[escola de senhoritas] liz carlyle - depois da meia-noite
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8/13/2019 [Escola de Senhoritas] Liz Carlyle - Depois Da Meia-Noite
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SenhoritasSenhoritasInspirada na serie Escola para Herdeiras, da autora Sabrina Jeffries, esta deliciosaInspirada na serie Escola para Herdeiras, da autora Sabrina Jeffries, esta deliciosa
antologia conta a histria de quatro jovens mulheres que aprenderam que no existeantologia conta a histria de quatro jovens mulheres que aprenderam que no existenenhum livro que ensine sobre o amornenhum livro que ensine sobre o amor
Melhor no casar, do que fazer um mau matrimnio.Senhorita Charlotte Harris, diretora de academia.
Na Academia ara Herdeiras, as li!"es #o muito al$m das aulas de etiqueta e de
%ordado. Al$m de ensinar a suas alunas como e#itar os ca!adores de fortunas, a diretorae fundadora Charlotte Harris inculca a radical ideia de que a mulher de recursos norecisa se amarrar a nenhum homem... A menos que encontre um ar con#eniente edese&'#el. (e modo que as li!"es na %ela arte de adquirir um marido carinhoso eaai)onado $ arte do curr*culo nesta escola to e)tremamente at*ica. + medida quese aro)imam as f$rias, a senhora Harris en#iar' a suas &o#ens damas ara casa comde#eres ersonalizados ara realizar. -etornaro estando mais r)imas a encontraral/u$m arecido ao marido erfeito0
Liz CarlyleLiz Carlyle
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!epois da meia noite!epois da meia noite"fter #idnight
Pelo menos, finge ser inocente(eois de um trrido encontro entre Martinique a filha de uma cortes francesa elorde Saint 1rain, um notrio mulheren/o contumaz, todos falam de um corte&o s$rio...Aesar de que nenhum dos dois tenha inten!"es formais2
Comentrio da Revisora Lisa$ %ma historia de amor a primeira vista"dorei o mocinho desta histria, ele & considerado um canalha, & repudiado pelasociedade, mas na verdade ele & v'tima de seu (calcanhar de "quiles(, ele no pode veruma mulher em apuros !evido a uma megera, que ele no resistiu suas l)grimas,acabou na cama de uma virgem insaci)vel *em cenas bem sensuais
Comentrio da Revisora Lvia:+ente amei este livro, a mocinha & o m)ximo, livre,inteligente, espirituosa e espert'ssima, o mocinho apesar de ser mulherengo &apaixonante, amei e creio que vcs tamb&m vo gostar
A Claudia (ain.Mil o%ri/ado or todos estes anos de amizade, comisera!o e s'%ios conselhos.
Prlogo
Disp. em Esp:Envio do Arquivo e Trad.:3isaReviso Inicial:4isade5eerd
Reviso Final:4*#iaFormatao:3isa e 4i#ia
6iamat 7 5orld
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8 9inal
contundente tique taque do relgio na sala de aula do col&gio eraensurdecedor, no meio do sil-ncio expectante .or fim acabou s livros, as raquetes det-nis, os l)pis e cadernos de desenho/ todas as pe0as que compunham o minuciosoquebra1cabe0as de uma inf2ncia moderadamente feli3 foram meticulosamente recolhidose guardados na bagagem s ba4s descansavam agora na carruagem, aguardando aviagem
" mulher que observava a carruagem da janela virou abruptamente, com umsorriso sereno nos l)bios
5 6uando chegou aqui no era mais que uma garota rebelde e amedrontada,
#artinique 5 disse a senhora Harris, com as mos estendidas5 #as agora que chegoua hora de nos deixar, posso confiar que, a partir de agora, se comportar) como umaverdadeira senhorita7
#artinique baixou a vista 5 ui, madame 5 respondeu5 "gora sou uma perfeita senhorita inglesa " senhora Harris desli3ou um dedo longo, impec)vel, debaixo do queixo de
#artinique 5 #entirosa 5 rep8s ela com uma fa'sca de humor nos olhos5, 9om, mas pelo
menos & uma mentirosa encantadora #artinique voltou a pousar o olhar sobre as rosas de l estampadas no tapete da
senhora Harris e tentou se conter para no rir
5 *alve3 se eu agir como uma rebelde e mentirosa, lorde :othe;ell ter) seucastigo 5 comentou5 *alve3, desse modo, reconsidere sua ideia de me tirar daqui ecasar1me com o primeiro pretendente que encontre para mim
5 #artinique< 5 " senhora Harris a repreendeu com um tom carinhoso 5 =opode ficar na escola a vida toda, por mais que isso seja o que a ambas gostariam Seu tiomeramente quer que seja feli3
5Ele quer & me ver longe 5 replicou #artinique 5 E esse & o motivo pelo qualenviou1me aqui em primeiro lugar, madame =o queria que eu ficasse nas >ndiasrientais, e tampouco deseja que eu volte agora
" senhora Harris sacudiu a cabe0a 5 =o acredito que isso seja verdade, querida 5 ela disse calmamente 5
baro :othe;ell ofereceu1lhe sempre uma vida cheia de luxos #artinique arregalou os olhos
5 Sim, nisso voc- tem ra3o 5 respondeu5Ele se envergonha de mim E tudoo que fe3 por mim, foi para ter sua consci-ncia tranquila
" senhora Harris pegou a mo de #artinique e apertou com afei0o 5 Se fosse assim, querida, o baro no se incomodaria de viajar mais de seis
mil quil8metros simplesmente para cas)1la 5 argumentou5 Ele veio para se certificarque tudo saia bem E, a julgar pelo tom das muitas cartas que me escreveu ao longo dosanos, eu no acho que h) algu&m mais adequado que ele para cuidar de seusinteresses
#artinique tentou no sorrir
5 Ser) que ele se comportou como um ogro com voc- tamb&m, madame7Harris hesitou durante mais tempo
Ento #artinique sorriu
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5Sim, voc- tamb&m foi v'tima da l'ngua afiada de lorde :othe;ell sem d4vidaSinto muito, madame, se meu tio se comportou de uma forma cruel com voc-
5?ruel & uma palavra muito forte, #artinique 5 replicou ela5 E pe0o por favorque voc- tamb&m modere sua l'ngua, porque @s ve3es voc- tamb&m & excessivamenteafiada 6ualquer um diria que corre o mesmo sangue baro :othe;ell por suas veias
#artinique esbo0ou uma careta de arrependimento 5 .e0o perdo, madame 5#artinique, querida, voc- esteve comigo por mais tempo que qualquer outra
de minhas pupilas 5 declarou a senhora Harris com afeto5 =a sua idade, a maioriadelas j) esto h) muito tempo vivendo suas vidas, feli3mente casadas =este ano quepassou, voc- demonstrou ser uma jovem professora #as entretanto, em todo estetempo, voc- no aprendeu a controlar nem sua l'ngua nem seu temperamento
5h, eu fui mais que um fardo para voc-, madame 5 soltou #artinique, com
um tom teatral5 ?hegou a hora de alivia1la de tal peso e me meter na cama de umvelho, chato e decr&pito" senhora Harris no p8de se conter e soltou uma gargalhada
5#as bem sinto pena dos pobres, aborrecidos e decr&pitos cavalheiros ingleses5 contra1atacou5 =o acredito que estejam preparados para uma mulher como voc- Eas jovens educadas no falam sobre os leitos dos cavalheiros, querida Embora tenhocerte3a que j) sabia, certo7 utra ve3 tentando me atormentar, hein7
Sua pupila piscou v)rias ve3es 5 ui, madame, j) sabia " verdade & que sei muitas coisas que se supAe que
uma jovem senhorita inglesa no deveria saber 5Eu agrade0o por voc- no ter compartilhado com suas companheiras de
classe 5suspirou a senhora Harris 5#inha querida menina, voc- & muito adulta parasua idade, ou talve3 a palavra mais apropriada para defini1la seria madura7 =o,tampouco considero que essa seja a defini0o mais acertada
#artinique riu 5 B o meu passado sombrio, no & assim, madame7 Coc- acha que na minha
idade j) vi muitas coisas no mundo7" senhora Harris voltou a suspirar, mas no a corrigiu
5 9em, mudando de assunto, minha querida, aonde voc- est) indo agora7 Coc-vai ficar em Dondres7
5 !urante um tempo, sim 5 respondeu 5 *ia anthia e eu temos que renovarnosso guarda1roupa
5 .arece uma ideia excelente 5 conveio a senhora Harris5 " carta de seu tiodi3ia que ia passar as f&rias fora
#artinique fran3iu o nari3 5 Sim, passaremos o m-s de de3embro em Dincolnshire com a prima de
:othe;ell 5 confessou ela 5 DadF Sharpe Coc- a conhece7 " senhora Harris negou com a cabe0a #artinique encolheu de ombros 5 =em eu, mas no importa !epois do ano novo, retornaremos a Dondres para
nos preparar para a temporada de festas :othe;ell e tia anthia compraram uma casa,nos arredores luxuoso de 9erGeleF Square, como no< a04car e companhias denavega0o podem proporcionar isso e mais
5 #artinique 5 a senhora Harris a repreendeu 5 %ma dama jamais devecomentar a situa0o financeira familiar em p4blico
#artinique esbo0ou uma careta 3ombadora
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5Sim, mas agora no estamos em p4blico, madame *amb&m no & umsegredo como minha fam'lia fe3 fortuna nos 4ltimos anos
" senhora Harris a olhou com severidade #artinique compreendeu que estava passando dos limites e se desculpou 5 ui, madame =o se preocupe/ garanto que me comportarei como & devido
quando estiver nos c'rculos sociais #orreria antes que manchar o nome de sua escola!urante seis anos, este lugar foi meu lar, e voc-, minha fam'lia Estou extremamenteagradecida por isso
" senhora Harris capturou as mos de #artinique entre as suas e apertoucalorosamente
5 brigada, querida oi um pra3er t-1la aqui, e v-1la crescer para se tornaruma bela jovem "s outras garotas a apreciam muit'ssimo, voc- sabe E agora uma4ltima li0o$ para que os outros a valori3em, primeiro voc- tem que aprender a valorar a
si mesma #artinique a observou com curiosidade 5 que quer di3er, madame7 " senhora Harris adotou um semblante s&rio 5 =o mais coment)rios jocosos sobre sua fam'lia, nada brincadeiras
degradantes sobre voc- s homens sem escr4pulos tentaro tirar vantagem, seencontrarem a menor de fraque3a #antenha a cabe0a erguida, e aja sempre como umadama de linhagem nobre, no importa
5 #as, madame, eu no venho de uma linhagem aristocr)tica 5 protestou#artinique estridente5 Simplesmente, sou a filha de uma bela cortes francesa
" senhora Harris colocou um dedo diante dos l)bios de #artinique
5B a filha adotiva do falecido baro :othe;ell E agora est) sob a tutela docavalheiro que atualmente ostenta o t'tulo de baro :othe;ell B um t'tulo muito antigo enobre =o duvide de seu poder, e todo mundo a seguir) 6uerida menina, sua bele3aextica vai virar a cabe0a de muitos, e seu bonito acento franc-s sedu3ir) a qualquerhomem que conhecer "l&m disso, sua fam'lia & rica, e voc- & uma rica herdeira, assim
5 #adame, acaba de di3er que no & educado falar de dinheiro 5 #artinique ainterrompeu
5 "h, mas voc- no ter) que falar 5 disse com firme3a a senhora Harris 5 "not'cia espalhar) como a plvora quando chegar a Dondres
5 "h, sim7 E como sabero, se ningu&m falar sobre isso7 " senhora Harris esbo0ou um sorriso cheio de ironia
5 #artinique, no se comporte como uma mo0a ing-nua comigo, por favor J)tem de3enove anos, e como comentou recentemente, voc- sabe mais coisas que umagarota da sua idade deveria saber E agora, antes de descermos para o vest'bulo, meconte alguma coisa sobre sua tia B uma pessoa digna7 B como seu irmo, lorde:othe;ell7
#artinique piscou incerta 59em =a verdade, eu no sei 5confessou ela5 Dembro1me de tia anthia
como uma mulher esbelta e muito bonita "h, e sempre se comportou muito bem com amame
5 Ela escreveu1lhe diligentemente cada m-s, no &7 5 recordou a senhoraHarris5 Em todo este tempo, comentou algo a respeito de seus sentimentos ou de seus
interesses7 Ela & jovem, no & certo7 5Eu diria que sim 5#artinique encolheu de ombros5 Embora jamais me
pareceu
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5 6uerida, no pode ter mais de trinta anos 5 esclareceu senhora Harris5 Euinclusive diria muito menos *alve3 ela veio de 9arbados para se casar
#artinique riu5 =o, eu no acredito =esse sentido, ela & como seu irmo S pensam no
trabalho e nos negcios e em 9em, nesse assunto to perturbador que no devemosfalar$ o dinheiro #ais oui, a verdade & que eu quero v-1la novamente
" senhora Harris se aproximou outra ve3 da janela *inha a cabe0a inclinadapara frente, com os olhos fixos na brilhante carruagem negra estacionada no p)tio
5 J) carregaram todos os seus pertences 5 "h, sim7 5 " vo3 de #artinique emanava uma calma ilusria " senhora Harris voltou a cru3ar a sala de aula, com passo tranquilo, e abra0ou
#artinique 5"h, minha doce menina 5ela sussurrou junto a sua face5 C) e seja feli3
Seja feli3, mas seja inteligente Dembre1se de tudo o que a ensinei, especialmente a partea respeito de valorar a si mesma 5 Separou1se da mo0a e a olhou fixamente nos olhos 5 ui, madame 5 sussurrou #artinique, sentindo uma forte presso de terror
no peito 5 Eu no posso ficar mais tempo, certo7" senhora Harris sacudiu a cabe0a com triste3a
5 =o, querida B melhor no fa3er lorde :othe;ell esperar mais 5 6r:s %ien5 respondeu #artinique5 Ento, vamos descer, madame, e
agarrar o touro pelos chifres
KKK
DadF Sharpe era uma mulher diligente e 3elosa que, depois de do3e anos decasamento, tinha aprendido a valori3ar o s)bio conselho de ShaGespeare, que ditava quese uma pessoa carecia de uma virtude, o mais apropriado era aparentar t-1la " damapossu'a uma infinidades de qualidades que a convertiam em uma esposa perfeita$ erauma alma caridosa, honesta, humilde e frugal/ todas essas virtudes pareciam ser naturalnela " paci-ncia, no entanto h, bem DadF Sharpe se consolava di3endo a si mesmaque ningu&m era perfeito
" diferen0a da maioria das esposas, no era seu marido quem a exasperava#as a fam'lia de seu marido bom, suas inumer)veis virtudes no lhe permitiam falarabertamente sobre essa questo Entretanto, depois de tentar aparentar durante anosque tinha paci-ncia, chegou quase a adquirir essa virtude de verdade, com o qual dava
cr&dito ao ad)gio de ShaGespeare Ls ve3es, a vida era s uma questo de saber fingirbem
=esse dia em particular, o sol de outubro brilhava sobre Dincolnshire Era umatarde bastante quente para a &poca, a ocasio perfeita cavalgar so3inha por um bomtempo pelo campo Infeli3mente, ladF Sharpe foi obrigado a passar a tarde distraindo amimad'ssima irm de seu marido, que sofria de um processo perp&tuo do mau humor,complicada por um recente surto de t&dio terminal ?hristine ia pelo caminho queixandopara quem quisesse escut)1la, matando de aborrecimento sem rem&dio, agoni3andolentamente
DadF Sharpe olhou para os lados sobre seu ombro e apertou os l)bios at& formaruma linha fina/ agarrou as r&deas e obrigou seu cavalo a rodear uma po0a, mantendo1o a
margem do caminho em forma de ferradura Meus j) tinha salpicado ?hristine com umpouco de lama nessa tarde, e manchando a prega de sua saia, ela fe3 um barulhodanado
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5 utra po0a, Dud< 5 :esmungou sua cunhada atr)s 5 .amela, vigia o barrondiasrientais Coc- tem escravos7 So to perigosos como contam7 Sempre morri devontade de conhecer esse lugar, sabe7 E tamb&m 9oston *alve3 eu me anime e fa0auma viagem aos dois lugares, e quando o fi3er, asseguro1lhe que vou visit)1lo
5 ?hristine, h) mais de tr-s mil quil8metros de dist2ncia entre 9oston e9arbados 5assinalou ladF Sharpe
#as a senhora "mbrose j) estava a ponto de entrar na casa 5S&rio7 5!isse ela, olhando por cima do ombro com desd&m5 ?aramba/ pois
no atlas de :eggie parece que esto a poucos cent'metros de dist2ncia rosto da anci adotou uma expresso quase divertida 5 Camos, anthia 5 ela apressou, come0ando a subir as escadas e dando
sonoros golpes no cho com sua bengala5 E voc- tamb&m, garota ?hristine est) aponto de fa3er um rid'culo espantoso, e no queremos perder o espet)culo, verdade7
%ma ve3 dentro da casa, entretanto, ladF Sharpe conseguiu aquietar @ senhora"mbrose ostentando uma enorme diplomacia, e insistiu mostrar os quartos aosconvidados para que pudessem instalar1se e ficar confort)vel
5 #ame, ?hristine, podem ir @ sala de m4sica com o Saint Crain e pedir quetragam o ch) enquanto eu me encarrego de nossos convidados7 E onde est) :eggie7aversham, por favor, fa0a o favor de ir procurar lorde Sharpe "h, e diga a senhorita
.endle que fa0a as meninas descerem mordomo se apressou em cumprir as ordens da senhora, e Saint Crain
ofereceu o bra0o a anci Juntos desapareceram pela escada elegantemente curvadaque come0ava no )trio da manso, mas a senhora "mbrose continuou grudada em:otbe;ell
5 Dorde :othe;ell se instalar) na su'te a3ul com vista para o lago 5 indicouladF Sharpe a um dos lacaios que equilibrava um ba4 sobre um de seus ombros5 Euainda me lembro, Oieran, o quanto gostava de contemplar a )gua
*ia anthia se inclinou para sua prima 5 Seria pedir muito, .amela, que #artinique e eu estiv&ssemos em dois quartos
cont'guos7 Ceja, somos como duas colegiais que se reencontraram depois de muito
tempo anthia s queria ser educada #artinique se sentia um pouco tonta, nessa
primeira incurso na sociedade, e anthia estava agindo de um modo maternal DadF
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Sharpe pareceu compreender a situa0o rapidamente 5=s temos dois quartos que so ligados por uma porta interior, mas o
problema & que ?hristine tomou um delesanthia apertou1lhe a mo carinhosamente
5 h, ento no se preocupe =os instalaremos em qualquer outro aposento 5 =o, espera 5 DadF Sharpe colocou uma mo sobre o bra0o de anthia e
olhou por cima de seu ombro 5 ?hristine, querida, se importaria de trocar de quarto7 B para que anthia e
#artinique possam ficar juntas " senhora "mbrose parecia irritada 5 E onde dormir) JenGs, .amela7 "t& agora dorme no quarto ao lado, se por
acaso eu tiver um desses terr'veis ataques de dor de cabe0a @ noite :othe;ell avan0ou uns passos para frente
5 Eu no preciso da su'te .or que no se instala voc- a', senhora "mbrose7?ertamente tem outro quarto com vista para o lago 5Sim, um quarto situado @ esquerda da su'te oferece uma bela panor2mica 5
admitiu ladF Sharpe5 B muito pequeno, mas tem um magn'fico balco 5 .erfeito, assim poderei fumar meus charuto tranquilamente 5 murmurou
:othe;ell " senhora "mbrose olhou para :othe;ell com olhos maliciosos 5 "o lado da su'te7 "gora mesmo ordenarei a JenGs que mude minha
bagagem/ bom, isso se, & obvio, voc- no se incomodar em me ter por vi3inha, milorde :othe;ell sorriu finalmente 5=ada me faria mais feli3
s lacaios come0aram a subir e a descer as escadas, distribuindo as bagagensnos quartos correspondentes, aps uma hora, a fam'lia estava novamente reunida, destave3, em um salo espa0oso banhado pela lu3 do sol gra0as as enormes janelas "smeninas, Douisa e Judith, desceram para conhecer os rec&m chegados justo nomomento em que lorde Sharpe se juntou a eles, ainda com as botas e cal0as de montarEle era um homem grande e amig)vel, com olhos brilhantes e uma fina camada decabelo muito fino 9eijou suas filhas com afeto, e em seguida se inclinou para beijar amo de #artinique ao tempo que lhe dava boas vindas em sua casa
5 6uerida 5 declarou a sua esposa5, :othe;ell nos deu um belo presente,tra3endo esta bele3a extica *enho certe3a que passaro bem juntas/ embora pareceque teremos que trancar a porta para que no invada de pretendentes
*odos riram, exceto #artinique, que corou, e St Crain, que estava inclinadolanguidamente sobre uma das enormes janelas da sala, e observava os congregadoscom pouco interesse #artinique se perguntou por que estava ali DadF Sharpe estavavisivelmente desconfort)vel quando seus olhos repousavam sobre o jovem
*amb&m ela, sem poder evitar, lan0ava olhares furtivos para Saint Crain "senhora "mbrose, no entanto, mostrava1se inteiramente sedu3ida por :othe;ell, e obaro no parecia totalmente insatisfeito com as aten0Aes da vi4va " tia av liviaconversava animadamente com anthia, salpicando1a com perguntas sobre seus planosde casamento ou a falta deles
anthia respondia com sorrisos evasivos 5 Estou muito grata pela sua considera0o, tia livia, mas por agora, eu centro
minha aten0o nos negcios da fam'lia 59obagens< 5 Exclamou livia, batendo violentamente com sua bengala no
cho 5 "s mulheres no devem cuidar dos negcios, querida
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5 #as em 9arbados, as coisas funcionam de outra maneira, tia 5 =o posso acreditar que seja to diferente 5 replicou livia com aspere3a 5
!eixe Oieran se ocupar de tudo isso, e voc- dedique1se a viver a vida Coc- est) ficandopassada, mo0a
*ia anthia parecia envergonhada 5 Oieran & respons)vel pelas planta0Aes 5 explicou, baixando a vo35, e eu da
companhia de navega0o 6uando DuGe faleceu, no havia ningu&m para substitu'1lo 5Dan0ou um olhar para #artinique5 Embora talve3, um dia, #artinique queira assumir asr&deas do negcio "final, ela & copropriet)rio da empresa
livia fran3iu a testa 5 que essa garota tem que fa3er & ir a cidade e encontrar marido 5
proclamou a anci, dando outro golpe no cho com a bengala5 :othe;ell disse que amo0a ficar) na Inglaterra para sempre
anthia observou atentamente :othe;ell 59om, isso depender) de #artinique 5 disse ela sem perder a calma5 #euirmo no & o dono absoluto de 9arbados, mas ele acredita que o contr)rio #asvoltando para companhia de navega0o, decidimos abrir um escritrio em Dondres6ueremos transferir a empresa de =avega0o =eville para a Inglaterra
" anci ainda agarrava sua bengala com os dedos crispados, como sepretendesse atacar algu&m a qualquer momento
5rete< "04car< 5 *rovejou ela 5 Eu deveria saber por que :othe;ell deixouque sua propriedade em ?heshire ir a deriva uvir di3er que, jamais p8s os olhos nestasterras
5Ele arrendou1as 5 contra1atacou anthia serenamente5 arrendat)rio & um
homem muito respons)vel #artinique saiu da cadeira e come0ou a perambular pela sala =o lheinteressavam os assuntos referentes a propriedades, nem os retratos que praticamentecobriam a parede oposta Entretanto, sentiu um terr'vel desejo de analisar cada um delesem detalhe, a fim de distanciar1se dessa fam'lia da qual ela era to estranha
"ssim pensavam transferir os negcios familiares 5bom, pelo menos um deles5 para Dondres 6ue estranho imp&rio naval =eville era imenso "pesar de seupadrasto ter come0ado com apenas duas escunas bastante danificadas, navios )geis emodernos agora singravam todos os oceanos do mundo, das >ndias rientais at& aran0a e Inglaterra, e tamb&m a >ndia, Pfrica e um sem1fim de pontos, transportandomercadorias
" =avega0Aes =eville foi fundada por "nnemarie, a me de #artinique, ou pelomenos era isso que se gabava seu padrasto s primeiros navios foram um presente dedespedida de seu rico amante franc-s 5 o pai de #artinique5 quando tomou a decisode casar1se com outra$ uma bela jovem parisiense de te3 p)lida, que veio de uma fam'liarica "nnemarie no hesitou em ficar nas >ndias rientais, de modo que, sob o firmecompromisso de nunca mais bater em sua porta, ele deu1lhe um monte de francos, e aposse de dois de seus barcos mais velhos, e se livrou delas embarcando num vaporque partia de 9arbados E assim acabou sua histria de amor
#as a histria no terminou to mal " me de #artinique conheceu um jovemmuito bonito, um homem que a amava o suficiente para casar com ela #artiniquerecebeu um nome certamente incomum, um respeit)vel sobrenome ingl-s, e um padrasto
que ela adorava 6uanto a seu verdadeiro pai 9em, ele que terminou mal$ sua belaesposa francesa o arruinou em um piscar de olhos, e ele no teve escolha seno vendertodos os seus navios para seus credores gananciosos DuGe =eville ficou com os
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melhores navios da frota para adicion)1los a d43ia de navios que sua fam'lia j) possu'a#as como, decidiu #artinique, isso foi um castigo justo
5 Ela era bonita em sua juventude, no &7 " vo3 baixa e profunda parecia no vir de nenhum lugar em particular, e
#artinique sentiu um estranho arrepio 5 ?omo ?omo di37 5 Ela perguntou, enquanto se virou e viu lorde St Crain
em p& ao seu lado 5Sua tia av livia 5 rep8s Justin serenamente5 Eu sei de fonte segura que
o retrato que est) contemplando com tanto interesse & dela .intaram poucas semanasdepois de seu casamento
51raiment, monsieur05 ?onseguiu di3er #artinique5 " verdade & que eu notinha reconhecido
5 =em eu 5 confessou ele5 Estou intrigado para saber como o pintor
conseguiu imortali3)1la sem essa bengala infernal #artinique teve que conter1se para no rir 5Ela nunca a abandona7 5=o, pelo menos eu nunca a vi sem essa arma to perigosa 5 Ele lan0ou um
olhar atento para o local anteriormente ocupado por livia 5 E estive rondando por aquidurante as 4ltimas seis semanas, mais ou menos Ela at& a brandiu em minha dire0ouma ou duas ve3es
#artinique deu uma risadinha5.arece1me que voc- & daqueles que merecem receber umas pauladas ve3 em
quando 5 concluiu ela5 .or certo, a senhora "mbrose decidiu substitu'1lo por meu tio7 Justin arregalou os olhos, excepcionalmente, por um momento, e depois teve
que fa3er um esfor0o para no rir5=o sei di3er 5 respondeu finalmente5#inhas perspectivas parecemsombrias no momento, no & mesmo7
5Sim, Ela parece ter mudado seu interesse 5comentou #artinique 5 Coc- &pobre, monsieur7
5Eu sou pobre7 5 :epetiu ele com incredulidade5 "h< entendo< =o, minhadoce menina, sou tremendamente rico, mas infeli3mente, eu no sou muito submisso9om !eus, ?hristine tornou a agarrar o pobre :othe;ell pelo bra0o E parece que sedirigem ao sol)rio
5 =o se preocupe/ voltaro muito em breve 5 assegurou #artinique 5:othe;ell & intrat)vel, e al&m disso & um osso duro de roer/ no & f)cil de agradar
Ele virou1se para olhar para ela fixamente, com um brilho 3ombador em seusolhos escuros
5 !iria que Sharpe estava terrivelmente enganado 5 murmurou em um tompremeditadamente baixo5 .amela ter) dias dif'ceis, com voc- aqui Eles realmenteacreditam que podero cas)1la com algu&m7
5 Isso & o que pretendem 5 #artinique elevou um ombro5 #as eu prefeririatrabalhar na companhia de navega0o com tia anthia
Justin levantou uma de suas grossas sobrancelhas negras5 6uer di3er, dedicar1se aos negcios7 ?ertamente, as coisas devem ser muito
diferente, nas ilhas 5 ui/ a sociedade das >ndias rientais & muito pouco estrita
Ele a observou com interesse 5 .ensei que todas as jovens damas desejavam casar1se 5 disse finalmente5
Coc- no7
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=ovamente, ela encolheu de ombros 5 Se me apaixonasse perdidamente, talve3/ mas se no, parece1me
desnecess)rio 5 =o acredito que na nobre3a inglesa seja permitido amar ou cair no
desespero do romantismo 5 argumentou ele, secamente 5 #eus pais se apaixonaram 5 replicou ela5 E come0o a acreditar, monsieur,
que eu tamb&m poderia cair na armadilha das emo0Aes to profundas5Sua me era francesa, certo7
#artinique sorriu levemente 5 "penas meio francesa Justin tamb&m sorriu 5 #etade francesa e metade inglesa/ uma combina0o interessante #artinique riu novamente ?omo gostaria que ele no fora to bonito, j) que isso
a inquietava excessivamente 5 =on, monsieur 5 ela o corrigiu ela5 Eu sou a enteada do falecido lorde:othe;ell .or minhas veias no corre nenhuma s gota de sangue ingl-s
5"h, entendo 5 Suas sobrancelhas escuras voltaram a arquear1se Saint Crain estudou a ador)vel figura que tinha diante de si H) muito tempo no
mantinha uma conversa com algu&m que parecesse to genu'na, to cheia de vida, e toinocente E ela estava disposta a apaixonar1se< 6ue estranha que parecia a ele essano0o
eli3mente, ele tinha a obriga0o de destruir os sonhos dessa garota " vida, elorde :othe;ell, se encarregariam disso muito em breve
?omo se, por acordo t)cito, come0aram a passear juntos pela sala =enhum dos
adultos parecia ter1se dado conta da aus-ncia de #artinique na conversa 5 .elo que entendi voc- esteve em um internato at& recentemente 58ui, monsieur.5 #artinique mantinha as mos entrela0adas nas costas
enquanto caminhavam, mostrando uma atitude totalmente relaxada5 .assei seis anosna escola da senhora Harris
5 " senhora Harris7 =o sei quem & #artinique levantou o queixo e sorriu
5*odo mudo conhece a Escola de Senhoritas da senhora Harris B um lugarinfame ?omo & poss'vel que no tenha ouvido falar dela7 nde esteve metido, SaintCrain7
5 Em .aris 5 respondeu Justin tranquilamente5 E o que tem de infame, esse
internato7 5 B aonde enviam todas as novas meninas ricas da Inglaterra, para aprenderem
para aprenderem a rejeitar e se defenderem do ladrAes, ca0adores de fortuna emalandros que andam nos altos c'rculos da sociedade
"pesar dele tentar manter seu porte s&rio, no p8de evitar esbo0ar uma caretadivertida, e finalmente soltou uma gargalhada
5 #eu !eus, voc- est) brincando, no &7 5 h, no, monsieur 5 rep8s ela solenemente5 .or certo, & voc- & ladro ou
um malandro7 5 ?omo disse7 #artinique sorriu novamente
5 Coc- acaba de me di3er que & tremendamente rico, assim no pode ser umca0a fortuna
Essa mo0a era incrivelmente sincera
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5 "credita que qualquer homem que procura sua companhia encaixa em umadessas tr-s categorias7
5 Isso foi o que a Sra Harris nos fe3 acreditar =um impulso, ele agarrou1a pela mo
5Eu adoraria di3er que esta errada 5 disse, dando um caloroso aperto de mo5, mas receio que essa senhora tem ra3o, muita ra3o
s dois pararam, agora " senhorita =eville levantou a vista e o observoufixamente, e ele sentiu uma sensa0o desagrad)vel no est8mago
5Coc- & realmente bela, minha querida 5 "s palavras emergiram de sua bocasem que ele pudesse evitar 5 o mais conveniente & que siga os conselhos da senhoraHarris, e eu 9om, eu no deveria estar a ss com voc-
5 =o estamos so3inhos 5 Seu olhar era af)vel e firme, enquanto estudavaatentamente as caracter'sticas do jovem5 Eu me pergunto, monsieur, no seremos
duas almas as g-meas, voc- e eu 5 que voc- quer di3er7 =ovamente, #artinique encolheu de ombros dessa forma to graciosa e
carregada de inoc-ncia 5 Coc- no est) cansado de ser procurado por sua bele3a e sua rique3a75
Sugeriu 5=o gostaria que, por uma ve3, algu&m se aproximasse sem pedir nada emtroca7 u que fi3esse com o 4nico interesse de descobrir seus pensamentos maisprofundos, e o que realmente o preocupa7
Saint Crain piscou 5 #inha doce menina, sou um homem, e di3em que os homens carecem de
pensamentos profundos/ al&m disso, ns adoramos que uma mulher deseje estar
conosco, seja por qualquer motivo, se a dama for ador)vel o suficiente 5 " senhora "mbrose & o suficiente ador)vel7 5 B um belo ornamento para o bra0o de um homem 5 replicou ele5 #as no
sou to est4pido para confundir as aten0Aes da senhora "mbrose pelo que no &$ umsinal de aborrecimento, e uma manifesta0o, talve3, de seu pesar
5 !e seu pesar7 5 Ela acabou de enviuvar 5 explicou ele5 Coc- & muito jovem ainda ,
senhorita =eville =o pode entender o que significa perder a seu companheiro to cedo.rovoca ?ertos transtornos/ at& mesmo pode fa3er que algu&m perca a cabe0a %mbom, se responsabili3ado pelo que aconteceu, e @s ve3es tenta encontrar um pouco dediverso, qualquer tipo de distra0o, para no pensar nisso
5 "h, eu vejo, voc- tamb&m passou por alguma experi-ncia desafortunada 5 E quem no7 5 .erguntou ele retoricamente
#artinique esfor0ou1se para sorrir5 Camos falar sobre algo mais agrad)vel 5 sugeriu ela5 ale1me de .aris
?omo &7 *enho tanta vontade de visitar essa cidade 5 Ento ter) que procurar um homem bonito, ch&ri, e convenc-1lo a lev)1la 5 Sim 5 respondeu ela, hesitante5 Sim, talve3 & isso que eu deveria fa3er %m momento de constrangimento se seguiu, mas foi superado suavemente$ 5 =esse caso, terei o pra3er de oferecer1lhe a casa que tenho nesta cidade,
senhorita =eville B pequena, mas id'lica, absolutamente perfeita para uma lua de mel,acredito "ssim j) sabe, se for a Dondres e encontrar um marido que
tom inesperado de uma vo3 sedosa interrompeu a conversa5"h, voc- aqui est), Saint Crain
DadF Sharpe se colocou ao lado do jovem, com uma expresso de alarme "h,
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ele entendeu perfeitamente esse olhar " senhora desgostava v-1lo ali Sua presen0a emHigh;ood era tolerada durante o ch) ou durante o jantar, ou at& na cama de ?hristine,sempre e quando fi3esse discretamente #as DadF Sharpe no iria tolerar que elerondasse perto da bela virgem da fam'lia
Justin se afastou, perguntando1se o que o impulsionou a agarrar a mo dagarota !everia estar tremendamente agradecido pela interrup0o de ladF Sharpe
5Eu era apenas compartilhava com a senhorita =eville meus poucosconhecimentos sobre estes retratos 5 ele se desculpou com um ar de desd&m 5 Elademonstra um interesse especial na genealogia, mas infeli3mente no me lembro detodos os nomes Coc- me fa3 o favor de continuar com a explica0o7
E ento, sem sequer olhar para a mo0a novamente, ele se virou e afastou
=aquela noite, o jantar foi agrad)vel, e #artinique pensou que lorde Sharpe era
um anfitrio elogi)vel !epois, livia se retirou para seus aposentos #artinique dariaqualquer coisa para poder ir dormir tamb&m/ a 4ltima etapa da viagem de Dondres foimuito cansativa, mas quando a prima .amela sugeriu uma partida de ;hist, #artiniquesorriu e se reuniu com os demais no vest'bulo, com a inten0o de observar como elesjogavam cartas "ssim, pensou, poderia contemplar o sil-ncio enigm)tico de lorde StCrain
" senhora "mbrose tamb&m declinou um posto na mesa Saint Crain pareciasatisfeito saboreando seu brandF perto do fogo da lareira assistindo a partida "pesar dealguns olhares furtivos para ele, #artinique manteve a dist2ncia Ela sentiu o desgosto de.amela quando os viu juntos, no salo
Ela ficou tentada, & bvio, a continuar flertando com ele !epois do est'mulo
intelectual da senhora Harris, estava come0ando a ficar entediado em High;ood "l&mdisso, Saint Crain era to encantador, to explosivamente bonito #as o que pareciaainda mais perigoso era que ele parecia real para ela Havia alguma coisa escura eenigm)tica nele, que #artinique desejava compreender E havia algo em seu olhartaciturno que acelerava seu pulso irremediavelmente, e provocava uma estranhasensa0o de va3io no est8mago
#artinique conhecia essa emo0o$ podia defini1la como desejo, embora tivessepouca experi-ncia Sua me foi uma verdadeira professora na arte de provocar esse tipode emo0Aes, de ati0ar as chamas da paixo, e fa3er os homens virassem paracontempl)1la #esmo quando menina, #artinique foi consciente da aura estranha queenvolvia sua me Havia passado essa virtude, sem querer e sem comentar, de me para
filha7 #artinique tinha d4vidas Entretanto, o desejo era uma emo0o b)sica do serhumano Ignorar sua import2ncia podia significar uma vida de infelicidade
E agora :othe;ell pretendia obrig)1la a casar1se com algu&m por conveni-ncia,apenas para se livrar dela ?asar1se com um homem que no amava parecia umdespropsito Entretanto, atrair a desgra0a flertando com um homem da 'ndole de SaintCrain seria um disparate ainda pior, por mais arrepios que ela sentisse somente de olh)1lo #elhor deixar esse tipo de cavalheiros para as mulheres com a experi-ncia dasenhora "mbrose #artinique se virou, centrou toda sua aten0o nas cartas, e no voltoua olhar mais para ele
" partida transcorria em meio de uma atmosfera descontra'da, cheia de risos ebrincadeiras de bom gosto s criados trouxeram uma bandeja com ta0as e uma jarra de
caf&, e acenderem mais vela e avivaram o fogo na lareira !epois de um tempo, SaintCrain desculpou1se e saiu da sala " senhora "mbrose no demorou a desaparecertamb&m, caminhando apressadamente, como se fosse um gato perseguindo um rato/
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no parecia estar de bom humor "gora que Saint Crain partiu, #artinique olhou ao seu redor, em busca de algo
com que entreter1se, e se fixou na porta entreaberta da biblioteca de lorde Sharpe!urante sua breve turn- pela manso de High;ood, .amela encorajou1os a utili3)1lasempre que quisessem Cisto que no salo no restava nada que valesse a penacontemplar, furtivamente ou no, e a partida de cartas j) no conseguia mant-1laacordada, decidiu inspecionar o aposento
%ma ve3 dentro da imponente biblioteca, percebeu as chamas crepitando nalareira e velas acesas dispostas em uma mesa prxima, que dava a espa0osa sala umalu3 agrad)vel e t-nue #artinique pegou uma das velas e se dedicou a passear ao longodas estantes at& que encontrou um livro com esbo0os de bot2nica aproximou1se dalareira com o livro e se acomodou em uma poltrona locali3ada diante do relaxante fogo
" poltrona era realmente confort)vel %m bocejo atr)s de outro, s conseguiu
chegar at& a p)gina vinte e dois, cratae/us lae#i/ata, lanta medicinal...
, antes desucumbir ao abra0o suave do couro desgastado da poltrona Ela no dormiu mais quecinco minutos, entretanto, quando o ru'do da porta no outro extremo da sala a despertousubitamente
5"qui, Justin .reciso falar com voc- 5sussurrou uma vo3 feminina #artinique se ergueu de repente, e por pouco o livro no caiu ao cho 5 Ser) melhor retornarmos ao salo, ?hristine 5 sugeriu uma profunda vo3
familiar5 que voc- quer7 5 ?onversar com voc- 5argumentou a senhora "mbrose mal humorada5
#as voc- se mostra to distante 5S&rio7 5 Saint Crain, a incitou calmamente 5 !iga1me, querida, desfrutou
muito esta noite, esfregando sua nova conquista no meu rosto7 =o vai funcionar, voc-sabe 5 Eu no sei o que voc- quer di3er
5 Dorde :othe;ell Coc- passou todo o jantar flertando com ele5 E o qu-7 .or acaso no posso7
5 ?laro que sim 5 murmurou Saint Crain 5 Coc- est) cansado de mim, Justin 5"s palavras eram cortantes5 =o
demonstrou nenhum pingo de ci4mes Camos, admita 5 =o seja rid'cula/ nos conhecemos h) apenas seis semanas 5 Sim, e voc- est) me traindo