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    ESCOLA BRASILEIRA

    OU

    INSTRUCÇÃO ÚTIL

    A'

    TODAS AS CLASSES

    E X T R A H I D A

    DA SAGRADA ESCRIPTURA

    PARA USO DA MO CIDADE.,

    P O R

    JOSÉ'

      D A S IL V A L I S B O A , V IS C O N D E D E C A Y R U ' ,

    SENADO R DO IM PÉR IO, MEMBRO DA SOCIEDADE

    P H IL O S O PH I CA D E P H I L A D E L P H I A . B » C .

    « V , M , M A U * A * * M * M l V ^ V * * M , W A M , , v , W * A < V V M M * A i \

    Os

      que accendem hutna luzerna

    ,

      não a

    mettem de baixo do alqueire, mas a põe sobre

    o candieiro , a fim de que luza a todos que

    estão na Casa.

      — S. Math. V. 5.

    * \ w w w w * v « * w \ w w , u , v u v n v v * m \ v w w * M , w i i

    VOL.  I.

    RIO DE JANEIRO,

    NA TYPOGRAPHIA DE P: PLANCHER-SEIGNOT.

    1 8 2 7 .

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    AO MU ALTO E PODEROSO SENHOR

    D.

      PEDRO I.

    I M P E R A D O R

      C O N S T I T U C I O N A L

    E

    D E F E N S O R P E R P E T U O

    D O B R A S I L .

    SENHOR

    Sendo constante em hum e outro Hemispherio a

    por fia dos infiéis em sobvertertm o Altar e o Throno,

    pela introducção de máos livros, em que se desluz a

    Sagrada Escriptura parece conveniente d firmeza

    e estabilidade do Edifício P olítico, de que VOSSA

    MAG ESTAD E IMPERIAL foi o glorioso  FUNDA

    DO R na Terra da Santa Cruz , que, para se ex

    terminar delia o contagio do século , se instrua e

    fortifique o espirito dos men inos lego no Ensino das

    Primeiras Letras cem a lição de originaes dictemes

    dos Livros Santos , que dão a evidencia interna da

    Divina Revelação. Cem este desígnio fiz apresente

    Collecção de varias doutrinas relativas, que entendi

    não excederem a ccmprehensão dos entendimentos pue

    ris , e que podem aperfeiçoar a boa índole da gera-

    çi.0 nascente, que he a esperança ela ftenc

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    Í N D I C E

    DA

      PARTE

      I.

    J M J M .  P A U .

    Dedicatória á S. M. o Imperador

    Prefacio

      i.

    Satisfação aós Educadores  . . . . i .

    Recommendação de Pai

      . . . . 7 .

    Parenètico aos Cidadãos

      . . i 5 .

    Exhortação aos Educadores ..

      25.

    4

    Honra dos Meninos

      3o.

    Admoestação á Mocidadc

      02.

    Regras dos Mestres

      58.

    I.

      Vinda de Christo

      1.

    II.

      Escola de Christo

     

    5

     •

    I I I .

      Men inos Innocentes

      . . . . . . . 7 .

    IV .

      Cântico dos Meninos

      . . . . . . . . 8 .

    V .

      Bom Ensino

      9*

    V I.  Constituição do Mundo

      12.

    VII .  Constituição do Hom em :

      i 3 .

    VII I .

      Ser e Nom e de Deos

      15*

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    ÍNDICE.

    IX .  Degcneração da Hum anidade  &•

    X .

      Culto Divino

      . . .

      1

    ° '

    X I.  Dedicação do Templo de Salomão

      20.

    XII.  Império do Creador  22.

    X I I I .

      Sabedoria Divina

      í*

    5

    *

    XIV.  Om nipresença de Deos  28.

    ' XV.

      Om nipotencia de Deos

      . . . . . . . . 28.

    XVI .  Providencia Divina  2g.

    X V I I .

      Bondade Divina ..

      . . 3o .

    XVIII.  Amor e Temor de Deos  -3i«

    X I X ;  Confiança em Deos  32.

    X X ;

      Juizo de Deos

      . . .

      . . . . ,

      34.

    X X I .

      Protecção Divina

      . . • 35 .

    X X I I .

      Gratidão á Deos

      # 36 ,

    X X I I I .

      Dedicação á Deos:

      38.

    X X I V .

      Resignação á Deos

      , . 5g .

    X X V .

      Louvores d Deos

      . . . . . , . . . . 4

    o

    '

    XXVI .

      Hum ilhação á Deos

      v

    43^

    X X V I I .

      Propiciação á Deos

      - - . , . . . . , . 4 4 ,

    XXVIII ,  O ração de Salom ão . . . . . . .  45.

    X X I X .

      Irmandade e Linhagem dos IIo-

    ™ens  , . , . , . .  ....  4

    7

    .

    X X X .  H om em B em aven tu rado . . . . . . .  48 .

    X X X I .  D eosts dos Idolatras . . , . . : . . . . .  5 a,

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    INDICÈ.

    X X X I I .

      Origem

      da

      Idolatria  . . . . .

     •.

      55.

    X X X I I I .  Condemnação  da Impiedade  . . 58.

    X X X I V .

      Vocação Gefal  . . . 5g.

    X X X V .

      Causa ela Perdição

      6 o.

    X X X V L

      Destruição

      dos

     Multados  . . . . 61.

    X X X V I I .

      Pessoas que

      se

     salvão

      . . . .  ,.. 62.

    X X X V I I I .

      Salvação dos Justos  . . . . ,  . . . 63<

    X X X I X .

      Diseursq^

      dos

     ímpios  *. 65.

    X L .

      Sacrifícios ímpios

      . , . 67.

    X L I .

      Queda dos ímpios  . . , ,  . . . . . 67.

    X L I I .

      Livre Arbítrio . . . . . . . . .

      r

    ... .  70,

    XLIII-.

      Homem

      Pio

      , . . , . 7j,

    X L IV .

      Apóstata

      e

     Intrigante

      . .

      , , . , , .

      72.

    X L V .

      Justiça

      de

      Deos

      ,  73,

    X L V I .

      Justos

      e

      Injustos

      . . . .

      . . . . . .

      A

     .

      76.

    X L V II .

      Immortalidade et'Alma  . 77.

    XLVII I .  Morte  do Justo,  do  Sabia  e do

    ímpio.....  . , 79

    XLIX.  Vida Eterna

      ,.

      84.

    L»  Ressurre ição Final . . . . . .

      t

    . . . .  85.

    L I.

      Reelempção  da  Humanidade  . -..  86-r

    LII .

      Missão ele Christo  . . . . . . . . . 87.

    LII I .

      Revelações

      de

      Christo

      . . . . 88.

    LIV.

      Doutrinas  de Christo . . , , . , .  89*

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    ÍNDICE.

    9

    3 .

    9

    5 .

    98.

    1 0 1 .

    1 0 2

    LV .

      Esmola e Oração

    LVI .  Hypocrisia e Avareza

    LVI.I.

      Regreis Moraes

    LV1II.

      Amor do Próximo

    L I X .

      Misericórdia aos Penitentes

    L X .

      Pcccador Arrependido

      io3 .

    L X I .

      Filho Pródigo

      104.

    L X I I .

      Fariséo e Publicano

      106.

    L X I I I .

      Ovelha Perdida

      .

     .*

      107.

    L X I V .

      Juiz Iníquo

      108.

    LXV. O

      Cruel Condejnnado

      . . . . . . . í o y .

    LXVI . /

      Lição de Civilidade

      110.

    L X V II .

      Reino dos Ceos

      112.

    L X V II I .

      Parábola do Semeador

      . . . . 1 16.

    L X I X .

      Parábo la dos Talentos ..

      119.

    L X X ,

      Rebeldes

      '

     Destruídos

      121 *

    L X X I .

      R ico A varento . . . . . .

      122.

    L X X I I .

      Sermão das Bemaventuranças

      124*

    L X X I I I .

      Exposição da Lei . '.' 1

    26.

    L X X I V .

      Pergunta de Joven

      . . . . . . . 1 2 9 .

    L X X V .

      Discípulos de Fariséos

      . . . * . 129.

    L X X V I .

      Dou tor da Lei %

      i 3 o .

    L X X V I I .

      Mancha do Homem

      i32 .

    LXXV1II .  Dever do Perdão  133.

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    ÍNDICE.

    L X X I X .

      Dou toures Hypocritas

      . . . . 1 33 .

    L X X X .

      Dever da Renificencia

      . . . i 3 5 ,

    L X X X L

      Dia do Juizo

      i 3 8 .

    L X X X I I .

      Tolerância de Christo

      i 3 8 .

    L X X X I I I .

      Divindade de Christo . . . .

      14

    1

     —

    L X X X I V .  Ma gistério de Christo  . . . . . 142.

    L X X X V .

      Patriotismo de Christo

      i 4 3 -

    LXXXVI. .

      Política de Christo

      . . . . . . . . i44*-

    L X X X V I I .  Divino Poder de Christo.  . . i44«

    L X X X V I I I .

      Milagres de Christo

      . . . , . . i45 . .

    LXXXIX.. .

      Inquirição Farisaica

      i5o . .

    X C .

      Censurados Judeos  . . . . . . 153.

    X C I .

      Instrucção dos Apóstolos . . . .

      i54>

    X C I I .

      Sacramento da Eucharistia

      . . 155..

    X C I I I .

      Orações ele Christo

      i56 .

    X C I V .

      Profecia Cumprida

      160.

    X C V .

      Novo Testamento

      160.

    X C V I .

      Paixão de Christo

      164-

    X C V II .

      Ressurreição de Christo . .

      170.

    X C V I I I .

      Testemunhas da Ressurreição .

      171.

    X C I V .

      Ascensão de Christo . . . .

      174.

    C.

      Vinda do Espirito Santo

      17o.

    C l .  Concelho Judaico  176.

    CII .  Effeitos da Oração e Esmo la

      . . . 180 .

    Protestação de Fé ..

      182 .

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    w^m^—t^^^haÊ^m^^ém

    ftfWw.

    O c e l e b r a d o J u r i s c o n s u l t o I n g l e z   J E R E

    M I A S B E N T H A M   n o an uo d e 1 8 1 6 d eo á

    l u z e m L o n d r e s l i u m a i n si g u e O b r a , q u e

    a p p e l l i d o u   C H R E S T O M A T H I A  , o u  I N S T R U C -

    ÇAÕ ÚTIL  , q u e c o n té m h u m sysfcerna d e

    E n s i n o do s E s t u d o s M a i o r e s , d e s t i n a d o

    ás c l a s se s m éd i a s

      7

      e a l t a s . A h i . a p r e s e n

    t a D u a s T a b e l l a s e m q u e d e l in e o u e m

    m e l h o r o r d e m , e m a i o r a m p l i t u d e

      ?

      o s

    R a m o s d a S u p e r i o r L i t e r a t u r a , q u e s e

    v ê e m n o M a p p a E n c y c l o p e d i c o d è P a r í s

    f

    .

    e n o P l a n o d e E d u c a ç ã o , q u e o f a m o s a

    T A L L E Y R A N D  p ropo z ao Corpo Le g i s l a t ivo

    d a F r a n ç a ( *). E l l e i n t i t u l o u a s u a N o v a

    I n s t i t u i ç ã o =

      ESCOLA CHRE STOM ATH ICA

      = .

    (*)  Veja-se  a  Colleceâo  —  Choix  de  Rapports.  —

    Vol. V.

    * ii

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    TV.

    Per tencendo á Assembléa Legis la t iva

    do Im pé rio do Bras i l o ju izo e aprov ei

    t am en to de t a l O bra pa ra o r egu lam en

    to dos E sta do s , considerei qu e seria con

    veniente dar

      k

      luz para uso das Escolas

    par t ic ulare s esta

      CARTILHA,

      que offereço por

    conter Ins t rucção

     *

      útil á todas as classes,

    e pod er servir de S up plem en to ás l ições

    dos meninos  5  fac i l i tando- lhes o aprende

    rem Yerdades Cap itães e m 'P u r a Fon te j

    a fim de se form ar nelles espirito re c to ,

    e solido ca rac ter , qu e os co nsti tua bo ns

    cidadãos. Para esse effeito , qüe melhor

    lição se pôde ind ica r qu e a das próp rias

    palavras dos Escr iptores agiographos, que

    forão Mes t res nas Leis Div inas , e que

    del inearão o or iginal qu ad ro da Socieda

    de , ind icando o pr imordia l es tado , a pos

    ter ior decad ência da Const i tu ição do G ê

    ne ro H u m a n o , e os saudáveis conselhos

    para o melhoramento de sua conduc ta?

    Depois da Doutr ina Chris tãa , que nos

    ens ina a Santa M ad re Igre ja C athol ica ,

    Ap os tó l ica , R om an a , e em qu e pela

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    19/269

    Legislação e xistente os Me stres das p ri

    meiras Letras são obr igados a ins truir

    os discipulos de sua s E scolas , -ne nh u n s

    conhecimentos se podem considerar mais

    dignos de fazer parte da Geral*-Educa

    ção , e dos E xe rc id os diários das m es

    m as Esc olas , do qu e hu m a Collecção de

    Doutr inas Rel ig iosas , Econômicas , e Mo

    raes , que se achão na E sc r iptu ra Sagra

    d a , e qu e são as Colum nas da Civi lisa-

    ção , e veneraveis D ocu m entos da O r

    de m Social , estabelecida pelo R eg ed or

    do Universo .

    O es tudo da Sagrada Escr iptura só pô

    de ser profun do nos Ec clesiasticos j p o

    rém todas as Classes de pessoas interes-

    são em saber algumas das suas doutr i

    nas sobre a or igem da Sociedade , Rel i

    g ião , In d u s t r i a , e que be m se podem

    considerar como  REGRAS DA VIDA.  E s t a n

    do p orém alli d ispersas , só po de m fazer

    co nsta nte imp ressão n os espiri tos , a p re

    sentando-se unidas .

    El ias na tu ralm en te devem produzir ef-

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    20/269

    V I .

    feitos os mais saudáveis , e permanentes

    nos entendimentos dos meninos , ' f ixan-

    do-se n a .m em ória ^,no estado da in n o -

    cen cia j a f im de qu e , em certas idéa s

    cardeaes , os Brasileiros se mostrem sem

    pr e como os prim itivos Christãos , se

    gundo se refere nos Actos dos Aposto-

    l p S ,

      HO MESMO CORAÇÃO, e DA MESMA AL M A.

    As pr incipaes passagens des ta Col lec-

    ção são das obras do Legislador do Po

    vo Elei to , e dos dous ins ignes Reis de Is

    rae l , D av id , e Salomão. Os M estres das

    pr im eira s le tras ( qu e devem ser ins tru í

    dos na H is tor ia Sagrada ) terão su m m o

    cu idado em insp irar á seus discípulos a

    m aior reve renc ia aos Liv ros Santo s , co

    mo depósitos da Revelação de Deos ao

    Gênero H um an o , pa ra a Red em pção da

    CULPA ORIGIKAL  , a soberba dos primeiros

    pais , qu e t iverão a ph an tas ia de  • p r e s u

    m ir , que poder ião ser iguae s ao seu Crea -

    dor , e im pu ne m ente v io larem a O rde m

    qu e lhes de u pa ra se prov ar a sua f ide

    l idade . El les con t inuam ente lhes m os t ra-

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    21/269

    VITÍ

    r á õ ^ a p e r s e v e r a n ç a d a m a l í c i a d o s h o

    mens em. ç incO   FACTOS e  M A L E S r :  E S C R A V I

    DÃO

      , CRUELDADE , GUERRA , SALVAJARIA ,

    L I B E R T I N A G E M   , = q u e a i n d a s e v êe m t ão

    e x t e n s a s n a T e r r a , p o r q u e n ã o t e m q u e

    r i d o s u b m e t t e r - s e á L e i d o  T R A B A L H O  ,

    PAZ  , e  BENEVOLÊNCIA  , o r d e n a d a p e l o C r e a -

    d o r e S a l v a d o r d o M u n d o .

    O c e l e b r a d o R e i t o r d a U n i v e r s i d a d e

    d e P a r i s , M r .  R O L L I N  , que se hav ia a fa -

    m a d o n a R e p u b l i c a d a s L e t r a s p e lo s e u

    T R A T A D O D O S E S T U D O S  , q u a n d o a F r a n ç a :

    se g lo r i ava de t e r R e i G hr i s t i a n i ss im o ,

    e s t a b e l e c e o o u s o d e p r i n c i p i a r e m a s L i

    çõ es n as Au l a s d o s

      E S T U D O S P R E P A R A T Ó

    RI OS  p e l a ex p o s ição d e a l g um a p as sa g em

    d a E s c r i p t u r a S a g r a d a : e p a r a is so fe z

    h u m a  COLLECÇAÕ D E MÁ XIMA S  , q u e po z

    á f re n t e d e h u m a O r d e m A c a d ê m i c a ,

    s e g u n d o r e f e re o s e u b i o g r a p h o n a e d i

    ç ã o q u e d e o d o d i to T r a t a d o e m   i 8 o 5 . '

    N o T o m . I I . A r t . 2 . a q u e ll e i ns ig n e M e s

    t r e d e R h e t o r i c a , q u e o i n t i t u l a d o B E L -

    LO

      E S P I R I T O  do. s écu l o p as sad o i n a u g u r o u

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    a*

    c o m p e n s a s m a i s d i g n a s d e s u â m a g n i f i

    cên c i a , e m a i s p r o p o r c i o n ad as á v i r

    t u d e . »

    « E s t a  P I E D A D E ,  cu jo ca rac te r cons i s t i a

    na firme.  CONFIANÇA EM DEO$ , e r a a q u e

    regu lava o des t ino do povo , e íp i e de

    c i d i a a b s o l u t a m e n t e d a f e li c id a d e p u b l i

    c a , e d a s or te d o E s t a d o . T u d o e ra m e

    d i do po r e l la j as es taç ões favoráveis

      j

      a

    fe cu nd id ad e j a v i c toy iá sob re òs~ in im i

    gos 5 a sa lva ção nos m aio re s per ig os ; a

    l ibe r t a çã o do jugo es t ra nge i ro j o gozo

    d e t o d as a s v a n t ag en s ^ q u e se p o d e m '

    d i s f ru c ta r no se io dâ paz '. A o c on t ra r io ,

    a im p i ed ad e a t t r a h i a o s f lagel lo s do Ce o ,

    a fome , a pe s te , as d er ro ta s , a esc rá- ,

    v i d ã o , a r u i n a i n t e i r a

    1

      d a s m a i s p o d e r o

    sas casas ; e o c r im e sem pr e co ndu z ia

    á h u m fim d e sg r a çad o . »

    « E s t a s o b s e r v a ç õ e s p o d e m m u i t o s e r -

    v i r a i n s p i r a r s e n t i m e n t o s d e

      P I E D A D E , .

    i n s eh s i v e l m en t e , ág r ad av e l i ri e r it e , s em

    t r a b a l h o , s em a f fec t áção , se iri ' p a r ec e r p r e

    g a r , n em f aze r  L O N G A S M O R Á L I D A D É S  : O -

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    xnittil las , seria privar os jovens dos maio

    res f ruc tos , qu e os Livros Santos encer-

    rão , e fazer-lhes ig no rar a

      ALMA DA ES

    CRIPTURA. , ,

    ,., D iz mais no T o m . IV Pa r t . I . A r t . 2 :

    «Para se conseguir o f im da educação

    d a M oc id ad e, o pr imeiro passo que se

    •deve d a r h e ; an tev er o destino á qu e se

    propõe j in qu irir porqu e derrota se pôde

    chegar ao alvo j e escolher  GUIA  hábi l e

    exper imentada , que a conduza com se

    g u ra n ça . A in da que seja regra judiciosa

    e prudente ev i tar  SINGULARIDADE  , e se

    g u ir os usos estabelecidos , com tud o e s

    ta máxima admit te excepção. Devem-se

    temer os perigos e os inconvenientes de

    liu m a espécie de servidão, que nos in -

    d u z a seguir cegam ente as pegadas dos

    qu e nos tem precedido ,  CONSULTANDO M E

    NOS  A RAZAÕ QUE

      o

      COSTUME

      , regulando-se

    A m a is pelo q u e se faz , do qu e pelo qu e se

    deve fazer . Dahi f reqüentemente resul ta ,

    q u e , intr od uz ido alg um erro , elle se com-*

    munica,  d e  msio  á m ã o , e de século á

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    3UÍ

    s é c u l o , e v e m a c o n s t i t u i r - s e l e i p e l a

    q u a l s e j u l g a q u e c a d a h u m d e v e r e g e r *

    se co m o os o u t ro s , e seg u i r o

      G R A N D E N U »

    M E R O .  E s t á p o r v e n t u r a o G ê n e r o H u m a

    n o t a õ b e m c o n s t i t u í d o , q u e a p p r o v e s e m

    p r e o q u e h e m e l h o r ? O co n t r a r i o n ão h e

    o q u e ac on tec e ás m ai s d as vezes ? »

    Q u e m a i s s e g u r a e m e l h o r  G U I A  s e p ô

    d e c o n s i d e r a r p a r a a e c o n o m i a p a r t i c u l a r

    e p u b l i c a q u e a S a g r a d a E s c r i p t u r a , e m

    q u e es t á a P A L A V R A D A V I D A ?

    A D A M S M I T H  n a sua o b r a d a r = -  R I

    QUEZA DAS NAÇÕES  = , t r a t a n d o d a  I N S -

    T R U C ÇA Õ P U B L I C A n o L i v . V C a p ,

      (

    I I I .

    m e n c i o n a o s  PROVÉRBIOS DE SALOMAÕ  , cos

    m o  R E G R A S D A V I D A  , ap p r o v ad as p o r

    c o n s e n s o ç o m m u m .

      L L

      ......

    E D M U N D B U R K E

      , n a s s u a s a d m i r a d a s

    ^REFLEX ÕES SOBRE A REVOLUJÇAÕ  d a F r a n ç a

    a r g u e a A s s e m b l é a í í a c i o n a l , p o r n ã o t e r

    s eg u i d o o s d o c u m en t e s d o E co n o m i s l ia

    S a g r a d o , o A u t h o r d o =

      ECCLESIASTICO

      —

    T

    - c ita nd o o C a p . X X X V I I I , v .  3,5 e se g.

    A L E X A N D R E D E I*A B O R D E  d e O  Jaum

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    á-spêjicte- religioso  á"sua  o b ra • =  E S P I R I T O

    D'È

      AsáociAçAõ •=)  f u n d a n d o a s s u a s d o u t r i

    n a s eeoriomicâ*S' e m tex to s da E sc r i p tu ra . .

    E s t e ' I M e m b r o d o  « I N S T I T U T O ' N A C I O N A L

    ( h o j e U n i v e r s i d ad e ) d e « P a r i s ,* n o s eu

    fcLANO DE -EDUCAÇÃO para 'O S MENINOS PO

    BRES

    1

     i

    :

     d a d o s á l u z e m L o n d r e s e m 1 8 1 5 ,

    a s s i m d i z

    x

      n ó * Ç ap . X : " A M o r a l h e a

    L ín g u a U n iv er sa l dós povos , a l iga co in -

    m u m d os h o m e n s , e a  ESCRIPTURA SANTA

    h e o  L I V R O D A W O R A L .  N ã o sé dev ia for

    m a r E sc o l a y * - q ue* n ão se e s tab e l eces se

    so b r e ' o s e t e r n o s p r ece i t o s d es t e L i v r o D i

    v ino , e o s d i sc ípu los não '

    T

    b e b è s s é m n e l -

    le o s ' seu s exe m plos , ás su as dout rinas* ,

    a s s u a s l i ç õ e s . ' , ,

    E s t a s A u t h o r i d a d e s d ã o - a po lo gia á

    p r e s e n t e  SELÉCTA.

    A i n d a q u e á a l g u n s l e it o re s p a r e ç a q u e

    t a e s '  d o u t r i n a s s ã o =  L U G A R E S C O M M U N S  ,

    "COUSAS SABIDAS

      •=.

      E VAftAS GENERALIDA

    DES

     -=z

      h e v e r o s i m i l q u e o u t r o s a s e s t i m e m

    c o m o   R E G R A S P R A T I C A S d e R e l i g i ã o , É c o n o -

    • m i a , M o r a l i d a d e , e a té  M Á X I M A S D S E S T A D O ,

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    x m ;

    q u e m u i t o c o n v é m t e r e m c o n s t a n t e rnem o-

    r i a , p a r a D i r ec t o r i a r eg u l a r d o s Ne g ó c i o s

    d a s N aç õ e s , a fim d e s eg u r a r - s e a sua I n

    d u s t r i a , R i q u e z a , e P r o s p e r i d a d e . P o s t o -

    que os an t igos povos não t ivesáem idéas

    c l a r a s d a E c o n o m i a p o l í t i c a , t o d a v ia ,

    c o n s t a n d o d a H i s t o r i a , q u e m u i t a s se

    e n r i q u e c e r ã o e a p o t e n t a r ã o p o r s e u t r a

    b a l h o e co m m er c i o , h e m an i f e s t o , q u e

    n e l l e s , m a i s o u m e n o s , p o r n a t u r a e s

    i n s t i n c t o s e s e n t i m e n t o s , p r e v a l e c e r ã o o s

    P r i n c í p i o s F u n d a m e n t a e s d a q u e l l a S c i e r i -

    c ia , e m v i r t u d e t a m b é m , e p r i n c i p a l

    m e n t e , d a  OR DEM SOCIAL  , e s t ab e l ec i d a

    p e lo S u p r e m o F u n d a d o r d a S o c ie d a d e ,

    q u e só a ig no râ nc ia e m al íc ia dos Po-?

    v o s , e d e s eus G o v e r n o s , t em p e r t u r

    b a d o .

    C í c e r o , c e l e b r a d o O r a d o r e E s t a d i s t a d o

    I m p é r i o R o m a n o , i n s i n u a v a , q u e d e v ia

    f a z e r p a r t e d o s E s t u d o s l i b e r a e s d a M o -

    c i d a d e o l e r e m e a p r e n d e r e m d e c ór o s

    m e n i n o s a  LE I DAS DOZE TABOAS  , á q u e

    de o o t i t u lo d s =   CANÇAÕ NEC ESSÁR IA  :==

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    ( c ARMEM- NEC ESSA RIUM  ) . P o r q u e o s j o v e n s

    B r a s i le i ro s n ã o a p r e n d e r ã o t a m b é m , a i n

    d a n a s E s c o l as d a s P r i m e i r a s L e t r a s , a

    s e g u i n t e  T A B E L L A  d a s L e i s d o r e g i m e n

    p a r t i a u l a r e p u b l i c o , q u e s ão co n f o r m es á

    C o n s t i tu i ç ã o d o M u n d o , e d o G o v e r n o

    T h e o c r a t i c o , e q u e s ã o r e a l m e n t e o s   F U N

    D A M E N T O S  DA CIVILISAÇAÕ ?

    H u m d o s h o r r i d o s e f f e i t o s d a R e v o l u

    ç ã o d a ; F r a n ç a ( q u e a i n d a s ã o s e n t i d o s

    e m h u m e o u t r o H e m i s p h é r i o ) h e o t e r -

    s e c o n s t i t u í d o , q u a s i g e r a l ,  M O D A  o p r e s

    c i n d i r - s e d a E s c r i p t u r a e m t o d a a L i t e - ,

    r a t u r a . O   M O T E  d o s p r e s u m i d o s , q u e s e

    i n t i t ü l ã o

      F I L H O S D A L U Z ,

      m a s q u e só b r i -

    l h ão n a s t r ev as , h e =   F O R A A N T I G U A -

    I H A S  r = . T o d a v i a o s s á b i o s p ro f u n d o s e

    p i o s a l li a c h ã o c o n c e n t r a d a a s a b e d o r i a

    q u e V E M D O A L T O .

    A t é n a F r a n ç a , n ã o o b s t a n t e a c h a r - s e

    a i n d a c o n v u l s a c o m a v e r t i g e m d o s é

    cu l o findo, o s E sc r i p t o r e s d e n o m e a d a

    n ã o d e s d e n h ã o r e c o r r e r a o V e l h o e N o

    v o T e s t a m e n t o e m c o n t e s t a ç õ e s s o b r e a

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    X V .

    Eco nom ia do Es ta do , e m elho ram ento

    do G ov ern o , r ecomm endando a LEI DO

    AMOR D E DEOS , E DO PRÓXIMO , q u e SÓ

    h e capaz de trazer a  UNIÃO NACIONAL  , e

    produzir a fel icidade domestica. O Con

    de de

      MONTLOSIER

      na sua rece nte e fa

    mosa

      MEMÓRIA

      sobre o

      SYSTEMA RELIGIOSO

    e  POLÍTICO  na Pa r t . I I I . Cap , I V , a s sim

    conc lue : « D iz o Esp iri to Sa nto : os teu s

    u

      filhos serão como os renovos das oli-

    " veiras no circüsito da tua m esa . — E is

    H

      como será abençoado o que teme a

    " D e o s

    De ver ia eu tam bé m dizer a lgum a cou-

    sa para ins t rucção dos Mes t res das Pr i

    m eiras L et r as . N a verdade e lles devem

    ser considerados com o os segundo s P a is i

    e não menos dignos de honra que os que

    derão a vida , pois delles depende a boa

    edu caçã o dos f ilhos , qu e a ma ior pa rte

    dos Progen itores não podem , ou não sa

    be m dar . Reservo para o Append ice de s

    ta Car t i lha fazer - lhes a lgumas recommen-

    dações . Aqui porém desde já lembro- lhes

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    X V I .

    o Co n se l h o d o S ag r ad o E sc r i p t o r d o so -

    b r e d i t o L i v r o i n t i t u l a d o = E c c l e s i a s ti c o

    C a p .  X X X I I I . v . 12 .

    " P o s e r ã o - t e p o r D i r e c t o r d o s o u t r o s ?

    , , N ã o te e leves po r i sso : sê e n t r e e l les

    , , c o m o h u m d e l l e s m e s m o s . , ,

    P r i n c i p i a r e i a C a r t i l h a p e l a L i ç ã o d o

    D i v i n o M e s t r e d a L e i E v a n g é l i c a j e ll a

    riio stra a im po r tâ nc ia do m in i s t é r io do

    B o m E d u c a d o r .

    P a r a ev i t a r pe r igo d e e r ro , e toda s as

    c l a s se s s e r e m seg u r as d e q u e n e s t a C a r

    t i l h a n ã o s e c o n t é m s e n ã o d o u t r i n a o r -

    t h o d o x a , d i v i d i n d o - a e m t r ê s P a r t e s , n a

    d a p u z d e m e u s e n ã o a l g u m a b r e v e

      N O T A .

    H e só a B i b l i a q u e i n s t r u e . V a l i - m e

    d a t r a d u c ç ã o a p p r o v a d a e c o r r e n t e d o

    i n s i g n e t h e o l o g o P . A n t ô n i o P e r e i r a d e

    F i g u e i r e d o . S e h o u v e r e m C e n s o r e s d e

    h u m t r a b a l h o , q u e h e d e s i m p l e s  O R D E M

    D E  M A T É R I A S ,

      d es d e j á ap e ll o p a r a á A u -

    t h o r i d a d é d ò A p ó s t o l o d a s G e n t e s , e

    d o P r í n c i p e d o s A p ó s t o l o s .

    " N ã o vos co nform eis a es te séc ulo ,

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    X V I I

      ;

    n e m v o s d e s e n c a m i n h e i s c o m d o u t r i n a s

    v a r i a s , e p e r e g r i n a s , , .

    44

      O s h o m en s m áo s , e i m p o s t o r e s i r ão

    e m p e i o r , e r r a n d o , e m e t t e n d o a o u t r o s

    e m e r r o s . M a s t u p e r s e v e r a n a s c o u s a s ,

    q u e a p r e n d e s t e . D e s d e a i n f â n c i a f o s t e s

    ed u ca d o n as S ag r ad as L e t r a s ,~ q u e t e

    p o d e m i n s t r u i r p a r a a s a lv ação , p e l a f é ,

    q u e h e e m J e s u s C h r i s t o , , .

    u

      T o d a a E s c r i p t u r a d i v i n a m e n t e i n s

    p i r a d a h e ú t i l p a r a e n s i n a r , p a r a a r g u i r ,

    p a r a co r r i g i r , p a r a i n s t r u i r n a j u s t i ça , a

    f im d e q u e seja perfe i to o  HOMEM DE DEOS^

    e p r ep a r a d o p a r a t o d o o b e m , , .

      P r o c u r a i , c h a r i s s i m o s , o s e r d e s a c h a

    d o s i m m a c u l a d o s e i n v io l ad o s e m p a z :

    N a s E s c r i p t u r a s h a a l g u m a s c o u s a s d i f f i -

    c i e i s d e s e e n t e n d e r e m , q u e o s n é s c i o s

    e i n c o n s t a n t e s d e p r a v ã o p a r a a s n a p e r

    d i çã o . N ã o de sc aia es d a vossa firmeza.

    PAUL.

      ROM . X I I . 2 . = :

      HEBR. X I I I .

      9 .

      Z=Z

    T I M O T H

      I I I . i 5 , 16 . 1 7.  •= ,  I I . P E T R .

    C . I I I .

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    fr++-H.**fr¥*

    :

    *i*W

    SATISFAÇÃO

    A O S E D U C A D O R E S .

    Fiz esta Cartilha supplementaria para as Esco

    las Pa r t ic ul a re s , inc i tado pe lo exemplo da qu e

    o i l lustre

      João de Barros,

      Pa i da Historia d o

    Brasil , intitulou

      Cartinha

      de Grammatica da Lin-

    gua Po rtugu eza, em qu e (seg un do disse ) poz

    os

      elementos das leteras

      em modo de

      arte me~

    morativa,

      os precei tos da L e i , e os M an da

    mentos da Igreja , accrescentando hum Dialogo

    da

      Viciosa Vergonha ,

      impresso em Lisboa em

    i54o,

      em qu e expoz varias do utr ina s m oraes ,

    confirmando com textos da Escriptura . A obra ,

    sen do rarissima , foi reiropressa naq ue lla C orte

    em 1785 pelos M onges da Re al Cartucha de N . '

    S. da Espada do Ceo. O Editor diz no Pr ól og o:

    cc F o i h u m a das gloriosas emp rezas deste Sá

    bio , e h on ra d o Portu gu ez a edu cação -da mo-»

    cid ad e. Escreveo hu m a Cartilha , na qu al

    * ii

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    a

    com exactidão e c lareza com preh end eo os p ri n

    cípios do Chsisl ianismo , que os M enino s Ca lho -

    licos d evem be be r j pois n ão se pôd e ver sem

    p e n a , qu e na criação dos filhos sejão os Pais

    tão cuidadosos da nutr ição do corpo, e que da

    d o es pi r i t o, ou de todo se esqueção , ou tar

    de e escaçamente se lem br em . »

    « Foi M es tr e , fo i luz , e ornam ento de toda

    a Naçã o Portugueza , q ua nd o escreveo o D ia lo

    go da

      Viciosa Vergonha ,

      a qua l com mais pr o

    pr iedade podemos chamar —

     Ethica a

      mais

     pu

    ra , e mais Christâa,

      com qu e sempre devera

    ser educada a Mocidade Por tugueza . Livro in-

    com parave l , po r ser o seu objecto o mais im -

    po r tante á Rel ig ião , e ao E s t ad o

    ;

      pois se en-

    sinão nel le as Máximas da honra

      ,

      pe los pr inc í

    pios da P ied ad e , sem a qua l nem h a hon ra

      ,

    qu e seja d igna des te n o m e

    ,

      nem Fel ic idade

    v e r d a d e i r a . »

      *

    Re con hec end o eu o gran de esp ir i to , e zelo da

    pá tr ia do ins igne His tor iador dos Descobr imen

    tos d 'A fr ica , Ásia e A m er ic a , penso que o

    seu Dialogo nã o se pôde hoje conside rar d e

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    3

    inslru cção sufficiente , n em de lingu agem co r

    re nt e . Is to se manifestará da seguinte passa

    gem da pag. -23i , em que censura os Educa

    dores do seu tem po , e a libe rda de do ensino :

    cc N em todolos qu e ensinam ler e escrev er,

    n õ sã pera o ofíic io q ue t e m , quSto mais en-

    tend ella , por crala que seia. E aind a qu e is

    to n ã seia pera ty , dillóey pera q ue m m e ou

    vir , com o

      hòme zeloso do bem cômü

     ->•>.

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    4

    feito em os estud os de Coimb ra ; a qu al o bra

    será posta no Cathalogo das m ercês qu e estes

    reinos del ie tem recebidas, muy celebrada dos

    pr es en te s , e louvada dos qu e vierem depois de

    nos ».

    Na pag. 331 mui sentenciosameute diz:

    « Ordem desordenada he ante do merec im en

    to de m and ar o prêmio , e ante do trabalho to

    m ar o m anja r. Sabe que a m oeda n ã lê valia

    pe la imagê de A le x an d re , de César , de Po m -

    p e o ,  ou da lgü dos Monarchas

      ;

      opiniã he de

    p o v o , o peso e qui la tes do ouro lhe dá a u a-

    lia ».

    « A nd a raste iando por terra a vir tud e em di

    tos , is t or ias , l ivros mo raes , e ou tras sc rip lu -

    ras profanas de palavras mortaes : toma o

      jugo

    do Evangelho

    , qu e é carga leve e su av e, a

    qu al te pôd e livrar de tod olo s pirigos da sobeia

    e m ingu ada v ergonha J>.

    «Cõ l icèsa daquella Div/na Magcstade que

    faz a to dolo s lic enc iado s em zelar a salvação d o

    próximo (porque tenho es ta auçã , e outra de

    p a y ) apresen tar- tey a lguãs arm as t iradas da

      ar

    maria da Santa Escriptura ».

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    5

    He mui notável a noticia qué este Escriptor

    dá na

      Dedicatória

      da sua Obra , dizen do , qu e

    no seu tempo havião

     Bispos

      e

     theologos Ethiopes,

    que aprendião a Língua Por tugu eza em Lisboa

    na casa de Santo Eloy

      ,

      a fim da propagação

    da Lei de Deos  n'

     África

      , on de já havia co m e

    çad o , com o estava prophetizado no

      Psalmo.

      d e

    David.

      L X X I . v . 9 «

      Os Ethiopes

      se prostra-

    ráò diante del le ».

    Infel izmente a cúbica dos homens em grande

    parte imp edio o progresso d o cu m prim ento des

    ta proph ecia , pela intróçruçção no Brasil de Es

    cravatura Africana. A Divina Providencia tem

    gran dem ente obstado á este

      horrido mal,

      pelo

    Grande e Christão Projecto

      do Governo Inglea

    d e

      civilisar ei  África',

      pela Declaração do Congres

    so dos Príncipes da Ch ris tandade da Abolição

    desse enorme Traf ico; pe lo Tra tado conc luido re

    centem ente entre S . M . o Imp erador do Brasi l

    e E l «Rei da G ram -Bre tanh a.

    A conseqüência será a rápida m ult ipl icação

    de o riun do s dos Africanos; pelo evidente interesse

    dos Senhores no melhor t ra tamento, no ze lo

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    6

    fle casamento de seus escravos   ̂na religiosa edu

    cação dos crioulos, no ensino das primeiras le«

    trás do maior possível num ero dos libertos. As

    sim não faltarão ao Império trabalhadores su"

    ho rdinados , dóceis , de bons cos tumes, e habi***

    tos de honesta e activa industria. Tal he ajus

    ta esperança da Nação Brasileira

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    R E C O M M E N D A Ç Ã O D E P A I .

    Sa lomão como era m ui sá b io , en s inou o

    Po vo. Buscou palavras ú t e i s , e escreveo di s

    cursos ajustadissimos, e cheios de verdade.

    As palavras dos Sábios são com o h u ns est í

    mu los , e como hu ns c ravos profun dam ente

    pregados , que por meio dos

      conselhos dos Mes

    tres

      nos forão com m un icado s pelo uu ico Pasto r .

    Não busques pois filho meu mais cousa al

    guma fora destas.

    Não se põe termo em multipl icar l ivros. (*)

    •—

     Eccles. XII.

      9 . seg.

    O uv i , filhos , as instru cçõ es -de h u m pai ,

    i - . c

    (* )

      Te m- se mul t ip li cado também

      livros de devo

    çã o

      ; porém ainda os mais in te res san tes , não podem

    te r a util id ade de liuma Collecção de passagens da

    Es crip tur a Sagrada dignas de serem sabidas por pes-

    .«oas de todas as C las se s, e idad es. C omo he obrigação

    dos Fais o ins tru ir a seus filhos na pró pr ia casa , ao

    menos dando-lhes as pr imei ras dout r inas sobre a

      Lei

    de Deos ,

      p e r isso á elles , a ntes de toda a

      Instruc-

    fâo aos Meninos

    , offerto esta

      Preliminar Lição.

    3 *

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    8

    e estai a t tentos para conh ecerdes a pru dê nc ia .

    Contr ibuir -vos-he i com hum

      bom dom ;

      NAO

    D E I X E I S A L E I D E D E O S .

    E u fui tam bém filho de m eu pai , ten rin ho ,

    e unigeni io d iante de m inha m ãi .

    Elle me ensinava

      ,

      e dizia ; o teu coração re

    ceba as m inh as palavras : gu arda os meus pre

    ceitos, e vivirás.

    Peg a-te be m á do utr in a : nã o a largues j

    gu arda-a po rqu e el la he a tu a vida.

    N ão te deleites nas veredas dos ím pios , nem

    te ag rade o cam inh o dos niáo s.

    Fo ge delle , e nã o passes p or elle : desv ia-te,

    e deixa-o.

    Porque el les não dormem sem terem feito

    m a l

      ;'

      e se defraudão do som no , se nã o tem

    arm ado a lguma sanc adi lh a .

    El les comem o

      pão da impiedade,

      e beb em

    o

      vinho da iniqüidade.

    M as a vereda dos ju s t o s , com o luz qu e res

    plan dec e , vai dia nte , e

      cresce até o dia per-

    feito.

    O caminho dos ímpios he tenebroso : e l les

    não sabem onde vão cahir .

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    O s t e u s o l h o s o l h e m d i r e i t o s .

    N ã o t e d e c l i n e s , n e m p a ra a d i r e i t a , n e m p a ra

    a e s q u e rd a : r e t ir a o t e u p é d o m a l . Po rq u e o

    S e n h o r ' c o n h e c e o s c a m i n h o s , q u e es tã o á d i

    r e it a ; c o s q u e e s t ã o á e s q u e r d a ,

      são

      h u n s

    caminhos de perdição.  M a s e ll e m e s m o e n d i r e i

    t a rá as tu as ca r re i ra s , e gu ia nd o , p r o lo ng ará

    e m p a z o s t e u s c a m i n h o s . —

      Prov. IV

    O q u e l em e a D eo s fará boas obras , e o

    q u e e s tá b e m firmad o n a j u s t i ç a , l a n ç a rá m ã o

    d a s a b e d o r i a .

    E l l a l h e s a h ir á a o e n c o n t r o c o m o h u m a

      mãi

    cheia de honra  , e o r e c e b e r á c o m o h u m a e s

    p o s a v i rg e m r e c e b e a h u m e s p o s o .

    E l l a o s u s t e n t a r á d o

      pão da vida e de intelli-

    gencia

    , e l h e da rá a be b e r a agoa da s c ie nc ia ,

    q u e d á sa ú d e , e se f irmará ne l le , e e l le ser á

    i n c o n t r a s t a v e l , e t e - l o - h a d e s u a m ã o , e n ã o

    s er á c o n f u n d i d o , e e l l a o e x a l t a r á e n t r e o s

    s e u s p r ó x i m o s ; e l h e a b r i r á a b o c a n o me i o

    d a Igre ja , e lh e

      dará por herança hum nome

    eterno.

    O s h o m e n s i n s e n s a t o s a n ã o a l c a n ç a r ã o , e o s

    * ii

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    1 1

    ue .L/eos ; e qu em se lem bra rá d e m im lá dos

    altos Ceos

     ?

      Eu não serei conhec ido entre h u m

    grand e Povo : pois que he a m inh a alma en tre

    o numero sem numero de todas as creaturas?

    Todo o coração he entendido por Deos .

    H u m avultadissimo nu m ero das suas obras

    são escon didos : m as qu em pôde exprimir as

    obras da sua justiça ? Po r qu an to os seus D e

    cretos estão lon ge d 'alg u ns , e o

      exame de to

    das as cousas he na consumação.

    O uv e-m e filho , e

      aprende a disciplina dos

    bons sentimentos.

    Não sejas incrédulo á palavra do Senhor.—

    Eccles. XVI.

    Conserva filho os prec eitos de teu pa i, e n ão

    largues os preceitos de tua m ã i. Traze-os inc es

    san tem ente atados ao ' teu coraçã o , e postos á

    roda de tua garganta . Quando andares , e l les

    t e a c o m pa n he m ; qua ndo do r m i r e s , e ll es t e

    g u ar d em ; e , em acord ando , fa lia com e l les .

    O Mandamento he huma Cande ia , e a Le i

    hu m a l u z , e a reprehensão da disc iplina o ca

    m inh o da vida . —

      Prov. VL

      2 0 . seg.

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    1 2

    Filho quando entrares no serviço de Deos ,

    te m -te firme na justiça , e prepara a tua alma

    para a tentação.

    Humilha o teu coração , e soffre : inclina o

    teu ouvido e recebe as palavras de en te nd i

    m en to , e nã o te apresses no tem po da escu -

    r ida de . *

    Soffre as tarda nças d e D e o s ; conserv a-te

    u ni do á D eos : lem sotfrimento na tu a do r, e

    ao tem po da hn m il ia çã o, tem pac iênc ia :

    Po rq ue no fogo se prova o o ur o e a prata;

    e aos homens que Deos quer receber, na

      forna

    lha da humiliação.

    Cré a Deos , e elle te tirará de tod os estes

    m ales ; endirei ta o teu c am in h o , e espera

    nelle . Guarda o seu temor , e

     envelhece nelle.

    O lh a i, f ilhos , para quantos hom ens tem ha

    vido n as N aç õ e s; e sabei que ne nh um esperou

    no Senhor que fosse confundido.

    Que homem permaneceo até agora em seus

    m an dam ent os e foi desamp arado ? ou quem O

    invoc ou , e foi de lle d esprezado ?

    Po rqu e Deos he pio e misericordioso , e e l le

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    i 3

    perdoará os peccados no dia da t r ibulação;

    pois he o

      protector de todos, que o buscão em

    verdade.

    Ai do coração dob re , e dos lábios c or rom

    pidos ?  e das mãos que obrão m a l , e o pec ca-

    do r qu e and a sobre a terra por

      dous caminhos

     

    Ai dos dissolutos de co raç ão , qu e ,n ão se

    fiao de Deos, e que por isso não serão delle

    protegidos

    Ai do que perd erão o soff r im ento , e qu e

    d c ix á rã o o s caminhos rec tos , e se extraviarão

    pelas veredas corrompidas

    Os que temem ao Sen hor , inqu ir i rão o qu e

    lhes he agradável ; e

      os que o a mão

      ,

      serão

    cheios da sua Lei.

    Eccles. II.

    Filho leya ao cabo as tuas obras com man

    s id ão , e c on c i l ia r - t e - ha s , não só a es tima f

    senão também o amor dos homens. '

    Não procures saber cousas mais difficultosas

    do que as que cabem na tua capacidade

      ;

      e não

    especules

      as que são sobre as tuas

      forças intel-

    lectuaes

      ; mas cu ida sempre naque l las em qu e

    D eos te m an do u cu idar ; e em, mu itas das suas

    obras não sejas curioso.

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    Porque

      nao he necessário  ver com os teus olhos

    o que está escondido.

    Não te appliques a esquadrinhar com muita

    attenção

      cousas escusadas

    : e nã o examines com

    curiosidade as diversas obras de Deos.

    • P or qu e m uitas cousas em grande num ero te

    tem s ido pa tenteadas , que

      excedem

      o entendimen

    to do hom e m . O

      coração duro

      será opprimido

    de males no f im da v id a ; e o q ue ama o pe

    rigo perecerá nelle.

    O coração que anda por

      dous caminhos,

      não

    será

      bem succe dido ; e o deprav ado de cora

    ção nelles achará o seu tropeço.

    A Assem blea dos soberbos nã o terá cura ;

    porque o tronco do peccado se arra igara nel

    l es , e não se co nh ec e r á .—

    E c c le s . III. íg.

    $eg.

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    PARENÉTICO

    A O S

    C I D A D Ã O S O P U L E N T O S .

    H u m d os maiores Polí t icos dos antigos tem

    pos , o im m ortal Cônsul de Ro m a ,

      , Cicere ,

    tendo obt ido o nome de

      Salvador da Pátria,

    pela sabedoria e dexteridade com que sup plan -

    tou a conspiração dos Per turbadores do Impé

    rio ; ve nd o-o com tu d o dilacerado por facções

    e discórdias , se em pregou em com por

      obras

    de Instrucção do Povo ,

      dizendo : «

      Que maior

    ou m elhor presente se pôde fazer ao Estado , do

    que o bem educar e instruir a Mocidade

      ;

      es

    pecialmente em tempos infelizes, em que os bons

    costumes se tem alterado? Em corrigir estes ma

    les por via da instrucção, he que todos os Ci

    dadãos se devem esmerar com seus esforços.,,

    T al he h ü m dos deveres d o Cabeça do Corpo

    P o lí t i c o ; mas para ser de sem pen had o , precisa

    da cooperação, não só dos estudiosos .da Li

    te ra tura , mas também dos Opulentos do Pa iz ;

    3 **

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    visto que as rendas do Thesouro Nacional dif-

    ficilmenle podem satisfazer todos os Votos dos

    precisos Estabelecimentos Literários.

    Muilas obras se tem escripto sobre a

      Edu

    cação

      ; porem h u m perfeito M odelo da

      Ins

    trucção Primaria

      he desejado , mas ainda não

    •oíFerecido, na T er ra da Santa Cru z.

    Pr oc ur ei aprese ntar o dese nh o do Edifício

    do Bem Corrimum em

      Miniatura da Bíblia,

    Aos que me são superiores em faculdades de

    esp ir i to , e pa tr im ôn io , com pete proseguir ô

    com pletar o Plan o d e Estudo s úteis , e prom o

    ver as necessárias Dotações patrióticas. Póde-se

    com razão dizer com o Salvador do M u nd o —•

    a

      messe he mu ita , e os operários são poucos.

     —•

    H e notório , q ue Sua M agestade Imp eria l ,

    logo qu e ent rou na Regên cia do B ras il , fez

    h u m a

      Proclamação,

      em que Deo ao M un do o

    Manifesto

      de Seus Magestosos S en t im en to s ,

    Pa ten teand o , que hu m dos princ ipaes cu ida

    dos do seu Governo era a INSTRUCÇÃO

      P U

    BLICA.

    Por isso  imm ediatamente R estaurou o Se m i-

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    IO*

    nosso P ai z , como a Inglaterra , onde ha m ui

    tas

      Escolas de Parochia,

      m antidas por subs-

    cripções volun tárias , em qu e tanto brilha a

      be

    neficência na riqueza, e a sabedoria na b ene

    ficência,

      segundo elegantemente diz o Conde

      Ale

    xandre de Laborde

      no seu

      Plano de Educação

    dos Meninos Pobres.

    H e d e notar , qu e m uitos dos Subscriptores

    não dec la rão o seu nom e enviando grandes qua n

    t ias ao Direc tor do Es tab e lec im ento, no genuí

    no espirito da regra de beneficência do nosso

    Divino Mestre

      = a tua mão esquerda não sai

    ba o que faz a tua direita

      = : .

    Este pio Escriptor declara ter s ido testemu

    nh a de vis ta em hu m a Escola de Ens ino M u

    tuo de

      Winchester,

      em qu e noio u prodígios de

    adiantamento dos disc ípulos . O menino Dccu-

    rião, tend o na m ão h u m

      Com pêndio da B íblia,

    fazia perguntas com rapidez sobre as doutrinas

    do Velho e Novo Testamento , e as respostas

    dos outros m enino s erão nã o men os rápidas e

    acer tadas . Admirou-se sobre todos de hum meni

    no , qu e recito u pela ord em das datas todas as

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    ao

    ma

      do que he

      axioma

      t

      farei as seguiu tes po n

    der açõ es con tra os espíritos de contra dicção.

    A J  m ais especiosas objecções sã o : i.° que

    assim com o por tal ensin o os indiv íduo s das

    classes inferiores se habililão a ler

      bons livros,

    também podem le r

      mãos livros ,

      de que já ha

    dilúvio em todas as l ínguas, e que

      só

      servem

    para corruptela e perdição do s leitores :

      2..°

    qu e as pessoas necessárias aos traba lho s m e -

    ohanicos, adquir indo conhecimentos superí ic iaes ,

    se desgo sião da sua laboriosa co nd ição ; e as

    pirando á m u da nç a de estado , são facilmen

    te seduzid as para Rev oluçõ es po r iusidiosos de

    magogos.

    M as co ntra isto se oppoem os seguintes factos

    decisivos , qu e tem sido notados por Escripto res

    Inglezes.

    O sobredilo

      Laborde

      co m razão affirma nu e

    a Revo lução da Fra nça foi tão extensa e m or

    tífera, pela ig n or ân ci a, e im m or alid ad e das iu**

    fimas classes ferozes , es tim u lad as pelo

      espirito

    péssimo

      dos ambiciosos , im po sto res , cha rlatães ,

    e semi-dou tos do paiz : os ho m ens de gran de e

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    2 1

    solida instrucção forão as victímas dos furores da

    populaca b r u t a l , e dos ardis do s mach iaveliis tas ,

    Sem

      dúvida as classes Ínfimas , sendo instruídas

    nas P rim eiras Letra s , p od em ler máo s livros"}

    m as já os lerá õ depois de terem nas Escolas lido os

    bo ns livros ( cuja do utr ina lh es tenh a fortalecido o

    espirito com princ ípios sãos ) e haverem adqu ir ido

    o habito do bem , e a vergonha do mal.

    Em Ingla te r ra , quando, se revol tou a Esquadra

    Ingleza no fim do século passado , observ ou-se ,

    qu e todos cs m arin he iros qu e sabião ler , se pa

    ra rão-sc dos sediciosos, logo qu e lerã o a Proc lanaa-

    çâo do Rei para reentrarem no seu dever. Tem-se

    também al l i observado, que a maior parte dos cr i

    minosos não sabem le r; e qu e a causa dos m aiores

    delictos he a incúria que se tem tido na educação

    do povo, c em o conservar em iguorancia das

    esscnciaes doutrinas religiosas.

    Em fim , comparando-se a Escócia com Ingla

    terra e Ir landa , tem-se manifestado , que o cui

    dad o da educação qu e se tem t i d o , ha mais de

    sé c u lo , naqu elle paiz ( cujo povo antes era tão

    gnorante e perverso como os destes outros paizes)

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    23

    m a ne i r a s ,  e aborrecedoras de tum ul to c des ord em ;

    Como se pôde esperar que ellas perseverem em

    s

    eu s deveres , não tend o adqu ir ido hábitos de ob

    servação e reflexão ; n ão se lhes ten do ens inad o

    a da r valor ao b om caracter , e bo m no m e ; ne m

    hab il i tado a descobrir qu e a condu cta recta he

    não menos eonducente ao seu próprio interesse ,

    que ao iuleresse dos outros. Para fazer os indiví

    duos úteis nas suas diversas re lações, como

    h o m e m , e como C id ad ão , p reci^a-çe de que

    •çstejão em condição de formarem justo conceito

    dos ob jectos qu e prom ovem a verdadeira felici

    da de , e de reconh ecerem as fa lsasapparencias , qu e

    m uit as vezes os pod em des enc am inh ar , p ara se

    precauc ionarem con tra os erros em religião , m o

    ral , governo, que homens mal intencionados por-

    fiem pr op ag ar, J»

    « A doutrina .sustentada por alguns Estadistas,

    qu e h e . de vantagem á N ação a ignorância d o

    poyo t raba lhador , porque

      lhe segura a paciência,

    e submissão ao jugo que se lhe tem imposto,

      h e

    não menos ab su rd a , que revol tante aos sent imen

    tos da H um an ida de . A segurança derivada de tão

    3***

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    ?s

    EXHORTAÇÃO AOS EDUCADORES

    Exh or to aos Ed uc ad ore s , qu e tenhão semprç

    para a própria instrucção a Biblia inteira da

    tiradu cção Po rtyg ue za do P

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    2 6

    a Elles rep arti rão en tre si os meus vestidos,'

    e lançarão sortes sobre a minha túnica . »

    « M as T u , S e n h o r , nã o affastes de m im a

    tua assistência : applica-te a me defenderes. »

    c< E u darei a co nh ece r o teu Nom e aos m eu s

    Irm ãos : eu p ublicarei os teus louvores no meio

    da Assembléa .»

    cc A T i dir igire i , ó D e o s , os meu s louvores

    n'huma grande Assembléa : cumprire i os votos

    qu e f iz á Deo s em presença dos qu e o tem em . »

    c< A T erra , em toda a sua exte nsã o , le m -

    bra r-se-h a desta s eousas , e

      ella se converterá ao

    Senhor } e

      todos os differentes povos das Na

    ções renderáõ adorações em sua presença.

     *>

    cc Po rqu e o Re ino e a Soberania h e d o S e

    nhor ; e porque e l le re inará sobre as gentes .»

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    2

    « Foi of íe reoide , porque e l le mesmo quiz ; ,

    e nã o abrk) a sua boca ; elle será levado co

    m o hum a ovelha ao ma tad ou ro , e , como hu m

    Corde iro diante do que o tosquia , emmudece-

    rá , e não abrirá a sua boca. »  *—

     Isaias LU I.

    Re co m m en do aos M estres a le i tura da já c i ta

    da Obra de Mr.

      Laborde em

      qu e mo stra os ex

    pedien tes bon s , e honoríficos , com qu e se c o r

    rigem as crianças sem castigos corpo raes. Elles

    ahi verão na pag. 112 o monumento de hor

    ror e terror , causado pela Revo lução da F ra n

    ça , em qu e ím p io s , infiéis , e imm oraes , se

    conspirarão a destru ir o Chris l ianismo , ch e

    ga nd o o furor diabólico a

      destruir as Igrejas.

    A Divina Providenc ia nã o h ade perm il t ir ta l

    desgraça n o Brasil . Deve ser o eom m um V oto

    dos Brasileiros, que nesta Região se verifiquem

    os seguintes pen sam entos daqu ellc pio Esc rip-

    tor : pag 102 e 123.

      r

    •G*I

    cc Os

      velhos

      em ou tro temp o forão os que le

    varã o a palavra do D eo s aos povos salvagens ,

    e aos Palácios dos Im pe rad ore s : hoje os

      me

    ninos

      serão os m issionários d a m o r a l , e da ver-

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    3a

    roáo 0 lan ço u po r terra , e o agitou com

      vio».

    lentas convulsões .

      •»

    cc Mas Jesu s ameaçou ao espir ito im m u nd o,

    e

      sarou o menino ,

      «

      o restituio ã seu pai.

      »

    ceE pasmavào todos do grande poder de

    D e o s . »

    ce Jesu s vend o o q u e os Discípulos cuidavão

    em seus corações, tendo-lhes vindo ao pensa

    mento qual delles era o maior

      , tomou hum me-,

    nino e o pôs junto á si:

      e lh es disse :»»

    cc T o d o o qu e receber este m enin o em meu

    N om e , á mim m e recebe ; e todo o que re

    ceber a mim , recebe aquelle qu e m e envio u.

    Porque quem d'entre vós todos he o menor ,

    esse he o m ai o r . » —

      S. Luc. IX, Zj.

      seg..

    ADMOESTAÇÃO Á MOCIDADE,

    Não farei injuria á Mocidade Brasileira com

    o juízo temerário de qu e a corruptela do *e-

    c«lo

      já

      tem en t rado

      em todas

      a s

      classe».

      E»-

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    33

    tou certo , que , no g er a l , os Pais e M estres

    se prezãox de viver no Grêmio da Igreja Ca-

    thol ica . Mas não he meno s ce r to , que , por

    fatal desgraça , tam bé m ha

      infiéis

      no Brasil ,

    depois que Livros corruptores de Nações es

    trangeiras se tem espalhado no vu lgo , am ea

    çando produz i r huma

      geração incrédula

      e

      per

    versa

      , qu al o nosso Divino M estre da L ei

    Evangélica caracterisou no seu Ev angelh o o n de

    Elle diz :

      Até quando heide estar com vosco ?

    Até quando vos heide soffrer

     ? —

      S. Math,

    XVII.  16.

    Ao s obstinados na sua incred ulid ade só d i

    rijo a segu inte

      Fraterna :

      —

      AO

      MENOS

     ,

      NAÕ

    rAÇAÍS MAL

      , desacreditando o uso de se lerem

    nas Escolas e Casas partic ulare s a segu inte C ol -

    lecção de D ou trinas das Divinas Letras , q u e

    são opp ortun as a a l lum iar os entend im ento s , e

    con fortar os corações das crian ças. Dep ois d e

    se lhes ensinar o

      Cathecismo

      ( que devem saber

    de c ó r ) , pe lo exercício das Le i turas d iá rias

    desta

      Collecçâo,

      em breve tem po os m en i

    nos e menina s terão destreza em ler qu alq ue r

    * ü

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    u

    i m p r e s s o , a p r e n d e n d o l a m b e m l o go c om p u r e

    z a a L i n g u a g e m P a i r i a .

    S e u d o a c l u a l m e n t e m u i e x t e n s o o c o n h e c i

    m e n t o d a L i n g u a F ra n c e z a , e , p a r a d e s h o n ra

    d o Pa i z q u e p ro d u z i o

      Bossuet

    ,

      Fenelon

      , e ou

    t r o s V a r õ e s i n s ig n e s c m t o d a a L i t e r a t u r a ,

    n e s l e s é c u l o a p p a r e c e o h u m M e m b r o d o I n s t i

    t u t o N a c i o n a l d e P a r i s M r .

      Dupuis

    , q u e , s e m

    r ev e re n c ia á D i v i n d a d e , e á H u m a n i d a d e , a té

    c o m p o z

      volumosa obra

      ( q u e r e d u z i o d e p o i s a

    Compêndio

      p a r a m a i s f a c i l me n t e p ro p a g a r a m e n

    t i ra ) onde affec ta provar , que não exis t io Chris to

    n o s s o R e d e m p l o r , e q u e a R e l i g i ã o C h r i s tã a

    h e

      Idolatria do Culto do Sol

      d o s O r i e n l a c s ;

    a d m o e s t o á M o c i d a d e i n c a u t a , q u e n ã o d ê c r e

    d i t o a o s i m p o s t o r e s q u e l h e s i n c u l c ã o a l i ç ã o

    d e t ã o e n d e m o n i n h a d o l i v r o , q u e a l é já l ie

    r i d i c u l a r i s a d o p o r E s c r i p l o r e s d e c r e d i t o d a

    F r a n ç a , e s p e c i a l m e n t e p o r M r .

      Benjamim Cons-

    tant

      na sua rec en te Obra sobre a —

      Religião

      —

    e M r .

      Frayssionous

      —

      Defeza do Christianismo

      —•.

    D e v e mo s t o d o s d i z e r c o rn e s t e E s c r i p t o r n o To m.

    11.  p a g . 1 3 9 .

      Q.JJ.

      e se g :

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    recenies c idades do Im pé rio Ro m an o , pregava

    tã o energicamente a

      Christo Crucificado pela

    salvação do Mundo

      , n ão pertendia p re g ar ,

    senão a Religião do Sol? O' vergouha O 'd e

    l ír io da razão hu m ana Lam entem os estes enor

    mes er ro s; e nos con gratulem os , de qu e os

    inimigos do Christianismo se tenhão reduzido a

    attaca-lo por tão estranhas pu erilidad es. »

    Jesus Chris to declarou , que

     Deos he Espirit o,

    e q u e os verdadeiros adoradores o devem ad o

    rar em espirito e ve rda de . —

      Ev. de S. João

    Cap.

      IV

      2 5 . H e pois a fementida calumnia

    dizer-se , que o

      Christianismo he o C ulto do Sol.

    Elle un icam ente m encio nou a prálica dos

    h o m e n s em olhar para o Ceo para conjeclura-

    rem sobre os serenos ou nub lados dias . Assim

    se

      lê tio

      Evangelho de

      S. Math. Cap. XVI.

    a . e seg. , on de Christo c on clu e = Sabeis c o

    nh ec er qu e cousas prognostica

      ts

     aspecto d o Ceo,

    e não podeis conhecer os

      signaes dos tempos

     ?

    JBlle falia do Sol com o ob ra de D e o s , e tes

    temu nha de sua b o n d a d e , pois que o faz na s

    cer igualmente sobre os bons e os máos. —

      S.

    Math. V. 4

    5

    -

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    3

    7

    O C ulto do Sol e das E slrellas j i l inh a sido

    condemnado muito expressamente por Sa lomão

    n o

      Livro da Sabedoria Cap. XJIL

      2 . : e J e

    su s Chris to louva a Salom ão nos term os seguin

    tes , qu e nos trasiuittio o Evangelista

      S, Math.

    n o

      Cap. XII. 42.

      cc A R ain ha d o m eio d ia se

    levantará no dia do Juizo contra esta geração , e

    a condemnará

      :

      porque

    1

     veio lá das extr em idad es

    da terra a ouvir a sabedoria de S a lo m ã o , e

    eis-aqui está neste lugar quem he mais que Sa

    lomão »

    N os

      Actos dos Apóstolos Cap

      XVII.

      16.

      e

    seg. se refere o quanto se sentia commovido o

    espírito de

      S. Peudo ,

      quando foi pregar o Evan

    gelho na Cidade de Ath enas ( que tanto p re

    sum ia de sua sciencia ) ; e tod a en treg ue á

    idolatr ia , e que a lguns Philosop hos Epicu reos

    e Estoicos dis pu tarão com elle , e hu ns ciizião:

    Que quer dizer este paroleiro

      , —

      porque lhes

    annuuc iava a Jesus , e a ressureiçãa.

    Contra os malignos que persistem na imita

    ção dos blasphem os , os quaes ( segu nd o a ex

    pressão do Profeta Rei —

      Psalm.

      LXXIJ.  9 . )

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    38

    até

      puzerâo a beca no C eo

      , digo , qu e trem ão

    da Sentença do Juiz E terno , qu e had e decidir

    da sorte dos bons e máos :

    Ra ça d e V íbo ras I Com o podeis faliar cousas

    bo as , sen do máo s ? porqu e a boca falia do que

    está cheio o coração.

    O homem bom do bom thesouro tira boas

    cousas ; mas o ho m em m áo do máo thesouro

    tira más cousas.

    Pe las tu as palavras serás jus tific ad o; pelas

    tuas palavras serás condemnado. —

      S. Math.

    XIIL

      3 4 .

      seg.

    R E G R A S D O S M E S T R E S .

    . ->

    Aprendei de mim que sou man so e hu m ilde

    de coração.

    Se soubesseis o qu e h e —

      misericórdia quero , e

    não  sacrificio

     — , já mais

      condemnareis aos intio-

    centes.

    • N ão queirais ser cham ados

     Mestres

      ; porque

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    3

    9

    hum só he o vosso Mestre , e vós iodos sois

    ir m ã o s ; porqu e h u m só he o. vosso M estre , o

    Chris to. —

      S. M ath. XI.

      18 . —

      XII.

      7 . —-

    XXIII.

      8 .

    Não são justos perante Deos os que ouvem

    a L ei ; mas os qu e fazem o qu e m and a a L e i ,

    serão justificados.

    Se sabes a von tade d e Deos , qu e had e ju l

    gar as cousas occultas dos homens por Jesus

    Christo , e disting ues 0 qu e he m ais provei

    toso , iuslru ido pela L e i , tu que presum es ser

    a guia dos ce go s, o farol daqu elles qu e estão

    em trevas ,

      o Doutor dos ignorantes,

      e

      Mestre de

    crianças

      , que tens a regra da Seiencia, e verdade

    na L e i , porqu e ensinas a ou tro , e m ão ensinas

    a t i m e s m o , t e glo rias na L e i , e deshonras a

    De os pela transgressão da L ei ? —

      S, Paul.

    Rom.  II.

      i 3 . s e g .

    Esiai sobre aviso , para qu e nin gu ém vos en

    gane com a philosophia ( dos Epicureos e Esr

    lo ic os ) e co m os seus fallazes soph ism as , se

    gun do a t radição dos h om ens , segun do os e le

    m e n tos do M u n d o , c pã o s e gundo C h r i s to ;

    o * * * * *

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    4P

    porque nel le habita a plenitude da Divindade

    corpo ralmen te . N elle he que vós estais c h ã o s ,

    e elle he a Cabeça de todos os Principados e

    Potestados. —

      S. Paul. ad Collos. II,

      8 , seg.

    Hav erá . en tre vós

      falsos Doutores

      , que in

    troduzirão

      Seitas de perdição

      , e negáráõ aq ue l-

    le Se nh or , q ue os resgaiou f

      trazendo sobre si

    mesmo apressada mina.—^S. Pedro II. Ep. II.

      1.

    As armas da nossa milícia não são carnacs,

    ma9 são poderosas em Deos para destruição das

    for ti fieações , de m ba nd o os con se lh os , e ioda

    a altu ra , qu e se leva nta co ntr a a sciencia de

    D e o s , e red-úzindo á cativeiro iod o o en ten

    dim ento para que obedeça á Chris to. —

      Ep.

    II. S. Paulo ad Corinth. X.

      4«

     &'

    Sede,

      m eu filho, fortificado pela Graça que

    está em Jesus Chris to; e guardando as pala

    vras que tendes ouvido de minha boca diante

    de m uitas teste m un ha s , entrega-as ás pessoas

    í ie i s , q u e sejào capazes de ensinar aos ou tros.

      S. Paulo II. ad Timot II.

      l . 2 .

    Ainda qu e a

      mansidão e humildade

      devão ser

    os aitiibuios de todos os homens religiosos , vis-

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    4 » .

    Sobre este ponto tão melindroso só proporei

    as seguintes reflexões de h u m do s Coryp hèos da

    Liberdade e Independência dos Estados Unidos

    da Am erica do N orte , o celebrado

      Jefferson

    ,

    natu ral da V irg inia , onde se inlroduzio o hor-

    rid o System a da escravidão dos Africanos, e de

    seus o ri u nd os. —- ,.'  -.-,',  ,-

    cc H e ind ub itav él a infeliz influencia sobre as

    , m ane iras do nossO povo , p roduzid a pela exis

    tência do cativeiro entre nós. Toda a commu-

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    43

    te para esse effeito. M as , na re al id ad e, no ge

    r a l

     ;

      nã o he sufíiciente. Se o pai se enfurece

    .contra o esc rav o, o f ilho ainda m eni no , olh a,

    e tom a as feições da c ó le ra , e pratica as m es

    mas violências no circulo dos escravos pequenos,

    e dá soltu ra á peior de todas a s . pa ixõ es, a

    c rue lda de . E l le assim c r i ad o , ed u ca d o , e d ia

    r iamente exerc ido na ty ra n n ia , tem em si a

    estampa das mais odiosas singularidades. Será

    hum prodigio o filho que possa conservar a sãa

    mora l onde predomina tão bárbaro cos tume. Des

    tru íd a a m oral idade do povo , destro e-se ta m -

    .bem a sua indus tr ia . Em c l imas ca l idos nenhum

    hom em traba lhará para s i m e sm o , se poder

    fazer a ou tros trabalh ar para e l le . Is to tant o h e

    verdade , qu e m ui pequena proporção dos pro

    prietários de escravos se tem visto fazer, traba

    l h o .  E por ventu ra se podem

      ;

    çons iderar  , segu

    ras as Liberdad es de qu alqu er N açã o, qu and p se

    rem ove á ú nica sua firme base , o

      trabalho li-

    vre,,

      co m a convicção no s espíritos do pov o, qu e

    estas liberdades são

      dom de Deos, e

      que não

    se po dem violar sem inco rrer na sua, ira ? Na

    verdade tremo pelo meu paiz , quando refl ic to,

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    espontânea e prodigiosamente , a

      Socieda

    de da Bíblia,

      protegid a pelas maiores Potên

    cias da C hr is ta u d ad e, m as a té em Inglaterra

    na Câmara dos Communs já no anno pretéri to

    passou a Le i para a abolição dos Esta tuto s in

    tole ran tes da Religião C atholica , Apostólica ,

    R o m an a. A ind a que esta Lei nã o fosse confir

    m ada na Gamara dos Lo rds

      j

      pela malina in

    f luencia do D uq ue de Yo rk , i rm ão do actual

    Soberano George IV. , comtudo o Mundo já v io ,

    com terro r dos m áos , ser elle , po uc o dep ois,

    com prem atura mo rie , cham ado ao Juizo do

    E te rn o. H e de consolação aos orlhod oxos o ver-se ,

    que tanio na Euro pa , com o na America do

    N orte nos Estados Britannic os , Pai e F il h o , (*)

    se dão á luz escriptos erudilissimos em defeza

    da nossa Religião , qu e só tem os Carac teres de

    ser fundada na

      Rocha ,

      contra a qual as

      por'

    tas do inferno não hão de jamais prevalecer.:

    , i ' .

      " i i

    (*) Cl irist ianity — or T hp Eviden ces and Caracter»

    of The CLrist ian Rel igion — By Bishop Poyinter. —

    Lon don 1827 . — A Comple t Refu ta t ion o f t be Un í t a r i an

    System — By the Rev . A nton y Ko hlman n , Superior of

    th e  ca th olk Seminary a t Y ashisn ton Ci ty . i Ç a i .

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    E S C O L A B R A S I L E I R A

    P A R T E I:

    INSTRUCÇÃO RELIGIOSA.

    I .

    PlNDA DB CHRISTO,

    S A H I O  h n m Ed icio de Çesar Augu sto para

    que fosse alistado lodo o povo do Império Ro

    m an o : e hião todos a alistar-se ^ cada h u m á

    sua cidade.

    Subio tam bém José de G ali léa , da Cidade

    de Nazareth á Ju dé a , á Cidade de D av id , qu e

    se cham ava Belém , po rq ne era da casa e fa

    m ília d e Dav id , para se alistar co m a sua Es

    posa , qu e estava pej ada .

    E estando alli aconteceo completarem-se os dias

    que havia de parir ; e pario a seu Filho Pri

    mo gênito , e o enfachou e recl inou em hu m a

    m ange dou ra ; p orque não havia lugar para

    (

    eWj

    les na estala «c m .

    Ora naq uella Comarca havia hu ns p astores ,

    que

      vigiavão , e revezavão en tre si as .vigílias d e

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    I N S T R U C Ç Ã O R E L I G I O S A ; 3

    A g o r a h e , S e n h o r , q u e t u d e s p e d e s a t e u

    s e rv o e m p a z , s e g u n d o a l u a p a l a v ra : '

    P o rq u e j á o s í i ie u s o l h o s v i r ã o o Sa l v a d o r

    qu e tu nos des te :

    O qua l apa re lhas te an te a face d e iod os os po vo s :

    C o m o

      Lume para ser revelado

      a o s G e n l i o s ,

    e para g lor ia d o te u Po vo d e . Is rae l .

    E s e u p a i e m ã i e s t a v ã o a d m i ra d o s d a q u e l l a s

    c o u s a s q u e d e l l e s e d i z i ã o .

    E n t re ta n t o o M e n in o c resc ia ; e s e fo r ti f icava ,

    e s t a n d o c h e i o d e s a b e d o r i a , e a g r a ç a d e D e o s

    e ra c o m e l l e .

    Se u s p a i s h i ã o t o d o s o s a n n o s á J e ru s a l é m

    n o dia so lem ne d e Pa ,scoa : E q u a n d o teve . do . -

    z e a n n o s , s u b i n d o e ll es á J e r u s a l é m s e g u n d o o

    c o s t u m e d o d i a d a Fe s t a , a c a b a d o s o s d i a s q u e

    e lJa d u r a v a , q u a n d o v o l t a r ão pa ra casa , ficou o

    M e n i n o J e s u s e m J e r u s a l é m  >  sem que seus pa is

    o adv er t i s sem : E c r en do qu e e l l e v i r ia co m os

    d a c o m i t i v a , a n d a r ã o c a m i n h o d e h u m d i a ,

    e o b u s c a v ã o e n t r e o s p a r e n t e s e c o n h e c i d o s :

    e c o m o o n ã o a c h a s s e m , v o l t a r ã o á J e ru s a l é m ,

    em bu sca de l le . .,JJ

    E a c o n l e c e o q u e i r e s d i a s d e p o i s o a c h a rã o

    n o T e m p l o a s se n ta d o n o m e i o d os D o u t o r e s ,

    o u v i n d o -o s , e f a z e n d o - l h e s p e rg u n t a s .

    E tod os os q u e o ouv ião , e s t avão pas m ado s

    d a s u a i n t e l l i g e n ç i a , e d a s s u a s r e s p o s t a s .

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    4 E SC O LA B R A S I L E I R A P A R T E I .

    E q u a n d o o v i r ã o se a d m i r a r ã o . E s u a M ã i

    lh e d is se : F i lh o po rqu e usas l e a s s im co m n o s -

    c o ? Sa b e q u e l e u Pa i e e u t e a u d a v a m o s b u s c a n

    d o che ios d e affl icão,

    E e l l e l h e s r e s p o n d e o : Pa r a q u e m e b u s c a -

    veis ? N ã o sab eis , qu e

      importa occupar-me nas

    cousas que são do serviço de meu Pai  ?

    E desc eo co m e l l e s , e ve io á N az a r e t h , o

    estava d obediência delles,

    E Jesu s c re sc ia em sa be do r ia , e em id ade „

    e e m g ra ç a , d i a n t e d e D e o s , e d o s h o m e n s .

      Evang. S. Luc

      C a p . I I ,

    Je su s ve io de Gal i léa te r co m Jo ã o Baptista

    p a ra s er b a p i i z a d o p o r e l l e . Po ré m J o ã o o i m

    pe d i a d ize ndo : E u sou o qu e devo ser bap t i -

    z a d o p o r t i , e t u v e n s a m i m ?

    E re s po nd en do Je su s lhe d i s se : De ixa por o ra 3

    p o rq u e a s si m n o s c o n v é m c u m p r i r t o d a a j u s

    t i ça . E depo i s q u e Jesu s

      fo i

      bap t i zado , s ah io

    logo para fora  da  água : e eis-que  se lhes  a b r i

    r ã o o s

      Ceos,

      e

      vio ao

      Esp i r i to de Deos que

    d e sc ia c o m o h u m a p o m b a , e q u e v i nh a s o b r e

    e l le ,

    E eis hnma voz dos Ceos que dizia :

      E S T E H E

    o  M E U F I L H O A M A D O ,  n o q u a l l e n h o p o s t o t o d a

    a m i n h a ' c o m p l a c ê n c i a , '—-

      Evang. S. Ma th.

    I I I .

      i 3 , e

      seg.

    Jo ão vendo a J e s us q u e v inh a pa ra e l lo d ia?

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    T N S T RU C Ç A Õ R E L I G I O S A . 5

    se — Eis -aqu i o

      C O R D E I R O D E D E O S

      : e is- aq u i o

    q u e t i r a o p e c c a d o d o M u n d o .

    E J o ã o d e o t e s t e m u n h o d e q u e e ll e h e o F i l h o

    d e D e o s .

    A Le i fo i dada por Moysés ; mas a g raça e ve r

    da de fo i fe it a po r J e su s Ch r i s t o . —   Evang. S.

    João.

      I. (a).

    I I .

    ESCOLA DE CHRISTO.

    J e s u s e m v i r t u d e d o E s p i r it o S a n t o , v o l t o u

    par a Ga l i l éa , e a fama de l l e se d iv u lg ou po r tod o

    a qu el l e paiz : e e l l e en s ina va nas Syn ago gas , e

    e r a a c l a ma d o

      grande

      p o r t o d o s .

    E ve io á N aza re th , o nd e se hav ia c r i ad o ; e

    (a) Não es t ranhem os Lei tores  ,  qu e eu po nh a nesta,

    Colleccão

      em prim eiro lugar estas passagens da E sc rip

    tura do Nove T estam ento . Sem dúvida , na ordem na tu

    ral parecia que devia i r antes de tudo a Revelação do

    Velho Te stam euto sobrfc a Creaçãg do M un do . P o

    rém entend i , que seria bom , que logo preludiasse com

    estas adm iráveis l ições que o nosso Div ino M es tre

    ( po r assim dizer ) na abe rtu ra de sua

      Escola Catho-

    lica

      , deo sobre a sua M issão celeste : Re lev e-s e-m e pois

    fazer esta Prelecção do que o

      discípulo amado

      S . Jo ão

    int i tulou no sen  Apocalipse  C a p . X I V . 5 .

      EVANGELHO

    ETERNO , pelo qual seremos julgados no Dia do Juiz a,

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    6 ESCO LA BRA SILEIRA PA R T E I .

    en iro u na Synagoga , segun do o seu costu m e cn«

    dia de Sabbado , e

      levantou-se para ler:

    E foi-lhe da do o Livro do Pro ph eta Isaias.

    E quando desenrolou

      (Jb)

      o Livro , achou o logar

    onde eslava escripto :

    0 Espir i to do Senhor repousou sobre mim :

    pelo que elle me consagrou a sua uncçâo , envi

    ou-me a pregar o Evangelho aos pobres ; a sarar

    os qu ebran tados de coração ; a ann un ciar aos

    cativos r ed em p çã o ; e aos cegos vista ; a pôr em

    liberd ade aos qu ebran tado s para o seu resgate ; a

    pu blic ar o an no favorável do S enh or , e o dia da

    re t r ibuição.

    E havendo enrolado o L iv ro , o deo ao M i

    nistro , e se assen tou. E quan tos havião na Syna

    goga , tin hã o os olhos fíxos ne lle . E começou

    .elle

     _a

      jdíz£r*-lhes :

    Hoje se cumpvio esta Escripiura nos vossos

    ouvidos.

    E todos lhe davão tes tem u nh o, e se admiravao

    da graça das palavras qu e sahião da sua boc a , e

    dizião : Não he este o fil^o de José  P —•

     S. Luc.

    Cap. IV.  J 4  •>  e seg.

    O que d ér a beber á hu m destes pequeninos

    h u m cop o d'agoa fria , só pela razão de ser

    (i)

      Antigen ente cLivro era rolo de pergaminho.

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    ItfsTRucçAÔ   R E L I G I O S A .  y

    m eu Discipuló , na verdade vos digo que nã o

    perderá a sua recompensa.

    Quando Jesus acabou de dar instrucções aos

    seus doze disc ípu los , passou d'alli a ens inar

    é pregar nas Cidades d'elles. —

      S. Math.

      X .

    I I I .

    MENINOS INNOCENTES.

    Cheg arão á Jesus os seus discípu los dizen do :

    Qu em julgas qné hè o m aior n o Reino dos

    Ceos ? [E cha m and o Jesus a h u m m enin o , o

    poz n o meio de lles , e disse :

    Na verdade vos digo , qü è se vos n ão co n-

    ve rie rd es , e vos não f ízerdes como m enin os $

    não haveis de entrar no Reino dos Ceos.

    T o d o aqu elle pois , qu e se fizer peq uen o com o

    este menino, esse será o maior no Reino dos Ceos.

    E o qu e recebe em seu N om e h u m m eni

    no , ta l com o es te , a rhim he qtie recebe ;

    o qu e porém escandalisar a h u m destes pe qu e

    ninos , que crem em mim, melhor lhe fora que se

    lhd p endu rasse tío pescoço h u m a m ó de alafo*

    na , a qu e 0 lançasse t io fundo do m ar. Yé de nã o

    despreseis alguns destes pequeninos' —

    Ev a n g . S .

    Math.  C a p . X V I I I .

    Algum as pessoas lh e trawão tam bém os seus

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    TtfsTRtrcçAÕ   R E L I G I O S A ; T I

    D e o s ,

      creia qüe ha Deos , o que he 'remuwè>-

    úx&dr

     dos qn è o bti-scão. —

      S, Paul ad, Hebr.

    XI. 5.

    O errO

      è às

      trevas forão cfeíidõs cornos pec-

    •bados ; e os qu e se 'regozijào do s''m al es qu e

    co m m eu em , l io ni«l env elhec em . •—

      Eocles.

    XI. 16.

    O principio do bom caminho he praticar a

    jus tiça; e dian te de D eos he mais acceita qu e

    immolar hóstias . -

    0

    -

      Prov. XI.

    O dom de D eos perm anec e firme nos justos ;

    ê ' o prog resso "qtfê elle fáz , term ina r-se -lia em

    h u m a eterna felicidade. —*

     Eccles. XI.

      1*7•

    V irá h u m tem-pò -J

    ;

      qua l não

      :

    houv e desde qu e

    as gentes com eçarão a existir. E salvar-se-ha

    nesse tempo aqúelle qúe for achado no

      Livro.

    E toda eSta mu lt idão do s que do rm em no pó

    da terra , ac ordárá õ , hüUs para a vida ete rn a,

    é 'outros phra hum opprobrio  >,  què elles

      ;

    terão

    Sempre diatate dos olhos : os dou tos res pl an de -

    ^ceráõ c bm o os lum inares do F ir m am en io ; e

    os qu e t iverem ensinado a m uitos o cam inho

    da just iça , luziráõ Como

     :

     as êst íe l las em pe r

    pe tua e te rnidade . —

      Ddhiél XII.

    O qu e guart lár Os m and am entos de Deos , • e

    •ensinar a g ua rda -los , ' Será ch am ad o

      gtàndè

      n o

    ••reino do s Ce os. —

      Math. V

      19.

    •Bem-dito o Senhor que visitou

     

    e fe¥a ré -

    r u

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