escr i t a e redação

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Escr i t a e RedaoSumr io Os diferentes tipos de linguagens .....................................................3 Contexto, texto e sua coeso...........................................................4 A Escrita de Nmeros .....................................................................8 Objetividade e Conciso................................................................10 Tipos de Redaes .......................................................................12 As partes de uma Redao ............................................................15 Pontuao................................................................................... 18 Escrevendo uma Carta..................................................................20 Escrevendo Ofcios .......................................................................20 Escrevendo Relatrios...................................................................21 Escrevendo uma Ata.....................................................................22 Escrevendo Resumos....................................................................23 Dvidas do Cotidiano....................................................................25 25 Dicas para Turbinar seu Desempenho.........................................33 Os 10 mandamentos de um bom Texto ...........................................34 Dicas de Professores e Jornalistas ..................................................35 Concluso do Curso......................................................................383

Os di fe r ent e s t ipos de l ingua gens comum encontrarmos questes sobre um texto que utiliza uma linguagem predominantemente conotativa ou denotativa. Qual a diferena? A linguagem denotativa est diretamente ligada significao, ou seja, ao seu sentido real, o sentido do dicionrio (lembre-se: Denotativo de Dicionrio). J a linguagem conotativa, em oposio, trabalha com figuraes, com uma extenso do sentido literal, denotativo. Veja os exemplos:

1) Colhi uma flor do jardim. ( denotativo) 2) Sua filha mesmo uma flor! (conotativo) Havia uma antiga propaganda de chantilly que dizia: O sonho de toda sobremesa casar de branco. A est um bom exemplo de palavras empregadas conotativamente: sonho/ casar de branco . Alis, esta linguagem muito usada em textos publicitrios por ampliar o sentido literal e fazer um jogo de palavras muito apreciado. Sempre que uma questo abordar uma pergunta sobre o uso da linguagem denotativa, observe se o texto ou a palavra est no seu sentido literal ou figurado no caso do texto, veja o que predomina. J na redao, voc deve sempre privilegiar a linguagem denotativa: a linguagem figurada no bem-vinda em um texto referencial, como o caso de uma dissertao. Agora voc deve ter se perguntado, o que um texto referencial? Para isso, voc deve se lembrar dos componentes da comunicao humana: emissor, receptor, mensagem, cdigo, canal e referente. Cada um destes componentes trabalhado por uma funo de linguagem. Vejamos sucintamente: 1) Funo emotiva: a do emissor, centrada na 1 pessoa do singular, no eu, subjetivamente. 2) Funo conativa: a do receptor, centrada na 2 pessoa, no tu; busca atuar sobre a imagem do receptor, persuadindo-o mediante o uso das palavras e de verbos no imperativo. 3) Funo ftica: a do canal, serve apenas para manter o contato e ver se o receptor est realmente entendendo o emissor. 4) Funo metalingustica: a do cdigo (no nosso caso, a lngua portuguesa brasileira); usada quando temos de explicar a prpria linguagem, como estou fazendo agora. 5) Funo potica: a da mensagem; privilegia o significante e o significado e depende dos recursos usados pelo autor do texto (envolvendo muito a conotao).4

6) Funo referencial: a do referente, centrada na 3 pessoa, no assunto; a inteno apenas transmitir a informao, objetivamente (envolvendo a denotao). Claro que um texto pode ter mais de uma funo, pois elas no so excludentes. A linguagem referencial ocorre quando o referente, ou seja, o assunto, posto em destaque. Se o assunto posto em destaque, o texto h de ser objetivo e claro, sem margem a duplas interpretaes (como ocorre com a linguagem conotativa). Como o principal passar a informao, o texto ser escrito em 3 pessoa como vemos na maioria das teses cientficas e textos jornalsticos. Por isso em uma dissertao o que predomina a funo referencial, aquela que visa passar o assunto da forma mais precisa possvel.

Cont e x t o, t e x t o e sua coe s oUma simples frase ou um longo romance - o texto deve seguir certas regras para adquirir um significado. O que contexto? O que texto? O texto uma unidade global de comunicao que expressa uma idia ou trata de

um assunto determinado, tendo como referncia situao comunicativa concreta em que foi produzido, ou seja, o contexto. O texto pode ser uma nica frase de sentido completo: Os edifcios de So Paulo tm uma arquitetura moderna. O texto tambm est em obras maiores, formadas por oraes e pargrafos: crnicas, reportagens jornalsticas e romances de flego, como Grande Serto: Veredas, de Guimares Rosa. Quando escrevemos ou falamos, lanamos mo de mecanismos de coerncia e coeso para conseguirmos formar uma mensagem compreensvel e instigante. a. Lingustica do texto Descreve as regras bsicas para a elaborao de frases corretas e interessantes. Sua finalidade tornar compreensvel o que ouvido ou lido. Para que um texto tenha coerncia, no basta que ele trate somente de um assunto. preciso tambm que os seus pargrafos estejam relacionados e no apresentem contradies. Finalmente, ele deve oferecer ao leitor ou ao ouvinte uma mensagem completa, superior simples reunio de oraes e perodos. b. Fatores internos ou significativos O pargrafo geralmente a primeira unidade dos textos corridos e em prosa. Formado por um nmero varivel de frases encadeadas, lgica e linguisticamente, ele finalizado graficamente por um ponto final, de interrogao ou de exclamao. Ao ler um5

texto, devemos em primeiro lugar, prestar ateno em seu contedo informativo fundamental. A maioria das frases possui uma palavra-chave, que pode ser percebida diretamente ou com a ajuda de outras palavras que a substituem. O segundo passo identificar, nos diversos pargrafos, as idias secundrias. c. Contexto Qualquer texto deve estar baseado no conhecimento do mundo real dos falantes. Essa uma condio cuja finalidade contribuir para sua significao global. No contexto, deve-se ter em mente os elementos que influenciam a mensagem: Verbos implicativos so os que envolvem o leitor. Exemplo: conseguir, evitar, concordar: O monitor no evitou que as crianas se machucassem. (As crianas machucaram-se) Verbos factivos, como lamentar, perceber e idias preconceituosas que o falante expressa inconscientemente: Daniela hoje no chegou tarde aos ensaios. (Daniela habitualmente chega tarde) d. Mecanismos de coeso Nas frases e pargrafos que constituem o texto, devem aparecer elementos lingusticos. Esses elementos lingusticos tm a funo de relacionar os pargrafos, as frases e as palavras: Enlaces entre pargrafos: Primeiramente... (em geral no incio do discurso); Finalmente...; Concluindo...; Por um lado...; Acima de tudo...; No fundo... Outros enlaces tm carter temporal, comparativo, causal, consecutivo, explicativo:

Enlaces entre oraes: conjunes que relacionam oraes coordenadas ou subordinadas.6

Enlaces lxicos: repetio de termos no texto, uso de sinnimos e de antnimos. Enlaces por repetio: anfora repetio de um termo que apareceu anteriormente catfora quando um elemento remete a outro posterior; elementos diticos ou substitutos pronomes, advrbios, verbos e substantivos com ampla significao: isto, aquilo, fazer, pegar, pessoa, coisa. Anlise de Redao: Os comentrios do Professor Tema: A reforma previdenciria do conhecimento de todos a polmica entre: partidos polticos, classes trabalhistas, servidores pblicos ativos e inativos, em relao a maneira como est sendo conduzida a proposta de reforma da previdncia social no Brasil. Apesar do impasse a respeito do assunto, encaminharam a proposta ao Congresso Nacional para apreciao e votao dos deputados e senadores. Para os favorveis a reforma necessria, devido a necessidade econmica e financeira pela qual se encontra a previdncia, alm do mais, contribuiria para a diminuio das desigualdades social no Brasil. Dentre os principais benefcios, so favorveis a fixao de tetos salariais federais equivalentes ao salrio do ministro do Supremo Tribunal Federal e subtetos para os servidores do Estado. Acreditam que dessa forma, viabilizaria o pagamento de aposentadoria a longo prazo, com riscos menores de constituir uma previdncia falida. Por outro lado, h os contrrios a reforma, que alegam a perda do direito adquirido dos servidores em alguns aspectos, tais como: reduo da aposentadoria para os servidores inativos e pensionistas, por intermdio de contribuio previdenciria e consequente reduo no padro de vida social. Alm disso, os servidores admitidos aps a reforma, no teriam direito aposentadoria integral, fixando-se um teto, e para receber um valor maior, teria que ingressar num fundo de previdncia complementar. Outro aspecto divergente, quanto a dilatao do tempo necessrio no servio pblico para garantir a aposentadoria integral. Diante da polmica que envolve a questo exposta, devido as diversas opinies controversas sobre o tema, torna-se difcil chegar a um consenso em que beneficie a todos. Apesar das divergncias, cabe a justia desenvolver a reforma com o objetivo de beneficiar a sociedade como um todo, independente de categorias a que pertenam as partes envolvidas, de forma a garantir uma sociedade menos injusta e uma previdncia social que sobreviva a longo prazo.7

Texto enviado e autorizado por Luana M. B. Para melhor visualizao da correo, comentarei o texto por pargrafos. No primeiro pargrafo, j nos defrontamos com um problema: a generalizao. No

se pode afirmar que algo do conhecimento de todos em um texto escrito, pois sempre h algum que no sabe e voc no conhece todos para perguntar. Por isso evite construes do tipo todos sabem, inegvel que, todos pensam, entre outras que indicam generalizaes. H alguns erros gramaticais, como a falta do acento grave em em relao maneira (ao povo) e no vejo a necessidade de se colocar os dois pontos logo na primeira orao. Alm disso, o verbo encaminharam usando o sujeito indeterminado soa estranho no texto, seria melhor usar a voz passiva a proposta foi encaminhada. No segundo pargrafo, h mais alguns problemas gramaticais, como a pontuao em Para os favorveis, a reforma necessria devido e a crase novamente em devido necessidade (ao poder). Tambm mudaria a regncia e no diria necessidade financeira pela qual, mas sim necessidade em que se encontra.... Aps previdncia colocaria um ponto-e-vrgula ou um travesso e comearia outra orao: ...se encontra a previdncia; alm do mais,.... A concordncia est errada em desigualdades sociais ademais, deixaria tudo no singular, por se tratar de substantivos abstratos: contribuiria para a diminuio da desigualdade social no Brasil. No faria a quebra entre o segundo e o terceiro pargrafo. Est tudo em volta do mesmo bloco semntico, podendo se continuar na mesma linha do segundo. H a repetio desnecessria de favorveis, a crase errada em favorveis fixao (ao acordo) e novamente o uso do sujeito indeterminado acreditam. Possivelmente, o sujeito deste verbo os favorveis do pargrafo acima, mas est to distante que o leitor no mais o reconhece como sujeito simples. Seria melhor comear o perodo direto de Dessa forma. No quarto pargrafo, h um problema de coeso: no se pode iniciar um perodo com Por outro lado sem apresentar um primeiro lado antes. Claro que sabemos que ela est dividindo entre os favorveis e os no-favorveis, mas deve-se escrever sempre Por um lado se depois vai se escrever Por outro. O ideal seria, no segundo pargrafo, estar escrito Por um lado, h os favorveis que... e agora no quarto: Por outro, h os contrrios reforma - e, mais uma vez, olha a crase a. Falta uma vrgula em ... por intermdio de contribuio previdenciria. Na concluso, no quinto pargrafo, finalmente ela expe sua opinio. H mais problemas de crase em devido s diversas (aos diversos) e cabe justia (ao poder) e na construo de chegar a um consenso em que beneficie a todos o ideal seria chegar a um consenso em que se beneficie a todos devido regncia do verbo.8

Ela conhece bem o assunto e exps o problema de forma coerente, deixando claro,

na concluso, que no algo fcil de ser resolvido e colocando ao judicirio a tarefa a ser cumprida. Entretanto, justamente este ponto interessante no ficou bem fundamentado e poderia ter sido desenvolvido um pouco mais: no dito por que seria essa tarefa devida ao judicirio e no aos demais poderes, como usual. Enfim, ela apresenta facilidade para expor, mas parece um pouco incerta quanto s suas concluses, podendo ter dado mais nfase a uma anlise crtica do problema, sem ser radical. Contudo, no apresenta muita dificuldade e organiza bem seus argumentos. Provavelmente, com um pouco mais de treino, ir muito bem nas prximas dissertaes.

A Escr i t a de Nme rosEm diversas situaes nos vemos obrigados a escrever nmeros. Escrever 2 ou dois? 2 milhes ou 2.000.000? Veja abaixo algumas regras simples que padronizam a escrita de nmeros e facilitam sua leitura. A)- De um a dez, escreva por extenso; de 11 em diante, em algarismos, a no ser em incio de frase. Regra que se aplica tambm aos ordinais: "Duzentos estagirios sero demitidos." "O dcimo segundo da lista desistiu." B)- Cem, Mil, Milho, Bilho devem vir por extenso: "O efeito sobre o balano foi um custo adiional de US$151 milhes." "A Petrobras tem uma dvida a receber do Governo de US$3 bilhes." C)- Escreva em algarismos quando nmeros abaixo e acima de 11 estejam lado a lado: "Sero convidadas de 6 a 15 pessoas." D)- Com mil, milho, bilho, trilho prefira a forma mista: "J consultamos 3 mil revendas." "Das subsidirias da Petrobras, apenas a BR apresentou lucro de US$ 31,99

milhes." "A arrecadao alcanou R$2.362 trilhes. A despesa estimada era de R$760 bilhes, mas o pagamento dos atrasados onerou a folha." E)- Para evitar dvida, especifique sempre a ordem de grandeza dos nmeros: "Este ms, as solcitaes das revendas de Altamira giraram em torno de 200 mil a 500 mil litros." F)- Com nmeros quebrados, use algarismos: "A mdia ser de R$1 milho para cada ex-servidor contra R$133.333,00 contra os aposentados e pensionistas do setorprivado." Nas datas, nmero de pginas, horas, no utilize ZERO antes do nmero: ERRADO CERTO 08 HORAS 8 HORAS PGINA 05 PGINA 5 DIA 03 DIA 3 H)- Use sempre algarismos em:

-Tabelas, relatrios que envolvem cifras, quadros estatatsticos -Horas, minutos e segundos, exceto quando a hora indica perodo de tempo; "A reunio levou quatro horas." -Datas em geral, inclusive quando forem nomes de logradouros 12 de outubro de 1992. Avenida 9 de julho -Horas, minutos e segundos, exceto quando a hora indica perodo de tempo; "A reunio levou quatro horas." -Porcentagem, pesos, dimenses, grandezas, medidas e propores em geral; 252, 200 ha, 500 kg -Nmeros que indiquem captulos, folhas, pgina; Folhas 35 e 36, Captulos 1 e 12 -Seriao de eventos10

3 Simpsio de Revendas, 2 Congresso de Derivados de Petrleo -No existe hfen nos ordinais Vigsimo terceiro -Na numerao de clusula de um acordo ou contrato, de artigos ou pargrafos de leis, use: de 1 a 9 numerais ordinais; de 10 (inclusive) em diante, numerais cardinais. -Clusula terceira -Clusula vinte e nove -Cert. 4 -Cert. 36

Obj e t ivida de e Concis oSer conciso, passar o mximo de informaes com o menor nmero de palavras possvel uma das qualidades fundamentais do texto, que leva objetividade. Texto objetivo aquele capaz de responder a quatro questes bsicas: 1- O que o receptor precisa saber A resposta adequada a esta pergunta resulta: -na delimitao dos principais objetivos do texto; -na separao de idias mais ou menos importantes; -na seleo dos assuntos que devem merecer destaque. 2- Para que o receptor precisa dessas informaes A resposta adequada a esta pergunta resulta: -na elaborao de estratgias capazes de levar o leitor a compreender o que se quer informar. 3- Que tipo de conhecimento o leitor j tem sobre o assunto: A resposta adequada a esta pergunta resulta: -no evitar de pormenores dispensveis, que s tendem a cansar o leitor e11

desvi-lo dos objetivos do trabalho; -na certeza de no discorrer sobre o bvio. Informaes irrelevantes desmotivam o leitor, seja por ele j estar afeioado a detalhes relativos ao tema, seja por ele dispor de repertrio tcnico necessrio depreenso imediata do contexto em que o trabalho se insere. 4 - Qual a utilizao e o alcance do texto: A resposta adequada a esta pergunta resulta. -na escolha de linguagem compatvel com as necessidades do leitor, que muitas vezes se sente distante do texto:

a)- por no entender a terminologia tcnica nele empregada; b)- por no ter condies de alcanar aquilo a que o redator se prope; c)- por no ter repertrio suficiente para entender o significado de algumas expresses formais utilizadas. NOTA: Uma das consequncias do texto objetivo traduz-se na forma impessoal como o redator se coloca diante do leitor. Tal postura motivada: - pela necessidade de padronizao, que permite que expedientes elaborados em diferentes setores e regies guardem entre si uniformidade; -pela natureza impessoal do prprio assunto tratado nos expedientes, na medida em que a maior parte das comunicaes diz respeito aos interesses da Companhia; - pela natureza simblica de que se revestem redator e leitor: uma parte da empresa "conversando" com outra parte da empresa.12

Tipos de Reda e sSo vrios os tipos de redao, no entanto aqui vo nos interessar apenas trs destes: 1. Narrativas 2. Descritivas 3. Dissertativas Est ltima merecer ateno especial, pois costuma ser a mais pedida. Narrativas uma explanao detalhada sobre um acontecimento, ou sobre uma srie de fatos, ou seja, narrar contar algo. Existem vrias formas de narrativas: contos, crnicas, parbolas entre outros. A narrao engloba seis pontos: O fato; Os personagens envolvidos no fato; Como o fato se deu; Quando o fato se deu; Porque o fato se deu; As consequncias do dato. A ttulo de curiosidade. Esses seis pontos so exatamente o que envolve a narrativa jornalstica. Alis, que envolve o primeiro pargrafo das matrias de jornais, chamado de lead. So sempre as mesmas perguntas: o qu, onde, como, por que e quando. As consequncias geralmente esto expostas no restante da matria. Descritivas Assim com a narrao conta com certos detalhes um acontecimento, a descrio descreve objetos e pessoas. No entanto mais do que uma simples fotografia. Os grandes textos descritivos do uma viso nova daquilo que se v todos os dias. Os poetas costumam produzir ser grandes descries. Por exemplo, descreva um pr do sol e pea a um poeta para tambm descrev-lo. Ele ver detalhes que voc deixou de observar.13

Dissertativas

Nas dissertaes desenvolve-se um tema sob os mais diversas aspectos. Ela baseada principalmente em uma anlise e sempre expem idias. Por estas caractersticas a dissertao a menina dos olhos dos vestibulares. Que melhor maneira de saber se voc domina um assunto da atualidade do que lhe colocando para escrever sobre ele? No desenvolvimento da dissertao necessrio que voc tenha raciocnio lgico. Eis a importncia de voc j estar informado sobre os aspectos que pode abordar sobre determinados assuntos. Voc no pode esquecer que o tempo no muito e dificilmente voc ter o luxo de parar para pensar em diversos aspectos sobre o assunto. Mas at para o raciocnio lgico h uma sada, para no lhe levar ao desespero. Ateno! O raciocnio pode ser: Indutivo: que quando se utiliza experincias e observaes para chegar a um princpio. Dedutivo: quando voc parte de uma norma para um fato especfico. Vamos aos exemplos (dados imaginrios). Indutivo Pessoas idosas que praticam exerccios fsicos vivem mais e melhor. (experincia) 93% dos idosos que praticam exerccio fsico tem 90% menos chances de um enfarte (experincia) Os exerccios fsicos proporcionam uma vida melhor e com menos chance de infarto, (princpio) Dedutivo Para passar no vestibular necessrio estudar muito. (norma) Luciana passou no vestibular. Luciana estudou muito e passou no vestibular. (fato especfico). Depois de uma rpida passagem pelo senso crtico, vamos prosseguir com o assunto mais especfico da dissertao. Se este tipo de redao exige opinio, voc no se deve fazer de rogado, opine dentro da coerncia. Mas evite anunciar ao seu leitor que voc ir opinar. Expresses como:14

"Na minha opinio" "Eu acho" "Creio eu" "Acredito piamente" Por favor, esquea essas expresses na hora de escrever. Simplesmente v direto o assunto. Sem medo, d sua opinio. No di nada. No que diz respeito formatao da dissertao, atente para os seguintes fatos simples, mas que os vestibulandos no prestam ateno. Quando estes tpicos no so cumpridos, em geral o professor nem corrige a prova: Lembre-se de dar a MARGEM, no incio dos pargrafos. Uma dissertao tem no MNIMO trs pargrafos. No destaque frases que voc acha mais importantes, isso uma redao e no um trabalho escolar. No esquea do TTULO (erro muito comum, que voc deve deixar seu concorrente cometer, s ele). NUNCA comece a dissertao com a mesma frase do ttulo. EVITE comear a dissertao com um verbo. O tempo deve ser um s. Se voc comeou a escrever no passado,

no mude para o presente no caminho, a no ser que isto seja imprescindvel. EXERCCIO 6 Tente faz-lo, j que o que o fino da redao. Faa uma dissertao. Escolha um tema de sua cidade. Qualquer um que voc ache interessante. Mas escreva como se fosse no vestibular: pouco tempo e bom contedo. possvel que o tema da redao no seja um assunto nacional e sim local. Fique atento, desta forma, para os assuntos de seu Estado. s vezes possvel misturar um com outro. Se o tema for a quase cassao que terminou em renncia no Senado Federal e se caso semelhante houver acontecido com algum deputado estadual ou um vereador de sua rea, a lembrana ser muito bem vista. No perca tempo!15

As pa r t e s de uma Reda oIntroduo sempre a parte mais difcil de se escrever, exatamente por ser a primeira. No entanto, quando uma introduo est bem escrita o restante do texto flui com uma naturalidade surpreendente. Porm, quando voc trava no meio do texto por que sua introduo est equivocada. Mas por que isto? Simples. O desenvolvimento de uma dissertao todo baseado na sua introduo. Se nela o assunto no estiver explicito; se estiver detalhado de mais; ou se estiver muito limitado, voc no tem muito para onde correr depois. Sua introduo no pode: (introdues realmente produzidas por vestibulandos) Fazer referncia ao ttulo, nem direta nem indiretamente. Titulo: "O HIV vem contaminando as esposas brasileiras" Texto: O vrus HIV est contaminando diversas mulheres casadas, brasileiras e fiis.... Anlise: Terrvel. primrio. E, s para constar, o HIV no contamina ningum, quem contamina so as pessoas. O HIV o objeto da contaminao e no autor. Ser prolixa. Cheias de significados e expresses que no so do alcance mdio da populao. Alm de soar arrogante e presunoso, voc ainda corre o risco de o professor que for corrigir sua redao no conhecer o significado e interpretar seus texto de forma errada. Texto: "Em uma anlise subliminar da histria brasileira, podemos dos deparar com causos - como se chamava casos antigamente - dos mais intrigantes, inclusive conceitualmente". Anlise: Apesar de ter um certo sentido, parece "enrolao". O professor, que j corrigiu 100 outras redaes antes da sua, pra por a mesmo. Ser abrupta. Este recurso pode at ser usado em algumas ocasies, mas definitivamente no em uma redao de vestibular. Texto: "Essa a opinio da maioria, a sade do Brasil est na UTI".16

Anlise: T tudo errado. No d um susto deste no seu leitor. Alm disso, como ele sabia que opinio da maioria? E, como se no bastasse, a frase "sade na UTI" mais do que batida e at certo ponto no tem a menor lgica conceitual. EXERCCIO 7 Faa trs introdues, sobre: 1 - A criao de dolos pela mdia

2 - O contedo das novelas 3 - A internet como meio de aprendizado Leia nos jornais as introdues das matrias. Perceba como h uma clareza no texto, sempre baseado no primeiro pargrafo. No um segredo, uma tcnica de texto para jornal. Resume o assunto no primeiro pargrafo e desenvolve depois, no entanto, a introduo jornalstica possui certas peculiaridades, como comear sempre pelo fato mais importante. No o caso de uma redao de vestibular, que como dissemos no pode ser abrupta. Desenvolvimento a maior parte da redao, tambm a mais fcil de entender. Na verdade, falamos indiretamente sobre a dissertao quando tratamos de pargrafos. Isso porque o desenvolvimento compreende todos os pargrafos contidos entre a introduo (o primeiro) e a concluso (o ltimo). Mas precisamos abordar aqui outro aspecto. A colocao dos diversos ngulos que sero abordados sobre o assunto. Veja bem: Assunto: dolos brasileiros da juventude Aspectos a serem abordados: dolos de vrias artes; influncia positiva ou no; opinio dos pais; Cazuza e Renato Russo; a mdia como criadora dos dolos. provvel que os aspectos ditados acima sejam tambm o contedo dos pargrafos a serem produzidos. No precisa ser um pargrafo para cada assunto. Assim ao desenvolver um assunto, tenha em mente o que voc falar sobre ele. E a melhor maneira de selecionar isto saber sobre o que voc acha que pode falar. Seria timo17

dominar todos os assuntos, mas no sendo possvel limite-se a escrever sobre o que voc conhece para no escrever errado. Treine, pegue algum texto de um assunto interessante para voc e o desenvolva. Utilize a introduo que j est l, para que voc tenha como ser guiado. Faa isso vrias vezes, afinal voc estar treinando ser guiado por terceiros, j que a introduo no sua ser uma experincia mpar. Tente. No perca tempo! Concluso A melhor forma de concluir uma redao concluindo. bvio sim, mas no para todos. comum se comear uma concluso desculpando-se pela opinio contida, dando incio a um novo assunto. necessrio estar atento para as chamadas frases de encerramento. Voc pode iniciar a introduo fazendo: - Referncia ao ttulo ou reafirmando a idia principal do texto; - Com uma citao; - Com uma advertncia; ou - Com uma sugesto. Apesar de serem aceitveis expresses como sendo assim, portanto, assim, entre

outras, no as utilize no inicio da concluso, para que seu leitor no ache que voc est querendo dizer que ali comea a concluso. Ex.: (errado) Sendo assim, necessrio que se faa uma reavaliao do sistema educacional... Ex.: (correto) necessrio que se faa uma reavaliao do sistema educacional... EXERCCIO 8 Pense em algum problema brasileiro. Pense em solues para ele e depois a escreva. Veja bem, escreva apenas a concluso, deixe a introduo e o desenvolvimento na sua cabea. Refaa concluses. Sem tocar no restante do texto alheio, crie suas prprias concluses sobre um assunto qualquer. Se puder coloc-las no papel, melhor, caso18

contrrio, exercite mentalmente. Os melhores textos para isto so as criticas de artes, onde a opinio do crtico sempre explicita. NO PERCA TEMPO!!

Pont ua oNa comunicao escrita, poucos elementos tm tanta importncia quanto a pontuao. Se mal colocada, ela pode deixar um texto com dupla interpretao. Resumo Vrgulas Separam itens Separam adjuntos e oraes adverbiais Separam o aposto e o vocativo Separam elementos intercalados Separam elementos no restritivos Pontos virgulas Se localizam entre duas ou mais oraes coordenadas Separam itens que j tem virgula Oraes ligadas pelas conjunes: entretanto, por conseguinte, consequentemente e portanto. Dois pontos Para introduzir itens Para uma citao formal Exclamao Depois de uma interjeio Interrogao Depois de uma pergunta Ponto19

Ao final de uma frase EXERCCIO 9 Pontue as frases abaixo e justifique suas escolhas. Naquela obra tudo bom os personagens o enredo a linguagem e at a capa Eram vrias frutas mas vermelhas doces e macias melancias suculentas e uvas adocicadas de todas as cores Ns podemos ir por aqui ou ir por ali Em anos de trabalho eu jamais tinha visto um fenmeno como aquele

Durante seis meses ele ficou sem ver tev pois no estudou e reprovou Eu no meu irmo foi reprovado no teste O professor da Universidade Jos da Silva tem opinio contrria Mas j De todos os vizinhos aquele era o nico com quem me dava bem As cores tm significado diferentes o vermelho paixo e o branco paz Temos que considerar trs pontos a rapidez a praticidade e a qualidade Sem estas caractersticas os servios que queremos prestar via internet sero de pouca valia at porque a concorrncia esta grande no podemos arriscar a investir errado Concorda Todos temos defeitos mas assim um pouco de exagero Viver no to difcil basta que saibamos como a melhor forma de faz-lo Amigo venha ver o que tenho para voc O filme que assisti hoje o primeiro que mesmo sendo de Holywood no tem final feliz Ele descobriu que estava doente mas sabia que ainda tinha muito para viver20

Escr e vendo uma Ca r t aDefinio Carta a forma de correspondncia por meio da qual os dirigentes se dirigem a personalidades e entidades pblicas e particulares para tratar de assunto oficial. Estrutura 1. designao do rgo, dentro de sua respectiva ordem hierrquica; 2. denominao do ato - CARTA; 3. numerao/ano, local e data na mesma direo; 4. destinatrio: 4.1 nome; 4.2 cargo; 4.3 endereo; 5. vocativo - Senhor e o cargo do destinatrio, seguido de vrgula; 6. texto - exposio do assunto; 7. fecho - Atenciosamente, seguido de vrgula; 8. assinatura; 9. nome;

Escr e vendo Of ciosDefinio Ofcio o meio de comunicao utilizado entre dirigentes de rgos e entidades, titulares de unidades, autoridades e secretarias em geral endeream umas s outras, ou a particulares, e que se caracteriza no s por obedecer a determinada frmula epistolar, mas, tambm, pelo formato do papel (formato ofcio). Estrutura 1. designao do rgo, dentro de sua respectiva ordem hierrquica; 2. denominao do ato - OFCIO; 3. numerao/ano, sigla do rgo emissor, local e data na mesma direo do nmero;

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4. vocativo - Senhor e o cargo do destinatrio, seguido de vrgula; 5. texto - exposio do assunto; 6. fecho - Atenciosamente, seguido de vrgula; 7. assinatura; 8. nome; 9. cargo; 10. destinatrio - tratamento, nome, cargo, instituio e cidade/ estado. Observaes 1. Se o ofcio tiver mais de uma folha, numerar as subsequentes com algarismos arbicos, no canto superior direito, a partir da nmero dois. 2. O destinatrio deve figurar sempre no canto inferior esquerdo da primeira pgina.

Escr e vendo Re la t r iosDefinio Relatrio o documento em que se relata ao superior imediato a execuo de trabalhos concernentes a determinados servios ou a um perodo relativo ao exerccio de cargo, funo ou desempenho de atribuies. Estrutura 1. designao do rgo, dentro de sua respectiva ordem hierrquica; 2. denominao do ato - RELATRIO; 3. numerao/ano - sigla do rgo emissor, local e data na mesma direo do nmero; 4. assunto; 5. vocativo - Senhor e o cargo do destinatrio, seguido de vrgula; 6. texto - a exposio do assunto e consta de: 6.1. apresentao - refere-se finalidade do documento; 6.2. desenvolvimento - explanao dos fatos, de forma sequencial; 6.3. concluso - resultado lgico das informaes apresentadas; 7. fecho; 8. assinatura;22

9. nome; 10. cargo; 11. destinatrio - tratamento, nome, cargo, instituio e cidade/ estado. Observaes 1. Se o relatrio tiver mais de uma folha, numerar as folhas subsequentes com algarismos arbicos (comuns). 2. H vrias modalidades de relatrio: roteiro, parcial, anual, eventual, de inqurito, de prestao de contas ou contbil, de gesto e administrativo. 3. O destinatrio deve figurar no canto inferior esquerdo da primeira pgina, quando no for encaminhado por um documento.

Escr e vendo uma At aDefinio Ata o documento que registra, com o mximo de fidelidade, o que se passou em uma reunio, sesso pblica ou privada, congresso, encontro, conveno e outros eventos, para comprovao, inclusive legal, das discusses e resolues havidas. Observaes 1. A redao obedece sempre s mesmas normas, quer se trate de instituies

oficiais ou entidades particulares. Escreve-se seguidamente, sem rasuras e sem entrelinhas, evitando-se os pargrafos ou espaos em branco. 2. A linguagem utilizada na redao bastante sumria e quase sem oportunidade de inovaes, exatamente por sua caracterstica de simples resumo de fatos. Tambm, em decorrncia disso, os verbos so empregados sempre no tempo passado e, tanto quanto possvel, devem ser evitados os adjetivos. 3. A redao deve ser fiel aos fatos ocorridos, sem que o relator emita opinio sobre eles. 4. Sintetiza clara e precisamente as ocorrncias verificadas. 5. Registra-se, quando for o caso, na ata do dia, as retificaes feitas anterior. 6. O texto manuscrito, digitado, ou se preenche o formulrio existente, como usual em estabelecimentos de ensino, por exemplo.23

7. Para os erros constatados no momento da redao, consoante o tipo de ata, emprega-se a partcula retificativa "digo". 8. Se forem notados erros aps a redao, h o recurso da expresso "em tempo". 9. Os nmeros fundamentais, datas e valores, de preferncia, so escritos por extenso. 10. lavrada por um secretrio, indicado em geral pelo plenrio.

Escr e vendo Re sumosO resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade idias ou fatos essenciais contidos num texto. Sua elaborao bastante complexa, j que envolve habilidades como leitura competente, anlise detalhada das idias do autor, discriminao e hierarquizao dessas idias e redao clara e objetiva do texto final. Em contrapartida, dominar a tcnica de fazer resumos de grande utilidade para qualquer atividade intelectual que envolva seleo e apresentao de fatos, processos, idias, etc. O resumo pode se apresentar de vrias formas, conforme o objetivo a que se destina. No sentido estrito, padro, deve reproduzir as opinies do autor do texto original. A ordem como essas so apresentadas e as articulaes lgicas do texto, no devem emitir comentrios ou juzos de valor. Dito de outro modo, trata-se de reduzir o texto a uma frao da extenso original, mantendo sua estrutura e seus pontos essenciais. Quando no h a exigncia de um resumo formal, o texto pode igualmente ser sintetizado de forma mais livre, com variantes na estrutura. Uma maneira iniciar com uma frase do tipo: "No texto ....., de ......, publicado em......., o autor apresenta/ discute/ analisa/ critica/ questiona ....... tal tema, posicionando-se .....". Esta forma tem a vantagem de dar ao leitor uma viso prvia e geral, orientando, assim, a compreenso de que segue. Este tipo de sntese pode, se for pertinente, vir acompanhada de comentrios e julgamentos sobre a posio do autor do texto e at sobre o tema desenvolvido.1 Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados so indispensveis: buscar a essncia do texto e manter-se fiel s idias do autor. Copiar partes do texto e fazer uma

"colagem", sob a alegao de buscar fidelidade s idias do autor no permitido, pois o resumo deve ser o resultado de um processo de "filtragem", uma (re)elaborao de quem resume. Se for conveniente utilizar algo a mais do que original (para reforar algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves. Uma sequncia de passos eficiente para fazer um bom resumo a seguinte: a. ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as idias que forem parecendo significativas primeira leitura;24

b. identificar o gnero a que pertence o texto (uma narrativa, um texto opinativo, uma receita, um discurso poltico, um relato cmico, um dilogo, etc). c. identificar a idia principal (algumas vezes essa identificao demanda selees sucessivas, como nos concursos de beleza...); d. identificar a organizao - articulaes e movimento - do texto (o modo como as idias secundrias se ligam logicamente principal); e. identificar as idias secundrias e agrup-las em subconjuntos (por exemplo: segundo sua ligao com a principal, quando houver diferentes nveis de importncia; segundo pontos em comum, quando se perceberem subtemas); f. identificar os principais recursos utilizados (exemplos, comparaes e outras vozes que ajudam a entender o texto, mas que no devem constar no resumo formal, apenas no livre, quando necessrio); g. esquematizar o resultado desse processamento; h. redigir o texto. Evidentemente, alguns resumos so mais fceis de fazer do que outros, dependendo especialmente da organizao e da extenso do texto original. Assim, um texto no muito longo e cuja estrutura seja perceptvel primeira leitura, apresentar poucas dificuldades a quem resume. De todo modo, quem domina a tcnica - e esse domnio s se adquire na prtica - no encontrar obstculos na tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de texto. Resumos so, igualmente, ferramentas teis ao estudo e memorizao de textos escritos. Alm disso, textos falados tambm so passveis de resumir. Anotaes de idias significativas ouvidas no decorrer de uma palestra, por exemplo, podem vir a constituir uma verso resumida de um texto oral.25

Dvida s do Cot idia no1 - POR QUE X PORQUE / POR QU X PORQU / QUE X QU Usa-se a forma POR QUE: a) Sempre que for possvel acrescentar: motivo, causa, razo, coisa. Ex.: No sei por que (motivo) eles brigaram. Por que (razo) eles saram? Por que (coisa) voc se interessa no momento? Por que (causa) voc luta? b) Sempre que for possvel substituir por uma das expresses: pelo qual, pela qual,

pelos quais e pelas quais. Ex.: O caminho por que (pelo qual) passamos era muito ruim. Esta a razo por que (pela qual) eu no sa ontem. Usa-se a forma PORQUE: a) Geralmente introduzindo explicao ou causa. Ex.: No reclames, porque pior. Faltou aula porque estava doente. b) Nas oraes interrogativas em que a resposta j sugerida. Ex.: Voc no veio porque estava doente? Usa-se a forma POR QU: a) Quando aparece antecedido de pontuao forte (ponto, ponto-e-vrgula, ponto de exclamao, ponto-de- interrogao, dois-pontos e reticncias) onde vrgula, quando se deseja enfatizar uma pausa. Ex.: Mrio saiu e no disse por qu?26

Por qu? Voc no acredita em mim? No sei por qu, mas acho que fui enganado. Usa-se a forma PORQU Quando substantivo: Ex.: Ele no veio e ningum sabe o porqu. O porqu de sua desistncia ningum ficou sabendo. Usa-se a forma QU a) Quando substantivo. Ex.: Havia um qu de tristeza em sua voz. b) Quando aparece antecedido de pontuao forte ou de vrgula, quando se deseja enfatizar uma pausa. Ex.: Qu! Voc no achou o caminho! No sei para qu, nem me interessa. 2. SENO / SE NO Usa-se a forma seno equivalendo a: a) do contrrio: Saia da, seno vai se molhar. b) a no ser: No faz outra coisa seno reclamar. c) mas sim: No teve a inteno de exigir, seno de pedir. d) defeito, falha: Houve um seno em sua exposio. Usa-se a forma se no: a) igual a caso no: Esperarei mais um pouco; se no vier, irei embora. b) introduzindo orao com conjuno integrante: Perguntou se no era tarde. 3 - H/ A27

A forma H equivale ao verbo haver, indicando tempo decorrido. Pode ser substituda por faz. Ex.: No o vejo h (faz) quinze dias. A forma A preposio, indicando distanciamento no tempo, futuro ou passado, e sentido geogrfico. Ex.: Sairei de casa daqui a duas horas. Moro a dois quilmetros da escola. 4 - NENHUM / NEM UM Nenhum empregado como antnimo de algum. Ex.: Entrou na casa sem que nenhum morador o notasse. Nem um equivale a nem um sequer, nem um nico. Ex.: Nem um morador do prdio apareceu para a reunio. 5 - AFIM / A FIM

Afim significa semelhante, relacionado: Ex.: Temos gostos afins. A fim (de) equivale a para: Ex.: Procurei-o a fim de conversar. 6 - MEDIDA QUE / NA MEDIDA EM QUE medida que = proporo que: Ex.: Alfredo construa a casa medida que recebia as comisses. Na medida em que = considerando que: Ex.: Na medida em que no sou rico, no posso comprar um carro novo.28

7 - AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A Ao encontro de indica conformidade, acordo: Ex.: Os governantes deveriam ir ao encontro das necessidades do povo. De encontro a indica oposio, conflito: Ex.: Infelizmente seu pedido vai de encontro a nossas posses. 8 - AONDE / ONDE / EM QUE Aonde deve ser usado com verbos que indicam movimento: Ex.: Aonde (para onde) voc vai? Onde refere-se a lugar fsico: Ex.: A casa onde mora bonita. Em que deve ser usado nas demais situaes: Ex.: Nos casos em que a lei ordenar, h de se obedec-la. 9 - AO INVS DE / EM VEZ DE Ao invs = ao contrrio de: Ex.: Ao invs de virar esquerda, virou direita. Em vez de = no lugar de: Ex.: Em vez de tomar leite, tomou ch. 10 - MAL / MAU Mal antnimo de BEM. Ex.: Ele procedeu mal. / Qual a origem do mal?29

Observao: Tambm pode ser conjuno temporal (= LOGO QUE): Ex.: Mal deixou a casa, bateram porta. Mau antnimo de BOM. Ex.: Sempre foi mau pagador. / O mau tempo atrapalhou. 11 - DIA-A-DIA / DIA A DIA Dia-a-dia um substantivo. Significa cotidiano. Ex.: O dia-a-dia do trabalhador muito montono. Dia a dia expresso adverbial. Significa todos os dias, cotidianamente. Ex.: Os preos das mercadorias aumentam dia a dia. 12 - TAMPOUCO / TO POUCO Tampouco advrbio. Significa tambm no. Ex.: No realizou a tarefa; tampouco apresentou qualquer justificativa. Em to pouco, temos o advrbio de intensidade to modificando pouco, que pode ser advrbio ou pronome indefinido. Ex.: Tenho to pouco entusiasmo pelo trabalho! 13 - CESSO / SESSO / SEO (SECCO) Cesso: ato de ceder. Ex.: Joo fez a cesso dos seus direitos autorais. Sesso: intervalo que dura uma reunio.

Ex.: Assistimos a uma sesso de cinema. Seo ou seco: parte de um todo. Ex.: Lemos a notcia na seo (ou seco) policial.30

14 - MAIS BEM / MELHOR Mais bem usa-se antes de verbo no particpio: Ex.: So os alunos mais bem preparados do colgio. Melhor usa-se antes de verbo que no esteja no particpio ou outras palavras. Ex.: So bem melhores do que ns. 15 - -TOA / TOA -toa um adjetivo (refere-se, pois, a um substantivo) e significa impensado, intil, desprezvel. Ex.: Ningum lhe dava valor: era uma pessoa -toa. toa um advrbio de modo e significa a esmo, sem razo, inutilmente. Ex.: Andava toa pelas ruas 16 - EM PRINCPIO / A PRINCPIO Em princpio = em tese. Ex.: Em princpio, sou contra qualquer governo. A princpio = inicialmente. Ex.: A princpio era contra; depois, mudei de opinio. 17 - VIMOS / VIEMOS Vimos indica o presente do verbo VIR ou passado do verbo VER. Ex.: Vimos trazer-lhe nosso apoio. /Vimos um gato preto ontem. Viemos indica o passado do verbo VIR.31

Ex.: Viemos ontem de carona. 18 - H / HAVIA H indica presente ou que a ao no findou. Ex.: H trs carros na garagem. // H dois dias que no fumo. Havia indica passado (pretrito imperfeito do indicativo), que a ao j findou: Ex.: Havia trs anos que no o via. // Havia dois anos que no fumava. 19 - A PAR / AO PAR A PAR expresso usada no sentido de estar bem informado Ex.: Ele est a par dos acontecimentos AO PAR expresso usada apenas para indicar equivalncia em valores cambiais. Ex.: O real j esteve ao par do dlar. 20 - A FORA / AFORA A FORA para fora Ex.: Saiu janela a fora AFORA exceto Ex.: Afora este caso, no resolveu nada. 21. POR VENTURA / PORVENTURA POR VENTURA significa por sorte, por misericrdia. Ex.: Por ventura divina, sobrevivemos. PORVENTURA significa talvez, por acaso.32

Ex.: Voc, porventura, viu Cabeo por a? 22 - DEMAIS / DE MAIS DEMAIS advrbio de intensidade e equivale a muito. Ex.: Elas falam demais. Tambm pode ser usado como substantivo, significando os restantes.

Ex.: Chegaram onze jogadores para jogar; os demais ficaram no banco. DE MAIS locuo prepositiva e possui sentido oposto a de menos. Ex.: No haviam feito nada de mais. 23 - OH / Oh interjeio de admirao ou espanto. Ex.: Oh! Que lindo dia! acompanha vocativo Ex.: O que h com voc, criatura?33

2 5 Dica s pa r a Turbina r seu De sempenhoDe nada adianta a decoreba que a memria pode deletar a qualquer instante. O lance encontrar um bom mtodo de estudo, que valorize o raciocnio, a associao de idias. S assim, as informaes vo desembarcar no seu crebro para ficar: Mas no existem frmulas prontas. Cada pessoa tem seu estilo, cada um sabe de que forma rende mais. Veja a seguir, quais dessas dicas podem melhorar a sua vida: 1. Um pouco de ordem na baguna no vai fazer mal a ningum, ao contrrio. Mantendo o seu local de estudo normalmente arrumado, voc no apenas vai se sentir mais animado a estudar, mas tambm vai encontrar borracha, rgua e tudo o mais que precisar, na hora em que precisar. 2. Organize as matrias em pastas, onde tambm poder colocar recortes de jornais, rabiscos do professor e outros materiais estratgicos. 3. Determine quantas horas vai reservar diariamente (o fim de semana entra na jogada) para estudar e faa uma grade de matrias de acordo com esse tempo. Tente cumprir esse horrio. 4. Descubra em qual perodo voc se sente mais disposto e acorde esse horrio para estudo. 5. Relacione pelo menos duas disciplinas diferentes para um mesmo dia e programe intervalos entre elas. 6. Reconhea seus limites. V at onde rende o seu mximo. Quando precisar de uma pausa, no deixe que o intervalo ultrapasse 15 minutos, seno a preguia aparece ou a concentrao vai para o espao. 7. Quando retomar a jornada, recomece com uma matria diferente. 8. Estude as matrias em que tem dificuldade enquanto estiver com a cabea fria. 9. Ao chegar do colgio ou do cursinho, reveja o que foi dado na classe. 10. Faa todos os exerccios propostos. Se vacilar em alguma questo, pergunte. Arrastar dvidas pode atrapalhar a compreenso do prximo tpico.34

11. Dicionrio no enfeite de estudante. Se no souber o significado de alguma palavra ou tiver dvidas quanto sua grafia, use e abuse. 12. Se estiver fazendo cursinho, fique atento s datas do planto de dvidas e das aulas de reforo.

Os 1 0 ma ndament os de um bom Te x t oEscrever requer imaginao e familiaridade com palavras. Para isso, o melhor que

voc pode fazer praticar, praticar, praticar. Adquira o hbito de escrever, desde bilhetes at dirio. E siga as dicas de Francisco Plato Savioli, coordenador de Gramtica e Redao, e Eduardo Calbucci, professor de Literatura, do Anglo Vestibulares. No Fuja do tema em questes Toda redao prope um tema de improviso para debater. Fugir dele revelar que no compreendeu o pedido ou arriscar a sorte, reproduzindo um texto decorado. Ambos os casos so motivos para anular a redao. Por isso, reserve uma parte do tempo para compreender a proposta. Toda redao comea pela interpretao das idias contidas no texto sugerido. Respeite o tipo de texto proposto para abordagem do contedo Escrever uma narrao em lugar de uma dissertao ou produzir um poema em vez de um texto em prosa tambm pode levar anulao da prova. Como a maioria dos vestibulares exige uma dissertao em prosa, essencial conhecer as caractersticas desejveis num texto dissertativo. Opine com argumentos em vez de jurar sinceramente Todo texto deve revelar a opinio do seu produtor. Mas, alm de escrever o que pensa, ser preciso encontrar argumentos para sustentar seu ponto de vista. A, sim, conseguir a adeso dos interlocutores. Leve em conta e comente as opinies contrrias Para defender um ponto de vista com eficincia, voc deve ter conhecimentos sobre o tema e sobre as diversas opinies existentes a esse respeito. No caia em contradio Evite incoerncias. Se o texto comea defendendo uma determinada opinio, espera-se que ele continue fazendo essa defesa at o fim. No permita que as palavras saiam sem controle da inteno35

Em toda cultura existem lugares-comuns, idias prontas, clichs, preconceitos que se insinuam no discurso de quem fala ou escreve. Policie-se e no jogue no papel aquilo que no tenha passado antes pelo raciocnio crtico. Respeite as normas da lngua culta A no ser em casos muito especficos, em que se pode recorrer variante informal, espera-se que a redao do vestibular obedea aos preceitos da norma culta escrita. Evite afetao e exibicionismo na linguagem No superestime a correo gramatical. Embora o respeito ao padro culto da lngua seja importante, no se pode crer que a avaliao da redao valorize demasiadamente aspectos ligados ortografia, acentuao, crase, regncia ou concordncia. Muito menos linguagem artificial feita para impressionar. mais grave cometer uma contradio de raciocnio do que escreve pretensioso (com c). No valorize mais o copo do que o vinho que ele contm No d ateno a certos detalhes. A presena de rasuras, a dvida sobre escrever ou no em letra de forma ou o tamanho do texto so preocupaes impertinentes. Bancas srias no levam esse tipo de detalhe em considerao.

Dica s de Profe ssor e s e Jorna l ist a sAs dicas abaixo foram dadas por dois profissionais, um professor de portugus e um conhecido Jornalista, conhecido pela qualidade dos seus textos. Faa letra legvel: Voc acha que algum vai tentar decifrar sua redao, tendo outras 700 para corrigir?

Ordenao das Idias: A falta de ordenao de idias gera um texto sem encadeamento e, s vezes, incompreensvel, partindo de uma idia para outra sem critrio, sem ligao. Coerncia: Voc no deve apresentar um argumento e contradiz-lo mais adiante. Coeso: A redundncia denuncia a falta de coeso. No d voltas num assunto, sem acrescentar dados novos.36

Isso tpico de quem no tem informaes suficientes para compor o texto. Inadequao: No fuja ao tema proposto, escolhendo outro argumento com o qual tenha maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliao. Estrutura dos Pargrafos: Separe o texto em pargrafos. Sem a definio de uma idia em cada pargrafo, a redao fica mal estruturada. No corte a idia em um pargrafo para conclu-la no seguinte. No deixe o pensamento sem concluso. Estrutura das Frases: Faa a concordncia correta dos tempos verbais; No fragmente a frase, separando o sujeito do predicado; Flexione corretamente os verbos quando for usar o gerndio ou o particpio. Conselhos teis: Evite a repeties de sons, que deselegante na prosa; Evite a repeties de palavras, que denota falta de vocabulrio; Evite a repetio de idias, que demonstra falta de conhecimento geral; Evite o exagero de conectivos (conjunes e pronomes relativos) para evitar a repetio e para no alongar perodos; Evite o emprego de verbos genricos, tais como dar, fazer, ser e ter; Evite o uso exagerado de palavras e expresses do tipo: problema, coisa, negcio, principalmente, devido a, atravs de, em nvel de, sob um ponto de vista, tendo em vista etc; Evite os coloquialismos: s que, da, a etc; Cuidado com o emprego ambguo dos pronomes: seu, seus, sua, suas; Cuidado com as generalizaes: sempre, nunca, todo mundo, ningum; Seja especfico: utilize argumentos concretos, fatos importantes; No faa afirmaes levianas, como: todo poltico corrupto.; No use expresses populares e cristalizadas pelo uso, como: a unio faz a fora;37

No use palavras estrangeiras nem grias, como: deletar, tipo assim; Observe a pontuao; Cuidado com o uso de conjunes: . mas, porm, contudo so adversativas, indicam fatores contrrios; . portanto, logo so conclusivas; . pois explicativa e no causal; No escreva perodos muito curtos nem muito longos; No use a palavra eu nem a palavra voc e evite a palavra ns: a dissertao deve ser impessoal; no se dirija ao examinador como se estivesse conversando com ele; EXERCCIO FINAL

Com um exerccio final para o curso de escrita e redao, faa as redaes seguindo as caractersticas abaixo relacionadas. Como forma de auto disciplina, tente fazer no menor espao de tempo possvel. 1 redao: Tema: Existe na Cmara dos Deputados um projeto de lei "que probe o uso de palavras estrangeiras em novelas, publicidade e veculos de comunicao de qualquer espcie". Discorra sobre o assunto. Espao: 25 linhas (fonte 12, Times New Roman) 2 redao Tema: As empresas de transportes pblicos em todo pas tm a obrigao de levar em segurana os passageiros. No entanto esta palavra "segurana" geralmente s aplicada a questes de trnsito. E a questo do assalto? Os passageiros tm o direito de serem indenizados em caso de assalto dentro de nibus, pelas empresas de viao? Discorra sobre o assunto. Espao: 25 linhas (fonte 12, Times New Roman)