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1 ESCOLA DE GOVERNO DE CORUMBÁ CENTRO DE CONTROLE DE VETORES E ENDEMIAS “PREVENÇÃO E CONTROLE A INCIDENCIA DE INFESTAÇAO DE DOENÇAS ENDEMICAS E VETORIAIS” Esp. Grace Bastos Bióloga, Sanitarista Coordenadora de Controle de Vetores CCV- Corumbá MS LADÁRIO/MS 2016

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ESCOLA DE GOVERNO DE CORUMBÁ CENTRO DE CONTROLE DE VETORES E ENDEMIAS

“PREVENÇÃO E CONTROLE A INCIDENCIA DE INFESTAÇAO DE DOENÇAS

ENDEMICAS E VETORIAIS”

Esp. Grace Bastos

Bióloga, Sanitarista

Coordenadora de Controle de Vetores

CCV- Corumbá MS

LADÁRIO/MS

2016

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SUMÁRIO

1. CONTROLE DAS DOENÇAS VETORIAIS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 1.1 INTRODUÇÃO

3

2. DESCENTRALIZANDO O CONTROLE DAS ENDEMIAS E

REORIENTANDO OS SERVIÇOS 3

3. NOÇÕES BÁSICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 3

4. BIOLOGIA DOS VETOR AEDES sp.

4.1. AEDES aegypti e albopictus

3

5. 4.2. OVO 4

6. LARVA 4

7. PUPA 5

8. ADULTO 5

9. TIPOS DE CONTROLE DOS VETORES DA DENGUE, FEBRE AMARELA,

ZIKA VÍRUS, FEBRE CHIKUNGUNYA, LEISHMANIOSE, CHAGAS,

MALARIA E OUTRAS DOENÇAS VETORIAIS

6

10. TIPOS DE TRATAMENTO 7

11. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 7

12. ROTINA DE TRABALHO NO CONTROLE DA DENGUE

ATRIBUIÇÕES DO AGENTE DE ENDEMIAS PARA O CONTROLE DA

DENGUE/ SISPNCD/ PNEM

8

13. A VISITA DOMICILIAR 8

14. MATERIAL DE CAMPO

UNIFORME

8

15. RECONHECIMENTO GEOGRÁFICO (RG)

QUARTEIRÃO 9

16. PESQUISA EM PONTOS ESTRATÉGICOS (PE) 9

17. CRIADOUROS E DEPÓSITOS

CLASSIFICAÇÃO DOS CRIADOUROS 9

18. TIPOS DE DEPOSITOS TRABALHADOS 10

19. NOÇÕES SOBRE DENGUE, FEBRE AMARELA, ZIKA VIRUS E FEBRE

CHIKUNGUNYA, CHAGAS E MALARIA

10

20. DENGUE: CICLO DE TRANSMISSÃO DA DENGUE 11

21. FEBRE AMARELA: CICLO EPIDEMIOLÓGICO 11

22. ZIKA VÍRUS: ONDE SURGIU 13

23. ZIKA: RELAÇÃO VIRUS ZIKA E MICROCEFALIA 14

24. ZIKA: CUIDADOS E CONSEQUENCIAS DO VIRUS PARA GESTANTES 15

25. FEBRE CHIKUNGUNYA: PROXIMO DESAFIO 16

26. DIFERENÇAS DE SINTOMATOLOGIA ENTRE AS TRES DOENÇAS

VETORIAIS 17

27. CONTROLE DAS LEISHMANIOSES: OS INSETOS

TRANSMISSORES

17

28. LEISHMANIOSE: CICLO EPIDEMIOLÓGICO E VETORES 22

29. CHAGAS: SINTOMAS, FORMA DE TRANSMISSÃO E CICLO

EPIDEMIOLÓGICO

24

30. MALARIA: PREVENÇÃO, CICLO EPIDEMIOLÓGICO E

CONTROLE QUIMICO E MANEJO AMBIENTAL

26

31. REFERENCIAS CONSULTADAS 28

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1. CONTROLE DAS DOENÇAS VETORIAIS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

1.1 INTRODUÇÃO

Na construção de um novo modelo de atenção à saúde, é preciso que o Agente de Saúde construam

também uma nova prática que enxergue o individuo como um ser humano integral, vivendo dentro

de uma família, dentro da comunidade no contexto socioeconômico, cultural e ambiental. Essa nova

prática requer uma compreensão do homem e sua família em função das realidades, dos fatores que

interferem de maneira positiva e/ou negativa em suas vidas e, consequentemente, na saúde. Para

que essa nova prática apresente resultados satisfatórios, é preciso que você, agente, assim como

todos os outros profissionais assumam o compromisso com a promoção da saúde, a prevenção de

agravos, o tratamento e a reabilitação não só da pessoa, mas de toda a coletividade.

2. DESCENTRALIZANDO O CONTROLE DAS ENDEMIAS E REORIENTANDO OS

SERVIÇOS

O controle de endemias foi descentralizado para os municípios, adotando-se a prevenção e a

estratégia de Controle Integrado da Doença, com prioridade no cuidado ao indivíduo com

diagnóstico precoce e preciso, além de tratamento imediato e adequado. Nos municípios é

indispensável o trabalho integrado dos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, tendo

como referência as unidades básicas de saúde e o Programa Saúde da Família, Vigilância

Epidemiológica, Centro de Controle de Vetores, Unidades de Pronto Atendimento e outros

parceiros.

3. NOÇÕES BÁSICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A educação em saúde representa um conjunto de saberes e práticas orientadas para a prevenção de

doenças e promoção da saúde. Constitui-se numa proposta de envolvimento da população na

responsabilidade de preservação do estado saudável individual e comunitário, através da

conscientização e sensibilização das ações integradas entre parceiros intrasetorial e comunidade.

A educação em saúde é parte de uma proposta de ação voltada à prevenção de doenças, por meio de

mudanças de comportamentos ou de esclarecimentos quanto às atividades que oferecerem riscos à

saúde dos cidadãos, atuando ainda no controle de doenças por meio da orientação ao uso adequado

dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para realizar o trabalho de conscientização comunitária são oferecidas à população palestras, visitas

domiciliares, campanhas nos meios de comunicação e exposição de materiais usados nas rotinas de

trabalho.

4. BIOLOGIA DOS VETOR AEDES sp.

4.1. AEDES aegypti e albopictus

O Aedes aegypti (Linnaeus,1762) e também o Aedes albopictus (Skuse, 1894) pertencem ao FILO

Arthropoda (pés articulados), CLASSE Hexapoda (três pares de pernas), ORDEM Diptera (um par

de asas anterior funcional e um par posterior transformado em halteres), FAMÍLIA Culicidae,

GÊNERO Aedes.

O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, encontrada em todo mundo, entre as latitudes

35ºN e 35ºS. Embora a espécie tenha sido identificada até a latitude 45ºN, estes têm sido achados

esporádicos apenas durante a estação quente, não sobrevivendo ao inverno.

A distribuição do Aedes aegypti também é limitada pela altitude. Embora não seja usualmente

encontrado acima dos 1.000 metros, já foi referida sua presença a 2.200 metros acima do nível do

mar, na Índia e na Colômbia (OPS/OMS).

Por sua estreita associação com o homem, o Aedes aegypti é, essencialmente, mosquito urbano,

encontrado em maior abundância em cidades, vilas e povoados. Entretanto, no Brasil, México e

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Colômbia, já foi localizado em zonas rurais, provavelmente transportado de áreas urbanas em vasos

domésticos, onde se encontravam ovos e larvas (OPAS/OMS).

Os mosquitos se desenvolvem através de metamorfose completa, e o ciclo de vida do Aedes aegypti

compreende quatro fases: ovo, larva (quatro estágios larvários), pupa e adulto.

4.2. OVO Os ovos do Aedes aegypti medem, aproximadamente, 1mm de comprimento e contorno alongado e

fusiforme (Forattini, 1962). São depositados pela fêmea, individualmente, nas paredes internas dos

depósitos que servem como criadouros, próximos à superfície da água. No momento da postura os

ovos são brancos, mas, rapidamente, adquirem a cor negra brilhante (Figura 1).

Figura 01

A fecundação se dá durante a postura e o desenvolvimento do embrião se completa em 48 horas,

em condições favoráveis de umidade e temperatura. Uma vez completado o desenvolvimento

embrionário, os ovos são capazes de resistir a longos períodos de dessecação, que podem prolongar-

se por mais de um ano. Já foi observada a eclosão de ovos com até 450 dias, quando colocados em

contato com a água.

A capacidade de resistência dos ovos de Aedes aegypti à dessecação é um sério obstáculo para sua

erradicação. Esta condição permite que os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em

recipientes secos, tornando-se assim o principal meio de dispersão do inseto (dispersão passiva).

4.3. LARVA Como o Aedes aegypti é um inseto holometabólico, a fase larvária é o período de alimentação e

crescimento. As larvas passam a maior parte do tempo alimentando-se principalmente de material

orgânico acumulado nas paredes e fundo dos depósitos (Figura 2).

Figura 02. Larvas de Aedes.

As larvas possuem quatro estágios evolutivos. A duração da fase larvária depende da

temperatura, disponibilidade de alimento e densidade das larvas no criadouro. Em condições

ótimas, o período entre a eclosão e a pupação pode não exceder a cinco dias. Contudo, em baixa

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temperatura e escassez de alimento, o 4º estágio larvário pode prolongar-se por várias semanas,

antes de sua transformação em pupa.

A larva do Aedes aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen. O abdômen é dividido em oito

segmentos. O segmento posterior e anal do abdômen tem quatro brânquias lobuladas para regulação

osmótica e um sifão ou tubo de ar para a respiração na superfície da água. O sifão é curto, grosso e

mais escuro que o corpo. Para respirar, a larva vem à superfície, onde fica em posição quase

vertical. Movimenta-se em forma de serpente, fazendo um “S” em seu deslocamento. É sensível a

movimentos bruscos na água e, sob feixe de luz, desloca-se com rapidez, buscando refúgio no fundo

do recipiente (fotofobia).

Na pesquisa, é preciso que se destampe com cuidado o depósito e, ao incidir o jato de luz, percorrer,

rapidamente, o nível de água junto à parede do depósito. Com a luz, as larvas se deslocam para o

fundo. Tendo em vista a maior vulnerabilidade nesta fase, as ações de controle devem,

preferencialmente, atuar na fase larvária.

Figura 03. Pupa de Aedes.

4.4. PUPA

As pupas não se alimentam. É nesta fase que ocorre a metamorfose do estágio larval para o adulto.

Quando inativas se mantêm na superfície da água, flutuando, o que facilita a emergência do inseto

adulto. O estado pupal dura, geralmente, de dois a três dias. A pupa é dividida em cefalotórax e

abdômen. A cabeça e o tórax são unidos, constituindo a porção chamada cefalotórax, o que dá à

pupa, vista de lado, a aparência de uma vírgula (Figura 3). A pupa tem um par de tubos respiratórios

ou “trompetas”, que atravessam a água e permitem a respiração.

4.5. ADULTO

O adulto de Aedes aegypti representa a fase reprodutora do inseto. Como ocorre com grande parte

dos insetos alados, o adulto representa importante fase de dispersão. Entretanto, com o Aedes

aegypti é provável que haja mais transporte passivo de ovos e larvas em recipientes do que

dispersão ativa pelo inseto adulto.

O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e um desenho em

forma de lira no mesonoto. Nos espécimes mais velhos, o “desenho da lira” pode desaparecer, mas

dois tufos de escamas branco-prateadas no clípeo, escamas claras nos tarsos e palpos permitem a

identificação da espécie. O macho se distingue essencialmente da fêmea por possuir antenas

plumosas e palpos mais longos.

Logo após emergir do estágio pupal, o inseto adulto procura pousar sobre as paredes do recipiente,

assim permanecendo durante várias horas, o que permite o endurecimento do exoesqueleto, das asas

e, no caso dos machos, a rotação da genitália em 180º.

Dentro de 24 horas após, emergirem, podem acasalar, o que vale para ambos os sexos. O

acasalamento geralmente se dá durante o vôo, mas, ocasionalmente, pode se dar sobre uma

superfície, vertical ou horizontal. Uma única inseminação é suficiente para fecundar todos os ovos

que a fêmea venha a produzir durante sua vida.

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As fêmeas se alimentam mais freqüentemente de sangue, servindo como fonte de repasto a maior

parte dos animais vertebrados, mas mostram marcada predileção pelo homem (antropofilia).

O repasto sangüíneo das fêmeas fornece proteínas para o desenvolvimento dos ovos. Ocorre quase

sempre durante o dia, nas primeiras horas da manhã e ao anoitecer. O macho alimenta-se de

carboidratos extraídos dos vegetais. As fêmeas também se alimentam da seiva das plantas.

Em geral, a fêmea faz uma postura após cada repasto sangüíneo. O intervalo entre a alimentação

sangüínea e a postura é, em regra, de três dias, em condições de temperatura satisfatórias. Com

freqüência, a fêmea se alimenta mais de uma vez, entre duas sucessivas posturas, em especial

quando perturbada antes de totalmente ingurgitada (cheia de sangue). Este fato resulta na variação

de hospedeiros, com disseminação do vírus a vários deles.

A oviposição se dá mais freqüentemente no fim da tarde. A fêmea grávida é atraída por recipientes

escuros ou sombreados, com superfície áspera, nas quais deposita os ovos. Prefere água limpa e

cristalina ao invés de água suja ou poluída por matéria orgânica.

A fêmea distribui cada postura em vários recipientes. É pequena a capacidade de dispersão do

Aedes aegypti pelo vôo, quando comparada com a de outras espécies. Não é raro que a fêmea passe

toda sua vida nas proximidades do local de onde eclodiu, desde que haja hospedeiros. Poucas vezes

a dispersão pelo vôo excede os 100 metros. Entretanto, já foi demonstrado que uma fêmea grávida

pode voar até 3Km em busca de local adequado para a oviposição, quando não há recipientes

apropriados nas proximidades.

A dispersão do Aedes aegypti a grandes distâncias se dá, geralmente, como resultado do transporte

dos ovos e larvas em recipientes. Quando não estão em acasalamento, procurando fontes de

alimentação ou em dispersão, os mosquitos buscam locais escuros e quietos para repousar. A

domesticidade do Aedes aegypti é ressaltada pelo fato de que ambos os sexos

são encontrados em proporções semelhantes dentro das casas (endofilia).

O Aedes aegypti quando em repouso é encontrado nas habitações, nos quartos de dormir, nos

banheiros e na cozinha e, só ocasionalmente, no peridomicílio. As superfícies preferidas para o

repouso são as paredes, mobília, peças de roupas penduradas e mosquiteiros.

Quando o Aedes aegypti está infectado pelo vírus do dengue ou da febre amarela, pode haver

transmissão transovariana destes, de maneira que, em variável percentual, as fêmeas filhas de um

espécime portador nascem já infectadas (OPAS/OMS).

Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas, na

natureza, vivem em média de 30 a 35 dias. Com uma mortalidade diária de 10%, a metade dos

mosquitos morre durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês.

O Aedes albopictus é uma espécie que se adapta ao domicílio e tem como criadouros recipientes de

uso doméstico como jarros, tambores, pneus e tanques. Além disso, está presente no meio rural, em

ocos de árvores, na imbricação das folhas e em orifícios de bambus. Essa amplitude de distribuição

e capacidade de adaptação a diferentes ambientes e situações determina dificuldades para a

erradicação através da mesma metodologia seguida para o Aedes aegypti. Além de sua maior

valência ecológica, tem como fonte alimentar tanto o sangue humano como de outros mamíferos e

até aves. Ademais disso, é mais resistente ao frio que o Aedes aegypti.

É necessário que se promovam levantamentos regulares para a detecção de sua presença e o

aprofundamento de estudos sobre hábitats naturais e artificiais. Recomenda-se ainda o

desenvolvimento de estudos para avaliação da capacidade de dispersão da espécie, incluindo a

competitividade com outros vetores, propagação passiva, capacidade vetorial e de sua participação

na transmissão.

5. TIPOS DE CONTROLE DOS VETORES DA DENGUE, FEBRE AMARELA, ZIKA

VÍRUS, FEBRE CHIKUNGUNYA, LEISHMANIOSE, CHAGAS E OUTRAS DOENÇAS

VETORIAIS:

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5.1 MECÂNICO: Caracterizado por envolver ações de saneamento básico com resultados

permanentes. Exemplo: a coleta e destinação adequada de lixo e a destruição de criadouros

temporários.

5.2 BIOLÓGICO: Consiste na repressão de pragas utilizando inimigos naturais específicos, como

predadores, parasitas ou patógenos.

5.3 LEGAL: Uso de instrumentos jurídicos (leis e portarias).

5.4 QUÍMICO: Uso de produto químico para eliminar ou controlar as pragas. É a última alternativa

de controle.

5.5. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A grande contribuição da educação em saúde consiste na

possibilidade de envolver as pessoas no processo de construção de uma vida com ações que possam

evitar doenças, epidemias e óbitos.

6. TIPOS DE TRATAMENTO

6.1 RESIDUAL: Atua por contato com o inseto e consiste na aplicação de grandes partículas do

inseticida que ofereça estabilidade química. O objetivo é atingir o mosquito adulto que pousar na

área tratada (FIG. 4).

6.2 ESPACIAL: Consiste em colocar gotículas pulverizadas do inseticida na massa de ar (FIG.5).

6.3 FOCAL: Refere-se às ações de eliminação de larvas em criadouros, usando larvicida (FIG. 6).

4 5 6

FIGURA 4 - Ilustração de tratamento residual

FIGURA 5 - Ilustração de tratamento espacial

FIGURA 6 - Ilustração tratamento de focal.

7. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

São chamados Equipamentos de Proteção Individual – EPI, todo o objeto que possa proteger o

trabalhador, evitando o contato com agentes tóxicos, exposição a ruídos, objetos perfurantes etc.

Podem ser equipamentos ou vestuários (FIG. 7).

FIGURA 7 - Ilustração de equipamento de proteção individual.

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8. ROTINA DE TRABALHO NO CONTROLE DA DENGUE

8.1 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE DE ENDEMIAS PARA O CONTROLE DA DENGUE/

SISPNCD/ PNEM

Na organização das atividades de campo, o agente é o responsável por uma zona fixa de 800 a 1.000

imóveis. Suas atribuições no combate aos vetores são:

• Realizar a pesquisa larvária em imóveis para levantamento de índice.

• Realizar a eliminação de criadouros.

• Executar o tratamento focal e perifocal como medida complementar ao controle mecânico.

• Orientar a população com relação aos meios de evitar a proliferação dos vetores.

• Utilizar corretamente os equipamentos de proteção individual indicados para cada situação.

• Repassar ao supervisor da área os problemas de maior grau de complexidade não solucionados.

• Manter atualizado o cadastro de imóveis e pontos estratégicos da sua zona.

• Registrar as informações referentes às atividades executadas nos formulários específicos.

• Deixar seu itinerário diário de trabalho.

• Encaminhar aos serviços de saúde os casos suspeitos de dengue.

• Realizar visita domiciliar para inspeção de depósitos.

8.2. A VISITA DOMICILIAR

Concedida a licença para a visita o servidor iniciará a inspeção começando pela parte externa (pátio,

quintal ou jardim), seguindo sempre pela direita.

Prosseguirá a inspeção do imóvel pela visita interna, devendo ser iniciada pela parte dos fundos,

passando de um cômodo a outro até aquele situado mais à frente. Em cada um deles, a inspeção

deve ser feita a partir da direita.

Concluída a inspeção, será preenchida a ficha de visita com registro da data, hora de conclusão, a

atividade realizada e a identificação do agente de saúde. A “Ficha de Visita” será colocada no lado

interno da porta do banheiro ou da cozinha.

Nas visitas ao interior das habitações, o servidor sempre pedirá a uma das pessoas do imóvel para

acompanhá-lo, principalmente aos dormitórios. Nestes aposentos, nos banheiros e sanitários,

sempre baterá à porta.

Em cada visita ou inspeção ao imóvel, o agente de saúde deve cumprir sua atividade em companhia

de moradores do imóvel visitado, de tal forma que possa transmitir informações sobre o trabalho

realizado e cuidados com a habitação.

8.2. MATERIAL DE CAMPO

De acordo com suas funções e quando o exercício delas o exigir, o Agente de Saúde e Supervisor

devem trazer consigo seguinte material:

• álcool 70% para remessa de larvas ao laboratório (ou tubitos previamente dosados com álcool a

70%);

• bacia plástica pequena;

• bolsa de lona;

• croquis e mapas das áreas a serem trabalhadas no dia;

• caderneta de anotações;

• carteira de identidade;

• cola plástica;

• duas pesca-larvas de nylon de cores diferentes, sendo um para coletar amostras de focos em água

potável e outro para água suja;

• espelho pequeno, para examinar depósitos pela reflexão da luz do sol;

• fita ou escala métrica;

• formulários para registro de dados, em quantidade suficiente para um dia de trabalho;

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• inseticida, em quantidade suficiente, para o trabalho de um dia;

• lápis de cera, azul ou preto;

• lápis grafite com borracha;

• lanterna de três elementos em boas condições;

• lixa para madeira;

• manual de instruções;

• medidas para uso do temephós (abate), colher das de sopa 20g e colher das de café 5g;

• prancheta;

• pipeta tipo conta-gotas;

• sacos plásticos com capacidade para 1kg para guardar o pesca-larvas;

• tabela para emprego de temephós (abate);

• tubitos e etiqueta para focos;

• três pilhas.

BANDEIRA: é colocada pelos agentes de saúde e supervisores na porta, janela, portão ou grade, à

esquerda da sua entrada, de modo que fique perpendicular à fachada da casa, para que os

supervisores gerais possam localizá-la mais facilmente.

8.3. UNIFORMES:

Os uniformes para o trabalho, tanto na cidade como em área rural, obedecerão a modelos

previamente aprovados. Os agentes devem portar um relógio de sua propriedade, para registrar no

formulário horário das visitas domiciliares.

Para facilitar seu encontro nos locais de trabalho, o servidor de campo deve dispor de, cujas cores e

combinações variam de acordo com a atribuição do servidor. Devem ser colocadas em prédios e

embarcações sob inspeção ou tratamento, enquanto os servidores neles permanecerem.

8.4. RECONHECIMENTO GEOGRÁFICO (RG)

O reconhecimento geográfico é atividade prévia e condição essencial para a programação das

operações de campo, de pesquisa entomológica e tratamento químico. Nos centros urbanos, onde

exista numeração oficial dos imóveis, esta identificação será respeitada, devendo-se apenas numerar

os quarteirões existentes. Nas localidades onde não exista numeração de imóveis, esta será feita

provisoriamente pelo agente.

8.5. QUARTEIRÃO: deve ser entendido como o espaço determinado por um agrupamento de

imóveis limitados por ruas, avenidas, caminhos, rios, córregos, estradas, linhas férreas, outros.

Podem ser regulares ou irregulares. O regular é aquele que se pode circundar totalmente; o

irregular, pelo contrário, é aquele que não é possível circundá-lo em função de algum tipo de

impedimento físico, topográfico ou outro.

8.9. PESQUISA EM PONTOS ESTRATÉGICOS (PE)

Ponto estratégico é o local onde há grande concentração de depósitos preferenciais para a desova do

Aedes aegypti, ou seja, local especialmente vulnerável à introdução do vetor (ex: borracharias,

oficinas mecânicas, cemitérios etc).

9. CRIADOUROS E DEPÓSITOS

9.1 CLASSIFICAÇÃO DOS CRIADOUROS

“Criadouro” é todo recipiente utilizado para finalidade específica, que armazene ou possa vir a

armazenar água, seja pela ação da chuva ou pela ação do homem, e que esteja acessível à fêmea do

Aedes aegypti para postura dos seus ovos. Também são caracterizados como criadouros ralos,

calhas, piscinas, tanques em obras, em borracharias, em floriculturas etc.

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9.1.1 Criadouros vinculados ao armazenamento de água

São classificados em dois subgrupos em função da sua importância para o controle do vetor e pela

necessidade da adoção de intervenções específicas para cada um dos subgrupos. Em um subgrupo

estão incluídas as caixas d’água elevadas ligadas à rede pública e/ou sistema de abastecimento

particular (poço, cisterna, mina). No outro subgrupo estão incluídos todos os demais recipientes

utilizados para armazenamento da água destinada a suprir o consumo doméstico.

9.1.2 Pequenos depósitos

Estão incluídos todos os pequenos depósitos domésticos que possam armazenar água, como por

exemplo: vasos e frascos com plantas, pratos e pingadeiras colocados sob o vaso, alguidar, gamelas,

bacias e outras peças utilizadas em cerimônias religiosas, recipientes de degelo sob geladeiras,

recipientes de coleta de água em bebedouros, pequenas fontes ornamentais, bebedouros de

pequenos animais, caixa de ar condicionado etc. Esse grupo de recipientes recebe a denominação

‘móvel’.

9.1.3 Depósitos Fixos

Nesse grupo incluem-se os recipientes permanentes, como calhas e ralos, bem como os tanques

colocados em obras, em borracharias, floriculturas e em grandes hortas, além de bebedouros fixos

para grandes animais. Também nesse grupo estão todos os depósitos encontrados em grandes pátios ferroviários,

portuários, aeronáuticos e de indústrias.

9.1.4 Depósitos passíveis de remoção ou proteção

É subdividido em dois subgrupos em função da adoção de medidas específicas para cada caso. Em

um subgrupo estão incluídos os pneus e outros materiais rodantes, como câmara de ar e manchões.

No outro subgrupo estão os recipientes existentes no lixo (resíduos sólidos), bem como sucatas

abandonadas em pátios ferroviários e portuários, em ferros-velhos e em entulhos de construção.

9.1.5 Depósitos naturais

Nesse grupo estão incluídos os depósitos encontrados na natureza (buracos de árvores) ou plantas

que acumulam água em suas axilas, como é o caso das bromélias.

9.2 TIPOS DE DEPÓSITOS TRABALHADOS

9.2.1 Depósitos inspecionados

É todo depósito com água examinado pelo agente de saúde com auxílio

de fonte de luz ou do pesca-larva.

9.2.2 Depósitos tratados

É aquele onde foi aplicado inseticida.

9.2.3 Depósitos eliminados

É aquele que foi destruído ou inutilizado como criadouro.

10. NOÇÕES SOBRE DENGUE, FEBRE AMARELA, ZIKA VIRUS E FEBRE

CHIKUNGUNYA, CHAGAS E MALARIA

4 doenças, 1 MOSQUITO

Figura 8: 4 doenças, 1 Mosquito

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10.1. DENGUE: É doença febril aguda caracterizada, em sua forma clássica, por dores musculares

e articulares intensas. Tem como agente um arbovírus do gênero Flavivírus da família Flaviviridae,

do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles

confere proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os

outros três. Trata-se, caracteristicamente, de enfermidade de áreas tropicais e subtropicais, onde as

condições do ambiente favorecem o desenvolvimento dos vetores. Várias espécies de mosquitos do

gênero Aedes podem servir como transmissores do vírus do dengue. No Brasil, duas delas estão

hoje instaladas: Aedes aegypti e Aedes albopictus.

A transmissão(Figura9) ocorre quando a fêmea da espécie vetor se contamina ao picar um indivíduo

infectado que se encontra na fase virêmica da doença, tornando-se, após um período de 10 a 14 dias,

capaz de transmitir o vírus por toda sua vida através de suas picadas. As infeções pelo vírus do

dengue causam desde a forma simples (sintomática ou assintomática) à dengue com complicações.

Na forma simples é doença de baixa letalidade, mesmo sem tratamento específico. No entanto,

incapacita temporariamente as pessoas para o trabalho. Dengue com complicações a febre é alta,

com manifestações hemorrágicas, hepatomegalia e insuficiência circulatória. A letalidade é

significativamente maior do que na forma clássica, dependendo da capacidade de atendimento

médico-hospitalar da localidade.

Período

de incubação

extrínseco

DIAS0 5 8 12 16 20 24 28

Ser humano 1 Ser humano 2

Mosquito pica /

Adquire vírus

Mosquito pica /

Transmite vírus

Período

de incubação

intrínseco

Doença Doença

Período

de incubação

extrínseco

DIAS0 5 8 12 16 20 24 28

Ser humano 1 Ser humano 2

Mosquito pica /

Adquire vírus

Mosquito pica /

Transmite vírus

Período

de incubação

intrínseco

Doença Doença

Viremia Viremia

CICLO DE TRANSMISSÃO

DENGUE

Figura 9: Ciclo Transmissão Dengue

10.2. A Febre Amarela é doença febril aguda, de curta duração, de natureza viral, com gravidade

variável, encontrada em países da África, das Américas Central e do Sul. A forma grave caracteriza-

se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática( Figura11) e renal, que podem levar o

paciente à morte em no máximo 12 dias. É causada por um arbovírus pertencente ao gênero

Flavivírus da família Flaviviridae.(Figura10)

A transmissão se faz através da picada de mosquitos, como o Aedes aegypti (febre amarela urbana)

e várias espécies de Haemagogus (febre amarela silvestre). Na forma urbana, o vírus é transmitido

pela picada de Aedes aegypti (ciclo homem-mosquito-homem). Na forma silvestre, a transmissão se

faz de um macaco infectado para o homem, através da picada de mosquitos Haemagogus (ciclo

macaco-mosquito-homem). (Figura12) A febre amarela silvestre na realidade é uma zoonose,

doença própria de animais que passa para o homem. O homem não imunizado se infecta de forma

acidental ao ingressar em matas onde o vírus está circulando entre os macacos. As formas urbana e

silvestre diferem apenas epidemiologicamente, não existindo diferenças etiológicas, clínicas,

histopatológicas ou laboratoriais.

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Figura10: Vacina Febre Amarela

Figura11: Febre Amarela

Figura 12: Ciclo Febre Amarela

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10.3 VIRUS ZIKA

Figura 13: Origem

Figura 14: Primeiros casos

Figura 15: Propagação do Vírus Zika

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Figura 16: Epidemia Zika Ilha Polinésia

Figura 17: Relação Zika e Microcefalia

Figura 18: Microcefalia

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Figura 19: Circunferência crânio do bebe com Microcefalia

Figura 20: Gestante e cuidados com o Virus

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10.4. FEBRE CHIKUNGUNYA

Figura21: Chikungunya sintomas

Febre do Chikungunya… É uma doença infecciosa

febril, causada pelo vírus Chikungunya: CHIKV

Transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o

Aedes aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes

albopictus os principais vetores.

Sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas

articulações, cefaléia e exantema a viremia costumam

durar de três a 10 dias e os casos graves até 2 anos.

Tanzânia – Africa

2007 – Brasil

2014 – Soldados Haiti

2015-Corumbá Figura22: Origem e sintomas

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10.5. DIFERENÇAS SINTOMATOLOGIA ENTRE AS DOENÇAS VETORIAIS CAUSADAS

PELO VETOR Aedes.

Figura23: Diferenças Dengue, Zika e Chikungunya

10.6. Controle das leishmanioses: Os insetos transmissores

Quem são?

Os flebotomíneos são pequenos insetos responsáveis pela transmissão de algumas doenças aos

humanos e animais, como a bartonelose, que é restrita aos altiplanos andinos, e váriasarboviroses

com ocorrência inclusive no Brasil. Porém, de maior importância, pela distribuição geográfica e

número de casos, são as leishmanioses. Estes insetos pertencem à ordem Diptera, mesmo grupo das

moscas, mosquitos, borrachudos e maruins. Apresentam um par de asas e um par de pequenas

estruturas, chamados de halteres ou balancins, responsáveis pela estabilidade do vôo e zumbido

característico dos dípteros. Os flebotomíneos apresentam um vôo curto. Na realidade eles saltitam

na superfície de pouso e mantém as asas eretas, ou seja, levantadas para cima. No Brasil, são

conhecidos por diferentes nomes de acordo com sua ocorrência geográfica, como tatuquira,

mosquito palha, asa dura, asa branca, cangalhinha, birigui, anjinho, entre outros.

Onde vivem?

Os flebotomíneos têm preferência por viver em locais com muita umidade e são vistos geralmente

nas horas sem luminosidade e pouca movimentação de ar. Devido ao seu pequeno tamanho e sua

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fina cutícula, normalmente são encontrados em ambientes protegidos como fendas de pedra,

buracos no solo, grutas de animais, ocos de árvore; e também em ambientes modificados pela ação

humana, tais como: abrigos de animais domésticos (galinheiros, chiqueiros e currais). Sua atividade

se dá em geral no crepúsculo noturno (final da tarde), mas em algumas situações específicas podem

ocorrer durante as horas claras do dia, principalmente em locais associados à extensa cobertura

florestal, como na Floresta Amazônica, ou restritas áreas da Mata Atlântica.

Os flebotomíneos são insetos muito sensíveis às mudanças ambientais, dessa forma, sua criação em

laboratório torna-se extremamente laboriosa e difícil. Tal fato, porém, não significa que, assim

como outros dípteros, eles não possam se adaptar aos ambientes modificados, uma vez que algumas

espécies estão adaptadas para freqüentaráreas próximas ao ambiente domiciliar ou peridomiciliar

humanos.

Alimentação e transmissão das leishmanioses

Os machos de flebotomíneos se alimentam exclusivamente de alimentos açucarados, especialmente

seiva das plantas; por outro lado, as fêmeas também realizam o repasto açucarado nas plantas ou na

secreção de afídeos, que se constitui numa importante fonte de energia, porém, elas necessitam do

sangue dos animais vertebrados para que ocorra a maturação dos seus ovos. Por essa razão, só elas

são hematófagas, e conseqüentemente, estão envolvidas na transmissão de doenças aos humanos e

animais.

As fêmeas após realizarem o primeiro repasto sangüíneo em um reservatório natural do parasita

(Leishmania), podem se infectar, ou seja, adquirir os protozoários. Estes irão sofrer processos de

diferenciação e multiplicação no trato digestivo da fêmea. A digestão do sangue dura em torno de

72 horas em média, dependendo da espécie, porém após o sangue ser digerido e os ovos estarem

amadurecidos, a grande maioria das fêmeas morrem após a postura dos ovos, já que há um desgaste

energético extremo. As poucas fêmeas sobreviventes necessitam realizar uma segunda alimentação

sangüínea, para da mesma forma maturarem seus ovos: é neste momento que elas transmitem a

leishmaniose, pois no ato da picada injetam as formas flageladas (os protozoários) na corrente

sangüínea de sua vítima.(Figura24)

Vale ressaltar que a probabilidade de transmissão da doença vai depender das condições de

exposição dos humanos aos flebotomíneos, assim como ao contexto eco-epidemiológico do

ambiente. (Figura25)

Ciclo de vida

Diferente dos mosquitos, a fêmea de flebotomíneo põe seus ovos no solo das florestas ou em

ambientes modificados pela ação humana. O ciclo de vida de um flebotomíneo compreende as

seguintes fases: ovo, larva, pupa e adulto, por isso os flebotomíneos são classificados como insetos

holometábolos. Os ovos são pequenos, quase microscópicos, e uma vez eclodidos, geram larvas,

que são de difícil visualização a olho nu. As larvas alimentam-se da matéria orgânica presente no

solo e passam por quatro estádios (fases), que no decorrer do desenvolvimento aumentam seu

metabolismo e tamanho. Posteriormente, as larvas transformam-se em pupas, que se fixam no

substrato e não se alimentam. Começa então a fase da metamorfose que resultará no inseto

adulto.(Figura26 e 27)

Para compreender e conhecer seus aspectos biológicos, a solução, portanto, consiste em trazer os

adultos vivos para o laboratório, e criá-los em local especializado (insetário), no sentido de se

manter uma produção para usá-los em pesquisas experimentais.

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Controle

Devido ao tamanho minúsculo, encontrar na natureza larvas e pupas de flebotomíneos é tarefa

extremamente difícil, por essa razão não há nenhuma medida de controle que contemple as fases

imaturas, ao contrário dos mosquitos que colocam seus ovos nos meios aquáticos, possibilitando

seu controle através das formas não aladas.

As medidas de proteção preconizadas consistem basicamente em diminuir o contato direto entre

humanos e os flebotomíneos. Nessas situações as orientações são o uso de repelentes, evitar os

horários e ambientes onde esses vetores possam freqüentar, a utilização de mosquiteiros de tela fina,

dentro do possível, a colocação de telas de proteção nas janelas, evitar o acúmulo de lixo orgânico,

mantendo sempre limpas as áreas próximas às residências e os abrigos de animais domésticos, fazer

poda periódica nas árvores, para que não se criem os ambientes sombreados e realizar o manejo

ambiental evitando o acúmulo do lixo orgânico, no sentido de afastados das casas os mamíferos

comensais, como marsupiais e roedores, prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos.

Epidemiologia das leishmanioses

Epidemiologia das leishmanioses tegumentares

A incidência das leishmanioses tegumentares é cíclica, podendo haver um número alto de registros

em um ano, baixo no outro e alto novamente no seguinte. Na última década, o registro de casos

confirmados tem variado entre 30 mil e 40 mil por ano, no Brasil. Segundo dados da Secretaria de

Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, o maior coeficiente de detecção da doença se

dá na Região Norte, onde ela atinge quase cem habitantes para cada cem mil. Em seguida, há as

regiões Centro-Oeste, com 41,85, e Nordeste, com 26,50 casos para cada cem mil pessoas.

Apesar dos números acima, a letalidade das leishmanioses tegumentares é inexpressiva, ocorrendo

somente em casos esporádicos, como quando surgem infecções secundárias, ou quando ocorrem

problemas na medicação do paciente. Muitos casos, inclusive, não são sequer registrados, ou porque

o infectado não desenvolve a doença (tornando-se apenas um portador), ou porque o enfermo

simplesmente não procura um serviço médico.

Os ciclos no número de ocorrências explicam-se por fatores sociais e climáticos. Por exemplo, tais

registros podem ser influenciados, de um lado, pelo desmatamento ou período de seca, por outro por

algum processo de ocupação desordenada. Enfim, cada região apresentará características próprias, o

que colabora para que os padrões de transmissão das leishmanioses tegumentares sejam de

definição complexa. Ainda assim, tais padrões podem ser descritos em três linhas gerais: a

transmissão florestal, a rural e a urbana.

A transmissão florestal ocorre ao se penetrar nas matas. Por isso, ela atinge especialmente homens

que se dedicam a profissões que exigem o contato silvestre, como a abertura de estradas, a coleta de

produtos naturais, o garimpo, o turismo ecológico ou a extração de madeira. Os flebotomíneos

envolvidos nesse primeiro padrão são essencialmente silvestres, assim como os animais que servem

de reservatório para o agente causador (preguiças, tamanduás, gambás etc). Por isso, os casos por

transmissão florestal concentram-se predominantemente na região Amazônica e no Centro-Oeste.

O mosaico formado por pequenas porções florestais e áreas de baixa densidade demográfica servirá

de ambiente perfeito para a transmissão rural. Neste caso, há espécies de flebotomíneos adaptadas

tanto às matas quanto às áreas próximas aos domicílios. A infecção pode ocorrer em casa ou até

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mesmo quando uma criança vai para escola e passa por um pequeno bosque. Áreas rurais de

ocupação antiga, sobretudo em estados como Ceará, Minas Gerais e Paraná, servem como exemplo.

O padrão de transmissão urbana apresenta em dois aspectos: quando há o deslocamento do inseto

transmissor das florestas para bairros próximos à mata, ou, simplesmente, pela ação de

flebotomíneos adaptados a áreas arborizadas, periféricas à cidade. Um exemplo para o primeiro

caso ocorre quando o perímetro urbano invade a floresta de modo desordenado. Ao ocorrer

desmatamento nos limites urbanos para a construção de novas habitações, os animais silvestres das

proximidades morrem ou fogem, o que deixa os flebotomíneos sem suas fontes alimentares

naturais. Conseqüentemente, o inseto vai buscar nos animais domésticos e no homem o sangue

necessário para a sua sobrevivência, levando consigo o protozoário. É o que acontece atualmente

em Manaus, pois lá tem havido a devastação da floresta vizinha à cidade para a construção de novos

bairros.

No segundo caso, o vetor transmissor da doença já está adaptado ao espaço próximo aos domicílios.

Angra dos Reis e diversas localidades de Paraty, ao sul do Estado do Rio de Janeiro, são exemplos

clássicos, onde as transmissões urbanas são mais comuns. A presença das leishmanioses

tegumentares, porém, em bairros completamente urbanos é praticamente impossível. No máximo,

ela pode ocorrer em bairros periféricos com presença de matas alteradas, como em Jacarepaguá, na

cidade do Rio de Janeiro.

O combate à transmissão das leishmanioses tegumentares é difícil. O tratamento precoce dos casos

ainda deve permanecer como prioridade do programa de controle desta endemia. Quanto às ações

preventivas, é necessário haver uma adequação das atividades de controle às condições de cada

local atingido pela doença. As pesquisas e a política de enfrentamento contra a enfermidade devem

ser adaptadas para cada região, não existindo uma fórmula geral. Contudo, uma coisa é certa: o

alastramento do mal está intimamente ligado ao desequilíbrio ambiental, tema que deve ser sempre

tratado como prioridade.

Epidemiologia da leishmaniose visceral

De acordo com o epidemiologista Paulo Sabroza, da Fiocruz, a atual situação da leishmaniose

visceral no Brasil é grave. O quadro da doença só não é mais sério, em termos de risco potencial de

epidemias em centros urbanos, que o do dengue. Até o início dos anos 80, a leishmaniose visceral

restringia-se a bolsões de miséria, localizados majoritariamente no Nordeste. Hoje já é realidade em

capitais como Teresina, São Luís, Campo Grande, Palmas e Belo Horizonte. Agora, aproxima-se de

outras metrópoles como Brasília e São Paulo. "A questão não é se vai chegar, e sim quando vai

chegar", alerta.

Assim como nas tegumentares, a ocorrência da leishmaniose visceral é cíclica. De acordo com a

SVS, mais de 70% dos casos ainda concentram-se no Nordeste. Em todo o país, entre cinco e dez

mil indivíduos são atingidos anualmente, dos quais cerca de 10% não sobrevivem. Certamente, a

mortalidade não seria tão alta se a doença fosse diagnosticada e tratada mais precocemente. No

entanto, de acordo com Sabroza, além de seu início lento e mal definido (o que dificulta o

diagnóstico), os serviços de saúde ainda não se encontram suficientemente mobilizados para

enfrentá-la, havendo, portanto, escassez de informação sobre a moléstia.(Figura 29 e 30)

Dois aspectos do processo de transmissão apresentam características que contribuem para a

disseminação da leishmaniose visceral. O primeiro é o seu principal reservatório - o cão -, o

segundo é o inseto responsável por 99% das infecções: a Lutzomyia longipalpis, ambos com hábitos

urbanos. O cão é um animal essencialmente doméstico, completamente adaptado à vida junto ao

homem e que inclusive se desloca com ele nas migrações. A L. longipalpis também já adequou sua

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sobrevivência ao que pesquisadores denominam de peridomicílio (as regiões ao redor das casas,

como jardins, parques, bosques, hortas ou quintais). Além disso, até agora, não há vacina de

eficácia comprovada e nem cura para a leishmaniose canina, de modo que a única alternativa é a

eliminação do animal infectado - tanto como medida de controle da moléstia, quanto para evitar o

seu sofrimento. No entanto, a população nem sempre se dispõe a eliminar seus bichos de estimação,

o que mais uma vez ressalta a necessidade de um amplo trabalho de conscientização.

Esporadicamente, os gatos também servem de reservatório para o protozoário.

Em virtude do desmatamento, da migração de populações e das mudanças sociais e ambientais

ocorridas nas últimas décadas, a leishmaniose visceral, antes silvestre, tornou-se uma doença urbana

- apesar de ainda existir em focos rurais. Chega a uma cidade, segue a malha rodoviária, infectando

as populações de beira de estrada, até atingir a periferia da próxima cidade. Diferentemente das

tegumentares, a visceral pode inclusive atingir bairros bem urbanizados e centrais.

Para sanar tal situação, urge que o problema da leishmaniose visceral seja encarado como de alta

prioridade. Sabroza recomenda a completa integração entre profissionais de saúde do sistema

privado e público, o envolvimento dos meios de comunicação em um movimento de

conscientização, em conjunto com campanhas de esclarecimento e a conseqüente colaboração da

população. A constituição de uma inteligência epidemiológica em locais endêmicos, diagnóstico e

tratamento precoce e o diagnóstico e eliminação de cães infectados são outras medidas necessárias.

Por fim, o controle da moléstia passa também por um controle vetorial, tema de trato extremamente

complexo, exigindo a presença de profissionais especializados no assunto.

Figura24: Vetor Leishmaniose L. cruzi

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Figura 25: Vetor Leihmaniose L. longipalpis

Figura26: Ciclo Leishmaniose

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Figura 27: Ciclo leishmaniose

Figura 28: Fêmea do Flebotomo

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Figura29: Sintomas Leishmaniose tegumentar

Figura30: Leishmaniose Visceral Sintomas

10.7. CHAGAS

Figura31: Chagas

Figura32: Sintomas Chagas

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Figura32 e 33: transmissão Chagas

Figura 33

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Figura34: Ciclo Chagas

10.8. MALARIA

Figura35: Malaria 10.9. ROTINA DE TRABALHO NO CONTROLE DA MALÁRIA

10.9.1 NA PREVENÇÃO DA MALÁRIA E NA PROMOÇÃO DA MELHORIA DE

CONDIÇÕES AMBIENTAIS

m saúde e mobilização social.

ambiental, com o

objetivo de fazer o controle de vetores.

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prevenção da malária.

ou orientar a comunidade quanto ao uso de mediadas de proteção individual e

ordenamento do meio ambiente para combater o vetor na fase imatura:

_ Drenagem de pequenos criadouros;

_ Aterro de criadouros;

_ Aumento do fluxo da água;

_ Limpeza da vegetação aquática.

Figura36: Ciclo Malaria

10.9.2 NA IDENTIFICAÇÃO, NO DIAGNÓSTICO E NO TRATAMENTO

r possível a realização, encaminhar a pessoa

suspeita da malária para a unidade de referência.

conforme tabela de

tratamento.

ento.

tratamento e encaminhá-la

para leitura, conforme estratégia local.

conduta recomendada

pelo supervisor.(Figura36)

10.9.3 NA NOTIFICAÇÃO E NO CONTROLE

conforme estratégia local.

de atividade diária.

10.9.4 NO PLANEJAMENTO E NA AVALIAÇÃO

Participar das reuniões de planejamento e avaliação dos resultados das ações de controle da malária

no seu município.

10.9.5. AÇÕES DE CONTROLE DA MALÁRIA

Para combater o mosquito anofelino adulto, usam-se dóis tipos de borrifação com inseticidas

químicos, porém, esta só vai ser executada em

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locais previamente selecionados pela entomologia, levando-se em conta:

BORRIFAÇÃO INTRADOMICILIAR

10.9.6. Objetivo

Proteger as pessoas do risco de adoecer em decorrência da picada do mosquito transmissor da

malária, dentro de suas próprias residências por meio da técnica da borrifação intradomicilar, na

qual o inseticida é aplicado nas paredes das casas, os mosquitos têm contato com o inseticida e

morrem.

Figura 37: Controle Quimico

10.9.7. BORRIFAÇÃO EXTRADOMICILIAR (TERMONEBULIZAÇÃO)-Figura37

10.9. 8. Objetivo

Proteger as pessoas do risco de adoecer em decorrência da picada do mosquito transmissor da

malária, na parte externa das residências. O inseticida é colocado na camada de ar, dessa forma, os

mosquitos têm contato com o inseticida e morrem.

FIGURA 2 - Treinamento da técnica de borrifação em painel demarcado. Detalhe da posição

das pernas do aplicador quando o inseticida é borrifado na parte inferior da parede.

11. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. CONTROLE DE VETORES – Procedimento de Segurança 1. Ed.,

Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. DENGUE: instruções para pessoal de combate ao vetor: manual de

normas técnicas. 3. Ed., rev. Brasília: Ministério da Saúde:Fundação Nacional de Saúde, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Fundação Nacional de Saúde.

AÇÕES DE CONTROLE DE ENDEMIAS: malária manual para Agentes Comunitários de Saúde e

Agentes de Controle de Endemias. Brasília, Ministério da Saúde, 2002.

LEVY, et al. Educação em Saúde: histórico, conceitos e propostas. Ministério da Saúde. Diretoria

de Programas de Educação em Saúde.

FUNASA. 2001. Dengue. Instruções para Pessoal de Combate ao Vetor. Manual de Normas

Técnicas. Ministério da Saúde. Brasília.