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1 Escola Secundaria do Monte da Caparica CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES CULTURA LINGUA E COMUNICAÇÃO 7 Residoso Maria Helena Abegão Monte da Caparica MARÇO 2011

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Escola Secundaria do Monte da Caparica

CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES

CULTURA LINGUA E COMUNICAÇÃO 7

Residoso

Maria Helena Abegão

Monte da Caparica

MARÇO 2011

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Índice

Introdução ……………………………………………………………………………………..………………….Pag 4

Capítulo 1 ………………………………………………………………………………………………………….Pag 6

Capitulo 2 ………………………………………………………………………………………………………….Pag 11

Capitulo 3 ………………………………………………………………………………………………………….Pag 21

Conclusão ………………………………………………………………………………………………………….Pag 23

Bibliografia ……………………………………………………………………………………………………….Pag 24

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Estes são dois dos utentes que vivem na instituição

com toda a dignidade e respeito.

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Introdução

Neste trabalho que me foi proposto, vou tentar contar a história da empresa

Residoso, os seus valores a sua missão e as razões pelas quais escolhi este

tema. Vou tentar fazer uma abordagem sobre esta instituição, que é privada,

contando para tal com o apoio dos seus responsáveis que será uma mais-valia

no desenvolvimento do meu trabalho.

Para fazer a história da empresa irei contar com a equipa técnica as suas

competências e qualificações. Para poder falar sobre a área de psiquiatria, farei

uma entrevista a um membro da direcção técnica, cuja formação é

enfermagem, com larga experiencia na área da saúde mental, e com uma

formação específica, com uma Pós-Graduação em Gerontologia e

Envelhecimento Positivo.

Para abordar os assuntos relativos às relações que a instituição mantém com

outros parceiros, a nível do poder local, conto com o apoio da responsável da

Administração, assim como perceber as expectativas da instituição para o

futuro.

O tema que vou tentar desenvolver é para mim fascinante, pois sempre tive o

maior respeito pelos mais velhos e principalmente patologias do foro

psiquiátrico

O Residoso permite-me diariamente que eu trabalhe em equipa e desempenhe,

o meu trabalho com competência e qualificação como colaboradora tenho a

missão de fazer as higienes e dar todo o conforto ao utente e tratar dos seus

quartos.

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Como a equipa técnica está sempre no terreno vão orientando tecnicamente o

nosso trabalho com formação contínua para que o nosso trabalho tenha

qualidade.

Em Portugal ainda há um longo caminho a percorrer em relação as doenças

mentais é mesmo gritante a necessidade de instituições na área para poder dar

resposta a tanta gente que tem problemas do foro psiquiátrico. Moralmente sei

que tenho a missão e valores morais para dar todo o conforto, carinho e acima

de tudo ter respeito e pensar que cada utente é um indivíduo único.

Para poder fazer o curso EFA estou agora a coordenar a cozinha, da instituição

um trabalho que eu faço com a mesma dedicação pois continuo em contacto

com os utentes e tento dar o máximo, para que a alimentação deles seja

confeccionada com características familiar ou seja como se tivessem em casa

e recebo a orientação da directora técnica do serviço.

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Capitulo 1

Portugal nos anos noventa

Nos anos noventa Portugal estava a desenvolver-se economicamente e a

preparar-se para entrar para a moeda única o euro.

Portugal cresceu tanto economicamente como socialmente, o pais caminha

para o progresso.

Os portugueses começaram a ter poder de compra e tornaram-se consumistas,

a viajarem, comer fora de casa, a terem poder de compra para puderem

comprar computadores e através da internet inicia-se uma nova era a da

comunicação.

A sociedade transforma-se com a formação cada vez mais elevada pois nessa

altura as idas para a universidade são cada vez mais.

Os portugueses interessam-se pela educação e formação por isso

politicamente, cientificamente, culturalmente há um grande desenvolvimento.

Portugal abre as fronteiras e entra muita emigração dou destaque a

comunidade Brasileira e a dos países do leste.

A mulher cada vez torna-se mais independente e inovadora ser dona de casa

já não a realiza.

Por isso as crianças começam a frequentar jardins-de-infância e os idosos já

não ficam a seu cargo.

É a partir desse período que há mudanças muito bruscas na terceira idade.

Os idosos começam a ter uma nova realidade deixa de ser cuidados em casa.

Os filhos começam a procura de instituições especializadas para os pais serem

internados começa uma nova realidade para a população mais idosa.

População

• População residente aumenta cerca de 3,2% entre 1991 e 2001.

• Algarve regista o maior crescimento demográfico entre 1991 e 2001.

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• Alentejo é a região mais envelhecida e a Região Autónoma dos Açores a mais

jovem.

• Em 2001 existiam 4 indivíduos potencialmente activos por cada idoso.

• Europa comunitária é o principal destino dos emigrantes portugueses.

• Entre 1996 e 2001 entraram em Portugal cerca de 245 mil indivíduos que

residiam no

Estrangeiro.

Famílias

• Aumentou o número de famílias.

• Mais pessoas a viverem sós.

• Famílias cada vez mais pequenas.

• Número de casamentos tem vindo a diminuir e número de divórcios não cessa

de

Aumentar.

• Casal com filhos é o núcleo familiar predominante.

• Mulheres e homens casam cada vez mais tarde.

• Casamentos católicos têm vindo a diminuir.

• Divórcios aumentaram cerca de 90% entre 1991 e 2001.

• Casamentos dissolvidos por divórcio duraram em média cerca de 15 anos.

• Idade média ao divórcio ronda os 40 anos.

• Mais de 40% das mulheres idosas são viúvas.

Ao debruçarmos sobre a solidão no idoso e a intervenção da área da

enfermagem, consideramos importante falarmos sobre a reforma, já que é após

esta que se acentua quer a solidão

Quer o isolamento do idoso, dependendo da estratégia que o idoso adopta

para viver a sua reforma, podendo-a viver como uns idosos ou um velho,

paradigma vital para o futuro da sua velhice.

Daremos abertura a este trabalho, com pensamento do grande escritor Sul

Americano Gabriel Garcia Marques, idoso de “grande idade” que se encontra

bastante enfermo, mas que quis brindar o Mundo, através de correio

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electrónico com estes dois pensamentos de estímulo à vida e ao amor nas

suas múltiplas facetas.

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“Aos Velhos ensinaria que,

A morte não chega com o fim da vida,

Mas sim com o ESQUECIMENTO”

(GGM)

“ Aos Homens, eu provaria

Quão equivocados estão ao pensar

Que deixam de se enamorar

Quando envelhecem,

Sem saberem que envelhecem

Quando deixam de se enamorar”

(GGM)

Envelhecer, tendo da vida o saber

Na reforma, quer continuar a labutar

Porque parar é morrer

E acredita, que ainda tem muito para dar

.

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A reforma e a solidão

“Os Processos de envelhecimento e de reforma são realidades que não deixam

de preocupar os governos e as sociedades em geral, sobretudo numa época em

que se acentua o chamado “envelhecimento demográfico” ou “Bomba – relógio”

demográfica (Bacelar, 2004)

A reforma pode ser recebida como um desejo, como uma possibilidade de

realização pessoal e social, isto é, vivida de forma pró activa, através da

definição de objectivos e metas, procurando acumular recursos que permita

que permitam contribuir para um bem-estar físico e psíquico, vencendo as

perdas eventuais quem possam surgir, adaptando-se a modelos baseado em

conceitos de independência, controle, competências sociais e cognitivas

A reforma deve ser vivida como oportunidade de “ fazer outras coisas”, e essas

outras coisas, poderão ser aquilo que a falta de tempo não permitiu que fosse

feito aquando da vida activa profissional. Secundo C. Isqueiro (1994, cit.

Tomás, 2001) ” a reforma não é terminar a vida, mas transformá-la”.

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CAPITULO 2

A Residoso é uma instituição criada em 1999,de cariz privado e vocacionada

para a área da Gerontopsiquiatria Residoso é uma residência para Idosos, que

foi fundada por um enfermeiro e uma auxiliar de acção médica.

Envolvidos na Rede de Serviços e Equipamentos do Conselho de Almada

Freguesia da Charneca de Caparica, área de intervenção Pessoas Idosas,

Resposta Social Lar de Idosos Natureza Jurídica: Entidade Lucrativa.

É um estabelecimento onde se desenvolve actividades de apoio social a

pessoas idosas em alojamento colectivo e permanente, fornecimento de

alimentação cuidado de saúde, higiene e conforto, fermentando o convívio e

proporcionando a animação social e a ocupação de tempos livres dos utentes.

Missão

Promover a prestação de serviços de qualidade na área da Gerontopsiquiatria.

-Alojamento, alimentação cuidados de higiene e conforto, cuidados médicos e

de enfermagem lavagem e tratamento de roupas, animação ocupação lazer,

apoio em deslocações ao exterior, promoção da socialidade e das relações

intergeracionais.

Dignificar, através da fraternidade humana, da integração e da reabilitação

todos os clientes, sem exclusões de qualquer ordem.

Visão

Ser uma instituição de referência.

Dar o nosso modesto contributo, na ajuda daqueles que mais dela precisam.

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Valores

Cada utente é um indivíduo único.

Respeitar a Pessoa na sua globalidade

Procurar e estimular a melhoria da prestação de cuidados

Estimular a coesão de equipa, na procura da excelência enquanto cuidador.

O papel da enfermagem face ao idoso depressivo

A Enfermagem possui um inefável poder de criatividade na execução do

cuidado, tanto individual quanto em grupo, utilizando estratégias que favorecem

a alegria, o bem-estar, a felicidade. Nesse sentindo estratégias devem ser

estimuladas, para a promoção da saúde, em especial, na terceira idade.

Duarte (2000) diz que a enfermagem está apta para desenvolver um trabalho

efectivo na atenção e no cuidado com a saúde do idoso. Esse trabalho envolve

a pessoa e suas interacções que são necessárias para prevenir e/ ou

solucionar os problemas da doença, e nós acrescentaremos, e também na área

humanística.

No relacionamento enfermeiro - Idoso, o cuidado de enfermagem, é o veículo,

para ampliar as interacções positivas do paciente com o ambiente, promover

seu bem-estar físico e melhorar a percepção de si próprio.

A enfermagem deve evoluir para um paradigma humanístico, desvinculando-se

do modelo biomédico centrado na saúde - doença, porque os problemas com

que o idoso mais se debate na actualidade centram-se essencialmente na sua

solidão, na perda das suas referências, no seu abandono, porque ao nível da

doença a nossa sociedade presta os cuidados necessários, mas não os presta

a nível do acompanhamento da solidão e isolamento do idoso. Certo é que a

maioria dos problemas da terceira idade exige uma intervenção clínica

alargada, quer hospitalar quer ao nível dos centros de saúde, envolvendo

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outras respostas, que passam pela reabilitação e por uma intervenção social

mais cuidada, mais direccionada às necessidades especificas de cada idoso.

E o foco da enfermagem no envelhecimento de seres humanos? Precisamos

marcar o que é da enfermagem? Como podemos cuidar dos indivíduos em

processo de envelhecimento? Como fazer parte desse conjunto de saberes

para ajudar os indivíduos idosos? Essas questões fazem parte da resposta ao

segundo objectivo: identificar

Identificar possibilidades de inovação na prática de enfermagem na saúde

do idoso, a partir da compreensão do imaginário do envelhecimento sob a

visão de idosos.

A enfermagem, no quotidiano de suas actividades, deve agir com equidade nas

escolhas de suas intervenções, pois os indivíduos, dependendo do estágio de

vida que se encontram, possuem necessidades específicas, que precisam ser

atendidas de forma diferenciada, e o grupo pode ser um elemento facilitador

para o processo de cuidar na promoção da saúde.

Os problemas a serem cuidados envolvem:

- Os problemas relacionados às emoções como ansiedade, raiva, tristeza,

solidão e perda.

- Os sintomas físicos que ocorrem juntamente com alteração no funcionamento

psicológico.

- Circunstâncias ou eventos interpessoais, sistémicas, socioculturais,

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Intervenções que poderão ser utilizadas pelo profissional

Enfermeiro:

Factores de protecção:

Orientação social positiva, auto-estima elevada, coesão familiar.

Blazer (2003) sugere que o trabalho em grupo é indicado como uma

intervenção altamente benéfica para o idoso, pois em grupo eles podem libertar

as suas emoções, trocar experiências, divertir-se, aumentando assim, a auto-

estima, a autoconfiança, a ousadia e a empatia. O humor pode ser uma

maneira de manter contacto com o idoso retraído e introvertido.

O enfermeiro deve procurar oportunidades para gerar um sentimento de alívio

e estimular experiências, tais como conversas didácticas, elogios, ou se juntar

a membros isolados, e questioná-los acerca de experiências passadas.

Ajudá-los no período de ajustamentos à mudanças e a adaptação à novas

situações e a socializar-se.

A intervenção de enfermagem a ser utilizada com o paciente idoso, depende do

seu estado depressivo, dos problemas identificados, dos interesses e das

preferências que ele manifestar.

Educação do Idoso:

O objectivo principal dessa intervenção, é a dissipação de mitos e crendices

relacionadas ao envelhecimento, pois a abordagem de treino cognitivo ajuda na

educação idoso (STEVENS, FRIEDMAN, BALDWIN, 1998).

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CUIDADOR

Os profissionais da área da saúde ao cuidar do idoso devem investir na sua

educação entendendo que ele e sua família são actores fundamentais nesse

processo. Através das intervenções, o profissional Enfermeiro deve levar o

idoso a compreender quais são as características desta fase da vida e que as

perspectivas de viver bem, com qualidade e prazer existem e poderão ser

atingidas. O enfermeiro deve trabalhar com foco no aumento da auto-estima,

desenvolver com ele actividades que o leve a auto valorizar-se e estimular para

que se responsabilize por si mesmo, dentro do que é viável à suas condições.

As actividade devem levar o idoso a cuidar de si, a tornar-se o mais autónomo

possível, evitar uma super protecção, que mais resolve o problema emocional

das pessoas que o assistem, do que a situação do próprio idoso.

É importante deixá-lo sentir-se capaz naquilo que pode fazer, pois é um.

Portugal está a envelhecer. Esta é a conclusão do Instituto Nacional de

Estatísticas (INE) que refere que o número de idosos, com mais de 65 anos,

vai aumentar em 2046 para 238 idosos por cada 100 jovens, o dobro dos

valores actuais, 112 para 100.

Como consequência destes valores, em 2046 a população jovem vai diminuir

13 por cento enquanto a idosa aumentará de 17,2 para 31 por cento.

Em 2050 o número de idosos vai atingir os 2,95 milhões, mais um milhão que

em 2005 ( 1,78 milhões) e 2006 (1,82 milhões).

em 2050, Portugal será o país da UE com um maior peso de população idosa:

32 por cento da população terá 65 ou mais anos

Estima-se que, entre 2000 e 2050, as populações acima dos 60 anos crescerão

entre 0,8% a 6,9% no Brasil, 3,3% a 10,79% em Portugal, 16,2% a 26% nos

EUA, e 4,9% a 6,8% na Nigéria. Acompanhando este crescimento populacional

dos idosos, ocorrerá um crescimento semelhante nas patologias relacionadas

com o envelhecimento. Assim, o envelhecimento da população constitui hoje

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um problema mundial e se consultarmos os dados demográficos da nossa

população constatamos que 17% dos portugueses tem mais de 65 anos

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A EMPRESA

ENTREVISTA

Helena: Porquê a abertura desta instituição?

Paula Peralta: A sociedade Residoso é composta por dois sócios um

enfermeiro e uma auxiliar de acção médica.

A Residoso, não foi a primeira residência para idosos que fundamos, pois

anterior a esta foi fundada outra, com moldes estruturais diferentes e em

sociedade com outros profissionais de saúde. A Residoso surge como a

caracterização de um sonho ou de um projecto de vida que sempre achamos

possível alcançar e para o qual empenhamo-nos com todas as nossas forças e

capacidades profissionais.

Por trabalharmos na área de saúde mental sentimos de muito perto a carência

gritante de instituições que acolhem pessoas com patologias mentais e que

muitas vezes após os internamentos agudos não tem suporte social, familiar e

económico sendo votados ao abandono e marginalização por parte da

sociedade.

Apesar de sermos uma instituição de cariz, lucrativa, a nossa acção social faz-

se sentir junto daqueles que pouco ou nada têm e aos quais tentamos apoiar

proporcionando qualidade de vida e conforto para alguns pela primeira vez na

vida.

Na nossa instituição é exigida uma capacidade de resposta muito especifica

que é apenas possível existir com os conhecimentos dos seus profissionais,

que vão desde o director técnico e corpo de enfermagem até as colaboradoras.

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H: O QUE PENSA DA TERCEIRA IDADE?

P. P: Ao longo dos anos fui evoluindo e sempre tentei perceber a área em que

eu trabalhava e como você fui para a escola onde tornei-me mais autónoma e

com a informação que fui recebendo ao longo dos anos cheguei à universidade

onde estou a fazer a licenciatura em psicologia.

O envelhecimento é um processo fisiológico e metabólico próprio dos seres

vivos, e neste caso, dos seres humanos. Contrariamente ao que se pensava, o

seu decurso não é inalterável, uma vez que muitas das alterações que ocorrem

nos indivíduos idosos são motivados por factores extrínsecos e pela

combinação de factores de natureza genética.

Podemos definir por um processo de diminuição orgânica e funcional, não

decorrente de acidente ou doença, e que acontece inevitavelmente com o

passar do tempo. Significa isto que o envelhecimento não é em si uma doença,

embora possa ser agravado ou acelerado pela doença. A Senescência é o

declínio evolutivo em função da idade; simétrico do desenvolvimento evolutivo

do indivíduo. Contrapõe assim ao conceito de envelhecimento normal, o de

envelhecimento patológico, evidente nos indivíduos cuja idade biológica é

claramente superior à cronológica.

Há pois um envelhecimento biológico, expresso pelas alterações estruturais

que ocorrem no organismo e que nem sempre é coincidente com o

envelhecimento cronológico medido pelo calendário.»

Nem todos os indivíduos envelhecem da mesma maneira. Como sabemos,

embora a evolução da espécie humana, no seu conjunto, seja igual para os

doentes com demência de Alzheimer devem ser entendidos, apoiados e

cuidados como seres únicos, pois cada indivíduo apresenta também realidades

únicas, que devem ser tratadas como tal, para que o doente não sinta que está

só, e não se sinta perdido, o que acontece, infelizmente demasiadas vezes.

O respeito pela condição humana é um direito e um dever intrínseco a nós,

seres humanos, ou pelo menos assim deveria ser, e mais forte e presente esse

princípio deveria estar, quando se trata de cuidar e proteger alguém que

independentemente de quem foi, do que fez e de como está; ele é o reflexo do

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nosso futuro, se não cuidarmos dele no nosso presenteado meio (social,

cultural, económico, etc.), leva a que a evolução e desenvolvimento de cada

indivíduo sejam diferentes e determinantes no seu envelhecimento.

A entrada na velhice é feita “por portas diferentes, com direcções diferentes,

pois cada uma delas é aberta pela realidade de cada um de nós”.

Assim podemos ser velhos aos sessenta anos como também somente aos

oitenta anos. A família representa para nós, seres humanos, um suporte de

segurança e de carinho, e é no seu seio que qualquer um de nós quer estar

quando nos encontramos doentes e fragilizados, mas nem sempre é possível

por factores de vária ordem.

Factores de ordem económica, condicionamentos de saúde dos familiares,

inexistência destes, idade avançada dos cônjuges, desresponsabilização da

família ou relações conflituosas com esta, podem ser factores determinantes

para não haver condições do doente não ser cuidado pela família Cuidar de um

doente de Alzheimer, onde não existam fortes estruturas familiares, é condenar

esta mesma família a “definhar” e a “morrer” todos os dias um pouco com o seu

doente é inato, são. As instituições que recebem doentes com estas patologias

têm que estar preparadas a nível do seu quadro técnico, com profissionais

especializados, que conheçam bem estas realidades, que as saibam

acompanhar e cuidar, transmitindo também dessa forma, segurança e

confiança aos familiares e responsáveis pelos doentes.

As instituições ou lares ditos “normais” sentem grandes dificuldades em cuidar

deste tipo de doentes; a nível de conhecimentos de Saúde Mental, mais

precisamente na área da gerontopsiquiatria, todo o pessoal destas instituições

e ou lares deveria receber formação específica nesta área, para poderem

entender esta problemática e criarem novas abordagens, mais técnicas, mais

humanas e menos discriminatórias.

Nestes lares e instituições ditas “normais” existe um sentimento de

discriminação e rejeição para com os doentes com patologias psíquicas ou

mesmo com ligeiras alterações comportamentais, tanto por parte dos outros

utentes, como por parte dos colaboradores da instituição.

Os doentes com demência de Alzheimer, devem ser entendidos, apoiados e

cuidados como seres únicos, pois cada indivíduo apresenta também realidades

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únicas, que devem ser tratadas como tal, para que o doente não sinta que está

só, e não se sinta perdido, o que acontece, infelizmente demasiadas vezes.

O respeito pela condição humana é um direito e um dever intrínseco a nós,

seres humanos, ou pelo menos assim deveria ser, e mais forte e presente esse

princípio deveria estar, quando se trata de cuidar e proteger alguém que

independentemente de quem foi, do que fez e de como está; ele é o reflexo do

nosso futuro, se não cuidarmos dele no nosso presente.

Os doentes com demência de Alzheimer, devem ser entendidos, apoiados e

cuidados como seres únicos, pois cada indivíduo apresenta também realidades

únicas, que devem ser tratadas como tal, para que o doente não sinta que está

só, e não se sinta perdido, o que acontece, infelizmente demasiadas vezes.

O respeito pela condição humana é um direito e um dever intrínseco a nós,

seres humanos, ou pelo menos assim deveria ser, e mais forte e presente esse

princípio deveria estar, quando se trata de cuidar e proteger alguém que

independentemente de quem foi, do que fez e de como está; ele é o reflexo do

nosso futuro, se não cuidarmos dele no nosso presente.

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Capitulo 3

A instituição participa no desenvolvimento local, isso quer dizer que dá

prioridade aos fornecedores que trabalham nesta área.

Quando não é possível recorrem a empresas na área de Lisboa onde há uma

maior oferta.

Como uma empresa com fins lucrativos e sendo privada oculta dados

confidenciais da empresa.

A empresa faz parceria com a Santa Casa da Misericórdia e com assistentes

sociais de alguns hospitais civis porque é uma empresa referenciada no

mercado e como no país infelizmente ainda há muito a fazer nesta área é

gritante a procura.

Como cidadã agradeço muito a esta instituição por puder proporcionar aos

seus utentes a dignidade que qualquer ser humano tem direito.

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Conclusão

Ao realizar este trabalho tentei dar a conhecer uma realidade que cada vez

está a evoluir no nosso pais as doenças mentais fi-lo com muito dignidade pois

foi esta a profissão que eu escolhi para realizar-me profissionalmente e

pessoal.

A empresa tem projectos para o futuro ou seja vai abrir brevemente uma nova

instituição muito mais inovadora onde as novas tecnologias serão a base

principal do seu desenvolvimento. A empresa vai exportar algum material

tecnológico de Espanha onde a área de geriatria está muito mais desenvolvida.

Economicamente será um projecto muito inovador pois irão formar e recrutar

massa humana com formação na área por isso eu também arrisquei e voltei a

escola onde encontro-me a tirar o curso EFA para tornar-me numa profissional

mais qualificada.

Toda a informação sobre a empresa foi-me facultada pelos membros da

direcção Paula Peralta e Luís Peralta a estes dois membros o meu muito

obrigado.

Maria Helena Abegão

28-3-11

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Bibliografia

Documentos oficiais da Instituição Residoso