escuridão espiritual · de que o próprio satanás se transfigura em anjo de luz, e quando a...
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Escuridão Espiritual
Por Wilhelmus à Brakel (1635-1711)
Traduzido, Adaptado e
Editado por Silvio Dutra
Out/2019
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A474 à Brakel, Wilhelmus (1635-1711) Escuridão espiritual / Wilhelmus à Brakel, Tradução e adaptação Silvio Dutra Alves –
Rio de Janeiro, 2019. 41p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé. 4. Graça. I. Título. CDD 252
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Na regeneração, o homem é atraído das trevas
para a maravilhosa luz. Ele recebe olhos
iluminados para compreender e perceber
realidades invisíveis.
Esses assuntos, ocultos para o homem natural e
vistos de uma perspectiva natural, são vistos de
uma maneira totalmente diferente pela pessoa
que foi iluminada.
Quem era a própria escuridão se torna
iluminado no Senhor, e o Espírito Santo brilha
em seu coração para dar a luz do conhecimento
da glória de Deus na face de Jesus Cristo.
Esta luz alegra o coração, aquece a alma, faz com
que queime com amor, muda e santifica o
homem inteiro. Portanto, aqueles que começam
a ver essa luz se tornam tão apaixonados por ela,
que desejam ser levados cada vez mais a essa
luz.
De fato, ao fazer isso, eles não tomam nota da
distinção entre a luz da contemplação (que pode
e deve ser desejada aqui abaixo, mas é reservada
para o céu) e a luz da fé , que é concedida àqueles
que andam na terra, permitindo que eles sigam
seu caminho através da escuridão com
alegria. Ao não considerar essa distinção, eles
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não estão satisfeitos em andar à luz da fé, mas
deseja viver aqui à luz da contemplação. Eles,
portanto, trazem problemas à sua alma e
começam a pensar que ainda estão
inteiramente no escuro e não convertidos. Sim,
isso pode causar uma grande escuridão sobre
eles, de modo que até a luz da fé se torna tão
fraca que eles não conseguem perceber
nenhuma luz.
(Nota do Tradutor: Já nesta altura da nossa
tradução desse texto sentimos um impulso para
inserir esta nota referente ao assunto, pois em
razão do que acabou de ser citado pelo autor,
não poucos crentes, ao longo da história da
Igreja, têm passado por muitas expectativas que
não correspondem a uma verdadeira vida de fé.
A principal causa disto se relaciona com o fato
de pensarem que a verdadeira expressão da vida
de Jesus na alma consiste em se ter visões,
sonhos, êxtases, sinais, prodígios,
continuamente, que sejam observados pelos
sentidos naturais da visão, audição e tato.
Não poucos desejam ver anjos, outros querem
ouvir de forma audível a voz de Deus, outros há
que desejam dar vista a cegos de nascença,
ressuscitar fisicamente a mortos, etc, e nisto
empenham toda a sua energia e tempo, e se não
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o conseguem sentem-se frustrados ou menos
afortunados do que os crentes do passado,
especialmente aqueles dos dias apostólicos.
O maior perigo em tudo isto se encontra no fato
de que o próprio Satanás se transfigura em anjo
de luz, e quando a pessoa fica aberta para as
experiências visíveis e audíveis do mundo
espiritual, ele corre o risco de receber
impressões originadas no mundo espiritual das
trevas, só que disfarçadas de luz, e entretê-las
como se fossem de fato da parte de Deus.
Além disso, quando é este o costume que
prevalece em relação ao entendimento do que
seja a verdadeira vida espiritual, pouca ou
nenhuma atenção é dada à santificação pela
Palavra, e assim, pouco ou nada da mesma é
visto na vida prática do crente.
Longe de nós proibir o exercício dos dons
espirituais sobrenaturais. Ao contrário,
conforme a ordenança bíblica não devem ser
proibidos, mas buscados os melhores dons,
porque eles exaltam a ação de Jesus na Igreja e
através dela.
Mas quem deve ser priorizado, conforme I
Coríntios 13, é o fruto do Espírito Santo, e não
propriamente os dons sobrenaturais
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extraordinários que inclusive estão destinados a
desaparecer.
“1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos
anjos, se não tiver amor, serei como o bronze
que soa ou como o címbalo que retine.
2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e
conheça todos os mistérios e toda a ciência;
ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de
transportar montes, se não tiver amor, nada
serei.
3 E ainda que eu distribua todos os meus bens
entre os pobres e ainda que entregue o meu
próprio corpo para ser queimado, se não tiver
amor, nada disso me aproveitará.
4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde
em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
5 não se conduz inconvenientemente, não
procura os seus interesses, não se exaspera, não
se ressente do mal;
6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se
com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
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8 O amor jamais acaba; mas, havendo profecias,
desaparecerão; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, passará;
9 porque, em parte, conhecemos e, em parte,
profetizamos.
10 Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o
que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino,
sentia como menino, pensava como menino;
quando cheguei a ser homem, desisti das coisas
próprias de menino.
12 Porque, agora, vemos como em espelho,
obscuramente; então, veremos face a face.
Agora, conheço em parte; então, conhecerei
como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e
o amor, estes três; porém o maior destes é o
amor.” (I Coríntios 1.1-13).
O grande objetivo na nossa salvação é o de que
sejamos transformados de glória em glória à
Sua própria imagem e semelhança, e isto é feito
pelo conhecimento dEle na face de Jesus Cristo.
Este conhecimento é feito de forma silenciosa e
invisível, pelo Espírito Santo, pois consiste
basicamente em se expulsar as trevas da
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ignorância sobre o verdadeiro caráter, virtudes
e atributos de Jesus, de forma que por este
conhecimento interior e espiritual possamos
seguir os Seus passos, segundo a transformação
e renovação da nossa mente.
Agora, se não houver justificação e
regeneração, conforme um novo nascimento do
Espírito Santo, não é possível haver progresso
na vida de fé através da santificação. Primeiro
regeneração e depois santificação.
Finalmente, não deve ser esquecido que a
abundância de dons extraordinários nos dias de
Jesus e dos apóstolos, com a realização de
muitos milagres, sinais e prodígios,
especialmente de curas extraordinárias de toda
sorte de enfermidades incuráveis, tinha a ver
principalmente com a confirmação da Palavra
de salvação que estava sendo pregada, que
apontava para a necessidade de
arrependimento e conversão.
Tanto isto é verdadeiro que no caso de não haver
arrependimento e conversão em face dos
muitos milagres que eram efetuados, isto era
seguido por uma dura palavra de repreensão,
conforme foi o casos das cidades de Cafarnaum
e Betsaida pelo próprio Jesus em seu ministério
terreno.
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Agora, isto não significa que a pregação do
Evangelho deva ser somente em palavras, pois
se esta não for acompanhada pela unção do
Espírito Santo, com uma atuação real do poder
de Jesus sobre os ouvintes, pouco ou nenhuma
eficácia será obtida.)
Essa escuridão espiritual não é idêntica à que os
não convertidos têm, que ainda são totalmente
cegos. Isso também não se compara com o que
os iniciantes na experiência da graça, em quem
há um vislumbre de luz.
Nós também não o entendemos pelas ondas de
escuridão que ocasionalmente se deparam com
um crente e se dissipam prontamente.
Escuridão espiritual: a doença espiritual de um
cristão
Essa escuridão é, no entanto, uma doença
espiritual de uma pessoa que fez algum
progresso na vida cristã .
Na ausência das influências iluminadoras
normais do Espírito Santo, e devido às trevas
residuais de sua antiga natureza, a luz que nele
está se torna tão fraca e tão obscurecida que
agora ele contempla os assuntos espirituais, que
ele anteriormente percebia com clareza, como
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um vislumbre distante e apenas retrata o que
aconteceu no passado por meio de
memória. Isso faz com que ele fique sem alegria,
calor e direção; e viva com medo e ansiedade,
fazendo com que ele ande sem rumo, como em
um deserto.
A experiência não ensina apenas que o crente
entra em tal escuridão (para que muitos não
precisem de outra prova, exceto o caso deles),
mas a Palavra de Deus nos mostra
abundantemente que isso é verdade. Aqueles
que estão em tal condição é necessário anotar
isso, já que geralmente chegam à conclusão de
que não têm graça, sendo de opinião de que os
piedosos não entram em tal condição.
O que aconteceu com Abraão, pai dos fiéis,
também acontece com seus filhos. "E eis que um
horror de grandes trevas caiu sobre ele" (Gn
15:12).
Jó testemunha disso a respeito de si mesmo: “Eis
que, se me adianto, ali não está; se torno para
trás, não o percebo. Se opera à esquerda, não o
vejo; esconde-se à direita, e não o diviso.” (Jó 23:
8-9).
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A igreja reclama disso: “Ele me levou e me
trouxe para as trevas, mas não para a luz” (Lam
3: 2).
O Senhor ameaça isso: “Dai glória ao SENHOR,
vosso Deus, antes que ele faça vir as trevas, e
antes que tropecem vossos pés nos montes
tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a
mude em sombra de morte e a reduza à
escuridão.” (Jr 13:16).
O profeta dá conselho aos que estão em tal
estado: “Quem há entre vós que tema ao
SENHOR e que ouça a voz do seu Servo? Aquele
que andou em trevas, sem nenhuma luz, confie
em o nome do SENHOR e se firme sobre o seu
Deus.” (Isaías 50:10).
Há épocas de escuridão como resultado da
perseguição e da falta de conforto, bem como
devido a cegueira. No entanto, eles geralmente
coexistem nos filhos de Deus, pois as trevas
externas produzem trevas internas.
As causas da escuridão espiritual
A visão natural pode ser obstruída por várias
causas: o desaparecimento do sol, o
espessamento das nuvens, a interferência de
objetos opacos, doença dos olhos ou olhar para
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o sol. A escuridão espiritual também tem várias
causas:
(1) o desaparecimento do Sol da Justiça, o Senhor
Jesus Cristo, e a retenção da influência
iluminadora do Espírito Santo;
(2) o diabo que obscurece essa luz obscurecendo
os problemas, gerando a fumaça do erro e da
heresia, gerando falsa luz, obscurecendo a
verdade e seduzindo uma pessoa por meio de
enganadores;
(3) uma pessoa que não dá ouvidos à luz da fé,
considerando que isso é muito
insignificante; um enfraquecimento do amor
pela verdade, uma luta por algo mais
elevado; uma insistência em ser iluminado pela
luz de contemplar, e por ser desejoso de receber
luz que não seja aquela pela qual o Senhor
normalmente guia seu povo;
(4) desviar os olhos da luz cedendo às nossas
concupiscências, fechando os olhos e
espalhando areia nos nossos olhos - pelo qual a
verdade em sua eficácia e preciosidade não é
percebida;
(5) exercer demais nossa visão espiritual para
compreender as perfeições e os caminhos
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incompreensíveis de Deus. Isto, ao invés de nos
dar mais luz, nos trará mais escuridão. Pois
quando nos afastamos da luz da Palavra de Deus
e não podemos alcançar uma contemplação
imediata, nosso intelecto corrupto e razão
irracional virá para o primeiro plano,
enganando a alma com falsas contemplações,
em que a verdadeira luz é cada vez mais
obscurecida.
As consequências da escuridão espiritual
Essa escuridão espiritual leva os crentes a um
estado de tristeza e pecado, pois:
Primeiro, haverá desânimo. A luz dos olhos é
boa e alegra o coração. Dias sombrios, pelo
contrário, são dias de tristeza; a noite encerra
tudo e oprime o coração. Isso também é verdade
para os crentes que têm visto a luz, que estavam
acostumados a andar na luz do semblante de
Deus, e se alegravam com a luz, mas agora
devem perder essa luz e estão cercados por uma
escuridão espessa. Tudo isso afligirá o coração e
uma triste tristeza supera-os, para que tudo, por
assim dizer, os entristece. Eles pensam nos dias
anteriores em que o Senhor fez com que Sua luz
brilhasse sobre eles, e eles atravessaram as
trevas pela Sua luz. Isso agora desapareceu, no
entanto, e há trevas tristes.
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Em segundo lugar, durante a escuridão, os
animais selvagens saem de seus buracos. Da
mesma forma, todos os tipos de movimentos
pecaminosos manifestam-se nessa escuridão,
como descrença, desânimo, irritação e
murmuração. Mesmo pensamentos fugazes
ateístas surgem no coração, bem como todo tipo
de raciocínio pecaminoso para levar a alma a
trevas adicionais.
Terceiro, a escuridão é uma coisa
assustadora . Há um terror à noite e uma flecha
que voa de dia (Sl 91: 5). Tal é também o caso
aqui. Dificilmente seremos capazes de discernir
o que é graça e não somos capazes de percebê-la
em nós mesmos. Nós temeremos a ira de Deus e
a condenação. O diabo lança suas flechas
aterrorizantes; nossos pensamentos e os sonhos
nos aterrorizam, e não encontraremos descanso
nem refúgio em lugar algum.
Quarto, aquele que, no escuro, atravessa um
caminho em que há muitas trilhas, se desvia
facilmente. Tal é também o caso aqui. "Quem
anda nas trevas não sabe para onde vai" (João
12:35). Quando ele está sozinho, seus
pensamentos vagam, e quando ele está entre as
pessoas, ele tropeça em suas palavras. Se ele
deve empreender algo ou se for necessário
tomar uma decisão, ele cometerá um erro na
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sua escolha e o resultado do seu
empreendimento estará errado. Em toda parte
ele está enredado e está preso em tudo o que
empreende.
(Nota do Tradutor: Jesus diz que aquele que
caminha durante a luz do dia não tropeça, e aqui
Ele nos chama a refletir que se andarmos na Sua
luz nós não tropeçaremos. Isto é a mais pura
verdade, pois quando a alma está na luz, ela tem
a direção de Deus para todas as coisas que se
referem à sua vida, especialmente nas decisões
que tenha que tomar. Mas, quando a alma está
em uma condição ruim de trevas, tudo é
confuso e obscuro, e nada parece estar seguindo
o rumo certo que deveria tomar, pois falta até
mesmo a atmosfera de segurança de que tudo
irá bem em relação a nós, porque até mesmo as
tribulações cooperarão para o nosso bem, pois
através delas perceberemos que a nossa fé está
sendo aperfeiçoada por Deus.)
Em quinto lugar, quem anda na
escuridão tropeça rapidamente em algo que jaz
em seu caminho, sem poder ver isso - e
irregularidades o fazem tropeçar
rapidamente. Isso também é verdade aqui. Os
caminhos de Deus não estão mais em seu
coração e ele caminha por caminhos
difíceis. Aqui ele vê alguma coisa e ali ouve
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alguma coisa, e isso o ofende
imediatamente. Aqui há tentações de errar na
doutrina, de pecar e a oposição há de se revelar.
Em toda parte existem armadilhas, mas ele não
as vê. Isso faz com que ele seja facilmente
enredado, e quanto mais ele se move, mais e
mais ele se torna enredado. Ele não pode se
livrar, pois não sabe onde colocará o pé.
Sexto, a escuridão é uma época infrutífera. Na
escuridão do inverno, as árvores permanecem
estéreis e como se estivessem mortas. Perto dos
polos sul e norte, quase nenhuma vegetação ou
grama cresce e o que é semeado ou plantado em
um local que não pode ser alcançado pelo sol,
não pode crescer e estará em uma condição
triste. Esse também é o caso aqui. Quando trevas
espessas envolvem a alma, ela não produz frutos
dignos de arrependimento. Ela é estéril e fraca,
não dá prazer ao Senhor que a plantou, não é um
ornamento para a igreja, e esse plantio do
Senhor não é uma questão de alegria para
outras pessoas piedosas nem atraente para os
não convertidos. Durante essa temporada, ela
não responde ao propósito para o qual foi
nomeada.
Sétimo, durante a escuridão faz frio . Durante os
invernos e embaixo das camadas de neve, tudo
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fica imóvel devido à geada. Isso também é
verdade aqui. Quando alguém entra em um
estado de escuridão, ele entra rapidamente em
um estado em que ele é frio, rígido, e
insensível. Em breve discutiremos esse estado
de insensibilidade de maneira mais abrangente.
Meios para Evitar as Trevas Espirituais
Visto que o estado de escuridão é de natureza
tão prejudicial, todos devem cuidar para que ele
não entre em tal condição e, portanto:
(1) Esteja atento às coisas pelas quais você entra
em tal condição - como foi mostrado
anteriormente.
(2) Estime muito a luz que você tem, por menor
que possa parecer aos seus próprios olhos.
(3) Regozije-se com o fato de você conhecer
Deus, Cristo e o caminho da salvação. Além
disso, alegre-se que você entende a Palavra de
Deus em seu sentido espiritual, pois você vê
tantos que estão sem essa luz.
"33 Mandastes mensageiros a João, e ele deu
testemunho da verdade.
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34 Eu, porém, não aceito humano testemunho;
digo-vos, entretanto, estas coisas para que sejais
salvos.
35 Ele era a lâmpada que ardia e alumiava, e vós
quisestes, por algum tempo, alegrar-vos com a
sua luz.
36 Mas eu tenho maior testemunho do que o de
João; porque as obras que o Pai me confiou para
que eu as realizasse, essas que eu faço
testemunham a meu respeito de que o Pai me
enviou.
37 O Pai, que me enviou, esse mesmo é que tem
dado testemunho de mim. Jamais tendes ouvido
a sua voz, nem visto a sua forma.” (João 5:33-37).
(4) Preste atenção à luz que brilha na Palavra de
Deus, direcione suas ações de acordo e ande
nela.
“Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas
não caiam sobre vós” (João 12:35).
(Nota do tradutor: A Palavra de Deus é o
alimento do espírito. Devemos nos alimentar
dela continuamente, sentindo ou não fome,
estando em luz ou escuridão, pois isto fará que
nos levantemos mais rapidamente de possíveis
abatimentos com que nos defrontemos em
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nossa jornada. Muitas vezes Deus permite que
haja retenções da Sua graça para nós, para que
em nossa fraqueza nos exercitemos a buscá-Lo
ainda que nestas horas difíceis, para que enfim
haja o triunfo da fé, pela recepção da graça que
necessitamos. Temos isto na experiência do
apóstolo Paulo:
“2 Conheço um homem em Cristo que, há
catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu
(se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o
sabe)
3 e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do
corpo, não sei, Deus o sabe)
4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras
inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.
5 De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim
mesmo, salvo nas minhas fraquezas.
6 Pois, se eu vier a gloriar-me, não serei néscio,
porque direi a verdade; mas abstenho-me para
que ninguém se preocupe comigo mais do que
em mim vê ou de mim ouve.
7 E, para que não me ensoberbecesse com a
grandeza das revelações, foi-me posto um
espinho na carne, mensageiro de Satanás, para
me esbofetear, a fim de que não me exalte.
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8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que
o afastasse de mim.
9 Então, ele me disse: A minha graça te basta,
porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De
boa vontade, pois, mais me gloriarei nas
fraquezas, para que sobre mim repouse o poder
de Cristo.
10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas
injúrias, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias, por amor de Cristo. Porque,
quando sou fraco, então, é que sou forte.” (II
Coríntios 12.2-10).
Se você foi dominado pelas trevas, não desista
da coragem, pois muitos dos piedosos entram
nessa condição. Isto não é um sinal de estar sem
graça. Você ainda conhece o Senhor e Seu
caminho, embora de longe. Essa escuridão é um
fardo para você e todo o seu desejo é pela luz -
não apenas para poder ver, mas para se alegrar,
aquecer, ser dirigido e santificado por ela. O
Senhor, por renovação, aliviará suas trevas e
levantará novamente a luz de Seu semblante
sobre você. Você experimentará que esta época
das trevas foi uma escola para você, na qual você
aprendeu muito.
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Especialmente não cedamos a esta escuridão,
mas esforcemo-nos por ser libertados dela. Eu
não preciso apresentar diante de você a
repugnante natureza das trevas e o deleite da luz
para despertá-lo assim, pois você experimentou
ambas as condições. Eu apenas desejo lhe dar
uma orientação.
Instruções para aqueles que lutam com a
escuridão
Primeiro, tenha certeza de que você não
retornará imediatamente à luz que desfrutou
anteriormente. Os raios fugazes de luz que caem
sobre você no meio de suas trevas são confortos
divinos para fortalecê-lo para as trevas que
ainda estão por vir. Uma disposição habitual só
deve ser alcançada por meio de muito
exercício. Portanto, não fique desencorajado se
você não recuperar essa condição logo no início.
Em segundo lugar, fique satisfeito com a pouca
luz que você ainda tem, e que lhe permite
entender a Palavra em seu sentido espiritual,
mesmo que não produza prazer nem calor. É o
suficiente para lhe dar orientação.
Terceiro, abstenha-se de se esforçar para ter
pontos de vista sobre assuntos importantes, mas
apegue-se humildemente à Palavra de Deus.
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Sempre que você ler e sempre que uma
passagem das Escrituras lhe ocorrer, pense:
“Esta é a verdade.” Se é uma promessa, avalie-a
como tal e não levante seu coração acima dessa
Palavra. Ao mesmo tempo, reflita sobre o
próprio Deus, mas não vá além do que Sua
Palavra O descreve. Se houver uma exortação a
acreditar ou praticar outra virtude, então pense:
“Esta é minha regra de conduta e, de acordo
com isso, desejo andar com toda a
simplicidade.”
Mantendo um perfil baixo, você virá à luz da
maneira mais prudente.
Quarto, lide fielmente com a pequena medida
de luz que você possui. Não comece a raciocinar
com seu intelecto natural para poder entender
e melhorar sua condição. Reconheça-a pela fé e
siga-a. Em humildade e retidão, ande nessa
luz. Não se concentre nos seus tropeços,
considere-se apenas uma criança pequena. A
ordenação do seu caminho de acordo com essa
pequena medida de luz certamente será um
meio de receber uma medida maior de luz. “Se
alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a
respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu
falo por mim mesmo.” (João 7:17); “Disse, pois,
Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós
permanecerdes na minha palavra, sois
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verdadeiramente meus discípulos; e
conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.” (João 8: 31-32).
Em quinto lugar, mantenha seus exercícios
devocionais agendados. Se você descontinuá-
los, você entrará em mais trevas e tornar-se-á
mais distante; no entanto, se você os mantiver,
aumentará a luz. Não se pressione para ser
ocupado com isso por um longo período de
tempo, mas faça isso com simplicidade. Não faça
isso para adicioná-lo ao registro de suas
virtudes, pois logo você se desencorajaria. Em
vez disso, faça-o com o objetivo constante de
usá-lo como um objetivo de receber mais luz.
Leia a Palavra de Deus e suplique e clame ao
Senhor que ouve e vê você - mesmo que você
não O veja. Você, no entanto, conhece-o por
meio de Sua Palavra. Particularmente, ore por
luz, porque a luz procede somente dEle. Ele pode
abrir o entendimento com uma palavra para que
você entenda as Escrituras (Lucas 24:44,45 – “A
seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que
eu vos falei, estando ainda convosco: importava
se cumprisse tudo o que de mim está escrito na
Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então,
lhes abriu o entendimento para
compreenderem as Escrituras.) Ele promete dar
luz e sabedoria àqueles que Lhe oram por isso
24
(Tiago 1: 5 – “Se, porém, algum de vós necessita
de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá
liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á
concedida.”) E isso Ele é capaz e está disposto a
fazer, também fará, e você ainda o louvará pela
ajuda de Seu semblante. Um dia você
contemplará o rosto dele em retidão e então
ficará satisfeito. Amém.
25
Nota do Tradutor:
Em uma de minhas meditações orava ao Senhor
pedindo-lhe que me desse sabedoria para ser
mais eficaz em meus esforços dirigidos à
salvação e edificação de almas, enquanto
pensava em meu coração em algum método
específico que pudesse atender a tal objetivo,
quando o Senhor me disse que não há método
que seja dado ao homem porque Ele usa o
método necessário para cada pessoa em
particular, segundo o Seu próprio poder, e isto
não se encontra na esfera de capacidade de
qualquer criatura, por mais sábia que ela seja.
Então, nossa obrigação é a de pregar e ensinar a
verdade das Escrituras, e deixar a eficácia do
resultado nas mãos de Deus, porque usará o
testemunho e as circunstâncias que Ele julgar
as mais eficazes para atuar em cada caso
promovendo salvação e edificação.
Assim como um bisturi não tem qualquer uso
senão somente quando se encontra nas mãos de
um cirurgião habilidoso, de igual forma somos
apenas instrumentos sem qualquer uso, quer no
que falamos, quer no que escrevemos, até que o
grande Cirurgião decida usar-nos para que Ele
próprio promova a cura de uma alma enferma.
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Não tem sido assim em nossa própria
experiência, em que fomos abençoados por
Deus através da instrumentalidade de muitos
dos Seus servos, em diversas ocasiões
diferentes?
De igual modo espero que o que passo a
descrever adiante, possa de alguma forma ser
usado pelo Senhor para abençoar a vida de
algum leitor.
Em uma tarde ensolarada de primavera, vi
passar em louca disparada um cavalo de porte
médio, ainda jovem, com a pelagem muito suja,
esquelético e de andar desconjuntado, montado
por um cavaleiro alto, adulto e desvairado, que o
chicoteava repetidamente sob o proferimento
de vários impropérios de baixo calão que dirigia
a ele em grande fúria, exigindo que se
deslocasse mais rapidamente.
O pobre animal espumava e mal conseguia se
deslocar, estando debaixo de grande
sofrimento, e eu fui despertado em um grande
clamor por justiça em meu coração, sentindo ao
mesmo tempo uma grande impotência e
incapacidade para poder fazer algo que pudesse
impedir a continuidade daquela crueldade.
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À noite, mal conseguia conciliar o sono,
pensando nas muitas injustiças que desde a
mais remota época, vêm acontecendo no
mundo, e que atingem não apenas os animais,
mas inclusive a criancinhas e especialmente
mulheres que são estupradas ou assassinadas
por pessoas cruéis, que continuam impunes em
sua grande maioria, dando prosseguimento às
suas crueldades.
Como Deus vê tudo isso?
Muitos consideram que Ele é indiferente e que
também é impassível em relação a tais
ocorrências.
Outros colocam toda a culpa no diabo, a quem
atribuem todo o tipo de mal e injustiça que há no
mundo.
Outros, isentam a Deus de qualquer culpa ou
indiferença, e ainda que admitam a participação
do diabo em muitos eventos, todavia atribuem
toda a culpa ao próprio homem, em razão de ser
pecador.
Mas a grande questão que se levanta é a relativa
à aplicação da justiça. Há um clamor moral
natural para que a justiça seja feita sempre que
houver a manifestação do mal. Mas como
28
poderia haver uma justiça perfeita para um
homem cujo coração imagina continuamente o
mal?
Esperar tal justiça perfeita da parte dos homens
seria equivalente a uma utopia, uma vez que o
próprio juiz é pecador. E por melhor que ele
fosse não é dado a nenhum homem conhecer
perfeitamente o seu próximo no que diz respeito
a todos os seus pensamentos, ações, omissões,
sejam boas ou más, ao longo do curso de toda a
história das suas vidas.
Deus tem todo o poder, sabedoria,
conhecimento, inclusive presciente, e é
perfeitamente santo e justo para exercer juízos,
porque conhece perfeitamente o coração de
cada pessoa e todo o histórico de sua vida desde
a formação no ventre até o dia da sua morte.
Se Ele não tivesse se revelado nas Escrituras,
sobretudo na forma como exerce o juízo com
base na mais perfeita justiça, nos
encontraríamos em um labirinto infinito do
qual jamais acharíamos a saída.
Antes de tudo, vejamos o caso do cavaleiro cruel
e seu cavalo.
29
Deus tem proibido e ameaçado nas Escrituras,
aqueles que causam danos à Terra e que
maltratam os animais.
Mesmo no caso de animais que são sacrificados
para serem consumidos, não é admitido que
recebam maltratos enquanto vivem, ou que
sejam submetidos a qualquer tipo de morte
dolorosa e prolongada.
Tratar qualquer criatura com crueldade não é
admitido de nenhuma forma pelo Criador que
afirma que trará em juízo até uma palavra
proferida de forma ociosa.
Não há qualquer indiferença da parte de Deus
em relação aos pecados que são praticados na
Terra, porque os tem registrado para uma
posterior imputação no Dia do Juízo Final.
Além desse julgamento final do qual ninguém
escapará, há intervenções de juízos localizados e
temporários da parte de Deus, nas quais a Sua
misericórdia e longanimidade devem ser
levadas em consideração, antes de serem
apreciadas, como foi o caso do tempo dado a
Sodoma e Gomorra, aos amorreus, e em vários
outros exemplos destacados na Bíblia, e
registrados na própria história geral da
30
humanidade, com vistas a manter a
continuidade da vida na Terra.
Mas, a questão moral da aplicação da justiça
ainda permanece em aberto com todas estas
informações já dadas. É preciso prosseguir
adiante e entender que além de ser poderoso,
juiz e justo, Deus é amor, bondade, misericórdia,
paciência, longanimidade etc.
Todos os Seus atributos encontram-se em
perfeita harmonia e equilibrados nEle, de forma
que um não se sobressai sobre o outro.
Ele determinou salvar a muitos pecadores ao
longo de toda a história da humanidade, e sabia
que teria que fazê-lo em um mundo hostil, cruel
e contrário a Ele e às Suas leis justas.
Isto demanda então que seja paciente e
longânimo para com todos, inclusive os maus,
dos quais a propósito, serão gerados muitos que
se converterão a Ele e o amarão e temerão.
Enquanto a crueldade corre desenfreadamente
na face da Terra, em diversas formas de
injustiça, inclusive em guerras, o amor, a
bondade e a misericórdia de Deus seguem ao
lado resgatando a muitos das trevas do pecado,
para trazê-los para a luz.
31
Além disso, em nenhum momento a justiça
divina deixa de ser exercida, inclusive em
relação àqueles que não mais responderão
perante Ele para serem condenados a um
sofrimento eterno no inferno, porque Jesus
sofreu no lugar deles, morrendo na cruz, e
recebendo contra Si mesmo toda a ira da justiça
divina contra os pecadores, que eles deveriam
sofrer.
O cavaleiro cruel chicoteava e xingava o cavalo,
e os pecadores, quando pecam, chicoteiam e
xingam a Deus. Isto não pode ser deixado sem
um juízo de retribuição eterna, de vergonha e
dor, porque é praticado contra um Ser infinito e
eterno.
Devemos lamentar e chorar por causa dos
nossos pecados, porque na salvação, o que está
implícito não é apenas a questão moral da
satisfação da justiça através do sangue
derramado por Jesus, mas o sentimento
dolorido que devemos ter por saber que aquela
morte foi causada pela nossa própria crueldade.
Não é cruel ofender a um Deus que é todo
bondade e amor?
Não é cruel ter rejeitado e cuspido na mão que
nos alimentou e cuidou?
32
Por isso é dito no profeta Zacarias que quando
víssemos Jesus sendo transpassado pelos nossos
pecados, nós choraríamos amargamente, por
sabermos que fomos nós mesmos que demos
ocasião a isto.
Foi doloroso ver o cavalo sendo chicoteado
cruelmente e injustamente, e seria menos
doloroso ver Jesus sendo cravado na cruz e
perfurado pela lança, e cuspido, escarnecido, e
oprimido por Satanás e todos os demônios?
Seria menos culpável o fato de continuarmos
rejeitando-o enquanto Ele estende suas mãos
feridas em nossa direção para que acreditemos
nEle?
A questão do juízo, da justiça e do próprio
pecado giram em torno da pessoa sagrada de
Jesus.
Ele é a régua da medida dos nossos
pensamentos e atos.
O que for conforme a Ele é aprovado e justo, e o
que é contra Ele está condenado.
Entreguemos todo o juízo nas mãos do Justo Juiz,
que a seu tempo dará a cada um segundo as suas
obras.
33
Enquanto isso, continuemos suspirando e
lamentando por todo o mal que há em nós e no
mundo, porque de fato, não é coisa pequena esta
terrível crueldade chamada pecado.
“5 Viu o SENHOR que a maldade do homem se
havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu
coração;
6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o
homem na terra, e isso lhe pesou no coração.
7 Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da
terra o homem que criei, o homem e o animal,
os répteis e as aves dos céus; porque me
arrependo de os haver feito.” (Gênesis 6.5-7).
“Não atarás a boca ao boi quando debulha.”
(Deuteronômio 20.4).
“8 Em nascendo o sol, Deus mandou um vento
calmoso oriental; o sol bateu na cabeça de Jonas,
de maneira que desfalecia, pelo que pediu para
si a morte, dizendo: Melhor me é morrer do que
viver!
9 Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa
tua ira por causa da planta? Ele respondeu: É
razoável a minha ira até à morte.
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10 Tornou o SENHOR: Tens compaixão da planta
que te não custou trabalho, a qual não fizeste
crescer, que numa noite nasceu e numa noite
pereceu;
11 e não hei de eu ter compaixão da grande
cidade de Nínive, em que há mais de cento e
vinte mil pessoas, que não sabem discernir
entre a mão direita e a mão esquerda, e também
muitos animais?” (Jonas 4.8-11).
“O justo atenta para a vida dos seus animais, mas
o coração dos perversos é cruel.” (Provérbios
12.10).
“3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os
homens; homem de dores e que sabe o que é
padecer; e, como um de quem os homens
escondem o rosto, era desprezado, e dele não
fizemos caso.
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e
oprimido.
5 Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões e moído pelas nossas iniquidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados.
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6 Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas
o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós
todos.
7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e,
como ovelha muda perante os seus
tosquiadores, ele não abriu a boca.
8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua
linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi
cortado da terra dos viventes; por causa da
transgressão do meu povo, foi ele ferido.
9 Designaram-lhe a sepultura com os perversos,
mas com o rico esteve na sua morte, posto que
nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou
em sua boca.
10 Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo,
fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma
como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade
e prolongará os seus dias; e a vontade do
SENHOR prosperará nas suas mãos.
11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua
alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo,
com o seu conhecimento, justificará a muitos,
porque as iniquidades deles levará sobre si.
36
12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte,
e com os poderosos repartirá ele o despojo,
porquanto derramou a sua alma na morte; foi
contado com os transgressores; contudo, levou
sobre si o pecado de muitos e pelos
transgressores intercedeu.” (Isaías 53.3-12).
“10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes
de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de
súplicas; olharão para aquele a quem
traspassaram; pranteá-lo-ão como quem
pranteia por um unigênito e chorarão por ele
como se chora amargamente pelo primogênito.
11 Naquele dia, será grande o pranto em
Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom,
no vale de Megido.
12 A terra pranteará, cada família à parte; a
família da casa de Davi à parte, e suas mulheres
à parte; a família da casa de Natã à parte, e suas
mulheres à parte;
13 a família da casa de Levi à parte, e suas
mulheres à parte; a família dos simeítas à parte,
e suas mulheres à parte.
14 Todas as mais famílias, cada família à parte, e
suas mulheres à parte.” (Zacarias 12.10-14);
37
“6 Levanta-te, SENHOR, na tua indignação,
mostra a tua grandeza contra a fúria dos meus
adversários e desperta-te em meu favor,
segundo o juízo que designaste.
7 Reúnam-se ao redor de ti os povos, e por sobre
eles remonta-te às alturas.
8 O SENHOR julga os povos; julga-me, SENHOR,
segundo a minha retidão e segundo a
integridade que há em mim.
9 Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu
o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo
Deus.
10 Deus é o meu escudo; ele salva os retos de
coração.
11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação
todos os dias.
12 Se o homem não se converter, afiará Deus a
sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;
13 para ele preparou já instrumentos de morte,
preparou suas setas inflamadas.
14 Eis que o ímpio está com dores de iniquidade;
concebeu a malícia e dá à luz a mentira.
38
15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse
mesmo poço que faz.
16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre
a própria mioleira desce a sua violência.
17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR,
segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao
nome do SENHOR Altíssimo.” (Salmo 7.6-17).
“Porque o Filho do Homem há de vir na glória de
seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a
cada um conforme as suas obras.” (Mateus
16.27).
“Porque importa que todos nós compareçamos
perante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba segundo o bem ou o mal que tiver feito
por meio do corpo.” (II Coríntios 5.10).
“11 Vi um grande trono branco e aquele que nele
se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o
céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do trono. Então,
se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da
Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o que se
achava escrito nos livros.
39
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A
morte e o além entregaram os mortos que neles
havia. E foram julgados, um por um, segundo as
suas obras.
14 Então, a morte e o inferno foram lançados
para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda
morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro
da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de
fogo.” (Apocalipse 20.11-15).
“10 Disse-me ainda: Não seles as palavras da
profecia deste livro, porque o tempo está
próximo.
11 Continue o injusto fazendo injustiça, continue
o imundo ainda sendo imundo; o justo continue
na prática da justiça, e o santo continue a
santificar-se.
12 E eis que venho sem demora, e comigo está o
galardão que tenho para retribuir a cada um
segundo as suas obras.
13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o
Último, o Princípio e o Fim.
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que
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lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem
na cidade pelas portas.
15 Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros,
os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama
e pratica a mentira.
16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar
estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração
de Davi, a brilhante Estrela da manhã.
17 O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que
ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e
quem quiser receba de graça a água da vida.
18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da
profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes
fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará
os flagelos escritos neste livro;
19 e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras
do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da
árvore da vida, da cidade santa e das coisas que
se acham escritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz:
Certamente, venho sem demora. Amém! Vem,
Senhor Jesus!
21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.”
(Apocalipse 22.10-21).
41
“2 O SENHOR é Deus zeloso e vingador, o
SENHOR é vingador e cheio de ira; o SENHOR
toma vingança contra os seus adversários e
reserva indignação para os seus inimigos.
3 O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em
poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR
tem o seu caminho na tormenta e na
tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.”
(Naum 1.2,3).