especial - crise de gestão no hucff - 12/08/2013

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Edição ESPECIAL EDIÇÃO ESPECIAL Agosto de 2013 A Adufrj e o DCE trazem à co- munidade aca- dêmica os detalhes do Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o Hospital Uni- versitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). O diagnóstico sobre a unidade exige provi- dências imediatas e expõe graves erros ad- ministrativos. Os pro- blemas mostrados aqui talvez sejam as pistas para explicar a “inter- venção branca” rea- lizada recentemente pela Reitoria na di- reção do hospital. A operação mostrou-se emergencial, porém, o caso exige ainda mais exames e remédios institucionais. Não à toa, as entidades (Adufrj, Sintufrj e DCE) requerem uma sindi- cância para apurar a motivação desta in- tervenção. As informações pu- blicadas nesta edição são constatações téc- nicas, presentes no re- latório de uma das 24 auditorias que com- puseram a Fiscali- zação de Orientação Centralizada (FOC) – dos Hospitais Uni- versitários. Em re- lação ao HUCFF, por exemplo, os auditores afirmam: “não identi - ficamos qualquer tipo de controle sobre os gastos dos setores do Hospital, de modo a identificar alguma dis- torção. Como não há controle de custos, ou acompanhamento de indicadores, a direção do Hospital não mo- nitora a eficiência do ponto de vista eco- nômico dos serviços prestados". Acorda, UFRJ Crise de gestão no HUCFF Relatório do Tribunal de Contas da União observa administração do HUCFF

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Especial - Crise de gestão no HUCFF - 12/08/2013

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Page 1: Especial - Crise de gestão no HUCFF - 12/08/2013

Edição ESPECIAL

EDIÇÃO

E S P E C I A LAgosto de 2013

A Adufrj e o DCE trazem à co-munidade aca-

dêmica os detalhes do Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o Hospital Uni-versitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). O diagnóstico sobre a

unidade exige provi-dências imediatas e expõe graves erros ad-ministrativos. Os pro-blemas mostrados aqui talvez sejam as pistas para explicar a “inter-venção branca” rea-lizada recentemente pela Reitoria na di-

reção do hospital. A operação mostrou-se emergencial, porém, o caso exige ainda mais exames e remédios institucionais. Não à toa, as entidades (Adufrj, Sintufrj e DCE)requerem uma sindi-cância para apurar a

motivação desta in-tervenção.

As informações pu-blicadas nesta edição são constatações téc-nicas, presentes no re-latório de uma das 24 auditorias que com-puseram a Fiscali-zação de Orientação

Centralizada (FOC) – dos Hospitais Uni-versitários. Em re-lação ao HUCFF, por exemplo, os auditores afirmam: “não identi-ficamos qualquer tipo de controle sobre os gastos dos setores do Hospital, de modo a

identificar alguma dis-torção. Como não há controle de custos, ou acompanhamento de indicadores, a direção do Hospital não mo-nitora a eficiência do ponto de vista eco-nômico dos serviços prestados".

Acorda, UFRJ

Crise de gestão no HUCFFRelatório do Tribunal de Contas da União observa administração do HUCFF

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Edição ESPECIAL

agosto de 2013

A Questão dos Recursos humanosOs auditores apontaram inúmeros itens

sobre as políticas e práticas dos re-cursos humanos. No relatório, eles

destacam o estrangulamento realizado pelo governo federal, que não promove os devidos concursos públicos, como principal problema desta área. “Não há perspectiva de solução a curto prazo para esse problema. A causa é a gestão precária de recursos humanos pelo Governo Federal, restringindo a realização de concursos públicos para recrutamento de pessoal. A restrição a concursos públicos no nível federal tem como uma de suas conse-quências a permanência do pessoal extra-quadro junto aos hospitais, efetivo do qual

o HUCFF alega não poder dispensar, apesar da situação irregular e precária”.

Outros pontos:• Dificuldade para qualificação e emprego

pessoal extraquadro para desenvolver atividades administrativas;

• Não é adotada rotina de levantamento dos antecedentes dos servidores antes de os mesmos assumirem funções chave na área de suprimento e aquisições;

• Não existe programa de capacitação para a área de suprimento e aquisições, incluindo a de licitações e contratos;

Extraquadros, 22% do efetivo do HU, trabalham sem direitos

• Impossibilidade do pessoal extra-quadro de participar de cursos pro-movidos pela Divisão de Desenvolvi-mento/PR4/UFRJ.

Os riscos e efeitos:Possibilidade de falhas na condução de

processos licitatórios, na fiscalização da execução de contratos, no gerenciamento de estoques do almoxarifado. Essas falhas podem levar a aquisições com sobrepreço, a perdas de estoque e a irregularidades na execução de contratos por fiscalização inadequada.

Números do relatório3250 funcionários2378 estatutários 710 extraquadros (22% do total de efetivos) 161 terceirizados

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Edição ESPECIAL

agosto de 2013

Falta de controle requer novas auditoriasPara algumas situações, o relatório sugere

novas auditorias, já que foram encontradas questões que fugiam do objetivo do trabalho originário. O documento indica, por exemplo, que no final do exercício de 2011, o HUCFF recebeu R$ 17 milhões em recursos relativos do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Reuhf). Entretanto, a Divisão de Engenharia requisitou dispensas de licitação no valor total de R$ 16.824.400,65.

“Essas obras foram contratadas prati-camente entre as pessoas jurídicas, Com-pacta Construtora LTDA, COP Serviços Téc-nicos LTDA e Caiado Projetos e Construção LTDA (peça 50). Essas sociedades empresárias são contumazes contratantes de obras por dispensa de licitação no HUCFF. Tendo em vista tratar de tema que refoge ao âmbito do escopo dessa auditoria de natureza ope-racional, será encaminhada proposta de au-ditoria nesse sentido à Secretaria Adjunta de Planejamento e Procedimentos – Adplan/TCU”, recomenda o relatório, frisando a fra-gilidade do controle da administração para evitar operações fraudulentas.

O documento relata que, em seis de junho de 2012, foi apresentado rela-tório preliminar ao diretor do HUCFF,

José Marcus Raso Eulálio, à diretora-adjunta, Lucila Marieta Perrotta de Souza, e ao chefe da auditoria interna, Carlos Moreira da Costa. O objetivo era que eles comentassem acerca das deficiências apontadas e das propostas do parece da equipe do TCU.

Os gestores concordaram com as defici-ências detectadas e que confirmavam o diag-nóstico encomendado pela Direção Geral do Hospital à Fundação Oscar Rudge, do início de sua gestão (2009), assim como as obser-vadas na auditoria interna da UFRJ (2012). O diretor atribuiu o quadro basicamente "a não substituição de profissionais do quadro permanente, da perda de servidores quali-

ficados, da existência de grande percentual de profissionais sem vínculos empregatícios na área administrativa". Eulálio também men-ciona o envio, em 13/06/2012, ao Ministério da Educação, e à Empresa Brasileira de Ser-viços Hospitalares (EBSERH) do documento de intenção para adesão da UFRJ à recém criada Empresa, oportunidade em que apre-sentou o presente relatório com vistas a prio-rização do HUCFF.

Apesar das desculpas dos gestores, os au-ditores frisaram que o maior problema de-tectado não guarda relação com a falta ou a qualificação de pessoal, e sim com a falta de planejamento na realização de despesas do Hospital, acarretando desmedida quan-tidade de contratações diretas por meio de dispensas de licitação.

Relatório preliminar está com as autoridades desde Junho de 2012

Diretor do hospital concordou com as deficiências detectadas pelos auditores

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Edição ESPECIAL

agosto de 2013

Representante dos professores Titulares do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH/UFRJ), Roberto Leher já havia alertado ao Conselho Universitário sobre a existência do acórdão do TCU. “Mencionei o documento, em uma sessão, durante o expediente. Ele é importante, porque traz ponderações e fatos de extrema gravidade que acon-tecem em vários setores na administração do HU. Ainda está em tempo de debatê-lo

no Consuni”, avalia Leher, lembrando que, apesar do prazo de muitas recomendações terem vencido, isto não exime a universidade de se inteirar e criar as soluções sobre os seus próprios problemas. “Ela precisa ser célere em levantar e resolver suas questões para não ser atropelada em sua autonomia universitária por outros órgãos da adminis-tração pública, como a Controladoria Geral da União (CGU)”.

Agilidade para resguardar autonomia universitária

O relatório traz raros elogios às práticas ad-ministrativas do HUCFF. Entretanto, a ação proba e competente dos servidores públicos vem reconhecida no trabalho desempenhado no setor de Farmácia, um dos sete almoxa-rifados do Hospital HUCFF

"(...) Pode ser considerado uma ilha de eficiência administrativa no órgão. Apesar

do sucateamento das instalações e equi-pamentos, os quais reclamam uma neces-sária reforma, os responsáveis pelo setor realizam um eficiente controle de ma-terial. Ainda que contando com os mesmo problemas de falta de pessoal e treina-mento, as atividades são bem segregadas, executadas e controladas pela equipe

de servidores e funcionários", destaca o relatório e reiterado pelo relator, o mi-nistro José Jorge, em seu voto: "cons-tituiu-se em grata surpresa e alento, e que se atribui, essencialmente, aos es-forços individuais dos servidores e fun-cionários do setor.

Farmácia, iIha de excelência administrativa

Leher defende que o acórdão seja pauta do Consuni

O Hospital herdou uma dívida de mais de dez milhões da Fundação José Bonifácio. Os auditores co-locam no relatório a fragilidade dos controles e no tratamento dado à dívida de R$ 10.212.046,

herdada da Fundação de Apoio José Bonifácio. “Desse valor, já foram pagos R$ 2.174.073,83 restando R$ 8.037.972,86 a pagar. Frise-se que parte desse pagamento, se-gundo entrevistas, advém de dis-

pensa de licitação. A situação é grave, pois não existe segurança jurídica quanto à liquidez e certeza desse endividamento, haja vista que há notas fiscais com mais de dez anos de emissão”.

Dívida de dez milhões herdada da FUJB

Favorecimento à Ebserh?

Os relatores apontam: “nota-se que, em razão da possibilidade de im-plantação da EBSERH (Empresa Brasileira

de Serviços Hospita-lares), muitas ações de melhoria adminis-trativas, sobretudo na área de pessoal, são

retardadas”. É preciso saber se a ausência de medidas efetivas para sanar os graves problemas relatados não estão relacio-nados com a difusão pela atual direção do HU de uma falsa situação de esgota-mento da gestão pú-blica (sem a Ebserh

fecharemos o HU) que justificaria a adesão da UFRJ a empresa.

De acordo com o professor Roberto Leher, representante dos professores Ti-tulares do CFCH, é bastante evidente a aposta da adminis-tração do hospital em uma possível

adesão à empresa. “Eles jogam as suas fichas e o futuro do HU nesta empresa. A consequência deste pensamento único trouxe uma paralisia relativa, adiando-se ações e avolumando o número de pro-blemas”, enfatiza Leher.

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Edição ESPECIAL

agosto de 2013

Fragilidade e ausência foram palavras re-correntes tanto no relatório dos auditores quanto no voto do ministro-relator do TCU, José Jorge. Motivado após reportagem tele-visiva sobre as licitações conduzidas no Ins-tituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ), o processo soma 44

páginas e buscou avaliar os controles internos de sua área de licitações e contratos. O re-lator transformou muitas das orientações dos auditores em recomendações, determi-nando prazos para que o HUCFF solucionasse algumas questões, acrescentando ainda que caberia ao Conselho Universitário (Consuni)

acompanhasse a implementação das me-didas necessárias. Desde maio, o acórdão é de conhecimento público, porém, o Consuni não teve este tema como pauta. Destacamos abaixo algumas sentenças do voto do relator, que também não poupa o governo federal de sua responsabilidade.

Falhas da administração do HU e a banalização da dispensa de licitação

A causa para a situação observada foi creditada à "gestão precária de recursos humanos pelo Governo Federal, restringindo a realização de concursos públicos para recrutamento de pessoal. A restrição a concursos públicos no nível federal tem como uma de suas consequências a permanência do pessoal extraquadro junto aos hospitais, efetivo do qual o HUCFF alega não poder dispensar, apesar da situação irregular e precária.".

No tocante ao elemento "filosofia da direção e estilo gerencial", observou-se a ausência de tratamentos especiais para as licitações de maior vulto; ausência de monitoramento do percentual de dispensa de licitação ou inexigibilidade em relação às licitações feitas; ausência de planejamento das aquisições a serem realizadas (não há levantamento periódico das necessidades dos setores do hospital); ausência de controle de custos/gastos; e inexistência de indicadores.

Dessa forma, é salutar a proposta da equipe de auditoria, que converto para recomendação, no sentido de que o hospital adote providências com vistas a elaborar adequado planejamento para as aquisições necessárias, promovendo a correta identificação dos itens passíveis de serem adquiridos mediante sistema de registro de preços, para evitar aquisições com dispensa e/ou inexigibilidade de licitação.

Tal providência mostra-se relevante quando se observa que 98% das aquisições feitas pelo HUCFF em 2011 foram por contratações diretas (88 dispensas: R$ 34,6 milhões; 61 Inexigibilidades: R$ 4,2 milhões), sendo o restante feito por meio de 11 pregões (R$ 724 mil). Até 26/4/2012, somente haviam sido feitas contratações diretas (35 dispensas de licitação: R$ 2,6 milhões; e 17 inexigibilidades: R$ 1,6 milhões).

Salta aos olhos a precariedade - ou mesmo ausência - de controle nos setores mencionados (licitações e contratos, almoxarifados), deixando a instituição em extrema vulnerabilidade, sujeitando-a, assim, a ocorrências danosas a seu bom desempenho, a saber, como apontou a equipe de auditoria, (a) insegurança nos preços contratados, ante a ausência de uniformização dos procedimentos no setor de licitações; (b) execução de serviços e de despesa sem cobertura contratual; (c) dispensa ilegal de licitação; (d) pagamentos indevidos; (e) desfalque nos itens de estoque; e (f) perda do estoque, dentre outros.

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Edição ESPECIAL

agosto de 2013

Extrema vulnerabilidadeOs relatores descrevem a situação do setor

de licitações e contratos como de extrema vulnerabilidade. “Veja-se que, além do pre-caríssimo controle operacional, legal e ge-rencial observado, não há qualquer controle preventivo de fraudes e conluios, que pode resultar na ocorrência de todas as consequ-ências nefastas conhecidas para a área, desde

simples falhas inofensivas até fraudes gera-doras de grandes prejuízos aos cofres pú-blicos”, alerta o documento, apontando que já haveria “sindicância para apurar denúncia de direcionamento nas aquisições do HUCFF por parte de funcionários do setor de lici-tações, os quais, segundo a denúncia, rece-beriam favores de fornecedores contratados”.

Inventário para dissipar discrepâncias

O acórdão recomenda que seja realizado inventário no almoxarifado central para checar a questão da falta de alguns equi-pamentos médicos. A medida visa dissipar a discrepância, apontada pela auditoria do TCU, entre o que está registrado e o que há realmente no estoque. O rela-tório cita, por exemplo, o marcapasso de titânio, no qual havia o registro de oito no estoque, porém somente foram encontrados cinco. Perna seca e campus Macaé

O relatório também salienta que o Hos-pital vive um dos momentos mais difíceis de sua história. O documento recorda que, após a demolição da denominada perna seca, o número de leitos foi reduzido de 300 para cerca de 150. “Como agravante,

os alunos do campus de Macaé foram des-locados para realização de aulas práticas no Hospital, devido à falta de estrutura do campus do interior do Estado. Tal fato gerou um aumento significativo no número de alunos por paciente”.

1. Integridade e valores éticos2. Políticas e práticas de recursos humanos3. Filosofia de direção e estilo gerencial4. Estrutura organizacional e de

governança5. Auditoria Interna6. Formalização de procedimentos7. Supervisão direta8. Execução dos controles legais

Deficiências: os 16 elementos com baixa avaliação

Este é o item mais longamente examinado pelos auditores do TCU.O relatório indica que foram identificados processos do Setor de Engenharia com uso da dispensa de licitação, nos quais as propostas são geralmente apresentadas pelo mesmo grupo de três sociedades. “(...) nas quais uma sempre vence a disputa, a exemplo dos 6 processos em que participaram a Construtora Santana, Construtora Pontes e COP Serviços Técnicos Ltda.. Nessas pretensas disputas, a última sociedade, COP Serviços Técnicos Ltda., apresenta invariavelmente a menor proposta. Já em outras três dispensas, aquelas duas primeiras sociedades apresentaram propostas juntamente com a Caiado Projetos e Construções Ltda, nestas dispensas a Caiado Projetos apresentou as melhores propostas”, revela textualmente o documento.

9. Ausência de segregação de funções10. Controles gerenciais/acompanhamento

das atividades11. Revisões independentes12. Ausência de controles preventivos de

fraudes e conluios13. Rotatividade de funções14. Controles de acesso a recursos e registros15. Procedimentos de autorização e

aprovação16. Meio ambiente de trabalho para o

pessoal do Serviço de Licitações e Contratos

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Edição ESPECIAL

agosto de 2013

Nº NomeCNPJ do

contratado

Empresas

ParticipantesNúmero processo Licitação Objeto

Valor global

contratado

2011

CAIADO PROJETOS E

CONSTRUÇÕES LTDA,

01.521177/0001-04

CONSTRUTORA SANTANA E PONTES,

COP Serviços Técnicos Ltda.

23079.060337/2011-49Dispensa de Licitação nº 238/2011

Obra de impermeabilização de lajes e marquises em áreas do subsolo do

HUCFF

R$ 89.404,87

2011COP Serviços Técnicos Ltda

06.274.015/0001-24CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.059010/2011-51

Dispensa de Licitação nº 233/2011

Obra de complementação da instalação do

circuito emergencial da Unidade de

Ressonância Magnética do HUCFF

R$ 35.956,88

2011COP Serviços Técnicos Ltda.

06.274.015/0001-24CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.060340/2011-53

Dispensa de Licitação nº 235/2011

Obra de reforma no Serviço de Segurança e Saúde do trabalhador - 10º pavimento, bloco

C-III do HUCFF

R$ 31.323,52

2011COP Serviços Técnicos Ltda.

06.274.015/0001-24CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.060338/2011-01

Dispensa de Licitação nº 236/2011

Troca de vidros e fechamentos de

acessos em áreas do HUCFF

R$ 17.583,55

2011COP Serviços Técnicos Ltda.

06.274.015/0001-24CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.060335/2011-13

Dispensa de Licitação nº 239/2011

Obra de colocação de grades de ferro na área externa do prédio do

HUCFF, situado atrás da Ressonância Magnética

R$ 12.713,33

2011

CAIADO PROJETOS E

CONSTRUÇÕES LTDA

01.521177/0001-04

CONSTRUTORA SANTANA E PONTES,

COP Serviços Técnicos Ltda.

23079.060336/2011-86Dispensa de Licitação nº 240/2011

Obra de impermeabilização de

laje e calha das caldeiras no subsolo, bloco F

R$ 122.034,84

2011COP Serviços Técnicos Ltda.

06.274.015/0001-24CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.060343/2011-41

Dispensa de Licitação nº 241/2011

Contrato de empresa especializada , para

implantação da Unidade de Transplante

Setor 7F do HUCFF

R$ 50.830,05

2011

CAIADO PROJETOS E

CONSTRUÇÕES LTDA,

01.521177/0001-04CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.059021/2011-78

Dispensa de Licitação nº 242/2011

Reforma dos setores de Emergência, Serviço

de Admissão e Alta e Triagem do HUCFF

R$403.578,70

2011COP Serviços Técnicos Ltda.

06.274.015/0001-24CONSTRUTORA

SANTANA E PONTES23079.024142/2011-26

Dispensa de Licitação nº 275/2011

Obra de reforma no Laboratório de

Emergência, 3º andar Bloco A-IV, compreendendo

Demolição (retirada de azuleijos, piso vinículo,

entre outros)

R$ 66.684,61

Relatório identifica que propostas são geralmente apresentadas pela mesmas empresas

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NA PAISAGEM. No fim do outono de 2012, o paredão do perfil imponente do Hospital do Fundão (esta é a denominação presente no imaginário dos milhares de usuários do HUCFF) serviu de suporte para a maior e mais simbólica faixa da Greve dos 100 dias. O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – como foi possível conferir no conteúdo desta publicação extra – acumula prejuízos resultantes do colapso da gestão desastrosa do diretor Marcus Eulálio e de seu estafe. Os dados expressos no Acórdão do Tribunal de Contas da União nos conduzem a uma conclusão inevitável: o esforço para a indução de uma falsa situação de esgotamento da gestão pública