espaços de esperança

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  • 7/27/2019 Espaos de Esperana

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    Cap. 06

    O corpo como estratgia de acumulao

    Universidade Federal do CearCentro de Cincias

    Departamento de GeografiaGeografia do Espao Mundial

    Alunos: Bheatriz Alves de Paiva OliveiraWalder Jadson Costa

    Alves AlvesProf. Levi Sampaio

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    Parece-me indubitavelmente claro que o corpo nosentido mais profundo uma estratgia de acumulao.

    (Donna Haraway, Society and Space, 1995, p. 510)

    O capital por assim dizer, circula atravs do corpo dotrabalhador como capital varivel, transformando-o emmero apndice da prpria circulao do capital. (David

    Harvey, The Limits to Capital, 1982, p. 157)

    Na verdade, no se pode separar os dois processos aacumulao dos homens e a acumulao do

    capital.(Michel Foucault, Discipline and Punish,

    1975(1995), p. 221)

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    A resposta resumida que a perda contempornea daconfiana em categorias antes estabelecidas provocou

    um retorno ao corpo como base irredutvel dacompreenso.

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    Vida Harmoniosa e bem Ordenada

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    Proposies fundamentais:

    O corpo um processo inconcluso, de certo modo malevel

    histrica e geograficamente.

    O corpo no uma entidade fechada e lacrada, mas umacoisa relacional que criada, delimitada, sustentada e em

    ultima anlise dissolvida num fluxo espao-temporal de

    mltiplos processos.

    O efeito lquido dizer que diferentes processos produzem

    tipos radicalmente distintos de corpos.

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    Na qualidade de maquina desejante capaz de criarordem no apenas em seu prprio corpo interior

    mas tambm em seu entorno, o corpo humano ativo e transformador em relao aos processos que o

    produzem, sustentam e dissolvem.

    Corpo poltico

    Corpo poroso

    O consumo no portanto mera questo demanuteno do prprio corpo, mas o

    reconhecimento e a monitorao dosrelacionamentos... O eu como sujeito individual

    existe... Em sua capacidade de transformar relaes.

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    A liberao dos sentidos e do corpo humano doabsolutismo do mundo produzido do espao e do

    tempo cartesianos/newtonianos se torna central

    s suas estratgias de emancipao. E isso

    significa contestar a viso mecanicista e

    absolutista por meio da qual o corpo contido edisciplinado.

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    A percepo dos sentidos tem de ser a base de toda a

    cincia (MARX)

    ...um relato pessimista do medo como os corpos,entendidos como entidades passivas que representam

    papis econmicos performativos particulares, so

    moldados pelas foras externas da acumulao e da

    circulao do capital.

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    Classe Posicionalidade em relao acumulao e

    circulao do capital.O trabalhador, entendido como pessoa, trabalhador,

    consumidor, poupador, amante e portador da cultura,

    podendo mesmo, ocasionalmente, ser empregador eproprietrio de terras, ao passo que o trabalhador como

    papel econmico singular.

    Capital varivel uma expresso que se refere

    venda/compra e ao uso da fora de trabalho.

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    O consumo produtivo da mercadoria fora de trabalho noprocesso produtivo sob o controle do capitalista requer, interalia, a mobilizao dos espritos animais, dos impulsossexuais, dos afetos e das foras criadoras do trabalho para umdado propsito definido pelo capital.

    Por um lado, o capital requer trabalhadores instrudos eflexveis, mas, por outro, recusa a ideia de os trabalhadorespensar por si s.

    Podem ser necessrios corpos saudveis, mas comfrequncia produzem-se deformidades, patologias e doenas

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    Mas parte daquilo que a criatividade histrica docapitalismo tem feito consiste em descobrir novas

    formas de utilizar o corpo humano como portador da

    capacidade de trabalho.(...) Antigas capacidades docorpo humano so reinventadas; novas capacidades so

    reveladas.

    H alguns corolrios disso. Em primeiro lugar, aprodutividade da pessoa fica reduzida capacidade deproduzir mais-valia. (...) Em segundo lugar, a falta de

    produtividade, a doena so definidos no interior desseprocesso de circulao como a incapacidade de ir ao

    banheiro, incapacidade do capital varivel ou de seguirsuas regras disciplinares.