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A Importância da Manutenção Preventiva
em Motores Diesel
21 de setembro de 2015
Luiz Augusto de Noronha Mendes
Gerente de Produto – FPT Industrial LATAM
Seminário Extensão da vida útil dos Motores Diesel
2
CNH Industrial
3
CNH Industrial
Estrutura desde 29 de setembro de 2013
Máquinas para
Construção
Veículos comerciais
Máquinas
Agrícolas
Powertrain Serviços
financeiros
A FPT Industrial é a principal fornecedora de motores, eixos e transmissões do grupo CNH Industrial.
CNH Industrial Nossos produtos
Caminhões Ônibus Equipamentos de combate
a incêndio
Escavadeiras de esteiras
Ceifeiras-debulhadoras Tratores Motores, eixos
e transmissões
Pás carregadeiras com
direção diferencial
4
5
FPT Industrial
6
Plantas
6
Transmissão e eixos dianteiro-
traseiro para veículos leves,
médios e pesados
Motores leves, médios e
pesados para aplicações
on road e off road
1-2 TURIN
3 PREGNANA MILANESE
Motores leves para
aplicações on road
4 FOGGIA
Heavy Engines for on road
and off road applications
5 BOURBON LANCY
6 FECAMP
Heavy Engines for on road
and off road applications
7 GARCHIZY
1-2
3 7
5
6
4
Motores pesados e médios para
aplicações on road e off road
CORDOBA
Motores leves e médios para
aplicações on road e off road
SETE LAGOAS
Motores leves, médios e pesados
para aplicações on road e off road
CHONGQING
Motores customizados para aplicação
marítima e geração de energia
Motores pesados para aplicações
on road e off road
Conjuntos geradores, painéis de
distribuição elétrica e resistores
Motores e transmissões
remanufaturados
10 Plantas em todo o mundo
(*) R&D Support from Fiat SpA
6
Centros de P&D 6 Centros de Engenharia e desenvolvimento em todo o mundo
7
Personalização e aplicação
de motores para o
mercado latino-americano
2 BETIM
Aplicação de motores para clientes
não cativos CNH e EUA
1 BURR-RIDGE
Personalização e
homologação de unidades
de geração de energia
3 FECAMP
Desenvolvimento e
personalização de motores
e transmissores para
aplicações on road, off road,
marítimas e de geração de
energia
4 TURIN
Centro de excelência para tecnologias
avançadas e desenvolvimento de
motores de base
5 ARBON
6 CHONGQING (JV)
Personalização e aplicação
de motores SFH para o
mercado chinês
7* SHANGHAI-JIADING
Design e Teste para
aplicações no mercado
chinês e suporte para
centros europeus de P&D
1
2
3
4
5 6
7*
Portfólio motores
100
500
600
700
800
900
Power (hp)
200
400
300
R22 - 3 cil
R22 2.2L
F1 - 4 cil
F1C 3.0L
F1A 2.3L
F5 - 4 cil
F5 3.4L
NEF - 4/6 cil
NEF 6 6.7L
NEF 4 4.5L
Cursor - 6 cil
C9 8.7L
C10 10,3L
C13 12.9L
C16 15.9L
Vector - 8 cil
20L
Displacement (liters)
S8000 – 4 cil
S8000 3.9L
C11 11.1L
C8 7,9L
On Road Diesel
Off Road
Geração de Energia
Marítima
GNV/LNG NOVO
9
Portfólio transmissões e eixos
Torque (Nm) 100 200 500 400 300
GAW (ton) 0 2 6 4 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
SR
HR
11
LCV MDV HDV HDV-Off Transmissões
Eixos
Dianteiro
Traseiro
Non driving
Tandem
Single
Tandem
Single
Driving
2835.6
2840.6
2850.6
10
Resultado da FPT Industrial ao longo dos últimos 3 anos
PRODUCTION VOLUMES
477 545
584
0
100
200
300
400
500
600
700
2012 2013 2014
(k UNITS)
Com 584.000 motores, a FPT Industrial é a terceira entre os seus principais concorrentes no mundo.
VOLUME DE PRODUÇÃO
A FPT produziu o seu primeiro motor para caminhão.
A FPT foi fundada concentrando a produção em uma única empresa de motores para carros de passeio e veículos para atividades industriais.
A FPT começa a produzir apenas motores para veículos comerciais, off road, on road, geração de energia e marítimo.
1903
2005
2011
11
FPT Industrial História
FPT (logo)
é uma marca jovem, com mais de 100 anos de experiência e amplo know- how.
Primeiro turbocharging para veículos comerciais pesados
Primeiro motor Common Rail para veículos comerciais leves
Exclusiva tecnologia de pós-tratamento HI-eSCR para motores Diesel
1938
1999
2012
12
FPT Industrial Know-how e experiência
Alguns dos grandes avanços da história dos motores a Diesel vêm do nosso P&D.
13
FPT Industrial: Prêmios importantes Prêmios internacionais
FPT possui uma vantagem competitiva diante dos seus clientes com escolhas tecnológicas inovadoras.
O novo Cursor 16 recebeu o
Prêmio DIESEL DO ANO 2014
pela revista Diesel
Case IH Magnum 380 CVX
premiado TRATOR DO ANO 2015
Cursor 9 + HI-eSCR HI-eSCR no NEF & Cursor
HI-eSCR tecnologia premiada com
AE50 PRIZE
Iveco Hi-Way
premiado com CAMINHÃO DO
ANO DE 2013
Cursor + HI-eSCR
AE50 AWARD
MOTOR DO ANO
CAMINHÃO DO ANO
TRATOR DO ANO
2013 2014 2014 2015
14
Clientes por aplicação
MA
RÍT
IMO
GER
AÇ
ÃO
DE E
NER
GIA
ON
RO
AD
- C
AM
INH
ÕES
OFF R
OA
D
15
FPT Industrial - Powering the future
A liderança tecnológica de 100 anos de experiência leva a satisfação dos clientes.
A marca com 10 anos, possui 100 anos de inovação em todo o mundo
Tecnologia de ponta para desenvolver soluções de motorização para o futuro
Uma gama completa de produtos sustentáveis , trazendo vantagem competitiva a todos os clientes
16
A Importância da Manutenção Preventiva em Motores Diesel
17
A Importância da Manutenção Preventiva em Motores Diesel
18
Parte 1 – Metodologia da Diagnose de Motores
19
Motivação – Cenário Ideal
Metodologia da Diagnose de Motores
Diagnose eficaz
Menor tempo gasto
Menor custo possível
!
Conhecimento
Curiosidade
Metodologia
20
Motivação – Diagnose Eficaz
Metodologia da Diagnose de Motores
21
MASP
MASP: Método de Análise e Solução de Problemas
“Método prescritivo, racional, estruturado e sistemático para o desenvolvimento de um
processo de melhoria em um ambiente organizacional, visando solução de problemas
e obtenção de resultados otimizados.”
Baseia-se no ciclo PDCA Planejar
Executar
Controlar
Agir / Corrigir
Metodologia da Diagnose de Motores
22
MASP – Fluxograma – 8 Passos
Metodologia da Diagnose de Motores
Início 1- Identificação
do Problema
2- Observação
do Processo
3- Análise e
Diagnósticos
4- Planejamento
da Solução
5- Aplicação da
Solução 6- Solução
Eficaz?
7- Padronização e
Implementação
8- Lessons
Learned Fim
S
N
23
Análise de 1° Nível
Objetivo: Coletar o máximo de informações possíveis a respeito da falha antes da perda
de variáveis chave para a resolução do problema e correta atuação da solução.
• Diesel;
• Líq. Arrefecimento;
• Óleo Lubrificante;
• Filtros; • Alimentação;
• Admissão;
• Arrefecimento;
• Operador;
• Motorista;
• Dealer;
• Flight Recorder;
• Instrumentação;
Metodologia da Diagnose de Motores
Entrevistas
Coleta de amostras
Avaliação in loco
Aquisição de Dados
24
Diagrama de Ishikawa
Objetivo: Identificar (Através de um brainstorming) todas as possíveis causas que possam
contribuir para o efeito não desejado (falha) e avaliar o nível de contribuição das mesmas.
O diagrama deve ser montado em
grupo;
Deve-se avaliar cada uma das
vozes contidas no diagrama e
classificá-las posteriormente
como potenciais ou não para a
falha;
“20% dos problemas representam 80% do custo” - Pareto
Metodologia da Diagnose de Motores
25
Parte 2 – SUBSISTEMAS DO MOTOR DIESEL
26
1. Sistema de Alimentação de Combustível;
2. Sistema de Aspiração;
3. Sistema de Arrefecimento;
4. Sistema de Lubrificação;
Subsistemas do Motor Diesel Índice
27
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
Bomba Mecânica
28
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
Common Rail
29
Diagrama Causa Efeitos
Pré Filtro (Separador)
Saturado ou Incorreto
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
30
Diagrama Causa Efeitos
Filtro Principal Saturado
ou Incorreto
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
31
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
Recomendações:
Utilizar filtros indicados pelo Manual do Proprietário;
Seguir o período de troca dos filtros conforme Manual do Proprietário ou se o painel da máquina
sinalizar necessidade de substituição;
Não deixar a máquina parada por mais de 6 meses (oxidação do biodiesel no tanque);
Realizar análises periódicas da qualidade do Diesel;
32
Aspectos Limites
Densidade 0,820 a 0,865
Viscosidade 2,0 a 5,0 cSt
Fulgor Mín 38°C
Teor de Biodiesel (Depende do tipo de Combustível)
Enxofre total, máx (Depende do tipo de Combustível)
N° de Cetano Mín 42
Água Máx 0,05 %
Aspecto Visual do Óleo Diesel
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
Qualidade do Combustível
33
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
Tela de entrada da
Bomba (nova)
Tela de entrada da
Bomba (saturada)
Filtro Original
6 microns (95%)
Filtro Utilizado
42 microns
1 2
4 5
3
34
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Alimentação de Combustível
Qualidade do Combustível
QUERÊNCIA-MT
Max. 380 ppm AF-9230
ASTORGA/JUSSARA-PR
Max. 400 ppm T7-245
LUIZ EDUARDO MAGALHÃES-BA
Max. 340 ppm AF-5130
AF-6130
AF-7130
PIRASSUNUNGA-SP
Max. 450 ppm SCH
OURINHOS-SP
Max. 360 ppm PUMA 185
PUMA 230
CCH
35
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Aspiração
MOTOR DIESEL
Gases de Escape
COLETOR DE ESCAPE
COLETOR DE ADMISSÃO
INT
ER
CO
OL
ER
Admissão de Ar
Filtro de Ar
36
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Aspiração
Funções Principais do Filtro de Ar:
Secagem do Ar aspirado;
Impedir a passagem de partículas sólidas em suspensão para o motor (poeira, fuligem);
Evitar desgaste excessivo nos cilindros do motor;
Recomendações:
Utilizar somente filtros indicados pelo Manual do Proprietário;
Seguir o período de troca dos filtros conforme Manual do Proprietário ou se o painel da
máquina sinalizar necessidade de substituição;
37
Diagrama Causa Efeitos
Filtro de ar Saturado ou
Incorreto
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Aspiração
38
Subsistemas do Motor Diesel Sistema de Aspiração
39
Sistema de Arrefecimento
Bomba D’água
Presilhas e
Mangueiras
Tampa do
Radiador Ventoinha
Radiador
Reservatório de
Expansão
Válvula
Termostática
Aquecimento de
Cabine
Subsistemas do Motor Diesel
40
Sistema de Arrefecimento
Principais Falhas e Possíveis Causas:
Sobreaquecimento do
Motor
Subsistemas do Motor Diesel
41
Sistema de Arrefecimento
Principais Falhas e Possíveis Causas:
Vazamentos e Perdas de
líquido de arrefecimento
Subsistemas do Motor Diesel
42
Sistema de Arrefecimento
Líquido de Arrefecimento (Propriedades – Ref. Paraflu 11):
Subsistemas do Motor Diesel
Composição Limites
Etilenoglicol 90 a 95%
Benzoato de Sódio 2 a 4%
Tetraborato de dissódio pentahidratado 1 a 3%
Nitrito de Sódio Máx 0,35%
Propriedades Fisico químicas Valor de Referência
Aspecto Azul esverdeado
Densidade a 15°C 1,135 g/cm³
pH 7,7
Ponto de Congelamento (dil. 50%) -38 °C
Ponto de Ebulição (dil. 50%) 108 °C
Ponto de Fulgor (dil. 50%) 490 °C
43
Sistema de Arrefecimento
Funções Principais do Líquido de Arrefecimento (com água - 50% vol.):
Subsistemas do Motor Diesel
Remoção do Calor do motor;
Proteger as galerias de arrefecimento contra:
o Cavitação e formação de correntes elétricas parasitas;
o Corrosão;
o Congelamento à baixas temperaturas;
o Formação de depósitos de calcário;
o Ebulição do sistema em condições de alta temperatura (Até 125°C);
o Dilatação excessiva dos elementos de borracha e plástico do circuito;
44
Sistema de Arrefecimento
Subsistemas do Motor Diesel
45
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
46
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
Funções Principais do Sistema de Lubrificação:
Fornecimento de óleo para o motor para:
o Lubrificar o motor, reduzindo desgastes;
o Redução de atrito entre partes móveis (redução no consumo de combustível);
o Proteger o motor contra ferrugem e corrosão;
o Refrigeração do motor;
o Retirada de contaminantes do sistema de combustão;
o Estabilidade das características Físico-Químicas;
o Evitar formação de espuma;
o Contribuir para vedação nas áreas da combustão do motor;
47
Aspectos 15W40 (novo) 5W30 (novo) Limites (FPT)
Viscosidade (100ºC) 12,5 a 16,3 cSt 9,3 a 12,5 cSt -25% a +50%
Fulgor (Vac) Mín 200 °C Mín 200 °C Mín 190 °C
T.B.N (HCLO4) Mín 9 mg KOH/g Mín 14 mg KOH/g Mín 4 mg KOH/g
Fuligem (%) ND ND 4% máx.
Água (%) 0% 0% 0,1%
Ferro (Fe) 0 ppm 0 ppm 300 ppm
Cromo (Cr) 0 ppm 0 ppm 30 ppm
Chumbo (Pb) 0 ppm 0 ppm 150 ppm
Cobre (Cu) 0 ppm 0 ppm N/A
Alumínio (Al) 0 ppm 0 ppm 40 ppm
Sílica (Si) 0 ppm 0 ppm 50 ppm
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
Propriedades do Óleo Lubrificante:
48
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
Diagrama Causa Efeitos
Filtro de óleo Saturado
ou Incorreto
49
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
Diagrama Causa Efeitos
Óleo Lubrificante
Incorreto ou sem
substituição
50
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
Recomendações:
Utilizar somente óleo e filtro de óleo indicados pelo Manual do Proprietário;
Seguir o período de troca do óleo e dos filtros conforme Manual do Proprietário;
Retirar amostras de óleo para análise com frequência;
51
Sistema de lubrificação
Subsistemas do Motor Diesel
52
PARTE 3 – Modos de Falha (Ref. Mahle)
53
Pistão
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Travamento do Pino
Aspecto: Pino travado no pistão, impossibilitando sua desmontagem
Causas Prováveis:
Montagem do pino com folga insuficiente ou sem lubrificação;
Falta de lubrificação;
Bucha do pistão com tolerâncias geométricas fora do especificado
Correções:
Controlar processo de montagem;
Monitorar qualidade das buchas;
Monitorar sistema de lubrificação;
Consequência: Aumento do atrito na região entre a bucha e o pino, podendo
fundir ambas as peças ao longo do tempo, deixando o motor travado;
54
Pistão
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Engripamento por refrigeração deficiente do motor
Aspecto: Desgaste acentuado no pistão na região do pino
Causas Prováveis
Obstrução das galerias de refriamento;
Galerias de resfriamento contaminadas;
Falha no sistema de refrigeração do motor / veículo
• Válvula termostática;
• Radiador;
• Bomba d’água;
Falha no sistema de desaeração do motor;
Correções: Revisar periodicamente o sistema de arrefecimento do motor e do
veículo;
Consequência: Aumento do atrito na região devido à diminuição da folga
provocada pela dilatação térmica do pistão;
55
Pistão
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Danos por combustão incorreta
Aspecto: Região do topo do pistão derretida
Causas Prováveis:
Danos nos bicos injetores;
Injeção de combustível com vazão acima do previsto;
Ângulo de injeção incorreto;
Correções:
Revisar periodicamente o sistema de injeção do veículo;
Atentar quanto às orientações para o uso correto do combustível;
Consequência: Aumento da temperatura em uma única região no pistão, muitas
vezes acima do ponto de fusão do material, ocasionando o derretimento ou
degradação do pistão;
56
Pistão
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Erosão do topo do pistão
Aspecto: Topo do pistão com marcas de erosão
Causas Prováveis:
Excesso de combustível injetado;
Injeção prematura;
Pulverização incorreta;
Falha na estanqueidade dos injetores;
Correções:
Regular a bomba;
Corrigir o ponto de injeção;
Consequência: Aumento da temperatura e sobrecarga mecânica
57
Anéis de Segmento
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Contaminação por abrasivo
Aspecto: aneis com marcas de riscos verticais e afiados, e topo do cilindro com
brunimento gasto
Correções:
Verificar sistema de aspiração do veículo e sua manutenção;
Verificar procedimento de limpeza das peças do motor;
Consequência: A compressão do ar ocorrerá com presença de materiais
abrasivos que desgastarão os cilindros e as faces de contato dos anéis de
segmento, aumentando o consumo de óleo, a pressão do cárter e o blow by;
Causas Prováveis:
Deficiência no sistema de filtragem do ar;
Resíduos de usinagem dos cilindros;
Manutenção incorreta do veículo;
58
Camisas / cilindros
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Cavitação das camisas
Aspecto: Marcas de escamação e perdas de material na parede externa das
camisas úmidas
Correções:
Fazer a correta manutenção do motor
Consequência: ocorrência de pontos de calor na parede externa das
camisas, devido à alta temperatura, que evoluem para uma condição de
cavitação, havendo perda de material das camisas;
Causas Prováveis:
Excesso de temperatura do motor;
Desaeração do motor inadequada;
Despressurização do sistema de arrefecimento;
Não utilização de aditivo especificado;
59
Bronzinas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Corrosão
Aspecto: Marcas escurecidas na bronzina e alguns pontos na superfície da
mesma
Correções:
Fazer a correta manutenção do motor;
Verificar sistema de lubrificação;
Consequência: Alteração da liga presente na bronzina, podendo alterar
seus aspectos funcionais de trabalho;
Causas Prováveis:
Lubrificação ineficiente ou inadequada;
Presença de água ou agentes corrosivos no óleo;
60
Bronzinas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Fragilidade a Quente
Aspecto: Grandes partes da camada superficial são arrancadas, ficando expostas
as camadas inferiores da bronzina.
Correções:
Conferir as classes de montagem;
Atentar quanto à lubrificação e à manutenção correta;
Garantir correto dimensionamento entre componentes;
Consequência: Aumento na região de trabalho, tornando frágil a camada
superficial, resultando no seu arrancamento;
Causas Prováveis:
Lubrificação ineficiente ou inadequada;
Folga radial insuficiente;
Calor excessivo;
61
Bronzinas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Presença de corpo estranho
Aspecto: Riscos na superfície e impregnação de partículas estranhas;
Correções:
Atentar quanto ao correto procedimento de manutenção do motor;
Garantir a limpeza dos componentes do motor durante a montagem do
mesmo;
Consequência: Ó óleo contaminado reduz o atrito nas bronzinas e acarreta
em desgastes localizados na mesma sob forma de riscos e impregnações de
corpos estranhos;
Causas Prováveis:
Óleo contaminado com partículas abrasivas;
Manutenção incorreta do motor;
62
Válvulas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Desgaste da sede de válvulas
Aspecto: Altura de válvula fora do especificado e marcas de desgaste no
colo da válvula;
Correções:
Verificar carga das molas;
Orientar quanto à qualidade do combustível utilizado;
Garantir correto alinhamento da válvula na sede durante a montagem;
Consequência: Assentamento inadequado da válvula na sede, ocasionando
o desgaste ao longo do tempo;
Causas Prováveis:
Alinhamento incorreto entre sede e haste de válvula;
Molas de válvula deficientes;
Resíduos da Combustão;
63
Válvulas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Válvulas com desgaste localizado
Aspecto: Válvula apresenta desgaste e desintegração concentrada em uma
região do assentamento de válvula;
Correções:
Verificar plano de manutenção dos motores;
Orientar quanto à utilização de combustíveis de qualidade;
Consequência: Excesso de temperatura localizado, ocasionando o
derretimento da válvula;
Causas Prováveis:
Assentamento irregular (válvula empenada);
Concentração de resíduos de carbono;
Combustível de baixa qualidade;
Obstrução nos dutos de arrefecimento;
64
Turbinas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Entrada de corpo estranho no compressor
Aspecto: Rotor do compressor (parte fria) com marcas de desgaste na
região frontal das aletas;
Correções:
Revisar sistema de aspiração do veículo;
Orientar quanto ao correto plano de manutenção do veículo;
Consequência: Entrada de partículas sólidas não filtradas, ocasionando os
danos na região do rotor;
Causas Prováveis:
Falhas no duto de aspiração do veículo;
Filtro de ar não utilizado ou colapsado;
65
Turbinas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Insuficiência de Lubrificação
Aspecto: Contato das paletas com a carcaça, folga excessiva no eixo, ruído,
cor azulada na região do eixo e dos mancais, vazamento de óleo, fumaça e
perda de potência do motor;
Correções:
Orientar quanto ao correto plano de manutenção do veículo;
Orientar quanto ao correto funcionamento do veículo;
Consequência: Rompimento do filme de óleo no eixo, iniciando o atrito e
ocasionando desgaste excessivo e consequente desbalanceamento do
conjunto;
Causas Prováveis:
Obstrução na galeria de óleo;
Utilização do óleo por período além do recomendado;
Problemas no sistema de lubrificação do motor;
Desligamento brusco do motor (Hot Shut Down);
66
Turbinas
Modos de Falha (Ref. Mahle)
Falha: Contaminação do óleo lubrificante
Aspecto: Marcas de desgaste excessivo nos rotores e mancais não
relacionados à alta temperatura;
Correções:
Orientar quanto ao correto plano de manutenção do veículo;
Consequência: Desgastes causados pela presença de partículas sólidas no
circuito;
Causas Prováveis:
Presença de partículas estranhas no óleo;
Utilização do óleo por período além do recomendado;
Filtro de óleo ineficiente ou saturado;
67
PARTE 4 – Estudo de Caso
68
Estudo de Caso Utilização Incorreta de Líquido de Arrefecimento
Reclamação
• Máquina apresentou travamento do eixo comando de válvulas com 200h de
uso;
• Análise dos componentes indicou sinais de sobreaquecimento do motor. Não
havia montagem incorreta de componentes ou folgas fora do especificado;
• Não havia registro de excesso de temperatura na central do motor e nem
apresentou baixa pressão de óleo;
69
Estudo de Caso Utilização Incorreta de Líquido de Arrefecimento
Análise do Sistema de Arrefecimento
• Foram encontrados resíduos sólidos que formavam uma camada de 1 mm
de espessura ao longo de toda a galeria do sistema de arrefecimento do
motor (inclusive cobrindo o sensor de temperatura);
70
Estudo de Caso Utilização Incorreta de Líquido de Arrefecimento
Conclusão
• Análise confirmou que a falta do uso correto do líquido de arrefecimento resultou no aumento do pH do fluido,
gerando a corrosão nos dutos de alumínio do motor associada também à presença de correntes elétricas
parasitas.
71
OBRIGADO