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ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SERGIPE DIREITO ELEITORAL DIREITO ELEITORAL Roberto Moreira de Almeida Roberto Moreira de Almeida Procurador Regional da República em São Procurador Regional da República em São Paulo Paulo Mestre em Direito, Professor Universitário Mestre em Direito, Professor Universitário E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]

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Page 1: ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SERGIPE DIREITO ELEITORAL Roberto Moreira de Almeida Procurador Regional da República em São Paulo Mestre em Direito,

ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE

SERGIPE

DIREITO ELEITORAL DIREITO ELEITORAL Roberto Moreira de AlmeidaRoberto Moreira de Almeida

Procurador Regional da República em São PauloProcurador Regional da República em São PauloMestre em Direito, Professor UniversitárioMestre em Direito, Professor Universitário

E-mail: [email protected]: [email protected]

Page 2: ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SERGIPE DIREITO ELEITORAL Roberto Moreira de Almeida Procurador Regional da República em São Paulo Mestre em Direito,

SUMÁRIO

• Parte introdutória: o MP e o processo eleitoral;

• Direitos Políticos;• Registro de candidatos;• Propaganda política; e • Abuso de Poder.

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Parte introdutória: o MP e o processo

eleitoral

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MINISTÉRIO PÚBLICO

“É instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,

incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e

dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (CRFB,

art. 127)

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PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS1. Unidade

2. Indivisibilidade

3. Independência funcional

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ORGANIZAÇÃO

1.1. Ministério Público da União Ministério Público da União ((MPFMPF, MPT, MPM e , MPT, MPM e MPDFTMPDFT))

2. Ministério Público dos Estados 2. Ministério Público dos Estados ((PromotoresPromotores e Procuradores de e Procuradores de Justiça).Justiça).

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FUNÇÕES INSTITUTUCIONAISIncumbe ao MP, Incumbe ao MP, basicamentebasicamente, ,

a defesa da ordem jurídica, a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e do regime democrático e dos interesses sociais e dos interesses sociais e individuais indisponíveisindividuais indisponíveis

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MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Como defensor do regime Como defensor do regime democrático, o MPE tem democrático, o MPE tem

legitimidade para atuar em legitimidade para atuar em todas as fases do processo todas as fases do processo

eleitoraleleitoral

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FASES DO PROCESSO ELEITORAL

• Alistamento Eleitoral;• Convenções Partidárias;• Registro de Candidaturas;• Propaganda;• Votação, apuração e totalização; e• Diplomação dos Eleitos.

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ESTRUTURA DO MPE

• Não há uma estrutura própria para o MPE. Existe uma composição mista integrada por membros do

Ministério Público Estadual e Federal

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ESTRUTURA DO MPE

• TSE – Procurador Geral Eleitoral = Procurador Geral da República

• TRE – Procurador Regional Eleitoral = Proc. da República

• Juízo Eleitoral – Promotor Eleitoral

= Promotor de Justiça

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ATUAÇÃO - PGE

• Chefe do MPE nacional;

• Atua nos processos em tramitação no TSE;

• Fiscaliza as eleições presidenciais

• Nomeia o PRE de cada Estado.

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ATUAÇÃO - PRE

• Chefe do MPE nos Estados e DF

• Atua nos processos em tramitação no TRE;

• Fiscaliza as eleições gerais;

• Nomeia o PE zonal.

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ATUAÇÃO DO PE

• Membro do MPE em cada zona eleitoral;

• Atua nos processos em tramitação nos juízos eleitorais de 1ª instância;

• Fiscaliza as eleições municipais.

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ATUAÇÃO DO MPE• O MPE, como defensor do regime

democrático, tem atuação em todo o processo eleitoral, seja na condição de parte (autor) ou fiscal da lei (custos legis);

• A atuação extraprocessual é de fundamental importância (audiências públicas, recomendações, IC e PIC).

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MPE - PARTE• AÇÕES CONSTITUCIONAIS (ADI, ADECON AÇÕES CONSTITUCIONAIS (ADI, ADECON

ADPF, MS, HC, HD e MI); ADPF, MS, HC, HD e MI);• AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO

DE CANDIDATURA (AIRC);DE CANDIDATURA (AIRC);• AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL

ELEITORAL (AIJE);ELEITORAL (AIJE);• AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO

ELETIVO (AIME);ELETIVO (AIME);• RECURSO CONTRA A DIPLOMAÇÃO (RD)RECURSO CONTRA A DIPLOMAÇÃO (RD)• REPRESENTAÇÕES ELEITORAIS;REPRESENTAÇÕES ELEITORAIS;• RECURSOS ELEITORAIS (RE) ERECURSOS ELEITORAIS (RE) E• AÇÕES PENAIS ELEITORAIS (APE)AÇÕES PENAIS ELEITORAIS (APE)

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AÇÕES CONSTITUCIONAIS

• ADI ou Adin (Ação Direta de ADI ou Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade);Inconstitucionalidade);

• ADECON ou ADC (Ação Declaratória de ADECON ou ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade); Constitucionalidade);

• ADPF (Ação de Descumprimento de ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental);Preceito Fundamental);

• ADO x MI (Omissões Constitucionais) ADO x MI (Omissões Constitucionais) • MS (mandado de segurança em matéria MS (mandado de segurança em matéria

eleitoral);eleitoral);• HC (“habeas corpus” em matéria eleitoral); HC (“habeas corpus” em matéria eleitoral); • HD (“habeas data” em matéria eleitoral); HD (“habeas data” em matéria eleitoral);

etc.etc.

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AÇÕES ELEITORAIS - I• O MPE atua preventivamente (tutela inibitória) e O MPE atua preventivamente (tutela inibitória) e

exerce o papel processual de parte ou de “custos exerce o papel processual de parte ou de “custos legis”;legis”;

• Ação de Impugnação de Registro de Candidatura Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC): (AIRC): impedir candidaturas que não atendam às impedir candidaturas que não atendam às condições de elegibilidade ou que se enquadrem em condições de elegibilidade ou que se enquadrem em hipóteses de inelegibilidade (hipóteses de inelegibilidade (LC n. 64/90, arts. arts. 3º a 17);

• Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE): Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE): punir a prática de abuso de poder econômico, abuso punir a prática de abuso de poder econômico, abuso de autoridade (poder político), uso indevido de de autoridade (poder político), uso indevido de veículos ou meios de comunicação social (veículos ou meios de comunicação social (arts. 19 a 24 da LC 64/90);

• Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME): Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME): cassar o mandato de quem comete atos como abuso cassar o mandato de quem comete atos como abuso de poder econômico, corrupção ou fraude durante o de poder econômico, corrupção ou fraude durante o processo eleitoral (CF, art. 14, § 10);processo eleitoral (CF, art. 14, § 10);

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AÇÕES ELEITORAIS - II• Recurso Contra a Diplomação (RCD): art. 262;Recurso Contra a Diplomação (RCD): art. 262;• Representação por captação ilícita de Representação por captação ilícita de

sufrágios (Lei n.º 9.504/97, art. 41-A): sufrágios (Lei n.º 9.504/97, art. 41-A): punir a punir a compra de votos (pode ensejar a cassação do compra de votos (pode ensejar a cassação do registro ou do diploma e multa);registro ou do diploma e multa);

• Representação por condutas vedadas (Lei n.º Representação por condutas vedadas (Lei n.º 9.504/97, art. 73 e seguintes): 9.504/97, art. 73 e seguintes): reprimir atos de reprimir atos de improbidade administrativa com finalidade improbidade administrativa com finalidade eleitoral (cessação da conduta, cassação do eleitoral (cessação da conduta, cassação do registro ou diploma e multa);registro ou diploma e multa);

• Representação por captação ou gastos ilícitos Representação por captação ou gastos ilícitos de recursos (Lei n.º 9.504/97, art. 30-A): de recursos (Lei n.º 9.504/97, art. 30-A): punir punir arrecadação ou gastos irregulares de recursos arrecadação ou gastos irregulares de recursos nas campanhas eleitorais (negativa de concessão nas campanhas eleitorais (negativa de concessão do diploma ou sua cassação);do diploma ou sua cassação);

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AÇÕES ELEITORAIS - III• Representação ou reclamação por Representação ou reclamação por

descumprimento da Lei das Eleições, descumprimento da Lei das Eleições, especialmente na propaganda eleitoral (Lei especialmente na propaganda eleitoral (Lei n.º 9.504/97, art. 96);n.º 9.504/97, art. 96);

• Representação por propaganda irregular ou Representação por propaganda irregular ou antecipada (Lei n. 9.504/97, arts. 36 e antecipada (Lei n. 9.504/97, arts. 36 e seguintes): seguintes): cessação da propaganda, cessação da propaganda, recomposição do bem e multa;recomposição do bem e multa;

• Representação por propaganda partidária Representação por propaganda partidária desvirtuada (Lei n.º 9.096, art. 45): desvirtuada (Lei n.º 9.096, art. 45): irregularidade no uso gratuito das emissoras de irregularidade no uso gratuito das emissoras de rádio e tv (propaganda partidária): cassação do rádio e tv (propaganda partidária): cassação do direito de transmissão no semestre seguinte ou direito de transmissão no semestre seguinte ou cassação do tempo equivalente a cinco vezes cassação do tempo equivalente a cinco vezes ao da inserção ilícita, no semestre seguinte;ao da inserção ilícita, no semestre seguinte;

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AÇÕES ELEITORAIS - IV• Representação por propaganda Representação por propaganda

intrapartidária desvirtuada (Lei n.º intrapartidária desvirtuada (Lei n.º 9.504/97, art. 36 e § 1.º): 9.504/97, art. 36 e § 1.º): o o candidato não se limita a buscar a candidato não se limita a buscar a indicação de seu nome ao pleito indicação de seu nome ao pleito eleitoral, mas realiza propaganda eleitoral, mas realiza propaganda geral e antecipada (cassação da geral e antecipada (cassação da propaganda, retirada do local, propaganda, retirada do local, recomposição do bem e multa);recomposição do bem e multa);

• Outras (representações criminais, Outras (representações criminais, administrativas, por atos de administrativas, por atos de improbidade, etc).improbidade, etc).

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Parte IIDIREITOS POLÍTICOS

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CONCEITOS

• Direitos políticos são o poder que possui o Direitos políticos são o poder que possui o nacional de participar ativa e passivamente nacional de participar ativa e passivamente da estrutura governamental estatal ou de ser da estrutura governamental estatal ou de ser ouvido pela representação política. ouvido pela representação política.

• Direitos políticos são o conjunto de normas Direitos políticos são o conjunto de normas disciplinadoras da atuação da soberania disciplinadoras da atuação da soberania popular.popular.

• Todo o poder emana do povo, que o exerce Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição diretamente, nos termos da Constituição (CF, art. 1.º, parágrafo único).(CF, art. 1.º, parágrafo único).

• Democracia: direta (plebiscito, referendo e Democracia: direta (plebiscito, referendo e iniciativa popular) + indireta (representativa).iniciativa popular) + indireta (representativa).

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DIREITOS POLÍTICOS ATIVOS

• O direito que possui o cidadão de O direito que possui o cidadão de participar do processo eleitoral, através do participar do processo eleitoral, através do voto, nas eleições, em plebiscitos e em voto, nas eleições, em plebiscitos e em referendos; referendos;

• Sufrágio: direito público e subjetivo para Sufrágio: direito público e subjetivo para eleger e ser eleito; eleger e ser eleito;

• Voto: exercício do direito de sufrágio;Voto: exercício do direito de sufrágio;• Escrutínio: modo do exercício de sufrágio;Escrutínio: modo do exercício de sufrágio;• ““A soberania popular será exercida pelo A soberania popular será exercida pelo

sufrágio universal e pelo voto direto e sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (CF, secreto, com valor igual para todos (CF, art. 14, “caput”).art. 14, “caput”).

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DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS

• O direito que possui o cidadão de vir a ser O direito que possui o cidadão de vir a ser eleito (ser votado); eleito (ser votado);

• Condições de elegibilidade:Condições de elegibilidade:• a) nacionalidade brasileira; a) nacionalidade brasileira; • b) pleno gozo dos direitos políticos;b) pleno gozo dos direitos políticos;• c) alistamento eleitoral;c) alistamento eleitoral;• d) domicílio eleitoral na circunscrição;d) domicílio eleitoral na circunscrição;• e) filiação partidária;e) filiação partidária;• f) idade mínima (na data da posse): 35 anos, f) idade mínima (na data da posse): 35 anos,

para Presidente e Vice-Presidente; 30 anos: para Presidente e Vice-Presidente; 30 anos: Governador e Vice-Governador; 21 anos: Governador e Vice-Governador; 21 anos: deputados, prefeitos e vice-prefeitos; e 18 deputados, prefeitos e vice-prefeitos; e 18 anos: vereadores. anos: vereadores.

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DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS (inelegibilidades) - I

• Inelegível é a pessoa que, Inelegível é a pessoa que, embora no gozo dos direitos embora no gozo dos direitos políticos, está impedida de políticos, está impedida de exercer temporariamente a exercer temporariamente a capacidade eleitoral passiva capacidade eleitoral passiva (direito de ser votada) em (direito de ser votada) em razão de algum motivo razão de algum motivo relevante fixado em lei; relevante fixado em lei;

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DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS (inelegibilidades) - II

• Inelegibilidades constitucionais Inelegibilidades constitucionais (absolutas):(absolutas):

• a) os sem-domicílio; a) os sem-domicílio; • b) os sem-filiação;b) os sem-filiação;• c) os sem alistamento eleitoral;c) os sem alistamento eleitoral;• d) os inalistáveis (estrangeiros e os d) os inalistáveis (estrangeiros e os

conscritos); conscritos); • e) os analfabetos;e) os analfabetos;• f) parentes de chefes do Executivo; ef) parentes de chefes do Executivo; e• g) ocupantes de cargos e funções g) ocupantes de cargos e funções

públicas.públicas.

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DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS (inelegibilidades) - III

• Inelegibilidades Inelegibilidades infraconstitucionais infraconstitucionais (relativas):(relativas):

• a) Lei Complementar n.º a) Lei Complementar n.º 64/90; 64/90;

• b) Casos e prazos de b) Casos e prazos de desincompatibilização; edesincompatibilização; e

• c) Lei da Ficha Limpa.c) Lei da Ficha Limpa.

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DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS (LEI DA FICHA LIMPA)

• Em abril de 2008, campanha Ficha Em abril de 2008, campanha Ficha Limpa; Limpa;

• 7 de junho de 2010 (DOU) (LC n.º 135, 7 de junho de 2010 (DOU) (LC n.º 135, de 04 de junho de 2010); de 04 de junho de 2010);

• Aplicabilidade imediata: eleições 2010 Aplicabilidade imediata: eleições 2010 (inconstitucional – art. 16, CF);(inconstitucional – art. 16, CF);

• Eleições 2012 (aplicabilidade integral);Eleições 2012 (aplicabilidade integral);• vide quadro resumido (pags. 125/128).vide quadro resumido (pags. 125/128).

PRPB
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DIREITOS POLÍTICOS PASSIVOS (reelegibilidade)

• É a faculdade assegurada a titular de mandato É a faculdade assegurada a titular de mandato eletivo a concorrer ao mesmo cargo eletivo eletivo a concorrer ao mesmo cargo eletivo que já ocupa com ou sem necessidade de que já ocupa com ou sem necessidade de afastamento ou desincompatibilização; afastamento ou desincompatibilização;

• EC n.º 16/97:EC n.º 16/97:• a) O Presidente da República, os a) O Presidente da República, os

Governadores de Estado e do DF, os prefeitos Governadores de Estado e do DF, os prefeitos e quem os houverem sucedido ou substituído e quem os houverem sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente;para um único período subsequente;

• b) Para concorrerem a outros cargos, o b) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, Governadores e Presidente da República, Governadores e Prefeitos devem renunciar aos respectivos Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.mandatos até seis meses antes do pleito.

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Parte IIIREGISTRO DE

CANDIDATURAS

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CONVENÇÃO PARTIDÁRIA

• Ato solene cuja finalidade precípua é a Ato solene cuja finalidade precípua é a escolha de candidatos para concorrerem escolha de candidatos para concorrerem aos cargos eletivos definidos em lei, assim aos cargos eletivos definidos em lei, assim como deliberar sobre eventual coligação como deliberar sobre eventual coligação partidária;partidária;

• Escolha de candidatos de acordo com o Escolha de candidatos de acordo com o estatuto partidário;estatuto partidário;

• Convenções municipais, estaduais e Convenções municipais, estaduais e nacionais;nacionais;

• Prazo: 10 (dez) a 30 (trinta) de junho; ePrazo: 10 (dez) a 30 (trinta) de junho; e• Local: prédios públicos ou privados;Local: prédios públicos ou privados;

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COLIGAÇÕES - I

• Coligação é a união temporária entre dois Coligação é a união temporária entre dois ou mais partidos, dentro de uma mesma ou mais partidos, dentro de uma mesma circunscrição eleitoral, com o afã de lançar circunscrição eleitoral, com o afã de lançar candidatos em conjunto para disputar e candidatos em conjunto para disputar e vencer um determinado pleito eleitoral; vencer um determinado pleito eleitoral;

• Não são dotadas de personalidade jurídica;Não são dotadas de personalidade jurídica;• Denominação: nome próprio, mas não Denominação: nome próprio, mas não

poderá incluir, coincidir ou fazer referência poderá incluir, coincidir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para um determinado conter pedido de voto para um determinado partido ou candidato;partido ou candidato;

• Verticalização: Res. TSE 20.993/02 – Verticalização: Res. TSE 20.993/02 – abolida pela EC n.º 52/06. abolida pela EC n.º 52/06.

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COLIGAÇÕES - II

• Regramento legal das coligações (art. 6.º, Regramento legal das coligações (art. 6.º, Lei n.º 9.504/97):Lei n.º 9.504/97):

a)a) É facultado às entidades partidárias, É facultado às entidades partidárias, dentro da mesma circunscrição, celebrar dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária coligações para eleição majoritária (prefeito e vice-prefeito), proporcional (prefeito e vice-prefeito), proporcional (vereador) ou para ambas;(vereador) ou para ambas;

b)b) É permitido formar-se mais de uma É permitido formar-se mais de uma coligação para eleição proporcional dentre coligação para eleição proporcional dentre os vários partidos que integram a os vários partidos que integram a coligação para o pleito majoritário;coligação para o pleito majoritário;

c)c) Na chapa da coligação, podem inscrever-Na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido se candidatos filiados a qualquer partido dela integrante.dela integrante.

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COLIGAÇÕES - III

• Exemplificação didática:Exemplificação didática:a)a) Coligação majoritária: PMDB, PT, PSB e PV. Coligação majoritária: PMDB, PT, PSB e PV. b)b) Coligação proporcional:PMDB+PT+PSB e PV Coligação proporcional:PMDB+PT+PSB e PV

(sozinho);(sozinho);c)c) Coligação proporcional: PMDB+PT e Coligação proporcional: PMDB+PT e

PSB+PV;PSB+PV;d)d) Coligação proporcional: PMDB+PV; PT e Coligação proporcional: PMDB+PV; PT e

PSB (sozinhos);PSB (sozinhos);e)e) Os quatro partidos concorrem na Os quatro partidos concorrem na

proporcional isolados;proporcional isolados;f)f) O PSOL, por não ter se coligado na O PSOL, por não ter se coligado na

majoritária, não poderá se coligar com majoritária, não poderá se coligar com quaisquer dos quatro partidos na quaisquer dos quatro partidos na proporconal.proporconal.

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REGISTRO DE CANDIDATOS - I

• Competência da Justiça Eleitoral: TSE, Competência da Justiça Eleitoral: TSE, TRE ou JUIZ ELEITORAL;TRE ou JUIZ ELEITORAL;

• Prazo: até 19h00 de 05/07;Prazo: até 19h00 de 05/07;• Requerimento à Justiça Eleitoral: Requerimento à Justiça Eleitoral: a)a) Meio magnético, gerado pelo Sistema de Meio magnético, gerado pelo Sistema de

Candidaturas Módulo Externo – CANDEX, Candidaturas Módulo Externo – CANDEX, desenvolvido pelo TSE;desenvolvido pelo TSE;

b)b) Assinaturas nas vias impressas nos Assinaturas nas vias impressas nos formulários: DRAP (Demonstrativo de formulários: DRAP (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários) e RRC Regularidade de Atos Partidários) e RRC (Requerimento de Registro de (Requerimento de Registro de Candidatura); eCandidatura); e

c)c) Documentos: rol na p. 324.Documentos: rol na p. 324.

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REGISTRO DE CANDIDATOS - II

• Quantidade de candidatos: Quantidade de candidatos: a)a) Eleição majoritária (prefeito e vice-prefeito): Eleição majoritária (prefeito e vice-prefeito):

um único candidato por partido ou coligação;um único candidato por partido ou coligação;b)b) Eleição proporcional (vereador): Eleição proporcional (vereador): b.1.) partido coligado: dobro das vagas;b.1.) partido coligado: dobro das vagas;b.2.) partido não-coligado: 150% das vagas por b.2.) partido não-coligado: 150% das vagas por

partido;partido;c) Percentual mínimo e máximo: 30% e 70% c) Percentual mínimo e máximo: 30% e 70%

sexos masculino e feminino.sexos masculino e feminino.• Identificação numérica:Identificação numérica:a)a) Prefeito e vice-prefeito: número com dois Prefeito e vice-prefeito: número com dois

dígitos; edígitos; eb)b) Vereadores: número com cinco dígitos.Vereadores: número com cinco dígitos.

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REGISTRO DE CANDIDATOS - III

• Variação nominal: nome completo e três Variação nominal: nome completo e três variações;variações;

• Substituição: a qualquer tempo (majoritários) ou Substituição: a qualquer tempo (majoritários) ou 60 dias (proporcional);60 dias (proporcional);

• Cancelamento de registro: os candidatos que, até Cancelamento de registro: os candidatos que, até a data das eleições, forem expulsos do partido, a data das eleições, forem expulsos do partido, desde que observados o devido processo legal, o desde que observados o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, estão sujeitos ao contraditório e a ampla defesa, estão sujeitos ao cancelamento do respectivo registro;cancelamento do respectivo registro;

• Candidatura nata (Lei n.º 9.504/97, art. 8.º, § 1.º): Candidatura nata (Lei n.º 9.504/97, art. 8.º, § 1.º): STF declarou inconstitucional (ADI n.º 2.530-9, STF declarou inconstitucional (ADI n.º 2.530-9, 2003);2003);

• Check list da Justiça Eleitoral (modelo p. Check list da Justiça Eleitoral (modelo p. 333/336).333/336).

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REGISTRO DE CANDIDATOS – IVAIRC

• Está prevista nos arts. 3.º a 17 da LC n.º 64/90;Está prevista nos arts. 3.º a 17 da LC n.º 64/90;• Finalidade: impugnar candidatos inelegíveis;Finalidade: impugnar candidatos inelegíveis;• Legitimidade ativa: candidatos, partidos políticos, Legitimidade ativa: candidatos, partidos políticos,

coligações e MPE;coligações e MPE;• Legitimidade passiva: candidatos supostamente Legitimidade passiva: candidatos supostamente

inelegíveis;inelegíveis;• Prazo: 5 (cinco) dias da publicação do edital;Prazo: 5 (cinco) dias da publicação do edital;• Competência: Juiz Eleitoral (municípios);Competência: Juiz Eleitoral (municípios);• Procedimento (LC n.º 64/90): a) petição inicial; b) Procedimento (LC n.º 64/90): a) petição inicial; b)

citação: prazo de 7 (sete) dias, apresentar defesa; citação: prazo de 7 (sete) dias, apresentar defesa; c) contestação: máximo de seis testemunhas; d) c) contestação: máximo de seis testemunhas; d) instrução; e) diligências; f) alegações finais: instrução; e) diligências; f) alegações finais: prazo comum de 5 dias; g) sentença; e h) prazo comum de 5 dias; g) sentença; e h) recursos. recursos.

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Parte IVPROPAGANDA

POLÍTICA

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PROPAGANDA POLÍTICA

• Propaganda Eleitoral: Propaganda Eleitoral: a) divulgação de propostas a) divulgação de propostas por candidatos, partidos políticos e coligações com o por candidatos, partidos políticos e coligações com o intuito de obter o voto do eleitor; b) realizada a partir intuito de obter o voto do eleitor; b) realizada a partir de 6 de julho; c) modalidades diversas: jornal, rádio, de 6 de julho; c) modalidades diversas: jornal, rádio, tv etc;tv etc;

• Propaganda Intrapartidária: Propaganda Intrapartidária: a) propaganda interna a) propaganda interna dos filiados próximo da realização das convenções dos filiados próximo da realização das convenções com vistas à indicação do nome da pessoa na com vistas à indicação do nome da pessoa na convenção; realizada nos 15 dias que antecedem a convenção; realizada nos 15 dias que antecedem a coligação; c) não se admite o uso de rádio, jornal ou coligação; c) não se admite o uso de rádio, jornal ou “outdoor”; e“outdoor”; e

• Propaganda Partidária: Propaganda Partidária: a) propaganda da própria a) propaganda da própria agremiação partidária; b) realizada entre 19h30 e agremiação partidária; b) realizada entre 19h30 e 22h00; c) não pode ser veiculada no segundo 22h00; c) não pode ser veiculada no segundo semestre do ano eleitoral.semestre do ano eleitoral.

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PROPAGANDA (PRINCÍPIOS)

• Legalidade: Legalidade: Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/97), Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/97), Código Eleitoral e LOPP (Lei n.º 9.096/95);Código Eleitoral e LOPP (Lei n.º 9.096/95);

• Liberdade:Liberdade: salvo as restrições legais, é livre toda e salvo as restrições legais, é livre toda e qualquer manifestação do pensamento na qualquer manifestação do pensamento na propaganda política;propaganda política;

• Responsabilidade:Responsabilidade: civil, penal e administrativa pelos civil, penal e administrativa pelos ilícitos, abusos e excessos na propaganda;ilícitos, abusos e excessos na propaganda;

• Igualdade:Igualdade: deve-se buscar isonomia na propaganda; deve-se buscar isonomia na propaganda; • Disponibilidade:Disponibilidade: a propaganda lícita é permitida, a propaganda lícita é permitida,

mas disponível;mas disponível;• Controle judicial da propaganda:Controle judicial da propaganda: cabe à Justiça cabe à Justiça

Eleitoral aplicar as sanções pertinentes em razão dos Eleitoral aplicar as sanções pertinentes em razão dos ilícitos na propaganda. ilícitos na propaganda.

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PROPAGANDA ELEITORAL - I

• Previsão Legal: Previsão Legal: Código Eleitoral (parte Código Eleitoral (parte não revogada) e Lei das Eleições (Lei não revogada) e Lei das Eleições (Lei n.º 9.504/97);n.º 9.504/97);

• Prazo:Prazo: somente a partir de 06/07; somente a partir de 06/07;

• Não é propaganda antecipada (art. Não é propaganda antecipada (art. 36-A, Lei 9.504/97): vide p. 375;36-A, Lei 9.504/97): vide p. 375;

• Identificação obrigatória e uso do Identificação obrigatória e uso do vernáculo;vernáculo;

• Fiscalização: Fiscalização: Justiça Eleitoral (fiscais Justiça Eleitoral (fiscais da propaganda) e MPE.da propaganda) e MPE.

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PROPAGANDA ELEITORAL – II(PROPAGANDA DE RUA PERMITIDA)

• SedesSedes- Partidos e coligações podem fazer inscrever o nome - Partidos e coligações podem fazer inscrever o nome que os designa na fachada de suas sedes e que os designa na fachada de suas sedes e dependências.dependências.

• - Do dia 6 à véspera da eleição, partidos e coligações - Do dia 6 à véspera da eleição, partidos e coligações podem instalar e fazer funcionar alto-falantes ou podem instalar e fazer funcionar alto-falantes ou amplificadores de som, em sua sede e dependências, amplificadores de som, em sua sede e dependências, em veículos seus ou à sua disposição, das 8h às em veículos seus ou à sua disposição, das 8h às 22h.22h.

• Divulgação partidáriaDivulgação partidáriaPartidos e coligações podem comercializar material Partidos e coligações podem comercializar material de divulgação institucional, desde que não contenha de divulgação institucional, desde que não contenha nome e número de candidato, nem cargo em disputa.nome e número de candidato, nem cargo em disputa.

• Som em comíciosSom em comíciosUso de aparelhagem de sonorização fixa e trio Uso de aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico durante comícios entre as 8h e 24h.elétrico durante comícios entre as 8h e 24h.

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PROPAGANDA ELEITORAL – III(PROPAGANDA DE RUA PERMITIDA)

• ImpressosImpressosDistribuição de folhetos, volantes e outros Distribuição de folhetos, volantes e outros impressos, editados sob responsabilidade de impressos, editados sob responsabilidade de partido, coligação ou candidato, desde que partido, coligação ou candidato, desde que contenham a respectiva tiragem e o número contenham a respectiva tiragem e o número do CNPJ ou do CPF do responsável pela do CNPJ ou do CPF do responsável pela confecção e de quem a contratou;confecção e de quem a contratou;

• Propaganda móvelPropaganda móvelColocação, a partir das 6h, de cavaletes, Colocação, a partir das 6h, de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras ao de material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas, desde que móveis e longo das vias públicas, desde que móveis e que não dificultem o trânsito de pessoas e que não dificultem o trânsito de pessoas e veículos, com retirada até as 22h;veículos, com retirada até as 22h;

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PROPAGANDA ELEITORAL – IV(PROPAGANDA DE RUA PERMITIDA)

• Bens particularesBens particularesPropaganda espontânea e gratuita em Propaganda espontânea e gratuita em bens particulares (faixas, placas, bens particulares (faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a 4m2 e não que não excedam a 4m2 e não contrariem a legislação eleitoral)contrariem a legislação eleitoral);

• Véspera da eleiçãoVéspera da eleiçãoDistribuição, até as 22h da véspera da Distribuição, até as 22h da véspera da eleição, de material gráfico, caminhada, eleição, de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som que carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatosou mensagens de candidatos

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PROPAGANDA ELEITORAL – V(PROPAGANDA DE RUA VEDADA)

• BrindesConfecção, utilização, distribuição por comitê, candidato, ou com sua autorização, de camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor não são permitidos;

• Alto-falantes e amplificadoresInstalação e uso de alto-falantes ou amplificadores de som em distância inferior a 200 metros de sedes dos Poderes Executivo e Legislativo, sedes de órgãos judiciais, estabelecimentos militares, hospitais e casas de saúde, escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento não são permitidos

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PROPAGANDA ELEITORAL – VI(PROPAGANDA DE RUA VEDADA)

• ShowmíciosRealização de showmício e evento assemelhado para promoção de candidatos e a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral não são permitidos;

• Outdoors (Lei n.º 11.300/06). Minidoors permitidos.• Bens públicos

Propaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados em bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público ou que a ele pertençam; e

• Bens de uso comumPropaganda de qualquer natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e assemelhados em bens de uso comum (postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos; cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada; árvores e jardins localizados em áreas públicas, bem como em muros, cercas e tapumes divisórios).

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PROPAGANDA ELEITORAL – VII(PROPAGANDA PERMITIDA: jornal)

• Na imprensa escrita, é permitida a propaganda eleitoral paga até a antevéspera da eleição, respeitando certos limites. Cada anúncio deve ocupar no máximo 1/8 de página de jornal padrão e 1/4 de página de revista ou tabloide e trazer, de modo visível, o valor pago pela inserção. Além disso, cada candidato pode fazer publicar até dez anúncios por veículo, em datas diversas.

• Não há vedação à reprodução das páginas do jornal impresso na internet, desde que feita no site do próprio jornal, independentemente do seu conteúdo, devendo ser respeitado integralmente o formato gráfico e o conteúdo editorial da versão impressa.

• A divulgação de opinião favorável a candidato, partido político ou coligação em jornais e revistas é permitida, desde que não seja matéria paga. Os abusos e excessos, bem como outras formas de uso indevido da mídia, podem ser alvo de ação judicial.

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PROPAGANDA ELEITORAL – VIII(PROPAGANDA PERMITIDA: internet)

• Uso de blogs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural;

• Mensagens eletrônicas enviadas para endereços cadastrados gratuitamente, por qualquer meio, se houver mecanismo que permita seu descadastramento pelo destinatário, obrigado o remetente a providenciá-lo no prazo de 48 horas; e

• Até a antevéspera das eleições, a reprodução de página de jornal impresso que contenha propaganda paga.

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PROPAGANDA ELEITORAL – IX(PROPAGANDA VEDADA: internet)

• Anonimato;• Propaganda paga;• Venda de cadastro de endereços

eletrônicos;• Cessão de cadastro eletrônico por

órgãos públicos e entidades de classe e sindiciais, entre outros; e

• Uso de sites de pessoas jurídicas, sites oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta.

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PROPAGANDA ELEITORAL – X

(VEDAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO DE RÁDIO E TV)• Dar tratamento privilegiado a candidato,

partido político ou coligação;• Veicular propaganda política ou difundir

opinião favorável ou contrária a candidato, partido político ou coligação, a seus órgãos ou representantes;

• Veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;

• Usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação, bem como produzir ou veicular programa com esse efeito;

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PROPAGANDA ELEITORAL – XI

(VEDAÇÃO NA PROGRAMAÇÃO DE RÁDIO E TV)• Transmitir programa apresentado ou

comentado por candidato escolhido em convenção;

• Divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, ainda quando preexistente, inclusive se coincidente com o nome do candidato ou o nome por ele indicado para uso na urna eletrônica, e, sendo o nome do programa o mesmo que o do candidato, fica proibida a sua divulgação, sob pena de cancelamento do respectivo registro;

• Transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados;

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PROPAGANDA ELEITORAL – XII

(VEDAÇÃO NOS DEBATES)• Realizar debate sem a presença de

candidato de algum partido político ou de coligação com representação no Congresso Nacional, a menos que o veículo de comunicação responsável comprove tê-lo convidado com a antecedência mínima de 72 horas da realização do debate;

• A presença de um mesmo candidato à eleição proporcional em mais de um debate da mesma emissora;

• Entrevista com candidato no  horário destinado à realização de debate, a menos que apenas ele tenha comparecido ao evento

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PROPAGANDA ELEITORAL – XIII

(VEDAÇÃO NO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO)• Propaganda paga;• Uso comercial ou propaganda realizada

com intenção, ainda que disfarçada ou subliminar, de promover marca ou produto;

• Emissoras não autorizadas a funcionar pelo poder competente, não podem veicular propaganda eleitoral;

• Propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos;

• Reapresentação de propaganda ofensiva à honra de candidato, à moral e aos bons costumes;

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PROPAGANDA ELEITORAL – XIV

(VEDAÇÃO NO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO)• Uso de propaganda de candidaturas

proporcionais como propaganda de candidaturas majoritárias e vice-versa;

• Uso, no horário destinado às eleições proporcionais, de propaganda das candidaturas a eleições majoritárias, ou vice-versa (permitida a utilização, durante a exibição do programa, de legendas com referência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de cartazes ou fotografias desses candidatos);

• Participação, na propaganda, de qualquer pessoa mediante remuneração;

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PROPAGANDA ELEITORAL – XV

(VEDAÇÃO NO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO)• No 2º turno, não será permitida a

participação de filiados a partidos políticos que tenham formalizado apoio a outros candidatos;

• Transmissão, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, de imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dado; e

• Trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de alguma forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito.

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Parte VABUSO DE PODER

NAS ELEIÇÕES BRASILEIRAS

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ABUSO DO PODER ECONÔMICO

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ABUSO DO PODER ECONÔMICO I

• Limitação de gastos de campanha: Limitação de gastos de campanha: lei lei específica disciplinará, em cada eleição, específica disciplinará, em cada eleição, qual o limite de gastos;qual o limite de gastos;

• Criação dos comitês financeiros: Criação dos comitês financeiros: cabe arrecadar, distribuir os recursos cabe arrecadar, distribuir os recursos financeiros arrecadados, prestar contas, financeiros arrecadados, prestar contas, etc.; etc.;

• Abertura de contas bancárias;Abertura de contas bancárias;• Doações: limites: Doações: limites: a) pessoas físicas a) pessoas físicas

(10% da renda); b) pessoas jurídicas: (10% da renda); b) pessoas jurídicas: 2% do faturamento;2% do faturamento;

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ABUSO DO PODER ECONÔMICO II

• Recibos eleitorais: Recibos eleitorais: toda doação com recibo toda doação com recibo e contabilização; e contabilização;

• CNPJ: CNPJ: comitês financeiros e candidatos comitês financeiros e candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;Nacional de Pessoas Jurídicas;

• Prestação de contas de candidatos eleitos Prestação de contas de candidatos eleitos e não eleitos;e não eleitos;

• Sobra de recursos: Sobra de recursos: aplicação exclusiva na aplicação exclusiva na criação e manutenção das fundações criação e manutenção das fundações partidárias; epartidárias; e

• Sanções: Sanções: violação das regras enseja AIJE, violação das regras enseja AIJE, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, por abuso do poder econômico (Lei n.º por abuso do poder econômico (Lei n.º 9.504/97, art. 30-A).9.504/97, art. 30-A).

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ABUSO DO PODER POLÍTICO

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ABUSO DO PODER POLÍTICO

• O que é? O que é? É o uso indevido da máquina administrativa É o uso indevido da máquina administrativa em prol de determinada candidatura por agentes em prol de determinada candidatura por agentes públicos; públicos;

• Agentes públicos: Agentes públicos: toda pessoa natural que exerce, toda pessoa natural que exerce, ainda que transitoriamente e sem remuneração, ainda que transitoriamente e sem remuneração, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta ou entidades da administração pública direta, indireta ou fundacional;fundacional;

• Condutas vedadas: arts. 73 a 78 da Lei n.º Condutas vedadas: arts. 73 a 78 da Lei n.º 9.504/97 (p. 535); 9.504/97 (p. 535); ee

• Sanções: Sanções: violação das regras enseja representação violação das regras enseja representação (Lei n.º 9.504/97, art. 96), por abuso do poder (Lei n.º 9.504/97, art. 96), por abuso do poder político, mas pode caracterizar também prática de político, mas pode caracterizar também prática de improbidade administrativa (Lei n.º 8.429/92).improbidade administrativa (Lei n.º 8.429/92).

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ABUSO DE PODER NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

• O que é? O que é? Tem-se procurado encontrar Tem-se procurado encontrar fórmulas legais para fiscalizar e reprimir fórmulas legais para fiscalizar e reprimir o uso indevido dos meios de o uso indevido dos meios de comunicação social (rádio, jornal, tv) em comunicação social (rádio, jornal, tv) em favor de determinadas candidaturas em favor de determinadas candidaturas em detrimento das demais; detrimento das demais;

• Regras específicas na propaganda: Regras específicas na propaganda: aparecimento apenas no horário aparecimento apenas no horário eleitoral gratuito; eeleitoral gratuito; e

• Sanções: Sanções: violação das regras enseja violação das regras enseja AIJE, a gerar perda do registro e do AIJE, a gerar perda do registro e do diploma, inelegibilidade e multa.diploma, inelegibilidade e multa.

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CAPTAÇÃO ILEGAL DE SUFRÁGIOS

• O que é? O que é? Doar, oferecer, prometer ou Doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função natureza, inclusive emprego ou função pública; (Lei n.º 9.504/97, art. 41-A); pública; (Lei n.º 9.504/97, art. 41-A);

• Origem: Origem: Movimento de Combate à Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (OAB, CNBB e outras Corrupção Eleitoral (OAB, CNBB e outras entidades civis): Lei n.º 9.840, de 28 de entidades civis): Lei n.º 9.840, de 28 de setembro de 1999; setembro de 1999;

• Lapso temporal: Lapso temporal: desde o registro até o dia desde o registro até o dia da eleição;da eleição; ee

• Sanções: Sanções: violação das regras enseja AIJE, a violação das regras enseja AIJE, a gerar perda do registro e do diploma, gerar perda do registro e do diploma, inelegibilidade e multa.inelegibilidade e multa.

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BOA TARDE

contatos: Roberto Moreira

[email protected]@hotmail.com