecimento da cultura dos países onde esses idiomas são falados, com professores nativos ou bilingues”, atesta. Em Julho realizam-se os cursos de Ve-rão. Em Agosto a escola fe-cha para férias.

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Uma escola inclusiva que potencia a diferença

Formação profissional com efectiva ligação ao mundo do trabalho

José Possante - Director da Escola Secundária Jácome Ratton - Tomar

Luciano Vitorino - Director Pedagógico da Escola Profissional de Rio Maior

A Escola Secundária Já-come Ratton, em Tomar, tem uma longa tradição na formação de jovens e adul-tos, quer para o prossegui-mento de estudos, quer para a vida activa. “Somos uma escola com orgulho no seu passado, que vive intensa-mente o presente e que se prepara para o futuro”, re-fere a O MIRANTE José Pos-sante, director. De facto, ao longo dos seus 128 anos de existência, muitas gerações iniciaram nesta escola um caminho que foi determi-nante para toda a sua vida. Com uma oferta formativa diversificada e um conjunto de professores motivados. “É uma escola com magní-ficas instalações, profunda-mente remodeladas há dois anos. Possui um Serviço de Orientação Pedagógica per-manente.

Com nove cursos pro-fissionais, a Escola Jácome Ratton preocupa-se ainda em colocar os alunos que terminaram o seu percurso formativo no mercado de trabalho. Deste modo, to-dos os anos, mais de 50 jo-vens fazem o seu estágio em empresas da região, estabe-

Formação de qualidade indiscutível, uma taxa de em-pregabilidade de 89 por cen-to, aulas teóricas e práticas ministradas por formadores e professores com experiên-cia da vida empresarial são alguns dos pilares que fazem da Escola Profissional de Rio Maior (EPRM) um dos me-lhores pólos de formação da região e do país desde que há 20 anos foi criada. Fi-nanciada a 85 por cento por fundos comunitários, não só não cobra mensalidades aos alunos como assegura apoios em transportes, alimentação e alojamento. Podem candi-datar-se aos diversos cursos jovens com o 9.º ano comple-to e com menos de 25 anos.

Formadores que estão ou estiveram ligados a empre-sas como a Rodoviária do Tejo, Unicer, Carnes Nobre e parceiros como a Bosch Vulcano, Omron, Hemera Energy são o garante de uma efectiva ligação ao mundo do trabalho. As duas cente-nas de formandos, metade dos quais não são do con-celho, têm acesso, quer nas oficinas, quer nas empresas a equipamentos tecnologi-camente avançados. “Em

lecendo o primeiro contac-to com a vida profissional. “Muitas vezes, estes jovens são apoiados por técnicos das empresas, que também foram alunos da Escola, for-mando uma autêntica “Fa-mília Ratton”, salienta o responsável. Por outro la-do, também se trabalha pa-ra permitir aos bons alunos o acesso ao ensino superior nos cursos desejados. São ainda ministrados cursos

em horários nocturnos e cursos de qualificação pro-fissional (CEF’S). A Jácome Ratton é conhecida na co-munidade como uma esco-la que está preparada para recolocar os jovens num ca-minho formativo certo. Por isso, o director refere que o lema da Jácome passa por ser “uma escola inclusiva que potencia a diferença”. Mais informações em www.escolajacomeratton.pt.

Janeiro/Fevereiro de 2013 teremos 78 alunos em está-gios, 20 dos quais ao abrigo de projectos europeus em empresas de Malta, Itália, Espanha e Alemanha”, re-fere o director pedagógico Luciano Vitorino. No pró-ximo ano lectivo a EPRM vai ministrar os cursos de Electrónica, Automação e Instrumentação, Transpor-tes, Manutenção Electrome-cânica, Frio e Climatização,

Instalações Eléctricas, Ges-tão e Programação de Siste-mas Informáticos, Energias Renováveis/Sistemas Eóli-cos e Turismo Ambiental e Rural. As novidades são os cursos de técnico de Comu-nicação (Marketing, Rela-ções Publicidade), técnico de Instalações Eléctricas (este com 100 por cento de empregabilidade), de Ener-gias Renováveis (Sistemas Solares) e Auxiliar de Saúde.

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Escola Profissional de Salvaterra de Magos aposta num processo educativo integral

Duarte Bernardo - Director da Escola Profissional de Salvaterra de Magos

Desde 1990 que a Escola Profissional de Salvaterra de Magos prepara jovens para o mundo do trabalho. Contudo, e embora seja esta a sua prin-cipal actividade, não esquece os alunos que têm intenção de enveredar pelo ensino su-perior, criando condições para que o consigam fazer autono-mamente. Assumindo como missão contribuir para o de-senvolvimento socioeconó-mico desta região através da formação de quadros técnicos intermédios altamente quali-ficados, a EPSM, após auscul-tação dos empresários da sua região de influência - Salvater-ra de Magos, Benavente, Co-ruche e Almeirim - estabele-ceu protocolos de cooperação com várias empresas, autar-

quias e instituições locais, aos mais diversos níveis, criando uma plataforma de trabalho e entreajuda essencial ao seu crescimento. Razões que per-mitiram a este estabelecimen-to de ensino cultivar uma ex-celente relação com o mundo empresarial e fortalecer o seu desenvolvimento sustentado, não tardando que começasse a ser procurado por alunos provenientes de outros conce-lhos, o que prova o sucesso do projecto em que acreditamos.

Ao longo da sua história, a EPSM manteve sempre co-mo princípios orientadores os objectivos já consagrados no seu projecto educativo, nomeadamente, prestar ser-viços à comunidade, numa base de valorização recíproca,

contribuindo para o desenvol-vimento social, económico e cultural da mesma; estimular no corpo docente o gosto pe-la pesquisa de novas técnicas pedagógicas, visando a opti-mização do processo ensino--aprendizagem; promover o trabalho em equipa como forma de rentabilizar conhe-cimentos de cada membro; melhorar a qualidade da for-mação e da relação entre os actores envolvidos no proces-so de ensino-aprendizagem; proporcionar a valorização do indivíduo, apostando num processo educativo integral e promover o desenvolvimento pessoal e socioprofissional dos jovens, articulando sempre a sua actividade com as dinâmi-cas de desenvolvimento locais.

A filosofia educativa da Es-cola Profissional de Salvater-ra de Magos fundamenta-se, nas realidades local, regional, nacional e internacional, pro-curando ser um agente activo

e dinamizador junto do tecido empresarial e trabalhando em estreita parceria com todos os agentes económicos, autar-quias e forças vivas da região. Contudo, acreditamos que es-

te factor, embora fundamen-tal, não é o único responsável pelo sucesso que temos con-seguido. O sucesso da EPSM começa aqui: dia após dia, nas salas de aula, nos laboratórios apetrechados de material, no pátio, e resulta, tão-somente, do empenho que cada um de nós deposita no trabalho que diariamente realiza.

Consciente das mais diver-sas mutações sociais, a Escola Profissional de Salvaterra de Magos tem-se caracteriza-do, desde a sua origem, pela aposta num trabalho conjun-to e articulado entre direcção, professores, psicóloga, alunos, encarregados de educação, funcionários e meio social envolvente, com o objectivo de oferecer aos seus alunos uma sólida formação huma-na, cultural, social, científica, técnica, tecnológica, prática e cívica.

Formar cidadãos activos, responsáveis e empreendedores

Francisco Neves - Director da Escola Secundária do Entroncamento

“Crescer, Aprender, Ser” é o lema da Escola Secundá-ria do Entroncamento, com-posta por um corpo docen-te estável, com uma vasta experiência profissional e, na maioria dos casos, com uma formação académica pós-graduada. O director, Francisco Neves, refere que os resultados obtidos pelos alunos, ao nível dos exames nacionais situam-se acima da média nacional, ocupan-do os primeiros lugares das médias distritais. O suces-so dos alunos é potenciado através da implementação de diferentes modalidades

de apoio ao estudo e acti-vidades de integração dos recém- chegados à escola.

Nesta escola tem sido re-corrente celebrar parcerias com instituições públicas e privadas, com o objectivo de maximizar a interacção da escola com a comunidade envolvente. Desta interac-ção têm resultado benefícios para os alunos, sobretudo os dos cursos profissionais - pela possibilidade de nes-sas instituições realizarem a sua formação em contexto de trabalho - mas também para as actividades de apoio pedagógico, quer ainda para

a consecução de projectos só possíveis com um apoio mecenático.

A escola conta, no ano lectivo que agora finda, com um total de 1089 alunos, dis-tribuídos por 47 turmas e 125 professores. As instala-ções encontram-se em bom estado de conservação e fo-ram, no último triénio, su-jeitas a obras de requalifica-ção. Muito recentemente fo-ram inaugurados três novos espaços: um auditório com capacidade para 70 pessoas, uma rampa de acesso à zo-na desportiva e um jardim.

A escola apresenta uma

grande diversidade de ofer-ta formativa (todos os cur-sos científico-humanísticos, diferentes cursos profissio-nais, CEF´s e EFA´s) e asse-gura aos alunos do 3º ciclo a possibilidade de prosse-guirem os seus estudos na mesma escola. O Plano Anu-al de Actividades reflecte a missão da escola que passa por contribuir para a for-mação integral dos alunos, enquanto cidadãos activos, responsáveis e empreende-dores. Em muitos casos, os alunos dos cursos profissio-nais têm sido contratados pelas empresas onde reali-zam essa formação. A par da formação curricular, a esco-la candidatou-se aos progra-mas Erasmus e Leonardo Da Vinci e tem já a confirmação

de que a candidatura a este último foi aprovada para 8 alunos dos cursos profissio-nais que vão realizar forma-

ção em contexto de trabalho em Leipzig (Alemanha) e Barcelona (Espanha).

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Uma escola que tem uma biblioteca aberta a toda a população

Ambiente informal e uma grande ligação à comunidade

Adelaide Carvalho, directora da Escola Secundária de Benavente

Isabel Coelho - Directora do Agrupamento de Escolas José Relvas - Alpiarça

A Escola Secundária de Benavente vai abrir no pró-ximo ano lectivo dois novos cursos profissionais - Téc-nico de Animador Socio-cultural e Técnico Auxiliar de Saúde. “Pensamos este cursos para os alunos que escolheram o curso regu-lar de ciências e tecnolo-gias e não estão a aguentar as disciplinas mais difíceis e também para os que pro-curam um curso mais leve, com menos horas de mate-mática”, explica a directora Adelaide Carvalho. No en-tanto, não vai abrir Cursos de Educação e Formação (CEF) porque não tem ca-pacidade para responder à procura. “Temos as nossas oficinas completamente ocupadas e como são cursos muito práticos resolvemos não abrir”, revela a direc-tora. Estão apenas abertas inscrições para o segundo ano destes cursos. A escola está neste momento a reu-nir um número mínimo de inscrições para abrir tam-bém aulas de português pa-ra estrangeiros.

Intervencionada pela empresa pública Parque Es-colar, a Secundária de Bena-

O Agrupamento de Esco-las de Alpiarça não chega a ter mil alunos mas alguns deles são oriundos dos con-celhos vizinhos. Tal facto é originado pela sua oferta educativa. Os cursos pro-fissionais de Programação de Sistemas Informáticos e de Gestão e de Técnico de Apoio e Gestão Despor-tiva têm registado grande procura. Este último curso tem como mais valia o nú-mero e qualidade das infra--estruturas desportivas que existem em Alpiarça.

“Temos algumas moda-lidades que não existem noutros concelhos como a canoagem, ciclismo com a pista do estádio, a nave des-portiva da feira para mul-tidesportos, os campos de ténis, as piscinas e a Reser-va do Cavalo do Sorraia pa-ra a prática da equitação”, exemplifica a presidente do agrupamento, Isabel Coe-lho. Os alunos também têm conseguido estagiar em en-tidades ligadas ao desporto.

O Agrupamento de Es-colas de Alpiarça abrange um total de 925 alunos, 113 docentes e 46 funcionários, repartidos por uma escola

vente tem boas instalações. Todas as salas têm um com-putador para os professores e algumas possuem quadro interactivo. O corpo docen-te está preparado para a adaptação aos currículos e a avaliação por módulos dos cursos profissionais. Não existem casos de indiscipli-na sérios, embora a directo-ra saliente que “o respeito

pela figura do professor é cada vez menos valorizado pelos alunos”.

Adelaide Carvalho desta-ca ainda os protocolos que a escola tem com várias em-presas, que permitem aos alunos a realização de está-gios e o facto de a biblioteca da escola estar aberta a toda a população do concelho.

básica de II e III ciclos e Secundário, quatro escolas de I ciclo e três jardins-de--infância.

A abertura do agrupa-mento ao exterior é política assente e uma parceria com a Casa-Museu dos Patudos permitiu receber alunos de escolas alemãs, inglesas e romenas, comparar práticas de sala de aula e fazer ac-

tividades de tempos livres.A gestão é de proximi-

dade e familiaridade entre alunos, professores e fun-cionários, profissionais de-dicados, não faltando tam-bém uma colaboração per-manente com as associações de pais e a associação de estudantes, algo sublinha-do por recentes inspecções oficiais ao agrupamento.

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ESPECIAL ENSINO 28 JUNHO 20128

Quatro novos cursos são aposta da Escola Secundária Sá da Bandeira para o próximo ano

Maria Adélia Esteves, directora da Escola Secundária Sá da Bandeira, Santarém

Um curso de “turismo e lazer” e outro de “electró-nica e automação” são as novidades que a Escola Se-cundária Sá da Bandeira, em Santarém, apresenta para o próximo ano lectivo. São dois cursos de dupla certi-ficação dirigidos a quem já tenha concluído o 9º ano e que vão proporcionar não só equivalência ao 12º ano como também uma certifi-cação que visa a inserção no mercado de trabalho. Tendo em conta também o aumento da escolarida-de obrigatória, a escola au-mentou o número de cursos profissionais. Nas novida-des contam-se os cursos de “processamento e controlo da qualidade alimentar” e o de “gestão de equipamentos informáticos”. Mantém-se os cursos de energias reno-váveis, marketing e apoio à gestão desportiva. “São todos cursos considerados prioritários pelo Governo e em áreas que estão a cres-cer, como a das energias re-nováveis”, salienta a direc-tora, Maria Adélia Esteves. Os cursos de ensino regular também têm colocado cada

vez mais alunos no ensino superior. A escola requalifi-cada pela empresa pública Parque Escolar está agora dotada de boas condições. “Ganhamos uma excelente biblioteca, laboratório, ofi-cinas e salas de aulas com-pletamente remodeladas”, realça a directora. O am-biente que se vive na escola é bom e os casos de indisci-plina são pontuais. A direc-tora aproveita para destacar

o recente prémio de Melhor Trabalho de Equipa atribuí-do pela Nersant a um grupo de alunos da escola que par-ticiparam no Fórum do Em-preendedorismo. Destaca-se os protocolos da escola com o Instituto Superior Técnico e o Instituto Politécnico de Santarém que entre outras coisas permitem a formação de professores, visitas de es-tudo aos institutos ou aces-sos às bibliotecas.

Garantia de uma taxa média de empregabilidade a rondar os noventa por cento

Eunice Lopes, Directora Pedagógica da Escola Profissional de Torres Novas

Uma taxa de empregabi-lidade média de 90 por cen-to, a garantia de realização de estágios em unidades empresariais da região, au-las de apoio e acompanha-mento personalizado são as mais valias que a Escola Profissional de Torres Novas (EPTN) garante aos que se inscrevem nos seus cursos. Com as mudanças no sector da educação, a alteração do estatuto do aluno, os cons-trangimentos financeiros que vive a tutela, a EPTN ainda não definiu que cur-sos vai disponibilizar no ano lectivo 2012-2013. A única certeza é a de que tudo fun-cionará em função da procu-ra. Até agora os cursos que melhores resultados têm ob-tido são os de Animador So-ciocultural e Gestão. “Estes cursos têm tido uma elevada taxa de empregabilidade e grande empreendedorismo por parte dos alunos que organizam palestras, confe-rências e temáticas à dimen-são dos seus projectos”, re-fere a directora pedagógica, Eunice Lopes.

A directora assegura que

existe uma cultura de esco-la e uma identidade própria da EPTN. As instalações, inauguradas em 2000, fi-cam junto à sede da Associa-ção Empresarial da Região de Santarém - Nersant. Ali funcionam as aulas teóricas e práticas em salas equipa-das com ar condicionado. Aos alunos são dados apoios como subsídio de refeição, bolsa de material de estudo,

bolsa de profissionalização e transporte. A EPTN tem ainda a funcionar um Cen-tro de Novas Oportunidades de validação de competên-cias dos 9.º e 12.º anos que está a funcionar até Agosto para toda a área do Médio Tejo. Foram atribuídos cer-ca de 400 certificados de Re-conhecimento, Validação e Certificação de Competên-cias (RVCC).

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28 JUNHO 2012 ESPECIAL ENSINO 9

Número de alunos que entra no ensino superior tem vindo a aumentarTeodoro Roque - Director do Agrupamento de Escolas Alves Redol, Vila Franca de Xira

O Agrupamento de Esco-las Alves Redol destaca-se por apresentar um grande leque de oferta educativa no concelho de Vila Fran-ca de Xira. Para além do ensino regular, que vai do pré-escolar ao ensino secun-dário, existem ainda cursos do ensino profissional, de educação e formação para jovens ou adultos. “Estamos preparados para receber

alunos que devido à sua ida-de ou aos próprios resulta-dos escolares podem optar por vias alternativas para prosseguirem os estudos”, reforça o director, Teodoro Roque. O corpo de docentes do agrupamento é “estável, preocupado e dedicado”. Os casos de indisciplina dos alunos são pontuais e Teo-doro Roque acredita que o crescimento do agrupamen-

to veio ajudar. “Passamos a acompanhar um aluno en-tre o pré-escolar e o secun-dário, o que permite um trabalho de maior proximi-dade”. As escolas estão ra-zoavelmente conservadas, embora a Escola Básica de Povos precise de uma requa-lificação do espaço exterior. “Tenho pena que a escola secundária não tenha sido contemplada no projecto de requalificação das esco-las do país. Também precisa de uma intervenção nas co-berturas, na climatização e em outras infra-estruturas”, aponta o director.

O agrupamento tem vis-to aumentar o número de alunos que ingressam no ensino superior e são mui-tos os prémios conquista-dos quer por alunos, quer por grupos de alunos. Des-taca-se o primeiro lugar conquistado em dois anos consecutivos no concur-so de oratória em inglês, National Public-Speaking Competition ou a recente visita do jovem empreen-dedor Luke Lancastar que regressará à Escola Secun-dária Alves Redol em Se-tembro.

Uma taxa de aprovação nos exames que ronda os cem por centoCristina Pereira - directora do Cavendish House - Instituto de Línguas de Azambuja

A directora da escola, Cris-tina Pereira, garante que a taxa de aprovação é perto de 100 por cento. “O principal objectivo da escola é que os alunos saibam escrever, ler, ouvir e falar correctamente em inglês”, explica.

As turmas são pequenas, não excedendo os 12 alunos, de modo a que o ensino seja ainda mais personalizado. Todas as salas estão equi-padas com projectores e a directora da escola espera comprar em breve quadros interactivos para as três sa-las de aulas. O centro recebe alunos a partir dos seis anos e existem turmas em horá-rio pós-laboral para quem trabalha. Os certificados que se obtém pela Universi-dade de Cambridge são cada vez mais importantes para quem deseja emigrar para trabalhar ou estudar. Do Cavendish House tem saído alunos que estão neste mo-mento a viver em diversos países como Londres, Ale-manha ou Estados Unidos. A escola também é um es-paço que está aprovado pa-ra realizar exames escritos da Universidade de Cam-bridge. As inscrições para o próximo ano lectivo já estão abertas e quem se inscrever em Junho ou Julho obterá um desconto.

Há 20 anos que o Ca-vendish House está aber-to no número 7 da Rua Frei Jerónimo de Azambu-ja. Especializado apenas no ensino do inglês, conta com três professores nati-vos na língua inglesa. Por

ano regista uma média de 200 alunos, uma parte dos quais são apresentados aos exames da Universidade de Cambridge. Os princi-pais exames para os quais os alunos são preparados são o FCE, o CAE e o CPE.

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ESPECIAL ENSINO 28 JUNHO 201210

Tentando ser melhor para melhor servirEugénio de Almeida, Presidente do Instituto Politécnico de Tomar, uma das instituições de ensino de referência da região

O Instituto Politécni-co de Tomar (IPT) é há 25 anos uma instituição de re-ferência no Ensino Superior Politécnico. A sua razão as-senta no desenvolvimento da região sob o princípio da seriedade, “tentando ser

melhor para melhor servir” e tendo como principal pre-ocupação os alunos. As três escolas superiores da insti-tuição (Tecnologia, Gestão e Tecnologia de Abrantes) oferecem mais de 20 cursos distintos, disponíveis para

A educação como resposta social aos problemas de um concelho

Isabel Silva - Directora do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Zêzere

O Agrupamento de Esco-las do Concelho de Ferreira do Zêzere foi constituído em 2001/2002 e integra dois Cen-tros Escolares, a Escola Bási-ca de 1.º ciclo de Águas Be-las, o Jardim-de-Infância de Águas Belas e a Escola Básica e Secundária de 2.º/ 3.º ciclos Pedro Ferreiro (Escola-sede). O agrupamento envolve 122 professores, 1153 alunos e 43 elementos do pessoal não do-cente. Isabel Silva, directora, salienta que este é um agru-pamento vertical, que vai do pré-escolar ao 12.º ano e que tem uma correspondência fí-sica ao espaço do concelho. “Como somos a única ofer-ta escolar no concelho não pretendemos destacar-nos. Temos outro tipo de preo-cupações que passa por ser-mos uma força interventiva no concelho”, refere.

A E.B. 2,3/S Pedro Ferrei-ro é a escola sede do agru-pamento. O seu patrono foi um homem de armas de D. Sancho I, senhor de terras e doador do foral à vila no pri-meiro quartel do séc. XIII. Em 2011/2012 a escola tinha 32 turmas num total de aproxi-madamente 650 alunos. Es-te ano terminaram os cursos

profissionais de Apoio à In-fância e de Turismo Ambien-tal e Rural e ainda o Curso de Educação e Formação (CEF) de Bombeiros e Comércio e os cursos de Educação e For-mação para Adultos (EFA) nocturno. No próximo ano lectivo vai ser iniciado um novo curso profissional de Turismo Ambiental e Rural, complementa a responsável.

A acção social escolar é uma forte componente des-te agrupamento. “Do ponto de vista socioeconómico é

um concelho com uma po-pulação com dificuldades. Temos 650 alunos na escola sede e cerca de 420 são sub-sidiados com acção social escolar”, exemplifica. Pre-ocupamo-nos mais em dar respostas a estas caracterís-ticas do que propriamente em arranjar uma filosofia que nos distinga dos outros, até porque não temos com quem nos comparar”, ates-ta, acrescentando que a for-mação de adultos - “os pais dos alunos” - também é uma

preocupação do agrupamen-to. No âmbito da ocupação dos tempos livres funciona, também nas instalações esco-lares da escola-sede, um Cen-tro de Ocupação de Jovens, resultado de uma parceria com a Caritas Diocesana de Coimbra.

O Centro Escolar de Areias entrou em funcio-namento no ano lectivo de 2008/2009. Tem refeitório, pavilhão desportivo, sala de ATL, biblioteca, um parque infantil e uma sala de infor-mática e instalações para a Associação de Pais e Encarre-gados de Educação. O Centro Escolar de Ferreira do Zêzere entrou em funcionamento em Setembro de 2011 e si-tua-se na vila junto da antiga escola primária, recebendo cerca de 300 crianças. A EB 1 de Águas Belas e o Jardim de Infância situam-se logo à entrada da freguesia. Come-çou a funcionar na primeira metade do séc. XX, é por isso uma escola antiga mas que sofreu obras de beneficiação no último Verão. O 1º ciclo tem 2 salas e cerca de 40 alu-nos e o Jardim 25 crianças. Têm sala de refeições, sala de ATL, parque infantil e um pequeno campo de jogos. A página web do agrupamen-to está disponível em www.eps-ferreira-zezere.rcts.pt/.

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consulta em www.ip.pt.Para alcançar os seus objectivos o IPT

possui um corpo docente devidamente qualificado, um vasto leque de serviços que disponibiliza aos seus estudantes (por exemplo, os Serviços de Acção Social, os refeitórios, residências de estudantes, bi-bliotecas, laboratórios especializados, os programas de mobilidade, a rede de parce-ria com empresas, entre outros) que já pro-porcionaram várias referências e distinções muito positivas, tanto à instituição como aos seus alunos. O presidente do Instituto Politécnico de Tomar, Eugénio de Almei-da, salienta o “Prémio Ouro” do programa Erasmus e as certificações de qualidade da agência europeia para a mobilidade, para além dos inúmeros prémios que os estu-dantes têm recebido em fóruns nacionais e internacionais. “Apostamos num ensino personalizado, com turmas pequenas e on-de os docentes estão próximos e disponíveis para trabalhar com os seus alunos”, atesta o responsável, acrescentando que existe a garantia de que, no final do seu percur-so formativo, os mesmos se sentirão mais bem preparados para enfrentar os desafios que se lhes irão colocar na sua vida activa.

Para além dos currículos próprios de cada curso, os estudantes têm acesso a um con-junto variado de formações complementa-

res, nomeadamente na área das línguas es-trangeiras e do empreendedorismo, através de workshops, seminários ou da participa-ção em projectos como o Poliempreende. Através dos estágios profissionais, no final ou ao longo do seu percurso formativo, to-mam contacto com o mundo do trabalho em várias empresas parceiras do Politécnico.

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Aprender línguas estrangeiras e até linguagem gestualFundadoras da “The Learning Spot - Escola de Línguas e Estudo Acompanhado” - Abrantes

“The Learning Spot - Es-cola de Línguas e Estudo Acompanhado” é uma esco-la especializada no ensino de línguas estrangeiras, nome-adamente Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano e Português para estrangeiros. Funciona no Edifício São Do-mingos, em Abrantes, desde 1 de Junho de 2011 e foi fun-dada pelas professoras Dali-la Ferreira, Cathy Ramos e Irene Pereira, que decidiram arregaçar as mangas após a escola onde leccionavam ter encerrado.

A escola tem vários tipos de cursos, desde cursos anu-ais a intensivos e cursos de preparação para exames. Colocados em turmas pe-quenas os alunos aprendem

num ambiente descontraído, sendo orientados por profes-sores certificados, nativos da língua estrangeira, com uma larga experiência no ensino de línguas. Os horários são flexíveis. “Queremos que a aprendizagem de línguas se-ja um prazer e não uma ta-refa, especialmente para as crianças”, sustentam.

“Temos cursos para todos os níveis e idades, estudo acompanhado e explicações para todas as disciplinas”, re-ferem as responsáveis, acres-centando que têm tido pro-cura de pessoas que querem aprender o mandarim. A es-cola, no âmbito de protoco-los estabelecidos com empre-sas, providencia formação em línguas aos seus quadros.

Há ainda a possibilidade de ir aprender, durante duas semanas, a língua inglesa no Reino Unido.

Sabendo que a concorrên-cia é cada vez mais maior, The Learning Spot oferece também apoio escolar ao nível do estudo acompanha-do para os mais jovens, as-sim como explicações para adultos. Mais recentemente as professoras apostaram na ocupação de Tempos Livres durante os meses de Verão e em realizar workshops em várias áreas como Lingua-gem Gestual Portuguesa e O novo acordo ortográfico, entre outros. Mais informa-ções podem ser obtidas com uma visita ao site www.the-learningspot.pt.

Mais de 50 anos de ensino ao serviço da comunidade

Ana Catarina Craveiro - Directora da Escola Secundária Maria Lamas - Torres Novas

A constante alteração de legislação não ajuda à esta-bilização de uma escola e à reflexão necessária de quem dirige 960 alunos, 120 pro-fessores e 36 funcionários, como o faz a directora da Escola Secundária Maria La-mas, em Torres Novas, Ana Catarina Craveiro.

É uma das escolas secun-dárias marcantes do distrito, com mais de meio século de vida, como evidencia a anti-guidade do edifício principal, com as zonas relvadas e ár-vores cuidadas, pouco vistas nas escolas da actualidade.

O objectivo da escola é garantir o percurso escolar dos alunos entre o 7.º e o 12.º ano com qualidade de ensino, professores habili-tados e oferta formativa di-versificada.

Da via de ensino tradicio-nal com Línguas e Humanís-ticas, Ciência e Tecnologia, passando pelas Artes (única escola do concelho com o curso). Em alternativa, há cursos técnico-profissionais de Mecânico, Electricidade e Electrónica, Informática e um curso que tem tido gran-de taxa de empregabilidade e procura, como a Mecatróni-ca e a Gestão do Ambiente. Nestes cursos a escola conse-gue atrair alunos de Porto de Mós, Entroncamento, Mira D’Aire e de outras localida-des fora do concelho, além dos alunos que nas restantes escolas da cidade não encon-tram as opções de cursos e

têm na Escola Maria Lamas um seguimento natural.

Para os alunos a cantina da escola é uma mais valia com cozinheira e ementa própria, e vai assegurando mais de 300 refeições diárias e suplementos alimentares aos alunos de famílias mais carenciadas.

A escola presta ainda apoio a alunos com dificul-dades de aprendizagem que são encaminhados para cur-rículos alternativos que os possam motivar e tem proto-colo com o Centro de Reabi-litação e Integração Torreja-no (CRIT) para alunos com necessidades de apoio indivi-dual com acompanhamento

de um professor. Três jovens beneficiaram desse apoio no ano lectivo que finda.

Para Ana Catarina Cra-veiro a escola quer cumprir dois objectivos essenciais. Obter apoios para fazer a requalificação dos edifícios mais antigos e de todas as infra-estruturas como cana-lizações, instalação eléctri-ca, balneários e saneamen-to básico, que vão sendo uma dor de cabeça no dia a dia. Em segundo lugar ob-ter melhores resultados nos exames nacionais que estão a decorrer, melhorando a prestação da Escola Maria Lamas no ranking nacional.

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Sucesso dos alunos assenta num corpo docente estável e competente

Manuela Esménio, Directora do Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos

O Agrupamento de Esco-las de Salvaterra de Magos vai este ano abrir os cur-sos profissionais de Técni-co de Saúde e de Técnico de Comércio. “Os nossos cursos profissionais vão de encontro ao tecido empre-sarial local, com o cuidado de verificarmos se existe ou não saturação em cada área”, explica a directora Manuela Esménio. O agru-pamento não vai este ano abrir cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) por considerar que existem outras alternativas, como o ensino recorrente

A Escola Secundária de Salvaterra é um espaço agradável, com instalações remodeladas, laboratórios apetrechados, uma exce-lente biblioteca e um es-paço exterior amplo com muitas árvores. Os pro-blemas de indisciplina são pontuais e Manuela Esmé-nio assegura que as escolas do agrupamento não são problemáticas. “Temos um corpo docente estável, mui-tos professores do quadro trabalham há anos nesta escola e conhecem bem a realidade”, frisa a directo-

ra. Os cursos de Educação e Formação de Jovens (CEF) que o agrupamento abriu têm permitido desde 2009 que o número de alunos que termina o 9º ano seja cada vez maior. No ano passado, a escola teve um aluno nas Olimpíadas Internacionais

da Física, que decorreram na Tailândia, e um grupo de alunos também visitou o Parlamento Europeu. No desporto a escola também se destacou com uma aluna campeã nacional no salto em comprimento.

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Formar para o mercado de trabalho Escola Superior de Educação tem parcerias com instituições de ensino em vários países da União EuropeiaMaria

Salomé Rafael Presidente da Direção das Escolas Profi ssionais de Coruche e de Hotelaria e Turismo de LisboaPresidente do Conselho de Administração da Escola Profi ssional do Vale do Tejo

Sónia Seixas, Subdirectora da Escola Superior de Educação, Santarém

Numa região fortemente empreendedora e inovadora, como é o distrito de Santarém, as Escolas Profissionais têm de acompanhar os desafios que se colocam às empresas e às economias regionais e nacio-nais. No contexto de grande dificuldade em que vivemos, os nossos empresários neces-sitam cada vez mais de téc-nicos altamente qualificados para as suas empresas, com especial relevância para as áreas da eletrónica, automa-ção e comando, electrotecnia, robótica, mecânica, a manu-tenção industrial, a hotelaria e restauração, e algumas áre-as de serviços. Os empresários continuam a insistir na neces-sidade de uma maior adequa-ção entre a qualificação dos activos e a oferta formativa disponível. Não obstante o de-semprego, nas empresas conti-nua a existir a necessidade de alguns quadros técnicos que não existem no mercado. Este desajustamento só é passível de ser ultrapassado se houver um trabalho de grande proxi-midade e cooperação entre as instituições de ensino, o minis-tério da educação, as empresas e as associações empresariais, no sentido de uma maior ade-quação da oferta formativa.

Esta tem sido a política se-guida pelas escolas em que tenho responsabilidades, e todos os indicadores (como os números de empregabili-dade e satisfação dos alunos e das empresas) são bastante positivos.

É para nós muito gratifi-cante verificar que em prati-camente todas as empresas da região e em muitas outras do país, estão ex-alunos nossos a trabalhar, e em alguns casos, ocupando já cargos de muita responsabilidade ou lideran-ça. Posso mencionar como exemplo ex-alunos de cursos de manutenção industrial que hoje são chefes de equipa de grandes empresas; nas áreas de hotelaria e restauração te-mos já alunos que são Direto-

Educação em Matemáti-ca e em Ciências e Didáctica do Português são duas novas pós-graduações que vai ser possível encontrar na Esco-la Superior de Educação de Santarém (ESES) no próxi-mo ano lectivo. Mantém-se as licenciaturas em educa-ção básica; animação cultu-ral e educação comunitária; artes plásticas e multimédia e educação e comunicação multimédia; educação social. Existem também um leque alargado de mestrados e pós--graduações. Muitos destes cursos decorrem em horá-rio pós-laboral. “Temos uma escola com qualidade e um dinamismo muito grande a nível de várias iniciativas de carácter técnico, cientí-fico e pedagógico. Estamos também integrados em vá-rios projectos nacionais e internacionais”, destaca a Subdirectora Sónia Seixas. A nível nacional, a ESES in-tegra várias redes de forma-ção de professores e das tec-nologias educativas e a nível internacional tem parcerias com instituições de ensino superior, em vários países

res de grandes hotéis, ou repu-tados chefes de cozinha. Inclu-sivamente existe uma grande empresa da região, em que 40% dos seus colaboradores são ex-alunos da Escola Pro-fissional de Coruche. Temos também alunos que optaram por constituir as suas próprias empresas em Portugal e no estrangeiro e muitos outros optaram por prosseguir a sua actividade profissional em pa-íses como Irlanda, Inglaterra, Dinamarca, Espanha e Bélgi-ca. Uma parcela interessante dos nossos alunos tem seguido para o ensino superior, obten-do resultados muito positivos, o que comprova a formação de grande qualidade e exigência que é ministrada nestas esco-las profissionais.

Todos os anos realizamos estágios no estrangeiro, em pa-íses tão diversos como França, Espanha, Luxemburgo, Cabo Verde, Alemanha, Malta, etc. Estes estágios - que são uma mais - valia para os nossos alu-nos - possibilitam-lhes a me-lhoria das suas competências linguísticas, o conhecimento de outras culturas e modos de fazer e de ser, ajudando-os a tornarem-se mais autónomos e responsáveis. Importa dizer que muitos alunos são convi-dados pelas empresas que os acolhem neste período para aí ficarem a trabalhar. Na Escola Profissional do Vale do Tejo--Santarém e no âmbito de um projeto internacional em que estamos a participar na área

da hotelaria, vamos ter ainda este ano alunos e professo-res nossos a participarem em workshops temáticos na Gré-cia, Polónia, Itália e Bélgica.

No conjunto das várias iniciativas e concursos em que participamos, os nos-sos alunos têm ganho vários prémios com projectos que desenvolveram nas áreas de ciências, electrónica e ma-nutenção industrial, e vários primeiros prémios em concur-sos internacionais de cozinha na França, Bélgica, Polónia e Bulgária. De facto, quer a EP Coruche, quer a EP Vale do Tejo-Santarém participam anualmente em actividades multidisciplinares de carácter muito diverso, em colabora-ção com autarquias, institui-ções e empresas. De referir que a Escola Profissional de Coruche ganhou este ano o 1º Prémio de Escola Electrão e um prémio distrital no âm-bito do desporto Escolar.

Para além dos conheci-mentos teóricos e competên-cias técnicas fundamentais em qualquer área, procuramos transmitir aos nossos alunos princípios morais e compor-tamentais, como a solidarie-dade, o respeito pelas hierar-quias, a disciplina, a resiliên-cia, o espírito empreendedor e a capacidade de trabalhar nu-ma equipa multidisciplinar, características fundamentais para que obtenham sucesso no mundo do trabalho.

na União Europeia. Existem também projectos educati-vos com entidades em África e na América Latina. O cor-po docente é, nas palavras da Subdirectora, “estável” e “qualificado”. Num inquéri-to aplicado em Novembro de 2011, a escola conseguiu ve-rificar que a maioria dos alu-nos se encontrava a exercer uma actividade profissional e conseguiram emprego até

seis meses após a conclusão da licenciatura. As instala-ções foram recentemente remodeladas do ponto de vista estético e todas as salas de aula se encontram equi-padas com computadores e videoprojector. Destacam--se ainda os protocolos com instituições locais e regionais que têm assegurado a coloca-ção dos alunos em estágios.

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A segunda melhor do distrito nos exames nacionais de 2010-2011

Frederico Nunes - Director da Escola Secundária de Alcanena

Se o sucesso de uma es-cola se pode medir pelo nú-mero de distinções, então a Escola Secundária de Alca-nena vai no bom caminho. A escola é, há três anos con-secutivos, a primeira classi-ficada do concurso de em-preendedorismo promovi-do pela Comunidade Inter-municipal do Médio Tejo. Paralelamente, conseguiu no ano lectivo 2010-2011 ser a 90.ª classificada nos exa-mes nacionais e a segunda do distrito em termos ab-solutos e tem-se destacado como um dos melhores esta-belecimentos de ensino na área da ciências e tecnolo-gias. Resultados considera-dos bastante positivos para um concelho com cerca de 15 mil habitantes.

A conjugação equilibra-da de oferta de cursos cientí-fico-humanísticos da via de ensino com os cursos pro-fissionais, ambos até 12.º, e os cursos de educação e formação, que dão equiva-lência de 9.º ano, tem sido um dos segredos do sucesso. É ainda de destacar a intro-dução da língua espanhola a partir do 7.º ano como uma das novidades.

Nos cursos profissionais, o destaque vai para o de técnico de Apoio e Gestão desportiva, que tem susci-tado muita procura entre os jovens, assim como o de técnico de apoio à infância que completa um ciclo de três anos. “Estamos a pre-parar jovens para o ensi-

no superior e para a vida profissional. É esse o nosso grande objectivo”, salienta Frederico Nunes, professor de História desde 1987 e di-rector da escola e do Agru-pamento. Passa a gerir 2189 alunos de 11 escolas de I ci-clo, 10 jardins de infância e quatro escolas de II e III ci-clos e secundário, num to-tal de 25 estabelecimentos de ensino, 221 professores e 71 funcionários.

Construída em 1986 a Escola Secundária de Alca-nena serve a comunidade escolar sem problemas de maior. Tem um pavilhão desportivo de grande qua-

lidade que serve a escola e a comunidade de Alcane-na. A escola está dotada de biblioteca e centro de recursos, auditório para a realização de diversas ini-ciativas e aquecimento em todas as salas de aula. Num dos topos da escola foram construídos uma horta e um pomar com intensa partici-pação dos alunos. Professo-res e pais também estreitam relações e costumam deba-ter, participar e opinar so-bre as opções pedagógicas que venham a abranger os seus educandos.

Transformar alunos com poucas expectativas em excelentes profissionaisIrene Guedes - Escola Profissional Gustave Eiffel do Entroncamento

A Escola Profissional Gustave Eiffel do Entron-camento (EPGE), com 23 anos de existência, é uma referência a nível nacional. Milhares de jovens e adul-tos, alguns dos quais com poucas expectativas, de vi-rem a ser exímios profissio-nais, acabaram por alcançar o sucesso. A directora da escola, Irene Guedes des-taca a componente prática do ensino e a sua impor-tância. “Muitos dos nossos alunos acabam por seguir o

ensino superior mas mesmo assim têm uma experiência ao nível profissional na sua área. É aqui que fazemos a diferença: formamos alu-nos e profissionais dotados de aptidões técnicas para diversas áreas”, refere. As instalações e equipamentos técnicos de que a escola dis-põe possibilitam a todos os alunos um contacto com a realidade profissional. Ou-tro factor que contribui pa-ra o sucesso passa pela apos-ta em docentes que sejam

especialistas nas áreas que leccionam.

A Escola Profissional Gustave Eiffel apresenta uma vasta oferta formati-va. O ensino profissional é dirigido a todos os jovens que queiram completar o ensino secundário e obter uma qualificação profis-sional nível 4. A proposta passa pelos Cursos Profis-sionais de Técnico(a) de Construção Civil - Varian-te de Desenho, Protecção Civil, Higiene e Segurança do Trabalho e Ambiente, Gestão de Equipamentos Informáticos, Energias Renováveis, Mecatróni-ca, Gestão, Comunicação - Marketing, Relações Públi-cas e Publicidade, Apoio à Gestão Desportiva, Apoio à Infância, Turismo, Res-tauração - Restaurante/Bar e Restauração - Cozinha/Pastelaria. Os Cursos de Educação e Formação de Jovens são dirigidos a to-dos os jovens que preten-dam obter o 9º ano e uma qualificação profissional nível 2. São ministradas as seguintes formações: Prá-ticas de Acção Educativa, Práticas Técnico-Comer-ciais, Electricidade de Ins-talações, Desenho Assisti-do por Computador, Ser-ralharia Mecânica, Serviço de Mesa/Bar e Cozinha. Os CET - Cursos de Especiali-zação Tecnológica confe-rem uma qualificação pro-fissional pós-secundária, de nível 5.

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Quase uma centena de acordos bilaterais em funcionamento com escolas da União Europeia

Teresa Serrano - Vice Presidente do Instituto Politécnico de Santarém

Num ranking de quali-dade onde se poderá, nos dias de hoje, colocar o cor-po docente do Politécnico de Santarém?

Dado não existir um ranking de qualidade para as Instituições do Ensino Superior Politécnico, e con-siderando como dimensões o Ensino e aprendizagem; Investigação; Transferência de conhecimento; Envolvi-mento regional e Interna-cionalização, colocamos o corpo docente do IPS, no meio da tabela dos 15 IP. Este dado relaciona-se com a formação / doutoramen-to dos docentes, capacida-de existente - cursos e estu-dantes, internacionalização e envolvimento regional. Em relação à investigação, a criação da Unidade de In-vestigação do IPS com a pro-moção de centralização de projectos perspectiva uma melhor oferta na área da in-vestigação, desenvolvimen-to e ligação à comunidade.

As escolas do Politécni-co promovem programas de intercâmbio com con-géneres de outros países. De que forma a direcção do Politécnico tem acom-panhado essas situações e

que avaliação faz do que até agora foi conseguido e da sua importância em termos académicos?

Estamos numa fase de consolidar muitos dos pro-jectos, no entanto o IPS tem 97 acordos Bilaterais em pleno funcionamento com todos os estados membros da União Europeia.

No presente ano lectivo

enviámos em período de mobilidade de estudos ou estágio 49 estudantes e re-cebemos 44.

Os países com mobilida-de são: Espanha, República Checa, Polónia e Hungria, em maior número. Também enviamos estudantes para Itália, Finlândia, Dinamar-ca, Bélgica, entre outros. Recebemos mais estudantes

de Espanha, Polónia, Repú-blica Checa, Itália, Turquia.

Para além do programa Erasmus, temos mobilidade de estudantes pelo Progra-ma de intercâmbio de cur-ta duração da Associação Comenius.

Com a recente entrada no consórcio Erasmus Cen-tro, o IPS prevê aumentar as mobilidades de estágio.

Em resultado de algumas destas mobilidades, quer estágio, quer estudos, ex--alunos do IPS estão a tra-balhar no estrangeiro, nas organizações onde realiza-ram períodos de mobilidade

O IPS também incentiva a mobilidade dos docentes.

Como se consegue a sustentabilidade de uma

instituição como o Po-litécnico sem afectar a qualidade do ensino nem prejudicar a participação dos alunos?

A sustentabilidade do IPS passa, essencialmen-te através de um controlo rigoroso, e da articulação entre o IPS, as Escolas e os funcionários docentes e não docentes. Este controlo cen-tra-se a nível de controlo de gastos com componente de despesas de funcionamen-to, mais do que aspectos que interfiram com os estudan-tes. Os investimentos em projectos como o de ener-gias renováveis na diminui-ção de custos energéticos revertem para a ajuda de estudantes em dificuldade

monetária e de continuida-de de estudo.

Que relação tem hoje o Politécnico de Santarém com o mundo empresa-rial, quer a nível da região, quer do país?

A nível da região o IPS, bem como outros Politéc-nicos, integram o Erasmus Centro que visa proporcio-nar estágios Erasmus no estrangeiro (outgoing) e em Portugal (incoming) e contribuir para o fortale-cimento da ligação entre o ensino superior politécnico e o mercado de trabalho. A dimensão da rede regional que se estabelece possibilita a afirmação do Consórcio à escala europeia.

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Oferta formativa a nível profissional tenta responder às necessidades locais

Anabela Almeida, directora da Escola Secundária Marquesa de Alorna, Almeirim

Um curso de turismo am-biental e rural e outro de re-cursos florestais e ambientais são as duas novidades em termos de Cursos de Educa-ção e Formação de Adultos (EFA) da Escola Secundária Marquesa da Alorna, em Al-meirim para o próximo ano lectivo. “Estes cursos são im-portantes para o nosso conce-lho que tem um cariz muito rural, onde se está a desen-volver algum turismo agro--ambiental e onde as preocu-pações com o ambiente são cada vez maiores”, explica a directora Anabela Almeida. Nos cursos profissionais, a aposta recai no curso de ani-mador sociocultural, para além dos cursos de turismo ambiental e rural, análise laboratorial e de design de interiores e exteriores. Des-tacam-se também os cursos do PIEF (Programa Integra-do de Educação e Formação) para os jovens que abando-nam mais cedo o ensino. A escola tem um corpo docente estável, com muitos profes-sores com perto de 20 anos de casa. “É uma mais-valia porque permite criar uma ligação mais profunda com a comunidade escolar e o

corpo não docente também é muito empenhado”, apon-ta a directora. O ambiente é bom e os casos de indiscipli-na são residuais. A nível de instalações, a escola está a aguardar por obras mais pro-fundas nos laboratórios, nas ligações entre os blocos ou no acesso à biblioteca. “Vamos realizando pequenas inter-venções à medida das nos-sas possibilidades”, explica. Anabela Almeida destaca o

aluno com síndrome de As-perger que terminou o ensi-no secundário com acompa-nhamento dos professores. “No ensino regular, temos alunos que vão para áreas relevantes como a medicina ou aeronáutica”, destaca. A directora aponta ainda o pro-tocolo que a escola tem com a empresa Grésdias que pro-move concursos na escola, dando uma motivação extra aos alunos.